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O QUE SÃO IST?

Infecções causadas por vírus,bactérias, protozoários que sãotransmitidas através do contatosexual, seja genital, oral ou anal.

AIDS- SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA

CDC - 1981 * HIV-1 - 1983 * N° estimado de casos no Brasil > 800.000Mais severa manifestação clínica da doença causada pelo HIV

Estimativas OMS: > 1.000.000 adquirem uma IST diariamente. Cerca de 500.000 milhões de pessoas adquirem uma das IST curáveis (Gonorréia, Chlamydia, Sífilis e Tricomoníase) a cada ano.

530 milhões de pessoas infectadas pelo HSV-2.290 milhões de mulheres infectadas pelo HPV.

INFECÇÕES OPORTUNISTAS

• TB pulmonar e extra pulmonar

• Pneumonia por P. jiroveci

• Toxoplasmose cerebral

• Candidíase oro-esofágica

• Retinite por CMV

• Histoplasmose disseminada

• Leishmaniose visceral e cutânea

• Diarréia por Isospora e Cryptosporidium

• Herpes disseminado

• Meningite por Criptococus

• Neoplasias: Sarcoma de Kaposi, ca cervical, linfomas.

DIRETRIZES ATUAIS DIAGNÓSTICO DE IST ASSINTOMÁTICAS

Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae; Sífilis Latente; Hepatites virais e HIV.

Recomendações PCDT Ministério da Saúde 2015/2018:

• Triagem para Chlamydia em gestantes de 15 a 24 anos;

• Triagem para IST assintomáticas em pessoas com IST e populações-chave;

• Testagem de rotina durante Pré-Natal para HIV, Sífilis e Hepatites Virais.

GONORRÉIA – EPIDEMIOLOGIA DESTAQUES

Predomínio: adolescentes e adultos jovens, masculino, homens que fazem sexo com homens (HSH)

Fatores de risco: • parceiro novo recente,• múltiplas parcerias,• solteiro,• idade jovem,• minoria étnica, • nível educacional e socio-econôminco mais baixo,• uso de drogas ilícitas, • história prévia de gonorréia.

DESAFIOS: RESISTÊNCIA:

GONORRÉIA -DESAFIOS: ASSOCIAÇÃO COM HIV

• Mesma via de transmissão;

• Inflamação local facilita infecção pelo HIV;

• Presença de HIV facilita infecção por gonococo;

• Gonococo influencia na Produção de carga viral (> em pacientes com uretrite e gonorreia)-Malawi;

• Infecção por gonococo → preditor de infecção por HIV em um ano (NY);

• Cepas mais resistentes (eurosurveillance, 2018);

SÍFILIS - O QUE CONTINUAMOS ASSISTINDO...

SÍFILIS EM GESTANTES E SÍFILIS CONGÊNITA NA BAHIA

1,41,7

2,42,9

4,2

5,1

7,4

10,310,8

13,6

1,1 1,0 1,21,6

2,32,8

4,1

5,15,7

7,3

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Taxa de detecção de sifilis em gestante Taxa de incidência de Sifilis Congênita

Fonte: DIVEP/SINAN (atualizado em 20 de abril 2017)

Alves, BLM; INCA/MS, 2013

HPV - PAPILOMA VÍRUS HUMANO

DIRETRIZES ATUAIS - VACINAÇÃO - HPV

Vacina quadrivalente

SUS - UBS

• Meninas – 9 a 14 anos

• Meninos – 11 a 14 anos

CRIE

• Pessoas vivendo com HIV – 9 a 26 anos

• Transplantados - 9 a 26 anos

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:

Classificação das uretrites:

- urerite gonocócica - Neisseria gonorrhoeae

- uretrite não gonocócica - principais agentes etiológicos: Chlamydiatrachomatis, Mycoplasma genitalium, Ureaplasma urealyticum e Trichomonas vaginalis.

Causas menos frequentes incluem vírus herpes simples (HSV) e Candida sp.

2017

BOWIE, 1987; MOI; BLEE; HORNER, 2015; BRASIL, 2015, WHO,

DIRETRIZES ATUAIS - DIAGNÓSTICO DE IST ASSINTOMÁTICAS

DESAFIOS: ASSISTÊNCIA:

Situação atual:

- excesso de demanda,

- carência de serviços que acolham pessoas com IST,

- falta de acesso aos laboratórios que possam oferecer o diagnóstico etiológico

→ predominância de diagnóstico e tratamento sindrômico – ainda aceitável?

MANDALA DA PREVENÇÃO COMBINADA

http://www.aids.gov.br

Nenhuma intervenção isolada é suficiente parareduzir novas infecções.

O melhor método é aquele que o indivíduo escolhee atende as suas expectativas, práticas sexuais eproteção.

Leva em consideração as necessidades e especificidades.

Estudos de incidência do HIV em NYC

- 1 in 42 MSM - STD Clinics – Dx HIV em 1 ano.1

- 1 in 20 MSM com Dx de Sifilis – Dx de HIV em 1 ano.2

- 1 in 15 MSM com Dx de Clamidia ou Gonococo – Dx de HIV em 1 ano.3

- Expandir triagem para melhorar o acesso de sintomáticos e assintomáticos

-Modernizar métodos Dx de DSTs: herpes, HCV, Tricomonas

-Dx e Tx de HPV: Screen anal e cervical, colposcopia, anuscopia, vacinas HPV

-Identificar determinantes sociais de risco e de progressão de doença

1 Pathela P, AIDS Behav. 2016 [Epub ahead of print]2 Pathela P, Clin Infect Dis 2015; 61(2)281-7. 3 Pathela P, Clin Infect Dis 2013; 57(8) 1203-9.

CLÍNICAS DE DSTS É A LINHA DE FRENTE DO HIV

www.aids.gov.br

SMART - 2006 START - 2015

DIRETRIZES ATUAIS - META 90-90-90

• 90% diagnosticados

• 90% em tratamento

• 90% com supressão virológica

CASCATA DE CUIDADO

DIAHV, 2017.

Transmissão comum é pela água e alimentos contaminados. Período de incubação de 15 a 50 dias.

Casos mais que dobraram em homens de 20 a 39 anos• São Paulo registra crescimento expressivo:

saiu de 155 em 2016 para 1108 em 2017. • Grande parte por via sexual em homens

com idade 20 a 39 anos

2017- Casos quase dobraram em comparação com 2016 no Brasil

AntiHAV IgM positivo

2016 2017

HEPATITE A

Fonte: MS/SVS/Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das HepatitesVirais

2086

1206

A Vacina é uma forma de prevenção contra a Hepatite a e está disponível no SUS

Em crianças, a imunização está disponível a partir de 15 meses e abaixo dos 5 anos

Devido ao surto local observado em São Paulo, a vacinação foi ampliada para populações específicas: homens que fazem sexo por homens.

HEPATITE B

13.482 casos registradosem 2017

Taxa de detecção de

6,5 casos por 100 mil habitantes

14.70213.482

2016 2017

Transmissão por sangue contaminado, sexodesprotegido, compartilhamento de objetoscortantes e de uso pessoal e por transmissãovertical

• Nos últimos 10 anos, pouca variaçãocom leve tendência de queda nos últimos 4 anos

• Hepatite B é a segunda causa de óbitosentre as hepatites virais: foram 477 em2016

AgHBs+/AntiHBc+

TRANSMISSÃO DO VHB

Sobretudo, pela via sexual, a ponto de ser considerada uma IST

Países de elevada prevalência do VHB → transmissão vertical

Risco de se tornar um portador crônico → idade em que se adquire a infecção

• 90% dos indivíduos infectados ao nascimento

• 25 a 50% das crianças entre 1 e 5 anos

• 5% dos indivíduos infectados na idade adulta

Portadores Crônicos

A VACINAÇAO É A MELHOR ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO CONTRA AHEPATITE B E ESTÁ DISPONÍVEL NO SUS

• Em crianças, a imunização são quatro doses: ao nascer, 2, 4 e 6 meses. Para os adultos que não se vacinaram na infância, são três doses.

• Em 2017, foram distribuídas 18 milhões de vacinas;

• Atualmente, 31.191 pacientes estão em tratamento para hepatite B.

MAIS DE 70% DOS ÓBITOS POR HEPATITES VIRAIS SÃO DECORRENTES DA HEPATITE C

Total de óbitos com causa básica por hepatites virais de 2000 a 2016 -35.931

Hepatite C: 23.076 – 75,3%

Hepatite B: 7.828 – 21,8%

Hepatite A: 794 – 2,2%

Hepatite D: 233 – 0,7%

1,7%

21,4%

75,8%

1,1%

Hepatitis A Hepatitis B Hepatitis C Hepatitis DFonte: MS/SVS/Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais

Tratamento possibilita

de chance de cura

• Ampliação do tratamento para todosos pacientes

• Antiviral de ação direta (DAA) parahepatite• Aguda

• Tratamento para crianças maioresque 12 anos ou 35 kg

• Incorporação de novos medicamentos

• Retratamento

Desde 2015, foram distribuídos 76.564 tratamentos

Fonte: MS/SVS/Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais

TODOS OS PACIENTES TERÃO ACESSO AO TRATAMENTO

GRÁFICO - OFERTA DE TESTES RÁPIDOS NO SUS FACILITA ACESSO AO TRATAMENTO

30.000

1.515.1002.298.320

8.616.425

5.230.615

3.820.395

12.000.000

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Distribuição de testesrápidos de hepatite B e C

Obrigada!

DÚVIDAS