O SABOR DE SABER POETAR...
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Profª Thailise
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O SABOR DE SABER POETAR
A poesia está bem próxima de nós, quer nas letras de música, quer nas brincadeiras infantis, quer nas páginas da bíblia. A poesia está em toda parte. É só olhar em volta: no pulsar das estrelas, no sorriso de uma criança, no perfume das flores, no silêncio, no olhar, no despertar, no desejo, na rua, na lua... A poesia está em qualquer lugar, como bem escreveu o poeta Elias José “ A poesia– é só abrir os olhos e ver – tem tudo a ver com tudo.”
Trabalhar as emoções, brincar com o ritmo e as rimas, fazer sons, jogar com palavras, imagens e a fantasia, decifrar metáforas, escrever, ler, sentir, declamar, se encantar com os poemas e principalmente saboreá-los deveria fazer parte do nosso cardápio cotidiano, pois a poesia alimenta nossa alma, apimenta e adoça nossa imaginação.
Crie seu instante poético e aceite o convite do poeta José Paulo Paes.
Profª Thailise
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Poesia é, principalmente, para ser sentida, para que a criança, a partir das emoções que o poema lhe desperta, descubra que ela também pode brincar com a palavra, o som e a imagem e aceite o convite do poeta José Paulo Paes:
CONVITE
Poesia é brincar com as palavrasComo se brincaCom bola, papagaio, pião.
Só que Bola, papagaio, piãode tanto brincarse gastam.
As palavras não:quanto mais se brinca com elasmais novas ficam.
Como a água do rioQue é água sempre nova.Como cada diaQue é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?
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Tudo pode ser poesia!. Uma dança, um gesto, uma pintura, uma escultura, um poema, a cena de um filme, uma fotografia e até a sua rotina ... É só abrir os olhos, ver e se deslumbrar.
A seguir, há uma coletânea de imagens e textos poéticos para você treinar o seu olhar de poeta. Saboreie esse momento. Lembre-se de que o olhar do poeta é especial, pois flagra tudo com sensibilidade. Ele fotografa o cotidiano e nos mostra que a arte de ver não é tão complicada assim. Brinque com as imagens, as palavras e os sons. Se desejar, rabisque seus primeiros versos. Clique e bom apetite!
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Vincent Van Gogh
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Sebastião Salgado
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Diálogo consigo mesmocom a morteos astrosos mortosas idéiaso sonhoo passadoo mais-que-futuroEscolhe teu diálogoetua melhor palavraouteu melhor silêncioMesmo no silêncio e com o silêncio dialogamos.
O CONSTANTE DIÁLOGO
Há tantos diálogosDiálogo com o ser amadoo semelhanteo diferenteo indiferenteo opostoo adversárioo surdo-mudoo possessoo irracionalo vegetalo mineralo inanimado
Carlos Drummond de Andrade
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Mil vezes ao dia,três gotas de poesia. Usointerno somente.Angela Leite de Souza
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A poesia é só abrir os olhos e ver.
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Trabalhar poesia é aprender a olhar e a sentir o mundoFunções da poesia:
cognitiva –alimenta o espírito; social, política, ideológica – retrata de modo implícito os dramas sociais, responde ao mundo aspectos da existência humana com suas contradições e ambigüidades; catártica – mexe com o nosso interior; lúdica – brinca com as palavras, com os aspectos sonoros, visuais e semânticos; estética – é literatura, obra de arte, uma recriação da realidade.
Mexe com nossos cinco sentidos despertando prazer e interesse pela leitura, em qualquer fase ou faixa etária .
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HaicaiPoema conciso, de origem japonesa, formado por três versos no total de dezessete sílabas. Não há necessidade de rima ou título e seu conteúdo brota da natureza.
Gota de orvalho:lágrima da madrugadaque a folha enxugou.
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Uma gota de lágrimapede uma gota de chuva.
Ai! Cai! Edith Chacon Theodoro
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Décio Pignatari
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Miro Age Geme Ramo
ARGEMIRO Ar Mar Remo Rio
GO I R
IraRima
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Dentro do seu nome,tiro um AR gostoso,que bate suavemente no meu corpoe aplaca minha IRA.
RIO e vejo quanta água límpida corre do seu nome.Há RIO... Há MAR! Ah! Mar! E no caminho encontro RAMOS, RIMAS, resíduos...GIRO, MIRO e vejo você,
ARGEMIRO.
Edith Chacon Theodoro
ARGEMIRO UMA BRINCADEIRA COM SEU NOME
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ATO BATO CATO FATO GATO JATO MATO NATO PATO RATO TATO
O gato vê o rato no mato.O rato faz um trato com o pato.
O pato de fato acha chato o gato caçar o rato.Aceita o trato do rato e com seu nado a jato,
molha o gato, que no ato
dá um salto e se esconde no mato.
Lá, cara a cara, gato e rato fazem um pacto com muito tato.
Cada qual no seu espaço.Chega de tanto estardalhaço!
Edith Chacon Theodoro
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Palavras são como estrelasfacas ou floreselas têm raízes pétalas são lisas ásperas leves ou densaspara acordá-las basta um soproem sua almae como pássarosvão encontrar seu caminho.
Roseana Murray
Receita de acordar palavras
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BIBLIOGRAFIA1. Para se aprofundar
BERALDO, Alda. Trabalhando com poesia. São Paulo: Ed.Ática,1990.GANCHO, Cândida B.V. Introdução à poesia. São Paulo: Atual,1989.GOLDSTEIN, Norma. Análise do poema. São Paulo: Ática, 1980.JOSÉ, Elias. A poesia pede passagem: um guia para levar a poesia às escolas. São Paulo: Paulus,2003 – Pedagogia da Educação.KIRINUS, Glória. Criança e poesia na pedagogia Freinet. São Paulo: Paulinas, 1998.MICHELETTI, Guaraciaba. Leitura e construção do real: o lugar da poesia e da ficção. São Paulo: Cortez, 2000. – (Coleção aprender e ensinar com textos; v.4)PAIXÃO, Fernando. O que é poesia? São Paulo: Ed. Brasiliense, 1991.
2. Para saborear, se encantar e desejar poetar...
AGUIAR, Vera. (COORD.) Poesia fora da estante. Porto Alegre: Editora Projeto: CPL/PUCRS,1996. ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia Poética. AZEVEDO, Ricardo. Ninguém sabe o que é um poema. São Paulo: Ática,2005__________________. A casa do meu avô. São Paulo: Melhoramentos,BANDEIRA, Manuel. Berimbau e outros poemas. Rio de janeiro: Nova Fronteira,1996
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BELINKY, Tatiana. Livro das Tatianices. São Paulo: Salamandra,2004_____________. Di-versos hebraicos. São Paulo: Ed. Spicione,1991.CAMARGO, Luís. O cata-vento e o ventilador. São Paulo: Ed. FTDJOSÉ, Elias. Segredinhos de amor. São Paulo: Moderna,2001_________. O jogo das palavras mágicas. São Paulo: Paulinas,2000_________. O jogo da fantasia. São Paulo: Paulus,2001 LALAU e Laurabeatriz: Brasileirinhos, São Paulo:Cosac&Naif Edições, 2001.LISBOA, Henriqueta. O menino poeta. São Paulo: Ed. Global,LIMA, Ricardo da Cunha, Cambalhota. São Paulo: Companhia das Letrinhas,1996.MAIAKÓVSKI. Poemas. São Paulo, Ed. Perspectiva, 1982.MEIRELES, Cecília. OU isto ou aquilo. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 1981.MORAES, Vinícius. A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1991.MURRAY, Roseana. Receita de olhar. São Paulo: FTD,1997NERUDA. Cem sonetos de amor.Porto Alegre: L&PM, NICOLA, José de. Alfabetário. São Paulo: Moderna, 1996._____________. Classificados Poéticos. Belo Horizonte: Minguilim,1984.ORTHOF, Sylvia. Ponto de tecer poesia. Rio de Janeiro: EBAL,1987.
PAES, José Paulo. Poemas para brincar. São Paulo: Ática,1990PAIXÃO, Fernando. Poesia a gente inventa. São Paulo: Ática,1995PESSOA, Fernando. Poesias. Porto Alegre: L&PM,1996.QUEIRÓS, Bartolomeu Campos de. Diário de Classe. São Paulo: Moderna,1992QUINTANA, Mário. Poesias. Porto Alegre: Globo, 1989.______________. Nariz de vidro.SOUZA, Angela Leite de. Três gotas de poesia. São Paulo: Moderna, 1996.TELLES, Carlos Q. Sonhos, grilos e paixões. São Paulo: Moderna, 1990._____________. Sementes de sol. São Paulo: Moderna, 1992.ZATZ, Lia. Alfabetando. São Paulo: Paulinas, 2002