O Recanto Da Oração e o Jardim Sagrado

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Este é um convite para o recanto da Oração e desfrutar do Jardim Sagrado. Um convite para adentrar a sala da graça, a sala de exames, o pátio da renovação, o banco da intercessão, o lugar da perspectiva, a rocha da meditação, o vale da sombra e da morte e o momento de reflexão... Deus vai curar suas feridas e restaura-lo.Experimente a verdadeira intimidade com Deus e sinta-se inteiro de volta!

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Copyright2012 porGordon Ware (Rocky) Fleming

Todos os direitos reservados por:A. D. Santos EditoraAl. Júlia da Costa, 21580410-070 - Curitiba - Paraná - Brasil+M 55(41)[email protected]

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

FLEMING, Gordon Ware (Rocky)O RECANTO DA ORAÇÃO E O JARDIM SAGRADO – Título do Origi-nal: The Prayer Cottage and the Sacred Garden , A.D. Santos Editora, Curi-tiba, 2012. 88 páginasISBN – 97885-7459-285-5CDD 2481. Vida Cristã 2. Serviço de Deus e do próximoCDD 2611. Cristianismo e sociedade

1ª Edição: Julho / 2012 – 3.000 exemplares

Todas as citações bíblicas desta obra foram extraídas da versão Bíblia Almeida Século 21. Proi-bida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indi-cação da fonte.Os direitos relativos à versão Bíblia Almeida Século 21 pertencem exclusivamente à SociedadeReligiosa Edições Vida Nova. Considerada criação intelectual nova, a versão Bíblia AlmeidaSéculo 21 é uma revisão e atualização da versão Bíblia Revisada de Acordo com os melhores tex-tos no Hebraico e no Grego, cujos direitos pertencem exclusivamente à JUERP, detentora damarca IBB.Publicado com a devida autorização E com todos os direitos reservados por SOCIEDADERELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21266, São Paulo-SP, 04602-970www.vidanova.com.br

Edição e Distribuição:

Capa:Igor Braga

Diagramação e projeto gráfico:Manoel Menezes

Acompanhamento Editorial:Priscila Laranjeira

Tradução:Laura Lee Lehto

Revisão, Contextualização:Mário Chaves

Impressão e acabamento:Gráfica Exklusiva

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Sumário

Capítulo 1 – O Recanto de Oração . . . . . . . . . . . . . . 1

Capítulo 2 – A Sala da Graça . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

Capítulo 3 – A Sala de Exames . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Capítulo 4 – O Pátio da Renovação. . . . . . . . . . . . . 27

Capítulo 5 – O Jardim Sagrado . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Capítulo 6 – O Banco da Intercessão . . . . . . . . . . . 37

Capítulo 7 – O Lugar da Perspectiva . . . . . . . . . . . . 41

Capítulo 8 – A Rocha da Meditação . . . . . . . . . . . . 47

Capítulo 9 – O Vale da Fartura . . . . . . . . . . . . . . . . 51

Capítulo 10 – O Vale da Sombra da Morte . . . . . . . 57

Capítulo 11 – A Poça da Restauração . . . . . . . . . . . 65

Capítulo 12 – O Momento da Reflexão. . . . . . . . . . 77

Epílogo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

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“Vinde a mim, todos os que estais cansados e

sobrecarregados, e eu vos aliviarei.

Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,

que sou manso e humilde de coração;

e achareis descanso para a vossa alma.

Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.”

Jesus Cristo

(Evangelho de Mateus, capítulo 11, versículos 28 a 30)

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Capítulo Um

O RECANTO DE ORAÇÃO

P rovavelmente você conhece bem a cir-cunstância da vida em que nada funciona

sem uma luta. Todos os seus projetos, até os que envol-vem amor, representam desafios monumentais.

Sua família e amigos sofrem devido à tensão quepermeia sua vida. Faça você o que fizer não consegueestar em paz consigo mesmo. Havia semanas que eupassava por um momento como este, sem nenhumarazão aparente. Tudo que eu sonhara e planejara estavano lugar certo. Mas, ainda assim, faltava algo. Não tenhooutra formade descrever esta sensação. Sentia um anseiona alma que não se satisfazia com a vida que trabalharatanto para conseguir.

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Tinha tudo que eu precisava para ser feliz: uma lin-da esposa, filhos preciosos, um emprego fantástico,dinheiro no banco e um futuro garantido. Tudo que eualmejara se tornara realidade. Tinha, na época, segundomeus próprios amigos, a “vida dos sonhos”.

Mas o que as pessoas viam, na vitrine, era apenasuma ilusão. Dentro de mim estava vazio e perturbado.Os amigos não podiam enxergar os medos que me ator-mentavam ou a raiva que eu teimava em controlar eesconder de suas vistas. Algo que eu não fazia ideia doque fosse estava me roendo por dentro.

A tensão chegou ao ponto culminante depois deuma desastrosareunião de trabalho. Há meses eu estavame dedicando a um negócio tipo “vai ou racha”, mas nomeio da apresentação não conseguia me concentrar.Minha mente “viajava” para longe da reunião e das per-guntas que me faziam. Jamais eu pedira licença de umareunião tão importante mas tinha que sair dali.

Felizmente os clientes me conheciam o suficientepara entender que aquilo não era o meu normal. Remar-camos a reunião para outro dia e eu me vi livre para pla-nejar um final de semana na casa de campo de um amigoque ficava nas montanhas. Esperava que um tempo lon-ge de tudo me ajudaria a voltar ao meu normal. Estáva-

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mos no ano em que o cometa Halley-Bopp passava per-to da Terra e, à noite, qualquer pessoa podia admirar orastro de sua trajetória espetacular a olho nu. Como tan-tas outras coisas, eu não tinha separado um tempo paracontemplar o belo cometa sobre o qual todo mundocomentava. Queria fazer isso no fim de semana nasmontanhas e também encontrar algumas respostas paratudo que me perturbava.

Depois de me acomodar e descarregar a bagagem,fui até a varandada casa de onde se avistava um lindovale. Na direção do pôr do Sol dava para estender oolhar a perder de vista.

A primeira visão do cometa foi impressionante:parecia um pontinho de luz com uma cauda brilhanteque não parecia ter fim. À medida que meus olhos seacostumavam com a escuridão eu podia enxergarmelhor a cauda, que parecia um risco leve nos céus.

Não me impressiono com pouca coisa, mas fiqueiadmirado com aquela visão espetacular. Nada mais doque uma bola de rochas congelada que passava a maiorparte da sua vida flutuando, escura e fria, no espaço, oHalley-Bopp, por um breve momento, passava tão per-to do Sol que ganhava brilho próprio e uma cauda fosfo-rescente.

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Fixei o olhar no visitante do nosso sistema solar,enquanto relaxava numa cadeira da varanda. Rememo-rei aquele dia e a jornada da minha vida. Minha mentevagou até eventos que haviam marcado minha existên-cia e a fatos chave que me haviam conduzido até aquelemomento.

Lembrei-me daquele menino que sempre tinhaque provar seu valor a si mesmo e aos outros e de comousava brincadeiras ou desafios radicais para testar a simesmo e ver se, realmente, poderia se superar.

Pensei no jovem que mergulhava de corpo e almaem tudo, commedo de fracassar ou ser reprovado pelaspessoas.

Pensei no homem rigidamente disciplinado quefora se desenvolvendo ao longo dos anos e, raramente,permitia alguma margem de tolerância para os outrosquanto menos para si mesmo.

Conhecia a “fera” dentro em mim, criada no inícioda minha vida. Ela me ajudou a demolir os obstáculos ealcançar sucesso em tudo que decidi fazer. Por cinquen-ta anos essa fera me servira bem, mas agora, não eramais uma amiga, não estava ao meu serviço. Tinha vira-do contra mim e estava me consumindo.

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Fixei o olhar no cometa e percebi que eu tambémestava passando pela vida de forma tão solitária e friaquanto ele. Em certos momentos ficava perto da luz deDeus e refletia seu brilho. Porém, naquela circunstânciaem especial estava longe da luz do Senhor. Será que ain-da havia algum brilho em mim?

Encarei a escuridão e pensei: “Onde está o Senhor?”Ouvia falar de uma indescritível paz que se alcan-

çava em momentos especiais com o Salvador, mas quenunca experimentara. Aceitara Jesus como meu Salva-dor pessoal, muitos anos antes, mas não tinha desenvol-vido a intimidade que alguns transpareciam quando sereferiam a Cristo. Eu estava começando a acreditar quea tal intimidade era resultado de fantasias das pessoas oupossível somente a alguns privilegiados. De qualquerforma, eu nunca havia passado por uma experiência des-ta envergadura.

Sempre encarara a vida de oração e a caminhadaespiritual da mesma forma que minha empresa. Era algoprioritário que eu tinha que cuidar e sempre fazer o quefosse necessário. Porém, frequentemente, começava umtempo de oração sem pensar, nem me preparar, atitudeque eu não tomava em relação ao meu trabalho. Resulta-

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do: ficava repetindo as mesmas frases que já disserainúmeras vezes.

Aos poucos, minha vida de oração caiu na rotina.As palavras eram boas e sinceras, mas faltava a intimida-de que dois bons amigos experimentam em suas conver-sas e eu já percebera isto. Sabia que, de alguma forma, oSenhor ficava contente por eu estar orando, mas tam-bém reconhecia que algo não estava certo, que estavafaltando alguma coisa.

Deus tentava chegar perto e sussurrar palavras deencorajamento que acalmariam meus medos e até medaria as respostas que buscava. Mas algo me mantinhaocupado, agitado, impaciente e até surdo às Suas pala-vras. Eu entendia o suficiente para saber que o pecado ea desobediência promovem uma dinâmica que podeinterromper nossa comunhão com o Senhor. Mas nãovia nada específico neste sentido na minha vida, emboraestivesse desanimado com minha própria frustração.

Sentado na varanda observando o cometa, sabiaque se algo não mudasse a direção da minha vida logoestaria perdido na escuridão do espaço e jamais encon-traria o caminho de volta. E me assustei.

Baixei a cabeça e clamei:

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– Pai, por favor, me ajude! Estou caindo aos peda-ços. Não posso continuar desse jeito. Estou espiritual-mente debilitado e morrendo por dentro. Preciso,desesperadamente, que o Senhor me mostre o que temde errado na minha vida.

Inclinei-me para frente segurando a cabeça entreas mãos e fiquei em silêncio. Uma leve brisa tocouminha nuca e ouvi um latido e um choro de criança, aolonge, numa das casas do vale abaixo. Permaneci naque-la posição por um bom tempo. Pouco antes de melevantar para entrar em casa ouvi um sussurro direta-mente do centro do meu ser:

– Meu filho, venha ao meu Jardim Sagrado – dissea voz – e Eu lhe darei a paz que deseja.

Não sabia o que pensar da voz que acabara deouvir. Então esperei quieto para saber se era minha ima-ginação brincando comigo. Aí ouvi a voz novamente:

– Meu filho, venha ao meu Jardim Sagrado.– Quem é? – perguntei.– Sou quem você procura – replicou a voz.Talvez meu desespero tenha me feito entender

assim, mas não tive dúvida, era o Senhor falando comi-go. Percebi que Ele respondera ao meu clamor e seaproximara de mim. As barreiras da minha autossufi-

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ciência começavam a ser derrubadas. Talvez fosse o queDeus estava esperando acontecer para me convidar aoseu Jardim Sagrado.

Então indaguei:– Senhor, que Jardim Sagrado é este?– É um lugar especial onde podemos nos aproxi-

mar de uma forma que você nunca experimentou – sus-surrou.

– Pode me levar até lá? – insisti.– Posso sim. Mas antes tem que passar pelo

Recanto de Oração – retrucou.– E o que é Recanto de Oração?– Espere e verá.Fechei os olhos e tentei entender o que acabara de

acontecer. Neste instante, fui invadido por uma espéciede torpor e comecei a perder a consciência, porém eraalgo diferente de cair no sono. Sentia como se flutuasseno espaço sendo levado para um lugar distante da cadeira.

Era uma sensação estranha. Sabia que meu corpoainda estava na varanda da casa, mas minha mente,consciente e lúcida, viajava rumo ao desconhecido.

De repente a sensação de estar caindo cessou eachei que tivesse parado. Lentamente abri os olhos epude ver que estava num lugar estranho envolto em um

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nevoeiro. Em seguida, o nevoeiro começou a se dissipare pude ver uma antiga e belíssima casa de campo.

Este recanto parecia alguns quadros que eu tinhavisto, só que com características próprias. Tinha um tetoinclinado, de palha, e uma chaminé de onde saía fumaça.A parte da frente estava cercada com estacas de madeiracobertas de roseiras. Outra cerca mais fechada rodeavatodo o perímetro, pelos lados e por detrás da casa. Árvo-res mais altas que a cerca pareciam proteger aquelelugar, que entendi se tratar de um recanto especial.

Ao me aproximar da entrada e subir os degraus demadeira que levavam a um batente, percebi que a portada frente estava aberta. Parei em frente à porta e ouvi avoz do meu Salvador vinda do interior:

– Entre, vou lhe guiar pela casa.

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