O QUE FAZER QUANDO O PROCESSO É INCAPAZ? (Gestão de Projetos ou Gestão de Falhas?)
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O QUE FAZER QUANDO O PROCESSO É INCAPAZ?
Projetos falham porque falhamos na escolha do processo.
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TENTAMOS TIRAR LEITE DE PEDRA OU, CULPAMOS O PEDREIRO!
• Baseado na repercussão que tiveram os ensaios “As Falhas de Projetos no Brasil” e “Leis de Parkinson e o Viés de Convergência” gostaria de convidá-los a fazer uma reflexão sobre o atual estado da arte em Gestão de Projetos (que na prática poderia ser denominado “Gestão de Falhas”).
• Podemos culpar as pessoas por não conseguirem extrair bons resultados de um processo exaurido?
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QUANTO AS FALHAS DOS PROJETOS:
• – Parece que há consenso de que INFELIZMENTE não somos exceção. Infelizmente, pois se fossemos teríamos parâmetros consolidados para servirem de referência.
• – Elencamos um rol de “causas” que muito bem podem ser “consequências”.
• – O lado bom que vejo é o fato de como não somos exceção nada nos impede de vir a ser REFERÊNCIA positiva.
• Porém, enquanto continuarmos a tentar elevar um processo que já foi exaurido através de “ajustes”, “mitigações”, “punições / recompensas” e etc, não sairemos dessa situação.
• OPROCESSO É INCAPAZ!
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QUANTO A LEI DE PARKINSON: • – Todo os esforços são feitos para que os resultados sejam
convergentes em relação a meta.
• – Para mitigar os riscos podemos subestimar, conscientemente, a capacidade dos recursos (superalocamos – “crashing”).
• – Também podemos disponibilizar mais tempo para cada atividade (o que normalmente nos leva ao “fast track”).
• – As soluções “mitigadoras” não são “suficientes” para reforçar a Convergência.
• – Por mais que venhamos a mitigar através de recursos e/ou ritmo, haverá sempre uma variação inerente ao processo que implicará em “Viés” em relação à Meta.
• PROTEGEMOS A META NO LUGAR ERRADO – FORA DELA!
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O PROCESSO: • Embora a solução que proponho seja integrada, para minimizar
minha dificuldade na demonstração, vou enfocar esses dois aspectos separadamente.
• Os atuais processos de Gestão: – Os requisitos atribuídos aos projetos cada vez mais se afastam
da Padronização – Eles visão a Customização.
– Nossos processos de gestão de projetos, na tentativa de minimizar os desvios, utiliza uma solução utilizada nas operações, ou seja, a Padronização.
– A chegada da era da Informação trouxe consigo uma volatilidade nas expectativas, e por isto os padrões falham em atende-las.
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O RACIOCÍNIO: • O raciocínio matemático:
– Produção= Recursos X Produtividade.
– Focar nos Custos= Garantir a produtividade(1).
– Minimizar o risco= Incrementar recursos.
– Resultado ideal= Atingir a meta.
• As etapas 1 e 2 dependem de “exatidão” e de “precisão” respectivamente – A padronização visa a “exatidão”.
– Focar na meta visa a “precisão”.
A grande diferença entre operação e projeto é que na primeira a variabilidade ocorre em torno dos desvios(2) e no segundo ela ocorre em torno da dimensão nominal.
Ocorre que tanto a exatidão quanto a precisão são sensíveis a VARIABILIDADE e esta é inerente a qualquer processo, logo se conseguirmos “controla-la” mantendo-a reduzida, nossas chances de sucesso serão aumentadas.
(1) Melhorar a produtividade nos remete ao processo exaurido. (2) ex: o diâmetro de um eixo usinado tem sua variação mais afetada pelas ferramentas do que pelo seu diâmetro nominal, já uma produtividade mantém o seu valor nominal como referência para os desvios.
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ÁRVORE DA REALIDADE ATUAL – ARA.
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Cronogramas Inexequíveis
Recursos indisponíveis
Requisitos não atendidos
Custo Majorado
Atrasos
Retrabalho
Estimativas inexatas
Alteração de Escopo
Insuficiência / Quebra de Premissas / Requisitos
Projeto falha em atender pelo menos uma das restrições (Tripla
Restrição)
VARIABILIDADE
obstáculo
Anéis de suficiência
VARIABILIDADE: A VILÃ. • No slide anterior apresentei a árvore da realidade atual.
• A partir dela quem desejar pode explorar(3) a identificação do problema raiz.
• Como pode ser visto eu elegi a VARIABILIDADE como sendo o obstáculo a ser vencido.
• Também acredito que uma vez solucionados os anéis de suficiência(4), aí sim poderemos elevar o processo até que ocorra o próximo gargalo.
• Embora eu não tenha desenhado todo o processo de raciocínio, a solução que eu encontrei foi mitigar os efeitos do Viés de Convergência alocando “buffer” na META, pois é nela que todos os vieses se consolidam.
• Esta é a lógica que embasa a Gestão por Modelagem Vetorial – GpMV.
• PROTEGEMOS OS RESULTADOS DENTRO DA META! • (3) É a oportunidade de testar várias alternativas. • (4) O foco nos anéis de suficiência é proposital, pois se focassemos “diretamente” nas caixas amarelas veríamos
que existem outros aspectos que foram omitidos, mas que serão melhorados após tenhamos elevado o processo, ou seja, nos anéis atacamos o “gargalo” que impede a elevação do processo.
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ANTES DA ERA INDUSTRIAL A PRODUÇÃO ERA CUSTOMIZADA!
• Estes slides foram baseados na Gestão por Modelagem Vetorial.
• Livros de minha autoria: – Gestão por Modelagem Vetorial: Os segredos da curva S.
– Viés de Convergência: Desvendando a causa raiz dos atrasos.
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