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O QUE É O SISTEMA DE MONITORING
• É um sistema de vigilância e registo permanente ou periódico da implementação de um projecto;
• É uma função essencial da gestão do projecto e as suas acções devem ser adequadamente planeadas e integradas desde as etapas iniciais do projecto;
• A monitorização incide sobre o projecto mas também sobre o seu impacto, sobre os seus efeitos externos directos e indirectos;
• Tem o objectivo de fornecer ao gestor do projecto e aos principais interessados e envolvidos, indicações e informações estruturadas em relação ao percurso do projecto;
• Fornece as bases para a acção correctiva, em relação às actividades e ao plano operacional. Deve reforçar os resultados iniciais previstos
REQUISITOS TÉCNICOS PARA UMA MONITORIZAÇÃO EFICIENTE
• Recolha e estruturação da informação disponível;
• Verificação dos indicadores de desempenho e resultados;
• Contacto com os beneficiários e envolvidos no projecto;
• Elaboração de relatórios sistemáticos
PREPARAÇÃO E APLICAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORING
1 – IDENTIFICAÇÃO DOS FACTORES CHAVE A SEREM CONTROLADOS
Monitorizar a performance, inputs e outputs – Aferição dos recursos e dos respectivos resultados;
2 – PLANEAMENTO DAS ACTIVIDADES DE RECOLHA DE INFORMAÇÃO
O planeamento do projecto deve identificar as actividades de recolha e sistematização da informação recolhida. Todas as fontes de informação devem produzir os seus dados de forma a se integrarem no processo global de produção de informação relevante;
3 – DEFINIÇÃO DA FORMA DE APRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO
O sistema de monitoring deve programar a utilização de determinadas formas de organização formal da informação, tais como por ex:
- Relatórios de progresso de implementação do projecto;
- Relatórios anuais de resultados do projecto
- Outras de acordo com contexto do projecto
4 – IDENTIFICAÇÃO DOS DESTINATÁRIOS DA INFORMAÇÃO RECOLHIDA
Identificação prévia de quais os destinatários da informação recolhida, de acordo com orientações definidas no planeamento. Ex: promotores do projecto, financiadores, responsável de projecto, etc
PREPARAÇÃO E APLICAÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORING
5 – Preparação para a inclusão de factores não previstosPara além dos factores externos e condicionamentos do projecto (previstos na MEL), o sistema de monitoring deve preparar procedimentos específicos para responder a solicitações e necessidades não previstas na fase de planeamento. Por ex: para uma delegação regional ou ministério, para entidade gestora QCA, etc.
As questões básicas que o sistema de monitoring deve permitir responder são relativas :- Às actividades em curso;- Aos níveis de realização;- À utilização dos recursos em relação ao que foi pré-definido na etapa de planeamento;
- À conformidade com os critérios de elegibilidade
Actividade Nível de Desvios SoluçõesPlaneada Realização Observados Alternativas
História da avaliação
• É a partir da 2ª Guerra Mundial (sobretudo nos EUA) que a avaliação passa a ser importante por quem encomenda programas sociais. Acreditava-se que se poderia resolver os problemas sociais através da aplicação de recursos de forma inteligente e que a avaliação poderia dizer quais os programas e métodos mais apropriados;
• Modelos muito tecnocráticos – desvalorizados os conflitos de interesses e interesses dos grupos mais minoritários;
• Modelos insensíveis a variações locais e culturais. Grandes amostragens e recolha estandartizada de dados.
História Avaliação
• Anos 60/70 – Defesa de uma avaliação multicultural. Crítica da avaliação quantitativa;
• Acredita-se que diferentes grupos sociais apresentam diferentes interesses e lógicas de actuação. Valorizada a individualidade de cada de cada situação ou programa;
• Excesso de localismo destes modelos foi impeditivo de maior impacte público fornecendo pouca credibilidade nas informações e grande dificuldade de generalização
A Av. No final século XX• Revisão de paradigma que tinha como pano de fundo a constatação
de que as avaliações realizadas influenciavam muito pouco as decisões que eram tomadas com base em critérios sócio-políticos, descurando os resultados das avaliações cuidadosas e cientificamente bem fundamentadas;
• Anos 80 tentativa de reconciliação de vários paradigmas, aproximando actores e decisores numa procura pragmática da eficácia;
• Curiosamente, as críticas aos vários modelos de avaliação não fazem esmorecer a sua importância pública e política; antes pelo contrário, assiste-se à obrigatoriedade da avaliação na maioria dos programas sociais.
A Av. No final século XX
• Os processos de planeamento e de programação das intervenções sociais bem como a aferição dos seus resultados estão dependentes e associados ao que se tem vindo a chamar de metodologia participativa dos projectos de intervenção;
• Acredita-se hoje que a “avaliação participativa” resolve, simultaneamente, a multiculturalidade dos olhares sobre a condução dos processos sociais e a nova democraticidade que é exigida à acção pública
Participação pública nos processos de avaliação permite:
• Obtenção de um conhecimento local dos problemas existentes;
• Incremento e aferição da capacidade de detecção e previsão das consequências de novas acções sobre os sistemas, ambientais, sociais e organizacionais locais;
• Capacidade de reconciliação de interesses locais contraditórios, entre grupos sociais ou interesses sectoriais distintos, e entre a interpretação do “interesse público” vinculado pela administração;
• Capacidade de reduzir as probabilidades de se gerarem conflitos abertos entre grupos locais e promotores dos projectos, através do diálogo e do progressivo desenvolvimento de laços de co-responsabilização entre os diversos intervenientes;
Formato-padrão do Relatório de Avaliação
SumárioExecutivo
Conclusões específicas
Conclusões gerais
Recomendações
Informações Suplementares
A avaliação de projectos sociais não deve:
• Ser a mera quantificação das acções;• Ser normativa, ou confundir-se com práticas de
controlo;• Medir apenas o êxito das acções com o apoio de
indicadores tais como a taxa de concretização de objectivos (Deve preocupar-se com os processos a partir dos quais esses objectivos foram produzidos);
• Ser confundida com o controlo administrativo que tem por fim verificar da concordância das acções com as normas institucionais
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• O SUCESSO DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DEPENDE DA CAPACIDADE PARA ENCONTRAR INDICADORES QUE MEÇAM O PROCESSO E OS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO
• AS COMPONENTES DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO QUE PERMITEM A VERIFICAÇÃO DO SEU SUCESSO ANALISAM GERALMENTE OS SEGUINTES FACTORES:
A APRECIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO
• O Projecto/Programa adequa-se ao contexto do problema e da situação sobre o qual se pretende intervir
• Trata-se de um projecto coerente na sua construção interna
VERIFICAÇÃO DA PERTINÊNCIA
– O PROJECTO É JUSTIFICÁVEL NO CONTEXTO DAS POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS DO ORGANISMO, SERVIÇO, ETC.?
APRECIAÇÃO DA EFICÁCIA
• Em que medida os objectivos foram atingidos e as acções previstas foram realizadas?
• De forma global, deve perguntar-se:- Se os meios utilizados foram adequados, pertinentes e
suficientes;- E se os benefícios (em termos de objectivos no fim)
esperados foram realizados» INDICADORES: Acções realizadas/acções programadas;Objectivos realizados/objectivos planeadosPúblico-alvo atingido/público-alvo-previsto
APRECIAÇÃO DA EFICIÊNCIA
• Os resultados confrontados com os recursos utilizados correspondem ao seu emprego mais económico e satisfatório?
• » INDICADORES:- Objectivos atingidos/Recursos utilizados;- Actividades realizadas/Recursos utilizados;- Objectivos atingidos/Actividades realizadas;- Recursos utilizados/Recursos previstos;- Custos por tipo de acção, etc
APRECIAÇÃO DA EQUIDADE
• A equidade faz referência à distribuição e à repartição dos recursos entre os indivíduos e os grupos e à noção de justiça social
• Os objectivos, a definição dos grupo-alvo, a distribuição dos recursos aumentaram a igualdade de oportunidades ou geraram novas desigualdades?
• Apela à igualdade de oportunidades, não apenas ao nível do acesso a bens ou serviços, mas tb. Ao nível da capacidade de cada um gerir as suas próprias oportunidades
APRECIAÇÃO DO IMPACTE
• Na apreciação do impacte deve-se determinar em que medida se obteve uma melhoria da situação
APRECIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE
• Será que os efeitos do projecto subsistirão depois de ele estar completo
AVALIAÇÃO
• É UMA COMPONENTE DO PLANEAMENTO
• PERMITE DE FORMA RIGOROSA IR CONHECENDO OS RESULTADOS E EFEITOS DA INTERVENÇÃO
• PERMITE CORRIGIR TRAJECTÓRIAS
FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO
• MEDIDA• UTENSILIO DE APOIO À TOMADA DE
DECISÃO• PROCESSO DE APRENDIZAGEM• REFORÇAR DEMOCRACIA
PARTICIPATIVA- (Importante combinar aspectos qualitativos e os quantitativos)
TIPOLOGIAS EM FUNÇÃO DE QUEM REALIZA A AVALIAÇÃO
• AUTO-AVALIAÇÃO
• AVALIAÇÃO INTERNA
• AVALIAÇÃO EXTERNA
• AVALIAÇÃO MISTA
• A avaliação é realizada pela mesma equipa que a executa
• Realizada dentro da organização gestora, mas com distanciamento da equipa de execução
• É realizada por pessoas estranhas à organização
• Combina os vários tipos de avaliação
AV. - TEMPORALIDADE
• DIAGNÓSTICA
(EX-ANTE)
• ACOMPANHAMENTO
(ON GOING)
• FINAL (Ex-POST)
• Pretende proporcionar elementos que permitam decidir se o projecto deve ou não ser implementado
• Avalia a forma de concretização do projecto e dá elementos p/ o seu afinamento e/ou correcção
• Mede os resultados e efeitos do projecto
MODALIDADES E DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO
• Intervenientes
• Temporalidade
• Âmbito de Incidência
• Auto-Avaliação• Avaliação externa• Avaliação mista• Ex-ante; On-going
Ex-post. Interactiva
Desempenho/resultados
Processo
Prospectiva
MODALIDADES E DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO
• DESTINATÁRIOS
• SUPORTE DE RECOLHA
• Intervenientes (técnicos)
• Dirigentes
• Instituições financiadoras
• População destinatária
• Potenciais beneficiários
• Análise documental
• Entrevistas
• Fontes estatísticas
• Diário de actividades
MODALIDADES E DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO
• PRODUTOS
• ESTRATÉGICAS METODOLÓGICAS
• Relatórios• Formação• Actas• Bases de dados• Análises pontuais• Análises comparativas• Análises prospectivas• (....)
ETAPAS AV. PARTICIPATIVA
• Facilitador distribui folhas e marcadores aos participantes;
• Os participantes escrevem uma ideia por cartão do que acham importante avaliar;
• Cada folha é lida em voz alta e colada na parede;• Os participantes votam as ideias que consideram
mais importantes;• O grupo define uma matriz com os aspectos a
avaliar;• Cada critério é pontuado;
VANTAGENS DA AVAL. PARTICIPATIVA
• Meta-avaliação;
• Funciona como aprendizagem estruturando a informação;
• Aumenta a motivação dos participantes;
• Comunicação aberta, honesta e clara;
• Processo transparente;
• Feed-back imediato
Formato-padrão do relatório de avaliação
SumárioExecutiv
o
Conclusões específicas
Conclusões gerais
Recomendações
Informações suplementares
Critérios de Qualidade de um Projecto de
Cooperação segundo a União Europeia • Pertinência;• Eficácia;• Eficiência;• Metodologia participativa ;• Coerência interna;• Flexibilidade;• Programação operacional;• Comunicação;• Inovação e transferabilidade