O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DOS … · para obtenção do título de Licenciatura em...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA ANA LÚCIA DE OLIVEIRA FELINTO O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DOS ALUNOS NO 1º AO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA ESTADUAL DOUTOR JOSÉ BORGES DE OLIVEIRA EM CAMPO REDONDO/RN CURRAIS NOVOS-RN 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA

ANA LÚCIA DE OLIVEIRA FELINTO

O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DOS ALUNOS NO 1º AO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA

ESTADUAL DOUTOR JOSÉ BORGES DE OLIVEIRA EM CAMPO REDONDO/RN

CURRAIS NOVOS-RN 2016

ANA LÚCIA DE OLIVEIRA FELINTO

O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DOS ALUNOS NO 1º AO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA

ESTADUAL DOUTOR JOSÉ BORGES DE OLIVEIRA EM CAMPO REDONDO/RN

Artigo Científico apresentado ao Curso de Pedagogia a Distância do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia, sob a orientação do professor Me. Manoel Tavares dos Santos Neto.

CURRAIS NOVOS-RN 2016

O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DOS ALUNOS NO 1º AO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA ESTADUAL DOUTOR JOSÉ

BORGES DE OLIVEIRA EM CAMPO REDONDO/RN

Por

ANA LÚCIA DE OLIVEIRA FELINTO Artigo Científico apresentado ao Curso de Pedagogia a Distância do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia.

Aprovada em ___/___/2016

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________ Prof. Me. Manoel Tavares dos Santos Neto (Orientador)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_____________________________________________________ Flávio José de Oliveira Silva Universidade Potiguar - UNP

______________________________________________________ Me. Arandi Robson Martins Câmara

Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy

CURRAIS NOVOS/RN 2016

Dedico este trabalho a todos aqueles que contribuíram para sua realização. A mеυ esposo, José Lúcio, qυе de uma forma especial е carinhosa me dеυ força е coragem, me apoiando nos momentos de dificuldades, e a toda comunidade escolar que me acolheu e contribuiu de forma significativa para o fortalecimento do grande sonho de ser uma pedagoga.

AGRADECIMENTOS

A todos aqueles que de forma direta ou indireta contribuíram ao longo do curso;

Aos professores que nos auxiliaram, fazendo a mediação entre o aluno e o

conhecimento, aos tutores a distância e principalmente aos tutores presenciais

que foram de grande valia nos dando suporte pedagógico, nos encorajando a não

desanimar diante das dificuldades;

Agradecer de forma especial ao meu professor orientador Me. Manoel Tavares

Neto, que contribuiu de forma significativa na construção do trabalho de conclusão

de curso, requisito indispensável para a concretização do sonho da graduação em

pedagogia em uma das melhores universidades do país, Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, ao qual tenho muito orgulho de estudar.

O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar com mais inteligência.

Henry Ford

RESUMO

O trabalho tem como objetivo investigar in loco quais os fatores que interferem na aprendizagem, no processo de alfabetização e letramento dos alunos matriculados no ciclo de alfabetização (1º ao 3º ano) do ensino fundamental na Escola Estadual Doutor José Borges de Oliveira, no município de Campo Redondo/RN. Esta pesquisa adotou uma abordagem qualitativa envolvendo a pesquisa de campo com observação participante na sala de aula em três turmas e aplicação de questionários com os professores do 1º, 2º e 3º ano, coordenação pedagógica. Para análise do tema em estudo buscou-se o embasamento teórico em Soares (1998); Russo (2012); Franchi (2012), Morais, (2012), Cagliari, (2009), Fascículo pro letramento. Após estudo realizado, pudemos apontar alguns dos fatores que prejudicam o processo da alfabetização e do letramento como: a não participação da sociedade, as condições sociais e econômicas dos alunos, a falta do acesso a materiais como: jornais, revistas, entre outros que favorecem o letramento. Não ficando de fora a desigualdade social, a desestruturação familiar e a falta de diálogo, que causa uma enorme distância entre os pais e a escola. Por fim, apresentamos sugestões para o professor onde além de mediador, é um facilitador entre o aluno e o conhecimento sistematizado, não desprezando toda a bagagem de conhecimentos prévios trazidos pelos educandos. Palavras-chave: fatores que interferem; alfabetização; letramento.

ABSTRACT

The study aims to investigate on the spot the factors that interfere with learning, literacy training and literacy of students enrolled in the literacy cycle (1st to 3rd year) elementary school in the State School Dr. José Borges de Oliveira, in the municipality of Campo Redondo / RN. This research adopted a qualitative approach involving fieldwork with participant observation in the classroom into three groups and questionnaires with teachers of 1st, 2nd and 3rd year, educational coordination. For theme analysis study sought to the theoretical foundation in Smith (1998); Russian (2012); Franchi (2012), Mitchell (2012), Cagliari (2009), Volume pro literacy. After conducted study, we point out some of the factors that hinder the literacy process and information literacy: the non-participation of society, the social and economic conditions of students, lack of access to materials such as newspapers, magazines, and others that favor literacy. Not getting out social inequality, family breakdown and lack of dialogue, cause a huge gap between the parents and the school. Finally, we present suggestions to the teacher where besides mediator is a facilitator between the student and systematized knowledge, not despising all the baggage of previous knowledge brought by the students. Keywords: factors that interfere; literacy; literacy

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 08

2 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO................................. .......... ..........................10

2.1 FATORES QUE INTERFEREM NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM DE

ALFABETIZAR LETRANDO .......................................................................................... 14

3 UM OLHAR SOBRE A ESCOLA ESTADUAL DR. JOSÉ BORGES DE OLIVEIRA 16

3.1 ANALISANDO TEORIAS E PRÁTICAS REVELADAS PELOS SUJEITOS

COLABORADORES ...................................................................................................... 16

3.2 O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NO CICLO DE

ALFABETIZAÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL DR. JOSE BORGES DE OLIVEIRA ....... 17

4 CONSIDERAÇÔES FINAIS ....................................................................................... 21

REFERENCIAS ............................................................................................................ 23

APÊNDICES ................................................................................................................ 24

ANEXOS ...................................................................................................................... 25

ANEXO A – INSTRUMENTO DE REGISTRO DA APRENDIZAGEM ........................... 25

ANEXO B – INSTRUMENTO DE ACOMPANHAMENTO DA TURMA – PERFIL DE

GRUPO ........................................................................................................................ 27

ANEXO C –COLETA DE DADOS, (ALUNOS EM ATIVIDADE) ................................... 28

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho é resultado de uma investigação realizada nas turmas de

1º ao 3º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Doutor José Borges de

Oliveira, situada na cidade de Campo Redondo/RN. Teve como tema central

alfabetização e letramento, na perspectiva de compreender quais os fatores que

interferem no processo de alfabetização e letramento dos alunos desse ciclo.

Entende-se que o processo de alfabetização inclui muitos fatores e quanto

mais ciente estiver o professor de como se dar o processo de aquisição de

conhecimento, melhor será a sua prática pedagógica em sala de aula, visto que ele

terá condições de entender o desenvolvimento emocional cognitivo, como vem

evoluindo o seu processo de interação social da natureza da realidade linguística

envolvida no momento em que está acontecendo a alfabetização, mais condições

terá esse professor de encaminhar de forma agradável e produtiva o processo de

aprendizagem, sem os sofrimentos habituais. Cagliari (1998, p.6).

O tema foi escolhido a partir de inquietações por observar no cotidiano da

escola, alunos que não conseguem se alfabetizar e letrar dentro do ciclo de

alfabetização. Essa situação vem causando angustias e dúvidas, pela vontade de ter

um melhor entendimento sobre os fatores que contribuem e interferem na

aprendizagem dos alunos e na prática pedagógica do professor. De acordo com

conceitos estudados, percebeu-se que o termo alfabetização consiste na ação de

alfabetizar, de ensinar a ler e escrever palavras e textos que circulam na nossa

sociedade, sendo assim o ingresso no ensino fundamental é um momento de

transição na vida da criança, trazendo-lhe muitas novidades e desafios, às vezes,

vivido com alegria e tranquilidade, outras, com insegurança, ansiedade ou medo.

Considerando que a alfabetização é o processo de apropriação da escrita alfabética,

enquanto o letramento está relacionado ao uso efetivo da escrita em atividades de

leitura e escrita de textos, em diferentes contextos.

Portanto, existem vários fatores que interferem no processo de alfabetização

e letramento dos alunos no 1º ao 3º ano do ensino fundamental, os quais se tornam

um desafio para alunos e professores que necessitam desenvolver o processo de

apropriação da leitura, escrita, interpretação e compreensão de textos variados para

fazer uso em diferentes contextos sociais.

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Assim, o trabalho ora apresentado, tem como objetivo, investigar in loco quais

os fatores que interferem na aprendizagem, no processo de alfabetização e

letramento dos alunos matriculados no ciclo de alfabetização (1º ao 3º ano) do

ensino fundamental na Escola Estadual Doutor José Borges de Oliveira no município

de Campo Redondo/RN. Nessa perspectiva, foi realizado um estudo nas turmas do

1º ao 3º ano, buscando identificar os fatores que interferem no processo de

alfabetização e letramento dos alunos, e analisar as fragilidades que ocorrem no

processo de ensino-aprendizagem.

Para análise do tema em estudo, buscou-se o embasamento teórico em

Soares (1998); Russo (2012); Franchi (2012), Morais, (2012), Cagliari, (2009),

Fascículo Pro Letramento que auxiliaram na compreensão em relação ao processo

de aprendizagem da alfabetização e letramento nos anos iniciais do ensino

fundamental. Esta pesquisa adotou uma abordagem qualitativa envolvendo a

pesquisa de campo com observação participante na sala de aula em três turmas e

aplicação de questionários com os professores do 1º, 2º e 3º ano, coordenação

pedagógica e professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE), além da

pesquisa bibliográfica em diversas fontes escritas.

O presente trabalho encontra-se organizado em quatro seções, onde a

primeira introduz a questão de pesquisa, objetivos e metodologia adotada, o

segundo trata dos conceitos de alfabetização e letramento e os fatores que

interferem no processo ensino aprendizagem, a terceira traz um olhar sobre a escola

Estadual Doutor José Borges de Oliveira, para em seguida, suscitar as

considerações finais na qual pontuaremos alguns resultados e contribuições da

investigação.

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2 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

A alfabetização é um processo indispensável na vida do ser humano, e ela é

responsável pela apropriação do sistema da escrita e também pela conquista dos

princípios alfabéticos e ortográficos que possibilitam o aluno a ler e escrever com

autonomia.

Segundo os parâmetros curriculares nacionais de língua portuguesa (2001),

para aprender a ler e a escrever é preciso pensar sobre a escrita, pensar sobre o

que a escrita representa e como ela representa graficamente a linguagem. São

atividades que exigem do aluno uma atenção, tanto quantitativa como qualitativa, da

correspondência entre segmentos falados e escritos, em que o aluno necessita ler,

embora ainda não saiba ler e escrever.

No dicionário, encontramos as definições de letrado como: versado em letras,

erudito. O iletrado: aquele que não tem conhecimentos literários. Atualmente

atribuímos ao termo letramento, particularmente na alfabetização.

Pode-se dizer que um aluno é alfabetizado quando ele sabe ler e escrever,

quando o mesmo passa a fazer uso da leitura e da escrita e a envolver-se nas

praticas sócias destes âmbitos.

Existem tradicionalmente dois tipos fundamentais de método de alfabetização:

os sintéticos e os analíticos. Os sintéticos são métodos que partem de elementos

menores como palavras, fonemas, letras e silabas, concebe a leitura como

codificação, transcrição de unidade sonora em unidades gráficas, sendo essencial

para alfabetização, a descriminação perceptiva tanto visual quanto auditiva e

habilidades motoras. Podemos dizer que os métodos sintéticos propõe progressão

das unidades menores para unidades mais complexas, privilegia a decodificação e a

análise fonológica entre fonemas e grafemas. Esse método apresenta algumas

limitações, pois não explora as semelhanças e as diferenças entre a fala e a escrita,

descontextualizando a escrita, seus usos e suas funções sociais.

Os métodos analíticos, que partem de palavras, sentenças ou contos, se

iniciam de uma unidade de significado, como as palavras, sentenças ou textos e

trabalham sob a perspectiva de realidade e de análise das unidades linguísticas

maiores, os elementos menores, cada sílaba e letra. Ela entende a escrita como um

objeto a ser memorizado. Podemos afirmar que o método analítico propõe um

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progresso de unidade: palavra, frase, texto, junto a unidades menores como, sílaba,

grafemas e fonemas, privilegiando assim a compreensão de sentido e aprendizagem

ideovisual.

Esse método considera essencial para a alfabetização: a discriminação

visual, auditiva, e habilidades motoras. Nesse sentido, fica claro que o processo de

construção da leitura e da escrita acontece de forma particular, cada criança tem seu

tempo, passa por algumas etapas para as quais ela repete, em sua história

particular, a história da escrita.

Ferreira e Taberosky (1985, p. 183-215) classificam a psicogênese em cinco

níveis: Pré-silábico- nível 1 Ferreiro e Teberosky (Id, p. 186) afirmam que, neste

nível, “escrever é reproduzir os traços típicos da escrita que a criança identifica como

forma básica de escrita”.

A criança já tem consciência do que fala, em sua escrita predomina letra

cursiva, sua forma poderá variar em rabiscos com linhas e curvas sem ligação.

De acordo com Ferreiro e taberosky (Id., p.184/185)

...A correspondência se estabelece entre aspectos quantificáveis do objeto

e aspectos quantificáveis da escrita, e não entre aspecto figural do escrito. Isto é, não se buscam letras com ângulos marcados para escrever ‘’casa’’ ou letra redondas para escrever ‘’bola’’, mas sim ,um maior numero de grafias maiores ou maior comprimento do traçado total se o objeto é maior, mais comprido, tem mais idade ou maior de objetos referidos.

Pré-silábico - nível II: A criança já tem um desenvolvimento com relação com

as hipóteses criadas a partir de sua escrita, ela não aceita apenas rabiscos,

começam nessa fase, definir as formas das letras, onde cada letra possui uma

função. Ferreiro e Teberosky (id., p.186) ‘’A hipótese central deste nível é a seguinte:

Para poder ler as coisas diferentes (isto é, atribuir significados diferentes), deve

haver uma diferença objetiva na escrita.”

Hipótese silábica- nível III: Nesta fase a construção da escrita é de

responsabilidade da criança. De acordo com Ferreiro e Taberosky. (id., p, 193),

‘’este nível está caracterizado pela tentativa de dar um valor sonoro a cada uma das

letras que compõem uma escrita”.

Nível Silábico Alfabético- nível IV: A criança está em transição, nesse

momento elas transferem para o papel suas experiências, seus saberes

relacionados à escrita.

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Nivel alfabético – nível V: Este é o momento em que a escrita alfabética,

estabelece o processo final da psicogênese da linguagem escrita, momento em que

as crianças constroem suas hipóteses e chegarem à escrita convencional.

Para Ferreiro e Taberosky (m Id, p, 213)

A escrita alfabética constitui o final desta evolução. Ao chegar este nível, a criança já franqueou a ‘’barreira de códigos’’: compreendendo que cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores sonoros menores que a sílaba, e realiza sistematicamente uma analise sonora dos fonemas das palavras que vai escrever. Isto não quer dizer que todas as dificuldades tenham sido superadas: a partir desse momento a criança se defrontará com as dificuldades próprias da ortografia.

A partir das conclusões de Emília Ferreiro, entendeu-se que as crianças têm

um papel ativo no seu aprendizado, onde elas constroem o próprio conhecimento,

dando origem à palavra construtivismo.

O construtivismo chegou ao Brasil, nas primeiras séries do ensino

fundamental, por meios de estudos de Emília Ferreiro e colaboradores em meados

da década de 80, trouxe a colaboração à prática de resgatar o aluno como

participante ativo na educação escolar.

Na concepção construtivista, a aprendizagem não é espontânea, nem se dá

por memorização, mas é construída pela atividade do aluno, pela socialização do

conhecimento cultural, dos símbolos da linguagem oral e escrita, onde o

aprendizado acontece por uma interação do aluno com o objeto de conhecimento,

essa interação é mediada pelo professor. Sendo assim, o aluno constrói ativamente

seu conhecimento.

O conceito de alfabetização chama atenção não apenas pelo ato de ler e

escrever (codificar e decodificar), mas na prática social, onde ler e escrever é

necessário. Soares (2000, p, 47) define a alfabetização como: “ação de ensinar/

aprender a ler e escrever”.

Faz-se necessário o entendimento de que a criança entra em processo de

letramento antes de ser alfabetizada, pois ela já faz a leitura de rótulos, gestos,

emoções. Para Rojo (2012, p.35) “O contato com o mundo letrado acontece muito

antes das letras e vai além dela’’”.

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O termo letramento é definido por Magda Soares (200, p, 47) “Estado ou

condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva as práticas sociais

que usam a escrita’’.

No que se refere ao termo alfabetização e letramento, persiste ainda o

conceito que a criança está alfabetizada, quando consegue escrever seu nome e

decodificar sinais gráficos ao qual chamamos de letra.

De acordo com o Fascículo do Pro letramento, (2008, p.12):

Entende-se alfabetização como o processo específico e indispensável de apropriação do sistema de escrita, a conquista dos princípios alfabético e ortográfico que possibilita ao aluno ler e escrever com autonomia. Entende-se letramento como o processo de inserção e participação na cultura escrita. Trata-se de um processo que tem início quando a criança começa a conviver com as diferentes manifestações da escrita na sociedade (placas, rótulos, embalagens comerciais, revistas, etc.) e se prolonga por toda a vida, com a crescente possibilidade de participação nas práticas sociais que envolvem a língua escrita (leitura e redação de contratos, de livros científicos, de obras literárias, por exemplo). Esta proposta considera que alfabetização e letramento são processos diferentes, cada um com suas especificidades, mas complementares e inseparáveis, ambos indispensáveis.

No processo de alfabetização e letramento ainda há muitas lacunas na

escola, instituição responsável em nortear esse processo, pois a mesma se

preocupa em levar o aluno a escrever, deixando de lado o ato de ler. Conforme

afirma Cagliari (2009, p.147), “na prática, ao longo do ano escolar, dá muito mais

ênfase à escrita do que a leitura”. Exige-se muito mais do aluno com relação à

escrita do que com relação à leitura.

Partindo desse princípio, percebe-se que há uma dicotomia onde nos leva a

entender que é dado mais importância ao ato de escrever e memorizar letra e silaba,

pois, a família, a professora, a diretora ou diretor criam muitas expectativas em

relação ao processo de alfabetização e de letramento, onde sabemos que é um

processo lento e se dá no cotidiano. Sendo assim, fica claro o entendimento que a

alfabetização e o letramento são processos diferentes, mas complementares e

inseparáveis.

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2.1 FATORES QUE INTERFEREM NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

DE ALFABETIZAR LETRANDO

Segundo Cagliari, (1992), escrever e ler são atos linguísticos. Para ele, muito

do que ele sofreu na escola, e os alfabetizados sofrem até hoje, poderia ser

solucionado se o alfabetizador compreendesse as questões da fala, a natureza da

escrita, suas funções e usos.

Os problemas da alfabetização abrangem muitos fatores, mas segundo

Cagliari quanto mais o professor conhecer os aspectos da aquisição do

conhecimento pela criança, maior a possibilidade de ter sucesso no processo de

alfabetizar seus alunos.

Para Cagliari (2009, p.6),

O processo de alfabetização inclui muitos fatores, e, quanto mais ciente estiver o professor de como se dá o processo de aquisição de conhecimento, de como a criança se situa em termos de desenvolvimento emocional, de como vem evoluindo o seu processo de interação social da natureza da realidade linguística envolvida no momento em que está acontecendo a alfabetização, mais condições terá o professor de caminhar de forma agradável e produtiva o processo de aprendizagem, sem os sofrimentos habituais.

Franchi (2012 p. 08) traz alguns fatores que justificam as dificuldades dos alunos no processo de alfabetização e do letramento, para ele,

Talvez um dos mais relevantes fatores do atual fracasso do ensino da língua escrita nas escolas seja a perda da especificidade, um apagamento da alfabetização em seu sentido mais restrito domínio de um código e de habilidades de utiliza-lo para ler e escrever. A natureza do objeto de conhecimento em construção vem sendo subestimado em relação ao processo do letramento. Entretanto, que não pode garantir a eficácia do aprendizado da norma urbana de privilégios somente através do convívio escrito que circula nas práticas sociais, ou seja, do convívio da cultura erudita

Segundo o fascículo do pro letramento (2008, p, 19)

A compreensão geral do mundo da escrita é tanto um fator que favorece o progresso da alfabetização dos alunos como uma consequência da aprendizagem da língua escrita na escola. Por isso é um dos eixos a serem trabalhados desde os primeiros momentos do percurso de alfabetização. Isso significa promover simultaneamente a alfabetização e o letramento.

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Podemos dizer que o processo de alfabetização e letramento tem como fator

recorrente, uma relação positiva entre aluno e professor, onde ao longo dos dias

ambos criam e fortalecem, diariamente, laços de afetividade.

Um dos fatores que compromete seriamente o processo de aquisição das

habilidades de ler e escrever é o fato de muitos professores acreditarem que

somente após o processo de alfabetização é que deve ser iniciado o processo de

letramento, ou seja, que para se tornar um letrado, é preciso primeiramente adquirir

a tecnologia da escrita.

De acordo com Fanchi, (2012, p, 8)

[...] fatores do atual fracasso no ensino da língua escrita nas escolas, seja a

perda da especificidade, um apagamento da alfabetização em seu sentido

mais restrito: domínio de um código e de habilidades de utiliza-los para ler e

escrever. A natureza do objeto de conhecimento em construção vem sendo

subestimado em relação ao processo de letramento. Entretanto, não se

pode garantir a eficácia do aprendizado da norma urbana de prestigio

somente através do convívio intenso com o material escrito que circula nas

práticas sociais, ou seja, do convívio com a cultura escrita.

Alfabetização e letramento são processos diferentes, cada um com suas

especificidades, no entanto, ambos são indispensáveis quando se leva em

consideração a aprendizagem da leitura e da escrita, portanto:

é possível alfabetizar letrando, sem perder a característica de cada um desses processos, mas reconhecendo as múltiplas facetas e a diversidade de métodos e procedimentos para o ensino de um e de outro. (FRANCHI,2012, p.8).

Além do fator já citado, verificou-se que, que interfere no processo da

alfabetização e do letramento, as condições sociais e econômicas dos alunos, não

terem acesso a jornais, revistas, entre outros materiais que favorecem o letramento,

a desigualdade social, a desestruturação familiar, álcool, falta de diálogo, pois,

distancia os pais da escola, não posso deixar de mencionar um dos fatores mais

agravantes que prejudica o processo de aprendizagem na escola, que é a

exploração do trabalho infantil onde, crianças são obrigadas a ajudar nos afazeres

domésticos, cuidar dos irmãos mais novos, e alguns, trabalham na feira livre

empurrando carrinho de mão.

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3 UM OLHAR SOBRE A ESCOLA ESTADUAL DR. JOSÉ BORGES DE

OLIVEIRA

A Escola Estadual Dr. José Borges de Oliveira fica localizada no município de

Campo Redondo/RN. A referida escola oferece o Ensino Fundamental com duração

de 09 (nove) anos, funcionando nos turnos matutino e vespertino, atendendo

crianças, adolescentes e adultos com faixa etária variada, diferentes credos

religiosos, raças, etnias e classes sociais.

A gestão escolar se dá de forma democrática, composta por diretor, vice-

diretor, um coordenador financeiro e dois coordenadores pedagógicos, sendo um

para cada turno, e um coordenador administrativo, eleitos através de pleito direto

com mandato de 02 (dois) anos conforme reza a legislação em vigor para Gestores

das Escolas Estaduais. Há participação, também, de outros atores da escola nessa

gestão atual, representados pelo Conselho de Escola que, articuladamente com a

equipe gestora, atua auxiliando e fiscalizando as ações pedagógicas, administrativas

e financeiras.

3.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ESCOLA ESTADUAL DR. JOSÉ

BORGES DE OLIVEIRA.

A Escola Estadual Dr. José Borges de Oliveira, está instalada em prédio

próprio, porém pequeno e precisando urgentemente de ampliação e reforma em sua

infraestrutura, que contemple as novas tecnologias e as reais necessidades da

escola. Conta com 01 (um) auditório pequeno inacabado, amplo pátio ao ar livre, 01

(uma) cozinha pequena, 01 (um) depósito para merenda, 02 (dois) almoxarifados,

sendo 01 (um) para material de expediente, limpeza e higienização e outro para a

guarda dos documentos passivos e materiais de descartes da escola, 04 (quatro)

banheiros pequenos, sendo dois femininos e 02 (dois) masculinos, estes são

utilizados por todos da escola, desde as crianças de seis anos, demais alunos,

professores e servidores da escola, 10 (dez) salas de aula, dessas, 06 (seis) são

amplas, 02 (duas) salas são pequenas e 02 (duas) estão funcionando em espaços

inadequados; 01 (uma) secretaria que atualmente funciona 01 (uma) sala de aula e

01 (uma) sala de multimeios. A escola se acha relativamente equipada para dar

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consecução às suas atividades educacionais. Conta com antena parabólica,

aparelhos de televisão, e aparelhos de DVD, retroprojetor, notebook, data show,

microcomputadores (usados apenas pela secretaria da escola), impressoras,

scanner, (mimeografo, câmera digital, máquina fotográfica analógica, microfones,

caixas amplificadas, módulo júnior de ciências, globos terrestres, aparelho de som,

máquina mecânica de escrever, armários de aço fechados, estantes abertas,

escaninhos).

Possui material pedagógico especifico, como jogos educativos, materiais

cartográficos, material dourado, kits de fantoches, dicionários, CD’s com programas

gravados da TV Escola e atividades sócios culturais, kits de geometria, instrumentos

musicais, (bandinha) para as crianças de 06 (seis) anos, calculadoras, malas para

as oficinas e mediadores de leitura e alguns jogos de entretenimento, servindo para

consolidar e melhorar o planejamento das atividades a serem desenvolvidas na sala

de aula, de modo que venham a melhorar cada vez mais a aprendizagem dos

educandos.

Os programas de ensino são baseados nos Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCN’s), livros didáticos e alternativos como: oficinas, Olimpíadas de

Língua Portuguesa e Matemática, Cursos de capacitações, como Mediadores de

Leitura, buscando melhorar as competências e habilidades do cotidiano em sala de

aula, adaptando os conteúdos a realidade e ao meio social em que vivem os alunos.

Pedagogicamente, as ações se caracterizam com atividades de formação

humana e integração social, adotando as vertentes teóricas de Jean Piaget, L. A.

Vygotsky, Emília Ferreiro, entre outros. Porém ainda existe a resistência de alguns

professores (minoria) em mudar sua prática pedagógica, no entanto a maioria vem

acompanhando e adotando gradativamente as mudanças que vem ocorrendo na

Educação Brasileira, possibilitando o diálogo entre professor e aluno.

3.2 O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NO CICLO DE

ALFABETIZAÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL DR. JOSE BORGES DE OLIVEIRA

O presente estudo foi desenvolvido em 03 turmas, 1º. 2º, 3º anos do ensino

fundamental da Escola Estadual Doutor José Borges de Oliveira.

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Iniciamos o trabalho de pesquisa in loco com turma do 1°ano, a mesma

contabiliza 22 alunos, sendo composta por 16 meninas e 6 meninos, todos

residentes da zona urbana, turma única com funcionamento no turno vespertino.

A professora tem competência e formação adequada para desenvolver as

funções docentes, pois é psicopedagoga, participa do programa de formação Pacto

Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e tem planejamento prévio estabelecido

que norteia sua prática comprometida com sua profissão.

Verificou-se ao longo da pesquisa, que alguns alunos se encontram em

estágio mais avançado que outros, mas todos estão em processo de

desenvolvimento da leitura e da escrita.

Com tudo, observamos in loco, as dificuldades de se trabalhar com

alfabetização numa perspectiva de letramento em um ambiente que não favorece,

pois a estrutura física ao qual funciona a turma não é adequada, demasiadamente

quente, com muitos alunos amontoados e mesinhas coladas umas nas outras. A

professora tem bastante dificuldade em se locomover entre os alunos, entretanto, o

ambiente é totalmente preparado para estimular a alfabetização e o letramento,

onde os alunos estão diretamente ligados ao mundo letrado. Os cantinhos são

organizados com alfabeto ilustrado, calendário do tempo, mural de aniversariantes

do dia, mural de contos e ficha de frequência, sendo assim, o ambiente visual é

voltado ao desenvolvimento da leitura, fator muito importante no processo de

alfabetização e ao estímulo do gosto pela leitura nas crianças.

Quanto à rotina, ela é bem clara, os alunos compreendem o que vão fazer,

aulas prazerosas onde as crianças aprendem brincando com dados, caça-palavras,

diagramas, cantigas de roda no pátio e roda de leitura no chão fora da sala de aula.

Ao contrário do 1° ano, o 2°, funciona no turno matutino, composto por 32

alunos, onde a sala de aula é ampla e arejada, tornando o ambiente agradável.

No que se refere ao nível da turma, segundo a professora, quatro (4) alunos

encontram-se no nível silábico alfabético, quatorze (14) alunos estão alfabetizados e

quatorze (14) alunos estão em processo de alfabetização, reconhecem as letras,

mas não leem ainda. Ao investigar a composição da turma, percebeu-se que não

tem nenhum aluno no 2° ano, portador de deficiência.

A professora relata a importância da presença dos pais na escola, pois as

crianças que têm os pais envolvidos com o processo da alfabetização a

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aprendizagem acontece de forma natural. Pois, a família e a escola têm papéis

fundamentais na vida das crianças, mas cada um com as suas responsabilidades

bem definidas, embora ambos ensinam e educam.

Nesse contexto, se faz necessário um trabalho em conjunto, educador

juntamente com a família, no processo de identificação de dificuldades na

alfabetização e do letramento, com objetivo de traçar estratégias que favoreçam o

bem estar do educando, proporcionando-lhe um ambiente agradável e acolhedor,

onde a criança possa sentir-se segura, pois identificamos como um dos fatores que

interferem no processo de alfabetização, é a instabilidade emocional afetiva em suas

casas com diversas situações, como: ambiente familiar desestruturado, ter pai

alcoólatra, ter mãe solteira, ser um órfão, encontrar-se em casas de familiares, pois

os pais os abandonaram, e o caso mais comum que vem causando a

desestruturação é o uso de drogas e psicotrópicos, deixando assim as crianças a

margem da sociedade.

Com relação às estratégias de ensino utilizadas pela professora para

alcançar o objetivo de alfabetizar, a mesma relata que tem uma rotina

preestabelecida, como a roda de leitura, ditado de palavras, textos com ilustração,

alfabeto móvel, dentre outras.

À medida que observava a turma, verificou-se que todos retiram do quadro

negro, participam das atividades propostas, não apresentam problemas com

indisciplina, um ambiente propício para que aconteça a alfabetização na idade certa.

Entretanto, fatores externos prejudicam a qualidade da aprendizagem, ficando

fragmentada de acordo com o número apresentado de quatorze (14) que estão

alfabetizadas, quatorze (14) crianças iniciando o processo de alfabetização e quatro

(4) estão no estágio silábico alfabético, ou seja, 44 % da turma corresponde com as

habilidades e competências necessárias para o 2° ano do ensino fundamental, onde

56% dos alunos matriculados não estão alfabetizados, nem letrados.

O 3° ano do ensino fundamental, tem como professora a senhora Maria

Soneide Medeiros Lucena, graduada em pedagogia. A turma está composta por 26

alunos, sendo 11 meninos e 15 meninas, com funcionamento no turno vespertino.

Ao visitar a sala de aula, verificou-se a dificuldade em fazer um trabalho de

forma adequada, pois o ambiente não favorece para que ocorra uma aprendizagem

significativa, sala pequena e quente, onde os alunos não podem se locomover, tão

20

pouco realizar um trabalho de socializar uns com os outros. O ambiente não

proporciona a diversificação de estratégias, como jogos e brincadeiras, ficando

assim atrelado apenas com os recursos metodológicos: livro didático e quadro

negro.

No que se refere ao nível da turma, segundo a professora, dezoito (18) alunos

se encontram alfabetizados, cinco (5) no nível pré-silábico e três (3) conhecendo a

letra alternada do alfabeto, a mesma não possui alunos com deficiência. Quando

questionada em relação à rotina escolar, a professora afirmou usar materiais que

favorecem o letramento como: livros, gibis, contos, leitura no livro didático, jogos na

dinâmica da sala de aula no seu cotidiano.

Ficou evidenciado ao longo da pesquisa, que as três turmas apresentam

dificuldades com relação ao processo da alfabetização e do letramento, por

questões físicas, estruturais, pedagógicas e sociais, entretanto, percebeu-se o

empenho, a garra e a vontade de proporcionar avanço no que diz respeito à

alfabetização e ao letramento dos alunos.

21

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do estudo por meio de análise bibliográfica e trabalho de campo

através de entrevistas realizadas ao longo do processo de escrita, esta pesquisa

buscou investigar, quais os fatores que levam os alunos a chegarem ao final do

primeiro ciclo do ensino fundamental (3º ano) ainda não alfabetizados e não

letrados?

Após concluir a investigação do objetivo proposto, constatou-se que fatores

que interferem no processo de alfabetização e do letramento é a questão social, a

desestruturação familiar, a bebida alcoólica e a falta de diálogo, pois, distancia os

pais da escola. Verificou-se in loco que as crianças que não estão com as

habilidades e competências necessárias ao ano de matricula, estão inseridas no

contexto social de vulnerabilidade, não deixando de mencionar um dos fatores mais

agravantes que prejudica o processo de aprendizagem na escola que é a exploração

do trabalho infantil onde, crianças são obrigadas a ajudar nos afazeres doméstico,

cuidar dos irmãos mais novos, e alguns, trabalham na feira livre empurrando

carrinho de mão.

Outro fator que interfere é a questão do professor que está muito atrelado ao

ensino tradicional, onde o aluno aprende de forma mecânica, decodificando, e

memorizando, copiando atividades que não instiga o aluno a pensar, a produzir e a

criar, pois vale lembrar que a estrutura física do 1° e do 3º não da possibilidade a

realização de aulas lúdicas, com jogos e brincadeiras orientadas que fortalecem a

aprendizagem.

Sendo assim, sabemos que o processo de alfabetização e do letramento

envolve a troca entre parceiros e contato permanente com vários gêneros textuais.

No que se refere ao papel do professor, cabe ao mesmo entender o seu papel

de mediador, facilitador entre o aluno e o conhecimento sistematizado, não

desprezando toda a bagagem de conhecimentos prévios trazidos pelos alunos,

respeitando as diferentes evoluções, pois o processo de aprendizagem não ocorre

de forma homogenia.

Pode-se concluir que o trabalho com alfabetização e com letramento deve ser

tratado com muita seriedade, pois é a base para construirmos uma educação de

qualidade.

22

Sendo assim, identificamos como sendo possíveis questões a serem

pesquisadas futuramente: como se dá o processo de promoção ou retenção do

aluno ao final do segundo ciclo do ensino fundamental? Quais os critérios

priorizados na avaliação? E a que tipo de avaliação esse aluno é submetido?

23

REFERÊNCIAS

BRASIL. Diretrizes curriculares nacionais Gerais da Educação Basica/ Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística / Luiz Carlos Cagliari – São Paulo: Sipione,2009. (coleção pensamento e ação na sala de aula)

FERREIRO, Emilia e Teberosky, Ana. Psicogênese.23 ed. São Paulo, Cortez,1994

FRANCHI, Eglê. Pedagogia do alfabetizador letrando: da oralidade á escrita / Eglê Franchi- 9. Ed.- São Paulo: Cortez, 2012.

MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética/ Artur Gomes de Moura, São Paulo: Editora melhoramentos, 2012. (como eu ensino).

Pró-Letramento: Programa de Formação Continuada de Professores dos

Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental : alfabetização e linguagem . – ed. rev.

e ampl. incluindo SAEB/Prova Brasil matriz de referência/ Secretaria de Educação

Básica – Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

364 p.

ROJO, Roxane Helena Rodrigues. Multiletramento na escola/ Roxane Roxo, Eduardo Moura. Org, São Paulo: parábola Editorial. 2012.

RUSSO, Maria de Fatima. Alfabetização um processo em construção/ Maria de Fatima Russo—6.ed—São Paulo: Saraiva,2012

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento um tema em três gêneros. Belo

Horizonte:autentica ,1998

24

APÊNDICE A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

POLO CURRAIS NOVOS

CURSO PEDAGOGIA

ALUNA: ANA LÚCIA DE OLIVEIRA FELINTO

RECURSO DE COLETA DE DADOS NA FORMA DE QUESTIONÁRIO

LOCAL, ESCOLA ESTADUAL DOUTOR JOSÉ BORGES DE OLIVEIRA

PERFIL DA PROFESSORA DO DA ESCOLA

1. PERFIL DA TURMA

2. DIAGNOSTICO INICIAL DA TURMA

3. NIVEL DE ALFABETIZADOS

4. NUMERO DE ALUNOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAL DA

TURMA

5. PERFIL DOS PAIS

6. MÉTODO DE ENSINO UTILIZADO PELA PROFESSORA PARA

ALFABETIZAR LETREANDO.

7. ROTINA DO DIA A DIA DE SALA DE AULAFATORES QUE AUXILIAL NO

PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DA ALFABETIZAÇÃO E DO

LETRAMENTO NO PROCESSO DA ALFABETIZAÇÃO NA PERSPECTIVA

DO LETRAMENTO

8. ANALISE DO NÍVEL DA ESCRITA DA TURMA

9. ANALISE DO NÍVEL DE LEITURA DE MUNDO DA TURMA

10. FATORES QUE AUXILIAM NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

DA ALFABETIZAÇÃO E DO LETRAMENTO NO PROCESSO DA

ALFABETIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DO LETRAMENTO

11. FATORES QUE INTERFEREM DE MANEIRA NEGATIVA, IMPEDINDO QUE

ACONTEÇA A ALFABETIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DO LETRAMENTO.

12. SUGESTÃO DO PROFESSOR QUE PODE MELHORAR A QUALIDADE

DESENVOLVIMENTO DA ALFABETIZAÇÃO E DO LETRAMENTO,

POSSIBILITANDO AS CRIANÇAS AVANÇAREM COM A COMPETÊNCIA

NECESSÁRIA PARA OUTO NÍVEL DE ENSINO

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ANEXO A - INSTRUMENTO DE REGISTRO DA APRENDIZAGEM

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DO ESTADO, DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DOS DESPORTOS.

7ª DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA– DIREC E E DR. JOSÉ BORGES DE OLIVEIRA – CAMPO REDONDO/RN

Professora: ____________________ Período: 4º Bimestre Aluno (a):___________________________________________________________ Ano/Série:1°,2º e 3º ano Turma: Turno: Ano:

INSTRUMENTO DE REGISTRO DA APRENDIZAGEM

LEGENDA

(S) (P) (N)

SIM PARCIALMENTE NÃO

ACOMPANHAMENTO DE APRENDIZAGEM DA CRIANÇA

ANÁLISE LINGÜÍSTICA: APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA

FEV. JUN AGO DEZ.

Escreve o próprio nome. - - -

Reconhece e nomeia as letras do alfabeto. - - -

Diferencia letras de números e outros símbolos. - - -

Conhece a ordem alfabética e seus usos em diferentes gêneros.

- - -

Reconhece diferentes tipos de letras em textos de diferentes gêneros e suportes textuais.

- - -

Compreende que palavras diferentes compartilham certas letras.

- - -

Percebe que palavras diferentes variam quanto ao número, repertório e ordem de letras.

- - -

Segmenta oralmente as sílabas de palavras e compara as palavras quanto ao tamanho.

- - -

Identifica semelhanças sonoras em sílabas e em rimas. - - -

Reconhece que as sílabas variam quanto às suas composições.

- - -

Percebe que as vogais estão presentes em todas as sílabas. - - -

Lê ajustando a pauta sonora ao escrito. - - -

Domina as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a ler palavras e textos.

- - -

Domina as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro de modo a escrever palavras e textos.

- - -

ANÁLISE LINGUÍSTICA: DISCURSIVIDADE, TEXTUALIDADE E NORMATIVIDADE

Analisa a adequação de um texto (lido, escrito ou escutado) aos interlocutores e à formalidade do contexto ao qual se destina.

- - -

Conhece e usa diferentes suportes textuais, tendo em vista suas características: finalidades, esfera de circulação, tema, forma de composição, estilo, etc.

- - -

Reconhece gêneros textuais e seus contextos de produção. - - -

26

Conhece e faz uso das grafias de palavras com correspondências regulares diretas entre letras e fonemas (P, B, T, D, F, V).

- - -

LEITURA - - -

Lê textos não verbais - - -

Lê textos (poemas, canções, tirinhas, textos de tradição oral, dentre outros), com autonomia.

- - -

Compreende textos lidos por outras pessoas, de diferentes gêneros e com diferentes propósitos.

- - -

Antecipa sentidos e ativos conhecimentos prévios relativos aos textos a serem lidos pelo professor ou pelas crianças.

- - -

Reconhece finalidades de textos lidos pelo professor ou pelas crianças.

- - -

Localiza informações explícitas em textos de diferentes gêneros, temáticas, lidos pelo professor ou outro leitor experiente.

- - -

Realiza inferências em textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos pelo professor ou outro leitor experiente.

- - -

Estabelece relações lógicas entre partes de textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos pelo professor ou outro leitor experiente.

- - -

Aprende assuntos/temas tratados em textos de diferentes gêneros, lidos pelo professor ou outro leitor experiente.

- - -

Interpreta frases e expressões em textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos pelo professor ou outro leitor experiente.

- - -

Interpreta frases e expressões em textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos com autonomia.

- - -

Relaciona textos verbais e não verbais, construindo sentidos. - - -

PRODUÇÃO DE TEXTOS ESCRITOS - - -

Planeja a escrita de textos considerando o contexto de produção: organiza roteiros, planos gerais para atender a diferentes finalidades, com ajuda de escriba.

- - -

Produz textos de diferentes gêneros, atendendo a diferentes finalidades, por meio da atividade de um escriba.

- - -

Utiliza vocabulário diversificado e adequado ao gênero e às finalidades propostas.

- - -

Revisa coletivamente os textos durante o processo de escrita em que o professor é escriba, retomando as partes já escritas e planejando os trechos seguintes.

- - -

ORALIDADE - - -

Participa de interações orais em sala de aula, questionado, sugerindo, argumentando e respeitando os turnos de fala.

- - -

Escuta com atenção textos de diferentes gêneros, sobretudo os mais formais, comuns em situações públicas, analisando-os criticamente.

- - -

Valoriza os textos de tradição oral, reconhecendo-os como manifestações culturais.

- - -

Campo Redondo/RN, ________de __________________2015.

_______________________________ ______________________________

Professora Apoio Pedagógico

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ANEXO B - INSTRUMENTO DE ACOMPANHAMENTO DA TURMA – PERFIL DE GRUPO

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DO ESTADO, DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DOS DESPORTOS.

7ª DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA– DIREC E E DR. JOSÉ BORGES DE OLIVEIRA – CAMPO REDONDO/RN

Professora:

Série: 3º ano Turma:Única Turno: Matutino Ano: 2015

Período: 4º Bimestre

INSTRUMENTO DE ACOMPANHAMENTO DA TURMA – PERFIL DE

GRUPO

CONHECIMENTO/CAPACIDADE SIM PARCIALMENTE

NÃO

Escreve o próprio nome.

Reconhece as letras.

Diferencia letras de números e outros símbolos.

Utiliza letras na escrita das palavras.

Escreve palavras estabelecendo algumas correspondências entre letras e seu valor sonoro, mesmo omitindo, mudando a ordem ou trocando letras.

Escreve palavras com diferentes estruturas silábicas, atendendo a algumas convenções ortográficas.

Lê palavras formadas por diferentes estruturas silábicas.

Lê textos de gêneros e temáticas familiares em voz alta.

Compreende textos de gêneros, temáticas e vocabulários familiares.

Produz textos escritos de gênero, temática e vocabulário familiares.

Participa de situações produzindo e compreendendo textos orais de gêneros e temas familiares.

Obs.:

Em cada coluna deve-se indicar a quantidade de crianças que domina o conhecimento descrito (SIM).

A quantidade de crianças que domina parcialmente (PARCIALMENTE).

E a quantidade de crianças que não domina (NÂO).

Campo Redondo/RN, ________de __________________2015.

___________________________________

___________________________________

Professora Apoio Pedagógico

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ANEXO C –coleta de dados, (alunos em atividade)