O que os brasileiros sabem !#$% &'(!) sobre o · 2020. 6. 6. · O Que os Brasileiros Sabem (e Não...
Transcript of O que os brasileiros sabem !#$% &'(!) sobre o · 2020. 6. 6. · O Que os Brasileiros Sabem (e Não...
Pesquisa inédita mapeia o conhecimento e o comportamento de 1 050 brasileiros — com e sem a doença — sobre um dos problemas mais impactantes no país
Patrocínio: Apoio:
O que os brasileiros sabemsobre o
E NÃO SABEM)(
diabetes
Título da questão aqui?
2
3
Há duas formas de encarar o controle do diabetes no Brasil hoje. Na mais otimista, tem-se a percepção de que uma parcela da população se conscientiza da importância de se cuidar e buscar um estilo de vida saudável — ainda que não consiga chegar lá. Além disso, a ciência e a tecnologia propiciam avanços tremendos no campo dos medicamentos e de outras intervenções que amplificam o êxito contra a doença. Na perspectiva mais pessimista, porém, visualizamos uma sociedade que, cada vez mais urbana, envelhece e engorda — ou seja, reúne os ingredientes para um boom de novos casos de diabetes. Entre aqueles que já têm o problema, duas palavras resumem a complexidade do desafio: acesso (aos profissionais de saúde, aos melhores tratamentos...) e adesão (ao plano terapêutico, à monitorização, a hábitos saudáveis...). Não raro existe um buraco entre o que os médicos pensam e comunicam e o que os pacientes entendem e vivenciam. Não raro existe um abismo entre o que a população sabe e o que ela faz. Como planejar soluções factíveis para melhorar a situação? Ora, com base em dados e informações. E esse é o propósito do estudo O Que os Brasileiros Sabem (e Não Sabem) sobre o Diabetes, conduzido pela revista SAÚDE e pela área de Inteligência de Mercado do Grupo Abril, com a curadoria do endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri. Trazemos neste book os resultados de uma pesquisa quantitativa inédita, realizada com questionários respondidos via internet, totalizando 1 050 participantes (387 pessoas com e 663 sem diabetes). Foram três os objetivos primários: detectar o que parte dos brasileiros conhece sobre prevenção e controle do problema, entender o que, de fato, eles colocam em prática e reconhecer as diferenças e as semelhanças entre os grupos com e sem a doença. Esperamos que os achados deste trabalho ajudem os profissionais e gestores de saúde a entenderem melhor a cabeça do paciente (e de quem poderá vir a ser paciente) e as demandas mais críticas de orientação nesse contexto. Que essa pesquisa e seus desdobramentos deem sua contribuição para que tenhamos sucesso diante dos desafios do diabetes.
DIOGO SPONCHIATORedator-chefe da revista SAÚDE/Editora Abril
Novos dados para vencer velhos desafios
5
O diabetes afeta cerca de 12,5 milhões de adultos no país, o que coloca o Brasil no quarto lugar do ranking mundial de nações com mais diabéticos. Em 2017, foram gastos ao redor de 24 bilhões de dólares com a doença por aqui. Infelizmente, a maior parte desse valor é destinada a tratar as sequelas do problema, e não à prevenção. Para complicar, há um contigente de 14 milhões de pessoas com pré-diabetes que se tornarão diabéticas em algum momento, algo que irá inflar os custos financeiros, sociais e emocionais com os pacientes. Estamos preparados para isso? Julgo que não. Existem dois mundos para quem tem diabetes no país: o dos que têm acesso a tratamentos que propiciam maior taxa de adesão, promovem melhor controle glicêmico e apresentam menos efeitos adversos. E o mundo dos menos abastados, que recorrem (quando recorrem!) a medicações menos eficientes. Existe, porém, um ponto em comum a ligar esses dois grupos: a síndrome da falta de informação sobre diabetes. Apesar dos avanços nos remédios orais e injetáveis, das novas tecnologias de monitorização da glicose e até mesmo das inovações cirúrgicas voltadas a esses pacientes, o percentual de brasileiros com diabetes bem controlado é extremamente baixo. De nada adianta ter tecnologias de ponta se a população não está informada e conscientizada para desfrutá-las — uma questão que passa pela prevenção, pelo diagnóstico e pelo controle da doença. Atualmente, o diabetes representa a terceira maior causa de morte no país, e o índice de mortalidade cresceu 12% nos últimos seis anos. Quem sobrevive frequentemente sofre com as sequelas renais, oculares e cardíacas, sem falar nas amputações. É um cenário que pede um tratamento urgente. E só há uma forma de remediar a situação: investir — no consultório, no sistema de saúde e nas mídias em geral — em educação e informação.
CARLOS EDUARDO BARRA COURIEndocrinologista, pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e fundador e organizador do Endodebate
A síndrome da falta de informação sobre diabetes
6
Perfil da
1 050387
entrevistados
diabéticos
homens
mulheres
Idade
Renda familiar
Idade
47%
53%
21%
22%
25%
18%
16%
22%
44%
amostra
R$ 9 541 ou mais
55 ou mais
R$ 4 771 a R$ 9 540
45 a 54 anos
R$ 2 864 a R$ 4 770
35 a 44 anos18 a 34 anos
Prefiro não responder
663não diabéticos
homens
mulheres
52%
48%
22%
29%
26%
23% 55 ou mais
45 a 54 anos
35 a 44 anos18 a 34 anos
Idade média:
49 anos
Idade média:
45 anos
16%
16%
R$ 9 541 ou maisR$ 4 771 a R$ 9 540R$ 2 864 a R$ 4 770
Prefiro não responder
Renda familiar15%15%
27%30%
12%
Base: 387 / 663
$
$
Até R$ 2 863
Até R$ 2 863
7
Há quanto tempo você foi diagnosticado?
Com qual profissional de saúde você faz o tratamento?
Como seu diabetes se encontra hoje?
37%
8%
10%
25%
20%
Mais de 10 anos
Menos de 10 anos
Menos de 5 anos
Menos de 1 ano
Menos de 6 meses
68%Endocrinologista
1%Geriatra
16%Clínico geral
1%Ginecologista
9%Cardiologista
5%Outros
62% 30% 8%Bem controlado Mal controlado Não sei
Qual é o seu tipo de diabetes?
Dia
bete
s ti
po 1
Dia
bete
s ti
po 2
Pré-
diab
etes
Não
sei
o t
ipo
Dia
bete
s ge
stac
iona
l
Diabéticos Não diabéticos3
1%
41%
25
%
3%
1%
1 <2 ? G
8
Classifique as doenças abaixo de acordo com a sua gravidade. 1NADA GRAVE MUITO GRAVE0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Diabetes Dengue Febre amarela Aids
Base: 387 / 663
12%
15%
9%
18%
11%
18%
18%
5%
11%
18%
12%
20%
2%
6%
11%
6%
62%36%18%34%
Nota máxima
43%29%
Nota máxima
24%14%
Nota máxima
43%32%
Nota máxima
65%60%
9
DiabéticosDiabéticos
Doenças com menores índices de prevalência e mortalidade hoje, como febre amarela e aids, são tidas como mais graves que o próprio diabetes
Câncer Alzheimer Hipertensão DepressãoColesterol alto
15%
9%
15%
16%
10%
21%
23%
22%
14%
6%
12%
19%
16%
9%
2%
6%
12%
9%
6%
1%
35%14%23%46%78%
Nota máxima
79%77%
Nota máxima
30%19%
Nota máxima
48%44%
Nota máxima
19%12%
Nota máxima
39%33%
Não diabéticos
10
Quando você pensa em diabetes, qual a primeira palavra que lhe vem à cabeça?
2
controle
açúcarinsulina
restrições
doce
dieta
amputação
cuidados
limitações
glicemiatratamento
coma
sede
fraqueza
um
dançarina
circulação
hiperglicemia
tenho
colaterais
maus
cetoacidose
coronária
amargoestresse
futuro hipertensão
cura
conhecimento
remédio
tristeza
não
medo
excessos
cardiovasculares
genéticaincurável
respeito
perigo
preocupação
malogrado
demais
escolhas
emagrecimento
risco
arteriosclerose
rins
hipoglicemia
incômodo
descontrole
pâncreasavc
alta
complicações
silenciosa
sofrimento qualidade
consequências
rotina
cegueira
séria
necrose
prevenção
deficiência
cansaço
comorbidades
reeducação
alimentação
moderação
boapicada
desgraça
impotência
perseverança
depressão
regras
muitoeu
má
dificuldades
progressiva
neuropatia
sangue
problemas
nadadoença
efeitos
grau
hábito
cramunhão
obesidadegangrena
cardíacos
cicatrização fígado
grave
insuficiência
sequelas
descuido
furada
dor
exercício
diabetesdesafio
familiar
desequilibrio
convívio
desespero
sedentarismo
injeção
regime
gordura
morte
mudança
vasculares
infarto
insumos
saúde
adaptação
vida
carboidrato
alimentar
hemodiálise
O diabetes é associado ao termo “açúcar” por quase 1/3 dos entrevistados. Há pouca relação
direta com o aspecto da mortalidade e morbidade
Base: 387 / 663
11”
“Quais frases você acredita que se aplicam corretamente ao diabetes?
3Diabéticos Não diabéticos
O diabetes é uma doença emocional, ligada ao estresse35%
29%
O diabetes é a elevação crônica da glicose no sangue, podendo gerar problemas em longo prazo
98%96%
O diabetes é uma doença hereditária, ou seja, a pessoa nasce com ela e pode manifestá-la ao longo da vida
50%43%
Existem três tipos de diabetes: tipo 1, tipo 2 e gestacional89%
91%
Pessoas com diabetes nunca podem comer açúcar31%
25%
Pessoas com diabetes são sempre dependentes de insulina6%
16%
É possível curar o diabetes somente com a dieta 26%
31%
Pessoas com diabetes nunca podem tomar bebida alcoólica22%
30%
O diabetes é uma doença de início silencioso 96%97%
O diabetes pode ser considerado uma causa de morte76%
78%
Mitos, sobretudo ligados à dieta, persistem, e 1/4 dos
respondentes não enxerga o diabetes como causa de morte
12
Quanto você acredita que o diabetes contribui para as complicações e os problemas citados abaixo?
4
Problemasno coração
Impotência sexual
Insuficiência renal
Visão e cegueira AmputaçõesAVC
47%
43
%
36
%
58
%
72%
68
%12
%
14%
11%
11%
10%
8%
14%
17%
17%
17%
18%
19%
19%
9%
16%
10%
10% 11
%
12%
14% 12
%
14%
17%
10%
30
%
27%
22
%
37%
64
%
63
%
Base: 387 / 663
NADA IMPORTANTE MUITO IMPORTANTE0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
13
Dores Câncer Infertilidade Fraturas e osteoporose
Doenças de pele
Falta de sensibilidade nos pés
Diabéticos Não diabéticos
Problemas de visão e amputações são os males mais ligados ao diabetes. Doenças cardiovasculares ainda são tidas como menos impactantes
57%
22
%
15%
17%
14%
14%
5%
6%6
%
6%
5%
4%
9%
6%
10%
13%
19%
14%
16%
7%
10%
10% 11
% 11%
20
%
14%13
%
14%
43
%
13%
8%
12%
9%
13%
8%
7%
14
“
Na sua opinião, qual o limite normal para o exame de glicose?
As frases abaixo se aplicam a você?
5
6
Menor que 100 mg/dl 77% 68%
Menor que 126 mg/dl 17% 14%
Menor que 140 mg/dl 3% 4%
Menor que 200 mg/dl 1% 1%
Não sei 2% 13%
Base: 387 / 663
Praticamente 1 em cada 4
diabéticos não conhece o limite
normal de glicose
Quase metade dos diabéticos não
mantém um padrão de sono adequado”
Tenho uma alimentação balanceada
Mantenho um bom padrão de sono
Gerencio o estresse
Fumo
Exagero na bebida alcoólica
58%64%
55%60%
54%65%
10%9%
9%8%
15
De quanto em quanto tempo você realiza check-ups médicos?7
Ao longo da vida você já fez...8
Diabéticos Não diabéticos
Nunca Uma vez por ano
Uma vez a cada seis
meses
A cada dois anos
Mais raramente, quando me
lembro
Faço apenas quando sinto que algo está
errado
46% dos diabéticos não realizam check--ups no período de
seis meses
...exame de glicose colhido no laboratório em jejum?
...exame de sangue em que se mede a glicose após tomar um copo com água e açúcar?
...exame de sangue chamado hemoglobina glicada?
SIMNÃONÃO SEI
99%
93%
56%
91%
40%
47%
38%
55%
4%
30% 23%
1% 3%
54%
31%
16%
52%
4%11%
5% 7%13%
3%
!
4%
1%
5%
5%
6%
3%
É expressivo o índice de
pessoas sem diabetes
que nunca fizeram a curva
glicêmica e a hemoglobina
glicada — o que
contribui para a falta
de diagnóstico
16
Quais seriam os hábitos mais importantes para prevenir o aparecimento do diabetes ou para controlar o problema?
9NADA IMPORTANTE MUITO IMPORTANTE0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Base: 387 / 663
Manter o peso adequado
Manter um bom padrão de sono
Ter uma alimentação balanceada
Praticar atividade física regularmente
11%
13%
10%
9%
11%
6%9%
13%
11%
8%
11%
7% 8%
16%
9%
5%
8%
19%
12%
8%
9%13%
75% 79% 69% 82% 79% 44% 34%67%
17
Diabéticos Não diabéticos
Gerenciar o estresse
Fazer check-ups anuais
Não exagerar na bebida alcoólicaNão fumar
10%
7%
11%
6%
10%
9%
12%
10%
19%
9% 12%
12%
9%
17%
11%16%
7%4%
7%
5%
6%
4%
7%
7%
7%
12%
9%10%
12%
8%5%
5%
10%9%
8%
45% 56% 52% 75%35% 48% 41% 65%
Há um bom conhecimento sobre fatores de risco, mas a implementação do estilo de vida equilibrado nem sempre é seguida
5%4%
18
Em relação ao seu peso, como você diria que se encontra hoje?
11
Pensando na saúde, qual você considera o pior tipo e localização de gordura no corpo?
10
Barriga 92% 91%
Quadril 4% 4%
Pescoço 3% 4%
Pernas e braços 1% 1%
Base: 387 / 663
67% dos diabéticos se consideram acima do peso, o que corrobora a interface entre sobrepeso/obesidade e a doença
Mais de 90% dos entrevistados concordam que
a gordura na barriga é o pior
tipo para a saúde
Abaixo do peso Com peso adequado Acima do peso Muito acima do peso
2%5%
31%
53%
37%
51%
7%
14%
!
19
O que você já fez para perder peso? (múltipla escolha)
Com que frequência você pratica atividade física hoje?
12
13
Diabéticos Não diabéticos
Nunca fiz nada 15%
17%
Tomei chá 20%18%
Fiz atividade física
61%68%
Fiz dieta 61%55%
Tomei remédio via oral
25%17%
Tomei remédio injetável
4%3%
Outro 10%8%
1 ou 2 vezes por semana
20%25%
3 ou 4 vezes por semana
26%23%
5 vezes ou mais por semana
11%11%
Não pratico com
frequência
38%
46%
Apenas metade dos respondentes pratica atividade física
85% dos diabéticos já tomaram alguma medida para
perder peso — destaque para dieta e exercício
20
Na sua opinião, quais os melhores alimentos para o controle do diabetes? (até cinco alternativas por pessoa)
14Base: 387 / 663
Sem glúten
Legumes e verduras
88%
4%
84%
Leite e derivados
5%4%
12%
Frutas
56%50%
Peixes
61%60%
Aveia, chia, linhaça...
59%55%
Alimentos integrais
53%51%
Castanhas, nozes, amêndoas...
53%48%
Feijão, ervilha, grão-de-bico...
30%27%
Frango
28%29%
Carnes com pouca gordura
27%27%
Alimentos diet
13%24%
Zero caloria
11%12%
Alimentos naturais são associados ao melhor controle do diabetes. A avaliação mais baixa em relação às frutas pode ser atribuída à presença da frutose (açúcar)
21
O que você considera seu principal erro alimentar?
15Diabéticos Não diabéticos
Como em excesso
Exagero no açúcar e nos doces
Fico muito tempo em jejum
Alimentos industrializados
Exagero na fritura
Consumo bebida alcoólica demais
Exagero no refrigerante
Alimentos industrializados congelados
Exagero no sal
Nenhum desses
Comer demais e exceder-se no açúcar são as
grandes falhas na alimentação apontadas pelos
participantes
19%
19%
19%
14%
14%
12%
12%
16%
5%
4%
4%
3%
3%
3%
6%
5%
2%
2%
16%
18%
!
22
Se você tivesse uma empresa, contrataria uma pessoa diabética?
Na sua avaliação, em qual grupo de pessoas o diabetes ocorre com maior frequência?
17
16Base: 387 / 663
Sim. Se for um bom
profissional, contrataria
Não tenho preconceito, mas só contrataria se não tivesse outra escolha
Se o processo eletivo der empate, prefiro contratar uma pessoa sem diabetes
Não se flagra uma atitude de preconceito ou estigma ao diabético no campo profissional e laboral
2%
3%
95%
4%
3%
93%
Crianças e adolescentes
Adultos jovens
Pessoas acima dos 50 anos
Pessoas acima dos 70 anos
Todas as faixas etárias são acometidas
4%7%
0%
32%
57%
7%
2%
27%
61%
3%
23
O que você julga mais importante para assegurar um bom controle do diabetes? (até três alternativas por pessoa)
18Diabéticos Não diabéticos
Ter hábitos saudáveis é
visto como mais importante do que aderir ao
tratamento pela maioria dos
entrevistados
Adotar hábitos saudáveis
Monitorar a glicemia conforme orientado
Seguir à risca o tratamento
Fazer dieta
Ter um bom médico
Ter fé, cultivar a espiritualidade e/ou uma religião
Mentalizar pensamentos positivos
Recorrer a tratamentos alternativos
91%91%
75%81%
60%62%
37%33%
30%21%
3%
3%
5%
3%2%
1%
!
24
Onde ou com quem você mais se informa sobre diabetes?
19
Questões exclusivaspara os diabéticos
Base: 387 / 663
Redes sociais
Revistas, portais e blogs voltados aos diabéticosSites de associações médicas (SBD, SBEM)
Sites de associações de pacientes (ANAD, ADJ)
Médico de outra especialidade
Sites de notícias
Com o nutricionista
Revistas em geral
TV
Não costumo buscar informações sobre diabetes
Endocrinologista
43% se informam com o endocrinologista
ou médico de outra
especialidade
48% se informam por meio de sites,
revistas e redes sociais
35%
8%
11%
9%
6%
4%
4%
2%
4%
1%
16%
25
O que é hemoglobina glicada?
Quais exames você fez nos últimos 12 meses? (múltipla escolha)
20
21
Diabéticos
O exame que mostra o valor da glicose depois do almoço
O exame que mostra a média da glicose na última semana
Não sei
O exame que mostra a média da glicose nos últimos 3 meses 76%
90% 90% 83%
65%
3%
5%
6%
13%
1/4 dos diabéticos não sabe o que é a hemoglobina
glicada
Diversos exames, como check-up cardiológico e teste de sensibilidade dos pés, são negligenciados
Glic
emia
de
jeju
m
Exam
es d
e co
lest
erol
e
trig
licér
ides
Hem
oglo
bina
gl
icad
a
Ava
liaçã
o of
talm
ológ
ica
Chec
k-up
ca
rdio
lógi
co
Test
es p
ara
funç
ão r
enal
Ava
liaçã
o do
de
ntis
ta
Test
es d
e se
nsib
ilida
de
nos
pés
Nen
hum
de
sses
43% 43% 40%
16%
!
Não diabéticos
26
Tenho medo das complicações da doença
75%
Estou controlado, mas sinto que isso é passageiro
Tenho medo de ficar dependente de insulina
Quais suas principais preocupações? (até três alternativas por pessoa)
23
Sofrer com as complicações e sequelas da doença é o principal temor apontado — bem
maior que o próprio medo de morrer
Não consigo alcançar os níveis de glicose preconizados pelo médico
Não tenho preocupações nesse sentido
Tenho medo de morrer
Sofro com hipoglicemias frequentemente
31%
24%
18%
Base: 387 / 663
21%
16%
12%
Com que frequência você se consulta para o controle do diabetes?
22
Menos da metade realiza consultas no intervalo de quatro meses
Todos os meses
De quatro em quatro meses
De seis em seis meses
Uma vez ao ano
Menos de uma vez ao ano
Quase nunca/raramente
9%
38%
28%
17%
3%
5%
!
27
“
Normalmente, quanto tempo dura sua consulta com o médico?
Quanto à prescrição médica, marque a frase que mais se aplica ao seu caso:
25
24
Os entrevistados relatam boa adesão ao
tratamento, algo nem sempre
verificado na realidade
clínica”
!Sempre tomo os remédios e quase nunca me esqueço de tomar.
78%
Tomo os remédios regularmente, mas me esqueço com frequência de tomar alguns deles
9%
Não uso o remédio que meu médico prescreveu Prefiro controlar o diabetes sem remédio
5%
Uso os remédios, mas também tomo um chá para baixar a glicose5%
Não tomo os remédios por causa dos efeitos colaterais2%
Não tomo os remédios porque são muito caros1%
Menos de 15 minutos
De 15 a 30 minutos
De 30 a 45 minutos
De 45 a 60 minutos
De 60 a 120 minutosMais de 120 minutos
15%
49%
15%
14%
3%
Não informou / Não se consulta3%
1%
Diabéticos Não diabéticos
28
Como você avalia seu médico nas orientações abaixo?
26
TOTALMENTE INSATISFEITO
TOTALMENTE SATISFEITO0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Faltam orientações no consultório especialmente sobre cuidados com os pés
Orientações sobre os remédios e o esquema terapêutico
Orientações sobre
monitorização da glicose
Orientações sobre pressão
arterial e colesterol
Orientações sobre dieta e
exercício
Orientações sobre cuidados
com os pés
50% 46% 50% 47% 34%
10%9%
5%
9%9%
11%
11%
10%
13%11%
9%9%
11%
10%10%
5%7%
5%
7%6%
5%3%
7%
5%4%
Base: 387 / 663
29
Gordura no fígado
Pressão alta39%
Colesterol ou triglicérides alterados29%
24%
Deficiência de vitamina D22%
Problema de tireoide18%
Tenho apenas diabetes23%
Apneia do sono9%
Ovários policísticos6%
Gota (ácido úrico elevado)3%
Osteoporose3%
26%8%Homens:
Mulheres: Fatores de risco cardiovascular
são os problemas de saúde mais
frequentes na população
diabética estudada
Diabéticos
Com quais vacinas você está em dia? (múltipla escolha)
28
Contra gripe
Contra pneumonia
Contra Haemophilus (pneumonia e
meningite)
Contra hepatite B
Nenhuma dessas
Mais de 20% dos diabéticos não tomaram nenhuma
das vacinas recomendadas
65%
22% 22% 22%
46%
Não diabéticos
Além do diabetes, você possui outro problema de saúde? (múltipla escolha)
27
!
31%48%Homens:
Mulheres:
30
Ter que se privar de comer o que gosta
Custear o tratamento e os cuidados necessários
Ter que fazer exercícios regularmente
Ter acesso a bons profissionais de saúde
Monitorar a glicemia conforme orientado
Tomar remédios ou injeções diariamente
Entender as informações e as prescrições para o controle da doença
Qual a principal dificuldade para conseguir controlar o diabetes?
29Base: 387 / 663
Mudanças na alimentação são encaradas como o grande desafio no controle
Você tem algum problema de saúde desencadeado pela doença?
30Têm algum problema
30%
Problemas de visão e
impotência sexual são as sequelas mais
relatadas
Doenças cardiovasculares
Nos olhos
Nos rins
Impotência sexual
Feridas ou amputação nos pés
2%10%Homens:
Mulheres: 6%
15%12%Homens:
Mulheres: 13%
5%6%Homens:
Mulheres: 5%
2%24%Homens:
Mulheres: 12%
2%1%Homens:
Mulheres: 2%
30%
25%
20%10%
6%
6%
3%
!
Não têm nenhum problema
70%
31
O que é mais difícil no tratamento do diabetes?
31
NADA DIFÍCIL MUITO DIFÍCIL0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A restrição alimentar é o que mais incomoda ao longo do tratamento
Consultar o médico
regularmente
Picar o dedo para medir a glicose com frequência
Tomar os remédios
ou injeções
Não ter liberdade para me alimentar como gostaria
Fazer exercícios
regularmente
Colher exames no laboratório
2%
5%
5%
3%3%
1% 5%
11%
9%
6%5%
5% 4%
5%
6%
3%5%
4%
2%4%
5%
5%
5%
4%
9% 13% 12% 35% 24%
51%17%14%42%43%46%
5%
Diabéticos Não diabéticos
32
Embora tenhamos hoje um acesso mais democrático a meios de comunicação e redes sociais, há uma demanda importante, e ainda não preenchida, por informações qualificadas a respeito do diabetes — demanda que provém da população geral contemplada nesta pesquisa, a despeito do nível socioeconômico. O reflexo disso se dá na persistência de alguns mitos — quase 30% do público crê que a dieta pode curar o diabetes —, na percepção sobre a gravidade da doença e na realização de exames voltados a diagnóstico e acompanhamento. A amostra apresenta, contudo, um bom conhecimento sobre medidas que ajudam a prevenir o diabetes. No entanto, a maior parte desses hábitos não é colocada em prática, o que nos convoca a pensar em estratégias de comunicação que gerem mais ação e repercussão comportamental.
É curioso notar que problemas de saúde com menores taxas de prevalência e mortalidade, a exemplo de aids e febre amarela, sejam vistos como mais graves que o próprio diabetes. Pelos achados desta pesquisa, fica evidente que não subsiste uma associação clara entre a doença e o risco de morte. Os próprios diabéticos ligam a condição muito mais a complicações e sequelas do que a uma maior probabilidade de óbito. Nesse sentido, apesar de as doenças cardiovasculares serem a principal causa de morte entre pessoas com diabetes, os entrevistados demonstram maior preocupação com os problemas renais e oftalmológicos, assim como a amputação dos membros. Ainda que as campanhas recentes tenham esclarecido a população, precisamos trabalhar mais o elo entre diabetes, doença coronariana e acidente vascular cerebral.
Em um país em que metade dos diabéticos não sabe de seu diagnóstico, a minoria da população avaliada aqui diz ter se submetido a um exame de hemoglobina glicada ou ao teste de tolerância oral à glicose — e isso porque falamos de um público com uma renda mais alta. Dados como esse ajudam a explicar o gargalo na detecção de novos casos e a continuidade de um número expressivo de pessoas que não sabem ser diabéticas. A realização insuficiente de exames também preocupa do ponto de vista do acompanhamento médico. Menos da metade das pessoas com diabetes relatou ter passado por exames cardiológicos e/ou renais no último ano e apenas 16% tiveram os pés examinados. Trata-se de um dado conflitante com as incidências de complicações comuns entre os pacientes.
Informação que gera ação
A percepção dos riscos
Necessidade de exames
33
Mais da metade dos entrevistados diz estar acima do peso — fração que pula para 67% quando consideramos o público diabético. Tendo em vista que o excesso de peso está diretamente associado ao diabetes, devemos refletir em como nos tornarmos mais eficazes na conscientização e no engajamento da população em matéria de obesidade. Em nossa pesquisa, a maior parte dos respondentes atribui ao exagero alimentar seu principal erro dietético. Além disso, só metade do público diz fazer atividade física regularmente — os índices são ligeiramente melhores entre os diabéticos. Ainda assim, a preocupação com o peso é recorrente. A grande maioria das pessoas (85% dos diabéticos) já fez pelo menos dieta ou exercício para emagrecer — uma minoria utilizou medicamentos para essa finalidade.
A pesquisa demonstra que as pessoas fazem uma ligação constante entre o manejo do diabetes e o estilo de vida, sobretudo a alimentação. Basta observar que, quando pedimos ao público para dizer qual a primeira palavra que lhe vem à cabeça nesse contexto, o termo mais citado é “açúcar”. Vale destacar que a maioria dos entrevistados coloca a adoção de hábitos equilibrados como principal medida para o controle da condição, à frente, inclusive, de seguir o tratamento à risca. Ao pegarmos apenas os diabéticos, descobrimos que a restrição alimentar é o fator que mais incomoda os pacientes, superando as picadas para medição da glicose e as aplicações de insulina. As mudanças e privações à mesa também são o ponto que mais impõe dificuldades na rotina dos diabéticos. Tais dados reforçam a necessidade de uma orientação nutricional adequada e mais próxima.
A maior parte dos pacientes entrevistados nesta pesquisa é acompanhada por endocrinologistas — algo que não se reproduz na realidade nacional. Ainda assim, observamos algumas lacunas do ponto de vista de orientação no consultório ou ambulatório, sendo a mais marcante delas a que diz respeito aos cuidados com os pés. É alarmante o relato de que mais de 20% das pessoas com diabetes não tomaram as vacinas recomendadas para essa população, o que pode indicar outro assunto mal explorado ou comunicado no acompanhamento clínico. Em que pesem todas as dificuldades do sistema de saúde brasileiro, a orientação do profissional se mostra decisiva na adesão e no controle glicêmico. Por fim, as informações e atitudes para melhorar a qualidade de vida dos diabéticos devem ser abrangentes e englobar toda a sociedade civil.
O desafio do peso
A visão da comida
O médico e a sociedade
Redator-chefeDIOGO SPONCHIATO
Editora de arteLETÍCIA RAPOSO
Projeto gráfico e ilustraçõesESTÚDIO BARBATANA
RevisãoRONALDO SILVA
Inteligência de MercadoMAURÍCIO PANFILO (gerente)MAÍSA SÔNEGO ALVES
Código 1630695 - FOR - FOLHETO PACIENTE EDITORA ABRILMaterial destinado a todos os públicos – Julho/2018