O Rei Nos Contos de Fadas e a Imagem Do Self (BVA)

download O Rei Nos Contos de Fadas e a Imagem Do Self (BVA)

of 4

description

Antroposofia

Transcript of O Rei Nos Contos de Fadas e a Imagem Do Self (BVA)

  • O REI NOS CONTOS DE FADAS E A IMAGEM DO SELF

    Hellen Reis Mouro

    Fonte: www.cafecomjung.blogspot.com.br clique e conhea

    Inscreva-se em nosso site e receba informaes sobre os trabalhos da Biblioteca:

    O REI NOS CONTOS DE FADAS E A IMAGEM

    DO SELF30 DE NOVEMBRO DE 2015 | ADMIN | DEIXE UM COMENTRIO

    Biblioteca Virtual da Antroposofia

    O rei nos contos de fadas e a imagem do Self | Biblioteca Virtual da Ant... http://www.antroposofy.com.br/forum/o-rei-nos-contos-de-fadas-e-a-i...

    1 de 4 30-11-2015 21:48

  • Nos contos de fadas o rei geralmente est velho, ou muito doente e precisa ser substitudo.

    Ou seja, ele incompleto. Associando-o a um smbolo do Self, como pode envelhecer e preci-

    sar ser renovado? Quando nos tornamos conscientes de algo, aquilo nos enche de vida e traz

    sentido a ela. No entanto quando algo fica consciente muito tempo e no nos renovamos, esse

    contedo se petrifica e a vida se torna enfadonha. Podemos ento concluir que esse centro da

    psique no esttico e se renova constantemente e precisa ser compreendido e assimilado

    para que nossa vida coletiva e individual no se torne uma formula morta e sem sentido.

    Os contos de fadas so recheados de figuras da realeza como reis, rainhas, princesas e prncipes.

    Os reis nos contos so geralmente annimos mostrando que se trata de um material da psique su-

    prapessoal.

    Como se trata de uma figura de grande destaque na sociedade, sua figura pode ser associada ma-

    nifestao de Deus na Terra, ou seja, eles representam a imagem do Self, aquele centro regulador

    da psique que se torna uma representao da atitude coletiva nos contos de fadas.

    Von Franz (2005) diz que o rei incorpora um princpio divino, do qual depende o bem-estar fsico e

    psquico de toda a nao. o princpio divino na sua forma mais visvel, sua encarnao e sua mo-

    radia.

    Dessa forma observando a figura do rei podemos tirar alguns aprendizados sobre o Self e como a

    conscincia coletiva (e individual) funciona mediante esse centro regulador.

    Associar o rei ao Self faz sentido, pois no nvel individual desse centro regulador que depende to-

    do o bem estar psquico do individuo.

    Nos contos de fadas o rei geralmente est velho, ou muito doente e precisa ser substitudo. Ou se-

    ja, ele incompleto.

    Ora mas como um smbolo do Self pode envelhecer e precisar ser renovado?

    Se transportarmos isso para o estudo das religies a tendncia dos rituais ou dogmas religiosos a

    tornarem-se superados depois de um tempo, a perderem seu impacto emotivo original, tornan-

    do-se frmulas mortas. Embora adquiram qualidades positivas da conscincia, como a continuida-

    de, eles perdem o contato com a corrente irracional da vida e tendem a tornar-se mecnicos (Von

    Franz, 2005).

    Isso vale para doutrinas religiosas e sistemas polticos que com o tempo se tornam obsoletos. Mas

    tambm para tudo em nossa vida. Quando nos tornamos conscientes de algo aquilo nos enche de

    vida e traz sentido a ela, no entanto quando algo fica consciente muito tempo e no nos renova-

    O rei nos contos de fadas e a imagem do Self | Biblioteca Virtual da Ant... http://www.antroposofy.com.br/forum/o-rei-nos-contos-de-fadas-e-a-i...

    2 de 4 30-11-2015 21:48

  • mos esse contedo se petrifica e a vida se torna enfadonha.

    Podemos ento concluir que esse centro da psique no esttico e se renova constantemente e

    precisa ser compreendido e assimilado para que nossa vida coletiva e individual no se torne uma

    formula morta e sem sentido.

    Entretanto em alguns contos de fadas o rei se nega a ser substitudos. Por exemplo, no conto de fa-

    das O velho Rinkrank, dos irmos Grimm, o rei manda construir uma armadilha contra os preten-

    dentes a mo de sua filha, tentando evitar que o futuro genro assuma seu lugar.

    No nvel pessoal possvel observar que o ego, centro da conscincia, possui uma estrutura em se

    tornar unilateral. A conscincia adora ter o poder e sair desse estado muito difcil e doloroso,

    mesmo que isso cause uma neurose no individuo.

    Por esse motivo muitas pessoas relutam em fazer psicoterapia, ou desistem no meio do caminho,

    pois o ego deve abrir mo do controle e deixar que novas possibilidades surjam.

    Muitas preferem se manter na unilateralidade e na neurose. uma zona de conforto! Realmente

    fazer analise um ato herico.

    Em termos coletivos vemos o quo difcil a aceitao de algo novo por parte da conscincia cole-

    tiva. No mito de Cristo vemos que ele foi humilhado e morto por trazer uma nova concepo da di-

    vindade.

    Mas se quisermos evoluir e no nos tornarmos doentes precisamos lembrar que aquilo que um dia

    foi um bom remdio e algo excelente acaba se tornando destrutivo com o tempo. Perseverar em

    um curso de ao bom at um determinado momento, por isso precisamos desenvolver uma fle-

    xibilidade e aceitar que possivelmente, em algum momento teremos que rever esse curso de ao

    e buscar um novo.

    Leia tambm:

    O rei nos contos de fadas e a imagem do Self | Biblioteca Virtual da Ant... http://www.antroposofy.com.br/forum/o-rei-nos-contos-de-fadas-e-a-i...

    3 de 4 30-11-2015 21:48

  • Sinta se o contedo faz sentido para voc ou no para compartilhar:

    0 comentrios Classificar por

    Facebook Comments Plugin

    PrincipaisPrincipais

    Adicionar um comentrio...

    O rei nos contos de fadas e a imagem do Self | Biblioteca Virtual da Ant... http://www.antroposofy.com.br/forum/o-rei-nos-contos-de-fadas-e-a-i...

    4 de 4 30-11-2015 21:48