O Santo e o Médico O Sr. Dr. Cortez Pinto - mun-montijo.pt · mas nem rigidez de planos, ... toda...

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preço 1$00 Quinta-feira, 8 de Setembro de 1955 Ano I N.° 27 Proprietário, Administrador e Editor V. S. M O T T A P I N T O REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ÁLVARES PEREIRA - 18 M O N T I J O --------------------- COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX» MONTIJO DIRECTOR R U Y D E M E N D O N Ç A O Santo e o Médico Ao Manuei Giraldes da Silva a propósito do seu artigo «Relembrando» A sineta íez aproximar, o servo do convento, do por- tão de ferro. Lentamente subimos as escadas daquele edifício que já fora Univer- sidade Portuguesa. Con- templo os azulejos sump- tuosos dos seus corredores. Discretamente observo as celas dos frades, uma ou outra com a porta entre- -aberta. Atravesso os corre - dores amplos, em silêncio, com o guia à minha ilharga. Ainda não há muito, aquela Universidade, transforma- ra-se em rica habitação se - nhorial, de fidalgo minhoto, abastado em terras à sua volta, e nobre em receber, nos seus salões, alta linha- gem que se comprazia nas reuniões, que o senhor dos domínios, p r o p o r c i o n a v a aos convivas de estirpe. Es- pero que seja recebido pela figura que pedi, ao servo, me anunciasse e enquanto aguardo vou até à varanda. Desdobra-se uma paisagem luxuriante pelo vale, num amplexo amoroso entre a vegetação, sob a atalaia do casario edificado sem nor- mas nem rigidez de planos, cada um consoante as pos- sibilidades de terreno e sen- sibilidade artística, mas no conjunto a imprimir um sentido de vida. Os mijha- rais estão verdejantes e promissores, e nas ramadas as uvas anunciam, que as vindimas vão, mais uma vez, transforma-se, em festa, as aldeias. Um silêncio pro- fundo envolve o vale. Na montanha nem uma aragem que refresque, nem um ruido. 0 servo faz-me sinal e eu entro. Ajoelho em terra e beijo a mão do venerando Frade. Tem na cabeça um barretinho quadrado, preto, e no seu rosto uma clareira de luz suave, com um sor- riso contemporisador, ao mesmo tempo que o seu olhar perfura em busca da interpretação. A idade cur- pelo Dr. Jorge Antunes vou já para a frente o seu dorso e a mobilidade tor- nou-se difícil. Professou na - quela ordem e cumpre as directrizes, como os. seus irmãos, em Jesus. E um nome em Portugal e uma figura conhecida pelo que viajou, apostolou, prègou e fez bem aos pobres e às almas. Esvoaçam, de muito, ao seu redor, vozes de taumaturgo e a sua vida, toda ao serviço de Deus, é um exemplo e um respeito, Tem uma voz com perso- nalidade, arrastada e dúctil, à laia da gente da sua terra natal — uma vila de am- biente simples, frente a Lis- boa. Nem o convívio com pessoas várias nem o mister de prégador, alteraram ou aperfeiçoaram a voz, mesmo sem o ver, escutando-o, sa- be-se quem é o orador. A sua conversa não se afasta muita da sua missão sacra: fala de Deus e dos Evangelhos, resume tudo na obrigatoriedade do ho- mem em servir Deus. Professou naquela ordern, já tarde na sua vida sacer- dotal, e após as suas pre- gações, por capelas e igrejas da terra portuguesa, re- gressa ao convento onde permanece entre os outros frades. E ’ uma figura res- peitável, que expõe muito (Continua na página 7) O Sr. Dr. Cortez Pinto proferiu uma brilhante conferência sobi eoJapõo na Sociedade de Geografia de Lisboa reportagem de AníbaTAnjos Vamos à festa da Moita As [estas de Nossa Senhora da Boa Viagem começam no dia 10 De io a 14 do corrente vão realizar-se mais uma vez, as tradicionais Festas de Nossa Senhora da Boa Viagem, padroeira dos ma- rítimos, e que há mais de duzentos anos se realizam na visinha vila da Moita do Ribatejo. Festejos cheios de tradi- ção, caracteristicamente ri- batejanos, dos mais popula- res e concorridos que se levam a efeito no Sul, têm de ano para ano melhorado, primando as Comissões en- carregadas de os organizar, por lhe dar o maior realce, brilhantismo e imponência. Um aspecto das Festas da Moita em 1952. Este ano, tudo se prepara para fazer das Festas as me- lhores de sempre. Para isso nao se tem poupado a esfor- ços a Comissão presidida pelo Sr. José de Sousa Costa, que conta apresentar entre outros números de beleza e sensação; exposições indus- triais e agrícolas e exibições de Ranchos folclóricos do Minho. Claro que um dos núme- ros grandes do programa serão as imprescindíveis corridas de toiros, na Praça Daniel do Nascimento, com a complementar largada na Avenida Teófilo Braga. Como seisso não bastasse, terão os amantes de boa música, 10 Bandas civis exe- cutando categorizados con- certos, e ainda para alegrar a vista lindas ornamenta- ções, excepcionais sessões de fogo de artifício e ilumina- ções feericas que deixarão mais uma vez surpreendidos s encantados os forasteiros. São de assinalar também, as cerimónias religiosas na Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, principal razão da existência das Festas, e a imponente procissão, que percorrerá as ruas da vila -até ao Cais onde será dada a benção aos marítimos e seus barcos- A popularidade e justa fama de que gozam estas Festas, não é mero reclame de jornais, pois todos os anos milhares de pessoas utilizando o s transportes (Continua na página 6 ) Clinico distinto, orador brilhante, escritor emérito dotato dum poder de obser- vação que encanta, e grande Viajante que já correu o mundo de lés a lés, levado exactamente pelo seu de- sejo inato de o conhecer, o Sr. Dr. Francisco Cortez Pinto, ilustre Presidente da Associação Industrial Portu- guesa regressou ultima- mente a Lisboa duma via- gem que fez ao Japão como delegado português ao Con- gresso Internacional das Câ- maras do Comércio, justa- mente na altura err que a Sociedade de Geografia, de Lisboa levava a efeito a co- memoração do 1.° Cente- nário do escritor Wenceslau de Morais. Dados os conhecidos mé- ritos de orador, foi o Dr. Cortez Pinto convidado pela referida Sociedade de Geo- grafia a proferir uma confe- rência sobre as suas impres- sões colhidas no Japão, exactamente na data do en- cerramento desta comemo- ração de quem, como W en- ceslau de Morais tanto soube amar o Japão. Com uma sala repleta dum público escolhido, realizou o Dr. Cortez Pinto a sua ora- ção, sob a presidência dos dirigentes da referida Socie- dade, e de sua Excelência o (Continua na página 7) Dos que podem... aos que precisam... ORFANATO - ASILO Duas instituições, têm na nossa terra particular inte- resse e forte necessidade de ser ajudadas. São elas o Orfanato e o Asila. Os subsídios, cotizações e ajudas particulares com que contam, são insuficien- tes para a manutenção re- gular destas casas de cari- dade, se atendermos a que além da alimentação diária e despesas inadiáveis com medicamentos, instrução, pequenas obras de conser- vação, etc., têm os interna- dos de ambas instituições andar convenientemente agazalhados, no Inverno. Ora isso, acarreta anual- mente uns encargos, incom- patíveis com as possibili- dades financeiras das casas a que nos reportamos. Que fazer? Dado que, não podem os dirigentes, arcar com as despesas do seu bolso par- ticular, só um recurso têm em última instância. Pedir! Pedir aos corações bon- dosos, às almas esmoleres, aos espíritos bem formados, que com seu óbulo, muitc ou p o u c o não interessa, auxiliem o Orfanato e o Asilo. Como porém muitas vezes, (Continua na página 3)

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preço 1$00 Quinta-feira, 8 de Setembro de 1955 Ano I N.° 27

Proprietário, Administrador e Editor

V . S. M O T T A P I N T O

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ÁLVARES PEREIRA - 18M O N T I J O ---------------------

COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX» MONTIJO

D I R E C T O R

R U Y D E M E N D O N Ç A

O Santo e o M édicoA o M a n u e i G i r a l d e s d a S i l v a a p r o p ó s i t o d o s e u a r t i g o « R e l e m b r a n d o »

A sineta íez ap rox im ar, o servo do convento , do por­tão de ferro. Len tam en te subimos as escadas daquele edifício que já fora U n iv e r ­sidade Po rtuguesa. C o n ­templo os azulejos sum p­tuosos dos seus corredores. D iscretam ente observo as celas dos frades, um a ou outra com a porta entre- -aberta. A tra ve sso os c o r re ­dores am plos, em silêncio , com o gu ia à m inha ilharga . Ainda não há m u ito , aque la Universidade, transform a- ra-se em r ic a hab itação se­nhorial, de fida lgo m inhoto, abastado em te rras à sua volta, e nobre em receber, nos seus salões, a lta l in h a ­gem que se com prazia nas reuniões, que o senhor dos domínios, p r o p o r c i o n a v a aos con vivas de estirpe. E s ­pero que seja receb ido pela figura que pedi, ao servo, me anunciasse e enquanto aguardo vou até à varanda. Desdobra-se um a paisagem luxuriante pelo va le , num amplexo am oroso en tre a vegetação, sob a a ta la ia do casario ed ificado sem no r­mas nem rig idez de planos, cada um consoante as pos­sibilidades de terreno e sen­sibilidade a rtís tica , mas no conjunto a im p r im ir um sentido de v id a . O s m ijha- rais estão ve rd e jan tes e promissores, e nas ram adas as uvas anunciam , que as vindimas vão, m ais um a vez, transforma-se, em festa, as aldeias. U m s ilên c io p ro ­fundo e n vo lve o va le . N a montanha nem um a aragem que r e f r e s q u e , nem um ruido.

0 servo faz-me s in a l e eu entro. A jo e lh o em terra e beijo a mão do venerando Frade. T em na cabeça um barretinho quadrado, preto,

e no seu rosto um a c la re ira de luz suave, com um sor­r i s o contem porisador, ao m esm o tem po que o seu o lh a r perfu ra em busca da in te rp re tação . A idade cur-

p e l o

Dr. Jorge Antunes

vo u já para a fren te o seu dorso e a m o b ilidade to r­nou-se d ifíc il. Pro fessou na­q u e la ordem e cum pre as d irectrizes , como os. seus irm ãos, em Jesu s. E um nom e em P o rtu g a l e um a fig u ra conhecida pelo que v ia jo u , apostolou, prègou e fez bem aos pobres e às a lm as. Esvo açam , de há m u ito , ao seu redor, vozes de taum aturgo e a sua v ida , toda ao se rv iço de D eu s , é um exem plo e um respeito , T e m um a voz com perso ­

na lid ade , a rrastada e d úctil, à la ia da gente da sua te rra n a ta l — um a v i la de am ­b iente sim ples, fren te a L i s ­boa. N em o co n v ív io com pessoas v á r ia s nem o m iste r de prégador, a lte ra ram ou aperfe içoaram a voz, mesmo sem o ve r, escutando-o, sa- be-se quem é o orador.

A sua con versa não se a fasta m u ita da sua m issão sa c ra : fa la de D eus e dos E van g e lh o s , resum e tudo na ob riga to ried ad e do ho­mem em s e rv ir D eus.

Pro fesso u naqu e la ordern, já ta rde na sua v id a sacer­d o ta l, e após as suas p re ­gações, por capelas e ig re jas da te rra portuguesa, re ­g ressa ao conven to onde perm anece entre os outros frades. E ’ um a figu ra res ­p e itáve l, que expõe m u ito

(C ontinua n a p á g in a 7)

O Sr. Dr. Cortez Pintoproferiu uma brilhante conferência sobi eoJapõo

na Sociedade de Geografia de Lisboar e p o r t a g e m d e A n í b a T A n j o s

Vamos à festa da MoitaAs [estas de Nossa Senhora da Boa Viagem

começam no dia 10D e io a 14 do corren te

vão realizar-se m ais um a vez, as trad ic io n a is Festas de N ossa Sen h o ra da B o a V iag em , pad roe ira dos m a ­rítim os , e que há m ais de duzentos anos se rea lizam n a v is in h a v i la da M o ita do R ib a te jo .

Feste jos cheios de t ra d i­ção, caracte risticam en te r i ­batejanos, dos m ais popu la­res e concorridos que se le vam a efeito no S u l, têm de ano para ano m elhorado, p rim ando as Com issões en ­carregadas de os organizar, por lh e dar o m aior realce, b rilh an tism o e im ponência .

Um aspecto das F estas da M oita em 1952.

E s te ano, tudo se p repara para fazer das Festas as m e­lhores de sem pre. P a ra isso nao se tem poupado a esfor­ços a Com issão p res id ida pelo S r . Jo sé de So u sa Costa, que conta ap resen tar entre ou tros núm eros de beleza e sen sação ; exposições in d u s ­tr ia is e ag ríco las e exib ições de Ranchos fo lc ló ricos do M inh o .

C la ro que um dos nú m e­ros grandes do program a s e r ã o as im p resc in d íve is co rrid as de to iros, na P ra ça D a n ie l do N ascim ento , com a com p lem en ta r la rg ad a na A v e n id a T e ó filo B rag a .

C om o se isso não bastasse, terão os am antes de boa m úsica, 10 B an d a s c iv is exe­cu tando categorizados con­certos, e a inda para a leg rar a v is ta lind as o rnam enta ­ções, excepcionais sessões de fogo de a rt if íc io e ilu m in a ­ções feericas que deixarão m ais um a vez surp reend idos s encantados os forasteiros.

São de a ss in a la r tam bém , as cerim ón ias re lig iosas na Ig re ja de Nossa Sen h o ra da B o a V iagem , p rin c ip a l razão da ex istênc ia das Festas, e a im ponente procissão, que p erco rre rá as ruas da v i la -até ao C a is onde será dada

a benção aos m arítim os e seus barcos-

A pop u la rid ad e e ju s ta fam a de que gozam estas Festas, não é m ero rec lam e de jo rna is , pois todos os anos m ilh a res de pessoas u tiliz an d o o s transportes

(C on tinua n a p á g in a 6)

C lin ico distinto, o r a d o r brilhante, escrito r em érito dotato dum poder de obser­vação que encanta, e grande Viajante que já correu o mundo de lés a lés, levado exactam ente pelo seu de­sejo inato de o conhecer, o S r . Dr. F ranc isco Cortez Pinto, ilustre Presidente da Associação Industrial Portu- g u e s a regressou u ltim a­mente a L isboa duma v ia ­gem que fez ao Jap ão como delegado português ao C o n ­gresso In ternaciona l das C â ­maras do Com ércio , justa­mente na altura err que a Sociedade de G eogra fia , de L isboa levava a efeito a co ­m em oração do 1.° Cente ­nário do escrito r W en ces lau de M orais.

Dados os conhecidos mé­ritos de orador, foi o D r. Cortez P in to convidado pela referida Sociedade de G e o ­grafia a proferir uma confe­rência sobre as suas im pres­sões colh idas no J a p ã o , exactam ente na data do en­cerram ento desta com em o­ração de quem, como W e n ­ceslau de M ora is tanto soube am ar o Japão .

Com uma sala rep leta dum público escolhido, rea lizou o Dr. C o rtez Pinto a sua ora­ção, sob a p residência dos dirigentes da referida S o c ie ­dade, e de sua Ex ce lên c ia o

(C ontinua na p á g in a 7)

Dos que podem...aos que precisam...

ORFANATO - ASILOD uas in stitu ições , têm na

nossa te rra p a r t icu la r in te ­resse e forte necessidade de ser ajudadas.

São e las o Orfanato e o Asila.

O s subsíd ios, cotizações e a judas p a rticu la re s com que contam , são in su fic ien ­tes para a m anutenção re ­g u la r destas casas de c a r i­dade, se a tenderm os a que a lém da a lim en tação d iá r ia e despesas in ad iá ve is com m edicam entos, i n s t r u ç ã o , pequenas obras de conser­vação, etc., têm os in te rn a ­dos de am bas in stitu ições a n d a r con ven ien tem ente agazalhados, no In ve rno .

O ra isso, a ca rre ta a n u a l­

m ente uns encargos, in com ­p a tív e is com as p o ss ib ili­dades fin an ce iras das casas a que nos reportam os.

Q ue fa z e r?D ad o que, não podem os

d irigentes, a rca r com as despesas do seu bolso p a r­ticu la r, só um recu rso têm em ú lt im a in stân c ia .

P e d ir !P e d ir aos corações bon­

dosos, às a lm as esm oleres, aos esp írito s bem form ados, que com seu óbulo, m u itc ou p o u c o não in te ressa , au x iliem o O rfan a to e o A s ilo .

Com o porém m u itas vezes,

(C ontinua n a p á g in a 3)

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V i u v a & F i l h o sd e R o m á n S a n c h e z

D E S P O R T O S( ^ - a t e b ô i

Oriental, 2 . - Montijo, 2?

Obrigado, rapazes!E ’ assim que devem os in i­

c ia r a nossa crón ica , acom ­panhando estas duas p a la ­v ra s com um voto de s im ­p a tia para o tre in ad o r A n ­tónio Fáb re g a s !

Sòm en te pelo resu ltado obtido e jogo d esen vo lv id o ?

N a d a disso, porque somos dos que concordam os que no p rim e iro encontro nada se «vê» que nos h a b ilite a en ca ra r o fu tu ro com tran ­q u ilid ad e , mas sim pela de­m onstração c la ra e insufis- m ável de que «pode mais quem q u er do que quem pode». N o u tras p a la v ra s ; por terem m ostrado aos in ­satisfe itos, aos descrentes e até aos detrato res que o seu va lo r, que o va lo r da «p rata da casa» é re a l e poderá ser p o s itivo desde que ele seja o rien tado com saber e com petência ! P o r assim pen­sarm os, e porque o m ora l a lcançado neste encontro é benéfico para todos é que encim am os estas lin h as com um obrigado rapazes!

O M o n tijo que se ap re ­sentou no Cam po E n g . S a ­lem a com um a es tru tu ra quase to ta lm ente d iversa daque la que actuou na época transacta , su rp reendeu os «o rien ta lis ta s» e a «m eia dUzia» de m ontijenses que o acom panhou.

E se ou tras dem onstra ­ções, tá ticas e técn icas não tivessem feito, b astava a ap resen tação das suas con­d ições fís icas para se im ­porem ao conceito dos es­pectadores, que ve rif ica ram terem os m ontijenses os «90 m inutos» nas pernas, coisa, a liás , não m u ito v u lg a r nos p rim e iro s encontros da época.

N ão ho uve de parte a parte p rim ores de técnica, com o e ra de esperar, mas fez-se o fu tebo l necessário para que am bas as equipas «v issem » os seus pontos fracos e o rien tarem os seus técn icos a reform as futuras.

E s p e r á v a m o s m ais do O r ie n ta l, c lube com asp i­rações, e leg ítim as, agora o rien tado por B ir i , e que possue no seu elenco e le ­m entos com o Edm u n d o , C a ­pelo, R og ério , Lu z , L e itã o etc. que só por si dão va lo r a q u a lq u e r form ação, e que a liado a isso con tava já no seu a c t ivo alguns jogos nesta é p o c a !

P o u ca con v icção no sector d ian te iro nos m o m e n t o s , em bora fugazes, em que es­teve «em cim a» da nossa defesa, e pouca ve loc idade nos seus defensores, sem pre batidos em co rrid a e bastas foram , pelos nossos d ian ­

teiros, duas delas o rig in á ria s dos tentos m ontijenses. No en tan to m erece re fe rênc ia a actuação de Le itão , R o ­gério e A lm e id a .

N o i n í c i o esperávam os m enos, confessam o-lo ho­nestam ente, da eq u ipa m on­tijense, conhecedores como eram os da frag ilid ad e d a l­guns e lem entos e da cu rta p reparação d o u t r o s , mas t a m b é m desconhecedores, em p rofund idade do « tra ­balho» m eticu loso que com eles h a v ia tido o seu p re ­parador.

N ão é in tenção nossa des­taca r nomes, já porque é cêdo para a q u ila ta r das suas possib ilid ades 6 porque to ­dos foram obre iro s do re su l­tado ; por isso fazemos a ap reciação g lob a l da equ ipa que teve p rin c íp io , m eio e fira, e nos m ostrou «saber o que queria» com jogadas de ve ra com binação a p a rtir da defesa e que teve com o co ro lá rio o excelen te tento de R a u l após um as tr ia n g u ­lações perfe itas de m anobra, que e le tam bém soube fin a ­lizar. A fuga de M an u e l L u ís para a obtenção do i . " tento foi tam bém filha da justeza dum a entrega em p ro fund idade do médio de ataque a R a u l e deste ao seu centro avançado.

O resu ltado ajusta-se, é certo, se tom arm os em lin h a de conta os va lo res das equ ipas e o dom ín io , em bora desordenado, da equ ipa mar- v ile n se na m a io ria do 2.0 tem po, mas é certo tam bém que a h a ve r um vencedor ele só poderia ser o M ontijo , pelas oportun idades se r­v id as de golo feito, e pe la energ ia e von tade em pre ­gada na lu ta , enquanto que o O r ie n ta l, as duas ocasiões que se lh e deparou foram bem a p ro v e ita d a s .. .

A a rb itragem do sr. P a u lo de O liv e ira , se não m erece nota a lta , p rocu rou pelo menos ser im p a r c ia l !

E n f im um a jo rn ad a a ter em conta com os seus prós e os seus con tras para ac tu a ­ções próx im as.

Notas à margem do encontro

P o r nos p arecer justo, querem os destacar a co rrec ­ção do jogo e a m aneira s im p ática com o o púb lico aco lheu a nossa equipa.

D e sa lie n ta r tam bém o facto de B ir i , o s im pático e co rrè to tre in ad o r orienta- lis ta , te r no f in a l do jogo, fe lic itad o os nossos jogado­res pela sua exib ição.

Ig u a l gesto, e tam bém de anotar, t ive ram a lguns jo ­gadores m arv ilenses.

José Estevão

(OLUfllBOflLIfl' D i o g ó J t l t n d a n ç Â i

I j a a a t e iIngt ata e d ifíc il éa missão

de quem escreve para os jornais, especialmente cróni­cas desportivas, seja em que modalidade jor.

Somos novos nestas andan­ças, mas começamos já a sentir os ejeitos de criticas perniciosas, transjormando a missão de quem quer cum­prir honestamente.

Há dias, fomos surpreen­didos, com a noticia do ines­perado abandono da prática columbójila, pelo pequeno desportista montijense Diogo Mendonça Tavares.

Razões várias, motivaram tão repentina como impre­vista atitude por parte de seu pai, snr. António Rodrigues Tavares Junior, que o fereceu seus alados aos amadores montijenses.

Era meu desejo nada escre­ver sobre 0 assunto, para evitar a malidicência derro­tista, mas o imperativo da consciência não consentiu que calássemos mais tempo esta noticia.

Trata-se de um dos mais distintos columbófilos, cuja colónia composta de jamosos pombos oriundos de exce­lentes pombais de Portugal e Bélgica, têm contribuído para a expansão, propaganda e prestígio deste desporto na nossa terra.

Sua colónia era desporti­vamente 0 seu orgulho, tendo na sua aquisição gasto mi­lhares de escudos.

Mas era um. desportista sem egoísmos, sem ambições, e que deixou bem vincada a sua jorte personalidade.

Servido por um coração magnânimo, enviava as suas aves aos concursos, não com espírito de. competição, mas mais pelo prazer de as ver chegar, porque 0 espirito mercantil, n u n c a ali teve cabimento.

Regozijava-se quando 0 fe- recia alguma ave, sentindo enorme prazer se ela na posse de seu novo dono, se classi­ficava bem nos concursos.

Tudo isto são facetas do amador m a i s amador da S. C. M. e que neste momento se retirou, deixando-nos en­tregues a um ju turo duvi­doso.

Para bem da columbojilia de Montijo, precisamos da sua ajuda, do seu conselho, do seu auxilio.

Sabemos que, se esta reso­lução se mantiver a S. C. M. não p o d e r á viver muito tempo.

E. S. Baeta

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m en te conhecidos dos nos­s o s estim ados l e i t o r e s , n a tura l se torna, p o r vezes, su rg irem pequenos lapsos que n òs de p ro n to estam os p red ispostos a corrigir.

H o j e , v i m o s pub lica­m ente fa ze r ju stiça ao nosso conterrâneo Josè Gouveia M artins, p o p u la r futebo­lista do S p o r t L isboa e B en fica que se deslocou à s terras d a A m érica do Sul in tegrado na e m b a ix a d a daquele Clube.

N ão fe z «A P rovincia» eco da v iagem de Zézinho, em bora este, à p a rtid a , tenha a p resen ta d a as suas d esp ed id a s ao nosso jor­n a l. A presentam os-lhe as n o ssa s descu lpas e creia que n os m ereceu a m aior consideração a m a n e ira como, p o r acaso fortuito, este a ssun to nos fo i apre­sen tado .

E stam os certos que José M artins não ficou com res­sen tim ento p e l a n o s s a fa lta , o que in fe lizm en te n em sem p re acontece com aquelas p esso a s cuja com­preensão è c u r ta ...

A proveitam os a oportu­n id a d e p a ra d ir ig ir ao fogoso avançado b e n f i - quista , os votos d a s m a io ­res fe lic id a d es, n a época que ora começa, de modo a h o nrar o seu Clube e à terra onde nasceu.

S a l v é J o s é M a r t i n s !

Na passagem

do 7 .” aniversário do C. D. M.

A com em orar a passagem de mais um ano de existên­cia, organizou a D irecção do C . D. M ., sob a inspiração do seu Secre tá rio perma­nente, sr. Jo ã o G a rc ia Nu­nes dos Santos, uma interes­sante exposição de trofeus, onde podemos adm irar um apreciáve l número de taças, p lacas, salvas, galhardetes, etc., padrões que testemu­nham p a ia a posteridade as g lórias alcançadas pelo nó- ve l C lube M ontijense, bem como aqueles que lhe servi­ram de princípio.

E ’ digna de todo o aplauso esta m anifestação espiritual da D irecção do C . D . M., ilustrada, ainda, com as fo­tografias de todas as indivi­dualidades q u e passaram pelo G ab inete da D irecção como membros efectivos da mesma.

E ’ de facto digna de realce a interessante exposição do C . D .M . que devia ser visi­tada por todos os montijen­ses que se preocupam com os problem as desportivas da nossa terra.

Aproveitam os o e n s e j o para saudar o C lube Des­portivo de M ontijo no solene momento que passa, um dos , mais críticos da sua curta existência, desejando-lhe as m aiores felicidades nos seus em preend im entos!

M. L.

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g.9-955 A PROVINCIA 3

N O T I C I A S DA S E M A N Ad íç ç jid a

A n iv e rs á r io s— Dia 1, a E x .ma m enina Gacilda

Ribeiro da Silva, filha do nosso assinante sr. José H erm enegildo da Silva.

_ Dia 4, a E x .ma senhora D. Maria Lucília O uteiro de C arvalho, esposa do n o s s o assinan te sr. Ernesto C ordeiro de C arvalho.

— Dia 7, o m enino João M anuel Ferreira B ranco, filh inho do nosso assinante sr. Jac in to Neto B ranco e da s r .a D. C ustódia F e rre ira Branco.

— Dia 8, a m enina Ana M aria Caria Peixoto, filha da nossa assi­nante em C oim bra ex.ma s r -a D. Ana Caria Peixoto.

— Dia 9, o m enino José Carlos de Azevedo M adeira, filho do nosso assinante s r . Carlos José C. Ma­deira.

— Dia 10, a m en ina M aria Ga- briela Relógio M achado, gen til filha do nosso prezado assinan te sr. José Machado.

— Dia 13, o sr. Anselm o Joaquim Marques, n o s s o estim ado assi­nante.

— Dia 16, o m enino A ntónio Manuel C orreia Sousa F o rtuna to , filho do nosso prezado assinan te sr. Francisco da Mónica F ortunato .

— Dia 22, a E x .ma sr.a D. M aria Angélica Rosa Gomes, nossa ded i­cada assinante.

Férias— Para T ábua, onde irá passar

um mês de m erecidas férias, seguiu a nossa querida colega de tra b a ­lho, Maria Alice N unes C asta­nheira, acom panhada de seus pais.

— Para Lobão — Beira A lta, se­guiu em gozo de férias, acom pa­nhado de sua E x .ma fam ília, o nosso prezado assinan te sr . A n tó ­nio Emílio C arm elo.

— Para a Serra da E strela o nosso assinante sr . João Gomes d’Almeida M anhoso e sua E x .ma esposa.

— Para C arragosela — T ábua, a família do n o s s o assinan te sr. Carlos José C. M adeira.

— Para C arragosela p a rtiu dia 4 o Sr. António A m érito da Costa Ribeiro filho do nosso dedicado assinante sr . A ntónio R ibeiro .

— Também para C arragosela o nosso dedicado assinan te S r. A ntó­nio Pinto R am os, acom panhado de sua Ex.ma Fam ília.

Partidas e c h e g a d a s— Para L isboa onde fix a rá res i­

dência, seguiu o nosso prezado assinante sr. A n t ó n i o Joaquim Evangelista.

— Para Colares, acom panhado de sua E x .m* fam ília, segu iu o nosso prezado am igo e assinan te 8r. Manuel Serra.

— Chegou de um a viagem por alguns países da E uropa o Sr. Dr. Alberto Cardoso do Valle, ilu s tre advogado e d igno C onservador da Registo Civil de M ontijo, acom ­panhado de sua E x .ma E sposa e hino, novel advogado m ontijense " r . Dr. Jo rge Manuel M o r a do Valle.

— Fixou residência na M oita do ^'batejo, o nosso am igo e assinan te ir> Armando M arcelino, an tigo comerciante e actual fe ito r d a vuinta de Santa Rosa naquela vila.

N a sc im en to— Deu à luz um a robusta criança sexo fem inino a E x .m“ Sr.a D .a

Helena Beatriz R odrigues da Silva, esposa do nosso am igo e assinan te cr‘ Alfredo Gonçalves da Silva “nceituado in d u s tria l m on tijense .ai e filha encontram -se bem .«A P rovincia» ap resen ta os

e\>s m elhores parabéns aos felizes Pais. 1

P e l o O H Í I E UA D irecção desta colectividade

— a única co laborante local da C am panha Nacional de Educação de A dultos — pede-nos para in fo r­m ar que reabriu , em 1 do co rren te , o C urso de Instrução P rim ária , que põe à disposição dos seus actuais ou novos associados. Como se prevê g ran d e afluência de a lu ­nos, funcionarão duas aulas : um a, para a l . a e 2 .a classes, com in s­crição g rá tis e, outra, para a 3 .a e4.a classes, d irig ida pelo professor José M argalho Félix P in to .

T odas as inform ações s e r ã o dadas na sede do A teneu, R ua Jo a ­qu im de A lmeida, todos os dias ú teis das 21 às 23 horas.

0 Novo Posto da P. S. P.

Já se encontra a funcionar no edifício da Rua Miguel Pais, o Posto da P S. P. transferido para aquele local graças à boa vontade e in teressse do S r. José da Silva Leite, d igno P residen te do M uni­cípio.

Da cu rta visita que fizemos às novas instalações da polícia local, acom panhados pelo seu C om an­dante , 1.° Sub-C hefe R ogério F e r­re ira da Silva ficou-nos a im p res­são que de facto os serviços estão bem instalados, sendo contudo de grande urgência algum as obras in te rio res de adaptação e m ob i­liário convenien te para a fina li­dade do edifício e p res tíg io da corporação policial.

A inauguração oficial que está m arcada para breve, se rá m ais um passo no progresso dos se rv i­ços públicos que vão assim sendo colocado para bem da população em locais com patíveis com a sua im portância e de acordo com o crescente aum ento populacional de M ontijo .

EspectáculosC a r t a z da S e m a n a

CINE PO PU LA RQ uinta-feira , 8 ; (para adu ltos)

«Cinema de O utros Tem pos» com «Ú ltim a Reportagem ».

Sábado, 10; (para 13 anos) «M ar­garida de Cortona» com «A C am é­lia e a Vida».

D om ingo, 1 1 ; (pa ia adultos) «M arabunta» com «O Caso das Jóias B enett».

Segunda-feira, 12; (para adultos) «A Louca A ventura» c o m «A Dama M arcada».CINEMA 1.° DEZEMBRO

Sábado, 10; (para 18 anos) «A M argem da M etrópole» com «M.7 Não Responde».

D om ingo, 11; (para 13 anos) «O H eroísm o dos D omingos» c o m «Alta Traição».

S egunda-fe ira , 12; (para 13 anos) «A Espada Sarracena» com «Os M istérios da L una Parque».

Q uarta-feira , 14; (para 13 anos) a rep rise do famoso film e «Vio­letas Im periais» com «Jornal U n i­versal».

ComproD esperdício de papel. T r a ta :

M anuel T e ixe ira D uarte , C orte Falcão — L ote 5 — M O N TIJO .

DinheiroE m presta-se até 500.000$00 ju ro

de lei com hipoteca. Inform a nesta redacção.

Trespasso-se ou Arrenda-seM ercearia, com venda de pão

e café com esplanada, com casa de habitação tudo na m esm a p ro p rie ­dade. T ra ta no B airro da Bela Vista, Rua B. 29 — M O NTIJO.

EmpregadaP a ra escritó rio , c o m algum a

p rá tica . Inform a-se nesta redacção.

Coisas que acontecem.,.

mas não deviam acontecerE ’ frequen te a in terrupção do

fornecim ento de energ ia eléc trica d u ran te a sem ana, p o r pequenos períodos, é certo , m as que às vezes a tingem a duração de um a hora ou m ais.

Há dois dom ingos que tam bém na p arte da m anhã a energ ia é cortada d u ran te 4 ou 5 horas, não sabem os com que fim.

O 1.° caso afecta a in d ú stria , o2.° o particu lar.

Am bos prejud icam .Poderá fazer-se algum a coisa no

sen tido de ev itar estas deficiências?Bem sabem os que isto são coisas

que acontecem , m a s . . .P o rque não se avisa o consum i­

d o r? . . . ou som os só nós q u e te ­mos obrigações a c u in p r i r ? . . .

S o b re o m esmo assunto receb e­m os a segu in te c a r t a :

E x .m° Sr. D irector de «A Pro­vin d a » M ONTIJO

Para quem , como V. Ex.a, tem dem onstrado certo em penho na defesa dos in teresses m on tijenses, talvez va lh a a pena in q u ir ir dos m otivos que o rig in am u falta de energ ia e léctrica aos dom ingos no M ontijo.

Até parece que andam os perse­gu idos pelo R etrocesso, senho r de esp írito an tiquado e m ovim entos re trospectivos.

A lguns anos vivem os sem esta inoóm oda in te rru p ção dom inical na fornecim ento da luz. Pois agora, há poucas sem anas, a falta vem a co n sta ta r-se com carácter efectivo e m ais dilatada em cada dom ingo que passa. H oje, po r exem plo, neste p rim eiro dom ingo de Setem ­b ro de 1955, a luz ausentou-se m a­n h ã cedo e só reg ressou depois das13 horas, levando a tarde in te ira em reg im e e x p e rim e n ta l: acen­dendo-se e apagando-se co n tinua­m en te 1

Se vivessem os em qualquer luga­re jo desses onde a energ ia e léctrica serve apenas p a ra a lum iar as con- gostas e a lgum as habitações, ainda a falta poderia to le ra r-se . Na vila de M ontijo, que o p rogresso está transfo rm ando m i l a g r o s a m e n t e , não se aceita nem se adm ite 1

Cham e V. E x .a, no seu jo rna l, a atenção de quem superin tende nestas coisas, não perm itindo que uns, irresponsáveis e não p re ju d i­cados, ofusquem o trabalho que ou tro s tão abnegadam ente estão realizando na nossa terra.

Com elevada consideração,

U m L e i t o r

RANCHO DABANDA DtMOCRAlKA

Desloca-se no próxim o Sábado a L isboa, o R ancho Folclórico da B anda D em ocrática 2 de Janeiro ,

A exibição do in teressan te grupo terá lu g a r na verb en a do C lube O rien ta l de L isboa e colaborará n es ta festa a O rquestra R ib a te ­ja n a , conhecido e categorizado con jun to m usical da nossa te rra .

E stá em organização um a ex cu r­são p ara essa noite que prom ete s e r bastan te concorrida e sem dúvida m ais um a jo rn ad a de boa propaganda para M ontijo.

Exiemalo do sasraãn Coraião hi lesus e Pousadinha te

Santa F l in aD irectora: D r.a A na M aria da

Conceição F e rre ira . E nsino Liceal e Infan til, A dm issão aos L iceus e Escolas Técnicas.

Estão abertas as m atrícu las tod os os dias ú te is , das 10 às 12 e das14 às 19 na Rua Dr. M anuel da C ruz, 2 — M O N TIJO .

F a l e c i m e u l o s

Nicolau Fernandes JúniorApós um sofrim ento de dois

m eses, finou-se o Sr. N icolau F ernandes Jú n io r, nosso querido assinan te , p roprie tá rio , na tu ra l de M ontijo, com 51 anos de idade, v indo a falecer em casa de seu g en ro Sr. Jorge M aximo de Sousa Sequeira,.

O ex tin to deixa viúva, a E x .ma S r.a D. M aria B albina P in to F e r­nandes e dois filhos a S .a D. A r­íete P in to F ernandes e o S r. Amé­rico P in to Fernandes.

Tendo falecido no dia 31 p. p., o funeral rea lizou-se para o cem i­tério local, com grande acom pa­nham en to .

Á fam ília en lu tada e em especial ao nosso dedicado assinan te Sr. Jo rg e M aximo de Sousa Sequeira, sócio ge ren te da conceituada firm a m ontijense , Sequeira & Santos L td .3., apresenta «A Província» sen tidos pêsam es.

Júlia Tavares da Silva

F a l c ã o d a C u n h aN o p a s s a d o d ia 3, f a le c e u n o

S a m o u c o , t e r r a d a s u a n a t u r a ­l i d a d e e o n d e r e s id ia , a E x .ma s r . a D . J ú l ia T a v a r e s d a S i lv a F a lc ã o d a C u n h a , d e 91 a n o s v iú v a d o s r . F ra n c is c o S im õ e s d a C u n h a e t ia d o s n o s s o s p r e ­z a d o s R e d a c to r e s s r s . J o s é C a­n a r i m N e p o m u c e n o e A n tó n io J ú l io C a n a r im N e p o m u c e n o .

O f u n e r a l q u e se r e a l iz o u n o d ia s e g u in te p a r a o c e m i­té r i o d a q u e la lo c a l id a d e , te v e g r a n d e a c o m p a n h a m e n to , p e la s i m p a t i a q u e a d e f u n ta g o s a v a .

« A P r o v í n c i a » , a p r e s e n ta s e n t id o s p ê s a m e s à f a m íl ia e n ­l u t a d a e e m e s p e c ia l a o s n o s ­s o s d e d ic a d o s c o la b o r a d o r e s s r s . J o s é C a n a r im N e p o m u c e n o e A n tó n io J ú l io C a n a r im N e­p o m u c e n o .

A g r a d e c im e n t o sJ o s é J o r g e G o m e s

Lidia P inho F erra Gomes, filha e gen ro , não tendo ou tro meio de o fazer d irectam ente, vêm assim a g r a d e c e r reconhecidam en te , a todas as pessoas am igas que se dignaram acom panhar à sua ú ltim a m orada, seu chorado esposo, pai e sogro.

José M aria Patríc io e M aria Alice A ugutsa da Silva, país do pequen ito José António d a S ilv a Patrício, vêm por este meio ag ra ­decer a todas as pessoas que os acom panharam e m anifestaram o seu pesar, quando do falecim ento de seu filho .

R a p a zO FER E C E -SE — Com a in s tru ­

ção p rim ária , para balcão ou q ua l­q u e r o u tro serviço — inform a-se nesta redacção.

Dos que podem aos que precisam(C ontinuação d a i . a p á g in a )

a in é rc ia , o pequenino m i­crób io da p regu iça, o ainda é cedo, in vo lu n tá r io esque­cim ento, são cu lpados in o ­centes, do pouco a u x ílio que estas casas recebem , « A P ro v ín c ia » cônscia dos seus deveres e p ron ta a pugnar por obras de so lidariedade hum ana, in ic ia a p a rtir de hoje um a cam panha de bem fazer, a ía vo r destas duas casas de caridade m o n ti­jense, a íim de que ao che­gar o inverno, tenham as in fe lizes crianças e os pobres ve lhos, algo com que se agasalhem , um abafo para seus corp itos débeis ou para os decrép itos m em bros alquebrados.

T u d o s e rve !U m a cam iso la de lã que

seu filh o já não usa. U m sobretudo coçado que seu pai já não quer. U m par de m eias de lã , um casaco que lh e está curto , um as lu vas , uns m etros de flane la , um as m eadas de lã . . .

Tu d o se rve !T u d o faz a rran jo em casa

de pob res ! . . .M as prefere d ar q u a lq u er

im p o rtâ n c ia ? . ..Ó p t im o ! E s se d inh e iro

será ap licado em agasalhos para novos e ve lhos.

O p rin c íp io e o fim ! . . .O s extrem os tocam -se!. . .Q uem acode aos pobres?...

Vende-seM oinho de vento n .° 6 em bom

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Qía (f eita da aida

De quando em quando

( J i a i e i w L £ ã ( %

E m ce rta t a r d e . . , N a surp resa de um encontro inesperado

O l h o s l i n d o s c o m o o s t e u s H á q u a n t o t e m p o n ã o v i a , T o n s n e g r o s e c o r e s d e C é u s D e b e l e z a q u e e x t a s i a .

N e s s e i n s t a n t e e m q u e te v i N e g u e i d a V i d a o s e s c o l h o s . . . . S e u m n o v o m u n d o s e n t i N a f o g u e i r a d o s t e u s o l h o s .

Q u e m e r a s ? . . . Q u e m e i m p o r t a v a ? . . Q u a n d o s e g u i a o s t e u s p a s s o s ,S e o P a r a í s o s o n h a v a N a v o l ú p i a d o s t e u s b r a ç o s .

m e d e s t e s

TM! A N U E L

E o m é x i m o p r a z e r q u e E m m i l a f a g o s i n f i n d o s . . - S e u m D e u s d e a m o r m e f i z e s t e s V e n d o o s t e u s o l h o s t ã o l i n d o s . . .

G I R A L D E S D A S I L Y A

semana kiíMiiea

Coordenação àefre> Agostinho de PenamacorS E T E M B R O

D ia 8 — 1810 — W e ll in - gton chegou às lin h as de defesa de L isb o a , às de T o rre s Ved ras , que a n a li­sou detidam ente p a r a a possib ilidade de lh e s e rv i­rem de redu to após o en­contro com o exérc ito fran ­cês, com andado pelo m are ­ch a l M assena.

D ia 9 — 1509 — E ’ preso A fonso de A lb u q u e rq u e .

D ia 10 — 1438 — C o n tava D . A f o n s o V seis anos quando foi proclam ado nas cortes c e l e b r a d a s nesta data em T om ar.

D ia 11 — 1891 — M o rreu A n te ro de Q u en ta l.

D ia 12 — 1871 — Fa le ce u Jú l io D in iz , o au tor ilu s tre dos m ais suaves e enterne- cedores rom ances da lín g u a portuguesa.

0 sono, nhoÉ re la t iv am en te recente

a c ien tíf ica in te rp re tação do sono com o um a função fis io ­ló g ica a c t iv a do cérebro, que tem por fin a lid ad e a reparação e o repouso do sistem a nervoso cen tra l, ou se ja a m anifestação de um in s tin to de defesa do nosso organ ism o con tra a in to x i­cação e esgotam ento que resu ltam da ac tiv id a d e v ig il.

So b 0 ponto de v is ta f is io ­lógico , o sono caracteriza-se por um a no rm a l e p eriód ica d isso lução das funções da consciência , um a i n t e r ­rupção da nossa v id a a n í­m ica, que m u ito se ap ro ­x im a d e u m estado d e confusão m ental.

I O que se passa então d u ran te o estado h ip n ico ?

O s m úscu los perdem o tonus no rm a l, suprim e-se a i n e r v a ç ã o vo lu n tá r ia , os olhos, estre itadas as pup ilas, d irigem -se para dentro e para cim a, a resp iração tor-

'd o M i n h o a o G u a d i a n a

T E R R A S D A N O S S A T E R R A

I I - A v i l a d a M o i l a d o R i b a t e j oS U A F U N D A Ç Ã O

pelo Prof. José Manuel LandeiroD issem os já que, em 1423,

já M o ita ex istia , sendo nesta a ltu ra form ada por um pe­queno povoado à vo lta da sua cap e linha , da in vocação de S . Sebastião , em cujo t r a n s e p t o se ab riu a p r i­m e ira sepu ltu ra para ne la se e n te rra r um a f ilh a de V asco M ore ira , fida lgo es­cu d e iro de D . D ua rte , a qua l m o rre ra v ít im a de um a «pes­tilên c ia» . F o i entre os re in a ­dos de D . Jo ão I e seu filho D . D u a rte que, ofic ia lm ente, M o ita te ve 0 seu nascim ento e enq uad rad a nos «Term os novos» do C aste lo de P a l ­m e ia e freguesia de A lh o s V ed ro s , um a das povoações m ouriscas m ais an tigas de todo este R ib a te jo S u l que, antes da fundação da Casa L u s ita n a , 0 R e in o de P o r ­tugal, fizera parte dos « T e r ­mos ve lh os» da g loriosa P a lm e ia , fundada pelo pas­to r da Lu s itâ n ia , Eu séb io ou A u l io C o rn é lio Pa lm a . A lco ch e te , A ld e ia G a leg a e

A lh o s V ed ro s foram sem pre da s im p atia de D . Jo ão I e de D . D uarte , com o terem os ocasião de ver.

D u ra n te m ais de um sé­culo, a p a r t ir do sécu lo X V , M o ita foi a ind a con stitu ída por um a população d isp e r­sa por casais ou qu in tas, s itas na área da ju risd ição ad m in is tra tiva , j u d i c i a l e ec les iá stica de A lh o s V e ­dros, hab itando à beira-rio apenas 14 pessoas! (1) Em 1572 já M o ita e ra cortada ou a travessad a por c a m i­nhos q u e conduziam ao A le n te jo e a E sp an h a e até se rv id a por ca rre ira s f lu ­v ia is para L isb o a e dotada de esta lagens para passa­geiros que se d irig iam para aq ue las paragens. E m 1500, quando tom a a m estria da O rdem de San tiag o de P a l ­m eia, D . Jo rg e Len castre , M o ita in ic ia g randes e pa l­p áve is progressos. A p ro v e i­tam-se todos os sapais e es­teiros, cedidos por afora­

m ento por aq u e la O rd e m , para hortas e m oinhos de água.

E , em m enos de um sé­cu lo , desde a M o ita até à q u in ta de M a rtim A fo nso ou Rosário , ao E s te iro F u ­rado e a S a r ilh o s Pequenos, todas as m argens do braço do T e jo até à baia do M o n ­t ijo (ho je B a s e N a v a l) se ap rove itam e tian sfo rm am e se m ovim en tam , pelo que foi necessário proceder-se a ab e rtu ra de novos cam i­nhos e ao a la rgam en to dos que já hav ia . Com as ca r­re iras f lu v ia is , aconteceu o mesmo. T iv e ra m de ser a u ­m entadas. U m a das e s tra ­das, a liás já im po rtan te pela sua la rg u ra nesses lo n g ín ­quos tempos, era a que, pas­sando por O lh o s de A g u a , P a lm e ia , ia d a r a Se tú b a l, pondo-se assim M o ita em perm anente contacto com as v ila s de P a lm e ia e Se tú b a l.

U m a ou tra estrada im po r­tan tíss im a pelo seu cons­

tan te m ovim ento , e ra a dos Esp an h ó is que, saindo da M o ita segu ia pelo A le n te jo para Esp an ha .

J á D u a rte N u n es de Leã o diz que o sal, os cerea is fa ­rinados, os fru tos e as no ­v idades das hortas, caça e criação , o saboroso peixe do r io e as ostras do Jo ã o da Q u in ta , o mel, ram a e len h a dos p in h a is com o seu có r­tex e as suas se ivas ex trac ­t iv a s de ap licações in d u s ­tria is , os v in h o s de pasto e generosos, tudo v in h a já correndo às p ra ias da M o ita .

E assim a M o ita , con tinua a p rog red ir 3 o lhos vistos.

1) Em 1532, a M oita tin h a 46 hab itan tes , A lhos V edros 550 e Lavradio, 130.

— A7o próximo artigo — Moita, sede de Concelho.

ÀCTUÁLIDADEG rá f ic a

• •

O L e ito r tem ce r ­tam ente v isto e s t a cena em m u itos f i l ­mes norte am erica ­nos.

A s m u ltidões deste p a í s , especia lm ente no F a r- W e s t e Texas, de liram com tão a r ­rebatado com o em o­c ionante espectáculo.

C a va lg a r an im ais b ravíss im o s e se lva ­gens, dando m ostras de grande p e ríc ia e va le n tia , fazem dos Cow-boys ído los das ju ven tud es de todo o mundo.

N o entanto, por- vezes não conseguem manter-se na s e l a m ais que a lguns se­gundos.

E n t ã o sucedem- -lhes p reca lços como o que se pode ap re ­c ia r nesta fotograiia .

• •

çLuí s N a

na% is lenta, a Prod jior do orga- nist.se (também sabe§uando dor- raill%iamos mais fàciitl a sensibi- lidact e as secre- Ç6es;,modo geral m®ites. Estes facto® que o or- ganiijedominante-

ao compo- ia nervoso tem por

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lado sistema ípático.

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necessárias reserva e o

repo-al e psíquico faz-:irar as ener­gias ís durante o perio|iminando-se tamancos então

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s

10, (ho e os seus m e c a n is m o sr Luís Navarro Soeiro

na'4ais lenta, a Pr^|or do orga- n>SiL (também

uido dor- iaraos mais a sensibi-

e as secre- [odo geral

ites, Estes que o or- lominante- ao compo- ia nervoso tem por

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C ixperência de todo as, c e r t o s factíftem o sono, outro jintrário per- turkáté mesmo o imptlos nós verifi- cani»3curidade, o

repouso em lu g a r que nos é h ab itu a l, certas posições do corpo, o exem plo dos outros, u m a le itu ra m onótona e até a vontade de d o rm ir favorecem o sono reparador. P o r sua vez, a fad iga in te ­le c tu a l, as d iscussões, p reo ­cupações, a p erspectiva de acontecim entos em ocionais s ã o factores im p ed itivo s bem conhecidos. P a ra com ­bater a lgum as das causas que pertu rbam o sono, acon ­selha-se gera lm ente e v ita r traba lho s in te le c tu a is noc­tu rnos esgotantes, d ir ig ir o pensam ento p ara s ituações m ais d iferentes, co n ta r le n ­tam ente o núm ero de re sp i­rações, im ag in a r com o caem num ab ism o g rin a ld as de flores, e t c . . ..

U m e f e i t o sem elhante, m u ito com um , é ob tido pelo b ram ir do vento , o c a ir da chu va , a ag itação das folhas, o tic-tac m onótono do re ló ­gio ou a le itu ra de textos aborrecidos.A exp licação do sono

E x p o s t a s sim plesm ente estas noções, não ex p licá ­mos a inda o m ecanism o pelo qua l se rege este estado

fis io lóg ico re v e rs ív e l e v o ­lu n tá rio .

M u ita s foram as teorias m ais ou menos engenhosas e com plexas que su cess iva ­m ente foram aparecendo e caducando, a tinen tes a ex ­p lic a r o ín tim o m ecanism o fis io lóg ico do s o n o : — desde a excessiva h id ra tação ce re ­bral ou im undação lin fá t ic a do cérebro d u ran te este pe­ríodo, à regu lação por hor- m onas do sono e da v ig i- l i a , a t é a um a cu riosa in te rp re tação que consis tia em ad m it ir que a condução do in fluxo ou energ ia n e r ­vosa nas a rticu la çõ es dos neuron ios (expansões das cé lu las nervosas) se in te r ­rom p ia e s e restab e lec ia para determ inar, ora o sono, ora a v ig ilia .

O sono n a tu ra l i com o dissem os um estauo a c tivo e não passivo , um estado vo lu n tá r io , d e s e j a m , ou consentido, que nos iso la mas que não nos faz p e rd er p o r com pleto o con tacto com o m undo externo. T r a ­ta-se, pois, de um a suspen- s ã o tem porária , in s tá ve l, oscilante , da nossa a c t iv i ­dade ce reb ra l, com redução do cam po da consciência, regu lad a por s u b til m eca­n ism o sobre o q u a l se pode

■ exercer à nossa vontade. É um processo p a r t ic u la r de in ib ições das nossas funções cerebra is .

Q uand o em 1917 V o n Econom o id en tif ico u u m quadro m orb ido conhecido com o nome de ence fa lite le tá rg ica (doença de ca rac ­te r ep idém ico , p o s s i v e l ­m ente causada por um v iru s g rip a l, ca racte rizad a p o r um a sono lência m ais o u menos profunda, febre e pa­ra lis ia s ocu lares) hom ens de c iênc ia de países vá r io s de ­m onstraram com dados c l í ­nicos e anatóm icos que um a região m uito c ircu n s c r ita da base do encéfalo, quando sede de a lte rações in flam a tó ­rias, d e te rm ina 0 ap a rec i­m ento do sono com todas as ca ra c te r ís t ica s do sono na­tu ra l.

F o i assim que se chegou à conclusão, p rim o rd ia l para a com preensão dêste fenó ­meno, que na base do encé ­falo, num a pequena zona s itu ad a en tre os peduncu los cerebra is , reside 0 com plexo d ispo s itivo r e g u l a d o r do sono, que com anda tam bém a ac tiv id ad e do s istem a n e r ­voso v e g e ta tivo (v a g a i e s im pático ).

(Continua no próximo número)

Telefone 026 579

tyata. àoai CfíetOQtafiat

Folo Montijense

Uma grandiosa realização do Governo em Angola

Colonato d a Cela( C o n t i n u a ç ã o d o n ú m e r o a n t e r i o r )

Todas as despesas das viagens, dos colonos, das suas terras de naturalidade até à Cela. são por conta do Estado, assim como do transporte das mobilias e utensílios que queiram levar consigo, quer sejam agrícolas ou caseiros.

O colonato é constituído por aldeias que comportam duma maneira geral vinte e cinco a trinta famílias, tendo cada aldeia um posto escolar. Começou a primeira colonização com 8 aldeias, estando já cinco dessas aldeias habita­das e distribuidas, restando ainda três, que estão em vias de colonização por jam ílias que vão até ao j im do cor­rente ano num total de cento e vinte e cinco.

Na região central existe o Vale de Santa Comba, onde estão instaladas a parte administrativa e técnica do Colonato, a escola, e onde não Jalta também uma igreja que nos ja la no seu aspecto, das igrejas das províncias da metrópole, onde também está em construção um modelar hospital capa', de se desempenhar honrosamente da sua missão dado os cuidados e aperfeiçoa­mentos técnicos com que foram elabo­rados os seus projectos e o cuidado na sua construção, estando também prevista a construção de uma pousada de turismo, no género das que na metrópole são construídas pelo Secretariado Nacio­nal de Injormação e Cultura Popular, existindo oficinas de sapataria, padaria, barbeiro, alfaiate, etc, etc.

A s aldeias que constituem o Colo­nato da Cela, são: Vimieiro, Freixo, Santiago de Adaganha, Pena, Santa ízabel, Monsanto, Carrasqueira, Lar- dosa, Aldeia da Sé Nova, Montoito e Gradil, esperando-se no entanto que este número de aldeias aumente derivado ao incremento que esta realização tem tido. A maioria dos emigrantes é recru-

GABINETE DE LEITURA

R ev ista p o r t u g u e s a — Recebem os o n .° 76 desta exp lênd ida re v is ta de que 6 D ire c to r o S e n h o r V isco n d e do Po rto de C ruz e se p u b lica em A v e iro .

Trata-se de um a pub licação a todos os títu lo s no táve l, não só pelo seu ex­ce len te aspecto gráfico , recheada de m u i t a s e m arav ilh o sas fotografias, com o tam bém pe la esco lh ida e va lio sa colaboração.

Po rto , L isb o a , S e tú b a l, C osta do So l, A ve iro , Ilh a v o , são lo ca is de P o r ­tu g a l que neste núm ero tem especia l re levo .

A lg u n s dos artigos estão tra d u z i­dos para ing lês, francês e A lem ão . G ra to s pe la oferta.

P la te ia — N . ° 1 0 7 — Recebem os pela p rim e ira vez a v is ita desta popu la r re v is ta de c inem a, p rop riedade de A g u ia r e D ias , L td .a, - L isb o a e de que é d irecto r, L u ís M ira n d a e E d ito r A n tó n io Jo aq u im D ias.

Apresen ta-se bem co laborada, com p a lp itan tes assuntos de a c tu a lid a(jes cinem atográficas, exp lênd idas fotogra­fias e um a monumental separa ta de Y v o n n e de C ario .

V am o s gostosam ente perm utar.A Q u e s t ã o d e G o a — S . N . I. — D o

S ec re ta r iad o N a c io n a l da In fo rm ação , in c lu id o na série das suas edições, «O Pensam ento de Sa laza r» recebe­mos um caderno sob o t ítu lo A Q U E S ­T Ã O D E G O A , com un icado da P r e ­s idênc ia do Concelho , fo rnecido à im prensa em 23 de Ju lh o de T055, que agradecem os.

ta da principalmente, dada a sua prá­tica da vida rural, nas Beiras e Trás. -os-Montes, 0 que aliás não quer dizer que em Cela não se encontrem lá gentes do S u l de Portugal Metropolitano, tendo todos dado provas absolutamente satisjatórias, por sua conduta e apego ao trabalho, isto sem desprimor, para ninguém, têm-se destacado os colonos de São Vicente, Castelo Branco, Freixo de Espada-à-Cinta, Moncorvo, Vila Flor, Alfandega de Fé, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Ribatejo, ten­do-se jelizmente ou infelizmente a registar, dado 0 grande número de colonos existentes, a percentagem de 2 % daqueles que faltaram ao cumprimento das responsabilidades arcadas, sendo esses logo mandados para a terra da sua naturalidade ou onde residiam. O nível de vida dos colonos é como se pode verificar, satisjatório tendo por esse motivo a Nação que se envaidecer de tão grande obra levada a cabo, e idea­lizada por um grande português, que impôs à custa de grandes sacrijícios, e compreensão dos seus compatriotas, a reputação que hoje gosa Portugal em todo 0 mundo. E ’ esse homem como não pode deixar de se adivinhar, 0 sr. Presidente do Conselho, Prof . Dr. António de Oliveira Salazar, que encon­trou a preciosa ajuda do sr. Coman­dante Sar men t o Rodrigues, homem experimentado e bem identificado com os problemas ultramarinos e na pessoa do sr. Governador Geral de Angola, sr. Capitão Silva Carvalho outto com­petente colaborador.

E ’ com estas realizações que aos olhos de todo 0 mundo se impõe a obra levada a cabo pelo Governo da Nação no Ultramar Português.

Jo sé Gabrie l

P a r a a s g r a n d e s F e s l a s

o s g r a n d e s T o u r e i r o s !--------- Illl---------

N a s c o r r i d a s d a

MOITA DO RIBATEJOA 1 2 , 1 3 e 1 4 d e S e t e m b r o t o m a m , p a r t e o s t o u r e i r o s q u e m a is se t ê m d e s t a c a d o

n a p r e s e n t e t e m p o r a d a :

A n t ó n i o d o s S a n t o s C h i c o M e n d e s

J o s é J ú l i o

e a i n d a o s c a v a l e i r o s :

S i m ã o d a V e i g a J u n i o r M a n u e l C o n d e

E s t e v a m F e r n a n d e s

e o n o v i l h e i r o e s p a n h o l

P a c o P i t t a

F O R C A D O S DA M O I T A Touros de S a n t o s J o r g e __ -

As {estas de Nossa Senhora da Boa Viagem são das mais tradicionais no Sul do País.

Cerimónias Religiosas - Concertos musicais Ranchos e Marchas - Exposição e feira - lar­

gadas e Corridas de loiros.-------Illl-------

T o d o s à M o i f a d o R i b a t e j o

A m a i o r f e i r a l a u r i n a d o a n o !

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6 A PROVINCIA 8-9.955

PALAVRASCRUZADAS

P r o b l e m a n .* 2 2H O R IZ O N T A IS : 1 — E ncaixe

em q u e assen ta o eixo, na peça de a rtilh aria , para fazer levan tar ou b a ixar. 2 — P edra de a l t a r ; so litá ­rios ; rio português. 3 — Nome de m u lh e r ; o casião ; catedral. 4 — Base aérea. 5 — P e rte n c e s ; es­cudeiro ; legenda de brazão. 6 — Coisa ap razível no meio de ou tras que o não s ã o ; esperteza. 1 — Vendes a c ré d ito ; ch eg a r; nota m usical. 8 — C am inhas. 9 — R é is ; m uares ; d iscurso . 10 — D itongo (p l.) ; n in h o ; nom e de m ulher. 11 — F inórias.

1 r

LARANGINA2" Um refresco fonte de saúde

À v e n d a n o s e s t a b e l e c i ­m e n t o s d a e s p e c i a l i d a d e

r f M Trabalhosotofilme !"7~ t( i a s ( T A r t e - A p a u l h o s f o t o g r á f i c o s

Reportagem Fotográfica

R. Bulhão Pato, 11 moniljo

Festa de homenagema António Henriques

Realizou-se no passado dom ingo nesta v ila , um a festa de hom enagem a A n ­tón io H en riq u es um rapaz que jogou na lguns clubes popu lares de M ontijo .

E com o de um jogador J e c lubes popu lares se tra tava , os jogos que se rea lizaram foram en tre os «Po pu lares» m ontijenses: «O P a lm e ira s» C lu b e M on tijen se de D e s ­portos, U n i ã o A t l é t i c o A fonsoe irense , V a s c o da G a m a F u t e b o l C lu b e e

VER TIC A IS 1 : — R uim ; galva- n óm etro 2 — L arva que se cria nas feridas dos anim ais (b r a s .) ; apareces ; advérb io de afirm ação.3 — Nascido ; graça (fig -); apelido.4 — U nis. 5 — Cam peão ; g rito s de a le g r ia ; nom e dado na ín d ia a um hom em piedoso e sábio. 6 — Hora do ofício d iv ino en tre as sextas e as v é sp e ra s ; tex tua lm en te . 7 — P ro n . d e m .; qua tro . 8 — In te lec ­tu a l. 9 — A brev. de reis ; g rande q u a n tid a d e ; pertenceis. 10— C ont. p rep . e a r t . ; b igo rna de o u r iv e s ; espécie de p u x ad o r m etálico. H / - Reim a da sa rd in h a de salm oira (p lu r .) ; esquadrão.

S o l u ç ã o d o p r o b l e m a n . ° 21H O R IZ O N T A IS: 1 — Fisco ; u n ­

tar. 2 - A lia ra ; te. 3 — As; sagres. 4 — P a s s a i; im . 5 — A l; i s a ; ar. 6 — late ; cias. 7 — Se ; s a i ; ai. 8 — O s; p iston . 9 — M erida; m i. 10 — A l; im oral. 11 — R o m e l ; isola.

V ER T IC A IS : 1 - F arpa ; dom ar. 2 — I I ; a l i ; s e lo ; 3 — Sias ; as. 4 — C assiterite . 5 — O r ; ase. 6 — A sia ; spai 7 — C a i; m i. 8 — Na- gualism os. 9 — R a ; tiro . 10 — Atei; são ; a l; 11 ; R esm a; inala.

José António flloedas

fl Festa na(C ontinuação da / . a pág in a )

ro d o v iá r io s e fe rro v iá rio s chegam nestes 5 d ias à hos­p ita le ira v i la r ib e ir in h a para as s is t ir à s s u a s típ icas Festas .

E s te ano, tudo le v a a c re r que será da m esm a form a, esperando a Com issão não só c u m p r ir p lenam ente todo o p rogram a anunciado como até ap resen tar a lgum as su r­presas.

« A P R O V ÍN C IA » , espera poder ap resen tar no seu p róx im o núm ero deta lhada reportagem das Festas.

C lu b e O r ie n ta l do B a rre iro .O p rim e iro jogo re a l i ­

zou-se en tre «O Pa lm e ira s» e o A fo nso e irense que te r­m inou com a v itó r ia deste ú ltim o por 2-0.

O jogo en tre estas duas equ ipas decorreu sem pre com certa van tagem para o grupo do A fonsoe iro , se bem que nos m inutos in ic ia is o p a lm e iras p rocurásse m ar­car, já que es tava a jogar a fa vo r do ven to e do sol. M as ta l não aconteceu e a p a r t ir desse m om ento ve io ao de c im a a m e lho r p repa­ração fís ica da equ ipa Afon- soeireuse. M as, o in te rv a lo chegou com as equ ipas em ­patadas a zero bolas.

A segunda p arte p e r­tenceu to ta lm ente ao A fo n ­soeiro que concretizou este dom ín io com 2 golos sem resposta.

O segundo jogo da tarde en tre o V asco da G am a e o C lu b e O r ie n ta l do B a r re iro era de especta tiva . N o en-

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tan to essa esp ec ta tiva foi lograda pois que a equ ipa v is ita n te ofereceu fraca re ­s istên c ia perante um con ­jun to an im oso e ag u e rrido com o aque le que nos ap re ­sentaram os vascaínos.

Fo i pois com toda a ju s ­tiça que no f in a l o «p lacard» apresentasse um resu ltado de 4-0 a fa vo r do V asco da G am a.

A. J.* * *

A n tó n io H en riq u es vem por este m eio ag radecer aos clubes p o p u l a r e s : U n iã o A t lé t ic o C lu b e A fo n so e i­rense, «O P a lm e ira s» C lu b M on tijen se de Desportos, V asco da G a m a Fu teb o l C lu b e espec ia lm ente ao C lu b O r ie n ta l do B a rre iro , c lube em que o hotrena- geado foi an tigo jogador, que desin teressadam ente se p ron tificou a tom ar parte neste fe s tiva l desportivo , em que os outros c lubes acim a citados tam bém gos­tosam ente co laboraram .

A todos m u ito obrigado. M ontijo, 7 de S etem bro de 1955

António Henriques

II Praia dos líloínhosem ALCOCHETE

N e s ta s im p á t ic a P r a i a d a v i la d e A lc o c h e te , q u e d e d ia p a r a d i a v a i t e n d o m a io r a f lu ê n c ia d e f r e q u e n ta d o r e s , te m -se n o t a d o u l t im a m e n te q u e c e r to s in d iv id u o s n u m a te n t a d o à d e c ê n c ia se a p r e ­s e n ta m d e s c o m p o s to s , in c lu ­s iv a m e n te d e s p in d o - s e e v e s ­t in d o - s e p o r d e t r á s d u m a s s i lv a s q u e a li s e e n c o n t r a m .

À s a u to r id a d e s c o m p e te n te s , e m e s p e c ia l à d ig n í s s im a C â­m a r a d a q u e la v i l a . p e d im o s s e ja m d a d a s p r o v id ê n c ia s , p o is q u e a r e f e r id a P r a i a é b a s t a n t e f r e q u e n ta d a p o r s e ­n h o r a s .

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m inho de F e rroA R M A Z É N S D E R E C O V A G E M

C O N C U R S O0 C a m p e ã o d e «A Província»

C l a s s i f i c a ç ã o f in a l c o r r ig id a1.0 — D. Maria da C onceição dos Santos — M ontijo — 71 pontos2.8 — M anuel M ilitão de C arvalho — » - 70 »3." — Teófilo M artins Caiado — » — 25 »4.° — A ntónio Lucas C atita — » - 2 3 »5.» — E duardo Santos Baeta — » — 16 »6 .° — Eugênio V ieira Branco — » — 16 »7.0 — àfonso da Silva C am pante — T ram agal — 7 »8.° — A ntónio Sam paio M artinho — B om barral - 6 »9.° - F rancisco P . M artins — M ontijo — 5 »

10.° — A lvaro Serra — » — 4 »11.° — Jac in to Caria — Sarilhos G. - 3 »12.° — A ntónio Lopes Feijão — M ontijo — 2 »

Term inou o concurso que teve a duração de seis meses, ganhando brilhantem ente o respectivo título a Ex .'“ a S r .a D . M aria da C once ição dos Santos, de M ontijo , entre dezenas de concorrentes.

O concurso que ultim a­mente tomou aspectos «dra­máticos» entre o 1.° e o 2.° classificados, f i n d o u com estes distanciados apenas por um ponto.

P a ra já, daqui felicitam os a Ex .raa S r .a D. M a r ia da Conce ição que desae o inicio com uma dedicação digna de registo m anteve o ceptro do 1.° posto.

Parabéns, à grande cam ­peã.

No 2 .° posto, ficou o sr. M anuel M ilitão de C arva lho , Igualm ente foi incansável a sua colaboração para «A P ro ­víncia». A posição é bastante honrosa, e, só por manifesta falta de sorte, 1 ponto, não conseguiu o alm ejado título.

Endereçam os-lhe também os ncssos parabéns.

Em 3 .° e 4 .° lugares clas- sificaram-se os srs. Teó filo M artins C aiado e António Lu cas C a t i t a , respectiva ­mente. Registe-se também a boa Vontade destes conco r­rentes e as posições de honra em que se escalonaram . A n o ­tamos também a sua boa Vontade e aproveitam os para os felicitar.

Nas 5 .\ 6.a e 7 .a posições a p a r e c e m respectivam ente os srs. Eduardo San tos Baeta , Eugên io V ie ira B ran co e Afonso da S ilv a Cam pante.

Foram igualm ente estes concorrentes de enorm e e

sim pática vontade na sua contribuição para «A Pro­víncia» . O sr. Eduardo Santos B ae ta como amigo e dedi­cado assinante que a este jornal tem prestado valiosís- sima co laboração mais uma vez marcou a sua posição, agora, conseguindo o 5 .° lu­gar do nosso concurso.

E ainda o sr. Eugênio V ie ira B ranco que ciass fi­cando-se em 6.“ lugar com o mesmo número de pontos do 5 .° classificado atingiu um grau honroso e demons­trativo do seu interesse pela causa «p rov in c ian a» !

O 7 .° c lassificado o sr. A fonso da S ilv a Campante, do Tram agal, e também o prim eito dos dedicados assi­nantes extra-Montijo, tem sido um optimo e incansável colaborador de «A Província* inclusivé na s u a qualidade de solicito correspondente na bela terra de D uarte Fer­reira.

E pela ordem em que são m encionados classificaram- -se em 8.°, 9 .°, 10.°, 11 .° e 12." os srs. António Sampaio M artinho , F ranc isco P. M ar­tins, A lva ro S e r ra de M on­ti jo; Jac in to C aria , de S a ­rilhos Grandes, e António Lopes Fe ijão de Montijo.

A todos estes endereça «A Prov ín c ia» os m elhores agra­decimentos.

No próximo número pu­blicarem os a re lação dos prém ios atribuídos a cada concorrente que hoje não podemos fazer por absoluta falta de espaço.

I

viitoma Á Bicicleta motorizada de 48 c. c. que lhe convém

Peça informações aA b e l J u s t i n i a n o V e n t u r a

Praça da República MONTIJO

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g-*-955 A PROVINCIA 7

D r . C o r t e z P i n t oSr. Embaixador do Japão.

Como seria extenso repro­duzir nas colunas do nosso |ornal toda a conferência d o Doutor Cortez Pinto, dada a sua extensão e minúcia interessante, em relação ao e s p a ç o d e q u e d i s p o m o s , limitar-me-ei a focar aqui, conjuntamente com o espí­rito da palestra do ilustre orador, alguns pontos e cifras que sobremodo chamaram a sua atenção e que são, de facto notáveis para essa na­ção progressiva q u e é o Japão.

«Principiarei por vos des­crever as minhas im pressões quando da minha chegada a Tóquio, essa cidade enorm e e variada, de 7 .000.000 de habitantes, em que se mis­tura o oriental e o ocidental, com o s seus esplêndidos parques e avenidas e, sobre­tudo, a s u a extraordinária organização. C h e g a d o à noite, fui para um hotel, o melhor do Tóquio , com ar­quitectura e p lanos am eri­canos. É o H ote l N ikatsu que é um dos exem plos da coo­peração am ericana com os japoneses, depois da guerra.

O Japão era um país de concentrações industriais, de exportadores e bancários que ficaram destruídas depois da guerra, mas que estão nova­mente a refazer-se».

Referindo-se ainda à orga­nização, o S r . D r. Cortez conta-nos que esta ocupa um quarteirão com pleto, na rua principal, em cuja organiza­ção se encontra tudo o que seja possível e im aginável como necessário à vida da­queles q u e a frequentam, desde a estação telégrafo- -postal, com a passagem por um Banco, agência de expe­dição, j o a l h a r i a , l o j a de f l o ­res, uma farm ácia am ericana onde se vende t u d o . . . até medicamentos, até aos depar­tamentos de sedas, livraria, frutas, cabele ire iros de se­nhoras, engraxadoria, res-

(C ontinuação da p r im e ira p á g in a )

taurantes, dois consultórios dentários, oficinas, escritó ­rios de várias companhias de navegação marítima e aérea, de fábricas existentes fora de Tóquio uma po lic lí­nica, e muitas mais com odi­d a d e s q u e s e r i a e x t e n s o i n u - m erar, mas que os nossos leito res facilm ente poderão im aginar na proporção do exposto.

Prossegu indo, o brilhante orador diz-nos: «Os japone­ses são, particularm ente bem e d u c a d o s e cerim oniosos. Em educação podem d a r lição a quase todos os povos.À sua educação obriga-os, desde pequenos a não p rec i­pitarem as respostas ; sor­riem , fazem um gesto de cum prim ento antes de res­ponderem e, só depois, dão a resposta.

É conhecido o seu hábito de nunca dizerem «não». É um povo artístico com grande am or pelas flores, pelos par­ques, pelas a r t e s . . . aceitam tudo quanto venha do estran­geiro e que lhes possa ser útil, sem a preocupação da superioridade do que t ê m ; porém, é, no fundo particu ­l a r m e n t e tradicionalista, e são, exactamente, os costu­mes tradicionais, que quase são leis e as artes trad icio ­nais, como o teatro antigo, que lhe dão prazer. As festas em que todo o povo japonês com unga, são todas trad icio ­nais, como por exemplo a do Ano Novo, que é a mais im ­portante, a Festa das M en i­nas (H u ia M atzuri), a Festa dos R a p a z e s (Tango-no Sek ku ), a Festa das E s tre ­las (Tanabata), o Festiva l das A lm as (Obon), a Festa do Outono.

D e p o i s , referindo-se às «gueixas», o conferente elu- cida-nos que estas consti­tuem uma organização des­conhecida para quase todos cs ocidentais e com pleta­mente diferente do que se julga. S e a sua função é

0 S a n t o e o M é d i c o(Continuação d a p r im e ira pág ina )

tornar a Vida agradável ao homem, a form a como exer­cem é revestida de finuras, de delicadezas e atenções. Sã o geralm ente bonitas e exím ias dançarinas e actri­zes. Contudo, não julguem os nossos leito res que qual­quer aventura com elas seja fácil, pois que, pertencendo a u m a corporação, fàcil- mente dela seriam expulsas se para tanto houvesse m o­tivo.

Prosseguindo no seu dis­curso sobre o Jap ão , o D r. F ran c isco Cortez P in to afir­ma-nos '• «D issem os à pouco que o japonês é um povo essencialm ente educado ; isto corresponde não só a uma orientação já muito antiga, como ainda à necessidade de va lo rizar o indivíduo, prepa­rando-a para a luta, não só dentro do seu país, como principalm ente na com peti­ção do seu país com os outros, e todos os povos têm muito que estudar sobre a orientação dos japoneses, principalm ente aqueles que não se têm preocupado de­vidam ente com a protecção ao indivíduo e ao trabalho naciona l».

Após a brilhante con fe rên ­cia o o r a d o r fo i ca lo ro ­sam ente ovacionado e fe li­citado.

Cosme Beni to Sanchez, Lda.

uiiíi

Arm azém de M ercearias

llllll

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Rua João Pedro Iça, 70 a 74

Telef. 0 2 6 0 2 4

M O N T I J O

e in q u ire pouco, a modos que a d enun c ia r o sentido, que os esp írito s superio res e que desejam o rien tar, têm, num p rev ilég io sobre os restantes. U m R osário e um C risto , com pletam , com os háb itos da ordem , esta f i ­gu ra que tenho na m inha frente, sentada num a ca ­d e ira modesta.

U m s ilên c io doce, benfa­zejo, reconfortante , isola-nos dos rum ores da v id a ex ­terna, e se não fora a pas­sagem dos Frades , len ta e quase d iscreta, nos co rre ­dores, poder-se -ia d izer que o m undo parara , lá fora. Com o bondôso Frade ao meu lado, depois de o o u v ir, expuz-lhe a m inha m issão, v iven d o um m om ento em o­t iv o : um a enferm a, sabedora das suas graças, pedira-m e que fôsse so lic ita r as suas o r a ç õ e s . Desem penhei-m e da in cum b ênc ia e falei-lhe, a propósito , do seu irm ão médico.

O bondoso F ra d e teve um a reflexão, fixou o o lh a r no alto , e fitando-m e, de­pois, com firm esa, esc la re ­ceu-me co n vic ta in en te que, abaixo de D eus, d ev ia a v id a na in fânc ia , à c iên c ia m édica desse irm ão, num a crise que a ta ca ra o seu o r­ganism o. E enquanto o frade ve lh in h o e condu to r d’alm as, re la ta va a h is tó r ia da doença e a in te rven ção c ien tífica , eu re v ia a figu ra desse m é­dico, à data já no repouso eterno.

T in h a o seu consu ltó rio num a casa té rrea na praça p r in c ip a l da v i la e quando d a li sa ía para se desem ­penhar do seu nobre m ister, era com o se ingressasse, na p róp ria v id a , como figura l e n d á r i a : so lene no seu passo ig ua l, capa aos om ­bros, guarda-sol aberto para ven ce r a in tem p érie da ca- n ícu la ou da ch u va , im po ­nentes barbas a ca irem -lhe sobre o peito.

O M éd ico , cu ja fig u ra se im punha, c r ia ra vozes de sábio e de esm oler. N a ca ­beceira do doente f ic a va a receita, que o b o ticário de ­pois a v ia r ia , e a q u an tia para pagar a droga, que cu rava .

A gente da te rra ad o rava o seu m édico , cu rioso na in d u m en tá ria e nas p recau ­ções que ex ig ia para in g res ­sar em casa do enferm o, mas sabedor e c a r ita t ivo . Recordo-m e, perfe itam ente dele, ao fim destes três de ­cénios, com o e v o c o um quadro ou um a e s ta tu á r ia que me im pressionasse os s e n t i d o s . E recordo-me, tam bém , do gesto dum a po­pu lação que m andou assen ­ta r num pedesta l o seu busto em bronze, com o s i­na l de g ratidão, e expô-lo num parque púb lico .

O F rad e , irm ão do mé­dico, sente a g randesa do gesto e le vado dessa terra, e pede as bênçãos para a sua gente que estim ou o irm ão, o q u a l aba ixo de de D eus, sa lvou-lhe a v id a .

Ergo-m e da cad e ira onde es tive ra ao seia lado , a con ­versar, e agradeço-lhe a deferência da en trev is ta . O San to F ra d e v a i a um a se ­cre tá ria , t ira um a fo tografia sua, autografa , e oferece-me. C u rvo o joelho, beijo-lhe a mão c o m o v i d a m e n t e , reconhecidam ente. O servo guia-m e agora pelos ja rd in s debruados de buxo, que a n ­tecedem os cam pos de m ilho e de v in h ed o deste con­vento , que já fo i so la r de nobre senhor do M in h o e an tiga u n ive rs id ad e po rtu ­guesa. U m s ilên c io austero , p rop íc io à m editação, ao seu redor, e um se rvo s ile n ­cioso, que se cu rvo u ao portão, já ficam à d is tânc ia .

Dr. Jorge Antunes

F o l h e t i m d e « A P r o v í n c i a » N . ° 2 3

6 s e g re d o d o e s p e lh op o r

c A u g u i t u i M i d i

Certamente não h a v i a visto, p o i s continuava a sua ascensão sem se voltar, e eu perguntava a m im mesmo, quem seria — e de onde poderia v ir aquele so­l á r io passeante

Perdi-o de vista de re- Pente.

Mas uma certeza me ficou, o era por certo um pas-

tor> nem um homem d o campo.

Trajava um im perm eável claro, cachecol de cor e c“ apeu castanho.

Sem hesitar procurei na Beve as marcas dos seus Passos e encaminhei-me rà- Pldamente em sua perse­guição.

C A P I T U L O V I

Em que se toma conhecimento com um novo personagem e se assiste a um jantar na «Hospeda­ria do faucon».

— B o a ta rd e ! — disse, aproxim ando-m e, não sem pensar p rim e iro com o o m eu cum prim ento seria aco lh ido.

— B o a tarde ! — respondeu e le com calm a. D e onde vem o senhor.

E r a um homem de cabe­los brancos cortados m uito curtos, aparentando uns 50 anos, o rosto se bem que vu lg a r ap resen tava traços de certa finu ra , e os olhos

cinzento a z u l a d o s e r a m m u ito v ivo s .

E co locando o b inócu lo , com que es tava observando em d irecção a Facon Castle, na ca ixa de co iro que lh e pend ia ao pescoço presa com um a corre ia , t irou vag aro ­sam ente a bo lsa do tabaco e com eçou a encher o ca ­ch im bo.

— D e onde venho ? — re ­p liq u e i — E vós ?

O hom em lançou sobre m im um b reve o lhar, e sor­rindo respondeu.

— Cham o-m e Roxburgh. Is to nada vos diz, por certo. V i m d a Hospedaria d 0 Faucon, por causa da tem ­pestade de neve que tudo b lo q u e o u .. .

M as onde d iabo m ora o senhor ?

— E m Falcon Castle — respondi.

— A casa é então agora h a b ita d a ?

E u pensava que o ve lh o S w in b u rn tin h a m o rr id o !. . .

— É exacto ? fa leceu na segunda-feira p a s s a d a . O

m eu nom e é Ir v in e e sou o seu neto. M as porque se surpreende por saber que o C aste lo é a ind a h a b ita d o ?

A n te s d e responder, o meu in te rlo cu to r, acendeu p rim e iro 0 cach im bo.

A d izer a verdade, eu v im aq u i propositadam ente, para v e r se descobria algum s in a l de v id a lá em baixo. M acg redor — o dono da H o s ­ped aria — p re ten d ia saber se o ve lh o c riado e a m u lher, p rec isariam de v ive re s .

— O b rigad a , mas tem os p rov isões s u f ic ie n te s ! E eu ia justam en te à H osp ed aria de que me fa la is , quando o v i aq u i postado observando a paisagem .

— N a d a de g rave , espero ?— Pe rg u n to u ele.— N a d a q u e s e possa

fa la r neste m o m en to ! — re ­p liq u e i — o que m ais me preocupa é se a estrada estará desim ped ida para a fren te .

O hom em abanou a ca ­beça.

— Nós estam os q u a s e

b loqueados na H osped aria .— A c h a então im p o ss íve l

a lcan ça r a v ila , h o j e ?— O h , por D e u s ! — quase

g ritou e le — o senhor seria louco, se tentasse essa a ven ­tura.

Blairavon, fica a m ais de 15 m ilhas daqu i, e mesmo que conhecesse os cam inhos seria g rande tem eridade.

— Q u an to tem po será p re ­ciso para que os cam inhos estejam liv r e s ?

O hom em com eçou a r ir.— D eu s o s a b e ! H á

m u ito tem po que não ve jo um a tem pestade assim . P o r ­que não vem o senhor até à H osp ed aria , o u v ir Mac- gregor ?

E s t a o ferta me pareceu de bom senso, e pondo-m e a cam inho descem os a co ­lin a segu indo as pégadas deixadas por «M ister> R o x ­burgh.

M u ito perto já, é que con­segui v e r um a casa tr is te de pedra escura , na borda da estrada.

Continua

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8 À PROVINCIA 8-9-955

«A PROVINCIA»é transportada

através do Mundo

nos aviões daK . L . M .

ACTUALIDADES DO MUNDOF R A N C F O R T - A l e m a n h a

Página quinzenal

Número 8

8 de Setembro de 1955

m0 RE NASCI ME NT O DA A L E M A N H A LISBOA - FRANCFORT

A specto da C a ted ra le in tu ição . Aliás não se deve com eter um erro : «confundir im a­ginação com fantasia» l

Essas expressões do M inistro E rh a rd , reflectem -se de unia ma­ne ira inconfundível na restauração económ ica da A lem anha, ho je bem paten te a todo o M undo. E a esse hom em que a A lem anha deve em. g rande parte o seu ressui'g im ento m arcando defin itivam ente a sua posição na C om unidade das n a ­ções livres.

P e l o D r . J . F .

Secretário Geral do Tu rism oJá não é

s e g r e d o h o j e em dia que a reco n stru - ção da Ale­m anha se está a efec­tu a r num ritm o cada v e z m a i s a c e l e r a d o tan to n o s s e c t o r e s po l í t i c o , cu ltu ra l e c i e n t ífico como tam ­is é m n o cam po económ ico. É ju s tam en te neste últim o que o povo alemão dá provas cabais como factor de trabalho e e lem ento preponderan te na reconstrução da E uropa liv re após a ú ltim a g u e rra . Em 1945 era um país vencido, com pletam ente esm agado pela superio ridade n u ­m érica dos seus in im igos. Dez anos depois, este m esm o país — graças aos esforços sobre hum anos do seu povo — recom põe-se e trans form a-se não só num colaborador precioso no sector da econom ia in te rnac iona l, m as tam bém con ­tr ib u i para o bem estar dos povos o u tro ra vencedores. É ju s to p res­tarm os um a hom enagem ao hom em que con trib u iu p ara que a R epública Federal A lemã alcançasse o seu ac tua l g rau de prosperidade econó­m ica : referim o-nos ao Prof. Lu- d w ig E rhard — desde 1948 o d ir i­gen te r e s p o n s á v e l da política econom ica alem ã e um a das in d i­v idualidades m ais convincentes do gab inete do C hanceler A denauer. Com o grande táctico no dom ínio da política econom ica, o Prof. E rh a rd d is tingue-se pelo d ina­m ism o que lh e é pecu liar nou tros sectores. P l e i t e i a tam bém no com ércio ex te rn o a liberalização. É um m oderno «mago da econo­mia» aliás um m ago que calcula os seus em preendim entos segundo os m étodos científicos mais exactos. A consciência da responsabilidade é qualidade que possui em elevado g rau , mas na m esm a proporção, é dotado de co ragem e de audácia. Não se deixa dem over dos seus p ropósitos p o r factores que possam re ta rd a r o desenvolvim ento da sua política, como por exem plo nos q u e su rg iram nas relações com a A m érica L atina . E m pregando to ­dos os meios da «psicologia econo­m ica» esforça-se por tra n sm itir a sua confiança no fu turo aos ou tros. Uma das estatísticas que ele es­tu d o u ao que consta, conscencio- sam ente, an tes da sua recente v iajem ao hem isfério ocidental, foi a que indicava o aum ento da população da A m érica Ibérica. São ev identes as conclusões que o pe­r i to deve te r tirado destas curvas expressivas : p roductiv idade cres­cen te , rece itas crescentes, con­sum o crescente, etc.

P o r ocasião de um a en trev ista pergun taram ao m in is tro que com ­ple tou recen tem ente 57 anos, se se opunha a que fosse designado de «M inistro do O ptim ism o». «Opo- nho-m e, sim» respondeu o M inis­tro da Econom ia, explicando que aqu ilo que o anim ava era o re a ­lism o puro . «O lhando, porém , as rea lidades da nossa actual econo­mia», acrescentou, «posso ter, den ­tro de certos lim ites, confiança op tim ista no futuro». N unca se cham a os pessim istas à responsa­bilidade pelos seus vaticínios. Mas tam bém perdem o crédito vendo as coisas mais negras do que elas são. Eu, po r m im , creio que na econom ia tam bém se pode chegar a qualquer coisa com im aginação

Alemão.

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U mfazer

L isboa 2.a feira.E m barque i n o A eroporto da

Portela de Sacavém às 13,20 depois de uns aperitivos e alm oço fo rne­cido pela K. L . M. no A eroporto.

Sem bagagens e sem pastas e un icam en te com um rolo de jo r­nais «A P rovíncia» debaixo do braço en tro a bo rdo onde sou recebido pela hospedeira , sim pá­tica rapariga que me vai ind icar o lugar. Um mi nut o an tes apertám os os cin tos e logo o avião desliza pela p ista com eçando a elevar-se no espaço. P ara trá s fica L isboa e lá m uito ao longe o M ontijo. Seguim os em rec ta até Bilbau, atravessám os um a nesga do Golfo da Biscaia e quando sobrevoáva­mos B ordéus foi-nos fornecido café com «sandw iches» doce e bolos. P róxim o de St. E tienne trouxeram -nos um «w hisky» que aliás é só fornecido aos passageiros de l . a classe.

Este avião tem um as caracterís­ticas m uito especiais — a cabine tem aprox im adam ente 2 m etros a m ais no com prim en to do que o já enorm e DC-6. E, tam bém , dividida em dois com partim en tos pela en-

e n v i a d o e s p e c i a l f o i à A l e m a n h a u m a r e p o r t a g e m p a r a « A P r o v í n c i a »

A L E M A N H APaís das termas e estâncias de cura e de repouso

P e l o D r . J o s é F e r n a n d e s

De todos os países eu ropeus é a A lem anha, sem dúvida a m ais rica em term as e estâncias clim áticas. Do M ar Báltico e do Mar do N orte aos Alpes, da F loresta N egra às m on tanhas do Harz, n a reg ião do Reno, na W edsfalia, Baixa Saxonia, Hesse Suabia e Baviera, em toda a parte se encon tram locais dotados pela na tu reza com preciosas p ro ­priedades cu ra tivas. A lgum as des­sas localidades rem otam à época dos rom anos e gosam de fama u n i­versal ; ou tras, mais m odernas, não ficam a trá s do seu renom e. Não faltam tam bém estâncias term ais e de cu ra m ais pequenas e m o­d estas; podem estas r.ão ser tão luxuosas mas, em com pensação, gosam de um a situação idilica, rodeadas, como estão, p o r um pa­noram a encan tador. Todas elas, cônscias da sua m issão e das re s ­ponsabilidades que lhes cabem , sabem ap rec ia i as p ropriedades terapeu ticas com que a natureza dotou as suas nascentes para a cu ra dos m ilhares de enferm os que para elas se d irigem em busca de len itivo para os seus sofrim entos.

De e n tre as p rincipais estâncias balneares d e s t a c a r e m o s a de NAUHEIM m undia lm en te afam ada para t r a t a m e n t o s de a f e c ç õ e s cardio-vas- cu lares. A m aravilhosa acção das suas águas g rangeou -lhe fama in ­ternacional. De todas as partes do m undo afluem doentes a esta estância . Foi nela que se in iciou a balneote- rapia para as doenças do coração elesões vas­cu lares. E do conheci­m ento geral que em todos os países civ ili- sados as doenças do coração e do aparelho c ircu la tó rio aum enta­ram nos ú ltim os dece- nios. Só a h ipertensão ceifa m ilh a res de vidas todos os anos. As suas v ítim as são todos os que nesta agitada vida

m oderna arcam com o peso das responsab ilidades e estão sujeitos a constan tes preocupações e em o­ções. As investigações feitas no In s titu to B alneologico U niversi­tário , em Bad N auhem , dem ons­tram que os banhos das nascentes b o rbu lhan tes desta estância n o r­m alizam jjs funções das artérias, cu ja alteração é a causa do p ro ­gressivo aum en to da tensão a rte ­ria l.

Pode-se m uito bem afirm ar que não há o u tro m eio tão eficaz para e lim inar o m al pela raiz, como um a c u ra m etódica com banhos das nascen tes b o rb u lh an tes . De resto um re la tó rio publicado pela secção clín ica das T erm as de NAUHEIM salienta bem a im por­tância das cu ras aí constatadas. Dos 14.000 doentes in te rnados e que se encon travam im possib ili­tados de ex e rce r a sua profissão, 9 7 % reg ressaram aptos para r e ­tom ar as suas activ idades.

Graças à sua m agnífica situação, rodeada de bosques frondosos e e n c a n t a d o r a p a i s a g e m , BAD NAUHEIM, é tam bém um a das m ais ap rasíveis estâncias de r e ­pouso.

" " . '

trada e pela copa. A parte traze ira pode ser transform ada em do rm i­tório , enquanto que um a co n fo r­tável saleta pode se r instalada ju n to à copa. Os 4 m otores de 2 500 II. P. do DC-6B podem ser a lim entados com com bustíveis arm azenados em tanques com capa­cidade para 20.300 litros.

Estes m otores têm a possib ili­dade de ser su b s titu íd o s po r t u r ­binas m olrizcs. O peso m áxim o deste avião é de 48.580 quilos e com porta m a i s 25 /0 de carga (6.500 quilos) que o D C-6 . Tem dois com partim entos um com 26 po ltronas reclináveis ( í . a classe) e ouí i o com 18 po ltronas na classe

D ekker e na cab ine som os aten­didos pelo sr . B lokker de Ilaan.

Estam os a 15.000 pés de altitude e com a tem peratu ra de 10° C. A inform ação m etereológica acusa céu lim po e vam os a um a veloci­dade de 250 m ilhas po r hora.

Sobrevoam os Z u r ic h . . .Mais adiante voamos à esquerda

do R eno e à d ire ita de Stuttgart. A vistam os F ran c fo rt.

A hospedeira p e d e - n o s para con tinuarm os sentados enquanto o avião se d irige para o edifício do A eroporto.

São p recisam ente 17,55. Chega­mos a F rancfo rt.

Aqui tom ám os o au tocarro para

O DC-6B, ao chegar ao aeroporto de F lu g h a fcn F ra n k fn r t

turística . E ste avião faz a ca rre ira d irec ta en tre L isboa - F rancfo rt. p artindo do A eroporto às 13,20 com chegada F lughafen F ran k fu rt às 17,55.

Foi d is tribu ído pelos passageiros um a no ta do local que sobrevoa­mos fornecida pelo capitão sr.

o Hotel F rancfort, onde a K, L. M. tem o escritó rio . A tarifa do auto­carro foi de 2 m arcos, cerca de 13$60 em moeda portuguesa.

A qui term ina a reportagem aérea a bordo do DC-6B, da K . L. M.

Vamos agora v is ita r a Feira In ternacional de F rancfo rt.

Feira Internacional

em francfort so b re o IDeno

Aspecto p a rc ia l da cidade p o r volta d a s 17 horas

No d ia em que chegám os a F ra n c fo rt, fom os conv idados a vi­s ita r a F e ira In te rnac iona l, cujas características se b a s e i a m na sua im portancia como F e ira In te r- ternacional de A m ostras, a qual para os expositores e com pradores de todo o M undo é um conceito inabalável de ser o m ercado por excelência para artigos de con­sum o e de uso. A participação in ­ternacional na F eira de F rancfo rt é bem n o tá v e l: cerca de 1/3 dos exposito res e 1/5 dos v isitantes vem do estrangeiro .

No rec in to da Feira, a B él­gica, a F rança, a Ir landa , a Itália, a Jugosláv ia , a H olanda, a Á ustria, a G récia e a Suíça m antêm pavi­lhões próprios perm anentes.

O m ercado in ternacional, como o apresen ta a Feira de F rancfort, é favorecido pela excelen te locali­zação de F rancfo rt no ponto de cruzam ento das g randes vias de com unicação europeia. E’ pois fa­cílim o tanto para o exposito r como para o com prador de chegar rá­pida e cõm odam ente à F e ira . As vantagens favoráveis de com uni­cação são docum entadas pelo facto do aeroporlo de F rancfo rt estar ligado p o r 80 lin h as in ternacionais aéreas a 1.300 aeroportos na Eu- ropa e nos o u t r o s con tinen tes . A cresce que o rec in to da F eira está situado no m eio da cidade e pode ser alcançado da estação cen­tral ferroviária a pé em 10 m inutos, d irectam ente à e n t r a d a para a au to-estrada.

T erm in a ho je em F rancfo rt a F eira In t trn a c io n a l; na qual cola­boraram 30 países com cerca de 3.000 exposito res d is tribu ídos po r 19 secções.

P ortugal e s t e v e representado pela firm a Lassen T ran sp o rt Ltd.8, de L isboa.

E n tre as m uitas secções figura­vam as de tex teis, fatos de todos os géneros, a rtis tas e industriais de a rte , spo rt e cam pism o, pape­laria e cartonagem , embalagens, especialidades de liv ra ria , edições de arte , artigos de decoração e para fum adores, in s trum en tos de m úsica, alim entação, «bijouterias», vidros, porcelanas, jogos, etc.

T odos os hoteis e pensões esti­veram ocupados, apesar de existi­rem na cidade e a rredores 74 ho­teis com 3.300 camas e 69 pensões com cerca de 1.200 quartos o que rep resen ta mais de 7.000 turistas estrangeiros du ran te a F eira que p rincip iou em 4 de Setem bro e te rm ina hoje dia 8.

A Sociedade a l e m ã Touring (D entsclie T o u rin g -Gessellscliaft) resolveu, para m aior expansão, fazer o abatim ento de 20°/o aos partic ipan tes estrangeiros.

(f)á(jinaConcebida e realizada

por

Luís Bonifácioeom a Ml<tbf>iaçã& du

K . L . M . e T u r i s m o a l e m ã o