O Que Saber Sobre o Rope Skipping
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1- O que é o Rope Skipping?
O Rope Skipping é uma atividade física que tem por base o aproveitamento desportivo de um gesto ancestral:
SALTAR À CORDA, utilizando uma diversidade de saltos, acrobacias e manejos de corda, bem como infinitas
combinações de habilidades e possibilidade de sincronismo entre os saltadores e a música. Devido à facilidade de
adesão (modalidade simples e económica) e progressão na aprendizagem, naturalmente se constitui como um
modo muito eficaz para aumentar, não só a condição física, mas também a auto estima e o processo de
socialização, contribuindo para a luta contra a exclusão social.
Podemos assim considerar esta modalidade como uma forma extremamente lúdica e saudável de ocupação
dos tempos livres das crianças e dos jovens. É também aconselhada a todas as faixas etárias, uma vez que não há
restrições quanto à idade, sexo ou peso, desde que os praticantes não sofram de contra indicações médicas
devidas a malformações da coluna ou outros problemas que impeçam a prática desportiva geral.
São várias as formas de saltar, com:
- corda individual;
- duas cordas longas (Double Dutch);
- a partilha das cordas na Roda Chinesa;
- dois participantes partilhando a mesma corda;
- todos com uma corda longa.
2- Resumo histórico
O ato de Saltar à Corda está já referenciado em pinturas egípcias, datadas de 3.000 A.C.. Em 1.600 aparecem
as primeiras referências ao Double Dutch nos Estados Unidos, mas com origem nos emigrantes holandeses que
chegavam àquele continente.
Como modalidade Desportiva podemos contabilizar cerca de 30 anos, sendo que o primeiro campeonato do
mundo decorreu em 1997, na Austrália.
Em Portugal, após a formação na cidade de Guimarães, em 2002, há a destacar um vasto conjunto de
formações efetuadas para professores, a criação de alguns grupos inseridos no Desporto Escolar, na modalidade
de Atividades Rítmicas e Expressivas e ainda o lançamento (em 2004) do primeiro manual técnico dedicado à
modalidade. Em 2011 foi fundada a atual Associação Portuguesa de Rope Skipping, com o objetivo de promover,
regulamentar e organizar a prática da modalidade em Portugal. (www.aprs.pt)
3- Benefícios inerentes à prática do Rope Skipping
Atualmente o Rope Skipping continua a ser um excelente método de desenvolvimento da aptidão física. É
frequentemente identificada como uma das atividades de aptidão física mais completas. Um treino bem
sistematizado leva ao desenvolvimento, não só do sistema cardiovascular como também no desenvolvimento
músculo-esquelético.
Estes aspetos nunca foram esquecidos pelos pugilistas que sempre utilizaram o salto à corda nos seus treinos.
É ainda um método do treino de resistência utilizado nos variados desportos, desde o andebol até ao futebol,
passando pelo ciclismo e atletismo (Cendali, 1977). Numerosas organizações de saúde, tal como a American Heart
Fundation, reconhecem os benefícios e apoiam ativamente o desenvolvimento do salto à corda. É também
recomendado pela Faculdade Americana de Medicina Desportiva.
Segundo Kalbyfleisch (1990), numa referência ao médico Norte Americano, (Dr. Cooper, 1992) a prática desta
modalidade queima o triplo das calorias que a corrida. De facto, 10 minutos a saltar à corda correspondem a
cerca de 30 minutos de corrida e, como é feita de forma aeróbia, contribui para queimar gorduras. Para além
disso, a pressão exercida nos joelhos, nos quadris e nas costas, durante a aterragem (queda), é inferior à pressão
exercida durante a corrida.
O Rope Skipping ajuda no combate às doenças do coração, à obesidade, à osteoporose e à diabetes do tipo II,
ajuda ainda a desenvolver a resistência cardiorrespiratória, agilidade, coordenação, velocidade, resistência
muscular, flexibilidade, ritmo e equilíbrio. (Kalbyfleisch, 1990).
4- O Rope Skipping desenvolve:
-Resistência cardiorrespiratória
-Resistência muscular
- Agilidade
- Flexibilidade
- Coordenação
- Ritmo
- Velocidade
- Equilíbrio
5- Formas de competição de Rope Skipping
O Rope Skipping pode ser praticado individualmente ou em grupo, quando praticado sozinho, o desportista
terá avaliado seu desempenho na agilidade, dificuldade dos saltos, rapidez, qualidades e perfeição dos saltos.
Quando praticado por mais de 2 pessoas, os desportistas serão avaliados com base na sincronia, trabalho em
grupo, coreografia, criatividade e coordenação grupal.
Para a prática do Rope Skipping podem ser usadas diversos tipos de cordas, sendo que as mais finas são
utilizadas por um ou dois participantes, e as mais grossas geralmente são utilizadas pelos desportistas para
aprimorar o condicionamento físico.
** Em competição de corda simples avalia-se 3 provas diferentes:
- Velocidade: Avalia-se o número de saltos;
- Potência: Avalia-se a quantidade em que o jogador passa as cordas por baixo dos pés (2 ou 3 vezes);
- Freestyle: Avalia-se a criatividade e dificuldade dos exercícios.
** Em competição de corda dupla avalia-se provas de velocidade e freestyle.
** Em competição de Chinese Wheel avalia-se precisão técnica e sincronismo dos saltos combinados.
6- Tipos de cordas mais comuns:
- Articulada: De várias cores, compridas e utilizadas para o freestyle;
- Corda de Vinil: Mais fina e mais leve utilizada nas provas de velocidade.
7- Diferentes tipos de saltos no Rope Skipping:
*Single Rope: Um desportista salta com apenas uma corda e realiza manobras individuais.
*Chinese Wheel: Dois ou mais desportistas, realizam manobras cada uma portando uma corda, executam
saltos combinados sobre a sua própria corda, entretanto com uma ponta batida por ela mesma e a outra ponta
por outra pessoa.
*Double Dutch: uma ou mais pessoas saltam entre duas cordas, normalmente grandes, batidas
alternadamente por outras duas pessoas que se defrontam.
8- Diferentes manobras no Rope Skipping:
* Salto duplo: O desportista realiza um salto onde a corda deve passar duas vezes sob seus pés.
* Speed: O desportista deve saltar com os pés alternados, como se estivesse correndo no lugar.
* Salto cruzado: O desportista deve cruzar os braços como se fosse dar um abraço nele próprio e pular a corda
quando ela chegar a sua frente, perto dos seus pés, a seguir deve descruzar os braços e continuar a pular a corda
de braços abertos.
* Frog ou Parada de mãos: Ao saltar a corda individual, o desportista faz uma parada de mãos e volta para a
posição em pé – sempre pulando a corda.
* Tosta (Portugal): O desportista salta com um braço a frente outros atrás do tronco e salta de lado.
* Cruzado (Portugal): Um dos braços cruza por baixo da perna.
Há muitas outras manobras criadas pelos desportistas e são sempre valorizadas nos campeonatos pela
originalidade.
http://www.tempolivre.pt/pub/index.aspx?view=instalacoes&cat=1&subview=noticias&id=507
http://www.blogdacrianca.com/tudo-sobre-rope-skipping/