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• “Corrida”; caminho a percorrer; percurso a ser percorrido na formação.
• O currículo busca modificar as pessoas que
vão “seguir” aquele caminho. • Qual é o tipo de ser humano desejável para
um determinado tipo de sociedade?
• Base não é currículo. BASE É RUMO!
O QUE É CURRÍCULO ?
• Dimensão Filosófica: » Fins da educação » Propósitos » Conteúdos da escola
• Dimensão Sócio antropológica: » Padrões de comportamento que influenciam os alunos. » Forças econômicas » Estrutura familiar » Formas de comunicação
• Dimensão Psicológica: » Desenvolvimento cognitivo » Processos de aprendizagem
Dimensões do Currículo
Qual é o tipo de ser humano desejável para um determinado tipo de sociedade?
– Teorias do currículo:
– Tradicionais
– Críticas
– Pós-Críticas
– Mudanças de paradigmas
TRADICIONAIS Ensino; Aprendizagem; Metodologia;
Avaliação; Didática; Organização;
Planejamento; Objetivos
CRÍTICAS
Ideologia; Reprodução Cultural e Social;
Poder; Classe Social; Capitalismo;
Relações Sociais de Produção; Conscientização; Emancipação e Libertação; Currículo Oculto e Resistência
PÓS-CRÍTICAS Identidade, Diferença, Subjetividade, Significação e Discurso;
Saber-Poder; Representação; Cultura;
Gênero, Raça, Etnia, Sexualidade, Multiculturalismo
TEORIAS DO CURRÍCULO ( SILVA, T.T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do
Currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999)
• Um currículo não é uma realidade estática, para conhecê-lo, devemos ir além das meras declarações, das retóricas e dos documentos oficiais.
• Ainda que sejam boas as intenções declaradas, a prática pode ser um pouco diferente (nem sempre o discurso caminha com a prática).
O discurso e a realidade ou o contexto de influência e o contexto
da prática
• Currículos e reformas dão respostas para os momentos específicos da nossa história.
• No final do século XIX e no início do século XX
inicia-se efetivamente, nos Estados Unidos, o currículo como um campo sistemático de trabalho na educação.
• Advento da sociedade industrial e urbana da
época – Brasil também vivia um momento histórico bastante
parecido, do ponto de vista da industrialização
Contexto histórico
Linha do tempo da construção dos Currículos até a promulgação da BNCC
Jesuítas
1549-1759
Ratio Studiorum
Studia Inferiora: letras humanas, gramática,
retórica e Artes
Studia Superiora: Teologia e Ciências Sagradas
Reforma Pombalina
Aulas Régias: autônomas e isoladas, com professor
único e uma não se articulava com as outras
Latim, Grego, Filosofia e Retórica
Brasil Império
Escolas primárias e Secundárias.
Ênfase nas humanidades: latim, retórica, geometria,
francês e comércio
Primeira República
Ideal Positivista
Substituiu o currículo acadêmico pelo enciclopédico, introduzindo
disciplinas científicas: matemática; astronomia; física;
química; biologia; sociologia; moral
Educação após 1930
“Base indispensável para a matrícula nos cursos superiores, preparo fundamental e geral para a vida e cultura média geral do País”.
Primário
Médio
1) Secundário
2) Profissionalizante
Currículo extenso, com intenções de proporcionar sólida cultura geral de base humanística e, além disso fornecer um ensino patriótico e nacionalista.
1) Clássico e Científico
2) Agrícola, comercial, industrial e normal
Desenvolvimento do raciocínio e das atividades de expressão da criança e sua interação no meio físico e social
Lei Orgânica do Ensino Primário Decreto lei nº 8.529, de 2 de janeiro de 1946
Primário Elementar I. Leitura e linguagem oral e escrita. II. Iniciação matemática. III. Geografia e história do Brasil. IV. Conhecimentos gerais aplicados à vida
social, à educação para a saúde e ao trabalho.
V. Desenho e trabalhos manuais. VI. Canto orfeônico. VII. Educação física.
Primário Complementar I. Leitura e linguagem oral e escrita; II. Aritmética e geometria; III. Geografia e história do Brasil, e noções de
geografia geral e história da América; IV. Ciências naturais e higiene; V. Conhecimentos das atividades
econômicas da região. VI. Desenho; VII. Trabalhos manuais e práticas educativas
referentes às atividades econômicas da região.
VIII. Canto orfeônico. IX. Educação física.
Parágrafo único. Os alunos do sexo feminino, aprenderão, ainda, noções de economia doméstica e de puericultura.
EDUCAÇÃO APÓS 1930 Matriz Curricular do
Primário.
Reforma 5.692/71
Teoria do Capital Humano
Disciplinas de cultura geral.
Art. 4º Os currículos do ensino de 1º e 2º graus terão um núcleo comum, obrigatório em âmbito nacional, e uma parte diversificada para atender,
conforme as necessidades e possibilidades concretas, às peculiaridades locais, aos planos dos estabelecimentos e às diferenças individuais dos
alunos.
Áreas cada vez mais amplas – como foi o caso de Estudos Sociais, que englobou numa mesma área História, Geografia, Organização Social e Política do Brasil
(OSPB) e Educação Moral e Cívica (EMC) –, fragmentou a essência epistemológica de cada área, adulterando seu procedimento pedagógico (CHAGAS, 1978, p. 328). Em
outras palavras, áreas do conhecimento que discutiam mais criticamente a situação
social, política e econômica do país (História, Geografia e Filosofia) foram
pulverizadas pela área de Estudos Sociais.
LDB 9.394/96
• Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
DOCUMENTOS ORIENTADORES DO CURRÍCULO NA LDB 9.394/96
Parâmetros Curriculares Nacionais de 1ª a 4ª e de 5ª a 8ª (1997)
Diretrizes Curriculares Nacionais (1998)
Parâmetros em ação de 1ª a 4ª e de 5ª a 8ª (1999)
Matrizes de referência SAEB/INEP - 4ª e 8ª séries (2001)
Normas Nacionais para ampliação do Ensino Fundamental para 9 anos (2005)
Ensino Fundamental de 9 anos (2007)
Indagações sobre o Currículo (2008)
Referências ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. São Paulo: Moderna, 1989.
BRASIL. Lei n° 5.692 de 11 de agosto de 1971. Diretrizes e Bases para Educação Nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L5692.htm. Acesso em: 19/08/2019
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br. Acesso em: 25 mar. 2019.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução nº 4, de 13 de julho de 2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Diário Oficial da União, DF, 14 jul. 2010.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução nº 2, de 22 de dezembro de 2017. Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da educação básica. Diário Oficial da União, DF, 22 dez. 2017, seção 1 pp. 41 a 44.
CARVALHO, E. J. G. de. Políticas públicas e gestão da educação no Brasil. Maringá: Eduem, 2012.
CHAGAS, Valnir. O Ensino de 1º . e 2º . graus: antes; agora; e depois? São Paulo: Saraiva, 1978.
GHIRALDELLI, Paulo J. História da Educação. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1992. ROMANELLI, O. de O. História da Educação no Brasil: (1930/1973). 40ª ed. Petrópolis: Vozes, 2014. SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do Currículo. Belo
Horizonte: Autêntica, 1999.