o projeto de fundamentação do saber

8/13/2019 o projeto de fundamentao do saber

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O Projecto de Fundamentao do Saber

Ren Descartes1596-1650


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A atitude de Descartes perante o

saber do seu tempo podecaracterizar-se segundo doisASPECTOS:

1. O conjunto das crenas, que constituemo sistema (edifcio) do saber, estassente em bases frgeis.


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2. Esse edifcio cientfico constitudo por crenas que noesto na sua devida ordem.


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Descartes pretende fundar embases novas e seguras o edifcio dosaber.

DERRUBAR O EDFICIO DO SABERTRADICIONAL


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construo de uma CinciaVerdadeira e Certa, cujas bases

tm de ser conhecimentosabsolutamente indubitveis(claros e distintos):

A partir dessas bases pretendededuzir outras verdades.


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A inteno de Descartes a decomear tudo de novo, colocar

em dvida todas as crenas(suspenso do juzo).


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A dvida a resposta de Descartes aoproblema do comeo radical do saber,surgindo como a recta via que conduzao saber verdadeiro e certo.

Se p indubitvel (evidente), ento p verdadeiro.

Se p duvidoso, ento p falso.


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Instrumento na demanda deuma verdade absolutamente

indubitvel

Ponto de partida Modo de proceder


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A importncia da dvida

Trata-se de comear tudo de novo, do princpio.O primeiro princpio deve possuir as seguintes

caractersticas:


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Orientada por uma dupla

regra:

1) O que for

minimamente duvidoso considerado como

absolutamente falso;

2) Aquilo que alguma

vez me engane

considerado como

sempre enganador.

Coloca provaa solidez das

bases de todosos

conhecimentosestabelecidos.

Liberta arazo dosfalsos

princpios.

CARACTERSTICAS DA DVIDA

1. HIPERBLICA 2. UNIVERSAL3. CATRTICA

4. ECONMICA


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Descartes vai submeter todas as crenasa um exame crtico, ou seja, vai tentarencontrar razes para duvidar da suaverdade, utilizando este critrio duplo:


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Considerar comoabsolutamente falso o quefor minimamente duvidoso;

1

2

Considerar como semprenos enganando aquilo quealguma vez nos enganar.


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AS CRENAS A POSTERIORI NO PODEM SERVIR DE BASE A TODO O

CONHECIMENTO

DESCARTES VAI SUBMETER TODAS AS

NOSSAS CRENAS DVIDA. ASCRENAS A POSTERIORI VO SER ASPRIMEIRAS.


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LIMITAO DO ARGUMENTO: Coloca em causa as informaestransmitidas pelos sentidos sobre as qualidades dos objectos,mas no pe em causa a sua existncia.

Os sentidos

enganam-nos sempre

Os sentidos

enganam-nosalgumas vezes

Os sentidos no so fonte segura deconhecimento


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H razo para acreditar que toda a realidade fsica uma iluso

LIMITAO DO ARGUMENTO: Coloca em causa aexistncia da realidade fsica, mas no coloca em dvidaas verdades matemticas.

Algumas vezes, no

conseguimos distinguiro sonho da viglia (realidade)

Nunca conseguimosdistinguir o sonho

da viglia (realidade)


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H razo para acreditar que toda a realidade fsica uma iluso

QUER EU ESTEJA A DORMIR, QUER EU ESTEJA

ACORDADO, 2+2=4

Descartes, Meditaes sobre a Filosofia Primeira, I Meditao.


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H razo para acreditar que o nosso entendimentoconfunde o verdadeiro com o falso

Deus permite que nosenganemos algumasvezes

Deus permite que nosenganemos sempre

AS CRENAS A PRIORI (PROPOSIES MATEMTICAS)SO SUBMETIDAS AO TESTE DA DVIDA


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A HIPTESE DO GNIO MALGNO UMAEXPERINCIA MENTAL ATRAVS DA QUALPODEMOS IMAGINAR QUE EXISTE UMAESPCIE DE DEUS ENGANADOR QUECONSEGUE FAZER-NOS PENSAR QUESO VERDADEIRAS PROPOSIES QUE

AFINAL SO FALSAS.


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O deus enganador(hiptese) pode ter-

nos criado destinados,sem darmos por isso,a confundirmos o

verdadeiro com ofalso, a errarmossistematicamente.


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DESCARTES DUVIDOU DE TUDO.


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Dividir cada uma dasdificuldades que tivesse

de abordar no maior

nmero possvel de

parcelas que fossem

necessrias paramelhor as resolver

Nunca aceitar comoverdadeira qualquer

coisa sem a conhecerevidentemente como

tal, i.e., evitarcuidadosamente a

precipitao e apreveno

Conduzir os meuspensamentos,

comeando pelosobjectos mais

simples e mais fceisde conhecer parasubir pouco a pouco

O mtodo consiste num conjunto de regras:

1 Regra -

Regra da

Evidncia

2 Regra - Regra

da Anlise ou da

Diviso

3 Regra -

Regra da

Sntese ou

Composio

4 Regra -

Regra da

Enumerao


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