O sentido da vida poema
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O SENTIDO DA VIDA
A vida começa em luz
Na terra azul da humanidade.
Brilha o orbe que do espaço seduz
Os viajantes celestiais da eternidade.
No princípio não sabemos quem somos,
Pequenos, frágeis, vulneráveis.
Dormimos no leito muitos sonos,
Risonhos, tranqüilos e amáveis.
Na juventude tudo são flores,
Brincadeiras, diversão e sabores.
O futuro acena em multicores,
Promessas de alegrias e amores.
Sonhos de glória e sucesso
Passeiam na tela mental.
Tudo se afigura fácil e natural.
Nosso destino é o progresso.
Fama e riqueza são o nosso ideal.
No convívio com a sociedade,
Aprendemos tudo sobre futilidade,
Aparências, mentiras, mediocridade.
Nos antros de ilusão do materialismo,
Sustentado pelo cinismo,
Estimulado pelo consumismo,
E acobertado pelo egoísmo,
Desfila a leviandade,
Fantasiada de verdade,
Ostentando a inutilidade.
Levados a seguir padrões de comportamento,
Perdemos nossa identidade
De seres únicos e dotados de vontade,
Autores dos próprios pensamentos,
Portadores de sentimentos,
Cada qual com os seus sofrimentos,
Enfrentando a sua realidade.
Percebemos mais tarde,
Lentamente e sem alarde,
Que a felicidade
Não se encontra nos triunfos materiais,
De uma sociedade corrompida que se compraz,
Com prazeres e festivais,
Sem encontrar jamais a paz.
Com o passar dos anos,
Começamos a sentir os danos
Desta vida de ciganos,
De inconseqüências e desenganos
E cansamos.
Enfim, despertamos!
Vão-se os hábitos funestos
E a conduta fingida.
O porvir se enriquece de afrescos,
O coração acelera a batida.
É a emoção que explode incontida,
Em prece sentida,
Ao encontrarmos, enfim, o sentido da vida:
A conquista de nós mesmos!
A retificação de equivocadas diretrizes,
O controle dos desejos inferiores,
O domínio dos pensamentos infelizes,
A eliminação dos rancores,
São alguns dos árduos labores
Que nos libertarão de intensos amargores.
Adornadas com flores,
Com nuances de vários matizes,
Restarão apenas as cicatrizes,
Repletas de luz, perfume e cores,
E seremos felizes
E libertos das dores.
Logremos a felicidade real
Que não provém das exterioridades,
Mas da libertação do mal,
Que não permite facilidades.
O bem é a lei universal.
Do nascer do sol até o anoitecer,
Lutemos sem desfalecer.
Com a arma do amor erguida,
Defendamos os verdadeiros valores da vida,
Na nave Terra, mãe querida,
Mostrando aos céus, com coragem desmedida,
Que viemos para vencer!
Karina Jordão Cardoso
18/08/09