Formula Da Felicidade Autentica: Fórmula da felicidade autêntica
O Processo Entre Duas Vidas - · PDF filee-grupo SerAtento − mostra a visão da...
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O Processo Entre Duas Vidas
A Filosofia Esotrica Descreve a Reencarnao
Um Estudante de Teosofia
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O texto a seguir resultado de estudos do
e-grupo SerAtento mostra a viso da teosofia
autntica sobre os ciclos do sono, sonho, despertar,
vida, ps-morte, Devachan e renascimento. Ele nos
prope uma conscincia de 360 graus em relao ao
processo completo que ocorre entre duas vidas fsicas do
mesmo indivduo humano, normalmente separadas por
um perodo que varia de mil a trs ou quatro mil anos.
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1. Uma Caracterstica da Teosofia Original
Antes de abordar o processo que ocorre entre duas vidas fsicas da mesma alma imortal, existe
algo que deve ser destacado. H uma premissa bsica e essencial que estabelece um claro
divisor de guas entre a teosofia clssica, de um lado, e, de outro lado, o catolicismo, o
espiritismo, a pseudo-teosofia e outras formas de espiritualidade popular.
Para a teosofia de Helena Blavatsky, todo e qualquer caminho espiritual passa pela ampliao
natural e no-violenta do contato entre a alma mortal (eu inferior, kama-manas) e a alma
imortal (tambm conhecida como mnada, atma-buddhi, eu superior).
O apego a crenas ou cerimnias impede a livre busca. E o uso ou a inteno de obter poderes
no plano astral exercidos pelo eu inferior so vistos como uma manipulao irresponsvel,
que em muitos casos tem graves consequncias no ps-morte e nas prximas vidas. As raras
excees a esta regra correm por conta especialmente das poucas pessoas que tm o dom natural
(e no buscado) de fazer curas; e que, alm disso, o usam de modo altrusta e no como meio de
enriquecimento pessoal.
No grupo de erros graves por manipulao de energias sutis, mas no espirituais, entram a
projeciologia, a mediunidade, a clarividncia induzida, e toda e qualquer manipulao pessoal e
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intencional de energias sutis; estes so os chamados siddhis inferiores, cuja busca um srio
obstculo para a verdadeira espiritualidade. As chamadas canalizaes, quando no so mera
fantasia, entram no mesmo grupo da mediunidade. E quando so apenas fantasias tm,
igualmente, o mau carma da falta de discernimento e da atitude infantil diante do que sagrado.
A teosofia autntica evita transformar o caminho espiritual em um espetculo pblico de fogos de
artifcio. Ela no busca fatos extraordinrios e quando eles acontecem no os divulga.
Trabalhando lenta e gradualmente, ela transfere de modo silencioso e quase imperceptvel o foco
de conscincia desde o eu inferior para o eu superior. Este o caminho de Raja Ioga e Jnana
Ioga: um projeto de ao de longo prazo, e implica vrias encarnaes.
Este caminho percorrido atravs da reflexo, da autodisciplina, da auto-purificao, e da
contemplao das grandes verdades universais. Ele inclui a ao altrusta; a viso
interdisciplinar e inter-religiosa das coisas; a impessoalidade e a prtica da compaixo universal.
o caminho da ampliao de Buddhi-Manas, o princpio da inteligncia universal na conscincia
humana. Este caminho faz parte da preparao da sexta sub-raa da quinta raa-raiz, que ,
segundo a teosofia, o prximo passo da evoluo humana. Esta no ser uma sub-raa no sentido
fsico, e em teosofia a filosofia da fraternidade nenhuma raa-raiz ou sub-raa
intrinsecamente superior ou inferior a outra. Todas so igualmente instrumentos a servio da
evoluo da mnada ou alma imortal, e cada mnada deve renascer nas diferentes raas-razes e
sub-raas.
Qualquer forma de racismo um mecanismo inaceitvel de ignorncia espiritual. O novo tipo
humano ter uma percepo de mundo naturalmente universal, e os pioneiros desta humanidade
vm despertando em nmeros sempre crescentes desde o final do sculo 19. O movimento
teosfico autntico tem como meta ajudar este processo de estmulo e de despertar da inteligncia
superior, que intrinsecamente solidria.
Os cidados do futuro se caracterizam pela intuio raciocinada e pela razo intuitiva,
caractersticas inseparveis do sentimento de fraternidade planetria. Estas funes da
conscincia ativam novos circuitos cerebrais e novas reas da mente humana. E, nesse despertar,
a ateno e o discernimento so fundamentais.
Deve-se desenvolver a capacidade de enxergar o divisor de guas entre as coisas pseudo-
espirituais do eu inferior e as coisas verdadeiramente universais e essenciais. O correto
levar uma vida correta e altrusta, evitando as propostas espirituais aparentemente
espetaculares, mas que no possuem um contedo durvel nem so aprovadas pelo bom senso.
Para a filosofia esotrica, como para o Novo Testamento, o estudante deve, pois, procurar o
tesouro que est nos cus, e o resto lhe ser dado por acrscimo.
Colocada esta premissa, vejamos como os Mestres dos Himalaias descrevem, em Cartas dos
Mahatmas Para A.P. Sinnett, o processo que ocorre entre duas vidas. uma evoluo que se
desdobra em dois planos, fundamentalmente. Primeiro vem o plano do eu inferior; depois, o
plano do eu superior.
2. Kama-loka O Local dos Desejos
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A primeira etapa aps a morte fsica o kama-loka (literalmente, local de desejos e sentimentos
pessoais).
O kama-loka corresponde de algum modo ao purgatrio cristo. A grande diferena, claro,
est em que o purgatrio cristo um local coletivo administrado autoritariamente pelo deus dos
sacerdotes, enquanto o kama-loka um estado de esprito, e chamado de um local apenas no
sentido simblico. O kama-loka uma realidade subjetiva inteiramente individual. o produto
do carma especfico daquela alma mortal. a colheita do que foi plantado em vida pelo eu
inferior.
O trecho das Cartas dos Mahatmas que veremos a seguir comea revelando qual a durao
normal do kama-loka. O Mestre informa que a durao do kama-loka dura, normalmente, desde
algumas horas at alguns poucos anos, conforme o caso e salvo as excees.
O trecho deixa claro que os suicdios so algo gravssimo; e que outros tipos de morte violenta
tambm causam situaes extremamente difceis no processo ps-morte. A gravidade destas
situaes decorre do fato de que a alma ainda no est preparada para desapegar-se interiormente
de nada, inclusive devido sua pouca idade, em muitos casos, e devido ao fato de que a morte
ocorreu durante a vivncia de fortes paixes pessoais.
A concluso prtica disso em termos sociais que deveramos evitar ao mximo as mortes no
trnsito e outros tipos de morte violenta, no Brasil e no mundo. de fundamental importncia
que as pessoas tenham a chance de viver vidas longas, de refletir sobre a vida, e inclusive de
rever suas vidas nos anos finais. A constante recordao do passado, feita pelos idosos,
saudvel e til. Ela prepara lentamente o terreno para os decisivos 30 a 90 segundos finais de
vida, quando a reviso final de toda a existncia ocorrer como em um flash, determinando a
resultante vetorial, a nota-chave crmica, o rumo de todo o processo sutil que vai desde uma
vida fsica at outra vida fsica.
Assim, quando os idosos revisam constantemente fatos passados h muito, eles no esto
ficando caducos, no. Eles esto organizando suas lembranas, organizando seus arquivos
vivenciais, tirando lies, e trabalhando ativamente para deixar seus papis em ordem quando
se forem. Isso no quer dizer que estejam perto da morte. A tarefa pode comear dcadas antes.
Os seres humanos podem e devem ter todo o seu passado a seu lado, conscientemente, enquanto
vivem o presente. A negao artificial e voluntariosa do passado no ajuda. a compreenso do
passado, e no a sua supresso, que ilumina a alma e a liberta para viver o presente.
Finalmente, este trecho das Cartas esclarece o verdadeiro desastre humano e espiritual que a
prtica esprita ou umbandista da mediunidade. No futuro, podemos esperar que os movimentos
espritas compreendam e se libertem deste erro, adotando uma viso mais ampla das coisas e
compreendendo que, na verdade, o caminho espiritual gira em torno do eu superior ou alma
imortal, e no da alma mortal ou de suas cascas astrais.
Nos pargrafos a seguir, o mestre usa o termo Ego como sinnimo de eu superior. Outros
termos tcnicos so explicados em notas de p de pgina numeradas, cuja calma leitura ser
provavelmente indispensvel para que o texto seja completamente compreendido.
Diz o Mestre:
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A regra que uma pessoa que tenha uma morte natural permanea desde algumas horas
at uns poucos anos dentro da atrao da terra, isto , no Kama-loka. Mas h excees, no
caso dos suicidas e daqueles que tm uma morte violenta em geral.
Consequentemente, um destes Egos, por exemplo, que estivesse destinado a viver, digamos,
80 ou 90 anos, mas que se matou ou foi morto por acidente, vamos supor, aos 20 anos teria
que passar no Kama-loka no alguns anos, mas neste caso 60 ou 70 anos, como um
Elementrio [1] , ou mais precisamente um andarilho terrestre, j que ele no ,
infelizmente para ele, nem mesmo uma casca. Felizes, trs vezes felizes, em comparao,
so aquelas entidades desencarnadas que dormem seu l