O Sal e a Água

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Página 1 de 4 TESTE DE AVALIAÇÃO 6º ANO O SAL E A ÁGUA Um rei tinha três filhas; perguntou a cada uma delas por sua vez, qual era a mais sua amiga. A mais velha respondeu: – Quero mais a meu pai, do que à luz do Sol. Respondeu a do meio: – Gosto mais de meu pai do que de mim mesma. A mais moça respondeu: – Quero-lhe tanto, como a comida quer o sal. O rei entendeu por isto que a filha mais nova o não amava tanto como as outras, e pô-la fora do palácio. Ela foi muito triste por esse mundo, e chegou ao palácio de um rei, e aí se ofereceu para ser cozinheira. Um dia veio à mesa um pastel muito bem feito, e o rei ao parti-lo achou dentro um anel muito pequeno, e de grande preço. Perguntou a todas as damas da corte de quem seria aquele anel. Todas quiseram ver se o anel lhes servia: foi passando, até que foi chamada a cozinheira, e só a ela é que o anel servia. O príncipe viu isto e ficou logo apaixonado por ela, pensando que era de família de nobreza. Começou então a espreitá-la, porque ela só cozinhava às escondidas, e viu-a vestida com trajos de princesa. Foi chamar o rei seu pai e ambos viram o caso. O rei deu licença ao filho para casar com ela, mas a menina tirou por condição que queria cozinhar pela sua mão o jantar do dia da boda. Para as festas de noivado convidou-se o rei que tinha três filhas, e que pusera fora de casa a mais nova. A princesa cozinhou o jantar, mas nos manjares que haviam de ser postos ao rei seu pai não botou sal de propósito. Todos comiam com vontade, mas só o rei convidado é que não comia. Por fim perguntou-lhe o dono da casa, porque é que o rei não comia? Respondeu ele, não sabendo que assistia ao casamento da filha: – É porque a comida não tem sal. O pai do noivo fingiu-se raivoso, e mandou que a cozinheira viesse ali dizer porque é que não tinha botado sal na comida. Veio então a menina vestida de princesa, mas assim que o pai a viu, conheceu-a logo, e confessou ali a sua culpa, por não ter percebido quanto era amado por sua filha, que lhe tinha dito, que lhe queria tanto como a comida quer o sal, e que depois de sofrer tanto nunca se queixara da injustiça de seu pai. Teófilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Português 1. Ordena os seguintes segmentos narrativos desta história. O príncipe apaixona-se por ela. A princesa vai trabalhar como cozinheira num palácio. A mais nova é expulsa do castelo. O rei questiona as filhas. No dia da boda, a jovem prova ao seu irmão que tinha razão.

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Teste de português

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    TESTE DE AVALIAO

    6 ANO

    O SAL E A GUA

    Um rei tinha trs filhas; perguntou a cada uma delas por sua vez, qual era a mais sua amiga. A mais

    velha respondeu:

    Quero mais a meu pai, do que luz do Sol.

    Respondeu a do meio:

    Gosto mais de meu pai do que de mim mesma.

    A mais moa respondeu:

    Quero-lhe tanto, como a comida quer o sal.

    O rei entendeu por isto que a filha mais nova o no amava tanto como as outras, e p-la fora do

    palcio. Ela foi muito triste por esse mundo, e chegou ao palcio de um rei, e a se ofereceu para ser

    cozinheira. Um dia veio mesa um pastel muito bem feito, e o rei ao parti-lo achou dentro um anel muito

    pequeno, e de grande preo. Perguntou a todas as damas da corte de quem seria aquele anel. Todas

    quiseram ver se o anel lhes servia: foi passando, at que foi chamada a cozinheira, e s a ela que o

    anel servia. O prncipe viu isto e ficou logo apaixonado por ela, pensando que era de famlia de nobreza.

    Comeou ento a espreit-la, porque ela s cozinhava s escondidas, e viu-a vestida com trajos de

    princesa. Foi chamar o rei seu pai e ambos viram o caso. O rei deu licena ao filho para casar com ela,

    mas a menina tirou por condio que queria cozinhar pela sua mo o jantar do dia da boda. Para as

    festas de noivado convidou-se o rei que tinha trs filhas, e que pusera fora de casa a mais nova. A

    princesa cozinhou o jantar, mas nos manjares que haviam de ser postos ao rei seu pai no botou sal de

    propsito. Todos comiam com vontade, mas s o rei convidado que no comia. Por fim perguntou-lhe o

    dono da casa, porque que o rei no comia? Respondeu ele, no sabendo que assistia ao casamento da

    filha:

    porque a comida no tem sal.

    O pai do noivo fingiu-se raivoso, e mandou que a cozinheira viesse ali dizer porque que no tinha

    botado sal na comida. Veio ento a menina vestida de princesa, mas assim que o pai a viu, conheceu-a

    logo, e confessou ali a sua culpa, por no ter percebido quanto era amado por sua filha, que lhe tinha

    dito, que lhe queria tanto como a comida quer o sal, e que depois de sofrer tanto nunca se queixara da

    injustia de seu pai.

    Tefilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Portugus

    1. Ordena os seguintes segmentos narrativos desta histria.

    O prncipe apaixona-se por ela.

    A princesa vai trabalhar como cozinheira num palcio.

    A mais nova expulsa do castelo.

    O rei questiona as filhas.

    No dia da boda, a jovem prova ao seu irmo que tinha razo.

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    2. No incio do conto -nos apresentada uma famlia: um pai e trs filhas. O pai decide lanar um desafio

    s suas filhas.

    2.1. Explica em que consiste esse desafio.

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    3. Uma das filhas no corresponde s expectativas do rei.

    3.1. Explica porqu.

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    4. Caracteriza psicologicamente a filha mais nova do rei (indica trs caractersticas).

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    5. Tendo em conta o estudo efetuado nas aulas, apresenta trs caractersticas dos contos tradicionais.

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    L atentamente o texto B e responde, de forma clara e bem estruturada, ao questionrio seguinte.

    TEXTO B

    1. Delimita o lead da notcia transcrita.

    _____________________________________________________________________________________________

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    2. Tendo em conta o lead, responde s questes:

    Quem? ______________________________________________________________________________________

    O qu? ______________________________________________________________________________________

    Quando? _____________________________________________________________________________________

    Onde? _______________________________________________________________________________________

    3. Transcreve do corpo da notcia a expresso usada por Ondjaki para caracterizar a obra premiada.

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    4. Segundo Ondjaki, Receber um prmio um acrscimo de responsabilidade para o trabalho e para as prximas

    obras.

    4.1. Explica, por palavras tuas, a afirmao do escritor.

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    _____________________________________________________________________________________________

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    GRUPO II

    1. Indica, para cada palavra, os constituintes que a formam, distinguindo o radical, o afixo (prefixo, sufixo e

    interfixo) e o constituinte temtico (ndice temtico ou vogal temtica).

    1.1. livrinhos

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    _____________________________________________________________________________________________

    1.2. decidiram

    _____________________________________________________________________________________________

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    2. Flexiona no plural os nomes e os adjetivos da seguinte frase.

    2.1. Este artigo de jornal muito interessante.

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    3. Completa o quadro, registando o processo de formao de palavras.

    reler

    fim de semana Composio morfossinttica

    amanhecer

    biblioteca

    inutilmente

    4. Identifica os graus dos adjetivos presentes nas seguintes frases.

    4.1. Ondjaki um escritor muito conhecido.

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    4.2. O escritor angolano escreveu menos romances do que o escritor portugus.

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    4.3. Ele recebeu o prmio literrio mais prestigiante.

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    5. Preenche o quadro flexionando os adjetivos no grau superlativo absoluto sinttico.

    antigo

    cruel

    pobre

    amigo

    fiel

    livre

    GRUPO III

    Tal como os contos populares, os provrbios tambm fazem parte da literatura tradicional.

    Escolhe um dos provrbios que se seguem e imagina uma histria que transmita a respetiva moralidade: Quem

    espera sempre alcana ou Quem tudo quer tudo perde.

    Antes de comeares a escrever, toma ateno s instrues que se seguem:

    - escreve um mnimo de 160 e um mximo de 200 palavras;

    - procura organizar as ideias de forma coerente e exprimi-las corretamente;

    - no final, deves reler com ateno o texto que produziste, verificar se h erros e proceder s correes que

    entenderes necessrias.