O Recifense 3ª Edição

16
Recifense www.orecifense.com.br O Jornal do Recife Recife | Pernambuco | Brasil Dezembro de 2011 | N o 3 Edição mensal Distribuição gratuita Então é Natal! www.orecifense.com.br ASSINE GRÁTIS (81) 9982.7021 ANUNCIE [email protected] ENVIE SEU ARTIGO Foto: Alex Costa / Especial para O Recifense Flávio Gimenes: Hipocrisia Legal < página 2 OPINIÃO Pernambuco Internacional < página 3 THALES CASTRO História do peru na ceia de Natal < página 4 GASTRONOMIA Natal a grandeza do homem < página 11 COLUNA DE FÉ Investimento para atender à demanda < página 13 TURISMO < página 8 O

description

O Recifense, o jornal do Recife. Leia, compartilhe, curta, colabore, assine e anuncie! Acesse www.orecifense.com.br!

Transcript of O Recifense 3ª Edição

Recifensew w w . o r e c i f e n s e . c o m . b rO Jornal do Recife

Recife | Pernambuco | BrasilDezembro de 2011 | No 3 Edição mensal Distribuição gratuita

Então é Natal!

www.orecifense.com.brASSINE GRÁTIS

(81) 9982.7021ANUNCIE

jornal@oreci fense.com.brENVIE SEU ARTIGO

Foto: Alex Costa / Especial para O Recifense

Flávio Gimenes: Hipocrisia Legal < página 2

OPINIÃO

Pernambuco Internacional < página 3

THALES CASTRO

História do peru na ceia de Natal < página 4

GASTRONOMIA

Natal a grandeza do homem < página 11

COLUNA DE FÉ

Investimento para atender à demanda < página 13

TURISMO

< página 8

O

O Recifense Publicado por ELF - EMPRESA DE COMUNICAÇÃO E JORNALISMO LTDA

DIRETOR DE REDAÇÃOElano Lorenzato [DRT-PE 2781][email protected]

DIRETOR EXECUTIVOFlávio Gimenesfl [email protected]

CONSULTOR JURÍDICOPedro [email protected]

DEPARTAMENTO COMERCIALcontatos: (81) 9982.7021e-mail: [email protected]

PUBLICIDADEMilton CarvalhoREVISÃOFernando Castim

OPINIÃO Flávio Gimenes - Advogado >>> [email protected]

PROJETO GRÁFICOEzato ComunicaçãoCONTATO REDAÇÃ[email protected]ÃOJornal do Commercio

2 O Recifense www.orecifense.com.br | dezembro de 2011 | no 3 | ano 12

Os artigos assinados não expressam necessariamente a opinião do jornal O Recifense.

É impressionante a quantidade de leis existentes no Brasil.

No dia 08 de dezembro de 2011, na página da Presi-dência da República, foram contabilizadas 12.544 (doze mil, quinhentos e quarenta e quatro) leis ordinárias, 103 (cento e três) emendas à constituição, 140 (cento e quarenta) leis complemen-tares e infindáveis números de decretos-lei, decretos, regulamentos, portarias, re-soluções, etc.

A questão não se re-sume na quantidade de leis, mas sim no cumprimento e respeito a cada uma delas. O Brasil mais parece o país do faz de conta, pois algumas leis são propostas, aprovadas e sancionadas, mas ninguém respeita, inclu-sive o Estado. A Carta Magna, no seu artigo 6º, diz: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a mo-radia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção

à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. Será que na prática os direitos sociais existem ou foram total-mente privatizados? Hoje, para se ter um atendimento médico razoável, o cidadão necessita contratar um plano de saúde. Na educação, a qualidade passa pela matrí-cula numa instituição particular de ensino, pelo menos no 1º e 2º graus. A segurança, nem se fala, ninguém está seguro sem as trancas, grades e circuitos internos de TV, comprados no comércio. Nas demais áreas, a situação é a mesma.

Quem ouviu dizer que o jogo é proibido no Brasil? A lei diz que o jogo de azar é uma contravenção penal. Al-guém acredita? É mega-sena, loto, lotofácil, loteca, quina, loteria federal, etc. O detalhe é que esses jogos são explorados pela Caixa Econômica Fede-ral, com a devida autorização do poder público. O jogo do bicho, apesar de proibido, é tolerado e aceito pelo governo e o cidadão. Em muitas cidades, a lei determina que o tempo máximo de espera na fi la do banco é de 15 minutos. Você

Hipocrisia Legal já viu algum banco cumprir? Caso positivo, favor avisar. Além disso, há o decreto que normatiza o atendimento no call center pelas conces-sionárias de serviço público; a utilização de películas nos au-tomóveis etc. É muita norma desrespeitada! A sociedade bra-sileira necessita de um grande choque cultural e bastante educação, pois só assim haverá uma reversão de valores e possivelmente as leis passarão a ser res-peitadas e cumpridas, aca-bando de vez com essa tal de hipocrisia legal.

Vitória Gimenes, de cinco anos de idade, moradora do bairro das Graças, enviou esse Cartão de Natal para a redação de O Recifense. Pedimos licença a Vitória para utilizarmos seu Cartão de Natal para desejarmos Feliz Natal a todos os Recifenses.

O Recifense www.orecifense.com.br | dezembro de 2011 | no 3 | ano 1 33

Pernambuco InternacionalTHALES CASTRO Doutor em Ciência Política pela UFPE. Cônsul A.H. da República de Malta no Recife. Presidente da Sociedade Consular de Pernam-buco (SCP). >>> [email protected]

Crescimento econômi-co e investimentos estruturais geram

aumento de exposição inter-nacional. Essa fórmula não poderia ser diferente com o Estado de Pernambuco em seu virtuoso momento de geração de emprego e ren-da em razão das políticas públicas federais e estaduais atreladas aos investimentos estruturadores no Estado. Tal observação é comprovada pelo aumento da instalação, no Recife, dos consulados, das câmaras de comércio e dos escritórios internacio-nais de promoção de inves-timentos, como também pelo incremento das densidades nas suas relações externas econômico-comerciais, socio-culturais, políticas e jurídicas. Em um cenário inter-nacional de crescente inter-dependência, a diplomacia consular tem, cada vez mais, assumido papel de relevo nas Relações Internacionais con-temporâneas, tendo Pernam-

buco como vértice do proces-so. Reforçando tal visão, a Sociedade Consular de Per-nambuco (SCP), que, recen-temente, celebrou 20 anos de fundação, tem construído im-portantes pontes de diálogo e de cooperação entre diversos atores políticos locais e inter-nacionais. São, por meio des-sas pontes, que cruciais fl u-xos de investimentos podem ser desenhados, aliando di-plomacia consular ao desen-volvimento crescente do Es-tado. Já fora assinado, entre a Sociedade Consular de Per-nambuco e a OAB/PE, espe-cialmente, com sua Comissão de Relações Internacionais, convênio de cooperação com vistas a ampliar o diálogo e a participação efetiva. Além dis-so, está em estágio avançado semelhante convênio entre a SCP e a Assembleia Legisla-tiva de Pernambuco (Alepe). A diplomacia consu-lar representa pilar importan-te nas relações bilaterais e nos desenvolvimentos social e econômico em Pernambu-co. A prática diplomática se estrutura, especialmente, na defesa dos interesses nacio-nais por meio da construção permanente do entendimento, da harmonia e da cooperação

entre os diversos atores inter-nacionais. No campo consu-lar, tal prática tem-se revelado de suma importância para a preservação da paz, para a promoção do comércio, forta-lecendo, assim, as integraçõs econômica e a cidadania em aspectos mais amplos. Tais conjunturas reforçam, em últi-ma instância, os princípios e propósitos da Carta da ONU. Dessa forma, crescem as demandas para criação de institucionalidade, em âmbito governamental pernambucano ou de assessoramento direto do governo, para representar e centralizar tais interlocuções internacionais. Vários estados da federação já criaram, por exemplo, Secretarias de Re-lações Internacionais, gerando maior dinamicidade aos ne-gócios internacionais, à ação externa e à cooperação in-ternacional. Em parceria com o Itamaraty, por meio de seu Escritório de Representação no Nordeste (Erene) no Re-cife, essa Secretaria de Rela-ções Internacionais reforçaria, ainda mais, o sentido huma-nista da prática de cidadania, da promoção dos direitos hu-manos, da atração de novos investimentos internacionais além do fortalecimento das instituições de direito entre os povos, gerando sinergia para os pernambucanos.

Foto: Divulgação

ESPAÇO

“Na maior cidade pequena do mundo fi gura o Diário Pernambucano. Trabalhamos com verdades incômodas e com mentiras convenientes. Um coletivo que articula notícias meio fake (falsas), meio reais. Falsiê talvez seja o melhor conceito. Acreditamos que a maneira mais fácil de se injetar uma crítica é através do humor (ou do mau humor). Produzimos o verossimilhante, “o bom demais pra ser verdade”. Está longe do nosso intuito a injúria, difamação ou calúnia, ainda que a barreira do humor e da imbecilidade seja muito frágil. Jornalismo fantástico? Humor? Crítica? Análises sociais? Ironia? Galhofa? Ansiedade? Apocalipse? Tudo isso – e muito mais – compõe o estado afetivo do jornal que é “o cupim que rói a madeira de lei”.

Acompanhe o Diário Pernambucano no www.diariopernambucano.com.br

Houston, EUA: Em decisão majoritária, o conselho deliberativo da Agência Espacial Americana decidiu que a NASA passará a adotar o exa-me de ordem da OAB (Ordem dos ADVOGADOS do BRASIL) como um dos principais critérios na seleção teórica de seus astronautas e pilotos. A “prova da OAB”, como é popularmente conhecida, tornou-se famosa por seu rigorosíssimo teste de conhecimentos, de memória, de argumentação e de resistência física e psicológica. Pesquisadores da NASA em visita ao Brasil concluíram que quem consegue atingir um nível mediano no supracitado teste está indubitavelmente apto a se tornar um astronauta prodigioso. É mais uma invenção nacional que vai para o alto escalão da política norte--americana. A primeira tinha sido a Urna Eletrônica. O Presidente da entidade brasileira, Demóstenes Bolodório, afi rma que isso demonstra a magnitude e quintessência com que a en-tidade conduz os ditames quânticos e jurisprudentes do universo. “Es-tamos orgulhosos em exportar esta fórmula mágica e seletiva na qual arregimentamos os escolhidos e gênios da raça”, afi rma entusiastica-mente. Em troca, a NASA transferirá tecnologia devolvendo os feijões germinados pelo nosso ilustre astronauta brasileiro, Marcos Pontes Barri-chelo, que serão utilizados em eventos fi lantrópicos da entidade brasileira.

NASA adotará exame da OAB para seleção de astronautas

O Grand Canyon brasileiro – Dirigir no Recife não tem sido uma tarefa das mais fáceis. Mesmo aquele motorista cuja habilidade é inques-tionável está tendo sérias difi culdades para chegar a salvo ao seu destino, sem enfi ar os pneus em crateras e vendo sua suspenção morrer. A culpa é de quem? Óbvio que essa quantidade de buracos é resultante de um sis-tema de drenagem defi ciente e da má qualidade do famoso “asfalto son-risal”: molhou, derrete. A última grande vítima do Grand Canyon brasileiro foi o carro do Google Street View, de passagem pelo Recife mapeando rua por rua. Fazendo isso, conseguiu sentir na pele a densidade dos buracos da cidade maurícia. “Onde está a prefeitura de vocês? As fotos do Recife são as mais prejudicadas da história do Street View até agora. Ora as fo-tos são do chão, ora são do céu. Tudo isso por causa das constantes que-das em buracos. Complicadinho isso aqui viu? Por medida de segurança, recomeçaremos o trabalho em cima de guinchos alugados aqui mesmo”, comenta Denis Arnoldo, coordenador da ação do Google no Recife.

Carro do Google Street View não aguentou a buraqueira do Recife

4 O Recifense www.orecifense.com.br | dezembro de 2011 | no 3 | ano 14

CARLOS ROBERTO ANTUNES DOS SANTOS Professor Titular de História do Brasil, área de História da Alimentação, da UFPR>>> [email protected]

GASTRONOMIA & LAZER

História do peru na ceia de Natal

Os astecas se alimen-tavam de animais possíveis de serem

encontrados nos seus do-mínios: os cães e os perus. Os perus eram criados pelos índios, atividade bastante an-tiga, com clima propício para a prosperidade desta criação. Geralmente os astecas cozi-nhavam o peru acompanhado de cebola, alho-poró e molho à base de pimenta vermelha. Em 1518, quando do início do contato entre os ín-dios e espanhóis no processo colonizador do México, F. Cor-tez tomou conhecimento do peru como ave para alimen-tação exposta no mercado de Tenochtitlán, capital asteca, trazendo, após, alguns exem-plares para a Europa. O peru também vivia em estado sel-vagem nos bosques do Cana-dá. Foi ao longo do século XVI que a Europa descobriu essa ave, um pouco estranha, que foi chamada de “galinha da Índia”, pois muita gente ainda confundia a América com as

Índias Ocidentais. Os jesuítas a introduziram como prato em seus colégios religiosos. A In-glaterra tomou conhecimento da ave em 1525, sendo que rapi-damente constituiu-se no prato principal da ceia de natal entre alguns países europeus, e so-mente após na América do Nor-te. Para Brillat Savarin, o peru foi um dos mais belos presentes que o Novo Mundo ofereceu ao velho Continente. Em meados do século XIX, o peru, pratica-mente, substituiu o cisne como ave de natal na Inglaterra, po-pularizando-se defi nitivamente. A introdução e fi xação do peru como prato principal na Europa e nas Américas, in-cluindo o Brasil, na comemora-ção do nascimento de Cristo, transformou o ritual do jantar de Natal em ceia. A abundância, e mesmo a extravagância, carac-terizam a essência do momento da ceia de Natal, pois esse ritual passou a ser entendido como expressão simbólica do suces-so frente aos ditames da vida cotidiana ao longo do ano. No

Brasil, dependendo das dispo-sições fi nanceiras das famílias, esta ceia, além do peru assado, pode comportar diversos outros pratos como salpicão, outras saladas, ostras, arroz à grega, pernil de porco, frutas, paneto-ne, castanhas, nozes, bolos. No sentido da ceia como festa, o prato principal deve ser o assa-do pois, segundo Levi-Strauss, de acordo com as nossas con-venções sempre que o menu inclui um prato de carne assada ser-lhe-á conferido um lugar de honra no centro da refeição. Portanto, num momento de demonstração de abundância, e mesmo de desperdício, o as-sado recebe um status superior em relação ao cozido. Na obra “O Triangulo Culinário”, Strauss revela que do contraste entre os estados assado e cozido emer-gem características universais: no cozimento se conserva a carne e seus sucos, ao passo que o assado constitui um pro-cesso de destruição e perda. Assim um denota economia; o outro prodigalidade; o assado é aristocrático, o cozido é ple-beu! Dessa forma, os estados dos alimentos são apropriados para usos e abusos como sím-bolo de diferenciação social. Em alguns lares, o chefe da família é convocado para trinchar o peru assado e dividi-lo entre os presentes. E

Foto: Divulgação

neste ritual prevalece a hierar-quia entre os convidados bem como as deferências, pois as ofertas das partes do peru, e mesmo de outros assados, eram graduadas segundo a po-sição social dos convidados:

1. Ao convidado mais ilustre, o dono da casa dizia: “Caro Sr. ...poderia eu ter a ousadia de lhe oferecer uma parte do perú?”;

2. Ao segundo convidado em dignidade, dizia “O Sr. teria a gentileza de aceitar um pedaço de peru?”;

3. Ao terceiro convidado na hie-rarquia à mesa, o dono da casa perguntava: “O Sr. quer peru?”;

4. Ao quarto na hierarquia ofe-recia: “um pouco de peru?”;

5. Enfi m, ao quinto perguntava, com um pequeno aceno com a faca, “peru?”.

Ainda no fi nal do sé-culo XIX esse ritual incluía a arte de amolar a faca; o trin-chamento competente da ave pelo chefe de família, sentado ou levantado; as perguntas usuais sobre as partes que se deseja saborear e a oferta do molho. Essa cerimônia de trin-char a carne do peru é cada vez menos usual, mas ain-da se mantém na Inglaterra. As histórias da co-mida revelam os tempos da memória gustativa, quando a gastronomia deixa a cozinha e invade a academia, com dis-sertações de mestrado e te-ses de doutorado abordando cada vez mais o tema. Falar de comida deixou de ser um apanágio exclusivo das donas de casa ou de chefs de res-taurantes. As receitas culiná-rias, os livros de receitas e os relatos empíricos constituem importantes fontes históricas, em projetos de pesquisa multi e interdisciplinares.

O Recifense www.orecifense.com.br | dezembro de 2011 | no 3 | ano 1 55

Meu nome é Alex Costa, sou cine-grafi sta e, às ve-

zes, fotógrafo. Sou nascido e criado nesta linda cidade

O Recife que eu vejo

chamada Recife, de tantas culturas. Mas o Recife vem sofrendo muito com a falta de segurança, educação e sane-amento básico. Com o cresci-mento da população, a cidade

PARTICIPE!Envie seu artigo com no máximo 15 linhas sobre o Recife que você vê e fotos (máximo 10) com cinco mega pixel de qualidade com nome completo,

para o e-mail: [email protected]. O texto tem que ser em fonte Times ou Arial, tamanho 12, espaçamento simples.

TEXTO E FOTOS: ALEX COSTA | Cinegrafi sta e fotográfo profi ssional | >>> [email protected]

vem-se verticalizando, onde existia uma casa com uma família hoje moram dezenas, onde havia um carro hoje há vários e quem sofre com isso é a própria população. O Rio Ca-

pibaribe, que serve de inspira-ção para tantos poetas, canto-res e cineastas, vem sofrendo com a poluição e dependendo da ajuda de algumas poucas organizações para ajudar na

sua sobrevivência. Com tan-ta beleza, o Recife atrai mui-tos turistas, mas ao chegar na “Veneza brasileira” acaba tomando um susto com a fal-ta do que fazer.

6 O Recifense www.orecifense.com.br | dezembro de 2011 | no 3 | ano 16

CARLOS BAYMA Médico em Urologia e Psicossomática >>> [email protected] >>> www.drbayma.com

SAÚDE E BELEZA

Potência sexual não é mágica

Há no imaginário popular, particular-mente no masculi-

no, que basta tomar um com-primido e a potência sexual reaparece. Medicamentos do tipo Viagra e congêneres (Cialis, Levitra, Helleva, etc.) são apenas dilatadores das artérias do pênis (e de outras artérias, gerando os efeitos colaterais com dor de cabe-ça e vermelhidão no rosto), facilitando o endurecimento do mesmo. Não conferem nenhum aumento de dese-jo sexual. Se esse desejo estiver comprometido, não há comprimido que dê jeito. São muitas as cau-sas da difi culdade de obter e manter a ereção para o ato sexual completo, que inclui desde o início da intumescên-cia peniana até a ejaculação, necessitando para isso uma rigidez peniana sufi ciente durante todo o ato. Tomar um comprimido para ereção não é garantia de obtê-la, muito menos de aumentar a libido. Condições várias difi cultam a rigidez peniana. Cito algumas: tabagismo, uso assíduo de bebida alco-ólica, obesidade, diminuição do hormônio masculino (an-dropausa) – a testosterona, aumento das taxas sanguí-neas de colesterol e triglice-rídeos, sedentarismo, uso de

antidepressivos, hipertensão arterial e diabetes, essas duas últimas quando não manti-das na faixa de normalidade. Além de tudo isso, há também os aspectos emocio-nais (psicológicos) envolvidos no ato sexual, como baixa auto-estima, traumas sexuais, com-plexo de inferioridade e medo de ter o desempenho compro-metido e ‘passar vergonha’. As causas emocionais geralmente se mostram no início da idade sexual (adolescência, juventu-de), pela inexperiência, e em idades mais avançadas, quan-do a parceira é recente (após uma viuvez ou divórcio) e tem idade bem inferior a do homem. Com mais de 20 anos de consultório, percebo que, do mesmo modo como surge, por volta dos 14 anos de idade, a sexualidade masculina come-ça a declinar por volta dos 50, tanto no que se refere à ereção quanto à quantidade e força de emissão do esperma. É o inevitável processo de envelhe-cimento. Homens que tiveram ao longo da vida uma saudá-vel atuação sexual aceitam esse declínio sem resistências e se tornam mais espirituais. São raros esses, raríssimos. Ao contrário, a maioria dos homens da chamada 3ª idade, insiste, mesmo contra a natureza, em se manter se-xualmente ativo e no mesmo

patamar de 20 ou 30 anos atrás. Isso é impossível, é uma insanidade. Refl ete uma vida sexual pregressa insu-fi ciente e atribulada e, mais profundamente, refl ete – ape-sar da idade - uma imaturi-dade psicológica lamentável. Não quero dizer aqui que o homem idoso não possa nem deva ter vida sexual. Mas, isso sim, que seja compatí-vel com seu grau de enve-lhecimento e obedecendo a algumas ‘regrinhas’ básicas: jamais esperar ou buscar uma performance de faixas etárias mais novas, fazer atividade física regularmente, manter--se dentro do peso, controlar diabetes e hipertensão, nor-malizar taxas de colesterol e triglicerídeos, repor testoste-rona quando possível e ne-cessário e – principalmente – aceitar com dignidade e sem resistência o processo natu-ral de envelhecimento, sem ter uma ‘cabeça de velho’. Não esperem mila-gres de seus urologistas e nem infernizem a vida de-les em busca de uma ‘po-tência” sexual impossível para sua idade. Declínio é declínio, é irreversível. Viva isso da melhor forma possível, pois, do contrário, muita ansiedade, angústia e frustração o esperam pe-los dias que restam.

SARAH FREITAS Arca de Noé - PE >>> [email protected]

ESPAÇO PET

Seja educado! Limpe o cocô do seu cachorro

O sol adentra em nos-sas janelas e já é hora de acordarmos

e levantarmos para mais um dia de trabalho. São inúme-ras tarefas que já se iniciam antes mesmo de enfrentar-mos o trânsito enlouque-cido das grandes cidades. São responsabilida-des diárias e, uma delas é le-var o cãozinho para fazer xixi e cocô. Mas, espera um pou-co! Será que não deveríamos utilizar o termo passear? Talvez, mas o maior propósito desse passeio além de diminuir o estresse do bichinho é, realmente, colocar em prática as ne-cessidades fi siológicas do animal até porque muitos cães não são condiciona-dos a fazer xixi e cocô em algum lugarzinho, dentro de casa, preparado espe-cialmente para este tipo de presente indesejável. Mas, ao sairmos, fl agramos aquele vizinho com atitudes suspeitas. O mesmo não vê nada que o incrimine e segue o pas-seio. Logo em seguida, nos deparamos com a “bom-ba” deixada na calçada. São ações como essas que contribuem para mais sujeiras em locais pú-blicos e contaminação para

outros animais e nós, seres humanos; já que os ver-mes originados das fezes causam o bicho geográfi -co, uma espécie de derma-tite. Uma doença de pele que pode atingir a todos, principalmente às crianças que são as mais vulnerá-veis uma vez que usufruem com mais frequência locais como praças e parques. Para evitarmos consequências desagradá-veis como essas citadas, fi ca aqui a sugestão de an-darmos sempre com uma sacolinha para que possa-mos recolher as fezes de nossos animais de estima-ção. Assim, estaremos pre-servando a limpeza urbana como também a saúde de todos que nos rodeiam e, tudo isso sem deixarmos de desfrutar do privilégio de conviver com um animal doméstico.

Foto: circodaspulgasduda.blogspot.com

Foto: Arquivo Pessoal

PARTICIPE!Envie seu artigo com nome completo, foto sobre o assunto que escreveu (com 5 mega pixel, no mínimo) para o e-mail: [email protected].

O texto tem que ter no máximo 50 linhas, em fonte Times ou Arial, tamanho 12, espaçamento simples.

O Recifense www.orecifense.com.br | dezembro de 2011 | no 3 | ano 1 77

LEONARDO COÊLHO Advogado >>> [email protected]

ESPAÇO LEGAL

O Direito de Vizinhança

O chamado Direito de Vizi-nhança, cujo interesse é amplo e inquestionável

faz parte do cotidiano de todos os cidadãos. Se, na Idade Média, as grandes propriedades já tinham pro-blemas de vizinhança entre feudos vizinhos, o que dizer do atual ce-nário urbano no qual convivemos? A melhor expressão a re-presentar o Direito de Vizinhança é a expressão popular que assevera que “o seu direito termina onde co-meça o meu”. Isso resume tudo - ou quase tudo. Juridicamente, pode-se denominar esse conhecido ditado popular como o simples exercício do Bom Senso ou Princípio da Ra-zoabilidade. E é exatamente a es-ses pilares sociais que a lei procura resguardar nas relações individuais, notadamente aquelas da vizinhança. Dentre outros textos legais, o Código Civil de 2002 é o principal norteador dessas relações. E em seu Livro III, título III, capítulo V, regras bem interessantes são postas à so-ciedade. Talvez a principal delas seja o direito de o proprietário ou possui-dor fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, à saúde e ao sossego em relação a uma pro-priedade vizinha. É tal norma, previs-ta no art. 1277 do CC, que autoriza o fechamento de imóveis por parte de autoridades legais quando esses não guardam condições de segurança fí-sicas adequadas, sendo possível até mesmo a determinação judicial de demolição (art. 1280) e, em casos mais graves, o fechamento de imó-

veis que prejudiquem o sossego e a saúde dos moradores, como no caso de bares/boates com limi-tes de volume acima do tolerado. Outras regras são ainda bem curiosas, dentre as quais a presunção de que árvores apos-tas na linha divisória de terrenos pertencem a ambos os confi-nantes; a permissão legal para o corte de raízes e ramos que ultrapassarem o limite do imóvel de seu dono; a propriedade dos frutos que caírem em terreno particular, ainda que advenham de árvore do vizinho; a autori-zação legal para a denominada “passagem forçada” ao dono do prédio que não tiver acesso à via pública; a obrigatoriedade de re-cebimento das águas por parte do dono ou possuidor de prédio inferior; o limite de 1,5 metros do terreno vizinho para construção de janelas, eirados ou terraços, etc (arts. 1277 a 1313 do CC). Se a essa altura entendem os leitores que muitas são as re-gras e que as mesmas são de difícil fi xação, basta fi car com uma dica preciosa e soberana: use o bom--senso, a razoabilidade e lembre--se de que seu direito termina onde começa o do vizinho. Com esteio nessas três premissas, a maior par-te das situações diárias estarão re-solvidas, afi nal, em palavras menos científi cas e mais diretas. Para que serve o direito senão para regular o senso de justiça e de ética do cida-dão comum? Fica a refl exão!

RONALD MATTOS Condômino e ex-síndico >>> [email protected]

ESPAÇO CONDOMÍNIO

Condomínios: uma nova realidade

Com a verticalização das ci-dades brasileiras, passa-mos a enfrentar uma nova

realidade: morar em condomínio. Esta nova modalidade de moradia traz algumas vantagens e confortos que difi cilmente seus pro-prietários teriam em outras condições. Mas esses ‘confortos’ têm seu preço. Morar em condomínio é uma ‘arte’. No Recife, nas décadas de 1970/80/90, a população ainda vivia em casas baixas (de bairro) com quin-tais, ruas tranquilas, onde os vizinhos se conheciam pelo nome. A verticalização, compeliu o recifense a dividir espaços, equipamentos, paredes, tetos, pisos e despesas com pessoas completamente desconhecidas. Ainda estamos apren-dendo. Nem todos dominam essa ‘arte’. Depois de um dia de trabalho estressante, e durante o ‘longo’ percurso de elevador entre a garagem e o seu an-dar, ser obrigado a sorrir para o vizinho

que deu uma festa barulhenta na noite anterior, só sendo um artista mesmo. Nessa nova realidade, respeitar regras, regimentos e con-venções são fundamentais e exige senso de coletividade e uma boa ‘pi-tada’ de cidadania dos condôminos. O condomínio é um microu-niverso onde encontramos de tudo. Toda essa ‘diversidade’ passará a fazer parte do seu cotidiano, principalmente se você tiver fi lhos, pois são eles que fazem você participar das festas dos fi lhos dos vizinhos e trazem ‘todas’ as noticias para dentro da sua casa. O céu e o inferno são divi-didos por uma linha tênue na convi-vência em condomínio, mas essa é a nova realidade das cidades e é bom aprendermos o mais rápido possível a conviver com ela, pois já somos 7 bi-lhões de habitantes (ou condôminos) nesse imenso condomínio chamado ‘ planeta terra’.

PARTICIPE!Envie seu artigo com nome completo, foto sobre o assunto que escreveu (com 5 mega pixel, no mínimo) para o e-mail: [email protected].

O texto tem que ter no máximo 50 linhas, em fonte Times ou Arial, tamanho 12, espaçamento simples.

Foto: www.caern.rn.gov.br

8 O Recifense www.orecifense.com.br | dezembro de 2011 | no 3 | ano 18

Então é Natal!Dona Euni

Wellia Siqueira

Jam

Cecília Medeiros

Leonardo

Celso Santos

Gerson Nazário

Quando chega o fi nal do ano, as pessoas costumam analisar

tudo que aconteceu em suas vidas e planejar o ano seguinte. Muitos lembram os erros que cometeram para não os repetir e focam nos acertos para progredirem. A cidade deveria ser dessa forma, reconhecer os erros e focar nos acertos e avançar com eles. O ano de 2011 foi marcado por falta de mobilidade, falta de planejamento, falta de organização, falta de preparo, entre outros. O trânsito está cada vez congestionado, o transporte público insufi ciente, a drenagem das águas pluviais precária, infraestrutura dos morros da cidade a desejar, saúde, educação, lazer, limpeza urbana precisando melhorar. É verdade que nos últimos meses a coisa começou a mudar, lentamente, mas começou. O problema é o que não foi feito antes. O acúmulo gerou uma situação que tudo é urgente e aí falta organização e força de vontade de resolver os problemas, porque dinheiro é o que não falta, todos sabem. O Recifense foi às ruas perguntar às pessoas: Se você fosse Papai Noel, que três presentes você daria ao Recife? Acompanhe os depoimentos.

Elias Euclides da Silva, “Jamelão”, morador da Boa Vista.“Se eu fosse Papai Noel eu daria para o Recife sanea-mento básico, porque o Recife não tem; dava uma ativida-de digna aos moradores e pedintes das ruas da cidade, ensinava um ofício e diminuía a prostituição. Porque eles só olham Boa Viagem, Espinhei-ro e os bairros mais ricos, mas o Centro é um lixo.”

Dona Eunice Bonfi m, moradora da Boa Vista. “Primeiramente consertaria todas as calçadas que estão péssimas. É topada seguida de topada, a gente já não pode mais andar pela cidade. Mais segurança, até em casa a gente tem precisado de mais segurança. Eu gosto do Recife, é uma cidade muito boa, mas a violência e os vícios deixam-na estragada.”

Wellia Siqueira, moradora da Boa Vista. “Eu daria higiene para a acidade, porque, ultimamente, ela está muito suja, assim, o cheiro está insuportável, praticamente; saúde para todo mundo, porque a saúde está meio precária e paz, que o próximo ano seja de muita paz para todo mundo.”

O Recifense www.orecifense.com.br | dezembro de 2011 | no 3 | ano 1 99

Fotos: Alex Costa / Especial para O Recifense

ce Bonfi m

Wenia Siqueira

elão

Letícia França

o Tabosa

Vinícius José

José Luiz Batista

Wenia Siqueira, moradora da Boa Vista. “Eu daria abrigo para as pessoas que vivem nas ruas; limpeza porque a cidade está muito suja e paz. Desejo para 2012 que as pessoas sejam mais unidas e que a violência diminua, pois ela está tomando conta da cidade.”

Celso Santos, morador da Madalena.“Se eu fosse Papai Noel, eu daria ao Recife mais acessos para a população chegar onde deseja, já que o trânsito está caótico; daria mais educação às nossas crianças, pois elas são o nosso futuro e

uma saúde mais efi ciente que atenda às necessidades

do povo de Recife.”

Vinícius José, morador do Jordão Baixo. “Eu daria novas escolas; investimento em lazer, um grande parque ou praça e uma grande biblioteca, algo que pudesse ajudar na formação das crianças e adolescentes.”

Cecília Medeiros, moradora do Centro.“Eu daria infraestrutura, porque qualquer pessoa que anda pelo bairro da Boa Vista vê que a infraestrutura está péssima, calçadas quebradas, árvores com raízes altas que dificultam

o pedestre passar. Ele tem que muitas

vezes andar pela rua, mesmo correndo o risco de ser atropelado;

segurança, porque você não pode ficar

aqui sentado porque, a qualquer momento, a

gente pode ser roubado e limpeza, tanto saneamento básico quanto limpeza das ruas, calçadas.”

Letícia França, morado-ra de Boa Viagem. “Eu daria uma rede de esgoto para a cidade; melhoraria o transporte público e a segurança. Eu acho que se eu fosse Papai Noel eu faria essas três coisas, que eu acho que são básicas e estamos precisando muito.”

Leandro Tabosa, morador de Boa Viagem.“Eu daria uma vassoura gigante para fazer uma limpeza geral nos bairros, no centro da cidade principalmente, seria o primeiro presente; o segundo: diminuiria a violência urbana, colocaria mais policiais nas ruas e, o terceiro presente seria em relação à cultura, seria um cinema para as comunidades carentes, principalmente, com preços populares não apenas no centro, mas também nos grandes centros comerciais, cinema para comunidade com preços populares.”

Gerson Nazário, morador do Fundão. “Um prefeito para cuidar melhor do Recife, porque pelo que a gente tá vendo o Recife está abandonado. As ruas, a segurança e a saúde.”

José Luiz Batista, morador de Brasília Teimosa.“Os presentes que eu daria ao Recife são: turismo, lazer e esporte, porque o Recife não tem pouco ou quase nada e a população perde com isso. Feliz Natal para todos!”

10 O Recifense www.orecifense.com.br | dezembro de 2011 | no 3 | ano 110

KARLA TINTO Advogada >>> [email protected]

ESPAÇO COMUNIDADE

Associação comunitária defende os interesses da coletividade

Desde os primórdios, o homem compre-endeu que, para

viabilizar a sua própria sobre-vivência, era imprescindível promover a concentração de esforços junto a um grupo social, o que proporcionou a hegemonia de nossa espécie no mundo. Essa necessidade não se alterou no mundo glo-balizado, onde, por vezes, um determinado grupo social precisa de representação para solução dos problemas do cotidiano. Uma das várias ramifi cações da participação popular na busca de soluções para os problemas enfren-tados, de modo geral, pelas comunidades, são as asso-ciações comunitárias, criadas com fundamento na Constitui-ção Federal (CF/88), art. XII. Almejamos, cada dia mais, a melhoria da qualidade de vida na comunidade onde convivemos e enfrentamos as difi culdades diárias, pro-movendo ações que têm por objetivo, desde a busca dos direitos mais básicos do cida-dão, tais como infraestrutura, segurança, transporte, edu-cação, lazer, etc, aos direitos sociais, ambientais, urbanís-ticos, histórico e cultural nos bairros.

Foto: Daniel Hammes / Divulgação

Nesse contexto, uma associação comunitária efi -ciente atuará na busca de uma convergência de esfor-ços, tanto junto aos órgãos políticos, quanto às empresas privadas, a exemplo de co-mércios existentes nos bair-ros, visando a obter uma sé-rie de benefícios e incentivos com vistas a melhorias para o bairro. Além das melhorias estruturais, inerentes à ur-banização, as associações, através das ações comunitá-rias, proporcionam uma cons-cientização social mais sus-tentável, contribuindo, assim, para a formação de cidadãos mais conscientes do impacto de suas próprias ações na mi-nimização de problemas am-bientais, por exemplo. É através de cur-sos, palestras, seminários, oficinas culturais, entre outras atividades, que as associações comunitárias promovem uma grande con-tribuição para a sociedade na formação do cidadão mais participativo e cons-ciente da importância e do impacto de suas ações no meio em que vive. Todavia, a almejada qualidade de vida, em sua vertente mais qualitativa

que econômica, deve ser avaliada e buscada den-tro do contexto da própria realidade e necessidade da comunidade atingida, concluindo assim que as associações comuni-tárias ou de bairro têm um papel importantíssi-mo na identificação das particularidades da co-munidade, necessidades compatíveis e solução dos problemas inerentes àquele meio social, com vistas a atender aos inte-resses da coletividade na melhor forma, de acordo com a ordem prioritária de cada uma delas. Por tal motivo, é imprescindível que a associação comunitá-ria seja vista, quer pelo poder público constituí-do, quer pela sociedade civil organizada, como um ente que deve ser adequado à diversidade e necessidade das vá-rias comunidades, sendo necessária a profissio-nalização, capacitação constante de seus mem-bros e voluntários, a fim de que passem a exercer o papel importante que o terceiro setor reclama na sociedade.

O Recifense www.orecifense.com.br | dezembro de 2011 | no 3 | ano 1 1111

ADEMAR PAEGLE Pastor da Igreja Batista de Casa Amarela >>> [email protected]

COLUNA DE FÉ

Natal a grandeza do homem

Sempre gostei da época natalina. Das músicas e

das luzes; das praças iluminadas e da alegria das crianças; da ceia fa-miliar e da partilha dos presentes; do caminhar mais rápido dos jovens nas praças e da cadên-cia monótona dos mais velhos; do cantar dos corais nos logradouros públicos e do espírito solidário que a todos envolve. O natal sempre foi um tempo propício à reflexão e às memórias. O Natal, contudo, não é apenas isso. O seu sig-nificado é muito mais profundo envolvendo o ser humano como um todo. Sendo uma reali-dade espiritual, o Natal está ligado diretamente à espiritualidade do ser humano. Destaco os três momentos que estão presentes no Natal:

I - O HOMEM FOI CRIADO PARA A GRANDEZA

O homem, ao ser criado, foi designado por Deus para administrar o Éden. Foi responsabilizado pelo Senhor para arar a terra e dar nome aos animais. De toda a cria-ção de Deus o homem foi a mais signifi cativa. No saltério, é dito que o homem foi coroa-do de honra e de glória: “Que é o homem para que o visites? Contudo, um pouco menor do que os anjos o fi zeste, de glória e de honra o coroaste; Fazes com que ele tenha do-mínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo dos seus pés; todas as ove-lhas e bois, assim como os animais do campo; as aves dos céus, os peixes do mar, e tudo o que passa pelas vere-das dos mares”(Salmo, 8:3-8). Quando Deus criou o homem, Ele o criou para as grandezas moral, ética e espiritual. Essa grandeza não permaneceu.

II - O HOMEM PERDEU A SUA GRANDEZA

Segundo as Escrituras Sagradas, o homem perdeu a sua grandeza ao pecar con-tra o Senhor. Paulo, o grande Apóstolo, na sua Carta aos Romanos, capítulo 5º versí-culo doze, diz como tudo isso aconteceu: “Portanto assim como por um só homem en-trou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a to-dos os homens, porque todos pecaram”. O Apóstolo Paulo é bastante claro quando diz que em Adão nós perdemos a nossa grandeza. No mo-mento em que Adão pecou ele era o representante da raça humana, consequen-temente, quando ele pecou, todos nós pecamos com ele. O seu pecado alcançou

toda a raça humana .e hoje todos nós trazemos em nos-sa constituição a tendência para o mal. As consequên-cias de tudo isso vemos a cada dia: violência, mentira, suborno, escândalos,lares divididos, sequestros, latro-cínios, alcoolismo, drogas etc. Fico impressionado com aquilo que o apóstolo Paulo afi rmou aos cristãos romanos para justifi car a sua teologia: “ Eles trans-formaram a glória de Deus em mentira,adorando e ser-vindo a criatura em lugar do Criador,insolentes,soberbos, presunçosos, insensatos, pérfi dos,sem afeição natural. Em Cristo Deus pisou o ta-pete da história para propor-cionar ao homem a possibili-dade de ser o que era antes da queda. Em Adão caímos e, em Cristo nos levantamos.

III - O HOMEM PODE REAVER A GRANDEZA PERDIDA

Essa é a grande e extraordinária mensagem do Natal. Paulo esclarece esse fato da seguinte ma-neira ao escrever a sua carta aos cristãos romanos: “Portanto, assim como por um homem só, entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte,assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram ( 5:l2), se pela ofensa de um só mui-tos morreram, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abun-dantes sobre muitos” (5:l5). É por esse motivo que o natal é tão signifi -cativo para nós cristãos. Vivemos o tempo da ple-na revelação de Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. Deus em Jesus Cristo deixa de ser um mistério para ser uma realidade experimen-tal. A partir do momento quando declaramos Cristo Senhor da nossa vida nos tornamos novas criaturas e passamos a ter novos propósitos, iniciando assim uma nova caminhada por novos caminhos.

Foto: legiaojoanadarc.blogspot.com

12 O Recifense www.orecifense.com.br | dezembro de 2011 | no 3 | ano 112

Uma das praças mais belas da cidade do Recife, a Praça

do Entroncamento, também conhecida como Praça das Mangueiras, localizada no bairro das Graças, na Zona Norte, acaba de ganhar um novo patrocinador. O espaço, com mais de cinco mil metros quadrados, circundada por palmeiras imperiais e mais de 50 mangueiras, será zelado pela Livraria Modelo (Av. Rui Barbosa, nº 141), empresa genuinamente pernambuca-na, com mais de 20 anos no segmento. O contrato entre a Prefeitura do Recife e a em-presa foi assinado por um pe-ríodo de quatro anos. Pelo acordo, a prefei-tura será responsável pelos consertos da parte elétrica e fornecimento de água, en-quanto a Livraria pela manu-tenção diária da praça, que está sem patrocinador desde 2008. “A ideia é poder de-volver para a população um espaço agradável, limpo e seguro. Nós vamos resgatar a grande referência que a praça tinha nos fi nais de ano, trazendo para as famílias um projeto ousado e lúdico”, co-menta a gerente de marketing da livraria, Luciana Pinho. Natal – desde o dia 3 de dezembro (sábado), a praça do Entroncamento tor-nou-se rota de visitação para quem aprecia decoração de Natal. O local foi transformado

em um grande cenário lúdico, com uma programação diver-sifi cada. “É um local onde po-demos reunir famílias, turistas e todos que quiserem ver atrações bem produzidas e cenários atrativos, tanto para crianças quanto para adul-tos”, explicou Luciana Pinho. A praça conta com cenografi a especial, progra-mação cultural, vila natalina com espaços para exposição e feira de artesanato, espaço solidário para recebimento de doações de alimentos, rou-pas e brinquedos. O evento tem como foco a valorização dos símbolos tradicionais do Natal. “O tema: Um Presente de Natal faz referência ao fato de a praça voltar a ser deco-

Livraria Modelo adota Praça do Entroncamento e inaugura decoração natalina com programação cultural

rada para o Natal, ofertando à população um espaço bem tratado e repleto de Eventos para ser desfrutado por to-dos”, conclui Luciana Pinho. Um grande trem ce-nográfi co, com 15 metros de comprimento foi instalado na praça remetendo à origem do nome Entroncamento, por ter sido um ponto de cruzamen-to de três estradas de ferro do trem urbano Maxobomba. Vários elementos tradicionais do Natal estão distribuídos no espaço para que as pessoas possam tirar fotos: um grande presépio luminoso, um Papai Noel gigante, com quase qua-tro metros de altura, caixas de presentes gigantes, Árvo-res de Natal estilizadas, entre

outros. Já a fonte, que fi ca no centro da praça, recebeu uma iluminação especial com diver-sos arabescos luminosos des-cendo do centro. As palmeiras receberam anjos gigantes, dando as boas novas e as mangueiras receberam refl e-tores e canhões de luz verde, valorizando a folhagem. Durante os fi nais de semana a diversão está ga-rantida. Na inauguração, a praça recebeu artistas do pro-jeto Natal Sanfonado - apre-sentações com músicas na-talinas em ritmo de forró. Os cantores se apresentaram em cima de um palco em forma de caixas de presente gigan-tes. Outras manifestações da cultura popular como Cavalos

Marinhos, Pastoris e Reisa-dos, também tomaram conta da festa. Durante a inaugura-ção foram vendidos CDs com temas natalinos e a renda, das vendas, foi revertida ao abrigo Cristo Redentor, em Jaboatão dos Guararapes. Livraria Modelo - Fun-dada em 1987, no Recife, a Li-vraria Modelo possui mais de 20 anos de mercado, apostan-do em uma proposta diferen-ciada e que a torna sinônimo de tradição e qualidade. Con-siderada hoje uma das livra-rias mais completas do país, a Modelo possuiu um sistema de autosserviço, layout pró-prio e uma enorme variedade de produtos. São livros didá-ticos, best-sellers, itens de papelaria, material escolar e artístico, material de escritório, equipamentos e suprimentos para informática, além de arti-gos para presentes. A Livraria Modelo possui lojas nas Gra-ças e em Boa Viagem.

PROGRAMAÇÃO:23/dez, 19h30 - Coral Musi-cart;23/dez, 21h30 - Apresenta-ção Reizado;24/dez, 18h - Mini-Orquestra Natal frevado;24/dez, 20h - Apresentação Cavalo Marinho;25/dez, 18h - Trio Natal Sanfonado;25/dez, 20h - Pastoril;06/jan/2012, 20h - Queima da Lapinha.

Fotos: Livraria Modelo / Divulgação

A área que abriga projeto do paisagista Burle Marx, de 1935, traz como tema de fi nal de ano um Presente de Natal

O Recifense www.orecifense.com.br | dezembro de 2011 | no 3 | ano 1 1313

A rede hoteleira do Recife tem hoje uma ocupação média de

mais de 90% e, com a proxi-midade da Copa do Mundo de 2014, o prefeito sancionou, no dia 26 de maio de 2011, uma lei de incentivo de ampliação e construção de novos ho-téis na capital. Atualmente, o número de hotéis que estão ampliando suas plantas e chegando à cidade são 15. A expectativa é ampliar em 50% a capacidade, passando para 20 mil leitos até a Copa. Segundo o secretá-rio de Turismo da Cidade do Recife, André Campos, o mu-nicípio vai precisar de mais vagas na rede hoteleira após o grande evento esportivo de 2014, por causa da exposição que a cidade terá durante o evento, a exemplo da África do Sul que vem recebendo um número bem maior de tu-ristas visitando país. “A Copa do Mundo, na realidade, é um grande divulgador do país. Mais de 200 países vão ou-vir falar de Pernambuco, vão ouvir falar do Recife, isso vai signifi car que você vai ter 10, 15, 20 anos a repercussão do turismo no estado e na capital por conta disso.”

O principal produto de turismo no Recife é o turis-mo de negócio, que, durante a semana, lota a rede hotelei-ra, isso por conta dos grandes investimentos realizados no estado. Outros produtos for-tes são o turismo médico, por Recife ser um dos grandes polos médicos do país, e o turismo gastronômico. “Você tem três estados no Brasil que tenham uma junção de vários fatores, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro. São Paulo é basicamente turismo de negócio. Em Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro, você tem culinária, cultura, lazer e você tem sol e mar. Na minha visão, esses três estados são

Recife investe em turismo para atender à demanda

completos na questão turis-mo. Se você pegar Alagoas, é muito forte no sol mar, mas não é forte na cultura, no gas-tronômico e Pernambuco é”, afi rmou André Campos. Ainda segundo o se-cretário de Turismo do Recife, o Carnaval é o maior atrati-vo turístico e a cidade tem ocupação de 100% da rede hoteleira. No Carnaval deste ano, a capital recebeu mais de 700 mil turistas. O muni-cípio começou a investir em outros produtos turísticos. “Passamos a trabalhar, este ano, o São João, que o Recife não tinha um São João forte, por ser tida com festa do inte-rior. Foi feito um investimento grande por parte da prefeitu-ra, da Fundação de Cultura da Cidade, da secretaria de Cultura e, com a gente, da se-cretaria de Turismo. Nós tive-mos no período, no qual nor-malmente as pessoas saem da cidade, uma ocupação de 70% da rede hoteleira”, decla-rou o secretário. André Campos falou da estratégia que a prefeitu-ra adotou, por meio da sua

pasta, para divulgar o Reci-fe como destino turístico no Brasil. “Nós terminados ago-ra (no dia 3 de dezembro) a edição 2011 do programa ‘Game Show Recife Te Quer’. O que que é isso, na reali-dade? Nossa equipe visitou 2.500 agências de turismo no Brasil inteiro, cerca de 7 mil agentes divulgando o Recife e quem vendesse mais noites no Recife ganhava prêmios como Ipad, Ipod e Iphone e, na fi nal, que foi realizada no último dia 3, no Parque Dona Lindu, com apresentação de Fernanda Lima, os nove maiores vendedores do Brasil participaram de um jogo de perguntas e respostas. Onde

o vencedor ganhou um carro, o segundo lugar ganhou uma moto e o terceiro ganhou uma TV de Led de 40 polegadas. A novidade desta terceira edi-ção foi a realização do Game Show para os agentes de via-gem pernambucanos e para os agentes dos outros esta-dos, porque era uma covardia perguntar onde fi ca o Forte do Brum ao pernambucano, ele sabia responder. Então foram distribuídos dois carros, duas motos e duas TVs de Led”, conclui. Na disputa com os participantes nacionais, o pri-meiro lugar fi cou com Alfredo Palmeira, de Alagoas, que le-vou para casa um carro zero quilômetro; o segundo lugar fi cou com o catarinense Paulo Biscaia, que levou como prê-mio uma moto, e o terceiro lugar, que teve como prêmio a TV de LED, foi para Adriana Paiva, do Ceará. Na disputa local os vencedores foram: Keila Frei-tas (foto), da agência Martur, que fi cou com o carro; o se-gundo lugar foi Reilton Conra-do, da Pontual Turismo, que ganhou a moto, e a TV de Led fi cou com Aline de Paiva, da Martur.

Fotos: Alex Costa / Especial para O Recifense

Foto: Recife te quer / Divulgação

14 O Recifense www.orecifense.com.br | dezembro de 2011 | no 3 | ano 114

MOISÉS RIBEIRO Empresário de TI >>> [email protected]>>> www.mrccursos.com

TECNOLOGIA

Veja as vantagens de se usar o Power Point 2010

Já faz um bom tempo que profissionais, alu-nos e professores uti-

lizam o Office PowerPoint para realizar a apresen-tação de seus temas. É bem verdade que muitas apresentações que pre-senciamos deveriam ser bem mais trabalhadas,

pois o aplicativo em suas versões sempre permitiu o usuário dar um passo a mais em criatividade e interação para aproximar seu públi-co ao tema que esta sen-do abordado. Não estamos aqui impulsionando você a fazer nenhuma “lambança” de vários efeitos com suas

apresentações, mas direcio-nando -o a explorar recursos que o aplicativo lhe oferece. Com o Office Po-werPoint 2010, você poderá criar formas de apresenta-ções dinâmicas, a explorar melhor efeitos visuais e de áudio com extrema qualida-de profissional. Vamos ver abaixo algumas vantagens de se usar PowerPoint 2010:

Criando apresentações extraordinárias

Nesta versão 2010 o Office PowerPoint melhorou e trouxe novas ferramentas para deixar suas apresenta-ções com alto grau de pro-fissionalismo.

Veja algumas novidades:

• Editar vídeos dentro do Po-werPoint.

• Editar imagens utilizando efeitos artísticos, ferramen-tas de correção, cor e recor-tes mais avançados.

• Transições mais dinâmicas com efeitos 3D e animações mais realistas para chamar a atenção do seu público alvo.

Foto: ensinandopaz.blogspot.com

Ferramentas ágeis que simplifi cam o seu trabalho

Com o Offi ce Power-Point 2010 fi cou muito mais fácil criar a administrar suas apresentações. Uma boa pratica disto é o processo de edição do vídeo e áudio onde você consegue ter um maior controle, por exem-plo, no processo de redução do vídeo, o que irá facilitar o compartilhamento e conse-quentemente o desempenho da reprodução. Tudo isto ami-gos, dentro do PowerPoint! Viu como o Offi ce PowerPoint 2010 nesta nova versão veio para ajuda-lo a colocar em prática tudo o que você precisa para realizar uma apresentação efi ciente. Não importa se você é estu-dante, professor ou até mes-mo palestrante, é considera-do até normal o ser humano tomar a iniciativa (mesmo que sem o conhecimento es-sencial do aplicativo) de ele mesmo desenvolver apresen-tações consideradas muito simples, pois acha que “en-tende” a funcionalidade per-feita de cada ferramenta. É bem verdade que alguns usu-ários conseguem sozinhos obter resultados muito bons,

mas a grande maioria des-tes usuários com uma vida cada vez mais corrida e necessitando do conheci-mento essencial das novas funcionalidades do aplica-tivo precisa cada vez mais se sobressair com profi s-sionalismo em suas apre-sentações, pois de nada adianta ter o conhecimento na ponta da língua do que você irá transmitir se as imagens, vídeo, transições não estiverem em harmo-nia e sincronização com o que está sendo falado. Por isso, a MRC-cursos foi o primeiro websi-te da internet a desenvolver com o professor certifi cado Offi ce PowerPoint 2010 Moises Ribeiro o curso PowerPoint 2010 – Treina-mento Essencial. Nesse curso, você terá todo o co-nhecimento essencial da nova versão do PowerPoint 2010 para que possa juntar todo o conhecimento que já possui do aplicativo alia-do às novas funcionalida-des que você irá aprender. Gostaríamos de convidá-lo a acessar nosso curso abaixo. Curso PowerPoint 2010 – Treinamento Es-sencial [Curso Completo]no www.crccursos.com.

15CLASSIFICADOSO Recifense www.orecifense.com.br | dezembro de 2011 | no 3 | ano 1

16 O Recifense www.orecifense.com.br | dezembro de 2011 | no 3 | ano 1