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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO Área de Concentração: Gestão de Negócios JOÃO MASSARUTTI T O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ E COMERCIALIZA SOJA, MILHO E CAFÉ E SUA ATUAÇÃO NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS Londrina 2003

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGAacute UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM ADMINISTRACcedilAtildeO

Aacuterea de Concentraccedilatildeo Gestatildeo de Negoacutecios

JOAtildeO MASSARUTTI

T

O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ E COMERCIALIZA SOJA MILHO E CAFEacute E

SUA ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

Londrina 2003

Livros Graacutetis

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JOAtildeO MASSARUTTI

O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ E COMERCIALIZA SOJA MILHO E CAFEacute E

SUA ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo da Universidade Estadual de Londrina como requisito parcial para obtenccedilatildeo do titulo de Mestre em Administraccedilatildeo Orientador Prof Dr Ivan Dutra

Londrina 2003

FOLHA DE APROVACcedilAtildeO

JOAtildeO MASSARUTTI

O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ E COMERCIALIZA SOJA MILHO E CAFEacute E SUA ATUACcedilAtildeO

NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

Dissertaccedilatildeo aprovada como requisito para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre no Programa

de Poacutes-graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo da Universidade Estadual de Londrina e

Universidade Estadual de Maringaacute pela seguinte banca examinadora

Aprovada em 17092003

__________________________________________________ Prof Dr Ivan Dutra (PPA-UELUEM)

__________________________________________________ Prof DrLuiz Antonio Felix (PPA-UELUEM)

__________________________________________________ ProfDr Joseacute Carlos Dalmas (UEL)

Dedico esse trabalho agrave minha famiacutelia Neusa minha mulher e a nossa prole Letiacutecia e Anna Luiza Leonardo e Joatildeo Antonio e Heitor razotildees da minha vida e da batalha do dia-a-dia

AGRADECIMENTOS

A Deus presenccedila constante na minha vida nas horas alegres e tambeacutem nas tristes

ora indicando caminhos ora mudando as rotas e eu dentro da minha realidade

terrena acabo percebendo sua interferecircncia somente algum tempo depois por isso

eu creio sempre

Agrave Letiacutecia ao Leonardo e ao Heitor pela valorosa colaboraccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e elaboraccedilatildeo das planilhas instrumentos importantes para o

desenvolvimento da pesquisa

Ao Professor Dr Ivan Dutra pela sua indiscutiacutevel capacidade de orientaccedilatildeo e

conhecimento em pesquisa e que muito auxiliou no desenvolvimento deste estudo

Aos Professores Dr Luiz Antonio Felix profundo conhecedor da aacuterea objeto desta

pesquisa pela grande contribuiccedilatildeo que recebi na qualificaccedilatildeo para a melhoria deste

trabalho e Professor Dr Joseacute Carlos Dalmas pela valiosa contribuiccedilatildeo na aplicaccedilatildeo

dos testes estatiacutesticos para validaccedilatildeo da pesquisa

Aos docentes do programa indistintamente todos com vasto conhecimento e

sugestiva bagagem que natildeo mediram esforccedilos para darem o maacuteximo de si nas

suas respectivas aacutereas de conhecimentos

Aos amigos do curso e em especial da turma na trocas de informaccedilotildees e

conhecimentos e pela convivecircncia saudaacutevel do dia-a-dia que acabam por

proporcionar crescimento geral de todos

Aos Professores Luiz Fernando Pinto Dias e Paulo Eduardo Lacerda chefes do

Departamento de Administraccedilatildeo pelo apoio e compreensatildeo no periacuteodo em que

frequumlentei as aulas do mestrado

Aos amigos do Departamento e a todos que direta ou indiretamente contribuiacuteram

para a realizaccedilatildeo deste trabalho

ldquoComece fazendo o necessaacuterio depois o que eacute possiacutevel e de repente vocecirc estaraacute fazendo o impossiacutevelrdquo

Satildeo Francisco de Assis

RESUMO

Este estudo tem o objetivo de identificar o perfil do produtor rural londrinense e comparar com o perfil do produtor brasileiro aleacutem de verificar como estatildeo produzindo e comercializando as safras de soja milho e cafeacute como acompanham as cotaccedilotildees dos produtos agriacutecolas no mercado e se comercializam a produccedilatildeo em mercados futuros Segmenta os agricultores por escolaridade idade tamanho da aacuterea cultivada local de moradia do produtor tipo de assistecircncia teacutecnica recebida e cruza com a produtividade obtida na uacuteltima safra eacutepoca de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo sistema de acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado e quantos produtores negociam seus produtos na bolsa de mercadorias Conclui entre outros fatores importantes que o produtor com maior grau de escolaridade possuidor de aacutereas maiores que conta com assistecircncia teacutecnica profissional e com baixa idade ateacute 35 anos satildeo mais eficientes na administraccedilatildeo das propriedades rurais Constata que a busca do produtor pela comercializaccedilatildeo na Bolsa de Mercadorias e Futuros eacute pequena e isso se daacute em grande parte pelo desconhecimento que ele tem desse tipo de mercado Palavras-Chaves Perfil do agricultor Bolsa de Mercadorias Mercado Futuro

ABSTRACT

This study aims to identify the londrinense farm producer and compare it with the Brazilian rural producer profile besides verifying how they are producing and negotiating the soybean corn and coffee crops how they follow the rural products quotation in the market and if they commercialize their products in the future markets It segments the producer by education age cultivated are size place of residence of the producer kind of the received technical assistance crosses with the last crop obtained productivity production commercialization time follow up system of price quotation of the products in the market and how many producers commercialize their products in the merchandise stock market It concludes that among other important factor the producer with a higher level of education who owns larger planting areas who has professional technical assistance and low age until 35 years of age is more efficient in the management of the farm properties It verifies that the producerrsquos search for commercialization in the Future Merchandise Stock Market is little due to the lack of knowledge in this market segment Key words producerrsquos profile stock exchange future markets

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 01 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra 20012002 e 20022003 28

Graacutefico 02 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense de gratildeos de 20012002 e 20022003 29

Graacutefico 03 - Produtividade de gratildeos do Brasil na uacuteltima deacutecada 38Graacutefico 04 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de soja para a safra

20022003 40Graacutefico 05 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de soja de 20012002 e 20022003 41Graacutefico 06 - Previsatildeo da produccedilatildeo paranaense de soja para a safra

20022003 42Graacutefico 07 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

paranaense de soja de 20012002 e 20022003 43Graacutefico 08 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de milho para a

safra 20022003 44Graacutefico 09 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de milho de 20012002 e 20022003 45Graacutefico 10 - Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de milho de

milho para a safra 20022003 46Graacutefico 11 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

paranaense de milho de 20012002 e 20022003 47Graacutefico 12 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de cafeacute para a safra

20022003 48Graacutefico 13 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de cafeacute de 20012002 e 20022003 49Graacutefico 14 - Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de cafeacute para a

safra 20022003 50Graacutefico 15 Comparativo da aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra de

cafeacute de 20012002 e 20022003 51Graacutefico 16 - Valor dos subsiacutedios pagos pelo governo aos produtores rurais

da receita agriacutecola bruta ndash em porcentagem 60Graacutefico 17 - Aumento de ganhos futuros que teratildeo os paiacuteses na eliminaccedilatildeo

dos subsiacutedios agriacutecolas e barreiras tarifaacuterias em niacutevel mundial

61

LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Nuacutemeros do censo agropecuaacuterio 1995-1996 do Municiacutepio de Londrina 28

Quadro 02 - Evoluccedilatildeo da produtividade e produccedilatildeo mundial de gratildeos nos

uacuteltimos 50 anos 36 Quadro 03 - Resultados do teste Qui-quadrado considerando niacutevel de

significacircncia de 5

112

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Exemplo de hedge e ajustes diaacuterios para o vendedor 58 Tabela 02 - Exemplo de hedge e ajustes diaacuterios para o comprador 58 Tabela 03 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por sexo 86 Tabela 04 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por estado civil 86 Tabela 05 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por idade 86 Tabela 06 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por escolaridade 87 Tabela 07 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela extensatildeo da aacuterea

explorada 87

Tabela 08 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por local de moradia e acesso agrave

escola puacuteblica 87 Tabela 09 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de aquisiccedilatildeo dos

imoacuteveis 88 Tabela 10 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de exploraccedilatildeo dos

imoacuteveis 88 Tabela 11 - Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-

estrutura 88 Tabela 12 - Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-

estrutura 89 Tabela 13 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela renda e o trabalho da famiacutelia

na propriedade 89 Tabela 14 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela matildeo-de-obra utilizada 89 Tabela 15 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de soja em sacas de 60 quilos 90 Tabela 16 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de milho em sacas de 60 quilos 90 Tabela 17 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de cafeacute em sacas de 40 quilos em coco 91 Tabela 18 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela posse dos maquinaacuterios 91 Tabela 19 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram soja pela posse

dos maquinaacuterios 91

Tabela 20 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram milho pela posse dos maquinaacuterios 92

Tabela 21 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram cafeacute pela posse dos maquinaacuterios 92

Tabela 22 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela necessidade de

financiamentos 92 Tabela 23 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acesso agrave assistecircncia

teacutecnica 92 Tabela 24 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de assistecircncia teacutecnica

recebida 93 Tabela 25 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela eacutepoca de comercializaccedilatildeo

da produccedilatildeo 93 Tabela 26 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da

produccedilatildeo antes da colheita 93 Tabela 27 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da

produccedilatildeo apoacutes a colheita 94 Tabela 28 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelas negociaccedilotildees realizadas na

bolsa de mercadorias 94 Tabela 29 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acompanhamento das

cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado 96 Tabela 30 - Comparativo das caracteriacutesticas do agricultor brasileiro com o

agricultor londrinense 98 Tabela 311 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de

escolaridade 100 Tabela 312 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de

escolaridade 100 Tabela 313 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com o grau de escolaridade 101 Tabela 314 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com o grau de escolaridade 102 Tabela 321 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade

do produtor 102 Tabela 322 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do

produtor 103

Tabela 323 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo com a idade do produtor 104

Tabela 324 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a idade do produtor 104 Tabela 331 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o

tamanho da aacuterea explorada 105 Tabela 332 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o tamanho da

aacuterea explorada 105 Tabela 333 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a extensatildeo da aacuterea explorada 106 Tabela 334 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com o tamanho da aacuterea explorada 107 Tabela 341 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

moradia do produtor 107 Tabela 342 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a moradia do

produtor 108 Tabela 343 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a moradia do produtor 108 Tabela 344 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a moradia do produtor 109 Tabela 35 - Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

assistecircncia teacutecnica 110 Tabela 36 - Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse

dos maquinaacuterios 111 Tabela 37 - Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos

pagos ao produtor nas sacas de milho de 60 quilos 117 Tabela 38 - Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos

pagos ao produtor nas sacas de milho de 60 quilos 118 Tabela 39 ndash

Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos pagos ao produtor nas sacas de cafeacute benef de 60 quilos 119

Tabela 40 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela comercializaccedilatildeo realizada na BMampF 120

TABELA DE CONVERSAtildeO

1 hectare (1 ha) = 10000 metros quadrados 1 alqueire paulista = 24200 metros quadrados 1 alqueire paulista = 242 hectares 1 saca 60 quilos de cafeacute beneficiado = 3 sacas de 40 kg de cafeacute em coco

1 bushel de soja = 60 libras ou 2722 quilos 1 saca de soja com 60 quilos = 220 bushel 1 bushel de milho = 56 libras ou 2540 quilos 1 saca de milho com 60 quilos = 236 bushel

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 OBJETIVOS 19

21 Geral 19

22 Especiacuteficos 19

3 O PROBLEMA 25

4 JUSTIFICATIVA E RELEVAcircNCIA DOS ESTUDOS 27

5 O PERFIL DO AGRICULTOR E AS ATIVIDADES AGRAacuteRIAS 30

51 O produtor rural como empresaacuterio 31

52 O perfil do agricultor brasileiro 34

6 PRODUCcedilAtildeO E PRODUTIVIDADE AGRIacuteCOLA 36

61 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura da soja 40

62 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura do milho 44

63 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura do cafeacute 48

7 MODALIDADES DE COMERCIALIZACcedilAtildeO DOS PRODUTOS AGRIacuteCOLAS 52

71 A agricultura e os entraves econocircmicos na comercializaccedilatildeo 58

8 O MERCADO FUTURO AGROPECUAacuteRIO NO BRASIL 64

81 Contrato futuro de soja 73

82 Contrato futuro de milho 76

83 Contrato futuro de cafeacute 80

9 METODOLOGIA 83

91 Populaccedilatildeo 83

92 Amostras e Delimitaccedilatildeo da Pesquisa 83

93 Coleta de Dados 84

94 Segmentaccedilatildeo 84

10 RESULTADO DOS DADOS COLETADOS E ANAacuteLISES 86

101 O perfil do agricultor Londrinense que cultiva soja eou milho e

ou cafeacute 86

102 Comparaccedilatildeo do perfil do agricultor brasileiro com o perfil do

Agricultor Londrinense 98

103 Caracteriacutesticas do Agricultor Londrinense relacionado agrave Produccedilatildeo

Comercializaccedilatildeo e atuaccedilatildeo na Bolsa de Mercadorias 100

1031 Teste Estatiacutestico dos Cruzamentos da pesquisa 111

104 Anaacutelise da produtividade do Agricultor Londrinense 113

105 Anaacutelise da Comercializaccedilatildeo do Agricultor Londrinense 115

106 Comparaccedilatildeo dos negoacutecios realizados na Bolsa com negoacutecios

realizados no mercado fiacutesico pelos Agricultores 116

11 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS E RECOMENDACcedilOtildeES 121

REFEREcircNCIAS 134

ANEXOS 142

A - Produccedilatildeo Brasileira de soja milho e cafeacute nos uacuteltimos 10 anos 142

B ndash Produccedilatildeo Paranaense de soja milho e cafeacute nos uacuteltimos 10 anos 143

C ndash Valores de Contratos de soja negociados na BMampF e negoacutecios

fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

144

D - Valores de Contratos de milho negociados na BMampF e negoacutecios

fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

149

E - Valores de Contratos de cafeacute negociados na BMampF e negoacutecios

Fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

154

C - Instrumento da pesquisa 160

GLOSSAacuteRIO 167

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

Com as mudanccedilas na poliacutetica econocircmica do Brasil na deacutecada de 90

todos os setores produtivos inclusive o agropecuaacuterio tiveram que se adaptar e

correr em busca da eficiecircncia Os preccedilos internacionais passaram a ter uma

importacircncia significativa na definiccedilatildeo dos preccedilos praticados no mercado interno

aumentando a competiccedilatildeo e reduzindo as margens de lucro das empresas Desta

forma todas as fases dos processos produtivos passaram a ser analisadas

minuciosamente com vistas a eliminar desperdiacutecios para manter a lucratividade

num ambiente novo e mais competitivo

Marques e Mello (1999) enfatizam que o setor agropecuaacuterio

apresenta algumas caracteriacutesticas como alto risco econocircmico devido agrave

dependecircncia dos fatores climaacuteticos e dificuldade de comercializaccedilatildeo Estes pontos

fazem desta atividade em certos momentos um verdadeiro jogo de incertezas e de

elevado risco financeiro

No caso da agricultura a necessidade de maior competitividade

forccedilou inovaccedilotildees nas vaacuterias fases do processo produtivo Embora o aumento da

produtividade seja o aspecto que normalmente recebe maior destaque uma fase

muito importante nesse processo eacute o periacuteodo da comercializaccedilatildeo As duacutevidas do

produtor se fixam na escolha do melhor momento para vender a produccedilatildeo Os que

atuam nesse mercado frequumlentemente ressaltam a necessidade do

aperfeiccediloamento na tomada de decisatildeo e reclamam da falta de instrumentos que

os auxilie para a tomada de decisatildeo na venda dos produtos permitindo-lhes

melhorar os retornos e reduzir os riscos que envolvem a comercializaccedilatildeo Assim as

decisotildees pertinentes a produccedilatildeo agriacutecola implicam maiores ou menores riscos de

mercado de acordo com a estrateacutegia adotada pelo produtor rural (LEISMANN

2002)

No mercado brasileiro o estudo da eficiecircncia na gestatildeo do risco

surge como uma necessidade imediata faces aos constantes riscos pertinentes por

que passa a atividade agriacutecola e que prejudicam os produtores rurais A produccedilatildeo

da soja do milho e do cafeacute assim como a maioria dos produtos agriacutecola estaacute

sujeito a dois tipos baacutesicos de risco a) Na produccedilatildeo - pelas perdas causadas por

ataque de pragas e doenccedilas e pelos fatores climaacuteticos como falta ou excesso de

chuvas geadas granizos e secas b) Na comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo - que

17

corresponde ao risco do produtor natildeo encontrar preccedilo compensador na hora da

venda A administraccedilatildeo desses riscos requer do produtor rural maior racionalidade

no uso dos fatores de produccedilatildeo e gestatildeo do risco de preccedilo buscando obter maior

retorno financeiro

Na comercializaccedilatildeo agriacutecola um dos principais problemas eacute a

incerteza de preccedilos em um momento futuro Essa incerteza decorre de cada

produto e da competitividade entre os mercados agriacutecolas As principais alternativas

para lidar com essa situaccedilatildeo no Brasil ateacute recentemente provinham do governo

Contudo ao longo do tempo o governo brasileiro vem reduzindo sua participaccedilatildeo

nos mercados agriacutecolas por meio de seus instrumentos claacutessicos de poliacutetica

agriacutecola como eacute o caso da poliacutetica dos preccedilos miacutenimos Esse fato se deve agrave falta de

recursos governamentais para financiar programas de intervenccedilatildeo de grande porte

sinalizando para um esgotamento das poliacuteticas tradicionais de sustentaccedilatildeo de

preccedilos (PINTO 2001) Assim com a diminuiccedilatildeo da intervenccedilatildeo governamental e o

esgotamento dos estiacutemulos financeiros agrave agropecuaacuteria resta ao produtor buscar a

eficiecircncia na produccedilatildeo e na comercializaccedilatildeo dos produtos

O objetivo deste estudo foi o de conhecer o perfil do agricultor

londrinense que produz e comercializa a soja o milho e o cafeacute e a sua atuaccedilatildeo na

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo no mercado futuro atraveacutes da Bolsa de Mercadorias

Neste trabalho seratildeo enfocados as caracteriacutesticas do agricultor

relacionado agraves atividades agraacuterias e o perfil do agricultor brasileiro e londrinense a

produccedilatildeo e a produtividade agriacutecola as modalidades de comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo agriacutecolas o funcionamento do mercado futuro agropecuaacuterio no Brasil a

metodologia utilizada o resultado dos dados coletados e a anaacutelise da pesquisa as

delimitaccedilotildees concluindo com as consideraccedilotildees finais e recomendaccedilotildees

Espera-se que o resultado dessa pesquisa possa auxiliar os

produtores agriacutecolas no gerenciamento da produccedilatildeo e da comercializaccedilatildeo das

safras e mais que o setor agropecuaacuterio possa contribuir como vem fazendo ateacute

agora para a superaccedilatildeo dos seguintes desafios

1) Reduccedilatildeo da taxa inflacionaacuteria com oferta mais abundante de

alimentos uma vez que a produccedilatildeo ainda insuficiente dos uacuteltimos anos pressiona

a alta dos preccedilos dos alimentos em relaccedilatildeo ao iacutendice geral de preccedilos o que induz a

importaccedilotildees de alguns produtos e cria dificuldade de sobrevivecircncia para a maioria

da populaccedilatildeo brasileira que vive na linha da miseacuteria

18

2) Reduccedilatildeo na diacutevida externa brasileira com aumento na produccedilatildeo

de produtos de exportaccedilatildeo e de substitutos agraves importaccedilotildees

3) Redistribuiccedilatildeo de renda dentro do setor rural com vantagem para

as classes de renda mais baixa de modo a reduzir o grau de pobreza rural e evitar

ao menos parcialmente a migraccedilatildeo rural-urbana de pessoas com precaacuterias chances

de progredir nos centros urbanos

19

2 OBJETIVOS 21 GERAL

Este trabalho tem por objetivo identificar o perfil do agricultor do

Municiacutepio de Londrina-Pr mais especificamente como eles produzem e

comercializam as safras de soja milho e cafeacute

Tambeacutem seraacute observado se o produtor acompanha as cotaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos agriacutecolas no mercado e tambeacutem como atua na

comercializaccedilatildeo dos seus produtos na Bolsa de Mercadorias amp Futuro mercado no

qual ele pode se garantir das oscilaccedilotildees dos preccedilos na venda dos produtos pois eacute

fundamental para os agricultores minimizar os riscos nas oscilaccedilotildees dos preccedilos

dos produtos no momento da venda de sua produccedilatildeo

22 ESPECIacuteFICOS 221 Identificar o perfil do agricultor do Municiacutepio de Londrina e comparar com o

perfil do agricultor brasileiro

a) Segmentar a amostra por variaacuteveis demograacuteficas claacutessicas

b) Dimensionar a quantidade de agricultores que soacute exploram os

imoacuteveis proacuteprios imoacuteveis proacuteprios e arrendados imoacuteveis proacuteprios

e em parcerias e ainda quantos exploram as propriedades

somente atraveacutes de arrendamentos somente com parcerias ou

somente atraveacutes de arrendamentos e parcerias

c) Verificar o grau de escolaridade do agricultor responsaacutevel pelos

negoacutecios da propriedade rural

d) Verificar se o agricultor mora na propriedade ou na cidade

Quantas vezes ele se desloca ateacute a propriedade e a distacircncia da

sua residecircncia ateacute a sede da propriedade

e) Verificar quantas pessoas compotildeem a unidade familiar aleacutem do

agricultor responsaacutevel pelos negoacutecios da fazenda e ainda

dentre os membros da famiacutelia quantos estudaram ou estudam

em escolas puacuteblicas

20

f) Verificar quantos agricultores da amostra estatildeo no negoacutecio por

aquisiccedilatildeo do imoacutevel e quantos em funccedilatildeo de sucessatildeo na famiacutelia g) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de energia

eleacutetrica nas propriedades

h) Verificar quantos agricultores da amostra tecircm aparelho de

televisatildeo na propriedade

i) Verificar quantos agricultores da amostra possuem antenas

paraboacutelicas nas propriedades

j) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de veiacuteculos

motorizados na propriedade

k) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de aacutegua

encanada na propriedade

l) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de

computadores na propriedade ou na residecircncia para controle das

atividades desenvolvidas no imoacutevel rural

m) Verificar quantos agricultores da amostra dependem somente

da renda das propriedades quantos contam com a ajuda da

mulher e quantos necessitam da ajuda dos filhos

222 Determinar a aacuterea a produccedilatildeo e verificar a produtividade das culturas de soja

milho e cafeacute

a) Verificar as aacutereas cultivadas com soja sua produccedilatildeo e

produtividade

b) Verificar as aacutereas cultivadas com milho sua produccedilatildeo e

produtividade c) Verificar as aacutereas cultivadas com cafeacute sua produccedilatildeo e

produtividade d) Verificar quantos produtores da amostra tecircm maquinaacuterios

proacuteprios em especial tratores e colheitadeiras

e) Verificar a meacutedia de empregados efetivos que o agricultor

manteacutem na propriedade

f) Verificar se o agricultor contrata matildeo-de-obra temporaacuteria nos

picos de trabalho (plantio e colheita)

21

g) Verificar se o agricultor depende de assistecircncia teacutecnica para a

exploraccedilatildeo das atividades da propriedade rural

h) Verificar se o agricultor depende de financiamento para o custeio

das safras realizadas na propriedade

223 Compreender como o agricultor realiza a comercializaccedilatildeo de sua produccedilatildeo

agriacutecola

a) Verificar como o agricultor comercializa a sua safra

1 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada em

cooperativas depois de realizada a colheita

2 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada com

induacutestrias ou comerciantes depois de realizada a colheita

3 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente na cooperativa antes da colheita com preccedilos

preacute-fixados

4 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada com

induacutestrias ou comerciantes antes da colheita com preccedilos

prefixados

5 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada em

cooperativas com adiantamentos de recursos em dinheiro ou

insumos com preccedilos a fixar na entrega da safra

6 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente com induacutestrias ou comerciantes com

adiantamento de recursos em dinheiro ou insumos com preccedilos a

fixar na entrega da safra

7 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente em cooperativas com adiantamento de

recursos em dinheiro ou insumos com preccedilos jaacute fixados

8 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente com induacutestrias ou comerciantes com

adiantamentos de recursos em dinheiro ou em insumos com

preccedilos jaacute fixados

22

9 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute vendida antecipadamente

com financiamentos de CPR

10 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute vendida

antecipadamente em mercado futuro na bolsa de mercadorias

b) Verificar quais satildeo os meios utilizados pelo agricultor para

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado c) Verificar o tempo em que o agricultor eacute responsaacutevel pela

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo na propriedade rural

224 Observar a atuaccedilatildeo do agricultor nas bolsas de mercadorias para negociar

sua produccedilatildeo no mercado futuro

a) Verificar quantos agricultores comercializam suas safras ou parte

dela no mercado futuro

b) Verificar o seu conhecimento sobre essa modalidade de negoacutecio

e as razotildees para usar ou natildeo esse tipo de comercializaccedilatildeo Se

ele sabe como funciona o mercado futuro e se jaacute foi procurado

pela BMampF para participar de cursos promovidos pela entidade

225 Analisar a influecircncia do grau de escolaridade do produtor nas atividades

exercidas

a) Verificar se o grau de escolaridade do agricultor influencia na

produtividade das atividades desenvolvidas

b) Verificar se o grau de escolaridade do agricultor influencia na

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

c) Verificar se o grau de escolaridade influencia na maneira como o

agricultor acompanha as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no

mercado

d) Verificar se o grau de escolaridade propicia ao agricultor optar

pela comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de mercadorias

23

226 Analisar a influecircncia da idade do produtor nas atividades exercidas quais

sejam

a) Verificar se a idade do agricultor influencia na produtividade das

atividades desenvolvidas

b) Verificar se a idade do agricultor influencia comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo colhida

c) Verificar se a idade influencia na maneira de o agricultor

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado

d) Verificar se a idade influencia na oportunidade do agricultor em

fazer a comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de mercadorias

227 Investigar se o local de moradia do agricultor influencia nas atividades

desenvolvidas quais sejam

a) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

altera a produtividade das atividades desenvolvidas

b) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

afeta a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

c) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou cidade

influencia na maneira de o agricultor acompanhar as cotaccedilotildees

dos preccedilos dos produtos no mercado

d) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

influencia para fazer a comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de

mercadorias

228 Observar a performance do pequeno meacutedio ou grande agricultor levando

com consideraccedilatildeo a aacuterea que explora

a) Verificar a produtividade das atividades desenvolvidas pelos

pequenos meacutedios e grandes produtores

b) Verificar como se efetiva a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

pelos pequenos meacutedios e grandes produtores

c) Verificar como os pequenos meacutedios e grandes agricultores

acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado

24

d) Verificar se os pequenos meacutedios ou grandes agricultores fazem

a comercializaccedilatildeo de suas safras na bolsa de mercadorias

229 Observar a influecircncia dos maquinaacuterios na produtividade

a) Verificar se o trabalho realizado com maquinaacuterios proacuteprios

influencia na produtividade das safras de soja milho e cafeacute

2210 Observar a influecircncia da assistecircncia teacutecnica na produtividade

a) Verificar a produtividade dos agricultores que natildeo tecircm

assistecircncia teacutecnica dos produtores que tecircm assistecircncia teacutecnica

da Emater das cooperativas e de particulares nas culturas da

soja milho e cafeacute

25

3 O PROBLEMA

O dilema que enfrenta o agricultor estaacute diretamente ligado aos

riscos de produccedilatildeo associado aos baixos preccedilos dos produtos na comercializaccedilatildeo

aleacutem de suas oscilaccedilotildees que dificultam uma previsatildeo gerando muitas dificuldades

na tomada de decisatildeo tanto para a produccedilatildeo como para a comercializaccedilatildeo Gabriel

e Baker (apud BASTIANI 1999) enfatizam que haacute duas fontes externas de riscos

para o produtor rural De um lado a variabilidade nos retornos esperados

provocados pelo mercado e de outro pelo ambiente fiacutesico-climaacutetico As incertezas

do meio ambiente interferem diretamente na produccedilatildeo enquanto que o mercado

interfere nos preccedilos tanto na venda dos produtos como na aquisiccedilatildeo dos insumos

Para Morin (2000) haacute efetivamente dois meios para se enfrentar a

incerteza de uma accedilatildeo A primeira eacute estar totalmente consciente da aposta contida

na decisatildeo tomada e a segunda recorre da estrateacutegia A estrateacutegia elabora um

cenaacuterio de accedilatildeo e examinam as certezas e as incertezas da situaccedilatildeo as

probabilidades e as improbabilidades O cenaacuterio pode e deve ser modificado de

acordo com as informaccedilotildees colhidas ao acaso contratempos ou boas

oportunidades encontradas ao longo do caminho

Do ponto de vista da comercializaccedilatildeo para Marques e Mello (1999)

e Nantes (1997) as dificuldades tornam-se particularmente importantes porque eacute

difiacutecil para o agricultor ajustar rapidamente sua produccedilatildeo em face das mudanccedilas do

mercado aleacutem das interferecircncias climaacuteticas das pragas das doenccedilas etc que os

impede de fazer estimativas precisas de produccedilatildeo e de preccedilos Tanto o comprador

dos produtos primaacuterios como o agricultor se defronta frequumlentemente com o

problema de tentar prever as oscilaccedilotildees de preccedilos na comercializaccedilatildeo dos produtos

agriacutecolas

Para Robbins (2000 p59) uma das tarefas mais desafiadoras para

quem vai tomar uma decisatildeo eacute a anaacutelise das alternativas para a incerteza que natildeo

permite saber de antematildeo o resultado da decisatildeo e o risco porque o tomador da

decisatildeo com base na sua experiecircncia pessoal e em informaccedilotildees do mercado

precisa calcular a probabilidade das alternativas e dos resultados Por essa razatildeo

Tung (1990) afirma que as tomadas de decisotildees constituem a base da

administraccedilatildeo das empresas e tambeacutem satildeo a razatildeo da existecircncia dos

administradores

26

De acordo com Hazell (1982) Perry e Johnson (2000) o produtor

rural natildeo gosta de correr risco assim como qualquer outro empresaacuterio Muitas

vezes prefere alternativas de produccedilatildeo que ofereccedilam niacutevel satisfatoacuterio de

seguranccedila mesmo que represente uma perda de renda na meacutedia dos anos

Para Hanson e Pederson (1998) eacute fundamental que o produtor

tenha capacidade para administrar os riscos que em uacuteltima instacircncia satildeo parte

integrante das atividades agropecuaacuterias pois soacute assim ele poderaacute estabilizar a

renda da propriedade assegurando disponibilidade de recursos para viabilizar o seu

negoacutecio e tambeacutem o sustento de sua famiacutelia

Segundo Gitman (1997 p202) o termo risco tem o mesmo sentido

de incerteza ao se referir agrave variaccedilatildeo de retornos associados a um determinado

investimento O risco pode ser definido como a possibilidade de ter um prejuiacutezo

financeiro

Bernstein (1997) entende que a essecircncia da administraccedilatildeo do risco

estaacute em maximizar as accedilotildees nas aacutereas em que se tecircm os controles sobre os

resultados procurando minimizar as accedilotildees nos setores nos quais natildeo se tem

nenhum controle

Natildeo soacute o setor agropecuaacuterio como os consumidores e todos

aqueles com envolvimento nas atividades agraacuterias tecircm interesse em que a

produccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo dos produtos agriacutecolas se decirc de forma teacutecnica e

economicamente eficiente sem sobressaltos e interrupccedilotildees e com boa

remuneraccedilatildeo a todos (MARQUES 1997)

Diante desses problemas considerando que os agricultores querem

minimizar os riscos e as incertezas na busca do que produzir e das oscilaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos na hora de vender a produccedilatildeo buscou-se identificar com esta

pesquisa Qual eacute o perfil do agricultor do Municiacutepio de Londrina-Pr Como estaacute

produzindo e comercializando as safras de soja milho e cafeacute e a sua atuaccedilatildeo na

comercializaccedilatildeo dos seus produtos na Bolsa de Mercadorias amp Futuro

27

4 JUSTIFICATIVA E RELEVAcircNCIA DO ESTUDO

A Agricultura brasileira tem passado por profundas transformaccedilotildees

nos uacuteltimos anos O padratildeo de estagnaccedilatildeo da economia brasileira que se

caracterizou nos uacuteltimos anos em especial a partir de 1994 com o Plano Real natildeo

ocorre com o setor agropecuaacuterio que tem contribuiacutedo significativamente com a

balanccedila comercial brasileira Na safra de 20012002 o paiacutes obteve uma produccedilatildeo

total de 967 milhotildees de toneladas de gratildeos de acordo com a Cia Nacional de

Abastecimento ndash CONAB (2003d) respondendo por praticamente 13 das

exportaccedilotildees brasileiras

Para Ravanello (2002 p66) a agricultura oferece respostas raacutepidas

quando chamada a contribuir e o Brasil tem aacutereas agricultaacuteveis disponiacuteveis para um

crescimento sustentado e gente com capacidade para transformar esta grande

naccedilatildeo no verdadeiro celeiro do mundo

A escolha do Municiacutepio de Londrina para a realizaccedilatildeo desta

pesquisa se daacute por ser um poacutelo centralizador da produccedilatildeo agriacutecola no Estado do

Paranaacute e pela importacircncia que as culturas de soja milho e cafeacute tecircm no processo de

desenvolvimento econocircmico do Brasil do Paranaacute e em especial no Municiacutepio de

Londrina e regiatildeo e tambeacutem por serem commodities de exportaccedilatildeo negociados nas

principais bolsas de mercadorias do Brasil e do mundo

De acordo com o uacuteltimo censo agropecuaacuterio (IBGE 1996) Londrina

tem como principais produtos agriacutecolas a soja o milho o cafeacute a cana-de-accediluacutecar o

arroz o algodatildeo o feijatildeo e a mandioca com moacutedulo fiscal de 12 hectares -para

efeito de classificaccedilatildeo de imoacuteveis rurais - conforme tabela do INCRA - Instituto

Nacional de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria (INCRA 1997) que apresenta os

seguintes dados como demonstra o quadro 01

28

Estabelecimentos agriacutecolas 3119 propriedades

Aacuterea total dos estabelecimentos 183093 hectares

Aacuterea total de pastagens 83063 hectares

Quantidade de matildeo-de-obra ativa 12203 pessoas

Tratores em operaccedilatildeo 1937 unidades

Rebanho Bovino 138238 cabeccedilas

Rebanho Suiacuteno 30752 cabeccedilas

Produccedilatildeo leite 14674000 litrosano

Efetivo Aviacutecola 1485629 cabeccedilas

Produccedilatildeo de ovos 5020000 duacuteziasano

Quadro 01ndash Nuacutemeros do censo agropecuaacuterio 1995-1996 do Municiacutepio de Londrina

Fonte IBGE (1996)

De acordo com a Conab (2003d) a produccedilatildeo brasileira na safra

20012002 foi de 967 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea de 402194 ha

previsatildeo de colheita na safra 20022003 na ordem de 1152 milhotildees de toneladas

de gratildeos em uma aacuterea de 426886 ha o que corresponde a um aumento na aacuterea

cultivada de 6 na produccedilatildeo de quase 20 e na produtividade de 125

conforme graacutefico 01

9671152

402 426

020406080

100120140

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 01ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

Gratildeos em 20012002 e 20022003 Fonte Conab (2003d)

29

Para a Seab (2003) a produccedilatildeo paranaense na safra de 20012002

foi de 220 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea de 79 milhotildees de hectares

previsatildeo de colheita na safra de 20022003 de 283 milhotildees de toneladas de gratildeos e

algodatildeo na safra de veratildeo em uma aacuterea de 85 milhotildees de hectares o que

corresponde a um aumento na aacuterea cultivada de 75 na produccedilatildeo perto dos 30

e produtividade de 194 conforme graacutefico 02 O Estado do Paranaacute eacute responsaacutevel

por frac14 da produccedilatildeo nacional

220

283

79 85

00

50

100

150

200

250

300

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 02- Comparativo da aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense de

gratildeos de 20012002 e 20022003 Fonte Seab (2003)

De acordo com a Seab (2003) na safra de 20012002 o municiacutepio

de Londrina contribuiu com uma produccedilatildeo de 2238 mil toneladas de gratildeos e a micro

regiatildeo de Londrina composta por 19 municiacutepios circunvizinhos com 119 milhotildees

de toneladas de gratildeos

30

5 O PERFIL DO AGRICULTOR E AS ATIVIDADES AGRAacuteRIAS

Segundo Crepaldi (1993 p17) as atividades agraacuterias tambeacutem

conhecidas como atividades rurais ou agropecuaacuterias satildeo exercidas das mais

variadas formas desde o cultivo caseiro para a subsistecircncia da famiacutelia ateacute os

grandes complexos agro-industriais Mazoyer e Roudart (1997) caracterizam o

sistema agraacuterio como sendo uma associaccedilatildeo de atividades produtivas e de teacutecnicas

utilizadas por uma sociedade visando a satisfazer agraves suas necessidades Eacute a

interaccedilatildeo entre o sistema bioecoloacutegico representado pelo meio natural e o sistema

soacutecio-cultural atraveacutes de praacuteticas resultantes do progresso teacutecnico

Nos Estados Unidos na deacutecada de 1970 convencionou-se o

conhecimento da administraccedilatildeo das propriedades rurais como farm management

que foi um ramo especiacutefico do management pelo fato da administraccedilatildeo rural ter

caracteriacutesticas especiais se comparada com a administraccedilatildeo industrial em razatildeo de

a produccedilatildeo agropecuaacuteria estar intimamente ligada ao processo bioloacutegico da terra e

dos animais(HERBST 1975)

Oliveira (1976) ressalta que as atividades rurais representam todas

as atividades de exploraccedilatildeo da terra seja o cultivo de lavouras e florestas ou a

criaccedilatildeo de animais com vistas agrave obtenccedilatildeo de produtos que venham a satisfazer agraves

necessidades humanas Mesmo com o aumento significativo da populaccedilatildeo das

cidades e com a reduccedilatildeo da populaccedilatildeo rural as atividades agropecuaacuterias continuam

desempenhando papel fundamental no desenvolvimento do paiacutes sendo este setor

responsaacutevel pelos principais produtos de exportaccedilatildeo na balanccedila de pagamento

Para Aloe (1981) os agricultores vecircm especializando-se em sua

produccedilatildeo agropecuaacuteria cultivando ou criando plantas e animais que satildeo procurados

pelo mercado e pelos quais recebem preccedilos mais elevados Dufumier (1996) afirma

que essa produccedilatildeo agropecuaacuteria eacute caracterizada pela combinaccedilatildeo da quantidade de

forccedila de trabalho composta pelas pessoas da famiacutelia do produtor e assalariados com

os distintos meios de produccedilatildeo composta basicamente pela terra maquinaacuterios e

insumos com a intenccedilatildeo de obter diferentes produtos agriacutecolas ou pecuaacuterios Essa

dependecircncia do agricultor em relaccedilatildeo ao mercado consumidor faz com que ele

aleacutem de cultivar ou criar as espeacutecies que o mercado compra sinta-se obrigado a

produzir conforme as exigecircncias desse mesmo mercado Dessa maneira o

31

agricultor vem diminuindo o nuacutemero de atividades em seu estabelecimento rural e

se dedicando a uma ou duas espeacutecies de culturas

Cada vez mais o agricultor produz para o mercado vendendo a

maior parte de sua produccedilatildeo e deixando para o consumo da famiacutelia quantidades

reduzidas de sua colheita Para Souki et al (1999) os produtores brasileiros devem

entender - que em uma eacutepoca de abertura de mercado e draacutesticas transformaccedilotildees

tecnoloacutegicas em que a palavra de ordem eacute qualidade e produtividade - eacute preciso

trabalhar profissionalmente para ser competitivo Para tanto os recursos

tecnoloacutegicos nas aacutereas administrativas teacutecnicas e de informaacuteticas estatildeo disponiacuteveis

e os empresaacuterios rurais que souberem aproveitaacute-los da melhor forma na

administraccedilatildeo de sua propriedade deveratildeo sobreviver e crescer Obviamente os que

se aventurarem a natildeo adotaacute-los fatalmente teratildeo seacuterios problemas para serem

competitivos neste novo perfil de mercado

Nem sempre no entanto esta situaccedilatildeo beneficia o agricultor pois se

a sua renda depende de poucos ou de apenas um produto uma queda do preccedilo do

mesmo ou uma frustraccedilatildeo de safra causa seacuterios prejuiacutezos ao agricultor No atual

estaacutegio de desenvolvimento da agricultura o custo de produccedilatildeo eacute bastante elevado

Para se ofertar um produto condizente com as necessidades do mercado eacute

necessaacuterio empregar fortes doses de adubaccedilatildeo sementes selecionadas e

defensivos agriacutecolas cujos preccedilos satildeo elevados porque dependem de importaccedilatildeo

Da mesma forma intensifica-se cada vez mais a mecanizaccedilatildeo da lavoura a qual

possibilita melhoria significativa de qualidade das praacuteticas agriacutecolas mas que torna

necessaacuterio o desembolso de quantias vultosas para sua compra conservaccedilatildeo e

serviccedilo (CREPALDI1993)

51 O PRODUTOR RURAL COMO EMPRESAacuteRIO

Para Luz (1980 p10) toda propriedade rural que natildeo produza

apenas para a subsistecircncia da famiacutelia de seu proprietaacuterio pode ser considerada

como propriedade de fins lucrativos ou econocircmicos Quanto mais conhecimento

sobre o seu negoacutecio tiver o produtor tanto mais positivos seratildeo os resultados

obtidos O conhecimento das potencialidades de sua propriedade o conhecimento

do mercado consumidor e a adoccedilatildeo de normas essenciais para a execuccedilatildeo das

32

atividades satildeo deveres que se impotildeem ao produtor na administraccedilatildeo do seu

negoacutecio O que produzir quanto produzir e como produzir satildeo dados que tambeacutem

devem estar bem definidos no momento de iniciar qualquer atividade explorativa

Para Batalha (1997) devido agrave situaccedilatildeo atual de dependecircncia do

agricultor com relaccedilatildeo ao mercado torna-se indispensaacutevel aos produtores rurais

ter o conhecimento aprofundado de seu negoacutecio no caso da agricultura Para tanto

o produtor deve estar bem informado sobre as condiccedilotildees de mercado com relaccedilatildeo agrave

cultura que deseja explorar bem como conhecer as condiccedilotildees e os recursos

naturais de sua propriedade rural Evered (1981) enfatiza que o produtor rural deve

tambeacutem ter capacidade de perceber as mudanccedilas no ambiente e analisar suas

futuras implicaccedilotildees Precisa ainda desenvolver habilidade para detectar mudanccedilas

relevantes no ambiente da propriedade nas inovaccedilotildees tecnoloacutegicas no mercado e

tambeacutem no ambiente social e poliacutetico

Segundo Santos e Marion (1993) o sucesso da empresas rural

depende basicamente do grau de gerenciamento dos seus proprietaacuterios que requer

habilidade teacutecnica e administrativa para o aproveitamento racional dos recursos que

estatildeo a sua disposiccedilatildeo como terras maquinaacuterios implementos recursos humanos

infra-estrutura da fazenda e informaccedilotildees para a tomada de decisatildeo a respeito dos

fatores internos da produccedilatildeo e dos externos como o mercado perfil climaacutetico da

regiatildeo onde estaacute localizada a propriedade meios de transporte preccedilos praticados

etc para garantia do lucro e a continuidade da empresa

Conforme explica Crepaldi (1993) no Brasil a maioria das fazendas

eacute administrada pelo proprietaacuterio e sua famiacutelia Entretanto as expressotildees empresa

rural e empresa agriacutecola satildeo encontradas com frequumlecircncia na literatura no sentido de

fazenda propriedade agriacutecola ou estabelecimento agropecuaacuterio organizado com a

finalidade de produccedilatildeo comercial Eacute importante reconhecer que existem diferenccedilas

marcantes entre as empresas rurais e as demais pertencentes a outros setores

econocircmicos Na agricultura o sistema de produccedilatildeo utiliza fatores de produccedilatildeo

provenientes dos vaacuterios setores mas sua caracteriacutestica fundamental eacute o uso da

remuneraccedilatildeo indireta como a matildeo-de-obra familiar e o trabalho administrativo do

proprietaacuterio Outra caracteriacutestica importante da empresa rural eacute a estreita relaccedilatildeo

entre as atividades de investimento produccedilatildeo e consumo na fazenda Gastos com a

famiacutelia do proprietaacuterio administrador satildeo considerados parte integrante da anaacutelise

econocircmica-financeira da empresa

33

Essa empresa rural ou ainda este complexo famiacutelia-fazenda cujos

recursos satildeo dedicados agrave produccedilatildeo agropecuaacuteria sem necessariamente assumir

personalidade juriacutedica tem como objetivo maximizar o valor presente do patrimocircnio

Para Marion (1983) o proprietaacuterio da terra eacute o empresaacuterio mas este

termo representa a unidade de tomada de decisatildeo que pode ser o fazendeiro sua

esposa qualquer dos filhos ou uma combinaccedilatildeo destes Aleacutem disto o empresaacuterio

normalmente trabalha com os membros de sua famiacutelia nas tarefas comuns da

fazenda A famiacutelia tem seguramente influecircncia nas decisotildees administrativas de

sorte que a separaccedilatildeo das funccedilotildees administrativas das demais na empresa rural

natildeo eacute tatildeo simples quanto fora do setor agriacutecola

Bastiani (1999) ressalta que uma grande parte dos agricultores que

tem na agricultura sua principal atividade econocircmica natildeo escolheu ser agricultor e

de uma forma geral essa escolha deu-se por um processo de legado

Transcendendo de geraccedilotildees para geraccedilotildees com forte vinculaccedilatildeo de afetividade a

terra onde os agricultores de ontem eram os avoacutes os de hoje os pais e os de

amanhatilde com grande probabilidade seratildeo os filhos e depois os netos Noronha

(1987 p23) enfatiza que a maior parte das empresas rurais ainda eacute transmitida de

pais para filhos por meio de heranccedilas e tendem a ocorrer em fases de relativa

estabilidade na organizaccedilatildeo da empresa apoacutes muitos anos de experiecircncia

administrativa do proprietaacuterio Na falta de um administrador experiente haacute uma

soluccedilatildeo de continuidade administrativa que pode ter graves consequumlecircncias Mesmo

quando um dos herdeiros se encontra em condiccedilotildees de continuar uma eficiente

administraccedilatildeo a divisatildeo de terras e demais bens entre os herdeiros resultam em

uma reduccedilatildeo no tamanho da empresa de cada um Aleacutem disso existem diferentes

niacuteveis de habilidades administrativas entre os novos empresaacuterios Portanto mesmo

no caso de relativa familiaridade de cada um com o negoacutecio original o mais provaacutevel

eacute que haveraacute significativa perda de eficiecircncia no curto prazo

Atualmente quando a agricultura estaacute cada vez mais voltada para

um mercado mais competitivo a sobrevivecircncia e o crescimento da empresa rural

dependem em grande parte da capacidade empresarial Decisotildees tecircm de ser

tomadas em varias aacutereas com base em conhecimentos teacutecnicos-administrativos -

tanto quanto possiacutevel atualizado - sobre as condiccedilotildees de produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo de insumos e produtos relevantes para a empresa

34

52 o perfil do agricultor brasileiro

Com o objetivo de traccedilar o perfil do agricultor brasileiro a pesquisa

realizada pelo Centro de Estudos Agriacutecolas vinculado ao Instituto Brasileiro de

Economia da Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas encomendada pela Confederaccedilatildeo Nacional

da Agricultura-CNA (2002) cuja amostra total foi de 1837 estabelecimentos rurais

das regiotildees Sul Sudeste Centro-Oeste Pernambuco e Cearaacute detectou na amostra

que

a) 85 dos entrevistados satildeo proprietaacuterios do imoacutevel

b) A idade meacutedia do responsaacutevel eacute de 52 anos

c) A maior concentraccedilatildeo estaacute na faixa de baixa escolaridade (1 a 6

anos que corresponde ao primeiro grau incompleto)

d) 85 dispotildeem de energia eleacutetrica

e) 43 dos estabelecimentos tecircm antena paraboacutelica

f) 56 dispotildeem de um veiacuteculo no estabelecimento

g) 72 utilizam aacutegua encanada

h) 81 tecircm um aparelho de televisatildeo

i) 82 possuem outra fonte de renda gerada fora do

estabelecimento que natildeo os rendimentos da atividade

agropecuaacuteria

j) o microcomputador eacute um instrumento que ainda estaacute para ser

descoberto no meio rural (somente 3 tecircm um microcomputador)

o que dificulta a adoccedilatildeo pelos estabelecimentos de tecnologias

organizacionais importantes para enfrentar as novas exigecircncias

de competitividade impostas pelo mercado

k) No sul um hectare rende em meacutedia o equivalente ao valor de 85

sacas de milho ao preccedilo de R$750 a saca

l) A matildeo-de-obra familiar eacute utilizada em 78 dos estabelecimentos

m) A matildeo-de-obra temporaacuteria eacute utilizada em 81 dos

estabelecimentos

n) Na regiatildeo sul a comercializaccedilatildeo eacute feita preponderantemente via

cooperativas o que tambeacutem ocorre no Centro-Oeste Nas demais

regiotildees prevalecem o sistema de venda direta no mercado ldquopara

quem paga maisrdquo

35

o) 62 receberam educaccedilatildeo puacuteblica atraveacutes de algum membro da

famiacutelia

p) Em geral filhos dos antigos proprietaacuterios passaram a assumir a

conduccedilatildeo do estabelecimento em decorrecircncia das mudanccedilas

organizacionais que estatildeo sendo promovidas em resposta aos

desafios de um mercado muito mais competitivo

q) Quanto maior a distacircncia da propriedade com a sede do

municiacutepio mais difiacutecil eacute o acesso dos produtores rurais agrave

informaccedilatildeo pertinente agrave compra e venda de insumos e produtos

acesso ao creacutedito e cumprimento das obrigaccedilotildees trabalhistas e

tributaacuterias

r) Entre os estabelecimentos estudados predominaram as pequenas

unidades familiares com aacuterea cultivada de ateacute 20 hectares mas

sua participaccedilatildeo na produccedilatildeo perde para os grandes

estabelecimentos Na regiatildeo sul os grandes estabelecimentos

rurais contribuem com aproximadamente 70 da renda gerada

com a produccedilatildeo agriacutecola e pecuaacuteria

36

6 PRODUCcedilAtildeO E PRODUTIVIDADE AGRIacuteCOLA

Apoacutes a Segunda Guerra Mundial o traccedilo mais marcante do padratildeo

de expansatildeo da oferta agriacutecola mundial foi o violento crescimento da produccedilatildeo e da

produtividade que ocorreu principalmente nos paiacuteses desenvolvidos Este aumento

do produto foi igualmente acompanhado pelo crescimento da produccedilatildeo por hectare

A expansatildeo da produccedilatildeo agregada foi mais que suficiente para compensar o

crescimento da populaccedilatildeo e a disponibilidade de alimentos que era de 240 kg por

habitanteano passou em 1996 para 320 kg por habitanteano O desempenho

positivo da agricultura foi conseguido basicamente com o aumento da produtividade

da terra e do trabalho cabendo ao aumento da aacuterea cultivada menor participaccedilatildeo de

acordo com boletim da USDA conforme se verifica no quadro 02 (DIAS BARROS

1998)

DADOS MUNDIAIS 1950 1996

Oferta mundial de gratildeos 630 milhotildees toneladas 18 bilhotildees toneladas

Produtividade meacutedia 11 toneladas por ha 26 toneladas por ha

Aacuterea cultivada com gratildeos 614 milhotildees hectares 696 milhotildees hectares

Alimento disponiacutevel por habitanteano 240 kgs 320 kgs

Quadro 2ndash Evoluccedilatildeo da produtividade e produccedilatildeo mundial de

gratildeos nos uacuteltimos 50 anos

Para Luz (1980) a produtividade natildeo se confunde com a produccedilatildeo

pois enquanto esta tem como significado o total puro e simples do que cada cultura

produziu aquela significa a quantidade de produccedilatildeo obtida por uma unidade de fator

de produccedilatildeo Assim a produtividade da soja eacute medida em sacas ou quilos por

hectare o leite eacute medido em litros por vaca ordenhada e assim por diante Santos

(1993) compartilha desse raciociacutenio denominando a produtividade de rendimento

de cultivos ou criaccedilotildees classificando a produtividade por rendimento elevado

meacutedio ou baixo

37

De acordo com Lacombe e Heilborn (2003 p165) a produtividade eacute

o quociente que resulta na divisatildeo entre a produccedilatildeo obtida e um dos fatores

empregados na produccedilatildeo ou entre a produccedilatildeo obtida e um conjunto ponderado dos

fatores de produccedilatildeo A produtividade nada mais eacute do que uma relaccedilatildeo entre o que

foi obtido e um dos recursos usados para obtecirc-lo Por exemplo na produtividade de

um hectare de terra diz-se que a produtividade eacute tantas toneladas por hectare Se

utiliza-se outros insumos como adubos e irrigaccedilatildeo a produtividade por hectare

aumenta Com o uso de sementes selecionadas obteacutem-se uma produtividade mais

alta por hectare

Na visatildeo de Drucker (2000 p205) a produtividade de qualquer

sociedade desenvolvida repousa cada vez mais na capacidade de fazer com que o

trabalho intelectual seja produtivo e o trabalhador intelectual realizado

Crepaldi (1993) ressalta que a terra eacute o fator de produccedilatildeo mais

importante para as atividades agraacuterias pois eacute nela que se aplicam os capitais e onde

se trabalha para obter a produccedilatildeo Se a aacuterea de terra for ruim ou muito pequena

dificilmente se produziratildeo colheitas abundantes e lucrativas por mais capital ou

trabalho de que disponha o produtor Desse modo uma das grandes preocupaccedilotildees

do produtor deve ser sempre com a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da terra evitando

seu desgaste pelo mau uso e tambeacutem pela erosatildeo

De acordo com Konzen (1977) o cultivo de gratildeos nas grandes

lavouras da regiatildeo sul do Brasil que ocupam mais de 50 da aacuterea total das

propriedades rurais tem elevado grau de produtividade cuja destinaccedilatildeo eacute o

mercado internacional atraveacutes das exportaccedilotildees ficando o restante da aacuterea por

conta da criaccedilatildeo de animais A produtividade das aacutereas se justifica porque os

produtores investem pesadamente em mecanizaccedilatildeo aplicam intensamente

fertilizantes e defensivos nas lavouras utilizam assistecircncia teacutecnica com frequumlecircncia e

tecircm elevada capacidade administrativa com formaccedilatildeo educacional de segundo ou

terceiros graus Pereira (1999) ressalta tambeacutem que a mecanizaccedilatildeo pode

desempenhar um papel importante na busca da produtividade visto que o Brasil eacute

um dos poucos paiacuteses com capacidade de expandir sua produccedilatildeo agropecuaacuteria

seja pelo aumento da aacuterea plantada ou pelo incremento da produccedilatildeo

La Torre (2002) acredita que as grandes propriedades rurais

apresentam maior produtividade da terra que as pequenas em razatildeo do seu faacutecil

acesso ao creacutedito rural Acrescenta que na medida em que esse creacutedito tambeacutem for

38

repassado com mais facilidade agraves pequenas propriedades essa vantagem possa

ser revertida em favor de uma melhor produtividade para as pequenas propriedades

rurais

Nos uacuteltimos 12 anos a produccedilatildeo de gratildeos no paiacutes cresceu de 58

milhotildees de toneladas de gratildeos para a casa dos 100 milhotildees com excepcional

produtividade pois a aacuterea plantada praticamente natildeo aumentou conforme

demonstra o graacutefico 03 Eacute resultado sobretudo do fato de a agricultura brasileira ter

se voltado para o mercado internacional

378 384 356 391 384 368 364 351 367 377 376

11529671003

828824765789

738812

761683

578682

426402

0

20

40

60

80

100

120

9091 9293 9495 9697 9899 0001 0203

Produccedilatildeo (milhotildees de ton) Aacuterea ( milhotildees de ha)

prev

Graacutefico 03- Produtividade de gratildeos no Brasil na uacuteltima deacutecada Fonte Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento

Souza (1999) relata que a elevaccedilatildeo da produtividade na agricultura

eacute muito importante porque tambeacutem contribui para reduzir a pobreza na aacuterea urbana

pela elevaccedilatildeo dos salaacuterios nominais e reais e com isso melhora a distribuiccedilatildeo de

renda em toda a economia Agrave medida em que esta realidade se apresenta diminui a

pobreza absoluta geralmente medida pelo consumo diaacuterio de calorias per capita

39

Com o crescimento da renda as pessoas reduzem o consumo de calorias e passam

a ingerir quantidade maior de proteiacutenas

A necessidade de manter a produccedilatildeo acelerada tanto para a

exportaccedilatildeo como para suprir o mercado interno exige do produtor um aumento da

produtividade que pode ser conseguido pela adoccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

uma vez que existem limites para o aumento da produccedilatildeo apenas mediante a

expansatildeo da aacuterea cultivada (SOUZA 1999 p281)

Streeter (1988) ensina que as inovaccedilotildees tecnoloacutegicas devem ter agrave

frente as universidades puacuteblicas com forte ecircnfase na pesquisa no ensino e na

extensatildeo seguidas das empresas privadas que podem consolidar as soluccedilotildees com

propostas em niacutevel comercial

No conceito de Sorima Neto (1999) o agricultor na busca de

melhorar sua produtividade pode contar inclusive com a ajuda de sateacutelite para

aumentar a colheita Os agricultores do interior de Minas Gerais e de Mato Grosso

conseguem produzir tanto quanto os agricultores americanos o que corresponde a

180 sacas de milho por hectare sendo que a meacutedia brasileira oscila entre 100 e 120

sacas dependendo da regiatildeo

A produtividade conta tambeacutem com a biotecnologia no

desenvolvimento de sementes resistentes a pragas e a inseticidas e plantas que se

adaptam bem a solos pobres e de clima seco Na pecuaacuteria - com as teacutecnicas de

inseminaccedilatildeo artificial e transferecircncia de embriotildees atraveacutes da engenharia geneacutetica -

pode-se produzir bois que rendem o dobro de carne e vacas que geram mais de

quarenta bezerros em um ano O periacuteodo de gestaccedilatildeo de nove meses das vacas eacute

multiplicado pelo artifiacutecio dos embriotildees congelados

O aumento da produtividade por parte dos produtores decorrente da

maior acumulaccedilatildeo de capital e do progresso tecnoloacutegico resulta no aumento do

volume total ofertado reduzindo dessa maneira o preccedilo dos produtos

agropecuaacuterios Pereira (1999) acrescenta que tornou-se indispensaacutevel para o

produtor rural a busca pelo aumento da produtividade o que soacute eacute possiacutevel com

investimentos elevados e adoccedilatildeo de novos processos produtivos que possibilitem a

expansatildeo da produccedilatildeo brasileira Como a estrutura agraacuteria natildeo apresentou avanccedilos

e os pequenos produtores natildeo foram capazes de absorver os avanccedilos tecnoloacutegicos

por falta de escolaridade o meacutedio e o grande produtor assumiram esse setor

implementando novas tecnologias e se adequando ao processo de inovaccedilatildeo

40

Assim aquele produtor que natildeo tem capacidade de investimento

natildeo consegue manter-se no processo e acaba por vender sua propriedade em

funccedilatildeo da sua incapacidade de escala Embora o setor esteja com sua produtividade

em franco crescimento uma grande parte dos produtores em geral pequenos

produtores estatildeo faturando muito pouco ou o suficiente para sobreviver e manter

sua propriedade porque ainda lhes faltam condiccedilotildees e visatildeo econocircmica para

buscar outra fonte para a venda dos seus produtos aleacutem do mercado fiacutesico

61 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DA SOJA

A produccedilatildeo mundial de soja para a safra 20022003 deve chegar a

1894 milhotildees de toneladas de gratildeos segundo dados estatiacutesticos da USDA De

acordo com levantamentos realizados pela Conab a safra brasileira 20012002 foi

de 419 milhotildees de toneladas com perspectiva de colheita recorde em 20022003 na

ordem de 503 milhotildees de toneladas de gratildeo Esses nuacutemeros correspondem a 26

da produccedilatildeo mundial com destaque para os estados do Mato Grosso Paranaacute e Rio

Grandes do Sul atualmente os maiores produtores nacionais conforme demonstra

o graacutefico 04 (TAVARES 2002)

Produccedilatildeo outros paiacuteses74

Produccedilatildeo brasileira

26

Produccedilatildeobrasileira Produccedilatildeo outrospaiacuteses

1391

503

41

Graacutefico 04ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de soja para safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Na safra da soja de 20012002 o Brasil teve uma produccedilatildeo de

4284 sacas por hectare equivalente a 1036 sacas de 60 kgs por alqueire paulista

Na safra de 20022003 a estimativa da aacuterea a ser cultivada eacute de 180 milhotildees de

hectares e produccedilatildeo de 503 milhotildees de toneladas de gratildeos Mantendo esta

previsatildeo o aumento na aacuterea cultivada seraacute de 10 da produccedilatildeo de 20 e da

produtividade 85 conforme revela o graacutefico 05 (CONAB 2003c)

419

503

163 180

0

10

20

30

40

50

60

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 05ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

soja de 20012002 e 20022003

A produccedilatildeo brasileira de soja para a safra 20022003 deve chegar a

503 milhotildees de toneladas de gratildeos segundo dados estatiacutesticos da Conab A

mesma fonte ressalta que a produccedilatildeo paranaense de 20012002 foi de 92 milhotildees

de toneladas com perspectiva de colheita recorde em 20022003 na ordem de 102

milhotildees de toneladas de gratildeos e que corresponde a 20 da produccedilatildeo brasileira

conforme demonstra o graacutefico 06 (CONAB 2003c)

42

Produccedilatildeo Outros

Estados80

Produccedilatildeo Paranaacute

20

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

401

102

Graacutefico 06ndash Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de soja na safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Outros dados da Conab (2003c) registram que o Paranaacute colheu na

safra de 20012002 4791 sacas por hectare o que corresponde a 11594 sacas de

60 kgs por alqueire paulista - foi superior a meacutedia nacional em 1183 Na safra de

20022003 estima-se uma colheita de 102 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma

aacuterea de 35 milhotildees de hectares de terras - Corresponde um aumento na aacuterea de

quase 10 aumento na produccedilatildeo de 108 e na produtividade de 139 como

demonstra o graacutefico 07 Com a obtenccedilatildeo da produtividade de 4857 sacas por

hectare que corresponde a 11753 sacas de 60 kgs por alqueire paulista a

produtividade seraacute superior a meacutedia nacional em 5

43

92102

32 35

0

2

4

6

8

10

12

Safra 20012002 Safra 20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 07ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de soja de 20012002 e 20022003

Tavares (2002) comenta que se for considerado que o custo de

produccedilatildeo da safra brasileira gira em torno de 40 inferior ao custo dos produtores

nortes americanos com uma produtividade superior em quase 20 e rentabilidade

que varia entre 25 a 30 o produtor de soja brasileiro tem todas as condiccedilotildees de

competitividade podendo produzir - natildeo soacute para o mercado interno - como aumentar

as exportaccedilotildees para o mercado internacional Contudo ressalta que os pequenos e

meacutedios produtores deveratildeo ter certa dificuldade para realizar esse tipo de operaccedilatildeo

pelo fato de natildeo efetuarem diretamente a comercializaccedilatildeo externa da sua produccedilatildeo

Desde os anos 70 o Brasil manteacutem uma posiccedilatildeo de respeito no

mercado mundial da soja Santana (1984) explica que essa importacircncia se daacute por

trecircs razotildees 1) Pelo grau de modernizaccedilatildeo alcanccedilado nas unidades agriacutecolas de

produccedilatildeo de soja 2) Pelo periacuteodo de produccedilatildeo da soja brasileira que entra no

mercado internacional no periacuteodo de entressafra da soja americana e 3) Pelo maior

teor de oacuteleo e de proteiacutena existente no gratildeo de soja produzido no Brasil

A modernizaccedilatildeo das propriedades rurais estaacute diretamente

relacionada com a mecanizaccedilatildeo das lavouras que eacute praticamente completa em

todas as fases do processo produtivo que vai desde a preparaccedilatildeo da terra ateacute a

colheita Nas grandes regiotildees de cultivo desta cultura se concentra mais da metade

da frota de tratores do paiacutes Sabe-se que natildeo eacute a totalidade desta frota destinada agraves

44

lavouras de soja mas pela magnitude da aacuterea de soja plantada nas regiotildees e pelos

altos iacutendices de produccedilatildeo alcanccedilados pode-se deduzir que parte consideraacutevel

dessa frota regional faccedila parte da base teacutecnica da produccedilatildeo dessa oleaginosa Eacute de

conhecimento puacuteblico que a cultura da soja exige um dos maiores niacuteveis de

mecanizaccedilatildeo em todos os estaacutegios de sua produccedilatildeo(AYRES 1985)

62 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DO MILHO

Na escala da produccedilatildeo mundial de milho os Estados Unidos

aparece com a maior participaccedilatildeo na ordem de 405 a China em segundo lugar

com 191 e o Brasil com uma produccedilatildeo de 6 Segundo dados estatiacutesticos da

USDA a produccedilatildeo mundial de milho para a safra 20022003 deve chegar a 5916

milhotildees de toneladas de gratildeos conforme demonstra o graacutefico 8 (MOREIRA 2002)

Produccedilatildeo Brasileira

6

Produccedilatildeo Outros Paiacuteses

94ProduccedilatildeoBrasileiraProduccedilatildeo OutrosPaiacuteses

5541 375

Graacutefico 08ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de milho para a safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Na safra 20012002 o Brasil teve uma produccedilatildeo de 5240 sacas por

ha o que corresponde a 127 sacas de 60 kgs por alqueire paulista Na safra de

45

20022003 a estimativa da aacuterea a ser cultivada eacute de 122 milhotildees de hectares e

produccedilatildeo de 375 milhotildees de toneladas de gratildeos com produtividade de 5123

sacas por hectare correspondendo a 124 sacas de 60 kgs por alqueire paulista Se

persistir essa previsatildeo haveraacute aumento na aacuterea de 3 de 1 na produccedilatildeo e

produtividade inferior em 2 conforme demonstra o graacutefico 09 (CONAB 2003b)

371 375

118 122

05

10152025303540

Safra20012002

Previsatildeo Safra2022003

Produccedilatildeo(milhotildees ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 09ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

milho de 20012002 e 20022003

Na previsatildeo da produccedilatildeo brasileira de 375 milhotildees de toneladas de

gratildeos de milho para a safra 20022003 o Estado do Paranaacute deveraacute contribuir com

uma safra de 117 milhotildees de toneladas o correspondente a quase 13 da produccedilatildeo

nacional conforme graacutefico 10 (CONAB 2003b)

46

Produccedilatildeo Paranaacute

31Produccedilatildeo Outros

Estados 69

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

258

117

Graacutefico 10ndash Previsatildeo da produccedilatildeo Brasileira e Paranaense de milho para a safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Ainda de acordo com os dados da Conab (2003b) o Paranaacute colheu

na safra de 20012002 6265 sacas por hectare o que corresponde a 15161 sacas

de 60 kgs por alqueire paulista superior agrave meacutedia nacional em 195 Na safra de

20022003 a Conab estima que o plantio seraacute em 263 milhotildees de hectares e a

colheita de 1176 milhotildees de toneladas de gratildeos O aumento da aacuterea seraacute de 5 da

produccedilatildeo 25 e da produtividade perto de 20 com a obtenccedilatildeo da produtividade

de 7452 sacas por hectare que corresponde a 18033 sacas de 60 kgs por alqueire

paulista tambeacutem superior a meacutedia nacional em 455 conforme o graacutefico 11

47

936

1176

249 263

02468

101214

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton) Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 11ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de milho de 20012002 e 20022003

Tradicionalmente os preccedilos do milho sempre estiveram proacuteximos do

preccedilo miacutenimo pago pelo governo fazendo com que o Estado constantemente

promovesse intervenccedilotildees no mercado para garantir receita ao produtor rural Com a

exportaccedilatildeo do produto favorecido pelas altas taxas de cacircmbio nos anos de 2001 e

2002 o preccedilo passou a ter referecircncia na paridade dos preccedilos de exportaccedilatildeo

proporcionando ao produtor uma melhora substancial no preccedilo do milho cultivado

(MOREIRA 2002)

De acordo com Alves (1998) a cultura do milho expandiu-se no

territoacuterio nacional assim como as demais exploraccedilotildees tradicionais usando a

tecnologia primitiva com o produtor derrubando as matas a procura da fertilidade

natural dos solos O milho hiacutebrido apareceu na deacutecada de 1950 e o uso de

maacutequinas equipamentos e fertilizantes tornou-se significativo a partir da deacutecada de

1970 Portanto a cultura se estabeleceu no paiacutes com uma tecnologia de niacutevel de

produtividade baixo e tambeacutem compatiacutevel com a dotaccedilatildeo de fatores em que a terra

e a matildeo-de-obra eram abundantes Com o crescimento e a diversificaccedilatildeo do

mercado interno de trabalho de produtos e de insumos a consequumlente

industrializaccedilatildeo a urbanizaccedilatildeo e a competiccedilatildeo proporcionada pela abertura do

comeacutercio internacional houve mudanccedilas dramaacuteticas nas exigecircncias tecnoloacutegicas da

48

agricultura nacional hoje mais fundamentada na ciecircncia e em teacutecnicas de cultivo

que procuram usar a terra mais intensamente e com o miacutenimo de matildeo-de-obra

63 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DO CAFEacute

A atividade cafeeira vem representando ao longo dos uacuteltimos anos

um importante fator de desenvolvimento econocircmico e social para muitos paiacuteses

Segundo Moricochi et al (1997) o cafeacute movimentou mais de US$ 40 bilhotildees no

mercado mundial em 1997 constituindo-se em uma importante atividade para a

geraccedilatildeo de emprego e renda sendo que mais de 20 milhotildees de pessoas no mundo

dependem diretamente dessa atividade

A produccedilatildeo mundial de cafeacute beneficiado para a safra 20022003

deve chegar a 1209 milhotildees de sacas de 60 quilos pelos dados estatiacutesticos da

USDA Em levantamentos realizados pela Conab (2003a) a safra brasileira

20022003 estaacute estimada em 472 milhotildees de sacas beneficiadas com 373 milhotildees

de cafeacute araacutebica e 99 milhotildees de cafeacute robusta sendo considerada a maior produccedilatildeo

da histoacuteria do Brasil conforme demonstra o graacutefico 12

Produccedilatildeo Brasileira

39

Produccedilatildeo Outros Paiacuteses61

ProduccedilatildeoBrasileiraProduccedilatildeo OutrosPaiacuteses

737 472

Graacutefico 12ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de cafeacute para a safra 20022003 (em milhotildees de sacas de 60 kgs de cafeacute beneficiado)

49

Esse recorde se deve agraves oacutetimas condiccedilotildees climaacuteticas no periacuteodo de

floraccedilatildeo e formaccedilatildeo dos gratildeos e tambeacutem pela mudanccedila no perfil do parque cafeeiro

nacional Nas aacutereas tradicionais de plantio no sul de Minas Gerais Satildeo Paulo e

Paranaacute as lavouras antigas estatildeo sendo substituiacutedas desde 1994 por cafezais de

plantio adensados (MORAES FILHO 2002)

De acordo com a Conab (2003a) o Brasil colheu - na safra de

20012002 - 243 milhotildees de toneladas de cafeacute beneficiados o que corresponde a

4052 milhotildees de sacas em uma aacuterea de 237 milhotildees de hectares Para a safra de

20022003 o Brasil deveraacute colher 283 milhotildees de toneladas de cafeacute em uma aacuterea de

258 milhotildees de hectares o que corresponde a 472 milhotildees de sacas beneficiadas

em 48 milhotildees de peacutes de cafeacute em franca produccedilatildeo sendo mais da metade em

Minas Gerais A produccedilatildeo de 1841 sacas de 60 kgs por hectare corresponde a

4455 sacas por alqueire paulista O aumento na aacuterea seraacute de 886 na produccedilatildeo

1646 e 7 na produtividade conforme demonstra o graacutefico 13

243

283

237

258

212223242526272829

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 13ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

cafeacute de 20012002 e 20022003

Para Moraes Filho (2002) o mercado estaacute apresentando reduccedilotildees

contiacutenuas nas cotaccedilotildees internacionais nas uacuteltimas cinco safras devido ao

significativo aumento na oferta resultado de incremento na produccedilatildeo em paiacuteses

tradicionais e principalmente em paiacuteses que ateacute entatildeo natildeo eram exportadores

50

importantes No final do ano de 2001 e iniacutecio de 2002 os preccedilos do cafeacute no mercado

internacional atingiram o menor niacutevel dos uacuteltimos 30 anos Nas safras de 19981999

19992000 e 20002001 a produccedilatildeo mundial de cafeacute foi superior ao consumo

permitindo a recomposiccedilatildeo dos estoques nos paiacuteses importadores A partir da safra

20032004 poderaacute ocorrer uma recuperaccedilatildeo das cotaccedilotildees dos preccedilos internacionais

diante da perspectiva da reduccedilatildeo nas aacutereas de plantio do cafeacute em especial no Brasil

e no Vietnatilde primeiro e segundo exportadores mundiais seguidos de paiacuteses da

Ameacuterica Central

Com a recuperaccedilatildeo dos preccedilos o Brasil tende a apresentar um

sensiacutevel crescimento neste mercado em que o segmento que mais cresce eacute o de

cafeacutes expressos cujo blend natildeo pode dispensar o cafeacute brasileiro com corpo

fundamental para a qualidade do cafeacute expresso (HEMERLEY 2001)

Na previsatildeo da produccedilatildeo brasileira de 470 milhotildees de sacas de cafeacute

beneficiadas para a safra 20022003 o Estado do Paranaacute deveraacute contribuir com uma

safra de 23 milhotildees de sacas o que corresponde a 5 da produccedilatildeo nacional

conforme demonstra o graacutefico 14

Produccedilatildeo Paranaacute

5

Produccedilatildeo Outros

Estados95

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

449 23

Graacutefico 14ndash Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e Paranaense de cafeacute para a safra 20022003 (em milhotildees de sacas de 60 kgs de cafeacute beneficiadas)

51

Segundo a Conab (2003a) o Paranaacute colheu na safra de 20012002

1851 sacas de cafeacute beneficiadas por hectare o equivalente a 4479 sacas por

alqueire A estimativa para a colheita na safra de 20022003 eacute de 1685 sacas por

hectare O que corresponde a 4077 sacas beneficiadas por alqueire paulista Se

confirmada esta previsatildeo haveraacute uma reduccedilatildeo de 27 na aacuterea plantada na

produccedilatildeo 115 e na produtividade 89 conforme demonstra o graacutefico 15

Ressalte-se tambeacutem que a produtividade no Estado do Paranaacute seraacute 7 inferior agrave

produtividade nacional

1452

128513071271

115120125130135140145150

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo (em milton)Aacuterea (em mil ha)

Graacutefico 15ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de cafeacute de 20012002 e 20022003

52

7 AS MODALIDADES DE COMERCIALIZACcedilAtildeO DOS PRODUTOS AGRIacuteCOLAS

Produtores rurais normalmente natildeo tecircm ou tecircm pouco poder de negociaccedilatildeo vendendo seus produtos em

mercados de pouca concorrecircncia Na maioria das vezes os preccedilos satildeo determinados pelos compradores

dentro dos limites impostos por outros concorrentes Segundo Boone e Kurtz (1998) a determinaccedilatildeo do

preccedilo de venda de um produto pode ser efetivado de duas diferentes formas o preccedilo de mercado e o preccedilo de

custo cada qual proporcionando dois meacutetodos puros de determinaccedilatildeo de preccedilos O preccedilo a ser pago por

certo produto eacute derivado do equiliacutebrio obtido entre a quantidade de oferta deste produto e a demanda por ele

estimulada O risco de flutuaccedilotildees adversas de preccedilos eacute um dos fatores que mais incomodam os produtores

rurais e todos os que precisam comercializar seus produtos Pelas suas caracteriacutesticas os preccedilos dos produtos

agriacutecolas estatildeo sujeitos a grandes oscilaccedilotildees satildeo de difiacutecil previsatildeo e geram muitas dificuldades nessa

tomada de decisatildeo

Para Bressan (1999) eacute indispensaacutevel que o produtor rural antes de iniciar a produccedilatildeo estabeleccedila a estrateacutegia

de comercializaccedilatildeo conheccedila os mercados canais de distribuiccedilatildeo tendecircncias e identifique oportunidades de

mercado

A anaacutelise do mercado eacute de fundamental importacircncia para o produtor As informaccedilotildees produzidas pelo estudo

do mercado permitem ao produtor identificar as necessidades nichos onde vai atuar oportunidade para

colocar o produto na hora certa tendecircncias do comportamento do mercado com relaccedilatildeo a sua ascensatildeo ou

decliacutenio (MAXIMIANO 2000 p401)

Para Azevedo (1997 p51) os produtos agropecuaacuterios diferem dos outros uma grande parte consiste em

produtos alimentares mas outros - como tecidos ou borracha - atendem a outros diferentes anseios dos

consumidores Alguns satildeo pereciacuteveis como eacute o caso dos derivados do leite enquanto outros podem ser

estocados por mais tempo sem cuidados exagerados como eacute o caso do cafeacute e ateacute mesmo do milho e da soja

Os produtos agropecuaacuterios satildeo basicamente bens de primeira necessidade e por consequumlecircncia costumam ter

um baixo valor unitaacuterio

Segundo Azevedo (1997 p53) a produccedilatildeo agriacutecola sofre as restriccedilotildees ditadas pela natureza e sua oferta

depende de dois elementos relevantes a) as condiccedilotildees climaacuteticas e b) o periacuteodo de maturaccedilatildeo dos produtos

No primeiro caso o resultado da atividade agriacutecola tanto em termos quantitativos quanto qualitativos eacute

particularmente dependente das condiccedilotildees do tempo Desse modo um elemento aleatoacuterio condiciona a

produccedilatildeo agriacutecola e consequumlentemente a comercializaccedilatildeo dos produtos agropecuaacuterios Avanccedilos

53

tecnoloacutegicos como eacute o caso da irrigaccedilatildeo permitem a reduccedilatildeo desse efeito aleatoacuterio proveniente das

condiccedilotildees climaacuteticas No entanto excluindo a produccedilatildeo em estufas ndash economicamente inviaacutevel para grandes

volumes de produccedilatildeo ndash a atividade agriacutecola ainda depende profundamente das condiccedilotildees climaacuteticas

No segundo caso a natureza impotildee um espaccedilo de tempo entre a decisatildeo de investir e a efetiva produccedilatildeo

agriacutecola Eacute a interferecircncia das estaccedilotildees do ano e a sazonalidade A sucessatildeo de safras e entressafras decorre

da natureza bioloacutegica da produccedilatildeo agriacutecola Tipicamente a produccedilatildeo agriacutecola concentra-se em algumas

eacutepocas do ano O cafeacute por exemplo tem sua colheita na entrada do inverno A carne bovina por sua vez tem

o pico da safra durante o outono quando as chuvas comeccedilam a escassear Esta caracteriacutestica sazonal eacute uma

determinante fundamental no comportamento dos preccedilos na hora da comercializaccedilatildeo

Para Azevedo (1997 p54) o cafeicultor pode armazenar sua safra colhida por exemplo mas isso tem um

custo Aleacutem do custo de armazenagem existe o custo financeiro de deixar o produto parado O cafeicultor

que natildeo transforma sua colheita em dinheiro estaacute abdicando da taxa de juros que o valor da colheita poderia

receber no mercado financeiro Do mesmo modo acontece com o pecuarista que pode manter seus bois

durante o inverno mas a entrada da seca no entanto encarece a manutenccedilatildeo dos animais Como

consequumlecircncia o preccedilo desses insumos varia ao longo das estaccedilotildees do ano de modo a premiar aqueles que

vendem seus produtos fora da safra A comercializaccedilatildeo dos produtos agropecuaacuterios necessariamente

subordina-se ao comportamento sazonal O ritmo da produccedilatildeo das vendas e a formaccedilatildeo dos estoques

caminham conforme determinam as estaccedilotildees do ano As atividades agropecuaacuterias ainda estatildeo longe da linha

de produccedilatildeo industrial na qual o empresaacuterio pode controlar com maior cuidado o tempo a quantidade e a

qualidade do produto

As principais alternativas que os produtores rurais tecircm para comercializar seus produtos satildeo

a) Venda na eacutepoca da colheita

b) Venda antes da colheita atraveacutes de contrato com preccedilo fixado ou a fixar

c) Venda antecipada por meio de Ceacutedula do Produtor Rural (CPR)

d) Venda atraveacutes de contrato no mercado futuro

A venda fiacutesica no balcatildeo ou a venda informal na eacutepoca da colheita permite que comprador e vendedor

negociem seus preccedilos de acordo com o momento e os seus interesses chegando em um consenso que

beneficie a ambos

Segundo Mendes (1982) nesse tipo de comercializaccedilatildeo o produtor entrega a sua produccedilatildeo na eacutepoca da

colheita pelo preccedilo em vigor que geralmente estaacute aviltado pela elevaccedilatildeo da oferta dos produtos no mercado

54

Ao escolher esta alternativa o produtor abandona qualquer ganho de possiacuteveis aumentos dos preccedilos e

tambeacutem perde a possibilidade de obter um preccedilo meacutedio mais compensador atraveacutes de diversos periacuteodos O

agricultor que segura o produto para vender na eacutepoca da colheita acredita que fatores exoacutegenos provocaratildeo

um aumento no preccedilo do produto

De acordo com Aguiar (1999) os preccedilos do mercado fiacutesico tendem a seguir o caminho dos mercados futuros

Isso natildeo significa que a variaccedilatildeo do preccedilo futuro esteja causando variaccedilatildeo no preccedilo agrave vista mas que ambos

tendem a se mover no mesmo sentido diante das mudanccedilas nos fundamentos do mercado O movimento

conjunto dos preccedilos nos mercados fiacutesicos e futuro decorre do fato de as operaccedilotildees poderem ser concluiacutedas

por entrega do produto Assim preccedilo agrave vista e a futuro tendem a convergir agrave medida que se aproxima a eacutepoca

da entrega

Na modalidade de pagamento antecipado com entrega futura a induacutestria ou o cerealista efetua adiantamento

do capital de giro aos produtores antes do plantio em troca do recebimento dos produtos na eacutepoca da

colheita

A CPR eacute uma ceacutedula garantida pelo Banco do Brasil regulado por lei que permite a negociaccedilatildeo antecipada

por parte dos agricultores em leilotildees organizados para esse fim A vantagem da CPR em relaccedilatildeo a outras

formas de venda antecipada eacute que a ceacutedula - por ter garantia de instituiccedilatildeo financeira - apresenta maior

liquidez O tiacutetulo pode ser emitido em qualquer fase da safra ou seja antes do plantio durante o

desenvolvimento da cultura na colheita ou ateacute mesmo quando o produto jaacute estiver colhido (MARQUES

MELLO1999)

A legislaccedilatildeo que criou e regulamentou as operaccedilotildees com CPR foi instituiacuteda em 1994 para satisfazer agrave

demanda dos produtores cujo objetivo era financiar suas safras com a venda antecipada da produccedilatildeo para as

instituiccedilotildees financiadoras Ateacute o final da deacutecada dos anos 80 as vendas antecipadas de soja jaacute eram bastante

difundidas entre os produtores e cerealistas da regiatildeo dos cerrados apesar da falta de normatizaccedilatildeo Esta seria

entatildeo a melhor forma de captar recursos para o plantio da safra A princiacutepio estas operaccedilotildees natildeo eram

ldquotravadasrdquo em preccedilo Eram negociadas atraveacutes de contratos com preccedilos a fixar onde o produtor comprometia

um volume maior de soja contra o adiantamento do recurso para o custeio da safra A fixaccedilatildeo do preccedilo era

feita apoacutes a entrega dos gratildeos e o saldo restante era entatildeo pago ao produtor Em 1987 a empresa Cutrale

Quintella passou a oferecer a preacute-fixaccedilatildeo da soja ou soja verde em que jaacute ficava travado no fechamento da

55

operaccedilatildeo preccedilo futuro internalizado e cacircmbio Com isso os produtores obtinham uma proteccedilatildeo de preccedilo que

compreendia tambeacutem o frete rodoviaacuterio repassando este risco para os cerealistas (PIMENTEL 2000)

No Brasil a fixaccedilatildeo antecipada de preccedilos dos produtos agriacutecolas fora dos mercados futuros da BMampF

costuma ser mais cocircmoda para o produtor devido agraves poucas garantias exigidas menor acompanhamento de

mercado e ausecircncia de ajustes financeiros diaacuterios Ressalte-se que o custo dessa comodidade costuma ser

excessivamente alto consumindo parcela significativa dos lucros dos produtores pois os preccedilos fornecidos

pelos compradores embutem seus custos operacionais e principalmente os riscos de queda dos preccedilos no

mercado internacional (AGRIANUAL 2000)

Para Souza (1995) os pequenos produtores se dariam melhor se utilizassem agraves cooperativas porque elas

podem se constituir em um elo entre o produtor rural e as bolsas de mercadorias Ao utilizar essa estrateacutegia a

cooperativa atraveacutes de seu quadro de funcionaacuterios especializados natildeo soacute permitiria o acesso do pequeno

produtor ao financiamento do ajuste diaacuterio como tambeacutem administraria cotaccedilotildees e preccedilos dos produtos nos

mercados

Azevedo (1997 p51) ressalta que o ato de comprar e vender natildeo eacute uma tarefa trivial A adoccedilatildeo de um

mecanismo de comercializaccedilatildeo inapropriado fatalmente implica em riscos com prejuiacutezos para o produtor

mesmo ele sendo competitivo em termos de eficiecircncia produtiva A competitividade depende profundamente

de sua eficiecircncia na comercializaccedilatildeo de seus produtos A escolha do mecanismo de comercializaccedilatildeo

portanto natildeo eacute aleatoacuteria

Para Coble e Barnett (1999) a bolsa de mercadorias em especial oferece aos produtores vaacuterios

instrumentos de gerenciamento de riscos O grande problema estaacute na falta de informaccedilotildees do produtor que

praticamente desconhece esse ferramental Espera-se que consultores cooperativas e profissionais com

experiecircncia e conhecimento desses instrumentos possam orientar os produtores oferecendo cursos

relacircmpago

Para Marques (2001) as estrateacutegias de gerenciamento de riscos de preccedilos compreendem a escolha de uma

alternativa de comercializaccedilatildeo ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias delas Os produtores devem fazer uso dessas

ferramentas para se protegerem do risco de flutuaccedilotildees de preccedilo que ocorre com os produtos agriacutecolas entre o

periacuteodo de plantio e sua venda efetiva na eacutepoca da colheita

Segundo Tsunechiro (1983) a administraccedilatildeo do problema dos riscos na comercializaccedilatildeo dos produtos

agriacutecolas surgiu no seacuteculo XIX O crescimento da industrializaccedilatildeo originou maior necessidade de capital e

56

creacutedito e tambeacutem os riscos crescentes do preccedilo devido basicamente ao aumento da competiccedilatildeo entre os

produtores e os agentes de comercializaccedilatildeo A necessidade de volumes de capital de giro foi realizada pelos

sistemas bancaacuterios nacionais e internacionais e a necessidade de grandes volumes de capitais destinados ao

novo tipo de produccedilatildeo foi atendida pelas bolsas de valores Para que os riscos de preccedilos fossem transferidos

algueacutem deveria estar disposto a assumiacute-los surgem entatildeo as bolsas de futuros com este propoacutesito e

juntamente com ela o especulador

Hull (2000) Williams (1999) e Alexander (2002) afirmam que os especuladores satildeo fundamentais nas

operaccedilotildees em mercado futuro porque eles na tentativa de ganho faacutecil assumem os riscos que os produtores

e compradores tentam evitar dando ao mercado a liquidez necessaacuteria agrave viabilizaccedilatildeo dos negoacutecios

Os mercados de futuro abrem a possibilidade de estabilizaccedilatildeo e

menores riscos permitindo melhor planejamento reduccedilatildeo de custos nas

transaccedilotildees com maiores ganhos nas safras colhidas De acordo com Marques

(2000 p215) e Teixeira (2002) os mercados futuros de commodities agropecuaacuterios

satildeo uma forma de propiciar um certo ldquosegurordquo em meio a tantos riscos para o

produtor rural para a induacutestria agro-processadora e para todos aqueles que deteacutem o

produto ou contratos sobre o mesmo possibilitando uma ldquogarantiardquo quanto agrave queda

ou agrave elevaccedilatildeo do preccedilo Os mercados futuro satildeo uma forma eficaz de eliminaccedilatildeo

de um dos principais riscos da atividade agropecuaacuteria que eacute a incerteza de preccedilos

em um tempo futuro quando se daraacute a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

Segundo Schouchana (1997 p9) para o vendedor a operaccedilatildeo no

mercado futuro agropecuaacuterio atende agrave necessidade de fixar um preccedilo de venda de

sua mercadoria antecipadamente chamado travamento de preccedilo ou hedge para

se proteger do risco da queda de preccedilo e garantir uma margem de rentabilidade Previdelli (1999 p63) pondera que na operaccedilatildeo com hedge o indiviacuteduo seja comprador ou vendedor fixa

hoje o preccedilo a ser pago pelo produto em uma data futura Para o comprador o objetivo eacute fixar um preccedilo

maacuteximo a ser pago pelo produto que pretende obter enquanto que para o vendedor o objetivo eacute garantir um

preccedilo miacutenimo para a sua produccedilatildeo

Working (1962) define hedge como o uso de contratos como um substituto temporaacuterio de uma transaccedilatildeo

posterior no mercado agrave vista Assim a hedge pode envolver uma posiccedilatildeo vendida no mercado futuro contra

uma posiccedilatildeo comprada no mercado fiacutesico ou uma posiccedilatildeo comprada no mercado futuro contra um

57

compromisso de venda no mercado agrave vista ou ainda contra uma alta de preccedilos de mercadorias a serem

consumidas no futuro

Segundo Marques (2000 p212) um contrato futuro eacute uma obrigaccedilatildeo legalmente exigiacutevel de entregar ou

receber uma determinada quantidade de mercadoria de qualidade preacute-estabelecida pelo preccedilo ajustado no

pregatildeo

De acordo com Marques e Mello (1999) a principal funccedilatildeo dos mercados futuros eacute garantir que todos aqueles

que mantecircm interesse na compra ou venda de uma determinada mercadoria fiacutesica se protejam de eventuais

oscilaccedilotildees desfavoraacuteveis de preccedilos que possam ocorrer no futuro assegurando assim uma determinada

rentabilidade Saliente-se entretanto que em uma operaccedilatildeo em mercados futuros natildeo se recebe ou se paga

nenhum valor adiantadamente a natildeo ser os ajustes diaacuterios que satildeo uma fraccedilatildeo muito pequena com relaccedilatildeo ao

valor do contrato O ajuste diaacuterio eacute a diferenccedila diaacuteria constatada nas oscilaccedilotildees do mercado para cima ou para

baixo que a parte vendedora recebe da parte compradora quando o preccedilo cai e vice-versa conforme se

verifica nas tabelas 01 e 02

Ressalte-se que tanto vendedor como comprador aleacutem de natildeo se conhecerem poderatildeo sair do negoacutecio a

qualquer momento bastando para isso fechar os contratos fazendo a operaccedilatildeo contraacuteria desde que tenha no

mercado agentes interessados em comprar ou vender

TABELA 01ndash Exemplo de hedge e ajuste diaacuterio para o vendedor de cafeacute (hipoacutetese da venda de 5 contratos = 500 sacas)

DIA PRECcedilO DO

FECHAMENTO

BOLSA PSACA

AJUSTE

DIAacuteRIO

POSICcedilAtildeO DO VENDEDOR (PRODUTOR NO CASO)

1110 R$ 10000 R$000 O PRODUTOR NESTE DIA NAtildeDA PAGA E NAtildeDA

RECEBE

1210 R$ 9900 -R$100 O PRODUTOR RECEBE R$50000 PORQUE O PRECcedilO

NO MERCADO CAIU R$100 (R$100 X 500 SACAS)

1310 R$ 9700 -R$200 O PRODUTOR RECEBE R$100000 PORQUE O

PRECcedilO NO MERCADO CAIU R$200 (R$200 X 500

SACAS)

Fonte autor

58

TABELA 02ndash Exemplo de hedge e ajuste diaacuterio para o comprador de cafeacute (hipoacutetese da compra de 5 contratos = 500 sacas)

DIA PRECcedilO DO

FECHAMENTO

BOLSA PSACA

AJUSTE

DIAacuteRIO

POSICcedilAtildeO DO COMPRADOR (INDUSTRIAL OU

EXPORTADOR NO CASO)

1110 R$ 10000 R$000 O COMPRADOR NESTE DIA NAtildeDA PAGA E NAtildeDA

RECEBE

1210 R$ 9900 +R$100 O COMPRADOR PAGA R$50000 PORQUE O PRECcedilO NO

MERCADO CAIU R$100 (R$100 X 500 SACAS)

1310 R$ 9700 +R$200 O COMPRADOR PAGA R$100000 PORQUE O PRECcedilO

NO MERCADO CAIU R$200 (R$200 X 500 SACAS)

Fonte autor

71 A AGRICULTURA E OS ENTRAVES ECONOcircMICOS NA COMERCIALIZACcedilAtildeO

Para se ter uma ideacuteia melhor das mudanccedilas ora em curso haacute que se

fazer um diagnoacutestico da evoluccedilatildeo recente e as tendecircncias futuras do mercado

internacional de produtos agriacutecolas Segundo Dias e Barros (1998) a agricultura

brasileira tem se mostrado bastante dinacircmica frente agrave concorrecircncia internacional

ainda mais quando se leva em conta que o setor estaacute crescendo a despeito dos

subsiacutedios impliacutecitos nos preccedilos internacionais sobre os subsiacutedios e barreiras

protecionistas dos paiacuteses ricos que prejudicam a nossa agricultura

Brum (2003) relata que a agropecuaacuteria europeacuteia desde 1957

sempre foi protegida e subsidiada pelo Estado que em alguns casos chegou a

pagar o triplo do preccedilo do produto interno em relaccedilatildeo ao concorrente externo para

59

evitar a entrada dos produtos concorrentes promovendo o protecionismo tarifaacuterio

No dicionaacuterio ldquoAureacuteliordquo o sentido de subsiacutedio governamental estaacute no ato do Estado

adquirir a produccedilatildeo do agricultor por um preccedilo entendido pelo agricultor como

conveniente que natildeo se obriga a buscar novas alternativas de comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo

Nas palavras de Legrain (2002 p47) os paiacuteses ricos gastam perto

de 1 bilhatildeo de doacutelar por dia com subsiacutedios agriacutecolas A liberalizaccedilatildeo do comeacutercio dos

produtos agropecuaacuterios aliviaria o fardo dos consumidores dos paiacuteses ricos e

permitiria um grande passo aos agricultores dos paiacuteses pobres que vivem em

extrema dificuldade por causa desse protecionismo

As barreiras do mundo rico agrave importaccedilatildeo de alimentos impedem os

paiacuteses emergentes de sair da pobreza A esperanccedila dos menos favorecidos nesse

processo eacute que a Europa o Japatildeo e os EUA reduzam suas aliacutequotas de importaccedilatildeo

e subsiacutedios A Europa concede atualmente aos seus agricultores cerca de 93 bilhotildees

de doacutelares ao ano a tiacutetulo de ajuda financeira conforme demonstra o Graacutefico 16 Os

EUA cogitam em eliminar os subsiacutedios de exportaccedilatildeo concedidos aos seus produtos

agriacutecolas e tambeacutem em reduzir as aliacutequotas e subsiacutedios para os agricultores de todo

o mundo Soacute natildeo se sabe como os poliacuteticos americanos faratildeo para enfrentar a ira

dos fazendeiros (AS SEMENTES 2002)

6959

3521

0 20 40 60 80

1

Estados UnidosUniatildeo EuropeacuteiaJapatildeoSuiccedila

60

Graacutefico 16- Valor dos subsiacutedios pagos pelos governos aos produtores rurais da receita agriacutecola bruta em porcentagem (em bilhotildees de US$)

Fonte OCDE- Organizaccedilatildeo Cooperativas Desenvolvimento econocircmico

Uma das principais vantagens da globalizaccedilatildeo eacute o livre comeacutercio de

mercadorias o livre fluxo de recursos financeiros e o aumento do fluxo de

informaccedilotildees O livre comeacutercio de mercadorias deve ser visto como algo positivo pois

favorece a especializaccedilatildeo competitiva segundo vantagens comparativas

incentivando a eficiecircncia do produtor e a satisfaccedilatildeo do consumidor Eacute preciso

lembrar poreacutem que livre comeacutercio significa comeacutercio livre ou seja natildeo se pode

falar em comeacutercio livre quando se usam subsiacutedios e barreiras agrave importaccedilatildeo com

quotas leis unilaterais antidumping ou outros tipos de restriccedilotildees (LACOMBE

HEILBORN 2003)

Se as medidas de proteccedilatildeo fossem eliminadas por todos os paiacuteses

todos seriam beneficiados em maior ou menor escala conforme pode-se verificar no

graacutefico 17 A liberalizaccedilatildeo mundial do comeacutercio resultaria em cerca de 128 bilhotildees

de doacutelares de ganhos imediatos e muito mais que isso no futuro conforme detectou

pesquisa realizada pelo FMI ndash Fundo Monetaacuterio Internacional (OS NUgraveMEROS

2002 p50)

61

002040608

11214

AUSTRALIANZELANDIA

BRASIL

DEMAIS PAISES AMLATINA

CHINASUDESTE ASIATICO

LESTE ASIA

EUA

02 = 20 06 = 60 12 = 120

Graacutefico 17ndash Aumento de ganhos que teratildeo os paiacuteses na eliminaccedilatildeo dos subsiacutedios agriacutecolas e barreiras tarifaacuterias no mundo (aumento no PIB em porcentagem)

Fonte Fundo Monetaacuterio Internacional

Justifica-se assim um estudo acerca das alternativas potenciais

que permitam elevar a capacidade competitiva interna e a busca de uma opccedilatildeo para

melhorar e garantir um preccedilo de venda dos produtos agropecuaacuterios para amenizar

a situaccedilatildeo econocircmica dos perdedores no processo ou seja dos produtores rurais

brasileiros Timmer (1992) entende que uma das funccedilotildees da agricultura no processo

de desenvolvimento eacute a de ldquoreduzir a pobreza no meio ruralrdquo Na maioria dos paiacuteses

o nuacutemero de pessoas pobres eacute muito maior no campo que no meio urbano No

entanto como elas se encontram dispersas em imensas aacutereas o problema natildeo fica

tatildeo evidente como nas favelas da periferia das grandes cidades

Dias e Barros (1998) ressaltam que a agricultura brasileira vem

passando por um processo intenso de internacionalizaccedilatildeo O setor encontra-se

quase que completamente atrelado agraves condiccedilotildees do mercado internacional Os

preccedilos operados internamente satildeo determinados externamente Segundo Caixeta

(2002) com a abertura da Economia nos anos 90 o setor que mais obteve sucesso

62

com contas externas foi o agronegoacutecio fechando o ano de 2001 com saldo positivo

de 19 bilhotildees de doacutelares entre importaccedilotildees e exportaccedilotildees tornando-se a principal

forccedila do governo para equilibrar as contas externas do Brasil

A adaptaccedilatildeo agraves condiccedilotildees externas em um ambiente de ausecircncia

quase total de mecanismos internos de defesa da renda agriacutecola como faz o

governo dos EUA Uniatildeo Europeacuteia Japatildeo e outros com subsiacutedio aos produtores

rurais reforccedila a necessidade do Brasil reestruturar o seu mercado domeacutestico

Tambeacutem os processos de abertura e integraccedilatildeo regional no Mercosul acabaram por

forccedilar um aumento na competiccedilatildeo entre regiotildees produtoras e entre agentes de

comercializaccedilatildeo e financiamento (DIAS BARROS 1998)

O produtor rural deve estar sempre atento aos acontecimentos que

ocorrem no mundo porque a demanda e a oferta por produtos agropecuaacuterios e as

demais condiccedilotildees do mercado estatildeo constantemente mudando e por

consequumlecircncia afetando os seus lucros Assim pode-se afirmar que uma forte

geada na Floacuterida afeta negativamente a produccedilatildeo de laranja nos Estados Unidos o

preccedilo e por consequumlecircncia afeta para melhor o preccedilo da laranja do Brasil

(MARQUES MELLO 1999)

O mercado agropecuaacuterio convive constantemente com as variaccedilotildees

de preccedilos dos produtos e quase sempre o produtor recebe pouco e o consumidor

pago caro pelo produto ficando a grande fatia do lucro nas matildeos dos

intermediaacuterios Para Souza (1995) os intermediaacuterios mais conhecidos como

especuladores no sentido econocircmico eacute todo elemento que tenta prever as

mudanccedilas dos preccedilos dos produtos no mercado e se antecipa para realizar lucros

com a venda ou a compra desses commodities

Segundo Forbes (1991) a principal preocupaccedilatildeo do especulador eacute

aumentar o seu capital ele tanto pode comprar como vender no mesmo dia quanto

especular com um empreendimento desde que natildeo tenha longa duraccedilatildeo

Ferreira e Horita (1996) ressaltam que apesar da conotaccedilatildeo

negativa da palavra em portuguecircs (pelo Aureacutelio especulador pode ser aquele que

age de maacute feacute) a origem do termo estaacute no latim speculare espelhar refletir O

especulador compra ou vende um determinado ativo com o uacutenico objetivo de fazer

lucro

Para Bacchi (1998) o especulador no mercado futuro eacute um agente

que tem como objetivo beneficiar-se das variaccedilotildees favoraacuteveis dos preccedilos nesse

63

mercado Natildeo tem qualquer interesse na mercadoria objeto do contrato mas toma

para si os riscos e garante a liquidez dos contratos

Na cadeia de comercializaccedilatildeo Marques e Mello (1999) enfatizam

que o aspecto mais importante do sistema de livre mercado eacute a orientaccedilatildeo para

atender aos desejos dos consumidores - o consumidor eacute quem manda - se por

exemplo os consumidores quiserem mais camaratildeo do que existe no mercado

aquele que estiverem dispostos a alocar recursos para consumir daqueles produtos

poderatildeo usufruir dele Consequumlentemente os donos dos restaurantes e os

atacadistas elevaratildeo os preccedilos isso encorajaraacute os navios pesqueiros a dedicarem

mais horas na pesca do produto Se a situaccedilatildeo persistir por mais tempo e na

ausecircncia de impedimentos pescadores que se dedicam a outras atividades se

deslocaratildeo para a pesca de camaratildeo aumentando a oferta e fazendo com que o

preccedilo caia

64

8 O MERCADO FUTURO AGROPECUAacuteRIO NO BRASIL

Segundo Marques e Mello (1999) As bolsas de gratildeos surgiram no iniacutecio do seacuteculo XIX nos Estados

Unidos como locais para transaccedilotildees agrave vista normalmente em lotes de um vagatildeo de trem ou de um barco Foi durante

mais de 70 anos auto-regulado pelas proacuteprias bolsas Somente nas deacutecadas de 1920 e 1930 iniciou-se a

regulamentaccedilatildeo governamental com a criaccedilatildeo de oacutergatildeos objetivando disciplinar e fiscalizar o mercado Existem atualmente dois oacutergatildeos regulatoacuterios a SEC (Securities Exchange Commission) e a CFTC (Commodities Futures

Trading Commission) Embora com suas esferas proacuteprias de atuaccedilatildeo com o primeiro lidando com valores

mobiliaacuterios e o segundo com mercados futuros esses oacutergatildeos tendem a ter conflitos de jurisdiccedilatildeo acerca de

mercados ou operaccedilotildees especiacuteficas como por exemplo no mercado futuro do iacutendice de accedilotildees

No Brasil a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMampF) nasceu em 1991 com a fusatildeo da Bolsa de

Mercadorias amp Futuros fundada em 1986 e da Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo fundada em 1917

(SCHOUCHANA 1997) De acordo com Marques e Mello (1999) na Bolsa

de Mercadorias prepondera de modo geral a auto-regulaccedilatildeo das bolsas de futuros A Comissatildeo de Valores

Mobiliaacuterios (CVM) tem jurisdiccedilatildeo sobre os mercados futuros e de opccedilotildees em que o ativo subjacente seja um

valor mobiliaacuterio enquanto que o Banco Central do Brasil tem jurisdiccedilatildeo sobre os demais mercados derivativos

Vigora pois o sistema misto em que as bolsas exercem o acompanhamento dos negoacutecios sob sua jurisdiccedilatildeo e os oacutergatildeos reguladores se encarregam de supervisionar o

sistema como um todo e requisitar informaccedilotildees que julgarem necessaacuterias Nesse modelo de regulaccedilatildeo mista o oacutergatildeo regulador atua como supervisor das normas criadas pelas entidades auto-reguladoras da proacutepria atuaccedilatildeo das

bolsas e do mercado como um todo

65

O Futures Industry Institute (1998 p15) explica que a bolsa de futuros eacute uma associaccedilatildeo de membros que tem como objetivo principal fornecer os meios necessaacuterios agrave compra venda ou comercializaccedilatildeo de commodities sob

normas que protejam os interesses dos envolvidos A bolsa em si natildeo deteacutem nenhuma mercadoria ela apenas proporciona as facilidades necessaacuterias agrave conduccedilatildeo de

leilotildees puacuteblicos A responsabilidade baacutesica de uma bolsa eacute garantir a existecircncia de mercados competitivos livres de

manipulaccedilatildeo de preccedilos A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMampF) eacute

uma associaccedilatildeo sem finalidade lucrativa organizada para proporcionar a seus corretores os recursos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo de negoacutecios e para atender agrave necessidade de

proteccedilatildeo contra a oscilaccedilatildeo dos preccedilos (SCHOUCHANA 2000 p18)

Bastiani (1999 p138) acrescenta que a estrutura organizacional e operacional da BMampF eacute simples A Administraccedilatildeo eacute dividida em trecircs instacircncias principais a

Assembleacuteia Geral como oacutergatildeo deliberativo maacuteximo da Bolsa o Conselho de Administraccedilatildeo e a Superintendecircncia Geral ambos responsaacuteveis pela gestatildeo dos negoacutecios da

BMampF Sua estrutura operacional eacute constituiacuteda pelos Membros de Compensaccedilatildeo Corretora de Mercadorias

Operador Especial e clientes Schouchana (2000) ressalta que mesmo sendo

uma instituiccedilatildeo privada a bolsa tem funccedilatildeo puacuteblica e social ou seja eacute uma entidade que deve permitir o acesso de qualquer pessoa ao mercado em condiccedilotildees equacircnimes

Por ter essa funccedilatildeo a Bolsa deve ser uma espeacutecie de guardiatilde do mercado garantindo o livre acesso dos agentes econocircmicos a seus mercados proibindo a manipulaccedilatildeo de

preccedilos assegurando a transparecircncia sem privileacutegios de pessoas ou grupos desenhando contratos neutros em

relaccedilatildeo aos diversos segmentos da cadeia produtiva sem favorecer grupos em detrimento de outros segmentos ajudando os oacutergatildeos governamentais na preservaccedilatildeo do

aspecto puacuteblico e social dos mercados Essa funccedilatildeo

66

requer comportamento eacutetico e moral de seus dirigentes para manter a credibilidade e confianccedila Tambeacutem eacute funccedilatildeo

da bolsa de futuros a) Controlar e supervisionar as sessotildees diaacuterias

de negociaccedilatildeo (pregotildees) b) Divulgar as cotaccedilotildees diaacuterias e estatiacutesticas

relativas aos contratos em negociaccedilatildeo c) Realizar e garantir os procedimentos de

liquidaccedilatildeo financeira e por entrega da mercadoria

d) Desenvolver normas procedimentos de operaccedilotildees regulamentos e controles de negociaccedilotildees para seus membros e fiscalizar sua aplicaccedilatildeo

e) Desenvolver contratos que atendam as funccedilotildees econocircmicas dos mercados futuros

f) Promover os mercados futuros por meio de cursos treinamento e divulgaccedilatildeo desses mercados

g) Zelar pela auto-regulamentaccedilatildeo e pelo relacionamento com os governos com os quais tem interface

h) Providenciar classificaccedilatildeo de produtos negociados pela bolsa dentro de padrotildees aceitos pelo mercado quando os contratos assim o exigirem

67

i) Providenciar arbitragens para dirimir duacutevidas ou alegaccedilotildees quanto agrave qualidade do produto A BMampF possui juiacutezo arbitral no qual satildeo resolvidas questotildees de litiacutegio entre as partes de maneira mais raacutepida e com aacuterbitros que conhecem as especificidades desse mercado A Bolsa deve assegurar as condiccedilotildees de competitividade eliminando qualquer tentativa de manipulaccedilatildeo nos mercados por ela organizados De acordo com Bacchi (1998) na BMampF satildeo

negociados contratos futuros de cafeacute araacutebico boi gordo algodatildeo soja accediluacutecar e milho Existem ainda contratos de

opccedilotildees sobre o futuro de cafeacute boi gordo soja e milho Opccedilotildees sobre futuro de accediluacutecar e algodatildeo poderatildeo ser

lanccediladas pela Bolsa desde que haja liquidez nos contratos futuros Para que uma mercadoria seja negociada em bolsa

de futuro alguns requisitos satildeo necessaacuterios a) O produto deve ser homogecircneo e suscetiacutevel

de padronizaccedilatildeo e classificaccedilatildeo caracterizando-se como um commodity para que possa ser comum a qualquer comprador e vendedor

b) Deve haver grande oferta e demanda do produto com grande nuacutemero de vendedores e compradores do produto de forma competitiva em busca da concorrecircncia perfeita

68

c) O mercado deve ser livre sem o constrangimento por parte do governo ou de monopoacutelio buscando a caracteriacutestica do livre comeacutercio

d) Deve haver diversos tomadores de risco daiacute a importacircncia do especulador de forma a permitir que o custo desse risco se dilua entre eles

e) O produto natildeo pode ser muito pereciacutevel caracterizando a perenidade pois o mercado futuro natildeo teria liquidez

f) As regras do mercado devem ser estaacuteveis e natildeo podem mudar durante a vigecircncia do contrato buscando a estabilidade atraveacutes da credibilidade pois as condiccedilotildees pelas quais os preccedilos foram contratados natildeo devem mudar ateacute o final do contrato sob o risco de trazer prejuiacutezo para uma ou ambas as partes

Embora os contratos futuros estabeleccedilam a

liquidaccedilatildeo por entrega da mercadoria Marques (1997) pondera que se registram poucas entregas algo em torno

de 2 do volume negociado Natildeo haacute necessidade da entrega no mercado futuro porque no vencimento do

contrato o preccedilo agrave vista e a futuro satildeo iguais em funccedilatildeo dos ajustes diaacuterios Se eventualmente houver diferenccedila de preccedilo entre os dois mercados os agentes econocircmicos

arbitraratildeo os preccedilos ateacute que se igualem Adicionalmente o mercado fiacutesico jaacute tem seus proacuteprios canais de entrega e os

69

agentes normalmente tecircm contratos de suprimento com clientes haacute muito tempo

Para Schouchana (2000) os agentes do mercado agropecuaacuterios basicamente produtores rurais industriais ou exportadores do commodities necessitam do mercado futuro e de opccedilotildees por uma seacuterie de razotildees

econocircmicas dentre elas a)Para saber com antecedecircncia se o produto

teraacute preccedilo que garanta a rentabilidade do empreendimento na ocasiatildeo de sua venda Ao vender sua produccedilatildeo o produtor corre o risco de o preccedilo natildeo ser suficiente para cobrir seus custos e sua margem de rentabilidade Nesse sentido a fixaccedilatildeo do preccedilo antes do plantio

mediante hedge em bolsa ou seja o travamento do preccedilo de venda desejado para entrega futura permite ao agricultor definir o

lucro da sua produccedilatildeo antes da colheita b) Os exportadores fecham negoacutecios para entrega em meses futuros e natildeo precisam comprar as mercadorias com antecedecircncia armazenaacute-las e depois embarcaacute-las Para natildeo correr risco da oscilaccedilatildeo dos preccedilos compram a futuro para garantir sua margem de rentabilidade Os mercados futuros e de opccedilotildees substituem temporariamente a necessidade de carregar um produto muitas vezes a um custo mais baixo

c) Os compradores querem fixar preccedilos de insumos para garantir o lucro por isso fazem

70

o hedge com antecedecircncia sem correr riscos indesejaacuteveis

d) Os produtores usam os contratos futuros e de opccedilotildees para garantia de empreacutestimo junto aos bancos Estes por sua vez ao verificarem que o cliente oferece baixo risco podem dar-lhe creacutedito a um custo inferior ao que dariam sem a cobertura o hedge

e) Existem distorccedilotildees de negoacutecios em que arbitradores tecircm papel importante Quando satildeo identificadas eles compram em um mercado e vendem em outro ateacute que os dois lados se equilibrem Essas distorccedilotildees podem ocorrer entre os preccedilos agrave vista e a futuro entre dois vencimentos futuros ou entre duas praccedilas diferentes Na visatildeo de Ross (1995 p518) existem os

hedges de venda e os hedges de compra Uma pessoa ou empresa que vende um contrato futuro para reduzir riscos estaacute fazendo um hedge de venda os hedges de venda satildeo geralmente apropriados para os que detecircm estoques Uma pessoa ou empresa que compra um contrato futuro para

reduzir riscos estaacute fazendo um hedge de compra os hedges de compra satildeo tipicamente utilizados por

empresas que assinam contrato de entrega de produtos acabados a um preccedilo preacute-fixado

Segundo Schouchana (2000 p9-10) nos negoacutecios efetuados a futuro compradores e vendedores

de determinados ativos ou produtos fixam preccedilos de vencimento para data futura O comprador a futuro fixa

71

preccedilo de compra de seu produto antecipadamente visando a assegurar custo compatiacutevel com margem de

rentabilidade para proteger-se contra o risco de alto no preccedilo desse insumo O vendedor fixa preccedilo de venda de sua mercadoria antecipadamente para se proteger do

risco de queda no preccedilo e garantir margem de rentabilidade

Os mercados futuros e de opccedilotildees devem ser entendidos portanto

como poderosa ferramenta na gestatildeo de risco de preccedilos das mercadorias De

maneira integrada ao mercado fiacutesico fazem parte de um processo que engloba

produccedilatildeo processamento comercializaccedilatildeo consumo e financiamento

Perobelli (2001) relata que eacute importante ter um amplo mercado

fiacutesico impedindo ou dificultando um agente de estabelecer um domiacutenio do mercado

caso a oferta do commodity seja grande Tambeacutem um mercado amplo atrai um

maior nuacutemero de hedgers que proporciona maior liquidez no mercado e um largo

mercado agrave vista iraacute promover um contiacutenuo e disciplinado encontro das forccedilas da

oferta e procura

A bolsa de futuros desempenha o papel de elo entre a oferta e a

demanda de forma a expressar e sinalizar por meios dos preccedilos as forccedilas do

mercado Aleacutem disso eacute o local onde os preccedilos se manifestam por intermeacutedios de

corretores que fecham negoacutecios em nome de seus clientes

Marques e Mello (1999) acrescentam que o que se negocia na bolsa

de futuros satildeo contratos que representam promessa de compra ou de venda de

mercadoria para a data de vencimento previamente estabelecida conforme as

claacuteusulas e especificaccedilotildees elaboradas pela bolsa e aprovadas pelo Banco Central

do Brasil como as especificaccedilotildees de qualidade dos produtos negociados a

cotaccedilatildeo a variaccedilatildeo miacutenima de apregoaccedilatildeo a oscilaccedilatildeo maacutexima diaacuteria a unidade de

negociaccedilatildeo os meses de vencimento a data do vencimento o local de formaccedilatildeo do

preccedilo e de entrega da mercadoria o periacuteodo e os procedimentos de entrega e

retirada da mercadoria a liquidaccedilatildeo financeira o arbitramento os ativos aceitos

como margem de garantia e os custos operacionais

Os contratos futuros satildeo padronizados de modo que no pregatildeo

sejam negociados o preccedilo e a quantidade de contratos uma vez que todos se

72

referem ao mesmo produto mesmo local de entrega e mesma quantidade por

contrato

Na BMampF a cotaccedilatildeo do cafeacute araacutebica segundo Schouchana (2000

p12) eacute negociada em doacutelares americanos por saca Embora a cotaccedilatildeo seja nessa

moedaa liquidaccedilatildeo financeira ocorre em reais utilizando a taxa de cacircmbio praticada

no mercado O contrato futuro de cafeacute da BMampF permite negociaccedilotildees para marccedilo

maio julho setembro e dezembro esses meses de vencimento satildeo os mesmos do

contrato futuro de cafeacute em Nova Iorque Tal mecanismo permite arbitragens que

satildeo operaccedilotildees envolvendo a compra do cafeacute em uma bolsa de um paiacutes e a venda

em bolsa de outro aproveitando-se da distorccedilatildeo de preccedilos entre duas praccedilas O

vencimento do contrato futuro ocorre no sexto dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia do mecircs

de vencimento

Os vencimentos dos contratos futuros satildeo definidos em funccedilatildeo dos

principais meses de safra e entressafra do produto Normalmente natildeo satildeo

estabelecidos todos os meses do ano para que haja concentraccedilatildeo de liquidez e

tempo para programar as entregas Um cliente que compra um nuacutemero de contratos

em determinado dia soacute liquidaraacute sua posiccedilatildeo no momento em que vender esse

mesmo nuacutemero de contratos ou vice-versa se vender contratos sua posiccedilatildeo se

encerra mediante a compra do mesmo nuacutemero de contratos Isso pode ser feito em

um dia apenas ou ateacute o vencimento quando o cliente pode encerrar sua posiccedilatildeo

com uma operaccedilatildeo contraacuteria (liquidaccedilatildeo financeira) ou por entrega e recebimento da

mercadoria Cada contrato corresponde a 100 (cem) sacas

De acordo com Schouchana (2000 p15) o preccedilo de abertura eacute o

primeiro negoacutecio fechado em pregatildeo O miacutenimo e maacuteximo satildeo divulgados para que

o mercado conheccedila a oscilaccedilatildeo do preccedilo naquele dia Eacute preciso saber se o preccedilo de

fechamento ou de ajuste estaacute mais proacuteximo do preccedilo maacuteximo ou do miacutenimo pois

isso pode indicar tendecircncia de alta ou de baixa no dia seguinte O preccedilo de ajuste

por exemplo de US$9810 por saca em 11 de outubro eacute o do uacuteltimo negoacutecio

registrado durante o call de fechamento ndash que ocorre nos uacuteltimos 15 minutos de

pregatildeo do dia ndash ou a melhor oferta Se natildeo houver negociaccedilatildeo no call de

fechamento o preccedilo de ajuste seraacute o do uacuteltimo negoacutecio do dia Se natildeo houver

negociaccedilatildeo durante o dia o preccedilo de ajuste seraacute a uacuteltima oferta de compra E se

natildeo houver negociaccedilatildeo nem oferta de compra ou de venda durante o dia e

73

existirem contratos em aberto o preccedilo de ajuste eacute o do uacuteltimo dia em que houve

negociaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo aos ajustes diaacuterios Schouchana entende que esse

mecanismo eacute muito importante pois eacute com base nele que se ajustam todas as

posiccedilotildees no mercado Assim se o preccedilo de ajuste do cafeacute para marccedilo eacute de

US$10500 a saca por exemplo no dia 11 de outubro e no dia seguinte 12 de

outubro o preccedilo vai para US$ 10400 os compradores pagam US$ 100 por saca

ou seja US$ 10000 por contrato Os vendedores recebem esse mesmo valor

porque sempre que o preccedilo oscilar ocorreraacute esse processo Esse mecanismo

existe para que diariamente se ajuste o preccedilo ndash e natildeo no vencimento quando

grandes diferenccedilas podem acarretar inadimplecircncias Aleacutem disso permite que os

participantes entrem ou saiam do mercado a qualquer momento O preccedilo de ajuste

de US$ 10500 por saca no dia 111099 eacute o preccedilo que o mercado estaacute praticando

para entrega em 23032000 por exemplo

Para Ross (1995 p502) o fato dos preccedilos dos contratos futuros

serem ajustados diariamente o que faz com que os preccedilos - tanto no mercado

futuro como no mercado fiacutesico no final do contrato sejam iguais - torna as operaccedilotildees

no mercado futuro menos atraentes porque as partes envolvidas na negociaccedilatildeo satildeo

obrigadas a manter sempre uma liquidez adicional para suportar um desembolso

repentino antes do vencimento do contrato embora seja um dispositivo importante

para minimizar a probabilidade de inadimplecircncia no final do contrato

As operaccedilotildees em bolsa satildeo feitas no pregatildeo pelo sistema de viva

voz ou por terminais de computadores As ordens de compra ou de venda satildeo

passadas aos corretores nas mesas de operaccedilatildeo e estes transmitem as ordens aos

operadores de pregatildeo A bolsa estipula um horaacuterio de pregatildeo para cada mercadoria

e as regras do contrato definem todos os procedimentos de negociaccedilatildeo Os preccedilos

a futuro negociados na bolsa ajudam o produtor o torrefador e o exportador a

decidirem se vendem ou compram o cafeacute agrave vista ou em data futura Depois de

montada a estrateacutegia de cobertura de risco pelo cliente seu corretor iraacute ao pregatildeo

executar suas ordens de compra ou venda de contratos futuros Apenas o corretor

credenciado pela bolsa pode fazecirc-lo em nome de seu cliente

Pelo serviccedilo do corretor de acordo com Schouchana (2000 p16) eacute

cobrada a taxa de corretagem calculada sobre o valor de fechamento do mercado

do dia anterior ao da operaccedilatildeo e sobre o vencimento mais proacuteximo Essa taxa de

74

030 sobre o valor do contrato incide na compra e na venda dos contratos Outra

taxa cobrada eacute a de emolumentos da bolsa igual a 632 da taxa operacional

baacutesica ou seja sobre os 030 da corretagem

Na ocasiatildeo da compra ou da venda dos contratos a bolsa exige

dos clientes a chamada margem de garantia equivalente a aproximadamente 5

do valor do contrato que pode ser depositada em dinheiro carta de fianccedila tiacutetulos

puacuteblicos ou ativos de alta liquidez No momento da liquidaccedilatildeo dos contratos essa

margem eacute devolvida ao cliente No caso do depoacutesito ser em dinheiro este eacute

remunerado durante o periacuteodo e devolvido ao cliente

As bolsas de futuros possuem os membros de compensaccedilatildeo

(SCHOUCHANA 2000 p20) que satildeo responsaacuteveis pela liquidaccedilatildeo fiacutesica e

financeira dos contratos Os membros de compensaccedilatildeo satildeo a contraparte dos

clientes ou seja os compradores dos que vendem contratos e vendedores

daqueles que compram A cacircmara existe para evitar a inadimplecircncia dos clientes e

do sistema como um todo administrando o risco das posiccedilotildees por intermeacutedio da

exigecircncia das margens de garantia e dos limites de posiccedilotildees em bolsa

As margens de garantia satildeo atribuiacutedas diariamente aos clientes

compradores e vendedores de contratos com base na volatilidade dos preccedilos do

ativo-objeto de negociaccedilatildeo cabe agrave Cacircmara administrar essas garantias A Bolsa

tem exigecircncias quanto ao capital miacutenimo dos membros de compensaccedilatildeo e de seu

limite de alavancagem para que todos os ajustes diaacuterios sejam honrados e os

contratos plenamente liquidados Caso um cliente natildeo possa honrar seus

compromissos ela faz uso das margens de garantia se estas natildeo forem suficientes

o corretor eacute responsaacutevel e deve aportar recursos para cobrir a inadimplecircncia se natildeo

atingir o valor necessaacuterio o membro de compensaccedilatildeo da corretora eacute obrigado a

aportar os recursos

Na BMampF os serviccedilos de cacircmara de compensaccedilatildeo satildeo prestados

por departamento interno que eacute responsaacutevel pelo registro de operaccedilotildees e controle

de posiccedilotildees compensaccedilatildeo de ajustes diaacuterios liquidaccedilatildeo financeira e fiacutesica dos

negoacutecios e administraccedilatildeo das garantias Esses serviccedilos satildeo prestados a membros

de compensaccedilatildeo corretoras de mercadorias operadores especiais e

permissionaacuterias correspondentes Os membros de compensaccedilatildeo satildeo os

garantidores de todos os negoacutecios realizados pelas corretoras operadores

especiais e permissionaacuterias correspondentes perante a Bolsa O credenciamento

75

como membros de compensaccedilatildeo na BMampF eacute concedido apenas agrave corretora de

valores As corretoras de mercadorias satildeo os intermediadores de todas as

operaccedilotildees efetuadas em nome dos clientes pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas

Os operadores especiais satildeo pessoas fiacutesicas ou firmas individuais

autorizadas a atuar diretamente no pregatildeo operando por conta proacutepria ou por uma

corretora de mercadorias As permissionaacuterias correspondentes satildeo corretoras

associadas a bolsas com as quais a BMampF manteacutem convecircnio operacional Elas

podem realizar operaccedilotildees por meio de corretoras associadas agrave Bolsa desde que

devidamente garantidas por um membro de compensaccedilatildeo A corretora da BMampF

apenas efetua a operaccedilatildeo em nome da permissionaacuteria repassando-a a esta que

se torna responsaacutevel por seu cumprimento perante o membro de compensaccedilatildeo

81 O CONTRATO FUTURO DA SOJA

Produtores agropecuaacuterios normalmente deteacutem pouco poder de negociaccedilatildeo vendendo commodities em mercados de pouca concorrecircncia entre os compradores

Em geral os preccedilos satildeo determinados pela empresas compradoras dentro dos limites impostos por outros

concorrentes Negociar lotes maiores altera as condiccedilotildees de mercado porque diminui os custos de transaccedilatildeo para os

compradores e pode resultar em preccedilos maiores para os produtores ou suas cooperativas Marques e Mello (1999 p39) lembram que o

embate de forccedilas do mercado eacute dinacircmico podendo alterar-se de acordo com fatores como a eacutepoca do ano condiccedilotildees de transporte e incidecircncia de impostos No caso particular

do preccedilo da soja no Brasil estudos economeacutetricos mostram que a formaccedilatildeo de seu preccedilo se daacute de fora para

dentro Os preccedilos se formariam em mercados internacionais os produtores seriam bem informados e

passariam a reivindicar internamente preccedilos compatiacuteveis com os praticados nos mercados externos

A observaccedilatildeo de seacuteries de preccedilos oferece uma visatildeo do que aconteceu mas natildeo explica como se daacute esse

76

processo Por meio de entrevistas com representantes dos vaacuterios segmentos da cadeia da soja tentou-se sistematizar

a forma de atuaccedilatildeo das empresas compradoras Assim observou-se que a formaccedilatildeo de preccedilos

da soja em niacutevel mundial comeccedila em Roterdatilde refletindo-se para a Bolsa de Futuros de Chicago De laacute deriva-se agrave demanda pelo produto brasileiro o qual recebe aacutegio ou

desaacutegio e se deduzem os custos de frete seguros e outros chegando ao preccedilo do porto de Paranaguaacute-PR

Desse preccedilo no Porto satildeo deduzidos custos de impostos de transportes de seguros e outros obtendo o preccedilo no local da faacutebrica De laacute deduzem-se novamente os fretes

despesas operacionais e outros custos chegando a formaccedilatildeo da base de preccedilo no local da produccedilatildeo rural que com a concorrecircncia de cada regiatildeo formaraacute o preccedilo final a ser oferecido ao produtor Eacute interessante observar que a

formaccedilatildeo de preccedilos depende dos custos operacionais e da concorrecircncia isto eacute o preccedilo final depende das

necessidades das empresas em obter o produto repor estoques e outras providecircncias (MARQUES MELLO 1999)

Em agostosetembro daacute-se a colheita da soja americana e os preccedilos caem porque se inicia a

concorrecircncia com o mercado externo e os compradores comeccedilam a comprar no mercado americano A partir do momento em que a soja americana entra no mercado

praticamente nada mais eacute exportado e a formaccedilatildeo do preccedilo eacute mais pelo mercado interno quando a induacutestria leva em

consideraccedilatildeo o preccedilo do subproduto oacuteleo e farelo (MARQUES MELLO 1999)

Apesar de a colheita da soja concentrar-se em poucos meses ela eacute consumida o ano inteiro nas

diferentes formas de oacuteleo farelo e outros subprodutos Embora existam diferenccedilas quanto ao teor do oacuteleo

proteiacutena e coloraccedilatildeo compradores locais e internacionais natildeo fazem diferenccedila de preccedilo com relaccedilatildeo agrave qualidade ou

procedecircncia Eacute interessante saber que entre dezembro e

janeiro as faacutebricas costumam parar para manutenccedilatildeo

77

periacuteodo em que cessam praticamente as compras Entretanto como nem todas param exatamente no mesmo

periacuteodo nas mesmas regiotildees ainda haacute alguns poucos negoacutecios Nessas ocasiotildees pode-se encontrar o chamado

preccedilo nominal que eacute o preccedilo que se ldquoouve falar no mercadordquo que ldquoalgueacutem praticourdquo ou que a empresa

venderia ou compraria se houvessem compradores eou vendedores respectivamente Aleacutem disso continuamente as empresas estatildeo monitorando os preccedilos externos e os preccedilos do oacuteleo e do farelo destinados agrave produccedilatildeo interna de raccedilotildees Elas tecircm entatildeo uma ideacuteia de quanto pagariam caso houvesse vendedores o que tambeacutem daacute origem aos

chamados preccedilos ldquonominaisrdquo Segundo Marques e Mello (1999 p41) a maior

parte da produccedilatildeo brasileira de soja estaacute concentrada no estado do Paranaacute seguido pelo Mato Grosso Rio Grande

do Sul Goiaacutes Satildeo Paulo Minas Gerais Bahia Santa Catarina e Maranhatildeo A colheita de soja eacute feita entre os

meses de janeiro a maio sendo 4045 da produccedilatildeo comprada em abril pico da colheita Devido agraves diferenccedilas

climaacuteticas a colheita de soja inicia-se nos estados mais do norte descendo em seguida em direccedilatildeo ao sul do Paiacutes

Praticamente toda a soja eacute comprada pelas induacutestrias de processamento visando ao consumo interno ou

exportaccedilatildeo na forma de gratildeos e farelo Cerca de 60 da soja produzida eacute exportada originaria principalmente do

Paranaacute Rio Grande do Sul e Satildeo Paulo A maior parte das exportaccedilotildees da soja e seus derivados eacute feita pelo porto de

Paranaguaacute-PR De acordo com Schouchana (2000 p31) o

contrato futuro da soja da BMampF deve ter as seguintes caracteriacutesticas

a)o objeto da Negociaccedilatildeo

Soja em gratildeo a granel de tipo exportaccedilatildeo conforme padratildeo Concex (resoluccedilatildeo Concex 169 de 8 de marccedilo de 1989) com ateacute 14 de umidade base de 1 natildeo ultrapassando o

78

maacuteximo de 2 de impurezas maacuteximo de 8 de avariados este com ateacute 5 de ardidos

maacuteximo de 10 de gratildeos verdes e de 30 de gratildeos quebrado

b) cotaccedilatildeo Eacute em doacutelares por saca de 60 quilos liacutequidos

c) unidade de Negociaccedilatildeo 27 toneladas meacutetricas

d) meses de Vencimento Fevereiro marccedilo maio julho setembro e

novembro e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Seacutetimo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento

f) ponto de entrega

Municiacutepio de Ponta Grossa ndash PR g) pagamento e recebimento

Na liquidaccedilatildeo financeira no uacuteltimo dia uacutetil seguinte ao do pregatildeo Na liquidaccedilatildeo por entrega no dia uacutetil subsequumlente agrave data do

aviso da entrega pelo comprador e no dia uacutetil apoacutes o recebimento da mercadoria pelo

vendedor h) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo

1)Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas

financeiramente pelo cliente mediante operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma

quantidade de contratos pelo preccedilo de negociaccedilatildeo

2) Liquidaccedilatildeo por entrega A soja deve ser entregue do primeiro dia uacutetil do mecircs de

vencimento ateacute o oitavo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a

realizaccedilatildeo da entrega o aviso de entrega deveraacute ser emitido pela corretora de

mercadorias e deve ser acompanhado do

79

certificado de classificaccedilatildeo emitido por empresa credenciada pela BMampF da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo

armazeacutem depositaacuterio e pelos documentos que provam a propriedade do produto o

pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer ocircnus sobre a

mercadoria

82 O CONTRATO FUTURO DO MILHO

O contrato futuro de milho jaacute foi negociado na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo mas tambeacutem perdeu a

liquidez Em novembro de 1996 foi iniciado um novo contrato de milho com liquidaccedilatildeo por indicador de preccedilo a

vista O contrato de milho de Chicago de acordo com Schouchana (2000 p33) eacute de milho amarelo n2 O

contrato eacute de 5 mil bushels cotado em centavos de doacutelar por bushel Os vencimentos ocorrem em marccedilo maio

julho setembro e dezembro Para a entrega satildeo exigidos certificados emitidos por armazeacutens credenciados

localizados em Chicago Burns Harbor Toledo StLouis O mercado internacional de milho eacute enorme e

muito dinacircmico Certamente com a abertura comercial ele ditaraacute o preccedilo interno Para Alves (1998) os produtores brasileiros teratildeo primeiro que vencer a competiccedilatildeo no

mercado interno para depois passarem a exportadores Como grande exportador de frangos e suiacutenos o Brasil precisa de milho a preccedilos competitivos com o mercado

externo para sustentar e ampliar as vendas de carnes no exterior Em decorrecircncia das pressotildees das agroinduacutestrias

que tecircm grande porte e poder poliacutetico no mercado as autoridades natildeo protegem os produtores nacionais definindo tarifas que limitem a importaccedilatildeo do milho

O agronegoacutecio do milho oscila em altos e baixos no que se refere a preccedilos e renda dos agentes

envolvidos Uma simples verificaccedilatildeo no mercado constata

80

que ora o setor de produccedilatildeo amarga preccedilos deprimidos ora o setor de criaccedilatildeo depara-se com preccedilos elevados Essa volatilidade eacute explicada segundo Caffagni (2001

p25) pela sistemaacutetica substituiccedilatildeo entre aacutereas de plantio de soja e milho e estaacute relacionada a preccedilos baixos no ciclo produtivo imediatamente anterior O uso restrito do preccedilo

futuro e as caracteriacutesticas do milho com relaccedilatildeo a multiutilidade e agrave adaptabilidade continental de plantio contribuem para toda essa incerteza Historicamente a intervenccedilatildeo governamental procurava abrandar essa

elevada oscilaccedilatildeo poreacutem a eficiecircncia dos programas nem sempre era satisfatoacuteria tanto no que diz respeito agrave garantia

de preccedilos miacutenimos e maacuteximos quanto ao dispecircndio gerado aos cofres do governo No final dos anos de 1990 acompanhou-se a implantaccedilatildeo de novos instrumentos de poliacutetica agriacutecola que utilizavam menos subvenccedilatildeo sem a

formaccedilatildeo de estoques puacuteblicos A reduccedilatildeo da participaccedilatildeo do governo no

creacutedito rural e na comercializaccedilatildeo deixou produtores e criadores com menos alternativas para gerenciar riscos Aleacutem disso destaca-se que as bolsas internacionais natildeo

formam preccedilos para o Brasil e natildeo fornecem hedge eficiente A falta de praacutetica no uso dos preccedilos futuros inibe

negoacutecios a termo de compra antecipada com e sem adiantamento de recursos troca de insumos por produtos e contratos a fixar uma vez que para diminuir seu proacuteprio risco de preccedilo o comprador de milho ou o fornecedor de

insumos procura embutir esse risco nas relaccedilotildees de troca tornando o negoacutecio menos atraente Os excelentes preccedilos praticados pelo mercado

em 2000 levaram os produtores a aumentar a aacuterea plantada de milho gerando uma produccedilatildeo na safra de

20002001 de 41 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea cultivada de 13 milhotildees de hectares fato que pode ser

considerado um recorde histoacuterico O milho eacute o mais importante insumo para o

setor de criaccedilatildeo animal e se destaca tambeacutem na alimentaccedilatildeo humana podendo ser consumido sob as

81

formas de fubaacute farinha oacuteleo amido etc De todo o milho produzido de acordo com Caffagni (2001 p26) 366 satildeo destinados para o setor de aves 235 para o de suiacutenos

76 para o de pecuaacuteria de leite e corte 117 para o setor industrial 42 para o consumo humano e 99 satildeo utilizados pelos proacuteprios produtores rurais em suas

propriedades na alimentaccedilatildeo familiar e de seus animais Eacute tambeacutem responsaacutevel pela sustentaccedilatildeo alimentar do setor de criaccedilatildeo de aves e suiacutenos que produziram 597 milhotildees de toneladas de carne de frango em 2000 das quais 15

destinaram-se agrave exportaccedilatildeo e 24 milhotildees de toneladas de carne suiacutena das quais 92 destinaram-se ao mercado

externo Esse crescimento da demanda de frangos e

suiacutenos eacute explicado pelo aumento na composiccedilatildeo alimentar do brasileiro apoacutes o Plano Real e por novas conquistas de

clientes internacionais ndash sobretudo em decorrecircncia da evoluccedilatildeo da doenccedila da vaca louca na Europa que levou sua populaccedilatildeo a substituir parcialmente a carne bovina nos uacuteltimos anos O consumo per capita (CAFFAGNI

2001 p28) de carne de frango no Brasil eacute alto com 291 kgs per capita ndash no ano de 1999 ficando atraacutes somente

dos Emirados Aacuterabes 324 Araacutebia Saudita 330 e Estados Unidos que consumiram 411 kgs com potencial de elevaccedilatildeo pois responde diretamente ao sucesso de

poliacuteticas de elevaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de renda A estrutura do mercado do milho possui

caracteriacutestica peculiar com relaccedilatildeo agrave concentraccedilatildeo de mercado pois aleacutem da grande quantidade de vendedores conta com elevado nuacutemero de compradores Analisando o

risco dos agentes envolvidos no agronegoacutecio do milho deve-se destacar o seguinte

a) O setor de produccedilatildeo de milho apresenta rigidez do custo de produccedilatildeo e precisa se proteger contra a queda de preccedilos

82

b) Os criadores de aves e suiacutenos que convivem com a rigidez do preccedilo da carne no varejo satildeo impedidos de repassar elevaccedilotildees do preccedilo do milho levando-os agrave procura de proteccedilatildeo contra aumentos no preccedilo do produto

c) Os fornecedores que realizam troca de insumos por mercadorias correm o risco de queda de preccedilo

d) Os exportadores se arriscam diante de elevaccedilatildeo de preccedilo

e) As induacutestrias processadoras de milho tecircm dificuldade de repassar aumentos de preccedilos de mateacuterias-primas para o produto final

Por outro lado por ser o milho uma mercadoria

em grande parte produzida e utilizada no mercado domeacutestico as cotaccedilotildees de bolsas de mercadorias

internacionais podem fornecer hedge satisfatoacuterio Com o potencial de crescimento do mercado interno e externo de

carnes e de exportaccedilatildeo de milho associado agraves caracteriacutesticas de concentraccedilatildeo e risco dos agentes pode-se esperar que o contrato futuro de milho contribua para o desenvolvimento planejado e sustentado do agronegoacutecio

De acordo com Schouchana (2000 p32) o contrato futuro de Milho da BMampF deve ter as seguintes

caracteriacutesticas a)o objeto da Negociaccedilatildeo

Milho em gratildeo a granel de origem brasileira constituiacuteda de produto satildeo seco e

comercializaacutevel de odor e aspectos normais

83

em bom estado de conservaccedilatildeo livre de mofo de fermentaccedilatildeo e de sementes de

mamona ou de quaisquer outras sementes prejudiciais duro ou semiduro amarelo da uacuteltima safra de tipo 2 para melhor com ateacute 14 de umidade maacuteximo 1 de impurezas

considerada a peneira 5 e ateacute 6 de ardidos b) cotaccedilatildeo

Em doacutelares por saca de 60 quilos convertido para reais a taxa de cacircmbio meacutedia entre as operaccedilotildees de compra e venda de doacutelar dos

Estados Unidos c) unidade de Negociaccedilatildeo

27 toneladas meacutetricas d) meses de Vencimento

Janeiro marccedilo maio julho setembro e novembro

e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Seacutetimo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento

f) ponto de entregalocal de formaccedilatildeo do preccedilo

Municiacutepio de Campinas ndash SP g) pagamento e recebimento na entrega

No dia uacutetil subsequumlente a data de alocaccedilatildeo do Aviso de Entrega para o comprador e no dia uacutetil seguinte ao recebimento da mercadoria

pelo vendedor h) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo no vencimento 1)Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas

financeiramente pelo cliente mediante operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma

quantidade de contratos pelo preccedilo de negociaccedilatildeo

2)Liquidaccedilatildeo por entrega O milho deve ser entregue do primeiro dia uacutetil do mecircs de

vencimento ateacute o oitavo dia uacutetil anterior ao

84

uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a realizaccedilatildeo da entrega o Aviso de Entrega

deveraacute ser emitido pela corretora de mercadorias e deve ser acompanhado do certificado de classificaccedilatildeo emitido por

empresa credenciada pela BMampF da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo armazeacutem depositaacuterio e pelos documentos que provam a propriedade do produto o

pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer ocircnus sobre a

mercadoria

83 O CONTRATO FUTURO DO CAFEacute

O contrato de cafeacute comeccedilou a ser negociado na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo em 1978 Com a fusatildeo

entre a BMSP (Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo) e a Bolsa de Mercadorias e Futuros em 1991 continuou sendo

transacionado na BMampF O maior contrato futuro conhecido por Contrato C explica (SCHOUCHANA 2000

p29) eacute negociado na New York Board of Trade Nele negociam-se cafeacutes lavados produzidos na Ameacuterica

Central Colocircmbia e leste da Aacutefrica (Quecircnia Tanzacircnia e Etioacutepia)

Um contrato tem 37500 libras-peso ou aproximadamente 284 sacas de 60 quilos os meses de

vencimento satildeo marccedilo maio julho setembro e dezembro As cotaccedilotildees satildeo em centavos de doacutelar por libra-peso O

local de formaccedilatildeo dos lotes eacute Nova Iorque Nova Orleans Satildeo Francisco e Miami Na London Futures amp Options

Exchange negocia-se cafeacute robusta produzido na Aacutefrica Indoneacutesia e Conillon brasileiro O contrato eacute de cinco

toneladas ou cerca de 84 sacas de 60 quilos os meses de vencimento satildeo janeiro marccedilo maio julho setembro e novembro as cotaccedilotildees satildeo em doacutelares por tonelada O

local de formaccedilatildeo dos lotes eacute em portos da Europa e Nova Orleans

85

De acordo com dados do IAPAR (2002) nas deacutecadas de 6070 e 80 o Brasil exportou entre 15 e 18

milhotildees de sacas de cafeacute por ano com uma participaccedilatildeo de 27 do volume exportado mundialmente Na deacutecada de 90 as exportaccedilotildees brasileiras ficaram no mesmo patamar poreacutem a participaccedilatildeo no mercado mundial caiu situando-

se em 20 das exportaccedilotildees mundiais de cafeacute as quais giram em torno de 78 milhotildees de sacasano

Nos uacuteltimos 10 anos o Brasil colheu em meacutedia cerca de 27 milhotildees de sacas de 60 kg por ano Minas

Gerais eacute o maior estado produtor que produz 43 do cafeacute brasileiro considerando a meacutedia de 1988 a 1998 Esta produccedilatildeo estaacute concentrada principalmente no Sul do

estado mas nos uacuteltimos anos tambeacutem vem se destacando o cerrado mineiro com a cafeicultura irrigada Em segundo

lugar vem o Espiacuterito Santo com 17 seguido por Satildeo Paulo (16) com destaque para a regiatildeo mogiana e oeste

O Paranaacute eacute o quarto maior produtor com 7 do cafeacute nacional Juntos Minas Gerais Espiacuterito Santo Satildeo Paulo e Paranaacute produzem 83 do cafeacute brasileiro Bahia e Rondocircnia

vecircm se destacando na produccedilatildeo de cafeacute Conforme Schouchana (2000 p28) o Contrato

futuro de Cafeacute Araacutebico da BMampF deve ter as seguintes caracteriacutesticas

a)o objeto da Negociaccedilatildeo Cafeacute cru em gratildeo de produccedilatildeo brasileira tipo seis ou melhor bebida dura para entrega no

Municiacutepio de Satildeo Paulo SP b) cotaccedilatildeo

Em doacutelares por saca de 60 quilos liacutequidos c) unidade de Negociaccedilatildeo

100 sacas de 60 quilos liacutequidos d) meses de Vencimento

Marccedilo maio julho setembro e dezembro e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Sexto dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia do mecircs do vencimento

86

f) ponto de entregalocal de formaccedilatildeo do preccedilo

Municiacutepio de Satildeo Paulo ndash SP g) locais de Formaccedilatildeo dos lotes

Armazeacutens credenciados pela BMampF localizados nos municiacutepios de Satildeo Paulo (SP)

Santos (SP) Espiacuterito Santo do Pinhal (SP) Franca (SP) Batatais (SP) Leme (SP)

Londrina (PR) Rolacircndia (PR) Eloacutei Mendes (MG) Araguari (MG) Patrociacutenio (MG)

Machado (MG) Varginha (MG) Guaxupeacute (MG) Poccedilos de Caldas (MG) Piumhi (MG) Ouro Fino (MG) Satildeo Sebastiatildeo do Paraiacuteso (MG)

Trecircs Coraccedilotildees (MG) Andradas (MG) Campos Altos (MG) Satildeo Gotardo (MG) e Monte

Carmelo (MG) h) pagamento e recebimento na entrega

No terceiro dia uacutetil subsequumlente a data de apresentaccedilatildeo do aviso de entrega

i) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo no vencimento 1) Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em

aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas financeiramente pelo cliente mediante

operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma quantidade de contratos pelo preccedilo de

negociaccedilatildeo 2) Liquidaccedilatildeo por entrega O cafeacute deve ser

entregue do segundo dia uacutetil do mecircs de vencimento ateacute as 18 horas do seacutetimo dia uacutetil

anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a realizaccedilatildeo da entrega o

aviso de entrega deveraacute ser emitido pela corretora de mercadorias e deve ser

acompanhado do certificado de classificaccedilatildeo emitido pela BMampF do resumo do romaneio

do lote da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo armazeacutem depositaacuterio e

pelos documentos que provam a propriedade

87

do produto o pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer

ocircnus sobre a mercadoria

88

9 METODOLOGIA

Na busca de soluccedilatildeo para o problema procurou-se neste estudo

fazer um levantamento dos dados atraveacutes de questionaacuterios estruturados e

entrevistas pessoais pelo autor do projeto e tambeacutem por alunos universitaacuterios Foi

uma pesquisa ocasional por ser um uacutenico levantamento podendo futuramente ser

repetido para verificar se houve mudanccedila no perfil do agricultor do Municiacutepio de

Londrina Objetivamente tratou-se de uma pesquisa de caraacuteter exploratoacuterio jaacute que

natildeo se conhece o perfil desses produtores rurais com relaccedilatildeo ao assunto proposto

A pesquisa foi realizada com dados primaacuterios em funccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do meacutetodo

indutivo pois partiu de questionaacuterios individuais para descobrir a maneira utilizada

pelos produtores rurais para produzir e negociar seus produtos A pesquisa foi

quantitativa com representatividade no tamanho da amostra (DUTRA 2001)

91 POPULACcedilAtildeO

A populaccedilatildeo pesquisada foi composta por 1527 agricultores entre proprietaacuterios rurais arrendataacuterios

e parceiros que plantaram soja eou milho eou cafeacute na uacuteltima safra de 20012002 em propriedades rurais situadas

no Municiacutepio de Londrina dentre os 2315 produtores rurais cadastrados na Secretaria de Agricultura do

Municiacutepio de Londrina para obtenccedilatildeo do talatildeo de nota fiscal de produtor rural que aleacutem dessas culturas fazem

outros cultivos e tambeacutem tecircm outras atividades no segmento da pecuaacuteria

92 AMOSTRA E DELIMITACcedilAtildeO DA PESQUISA

A amostra composta por 300 (trezentos) agricultores dentro do

universo de 1527 foi considerada representativa para o presente trabalho com

uma margem de erro de 5 A amostragem especiacutefica pode ser definida como

89

probabiliacutestica sistemaacutetica com sorteio de 1 agricultor em cada 5 e todos os

produtores rurais cadastrados tiveram chance igual e conhecida de seleccedilatildeo

Por ser uma amostra aleatoacuteria com sorteio de um em cada cinco no universo de 1527 agricultores que

exploram as atividades de soja milho e cafeacute em propriedades rurais do municiacutepio de Londrina natildeo se levou em consideraccedilatildeo se a sua residecircncia estaacute no

municiacutepio de Londrina ou natildeo Dentro da amostra sorteada na pesquisa 5

produtores natildeo quiseram responder e 22 tinham trocado o nuacutemero do telefone Diante dessa impossibilidade foram

trocados pelos agricultores subsequumlentes A classificaccedilatildeo como pequeno meacutedia ou

grande produtor rural foi baseado na aacuterea explorada das propriedades de acordo com a Lei 8629 de 25021993 que

no seu inciso II do artigo 4ordm (BRASIL 1993) define 1)Eacute considerada como pequena propriedade rural o imoacutevel que tem ateacute 4 moacutedulos fiscais

ou seja ateacute 48 hectares ou ainda 1983 alqueires paulistas

2) Eacute considerada como meacutedia propriedade rural o imoacutevel que tem

aacuterea superior a 4 e ateacute 15 moacutedulos fiscais ou seja ateacute 180

hectares ou ainda 7438 alqueires paulistas

3) Eacute considerada grande propriedade rural o imoacutevel que tem aacuterea

superior a 15 moacutedulos fiscais ou seja acima de 180 hectares ou

ainda 7438 alqueires paulistas 93 COLETA DE DADOS

Os dados foram coletados atraveacutes de questionaacuterio estruturado com

perguntas abertas e fechadas respondidas pessoalmente pelo agricultor

94 SEGMENTACcedilAtildeO

90

A populaccedilatildeo foi segmentada de acordo com as seguintes variaacuteveis agricultores que cultivaram e

comercializaram a soja eou milho eou cafeacute na uacuteltima safra de 20012002 grau de escolaridade sub-divididos em primeiro grau para aqueles produtores que estudaram ateacute a oitava seacuterie segundo grau para os que fizeram cursos teacutecnicos ou colegial e terceiro grau para os produtores

que tiveram oportunidade de cursar a universidade infra-estrutura disponiacutevel na propriedade tais como energia

eleacutetrica aacutegua encanada veiacuteculos computadores televisatildeo uso de matildeo-de-obra proacutepria e de terceiros

tamanho da propriedade cuja classificaccedilatildeo para pequeno meacutedio ou grande produtor rural se baseou nas aacutereas

exploradas das propriedades de acordo com a Lei 8629 de 25021993 que no seu inciso II do artigo 4ordm (BRASIL 1993) considera como pequeno produtor agravequele que explora ateacute 4 moacutedulos fiscais que para o Municiacutepio de

Londrina corresponde a 1983 alqueires paulistas meacutedio produtor para aquele que explora entre 1983 alqueires e

7438 (15 moacutedulos fiscais) alqueires paulista e grande produtor aquele que explora imoacuteveis rurais com aacuterea

superior a 7438 alqueires entre aacuterea proacutepria e de terceiros aacuterea cultivada de cada cultura tempo de experiecircncia no negoacutecio sexo faixa etaacuteria sendo a

primeira faixa ateacute os 35 anos de idade para se obter um intervalo de idade nos negoacutecios entre 15 e 20 anos de idade a partir dos 21 anos Para determinar os meios

utilizados para cotaccedilatildeo de preccedilos dos produtos agriacutecolas o produtor pocircde dar mais de uma resposta assim como para verificar o sistema usual de venda dos produtos

suas preferecircncias e o conhecimento da comercializaccedilatildeo em mercados futuros

91

92

10 RESULTADO DOS DADOS COLETADOS E ANAacuteLISE 101 O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE CULTIVA SOJA EOU MILHO EOU CAFEacute

Os dados coletados foram tabulados para

anaacutelise pelo programa EXCEL aplicado o Teste do Qui-Quadrado e para a caracterizaccedilatildeo do perfil dos agricultores foi utilizada a estatiacutestica descritiva

apresentadas em quadros tabelas e graacuteficos como se segue

TABELA 03ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por sexo

MASCULINO FEMININO TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

relativa

300 260 866 40 134

Fonte Pesquisa do autor TABELA 04ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por estado civil

CASADO SOLTEIRO OUTROS TAMANHO

DA

AMOSTRA

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

300 239 796 32 107 29 97

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 05ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por idade

ATEacute 35 ANOS DE 36 A 55 ANOS ACIMA 56 ANOS TAMANHO

DA

AMOSTRA

IDADE

MEacuteDIA Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

300 53 27 9 133 443 140 467

Fonte Pesquisa do autor TABELA 06ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por escolaridade

TAMANHO

DA

FREQUENTOU

ATEacute 1ordm GRAU

FREQUENTOU

ATEacute 2ordm GRAU

FREQUENTOU

ATEacute 3ordm GRAU

93

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 145 483 81 27 74 247

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 07ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tamanho da aacuterea explorada

PEQUENO PRODUTOR MEacuteDIO PRODUTOR (DE 1984 ATEacute 7438 ALQ)

GRANDE PRODUTOR TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

300 124 413 100 333 76 254

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 08ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por local moradia e acesso agrave escola puacuteblica

MORA NA

PROPRIEDADE

MORA NA CIDADE ESTUDOU EM ESCOLA

PUacuteBLICA

TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

300 102 34 198 66 223 743

Fonte Pesquisa do autor

A distacircncia de suas residecircncias ateacute a propriedade eacute em meacutedia de

27 quilocircmetros Aqueles que moram na cidade vatildeo agrave propriedade em meacutedia 16 dias

por mecircs praticamente dia sim dia natildeo A amostra revelou que a famiacutelia do produtor

tem em meacutedia 46 pessoas e 25 estudaram ou estudam em escola puacuteblica

TABELA 09ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de aquisiccedilatildeo dos imoacuteveis IMOacuteVEIS ADQUIRIDOS RECEBIDOS POR

HERANCcedilA

PARTE ADQUIRIDA E

PARTE HERANCcedilA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

272 112 411 106 39 54 199

Fonte Pesquisa do autor

94

TABELA 10ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de exploraccedilatildeo dos imoacuteveis

TAMANHO

AMOSTRA

TIPO DE EXPLORACcedilAtildeO FREQUEcircNCIA

ABSOLUTA

FREQUEcircNCIA

RELATIVA

EXPLORAM SOacute O PROacutePRIO 224 746

O PROacutePRIO E EM PARCERIA 26 87

O PROacutePRIO E ARRENDADOS 20 67

SOacute IMOacuteVEIS EM PARCERIA 11 36

SOacute IMOacuteVEIS ARRENDADOS 15 5

PROacutePRIO ARRENDA E PARCERIA 2 07

300

SOacute ARRENDADO E EM PARCERIA 2 07

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 11ndash Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-estrutura na propriedade

TEM ENERGIA

ELEacuteTRICA

TEM AacuteGUA

ENCANADA

TEM ANTENA

PARABOacuteLICA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 293 977 285 95 102 34

Fonte Pesquisa do autor

95

TABELA 12ndash Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-estrutura

na propriedade

TEM APARELHO

DE TELEVISAtildeO

TEM VEIacuteCULOS

MOTORIZADOS

TEM COMPUTADOR

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 250 833 243 81 181 603

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 13ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela renda e trabalho da famiacutelia na propriedade

TEM SOacute A RENDA DA

PROPRIEDADE

COcircNJUGE AJUDA NA

ATIVPRODUTIVA

FILHOS AJUDAM NA ATIV

PRODUTIVA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 142 473 55 183 105 35

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 14ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela matildeo de obra utilizada

MAtildeO DE OBRA FIXA CONTRATADA

(EMPREGADOS)

MAtildeO DE OBRA TEMPORAacuteRIA

CONTRATADA (BOacuteIA-FRIA)

TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 177 590 155 517

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores rurais mantecircm a meacutedia de 318 empregados efetivos para executar os trabalhos nas

propriedades rurais Nos picos de serviccedilos que compreende o plantio e a colheita dos produtos costumam

contratar 671 empregados na meacutedia como matildeo-de-obra temporaacuteria

96

TABELA 15ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na cultura da soja em sacas 60 quilos

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM SOJA

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

QuantIa

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 231 77 453 5296 1169

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram soja

obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 5296 sacas de 60 quilos em uma aacuterea de 453

alqueires paulistas resultando em uma produtividade de 1169 sacas por alqueire

exatamente igual agrave produtividade do Estado do Paranaacute e superior agrave meacutedia nacional

em 984

TABELA 16ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na cultura do milho em sacas 60 quilos

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM MILHO

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

Quantia

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 148 493 234 5553 2373

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram milho obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 5553 sacas de 60 quilos em uma aacuterea de 234 alqueires paulistas resultando em uma produtividade de 2373 sacas por alqueire superior agrave meacutedia nacional e 86 e tambeacutem superior agrave meacutedia paranaense em 57 TABELA 17ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida cultura

do cafeacute (sacas 40 quilos em coco)

97

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM CAFEacute

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

Quantia

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 99 33 99 1559 1574

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram cafeacute obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 1559 sacas

de 40 quilos de cafeacute em coco em uma aacuterea de 99 alqueires paulistas resultando em uma produtividade de

1574 sacas de cafeacute em coco por alqueire ou ainda 525 sacas de cafeacute beneficiado por alqueire superior agrave

meacutedia nacional em 6 e superior a meacutedia paranaense em 18

TABELA 18ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS PROacutePRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 211 703 89 297

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 19ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram soja pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

231 182 787 49 213

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 20ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram milho pela posse dos maquinaacuterios

TAMANHO DA TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS

98

AMOSTRA

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

148 110 743 257

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 21ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram cafeacute pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

99 61 38 384

TABELA 22ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela necessidade de financiamentos

DEPENDE DE FINANCIAMENTOS NAtildeO DEPENDE TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

38

TAMANHO DA

AMOSTRA

Relativa Relativa

616

Fonte Pesquisa do autor

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 152 506 148 494

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 23ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acesso agrave assistecircncia teacutecnica

TEcircM ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA NAtildeO TEcircM ASSISTEcircNCIA TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

Relativa

300 232 773 68 227

Absoluta

Fonte Pesquisa do autor TABELA 24ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de assistecircncia teacutecnica

recebida TAMANHO

AMOSTRA

DA

EMATER

DA

COOPERATIVA

DE

PARTICULAR

MAIS DE UMA

ASSISTEcircNCIA

99

Freq

Abs

Freq

Rel

Freq

Rel

Freq

Abs

Freq

Abs

Freq

Rel

Freq

Abs

Freq

Rel

232 35 15 99 427 78 336 20 87

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 25ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela eacutepoca de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

COMERCIALIZOU ANTES

COLHEITA

COMERCIALIZOU APOacuteS A

COLHEITA

COM PARTE ANTES E

PARTE DEPOIS

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 14 47 234 78 52 173

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 26- Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da produccedilatildeo antes da colheita

COMERCIALIZOU TUDO

NAS COOP

COMERCIALIZOU TUDO

NAS INDUSTR

PARTE NAS COOP E

PARTE NAS IND

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Absoluta

14 9 2 3

Fonte Pesquisa do autor

100

TABELA 27- Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da produccedilatildeo apoacutes a colheita

COMERCIALIZOU TUDO

NAS COOP

COMERCIALIZOU TUDO

NAS INDUSTR

PARTE NAS COOP E

PARTE NAS IND

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

234 132 564 72 308 30 128

Fonte Pesquisa do autor

Dentro da amostra entre os agricultores que venderam toda a produccedilatildeo antes ou depois da colheita e os que

venderam parte da produccedilatildeo antes e parte depois constatou-se que 102 da produccedilatildeo foi comercializada

antes de ser colhida e 898 da produccedilatildeo foi comercializada depois de realizada a colheita Dos 898 da

comercializaccedilatildeo negociada apoacutes a colheita 551 foi vendida nas cooperativas e 347 nas induacutestrias

Dos 102 da produccedilatildeo comercializada antes da colheita verificou-se que 48 foi vendida em cooperativas

com preccedilos preacute-fixados 30 comercializado com as induacutestrias com preccedilos preacute-fixados 07

comercializado em cooperativas com adiantamentos de recursos em dinheiro ou insumos e com preccedilos a fixar

na entrega da safra 02 comercializada antecipadamente com as induacutestrias com adiantamentos de recursos

e preccedilos a fixar na entrega da safra 01 comercializado com as induacutestrias com adiantamentos de recursos e

preccedilos jaacute fixados e 14 comercializada na bolsa de mercadorias

TABELA 28ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelas negociaccedilotildees realizadas na bolsa de mercadorias

NEGOCIAM NA BOLSA NAtildeO NEGOCIAM NA BOLSA TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 16 53 284 947 Fonte Pesquisa do autor

101

Dos 16 (53) agricultores que comercializaram a totalidade ou parte da safra na bolsa de mercadorias o

fizeram pelas seguintes razotildees

a) 14 disseram entre outras razotildees mas em especial que

preferem comercializar a safra ou parte dela para garantir os

preccedilos acenados pelo mercado futuro

b) 6 disseram entre outras razotildees mas em especial que soacute

comercializam quando os preccedilos satildeo interessantes

c) 4 disseram entre outras razotildees mas em especial que

comercializam na bolsa porque confiam na seguranccedila desse tipo

de negociaccedilatildeo

Dos 284 (947) agricultores lodrinenses que disseram natildeo comercializar satildeo pelas diversas abaixo

relacionadas

a) 253 disseram entre outras razotildees que natildeo sabem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em bolsas de mercadorias

b) 53 disseram entre outras razotildees que nunca foram convidados pela BMampF ou corretores para explicar como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado futuro

c) 19 disseram entre outras razotildees que consideram o processo

muito burocraacutetico

d) 16 disseram entre outras razotildees que natildeo possuem seguranccedila para operar nesse mercado

e) 17 disseram entre outras razotildees que tecircm medo de perder dinheiro nesse tipo de comercializaccedilatildeo

f) 10 disseram entre outras razotildees que sabem como funciona mas preferem natildeo comercializar enquanto natildeo tecircm garantida a colheita da safra

g) 7 disseram entre outras razotildees que natildeo confiam nas corretoras que intermediam a comercializaccedilatildeo

h) 5 disseram entre outras razotildees que natildeo consideram os preccedilos

interessantes

102

TABELA 29ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado

ACOMPANHAM AS COTACcedilOtildeES NAtildeO ACOMPANHAM TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 289 963 11 37

Fonte Pesquisa do autor

Dentre os agricultores que acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado o fazem das seguintes maneiras

a) 193 disseram que acompanham atraveacutes dos jornais

b) 173 disseram que acompanham pela televisatildeo

c) 143 disseram que acompanham atraveacutes das cooperativas

d) 54 disseram que acompanham pela internet

e) 49 disseram que acompanham atraveacutes do radio

f) 49 disseram que acompanham por outros meios como amigos conhecidos etc

Com base na segmentaccedilatildeo das tabelas 03 a 29 pode-se

caracterizar o perfil do agricultor londrinense - que cultiva soja eou milho e ou cafeacute -

com destaques para aos dados abaixo

01) 866 satildeo homens

02) 796 satildeo casados

03) 467 tecircm idade acima de 56 anos

04) 483 frequumlentaram a escola ateacute o primeiro grau

05) 743 de sua famiacutelia estudou ou estuda em escola publica

06) 413 satildeo pequenos produtores

07) 66 moram na cidade e vatildeo agrave propriedade 16 vezes por mecircs

08) 411 adquiriram o imoacutevel que exploram

09) 746 soacute exploram o imoacutevel proacuteprio

10) 977 tecircm energia eleacutetrica na propriedade

11) 95 tecircm aacutegua encanada

12) 833 tecircm televisatildeo

103

13) 81 tecircm veiculo na propriedade

14) 603 tecircm computador

15) 473 vivem soacute da renda das propriedades rurais

16) 59 tecircm empregados fixos

17) 517 contratam trabalhadores volantes nas eacutepocas de picos de serviccedilo

18) 77 plantam soja e colhem 1169 sacas por alqueire

19) 493 plantam milho e colhem 2373 sacas por alqueire

20) 33 plantam cafeacute e colhem 1574 sacas em coco por alqueire ou 525 sacas de

cafeacute beneficiado

21) 703 tecircm maquinaacuterios proacuteprios entre tratores e colheitadeiras

22) 506 necessitam de financiamentos para custeio das lavouras

23) 773 dispotildeem de assistecircncia teacutecnica na propriedade

24) 78 comercializam as safras depois de colhida

25) 947 natildeo negociam seus produtos na bolsa de mercadorias

26) 963 acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado sendo a maioria

pelos jornais e televisatildeo

26)O tempo meacutedio de responsabilidade do agricultor pela produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo nas propriedades eacute de 18 anos

104

102 COMPARACcedilAtildeO DO PERFIL DO AGRICULTOR BRASILEIRO COM O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE CULTIVA SOJA EOU

MILHO EOU CAFEacute

TABELA 30- Comparativo das caracteriacutesticas do agricultor brasileiro com o agricultor londrinense

CARACTERIacuteSTICAS AGRICULTOR

BRASILEIRO AGRICULTOR

LONDRINENSE

Satildeo proprietaacuterios dos imoacuteveis 85 907 Idade meacutedia do produtor 52 53

Maior concentraccedilatildeo de escolaridade 1ordm Grau 1ordm GrauDisponibilidade energia eleacutetrica no

imoacutevel 85 977

Antenas paraboacutelicas na propriedade 43 34 Veiacuteculos na propriedade 56 81

Aacutegua encanada na propriedade 71 95 Aparelho de televisatildeo 81 833

Tem outra fonte de renda aleacutem da propriedade

82 527

Tem computador 3 603 Uso de matildeo de obra familiar 78 656

Uso de matildeo de obra temporaacuteria 81 517 Pessoa da famiacutelia que estudou em

escola puacuteblica 62 743

Produtividade na cultura do milho 2057 2373 Fonte CNA e pesquisa do autor

Diferentemente da meacutedia do perfil do agricultor brasileiro que 82 tem outra fonte de renda gerada fora

da propriedade com outras atividades remuneradas menos da metade dos agricultores (473) depende

exclusivamente da renda gerada dentro das propriedades rurais obrigando-o sempre a buscar a eficiecircncia nas

atividades desenvolvidas 35 dos agricultores contam com a ajuda dos filhos para desenvolverem as atividades

de produccedilatildeo e 183 recebem ajuda da mulher nas

105

atividades produtivas do imoacutevel paracircmetro que mede a vocaccedilatildeo do produtor rural do Municiacutepio de Londrina

conforme demonstra a tabela 13 Outra variaacutevel diferenciada nesta comparaccedilatildeo

do perfil do agricultor brasileiro com relaccedilatildeo ao agricultor do Municiacutepio de Londrina eacute com relaccedilatildeo agrave informaacutetica Enquanto somente 3 dos agricultores brasileiros tecircm

computador 603 dos agricultores de Londrina dispotildeem de computadores para armazenar as informaccedilotildees das

atividades desenvolvidas nas propriedades rurais conforme demonstra a tabela 12

Na pesquisa realizada pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas sobre o perfil do agricultor brasileiro a uacutenica

produtividade levantada foi da cultura do milho com colheita de 85 sacas de 60 kgs por hectare o que

corresponde a 2057 sacas de 60 quilos por alqueire paulista Na comparaccedilatildeo com a produtividade meacutedia do

agricultor de Londrina verifica-se que ele colhe 2373 sacas de 60 quilos de milho por alqueire portanto

153 maior que a produccedilatildeo meacutedia brasileira A produtividade meacutedia do agricultor de Londrina que cultiva

soja eacute de 1169 sacas de 60 quilos por alqueire e a produtividade do cafeacute em coco eacute de 1574 sacas de 40

quilos por alqueire o que corresponde a 525 sacas de 60 quilos de cafeacute beneficiado por alqueire paulista de

acordo com as tabelas 15 16 e 17

O agricultor rural de Londrina dispotildee de uma melhor infra-estrutura quando comparado com o agricultor brasileiro como se verifica nas tabelas 11 e 12 como eacute o caso da energia eleacutetrica 977 contam com esse serviccedilo

contra 85 dos agricultores brasileiros veiacuteculos na propriedade 81 contra 56 do produtor brasileiro aacutegua

encanada 95 contra 71 do produtor brasileiro e uma diferenccedila alarmante quando comparados os

computadores - com 603 contra somente 3 do produtor brasileiro

Outro dado importante verificado eacute com relaccedilatildeo agrave matildeo de obra temporaacuteria conforme tabela 30 Enquanto

o agricultor brasileiro usa 81 de matildeo de obra temporaacuteria o agricultor londrinense utiliza somente 517 Isso

significa que o agricultor londrinense proporciona 567 a mais de emprego nas propriedades rurais mantendo o

106

empregado fixo na propriedade com registro em carteira e provavelmente pagando todos os encargos sociais e

trabalhistas como Previdecircncia Social Fundo de Garantia Deacutecimo Terceiro Salaacuterio Feacuterias etc Isso posto cabe

acrescentar que a manutenccedilatildeo do empregado na propriedade contribui para a reduccedilatildeo da pobreza nos cinturotildees de miseacuteria das cidades porque certamente junto com o empregado moram na propriedade sua

esposa e filhos

103 CARACTERIacuteSTICAS DO AGRICULTOR LONDRINENSE RELACIONADOS COM A PRODUCcedilAtildeO COMERCIALIZACcedilAtildeO COTACcedilOtildeES DE PRECcedilOS E ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS

Nesta seccedilatildeo descrevem-se todas as caracteriacutesticas dos agricultores do Municiacutepio de Londrina relacionados agrave

produccedilatildeo obtida nas culturas da soja do milho e do cafeacute seu sistema de comercializaccedilatildeo acompanhamento

das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado e sua atuaccedilatildeo na bolsa de mercadorias

TABELA 311ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de escolaridade

ESCOLARIDADE SOJA

(Saca de 60 kgs) MILHO

(Saca de 60 kgs) CAFEacute EM COCO

(saca de 40 kgs)

1ordm GRAU 1121 2084 1173

2ordm GRAU 1083 2323 1272

3ordm GRAU 1286 2393 1641

Fonte Pesquisa do autor Z2=104244200 P=000000

A tabela 311 demonstra que o grau de escolaridade exerce grande influecircncia na produtividade dos

agricultores de Londrina em todas as culturas e em especial na cultura do cafeacute Verificou-se uma

produtividade bem maior daqueles produtores que cursaram a universidade em relaccedilatildeo aos que cursaram

somente ateacute o primeiro grau No milho e na soja a produtividade tambeacutem foi superior

107

TABELA 312ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de escolaridade

ESCOLARIDADE DA SAFRA VENDIDA ANTES DA

COLHEITA DA SAFRA VENDIDA APOacuteS A

COLHEITA

1ordm GRAU 75 925

2ordm GRAU 130 870

3ordm GRAU 169 831

Fonte Pesquisa do autor Z2=1155000 P=000311

A tabela 312 confirmando a demonstraccedilatildeo da tabela 311 revela

que o produtor rural com escolaridade superior jaacute com a visatildeo mais voltada para o

mercado procura comercializar parte de sua produccedilatildeo no andamento da safra

evitando ficar com a totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca

em que todos os produtores estaratildeo interessados na venda da sua produccedilatildeo e

com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos dado a maior

quantidade de oferta no mercado que ocorre apoacutes a colheita Mais do que o dobro

dos produtores com curso universitaacuterio comparados com os produtores que soacute tecircm

o primeiro grau comercializam parte de suas safras antes da colheita dos produtos

TABELA 313ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a escolaridade ESCOLARIDADE FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS

1ordm GRAU 958 42

2ordm GRAU 963 37

3ordm GRAU 973 27

Fonte Pesquisa do autor Z2=028600 P=086669

A tabela 313 demonstra diferenccedila pouco significativa no acompanhamento das cotaccedilotildees de preccedilos dos

produtos no mercado quando se compara a escolaridade dos produtores Os produtores rurais de Londrina

108

em sua quase totalidade acompanham e fazem cotaccedilotildees dos preccedilos na hora de vender a sua produccedilatildeo em

sua maioria pelos jornais televisatildeo e cooperativas

TABELA 314ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a escolaridade ESCOLARIDADE NEGOCIA NA BOLSA DE

MERCADORIAS NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

1ordm GRAU 27 973

2ordm GRAU 74 926

3ordm GRAU 95 905

Fonte Pesquisa do autor Z2=474400 P=009329

A tabela 314 tambeacutem revela que o maior grau de escolaridade

permite ao produtor rural procurar novas opccedilotildees para a negociaccedilatildeo dos seus

produtos Praticamente quase todos dos produtores com o primeiro grau

desconhecem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em

bolsas de mercadorias justificando os iacutendices apresentados na tabela Para cada 4

produtores com curso superior do Municiacutepio de Londrina somente 1 com o primeiro

grau negocia os seus produtos na bolsa de mercadorias

TABELA 321ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade do

produtor

IDADE DO PRODUTOR SOJA MILHO CAFEacute EM COCO

109

(Saca 60 kgs) (Saca 60 kgs) (Saca 40 kgs)

ATEacute 35 ANOS 1172 2094 2040

DE 36 A 55 ANOS 1166 2342 1550

ACIMA 56 ANOS 1151 2110 1068 Fonte Pesquisa do autor Z2=21532200 P=000000

A tabela 321 demonstra que a idade exerce influecircncia significativa na produtividade dos agricultores de

Londrina que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade bem maior do produtor com idade ateacute 35

anos em relaccedilatildeo ao produtor com idade acima de 56 anos Provavelmente isso ocorre em funccedilatildeo da

tecnologia antiga usada pelo produtor com mais idade Tambeacutem foi significativamente maior quando

comparados os produtores de cafeacute com ateacute 35 anos com os produtores que tecircm idade entre 36 e 55 anos No

milho a produtividade apresentou-se um pouco maior entre os produtores com idade de 36 a 55 anos em

relaccedilatildeo aos produtores com idades superiores e inferiores e na cultura da soja natildeo houve diferenccedilas de

produtividade pois todos colheram entre 115 e 117 sacas por alqueire

TABELA 322ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do produtor

IDADE DO PRODUTOR VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

ATEacute 35 ANOS 170 830

DE 36 A 55 ANOS 125 875

ACIMA 56 ANOS 90 910

Fonte Pesquisa do autor Z2=709300 P=002883

A tabela 322 revela que o produtor rural com idade ateacute 35 anos

tambeacutem com a visatildeo mais voltada para o mercado procura comercializar parte de

sua produccedilatildeo no andamento da safra evitando ficar com a totalidade dos produtos

nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo

interessados na venda da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos

preccedilos dos produtos dado a maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a

colheita Quase o dobro dos produtores com idade ateacute 35 anos comparados com

os que tecircm idade acima de 56 anos comercializam uma parte de suas safras antes

110

da colheita dos produtos Na comparaccedilatildeo com os produtores com idade entre 36 e

55 anos tambeacutem ocorre o mesmo fato poreacutem em menor escala

111

TABELA 323ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo com a idade do produtor

IDADE DO

PRODUTOR

FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

ATEacute 35 ANOS 1000 00

DE 36 A 55 ANOS 955 45

ACIMA 55 ANOS 964 36

Fonte Pesquisa do autor Z2=130000 P=052208

A tabela 323 igualmente com o que ocorre com o grau de escolaridade dos produtores a diferenccedila eacute pouco

significativa no acompanhamento das cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos no mercado quando se compara a

idade dos que tecircm ateacute 35 anos com as das demais idades Eacute importante ressaltar que todos os produtores com

ateacute 35 anos acompanham as cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos em sua maioria tambeacutem pelos jornais

televisatildeo e cooperativas

TABELA 324ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo com a idade do produtor

IDADE DO PRODUTOR NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

ATEacute 35 ANOS 37 963

DE 36 A 55 ANOS 68 932

ACIMA 55 ANOS 43 957

Fonte Pesquisa do autor Z2=098800 P=061027

A tabela 324 diferentemente das demais onde satildeo comparadas as idades apresenta os produtores com idade

entre 36 e 55 como os que mais negociam seus produtos em bolsa de mercadorias Entre os produtores com

ateacute 35 anos de idade quase 100 desconhecem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

em bolsas de mercadorias e 30 alegaram que nunca foram convidados pela BMampF ou corretoras para

explicarem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado futuro Entre os produtores com idade

entre 36 e 55 anos de idade que comercializam seus produtos na bolsa a maioria disse saber como funciona

o processo de comercializaccedilatildeo e confia na seguranccedila desse tipo de negociaccedilatildeo embora soacute procurem as bolsas

quando os preccedilos do mercado futuro se apresentam interessantes

112

TABELA 331ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o tamanho

da aacuterea explorada

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

SOJA (Saca 60 kgs)

MILHO (Saca 60 kgs)

CAFEacute EM COCO (Saca 40 kgs)

PEQUENO PRODUTOR 1145 2053 1158

MEacuteDIO PRODUTOR 1123 2121 1289

GRANDE PRODUTOR 1204 2511 1712 Fonte Pesquisa do Autor Z2=51356700 P=000000

A tabela 331 demonstra que o tamanho da aacuterea tem influecircncia significativa na produtividade dos

agricultores de Londrina em especial para os que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade bem

maior do grande produtor com relaccedilatildeo ao pequeno e um terccedilo a mais que o meacutedio produtor Tambeacutem foi um

quarto maior a produtividade do milho quando comparados os grandes com os pequenos e meacutedios

produtores Na cultura da soja natildeo se apresentaram diferenccedilas significativas na produtividade todos colhem

na faixa de 110 a 120 sacas por alqueire sendo que o grande produtor apresenta produtividade um pouco

superior em relaccedilatildeo aos pequenos e meacutedios produtores

TABELA 332ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o tamanho da aacuterea explorada

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

PEQUENO PRODUTOR 85 915

MEacuteDIO PRODUTOR 136 864

GRANDE PRODUTOR 130 870

Fonte Pesquisa do autor Z2=163300 P=044204

A tabela 332 revela que o grande e meacutedio produtor rural com a

visatildeo mais voltada para o mercado tambeacutem procuram comercializar sua produccedilatildeo

113

no andamento da safra evitando ficar com a totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o

final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo interessados na venda

da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos

dado a maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a colheita Quase o dobro

dos meacutedios e grandes produtores comparados com os pequenos produtores

comercializam uma parte de suas safras antes da colheita dos produtos

TABELA 333ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos pelos produtores de acordo com tamanho da aacuterea

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

FAZ COTACcedilAtildeO PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

PEQUENO PRODUTOR 936 64

MEacuteDIO PRODUTOR 970 30

GRANDE PRODUTOR 1000 00

Fonte Pesquisa do autor Z2=574100 P=005668

A tabela 333 eacute um demonstrativo de que quase a totalidade dos produtores acompanha as cotaccedilotildees de preccedilos

dos produtos no mercado Eacute importante ressaltar que todos (1000) os grandes produtores acompanham as

cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos e apenas uma pequena minoria entre os pequenos e meacutedios produtores

deixam de acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos Ressalte-se tambeacutem que a maioria faz o acompanhamento

pelos jornais televisatildeo e cooperativas com destaque para os grandes produtores que tambeacutem usam a internet

TABELA 334ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo nas bolsas de mercadorias pelo

produtor de acordo com tamanho da aacuterea CARACTERIacuteSTICA NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

114

DO PRODUTOR

PEQUENO PRODUTOR 24 976

MEacuteDIO PRODUTOR 70 930

GRANDE PRODUTOR 79 921

Fonte Pesquisa do autor Z2=362300 P=016341

A tabela 334 revela que haacute uma tendecircncia sugestiva quanto maior o produtor mais ele negocia os produtos

na bolsa de mercadorias Os pequenos produtores em sua quase totalidade natildeo sabem como funciona o

processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsas de mercadorias e 24 alegaram que nunca foram

convidados pela BMampF ou corretoras para explicarem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em

mercado futuro

Os meacutedios e grandes produtores que comercializam seus produtos na bolsa afirmaram saber como funciona

o processo de comercializaccedilatildeo e confiam na seguranccedila desse tipo de negociaccedilatildeo embora soacute procurem as

bolsas quando os preccedilos acenados no mercado futuro satildeo interessantes Somente 1 pequeno produtor rural em

cada 3 meacutedios e grandes negociam seus produtos nas bolsas de mercadorias

TABELA 341ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a moradia do

produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR SOJA

(SACA 60 KGS) MILHO

(SACA 60 KGS) CAFEacute EM COCO (SACA 40 KGS)

NA PROPRIEDADE 1151 2186 1844

NA CIDADE 1164 2234 1056

Fonte Pesquisa do autor Z2=751970 P=000000

A tabela 341 registra que a moradia do produtor exerce muita influecircncia na produtividade dos agricultores

de Londrina na cultura do cafeacute Verificou-se uma produtividade muito maior na cultura do cafeacute do produtor

que mora na propriedade em relaccedilatildeo ao que mora na cidade Provavelmente tal fato ocorre porque a cultura

do cafeacute exige um tratamento diferenciado nos cuidados dos cafeeiros se comparado com as culturas de soja e

115

milho que soacute exigem cuidados nas eacutepocas do plantio e da colheita Nas culturas do milho e da soja a

produtividade eacute praticamente igual independentemente do produtor morar na propriedade ou na cidade

TABELA 342ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a moradia do

produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

NA PROPRIEDADE 11 89

NA CIDADE 12 88

Fonte Pesquisa do autor Z2=004300 P=083580

A tabela 342 demonstra que a moradia natildeo influencia na comercializaccedilatildeo realizada pelo produtor rural e

eles procuram comercializar pelo menos 10 de sua produccedilatildeo no andamento da safra evitando ficar com a

totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo

interessados na venda da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos dado a

maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a colheita

TABELA 343ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo

com a moradia do produtor LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

NA PROPRIEDADE 980 20

NA CIDADE 950 50

Fonte Pesquisa do autor Z2=167400 P=019579

A tabela 343 revela que existe uma preocupaccedilatildeo um pouco maior do produtor que mora na propriedade

com relaccedilatildeo ao acompanhamento nas cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos no mercado se comparados com o

produtor que mora na cidade Os produtores rurais de Londrina em sua quase totalidade fazem cotaccedilotildees dos

preccedilos na hora de vender a sua produccedilatildeo geralmente pelos jornais televisatildeo e cooperativas Os que moram

na cidade se utilizam mais dos jornais para fazer esse acompanhamento assim como a internet

116

TABELA 344 ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa mercadorias de acordo com a moradia do produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

NA PROPRIEDADE 59 941

NA CIDADE 50 950

Fonte Pesquisa do autor Z2=009200 P=076132

A tabela 344 explicita que o local de moradia do produtor rural de

Londrina natildeo interfere nas negociaccedilotildees realizadas nas bolsas de mercadorias Em

ambos os casos em sua quase totalidade natildeo sabem como funciona o processo de

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsas de mercadorias e 20 dos que moram na

fazenda e 15 dos que moram na cidade nunca foram convidados pela BMampF ou

corretoras para explicar como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado

futuro Os produtores que comercializaram seus produtos na bolsa em sua maioria

afirmaram que sabem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo embora soacute

procurem as bolsas quando os preccedilos acenados no mercado futuro satildeo

interessantes

117

TABELA 35ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a assistecircncia teacutecnica

TIPO DE ASSISTEcircNCIA DADA AO

PRODUTOR SOJA

(SC60 KG) MILHO

(SC60) CAFEacute EM COCO

(SACAS 40 KGS)

SEM ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 1153 1987 1002

COM ASSISTEcircNCIA EMATER 1206 2325 1139

ASSISTEcircNCIA COOPERATIVA 1127 2272 1373

ASSISTEcircNCIA PARTICULAR 1187 2233 1516 Fonte Pesquisa do autor Z2=66260200 P=000000

A tabela 35 demonstra que a assistecircncia teacutecnica exerceu influecircncia significativa na produtividade dos

agricultores de Londrina que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade muito maior dos que

receberam assistecircncia teacutecnica particular em relaccedilatildeo ao produtor que natildeo teve assistecircncia teacutecnica Tambeacutem foi

maior a produtividade dos produtores de cafeacute que tiveram assistecircncia teacutecnica de cooperativa

Na comparaccedilatildeo dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica da Emater com os que natildeo tiveram assistecircncia

teacutecnica a produtividade eacute apenas um pouco maior No milho tambeacutem tiveram maior produtividade os

produtores que receberam assistecircncia teacutecnica poreacutem com pequena representatividade sobressaiacuteram-se

positivamente os produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica da Emater

A segunda melhor performance foi dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica das cooperativas seguida

dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica particular No cultivo da safra de soja praticamente natildeo houve

diferenccedila significativa a ponto dos produtores que natildeo tiveram assistecircncia teacutecnica apresentarem produccedilatildeo

superior aos produtores que tiveram a assistecircncia teacutecnica das cooperativas

TABELA 36ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse dos

maquinaacuterios

118

MAQUINAacuteRIOS SOJA (sc60 kgs)

MILHO (sc60 kgs)

CAFEacute EM COCO (sc40 kgs)

COM MAQUINAacuteRIOS 1198 2342 1335

SEM MAQUINAacuteRIOS 1281 1854 1311

Fonte Pesquisa do autor Z2=153708300 P=000000

A tabela 36 registra que a posse dos maquinaacuterios pelos produtores eacute importante para melhorar a

produtividade das culturas embora natildeo seja aconselhaacutevel sua aquisiccedilatildeo pelo pequeno produtor que tem a

oportunidade de alugar os maquinaacuterios nas eacutepocas de picos de serviccedilos A quantidade de aacuterea cultivada pelo

pequeno e meacutedio produtor rural natildeo justifica a aquisiccedilatildeo de uma maacutequina para a propriedade em razatildeo da

alta ociosidade

1031 Teste Estatiacutestico dos Cruzamentos

Considerando o niacutevel de significacircncia de 5 verificou-se ao aplicar o teste do Qui-quadrado nas tabelas dos

cruzamentos em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas do agricultor londrinense relacionados com a produccedilatildeo

comercializaccedilatildeo cotaccedilotildees de preccedilos e atuaccedilatildeo na bolsa de mercadorias que foram estatisticamente

significativo os seguintes cruzamentos (Quadro 3)

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de

escolaridade

bull Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de

escolaridade

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade do

produtor

bull Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do produtor

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o tamanho

da aacuterea explorada

119

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a moradia

do produtor rural

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

assistecircncia teacutecnica

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse dos

maquinaacuterios

QUADRO 3 - Resultados dos testes do Qui-quadrado para verificaccedilatildeo do niacutevel de significacircncia dos cruzamentos

CRUZAMENTO QUI-QUADRADO P (NIacuteVEL DE SIGNIFICAcircNCIA)

Grau escolar x produtiv 1042442 p=00000 Grau escolar x comerc 1155 p=00311 Grau escolar x cotaccedilatildeo 286 p=86669 Grau escolar x negbolsa 4744 p=09329 Idade x produtividade 215322 p=00000 Idade x comercializaccedilatildeo 7093 p=02883 Idade x cotaccedilatildeo preccedilos 1300 p=52208 Idade x negocem bolsa 988 p=61027 T aacuterea x produtividade 513567 p=00000 Taacuterea x comercializaccedilatildeo 1633 p=44204 T aacuterea x cotaccedilatildeo preccedilos 5741 p=05668 Taacuterea x negocem bolsa 3623 p=16341 Local moradia x produt 751970 p=00000 Local moradia x comerc 043 p=83580 Local moradia x cotaccedilatildeo 1674 p=19579 Local moradia x n bolsa 092 p=76132 Assistteacutecn x produtivid 662602 p=00000 Maquinaacuterio x produtivid 1537083 p=00000

estatisticamente significativo

120

104 ANAacuteLISE DA PRODUTIVIDADE DO AGRICULTOR LONDRINENSE

Nesta anaacutelise considerando as produtividades levantadas na pesquisa observou-se

1) Quanto agrave escolaridade os agricultores que tecircm curso universitaacuterio conseguiram uma maior produtividade

nos cultivos das trecircs culturas quando comparados com os que estudaram soacute ateacute o primeiro e o segundo graus

Provavelmente por estarem mais abertos ao uso de novas tecnologias que satildeo oferecidas ao homem do campo

tais como desenvolvimento de novas sementes utilizaccedilatildeo de plantio direto ao inveacutes do plantio convencional

que natildeo degrada o solo e preserva o meio ambiente novas metodologias no combate agraves pragas e doenccedilas que se

natildeo forem cuidadas a tempo dizimam toda a produccedilatildeo e tambeacutem a preocupaccedilatildeo com a colheita mantendo as

maacutequinas bem reguladas para evitar perdas na hora da colheita

2) Quanto agrave idade os agricultores com ateacute 35 anos obtiveram uma produtividade de cafeacute em coco por

alqueire bem maior se comparados com os agricultores com idades acima dos 35 anos Tambeacutem nesse caso

tudo levar a crer que os agricultores mais jovens tambeacutem mais dinacircmicos em funccedilatildeo da proacutepria idade

aproveitam as vantagens das novas tecnologias oferecidas pelas empresas do ramo que diariamente levam ao

conhecimento dos produtores as suas vantagens atraveacutes da miacutedia e ainda dias de campo realizadas pelo Iapar

Emater etc que fazem demonstraccedilotildees sobre o uso dos maquinaacuterios ou dos insumos

3) Quanto ao tamanho da aacuterea os considerados grandes produtores quando comparados com os pequenos e

meacutedios obtiveram uma produtividade significativamente maior em todas as culturas e em especial na cultura

do cafeacute Nesta cultura os produtores desde 1994 estatildeo trocando as aacutereas tradicionais de plantio das lavouras

antigas de cafeacute pelo de plantio adensado A eficiecircncia das atividades agropecuaacuterias no meio rural depende muito

das escalas e soacute com o aumento da aacuterea eacute possiacutevel conseguir ganhos de escala Esta pode ser a explicaccedilatildeo para a

produtividade obtida pelos grandes produtores que provavelmente tecircm na propriedade o seu uacutenico meio de

sobrevivecircncia

4) Quanto agrave moradia verificou-se que o produtor que mora na propriedade e cultivou cafeacute obteve uma meacutedia

superior nesta cultura em relaccedilatildeo aos agricultores que moram na cidade O que pode explicar essa eficiecircncia eacute o

cuidado no dia-a-dia do produtor que mora na propriedade com o parque cafeeiro fato que natildeo ocorre quando

se trata do cultivo da soja ou do milho

5) Quanto agrave assistecircncia teacutecnica saiu-se bem o agricultor de Londrina que teve assistecircncia da Emater para o

cultivo da soja e do milho Na cultura do cafeacute diferentemente da assistecircncia teacutecnica dada agraves culturas da soja e

do milho sobressaiu-se muito melhor o grande agricultor que teve assistecircncia teacutecnica de particular

121

Provavelmente essa tambeacutem possa ser uma das explicaccedilotildees para a alta produtividade obtida pelo produtor no

cultivo do cafeacute por ser uma assistecircncia diferenciada mais onerosa que soacute pode ser paga por grandes produtores

e com visatildeo voltada para o uso da alta tecnologia disponiacutevel para a cultura

6) Quanto agrave posse dos maquinaacuterios Embora frac14 dos produtores rurais pesquisados natildeo possuam maquinaacuterios

conforme se verifica nas tabelas 19 20 e 21 a produtividade conseguida natildeo apresentou diferenccedila significativa

e a explicaccedilatildeo para esse fato de daacute pela oportunidade que tem o produtor em arrendar os maquinaacuterios nas eacutepocas

de plantio e colheita em especial os pequenos e meacutedios produtores em razatildeo do alto custo para a aquisiccedilatildeo da

maacutequina Sabe-se que a aquisiccedilatildeo de maquinaacuterios no meio rural soacute eacute vaacutelida se for para utilizar a sua capacidade

pois eles parados oneram por demais o custo

Assim apoacutes anaacutelise dos cruzamentos verificou-se que

a) O produtor de cafeacute mais eficiente em produtividade eacute aquele com curso universitaacuterio

que tem ateacute 35 anos de idade eacute classificado como grande produtor mora na

propriedade tem maquinaacuterio proacuteprio e conta com assistecircncia teacutecnica de profissional

particular

b) O produtor de soja mais eficiente em produtividade eacute aquele com curso universitaacuterio

que tem ateacute 35 anos de idade eacute classificado como grande produtor mora na cidade natildeo

tem maquinaacuterio proacuteprio provavelmente o arrende e conta com assistecircncia teacutecnica de

profissionais da Emater

c) O produtor de milho mais eficiente em produtividade tem curso universitaacuterio sua idade

varia entre 36 e 55 anos eacute classificado como grande produtor mora na cidade tem

maquinaacuterio proacuteprio e conta com assistecircncia teacutecnica de profissionais da Emater

105 ANAacuteLISE DA COMERCIALIZACcedilAtildeO DO AGRICULTOR LONDRINENSE

Embora a grande maioria dos agricultores comercialize a produccedilatildeo apoacutes realizada as colheitas se analisada a

tabela 312 verifica-se que os agricultores com cursos superiores vendem mais que o dobro de parte de sua

122

produccedilatildeo antes da colheita em comparaccedilatildeo com os produtores que tecircm o primeiro grau de estudo O mesmo

fato se constata quando analisada a tabela 322 na comparaccedilatildeo dos agricultores que tecircm ateacute 35 anos de idade

com relaccedilatildeo aos que estatildeo acima de 56 anos de idade o mesmo fenocircmeno ocorre tambeacutem na comparaccedilatildeo do

grande produtor com o pequeno produtor conforme tabela 342 poreacutem em menor escala

Na comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo verifica-se uma disposiccedilatildeo maior do produtor rural de Londrina em

acompanhar as cotaccedilotildees dos produtos agropecuaacuterios Verificou-se que a maioria dos produtores acompanha

as cotaccedilotildees dos preccedilos atraveacutes das cooperativas jornais e televisatildeo etc com destaque para os segmentos

abaixo

1) Todos os produtores com ateacute 35 anos de idade acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos

2) Todos os grandes produtores acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos

3) Dos produtores que moram na cidade 98 acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos

4) Dos produtores que tecircm cursos universitaacuterios 973 acompanham as cotaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos

Isto posto verificado a grande preocupaccedilatildeo que tem o produtor em acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos entende-se a razatildeo pelas quais os agricultores com curso superior (169) com idade ateacute 35 anos

(170) sendo grande produtor rural (130) fazem a comercializaccedilatildeo de parte da sua produccedilatildeo nas

cooperativas e nas induacutestrias antes da colheita dos produtos conforme se verifica nas tabelas 312 322

332 respectivamente

106 COMPARACcedilAtildeO DOS NEGOacuteCIOS REALIZADOS NA BOLSA COM OS NEGOacuteCIOS REALIZADOS NO MERCADO FIacuteSICO PELOS AGRICULTORES

PORQUE A BUSCA PELA COMERCIALIZACcedilAtildeO NA BMampF Eacute PEQUENA

Na busca de explicaccedilatildeo para a baixa procura dos produtores na comercializaccedilatildeo de sua produccedilatildeo na Bolsa de

Mercadorias levantou-se na BMampF os contratos de commodities comercializados nos uacuteltimos cinco anos de

1997 a 2002 para entender o comportamento dos preccedilos dos produtos comercializados naquela instituiccedilatildeo

123

No Deral-Pr - Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura do Paranaacute oacutergatildeo que registra

diariamente o preccedilo meacutedio pago ao produtor na comercializaccedilatildeo realizada no mercado fiacutesico em Londrina

levantou-se no mesmo periacuteodo os valores pagos aos produtores rurais para detectar se existem diferenccedilas

significativas nos preccedilos fixados nos contratos para venda na bolsa de mercadorias e a venda no mercado

fiacutesico recebido pelo produtor apoacutes a colheita do produto e constatou-se o seguinte

TABELA 37- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao produtor nas sacas de milho com 60 quilos

PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS

FUTURO EM R$ NA BMampF

PRECcedilOS NO FIacuteSICO

EM R$ (EM MARCcedilO)

Em setembro97 para entrega em marccedilo98 776 769

Em setembro98 para entrega em marccedilo99 676 882

Em setembro99 para entrega em marccedilo00 508 1232

Em setembro00 para entrega em marccedilo01 589 794

Em setembro01 para entrega em marccedilo02 570 1222

Meacutedia dos 5 anos 624 980

Fonte BMampF e Deral

Observa-se que os preccedilos recebidos pelo produtor no mercado

fiacutesico quando vendeu a safra de milho apoacutes a colheita na safra de 1997 - colhidas

124

em marccedilo de 1998 - natildeo apresentou diferenccedila de preccedilos com relaccedilatildeo agraves

negociaccedilotildees realizadas no mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 1998 - colhida em marccedilo de 1999 - os produtores de

milho que venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um lucro um terccedilo

maior

Na safra de 1999 - colhida em marccedilo de 2000 - o lucro dos

produtores que venderam no mercado fiacutesico apoacutes a colheita foi superior bem mais

que o dobro Na safra de 2000 - colhida em marccedilo de 2001 - os produtores que

venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um lucro tambeacutem um terccedilo

maior

Na safra de 2001 - colhida em marccedilo de 2002 - novamente os

produtores que deixaram para vender apoacutes a colheita sem negociar na bolsa

tiveram o dobro do lucro em relaccedilatildeo aos que negociaram na bolsa

No caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de milho de 1997 a

2001 os produtores que esperaram para vender depois da colheita sem negociar

contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro meacutedio acima de 50 quando

comparado aos que negociaram seus produtos na Bolsa de Mercadorias TABELA 38- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao

produtor nas sacas de soja com 60 quilos PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS

FUTURO EM R$ NA

BMampF

PRECcedilOS NO

FIacuteSICO EM R$ (EM MARCcedilO)

Em outubro97 para entrega em marccedilo98 1217 1354

Em outubro98para entrega em marccedilo99 1108 1622

Em outubro99 para entrega em marccedilo00 1052 1736

Em outubro00 para entrega em marccedilo01 1060 1667

Em outubro01 para entrega em marccedilo02 - 1994

Meacutedia dos 5 anos 1109 1674

Fonte BMampF e Deral

Constata-se que os preccedilos da soja recebidos pelos produtores no

mercado fiacutesico quando venderam os produtos apoacutes a colheita foi um pouco

125

superior na safra de 1997 colhida em marccedilo de 1998 Tambeacutem foi superior em

quase 50 na safra de 1998 colhida em marccedilo de 1999 A safra de 1999 colhida

em marccedilo de 2000 tambeacutem bem foi superior ultrapassando os 50 Por sua vez a

safra do ano 2000 - colhida em marccedilo de 2001 - deu um lucro superior a 50 aos

produtores que natildeo negociaram na bolsa de mercadorias e venderam no mercado

fiacutesico

Com relaccedilatildeo agrave safra do ano de 2001 - colhida em marccedilo de 2002 -

natildeo foi possiacutevel fazer uma anaacutelise por falta de informaccedilatildeo das negociaccedilotildees

realizadas pela Bolsa de Mercadorias em outubro de 2001 para fechamento dos

contratos em marccedilo de 2002

Na anaacutelise do caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de soja do

ano de 1997 a 2000 os produtores que esperaram para vender a produccedilatildeo depois

da colheita sem negociar contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro

meacutedio proacuteximo a 50

TABELA 39- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao

produtor nas sacas de cafeacute beneficiado com 60 quilos

PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS FUTURO EM

R$ NA BMampF

PRECcedilOS NO FIacuteSICO

EM R$ (EM JULHO)

Em janeiro97 para entrega em julho97 15308 18010

Em janeiro98 para entrega em julho98 17515 11200

Em janeiro99 para entrega em julho99 12952 13723

Em janeiro00 para entrega em julho00 14307 14338

Em janeiro01 para entrega em julho01

Em janeiro02 para entrega em julho02

7942

5276

10273

8841

Meacutedia dos 6 anos 12216 12730

Fonte BMampF e Deral

126

Tambeacutem se pode observar que os preccedilos recebidos pelos

produtores no mercado fiacutesico quando venderam a safra de cafeacute apoacutes a colheita na

safra de 1997 - colhida em julho de 1997 - foi um pouco superior em relaccedilatildeo agraves

negociaccedilotildees realizadas no mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 1998 - colhida em julho de 1998 - os produtores de cafeacute

que venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um prejuiacutezo na faixa de

50 em relaccedilatildeo aos produtores que realizaram negociaccedilotildees no mercado futuro na

bolsa de mercadorias

Na safra de 1999 - colhida em julho de 1999 - o lucro dos

produtores que venderam no mercado fiacutesico apoacutes a colheita foi superior poreacutem

pouco significativo

Na safra de 2000 - colhida em julho de 2000 - os preccedilos se

equilibraram tendo praticamente o mesmo preccedilo tanto no mercado fiacutesico como no

mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 2001 - colhidas em julho de 2001 - novamente os

produtores que deixaram para vender apoacutes a colheita sem negociar na Bolsa

tiveram um lucro de um terccedilo maior

Tambeacutem na safra de 2002 - colhida em julho de 2002 - os

produtores que negociaram no mercado fiacutesico tiveram um lucro significativo bem

acima de 50 nos preccedilos em relaccedilatildeo aos produtores que venderam na Bolsa de

Mercadorias

No caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de cafeacute de 1997 a

2002 os produtores que esperaram para vender depois da colheita sem negociar

contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro meacutedio praticamente

insignificante na faixa de 5

Na comparaccedilatildeo da lucratividade meacutedia das culturas de milho soja e

cafeacute - ao longo dos uacuteltimos 5 anos - verificou-se que os produtores de soja e milho

ganharam mais quando negociaram seus produtos no mercado fiacutesico apoacutes

realizarem suas colheitas em torno de 50

Os produtores de cafeacute tambeacutem ganharam poreacutem menos na faixa

dos 5 o que leva a conclusatildeo de que as negociaccedilotildees realizadas na Bolsa de

Mercadorias com a cultura do cafeacute pode ser interessante porque na anaacutelise da

rentabilidade embora o lucro seja menor o produtor tem a garantia do preccedilo que foi

127

fixado na eacutepoca da compra dos contratos Assim natildeo corre o risco do preccedilo cair

apoacutes a colheita quando a oferta do produto no mercado eacute maior

A tabela 40 tem como objetivo demonstrar o perfil e a quantidade

de produtores que optaram por comercializar sua produccedilatildeo na Bolsa de

Mercadorias

TABELA 40ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela comercializaccedilatildeo realizada na

BMampF

TAMANHO AMOSTRA

TIPO DE EXPLORACcedilAtildeO FREQUEcircNCIA ABSOLUTA

Produtor de Soja 2

Produtor de Cafeacute 4

Produtor de Milho e Soja 3

Produtor de Soja e Cafeacute 5

16

Produtor de Milho Soja e Cafeacute 2 Fonte Pesquisa do autor

128

11 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS E RECOMENDACcedilOtildeES

1) Melhoria da cultura

gt Para melhorar a eficiecircncia do agricultor no meio rural e preacute-requisito a melhoria da cultura pois soacute sobreviveratildeo economicamente os que forem

eficientes nos aspectos tecnoloacutegicos gerenciais e organizacionais conforme se verificou na tabela 311

gt Somente frac14 dos produtores (tabela 6) tecircm curso universitaacuterio mas com perspectivas animadoras porque 23 deles moram na cidade (tabela 8) o que leva a crer que os seus filhos estudaratildeo ateacute o 3ordm grau e num futuro proacuteximo poderatildeo assumir as propriedades com nova mentalidade com mais cultura

conhecimentos e abertos agrave implantaccedilatildeo das novas tecnologias disponiacuteveis no mercado

Ser eficiente para exercer as atividades no meio rural jaacute natildeo eacute uma

vantagem mas sim um requisito enfatiza Santos (1993) e Souki et al (1999) soacute

sobreviveratildeo economicamente os agricultores que forem muito eficientes nos

aspectos tecnoloacutegicos gerenciais e organizacionais em todas as etapas dos

negoacutecios agropecuaacuterios que se inicia com o planejamento das atividades que seratildeo

realizadas

Acompanhamento e controle de todas as etapas do

processo produtivo dentro das necessidades conforme se

verifica na produtividade do cafeacute por agricultores que moram na

propriedade (tabela 341) a cotaccedilatildeo de preccedilos tanto para a

aquisiccedilatildeo dos insumos como a cotaccedilatildeo dos preccedilos para a

venda dos produtos colhidos tambeacutem eacute fundamental (tabelas

313 323 333 e 343) A eficiecircncia na administraccedilatildeo dos

negoacutecios deixou de ser uma vantagem competitiva para

transformar-se em um requisito que permite sobreviver nas

129

atividades agropecuaacuterias o que soacute eacute possiacutevel com a melhoria

do conhecimento

A partir do plano real praticamente deixou de existir dinheiro

subsidiado no Brasil e o governo natildeo tem determinado mais os preccedilos a serem

pagos pelos produtos agriacutecolas O que existe hoje eacute dinheiro com alto custo e juros

normais de mercado oferecidos pelos bancos e os preccedilos dos produtos satildeo

determinados pelo mercado de acordo com a oferta e demanda Diante deste

quadro o agricultor precisa agir profissionalmente mudando comportamentos

racionalizando o uso dos bens de produccedilatildeo para enfrentar o mercado cada vez mais

competitivo Aleacutem desses desafios vale lembrar que o crescimento da agricultura

pode ser conseguido com a educaccedilatildeo do agricultor como registrado na tabela 311

onde se cruzou a escolaridade com a produtividade A educaccedilatildeo deve ser a base

para que os agricultores possam entender o que os teacutecnicos da aacuterea querem

informar para melhorar a sua condiccedilatildeo de vida (tabela 35) Com o aumento do

conhecimento educacional dos agricultores eacute possiacutevel iniciar um real treinamento

mostrando-lhes os cuidados mais detalhados do manejo das culturas e das

criaccedilotildees informando-lhes o por que e como se conduz determinada praacutetica agriacutecola

Dahlman (1989) relata que as novas economias industrializadas do

leste asiaacutetico entenderam que o investimento na universalizaccedilatildeo de uma boa

educaccedilatildeo era um requisito essencial para acelerar a adoccedilatildeo a adaptaccedilatildeo e a

absorccedilatildeo de tecnologia O sucesso desses paiacuteses que constituem a base do novo

paradigma tecnoloacutegico deve-se muito aos pesados investimentos feitos na melhoria

e universalizaccedilatildeo da educaccedilatildeo secundaacuteria e na ampliaccedilatildeo da educaccedilatildeo superior

em particular com ecircnfase na engenharia e em outras aacutereas de ciecircncias aplicadas

A necessidade de aprender como se comportar frente aos

problemas inerentes agrave atividade agriacutecola faz sentido quando se vecirc que a agricultura

eacute um conjunto de arte ciecircncia e negoacutecio como uma atividade interdisciplinar e

ecleacutetica devido ao grande nuacutemero de variaacuteveis que o setor apresenta quando nele

se trabalha buscando informaccedilotildees e conhecimentos dos profissionais da aacuterea

(tabela 23) relacionados agrave assistecircncia teacutecnica Natildeo se deve considerar a agricultura

apenas como uma arte para natildeo se tornar uma questatildeo empiacuterica natildeo trata-la

somente como ciecircncia para natildeo ser um simples teoacuterico e natildeo se tornar um

mercador tratando-a exclusivamente como um negoacutecio

130

Deve-se mostrar ao produtor rural uma metodologia proacutepria de

coleta de registro de dados o que eacute fundamental para o processamento das

informaccedilotildees e posterior anaacutelise dos resultados Alem disso oportunizar o

conhecimento de conceitos fundamentais de custos de produccedilatildeo salientando cada

componente que propicia esse tipo de formulaccedilatildeo servindo de paracircmetro de

avaliaccedilatildeo e de sua consequumlecircncia relativa a comportamentos individuais dos

componentes Para Streeter (1988) a universidade puacuteblica deveria estar agrave frente

desse processo para ensinar aos produtores rurais todas as inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

assim como os conceitos metodoloacutegicos atraveacutes da pesquisa do ensino e da

extensatildeo

2) Vocaccedilatildeo para o negoacutecio

gt Considerando que 272 (907) exploram os imoacuteveis proacuteprios (tabela 10) dos quais 166 (553) foram comprados (tabela 9) pode-se inferir que os

agricultores tecircm interesse pelo negoacutecio e estatildeo vocacionados para esta atividade econocircmica

gt Necessaacuterio se faz instrumentalizaacute-los para renderem o maacuteximo proporcionando programas de extensatildeo oferecidos pelas universidades jaacute que a Emater e as cooperativas vem cumprindo sua parte podendo ainda

melhorar em especial a Emater que assiste pouco mais de 10 dos agricultores conforme tabela 24

A necessidade de procurar fazer sempre o melhor a cada dia estaacute no

fato de que natildeo existe mais espaccedilo para os incompetentes A realidade hoje requer

produtores com conhecimento ou que saibam onde buscar esses conhecimentos

conforme tabela 23 que enfatiza a importacircncia da assistecircncia teacutecnica para a

realizaccedilatildeo das funccedilotildees certas com as soluccedilotildees exatas para cada problema

Nesta perspectiva de trabalho busca-se exprimir alguns passos de

instrumentalizaccedilatildeo procurando aumentar a eficiecircncia na atividade agropecuaacuteria

para que cada um trabalhe com base em um planejamento eficaz da propriedade

analisando todos os processos e resultados obtidos com cada atividade

desenvolvida e tentar melhoraacute-la o maacuteximo possiacutevel

131

3) Infra-estrutura

gt As propriedades apresentam boa infra-estrutura (tabela 1112) em relaccedilatildeo agrave energia eleacutetrica aacutegua encanada veiacuteculos etc e se localizam em meacutedia a 27

km da cidade (tabela 8) podendo oferecer oacutetimas condiccedilotildees de moradia para as proacuteximas geraccedilotildees Depois de formados (atualmente somente 13 dos

agricultores residem nos imoacuteveis) poderatildeo residir no imoacutevel facilitando o acompanhamento e desenvolvimento das atividades exercidas nas

propriedades porque estaratildeo diariamente no gerenciamento da empresa

Para Barberato (2001) a agricultura eacute atividade de risco sujeita a

intempeacuteries e frustraccedilotildees e natildeo daacute a seguranccedila do emprego na zona urbana Para

se encaixar no mercado de trabalho o jovem da zona rural estaacute sendo incentivado

pelos proacuteprios pais a estudar mais e concluiacuter pelo menos o segundo grau Quando

isso acontece os pais incentivadores da formaccedilatildeo educacional se assustam mas

continuam tocando a vida na esperanccedila de que um dia um dos filhos volte e tome

conta do negoacutecio mesmo que agrave distacircncia porque acreditam que ldquoquem nasce no

campo natildeo esquece sua raizrdquo

4) Atividade uacutenica

gt Quase 50 (tabela 13) dos produtores dependem unicamente das rendas obtidas das atividades rurais e 55 contam com a ajuda da mulher e filhos

revelando que a busca da eficiecircncia para produzir e vender satildeo fatores determinantes no sucesso do negoacutecio

gt Outra variaacutevel importante nessa anaacutelise eacute que quase 80 dos agricultores (tabela 04) satildeo casados aumentando ainda mais sua responsabilidade

financeira para a manutenccedilatildeo da famiacutelia

Para Koslovski (2002) eacute atraveacutes da profissionalizaccedilatildeo das atividades agropecuaacuterias que o produtor poderaacute utilizar novas tecnologia

aumentar a produtividade e reduzir os custos adequando-se agraves exigecircncias do mercado Essas exigecircncias satildeo grandes entraves em especial para o pequeno

produtor geralmente mais carentes em recursos e conhecimentos Felizmente as iniciativas de oacutergatildeos como o IAPAR EMBRAPA

SENAR e outros permitem que esses agricultores tenham acesso as novas

132

tecnoloacutegicas ao conhecimento e agraves novas oportunidades oferecidas pelo mercado

Eacute essencial que todos tenham acesso aos treinamentos agrave assistecircncia teacutecnica e ao

creacutedito rural para que se profissionalizem e que aos seus filhos seja garantida

educaccedilatildeo de primeira qualidade para que se tornem cidadatildeos capazes de executar

novos empreendimentos no campo (KOSLOVSKI 2002)

5) Pequenos produtores

gt Dentro da amostra dos produtores que cultivam soja eou milho eou cafeacute 124 (413) tecircm aacutereas com ateacute 1983 alqueires (tabela 07) natildeo havendo competitividade na venda dos produtos in natura pela falta de escala

precisam buscar alternativas tais como (a) agregar valores aos produtos atraveacutes da agroinduacutestrializaccedilatildeo

(b) formaccedilatildeo de cooperativas para venda de grandes lotes ou tentar encurtar o canal de comercializaccedilatildeo evitando negociar com intermediaacuterios vendendo

sua produccedilatildeo direto ao consumidor final

Segundo Barberato (2001) Londrina tem uma produccedilatildeo

diversificada que se inicia com o ldquoantigordquo cafeacute que voltou a ser cultivado no modelo

adensado nos uacuteltimos anos trazendo expectativa de novos rendimentos passando

por commodities como a soja ateacute a agroinduacutestria que representa uma nova

alternativa de renda especialmente agraves pequenas propriedades Mesmo em uma

regiatildeo em que predominam pequenas propriedades que tecircm dificuldades na

produtividade pela falta de escala as culturas mais cultivadas ainda satildeo da soja

milho cafeacute

O pequeno agricultor no Brasil sempre teve poucas chances de

poder escoar seus produtos sem a ajuda de intermediaacuterios ou o enfrentamento da

competiccedilatildeo com os grandes produtores A agroinduacutestria familiar - com a fabricaccedilatildeo

de produtos caseiros em meacutedia escala para venda direta ao consumidor ou atraveacutes

de associaccedilatildeo de pequenos produtores - pode ser a soluccedilatildeo para este segmento

O Secretaacuterio da Agricultura do Municiacutepio de Londrina ressalta que a

agroinduacutestria estaacute se ampliando mostrando que haacute uma produccedilatildeo meacutedia de 30 itens

advindos de produtos agriacutecolas como o accediluacutecar mascavo vinhos e licores compotas

sucos embutidos e defumados adubo orgacircnico mel entre outros Enfatiza

tambeacutem que nos distritos do Municiacutepio foram formados Conselhos com objetivo de

atuarem na zona rural natildeo soacute no que diz respeito agrave produccedilatildeo agriacutecola mas tambeacutem

133

na organizaccedilatildeo dos produtos e capacitaccedilatildeo e treinamentos dos produtores

(BARBERATO 2001)

6) Matildeo-de-obra utilizada

gt Mais de 50 dos produtores (tabela 14) manteacutem empregados fixos na propriedade - em meacutedia 318 empregados por propriedade - fator importante

socialmente porque a fixaccedilatildeo dos empregados na aacuterea rural com registro em carteira recebendo salaacuterios e todos os encargos sociais e trabalhistas diminui e minimiza os cinturotildees de pobreza nos centros urbanos Como

consequecircncia reduz as favelas a criminalidade e a prostituiccedilatildeo com alternativas de sobrevivecircncia para famiacutelias analfabetas e sem emprego no meio urbano que deixam a aacuterea rural para se aventurarem nas grandes

cidades

Aleacutem da importacircncia social a matildeo de obra no

meio rural tambeacutem eacute a que mais contribui quando se verifica o efeito renda conforme levantamento da FAEP -

Federaccedilatildeo Paranaense de Agricultura (2002) para explicar na teoria o que se observa no interior do Paranaacute Baseado

em estudos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social ndash BNDES o relatoacuterio explica que a agricultura eacute a atividade que mais gera emprego ldquoefeito

rendardquo ou seja a agricultura eacute o setor com maior potencial para abrir vagas no mercado de trabalho em outros

segmentos da economia Eacute o que os especialistas chamam de ldquoefeito multiplicadorrdquo

O emprego efeito renda surge em decorrecircncia de um bom desempenho de determinado ramo de atividade econocircmica No caso da lavoura se a produccedilatildeo do campo

vai bem o comeacutercio e os serviccedilos tambeacutem lucram Eacute a loja de eletrodomeacutesticos que vende mais o restaurante que

atende mais satildeo estabelecimentos que para dar conta da demanda acabam contratando mais gente

Para chegar a essa conclusatildeo o BNDES simulou a realizaccedilatildeo de investimentos de R$10 milhotildees em

41 atividades econocircmicas (agricultura induacutestria e seus

134

segmentos) Calculou quantas vagas esses R$ 10 milhotildees conseguiriam abrir no mercado de trabalho Em empregos

diretos a induacutestria de vestuaacuterio fica na frente da agricultura ndash na simulaccedilatildeo seriam 1080 novas vagas da

primeira contra 620 da atividade agriacutecola Mas no emprego efeito-renda a lavoura eacute a que mais propicia oportunidade de trabalho para os demais setores da economia Seriam 387 empregos para um investimento de R$ 10 milhotildees

contra 327 das faacutebricas de roupas em aplicaccedilatildeo de recursos idecircntica Os segmentos da induacutestria com maior potencial no ldquoefeito rendardquo satildeo aqueles que transformam mateacuteria prima produzida no campo A industria do cafeacute

dos oacuteleos vegetais de laticiacutenios e as refinarias de accediluacutecar

7) Entraves econocircmicos

gt A interferecircncia do governo brasileiro nos tratados comerciais entre as naccedilotildees para a eliminaccedilatildeo das tarifas alfandegaacuterias e dos subsiacutedios dados

pelos paiacuteses ricos aos agricultores aleacutem de vantajoso para todos conforme demonstra o graacutefico 16 pelos dados do FMI eacute importante para o agricultor

brasileiro uma vez que nossa participaccedilatildeo no comeacutercio mundial de produtos agriacutecolas eacute de 3 do total comercializado Mesmo assim o agribusiness

brasileiro vem crescendo em especial nos segmentos da soja laranja accediluacutecar carnes etc

Por mais difiacutecil e injusto que pareccedila se for considerada a benesse

ofertada aos produtores dos paiacuteses do primeiro mundo conforme se verificou no

graacutefico 16 a eficiecircncia do meio rural brasileiro teraacute de ser conseguida pelo proacuteprio

produtor - sem subsiacutedios com pouco creacutedito - conforme se verificou na tabela 22

em que 50 dos produtores ainda necessitam de financiamento mesmo pagando

altos juros e tambeacutem menos protecionismo enfim com menor ajuda do governo

Portanto os escassos insumos materiais teratildeo que ser potencializados com a

melhoria da capacidade administrativa e do conhecimento do produtor rural

Embora os uacuteltimos governos do Brasil tenham dado muito pouco ou

quase nada de proteccedilatildeo ou subsidio aos produtores rurais se comparado com os

27 paiacuteses da OCDE ndash Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econocircmico

ndash que em 1998 gastaram 362 bilhotildees de doacutelares (graacutefico 16) com diferentes formas

135

de proteccedilatildeo a seus agricultores o paiacutes estaacute entre os trecircs primeiros exportadores

mundiais de cafeacute suco de laranja accediluacutecar e do complexo de soja sem falar em

carnes fumo mandioca e outros produtos Apesar da pequena participaccedilatildeo no

comeacutercio mundial de produtos agriacutecolas algo em torno de 3 do total eacute este o

uacutenico setor que salva nossa balanccedila comercial Ano apoacutes ano o saldo comercial do

agribusiness vem crescendo enquanto que no conjunto o deacuteficit geral eacute alarmante

De qualquer maneira entre os que estudam os problemas agriacutecolas existe quase uma unanimidade de que - em niacutevel mundial - tanto os produtores agriacutecolas como os consumidores satildeo os mais prejudicados com o excesso de intervenccedilatildeo A conclusatildeo baacutesica dos estudiosos eacute que o excesso

de intervenccedilatildeo prejudica o esforccedilo global de desenvolvimento (graacutefico 17) porque restringe as exportaccedilotildees da grande maioria das naccedilotildees pobres ou em

desenvolvimento traz crescentes doses de sacrifiacutecios para as populaccedilotildees envolvidas e provoca uma reduccedilatildeo consideraacutevel no consumo de alimentos

em funccedilatildeo da manutenccedilatildeo de preccedilos artificialmente elevados nos mercados domeacutesticos atendendo a interesses econocircmicos das naccedilotildees mais ricas e

desenvolvidas

8) Diversificaccedilatildeo com especializaccedilatildeo

gt Por se tratar de atividade de risco feita a ceacuteu aberto o produtor deve diversificar as atividades buscando soluccedilotildees com os profissionais da aacuterea (tabela 23) que disporatildeo de informaccedilotildees teacutecnicas adequadas para ajudar o

produtor no desenvolvimento da atividade desejada

A agricultura vive de custos de oportunidades ou seja o produtor

deve sempre tomar as decisotildees de forma a utilizar melhor os fatores de produccedilatildeo

que satildeo basicamente a terra a matildeo de obra e o capital que andam lado a lado para

o bom aproveitamento Para tornar a empresa rural eficiente o produtor deve

tambeacutem buscar a diversificaccedilatildeo das atividades com especializaccedilatildeo o que significa

saber administrar a complexidade de algumas atividades e com a responsabilidade

de produziacute-las com qualidade na busca da lucratividade A monocultura pelos

riscos inerentes agraves atividades pode ser perigosa

136

9) Racionalizaccedilatildeo no uso dos maquinaacuterios

gt As aquisiccedilotildees dos maquinaacuterios soacute satildeo vaacutelidas se for para utilizar sua capacidade maacutexima pois eles parados oneram os custos (tabela 20)

gt O Brasil eacute um dos poucos paiacuteses que ainda pode melhorar muito natildeo soacute no aumento da produtividade como tambeacutem na expansatildeo das aacutereas

agricultaacuteveis

Para muitos agricultores significa tambeacutem que aqueles

investimentos que ldquocustam muito e satildeo utilizados poucordquo onerando o produto pela

ociosidade dos maquinaacuterios teratildeo de ser repensados na sua forma de uma

utilizaccedilatildeo mais intensa E para adquirir o maquinaacuterio deve-se fazer uma anaacutelise

com relaccedilatildeo ao seu custondashbenefiacutecio e ponderar se justifica sua aquisiccedilatildeo soacute em

sociedade ou ainda a alternativa de contratar os serviccedilos das maacutequinas que seratildeo

utilizadas no processo produtivo alternativa esta muito utilizada pelos produtores

que natildeo tecircm possibilidade de adquirir a maacutequina conforme verifica-se na tabela 20

onde frac14 dos produtores disseram natildeo ter maquinaacuterios embora tenham apresentado

boa produtividade em especial no cultivo da soja conforme demonstra a tabela 36

10) Busca da modernizaccedilatildeo

gt Fazer do agricultor um empresaacuterio que poderaacute administrar a propriedade rural de forma mais profissional tornando-a uma empresa rural

A agricultura brasileira pelas proacuteprias caracteriacutesticas da nossa

economia precisa de produtores profissionais para manter suas atividades com os

proacuteprios recursos Outrora quando o agricultor precisava de recursos financeiros

para custear sua produccedilatildeo agriacutecola obtinha empreacutestimo subsidiado pelo governo

Ou ainda quando queria vender sua produccedilatildeo procurava a CFP ndash Comissatildeo de

Financiamento da Produccedilatildeo - hoje Conab e entregava os seus produtos pelos bons

preccedilos que o governo determinava Isso dava uma grande seguranccedila para o

agricultor mas fechava as portas agrave comercializaccedilatildeo O produtor natildeo tinha que se

preocupar com a utilizaccedilatildeo eficiente dos bens de produccedilatildeo praacutetica ainda muito

utilizada pelo Japatildeo e paiacuteses da Europa conforme expressa o graacutefico 16 que tecircm

grande parte de sua produccedilatildeo agriacutecola subsidiada pelo governo

137

Sem duacutevida o primeiro passo para a modernizaccedilatildeo da agricultura eacute

tornar o agricultor um empresaacuterio como mostra a produtividade conseguida pelo

agricultor com alta escolaridade (tabela 311) que poderaacute administrar a propriedade

rural de forma mais profissional tornando-a uma empresa rural

11) Evitar financiamento

gt O dinheiro existente nos bancos tem um alto custo e 50 dos produtores ainda necessitam de financiamento (tabela 22) para o cultivo das safras A

soluccedilatildeo eacute agrave busca da auto-suficiecircncia financeira atraveacutes da eficiecircncia

A eficiecircncia que conduziraacute a emancipaccedilatildeo dos agricultores somente seraacute possiacutevel se for precedida de uma boa educaccedilatildeo As escolas

rurais que nos uacuteltimos foram gradativamente sendo reduzidas no Municiacutepio de Londrina na verdade deveria formar cidadatildeos com mais auto-confianccedila e auto-suficiecircncia teacutecnica de modo a fazer com que o patrimocircnio de sua famiacutelia fosse auto-sustentaacutevel A educaccedilatildeo baacutesica rural deveria ter um caraacuteter mais

instrumental proporcionando aos alunos conteuacutedos uacuteteis que possam aplicar na correccedilatildeo e soluccedilatildeo dos problemas que ocorrem nos negoacutecios nas

propriedades e mesmo na sua comunidade Para Souza (1999) os creacuteditos para custeio e para investimentos

precisam ser relativamente abundantes e a taxa de juros mais baixa a fim de

estimular a produccedilatildeo e a modernizaccedilatildeo sobretudo no caso dos pequenos

produtores e das culturas do mercado interno

12) Acompanhamento dos preccedilos

gt Ter habilidade para comprar bem os insumos e vender satisfatoriamente a produccedilatildeo determina o sucesso dos negoacutecios no meio rural

Nesse momento de profundas modificaccedilotildees no perfil do agricultor

deve-se buscar sempre a diminuiccedilatildeo dos custos pois eacute a forma que se tem de

aumentar a rentabilidade dentro da propriedade Essa reduccedilatildeo nos custos comeccedila

no planejamento adequado da propriedade atraveacutes da montagem de sistemas de

produccedilatildeo capazes de produzir com alta qualidade e escala de produccedilatildeo com o

miacutenimo de custo possiacutevel sem prejuiacutezo na atividade com uso de teacutecnicas

138

adequadas para cada tipo de produtor Crepaldi (1993) enfatiza que no atual

estaacutegio de desenvolvimento da agricultura brasileira o custo de produccedilatildeo eacute bastante

elevado em funccedilatildeo das fortes doses de adubaccedilatildeo sementes selecionadas e

defensivos agriacutecolas empregados nas culturas por serem insumos importados e de

alto custo para o produtor rural

Mas natildeo eacute apenas na diminuiccedilatildeo de custos que se pode trabalhar

Existe outro fator que eacute o aumento do rendimento que deveraacute ser compatiacutevel com o

custo o aumento do rendimento ou da produtividade de uma atividade agriacutecola

deveraacute ser maior que o custo realizado Isto se reflete muitas vezes quando os

produtores tecircm baixo poder aquisitivo ou restriccedilatildeo orccedilamentaacuteria devendo estes

definir em que produto ou operaccedilatildeo colocar o dinheiro disponiacutevel para que renda o

maacuteximo possiacutevel Quem natildeo tiver habilidade para comprar bem seus insumos e

vender satisfatoriamente sua produccedilatildeo certamente teraacute dificuldades para

sobreviver no negoacutecio conforme se verifica na preocupaccedilatildeo do agricultor em

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos (tabela 29)

13) Mercado futuro via cooperativas

gt Uso do mercado futuro para minimizar os riscos nas oscilaccedilotildees dos preccedilos - quando o preccedilo for interessante

gt O produtor pode negociar a produccedilatildeo atraveacutes do quadro de funcionaacuterios especializados das cooperativas

Para reduzir o risco de oscilaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos na hora

de vender a produccedilatildeo o produtor poderaacute buscar o mercado futuro obviamente

quando os preccedilos lhes forem favoraacuteveis Natildeo deve esperar que a BMampF vaacute atraacutes de

cada um para explicar como funciona conforme identificou-se nas tabelas 314

324 334 e 344 Verificou-se uma baixa demanda desse mercado pelo produtor

exatamente pela sua falta de conhecimento nesse tipo de negoacutecio

Conforme ressalta Souza (1995) a melhor alternativa de acesso dos

produtores rurais ao mercado futuro poderaacute ser feito via cooperativas com a

utilizaccedilatildeo do seu quadro de funcionaacuterios especializados Elas poderiam fazer todo o

controle dos ajustes diaacuterios e burocraacuteticos das negociaccedilotildees e tambeacutem manter o

produtor informado por meio de editais ou outro mecanismo de comunicaccedilatildeo sobre

as cotaccedilotildees e preccedilos dos produtos nos mercados

139

14) Agricultura sustentaacutevel

gt Talvez seja a uacutenica alternativa para a preservaccedilatildeo da espeacutecie humana na terra

gt Eacute possiacutevel e depende do homem do campo porquanto gt A necessidade do uso adequado e racional dos agrotoacutexicos na produccedilatildeo

dos alimentos eacute fundamental para evitar o envenenamento natildeo soacute do produtor ao aplicaacute-lo mas tambeacutem da populaccedilatildeo urbana ao consumiacute-lo

gt A importacircncia da preservaccedilatildeo do solo com manejo adequado das culturas mantendo intacta as matas ciliares e conservando as curvas de niacuteveis das

propriedades evitaraacute a perda da terra feacutertil e consequumlentemente o assoreamento dos rios

gt A preocupaccedilatildeo em evitar ao maacuteximo as queimadas na abertura de novas

fronteiras agriacutecolas na busca de rapidez para a utilizaccedilatildeo da terra porque aleacutem de

degradar o solo contribui para aumentar o buraco na camada de ozocircnio da

atmosfera

Essas atitudes que dependem exclusivamente do produtor rural satildeo viaacuteveis permitem a praacutetica de atividades agriacutecolas economicamente

rentaacuteveis preservam o meio ambiente e por consequumlecircncia melhoram a qualidade de vida do homem na terra

Aliando as atividades agriacutecolas economicamente ativas com a

conservaccedilatildeo e a preservaccedilatildeo ambiental proporcionam-se condiccedilotildees para produzir

cada vez mais Eacute o que se denomina agricultura sustentaacutevel sendo tecnicamente

correta economicamente viaacutevel ambientalmente aceitaacutevel e socialmente justa

Sabe-se que o produtor brasileiro natildeo tem tanta preocupaccedilatildeo com

a conservaccedilatildeo do solo e tambeacutem com a preservaccedilatildeo ambiental e isso pode ser

maleacutefico ao longo do tempo prejudicando a sobrevivecircncia das proacuteximas geraccedilotildees

Falhas detectadas na camada de ozocircnio em razatildeo das queimadas

assoreamento dos rios pelo desconhecimento no preparo das lavouras uso

inadequado dos agrotoacutexicos poluindo os mananciais e nascentes de rios satildeo alguns

exemplos que podem ser citados

O Brasil dispotildee de condiccedilotildees ideais para aproveitar um novo

segmento do mercado agriacutecola mundial que estaacute crescendo de forma acelerada

principalmente nos paiacuteses desenvolvidos e que jaacute movimenta mais de US$20

140

bilhotildees por ano a ldquoagricultura natural ou bioloacutegicardquo Essa cadeia produtiva envolve

produtos que vatildeo do cafeacute aos diversos tipos de cereais e carnes dependendo do

produto e do paiacutes os consumidores estatildeo dispostos a pagar precircmio de ateacute 200

sobre o preccedilo do produto comum O Brasil dispotildee do maior rebanho bovino ldquoverderdquo

no mundo e vaacuterios locais jaacute produzindo produtos naturais

Rodrigues (2000) citando Lester Brown presidente do Worldwatch

Institute em recente discurso em um congresso para agricultores europeus

defendeu a hipoacutetese de que ateacute o ano 2020 a oferta de alimentos mundial cresceraacute

menos que a populaccedilatildeo o que aumentaria o preccedilo meacutedio dos produtos agriacutecolas

Usou como argumento que a tecnologia agronocircmica natildeo permitiraacute saltos de

produtividade como os obtidos ateacute agora e ainda as aacutereas agricultaacuteveis estatildeo

diminuindo juntamente com a escassez de aacutegua para irrigaccedilatildeo Pereira (1999)

ressalta que o Brasil eacute um dos poucos paiacuteses com capacidade de expandir sua

produccedilatildeo seja pelo aumento da aacuterea plantada e pelo incremento da produccedilatildeo

Para Casado (2003) o Brasil precisa investir na infra-estrutura em

especial para o escoamento da produccedilatildeo entende que apesar da imensidatildeo

territorial e das ainda precaacuterias condiccedilotildees logiacutesticas a privatizaccedilatildeo dos meios de

transportes e da rede de armazenagem aos poucos tece a malha de infra-estrutura

que garantiraacute o escoamento das safras Eacute a iniciativa privada em busca de soluccedilotildees

para o desenvolvimento da nossa naccedilatildeo

O agribusiness brasileiro pode ter um futuro promissor Segundo

Rodrigues (2000) o potencial do agronegoacutecio nacional em termos de aacuterea

cultivaacutevel impressiona A aacuterea total de mais de 210 milhotildees de hectares (24 do

territoacuterio nacional) da regiatildeo dos cerrados equivale agrave metade da aacuterea total do

Meacutexico Eacute nela ainda estatildeo inexplorados cerca de 90 milhotildees de hectares uma aacuterea

equivalente agrave China e EUA que satildeo os dois maiores produtores mundiais de gratildeos

Neste contexto o Brasil tem condiccedilotildees de operar em larga escala no

agronegoacutecio internacional pois eacute o uacutenico paiacutes no mundo com uma infraestrutura

razoaacutevel que dispotildee em abundacircncia do fator produccedilatildeo mais escasso em escala

mundial terra agricultaacutevel Eacute necessaacuterio portanto que se busque o maacuteximo de

eficiecircncia em todos os elos da cadeia produtiva e que o governo crie um ambiente

econocircmico favoraacutevel para que o agribusiness nacional possa operar com seguranccedila

e competitividade na conquista de novos mercados e que procure ainda com mais

vigor e determinaccedilatildeo eliminar as distorccedilotildees que afetam o comercio internacional

141

Diante deste prognoacutestico pode-se afirmar que o Brasil eacute uma

exceccedilatildeo neste cenaacuterio e poderaacute ser a grande forccedila produtora deste seacuteculo que se

inicia O paiacutes possui mais de 150 milhotildees de hectares o que corresponde a 62

milhotildees de alqueires paulistas de terras agricultaacuteveis das quais satildeo ocupadas

atualmente somente 13 aleacutem da maior reserva de aacutegua doce do planeta (19

estatildeo no Brasil) Isso sem contar a produtividade que ainda pode ser melhorada

atraveacutes da educaccedilatildeo do agricultor brasileiro Ravanello (2002) afirma que o Brasil

tem potencial para se transformar no verdadeiro celeiro do mundo neste seacuteculo que

se inicia

Pode-se afirmar que o paiacutes dispotildee de todas as condiccedilotildees para

melhorar agregando valor aos produtos industrializando marcas etc e por

consequumlecircncia melhorando a vida do povo brasileiro Haacute de se ressaltar entretanto

que isso natildeo seraacute dado gratuitamente Eacute necessaacuterio muito trabalho e muita

dedicaccedilatildeo de todos e em especial muita seriedade e honestidade dos governantes

no trato com as coisas que satildeo puacuteblicas para que se possa oferecer para nossos

filhos e nossos netos um verdadeiro Paiacutes de Primeiro Mundo

REFEREcircNCIAS

AGRIANUAL Anuaacuterio estatiacutestico da agricultura brasileira Satildeo Paulo FNP Consultoria e Comeacutercio 2000 AGUIAR Danilo R Dias Mercados Futuros como instrumentos de comercializaccedilatildeo agriacutecola no Brasil In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 371999 Foz do Iguaccedilu Anais Brasiacutelia Sober 1999 p66-69 A ECONOMIA de Londrina Folha de Londrina Londrina 10 dez 2002 Caderno Especial p7 AGRICULTURA eacute a que mais gera emprego em outros setores Jornal de Londrina Londrina 15 set 2002 Seccedilatildeo Economia p9A ALEXANDER Colin Capturing full-trend profits in the commodity futures markets New York Windsor Books 2002 ALOE Armando VALLE Francisco Contabilidade Agriacutecola 7ed Satildeo Paulo Atlas 1981

142

ALVES Elizeu SOUZA Geraldo da Silva GARAGORRY Fernando Luiz A Evoluccedilatildeo da produtividade do milho Ediccedilatildeo 1979-1998 Brasiacutelia Sober 1998 CD-ROM AS SEMENTES da discoacuterdia acabar com os subsiacutedios agrave agricultura seria bom para todo mundo Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 782 v36 n26 p50 dez 2002 AYRES Carlos HS The contribution of agricultural research to soybean productivity in Brazil 1985 Tese (PhD) - University of Minnesota Saint Paul Minnesota AZEVEDO Paulo Furquim Comercializaccedilatildeo de produtos agroindustriais In BATALHA Mario Otaacutevio (Coord) Gestatildeo Agroindustrial Satildeo Paulo Atlas 1997 p49-138 BACCHI Mirian R Piedade Liquidaccedilatildeo financeira e indicadores de preccedilos In CURSO DE FORMACcedilAtildeO DE PROFESSORES UNIVERSITAacuteRIOS EM MERCADO FUTURO 5 1998 Anais Piracicaba ESALQUSP 1998 p47-80 BARBERATO Claacuteudia Agricultura estaacute nas matildeos dos pequenos Folha de Londrina Londrina 10 dez 2001 Caderno B Especial p6 BASTIANI Ivoneti C Rigon O produtor rural na condiccedilatildeo de empreendedor In CONGRESSO BRASILEIRO DE ADMINISTRACcedilAtildeO RURAL 3 1999 Belo Horizonte Anais Lavras UFLA 1999 BASTIANI Ivoneti C Rigon et al A fisiologia da Bolsa de Mercadorias e Futuro Caderno de Administraccedilatildeo Maringaacute v7 n3 p121-140 juldez 1999 BATALHA Mario Otavio Gestatildeo Agro Industrial Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais Satildeo Paulo Atlas 1997 v1 ______ Gestatildeo Agro Industrial Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais Satildeo Paulo Atlas 1997 v2 BERNSTEIN Peter L Desafio aos Deuses a fascinante histoacuteria do risco 6ed Rio de Janeiro Campus 1997 BOLSA de mercadorias e futuros In CURSO DE FORMACcedilAtildeO DE PROFESSORES UNIVERSITAacuteRIOS EM MERCADOS FUTUROS AGROPECUAacuteRIOS 5 1998 Piracicaba Piracicaba ESAPQUSP 1998 BOONE Louis E KURTZ David L Contemporary marketing wired Orlando The Dryden Press 1998 BRASIL Lei 8629 de 25 de fevereiro de 1993 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo dos dispositivos constitucionais relativos agrave reforma agraacuteria Diaacuterio Oficial da Republica Federal do Brasil Brasiacutelia p2349 abr 1993 Disponiacutevel em lthttplegislaccedilatildeoplanaltogovbr gt Acesso em 19 abr 2003

143

BRESSAN A A construccedilatildeo da nova poliacutetica agriacutecola In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 37 Foz do Iguaccedilu 1999 Anais Brasiacutelia Sober 1999 p5-11 BRUM Argemiro Luiz Subsiacutedio Agriacutecola a contradiccedilatildeo Europeacuteia Disponiacutevel emlthttpwwwfidenecombrUniagendaOpiniatildeogt Acesso em 11 jul 2003 CAFFAGNI Luiz Claacuteudio Bolsa de Mercadorias e Futuros Teacutecnicos de Derivativos Agropecuaacuterios BMampF n1 p25-38 2001 CAIXETA Nely A forccedila do campo Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 778 out 2002 Disponiacutevel emlt httpwww2uolcombrexamegt Acesso em 6 jan 2003 CASADO Vacircnia Brasil jaacute eacute o maior exportador do complexo soja do mundo Folha de Londrina Londrina 6 jul 2003 Caderno Economia p1 COBLE Keith H BARNETT Barry J The role of research in producer risk management Mississippi Mississippi State University 1999 CONAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade de cafeacute Brasiacutelia 2003a Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbrgt Acesso em 10 jun 2003 CONAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade de milho Brasiacutelia 2003b Disponiacutevel emlthttp wwwconabgovbrgt Acesso em 10 jun 2003 CONAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade de soja Brasiacutelia 2003c Disponiacutevel emlthttp wwwconabgovbrgt Acesso em10 jun 2003c CONAB Prognoacutestico da produccedilatildeo de gratildeos no Brasil para safra 20022003 Brasiacutelia 2003d Disponiacutevel emlthttp wwwconabgovbrgt Acesso em 10 jun 2003d CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DA AGRICULTURA Um perfil do agricultor brasileiro Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwcnaorgbrPERFILhtmgt Acesso em 4 ago 2002 CREPALDI Silvio Aparecido Contabilidade rural uma abordagem decisorial Satildeo Paulo Atlas 1993 DAHLMAN Carl J Impact of technological change on industrial prospects for the LDCs New York World Bank 1989 (Industry Seacuteries Paper 32) DIAS Guilherme L da Silva BARROS Alexandre L Mendonccedila Situaccedilatildeo da Agricultura no Brasil e no Mundo IN CURSO DE FORMACcedilAtildeO DE PROFESSORES UNIVERSITAacuteRIOS EM MERCADO FUTURO 5 1998 Anais Piracicaba USPESALQ 1998 p47-80 DRUCKER Peter F Introduccedilatildeo agrave Administraccedilatildeo 3ed Satildeo Paulo Pioneira 2000

144

DUFUMIER Marc Les Projets de Deacuteveloppement agricole Paris Eacuteditions Karthala CTA 1996 DUTRA Ivan SOUZA Maria Joseacute B Pesquisa de Marketing Londrina Universidades Estaduais de Londrina 2001 Apostila apresentada a Disciplina Organizaccedilotildees e Mercado do curso de Mestrado em Administraccedilatildeo EVERED R Management education for the year 2000 In COOPER Cary L Developing managers for the 1980s New York McMillan Press 1981 FEDERACcedilAtildeO DA AGRICULTURA DO ESTADO DO PARANAacute A importacircncia da agropecuaacuteria na geraccedilatildeo de empregos Boletim Informativo Curitiba Ediccedilatildeo 736 set 2002 FERREIRA Alcides HORITA Nilton BMampF a histoacuteria do mercado futuro no Brasil Satildeo Paulo Cultura Editores Associados 1996 FORBES Luiz F Princiacutepios baacutesicos para aplicar nos mercados futuros Satildeo Paulo BMampF 1991 FUTURE INDUSTRY INSTITUTE Curso de Futuros e Opccedilotildees Bolsa de Mercadorias e Futuros Satildeo Paulo 1998 GITMAN Laurence J Princiacutepios de Administraccedilatildeo financeira 7ed Satildeo Paulo Harbra 1997 841 p HANSON Darin K PEDERSON Glenn Price risk management by Minnesota farmers Minnesota Agricultural Economist n691 Winter 1998 Disponiacutevel emlthttpwwwextensionumnedunewslettersageconomistcomponentsag237-691bhtmlgt Acesso em fev 2003 HAZELL Peter B R Application of risk preference estimates in firm-household and agricultural sector models American Journal of Agricultural Economics Worcester v64 p384-90 may 1982 HEMERLY Francisco Xavier Coordenaccedilatildeo da cadeia Produtiva do Cafeacute In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 29 2001 Recife Anais Brasiacutelia 2001 CD-ROOM HERBST Johann H Farm Management Illinois Stipes Publishing Company 1975 HULL John Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees 2ed Satildeo Paulo BMampF 1996 ______ Options futures amp Other Derivatives London Printice Hall 2000 IAPAR O cafeacute no Brasil histoacuteria produccedilatildeo e exportaccedilatildeo Londrina 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwprgovbriaparcafeacutebrasilhtml gt Acesso em 31 out 2002

145

IBGE Censo Demograacutefico Dados estatiacutesticos de 1995-1996 Rio de Janeiro 1996 Disponiacutevel emlthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopupaccedilatildeoshtm gt Acesso em 15 fev 2003 INCRA Instruccedilatildeo Especial INCRA n51 de 26 de agosto de 1997 Estabelece o Moacutedulo Fiscal dos Municiacutepios constantes da tabela anexa agrave referida Instruccedilatildeo Especial Diaacuterio Oficial da Republica Federativa do Brasil Brasiacutelia n176 Seccedilatildeo I p19243-19246 Disponiacutevel emlthttpwwwdesenvolvimentoagraacuteriogovbrgt Acesso em 19 abr 2003 KONZEN Otto Guilherme Effects of a program to increase yields on farm organization and income a longitudinal analysis of Brazilian farms Madison University of Wisconsin 1977 LACOMBE Francisco JM HEILBORN Gilberto LJ Administraccedilatildeo princiacutepios e Tendecircncias Satildeo Paulo Saraiva 2003 LA TORRE Olga M Requejo BRANDT Seacutergio Alberto LORETO Maria das Dores Saraiva Relaccedilotildees entre produtividade da terra e Tamanho da Empresa Rural Artigo 5 8501 Ediccedilatildeo 1979-1998 Brasiacutelia Sober 2002 CD-ROM LEGRAIN Philippe O livre comeacutercio preso a fria loacutegica dos subsiacutedios Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 782 v36 n26 p4647 dez 2002 LEISMANN Edison Luiz AGUIAR Danilo RDias LIMA Joatildeo Eustaacutequio Retornos e Riscos na Comercializaccedilatildeo de milho no Estado do Paranaacute Uma aplicaccedilatildeo do modelo Value-At-Risk In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 28 a 31 jul 2002 Passo Fundo Anais Brasiacutelia Sober 2002 LUZ Valdemar Pereira Manual Praacutetico administraccedilatildeo e legislaccedilatildeo rural Porto Alegre Sagra 1980

McGEE James PRUSAK Laurence Gerenciamento estrateacutegico da informaccedilatildeo Rio de Janeiro Campus 1994 MARION Joseacute Carlos Contabilidade da Pecuaacuteria Satildeo Paulo Atlas 1983 179p MARQUES Pedro Valentim Mercados de Futuros de Commodities Agropecuaacuterios Piracicaba ESALQUSP 1997 ______ Gestatildeo de Negoacutecios Agroalimentares Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios Satildeo Paulo Pioneira 2000 MARQUES Pedro Valentim MELLO Pedro C Mercados Futuros de Commodities Agropecuaacuterias exemplos e aplicaccedilotildees para os mercados brasileiros 3ed Satildeo Paulo BMampF 1999

146

MARQUES Ramatildeo HS Determinantes do uso de mercados futuros pelos produtores de soja de Cascavel-Pr 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Economia) - Universidade Federal de Viccedilosa Viccedilosa MAXIMIANO Antonio C Amaru Teoria geral da administraccedilatildeo da escola Cientiacutefica agrave Competitividade na Economia Globalizada 2ed Satildeo Paulo Atlas 2000 MAZOYOER Marcel ROUDART Laurence Historie des Agriculteurs du monde Paris Eacuteditions du Seuil 1997 MENDES JTG LARSON DW Anaacutelise econocircmica das estrateacutegias de comercializaccedilatildeo da soja sob condiccedilotildees de risco Revista de Economia e Sociologia Rural Brasiacutelia v20 n2 p 175-192 1982 MORAES FILHO Joatildeo Paulo Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwconabgovbrgt Acesso em 19 fev 2003 MOREIRA Rocilda Santos Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbr gt Acesso em 19 fev 2003 MORICOCHI Luiz MARTIN Nelson B VEGRO Celso Luiz R Produccedilatildeo de cafeacute nos paiacuteses concorrentes do Brasil e tendecircncias do consumo mundial Informaccedilotildees Econocircmicas Satildeo Paulo v27 n5 p7-24 maio 1997 MORIN Edgar Os sete saberes necessaacuterios agrave educaccedilatildeo do futuro 2ed Satildeo Paulo Cortez 2000 NANTES Joseacute Flavio Diniz Gerenciamento da empresa rural In BATALHA Mario Otaacutevio (Coord) Gestatildeo Agroindustrial Satildeo Paulo Atlas 1997 p489-514 NOGUEIRA Antonio Carlos L Mecanizaccedilatildeo na agricultura brasileira Uma visatildeo prospectiva Caderno de pesquisas em Administraccedilatildeo Satildeo Paulo v8 n4 outdez 2001 NORONHA Joseacute F Projetos agropecuaacuterios administraccedilatildeo financeira orccedilamento e viabilidade econocircmica 2ed Satildeo Paulo Atlas 1987 OS NUacuteMEROS do Planeta Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 782 v36 n26 p85-87 dez 2002 OLIVEIRA Cantalicio Preto Economia e administraccedilatildeo rurais 3ed Porto Alegre Sulina 1976 PEREIRA MF Evoluccedilatildeo da fronteira tecnoloacutegica muacuteltipla e da produtividade total dos fatores do setor agropecuaacuterio brasileiro 1999 Tese ( Doutorado) - Centro Tecnoloacutegico Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

147

PERRY Janet JOHNSON Jim Influences of human capital and farm characteristics on farmerrsquos risk attitudes Orlando Floacuterida American Agricultural Economics Association 2000 PEROBELLI Fabiana S Anaacutelise sobre eficiecircncia em mercados futuros Uma comparaccedilatildeo entre os contratos de algodatildeo em pluma da BMampF e da NYBOT 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado Economia) - Escola Superior Luiz de Queiroacutez USP Piracicaba PIMENTEL Fernando CPR De onde partimos e para onde vamos Revista Preccedilos Agriacutecolas Mercado e Negoacutecios Agropecuaacuterios Satildeo Paulo n161 p9-11 mar 2000 PINTO Wildson Justiniano SILVA Orlando Monteiro O relacionamento de preccedilos e a efetividade do heding nos contratos de cafeacute In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 2001 Recife Anais Brasiacutelia Sober 2001 PREVIDELLI Joseacute de Jesus Descriccedilatildeo das Operaccedilotildees do Hedge no Mercado Futuro e Anaacutelise de sua Eficiecircncia enquanto Instrumento de Proteccedilatildeo de Riscos Caderno de Administraccedilatildeo Maringaacute v7 n3 p49-66 juldez 1999 RAVANELLO Normeacutelio O desenvolvimento comeccedila e termina pela agropecuaacuteria A Granja Porto Alegre v646 p66 out 2002 ROBBINS Stephen Paul Administraccedilatildeo Mudanccedilas e Perspectivas Satildeo Paulo Saraiva 2000 RODRIGUES Roberto O agribusiness em 2000 Daacute para ser otimista Disponiacutevel emlthttpwwwagronlinecombr gt Acesso em 21 fev 2003 ROSS Stephen A WESTERFIELD Randolph W JAFFE Jeffrey F Administraccedilatildeo Financeira Corporate Finance Satildeo Paulo Atlas 1995 SANTANA CAM The impact of economic policies on the soybean sector of Brazil an effective protection analysis 1984 Tese (PhD) - University of Minnnesota Saint Paul Minnesota SANTOS Gilberto Joseacute MARION Joseacute Carlos Administraccedilatildeo de custos na agropecuaacuteria Satildeo Paulo Atlas 1993 SCHOUCHANA Felix Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios Satildeo Paulo BMampF 1997 SCHOUCHANA Felix Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios no Brasil 2ed Satildeo Paulo BMampF 2000 SEAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade nas safras de 20012002 e 20022003 Curitiba 2003 Disponiacutevel emlthttpwwwprgovseab gt Acesso em 10 jun 2003

148

SOUKI Gustavo Q XISTO EMS SALAZAR German T Reflexotildees sobre o custo de oportunidade da informaccedilatildeo no setor agropecuaacuterio In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 37 1999 Foz do Iguaccedilu Anais Brasiacutelia Sober 1999 v2 SORIMA NETO Joatildeo EDWARD Joseacute O Brasil que aguumlenta o tranco Veja Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 1598 v32 n20 p122-127 maio 1999

SOUZA Nali de Jesus Desenvolvimento Econocircmico 4ed Satildeo Paulo Atlas 1999 SOUZA Warli anjos de O mercado futuro como instrumento de comercializaccedilatildeo para o empresaacuterio rural 1995 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Economia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Piracicaba STREETER DH Electronic information public or private good New York Agribusiness1988 TAVARES Carlos Eduardo Cruz Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbr gt Acesso em 19 fev 2003 TEIXEIRA Elizete Antunes CASTRO JR Luiz Gonzaga Composiccedilotildees de Portfolios em mercados futuros agropecuaacuterios para periacuteodos de safra e entressafra In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 40 2002 Passo Fundo Anais Brasiacutelia Sober 2002 TIMMER Peter Agriculture and economic development revisited Agricultural Systems Essex v40 p21-58 1992 TSUNECHIRO Alfredo O desempenho dos mercados a termo os casos do cafeacute soja e boi gordo na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo 1983 Dissertaccedilatildeo (Mestrado Economia) ndash FEA USP Satildeo Paulo TUNG Nguyen H Planejamento e controle financeiro das empresas agropecuaacuterias Satildeo Paulo Ediccedilotildees Universidade-empresa 1990 WILLIAMS L Long-Term secrets to short-Term trading New York John Wiley amp Sons 1999 WORKING H New Concepts concerning futures markets and prices The American Economic Review Nashville v52 n3 p431-459 June 1962

149

ANEXOS

ANEXO A PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE SOJA NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES Ha

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR Ha

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR Ha

1993 10635 22590 2124 3540 1994 11525 24931 2163 3605 1995 11675 25682 2199 3666 1996 10291 23155 2250 3750 1997 11486 26391 2297 3829 1998 13303 31307 2353 3922 1999 13061 30987 2372 3954 2000 13640 32734 2399 3999 2001 13931 37686 2705 4508 2002 15815 41658 2634 4390 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003 PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE MILHO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 11869 30055 2532 4220 1994 13748 32487 2363 3938 1995 13946 32266 2313 3856 1996 11933 29589 2479 4132 1997 12562 32948 2622 4371 1998 10585 29601 2796 4660 1999 11611 32239 2776 4627 2000 11614 31879 2744 4574 2001 12377 41456 3349 5582 2002 11802 37164 3148 5248 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003 PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE CAFEacute BENEFICIADO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilSACAS 60 KG BENEFIC PHA

1993 2273 2555 1124 1873 1994 2109 2612 1238 2064 1995 1980 1858 0938 1563 1996 1929 2685 1391 2319 1997 2000 2341 1170 1950

150

1998 2085 3450 1654 2757 1999 2207 3260 1477 2461 2000 2274 3651 1605 2675 2001 2353 1918 0815 1358 2002 2367 2390 1009 1682 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003

ANEXO B PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE SOJA NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 2000 4720 2360 3933 1994 2110 5327 2525 4208 1995 2120 5535 2610 4350 1996 2311 6241 2700 4500 1997 2496 6566 2629 4381 1998 2820 7191 2550 4250 1999 2769 7723 2789 4648 2000 2835 7134 2516 4193 2001 2764 8294 3000 5000 2002 3200 9278 2899 4831 Fonte CONAB ndash lt wwwconabgovbr gt acesso em 15042003 PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE MILHO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 2689 7760 2886 4810 1994 2881 8129 2822 4703 1995 2750 9180 3338 5563 1996 2440 7914 3243 5405 1997 2525 8164 3233 5388 1998 2254 7404 3285 5475 1999 2549 8461 3319 5532 2000 2668 7038 2638 4397 2001 2789 11870 4256 7093 2002 2490 9360 3759 6265 Fonte CONAB ndash lt wwwconabgovbr gt acesso em 15042003 PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE CAFEacute BENEFICIADO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

151

ANO

AacuteREA ndash EM MIL HA

PRODUCcedilAtildeO EM MIL KGSCOC0 PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilSACAS 60 KG BENEFIC PHA

1993 220 193 878 732 1994 184 163 889 740 1995 37 20 546 455 1996 135 154 1139 949 1997 128 219 1717 1430 1998 128 271 2117 1764 1999 138 287 2068 1723 2000 142 265 1863 1552 2001 63 56 889 740 2002 128 145 1132 943 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15042003

ANEXO C SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO97 PARA

ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31031998 ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011097 1119 2 021097 1117 3 031097 1125 4 061097 1129 5 071097 1135 6 081097 1141 7 091097 1144 8 101097 1175 9 131097 1218

10 141097 1220 11 151097 1225 12 161097 1233 13 171097 1228 14 201097 1226 15 211097 1239 16 221097 1242 17 231097 1250 18 241097 1282 19 271097 1313 20 281097 1315 21 291097 1313 22 301097 1392 23 311097 1289 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1217

152

Fonte Boletim da BMampF

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1356 1384 1370 2 1320 1348 1334 3 1342 1360 1351 4 1350 1372 1361 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1354

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO98 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31031999

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011098 1086 2 021098 1091 3 051098 1094 4 061098 1095 5 071098 1096 6 081098 1097 7 091098 1120 8 131098 1124 9 141098 1107

10 151098 1106 11 161098 1108 12 191098 1106 13 201098 1110 14 211098 1115 15 221098 1124 16 231098 1115 17 261098 1115 18 271098 1112 19 281098 1115 20 291098 1116 21 301098 1116 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1108

Fonte Boletim da BMampF

153

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1620 1740 1680 2 1602 1628 1615 3 1580 1600 1590 4 1582 1636 1609 5 1586 1647 1617 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1622

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032000

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011099 1046 2 041099 1044 3 051099 1042 4 061099 1045 5 071099 1049 6 081099 1054 7 111099 1059 8 131099 1056 9 141099 1060

10 151099 1061 11 181099 1062 12 191099 1065 13 201099 1060 14 211099 1051 15 221099 1047 16 251099 1051 17 261099 1052 18 271099 1042 19 281099 1053 20 291099 1050 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1052

Fonte Boletim da BMampF

154

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO00

PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1766 1796 1781 2 1700 1738 1719 3 1700 1740 1720 4 1700 1744 1722 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1736

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032001

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011000 2 041000 3 051000 4 061000 5 071000 Embora natildeo tenha 6 081000 havido negociaccedilatildeo 7 111000 em outubro2000 8 131000 para fechamento em 9 141000 Marccedilo2001 o

10 151000 valor da soja 11 181000 estava fixado em 12 191000 R$ 1060 13 201000 14 211000 15 221000 16 251000 17 261000 18 19 281000

271000

20 291000 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1060

Fonte Boletim da BMampF

155

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1650 1700 1675 2 1650 1700 1675 3 1626 1696 1661 4 1638 1672 1655 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1667

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032002

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011001 2 041001 3 051001 4 061001 5 071001 6 081001 7 111001 A BMampF natildeo 8 131001 tinha disponiacutevel 9 141001 as operaccedilotildees

10 151001 realizadas em 11 181001 outubro de 2001 12 191001 para fechamento 13 201001 em marccedilo2002 14 211001 15 221001 16 251001 17 261001 18 271001 19 281001 20 291001 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

Fonte Boletim da BMampF

156

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1925 2010 1968 2 1996 2044 2020 3 4 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1994

Fonte Deral

ANEXO D

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO97 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310398

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 010997 759 2 020907 759 3 030997 762 4 040997 781 5 050997 777 6 080997 780 7 090997 780 8 100997 770 9 110997 771

10 120997 781 11 150997 788 12 160997 789 13 170997 789 14 180997 779 15 190997 776 16 220997 775 17 230997 772 18 240997 775 19 250997 770 20 260997 783 21 290997 780 22 300997 780 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 776

Fonte Boletim da BMampF

157

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 750 780 765 2 750 780 765 3 750 780 765 4 760 800 780 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 769

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO98 PARA

ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310399

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 010998 700 2 020998 695 3 030998 693 4 040998 690 5 080998 693 6 090998 687 7 100998 687 8 110998 680 9 140998 663

10 150998 655 11 160998 655 12 170998 665 13 180998 665 14 210998 671 15 220998 672 16 230998 687 17 240998 679 18 250998 669 19 280998 664 20 290998 657 21 300998 663 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 676

Fonte Boletim da BMampF

158

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 844 890 867 2 856 908 882 3 860 920 890 4 860 920 890 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 882

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310300

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 010999 500 2 020999 504 3 030999 506 4 060999 507 5 080999 507 6 090999 511 7 100999 513 8 130999 510 9 140999 510

10 150999 510 11 160999 510 12 170999 510 13 210999 510 14 220999 507 15 270999 507 16 290999 505 17 300999 504 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 508

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO00 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

159

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1208 1280 1244 2 1220 1280 1250 3 1184 1254 1219 4 1180 1250 1215 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1232

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 210301

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 010900 600 2 110900 600 3 120900 600 4 190900 579 5 260900 567 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 589

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGOEM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 762 788 775 2 744 780 762 3 738 992 865 4 750 800 775 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 794

Fonte Deral

160

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 190302

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 050901 570 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 570

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1200 1240 1220 2 1200 1248 1224 3 4 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1222

Fonte Deral

161

ANEXO E

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO97 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230797

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 030197 14041 2 060197 13756 3 070197 14043 4 080197 14325 5 090197 14378 6 100197 14551 7 130197 14463 8 140197 14774 9 150197 14886

10 160197 14684 11 170197 14781 12 200197 14946 13 210197 15463 14 220197 15984 15 230197 16390 16 240197 15957 17 270197 15879 18 280197 15810 19 290197 16524 20 300197 16047 21 310197 15717 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 15308

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO97 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 19050

2 17200 18500 17850 3 16800 18000 17400 4 17000 18000 17500

18250 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 18010

1 18200 19900

5 17600 18900

Fonte Deral

162

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO98 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230798

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 020198 17350 2 050198 17689 3 060198 17513 4 070198 17391 5 080198 17933 6 090198 17764 7 120198 17354 8 130198 17464 9 140198 17442

10 150198 17196 11 160198 17137 12 190198 17110 13 200198 17377 14 210198 17555 15 220198

17448 17200

18 270198 17443 17612

21 300198 17508 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 17415

17125 16 230198 17 260198

17112 19 280198 20 290198

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) 1 10700 11700 11200

10910 3 10500 11200 10850 4 11000 11500 11250 5 11500 12080 11790

11200

2 10500 11320

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

Fonte Deral

163

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230799

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 040199 13900 2 050199 13650 3 060199 13625 4 080199 13725 5 110199 13650 6 120199 13592 7 130199 13575 8 140199 13600 9 150199 13000

10 180199 12637 11 190199 12380 12 200199 12495 13 210199 12347 14 220199 12200

12350 16 270199 12307

12155 18 290199 11946

15 260199

17 280199

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

12952

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) (MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 12800 14500 13650 2 12800 14200 13500 3 12800 14200 13500 4 13880 14600 14240 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 13723

Fonte Deral

164

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 210700

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 030100 14700 2 040100 14500 3 050100 14800 4 070100 14255 5 100100 14994 6 110100 14750 7 120100 14967 8 130100 14841 9 140100 14285

10 170100 13723 11 180100 14242 12 190100 14567

13926 14 210100 13828 15 240100 13768 16 260100 14100 17 270100 14000 18 280100 13897 19 310100 13699 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 14307

13 200100

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO00 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) 13250

2 13000 13600 13300 3 16800 19000 17900 4 13300 15100 14200

14638

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 13000 13500

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

Fonte Deral

165

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230701

PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO

1 030101 7555 2 080101 7720

7715 5 150101 8090 6 160101 8100 7 170101 8238

8175 9 220101 8232

10 230101 8362

12 260101 8058 13 290101 7828 14 300101 7559 15 310101 7548 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

3 100101 7660 4 110101

8 190101

11 240101 8289

7942

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 10320 10600 10460 2 10000 10300 10150 3 10000 10460 10230 4 10000 10500 10250 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 10273

Fonte Deral

166

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO02 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230702

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 5180

2 040102 5240 3 080102 5236

5450 5360

6 140102 5411 7 160102 5310

5269 9 240102 5290

10 280102 5169 5175

12 300102 5217 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

1 030102

4 100102 5 110102

8 230102

11 290102

5276

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 8500 8808 8654 2 8600 9100 8850 3 8840 9160 9000 4 8620 9100 8860 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 8841

Fonte Deral

167

QUESTIONAacuteRIO PARA PESQUISA

TIacuteTULO O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ

E COMERCIALIZA SOJA MILHO E CAFEacute E A SUA ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

1 - DADOS SOBRE O PERFIL DO PRODUTOR 11 ndash NOME DO PRODUTOR (NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIO)

________________________________________________________________

12 ndash SEXO ( ) MASCULINO ( ) FEMININO

13 ndash ESTADO CIVIL ( ) CASADO(A) ( ) SOLTEIRO(A) ( ) OUTROS

14 - DOS IMOacuteVEIS QUE EXPLORA

QUANTOS SAtildeO PROacutePRIOS ________________________________

15 - QUANTOS VOCEcirc EXPLORA COMO ARRENDATAacuteRIO PAGANDO

QUANTIDADES FIXAS DE SACAS OU $ ___________________________

16 - QUANTOS VOCEcirc EXPLORA EM REGIME DE PARCERIA PAGANDO UMA

PORCENTAGEM DAS SACAS COLHIDAS __________________________

17 ndash QUANTOS VOCEcirc EXPLORA EM REGIME DE COMODATO____________

18 ndash IDADE DO PRODUTOR(A) _______________________________ANOS

19 - ESCOLARIDADE ( ) 1ordm GRAU INCOMPLETO

( ) 1ordm GRAU COMPLETO

( ) 2ordm GRAU INCOMPLETO

( ) 2ordm GRAU COMPLETO

( ) SUPERIOR INCOMPLETO

( ) SUPCOMPLETO CURSO___________________

( ) POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM_____________________

168

110 - LOCAL DE MORADIA ( ) NA PROPRIEDADE ( ) NA CIDADE gt

111 - SE MORA NA CIDADE QUANTAS VEZES POR MEcircS VAI Agrave

PROPRIEDADE ___________________________________________VEZES

112 - QUAL Eacute A DISTAcircNCIA DA SEDE DA PROPRIEDADE COM RELACcedilAtildeO Agrave

RESIDEcircNCIA DO PRODUTOR EM QUILOMETROS _________QUILOMETROS

113 - ALEacuteM DAS ATIVIDADES RURAIS O AGRICULTOR TEM OUTRA FONTE

DE RENDA ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUAIS_______________________

____________________________ _____________________________________

114 - ALEacuteM DO RESPONSAacuteVEL PELA ADMINISTRACcedilAtildeO DA PROPRIEDADE

TEM OUTRAS PESSOAS DA FAMIacuteLIA QUE TRABALHAM NA PRODUCcedilAtildeO DAS

ATIVIDADES DO IMOacuteVEL

1141 - ESPOSA (O) ( ) NAtildeO ( ) SIM

1142 ndash FILHOS (AS) ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUANTOS______________

115 ndash NUacuteMERO DE PESSOAS DA FAMIacuteLIA (CONSIDERE SOMENTE ENTRE

ESPOSO ESPOSA E FILHOS) ________________________________________

116 ndash DENTRE OS MEMBROS DA FAMIacuteLIA CITADOS NO ITEM 115 ACIMA

QUANTOS ESTUDARAM SOMENTE EM ESCOLA PUacuteBLICA ______________

117 - VOCE ESTAacute NESTA ATIVIDADE COMO PRODUTOR EM FUNCcedilAtildeO DE

( ) AQUISICcedilAtildeO DA PROPRIEDADE ( ) SUCESSAtildeO NA FAMIacuteLIA

( ) PARTE DA AacuteREA COMO SUCESSAtildeO E PARTE ADQUIRIDA

( ) COMO ARRENDATAacuteRIO ( ) PARCEIRO ( ) COMODATAacuteRIO

118 - QUAL Eacute A DISTEcircNCIA DA SEDE DA PROPRIEDADE COM RELACcedilAtildeO Agrave

SEDE DO MUNICIPIO EM QUILOMETROS ______________QUILOMETROS

169

DADOS DA PROPRIEDADE (RESPONDA SIM OU NAtildeO) SIM NAtildeO

119 A PROPRIEDADE TEM ENERGIA ELETRICA DA COPEL

120 A PROPRIEDADE TEM ENERGIA ELETRICA PROacutePRIA

121 A PROPRIEDADE TEM APARELHO DE TELEVISAtildeO

122 A PROPRIEDADE TEM ANTENAS PARABOacuteLICAS

123 A PROPRIEDADE TEM VEICULOS MOTORIZADOS

124 A PROPRIEDADE TEM AacuteGUA ENCANADA

125 TEM COMPUTADOR NA PROPRIEDADE

126 TEM COMPUTADOR NA RESIDEcircNCIA DO PRODUTOR

2 - DADOS SOBRE A PRODUCcedilAtildeO ( DA UacuteLTIMA SAFRA ) 21 ndash AacuteREA TOTAL DO IMOacuteVEL QUE POSSUI EM ALQUEIRES _____________

2 4 ndash AacuteREA CULTIVADA COM MILHO SE PLANTOU EM ALQUEIRES_________

242 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA DO MILHO POR ALQUEIRE ____________________

22 ndash AacuteREA DO IMOacuteVEL PROacutePRIO CULTIVADA COM SOJA MILHO OU CAFEacute

EM ALQUEIRES_____________________________________

23 - AacuteREA DO IMOacuteVEL DE TERCEIROS CULTIVADA COM SOJA MILHO OU

CAFEacute EM ALQUEIRES_______________________________

241 ndash TOTAL DE SACAS MILHO (60 KGS) COLHIDO _____________________

25 ndash AacuteREA CULTIVADA COM SOJA SE PLANTOU EM ALQUEIRES_________

251 - TOTAL DE SACAS DE SOJA (60 KGS) COLHIDA____________________

252 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA DE SOJA POR ALQUEIRE______________________

170

26 ndash AacuteREA CULTIVADA COM CAFEacute SE COLHEU EM ALQUEIRES_________

261 - TOTAL DE SACAS CAFEacute COCO (40 KGS) COLHIDO________________

262 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA CAFEacute EM COCO POR ALQUEIRE ______________

27 - TEcircM OUTRAS ATIVIDADES DE PRODUCcedilAtildeO PARA RENDA

( ) NAtildeO ( ) SIM gt DISCRIMINE ABAIXO

ATIVIDADES AacuteREA PRODUCcedilAtildeO POR ALQUEIRE

____________________________ ____________ ______________________

____________________________ ___________ ________________________

28 ndash TEM MAQUINAacuteRIOS PROacutePRIOS ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

QUANTOS TRATORES __________ QUANTAS COLHEITADEIRAS___________

29 - QUAL A MEacuteDIA DE EMPREGADOS EFETIVOS COSTUMA MANTER NA(S)

PROPRIEDADE(S) ____________________________________

210 - EM EacutePOCAS DE PICOS DE SERVICcedilOS (PLANTIO E COLHEITA) ALEacuteM

DOS EMPREGADOS EFETIVOS CONTRATA MAtildeO DE OBRA TEMPORAacuteRIA

(VOLANTESBOacuteIAS-FRIAS) ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUANTOS_____________

210 ndash DEPENDE DE ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA PARA A EXPLORACcedilAtildeO DAS

ATIVIDADES ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

( ) DA EMATER ( ) DA COOPERATIVA ( ) DE PARTICULAR

211 ndash DEPENDE DE FINANCIAMENTO PARA CUSTEIO DAS SAFRAS

( ) SIM ( ) NAtildeO

171

3 - DADOS SOBRE A COMERCIALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO

31 COMO FOI COMERCIALIZADA A SUA UacuteLTIMA SAFRA EM

311 VENDA PARA COOPERATIVA APOacuteS REALIZADA A

COLHEITA

312 VENDA PARA INDUacuteSTRIA OU COMERCIANTE APOacuteS

REALIZADA A COLHEITA

313 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA ANTES DA

COLHEITA COM PRECcedilOS PREacute-FIXADOS

314 VENDA ANTECIPADA PARA INDUSTRIA OU

COMERCIANTE ANTES DA COLHEITA COM PRECcedilOS PREacute-

FIXADOS

315 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA COM

ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM $ OU INSUMOS COM

PRECcedilOS A FIXAR NA ENTREGA DA SAFRA

316 VENDA ANTECIPADA PARA INDUacuteSTRIA OU

COMERCIANTE COM ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM

$ OU INSUMOS COM PRECcedilOS A FIXAR NA ENTREGA DA

SAFRA

317 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA COM

ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM $ OU INSUMOS COM

PRECcedilOS JAacute FIXADOS

318 VENDA ANTECIPADA PARA INDUacuteSTRIA OU

COMERCIANTE COM ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM

$ OU INSUMOS COM PRECcedilOS JAacute FIXADOS

319 VENDA ANTECIPADA COM FINANCIAMENTOS DE CPR

3110 VENDA ANTECIPADA EM MERCADO FUTURO NA BOLSA

DE MERCADORIAS amp FUTUROS (BMampF)

3111 OUTRO TIPO DE COMERCIALIZACcedilAtildeO

CITE

TOTAL DA COMERCIALIZACcedilAtildeO 100

172

32 ndash ACOMPANHA AS COTACcedilOtildeES DE PRECcedilOS DOS PRODUTOS

AGRIacuteCOLAS NO MERCADO ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

ATRAVEacuteS DE ( ) JORNAL ( ) INTERNET ( ) TV

( ) COOPERATIVAS ( ) RADIO

( ) TERCEIROS ( AMIGOS CONHECIDOS ETC)

( ) OUTROS MEIOS________________________________

33 - A QUANTOS ANOS VOCEcirc Eacute RESPONSAacuteVEL PELA COMERCIALIZACcedilAtildeO

DA PRODUCcedilAtildeO DA PROPRIEDADE __________________________

4 ndash DADOS SOBRE OS NEGOacuteCIOS NA BOLSA DE MERCADORIAS

41 ndash COSTUMA COMERCIALIZAR A SAFRA OU PARTE DELA NA BOLSA DE MERCADORIAS ( ) SIM - ( PARA RESPOSTA SIM VAacute DIRETO PARA AS QUESTOtildeES DE 411 ATEacute 414) ( ) NAtildeO - ( PARA RESPOSTA NAtildeO VAacute DIRETO PARA AS QUESTOtildeES DE 421 ATEacute 4210) QUESTOtildeES DE 411 ATEacute 414 (PODE MARCAR MAIS DE UMA ALTERNATIVA)

411 ndash ( ) PREFERE COMERCIALIZAR A SAFRA OU PARTE DELA PARA

GARANTIR OS PRECcedilOS ACENADOS PELO MERCADO FUTURO

412 ndash ( ) SABE COMO FUNCIONA O PROCESSO DE COMERCIALIZACcedilAtildeO

EM BOLSA DE MERCADORIAS

413 ndash ( ) SOacute COMERCIALIZA QUANDO OS PRECcedilOS DO MERCADO

FUTURO SAtildeO INTERESSANTES

414 ndash ( ) CONFIA NA SEGURANCcedilA DESSE TIPO DE NEGOCIACcedilAtildeO

415 - ( ) OUTRAS RAZOtildeES_____________________________________

173

QUESTOtildeES 421 ATEacute 4210 (PODE MARCAR MAIS DE UMA ALTERNATIVA)

421 - ( ) - NAtildeO SABE COMO FUNCIONA O PROCESSO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO EM BOLSA DE MERCADORIAS

422 - ( ) ndash SABE COMO FUNCIONA MAS PREFERE NAtildeO

COMERCIALIZAR ENQUANTO NAtildeO TEM GARANTIDA A

COLHEITA DA SAFRA

423 - ( ) ndash SABE COMO FUNCIONA MAIS NAtildeO TEM DINHEIRO PARA

PAGAR OS AJUSTES DIAacuteRIOS

424 - ( ) ndash ACHA O PROCESSO MUITO BUROCRATICO

425 - ( ) ndash TEM MEDO DE PERDER DINHEIRO NESSE TIPO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO

426 - ( ) - NAtildeO CONSIDERA OS PRECcedilOS INTERESSANTES

427 - ( ) ndash NAtildeO POSSUI SEGURANCcedilA PARA OPERAR NESSE

MERCADO

428 - ( ) ndash NAtildeO CONFIA NAS CORRETORAS QUE INTERMEDIAM E

PROCESSAM A COMERCIALIZACcedilAtildeO

429 - ( ) ndash NUNCA FOI CONVIDADO PELA BMampF OU CORRETORA

PARA EXPLICAR COMO FUNCIONA O PROCESSO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO EM MERCADO FUTURO

4210 ndash ( ) - OUTRAS RAZOtildeES __________________________________

174

GLOSSAacuteRIO Blend = mistura combinaccedilatildeo fusatildeo de duas coisas

Bushel = Medida americana de cereais 1 bushel de soja = 60 libras = 2722 quilos

1 bushel de milho=56 libras = 2540 quilos

Call = Chamada convite manda vir

Clearing = de clear que significa compensaccedilatildeo eacute a denominaccedilatildeo das centrais de

compensaccedilatildeo e liquidaccedilatildeo das bolsas

Commodities (singular commodity) = Mercadorias produtos como gratildeos metais

e alimentos negociados em Bolsas de mercadorias ou no mercado a vista

Farm management = Administrador da Fazenda Administrador da propriedade

rural

Hedge = garantir resguardar ndash Estrateacutegia de proteccedilatildeo financeira usada pelo

produtor que tem realmente o produto ou pelo comprador que tem real interesse

pela mercadoria para compensar investimentos de riscos

Hedger = eacute o investidor que tem real interesse na venda ou na compra do produto

In natura = natural puro sem nenhum valor agregado

Management = Administraccedilatildeo direccedilatildeo gerecircncia

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JOAtildeO MASSARUTTI

O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ E COMERCIALIZA SOJA MILHO E CAFEacute E

SUA ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo da Universidade Estadual de Londrina como requisito parcial para obtenccedilatildeo do titulo de Mestre em Administraccedilatildeo Orientador Prof Dr Ivan Dutra

Londrina 2003

FOLHA DE APROVACcedilAtildeO

JOAtildeO MASSARUTTI

O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ E COMERCIALIZA SOJA MILHO E CAFEacute E SUA ATUACcedilAtildeO

NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

Dissertaccedilatildeo aprovada como requisito para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre no Programa

de Poacutes-graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo da Universidade Estadual de Londrina e

Universidade Estadual de Maringaacute pela seguinte banca examinadora

Aprovada em 17092003

__________________________________________________ Prof Dr Ivan Dutra (PPA-UELUEM)

__________________________________________________ Prof DrLuiz Antonio Felix (PPA-UELUEM)

__________________________________________________ ProfDr Joseacute Carlos Dalmas (UEL)

Dedico esse trabalho agrave minha famiacutelia Neusa minha mulher e a nossa prole Letiacutecia e Anna Luiza Leonardo e Joatildeo Antonio e Heitor razotildees da minha vida e da batalha do dia-a-dia

AGRADECIMENTOS

A Deus presenccedila constante na minha vida nas horas alegres e tambeacutem nas tristes

ora indicando caminhos ora mudando as rotas e eu dentro da minha realidade

terrena acabo percebendo sua interferecircncia somente algum tempo depois por isso

eu creio sempre

Agrave Letiacutecia ao Leonardo e ao Heitor pela valorosa colaboraccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e elaboraccedilatildeo das planilhas instrumentos importantes para o

desenvolvimento da pesquisa

Ao Professor Dr Ivan Dutra pela sua indiscutiacutevel capacidade de orientaccedilatildeo e

conhecimento em pesquisa e que muito auxiliou no desenvolvimento deste estudo

Aos Professores Dr Luiz Antonio Felix profundo conhecedor da aacuterea objeto desta

pesquisa pela grande contribuiccedilatildeo que recebi na qualificaccedilatildeo para a melhoria deste

trabalho e Professor Dr Joseacute Carlos Dalmas pela valiosa contribuiccedilatildeo na aplicaccedilatildeo

dos testes estatiacutesticos para validaccedilatildeo da pesquisa

Aos docentes do programa indistintamente todos com vasto conhecimento e

sugestiva bagagem que natildeo mediram esforccedilos para darem o maacuteximo de si nas

suas respectivas aacutereas de conhecimentos

Aos amigos do curso e em especial da turma na trocas de informaccedilotildees e

conhecimentos e pela convivecircncia saudaacutevel do dia-a-dia que acabam por

proporcionar crescimento geral de todos

Aos Professores Luiz Fernando Pinto Dias e Paulo Eduardo Lacerda chefes do

Departamento de Administraccedilatildeo pelo apoio e compreensatildeo no periacuteodo em que

frequumlentei as aulas do mestrado

Aos amigos do Departamento e a todos que direta ou indiretamente contribuiacuteram

para a realizaccedilatildeo deste trabalho

ldquoComece fazendo o necessaacuterio depois o que eacute possiacutevel e de repente vocecirc estaraacute fazendo o impossiacutevelrdquo

Satildeo Francisco de Assis

RESUMO

Este estudo tem o objetivo de identificar o perfil do produtor rural londrinense e comparar com o perfil do produtor brasileiro aleacutem de verificar como estatildeo produzindo e comercializando as safras de soja milho e cafeacute como acompanham as cotaccedilotildees dos produtos agriacutecolas no mercado e se comercializam a produccedilatildeo em mercados futuros Segmenta os agricultores por escolaridade idade tamanho da aacuterea cultivada local de moradia do produtor tipo de assistecircncia teacutecnica recebida e cruza com a produtividade obtida na uacuteltima safra eacutepoca de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo sistema de acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado e quantos produtores negociam seus produtos na bolsa de mercadorias Conclui entre outros fatores importantes que o produtor com maior grau de escolaridade possuidor de aacutereas maiores que conta com assistecircncia teacutecnica profissional e com baixa idade ateacute 35 anos satildeo mais eficientes na administraccedilatildeo das propriedades rurais Constata que a busca do produtor pela comercializaccedilatildeo na Bolsa de Mercadorias e Futuros eacute pequena e isso se daacute em grande parte pelo desconhecimento que ele tem desse tipo de mercado Palavras-Chaves Perfil do agricultor Bolsa de Mercadorias Mercado Futuro

ABSTRACT

This study aims to identify the londrinense farm producer and compare it with the Brazilian rural producer profile besides verifying how they are producing and negotiating the soybean corn and coffee crops how they follow the rural products quotation in the market and if they commercialize their products in the future markets It segments the producer by education age cultivated are size place of residence of the producer kind of the received technical assistance crosses with the last crop obtained productivity production commercialization time follow up system of price quotation of the products in the market and how many producers commercialize their products in the merchandise stock market It concludes that among other important factor the producer with a higher level of education who owns larger planting areas who has professional technical assistance and low age until 35 years of age is more efficient in the management of the farm properties It verifies that the producerrsquos search for commercialization in the Future Merchandise Stock Market is little due to the lack of knowledge in this market segment Key words producerrsquos profile stock exchange future markets

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 01 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra 20012002 e 20022003 28

Graacutefico 02 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense de gratildeos de 20012002 e 20022003 29

Graacutefico 03 - Produtividade de gratildeos do Brasil na uacuteltima deacutecada 38Graacutefico 04 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de soja para a safra

20022003 40Graacutefico 05 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de soja de 20012002 e 20022003 41Graacutefico 06 - Previsatildeo da produccedilatildeo paranaense de soja para a safra

20022003 42Graacutefico 07 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

paranaense de soja de 20012002 e 20022003 43Graacutefico 08 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de milho para a

safra 20022003 44Graacutefico 09 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de milho de 20012002 e 20022003 45Graacutefico 10 - Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de milho de

milho para a safra 20022003 46Graacutefico 11 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

paranaense de milho de 20012002 e 20022003 47Graacutefico 12 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de cafeacute para a safra

20022003 48Graacutefico 13 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de cafeacute de 20012002 e 20022003 49Graacutefico 14 - Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de cafeacute para a

safra 20022003 50Graacutefico 15 Comparativo da aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra de

cafeacute de 20012002 e 20022003 51Graacutefico 16 - Valor dos subsiacutedios pagos pelo governo aos produtores rurais

da receita agriacutecola bruta ndash em porcentagem 60Graacutefico 17 - Aumento de ganhos futuros que teratildeo os paiacuteses na eliminaccedilatildeo

dos subsiacutedios agriacutecolas e barreiras tarifaacuterias em niacutevel mundial

61

LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Nuacutemeros do censo agropecuaacuterio 1995-1996 do Municiacutepio de Londrina 28

Quadro 02 - Evoluccedilatildeo da produtividade e produccedilatildeo mundial de gratildeos nos

uacuteltimos 50 anos 36 Quadro 03 - Resultados do teste Qui-quadrado considerando niacutevel de

significacircncia de 5

112

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Exemplo de hedge e ajustes diaacuterios para o vendedor 58 Tabela 02 - Exemplo de hedge e ajustes diaacuterios para o comprador 58 Tabela 03 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por sexo 86 Tabela 04 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por estado civil 86 Tabela 05 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por idade 86 Tabela 06 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por escolaridade 87 Tabela 07 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela extensatildeo da aacuterea

explorada 87

Tabela 08 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por local de moradia e acesso agrave

escola puacuteblica 87 Tabela 09 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de aquisiccedilatildeo dos

imoacuteveis 88 Tabela 10 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de exploraccedilatildeo dos

imoacuteveis 88 Tabela 11 - Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-

estrutura 88 Tabela 12 - Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-

estrutura 89 Tabela 13 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela renda e o trabalho da famiacutelia

na propriedade 89 Tabela 14 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela matildeo-de-obra utilizada 89 Tabela 15 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de soja em sacas de 60 quilos 90 Tabela 16 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de milho em sacas de 60 quilos 90 Tabela 17 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de cafeacute em sacas de 40 quilos em coco 91 Tabela 18 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela posse dos maquinaacuterios 91 Tabela 19 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram soja pela posse

dos maquinaacuterios 91

Tabela 20 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram milho pela posse dos maquinaacuterios 92

Tabela 21 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram cafeacute pela posse dos maquinaacuterios 92

Tabela 22 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela necessidade de

financiamentos 92 Tabela 23 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acesso agrave assistecircncia

teacutecnica 92 Tabela 24 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de assistecircncia teacutecnica

recebida 93 Tabela 25 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela eacutepoca de comercializaccedilatildeo

da produccedilatildeo 93 Tabela 26 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da

produccedilatildeo antes da colheita 93 Tabela 27 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da

produccedilatildeo apoacutes a colheita 94 Tabela 28 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelas negociaccedilotildees realizadas na

bolsa de mercadorias 94 Tabela 29 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acompanhamento das

cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado 96 Tabela 30 - Comparativo das caracteriacutesticas do agricultor brasileiro com o

agricultor londrinense 98 Tabela 311 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de

escolaridade 100 Tabela 312 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de

escolaridade 100 Tabela 313 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com o grau de escolaridade 101 Tabela 314 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com o grau de escolaridade 102 Tabela 321 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade

do produtor 102 Tabela 322 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do

produtor 103

Tabela 323 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo com a idade do produtor 104

Tabela 324 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a idade do produtor 104 Tabela 331 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o

tamanho da aacuterea explorada 105 Tabela 332 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o tamanho da

aacuterea explorada 105 Tabela 333 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a extensatildeo da aacuterea explorada 106 Tabela 334 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com o tamanho da aacuterea explorada 107 Tabela 341 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

moradia do produtor 107 Tabela 342 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a moradia do

produtor 108 Tabela 343 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a moradia do produtor 108 Tabela 344 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a moradia do produtor 109 Tabela 35 - Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

assistecircncia teacutecnica 110 Tabela 36 - Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse

dos maquinaacuterios 111 Tabela 37 - Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos

pagos ao produtor nas sacas de milho de 60 quilos 117 Tabela 38 - Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos

pagos ao produtor nas sacas de milho de 60 quilos 118 Tabela 39 ndash

Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos pagos ao produtor nas sacas de cafeacute benef de 60 quilos 119

Tabela 40 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela comercializaccedilatildeo realizada na BMampF 120

TABELA DE CONVERSAtildeO

1 hectare (1 ha) = 10000 metros quadrados 1 alqueire paulista = 24200 metros quadrados 1 alqueire paulista = 242 hectares 1 saca 60 quilos de cafeacute beneficiado = 3 sacas de 40 kg de cafeacute em coco

1 bushel de soja = 60 libras ou 2722 quilos 1 saca de soja com 60 quilos = 220 bushel 1 bushel de milho = 56 libras ou 2540 quilos 1 saca de milho com 60 quilos = 236 bushel

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 OBJETIVOS 19

21 Geral 19

22 Especiacuteficos 19

3 O PROBLEMA 25

4 JUSTIFICATIVA E RELEVAcircNCIA DOS ESTUDOS 27

5 O PERFIL DO AGRICULTOR E AS ATIVIDADES AGRAacuteRIAS 30

51 O produtor rural como empresaacuterio 31

52 O perfil do agricultor brasileiro 34

6 PRODUCcedilAtildeO E PRODUTIVIDADE AGRIacuteCOLA 36

61 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura da soja 40

62 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura do milho 44

63 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura do cafeacute 48

7 MODALIDADES DE COMERCIALIZACcedilAtildeO DOS PRODUTOS AGRIacuteCOLAS 52

71 A agricultura e os entraves econocircmicos na comercializaccedilatildeo 58

8 O MERCADO FUTURO AGROPECUAacuteRIO NO BRASIL 64

81 Contrato futuro de soja 73

82 Contrato futuro de milho 76

83 Contrato futuro de cafeacute 80

9 METODOLOGIA 83

91 Populaccedilatildeo 83

92 Amostras e Delimitaccedilatildeo da Pesquisa 83

93 Coleta de Dados 84

94 Segmentaccedilatildeo 84

10 RESULTADO DOS DADOS COLETADOS E ANAacuteLISES 86

101 O perfil do agricultor Londrinense que cultiva soja eou milho e

ou cafeacute 86

102 Comparaccedilatildeo do perfil do agricultor brasileiro com o perfil do

Agricultor Londrinense 98

103 Caracteriacutesticas do Agricultor Londrinense relacionado agrave Produccedilatildeo

Comercializaccedilatildeo e atuaccedilatildeo na Bolsa de Mercadorias 100

1031 Teste Estatiacutestico dos Cruzamentos da pesquisa 111

104 Anaacutelise da produtividade do Agricultor Londrinense 113

105 Anaacutelise da Comercializaccedilatildeo do Agricultor Londrinense 115

106 Comparaccedilatildeo dos negoacutecios realizados na Bolsa com negoacutecios

realizados no mercado fiacutesico pelos Agricultores 116

11 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS E RECOMENDACcedilOtildeES 121

REFEREcircNCIAS 134

ANEXOS 142

A - Produccedilatildeo Brasileira de soja milho e cafeacute nos uacuteltimos 10 anos 142

B ndash Produccedilatildeo Paranaense de soja milho e cafeacute nos uacuteltimos 10 anos 143

C ndash Valores de Contratos de soja negociados na BMampF e negoacutecios

fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

144

D - Valores de Contratos de milho negociados na BMampF e negoacutecios

fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

149

E - Valores de Contratos de cafeacute negociados na BMampF e negoacutecios

Fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

154

C - Instrumento da pesquisa 160

GLOSSAacuteRIO 167

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

Com as mudanccedilas na poliacutetica econocircmica do Brasil na deacutecada de 90

todos os setores produtivos inclusive o agropecuaacuterio tiveram que se adaptar e

correr em busca da eficiecircncia Os preccedilos internacionais passaram a ter uma

importacircncia significativa na definiccedilatildeo dos preccedilos praticados no mercado interno

aumentando a competiccedilatildeo e reduzindo as margens de lucro das empresas Desta

forma todas as fases dos processos produtivos passaram a ser analisadas

minuciosamente com vistas a eliminar desperdiacutecios para manter a lucratividade

num ambiente novo e mais competitivo

Marques e Mello (1999) enfatizam que o setor agropecuaacuterio

apresenta algumas caracteriacutesticas como alto risco econocircmico devido agrave

dependecircncia dos fatores climaacuteticos e dificuldade de comercializaccedilatildeo Estes pontos

fazem desta atividade em certos momentos um verdadeiro jogo de incertezas e de

elevado risco financeiro

No caso da agricultura a necessidade de maior competitividade

forccedilou inovaccedilotildees nas vaacuterias fases do processo produtivo Embora o aumento da

produtividade seja o aspecto que normalmente recebe maior destaque uma fase

muito importante nesse processo eacute o periacuteodo da comercializaccedilatildeo As duacutevidas do

produtor se fixam na escolha do melhor momento para vender a produccedilatildeo Os que

atuam nesse mercado frequumlentemente ressaltam a necessidade do

aperfeiccediloamento na tomada de decisatildeo e reclamam da falta de instrumentos que

os auxilie para a tomada de decisatildeo na venda dos produtos permitindo-lhes

melhorar os retornos e reduzir os riscos que envolvem a comercializaccedilatildeo Assim as

decisotildees pertinentes a produccedilatildeo agriacutecola implicam maiores ou menores riscos de

mercado de acordo com a estrateacutegia adotada pelo produtor rural (LEISMANN

2002)

No mercado brasileiro o estudo da eficiecircncia na gestatildeo do risco

surge como uma necessidade imediata faces aos constantes riscos pertinentes por

que passa a atividade agriacutecola e que prejudicam os produtores rurais A produccedilatildeo

da soja do milho e do cafeacute assim como a maioria dos produtos agriacutecola estaacute

sujeito a dois tipos baacutesicos de risco a) Na produccedilatildeo - pelas perdas causadas por

ataque de pragas e doenccedilas e pelos fatores climaacuteticos como falta ou excesso de

chuvas geadas granizos e secas b) Na comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo - que

17

corresponde ao risco do produtor natildeo encontrar preccedilo compensador na hora da

venda A administraccedilatildeo desses riscos requer do produtor rural maior racionalidade

no uso dos fatores de produccedilatildeo e gestatildeo do risco de preccedilo buscando obter maior

retorno financeiro

Na comercializaccedilatildeo agriacutecola um dos principais problemas eacute a

incerteza de preccedilos em um momento futuro Essa incerteza decorre de cada

produto e da competitividade entre os mercados agriacutecolas As principais alternativas

para lidar com essa situaccedilatildeo no Brasil ateacute recentemente provinham do governo

Contudo ao longo do tempo o governo brasileiro vem reduzindo sua participaccedilatildeo

nos mercados agriacutecolas por meio de seus instrumentos claacutessicos de poliacutetica

agriacutecola como eacute o caso da poliacutetica dos preccedilos miacutenimos Esse fato se deve agrave falta de

recursos governamentais para financiar programas de intervenccedilatildeo de grande porte

sinalizando para um esgotamento das poliacuteticas tradicionais de sustentaccedilatildeo de

preccedilos (PINTO 2001) Assim com a diminuiccedilatildeo da intervenccedilatildeo governamental e o

esgotamento dos estiacutemulos financeiros agrave agropecuaacuteria resta ao produtor buscar a

eficiecircncia na produccedilatildeo e na comercializaccedilatildeo dos produtos

O objetivo deste estudo foi o de conhecer o perfil do agricultor

londrinense que produz e comercializa a soja o milho e o cafeacute e a sua atuaccedilatildeo na

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo no mercado futuro atraveacutes da Bolsa de Mercadorias

Neste trabalho seratildeo enfocados as caracteriacutesticas do agricultor

relacionado agraves atividades agraacuterias e o perfil do agricultor brasileiro e londrinense a

produccedilatildeo e a produtividade agriacutecola as modalidades de comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo agriacutecolas o funcionamento do mercado futuro agropecuaacuterio no Brasil a

metodologia utilizada o resultado dos dados coletados e a anaacutelise da pesquisa as

delimitaccedilotildees concluindo com as consideraccedilotildees finais e recomendaccedilotildees

Espera-se que o resultado dessa pesquisa possa auxiliar os

produtores agriacutecolas no gerenciamento da produccedilatildeo e da comercializaccedilatildeo das

safras e mais que o setor agropecuaacuterio possa contribuir como vem fazendo ateacute

agora para a superaccedilatildeo dos seguintes desafios

1) Reduccedilatildeo da taxa inflacionaacuteria com oferta mais abundante de

alimentos uma vez que a produccedilatildeo ainda insuficiente dos uacuteltimos anos pressiona

a alta dos preccedilos dos alimentos em relaccedilatildeo ao iacutendice geral de preccedilos o que induz a

importaccedilotildees de alguns produtos e cria dificuldade de sobrevivecircncia para a maioria

da populaccedilatildeo brasileira que vive na linha da miseacuteria

18

2) Reduccedilatildeo na diacutevida externa brasileira com aumento na produccedilatildeo

de produtos de exportaccedilatildeo e de substitutos agraves importaccedilotildees

3) Redistribuiccedilatildeo de renda dentro do setor rural com vantagem para

as classes de renda mais baixa de modo a reduzir o grau de pobreza rural e evitar

ao menos parcialmente a migraccedilatildeo rural-urbana de pessoas com precaacuterias chances

de progredir nos centros urbanos

19

2 OBJETIVOS 21 GERAL

Este trabalho tem por objetivo identificar o perfil do agricultor do

Municiacutepio de Londrina-Pr mais especificamente como eles produzem e

comercializam as safras de soja milho e cafeacute

Tambeacutem seraacute observado se o produtor acompanha as cotaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos agriacutecolas no mercado e tambeacutem como atua na

comercializaccedilatildeo dos seus produtos na Bolsa de Mercadorias amp Futuro mercado no

qual ele pode se garantir das oscilaccedilotildees dos preccedilos na venda dos produtos pois eacute

fundamental para os agricultores minimizar os riscos nas oscilaccedilotildees dos preccedilos

dos produtos no momento da venda de sua produccedilatildeo

22 ESPECIacuteFICOS 221 Identificar o perfil do agricultor do Municiacutepio de Londrina e comparar com o

perfil do agricultor brasileiro

a) Segmentar a amostra por variaacuteveis demograacuteficas claacutessicas

b) Dimensionar a quantidade de agricultores que soacute exploram os

imoacuteveis proacuteprios imoacuteveis proacuteprios e arrendados imoacuteveis proacuteprios

e em parcerias e ainda quantos exploram as propriedades

somente atraveacutes de arrendamentos somente com parcerias ou

somente atraveacutes de arrendamentos e parcerias

c) Verificar o grau de escolaridade do agricultor responsaacutevel pelos

negoacutecios da propriedade rural

d) Verificar se o agricultor mora na propriedade ou na cidade

Quantas vezes ele se desloca ateacute a propriedade e a distacircncia da

sua residecircncia ateacute a sede da propriedade

e) Verificar quantas pessoas compotildeem a unidade familiar aleacutem do

agricultor responsaacutevel pelos negoacutecios da fazenda e ainda

dentre os membros da famiacutelia quantos estudaram ou estudam

em escolas puacuteblicas

20

f) Verificar quantos agricultores da amostra estatildeo no negoacutecio por

aquisiccedilatildeo do imoacutevel e quantos em funccedilatildeo de sucessatildeo na famiacutelia g) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de energia

eleacutetrica nas propriedades

h) Verificar quantos agricultores da amostra tecircm aparelho de

televisatildeo na propriedade

i) Verificar quantos agricultores da amostra possuem antenas

paraboacutelicas nas propriedades

j) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de veiacuteculos

motorizados na propriedade

k) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de aacutegua

encanada na propriedade

l) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de

computadores na propriedade ou na residecircncia para controle das

atividades desenvolvidas no imoacutevel rural

m) Verificar quantos agricultores da amostra dependem somente

da renda das propriedades quantos contam com a ajuda da

mulher e quantos necessitam da ajuda dos filhos

222 Determinar a aacuterea a produccedilatildeo e verificar a produtividade das culturas de soja

milho e cafeacute

a) Verificar as aacutereas cultivadas com soja sua produccedilatildeo e

produtividade

b) Verificar as aacutereas cultivadas com milho sua produccedilatildeo e

produtividade c) Verificar as aacutereas cultivadas com cafeacute sua produccedilatildeo e

produtividade d) Verificar quantos produtores da amostra tecircm maquinaacuterios

proacuteprios em especial tratores e colheitadeiras

e) Verificar a meacutedia de empregados efetivos que o agricultor

manteacutem na propriedade

f) Verificar se o agricultor contrata matildeo-de-obra temporaacuteria nos

picos de trabalho (plantio e colheita)

21

g) Verificar se o agricultor depende de assistecircncia teacutecnica para a

exploraccedilatildeo das atividades da propriedade rural

h) Verificar se o agricultor depende de financiamento para o custeio

das safras realizadas na propriedade

223 Compreender como o agricultor realiza a comercializaccedilatildeo de sua produccedilatildeo

agriacutecola

a) Verificar como o agricultor comercializa a sua safra

1 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada em

cooperativas depois de realizada a colheita

2 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada com

induacutestrias ou comerciantes depois de realizada a colheita

3 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente na cooperativa antes da colheita com preccedilos

preacute-fixados

4 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada com

induacutestrias ou comerciantes antes da colheita com preccedilos

prefixados

5 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada em

cooperativas com adiantamentos de recursos em dinheiro ou

insumos com preccedilos a fixar na entrega da safra

6 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente com induacutestrias ou comerciantes com

adiantamento de recursos em dinheiro ou insumos com preccedilos a

fixar na entrega da safra

7 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente em cooperativas com adiantamento de

recursos em dinheiro ou insumos com preccedilos jaacute fixados

8 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente com induacutestrias ou comerciantes com

adiantamentos de recursos em dinheiro ou em insumos com

preccedilos jaacute fixados

22

9 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute vendida antecipadamente

com financiamentos de CPR

10 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute vendida

antecipadamente em mercado futuro na bolsa de mercadorias

b) Verificar quais satildeo os meios utilizados pelo agricultor para

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado c) Verificar o tempo em que o agricultor eacute responsaacutevel pela

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo na propriedade rural

224 Observar a atuaccedilatildeo do agricultor nas bolsas de mercadorias para negociar

sua produccedilatildeo no mercado futuro

a) Verificar quantos agricultores comercializam suas safras ou parte

dela no mercado futuro

b) Verificar o seu conhecimento sobre essa modalidade de negoacutecio

e as razotildees para usar ou natildeo esse tipo de comercializaccedilatildeo Se

ele sabe como funciona o mercado futuro e se jaacute foi procurado

pela BMampF para participar de cursos promovidos pela entidade

225 Analisar a influecircncia do grau de escolaridade do produtor nas atividades

exercidas

a) Verificar se o grau de escolaridade do agricultor influencia na

produtividade das atividades desenvolvidas

b) Verificar se o grau de escolaridade do agricultor influencia na

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

c) Verificar se o grau de escolaridade influencia na maneira como o

agricultor acompanha as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no

mercado

d) Verificar se o grau de escolaridade propicia ao agricultor optar

pela comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de mercadorias

23

226 Analisar a influecircncia da idade do produtor nas atividades exercidas quais

sejam

a) Verificar se a idade do agricultor influencia na produtividade das

atividades desenvolvidas

b) Verificar se a idade do agricultor influencia comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo colhida

c) Verificar se a idade influencia na maneira de o agricultor

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado

d) Verificar se a idade influencia na oportunidade do agricultor em

fazer a comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de mercadorias

227 Investigar se o local de moradia do agricultor influencia nas atividades

desenvolvidas quais sejam

a) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

altera a produtividade das atividades desenvolvidas

b) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

afeta a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

c) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou cidade

influencia na maneira de o agricultor acompanhar as cotaccedilotildees

dos preccedilos dos produtos no mercado

d) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

influencia para fazer a comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de

mercadorias

228 Observar a performance do pequeno meacutedio ou grande agricultor levando

com consideraccedilatildeo a aacuterea que explora

a) Verificar a produtividade das atividades desenvolvidas pelos

pequenos meacutedios e grandes produtores

b) Verificar como se efetiva a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

pelos pequenos meacutedios e grandes produtores

c) Verificar como os pequenos meacutedios e grandes agricultores

acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado

24

d) Verificar se os pequenos meacutedios ou grandes agricultores fazem

a comercializaccedilatildeo de suas safras na bolsa de mercadorias

229 Observar a influecircncia dos maquinaacuterios na produtividade

a) Verificar se o trabalho realizado com maquinaacuterios proacuteprios

influencia na produtividade das safras de soja milho e cafeacute

2210 Observar a influecircncia da assistecircncia teacutecnica na produtividade

a) Verificar a produtividade dos agricultores que natildeo tecircm

assistecircncia teacutecnica dos produtores que tecircm assistecircncia teacutecnica

da Emater das cooperativas e de particulares nas culturas da

soja milho e cafeacute

25

3 O PROBLEMA

O dilema que enfrenta o agricultor estaacute diretamente ligado aos

riscos de produccedilatildeo associado aos baixos preccedilos dos produtos na comercializaccedilatildeo

aleacutem de suas oscilaccedilotildees que dificultam uma previsatildeo gerando muitas dificuldades

na tomada de decisatildeo tanto para a produccedilatildeo como para a comercializaccedilatildeo Gabriel

e Baker (apud BASTIANI 1999) enfatizam que haacute duas fontes externas de riscos

para o produtor rural De um lado a variabilidade nos retornos esperados

provocados pelo mercado e de outro pelo ambiente fiacutesico-climaacutetico As incertezas

do meio ambiente interferem diretamente na produccedilatildeo enquanto que o mercado

interfere nos preccedilos tanto na venda dos produtos como na aquisiccedilatildeo dos insumos

Para Morin (2000) haacute efetivamente dois meios para se enfrentar a

incerteza de uma accedilatildeo A primeira eacute estar totalmente consciente da aposta contida

na decisatildeo tomada e a segunda recorre da estrateacutegia A estrateacutegia elabora um

cenaacuterio de accedilatildeo e examinam as certezas e as incertezas da situaccedilatildeo as

probabilidades e as improbabilidades O cenaacuterio pode e deve ser modificado de

acordo com as informaccedilotildees colhidas ao acaso contratempos ou boas

oportunidades encontradas ao longo do caminho

Do ponto de vista da comercializaccedilatildeo para Marques e Mello (1999)

e Nantes (1997) as dificuldades tornam-se particularmente importantes porque eacute

difiacutecil para o agricultor ajustar rapidamente sua produccedilatildeo em face das mudanccedilas do

mercado aleacutem das interferecircncias climaacuteticas das pragas das doenccedilas etc que os

impede de fazer estimativas precisas de produccedilatildeo e de preccedilos Tanto o comprador

dos produtos primaacuterios como o agricultor se defronta frequumlentemente com o

problema de tentar prever as oscilaccedilotildees de preccedilos na comercializaccedilatildeo dos produtos

agriacutecolas

Para Robbins (2000 p59) uma das tarefas mais desafiadoras para

quem vai tomar uma decisatildeo eacute a anaacutelise das alternativas para a incerteza que natildeo

permite saber de antematildeo o resultado da decisatildeo e o risco porque o tomador da

decisatildeo com base na sua experiecircncia pessoal e em informaccedilotildees do mercado

precisa calcular a probabilidade das alternativas e dos resultados Por essa razatildeo

Tung (1990) afirma que as tomadas de decisotildees constituem a base da

administraccedilatildeo das empresas e tambeacutem satildeo a razatildeo da existecircncia dos

administradores

26

De acordo com Hazell (1982) Perry e Johnson (2000) o produtor

rural natildeo gosta de correr risco assim como qualquer outro empresaacuterio Muitas

vezes prefere alternativas de produccedilatildeo que ofereccedilam niacutevel satisfatoacuterio de

seguranccedila mesmo que represente uma perda de renda na meacutedia dos anos

Para Hanson e Pederson (1998) eacute fundamental que o produtor

tenha capacidade para administrar os riscos que em uacuteltima instacircncia satildeo parte

integrante das atividades agropecuaacuterias pois soacute assim ele poderaacute estabilizar a

renda da propriedade assegurando disponibilidade de recursos para viabilizar o seu

negoacutecio e tambeacutem o sustento de sua famiacutelia

Segundo Gitman (1997 p202) o termo risco tem o mesmo sentido

de incerteza ao se referir agrave variaccedilatildeo de retornos associados a um determinado

investimento O risco pode ser definido como a possibilidade de ter um prejuiacutezo

financeiro

Bernstein (1997) entende que a essecircncia da administraccedilatildeo do risco

estaacute em maximizar as accedilotildees nas aacutereas em que se tecircm os controles sobre os

resultados procurando minimizar as accedilotildees nos setores nos quais natildeo se tem

nenhum controle

Natildeo soacute o setor agropecuaacuterio como os consumidores e todos

aqueles com envolvimento nas atividades agraacuterias tecircm interesse em que a

produccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo dos produtos agriacutecolas se decirc de forma teacutecnica e

economicamente eficiente sem sobressaltos e interrupccedilotildees e com boa

remuneraccedilatildeo a todos (MARQUES 1997)

Diante desses problemas considerando que os agricultores querem

minimizar os riscos e as incertezas na busca do que produzir e das oscilaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos na hora de vender a produccedilatildeo buscou-se identificar com esta

pesquisa Qual eacute o perfil do agricultor do Municiacutepio de Londrina-Pr Como estaacute

produzindo e comercializando as safras de soja milho e cafeacute e a sua atuaccedilatildeo na

comercializaccedilatildeo dos seus produtos na Bolsa de Mercadorias amp Futuro

27

4 JUSTIFICATIVA E RELEVAcircNCIA DO ESTUDO

A Agricultura brasileira tem passado por profundas transformaccedilotildees

nos uacuteltimos anos O padratildeo de estagnaccedilatildeo da economia brasileira que se

caracterizou nos uacuteltimos anos em especial a partir de 1994 com o Plano Real natildeo

ocorre com o setor agropecuaacuterio que tem contribuiacutedo significativamente com a

balanccedila comercial brasileira Na safra de 20012002 o paiacutes obteve uma produccedilatildeo

total de 967 milhotildees de toneladas de gratildeos de acordo com a Cia Nacional de

Abastecimento ndash CONAB (2003d) respondendo por praticamente 13 das

exportaccedilotildees brasileiras

Para Ravanello (2002 p66) a agricultura oferece respostas raacutepidas

quando chamada a contribuir e o Brasil tem aacutereas agricultaacuteveis disponiacuteveis para um

crescimento sustentado e gente com capacidade para transformar esta grande

naccedilatildeo no verdadeiro celeiro do mundo

A escolha do Municiacutepio de Londrina para a realizaccedilatildeo desta

pesquisa se daacute por ser um poacutelo centralizador da produccedilatildeo agriacutecola no Estado do

Paranaacute e pela importacircncia que as culturas de soja milho e cafeacute tecircm no processo de

desenvolvimento econocircmico do Brasil do Paranaacute e em especial no Municiacutepio de

Londrina e regiatildeo e tambeacutem por serem commodities de exportaccedilatildeo negociados nas

principais bolsas de mercadorias do Brasil e do mundo

De acordo com o uacuteltimo censo agropecuaacuterio (IBGE 1996) Londrina

tem como principais produtos agriacutecolas a soja o milho o cafeacute a cana-de-accediluacutecar o

arroz o algodatildeo o feijatildeo e a mandioca com moacutedulo fiscal de 12 hectares -para

efeito de classificaccedilatildeo de imoacuteveis rurais - conforme tabela do INCRA - Instituto

Nacional de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria (INCRA 1997) que apresenta os

seguintes dados como demonstra o quadro 01

28

Estabelecimentos agriacutecolas 3119 propriedades

Aacuterea total dos estabelecimentos 183093 hectares

Aacuterea total de pastagens 83063 hectares

Quantidade de matildeo-de-obra ativa 12203 pessoas

Tratores em operaccedilatildeo 1937 unidades

Rebanho Bovino 138238 cabeccedilas

Rebanho Suiacuteno 30752 cabeccedilas

Produccedilatildeo leite 14674000 litrosano

Efetivo Aviacutecola 1485629 cabeccedilas

Produccedilatildeo de ovos 5020000 duacuteziasano

Quadro 01ndash Nuacutemeros do censo agropecuaacuterio 1995-1996 do Municiacutepio de Londrina

Fonte IBGE (1996)

De acordo com a Conab (2003d) a produccedilatildeo brasileira na safra

20012002 foi de 967 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea de 402194 ha

previsatildeo de colheita na safra 20022003 na ordem de 1152 milhotildees de toneladas

de gratildeos em uma aacuterea de 426886 ha o que corresponde a um aumento na aacuterea

cultivada de 6 na produccedilatildeo de quase 20 e na produtividade de 125

conforme graacutefico 01

9671152

402 426

020406080

100120140

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 01ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

Gratildeos em 20012002 e 20022003 Fonte Conab (2003d)

29

Para a Seab (2003) a produccedilatildeo paranaense na safra de 20012002

foi de 220 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea de 79 milhotildees de hectares

previsatildeo de colheita na safra de 20022003 de 283 milhotildees de toneladas de gratildeos e

algodatildeo na safra de veratildeo em uma aacuterea de 85 milhotildees de hectares o que

corresponde a um aumento na aacuterea cultivada de 75 na produccedilatildeo perto dos 30

e produtividade de 194 conforme graacutefico 02 O Estado do Paranaacute eacute responsaacutevel

por frac14 da produccedilatildeo nacional

220

283

79 85

00

50

100

150

200

250

300

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 02- Comparativo da aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense de

gratildeos de 20012002 e 20022003 Fonte Seab (2003)

De acordo com a Seab (2003) na safra de 20012002 o municiacutepio

de Londrina contribuiu com uma produccedilatildeo de 2238 mil toneladas de gratildeos e a micro

regiatildeo de Londrina composta por 19 municiacutepios circunvizinhos com 119 milhotildees

de toneladas de gratildeos

30

5 O PERFIL DO AGRICULTOR E AS ATIVIDADES AGRAacuteRIAS

Segundo Crepaldi (1993 p17) as atividades agraacuterias tambeacutem

conhecidas como atividades rurais ou agropecuaacuterias satildeo exercidas das mais

variadas formas desde o cultivo caseiro para a subsistecircncia da famiacutelia ateacute os

grandes complexos agro-industriais Mazoyer e Roudart (1997) caracterizam o

sistema agraacuterio como sendo uma associaccedilatildeo de atividades produtivas e de teacutecnicas

utilizadas por uma sociedade visando a satisfazer agraves suas necessidades Eacute a

interaccedilatildeo entre o sistema bioecoloacutegico representado pelo meio natural e o sistema

soacutecio-cultural atraveacutes de praacuteticas resultantes do progresso teacutecnico

Nos Estados Unidos na deacutecada de 1970 convencionou-se o

conhecimento da administraccedilatildeo das propriedades rurais como farm management

que foi um ramo especiacutefico do management pelo fato da administraccedilatildeo rural ter

caracteriacutesticas especiais se comparada com a administraccedilatildeo industrial em razatildeo de

a produccedilatildeo agropecuaacuteria estar intimamente ligada ao processo bioloacutegico da terra e

dos animais(HERBST 1975)

Oliveira (1976) ressalta que as atividades rurais representam todas

as atividades de exploraccedilatildeo da terra seja o cultivo de lavouras e florestas ou a

criaccedilatildeo de animais com vistas agrave obtenccedilatildeo de produtos que venham a satisfazer agraves

necessidades humanas Mesmo com o aumento significativo da populaccedilatildeo das

cidades e com a reduccedilatildeo da populaccedilatildeo rural as atividades agropecuaacuterias continuam

desempenhando papel fundamental no desenvolvimento do paiacutes sendo este setor

responsaacutevel pelos principais produtos de exportaccedilatildeo na balanccedila de pagamento

Para Aloe (1981) os agricultores vecircm especializando-se em sua

produccedilatildeo agropecuaacuteria cultivando ou criando plantas e animais que satildeo procurados

pelo mercado e pelos quais recebem preccedilos mais elevados Dufumier (1996) afirma

que essa produccedilatildeo agropecuaacuteria eacute caracterizada pela combinaccedilatildeo da quantidade de

forccedila de trabalho composta pelas pessoas da famiacutelia do produtor e assalariados com

os distintos meios de produccedilatildeo composta basicamente pela terra maquinaacuterios e

insumos com a intenccedilatildeo de obter diferentes produtos agriacutecolas ou pecuaacuterios Essa

dependecircncia do agricultor em relaccedilatildeo ao mercado consumidor faz com que ele

aleacutem de cultivar ou criar as espeacutecies que o mercado compra sinta-se obrigado a

produzir conforme as exigecircncias desse mesmo mercado Dessa maneira o

31

agricultor vem diminuindo o nuacutemero de atividades em seu estabelecimento rural e

se dedicando a uma ou duas espeacutecies de culturas

Cada vez mais o agricultor produz para o mercado vendendo a

maior parte de sua produccedilatildeo e deixando para o consumo da famiacutelia quantidades

reduzidas de sua colheita Para Souki et al (1999) os produtores brasileiros devem

entender - que em uma eacutepoca de abertura de mercado e draacutesticas transformaccedilotildees

tecnoloacutegicas em que a palavra de ordem eacute qualidade e produtividade - eacute preciso

trabalhar profissionalmente para ser competitivo Para tanto os recursos

tecnoloacutegicos nas aacutereas administrativas teacutecnicas e de informaacuteticas estatildeo disponiacuteveis

e os empresaacuterios rurais que souberem aproveitaacute-los da melhor forma na

administraccedilatildeo de sua propriedade deveratildeo sobreviver e crescer Obviamente os que

se aventurarem a natildeo adotaacute-los fatalmente teratildeo seacuterios problemas para serem

competitivos neste novo perfil de mercado

Nem sempre no entanto esta situaccedilatildeo beneficia o agricultor pois se

a sua renda depende de poucos ou de apenas um produto uma queda do preccedilo do

mesmo ou uma frustraccedilatildeo de safra causa seacuterios prejuiacutezos ao agricultor No atual

estaacutegio de desenvolvimento da agricultura o custo de produccedilatildeo eacute bastante elevado

Para se ofertar um produto condizente com as necessidades do mercado eacute

necessaacuterio empregar fortes doses de adubaccedilatildeo sementes selecionadas e

defensivos agriacutecolas cujos preccedilos satildeo elevados porque dependem de importaccedilatildeo

Da mesma forma intensifica-se cada vez mais a mecanizaccedilatildeo da lavoura a qual

possibilita melhoria significativa de qualidade das praacuteticas agriacutecolas mas que torna

necessaacuterio o desembolso de quantias vultosas para sua compra conservaccedilatildeo e

serviccedilo (CREPALDI1993)

51 O PRODUTOR RURAL COMO EMPRESAacuteRIO

Para Luz (1980 p10) toda propriedade rural que natildeo produza

apenas para a subsistecircncia da famiacutelia de seu proprietaacuterio pode ser considerada

como propriedade de fins lucrativos ou econocircmicos Quanto mais conhecimento

sobre o seu negoacutecio tiver o produtor tanto mais positivos seratildeo os resultados

obtidos O conhecimento das potencialidades de sua propriedade o conhecimento

do mercado consumidor e a adoccedilatildeo de normas essenciais para a execuccedilatildeo das

32

atividades satildeo deveres que se impotildeem ao produtor na administraccedilatildeo do seu

negoacutecio O que produzir quanto produzir e como produzir satildeo dados que tambeacutem

devem estar bem definidos no momento de iniciar qualquer atividade explorativa

Para Batalha (1997) devido agrave situaccedilatildeo atual de dependecircncia do

agricultor com relaccedilatildeo ao mercado torna-se indispensaacutevel aos produtores rurais

ter o conhecimento aprofundado de seu negoacutecio no caso da agricultura Para tanto

o produtor deve estar bem informado sobre as condiccedilotildees de mercado com relaccedilatildeo agrave

cultura que deseja explorar bem como conhecer as condiccedilotildees e os recursos

naturais de sua propriedade rural Evered (1981) enfatiza que o produtor rural deve

tambeacutem ter capacidade de perceber as mudanccedilas no ambiente e analisar suas

futuras implicaccedilotildees Precisa ainda desenvolver habilidade para detectar mudanccedilas

relevantes no ambiente da propriedade nas inovaccedilotildees tecnoloacutegicas no mercado e

tambeacutem no ambiente social e poliacutetico

Segundo Santos e Marion (1993) o sucesso da empresas rural

depende basicamente do grau de gerenciamento dos seus proprietaacuterios que requer

habilidade teacutecnica e administrativa para o aproveitamento racional dos recursos que

estatildeo a sua disposiccedilatildeo como terras maquinaacuterios implementos recursos humanos

infra-estrutura da fazenda e informaccedilotildees para a tomada de decisatildeo a respeito dos

fatores internos da produccedilatildeo e dos externos como o mercado perfil climaacutetico da

regiatildeo onde estaacute localizada a propriedade meios de transporte preccedilos praticados

etc para garantia do lucro e a continuidade da empresa

Conforme explica Crepaldi (1993) no Brasil a maioria das fazendas

eacute administrada pelo proprietaacuterio e sua famiacutelia Entretanto as expressotildees empresa

rural e empresa agriacutecola satildeo encontradas com frequumlecircncia na literatura no sentido de

fazenda propriedade agriacutecola ou estabelecimento agropecuaacuterio organizado com a

finalidade de produccedilatildeo comercial Eacute importante reconhecer que existem diferenccedilas

marcantes entre as empresas rurais e as demais pertencentes a outros setores

econocircmicos Na agricultura o sistema de produccedilatildeo utiliza fatores de produccedilatildeo

provenientes dos vaacuterios setores mas sua caracteriacutestica fundamental eacute o uso da

remuneraccedilatildeo indireta como a matildeo-de-obra familiar e o trabalho administrativo do

proprietaacuterio Outra caracteriacutestica importante da empresa rural eacute a estreita relaccedilatildeo

entre as atividades de investimento produccedilatildeo e consumo na fazenda Gastos com a

famiacutelia do proprietaacuterio administrador satildeo considerados parte integrante da anaacutelise

econocircmica-financeira da empresa

33

Essa empresa rural ou ainda este complexo famiacutelia-fazenda cujos

recursos satildeo dedicados agrave produccedilatildeo agropecuaacuteria sem necessariamente assumir

personalidade juriacutedica tem como objetivo maximizar o valor presente do patrimocircnio

Para Marion (1983) o proprietaacuterio da terra eacute o empresaacuterio mas este

termo representa a unidade de tomada de decisatildeo que pode ser o fazendeiro sua

esposa qualquer dos filhos ou uma combinaccedilatildeo destes Aleacutem disto o empresaacuterio

normalmente trabalha com os membros de sua famiacutelia nas tarefas comuns da

fazenda A famiacutelia tem seguramente influecircncia nas decisotildees administrativas de

sorte que a separaccedilatildeo das funccedilotildees administrativas das demais na empresa rural

natildeo eacute tatildeo simples quanto fora do setor agriacutecola

Bastiani (1999) ressalta que uma grande parte dos agricultores que

tem na agricultura sua principal atividade econocircmica natildeo escolheu ser agricultor e

de uma forma geral essa escolha deu-se por um processo de legado

Transcendendo de geraccedilotildees para geraccedilotildees com forte vinculaccedilatildeo de afetividade a

terra onde os agricultores de ontem eram os avoacutes os de hoje os pais e os de

amanhatilde com grande probabilidade seratildeo os filhos e depois os netos Noronha

(1987 p23) enfatiza que a maior parte das empresas rurais ainda eacute transmitida de

pais para filhos por meio de heranccedilas e tendem a ocorrer em fases de relativa

estabilidade na organizaccedilatildeo da empresa apoacutes muitos anos de experiecircncia

administrativa do proprietaacuterio Na falta de um administrador experiente haacute uma

soluccedilatildeo de continuidade administrativa que pode ter graves consequumlecircncias Mesmo

quando um dos herdeiros se encontra em condiccedilotildees de continuar uma eficiente

administraccedilatildeo a divisatildeo de terras e demais bens entre os herdeiros resultam em

uma reduccedilatildeo no tamanho da empresa de cada um Aleacutem disso existem diferentes

niacuteveis de habilidades administrativas entre os novos empresaacuterios Portanto mesmo

no caso de relativa familiaridade de cada um com o negoacutecio original o mais provaacutevel

eacute que haveraacute significativa perda de eficiecircncia no curto prazo

Atualmente quando a agricultura estaacute cada vez mais voltada para

um mercado mais competitivo a sobrevivecircncia e o crescimento da empresa rural

dependem em grande parte da capacidade empresarial Decisotildees tecircm de ser

tomadas em varias aacutereas com base em conhecimentos teacutecnicos-administrativos -

tanto quanto possiacutevel atualizado - sobre as condiccedilotildees de produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo de insumos e produtos relevantes para a empresa

34

52 o perfil do agricultor brasileiro

Com o objetivo de traccedilar o perfil do agricultor brasileiro a pesquisa

realizada pelo Centro de Estudos Agriacutecolas vinculado ao Instituto Brasileiro de

Economia da Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas encomendada pela Confederaccedilatildeo Nacional

da Agricultura-CNA (2002) cuja amostra total foi de 1837 estabelecimentos rurais

das regiotildees Sul Sudeste Centro-Oeste Pernambuco e Cearaacute detectou na amostra

que

a) 85 dos entrevistados satildeo proprietaacuterios do imoacutevel

b) A idade meacutedia do responsaacutevel eacute de 52 anos

c) A maior concentraccedilatildeo estaacute na faixa de baixa escolaridade (1 a 6

anos que corresponde ao primeiro grau incompleto)

d) 85 dispotildeem de energia eleacutetrica

e) 43 dos estabelecimentos tecircm antena paraboacutelica

f) 56 dispotildeem de um veiacuteculo no estabelecimento

g) 72 utilizam aacutegua encanada

h) 81 tecircm um aparelho de televisatildeo

i) 82 possuem outra fonte de renda gerada fora do

estabelecimento que natildeo os rendimentos da atividade

agropecuaacuteria

j) o microcomputador eacute um instrumento que ainda estaacute para ser

descoberto no meio rural (somente 3 tecircm um microcomputador)

o que dificulta a adoccedilatildeo pelos estabelecimentos de tecnologias

organizacionais importantes para enfrentar as novas exigecircncias

de competitividade impostas pelo mercado

k) No sul um hectare rende em meacutedia o equivalente ao valor de 85

sacas de milho ao preccedilo de R$750 a saca

l) A matildeo-de-obra familiar eacute utilizada em 78 dos estabelecimentos

m) A matildeo-de-obra temporaacuteria eacute utilizada em 81 dos

estabelecimentos

n) Na regiatildeo sul a comercializaccedilatildeo eacute feita preponderantemente via

cooperativas o que tambeacutem ocorre no Centro-Oeste Nas demais

regiotildees prevalecem o sistema de venda direta no mercado ldquopara

quem paga maisrdquo

35

o) 62 receberam educaccedilatildeo puacuteblica atraveacutes de algum membro da

famiacutelia

p) Em geral filhos dos antigos proprietaacuterios passaram a assumir a

conduccedilatildeo do estabelecimento em decorrecircncia das mudanccedilas

organizacionais que estatildeo sendo promovidas em resposta aos

desafios de um mercado muito mais competitivo

q) Quanto maior a distacircncia da propriedade com a sede do

municiacutepio mais difiacutecil eacute o acesso dos produtores rurais agrave

informaccedilatildeo pertinente agrave compra e venda de insumos e produtos

acesso ao creacutedito e cumprimento das obrigaccedilotildees trabalhistas e

tributaacuterias

r) Entre os estabelecimentos estudados predominaram as pequenas

unidades familiares com aacuterea cultivada de ateacute 20 hectares mas

sua participaccedilatildeo na produccedilatildeo perde para os grandes

estabelecimentos Na regiatildeo sul os grandes estabelecimentos

rurais contribuem com aproximadamente 70 da renda gerada

com a produccedilatildeo agriacutecola e pecuaacuteria

36

6 PRODUCcedilAtildeO E PRODUTIVIDADE AGRIacuteCOLA

Apoacutes a Segunda Guerra Mundial o traccedilo mais marcante do padratildeo

de expansatildeo da oferta agriacutecola mundial foi o violento crescimento da produccedilatildeo e da

produtividade que ocorreu principalmente nos paiacuteses desenvolvidos Este aumento

do produto foi igualmente acompanhado pelo crescimento da produccedilatildeo por hectare

A expansatildeo da produccedilatildeo agregada foi mais que suficiente para compensar o

crescimento da populaccedilatildeo e a disponibilidade de alimentos que era de 240 kg por

habitanteano passou em 1996 para 320 kg por habitanteano O desempenho

positivo da agricultura foi conseguido basicamente com o aumento da produtividade

da terra e do trabalho cabendo ao aumento da aacuterea cultivada menor participaccedilatildeo de

acordo com boletim da USDA conforme se verifica no quadro 02 (DIAS BARROS

1998)

DADOS MUNDIAIS 1950 1996

Oferta mundial de gratildeos 630 milhotildees toneladas 18 bilhotildees toneladas

Produtividade meacutedia 11 toneladas por ha 26 toneladas por ha

Aacuterea cultivada com gratildeos 614 milhotildees hectares 696 milhotildees hectares

Alimento disponiacutevel por habitanteano 240 kgs 320 kgs

Quadro 2ndash Evoluccedilatildeo da produtividade e produccedilatildeo mundial de

gratildeos nos uacuteltimos 50 anos

Para Luz (1980) a produtividade natildeo se confunde com a produccedilatildeo

pois enquanto esta tem como significado o total puro e simples do que cada cultura

produziu aquela significa a quantidade de produccedilatildeo obtida por uma unidade de fator

de produccedilatildeo Assim a produtividade da soja eacute medida em sacas ou quilos por

hectare o leite eacute medido em litros por vaca ordenhada e assim por diante Santos

(1993) compartilha desse raciociacutenio denominando a produtividade de rendimento

de cultivos ou criaccedilotildees classificando a produtividade por rendimento elevado

meacutedio ou baixo

37

De acordo com Lacombe e Heilborn (2003 p165) a produtividade eacute

o quociente que resulta na divisatildeo entre a produccedilatildeo obtida e um dos fatores

empregados na produccedilatildeo ou entre a produccedilatildeo obtida e um conjunto ponderado dos

fatores de produccedilatildeo A produtividade nada mais eacute do que uma relaccedilatildeo entre o que

foi obtido e um dos recursos usados para obtecirc-lo Por exemplo na produtividade de

um hectare de terra diz-se que a produtividade eacute tantas toneladas por hectare Se

utiliza-se outros insumos como adubos e irrigaccedilatildeo a produtividade por hectare

aumenta Com o uso de sementes selecionadas obteacutem-se uma produtividade mais

alta por hectare

Na visatildeo de Drucker (2000 p205) a produtividade de qualquer

sociedade desenvolvida repousa cada vez mais na capacidade de fazer com que o

trabalho intelectual seja produtivo e o trabalhador intelectual realizado

Crepaldi (1993) ressalta que a terra eacute o fator de produccedilatildeo mais

importante para as atividades agraacuterias pois eacute nela que se aplicam os capitais e onde

se trabalha para obter a produccedilatildeo Se a aacuterea de terra for ruim ou muito pequena

dificilmente se produziratildeo colheitas abundantes e lucrativas por mais capital ou

trabalho de que disponha o produtor Desse modo uma das grandes preocupaccedilotildees

do produtor deve ser sempre com a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da terra evitando

seu desgaste pelo mau uso e tambeacutem pela erosatildeo

De acordo com Konzen (1977) o cultivo de gratildeos nas grandes

lavouras da regiatildeo sul do Brasil que ocupam mais de 50 da aacuterea total das

propriedades rurais tem elevado grau de produtividade cuja destinaccedilatildeo eacute o

mercado internacional atraveacutes das exportaccedilotildees ficando o restante da aacuterea por

conta da criaccedilatildeo de animais A produtividade das aacutereas se justifica porque os

produtores investem pesadamente em mecanizaccedilatildeo aplicam intensamente

fertilizantes e defensivos nas lavouras utilizam assistecircncia teacutecnica com frequumlecircncia e

tecircm elevada capacidade administrativa com formaccedilatildeo educacional de segundo ou

terceiros graus Pereira (1999) ressalta tambeacutem que a mecanizaccedilatildeo pode

desempenhar um papel importante na busca da produtividade visto que o Brasil eacute

um dos poucos paiacuteses com capacidade de expandir sua produccedilatildeo agropecuaacuteria

seja pelo aumento da aacuterea plantada ou pelo incremento da produccedilatildeo

La Torre (2002) acredita que as grandes propriedades rurais

apresentam maior produtividade da terra que as pequenas em razatildeo do seu faacutecil

acesso ao creacutedito rural Acrescenta que na medida em que esse creacutedito tambeacutem for

38

repassado com mais facilidade agraves pequenas propriedades essa vantagem possa

ser revertida em favor de uma melhor produtividade para as pequenas propriedades

rurais

Nos uacuteltimos 12 anos a produccedilatildeo de gratildeos no paiacutes cresceu de 58

milhotildees de toneladas de gratildeos para a casa dos 100 milhotildees com excepcional

produtividade pois a aacuterea plantada praticamente natildeo aumentou conforme

demonstra o graacutefico 03 Eacute resultado sobretudo do fato de a agricultura brasileira ter

se voltado para o mercado internacional

378 384 356 391 384 368 364 351 367 377 376

11529671003

828824765789

738812

761683

578682

426402

0

20

40

60

80

100

120

9091 9293 9495 9697 9899 0001 0203

Produccedilatildeo (milhotildees de ton) Aacuterea ( milhotildees de ha)

prev

Graacutefico 03- Produtividade de gratildeos no Brasil na uacuteltima deacutecada Fonte Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento

Souza (1999) relata que a elevaccedilatildeo da produtividade na agricultura

eacute muito importante porque tambeacutem contribui para reduzir a pobreza na aacuterea urbana

pela elevaccedilatildeo dos salaacuterios nominais e reais e com isso melhora a distribuiccedilatildeo de

renda em toda a economia Agrave medida em que esta realidade se apresenta diminui a

pobreza absoluta geralmente medida pelo consumo diaacuterio de calorias per capita

39

Com o crescimento da renda as pessoas reduzem o consumo de calorias e passam

a ingerir quantidade maior de proteiacutenas

A necessidade de manter a produccedilatildeo acelerada tanto para a

exportaccedilatildeo como para suprir o mercado interno exige do produtor um aumento da

produtividade que pode ser conseguido pela adoccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

uma vez que existem limites para o aumento da produccedilatildeo apenas mediante a

expansatildeo da aacuterea cultivada (SOUZA 1999 p281)

Streeter (1988) ensina que as inovaccedilotildees tecnoloacutegicas devem ter agrave

frente as universidades puacuteblicas com forte ecircnfase na pesquisa no ensino e na

extensatildeo seguidas das empresas privadas que podem consolidar as soluccedilotildees com

propostas em niacutevel comercial

No conceito de Sorima Neto (1999) o agricultor na busca de

melhorar sua produtividade pode contar inclusive com a ajuda de sateacutelite para

aumentar a colheita Os agricultores do interior de Minas Gerais e de Mato Grosso

conseguem produzir tanto quanto os agricultores americanos o que corresponde a

180 sacas de milho por hectare sendo que a meacutedia brasileira oscila entre 100 e 120

sacas dependendo da regiatildeo

A produtividade conta tambeacutem com a biotecnologia no

desenvolvimento de sementes resistentes a pragas e a inseticidas e plantas que se

adaptam bem a solos pobres e de clima seco Na pecuaacuteria - com as teacutecnicas de

inseminaccedilatildeo artificial e transferecircncia de embriotildees atraveacutes da engenharia geneacutetica -

pode-se produzir bois que rendem o dobro de carne e vacas que geram mais de

quarenta bezerros em um ano O periacuteodo de gestaccedilatildeo de nove meses das vacas eacute

multiplicado pelo artifiacutecio dos embriotildees congelados

O aumento da produtividade por parte dos produtores decorrente da

maior acumulaccedilatildeo de capital e do progresso tecnoloacutegico resulta no aumento do

volume total ofertado reduzindo dessa maneira o preccedilo dos produtos

agropecuaacuterios Pereira (1999) acrescenta que tornou-se indispensaacutevel para o

produtor rural a busca pelo aumento da produtividade o que soacute eacute possiacutevel com

investimentos elevados e adoccedilatildeo de novos processos produtivos que possibilitem a

expansatildeo da produccedilatildeo brasileira Como a estrutura agraacuteria natildeo apresentou avanccedilos

e os pequenos produtores natildeo foram capazes de absorver os avanccedilos tecnoloacutegicos

por falta de escolaridade o meacutedio e o grande produtor assumiram esse setor

implementando novas tecnologias e se adequando ao processo de inovaccedilatildeo

40

Assim aquele produtor que natildeo tem capacidade de investimento

natildeo consegue manter-se no processo e acaba por vender sua propriedade em

funccedilatildeo da sua incapacidade de escala Embora o setor esteja com sua produtividade

em franco crescimento uma grande parte dos produtores em geral pequenos

produtores estatildeo faturando muito pouco ou o suficiente para sobreviver e manter

sua propriedade porque ainda lhes faltam condiccedilotildees e visatildeo econocircmica para

buscar outra fonte para a venda dos seus produtos aleacutem do mercado fiacutesico

61 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DA SOJA

A produccedilatildeo mundial de soja para a safra 20022003 deve chegar a

1894 milhotildees de toneladas de gratildeos segundo dados estatiacutesticos da USDA De

acordo com levantamentos realizados pela Conab a safra brasileira 20012002 foi

de 419 milhotildees de toneladas com perspectiva de colheita recorde em 20022003 na

ordem de 503 milhotildees de toneladas de gratildeo Esses nuacutemeros correspondem a 26

da produccedilatildeo mundial com destaque para os estados do Mato Grosso Paranaacute e Rio

Grandes do Sul atualmente os maiores produtores nacionais conforme demonstra

o graacutefico 04 (TAVARES 2002)

Produccedilatildeo outros paiacuteses74

Produccedilatildeo brasileira

26

Produccedilatildeobrasileira Produccedilatildeo outrospaiacuteses

1391

503

41

Graacutefico 04ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de soja para safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Na safra da soja de 20012002 o Brasil teve uma produccedilatildeo de

4284 sacas por hectare equivalente a 1036 sacas de 60 kgs por alqueire paulista

Na safra de 20022003 a estimativa da aacuterea a ser cultivada eacute de 180 milhotildees de

hectares e produccedilatildeo de 503 milhotildees de toneladas de gratildeos Mantendo esta

previsatildeo o aumento na aacuterea cultivada seraacute de 10 da produccedilatildeo de 20 e da

produtividade 85 conforme revela o graacutefico 05 (CONAB 2003c)

419

503

163 180

0

10

20

30

40

50

60

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 05ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

soja de 20012002 e 20022003

A produccedilatildeo brasileira de soja para a safra 20022003 deve chegar a

503 milhotildees de toneladas de gratildeos segundo dados estatiacutesticos da Conab A

mesma fonte ressalta que a produccedilatildeo paranaense de 20012002 foi de 92 milhotildees

de toneladas com perspectiva de colheita recorde em 20022003 na ordem de 102

milhotildees de toneladas de gratildeos e que corresponde a 20 da produccedilatildeo brasileira

conforme demonstra o graacutefico 06 (CONAB 2003c)

42

Produccedilatildeo Outros

Estados80

Produccedilatildeo Paranaacute

20

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

401

102

Graacutefico 06ndash Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de soja na safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Outros dados da Conab (2003c) registram que o Paranaacute colheu na

safra de 20012002 4791 sacas por hectare o que corresponde a 11594 sacas de

60 kgs por alqueire paulista - foi superior a meacutedia nacional em 1183 Na safra de

20022003 estima-se uma colheita de 102 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma

aacuterea de 35 milhotildees de hectares de terras - Corresponde um aumento na aacuterea de

quase 10 aumento na produccedilatildeo de 108 e na produtividade de 139 como

demonstra o graacutefico 07 Com a obtenccedilatildeo da produtividade de 4857 sacas por

hectare que corresponde a 11753 sacas de 60 kgs por alqueire paulista a

produtividade seraacute superior a meacutedia nacional em 5

43

92102

32 35

0

2

4

6

8

10

12

Safra 20012002 Safra 20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 07ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de soja de 20012002 e 20022003

Tavares (2002) comenta que se for considerado que o custo de

produccedilatildeo da safra brasileira gira em torno de 40 inferior ao custo dos produtores

nortes americanos com uma produtividade superior em quase 20 e rentabilidade

que varia entre 25 a 30 o produtor de soja brasileiro tem todas as condiccedilotildees de

competitividade podendo produzir - natildeo soacute para o mercado interno - como aumentar

as exportaccedilotildees para o mercado internacional Contudo ressalta que os pequenos e

meacutedios produtores deveratildeo ter certa dificuldade para realizar esse tipo de operaccedilatildeo

pelo fato de natildeo efetuarem diretamente a comercializaccedilatildeo externa da sua produccedilatildeo

Desde os anos 70 o Brasil manteacutem uma posiccedilatildeo de respeito no

mercado mundial da soja Santana (1984) explica que essa importacircncia se daacute por

trecircs razotildees 1) Pelo grau de modernizaccedilatildeo alcanccedilado nas unidades agriacutecolas de

produccedilatildeo de soja 2) Pelo periacuteodo de produccedilatildeo da soja brasileira que entra no

mercado internacional no periacuteodo de entressafra da soja americana e 3) Pelo maior

teor de oacuteleo e de proteiacutena existente no gratildeo de soja produzido no Brasil

A modernizaccedilatildeo das propriedades rurais estaacute diretamente

relacionada com a mecanizaccedilatildeo das lavouras que eacute praticamente completa em

todas as fases do processo produtivo que vai desde a preparaccedilatildeo da terra ateacute a

colheita Nas grandes regiotildees de cultivo desta cultura se concentra mais da metade

da frota de tratores do paiacutes Sabe-se que natildeo eacute a totalidade desta frota destinada agraves

44

lavouras de soja mas pela magnitude da aacuterea de soja plantada nas regiotildees e pelos

altos iacutendices de produccedilatildeo alcanccedilados pode-se deduzir que parte consideraacutevel

dessa frota regional faccedila parte da base teacutecnica da produccedilatildeo dessa oleaginosa Eacute de

conhecimento puacuteblico que a cultura da soja exige um dos maiores niacuteveis de

mecanizaccedilatildeo em todos os estaacutegios de sua produccedilatildeo(AYRES 1985)

62 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DO MILHO

Na escala da produccedilatildeo mundial de milho os Estados Unidos

aparece com a maior participaccedilatildeo na ordem de 405 a China em segundo lugar

com 191 e o Brasil com uma produccedilatildeo de 6 Segundo dados estatiacutesticos da

USDA a produccedilatildeo mundial de milho para a safra 20022003 deve chegar a 5916

milhotildees de toneladas de gratildeos conforme demonstra o graacutefico 8 (MOREIRA 2002)

Produccedilatildeo Brasileira

6

Produccedilatildeo Outros Paiacuteses

94ProduccedilatildeoBrasileiraProduccedilatildeo OutrosPaiacuteses

5541 375

Graacutefico 08ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de milho para a safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Na safra 20012002 o Brasil teve uma produccedilatildeo de 5240 sacas por

ha o que corresponde a 127 sacas de 60 kgs por alqueire paulista Na safra de

45

20022003 a estimativa da aacuterea a ser cultivada eacute de 122 milhotildees de hectares e

produccedilatildeo de 375 milhotildees de toneladas de gratildeos com produtividade de 5123

sacas por hectare correspondendo a 124 sacas de 60 kgs por alqueire paulista Se

persistir essa previsatildeo haveraacute aumento na aacuterea de 3 de 1 na produccedilatildeo e

produtividade inferior em 2 conforme demonstra o graacutefico 09 (CONAB 2003b)

371 375

118 122

05

10152025303540

Safra20012002

Previsatildeo Safra2022003

Produccedilatildeo(milhotildees ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 09ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

milho de 20012002 e 20022003

Na previsatildeo da produccedilatildeo brasileira de 375 milhotildees de toneladas de

gratildeos de milho para a safra 20022003 o Estado do Paranaacute deveraacute contribuir com

uma safra de 117 milhotildees de toneladas o correspondente a quase 13 da produccedilatildeo

nacional conforme graacutefico 10 (CONAB 2003b)

46

Produccedilatildeo Paranaacute

31Produccedilatildeo Outros

Estados 69

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

258

117

Graacutefico 10ndash Previsatildeo da produccedilatildeo Brasileira e Paranaense de milho para a safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Ainda de acordo com os dados da Conab (2003b) o Paranaacute colheu

na safra de 20012002 6265 sacas por hectare o que corresponde a 15161 sacas

de 60 kgs por alqueire paulista superior agrave meacutedia nacional em 195 Na safra de

20022003 a Conab estima que o plantio seraacute em 263 milhotildees de hectares e a

colheita de 1176 milhotildees de toneladas de gratildeos O aumento da aacuterea seraacute de 5 da

produccedilatildeo 25 e da produtividade perto de 20 com a obtenccedilatildeo da produtividade

de 7452 sacas por hectare que corresponde a 18033 sacas de 60 kgs por alqueire

paulista tambeacutem superior a meacutedia nacional em 455 conforme o graacutefico 11

47

936

1176

249 263

02468

101214

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton) Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 11ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de milho de 20012002 e 20022003

Tradicionalmente os preccedilos do milho sempre estiveram proacuteximos do

preccedilo miacutenimo pago pelo governo fazendo com que o Estado constantemente

promovesse intervenccedilotildees no mercado para garantir receita ao produtor rural Com a

exportaccedilatildeo do produto favorecido pelas altas taxas de cacircmbio nos anos de 2001 e

2002 o preccedilo passou a ter referecircncia na paridade dos preccedilos de exportaccedilatildeo

proporcionando ao produtor uma melhora substancial no preccedilo do milho cultivado

(MOREIRA 2002)

De acordo com Alves (1998) a cultura do milho expandiu-se no

territoacuterio nacional assim como as demais exploraccedilotildees tradicionais usando a

tecnologia primitiva com o produtor derrubando as matas a procura da fertilidade

natural dos solos O milho hiacutebrido apareceu na deacutecada de 1950 e o uso de

maacutequinas equipamentos e fertilizantes tornou-se significativo a partir da deacutecada de

1970 Portanto a cultura se estabeleceu no paiacutes com uma tecnologia de niacutevel de

produtividade baixo e tambeacutem compatiacutevel com a dotaccedilatildeo de fatores em que a terra

e a matildeo-de-obra eram abundantes Com o crescimento e a diversificaccedilatildeo do

mercado interno de trabalho de produtos e de insumos a consequumlente

industrializaccedilatildeo a urbanizaccedilatildeo e a competiccedilatildeo proporcionada pela abertura do

comeacutercio internacional houve mudanccedilas dramaacuteticas nas exigecircncias tecnoloacutegicas da

48

agricultura nacional hoje mais fundamentada na ciecircncia e em teacutecnicas de cultivo

que procuram usar a terra mais intensamente e com o miacutenimo de matildeo-de-obra

63 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DO CAFEacute

A atividade cafeeira vem representando ao longo dos uacuteltimos anos

um importante fator de desenvolvimento econocircmico e social para muitos paiacuteses

Segundo Moricochi et al (1997) o cafeacute movimentou mais de US$ 40 bilhotildees no

mercado mundial em 1997 constituindo-se em uma importante atividade para a

geraccedilatildeo de emprego e renda sendo que mais de 20 milhotildees de pessoas no mundo

dependem diretamente dessa atividade

A produccedilatildeo mundial de cafeacute beneficiado para a safra 20022003

deve chegar a 1209 milhotildees de sacas de 60 quilos pelos dados estatiacutesticos da

USDA Em levantamentos realizados pela Conab (2003a) a safra brasileira

20022003 estaacute estimada em 472 milhotildees de sacas beneficiadas com 373 milhotildees

de cafeacute araacutebica e 99 milhotildees de cafeacute robusta sendo considerada a maior produccedilatildeo

da histoacuteria do Brasil conforme demonstra o graacutefico 12

Produccedilatildeo Brasileira

39

Produccedilatildeo Outros Paiacuteses61

ProduccedilatildeoBrasileiraProduccedilatildeo OutrosPaiacuteses

737 472

Graacutefico 12ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de cafeacute para a safra 20022003 (em milhotildees de sacas de 60 kgs de cafeacute beneficiado)

49

Esse recorde se deve agraves oacutetimas condiccedilotildees climaacuteticas no periacuteodo de

floraccedilatildeo e formaccedilatildeo dos gratildeos e tambeacutem pela mudanccedila no perfil do parque cafeeiro

nacional Nas aacutereas tradicionais de plantio no sul de Minas Gerais Satildeo Paulo e

Paranaacute as lavouras antigas estatildeo sendo substituiacutedas desde 1994 por cafezais de

plantio adensados (MORAES FILHO 2002)

De acordo com a Conab (2003a) o Brasil colheu - na safra de

20012002 - 243 milhotildees de toneladas de cafeacute beneficiados o que corresponde a

4052 milhotildees de sacas em uma aacuterea de 237 milhotildees de hectares Para a safra de

20022003 o Brasil deveraacute colher 283 milhotildees de toneladas de cafeacute em uma aacuterea de

258 milhotildees de hectares o que corresponde a 472 milhotildees de sacas beneficiadas

em 48 milhotildees de peacutes de cafeacute em franca produccedilatildeo sendo mais da metade em

Minas Gerais A produccedilatildeo de 1841 sacas de 60 kgs por hectare corresponde a

4455 sacas por alqueire paulista O aumento na aacuterea seraacute de 886 na produccedilatildeo

1646 e 7 na produtividade conforme demonstra o graacutefico 13

243

283

237

258

212223242526272829

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 13ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

cafeacute de 20012002 e 20022003

Para Moraes Filho (2002) o mercado estaacute apresentando reduccedilotildees

contiacutenuas nas cotaccedilotildees internacionais nas uacuteltimas cinco safras devido ao

significativo aumento na oferta resultado de incremento na produccedilatildeo em paiacuteses

tradicionais e principalmente em paiacuteses que ateacute entatildeo natildeo eram exportadores

50

importantes No final do ano de 2001 e iniacutecio de 2002 os preccedilos do cafeacute no mercado

internacional atingiram o menor niacutevel dos uacuteltimos 30 anos Nas safras de 19981999

19992000 e 20002001 a produccedilatildeo mundial de cafeacute foi superior ao consumo

permitindo a recomposiccedilatildeo dos estoques nos paiacuteses importadores A partir da safra

20032004 poderaacute ocorrer uma recuperaccedilatildeo das cotaccedilotildees dos preccedilos internacionais

diante da perspectiva da reduccedilatildeo nas aacutereas de plantio do cafeacute em especial no Brasil

e no Vietnatilde primeiro e segundo exportadores mundiais seguidos de paiacuteses da

Ameacuterica Central

Com a recuperaccedilatildeo dos preccedilos o Brasil tende a apresentar um

sensiacutevel crescimento neste mercado em que o segmento que mais cresce eacute o de

cafeacutes expressos cujo blend natildeo pode dispensar o cafeacute brasileiro com corpo

fundamental para a qualidade do cafeacute expresso (HEMERLEY 2001)

Na previsatildeo da produccedilatildeo brasileira de 470 milhotildees de sacas de cafeacute

beneficiadas para a safra 20022003 o Estado do Paranaacute deveraacute contribuir com uma

safra de 23 milhotildees de sacas o que corresponde a 5 da produccedilatildeo nacional

conforme demonstra o graacutefico 14

Produccedilatildeo Paranaacute

5

Produccedilatildeo Outros

Estados95

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

449 23

Graacutefico 14ndash Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e Paranaense de cafeacute para a safra 20022003 (em milhotildees de sacas de 60 kgs de cafeacute beneficiadas)

51

Segundo a Conab (2003a) o Paranaacute colheu na safra de 20012002

1851 sacas de cafeacute beneficiadas por hectare o equivalente a 4479 sacas por

alqueire A estimativa para a colheita na safra de 20022003 eacute de 1685 sacas por

hectare O que corresponde a 4077 sacas beneficiadas por alqueire paulista Se

confirmada esta previsatildeo haveraacute uma reduccedilatildeo de 27 na aacuterea plantada na

produccedilatildeo 115 e na produtividade 89 conforme demonstra o graacutefico 15

Ressalte-se tambeacutem que a produtividade no Estado do Paranaacute seraacute 7 inferior agrave

produtividade nacional

1452

128513071271

115120125130135140145150

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo (em milton)Aacuterea (em mil ha)

Graacutefico 15ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de cafeacute de 20012002 e 20022003

52

7 AS MODALIDADES DE COMERCIALIZACcedilAtildeO DOS PRODUTOS AGRIacuteCOLAS

Produtores rurais normalmente natildeo tecircm ou tecircm pouco poder de negociaccedilatildeo vendendo seus produtos em

mercados de pouca concorrecircncia Na maioria das vezes os preccedilos satildeo determinados pelos compradores

dentro dos limites impostos por outros concorrentes Segundo Boone e Kurtz (1998) a determinaccedilatildeo do

preccedilo de venda de um produto pode ser efetivado de duas diferentes formas o preccedilo de mercado e o preccedilo de

custo cada qual proporcionando dois meacutetodos puros de determinaccedilatildeo de preccedilos O preccedilo a ser pago por

certo produto eacute derivado do equiliacutebrio obtido entre a quantidade de oferta deste produto e a demanda por ele

estimulada O risco de flutuaccedilotildees adversas de preccedilos eacute um dos fatores que mais incomodam os produtores

rurais e todos os que precisam comercializar seus produtos Pelas suas caracteriacutesticas os preccedilos dos produtos

agriacutecolas estatildeo sujeitos a grandes oscilaccedilotildees satildeo de difiacutecil previsatildeo e geram muitas dificuldades nessa

tomada de decisatildeo

Para Bressan (1999) eacute indispensaacutevel que o produtor rural antes de iniciar a produccedilatildeo estabeleccedila a estrateacutegia

de comercializaccedilatildeo conheccedila os mercados canais de distribuiccedilatildeo tendecircncias e identifique oportunidades de

mercado

A anaacutelise do mercado eacute de fundamental importacircncia para o produtor As informaccedilotildees produzidas pelo estudo

do mercado permitem ao produtor identificar as necessidades nichos onde vai atuar oportunidade para

colocar o produto na hora certa tendecircncias do comportamento do mercado com relaccedilatildeo a sua ascensatildeo ou

decliacutenio (MAXIMIANO 2000 p401)

Para Azevedo (1997 p51) os produtos agropecuaacuterios diferem dos outros uma grande parte consiste em

produtos alimentares mas outros - como tecidos ou borracha - atendem a outros diferentes anseios dos

consumidores Alguns satildeo pereciacuteveis como eacute o caso dos derivados do leite enquanto outros podem ser

estocados por mais tempo sem cuidados exagerados como eacute o caso do cafeacute e ateacute mesmo do milho e da soja

Os produtos agropecuaacuterios satildeo basicamente bens de primeira necessidade e por consequumlecircncia costumam ter

um baixo valor unitaacuterio

Segundo Azevedo (1997 p53) a produccedilatildeo agriacutecola sofre as restriccedilotildees ditadas pela natureza e sua oferta

depende de dois elementos relevantes a) as condiccedilotildees climaacuteticas e b) o periacuteodo de maturaccedilatildeo dos produtos

No primeiro caso o resultado da atividade agriacutecola tanto em termos quantitativos quanto qualitativos eacute

particularmente dependente das condiccedilotildees do tempo Desse modo um elemento aleatoacuterio condiciona a

produccedilatildeo agriacutecola e consequumlentemente a comercializaccedilatildeo dos produtos agropecuaacuterios Avanccedilos

53

tecnoloacutegicos como eacute o caso da irrigaccedilatildeo permitem a reduccedilatildeo desse efeito aleatoacuterio proveniente das

condiccedilotildees climaacuteticas No entanto excluindo a produccedilatildeo em estufas ndash economicamente inviaacutevel para grandes

volumes de produccedilatildeo ndash a atividade agriacutecola ainda depende profundamente das condiccedilotildees climaacuteticas

No segundo caso a natureza impotildee um espaccedilo de tempo entre a decisatildeo de investir e a efetiva produccedilatildeo

agriacutecola Eacute a interferecircncia das estaccedilotildees do ano e a sazonalidade A sucessatildeo de safras e entressafras decorre

da natureza bioloacutegica da produccedilatildeo agriacutecola Tipicamente a produccedilatildeo agriacutecola concentra-se em algumas

eacutepocas do ano O cafeacute por exemplo tem sua colheita na entrada do inverno A carne bovina por sua vez tem

o pico da safra durante o outono quando as chuvas comeccedilam a escassear Esta caracteriacutestica sazonal eacute uma

determinante fundamental no comportamento dos preccedilos na hora da comercializaccedilatildeo

Para Azevedo (1997 p54) o cafeicultor pode armazenar sua safra colhida por exemplo mas isso tem um

custo Aleacutem do custo de armazenagem existe o custo financeiro de deixar o produto parado O cafeicultor

que natildeo transforma sua colheita em dinheiro estaacute abdicando da taxa de juros que o valor da colheita poderia

receber no mercado financeiro Do mesmo modo acontece com o pecuarista que pode manter seus bois

durante o inverno mas a entrada da seca no entanto encarece a manutenccedilatildeo dos animais Como

consequumlecircncia o preccedilo desses insumos varia ao longo das estaccedilotildees do ano de modo a premiar aqueles que

vendem seus produtos fora da safra A comercializaccedilatildeo dos produtos agropecuaacuterios necessariamente

subordina-se ao comportamento sazonal O ritmo da produccedilatildeo das vendas e a formaccedilatildeo dos estoques

caminham conforme determinam as estaccedilotildees do ano As atividades agropecuaacuterias ainda estatildeo longe da linha

de produccedilatildeo industrial na qual o empresaacuterio pode controlar com maior cuidado o tempo a quantidade e a

qualidade do produto

As principais alternativas que os produtores rurais tecircm para comercializar seus produtos satildeo

a) Venda na eacutepoca da colheita

b) Venda antes da colheita atraveacutes de contrato com preccedilo fixado ou a fixar

c) Venda antecipada por meio de Ceacutedula do Produtor Rural (CPR)

d) Venda atraveacutes de contrato no mercado futuro

A venda fiacutesica no balcatildeo ou a venda informal na eacutepoca da colheita permite que comprador e vendedor

negociem seus preccedilos de acordo com o momento e os seus interesses chegando em um consenso que

beneficie a ambos

Segundo Mendes (1982) nesse tipo de comercializaccedilatildeo o produtor entrega a sua produccedilatildeo na eacutepoca da

colheita pelo preccedilo em vigor que geralmente estaacute aviltado pela elevaccedilatildeo da oferta dos produtos no mercado

54

Ao escolher esta alternativa o produtor abandona qualquer ganho de possiacuteveis aumentos dos preccedilos e

tambeacutem perde a possibilidade de obter um preccedilo meacutedio mais compensador atraveacutes de diversos periacuteodos O

agricultor que segura o produto para vender na eacutepoca da colheita acredita que fatores exoacutegenos provocaratildeo

um aumento no preccedilo do produto

De acordo com Aguiar (1999) os preccedilos do mercado fiacutesico tendem a seguir o caminho dos mercados futuros

Isso natildeo significa que a variaccedilatildeo do preccedilo futuro esteja causando variaccedilatildeo no preccedilo agrave vista mas que ambos

tendem a se mover no mesmo sentido diante das mudanccedilas nos fundamentos do mercado O movimento

conjunto dos preccedilos nos mercados fiacutesicos e futuro decorre do fato de as operaccedilotildees poderem ser concluiacutedas

por entrega do produto Assim preccedilo agrave vista e a futuro tendem a convergir agrave medida que se aproxima a eacutepoca

da entrega

Na modalidade de pagamento antecipado com entrega futura a induacutestria ou o cerealista efetua adiantamento

do capital de giro aos produtores antes do plantio em troca do recebimento dos produtos na eacutepoca da

colheita

A CPR eacute uma ceacutedula garantida pelo Banco do Brasil regulado por lei que permite a negociaccedilatildeo antecipada

por parte dos agricultores em leilotildees organizados para esse fim A vantagem da CPR em relaccedilatildeo a outras

formas de venda antecipada eacute que a ceacutedula - por ter garantia de instituiccedilatildeo financeira - apresenta maior

liquidez O tiacutetulo pode ser emitido em qualquer fase da safra ou seja antes do plantio durante o

desenvolvimento da cultura na colheita ou ateacute mesmo quando o produto jaacute estiver colhido (MARQUES

MELLO1999)

A legislaccedilatildeo que criou e regulamentou as operaccedilotildees com CPR foi instituiacuteda em 1994 para satisfazer agrave

demanda dos produtores cujo objetivo era financiar suas safras com a venda antecipada da produccedilatildeo para as

instituiccedilotildees financiadoras Ateacute o final da deacutecada dos anos 80 as vendas antecipadas de soja jaacute eram bastante

difundidas entre os produtores e cerealistas da regiatildeo dos cerrados apesar da falta de normatizaccedilatildeo Esta seria

entatildeo a melhor forma de captar recursos para o plantio da safra A princiacutepio estas operaccedilotildees natildeo eram

ldquotravadasrdquo em preccedilo Eram negociadas atraveacutes de contratos com preccedilos a fixar onde o produtor comprometia

um volume maior de soja contra o adiantamento do recurso para o custeio da safra A fixaccedilatildeo do preccedilo era

feita apoacutes a entrega dos gratildeos e o saldo restante era entatildeo pago ao produtor Em 1987 a empresa Cutrale

Quintella passou a oferecer a preacute-fixaccedilatildeo da soja ou soja verde em que jaacute ficava travado no fechamento da

55

operaccedilatildeo preccedilo futuro internalizado e cacircmbio Com isso os produtores obtinham uma proteccedilatildeo de preccedilo que

compreendia tambeacutem o frete rodoviaacuterio repassando este risco para os cerealistas (PIMENTEL 2000)

No Brasil a fixaccedilatildeo antecipada de preccedilos dos produtos agriacutecolas fora dos mercados futuros da BMampF

costuma ser mais cocircmoda para o produtor devido agraves poucas garantias exigidas menor acompanhamento de

mercado e ausecircncia de ajustes financeiros diaacuterios Ressalte-se que o custo dessa comodidade costuma ser

excessivamente alto consumindo parcela significativa dos lucros dos produtores pois os preccedilos fornecidos

pelos compradores embutem seus custos operacionais e principalmente os riscos de queda dos preccedilos no

mercado internacional (AGRIANUAL 2000)

Para Souza (1995) os pequenos produtores se dariam melhor se utilizassem agraves cooperativas porque elas

podem se constituir em um elo entre o produtor rural e as bolsas de mercadorias Ao utilizar essa estrateacutegia a

cooperativa atraveacutes de seu quadro de funcionaacuterios especializados natildeo soacute permitiria o acesso do pequeno

produtor ao financiamento do ajuste diaacuterio como tambeacutem administraria cotaccedilotildees e preccedilos dos produtos nos

mercados

Azevedo (1997 p51) ressalta que o ato de comprar e vender natildeo eacute uma tarefa trivial A adoccedilatildeo de um

mecanismo de comercializaccedilatildeo inapropriado fatalmente implica em riscos com prejuiacutezos para o produtor

mesmo ele sendo competitivo em termos de eficiecircncia produtiva A competitividade depende profundamente

de sua eficiecircncia na comercializaccedilatildeo de seus produtos A escolha do mecanismo de comercializaccedilatildeo

portanto natildeo eacute aleatoacuteria

Para Coble e Barnett (1999) a bolsa de mercadorias em especial oferece aos produtores vaacuterios

instrumentos de gerenciamento de riscos O grande problema estaacute na falta de informaccedilotildees do produtor que

praticamente desconhece esse ferramental Espera-se que consultores cooperativas e profissionais com

experiecircncia e conhecimento desses instrumentos possam orientar os produtores oferecendo cursos

relacircmpago

Para Marques (2001) as estrateacutegias de gerenciamento de riscos de preccedilos compreendem a escolha de uma

alternativa de comercializaccedilatildeo ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias delas Os produtores devem fazer uso dessas

ferramentas para se protegerem do risco de flutuaccedilotildees de preccedilo que ocorre com os produtos agriacutecolas entre o

periacuteodo de plantio e sua venda efetiva na eacutepoca da colheita

Segundo Tsunechiro (1983) a administraccedilatildeo do problema dos riscos na comercializaccedilatildeo dos produtos

agriacutecolas surgiu no seacuteculo XIX O crescimento da industrializaccedilatildeo originou maior necessidade de capital e

56

creacutedito e tambeacutem os riscos crescentes do preccedilo devido basicamente ao aumento da competiccedilatildeo entre os

produtores e os agentes de comercializaccedilatildeo A necessidade de volumes de capital de giro foi realizada pelos

sistemas bancaacuterios nacionais e internacionais e a necessidade de grandes volumes de capitais destinados ao

novo tipo de produccedilatildeo foi atendida pelas bolsas de valores Para que os riscos de preccedilos fossem transferidos

algueacutem deveria estar disposto a assumiacute-los surgem entatildeo as bolsas de futuros com este propoacutesito e

juntamente com ela o especulador

Hull (2000) Williams (1999) e Alexander (2002) afirmam que os especuladores satildeo fundamentais nas

operaccedilotildees em mercado futuro porque eles na tentativa de ganho faacutecil assumem os riscos que os produtores

e compradores tentam evitar dando ao mercado a liquidez necessaacuteria agrave viabilizaccedilatildeo dos negoacutecios

Os mercados de futuro abrem a possibilidade de estabilizaccedilatildeo e

menores riscos permitindo melhor planejamento reduccedilatildeo de custos nas

transaccedilotildees com maiores ganhos nas safras colhidas De acordo com Marques

(2000 p215) e Teixeira (2002) os mercados futuros de commodities agropecuaacuterios

satildeo uma forma de propiciar um certo ldquosegurordquo em meio a tantos riscos para o

produtor rural para a induacutestria agro-processadora e para todos aqueles que deteacutem o

produto ou contratos sobre o mesmo possibilitando uma ldquogarantiardquo quanto agrave queda

ou agrave elevaccedilatildeo do preccedilo Os mercados futuro satildeo uma forma eficaz de eliminaccedilatildeo

de um dos principais riscos da atividade agropecuaacuteria que eacute a incerteza de preccedilos

em um tempo futuro quando se daraacute a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

Segundo Schouchana (1997 p9) para o vendedor a operaccedilatildeo no

mercado futuro agropecuaacuterio atende agrave necessidade de fixar um preccedilo de venda de

sua mercadoria antecipadamente chamado travamento de preccedilo ou hedge para

se proteger do risco da queda de preccedilo e garantir uma margem de rentabilidade Previdelli (1999 p63) pondera que na operaccedilatildeo com hedge o indiviacuteduo seja comprador ou vendedor fixa

hoje o preccedilo a ser pago pelo produto em uma data futura Para o comprador o objetivo eacute fixar um preccedilo

maacuteximo a ser pago pelo produto que pretende obter enquanto que para o vendedor o objetivo eacute garantir um

preccedilo miacutenimo para a sua produccedilatildeo

Working (1962) define hedge como o uso de contratos como um substituto temporaacuterio de uma transaccedilatildeo

posterior no mercado agrave vista Assim a hedge pode envolver uma posiccedilatildeo vendida no mercado futuro contra

uma posiccedilatildeo comprada no mercado fiacutesico ou uma posiccedilatildeo comprada no mercado futuro contra um

57

compromisso de venda no mercado agrave vista ou ainda contra uma alta de preccedilos de mercadorias a serem

consumidas no futuro

Segundo Marques (2000 p212) um contrato futuro eacute uma obrigaccedilatildeo legalmente exigiacutevel de entregar ou

receber uma determinada quantidade de mercadoria de qualidade preacute-estabelecida pelo preccedilo ajustado no

pregatildeo

De acordo com Marques e Mello (1999) a principal funccedilatildeo dos mercados futuros eacute garantir que todos aqueles

que mantecircm interesse na compra ou venda de uma determinada mercadoria fiacutesica se protejam de eventuais

oscilaccedilotildees desfavoraacuteveis de preccedilos que possam ocorrer no futuro assegurando assim uma determinada

rentabilidade Saliente-se entretanto que em uma operaccedilatildeo em mercados futuros natildeo se recebe ou se paga

nenhum valor adiantadamente a natildeo ser os ajustes diaacuterios que satildeo uma fraccedilatildeo muito pequena com relaccedilatildeo ao

valor do contrato O ajuste diaacuterio eacute a diferenccedila diaacuteria constatada nas oscilaccedilotildees do mercado para cima ou para

baixo que a parte vendedora recebe da parte compradora quando o preccedilo cai e vice-versa conforme se

verifica nas tabelas 01 e 02

Ressalte-se que tanto vendedor como comprador aleacutem de natildeo se conhecerem poderatildeo sair do negoacutecio a

qualquer momento bastando para isso fechar os contratos fazendo a operaccedilatildeo contraacuteria desde que tenha no

mercado agentes interessados em comprar ou vender

TABELA 01ndash Exemplo de hedge e ajuste diaacuterio para o vendedor de cafeacute (hipoacutetese da venda de 5 contratos = 500 sacas)

DIA PRECcedilO DO

FECHAMENTO

BOLSA PSACA

AJUSTE

DIAacuteRIO

POSICcedilAtildeO DO VENDEDOR (PRODUTOR NO CASO)

1110 R$ 10000 R$000 O PRODUTOR NESTE DIA NAtildeDA PAGA E NAtildeDA

RECEBE

1210 R$ 9900 -R$100 O PRODUTOR RECEBE R$50000 PORQUE O PRECcedilO

NO MERCADO CAIU R$100 (R$100 X 500 SACAS)

1310 R$ 9700 -R$200 O PRODUTOR RECEBE R$100000 PORQUE O

PRECcedilO NO MERCADO CAIU R$200 (R$200 X 500

SACAS)

Fonte autor

58

TABELA 02ndash Exemplo de hedge e ajuste diaacuterio para o comprador de cafeacute (hipoacutetese da compra de 5 contratos = 500 sacas)

DIA PRECcedilO DO

FECHAMENTO

BOLSA PSACA

AJUSTE

DIAacuteRIO

POSICcedilAtildeO DO COMPRADOR (INDUSTRIAL OU

EXPORTADOR NO CASO)

1110 R$ 10000 R$000 O COMPRADOR NESTE DIA NAtildeDA PAGA E NAtildeDA

RECEBE

1210 R$ 9900 +R$100 O COMPRADOR PAGA R$50000 PORQUE O PRECcedilO NO

MERCADO CAIU R$100 (R$100 X 500 SACAS)

1310 R$ 9700 +R$200 O COMPRADOR PAGA R$100000 PORQUE O PRECcedilO

NO MERCADO CAIU R$200 (R$200 X 500 SACAS)

Fonte autor

71 A AGRICULTURA E OS ENTRAVES ECONOcircMICOS NA COMERCIALIZACcedilAtildeO

Para se ter uma ideacuteia melhor das mudanccedilas ora em curso haacute que se

fazer um diagnoacutestico da evoluccedilatildeo recente e as tendecircncias futuras do mercado

internacional de produtos agriacutecolas Segundo Dias e Barros (1998) a agricultura

brasileira tem se mostrado bastante dinacircmica frente agrave concorrecircncia internacional

ainda mais quando se leva em conta que o setor estaacute crescendo a despeito dos

subsiacutedios impliacutecitos nos preccedilos internacionais sobre os subsiacutedios e barreiras

protecionistas dos paiacuteses ricos que prejudicam a nossa agricultura

Brum (2003) relata que a agropecuaacuteria europeacuteia desde 1957

sempre foi protegida e subsidiada pelo Estado que em alguns casos chegou a

pagar o triplo do preccedilo do produto interno em relaccedilatildeo ao concorrente externo para

59

evitar a entrada dos produtos concorrentes promovendo o protecionismo tarifaacuterio

No dicionaacuterio ldquoAureacuteliordquo o sentido de subsiacutedio governamental estaacute no ato do Estado

adquirir a produccedilatildeo do agricultor por um preccedilo entendido pelo agricultor como

conveniente que natildeo se obriga a buscar novas alternativas de comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo

Nas palavras de Legrain (2002 p47) os paiacuteses ricos gastam perto

de 1 bilhatildeo de doacutelar por dia com subsiacutedios agriacutecolas A liberalizaccedilatildeo do comeacutercio dos

produtos agropecuaacuterios aliviaria o fardo dos consumidores dos paiacuteses ricos e

permitiria um grande passo aos agricultores dos paiacuteses pobres que vivem em

extrema dificuldade por causa desse protecionismo

As barreiras do mundo rico agrave importaccedilatildeo de alimentos impedem os

paiacuteses emergentes de sair da pobreza A esperanccedila dos menos favorecidos nesse

processo eacute que a Europa o Japatildeo e os EUA reduzam suas aliacutequotas de importaccedilatildeo

e subsiacutedios A Europa concede atualmente aos seus agricultores cerca de 93 bilhotildees

de doacutelares ao ano a tiacutetulo de ajuda financeira conforme demonstra o Graacutefico 16 Os

EUA cogitam em eliminar os subsiacutedios de exportaccedilatildeo concedidos aos seus produtos

agriacutecolas e tambeacutem em reduzir as aliacutequotas e subsiacutedios para os agricultores de todo

o mundo Soacute natildeo se sabe como os poliacuteticos americanos faratildeo para enfrentar a ira

dos fazendeiros (AS SEMENTES 2002)

6959

3521

0 20 40 60 80

1

Estados UnidosUniatildeo EuropeacuteiaJapatildeoSuiccedila

60

Graacutefico 16- Valor dos subsiacutedios pagos pelos governos aos produtores rurais da receita agriacutecola bruta em porcentagem (em bilhotildees de US$)

Fonte OCDE- Organizaccedilatildeo Cooperativas Desenvolvimento econocircmico

Uma das principais vantagens da globalizaccedilatildeo eacute o livre comeacutercio de

mercadorias o livre fluxo de recursos financeiros e o aumento do fluxo de

informaccedilotildees O livre comeacutercio de mercadorias deve ser visto como algo positivo pois

favorece a especializaccedilatildeo competitiva segundo vantagens comparativas

incentivando a eficiecircncia do produtor e a satisfaccedilatildeo do consumidor Eacute preciso

lembrar poreacutem que livre comeacutercio significa comeacutercio livre ou seja natildeo se pode

falar em comeacutercio livre quando se usam subsiacutedios e barreiras agrave importaccedilatildeo com

quotas leis unilaterais antidumping ou outros tipos de restriccedilotildees (LACOMBE

HEILBORN 2003)

Se as medidas de proteccedilatildeo fossem eliminadas por todos os paiacuteses

todos seriam beneficiados em maior ou menor escala conforme pode-se verificar no

graacutefico 17 A liberalizaccedilatildeo mundial do comeacutercio resultaria em cerca de 128 bilhotildees

de doacutelares de ganhos imediatos e muito mais que isso no futuro conforme detectou

pesquisa realizada pelo FMI ndash Fundo Monetaacuterio Internacional (OS NUgraveMEROS

2002 p50)

61

002040608

11214

AUSTRALIANZELANDIA

BRASIL

DEMAIS PAISES AMLATINA

CHINASUDESTE ASIATICO

LESTE ASIA

EUA

02 = 20 06 = 60 12 = 120

Graacutefico 17ndash Aumento de ganhos que teratildeo os paiacuteses na eliminaccedilatildeo dos subsiacutedios agriacutecolas e barreiras tarifaacuterias no mundo (aumento no PIB em porcentagem)

Fonte Fundo Monetaacuterio Internacional

Justifica-se assim um estudo acerca das alternativas potenciais

que permitam elevar a capacidade competitiva interna e a busca de uma opccedilatildeo para

melhorar e garantir um preccedilo de venda dos produtos agropecuaacuterios para amenizar

a situaccedilatildeo econocircmica dos perdedores no processo ou seja dos produtores rurais

brasileiros Timmer (1992) entende que uma das funccedilotildees da agricultura no processo

de desenvolvimento eacute a de ldquoreduzir a pobreza no meio ruralrdquo Na maioria dos paiacuteses

o nuacutemero de pessoas pobres eacute muito maior no campo que no meio urbano No

entanto como elas se encontram dispersas em imensas aacutereas o problema natildeo fica

tatildeo evidente como nas favelas da periferia das grandes cidades

Dias e Barros (1998) ressaltam que a agricultura brasileira vem

passando por um processo intenso de internacionalizaccedilatildeo O setor encontra-se

quase que completamente atrelado agraves condiccedilotildees do mercado internacional Os

preccedilos operados internamente satildeo determinados externamente Segundo Caixeta

(2002) com a abertura da Economia nos anos 90 o setor que mais obteve sucesso

62

com contas externas foi o agronegoacutecio fechando o ano de 2001 com saldo positivo

de 19 bilhotildees de doacutelares entre importaccedilotildees e exportaccedilotildees tornando-se a principal

forccedila do governo para equilibrar as contas externas do Brasil

A adaptaccedilatildeo agraves condiccedilotildees externas em um ambiente de ausecircncia

quase total de mecanismos internos de defesa da renda agriacutecola como faz o

governo dos EUA Uniatildeo Europeacuteia Japatildeo e outros com subsiacutedio aos produtores

rurais reforccedila a necessidade do Brasil reestruturar o seu mercado domeacutestico

Tambeacutem os processos de abertura e integraccedilatildeo regional no Mercosul acabaram por

forccedilar um aumento na competiccedilatildeo entre regiotildees produtoras e entre agentes de

comercializaccedilatildeo e financiamento (DIAS BARROS 1998)

O produtor rural deve estar sempre atento aos acontecimentos que

ocorrem no mundo porque a demanda e a oferta por produtos agropecuaacuterios e as

demais condiccedilotildees do mercado estatildeo constantemente mudando e por

consequumlecircncia afetando os seus lucros Assim pode-se afirmar que uma forte

geada na Floacuterida afeta negativamente a produccedilatildeo de laranja nos Estados Unidos o

preccedilo e por consequumlecircncia afeta para melhor o preccedilo da laranja do Brasil

(MARQUES MELLO 1999)

O mercado agropecuaacuterio convive constantemente com as variaccedilotildees

de preccedilos dos produtos e quase sempre o produtor recebe pouco e o consumidor

pago caro pelo produto ficando a grande fatia do lucro nas matildeos dos

intermediaacuterios Para Souza (1995) os intermediaacuterios mais conhecidos como

especuladores no sentido econocircmico eacute todo elemento que tenta prever as

mudanccedilas dos preccedilos dos produtos no mercado e se antecipa para realizar lucros

com a venda ou a compra desses commodities

Segundo Forbes (1991) a principal preocupaccedilatildeo do especulador eacute

aumentar o seu capital ele tanto pode comprar como vender no mesmo dia quanto

especular com um empreendimento desde que natildeo tenha longa duraccedilatildeo

Ferreira e Horita (1996) ressaltam que apesar da conotaccedilatildeo

negativa da palavra em portuguecircs (pelo Aureacutelio especulador pode ser aquele que

age de maacute feacute) a origem do termo estaacute no latim speculare espelhar refletir O

especulador compra ou vende um determinado ativo com o uacutenico objetivo de fazer

lucro

Para Bacchi (1998) o especulador no mercado futuro eacute um agente

que tem como objetivo beneficiar-se das variaccedilotildees favoraacuteveis dos preccedilos nesse

63

mercado Natildeo tem qualquer interesse na mercadoria objeto do contrato mas toma

para si os riscos e garante a liquidez dos contratos

Na cadeia de comercializaccedilatildeo Marques e Mello (1999) enfatizam

que o aspecto mais importante do sistema de livre mercado eacute a orientaccedilatildeo para

atender aos desejos dos consumidores - o consumidor eacute quem manda - se por

exemplo os consumidores quiserem mais camaratildeo do que existe no mercado

aquele que estiverem dispostos a alocar recursos para consumir daqueles produtos

poderatildeo usufruir dele Consequumlentemente os donos dos restaurantes e os

atacadistas elevaratildeo os preccedilos isso encorajaraacute os navios pesqueiros a dedicarem

mais horas na pesca do produto Se a situaccedilatildeo persistir por mais tempo e na

ausecircncia de impedimentos pescadores que se dedicam a outras atividades se

deslocaratildeo para a pesca de camaratildeo aumentando a oferta e fazendo com que o

preccedilo caia

64

8 O MERCADO FUTURO AGROPECUAacuteRIO NO BRASIL

Segundo Marques e Mello (1999) As bolsas de gratildeos surgiram no iniacutecio do seacuteculo XIX nos Estados

Unidos como locais para transaccedilotildees agrave vista normalmente em lotes de um vagatildeo de trem ou de um barco Foi durante

mais de 70 anos auto-regulado pelas proacuteprias bolsas Somente nas deacutecadas de 1920 e 1930 iniciou-se a

regulamentaccedilatildeo governamental com a criaccedilatildeo de oacutergatildeos objetivando disciplinar e fiscalizar o mercado Existem atualmente dois oacutergatildeos regulatoacuterios a SEC (Securities Exchange Commission) e a CFTC (Commodities Futures

Trading Commission) Embora com suas esferas proacuteprias de atuaccedilatildeo com o primeiro lidando com valores

mobiliaacuterios e o segundo com mercados futuros esses oacutergatildeos tendem a ter conflitos de jurisdiccedilatildeo acerca de

mercados ou operaccedilotildees especiacuteficas como por exemplo no mercado futuro do iacutendice de accedilotildees

No Brasil a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMampF) nasceu em 1991 com a fusatildeo da Bolsa de

Mercadorias amp Futuros fundada em 1986 e da Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo fundada em 1917

(SCHOUCHANA 1997) De acordo com Marques e Mello (1999) na Bolsa

de Mercadorias prepondera de modo geral a auto-regulaccedilatildeo das bolsas de futuros A Comissatildeo de Valores

Mobiliaacuterios (CVM) tem jurisdiccedilatildeo sobre os mercados futuros e de opccedilotildees em que o ativo subjacente seja um

valor mobiliaacuterio enquanto que o Banco Central do Brasil tem jurisdiccedilatildeo sobre os demais mercados derivativos

Vigora pois o sistema misto em que as bolsas exercem o acompanhamento dos negoacutecios sob sua jurisdiccedilatildeo e os oacutergatildeos reguladores se encarregam de supervisionar o

sistema como um todo e requisitar informaccedilotildees que julgarem necessaacuterias Nesse modelo de regulaccedilatildeo mista o oacutergatildeo regulador atua como supervisor das normas criadas pelas entidades auto-reguladoras da proacutepria atuaccedilatildeo das

bolsas e do mercado como um todo

65

O Futures Industry Institute (1998 p15) explica que a bolsa de futuros eacute uma associaccedilatildeo de membros que tem como objetivo principal fornecer os meios necessaacuterios agrave compra venda ou comercializaccedilatildeo de commodities sob

normas que protejam os interesses dos envolvidos A bolsa em si natildeo deteacutem nenhuma mercadoria ela apenas proporciona as facilidades necessaacuterias agrave conduccedilatildeo de

leilotildees puacuteblicos A responsabilidade baacutesica de uma bolsa eacute garantir a existecircncia de mercados competitivos livres de

manipulaccedilatildeo de preccedilos A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMampF) eacute

uma associaccedilatildeo sem finalidade lucrativa organizada para proporcionar a seus corretores os recursos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo de negoacutecios e para atender agrave necessidade de

proteccedilatildeo contra a oscilaccedilatildeo dos preccedilos (SCHOUCHANA 2000 p18)

Bastiani (1999 p138) acrescenta que a estrutura organizacional e operacional da BMampF eacute simples A Administraccedilatildeo eacute dividida em trecircs instacircncias principais a

Assembleacuteia Geral como oacutergatildeo deliberativo maacuteximo da Bolsa o Conselho de Administraccedilatildeo e a Superintendecircncia Geral ambos responsaacuteveis pela gestatildeo dos negoacutecios da

BMampF Sua estrutura operacional eacute constituiacuteda pelos Membros de Compensaccedilatildeo Corretora de Mercadorias

Operador Especial e clientes Schouchana (2000) ressalta que mesmo sendo

uma instituiccedilatildeo privada a bolsa tem funccedilatildeo puacuteblica e social ou seja eacute uma entidade que deve permitir o acesso de qualquer pessoa ao mercado em condiccedilotildees equacircnimes

Por ter essa funccedilatildeo a Bolsa deve ser uma espeacutecie de guardiatilde do mercado garantindo o livre acesso dos agentes econocircmicos a seus mercados proibindo a manipulaccedilatildeo de

preccedilos assegurando a transparecircncia sem privileacutegios de pessoas ou grupos desenhando contratos neutros em

relaccedilatildeo aos diversos segmentos da cadeia produtiva sem favorecer grupos em detrimento de outros segmentos ajudando os oacutergatildeos governamentais na preservaccedilatildeo do

aspecto puacuteblico e social dos mercados Essa funccedilatildeo

66

requer comportamento eacutetico e moral de seus dirigentes para manter a credibilidade e confianccedila Tambeacutem eacute funccedilatildeo

da bolsa de futuros a) Controlar e supervisionar as sessotildees diaacuterias

de negociaccedilatildeo (pregotildees) b) Divulgar as cotaccedilotildees diaacuterias e estatiacutesticas

relativas aos contratos em negociaccedilatildeo c) Realizar e garantir os procedimentos de

liquidaccedilatildeo financeira e por entrega da mercadoria

d) Desenvolver normas procedimentos de operaccedilotildees regulamentos e controles de negociaccedilotildees para seus membros e fiscalizar sua aplicaccedilatildeo

e) Desenvolver contratos que atendam as funccedilotildees econocircmicas dos mercados futuros

f) Promover os mercados futuros por meio de cursos treinamento e divulgaccedilatildeo desses mercados

g) Zelar pela auto-regulamentaccedilatildeo e pelo relacionamento com os governos com os quais tem interface

h) Providenciar classificaccedilatildeo de produtos negociados pela bolsa dentro de padrotildees aceitos pelo mercado quando os contratos assim o exigirem

67

i) Providenciar arbitragens para dirimir duacutevidas ou alegaccedilotildees quanto agrave qualidade do produto A BMampF possui juiacutezo arbitral no qual satildeo resolvidas questotildees de litiacutegio entre as partes de maneira mais raacutepida e com aacuterbitros que conhecem as especificidades desse mercado A Bolsa deve assegurar as condiccedilotildees de competitividade eliminando qualquer tentativa de manipulaccedilatildeo nos mercados por ela organizados De acordo com Bacchi (1998) na BMampF satildeo

negociados contratos futuros de cafeacute araacutebico boi gordo algodatildeo soja accediluacutecar e milho Existem ainda contratos de

opccedilotildees sobre o futuro de cafeacute boi gordo soja e milho Opccedilotildees sobre futuro de accediluacutecar e algodatildeo poderatildeo ser

lanccediladas pela Bolsa desde que haja liquidez nos contratos futuros Para que uma mercadoria seja negociada em bolsa

de futuro alguns requisitos satildeo necessaacuterios a) O produto deve ser homogecircneo e suscetiacutevel

de padronizaccedilatildeo e classificaccedilatildeo caracterizando-se como um commodity para que possa ser comum a qualquer comprador e vendedor

b) Deve haver grande oferta e demanda do produto com grande nuacutemero de vendedores e compradores do produto de forma competitiva em busca da concorrecircncia perfeita

68

c) O mercado deve ser livre sem o constrangimento por parte do governo ou de monopoacutelio buscando a caracteriacutestica do livre comeacutercio

d) Deve haver diversos tomadores de risco daiacute a importacircncia do especulador de forma a permitir que o custo desse risco se dilua entre eles

e) O produto natildeo pode ser muito pereciacutevel caracterizando a perenidade pois o mercado futuro natildeo teria liquidez

f) As regras do mercado devem ser estaacuteveis e natildeo podem mudar durante a vigecircncia do contrato buscando a estabilidade atraveacutes da credibilidade pois as condiccedilotildees pelas quais os preccedilos foram contratados natildeo devem mudar ateacute o final do contrato sob o risco de trazer prejuiacutezo para uma ou ambas as partes

Embora os contratos futuros estabeleccedilam a

liquidaccedilatildeo por entrega da mercadoria Marques (1997) pondera que se registram poucas entregas algo em torno

de 2 do volume negociado Natildeo haacute necessidade da entrega no mercado futuro porque no vencimento do

contrato o preccedilo agrave vista e a futuro satildeo iguais em funccedilatildeo dos ajustes diaacuterios Se eventualmente houver diferenccedila de preccedilo entre os dois mercados os agentes econocircmicos

arbitraratildeo os preccedilos ateacute que se igualem Adicionalmente o mercado fiacutesico jaacute tem seus proacuteprios canais de entrega e os

69

agentes normalmente tecircm contratos de suprimento com clientes haacute muito tempo

Para Schouchana (2000) os agentes do mercado agropecuaacuterios basicamente produtores rurais industriais ou exportadores do commodities necessitam do mercado futuro e de opccedilotildees por uma seacuterie de razotildees

econocircmicas dentre elas a)Para saber com antecedecircncia se o produto

teraacute preccedilo que garanta a rentabilidade do empreendimento na ocasiatildeo de sua venda Ao vender sua produccedilatildeo o produtor corre o risco de o preccedilo natildeo ser suficiente para cobrir seus custos e sua margem de rentabilidade Nesse sentido a fixaccedilatildeo do preccedilo antes do plantio

mediante hedge em bolsa ou seja o travamento do preccedilo de venda desejado para entrega futura permite ao agricultor definir o

lucro da sua produccedilatildeo antes da colheita b) Os exportadores fecham negoacutecios para entrega em meses futuros e natildeo precisam comprar as mercadorias com antecedecircncia armazenaacute-las e depois embarcaacute-las Para natildeo correr risco da oscilaccedilatildeo dos preccedilos compram a futuro para garantir sua margem de rentabilidade Os mercados futuros e de opccedilotildees substituem temporariamente a necessidade de carregar um produto muitas vezes a um custo mais baixo

c) Os compradores querem fixar preccedilos de insumos para garantir o lucro por isso fazem

70

o hedge com antecedecircncia sem correr riscos indesejaacuteveis

d) Os produtores usam os contratos futuros e de opccedilotildees para garantia de empreacutestimo junto aos bancos Estes por sua vez ao verificarem que o cliente oferece baixo risco podem dar-lhe creacutedito a um custo inferior ao que dariam sem a cobertura o hedge

e) Existem distorccedilotildees de negoacutecios em que arbitradores tecircm papel importante Quando satildeo identificadas eles compram em um mercado e vendem em outro ateacute que os dois lados se equilibrem Essas distorccedilotildees podem ocorrer entre os preccedilos agrave vista e a futuro entre dois vencimentos futuros ou entre duas praccedilas diferentes Na visatildeo de Ross (1995 p518) existem os

hedges de venda e os hedges de compra Uma pessoa ou empresa que vende um contrato futuro para reduzir riscos estaacute fazendo um hedge de venda os hedges de venda satildeo geralmente apropriados para os que detecircm estoques Uma pessoa ou empresa que compra um contrato futuro para

reduzir riscos estaacute fazendo um hedge de compra os hedges de compra satildeo tipicamente utilizados por

empresas que assinam contrato de entrega de produtos acabados a um preccedilo preacute-fixado

Segundo Schouchana (2000 p9-10) nos negoacutecios efetuados a futuro compradores e vendedores

de determinados ativos ou produtos fixam preccedilos de vencimento para data futura O comprador a futuro fixa

71

preccedilo de compra de seu produto antecipadamente visando a assegurar custo compatiacutevel com margem de

rentabilidade para proteger-se contra o risco de alto no preccedilo desse insumo O vendedor fixa preccedilo de venda de sua mercadoria antecipadamente para se proteger do

risco de queda no preccedilo e garantir margem de rentabilidade

Os mercados futuros e de opccedilotildees devem ser entendidos portanto

como poderosa ferramenta na gestatildeo de risco de preccedilos das mercadorias De

maneira integrada ao mercado fiacutesico fazem parte de um processo que engloba

produccedilatildeo processamento comercializaccedilatildeo consumo e financiamento

Perobelli (2001) relata que eacute importante ter um amplo mercado

fiacutesico impedindo ou dificultando um agente de estabelecer um domiacutenio do mercado

caso a oferta do commodity seja grande Tambeacutem um mercado amplo atrai um

maior nuacutemero de hedgers que proporciona maior liquidez no mercado e um largo

mercado agrave vista iraacute promover um contiacutenuo e disciplinado encontro das forccedilas da

oferta e procura

A bolsa de futuros desempenha o papel de elo entre a oferta e a

demanda de forma a expressar e sinalizar por meios dos preccedilos as forccedilas do

mercado Aleacutem disso eacute o local onde os preccedilos se manifestam por intermeacutedios de

corretores que fecham negoacutecios em nome de seus clientes

Marques e Mello (1999) acrescentam que o que se negocia na bolsa

de futuros satildeo contratos que representam promessa de compra ou de venda de

mercadoria para a data de vencimento previamente estabelecida conforme as

claacuteusulas e especificaccedilotildees elaboradas pela bolsa e aprovadas pelo Banco Central

do Brasil como as especificaccedilotildees de qualidade dos produtos negociados a

cotaccedilatildeo a variaccedilatildeo miacutenima de apregoaccedilatildeo a oscilaccedilatildeo maacutexima diaacuteria a unidade de

negociaccedilatildeo os meses de vencimento a data do vencimento o local de formaccedilatildeo do

preccedilo e de entrega da mercadoria o periacuteodo e os procedimentos de entrega e

retirada da mercadoria a liquidaccedilatildeo financeira o arbitramento os ativos aceitos

como margem de garantia e os custos operacionais

Os contratos futuros satildeo padronizados de modo que no pregatildeo

sejam negociados o preccedilo e a quantidade de contratos uma vez que todos se

72

referem ao mesmo produto mesmo local de entrega e mesma quantidade por

contrato

Na BMampF a cotaccedilatildeo do cafeacute araacutebica segundo Schouchana (2000

p12) eacute negociada em doacutelares americanos por saca Embora a cotaccedilatildeo seja nessa

moedaa liquidaccedilatildeo financeira ocorre em reais utilizando a taxa de cacircmbio praticada

no mercado O contrato futuro de cafeacute da BMampF permite negociaccedilotildees para marccedilo

maio julho setembro e dezembro esses meses de vencimento satildeo os mesmos do

contrato futuro de cafeacute em Nova Iorque Tal mecanismo permite arbitragens que

satildeo operaccedilotildees envolvendo a compra do cafeacute em uma bolsa de um paiacutes e a venda

em bolsa de outro aproveitando-se da distorccedilatildeo de preccedilos entre duas praccedilas O

vencimento do contrato futuro ocorre no sexto dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia do mecircs

de vencimento

Os vencimentos dos contratos futuros satildeo definidos em funccedilatildeo dos

principais meses de safra e entressafra do produto Normalmente natildeo satildeo

estabelecidos todos os meses do ano para que haja concentraccedilatildeo de liquidez e

tempo para programar as entregas Um cliente que compra um nuacutemero de contratos

em determinado dia soacute liquidaraacute sua posiccedilatildeo no momento em que vender esse

mesmo nuacutemero de contratos ou vice-versa se vender contratos sua posiccedilatildeo se

encerra mediante a compra do mesmo nuacutemero de contratos Isso pode ser feito em

um dia apenas ou ateacute o vencimento quando o cliente pode encerrar sua posiccedilatildeo

com uma operaccedilatildeo contraacuteria (liquidaccedilatildeo financeira) ou por entrega e recebimento da

mercadoria Cada contrato corresponde a 100 (cem) sacas

De acordo com Schouchana (2000 p15) o preccedilo de abertura eacute o

primeiro negoacutecio fechado em pregatildeo O miacutenimo e maacuteximo satildeo divulgados para que

o mercado conheccedila a oscilaccedilatildeo do preccedilo naquele dia Eacute preciso saber se o preccedilo de

fechamento ou de ajuste estaacute mais proacuteximo do preccedilo maacuteximo ou do miacutenimo pois

isso pode indicar tendecircncia de alta ou de baixa no dia seguinte O preccedilo de ajuste

por exemplo de US$9810 por saca em 11 de outubro eacute o do uacuteltimo negoacutecio

registrado durante o call de fechamento ndash que ocorre nos uacuteltimos 15 minutos de

pregatildeo do dia ndash ou a melhor oferta Se natildeo houver negociaccedilatildeo no call de

fechamento o preccedilo de ajuste seraacute o do uacuteltimo negoacutecio do dia Se natildeo houver

negociaccedilatildeo durante o dia o preccedilo de ajuste seraacute a uacuteltima oferta de compra E se

natildeo houver negociaccedilatildeo nem oferta de compra ou de venda durante o dia e

73

existirem contratos em aberto o preccedilo de ajuste eacute o do uacuteltimo dia em que houve

negociaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo aos ajustes diaacuterios Schouchana entende que esse

mecanismo eacute muito importante pois eacute com base nele que se ajustam todas as

posiccedilotildees no mercado Assim se o preccedilo de ajuste do cafeacute para marccedilo eacute de

US$10500 a saca por exemplo no dia 11 de outubro e no dia seguinte 12 de

outubro o preccedilo vai para US$ 10400 os compradores pagam US$ 100 por saca

ou seja US$ 10000 por contrato Os vendedores recebem esse mesmo valor

porque sempre que o preccedilo oscilar ocorreraacute esse processo Esse mecanismo

existe para que diariamente se ajuste o preccedilo ndash e natildeo no vencimento quando

grandes diferenccedilas podem acarretar inadimplecircncias Aleacutem disso permite que os

participantes entrem ou saiam do mercado a qualquer momento O preccedilo de ajuste

de US$ 10500 por saca no dia 111099 eacute o preccedilo que o mercado estaacute praticando

para entrega em 23032000 por exemplo

Para Ross (1995 p502) o fato dos preccedilos dos contratos futuros

serem ajustados diariamente o que faz com que os preccedilos - tanto no mercado

futuro como no mercado fiacutesico no final do contrato sejam iguais - torna as operaccedilotildees

no mercado futuro menos atraentes porque as partes envolvidas na negociaccedilatildeo satildeo

obrigadas a manter sempre uma liquidez adicional para suportar um desembolso

repentino antes do vencimento do contrato embora seja um dispositivo importante

para minimizar a probabilidade de inadimplecircncia no final do contrato

As operaccedilotildees em bolsa satildeo feitas no pregatildeo pelo sistema de viva

voz ou por terminais de computadores As ordens de compra ou de venda satildeo

passadas aos corretores nas mesas de operaccedilatildeo e estes transmitem as ordens aos

operadores de pregatildeo A bolsa estipula um horaacuterio de pregatildeo para cada mercadoria

e as regras do contrato definem todos os procedimentos de negociaccedilatildeo Os preccedilos

a futuro negociados na bolsa ajudam o produtor o torrefador e o exportador a

decidirem se vendem ou compram o cafeacute agrave vista ou em data futura Depois de

montada a estrateacutegia de cobertura de risco pelo cliente seu corretor iraacute ao pregatildeo

executar suas ordens de compra ou venda de contratos futuros Apenas o corretor

credenciado pela bolsa pode fazecirc-lo em nome de seu cliente

Pelo serviccedilo do corretor de acordo com Schouchana (2000 p16) eacute

cobrada a taxa de corretagem calculada sobre o valor de fechamento do mercado

do dia anterior ao da operaccedilatildeo e sobre o vencimento mais proacuteximo Essa taxa de

74

030 sobre o valor do contrato incide na compra e na venda dos contratos Outra

taxa cobrada eacute a de emolumentos da bolsa igual a 632 da taxa operacional

baacutesica ou seja sobre os 030 da corretagem

Na ocasiatildeo da compra ou da venda dos contratos a bolsa exige

dos clientes a chamada margem de garantia equivalente a aproximadamente 5

do valor do contrato que pode ser depositada em dinheiro carta de fianccedila tiacutetulos

puacuteblicos ou ativos de alta liquidez No momento da liquidaccedilatildeo dos contratos essa

margem eacute devolvida ao cliente No caso do depoacutesito ser em dinheiro este eacute

remunerado durante o periacuteodo e devolvido ao cliente

As bolsas de futuros possuem os membros de compensaccedilatildeo

(SCHOUCHANA 2000 p20) que satildeo responsaacuteveis pela liquidaccedilatildeo fiacutesica e

financeira dos contratos Os membros de compensaccedilatildeo satildeo a contraparte dos

clientes ou seja os compradores dos que vendem contratos e vendedores

daqueles que compram A cacircmara existe para evitar a inadimplecircncia dos clientes e

do sistema como um todo administrando o risco das posiccedilotildees por intermeacutedio da

exigecircncia das margens de garantia e dos limites de posiccedilotildees em bolsa

As margens de garantia satildeo atribuiacutedas diariamente aos clientes

compradores e vendedores de contratos com base na volatilidade dos preccedilos do

ativo-objeto de negociaccedilatildeo cabe agrave Cacircmara administrar essas garantias A Bolsa

tem exigecircncias quanto ao capital miacutenimo dos membros de compensaccedilatildeo e de seu

limite de alavancagem para que todos os ajustes diaacuterios sejam honrados e os

contratos plenamente liquidados Caso um cliente natildeo possa honrar seus

compromissos ela faz uso das margens de garantia se estas natildeo forem suficientes

o corretor eacute responsaacutevel e deve aportar recursos para cobrir a inadimplecircncia se natildeo

atingir o valor necessaacuterio o membro de compensaccedilatildeo da corretora eacute obrigado a

aportar os recursos

Na BMampF os serviccedilos de cacircmara de compensaccedilatildeo satildeo prestados

por departamento interno que eacute responsaacutevel pelo registro de operaccedilotildees e controle

de posiccedilotildees compensaccedilatildeo de ajustes diaacuterios liquidaccedilatildeo financeira e fiacutesica dos

negoacutecios e administraccedilatildeo das garantias Esses serviccedilos satildeo prestados a membros

de compensaccedilatildeo corretoras de mercadorias operadores especiais e

permissionaacuterias correspondentes Os membros de compensaccedilatildeo satildeo os

garantidores de todos os negoacutecios realizados pelas corretoras operadores

especiais e permissionaacuterias correspondentes perante a Bolsa O credenciamento

75

como membros de compensaccedilatildeo na BMampF eacute concedido apenas agrave corretora de

valores As corretoras de mercadorias satildeo os intermediadores de todas as

operaccedilotildees efetuadas em nome dos clientes pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas

Os operadores especiais satildeo pessoas fiacutesicas ou firmas individuais

autorizadas a atuar diretamente no pregatildeo operando por conta proacutepria ou por uma

corretora de mercadorias As permissionaacuterias correspondentes satildeo corretoras

associadas a bolsas com as quais a BMampF manteacutem convecircnio operacional Elas

podem realizar operaccedilotildees por meio de corretoras associadas agrave Bolsa desde que

devidamente garantidas por um membro de compensaccedilatildeo A corretora da BMampF

apenas efetua a operaccedilatildeo em nome da permissionaacuteria repassando-a a esta que

se torna responsaacutevel por seu cumprimento perante o membro de compensaccedilatildeo

81 O CONTRATO FUTURO DA SOJA

Produtores agropecuaacuterios normalmente deteacutem pouco poder de negociaccedilatildeo vendendo commodities em mercados de pouca concorrecircncia entre os compradores

Em geral os preccedilos satildeo determinados pela empresas compradoras dentro dos limites impostos por outros

concorrentes Negociar lotes maiores altera as condiccedilotildees de mercado porque diminui os custos de transaccedilatildeo para os

compradores e pode resultar em preccedilos maiores para os produtores ou suas cooperativas Marques e Mello (1999 p39) lembram que o

embate de forccedilas do mercado eacute dinacircmico podendo alterar-se de acordo com fatores como a eacutepoca do ano condiccedilotildees de transporte e incidecircncia de impostos No caso particular

do preccedilo da soja no Brasil estudos economeacutetricos mostram que a formaccedilatildeo de seu preccedilo se daacute de fora para

dentro Os preccedilos se formariam em mercados internacionais os produtores seriam bem informados e

passariam a reivindicar internamente preccedilos compatiacuteveis com os praticados nos mercados externos

A observaccedilatildeo de seacuteries de preccedilos oferece uma visatildeo do que aconteceu mas natildeo explica como se daacute esse

76

processo Por meio de entrevistas com representantes dos vaacuterios segmentos da cadeia da soja tentou-se sistematizar

a forma de atuaccedilatildeo das empresas compradoras Assim observou-se que a formaccedilatildeo de preccedilos

da soja em niacutevel mundial comeccedila em Roterdatilde refletindo-se para a Bolsa de Futuros de Chicago De laacute deriva-se agrave demanda pelo produto brasileiro o qual recebe aacutegio ou

desaacutegio e se deduzem os custos de frete seguros e outros chegando ao preccedilo do porto de Paranaguaacute-PR

Desse preccedilo no Porto satildeo deduzidos custos de impostos de transportes de seguros e outros obtendo o preccedilo no local da faacutebrica De laacute deduzem-se novamente os fretes

despesas operacionais e outros custos chegando a formaccedilatildeo da base de preccedilo no local da produccedilatildeo rural que com a concorrecircncia de cada regiatildeo formaraacute o preccedilo final a ser oferecido ao produtor Eacute interessante observar que a

formaccedilatildeo de preccedilos depende dos custos operacionais e da concorrecircncia isto eacute o preccedilo final depende das

necessidades das empresas em obter o produto repor estoques e outras providecircncias (MARQUES MELLO 1999)

Em agostosetembro daacute-se a colheita da soja americana e os preccedilos caem porque se inicia a

concorrecircncia com o mercado externo e os compradores comeccedilam a comprar no mercado americano A partir do momento em que a soja americana entra no mercado

praticamente nada mais eacute exportado e a formaccedilatildeo do preccedilo eacute mais pelo mercado interno quando a induacutestria leva em

consideraccedilatildeo o preccedilo do subproduto oacuteleo e farelo (MARQUES MELLO 1999)

Apesar de a colheita da soja concentrar-se em poucos meses ela eacute consumida o ano inteiro nas

diferentes formas de oacuteleo farelo e outros subprodutos Embora existam diferenccedilas quanto ao teor do oacuteleo

proteiacutena e coloraccedilatildeo compradores locais e internacionais natildeo fazem diferenccedila de preccedilo com relaccedilatildeo agrave qualidade ou

procedecircncia Eacute interessante saber que entre dezembro e

janeiro as faacutebricas costumam parar para manutenccedilatildeo

77

periacuteodo em que cessam praticamente as compras Entretanto como nem todas param exatamente no mesmo

periacuteodo nas mesmas regiotildees ainda haacute alguns poucos negoacutecios Nessas ocasiotildees pode-se encontrar o chamado

preccedilo nominal que eacute o preccedilo que se ldquoouve falar no mercadordquo que ldquoalgueacutem praticourdquo ou que a empresa

venderia ou compraria se houvessem compradores eou vendedores respectivamente Aleacutem disso continuamente as empresas estatildeo monitorando os preccedilos externos e os preccedilos do oacuteleo e do farelo destinados agrave produccedilatildeo interna de raccedilotildees Elas tecircm entatildeo uma ideacuteia de quanto pagariam caso houvesse vendedores o que tambeacutem daacute origem aos

chamados preccedilos ldquonominaisrdquo Segundo Marques e Mello (1999 p41) a maior

parte da produccedilatildeo brasileira de soja estaacute concentrada no estado do Paranaacute seguido pelo Mato Grosso Rio Grande

do Sul Goiaacutes Satildeo Paulo Minas Gerais Bahia Santa Catarina e Maranhatildeo A colheita de soja eacute feita entre os

meses de janeiro a maio sendo 4045 da produccedilatildeo comprada em abril pico da colheita Devido agraves diferenccedilas

climaacuteticas a colheita de soja inicia-se nos estados mais do norte descendo em seguida em direccedilatildeo ao sul do Paiacutes

Praticamente toda a soja eacute comprada pelas induacutestrias de processamento visando ao consumo interno ou

exportaccedilatildeo na forma de gratildeos e farelo Cerca de 60 da soja produzida eacute exportada originaria principalmente do

Paranaacute Rio Grande do Sul e Satildeo Paulo A maior parte das exportaccedilotildees da soja e seus derivados eacute feita pelo porto de

Paranaguaacute-PR De acordo com Schouchana (2000 p31) o

contrato futuro da soja da BMampF deve ter as seguintes caracteriacutesticas

a)o objeto da Negociaccedilatildeo

Soja em gratildeo a granel de tipo exportaccedilatildeo conforme padratildeo Concex (resoluccedilatildeo Concex 169 de 8 de marccedilo de 1989) com ateacute 14 de umidade base de 1 natildeo ultrapassando o

78

maacuteximo de 2 de impurezas maacuteximo de 8 de avariados este com ateacute 5 de ardidos

maacuteximo de 10 de gratildeos verdes e de 30 de gratildeos quebrado

b) cotaccedilatildeo Eacute em doacutelares por saca de 60 quilos liacutequidos

c) unidade de Negociaccedilatildeo 27 toneladas meacutetricas

d) meses de Vencimento Fevereiro marccedilo maio julho setembro e

novembro e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Seacutetimo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento

f) ponto de entrega

Municiacutepio de Ponta Grossa ndash PR g) pagamento e recebimento

Na liquidaccedilatildeo financeira no uacuteltimo dia uacutetil seguinte ao do pregatildeo Na liquidaccedilatildeo por entrega no dia uacutetil subsequumlente agrave data do

aviso da entrega pelo comprador e no dia uacutetil apoacutes o recebimento da mercadoria pelo

vendedor h) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo

1)Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas

financeiramente pelo cliente mediante operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma

quantidade de contratos pelo preccedilo de negociaccedilatildeo

2) Liquidaccedilatildeo por entrega A soja deve ser entregue do primeiro dia uacutetil do mecircs de

vencimento ateacute o oitavo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a

realizaccedilatildeo da entrega o aviso de entrega deveraacute ser emitido pela corretora de

mercadorias e deve ser acompanhado do

79

certificado de classificaccedilatildeo emitido por empresa credenciada pela BMampF da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo

armazeacutem depositaacuterio e pelos documentos que provam a propriedade do produto o

pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer ocircnus sobre a

mercadoria

82 O CONTRATO FUTURO DO MILHO

O contrato futuro de milho jaacute foi negociado na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo mas tambeacutem perdeu a

liquidez Em novembro de 1996 foi iniciado um novo contrato de milho com liquidaccedilatildeo por indicador de preccedilo a

vista O contrato de milho de Chicago de acordo com Schouchana (2000 p33) eacute de milho amarelo n2 O

contrato eacute de 5 mil bushels cotado em centavos de doacutelar por bushel Os vencimentos ocorrem em marccedilo maio

julho setembro e dezembro Para a entrega satildeo exigidos certificados emitidos por armazeacutens credenciados

localizados em Chicago Burns Harbor Toledo StLouis O mercado internacional de milho eacute enorme e

muito dinacircmico Certamente com a abertura comercial ele ditaraacute o preccedilo interno Para Alves (1998) os produtores brasileiros teratildeo primeiro que vencer a competiccedilatildeo no

mercado interno para depois passarem a exportadores Como grande exportador de frangos e suiacutenos o Brasil precisa de milho a preccedilos competitivos com o mercado

externo para sustentar e ampliar as vendas de carnes no exterior Em decorrecircncia das pressotildees das agroinduacutestrias

que tecircm grande porte e poder poliacutetico no mercado as autoridades natildeo protegem os produtores nacionais definindo tarifas que limitem a importaccedilatildeo do milho

O agronegoacutecio do milho oscila em altos e baixos no que se refere a preccedilos e renda dos agentes

envolvidos Uma simples verificaccedilatildeo no mercado constata

80

que ora o setor de produccedilatildeo amarga preccedilos deprimidos ora o setor de criaccedilatildeo depara-se com preccedilos elevados Essa volatilidade eacute explicada segundo Caffagni (2001

p25) pela sistemaacutetica substituiccedilatildeo entre aacutereas de plantio de soja e milho e estaacute relacionada a preccedilos baixos no ciclo produtivo imediatamente anterior O uso restrito do preccedilo

futuro e as caracteriacutesticas do milho com relaccedilatildeo a multiutilidade e agrave adaptabilidade continental de plantio contribuem para toda essa incerteza Historicamente a intervenccedilatildeo governamental procurava abrandar essa

elevada oscilaccedilatildeo poreacutem a eficiecircncia dos programas nem sempre era satisfatoacuteria tanto no que diz respeito agrave garantia

de preccedilos miacutenimos e maacuteximos quanto ao dispecircndio gerado aos cofres do governo No final dos anos de 1990 acompanhou-se a implantaccedilatildeo de novos instrumentos de poliacutetica agriacutecola que utilizavam menos subvenccedilatildeo sem a

formaccedilatildeo de estoques puacuteblicos A reduccedilatildeo da participaccedilatildeo do governo no

creacutedito rural e na comercializaccedilatildeo deixou produtores e criadores com menos alternativas para gerenciar riscos Aleacutem disso destaca-se que as bolsas internacionais natildeo

formam preccedilos para o Brasil e natildeo fornecem hedge eficiente A falta de praacutetica no uso dos preccedilos futuros inibe

negoacutecios a termo de compra antecipada com e sem adiantamento de recursos troca de insumos por produtos e contratos a fixar uma vez que para diminuir seu proacuteprio risco de preccedilo o comprador de milho ou o fornecedor de

insumos procura embutir esse risco nas relaccedilotildees de troca tornando o negoacutecio menos atraente Os excelentes preccedilos praticados pelo mercado

em 2000 levaram os produtores a aumentar a aacuterea plantada de milho gerando uma produccedilatildeo na safra de

20002001 de 41 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea cultivada de 13 milhotildees de hectares fato que pode ser

considerado um recorde histoacuterico O milho eacute o mais importante insumo para o

setor de criaccedilatildeo animal e se destaca tambeacutem na alimentaccedilatildeo humana podendo ser consumido sob as

81

formas de fubaacute farinha oacuteleo amido etc De todo o milho produzido de acordo com Caffagni (2001 p26) 366 satildeo destinados para o setor de aves 235 para o de suiacutenos

76 para o de pecuaacuteria de leite e corte 117 para o setor industrial 42 para o consumo humano e 99 satildeo utilizados pelos proacuteprios produtores rurais em suas

propriedades na alimentaccedilatildeo familiar e de seus animais Eacute tambeacutem responsaacutevel pela sustentaccedilatildeo alimentar do setor de criaccedilatildeo de aves e suiacutenos que produziram 597 milhotildees de toneladas de carne de frango em 2000 das quais 15

destinaram-se agrave exportaccedilatildeo e 24 milhotildees de toneladas de carne suiacutena das quais 92 destinaram-se ao mercado

externo Esse crescimento da demanda de frangos e

suiacutenos eacute explicado pelo aumento na composiccedilatildeo alimentar do brasileiro apoacutes o Plano Real e por novas conquistas de

clientes internacionais ndash sobretudo em decorrecircncia da evoluccedilatildeo da doenccedila da vaca louca na Europa que levou sua populaccedilatildeo a substituir parcialmente a carne bovina nos uacuteltimos anos O consumo per capita (CAFFAGNI

2001 p28) de carne de frango no Brasil eacute alto com 291 kgs per capita ndash no ano de 1999 ficando atraacutes somente

dos Emirados Aacuterabes 324 Araacutebia Saudita 330 e Estados Unidos que consumiram 411 kgs com potencial de elevaccedilatildeo pois responde diretamente ao sucesso de

poliacuteticas de elevaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de renda A estrutura do mercado do milho possui

caracteriacutestica peculiar com relaccedilatildeo agrave concentraccedilatildeo de mercado pois aleacutem da grande quantidade de vendedores conta com elevado nuacutemero de compradores Analisando o

risco dos agentes envolvidos no agronegoacutecio do milho deve-se destacar o seguinte

a) O setor de produccedilatildeo de milho apresenta rigidez do custo de produccedilatildeo e precisa se proteger contra a queda de preccedilos

82

b) Os criadores de aves e suiacutenos que convivem com a rigidez do preccedilo da carne no varejo satildeo impedidos de repassar elevaccedilotildees do preccedilo do milho levando-os agrave procura de proteccedilatildeo contra aumentos no preccedilo do produto

c) Os fornecedores que realizam troca de insumos por mercadorias correm o risco de queda de preccedilo

d) Os exportadores se arriscam diante de elevaccedilatildeo de preccedilo

e) As induacutestrias processadoras de milho tecircm dificuldade de repassar aumentos de preccedilos de mateacuterias-primas para o produto final

Por outro lado por ser o milho uma mercadoria

em grande parte produzida e utilizada no mercado domeacutestico as cotaccedilotildees de bolsas de mercadorias

internacionais podem fornecer hedge satisfatoacuterio Com o potencial de crescimento do mercado interno e externo de

carnes e de exportaccedilatildeo de milho associado agraves caracteriacutesticas de concentraccedilatildeo e risco dos agentes pode-se esperar que o contrato futuro de milho contribua para o desenvolvimento planejado e sustentado do agronegoacutecio

De acordo com Schouchana (2000 p32) o contrato futuro de Milho da BMampF deve ter as seguintes

caracteriacutesticas a)o objeto da Negociaccedilatildeo

Milho em gratildeo a granel de origem brasileira constituiacuteda de produto satildeo seco e

comercializaacutevel de odor e aspectos normais

83

em bom estado de conservaccedilatildeo livre de mofo de fermentaccedilatildeo e de sementes de

mamona ou de quaisquer outras sementes prejudiciais duro ou semiduro amarelo da uacuteltima safra de tipo 2 para melhor com ateacute 14 de umidade maacuteximo 1 de impurezas

considerada a peneira 5 e ateacute 6 de ardidos b) cotaccedilatildeo

Em doacutelares por saca de 60 quilos convertido para reais a taxa de cacircmbio meacutedia entre as operaccedilotildees de compra e venda de doacutelar dos

Estados Unidos c) unidade de Negociaccedilatildeo

27 toneladas meacutetricas d) meses de Vencimento

Janeiro marccedilo maio julho setembro e novembro

e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Seacutetimo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento

f) ponto de entregalocal de formaccedilatildeo do preccedilo

Municiacutepio de Campinas ndash SP g) pagamento e recebimento na entrega

No dia uacutetil subsequumlente a data de alocaccedilatildeo do Aviso de Entrega para o comprador e no dia uacutetil seguinte ao recebimento da mercadoria

pelo vendedor h) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo no vencimento 1)Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas

financeiramente pelo cliente mediante operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma

quantidade de contratos pelo preccedilo de negociaccedilatildeo

2)Liquidaccedilatildeo por entrega O milho deve ser entregue do primeiro dia uacutetil do mecircs de

vencimento ateacute o oitavo dia uacutetil anterior ao

84

uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a realizaccedilatildeo da entrega o Aviso de Entrega

deveraacute ser emitido pela corretora de mercadorias e deve ser acompanhado do certificado de classificaccedilatildeo emitido por

empresa credenciada pela BMampF da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo armazeacutem depositaacuterio e pelos documentos que provam a propriedade do produto o

pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer ocircnus sobre a

mercadoria

83 O CONTRATO FUTURO DO CAFEacute

O contrato de cafeacute comeccedilou a ser negociado na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo em 1978 Com a fusatildeo

entre a BMSP (Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo) e a Bolsa de Mercadorias e Futuros em 1991 continuou sendo

transacionado na BMampF O maior contrato futuro conhecido por Contrato C explica (SCHOUCHANA 2000

p29) eacute negociado na New York Board of Trade Nele negociam-se cafeacutes lavados produzidos na Ameacuterica

Central Colocircmbia e leste da Aacutefrica (Quecircnia Tanzacircnia e Etioacutepia)

Um contrato tem 37500 libras-peso ou aproximadamente 284 sacas de 60 quilos os meses de

vencimento satildeo marccedilo maio julho setembro e dezembro As cotaccedilotildees satildeo em centavos de doacutelar por libra-peso O

local de formaccedilatildeo dos lotes eacute Nova Iorque Nova Orleans Satildeo Francisco e Miami Na London Futures amp Options

Exchange negocia-se cafeacute robusta produzido na Aacutefrica Indoneacutesia e Conillon brasileiro O contrato eacute de cinco

toneladas ou cerca de 84 sacas de 60 quilos os meses de vencimento satildeo janeiro marccedilo maio julho setembro e novembro as cotaccedilotildees satildeo em doacutelares por tonelada O

local de formaccedilatildeo dos lotes eacute em portos da Europa e Nova Orleans

85

De acordo com dados do IAPAR (2002) nas deacutecadas de 6070 e 80 o Brasil exportou entre 15 e 18

milhotildees de sacas de cafeacute por ano com uma participaccedilatildeo de 27 do volume exportado mundialmente Na deacutecada de 90 as exportaccedilotildees brasileiras ficaram no mesmo patamar poreacutem a participaccedilatildeo no mercado mundial caiu situando-

se em 20 das exportaccedilotildees mundiais de cafeacute as quais giram em torno de 78 milhotildees de sacasano

Nos uacuteltimos 10 anos o Brasil colheu em meacutedia cerca de 27 milhotildees de sacas de 60 kg por ano Minas

Gerais eacute o maior estado produtor que produz 43 do cafeacute brasileiro considerando a meacutedia de 1988 a 1998 Esta produccedilatildeo estaacute concentrada principalmente no Sul do

estado mas nos uacuteltimos anos tambeacutem vem se destacando o cerrado mineiro com a cafeicultura irrigada Em segundo

lugar vem o Espiacuterito Santo com 17 seguido por Satildeo Paulo (16) com destaque para a regiatildeo mogiana e oeste

O Paranaacute eacute o quarto maior produtor com 7 do cafeacute nacional Juntos Minas Gerais Espiacuterito Santo Satildeo Paulo e Paranaacute produzem 83 do cafeacute brasileiro Bahia e Rondocircnia

vecircm se destacando na produccedilatildeo de cafeacute Conforme Schouchana (2000 p28) o Contrato

futuro de Cafeacute Araacutebico da BMampF deve ter as seguintes caracteriacutesticas

a)o objeto da Negociaccedilatildeo Cafeacute cru em gratildeo de produccedilatildeo brasileira tipo seis ou melhor bebida dura para entrega no

Municiacutepio de Satildeo Paulo SP b) cotaccedilatildeo

Em doacutelares por saca de 60 quilos liacutequidos c) unidade de Negociaccedilatildeo

100 sacas de 60 quilos liacutequidos d) meses de Vencimento

Marccedilo maio julho setembro e dezembro e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Sexto dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia do mecircs do vencimento

86

f) ponto de entregalocal de formaccedilatildeo do preccedilo

Municiacutepio de Satildeo Paulo ndash SP g) locais de Formaccedilatildeo dos lotes

Armazeacutens credenciados pela BMampF localizados nos municiacutepios de Satildeo Paulo (SP)

Santos (SP) Espiacuterito Santo do Pinhal (SP) Franca (SP) Batatais (SP) Leme (SP)

Londrina (PR) Rolacircndia (PR) Eloacutei Mendes (MG) Araguari (MG) Patrociacutenio (MG)

Machado (MG) Varginha (MG) Guaxupeacute (MG) Poccedilos de Caldas (MG) Piumhi (MG) Ouro Fino (MG) Satildeo Sebastiatildeo do Paraiacuteso (MG)

Trecircs Coraccedilotildees (MG) Andradas (MG) Campos Altos (MG) Satildeo Gotardo (MG) e Monte

Carmelo (MG) h) pagamento e recebimento na entrega

No terceiro dia uacutetil subsequumlente a data de apresentaccedilatildeo do aviso de entrega

i) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo no vencimento 1) Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em

aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas financeiramente pelo cliente mediante

operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma quantidade de contratos pelo preccedilo de

negociaccedilatildeo 2) Liquidaccedilatildeo por entrega O cafeacute deve ser

entregue do segundo dia uacutetil do mecircs de vencimento ateacute as 18 horas do seacutetimo dia uacutetil

anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a realizaccedilatildeo da entrega o

aviso de entrega deveraacute ser emitido pela corretora de mercadorias e deve ser

acompanhado do certificado de classificaccedilatildeo emitido pela BMampF do resumo do romaneio

do lote da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo armazeacutem depositaacuterio e

pelos documentos que provam a propriedade

87

do produto o pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer

ocircnus sobre a mercadoria

88

9 METODOLOGIA

Na busca de soluccedilatildeo para o problema procurou-se neste estudo

fazer um levantamento dos dados atraveacutes de questionaacuterios estruturados e

entrevistas pessoais pelo autor do projeto e tambeacutem por alunos universitaacuterios Foi

uma pesquisa ocasional por ser um uacutenico levantamento podendo futuramente ser

repetido para verificar se houve mudanccedila no perfil do agricultor do Municiacutepio de

Londrina Objetivamente tratou-se de uma pesquisa de caraacuteter exploratoacuterio jaacute que

natildeo se conhece o perfil desses produtores rurais com relaccedilatildeo ao assunto proposto

A pesquisa foi realizada com dados primaacuterios em funccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do meacutetodo

indutivo pois partiu de questionaacuterios individuais para descobrir a maneira utilizada

pelos produtores rurais para produzir e negociar seus produtos A pesquisa foi

quantitativa com representatividade no tamanho da amostra (DUTRA 2001)

91 POPULACcedilAtildeO

A populaccedilatildeo pesquisada foi composta por 1527 agricultores entre proprietaacuterios rurais arrendataacuterios

e parceiros que plantaram soja eou milho eou cafeacute na uacuteltima safra de 20012002 em propriedades rurais situadas

no Municiacutepio de Londrina dentre os 2315 produtores rurais cadastrados na Secretaria de Agricultura do

Municiacutepio de Londrina para obtenccedilatildeo do talatildeo de nota fiscal de produtor rural que aleacutem dessas culturas fazem

outros cultivos e tambeacutem tecircm outras atividades no segmento da pecuaacuteria

92 AMOSTRA E DELIMITACcedilAtildeO DA PESQUISA

A amostra composta por 300 (trezentos) agricultores dentro do

universo de 1527 foi considerada representativa para o presente trabalho com

uma margem de erro de 5 A amostragem especiacutefica pode ser definida como

89

probabiliacutestica sistemaacutetica com sorteio de 1 agricultor em cada 5 e todos os

produtores rurais cadastrados tiveram chance igual e conhecida de seleccedilatildeo

Por ser uma amostra aleatoacuteria com sorteio de um em cada cinco no universo de 1527 agricultores que

exploram as atividades de soja milho e cafeacute em propriedades rurais do municiacutepio de Londrina natildeo se levou em consideraccedilatildeo se a sua residecircncia estaacute no

municiacutepio de Londrina ou natildeo Dentro da amostra sorteada na pesquisa 5

produtores natildeo quiseram responder e 22 tinham trocado o nuacutemero do telefone Diante dessa impossibilidade foram

trocados pelos agricultores subsequumlentes A classificaccedilatildeo como pequeno meacutedia ou

grande produtor rural foi baseado na aacuterea explorada das propriedades de acordo com a Lei 8629 de 25021993 que

no seu inciso II do artigo 4ordm (BRASIL 1993) define 1)Eacute considerada como pequena propriedade rural o imoacutevel que tem ateacute 4 moacutedulos fiscais

ou seja ateacute 48 hectares ou ainda 1983 alqueires paulistas

2) Eacute considerada como meacutedia propriedade rural o imoacutevel que tem

aacuterea superior a 4 e ateacute 15 moacutedulos fiscais ou seja ateacute 180

hectares ou ainda 7438 alqueires paulistas

3) Eacute considerada grande propriedade rural o imoacutevel que tem aacuterea

superior a 15 moacutedulos fiscais ou seja acima de 180 hectares ou

ainda 7438 alqueires paulistas 93 COLETA DE DADOS

Os dados foram coletados atraveacutes de questionaacuterio estruturado com

perguntas abertas e fechadas respondidas pessoalmente pelo agricultor

94 SEGMENTACcedilAtildeO

90

A populaccedilatildeo foi segmentada de acordo com as seguintes variaacuteveis agricultores que cultivaram e

comercializaram a soja eou milho eou cafeacute na uacuteltima safra de 20012002 grau de escolaridade sub-divididos em primeiro grau para aqueles produtores que estudaram ateacute a oitava seacuterie segundo grau para os que fizeram cursos teacutecnicos ou colegial e terceiro grau para os produtores

que tiveram oportunidade de cursar a universidade infra-estrutura disponiacutevel na propriedade tais como energia

eleacutetrica aacutegua encanada veiacuteculos computadores televisatildeo uso de matildeo-de-obra proacutepria e de terceiros

tamanho da propriedade cuja classificaccedilatildeo para pequeno meacutedio ou grande produtor rural se baseou nas aacutereas

exploradas das propriedades de acordo com a Lei 8629 de 25021993 que no seu inciso II do artigo 4ordm (BRASIL 1993) considera como pequeno produtor agravequele que explora ateacute 4 moacutedulos fiscais que para o Municiacutepio de

Londrina corresponde a 1983 alqueires paulistas meacutedio produtor para aquele que explora entre 1983 alqueires e

7438 (15 moacutedulos fiscais) alqueires paulista e grande produtor aquele que explora imoacuteveis rurais com aacuterea

superior a 7438 alqueires entre aacuterea proacutepria e de terceiros aacuterea cultivada de cada cultura tempo de experiecircncia no negoacutecio sexo faixa etaacuteria sendo a

primeira faixa ateacute os 35 anos de idade para se obter um intervalo de idade nos negoacutecios entre 15 e 20 anos de idade a partir dos 21 anos Para determinar os meios

utilizados para cotaccedilatildeo de preccedilos dos produtos agriacutecolas o produtor pocircde dar mais de uma resposta assim como para verificar o sistema usual de venda dos produtos

suas preferecircncias e o conhecimento da comercializaccedilatildeo em mercados futuros

91

92

10 RESULTADO DOS DADOS COLETADOS E ANAacuteLISE 101 O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE CULTIVA SOJA EOU MILHO EOU CAFEacute

Os dados coletados foram tabulados para

anaacutelise pelo programa EXCEL aplicado o Teste do Qui-Quadrado e para a caracterizaccedilatildeo do perfil dos agricultores foi utilizada a estatiacutestica descritiva

apresentadas em quadros tabelas e graacuteficos como se segue

TABELA 03ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por sexo

MASCULINO FEMININO TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

relativa

300 260 866 40 134

Fonte Pesquisa do autor TABELA 04ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por estado civil

CASADO SOLTEIRO OUTROS TAMANHO

DA

AMOSTRA

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

300 239 796 32 107 29 97

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 05ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por idade

ATEacute 35 ANOS DE 36 A 55 ANOS ACIMA 56 ANOS TAMANHO

DA

AMOSTRA

IDADE

MEacuteDIA Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

300 53 27 9 133 443 140 467

Fonte Pesquisa do autor TABELA 06ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por escolaridade

TAMANHO

DA

FREQUENTOU

ATEacute 1ordm GRAU

FREQUENTOU

ATEacute 2ordm GRAU

FREQUENTOU

ATEacute 3ordm GRAU

93

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 145 483 81 27 74 247

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 07ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tamanho da aacuterea explorada

PEQUENO PRODUTOR MEacuteDIO PRODUTOR (DE 1984 ATEacute 7438 ALQ)

GRANDE PRODUTOR TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

300 124 413 100 333 76 254

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 08ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por local moradia e acesso agrave escola puacuteblica

MORA NA

PROPRIEDADE

MORA NA CIDADE ESTUDOU EM ESCOLA

PUacuteBLICA

TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

300 102 34 198 66 223 743

Fonte Pesquisa do autor

A distacircncia de suas residecircncias ateacute a propriedade eacute em meacutedia de

27 quilocircmetros Aqueles que moram na cidade vatildeo agrave propriedade em meacutedia 16 dias

por mecircs praticamente dia sim dia natildeo A amostra revelou que a famiacutelia do produtor

tem em meacutedia 46 pessoas e 25 estudaram ou estudam em escola puacuteblica

TABELA 09ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de aquisiccedilatildeo dos imoacuteveis IMOacuteVEIS ADQUIRIDOS RECEBIDOS POR

HERANCcedilA

PARTE ADQUIRIDA E

PARTE HERANCcedilA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

272 112 411 106 39 54 199

Fonte Pesquisa do autor

94

TABELA 10ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de exploraccedilatildeo dos imoacuteveis

TAMANHO

AMOSTRA

TIPO DE EXPLORACcedilAtildeO FREQUEcircNCIA

ABSOLUTA

FREQUEcircNCIA

RELATIVA

EXPLORAM SOacute O PROacutePRIO 224 746

O PROacutePRIO E EM PARCERIA 26 87

O PROacutePRIO E ARRENDADOS 20 67

SOacute IMOacuteVEIS EM PARCERIA 11 36

SOacute IMOacuteVEIS ARRENDADOS 15 5

PROacutePRIO ARRENDA E PARCERIA 2 07

300

SOacute ARRENDADO E EM PARCERIA 2 07

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 11ndash Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-estrutura na propriedade

TEM ENERGIA

ELEacuteTRICA

TEM AacuteGUA

ENCANADA

TEM ANTENA

PARABOacuteLICA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 293 977 285 95 102 34

Fonte Pesquisa do autor

95

TABELA 12ndash Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-estrutura

na propriedade

TEM APARELHO

DE TELEVISAtildeO

TEM VEIacuteCULOS

MOTORIZADOS

TEM COMPUTADOR

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 250 833 243 81 181 603

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 13ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela renda e trabalho da famiacutelia na propriedade

TEM SOacute A RENDA DA

PROPRIEDADE

COcircNJUGE AJUDA NA

ATIVPRODUTIVA

FILHOS AJUDAM NA ATIV

PRODUTIVA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 142 473 55 183 105 35

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 14ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela matildeo de obra utilizada

MAtildeO DE OBRA FIXA CONTRATADA

(EMPREGADOS)

MAtildeO DE OBRA TEMPORAacuteRIA

CONTRATADA (BOacuteIA-FRIA)

TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 177 590 155 517

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores rurais mantecircm a meacutedia de 318 empregados efetivos para executar os trabalhos nas

propriedades rurais Nos picos de serviccedilos que compreende o plantio e a colheita dos produtos costumam

contratar 671 empregados na meacutedia como matildeo-de-obra temporaacuteria

96

TABELA 15ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na cultura da soja em sacas 60 quilos

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM SOJA

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

QuantIa

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 231 77 453 5296 1169

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram soja

obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 5296 sacas de 60 quilos em uma aacuterea de 453

alqueires paulistas resultando em uma produtividade de 1169 sacas por alqueire

exatamente igual agrave produtividade do Estado do Paranaacute e superior agrave meacutedia nacional

em 984

TABELA 16ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na cultura do milho em sacas 60 quilos

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM MILHO

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

Quantia

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 148 493 234 5553 2373

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram milho obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 5553 sacas de 60 quilos em uma aacuterea de 234 alqueires paulistas resultando em uma produtividade de 2373 sacas por alqueire superior agrave meacutedia nacional e 86 e tambeacutem superior agrave meacutedia paranaense em 57 TABELA 17ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida cultura

do cafeacute (sacas 40 quilos em coco)

97

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM CAFEacute

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

Quantia

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 99 33 99 1559 1574

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram cafeacute obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 1559 sacas

de 40 quilos de cafeacute em coco em uma aacuterea de 99 alqueires paulistas resultando em uma produtividade de

1574 sacas de cafeacute em coco por alqueire ou ainda 525 sacas de cafeacute beneficiado por alqueire superior agrave

meacutedia nacional em 6 e superior a meacutedia paranaense em 18

TABELA 18ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS PROacutePRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 211 703 89 297

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 19ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram soja pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

231 182 787 49 213

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 20ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram milho pela posse dos maquinaacuterios

TAMANHO DA TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS

98

AMOSTRA

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

148 110 743 257

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 21ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram cafeacute pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

99 61 38 384

TABELA 22ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela necessidade de financiamentos

DEPENDE DE FINANCIAMENTOS NAtildeO DEPENDE TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

38

TAMANHO DA

AMOSTRA

Relativa Relativa

616

Fonte Pesquisa do autor

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 152 506 148 494

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 23ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acesso agrave assistecircncia teacutecnica

TEcircM ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA NAtildeO TEcircM ASSISTEcircNCIA TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

Relativa

300 232 773 68 227

Absoluta

Fonte Pesquisa do autor TABELA 24ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de assistecircncia teacutecnica

recebida TAMANHO

AMOSTRA

DA

EMATER

DA

COOPERATIVA

DE

PARTICULAR

MAIS DE UMA

ASSISTEcircNCIA

99

Freq

Abs

Freq

Rel

Freq

Rel

Freq

Abs

Freq

Abs

Freq

Rel

Freq

Abs

Freq

Rel

232 35 15 99 427 78 336 20 87

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 25ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela eacutepoca de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

COMERCIALIZOU ANTES

COLHEITA

COMERCIALIZOU APOacuteS A

COLHEITA

COM PARTE ANTES E

PARTE DEPOIS

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 14 47 234 78 52 173

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 26- Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da produccedilatildeo antes da colheita

COMERCIALIZOU TUDO

NAS COOP

COMERCIALIZOU TUDO

NAS INDUSTR

PARTE NAS COOP E

PARTE NAS IND

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Absoluta

14 9 2 3

Fonte Pesquisa do autor

100

TABELA 27- Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da produccedilatildeo apoacutes a colheita

COMERCIALIZOU TUDO

NAS COOP

COMERCIALIZOU TUDO

NAS INDUSTR

PARTE NAS COOP E

PARTE NAS IND

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

234 132 564 72 308 30 128

Fonte Pesquisa do autor

Dentro da amostra entre os agricultores que venderam toda a produccedilatildeo antes ou depois da colheita e os que

venderam parte da produccedilatildeo antes e parte depois constatou-se que 102 da produccedilatildeo foi comercializada

antes de ser colhida e 898 da produccedilatildeo foi comercializada depois de realizada a colheita Dos 898 da

comercializaccedilatildeo negociada apoacutes a colheita 551 foi vendida nas cooperativas e 347 nas induacutestrias

Dos 102 da produccedilatildeo comercializada antes da colheita verificou-se que 48 foi vendida em cooperativas

com preccedilos preacute-fixados 30 comercializado com as induacutestrias com preccedilos preacute-fixados 07

comercializado em cooperativas com adiantamentos de recursos em dinheiro ou insumos e com preccedilos a fixar

na entrega da safra 02 comercializada antecipadamente com as induacutestrias com adiantamentos de recursos

e preccedilos a fixar na entrega da safra 01 comercializado com as induacutestrias com adiantamentos de recursos e

preccedilos jaacute fixados e 14 comercializada na bolsa de mercadorias

TABELA 28ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelas negociaccedilotildees realizadas na bolsa de mercadorias

NEGOCIAM NA BOLSA NAtildeO NEGOCIAM NA BOLSA TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 16 53 284 947 Fonte Pesquisa do autor

101

Dos 16 (53) agricultores que comercializaram a totalidade ou parte da safra na bolsa de mercadorias o

fizeram pelas seguintes razotildees

a) 14 disseram entre outras razotildees mas em especial que

preferem comercializar a safra ou parte dela para garantir os

preccedilos acenados pelo mercado futuro

b) 6 disseram entre outras razotildees mas em especial que soacute

comercializam quando os preccedilos satildeo interessantes

c) 4 disseram entre outras razotildees mas em especial que

comercializam na bolsa porque confiam na seguranccedila desse tipo

de negociaccedilatildeo

Dos 284 (947) agricultores lodrinenses que disseram natildeo comercializar satildeo pelas diversas abaixo

relacionadas

a) 253 disseram entre outras razotildees que natildeo sabem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em bolsas de mercadorias

b) 53 disseram entre outras razotildees que nunca foram convidados pela BMampF ou corretores para explicar como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado futuro

c) 19 disseram entre outras razotildees que consideram o processo

muito burocraacutetico

d) 16 disseram entre outras razotildees que natildeo possuem seguranccedila para operar nesse mercado

e) 17 disseram entre outras razotildees que tecircm medo de perder dinheiro nesse tipo de comercializaccedilatildeo

f) 10 disseram entre outras razotildees que sabem como funciona mas preferem natildeo comercializar enquanto natildeo tecircm garantida a colheita da safra

g) 7 disseram entre outras razotildees que natildeo confiam nas corretoras que intermediam a comercializaccedilatildeo

h) 5 disseram entre outras razotildees que natildeo consideram os preccedilos

interessantes

102

TABELA 29ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado

ACOMPANHAM AS COTACcedilOtildeES NAtildeO ACOMPANHAM TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 289 963 11 37

Fonte Pesquisa do autor

Dentre os agricultores que acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado o fazem das seguintes maneiras

a) 193 disseram que acompanham atraveacutes dos jornais

b) 173 disseram que acompanham pela televisatildeo

c) 143 disseram que acompanham atraveacutes das cooperativas

d) 54 disseram que acompanham pela internet

e) 49 disseram que acompanham atraveacutes do radio

f) 49 disseram que acompanham por outros meios como amigos conhecidos etc

Com base na segmentaccedilatildeo das tabelas 03 a 29 pode-se

caracterizar o perfil do agricultor londrinense - que cultiva soja eou milho e ou cafeacute -

com destaques para aos dados abaixo

01) 866 satildeo homens

02) 796 satildeo casados

03) 467 tecircm idade acima de 56 anos

04) 483 frequumlentaram a escola ateacute o primeiro grau

05) 743 de sua famiacutelia estudou ou estuda em escola publica

06) 413 satildeo pequenos produtores

07) 66 moram na cidade e vatildeo agrave propriedade 16 vezes por mecircs

08) 411 adquiriram o imoacutevel que exploram

09) 746 soacute exploram o imoacutevel proacuteprio

10) 977 tecircm energia eleacutetrica na propriedade

11) 95 tecircm aacutegua encanada

12) 833 tecircm televisatildeo

103

13) 81 tecircm veiculo na propriedade

14) 603 tecircm computador

15) 473 vivem soacute da renda das propriedades rurais

16) 59 tecircm empregados fixos

17) 517 contratam trabalhadores volantes nas eacutepocas de picos de serviccedilo

18) 77 plantam soja e colhem 1169 sacas por alqueire

19) 493 plantam milho e colhem 2373 sacas por alqueire

20) 33 plantam cafeacute e colhem 1574 sacas em coco por alqueire ou 525 sacas de

cafeacute beneficiado

21) 703 tecircm maquinaacuterios proacuteprios entre tratores e colheitadeiras

22) 506 necessitam de financiamentos para custeio das lavouras

23) 773 dispotildeem de assistecircncia teacutecnica na propriedade

24) 78 comercializam as safras depois de colhida

25) 947 natildeo negociam seus produtos na bolsa de mercadorias

26) 963 acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado sendo a maioria

pelos jornais e televisatildeo

26)O tempo meacutedio de responsabilidade do agricultor pela produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo nas propriedades eacute de 18 anos

104

102 COMPARACcedilAtildeO DO PERFIL DO AGRICULTOR BRASILEIRO COM O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE CULTIVA SOJA EOU

MILHO EOU CAFEacute

TABELA 30- Comparativo das caracteriacutesticas do agricultor brasileiro com o agricultor londrinense

CARACTERIacuteSTICAS AGRICULTOR

BRASILEIRO AGRICULTOR

LONDRINENSE

Satildeo proprietaacuterios dos imoacuteveis 85 907 Idade meacutedia do produtor 52 53

Maior concentraccedilatildeo de escolaridade 1ordm Grau 1ordm GrauDisponibilidade energia eleacutetrica no

imoacutevel 85 977

Antenas paraboacutelicas na propriedade 43 34 Veiacuteculos na propriedade 56 81

Aacutegua encanada na propriedade 71 95 Aparelho de televisatildeo 81 833

Tem outra fonte de renda aleacutem da propriedade

82 527

Tem computador 3 603 Uso de matildeo de obra familiar 78 656

Uso de matildeo de obra temporaacuteria 81 517 Pessoa da famiacutelia que estudou em

escola puacuteblica 62 743

Produtividade na cultura do milho 2057 2373 Fonte CNA e pesquisa do autor

Diferentemente da meacutedia do perfil do agricultor brasileiro que 82 tem outra fonte de renda gerada fora

da propriedade com outras atividades remuneradas menos da metade dos agricultores (473) depende

exclusivamente da renda gerada dentro das propriedades rurais obrigando-o sempre a buscar a eficiecircncia nas

atividades desenvolvidas 35 dos agricultores contam com a ajuda dos filhos para desenvolverem as atividades

de produccedilatildeo e 183 recebem ajuda da mulher nas

105

atividades produtivas do imoacutevel paracircmetro que mede a vocaccedilatildeo do produtor rural do Municiacutepio de Londrina

conforme demonstra a tabela 13 Outra variaacutevel diferenciada nesta comparaccedilatildeo

do perfil do agricultor brasileiro com relaccedilatildeo ao agricultor do Municiacutepio de Londrina eacute com relaccedilatildeo agrave informaacutetica Enquanto somente 3 dos agricultores brasileiros tecircm

computador 603 dos agricultores de Londrina dispotildeem de computadores para armazenar as informaccedilotildees das

atividades desenvolvidas nas propriedades rurais conforme demonstra a tabela 12

Na pesquisa realizada pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas sobre o perfil do agricultor brasileiro a uacutenica

produtividade levantada foi da cultura do milho com colheita de 85 sacas de 60 kgs por hectare o que

corresponde a 2057 sacas de 60 quilos por alqueire paulista Na comparaccedilatildeo com a produtividade meacutedia do

agricultor de Londrina verifica-se que ele colhe 2373 sacas de 60 quilos de milho por alqueire portanto

153 maior que a produccedilatildeo meacutedia brasileira A produtividade meacutedia do agricultor de Londrina que cultiva

soja eacute de 1169 sacas de 60 quilos por alqueire e a produtividade do cafeacute em coco eacute de 1574 sacas de 40

quilos por alqueire o que corresponde a 525 sacas de 60 quilos de cafeacute beneficiado por alqueire paulista de

acordo com as tabelas 15 16 e 17

O agricultor rural de Londrina dispotildee de uma melhor infra-estrutura quando comparado com o agricultor brasileiro como se verifica nas tabelas 11 e 12 como eacute o caso da energia eleacutetrica 977 contam com esse serviccedilo

contra 85 dos agricultores brasileiros veiacuteculos na propriedade 81 contra 56 do produtor brasileiro aacutegua

encanada 95 contra 71 do produtor brasileiro e uma diferenccedila alarmante quando comparados os

computadores - com 603 contra somente 3 do produtor brasileiro

Outro dado importante verificado eacute com relaccedilatildeo agrave matildeo de obra temporaacuteria conforme tabela 30 Enquanto

o agricultor brasileiro usa 81 de matildeo de obra temporaacuteria o agricultor londrinense utiliza somente 517 Isso

significa que o agricultor londrinense proporciona 567 a mais de emprego nas propriedades rurais mantendo o

106

empregado fixo na propriedade com registro em carteira e provavelmente pagando todos os encargos sociais e

trabalhistas como Previdecircncia Social Fundo de Garantia Deacutecimo Terceiro Salaacuterio Feacuterias etc Isso posto cabe

acrescentar que a manutenccedilatildeo do empregado na propriedade contribui para a reduccedilatildeo da pobreza nos cinturotildees de miseacuteria das cidades porque certamente junto com o empregado moram na propriedade sua

esposa e filhos

103 CARACTERIacuteSTICAS DO AGRICULTOR LONDRINENSE RELACIONADOS COM A PRODUCcedilAtildeO COMERCIALIZACcedilAtildeO COTACcedilOtildeES DE PRECcedilOS E ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS

Nesta seccedilatildeo descrevem-se todas as caracteriacutesticas dos agricultores do Municiacutepio de Londrina relacionados agrave

produccedilatildeo obtida nas culturas da soja do milho e do cafeacute seu sistema de comercializaccedilatildeo acompanhamento

das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado e sua atuaccedilatildeo na bolsa de mercadorias

TABELA 311ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de escolaridade

ESCOLARIDADE SOJA

(Saca de 60 kgs) MILHO

(Saca de 60 kgs) CAFEacute EM COCO

(saca de 40 kgs)

1ordm GRAU 1121 2084 1173

2ordm GRAU 1083 2323 1272

3ordm GRAU 1286 2393 1641

Fonte Pesquisa do autor Z2=104244200 P=000000

A tabela 311 demonstra que o grau de escolaridade exerce grande influecircncia na produtividade dos

agricultores de Londrina em todas as culturas e em especial na cultura do cafeacute Verificou-se uma

produtividade bem maior daqueles produtores que cursaram a universidade em relaccedilatildeo aos que cursaram

somente ateacute o primeiro grau No milho e na soja a produtividade tambeacutem foi superior

107

TABELA 312ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de escolaridade

ESCOLARIDADE DA SAFRA VENDIDA ANTES DA

COLHEITA DA SAFRA VENDIDA APOacuteS A

COLHEITA

1ordm GRAU 75 925

2ordm GRAU 130 870

3ordm GRAU 169 831

Fonte Pesquisa do autor Z2=1155000 P=000311

A tabela 312 confirmando a demonstraccedilatildeo da tabela 311 revela

que o produtor rural com escolaridade superior jaacute com a visatildeo mais voltada para o

mercado procura comercializar parte de sua produccedilatildeo no andamento da safra

evitando ficar com a totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca

em que todos os produtores estaratildeo interessados na venda da sua produccedilatildeo e

com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos dado a maior

quantidade de oferta no mercado que ocorre apoacutes a colheita Mais do que o dobro

dos produtores com curso universitaacuterio comparados com os produtores que soacute tecircm

o primeiro grau comercializam parte de suas safras antes da colheita dos produtos

TABELA 313ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a escolaridade ESCOLARIDADE FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS

1ordm GRAU 958 42

2ordm GRAU 963 37

3ordm GRAU 973 27

Fonte Pesquisa do autor Z2=028600 P=086669

A tabela 313 demonstra diferenccedila pouco significativa no acompanhamento das cotaccedilotildees de preccedilos dos

produtos no mercado quando se compara a escolaridade dos produtores Os produtores rurais de Londrina

108

em sua quase totalidade acompanham e fazem cotaccedilotildees dos preccedilos na hora de vender a sua produccedilatildeo em

sua maioria pelos jornais televisatildeo e cooperativas

TABELA 314ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a escolaridade ESCOLARIDADE NEGOCIA NA BOLSA DE

MERCADORIAS NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

1ordm GRAU 27 973

2ordm GRAU 74 926

3ordm GRAU 95 905

Fonte Pesquisa do autor Z2=474400 P=009329

A tabela 314 tambeacutem revela que o maior grau de escolaridade

permite ao produtor rural procurar novas opccedilotildees para a negociaccedilatildeo dos seus

produtos Praticamente quase todos dos produtores com o primeiro grau

desconhecem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em

bolsas de mercadorias justificando os iacutendices apresentados na tabela Para cada 4

produtores com curso superior do Municiacutepio de Londrina somente 1 com o primeiro

grau negocia os seus produtos na bolsa de mercadorias

TABELA 321ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade do

produtor

IDADE DO PRODUTOR SOJA MILHO CAFEacute EM COCO

109

(Saca 60 kgs) (Saca 60 kgs) (Saca 40 kgs)

ATEacute 35 ANOS 1172 2094 2040

DE 36 A 55 ANOS 1166 2342 1550

ACIMA 56 ANOS 1151 2110 1068 Fonte Pesquisa do autor Z2=21532200 P=000000

A tabela 321 demonstra que a idade exerce influecircncia significativa na produtividade dos agricultores de

Londrina que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade bem maior do produtor com idade ateacute 35

anos em relaccedilatildeo ao produtor com idade acima de 56 anos Provavelmente isso ocorre em funccedilatildeo da

tecnologia antiga usada pelo produtor com mais idade Tambeacutem foi significativamente maior quando

comparados os produtores de cafeacute com ateacute 35 anos com os produtores que tecircm idade entre 36 e 55 anos No

milho a produtividade apresentou-se um pouco maior entre os produtores com idade de 36 a 55 anos em

relaccedilatildeo aos produtores com idades superiores e inferiores e na cultura da soja natildeo houve diferenccedilas de

produtividade pois todos colheram entre 115 e 117 sacas por alqueire

TABELA 322ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do produtor

IDADE DO PRODUTOR VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

ATEacute 35 ANOS 170 830

DE 36 A 55 ANOS 125 875

ACIMA 56 ANOS 90 910

Fonte Pesquisa do autor Z2=709300 P=002883

A tabela 322 revela que o produtor rural com idade ateacute 35 anos

tambeacutem com a visatildeo mais voltada para o mercado procura comercializar parte de

sua produccedilatildeo no andamento da safra evitando ficar com a totalidade dos produtos

nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo

interessados na venda da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos

preccedilos dos produtos dado a maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a

colheita Quase o dobro dos produtores com idade ateacute 35 anos comparados com

os que tecircm idade acima de 56 anos comercializam uma parte de suas safras antes

110

da colheita dos produtos Na comparaccedilatildeo com os produtores com idade entre 36 e

55 anos tambeacutem ocorre o mesmo fato poreacutem em menor escala

111

TABELA 323ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo com a idade do produtor

IDADE DO

PRODUTOR

FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

ATEacute 35 ANOS 1000 00

DE 36 A 55 ANOS 955 45

ACIMA 55 ANOS 964 36

Fonte Pesquisa do autor Z2=130000 P=052208

A tabela 323 igualmente com o que ocorre com o grau de escolaridade dos produtores a diferenccedila eacute pouco

significativa no acompanhamento das cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos no mercado quando se compara a

idade dos que tecircm ateacute 35 anos com as das demais idades Eacute importante ressaltar que todos os produtores com

ateacute 35 anos acompanham as cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos em sua maioria tambeacutem pelos jornais

televisatildeo e cooperativas

TABELA 324ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo com a idade do produtor

IDADE DO PRODUTOR NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

ATEacute 35 ANOS 37 963

DE 36 A 55 ANOS 68 932

ACIMA 55 ANOS 43 957

Fonte Pesquisa do autor Z2=098800 P=061027

A tabela 324 diferentemente das demais onde satildeo comparadas as idades apresenta os produtores com idade

entre 36 e 55 como os que mais negociam seus produtos em bolsa de mercadorias Entre os produtores com

ateacute 35 anos de idade quase 100 desconhecem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

em bolsas de mercadorias e 30 alegaram que nunca foram convidados pela BMampF ou corretoras para

explicarem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado futuro Entre os produtores com idade

entre 36 e 55 anos de idade que comercializam seus produtos na bolsa a maioria disse saber como funciona

o processo de comercializaccedilatildeo e confia na seguranccedila desse tipo de negociaccedilatildeo embora soacute procurem as bolsas

quando os preccedilos do mercado futuro se apresentam interessantes

112

TABELA 331ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o tamanho

da aacuterea explorada

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

SOJA (Saca 60 kgs)

MILHO (Saca 60 kgs)

CAFEacute EM COCO (Saca 40 kgs)

PEQUENO PRODUTOR 1145 2053 1158

MEacuteDIO PRODUTOR 1123 2121 1289

GRANDE PRODUTOR 1204 2511 1712 Fonte Pesquisa do Autor Z2=51356700 P=000000

A tabela 331 demonstra que o tamanho da aacuterea tem influecircncia significativa na produtividade dos

agricultores de Londrina em especial para os que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade bem

maior do grande produtor com relaccedilatildeo ao pequeno e um terccedilo a mais que o meacutedio produtor Tambeacutem foi um

quarto maior a produtividade do milho quando comparados os grandes com os pequenos e meacutedios

produtores Na cultura da soja natildeo se apresentaram diferenccedilas significativas na produtividade todos colhem

na faixa de 110 a 120 sacas por alqueire sendo que o grande produtor apresenta produtividade um pouco

superior em relaccedilatildeo aos pequenos e meacutedios produtores

TABELA 332ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o tamanho da aacuterea explorada

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

PEQUENO PRODUTOR 85 915

MEacuteDIO PRODUTOR 136 864

GRANDE PRODUTOR 130 870

Fonte Pesquisa do autor Z2=163300 P=044204

A tabela 332 revela que o grande e meacutedio produtor rural com a

visatildeo mais voltada para o mercado tambeacutem procuram comercializar sua produccedilatildeo

113

no andamento da safra evitando ficar com a totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o

final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo interessados na venda

da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos

dado a maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a colheita Quase o dobro

dos meacutedios e grandes produtores comparados com os pequenos produtores

comercializam uma parte de suas safras antes da colheita dos produtos

TABELA 333ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos pelos produtores de acordo com tamanho da aacuterea

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

FAZ COTACcedilAtildeO PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

PEQUENO PRODUTOR 936 64

MEacuteDIO PRODUTOR 970 30

GRANDE PRODUTOR 1000 00

Fonte Pesquisa do autor Z2=574100 P=005668

A tabela 333 eacute um demonstrativo de que quase a totalidade dos produtores acompanha as cotaccedilotildees de preccedilos

dos produtos no mercado Eacute importante ressaltar que todos (1000) os grandes produtores acompanham as

cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos e apenas uma pequena minoria entre os pequenos e meacutedios produtores

deixam de acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos Ressalte-se tambeacutem que a maioria faz o acompanhamento

pelos jornais televisatildeo e cooperativas com destaque para os grandes produtores que tambeacutem usam a internet

TABELA 334ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo nas bolsas de mercadorias pelo

produtor de acordo com tamanho da aacuterea CARACTERIacuteSTICA NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

114

DO PRODUTOR

PEQUENO PRODUTOR 24 976

MEacuteDIO PRODUTOR 70 930

GRANDE PRODUTOR 79 921

Fonte Pesquisa do autor Z2=362300 P=016341

A tabela 334 revela que haacute uma tendecircncia sugestiva quanto maior o produtor mais ele negocia os produtos

na bolsa de mercadorias Os pequenos produtores em sua quase totalidade natildeo sabem como funciona o

processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsas de mercadorias e 24 alegaram que nunca foram

convidados pela BMampF ou corretoras para explicarem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em

mercado futuro

Os meacutedios e grandes produtores que comercializam seus produtos na bolsa afirmaram saber como funciona

o processo de comercializaccedilatildeo e confiam na seguranccedila desse tipo de negociaccedilatildeo embora soacute procurem as

bolsas quando os preccedilos acenados no mercado futuro satildeo interessantes Somente 1 pequeno produtor rural em

cada 3 meacutedios e grandes negociam seus produtos nas bolsas de mercadorias

TABELA 341ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a moradia do

produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR SOJA

(SACA 60 KGS) MILHO

(SACA 60 KGS) CAFEacute EM COCO (SACA 40 KGS)

NA PROPRIEDADE 1151 2186 1844

NA CIDADE 1164 2234 1056

Fonte Pesquisa do autor Z2=751970 P=000000

A tabela 341 registra que a moradia do produtor exerce muita influecircncia na produtividade dos agricultores

de Londrina na cultura do cafeacute Verificou-se uma produtividade muito maior na cultura do cafeacute do produtor

que mora na propriedade em relaccedilatildeo ao que mora na cidade Provavelmente tal fato ocorre porque a cultura

do cafeacute exige um tratamento diferenciado nos cuidados dos cafeeiros se comparado com as culturas de soja e

115

milho que soacute exigem cuidados nas eacutepocas do plantio e da colheita Nas culturas do milho e da soja a

produtividade eacute praticamente igual independentemente do produtor morar na propriedade ou na cidade

TABELA 342ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a moradia do

produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

NA PROPRIEDADE 11 89

NA CIDADE 12 88

Fonte Pesquisa do autor Z2=004300 P=083580

A tabela 342 demonstra que a moradia natildeo influencia na comercializaccedilatildeo realizada pelo produtor rural e

eles procuram comercializar pelo menos 10 de sua produccedilatildeo no andamento da safra evitando ficar com a

totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo

interessados na venda da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos dado a

maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a colheita

TABELA 343ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo

com a moradia do produtor LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

NA PROPRIEDADE 980 20

NA CIDADE 950 50

Fonte Pesquisa do autor Z2=167400 P=019579

A tabela 343 revela que existe uma preocupaccedilatildeo um pouco maior do produtor que mora na propriedade

com relaccedilatildeo ao acompanhamento nas cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos no mercado se comparados com o

produtor que mora na cidade Os produtores rurais de Londrina em sua quase totalidade fazem cotaccedilotildees dos

preccedilos na hora de vender a sua produccedilatildeo geralmente pelos jornais televisatildeo e cooperativas Os que moram

na cidade se utilizam mais dos jornais para fazer esse acompanhamento assim como a internet

116

TABELA 344 ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa mercadorias de acordo com a moradia do produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

NA PROPRIEDADE 59 941

NA CIDADE 50 950

Fonte Pesquisa do autor Z2=009200 P=076132

A tabela 344 explicita que o local de moradia do produtor rural de

Londrina natildeo interfere nas negociaccedilotildees realizadas nas bolsas de mercadorias Em

ambos os casos em sua quase totalidade natildeo sabem como funciona o processo de

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsas de mercadorias e 20 dos que moram na

fazenda e 15 dos que moram na cidade nunca foram convidados pela BMampF ou

corretoras para explicar como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado

futuro Os produtores que comercializaram seus produtos na bolsa em sua maioria

afirmaram que sabem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo embora soacute

procurem as bolsas quando os preccedilos acenados no mercado futuro satildeo

interessantes

117

TABELA 35ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a assistecircncia teacutecnica

TIPO DE ASSISTEcircNCIA DADA AO

PRODUTOR SOJA

(SC60 KG) MILHO

(SC60) CAFEacute EM COCO

(SACAS 40 KGS)

SEM ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 1153 1987 1002

COM ASSISTEcircNCIA EMATER 1206 2325 1139

ASSISTEcircNCIA COOPERATIVA 1127 2272 1373

ASSISTEcircNCIA PARTICULAR 1187 2233 1516 Fonte Pesquisa do autor Z2=66260200 P=000000

A tabela 35 demonstra que a assistecircncia teacutecnica exerceu influecircncia significativa na produtividade dos

agricultores de Londrina que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade muito maior dos que

receberam assistecircncia teacutecnica particular em relaccedilatildeo ao produtor que natildeo teve assistecircncia teacutecnica Tambeacutem foi

maior a produtividade dos produtores de cafeacute que tiveram assistecircncia teacutecnica de cooperativa

Na comparaccedilatildeo dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica da Emater com os que natildeo tiveram assistecircncia

teacutecnica a produtividade eacute apenas um pouco maior No milho tambeacutem tiveram maior produtividade os

produtores que receberam assistecircncia teacutecnica poreacutem com pequena representatividade sobressaiacuteram-se

positivamente os produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica da Emater

A segunda melhor performance foi dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica das cooperativas seguida

dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica particular No cultivo da safra de soja praticamente natildeo houve

diferenccedila significativa a ponto dos produtores que natildeo tiveram assistecircncia teacutecnica apresentarem produccedilatildeo

superior aos produtores que tiveram a assistecircncia teacutecnica das cooperativas

TABELA 36ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse dos

maquinaacuterios

118

MAQUINAacuteRIOS SOJA (sc60 kgs)

MILHO (sc60 kgs)

CAFEacute EM COCO (sc40 kgs)

COM MAQUINAacuteRIOS 1198 2342 1335

SEM MAQUINAacuteRIOS 1281 1854 1311

Fonte Pesquisa do autor Z2=153708300 P=000000

A tabela 36 registra que a posse dos maquinaacuterios pelos produtores eacute importante para melhorar a

produtividade das culturas embora natildeo seja aconselhaacutevel sua aquisiccedilatildeo pelo pequeno produtor que tem a

oportunidade de alugar os maquinaacuterios nas eacutepocas de picos de serviccedilos A quantidade de aacuterea cultivada pelo

pequeno e meacutedio produtor rural natildeo justifica a aquisiccedilatildeo de uma maacutequina para a propriedade em razatildeo da

alta ociosidade

1031 Teste Estatiacutestico dos Cruzamentos

Considerando o niacutevel de significacircncia de 5 verificou-se ao aplicar o teste do Qui-quadrado nas tabelas dos

cruzamentos em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas do agricultor londrinense relacionados com a produccedilatildeo

comercializaccedilatildeo cotaccedilotildees de preccedilos e atuaccedilatildeo na bolsa de mercadorias que foram estatisticamente

significativo os seguintes cruzamentos (Quadro 3)

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de

escolaridade

bull Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de

escolaridade

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade do

produtor

bull Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do produtor

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o tamanho

da aacuterea explorada

119

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a moradia

do produtor rural

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

assistecircncia teacutecnica

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse dos

maquinaacuterios

QUADRO 3 - Resultados dos testes do Qui-quadrado para verificaccedilatildeo do niacutevel de significacircncia dos cruzamentos

CRUZAMENTO QUI-QUADRADO P (NIacuteVEL DE SIGNIFICAcircNCIA)

Grau escolar x produtiv 1042442 p=00000 Grau escolar x comerc 1155 p=00311 Grau escolar x cotaccedilatildeo 286 p=86669 Grau escolar x negbolsa 4744 p=09329 Idade x produtividade 215322 p=00000 Idade x comercializaccedilatildeo 7093 p=02883 Idade x cotaccedilatildeo preccedilos 1300 p=52208 Idade x negocem bolsa 988 p=61027 T aacuterea x produtividade 513567 p=00000 Taacuterea x comercializaccedilatildeo 1633 p=44204 T aacuterea x cotaccedilatildeo preccedilos 5741 p=05668 Taacuterea x negocem bolsa 3623 p=16341 Local moradia x produt 751970 p=00000 Local moradia x comerc 043 p=83580 Local moradia x cotaccedilatildeo 1674 p=19579 Local moradia x n bolsa 092 p=76132 Assistteacutecn x produtivid 662602 p=00000 Maquinaacuterio x produtivid 1537083 p=00000

estatisticamente significativo

120

104 ANAacuteLISE DA PRODUTIVIDADE DO AGRICULTOR LONDRINENSE

Nesta anaacutelise considerando as produtividades levantadas na pesquisa observou-se

1) Quanto agrave escolaridade os agricultores que tecircm curso universitaacuterio conseguiram uma maior produtividade

nos cultivos das trecircs culturas quando comparados com os que estudaram soacute ateacute o primeiro e o segundo graus

Provavelmente por estarem mais abertos ao uso de novas tecnologias que satildeo oferecidas ao homem do campo

tais como desenvolvimento de novas sementes utilizaccedilatildeo de plantio direto ao inveacutes do plantio convencional

que natildeo degrada o solo e preserva o meio ambiente novas metodologias no combate agraves pragas e doenccedilas que se

natildeo forem cuidadas a tempo dizimam toda a produccedilatildeo e tambeacutem a preocupaccedilatildeo com a colheita mantendo as

maacutequinas bem reguladas para evitar perdas na hora da colheita

2) Quanto agrave idade os agricultores com ateacute 35 anos obtiveram uma produtividade de cafeacute em coco por

alqueire bem maior se comparados com os agricultores com idades acima dos 35 anos Tambeacutem nesse caso

tudo levar a crer que os agricultores mais jovens tambeacutem mais dinacircmicos em funccedilatildeo da proacutepria idade

aproveitam as vantagens das novas tecnologias oferecidas pelas empresas do ramo que diariamente levam ao

conhecimento dos produtores as suas vantagens atraveacutes da miacutedia e ainda dias de campo realizadas pelo Iapar

Emater etc que fazem demonstraccedilotildees sobre o uso dos maquinaacuterios ou dos insumos

3) Quanto ao tamanho da aacuterea os considerados grandes produtores quando comparados com os pequenos e

meacutedios obtiveram uma produtividade significativamente maior em todas as culturas e em especial na cultura

do cafeacute Nesta cultura os produtores desde 1994 estatildeo trocando as aacutereas tradicionais de plantio das lavouras

antigas de cafeacute pelo de plantio adensado A eficiecircncia das atividades agropecuaacuterias no meio rural depende muito

das escalas e soacute com o aumento da aacuterea eacute possiacutevel conseguir ganhos de escala Esta pode ser a explicaccedilatildeo para a

produtividade obtida pelos grandes produtores que provavelmente tecircm na propriedade o seu uacutenico meio de

sobrevivecircncia

4) Quanto agrave moradia verificou-se que o produtor que mora na propriedade e cultivou cafeacute obteve uma meacutedia

superior nesta cultura em relaccedilatildeo aos agricultores que moram na cidade O que pode explicar essa eficiecircncia eacute o

cuidado no dia-a-dia do produtor que mora na propriedade com o parque cafeeiro fato que natildeo ocorre quando

se trata do cultivo da soja ou do milho

5) Quanto agrave assistecircncia teacutecnica saiu-se bem o agricultor de Londrina que teve assistecircncia da Emater para o

cultivo da soja e do milho Na cultura do cafeacute diferentemente da assistecircncia teacutecnica dada agraves culturas da soja e

do milho sobressaiu-se muito melhor o grande agricultor que teve assistecircncia teacutecnica de particular

121

Provavelmente essa tambeacutem possa ser uma das explicaccedilotildees para a alta produtividade obtida pelo produtor no

cultivo do cafeacute por ser uma assistecircncia diferenciada mais onerosa que soacute pode ser paga por grandes produtores

e com visatildeo voltada para o uso da alta tecnologia disponiacutevel para a cultura

6) Quanto agrave posse dos maquinaacuterios Embora frac14 dos produtores rurais pesquisados natildeo possuam maquinaacuterios

conforme se verifica nas tabelas 19 20 e 21 a produtividade conseguida natildeo apresentou diferenccedila significativa

e a explicaccedilatildeo para esse fato de daacute pela oportunidade que tem o produtor em arrendar os maquinaacuterios nas eacutepocas

de plantio e colheita em especial os pequenos e meacutedios produtores em razatildeo do alto custo para a aquisiccedilatildeo da

maacutequina Sabe-se que a aquisiccedilatildeo de maquinaacuterios no meio rural soacute eacute vaacutelida se for para utilizar a sua capacidade

pois eles parados oneram por demais o custo

Assim apoacutes anaacutelise dos cruzamentos verificou-se que

a) O produtor de cafeacute mais eficiente em produtividade eacute aquele com curso universitaacuterio

que tem ateacute 35 anos de idade eacute classificado como grande produtor mora na

propriedade tem maquinaacuterio proacuteprio e conta com assistecircncia teacutecnica de profissional

particular

b) O produtor de soja mais eficiente em produtividade eacute aquele com curso universitaacuterio

que tem ateacute 35 anos de idade eacute classificado como grande produtor mora na cidade natildeo

tem maquinaacuterio proacuteprio provavelmente o arrende e conta com assistecircncia teacutecnica de

profissionais da Emater

c) O produtor de milho mais eficiente em produtividade tem curso universitaacuterio sua idade

varia entre 36 e 55 anos eacute classificado como grande produtor mora na cidade tem

maquinaacuterio proacuteprio e conta com assistecircncia teacutecnica de profissionais da Emater

105 ANAacuteLISE DA COMERCIALIZACcedilAtildeO DO AGRICULTOR LONDRINENSE

Embora a grande maioria dos agricultores comercialize a produccedilatildeo apoacutes realizada as colheitas se analisada a

tabela 312 verifica-se que os agricultores com cursos superiores vendem mais que o dobro de parte de sua

122

produccedilatildeo antes da colheita em comparaccedilatildeo com os produtores que tecircm o primeiro grau de estudo O mesmo

fato se constata quando analisada a tabela 322 na comparaccedilatildeo dos agricultores que tecircm ateacute 35 anos de idade

com relaccedilatildeo aos que estatildeo acima de 56 anos de idade o mesmo fenocircmeno ocorre tambeacutem na comparaccedilatildeo do

grande produtor com o pequeno produtor conforme tabela 342 poreacutem em menor escala

Na comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo verifica-se uma disposiccedilatildeo maior do produtor rural de Londrina em

acompanhar as cotaccedilotildees dos produtos agropecuaacuterios Verificou-se que a maioria dos produtores acompanha

as cotaccedilotildees dos preccedilos atraveacutes das cooperativas jornais e televisatildeo etc com destaque para os segmentos

abaixo

1) Todos os produtores com ateacute 35 anos de idade acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos

2) Todos os grandes produtores acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos

3) Dos produtores que moram na cidade 98 acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos

4) Dos produtores que tecircm cursos universitaacuterios 973 acompanham as cotaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos

Isto posto verificado a grande preocupaccedilatildeo que tem o produtor em acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos entende-se a razatildeo pelas quais os agricultores com curso superior (169) com idade ateacute 35 anos

(170) sendo grande produtor rural (130) fazem a comercializaccedilatildeo de parte da sua produccedilatildeo nas

cooperativas e nas induacutestrias antes da colheita dos produtos conforme se verifica nas tabelas 312 322

332 respectivamente

106 COMPARACcedilAtildeO DOS NEGOacuteCIOS REALIZADOS NA BOLSA COM OS NEGOacuteCIOS REALIZADOS NO MERCADO FIacuteSICO PELOS AGRICULTORES

PORQUE A BUSCA PELA COMERCIALIZACcedilAtildeO NA BMampF Eacute PEQUENA

Na busca de explicaccedilatildeo para a baixa procura dos produtores na comercializaccedilatildeo de sua produccedilatildeo na Bolsa de

Mercadorias levantou-se na BMampF os contratos de commodities comercializados nos uacuteltimos cinco anos de

1997 a 2002 para entender o comportamento dos preccedilos dos produtos comercializados naquela instituiccedilatildeo

123

No Deral-Pr - Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura do Paranaacute oacutergatildeo que registra

diariamente o preccedilo meacutedio pago ao produtor na comercializaccedilatildeo realizada no mercado fiacutesico em Londrina

levantou-se no mesmo periacuteodo os valores pagos aos produtores rurais para detectar se existem diferenccedilas

significativas nos preccedilos fixados nos contratos para venda na bolsa de mercadorias e a venda no mercado

fiacutesico recebido pelo produtor apoacutes a colheita do produto e constatou-se o seguinte

TABELA 37- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao produtor nas sacas de milho com 60 quilos

PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS

FUTURO EM R$ NA BMampF

PRECcedilOS NO FIacuteSICO

EM R$ (EM MARCcedilO)

Em setembro97 para entrega em marccedilo98 776 769

Em setembro98 para entrega em marccedilo99 676 882

Em setembro99 para entrega em marccedilo00 508 1232

Em setembro00 para entrega em marccedilo01 589 794

Em setembro01 para entrega em marccedilo02 570 1222

Meacutedia dos 5 anos 624 980

Fonte BMampF e Deral

Observa-se que os preccedilos recebidos pelo produtor no mercado

fiacutesico quando vendeu a safra de milho apoacutes a colheita na safra de 1997 - colhidas

124

em marccedilo de 1998 - natildeo apresentou diferenccedila de preccedilos com relaccedilatildeo agraves

negociaccedilotildees realizadas no mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 1998 - colhida em marccedilo de 1999 - os produtores de

milho que venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um lucro um terccedilo

maior

Na safra de 1999 - colhida em marccedilo de 2000 - o lucro dos

produtores que venderam no mercado fiacutesico apoacutes a colheita foi superior bem mais

que o dobro Na safra de 2000 - colhida em marccedilo de 2001 - os produtores que

venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um lucro tambeacutem um terccedilo

maior

Na safra de 2001 - colhida em marccedilo de 2002 - novamente os

produtores que deixaram para vender apoacutes a colheita sem negociar na bolsa

tiveram o dobro do lucro em relaccedilatildeo aos que negociaram na bolsa

No caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de milho de 1997 a

2001 os produtores que esperaram para vender depois da colheita sem negociar

contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro meacutedio acima de 50 quando

comparado aos que negociaram seus produtos na Bolsa de Mercadorias TABELA 38- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao

produtor nas sacas de soja com 60 quilos PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS

FUTURO EM R$ NA

BMampF

PRECcedilOS NO

FIacuteSICO EM R$ (EM MARCcedilO)

Em outubro97 para entrega em marccedilo98 1217 1354

Em outubro98para entrega em marccedilo99 1108 1622

Em outubro99 para entrega em marccedilo00 1052 1736

Em outubro00 para entrega em marccedilo01 1060 1667

Em outubro01 para entrega em marccedilo02 - 1994

Meacutedia dos 5 anos 1109 1674

Fonte BMampF e Deral

Constata-se que os preccedilos da soja recebidos pelos produtores no

mercado fiacutesico quando venderam os produtos apoacutes a colheita foi um pouco

125

superior na safra de 1997 colhida em marccedilo de 1998 Tambeacutem foi superior em

quase 50 na safra de 1998 colhida em marccedilo de 1999 A safra de 1999 colhida

em marccedilo de 2000 tambeacutem bem foi superior ultrapassando os 50 Por sua vez a

safra do ano 2000 - colhida em marccedilo de 2001 - deu um lucro superior a 50 aos

produtores que natildeo negociaram na bolsa de mercadorias e venderam no mercado

fiacutesico

Com relaccedilatildeo agrave safra do ano de 2001 - colhida em marccedilo de 2002 -

natildeo foi possiacutevel fazer uma anaacutelise por falta de informaccedilatildeo das negociaccedilotildees

realizadas pela Bolsa de Mercadorias em outubro de 2001 para fechamento dos

contratos em marccedilo de 2002

Na anaacutelise do caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de soja do

ano de 1997 a 2000 os produtores que esperaram para vender a produccedilatildeo depois

da colheita sem negociar contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro

meacutedio proacuteximo a 50

TABELA 39- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao

produtor nas sacas de cafeacute beneficiado com 60 quilos

PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS FUTURO EM

R$ NA BMampF

PRECcedilOS NO FIacuteSICO

EM R$ (EM JULHO)

Em janeiro97 para entrega em julho97 15308 18010

Em janeiro98 para entrega em julho98 17515 11200

Em janeiro99 para entrega em julho99 12952 13723

Em janeiro00 para entrega em julho00 14307 14338

Em janeiro01 para entrega em julho01

Em janeiro02 para entrega em julho02

7942

5276

10273

8841

Meacutedia dos 6 anos 12216 12730

Fonte BMampF e Deral

126

Tambeacutem se pode observar que os preccedilos recebidos pelos

produtores no mercado fiacutesico quando venderam a safra de cafeacute apoacutes a colheita na

safra de 1997 - colhida em julho de 1997 - foi um pouco superior em relaccedilatildeo agraves

negociaccedilotildees realizadas no mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 1998 - colhida em julho de 1998 - os produtores de cafeacute

que venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um prejuiacutezo na faixa de

50 em relaccedilatildeo aos produtores que realizaram negociaccedilotildees no mercado futuro na

bolsa de mercadorias

Na safra de 1999 - colhida em julho de 1999 - o lucro dos

produtores que venderam no mercado fiacutesico apoacutes a colheita foi superior poreacutem

pouco significativo

Na safra de 2000 - colhida em julho de 2000 - os preccedilos se

equilibraram tendo praticamente o mesmo preccedilo tanto no mercado fiacutesico como no

mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 2001 - colhidas em julho de 2001 - novamente os

produtores que deixaram para vender apoacutes a colheita sem negociar na Bolsa

tiveram um lucro de um terccedilo maior

Tambeacutem na safra de 2002 - colhida em julho de 2002 - os

produtores que negociaram no mercado fiacutesico tiveram um lucro significativo bem

acima de 50 nos preccedilos em relaccedilatildeo aos produtores que venderam na Bolsa de

Mercadorias

No caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de cafeacute de 1997 a

2002 os produtores que esperaram para vender depois da colheita sem negociar

contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro meacutedio praticamente

insignificante na faixa de 5

Na comparaccedilatildeo da lucratividade meacutedia das culturas de milho soja e

cafeacute - ao longo dos uacuteltimos 5 anos - verificou-se que os produtores de soja e milho

ganharam mais quando negociaram seus produtos no mercado fiacutesico apoacutes

realizarem suas colheitas em torno de 50

Os produtores de cafeacute tambeacutem ganharam poreacutem menos na faixa

dos 5 o que leva a conclusatildeo de que as negociaccedilotildees realizadas na Bolsa de

Mercadorias com a cultura do cafeacute pode ser interessante porque na anaacutelise da

rentabilidade embora o lucro seja menor o produtor tem a garantia do preccedilo que foi

127

fixado na eacutepoca da compra dos contratos Assim natildeo corre o risco do preccedilo cair

apoacutes a colheita quando a oferta do produto no mercado eacute maior

A tabela 40 tem como objetivo demonstrar o perfil e a quantidade

de produtores que optaram por comercializar sua produccedilatildeo na Bolsa de

Mercadorias

TABELA 40ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela comercializaccedilatildeo realizada na

BMampF

TAMANHO AMOSTRA

TIPO DE EXPLORACcedilAtildeO FREQUEcircNCIA ABSOLUTA

Produtor de Soja 2

Produtor de Cafeacute 4

Produtor de Milho e Soja 3

Produtor de Soja e Cafeacute 5

16

Produtor de Milho Soja e Cafeacute 2 Fonte Pesquisa do autor

128

11 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS E RECOMENDACcedilOtildeES

1) Melhoria da cultura

gt Para melhorar a eficiecircncia do agricultor no meio rural e preacute-requisito a melhoria da cultura pois soacute sobreviveratildeo economicamente os que forem

eficientes nos aspectos tecnoloacutegicos gerenciais e organizacionais conforme se verificou na tabela 311

gt Somente frac14 dos produtores (tabela 6) tecircm curso universitaacuterio mas com perspectivas animadoras porque 23 deles moram na cidade (tabela 8) o que leva a crer que os seus filhos estudaratildeo ateacute o 3ordm grau e num futuro proacuteximo poderatildeo assumir as propriedades com nova mentalidade com mais cultura

conhecimentos e abertos agrave implantaccedilatildeo das novas tecnologias disponiacuteveis no mercado

Ser eficiente para exercer as atividades no meio rural jaacute natildeo eacute uma

vantagem mas sim um requisito enfatiza Santos (1993) e Souki et al (1999) soacute

sobreviveratildeo economicamente os agricultores que forem muito eficientes nos

aspectos tecnoloacutegicos gerenciais e organizacionais em todas as etapas dos

negoacutecios agropecuaacuterios que se inicia com o planejamento das atividades que seratildeo

realizadas

Acompanhamento e controle de todas as etapas do

processo produtivo dentro das necessidades conforme se

verifica na produtividade do cafeacute por agricultores que moram na

propriedade (tabela 341) a cotaccedilatildeo de preccedilos tanto para a

aquisiccedilatildeo dos insumos como a cotaccedilatildeo dos preccedilos para a

venda dos produtos colhidos tambeacutem eacute fundamental (tabelas

313 323 333 e 343) A eficiecircncia na administraccedilatildeo dos

negoacutecios deixou de ser uma vantagem competitiva para

transformar-se em um requisito que permite sobreviver nas

129

atividades agropecuaacuterias o que soacute eacute possiacutevel com a melhoria

do conhecimento

A partir do plano real praticamente deixou de existir dinheiro

subsidiado no Brasil e o governo natildeo tem determinado mais os preccedilos a serem

pagos pelos produtos agriacutecolas O que existe hoje eacute dinheiro com alto custo e juros

normais de mercado oferecidos pelos bancos e os preccedilos dos produtos satildeo

determinados pelo mercado de acordo com a oferta e demanda Diante deste

quadro o agricultor precisa agir profissionalmente mudando comportamentos

racionalizando o uso dos bens de produccedilatildeo para enfrentar o mercado cada vez mais

competitivo Aleacutem desses desafios vale lembrar que o crescimento da agricultura

pode ser conseguido com a educaccedilatildeo do agricultor como registrado na tabela 311

onde se cruzou a escolaridade com a produtividade A educaccedilatildeo deve ser a base

para que os agricultores possam entender o que os teacutecnicos da aacuterea querem

informar para melhorar a sua condiccedilatildeo de vida (tabela 35) Com o aumento do

conhecimento educacional dos agricultores eacute possiacutevel iniciar um real treinamento

mostrando-lhes os cuidados mais detalhados do manejo das culturas e das

criaccedilotildees informando-lhes o por que e como se conduz determinada praacutetica agriacutecola

Dahlman (1989) relata que as novas economias industrializadas do

leste asiaacutetico entenderam que o investimento na universalizaccedilatildeo de uma boa

educaccedilatildeo era um requisito essencial para acelerar a adoccedilatildeo a adaptaccedilatildeo e a

absorccedilatildeo de tecnologia O sucesso desses paiacuteses que constituem a base do novo

paradigma tecnoloacutegico deve-se muito aos pesados investimentos feitos na melhoria

e universalizaccedilatildeo da educaccedilatildeo secundaacuteria e na ampliaccedilatildeo da educaccedilatildeo superior

em particular com ecircnfase na engenharia e em outras aacutereas de ciecircncias aplicadas

A necessidade de aprender como se comportar frente aos

problemas inerentes agrave atividade agriacutecola faz sentido quando se vecirc que a agricultura

eacute um conjunto de arte ciecircncia e negoacutecio como uma atividade interdisciplinar e

ecleacutetica devido ao grande nuacutemero de variaacuteveis que o setor apresenta quando nele

se trabalha buscando informaccedilotildees e conhecimentos dos profissionais da aacuterea

(tabela 23) relacionados agrave assistecircncia teacutecnica Natildeo se deve considerar a agricultura

apenas como uma arte para natildeo se tornar uma questatildeo empiacuterica natildeo trata-la

somente como ciecircncia para natildeo ser um simples teoacuterico e natildeo se tornar um

mercador tratando-a exclusivamente como um negoacutecio

130

Deve-se mostrar ao produtor rural uma metodologia proacutepria de

coleta de registro de dados o que eacute fundamental para o processamento das

informaccedilotildees e posterior anaacutelise dos resultados Alem disso oportunizar o

conhecimento de conceitos fundamentais de custos de produccedilatildeo salientando cada

componente que propicia esse tipo de formulaccedilatildeo servindo de paracircmetro de

avaliaccedilatildeo e de sua consequumlecircncia relativa a comportamentos individuais dos

componentes Para Streeter (1988) a universidade puacuteblica deveria estar agrave frente

desse processo para ensinar aos produtores rurais todas as inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

assim como os conceitos metodoloacutegicos atraveacutes da pesquisa do ensino e da

extensatildeo

2) Vocaccedilatildeo para o negoacutecio

gt Considerando que 272 (907) exploram os imoacuteveis proacuteprios (tabela 10) dos quais 166 (553) foram comprados (tabela 9) pode-se inferir que os

agricultores tecircm interesse pelo negoacutecio e estatildeo vocacionados para esta atividade econocircmica

gt Necessaacuterio se faz instrumentalizaacute-los para renderem o maacuteximo proporcionando programas de extensatildeo oferecidos pelas universidades jaacute que a Emater e as cooperativas vem cumprindo sua parte podendo ainda

melhorar em especial a Emater que assiste pouco mais de 10 dos agricultores conforme tabela 24

A necessidade de procurar fazer sempre o melhor a cada dia estaacute no

fato de que natildeo existe mais espaccedilo para os incompetentes A realidade hoje requer

produtores com conhecimento ou que saibam onde buscar esses conhecimentos

conforme tabela 23 que enfatiza a importacircncia da assistecircncia teacutecnica para a

realizaccedilatildeo das funccedilotildees certas com as soluccedilotildees exatas para cada problema

Nesta perspectiva de trabalho busca-se exprimir alguns passos de

instrumentalizaccedilatildeo procurando aumentar a eficiecircncia na atividade agropecuaacuteria

para que cada um trabalhe com base em um planejamento eficaz da propriedade

analisando todos os processos e resultados obtidos com cada atividade

desenvolvida e tentar melhoraacute-la o maacuteximo possiacutevel

131

3) Infra-estrutura

gt As propriedades apresentam boa infra-estrutura (tabela 1112) em relaccedilatildeo agrave energia eleacutetrica aacutegua encanada veiacuteculos etc e se localizam em meacutedia a 27

km da cidade (tabela 8) podendo oferecer oacutetimas condiccedilotildees de moradia para as proacuteximas geraccedilotildees Depois de formados (atualmente somente 13 dos

agricultores residem nos imoacuteveis) poderatildeo residir no imoacutevel facilitando o acompanhamento e desenvolvimento das atividades exercidas nas

propriedades porque estaratildeo diariamente no gerenciamento da empresa

Para Barberato (2001) a agricultura eacute atividade de risco sujeita a

intempeacuteries e frustraccedilotildees e natildeo daacute a seguranccedila do emprego na zona urbana Para

se encaixar no mercado de trabalho o jovem da zona rural estaacute sendo incentivado

pelos proacuteprios pais a estudar mais e concluiacuter pelo menos o segundo grau Quando

isso acontece os pais incentivadores da formaccedilatildeo educacional se assustam mas

continuam tocando a vida na esperanccedila de que um dia um dos filhos volte e tome

conta do negoacutecio mesmo que agrave distacircncia porque acreditam que ldquoquem nasce no

campo natildeo esquece sua raizrdquo

4) Atividade uacutenica

gt Quase 50 (tabela 13) dos produtores dependem unicamente das rendas obtidas das atividades rurais e 55 contam com a ajuda da mulher e filhos

revelando que a busca da eficiecircncia para produzir e vender satildeo fatores determinantes no sucesso do negoacutecio

gt Outra variaacutevel importante nessa anaacutelise eacute que quase 80 dos agricultores (tabela 04) satildeo casados aumentando ainda mais sua responsabilidade

financeira para a manutenccedilatildeo da famiacutelia

Para Koslovski (2002) eacute atraveacutes da profissionalizaccedilatildeo das atividades agropecuaacuterias que o produtor poderaacute utilizar novas tecnologia

aumentar a produtividade e reduzir os custos adequando-se agraves exigecircncias do mercado Essas exigecircncias satildeo grandes entraves em especial para o pequeno

produtor geralmente mais carentes em recursos e conhecimentos Felizmente as iniciativas de oacutergatildeos como o IAPAR EMBRAPA

SENAR e outros permitem que esses agricultores tenham acesso as novas

132

tecnoloacutegicas ao conhecimento e agraves novas oportunidades oferecidas pelo mercado

Eacute essencial que todos tenham acesso aos treinamentos agrave assistecircncia teacutecnica e ao

creacutedito rural para que se profissionalizem e que aos seus filhos seja garantida

educaccedilatildeo de primeira qualidade para que se tornem cidadatildeos capazes de executar

novos empreendimentos no campo (KOSLOVSKI 2002)

5) Pequenos produtores

gt Dentro da amostra dos produtores que cultivam soja eou milho eou cafeacute 124 (413) tecircm aacutereas com ateacute 1983 alqueires (tabela 07) natildeo havendo competitividade na venda dos produtos in natura pela falta de escala

precisam buscar alternativas tais como (a) agregar valores aos produtos atraveacutes da agroinduacutestrializaccedilatildeo

(b) formaccedilatildeo de cooperativas para venda de grandes lotes ou tentar encurtar o canal de comercializaccedilatildeo evitando negociar com intermediaacuterios vendendo

sua produccedilatildeo direto ao consumidor final

Segundo Barberato (2001) Londrina tem uma produccedilatildeo

diversificada que se inicia com o ldquoantigordquo cafeacute que voltou a ser cultivado no modelo

adensado nos uacuteltimos anos trazendo expectativa de novos rendimentos passando

por commodities como a soja ateacute a agroinduacutestria que representa uma nova

alternativa de renda especialmente agraves pequenas propriedades Mesmo em uma

regiatildeo em que predominam pequenas propriedades que tecircm dificuldades na

produtividade pela falta de escala as culturas mais cultivadas ainda satildeo da soja

milho cafeacute

O pequeno agricultor no Brasil sempre teve poucas chances de

poder escoar seus produtos sem a ajuda de intermediaacuterios ou o enfrentamento da

competiccedilatildeo com os grandes produtores A agroinduacutestria familiar - com a fabricaccedilatildeo

de produtos caseiros em meacutedia escala para venda direta ao consumidor ou atraveacutes

de associaccedilatildeo de pequenos produtores - pode ser a soluccedilatildeo para este segmento

O Secretaacuterio da Agricultura do Municiacutepio de Londrina ressalta que a

agroinduacutestria estaacute se ampliando mostrando que haacute uma produccedilatildeo meacutedia de 30 itens

advindos de produtos agriacutecolas como o accediluacutecar mascavo vinhos e licores compotas

sucos embutidos e defumados adubo orgacircnico mel entre outros Enfatiza

tambeacutem que nos distritos do Municiacutepio foram formados Conselhos com objetivo de

atuarem na zona rural natildeo soacute no que diz respeito agrave produccedilatildeo agriacutecola mas tambeacutem

133

na organizaccedilatildeo dos produtos e capacitaccedilatildeo e treinamentos dos produtores

(BARBERATO 2001)

6) Matildeo-de-obra utilizada

gt Mais de 50 dos produtores (tabela 14) manteacutem empregados fixos na propriedade - em meacutedia 318 empregados por propriedade - fator importante

socialmente porque a fixaccedilatildeo dos empregados na aacuterea rural com registro em carteira recebendo salaacuterios e todos os encargos sociais e trabalhistas diminui e minimiza os cinturotildees de pobreza nos centros urbanos Como

consequecircncia reduz as favelas a criminalidade e a prostituiccedilatildeo com alternativas de sobrevivecircncia para famiacutelias analfabetas e sem emprego no meio urbano que deixam a aacuterea rural para se aventurarem nas grandes

cidades

Aleacutem da importacircncia social a matildeo de obra no

meio rural tambeacutem eacute a que mais contribui quando se verifica o efeito renda conforme levantamento da FAEP -

Federaccedilatildeo Paranaense de Agricultura (2002) para explicar na teoria o que se observa no interior do Paranaacute Baseado

em estudos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social ndash BNDES o relatoacuterio explica que a agricultura eacute a atividade que mais gera emprego ldquoefeito

rendardquo ou seja a agricultura eacute o setor com maior potencial para abrir vagas no mercado de trabalho em outros

segmentos da economia Eacute o que os especialistas chamam de ldquoefeito multiplicadorrdquo

O emprego efeito renda surge em decorrecircncia de um bom desempenho de determinado ramo de atividade econocircmica No caso da lavoura se a produccedilatildeo do campo

vai bem o comeacutercio e os serviccedilos tambeacutem lucram Eacute a loja de eletrodomeacutesticos que vende mais o restaurante que

atende mais satildeo estabelecimentos que para dar conta da demanda acabam contratando mais gente

Para chegar a essa conclusatildeo o BNDES simulou a realizaccedilatildeo de investimentos de R$10 milhotildees em

41 atividades econocircmicas (agricultura induacutestria e seus

134

segmentos) Calculou quantas vagas esses R$ 10 milhotildees conseguiriam abrir no mercado de trabalho Em empregos

diretos a induacutestria de vestuaacuterio fica na frente da agricultura ndash na simulaccedilatildeo seriam 1080 novas vagas da

primeira contra 620 da atividade agriacutecola Mas no emprego efeito-renda a lavoura eacute a que mais propicia oportunidade de trabalho para os demais setores da economia Seriam 387 empregos para um investimento de R$ 10 milhotildees

contra 327 das faacutebricas de roupas em aplicaccedilatildeo de recursos idecircntica Os segmentos da induacutestria com maior potencial no ldquoefeito rendardquo satildeo aqueles que transformam mateacuteria prima produzida no campo A industria do cafeacute

dos oacuteleos vegetais de laticiacutenios e as refinarias de accediluacutecar

7) Entraves econocircmicos

gt A interferecircncia do governo brasileiro nos tratados comerciais entre as naccedilotildees para a eliminaccedilatildeo das tarifas alfandegaacuterias e dos subsiacutedios dados

pelos paiacuteses ricos aos agricultores aleacutem de vantajoso para todos conforme demonstra o graacutefico 16 pelos dados do FMI eacute importante para o agricultor

brasileiro uma vez que nossa participaccedilatildeo no comeacutercio mundial de produtos agriacutecolas eacute de 3 do total comercializado Mesmo assim o agribusiness

brasileiro vem crescendo em especial nos segmentos da soja laranja accediluacutecar carnes etc

Por mais difiacutecil e injusto que pareccedila se for considerada a benesse

ofertada aos produtores dos paiacuteses do primeiro mundo conforme se verificou no

graacutefico 16 a eficiecircncia do meio rural brasileiro teraacute de ser conseguida pelo proacuteprio

produtor - sem subsiacutedios com pouco creacutedito - conforme se verificou na tabela 22

em que 50 dos produtores ainda necessitam de financiamento mesmo pagando

altos juros e tambeacutem menos protecionismo enfim com menor ajuda do governo

Portanto os escassos insumos materiais teratildeo que ser potencializados com a

melhoria da capacidade administrativa e do conhecimento do produtor rural

Embora os uacuteltimos governos do Brasil tenham dado muito pouco ou

quase nada de proteccedilatildeo ou subsidio aos produtores rurais se comparado com os

27 paiacuteses da OCDE ndash Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econocircmico

ndash que em 1998 gastaram 362 bilhotildees de doacutelares (graacutefico 16) com diferentes formas

135

de proteccedilatildeo a seus agricultores o paiacutes estaacute entre os trecircs primeiros exportadores

mundiais de cafeacute suco de laranja accediluacutecar e do complexo de soja sem falar em

carnes fumo mandioca e outros produtos Apesar da pequena participaccedilatildeo no

comeacutercio mundial de produtos agriacutecolas algo em torno de 3 do total eacute este o

uacutenico setor que salva nossa balanccedila comercial Ano apoacutes ano o saldo comercial do

agribusiness vem crescendo enquanto que no conjunto o deacuteficit geral eacute alarmante

De qualquer maneira entre os que estudam os problemas agriacutecolas existe quase uma unanimidade de que - em niacutevel mundial - tanto os produtores agriacutecolas como os consumidores satildeo os mais prejudicados com o excesso de intervenccedilatildeo A conclusatildeo baacutesica dos estudiosos eacute que o excesso

de intervenccedilatildeo prejudica o esforccedilo global de desenvolvimento (graacutefico 17) porque restringe as exportaccedilotildees da grande maioria das naccedilotildees pobres ou em

desenvolvimento traz crescentes doses de sacrifiacutecios para as populaccedilotildees envolvidas e provoca uma reduccedilatildeo consideraacutevel no consumo de alimentos

em funccedilatildeo da manutenccedilatildeo de preccedilos artificialmente elevados nos mercados domeacutesticos atendendo a interesses econocircmicos das naccedilotildees mais ricas e

desenvolvidas

8) Diversificaccedilatildeo com especializaccedilatildeo

gt Por se tratar de atividade de risco feita a ceacuteu aberto o produtor deve diversificar as atividades buscando soluccedilotildees com os profissionais da aacuterea (tabela 23) que disporatildeo de informaccedilotildees teacutecnicas adequadas para ajudar o

produtor no desenvolvimento da atividade desejada

A agricultura vive de custos de oportunidades ou seja o produtor

deve sempre tomar as decisotildees de forma a utilizar melhor os fatores de produccedilatildeo

que satildeo basicamente a terra a matildeo de obra e o capital que andam lado a lado para

o bom aproveitamento Para tornar a empresa rural eficiente o produtor deve

tambeacutem buscar a diversificaccedilatildeo das atividades com especializaccedilatildeo o que significa

saber administrar a complexidade de algumas atividades e com a responsabilidade

de produziacute-las com qualidade na busca da lucratividade A monocultura pelos

riscos inerentes agraves atividades pode ser perigosa

136

9) Racionalizaccedilatildeo no uso dos maquinaacuterios

gt As aquisiccedilotildees dos maquinaacuterios soacute satildeo vaacutelidas se for para utilizar sua capacidade maacutexima pois eles parados oneram os custos (tabela 20)

gt O Brasil eacute um dos poucos paiacuteses que ainda pode melhorar muito natildeo soacute no aumento da produtividade como tambeacutem na expansatildeo das aacutereas

agricultaacuteveis

Para muitos agricultores significa tambeacutem que aqueles

investimentos que ldquocustam muito e satildeo utilizados poucordquo onerando o produto pela

ociosidade dos maquinaacuterios teratildeo de ser repensados na sua forma de uma

utilizaccedilatildeo mais intensa E para adquirir o maquinaacuterio deve-se fazer uma anaacutelise

com relaccedilatildeo ao seu custondashbenefiacutecio e ponderar se justifica sua aquisiccedilatildeo soacute em

sociedade ou ainda a alternativa de contratar os serviccedilos das maacutequinas que seratildeo

utilizadas no processo produtivo alternativa esta muito utilizada pelos produtores

que natildeo tecircm possibilidade de adquirir a maacutequina conforme verifica-se na tabela 20

onde frac14 dos produtores disseram natildeo ter maquinaacuterios embora tenham apresentado

boa produtividade em especial no cultivo da soja conforme demonstra a tabela 36

10) Busca da modernizaccedilatildeo

gt Fazer do agricultor um empresaacuterio que poderaacute administrar a propriedade rural de forma mais profissional tornando-a uma empresa rural

A agricultura brasileira pelas proacuteprias caracteriacutesticas da nossa

economia precisa de produtores profissionais para manter suas atividades com os

proacuteprios recursos Outrora quando o agricultor precisava de recursos financeiros

para custear sua produccedilatildeo agriacutecola obtinha empreacutestimo subsidiado pelo governo

Ou ainda quando queria vender sua produccedilatildeo procurava a CFP ndash Comissatildeo de

Financiamento da Produccedilatildeo - hoje Conab e entregava os seus produtos pelos bons

preccedilos que o governo determinava Isso dava uma grande seguranccedila para o

agricultor mas fechava as portas agrave comercializaccedilatildeo O produtor natildeo tinha que se

preocupar com a utilizaccedilatildeo eficiente dos bens de produccedilatildeo praacutetica ainda muito

utilizada pelo Japatildeo e paiacuteses da Europa conforme expressa o graacutefico 16 que tecircm

grande parte de sua produccedilatildeo agriacutecola subsidiada pelo governo

137

Sem duacutevida o primeiro passo para a modernizaccedilatildeo da agricultura eacute

tornar o agricultor um empresaacuterio como mostra a produtividade conseguida pelo

agricultor com alta escolaridade (tabela 311) que poderaacute administrar a propriedade

rural de forma mais profissional tornando-a uma empresa rural

11) Evitar financiamento

gt O dinheiro existente nos bancos tem um alto custo e 50 dos produtores ainda necessitam de financiamento (tabela 22) para o cultivo das safras A

soluccedilatildeo eacute agrave busca da auto-suficiecircncia financeira atraveacutes da eficiecircncia

A eficiecircncia que conduziraacute a emancipaccedilatildeo dos agricultores somente seraacute possiacutevel se for precedida de uma boa educaccedilatildeo As escolas

rurais que nos uacuteltimos foram gradativamente sendo reduzidas no Municiacutepio de Londrina na verdade deveria formar cidadatildeos com mais auto-confianccedila e auto-suficiecircncia teacutecnica de modo a fazer com que o patrimocircnio de sua famiacutelia fosse auto-sustentaacutevel A educaccedilatildeo baacutesica rural deveria ter um caraacuteter mais

instrumental proporcionando aos alunos conteuacutedos uacuteteis que possam aplicar na correccedilatildeo e soluccedilatildeo dos problemas que ocorrem nos negoacutecios nas

propriedades e mesmo na sua comunidade Para Souza (1999) os creacuteditos para custeio e para investimentos

precisam ser relativamente abundantes e a taxa de juros mais baixa a fim de

estimular a produccedilatildeo e a modernizaccedilatildeo sobretudo no caso dos pequenos

produtores e das culturas do mercado interno

12) Acompanhamento dos preccedilos

gt Ter habilidade para comprar bem os insumos e vender satisfatoriamente a produccedilatildeo determina o sucesso dos negoacutecios no meio rural

Nesse momento de profundas modificaccedilotildees no perfil do agricultor

deve-se buscar sempre a diminuiccedilatildeo dos custos pois eacute a forma que se tem de

aumentar a rentabilidade dentro da propriedade Essa reduccedilatildeo nos custos comeccedila

no planejamento adequado da propriedade atraveacutes da montagem de sistemas de

produccedilatildeo capazes de produzir com alta qualidade e escala de produccedilatildeo com o

miacutenimo de custo possiacutevel sem prejuiacutezo na atividade com uso de teacutecnicas

138

adequadas para cada tipo de produtor Crepaldi (1993) enfatiza que no atual

estaacutegio de desenvolvimento da agricultura brasileira o custo de produccedilatildeo eacute bastante

elevado em funccedilatildeo das fortes doses de adubaccedilatildeo sementes selecionadas e

defensivos agriacutecolas empregados nas culturas por serem insumos importados e de

alto custo para o produtor rural

Mas natildeo eacute apenas na diminuiccedilatildeo de custos que se pode trabalhar

Existe outro fator que eacute o aumento do rendimento que deveraacute ser compatiacutevel com o

custo o aumento do rendimento ou da produtividade de uma atividade agriacutecola

deveraacute ser maior que o custo realizado Isto se reflete muitas vezes quando os

produtores tecircm baixo poder aquisitivo ou restriccedilatildeo orccedilamentaacuteria devendo estes

definir em que produto ou operaccedilatildeo colocar o dinheiro disponiacutevel para que renda o

maacuteximo possiacutevel Quem natildeo tiver habilidade para comprar bem seus insumos e

vender satisfatoriamente sua produccedilatildeo certamente teraacute dificuldades para

sobreviver no negoacutecio conforme se verifica na preocupaccedilatildeo do agricultor em

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos (tabela 29)

13) Mercado futuro via cooperativas

gt Uso do mercado futuro para minimizar os riscos nas oscilaccedilotildees dos preccedilos - quando o preccedilo for interessante

gt O produtor pode negociar a produccedilatildeo atraveacutes do quadro de funcionaacuterios especializados das cooperativas

Para reduzir o risco de oscilaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos na hora

de vender a produccedilatildeo o produtor poderaacute buscar o mercado futuro obviamente

quando os preccedilos lhes forem favoraacuteveis Natildeo deve esperar que a BMampF vaacute atraacutes de

cada um para explicar como funciona conforme identificou-se nas tabelas 314

324 334 e 344 Verificou-se uma baixa demanda desse mercado pelo produtor

exatamente pela sua falta de conhecimento nesse tipo de negoacutecio

Conforme ressalta Souza (1995) a melhor alternativa de acesso dos

produtores rurais ao mercado futuro poderaacute ser feito via cooperativas com a

utilizaccedilatildeo do seu quadro de funcionaacuterios especializados Elas poderiam fazer todo o

controle dos ajustes diaacuterios e burocraacuteticos das negociaccedilotildees e tambeacutem manter o

produtor informado por meio de editais ou outro mecanismo de comunicaccedilatildeo sobre

as cotaccedilotildees e preccedilos dos produtos nos mercados

139

14) Agricultura sustentaacutevel

gt Talvez seja a uacutenica alternativa para a preservaccedilatildeo da espeacutecie humana na terra

gt Eacute possiacutevel e depende do homem do campo porquanto gt A necessidade do uso adequado e racional dos agrotoacutexicos na produccedilatildeo

dos alimentos eacute fundamental para evitar o envenenamento natildeo soacute do produtor ao aplicaacute-lo mas tambeacutem da populaccedilatildeo urbana ao consumiacute-lo

gt A importacircncia da preservaccedilatildeo do solo com manejo adequado das culturas mantendo intacta as matas ciliares e conservando as curvas de niacuteveis das

propriedades evitaraacute a perda da terra feacutertil e consequumlentemente o assoreamento dos rios

gt A preocupaccedilatildeo em evitar ao maacuteximo as queimadas na abertura de novas

fronteiras agriacutecolas na busca de rapidez para a utilizaccedilatildeo da terra porque aleacutem de

degradar o solo contribui para aumentar o buraco na camada de ozocircnio da

atmosfera

Essas atitudes que dependem exclusivamente do produtor rural satildeo viaacuteveis permitem a praacutetica de atividades agriacutecolas economicamente

rentaacuteveis preservam o meio ambiente e por consequumlecircncia melhoram a qualidade de vida do homem na terra

Aliando as atividades agriacutecolas economicamente ativas com a

conservaccedilatildeo e a preservaccedilatildeo ambiental proporcionam-se condiccedilotildees para produzir

cada vez mais Eacute o que se denomina agricultura sustentaacutevel sendo tecnicamente

correta economicamente viaacutevel ambientalmente aceitaacutevel e socialmente justa

Sabe-se que o produtor brasileiro natildeo tem tanta preocupaccedilatildeo com

a conservaccedilatildeo do solo e tambeacutem com a preservaccedilatildeo ambiental e isso pode ser

maleacutefico ao longo do tempo prejudicando a sobrevivecircncia das proacuteximas geraccedilotildees

Falhas detectadas na camada de ozocircnio em razatildeo das queimadas

assoreamento dos rios pelo desconhecimento no preparo das lavouras uso

inadequado dos agrotoacutexicos poluindo os mananciais e nascentes de rios satildeo alguns

exemplos que podem ser citados

O Brasil dispotildee de condiccedilotildees ideais para aproveitar um novo

segmento do mercado agriacutecola mundial que estaacute crescendo de forma acelerada

principalmente nos paiacuteses desenvolvidos e que jaacute movimenta mais de US$20

140

bilhotildees por ano a ldquoagricultura natural ou bioloacutegicardquo Essa cadeia produtiva envolve

produtos que vatildeo do cafeacute aos diversos tipos de cereais e carnes dependendo do

produto e do paiacutes os consumidores estatildeo dispostos a pagar precircmio de ateacute 200

sobre o preccedilo do produto comum O Brasil dispotildee do maior rebanho bovino ldquoverderdquo

no mundo e vaacuterios locais jaacute produzindo produtos naturais

Rodrigues (2000) citando Lester Brown presidente do Worldwatch

Institute em recente discurso em um congresso para agricultores europeus

defendeu a hipoacutetese de que ateacute o ano 2020 a oferta de alimentos mundial cresceraacute

menos que a populaccedilatildeo o que aumentaria o preccedilo meacutedio dos produtos agriacutecolas

Usou como argumento que a tecnologia agronocircmica natildeo permitiraacute saltos de

produtividade como os obtidos ateacute agora e ainda as aacutereas agricultaacuteveis estatildeo

diminuindo juntamente com a escassez de aacutegua para irrigaccedilatildeo Pereira (1999)

ressalta que o Brasil eacute um dos poucos paiacuteses com capacidade de expandir sua

produccedilatildeo seja pelo aumento da aacuterea plantada e pelo incremento da produccedilatildeo

Para Casado (2003) o Brasil precisa investir na infra-estrutura em

especial para o escoamento da produccedilatildeo entende que apesar da imensidatildeo

territorial e das ainda precaacuterias condiccedilotildees logiacutesticas a privatizaccedilatildeo dos meios de

transportes e da rede de armazenagem aos poucos tece a malha de infra-estrutura

que garantiraacute o escoamento das safras Eacute a iniciativa privada em busca de soluccedilotildees

para o desenvolvimento da nossa naccedilatildeo

O agribusiness brasileiro pode ter um futuro promissor Segundo

Rodrigues (2000) o potencial do agronegoacutecio nacional em termos de aacuterea

cultivaacutevel impressiona A aacuterea total de mais de 210 milhotildees de hectares (24 do

territoacuterio nacional) da regiatildeo dos cerrados equivale agrave metade da aacuterea total do

Meacutexico Eacute nela ainda estatildeo inexplorados cerca de 90 milhotildees de hectares uma aacuterea

equivalente agrave China e EUA que satildeo os dois maiores produtores mundiais de gratildeos

Neste contexto o Brasil tem condiccedilotildees de operar em larga escala no

agronegoacutecio internacional pois eacute o uacutenico paiacutes no mundo com uma infraestrutura

razoaacutevel que dispotildee em abundacircncia do fator produccedilatildeo mais escasso em escala

mundial terra agricultaacutevel Eacute necessaacuterio portanto que se busque o maacuteximo de

eficiecircncia em todos os elos da cadeia produtiva e que o governo crie um ambiente

econocircmico favoraacutevel para que o agribusiness nacional possa operar com seguranccedila

e competitividade na conquista de novos mercados e que procure ainda com mais

vigor e determinaccedilatildeo eliminar as distorccedilotildees que afetam o comercio internacional

141

Diante deste prognoacutestico pode-se afirmar que o Brasil eacute uma

exceccedilatildeo neste cenaacuterio e poderaacute ser a grande forccedila produtora deste seacuteculo que se

inicia O paiacutes possui mais de 150 milhotildees de hectares o que corresponde a 62

milhotildees de alqueires paulistas de terras agricultaacuteveis das quais satildeo ocupadas

atualmente somente 13 aleacutem da maior reserva de aacutegua doce do planeta (19

estatildeo no Brasil) Isso sem contar a produtividade que ainda pode ser melhorada

atraveacutes da educaccedilatildeo do agricultor brasileiro Ravanello (2002) afirma que o Brasil

tem potencial para se transformar no verdadeiro celeiro do mundo neste seacuteculo que

se inicia

Pode-se afirmar que o paiacutes dispotildee de todas as condiccedilotildees para

melhorar agregando valor aos produtos industrializando marcas etc e por

consequumlecircncia melhorando a vida do povo brasileiro Haacute de se ressaltar entretanto

que isso natildeo seraacute dado gratuitamente Eacute necessaacuterio muito trabalho e muita

dedicaccedilatildeo de todos e em especial muita seriedade e honestidade dos governantes

no trato com as coisas que satildeo puacuteblicas para que se possa oferecer para nossos

filhos e nossos netos um verdadeiro Paiacutes de Primeiro Mundo

REFEREcircNCIAS

AGRIANUAL Anuaacuterio estatiacutestico da agricultura brasileira Satildeo Paulo FNP Consultoria e Comeacutercio 2000 AGUIAR Danilo R Dias Mercados Futuros como instrumentos de comercializaccedilatildeo agriacutecola no Brasil In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 371999 Foz do Iguaccedilu Anais Brasiacutelia Sober 1999 p66-69 A ECONOMIA de Londrina Folha de Londrina Londrina 10 dez 2002 Caderno Especial p7 AGRICULTURA eacute a que mais gera emprego em outros setores Jornal de Londrina Londrina 15 set 2002 Seccedilatildeo Economia p9A ALEXANDER Colin Capturing full-trend profits in the commodity futures markets New York Windsor Books 2002 ALOE Armando VALLE Francisco Contabilidade Agriacutecola 7ed Satildeo Paulo Atlas 1981

142

ALVES Elizeu SOUZA Geraldo da Silva GARAGORRY Fernando Luiz A Evoluccedilatildeo da produtividade do milho Ediccedilatildeo 1979-1998 Brasiacutelia Sober 1998 CD-ROM AS SEMENTES da discoacuterdia acabar com os subsiacutedios agrave agricultura seria bom para todo mundo Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 782 v36 n26 p50 dez 2002 AYRES Carlos HS The contribution of agricultural research to soybean productivity in Brazil 1985 Tese (PhD) - University of Minnesota Saint Paul Minnesota AZEVEDO Paulo Furquim Comercializaccedilatildeo de produtos agroindustriais In BATALHA Mario Otaacutevio (Coord) Gestatildeo Agroindustrial Satildeo Paulo Atlas 1997 p49-138 BACCHI Mirian R Piedade Liquidaccedilatildeo financeira e indicadores de preccedilos In CURSO DE FORMACcedilAtildeO DE PROFESSORES UNIVERSITAacuteRIOS EM MERCADO FUTURO 5 1998 Anais Piracicaba ESALQUSP 1998 p47-80 BARBERATO Claacuteudia Agricultura estaacute nas matildeos dos pequenos Folha de Londrina Londrina 10 dez 2001 Caderno B Especial p6 BASTIANI Ivoneti C Rigon O produtor rural na condiccedilatildeo de empreendedor In CONGRESSO BRASILEIRO DE ADMINISTRACcedilAtildeO RURAL 3 1999 Belo Horizonte Anais Lavras UFLA 1999 BASTIANI Ivoneti C Rigon et al A fisiologia da Bolsa de Mercadorias e Futuro Caderno de Administraccedilatildeo Maringaacute v7 n3 p121-140 juldez 1999 BATALHA Mario Otavio Gestatildeo Agro Industrial Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais Satildeo Paulo Atlas 1997 v1 ______ Gestatildeo Agro Industrial Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais Satildeo Paulo Atlas 1997 v2 BERNSTEIN Peter L Desafio aos Deuses a fascinante histoacuteria do risco 6ed Rio de Janeiro Campus 1997 BOLSA de mercadorias e futuros In CURSO DE FORMACcedilAtildeO DE PROFESSORES UNIVERSITAacuteRIOS EM MERCADOS FUTUROS AGROPECUAacuteRIOS 5 1998 Piracicaba Piracicaba ESAPQUSP 1998 BOONE Louis E KURTZ David L Contemporary marketing wired Orlando The Dryden Press 1998 BRASIL Lei 8629 de 25 de fevereiro de 1993 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo dos dispositivos constitucionais relativos agrave reforma agraacuteria Diaacuterio Oficial da Republica Federal do Brasil Brasiacutelia p2349 abr 1993 Disponiacutevel em lthttplegislaccedilatildeoplanaltogovbr gt Acesso em 19 abr 2003

143

BRESSAN A A construccedilatildeo da nova poliacutetica agriacutecola In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 37 Foz do Iguaccedilu 1999 Anais Brasiacutelia Sober 1999 p5-11 BRUM Argemiro Luiz Subsiacutedio Agriacutecola a contradiccedilatildeo Europeacuteia Disponiacutevel emlthttpwwwfidenecombrUniagendaOpiniatildeogt Acesso em 11 jul 2003 CAFFAGNI Luiz Claacuteudio Bolsa de Mercadorias e Futuros Teacutecnicos de Derivativos Agropecuaacuterios BMampF n1 p25-38 2001 CAIXETA Nely A forccedila do campo Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 778 out 2002 Disponiacutevel emlt httpwww2uolcombrexamegt Acesso em 6 jan 2003 CASADO Vacircnia Brasil jaacute eacute o maior exportador do complexo soja do mundo Folha de Londrina Londrina 6 jul 2003 Caderno Economia p1 COBLE Keith H BARNETT Barry J The role of research in producer risk management Mississippi Mississippi State University 1999 CONAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade de cafeacute Brasiacutelia 2003a Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbrgt Acesso em 10 jun 2003 CONAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade de milho Brasiacutelia 2003b Disponiacutevel emlthttp wwwconabgovbrgt Acesso em 10 jun 2003 CONAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade de soja Brasiacutelia 2003c Disponiacutevel emlthttp wwwconabgovbrgt Acesso em10 jun 2003c CONAB Prognoacutestico da produccedilatildeo de gratildeos no Brasil para safra 20022003 Brasiacutelia 2003d Disponiacutevel emlthttp wwwconabgovbrgt Acesso em 10 jun 2003d CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DA AGRICULTURA Um perfil do agricultor brasileiro Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwcnaorgbrPERFILhtmgt Acesso em 4 ago 2002 CREPALDI Silvio Aparecido Contabilidade rural uma abordagem decisorial Satildeo Paulo Atlas 1993 DAHLMAN Carl J Impact of technological change on industrial prospects for the LDCs New York World Bank 1989 (Industry Seacuteries Paper 32) DIAS Guilherme L da Silva BARROS Alexandre L Mendonccedila Situaccedilatildeo da Agricultura no Brasil e no Mundo IN CURSO DE FORMACcedilAtildeO DE PROFESSORES UNIVERSITAacuteRIOS EM MERCADO FUTURO 5 1998 Anais Piracicaba USPESALQ 1998 p47-80 DRUCKER Peter F Introduccedilatildeo agrave Administraccedilatildeo 3ed Satildeo Paulo Pioneira 2000

144

DUFUMIER Marc Les Projets de Deacuteveloppement agricole Paris Eacuteditions Karthala CTA 1996 DUTRA Ivan SOUZA Maria Joseacute B Pesquisa de Marketing Londrina Universidades Estaduais de Londrina 2001 Apostila apresentada a Disciplina Organizaccedilotildees e Mercado do curso de Mestrado em Administraccedilatildeo EVERED R Management education for the year 2000 In COOPER Cary L Developing managers for the 1980s New York McMillan Press 1981 FEDERACcedilAtildeO DA AGRICULTURA DO ESTADO DO PARANAacute A importacircncia da agropecuaacuteria na geraccedilatildeo de empregos Boletim Informativo Curitiba Ediccedilatildeo 736 set 2002 FERREIRA Alcides HORITA Nilton BMampF a histoacuteria do mercado futuro no Brasil Satildeo Paulo Cultura Editores Associados 1996 FORBES Luiz F Princiacutepios baacutesicos para aplicar nos mercados futuros Satildeo Paulo BMampF 1991 FUTURE INDUSTRY INSTITUTE Curso de Futuros e Opccedilotildees Bolsa de Mercadorias e Futuros Satildeo Paulo 1998 GITMAN Laurence J Princiacutepios de Administraccedilatildeo financeira 7ed Satildeo Paulo Harbra 1997 841 p HANSON Darin K PEDERSON Glenn Price risk management by Minnesota farmers Minnesota Agricultural Economist n691 Winter 1998 Disponiacutevel emlthttpwwwextensionumnedunewslettersageconomistcomponentsag237-691bhtmlgt Acesso em fev 2003 HAZELL Peter B R Application of risk preference estimates in firm-household and agricultural sector models American Journal of Agricultural Economics Worcester v64 p384-90 may 1982 HEMERLY Francisco Xavier Coordenaccedilatildeo da cadeia Produtiva do Cafeacute In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 29 2001 Recife Anais Brasiacutelia 2001 CD-ROOM HERBST Johann H Farm Management Illinois Stipes Publishing Company 1975 HULL John Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees 2ed Satildeo Paulo BMampF 1996 ______ Options futures amp Other Derivatives London Printice Hall 2000 IAPAR O cafeacute no Brasil histoacuteria produccedilatildeo e exportaccedilatildeo Londrina 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwprgovbriaparcafeacutebrasilhtml gt Acesso em 31 out 2002

145

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McGEE James PRUSAK Laurence Gerenciamento estrateacutegico da informaccedilatildeo Rio de Janeiro Campus 1994 MARION Joseacute Carlos Contabilidade da Pecuaacuteria Satildeo Paulo Atlas 1983 179p MARQUES Pedro Valentim Mercados de Futuros de Commodities Agropecuaacuterios Piracicaba ESALQUSP 1997 ______ Gestatildeo de Negoacutecios Agroalimentares Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios Satildeo Paulo Pioneira 2000 MARQUES Pedro Valentim MELLO Pedro C Mercados Futuros de Commodities Agropecuaacuterias exemplos e aplicaccedilotildees para os mercados brasileiros 3ed Satildeo Paulo BMampF 1999

146

MARQUES Ramatildeo HS Determinantes do uso de mercados futuros pelos produtores de soja de Cascavel-Pr 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Economia) - Universidade Federal de Viccedilosa Viccedilosa MAXIMIANO Antonio C Amaru Teoria geral da administraccedilatildeo da escola Cientiacutefica agrave Competitividade na Economia Globalizada 2ed Satildeo Paulo Atlas 2000 MAZOYOER Marcel ROUDART Laurence Historie des Agriculteurs du monde Paris Eacuteditions du Seuil 1997 MENDES JTG LARSON DW Anaacutelise econocircmica das estrateacutegias de comercializaccedilatildeo da soja sob condiccedilotildees de risco Revista de Economia e Sociologia Rural Brasiacutelia v20 n2 p 175-192 1982 MORAES FILHO Joatildeo Paulo Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwconabgovbrgt Acesso em 19 fev 2003 MOREIRA Rocilda Santos Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbr gt Acesso em 19 fev 2003 MORICOCHI Luiz MARTIN Nelson B VEGRO Celso Luiz R Produccedilatildeo de cafeacute nos paiacuteses concorrentes do Brasil e tendecircncias do consumo mundial Informaccedilotildees Econocircmicas Satildeo Paulo v27 n5 p7-24 maio 1997 MORIN Edgar Os sete saberes necessaacuterios agrave educaccedilatildeo do futuro 2ed Satildeo Paulo Cortez 2000 NANTES Joseacute Flavio Diniz Gerenciamento da empresa rural In BATALHA Mario Otaacutevio (Coord) Gestatildeo Agroindustrial Satildeo Paulo Atlas 1997 p489-514 NOGUEIRA Antonio Carlos L Mecanizaccedilatildeo na agricultura brasileira Uma visatildeo prospectiva Caderno de pesquisas em Administraccedilatildeo Satildeo Paulo v8 n4 outdez 2001 NORONHA Joseacute F Projetos agropecuaacuterios administraccedilatildeo financeira orccedilamento e viabilidade econocircmica 2ed Satildeo Paulo Atlas 1987 OS NUacuteMEROS do Planeta Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 782 v36 n26 p85-87 dez 2002 OLIVEIRA Cantalicio Preto Economia e administraccedilatildeo rurais 3ed Porto Alegre Sulina 1976 PEREIRA MF Evoluccedilatildeo da fronteira tecnoloacutegica muacuteltipla e da produtividade total dos fatores do setor agropecuaacuterio brasileiro 1999 Tese ( Doutorado) - Centro Tecnoloacutegico Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

147

PERRY Janet JOHNSON Jim Influences of human capital and farm characteristics on farmerrsquos risk attitudes Orlando Floacuterida American Agricultural Economics Association 2000 PEROBELLI Fabiana S Anaacutelise sobre eficiecircncia em mercados futuros Uma comparaccedilatildeo entre os contratos de algodatildeo em pluma da BMampF e da NYBOT 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado Economia) - Escola Superior Luiz de Queiroacutez USP Piracicaba PIMENTEL Fernando CPR De onde partimos e para onde vamos Revista Preccedilos Agriacutecolas Mercado e Negoacutecios Agropecuaacuterios Satildeo Paulo n161 p9-11 mar 2000 PINTO Wildson Justiniano SILVA Orlando Monteiro O relacionamento de preccedilos e a efetividade do heding nos contratos de cafeacute In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 2001 Recife Anais Brasiacutelia Sober 2001 PREVIDELLI Joseacute de Jesus Descriccedilatildeo das Operaccedilotildees do Hedge no Mercado Futuro e Anaacutelise de sua Eficiecircncia enquanto Instrumento de Proteccedilatildeo de Riscos Caderno de Administraccedilatildeo Maringaacute v7 n3 p49-66 juldez 1999 RAVANELLO Normeacutelio O desenvolvimento comeccedila e termina pela agropecuaacuteria A Granja Porto Alegre v646 p66 out 2002 ROBBINS Stephen Paul Administraccedilatildeo Mudanccedilas e Perspectivas Satildeo Paulo Saraiva 2000 RODRIGUES Roberto O agribusiness em 2000 Daacute para ser otimista Disponiacutevel emlthttpwwwagronlinecombr gt Acesso em 21 fev 2003 ROSS Stephen A WESTERFIELD Randolph W JAFFE Jeffrey F Administraccedilatildeo Financeira Corporate Finance Satildeo Paulo Atlas 1995 SANTANA CAM The impact of economic policies on the soybean sector of Brazil an effective protection analysis 1984 Tese (PhD) - University of Minnnesota Saint Paul Minnesota SANTOS Gilberto Joseacute MARION Joseacute Carlos Administraccedilatildeo de custos na agropecuaacuteria Satildeo Paulo Atlas 1993 SCHOUCHANA Felix Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios Satildeo Paulo BMampF 1997 SCHOUCHANA Felix Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios no Brasil 2ed Satildeo Paulo BMampF 2000 SEAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade nas safras de 20012002 e 20022003 Curitiba 2003 Disponiacutevel emlthttpwwwprgovseab gt Acesso em 10 jun 2003

148

SOUKI Gustavo Q XISTO EMS SALAZAR German T Reflexotildees sobre o custo de oportunidade da informaccedilatildeo no setor agropecuaacuterio In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 37 1999 Foz do Iguaccedilu Anais Brasiacutelia Sober 1999 v2 SORIMA NETO Joatildeo EDWARD Joseacute O Brasil que aguumlenta o tranco Veja Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 1598 v32 n20 p122-127 maio 1999

SOUZA Nali de Jesus Desenvolvimento Econocircmico 4ed Satildeo Paulo Atlas 1999 SOUZA Warli anjos de O mercado futuro como instrumento de comercializaccedilatildeo para o empresaacuterio rural 1995 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Economia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Piracicaba STREETER DH Electronic information public or private good New York Agribusiness1988 TAVARES Carlos Eduardo Cruz Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbr gt Acesso em 19 fev 2003 TEIXEIRA Elizete Antunes CASTRO JR Luiz Gonzaga Composiccedilotildees de Portfolios em mercados futuros agropecuaacuterios para periacuteodos de safra e entressafra In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 40 2002 Passo Fundo Anais Brasiacutelia Sober 2002 TIMMER Peter Agriculture and economic development revisited Agricultural Systems Essex v40 p21-58 1992 TSUNECHIRO Alfredo O desempenho dos mercados a termo os casos do cafeacute soja e boi gordo na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo 1983 Dissertaccedilatildeo (Mestrado Economia) ndash FEA USP Satildeo Paulo TUNG Nguyen H Planejamento e controle financeiro das empresas agropecuaacuterias Satildeo Paulo Ediccedilotildees Universidade-empresa 1990 WILLIAMS L Long-Term secrets to short-Term trading New York John Wiley amp Sons 1999 WORKING H New Concepts concerning futures markets and prices The American Economic Review Nashville v52 n3 p431-459 June 1962

149

ANEXOS

ANEXO A PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE SOJA NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES Ha

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR Ha

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR Ha

1993 10635 22590 2124 3540 1994 11525 24931 2163 3605 1995 11675 25682 2199 3666 1996 10291 23155 2250 3750 1997 11486 26391 2297 3829 1998 13303 31307 2353 3922 1999 13061 30987 2372 3954 2000 13640 32734 2399 3999 2001 13931 37686 2705 4508 2002 15815 41658 2634 4390 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003 PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE MILHO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 11869 30055 2532 4220 1994 13748 32487 2363 3938 1995 13946 32266 2313 3856 1996 11933 29589 2479 4132 1997 12562 32948 2622 4371 1998 10585 29601 2796 4660 1999 11611 32239 2776 4627 2000 11614 31879 2744 4574 2001 12377 41456 3349 5582 2002 11802 37164 3148 5248 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003 PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE CAFEacute BENEFICIADO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilSACAS 60 KG BENEFIC PHA

1993 2273 2555 1124 1873 1994 2109 2612 1238 2064 1995 1980 1858 0938 1563 1996 1929 2685 1391 2319 1997 2000 2341 1170 1950

150

1998 2085 3450 1654 2757 1999 2207 3260 1477 2461 2000 2274 3651 1605 2675 2001 2353 1918 0815 1358 2002 2367 2390 1009 1682 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003

ANEXO B PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE SOJA NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 2000 4720 2360 3933 1994 2110 5327 2525 4208 1995 2120 5535 2610 4350 1996 2311 6241 2700 4500 1997 2496 6566 2629 4381 1998 2820 7191 2550 4250 1999 2769 7723 2789 4648 2000 2835 7134 2516 4193 2001 2764 8294 3000 5000 2002 3200 9278 2899 4831 Fonte CONAB ndash lt wwwconabgovbr gt acesso em 15042003 PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE MILHO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 2689 7760 2886 4810 1994 2881 8129 2822 4703 1995 2750 9180 3338 5563 1996 2440 7914 3243 5405 1997 2525 8164 3233 5388 1998 2254 7404 3285 5475 1999 2549 8461 3319 5532 2000 2668 7038 2638 4397 2001 2789 11870 4256 7093 2002 2490 9360 3759 6265 Fonte CONAB ndash lt wwwconabgovbr gt acesso em 15042003 PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE CAFEacute BENEFICIADO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

151

ANO

AacuteREA ndash EM MIL HA

PRODUCcedilAtildeO EM MIL KGSCOC0 PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilSACAS 60 KG BENEFIC PHA

1993 220 193 878 732 1994 184 163 889 740 1995 37 20 546 455 1996 135 154 1139 949 1997 128 219 1717 1430 1998 128 271 2117 1764 1999 138 287 2068 1723 2000 142 265 1863 1552 2001 63 56 889 740 2002 128 145 1132 943 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15042003

ANEXO C SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO97 PARA

ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31031998 ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011097 1119 2 021097 1117 3 031097 1125 4 061097 1129 5 071097 1135 6 081097 1141 7 091097 1144 8 101097 1175 9 131097 1218

10 141097 1220 11 151097 1225 12 161097 1233 13 171097 1228 14 201097 1226 15 211097 1239 16 221097 1242 17 231097 1250 18 241097 1282 19 271097 1313 20 281097 1315 21 291097 1313 22 301097 1392 23 311097 1289 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1217

152

Fonte Boletim da BMampF

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1356 1384 1370 2 1320 1348 1334 3 1342 1360 1351 4 1350 1372 1361 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1354

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO98 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31031999

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011098 1086 2 021098 1091 3 051098 1094 4 061098 1095 5 071098 1096 6 081098 1097 7 091098 1120 8 131098 1124 9 141098 1107

10 151098 1106 11 161098 1108 12 191098 1106 13 201098 1110 14 211098 1115 15 221098 1124 16 231098 1115 17 261098 1115 18 271098 1112 19 281098 1115 20 291098 1116 21 301098 1116 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1108

Fonte Boletim da BMampF

153

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1620 1740 1680 2 1602 1628 1615 3 1580 1600 1590 4 1582 1636 1609 5 1586 1647 1617 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1622

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032000

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011099 1046 2 041099 1044 3 051099 1042 4 061099 1045 5 071099 1049 6 081099 1054 7 111099 1059 8 131099 1056 9 141099 1060

10 151099 1061 11 181099 1062 12 191099 1065 13 201099 1060 14 211099 1051 15 221099 1047 16 251099 1051 17 261099 1052 18 271099 1042 19 281099 1053 20 291099 1050 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1052

Fonte Boletim da BMampF

154

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO00

PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1766 1796 1781 2 1700 1738 1719 3 1700 1740 1720 4 1700 1744 1722 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1736

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032001

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011000 2 041000 3 051000 4 061000 5 071000 Embora natildeo tenha 6 081000 havido negociaccedilatildeo 7 111000 em outubro2000 8 131000 para fechamento em 9 141000 Marccedilo2001 o

10 151000 valor da soja 11 181000 estava fixado em 12 191000 R$ 1060 13 201000 14 211000 15 221000 16 251000 17 261000 18 19 281000

271000

20 291000 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1060

Fonte Boletim da BMampF

155

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1650 1700 1675 2 1650 1700 1675 3 1626 1696 1661 4 1638 1672 1655 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1667

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032002

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011001 2 041001 3 051001 4 061001 5 071001 6 081001 7 111001 A BMampF natildeo 8 131001 tinha disponiacutevel 9 141001 as operaccedilotildees

10 151001 realizadas em 11 181001 outubro de 2001 12 191001 para fechamento 13 201001 em marccedilo2002 14 211001 15 221001 16 251001 17 261001 18 271001 19 281001 20 291001 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

Fonte Boletim da BMampF

156

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1925 2010 1968 2 1996 2044 2020 3 4 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1994

Fonte Deral

ANEXO D

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO97 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310398

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 010997 759 2 020907 759 3 030997 762 4 040997 781 5 050997 777 6 080997 780 7 090997 780 8 100997 770 9 110997 771

10 120997 781 11 150997 788 12 160997 789 13 170997 789 14 180997 779 15 190997 776 16 220997 775 17 230997 772 18 240997 775 19 250997 770 20 260997 783 21 290997 780 22 300997 780 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 776

Fonte Boletim da BMampF

157

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 750 780 765 2 750 780 765 3 750 780 765 4 760 800 780 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 769

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO98 PARA

ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310399

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 010998 700 2 020998 695 3 030998 693 4 040998 690 5 080998 693 6 090998 687 7 100998 687 8 110998 680 9 140998 663

10 150998 655 11 160998 655 12 170998 665 13 180998 665 14 210998 671 15 220998 672 16 230998 687 17 240998 679 18 250998 669 19 280998 664 20 290998 657 21 300998 663 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 676

Fonte Boletim da BMampF

158

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 844 890 867 2 856 908 882 3 860 920 890 4 860 920 890 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 882

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310300

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 010999 500 2 020999 504 3 030999 506 4 060999 507 5 080999 507 6 090999 511 7 100999 513 8 130999 510 9 140999 510

10 150999 510 11 160999 510 12 170999 510 13 210999 510 14 220999 507 15 270999 507 16 290999 505 17 300999 504 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 508

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO00 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

159

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1208 1280 1244 2 1220 1280 1250 3 1184 1254 1219 4 1180 1250 1215 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1232

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 210301

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 010900 600 2 110900 600 3 120900 600 4 190900 579 5 260900 567 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 589

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGOEM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 762 788 775 2 744 780 762 3 738 992 865 4 750 800 775 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 794

Fonte Deral

160

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 190302

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 050901 570 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 570

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1200 1240 1220 2 1200 1248 1224 3 4 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1222

Fonte Deral

161

ANEXO E

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO97 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230797

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 030197 14041 2 060197 13756 3 070197 14043 4 080197 14325 5 090197 14378 6 100197 14551 7 130197 14463 8 140197 14774 9 150197 14886

10 160197 14684 11 170197 14781 12 200197 14946 13 210197 15463 14 220197 15984 15 230197 16390 16 240197 15957 17 270197 15879 18 280197 15810 19 290197 16524 20 300197 16047 21 310197 15717 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 15308

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO97 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 19050

2 17200 18500 17850 3 16800 18000 17400 4 17000 18000 17500

18250 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 18010

1 18200 19900

5 17600 18900

Fonte Deral

162

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO98 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230798

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 020198 17350 2 050198 17689 3 060198 17513 4 070198 17391 5 080198 17933 6 090198 17764 7 120198 17354 8 130198 17464 9 140198 17442

10 150198 17196 11 160198 17137 12 190198 17110 13 200198 17377 14 210198 17555 15 220198

17448 17200

18 270198 17443 17612

21 300198 17508 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 17415

17125 16 230198 17 260198

17112 19 280198 20 290198

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) 1 10700 11700 11200

10910 3 10500 11200 10850 4 11000 11500 11250 5 11500 12080 11790

11200

2 10500 11320

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

Fonte Deral

163

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230799

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 040199 13900 2 050199 13650 3 060199 13625 4 080199 13725 5 110199 13650 6 120199 13592 7 130199 13575 8 140199 13600 9 150199 13000

10 180199 12637 11 190199 12380 12 200199 12495 13 210199 12347 14 220199 12200

12350 16 270199 12307

12155 18 290199 11946

15 260199

17 280199

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

12952

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) (MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 12800 14500 13650 2 12800 14200 13500 3 12800 14200 13500 4 13880 14600 14240 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 13723

Fonte Deral

164

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 210700

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 030100 14700 2 040100 14500 3 050100 14800 4 070100 14255 5 100100 14994 6 110100 14750 7 120100 14967 8 130100 14841 9 140100 14285

10 170100 13723 11 180100 14242 12 190100 14567

13926 14 210100 13828 15 240100 13768 16 260100 14100 17 270100 14000 18 280100 13897 19 310100 13699 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 14307

13 200100

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO00 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) 13250

2 13000 13600 13300 3 16800 19000 17900 4 13300 15100 14200

14638

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 13000 13500

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

Fonte Deral

165

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230701

PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO

1 030101 7555 2 080101 7720

7715 5 150101 8090 6 160101 8100 7 170101 8238

8175 9 220101 8232

10 230101 8362

12 260101 8058 13 290101 7828 14 300101 7559 15 310101 7548 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

3 100101 7660 4 110101

8 190101

11 240101 8289

7942

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 10320 10600 10460 2 10000 10300 10150 3 10000 10460 10230 4 10000 10500 10250 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 10273

Fonte Deral

166

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO02 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230702

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 5180

2 040102 5240 3 080102 5236

5450 5360

6 140102 5411 7 160102 5310

5269 9 240102 5290

10 280102 5169 5175

12 300102 5217 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

1 030102

4 100102 5 110102

8 230102

11 290102

5276

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 8500 8808 8654 2 8600 9100 8850 3 8840 9160 9000 4 8620 9100 8860 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 8841

Fonte Deral

167

QUESTIONAacuteRIO PARA PESQUISA

TIacuteTULO O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ

E COMERCIALIZA SOJA MILHO E CAFEacute E A SUA ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

1 - DADOS SOBRE O PERFIL DO PRODUTOR 11 ndash NOME DO PRODUTOR (NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIO)

________________________________________________________________

12 ndash SEXO ( ) MASCULINO ( ) FEMININO

13 ndash ESTADO CIVIL ( ) CASADO(A) ( ) SOLTEIRO(A) ( ) OUTROS

14 - DOS IMOacuteVEIS QUE EXPLORA

QUANTOS SAtildeO PROacutePRIOS ________________________________

15 - QUANTOS VOCEcirc EXPLORA COMO ARRENDATAacuteRIO PAGANDO

QUANTIDADES FIXAS DE SACAS OU $ ___________________________

16 - QUANTOS VOCEcirc EXPLORA EM REGIME DE PARCERIA PAGANDO UMA

PORCENTAGEM DAS SACAS COLHIDAS __________________________

17 ndash QUANTOS VOCEcirc EXPLORA EM REGIME DE COMODATO____________

18 ndash IDADE DO PRODUTOR(A) _______________________________ANOS

19 - ESCOLARIDADE ( ) 1ordm GRAU INCOMPLETO

( ) 1ordm GRAU COMPLETO

( ) 2ordm GRAU INCOMPLETO

( ) 2ordm GRAU COMPLETO

( ) SUPERIOR INCOMPLETO

( ) SUPCOMPLETO CURSO___________________

( ) POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM_____________________

168

110 - LOCAL DE MORADIA ( ) NA PROPRIEDADE ( ) NA CIDADE gt

111 - SE MORA NA CIDADE QUANTAS VEZES POR MEcircS VAI Agrave

PROPRIEDADE ___________________________________________VEZES

112 - QUAL Eacute A DISTAcircNCIA DA SEDE DA PROPRIEDADE COM RELACcedilAtildeO Agrave

RESIDEcircNCIA DO PRODUTOR EM QUILOMETROS _________QUILOMETROS

113 - ALEacuteM DAS ATIVIDADES RURAIS O AGRICULTOR TEM OUTRA FONTE

DE RENDA ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUAIS_______________________

____________________________ _____________________________________

114 - ALEacuteM DO RESPONSAacuteVEL PELA ADMINISTRACcedilAtildeO DA PROPRIEDADE

TEM OUTRAS PESSOAS DA FAMIacuteLIA QUE TRABALHAM NA PRODUCcedilAtildeO DAS

ATIVIDADES DO IMOacuteVEL

1141 - ESPOSA (O) ( ) NAtildeO ( ) SIM

1142 ndash FILHOS (AS) ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUANTOS______________

115 ndash NUacuteMERO DE PESSOAS DA FAMIacuteLIA (CONSIDERE SOMENTE ENTRE

ESPOSO ESPOSA E FILHOS) ________________________________________

116 ndash DENTRE OS MEMBROS DA FAMIacuteLIA CITADOS NO ITEM 115 ACIMA

QUANTOS ESTUDARAM SOMENTE EM ESCOLA PUacuteBLICA ______________

117 - VOCE ESTAacute NESTA ATIVIDADE COMO PRODUTOR EM FUNCcedilAtildeO DE

( ) AQUISICcedilAtildeO DA PROPRIEDADE ( ) SUCESSAtildeO NA FAMIacuteLIA

( ) PARTE DA AacuteREA COMO SUCESSAtildeO E PARTE ADQUIRIDA

( ) COMO ARRENDATAacuteRIO ( ) PARCEIRO ( ) COMODATAacuteRIO

118 - QUAL Eacute A DISTEcircNCIA DA SEDE DA PROPRIEDADE COM RELACcedilAtildeO Agrave

SEDE DO MUNICIPIO EM QUILOMETROS ______________QUILOMETROS

169

DADOS DA PROPRIEDADE (RESPONDA SIM OU NAtildeO) SIM NAtildeO

119 A PROPRIEDADE TEM ENERGIA ELETRICA DA COPEL

120 A PROPRIEDADE TEM ENERGIA ELETRICA PROacutePRIA

121 A PROPRIEDADE TEM APARELHO DE TELEVISAtildeO

122 A PROPRIEDADE TEM ANTENAS PARABOacuteLICAS

123 A PROPRIEDADE TEM VEICULOS MOTORIZADOS

124 A PROPRIEDADE TEM AacuteGUA ENCANADA

125 TEM COMPUTADOR NA PROPRIEDADE

126 TEM COMPUTADOR NA RESIDEcircNCIA DO PRODUTOR

2 - DADOS SOBRE A PRODUCcedilAtildeO ( DA UacuteLTIMA SAFRA ) 21 ndash AacuteREA TOTAL DO IMOacuteVEL QUE POSSUI EM ALQUEIRES _____________

2 4 ndash AacuteREA CULTIVADA COM MILHO SE PLANTOU EM ALQUEIRES_________

242 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA DO MILHO POR ALQUEIRE ____________________

22 ndash AacuteREA DO IMOacuteVEL PROacutePRIO CULTIVADA COM SOJA MILHO OU CAFEacute

EM ALQUEIRES_____________________________________

23 - AacuteREA DO IMOacuteVEL DE TERCEIROS CULTIVADA COM SOJA MILHO OU

CAFEacute EM ALQUEIRES_______________________________

241 ndash TOTAL DE SACAS MILHO (60 KGS) COLHIDO _____________________

25 ndash AacuteREA CULTIVADA COM SOJA SE PLANTOU EM ALQUEIRES_________

251 - TOTAL DE SACAS DE SOJA (60 KGS) COLHIDA____________________

252 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA DE SOJA POR ALQUEIRE______________________

170

26 ndash AacuteREA CULTIVADA COM CAFEacute SE COLHEU EM ALQUEIRES_________

261 - TOTAL DE SACAS CAFEacute COCO (40 KGS) COLHIDO________________

262 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA CAFEacute EM COCO POR ALQUEIRE ______________

27 - TEcircM OUTRAS ATIVIDADES DE PRODUCcedilAtildeO PARA RENDA

( ) NAtildeO ( ) SIM gt DISCRIMINE ABAIXO

ATIVIDADES AacuteREA PRODUCcedilAtildeO POR ALQUEIRE

____________________________ ____________ ______________________

____________________________ ___________ ________________________

28 ndash TEM MAQUINAacuteRIOS PROacutePRIOS ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

QUANTOS TRATORES __________ QUANTAS COLHEITADEIRAS___________

29 - QUAL A MEacuteDIA DE EMPREGADOS EFETIVOS COSTUMA MANTER NA(S)

PROPRIEDADE(S) ____________________________________

210 - EM EacutePOCAS DE PICOS DE SERVICcedilOS (PLANTIO E COLHEITA) ALEacuteM

DOS EMPREGADOS EFETIVOS CONTRATA MAtildeO DE OBRA TEMPORAacuteRIA

(VOLANTESBOacuteIAS-FRIAS) ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUANTOS_____________

210 ndash DEPENDE DE ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA PARA A EXPLORACcedilAtildeO DAS

ATIVIDADES ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

( ) DA EMATER ( ) DA COOPERATIVA ( ) DE PARTICULAR

211 ndash DEPENDE DE FINANCIAMENTO PARA CUSTEIO DAS SAFRAS

( ) SIM ( ) NAtildeO

171

3 - DADOS SOBRE A COMERCIALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO

31 COMO FOI COMERCIALIZADA A SUA UacuteLTIMA SAFRA EM

311 VENDA PARA COOPERATIVA APOacuteS REALIZADA A

COLHEITA

312 VENDA PARA INDUacuteSTRIA OU COMERCIANTE APOacuteS

REALIZADA A COLHEITA

313 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA ANTES DA

COLHEITA COM PRECcedilOS PREacute-FIXADOS

314 VENDA ANTECIPADA PARA INDUSTRIA OU

COMERCIANTE ANTES DA COLHEITA COM PRECcedilOS PREacute-

FIXADOS

315 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA COM

ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM $ OU INSUMOS COM

PRECcedilOS A FIXAR NA ENTREGA DA SAFRA

316 VENDA ANTECIPADA PARA INDUacuteSTRIA OU

COMERCIANTE COM ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM

$ OU INSUMOS COM PRECcedilOS A FIXAR NA ENTREGA DA

SAFRA

317 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA COM

ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM $ OU INSUMOS COM

PRECcedilOS JAacute FIXADOS

318 VENDA ANTECIPADA PARA INDUacuteSTRIA OU

COMERCIANTE COM ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM

$ OU INSUMOS COM PRECcedilOS JAacute FIXADOS

319 VENDA ANTECIPADA COM FINANCIAMENTOS DE CPR

3110 VENDA ANTECIPADA EM MERCADO FUTURO NA BOLSA

DE MERCADORIAS amp FUTUROS (BMampF)

3111 OUTRO TIPO DE COMERCIALIZACcedilAtildeO

CITE

TOTAL DA COMERCIALIZACcedilAtildeO 100

172

32 ndash ACOMPANHA AS COTACcedilOtildeES DE PRECcedilOS DOS PRODUTOS

AGRIacuteCOLAS NO MERCADO ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

ATRAVEacuteS DE ( ) JORNAL ( ) INTERNET ( ) TV

( ) COOPERATIVAS ( ) RADIO

( ) TERCEIROS ( AMIGOS CONHECIDOS ETC)

( ) OUTROS MEIOS________________________________

33 - A QUANTOS ANOS VOCEcirc Eacute RESPONSAacuteVEL PELA COMERCIALIZACcedilAtildeO

DA PRODUCcedilAtildeO DA PROPRIEDADE __________________________

4 ndash DADOS SOBRE OS NEGOacuteCIOS NA BOLSA DE MERCADORIAS

41 ndash COSTUMA COMERCIALIZAR A SAFRA OU PARTE DELA NA BOLSA DE MERCADORIAS ( ) SIM - ( PARA RESPOSTA SIM VAacute DIRETO PARA AS QUESTOtildeES DE 411 ATEacute 414) ( ) NAtildeO - ( PARA RESPOSTA NAtildeO VAacute DIRETO PARA AS QUESTOtildeES DE 421 ATEacute 4210) QUESTOtildeES DE 411 ATEacute 414 (PODE MARCAR MAIS DE UMA ALTERNATIVA)

411 ndash ( ) PREFERE COMERCIALIZAR A SAFRA OU PARTE DELA PARA

GARANTIR OS PRECcedilOS ACENADOS PELO MERCADO FUTURO

412 ndash ( ) SABE COMO FUNCIONA O PROCESSO DE COMERCIALIZACcedilAtildeO

EM BOLSA DE MERCADORIAS

413 ndash ( ) SOacute COMERCIALIZA QUANDO OS PRECcedilOS DO MERCADO

FUTURO SAtildeO INTERESSANTES

414 ndash ( ) CONFIA NA SEGURANCcedilA DESSE TIPO DE NEGOCIACcedilAtildeO

415 - ( ) OUTRAS RAZOtildeES_____________________________________

173

QUESTOtildeES 421 ATEacute 4210 (PODE MARCAR MAIS DE UMA ALTERNATIVA)

421 - ( ) - NAtildeO SABE COMO FUNCIONA O PROCESSO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO EM BOLSA DE MERCADORIAS

422 - ( ) ndash SABE COMO FUNCIONA MAS PREFERE NAtildeO

COMERCIALIZAR ENQUANTO NAtildeO TEM GARANTIDA A

COLHEITA DA SAFRA

423 - ( ) ndash SABE COMO FUNCIONA MAIS NAtildeO TEM DINHEIRO PARA

PAGAR OS AJUSTES DIAacuteRIOS

424 - ( ) ndash ACHA O PROCESSO MUITO BUROCRATICO

425 - ( ) ndash TEM MEDO DE PERDER DINHEIRO NESSE TIPO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO

426 - ( ) - NAtildeO CONSIDERA OS PRECcedilOS INTERESSANTES

427 - ( ) ndash NAtildeO POSSUI SEGURANCcedilA PARA OPERAR NESSE

MERCADO

428 - ( ) ndash NAtildeO CONFIA NAS CORRETORAS QUE INTERMEDIAM E

PROCESSAM A COMERCIALIZACcedilAtildeO

429 - ( ) ndash NUNCA FOI CONVIDADO PELA BMampF OU CORRETORA

PARA EXPLICAR COMO FUNCIONA O PROCESSO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO EM MERCADO FUTURO

4210 ndash ( ) - OUTRAS RAZOtildeES __________________________________

174

GLOSSAacuteRIO Blend = mistura combinaccedilatildeo fusatildeo de duas coisas

Bushel = Medida americana de cereais 1 bushel de soja = 60 libras = 2722 quilos

1 bushel de milho=56 libras = 2540 quilos

Call = Chamada convite manda vir

Clearing = de clear que significa compensaccedilatildeo eacute a denominaccedilatildeo das centrais de

compensaccedilatildeo e liquidaccedilatildeo das bolsas

Commodities (singular commodity) = Mercadorias produtos como gratildeos metais

e alimentos negociados em Bolsas de mercadorias ou no mercado a vista

Farm management = Administrador da Fazenda Administrador da propriedade

rural

Hedge = garantir resguardar ndash Estrateacutegia de proteccedilatildeo financeira usada pelo

produtor que tem realmente o produto ou pelo comprador que tem real interesse

pela mercadoria para compensar investimentos de riscos

Hedger = eacute o investidor que tem real interesse na venda ou na compra do produto

In natura = natural puro sem nenhum valor agregado

Management = Administraccedilatildeo direccedilatildeo gerecircncia

Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )

Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas

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Page 3: O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ E …livros01.livrosgratis.com.br/cp002541.pdf · Bolsa de Mercadorias e Futuros é pequena e isso se dá, em grande parte pelo desconhecimento

JOAtildeO MASSARUTTI

O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ E COMERCIALIZA SOJA MILHO E CAFEacute E

SUA ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo da Universidade Estadual de Londrina como requisito parcial para obtenccedilatildeo do titulo de Mestre em Administraccedilatildeo Orientador Prof Dr Ivan Dutra

Londrina 2003

FOLHA DE APROVACcedilAtildeO

JOAtildeO MASSARUTTI

O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ E COMERCIALIZA SOJA MILHO E CAFEacute E SUA ATUACcedilAtildeO

NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

Dissertaccedilatildeo aprovada como requisito para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre no Programa

de Poacutes-graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo da Universidade Estadual de Londrina e

Universidade Estadual de Maringaacute pela seguinte banca examinadora

Aprovada em 17092003

__________________________________________________ Prof Dr Ivan Dutra (PPA-UELUEM)

__________________________________________________ Prof DrLuiz Antonio Felix (PPA-UELUEM)

__________________________________________________ ProfDr Joseacute Carlos Dalmas (UEL)

Dedico esse trabalho agrave minha famiacutelia Neusa minha mulher e a nossa prole Letiacutecia e Anna Luiza Leonardo e Joatildeo Antonio e Heitor razotildees da minha vida e da batalha do dia-a-dia

AGRADECIMENTOS

A Deus presenccedila constante na minha vida nas horas alegres e tambeacutem nas tristes

ora indicando caminhos ora mudando as rotas e eu dentro da minha realidade

terrena acabo percebendo sua interferecircncia somente algum tempo depois por isso

eu creio sempre

Agrave Letiacutecia ao Leonardo e ao Heitor pela valorosa colaboraccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e elaboraccedilatildeo das planilhas instrumentos importantes para o

desenvolvimento da pesquisa

Ao Professor Dr Ivan Dutra pela sua indiscutiacutevel capacidade de orientaccedilatildeo e

conhecimento em pesquisa e que muito auxiliou no desenvolvimento deste estudo

Aos Professores Dr Luiz Antonio Felix profundo conhecedor da aacuterea objeto desta

pesquisa pela grande contribuiccedilatildeo que recebi na qualificaccedilatildeo para a melhoria deste

trabalho e Professor Dr Joseacute Carlos Dalmas pela valiosa contribuiccedilatildeo na aplicaccedilatildeo

dos testes estatiacutesticos para validaccedilatildeo da pesquisa

Aos docentes do programa indistintamente todos com vasto conhecimento e

sugestiva bagagem que natildeo mediram esforccedilos para darem o maacuteximo de si nas

suas respectivas aacutereas de conhecimentos

Aos amigos do curso e em especial da turma na trocas de informaccedilotildees e

conhecimentos e pela convivecircncia saudaacutevel do dia-a-dia que acabam por

proporcionar crescimento geral de todos

Aos Professores Luiz Fernando Pinto Dias e Paulo Eduardo Lacerda chefes do

Departamento de Administraccedilatildeo pelo apoio e compreensatildeo no periacuteodo em que

frequumlentei as aulas do mestrado

Aos amigos do Departamento e a todos que direta ou indiretamente contribuiacuteram

para a realizaccedilatildeo deste trabalho

ldquoComece fazendo o necessaacuterio depois o que eacute possiacutevel e de repente vocecirc estaraacute fazendo o impossiacutevelrdquo

Satildeo Francisco de Assis

RESUMO

Este estudo tem o objetivo de identificar o perfil do produtor rural londrinense e comparar com o perfil do produtor brasileiro aleacutem de verificar como estatildeo produzindo e comercializando as safras de soja milho e cafeacute como acompanham as cotaccedilotildees dos produtos agriacutecolas no mercado e se comercializam a produccedilatildeo em mercados futuros Segmenta os agricultores por escolaridade idade tamanho da aacuterea cultivada local de moradia do produtor tipo de assistecircncia teacutecnica recebida e cruza com a produtividade obtida na uacuteltima safra eacutepoca de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo sistema de acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado e quantos produtores negociam seus produtos na bolsa de mercadorias Conclui entre outros fatores importantes que o produtor com maior grau de escolaridade possuidor de aacutereas maiores que conta com assistecircncia teacutecnica profissional e com baixa idade ateacute 35 anos satildeo mais eficientes na administraccedilatildeo das propriedades rurais Constata que a busca do produtor pela comercializaccedilatildeo na Bolsa de Mercadorias e Futuros eacute pequena e isso se daacute em grande parte pelo desconhecimento que ele tem desse tipo de mercado Palavras-Chaves Perfil do agricultor Bolsa de Mercadorias Mercado Futuro

ABSTRACT

This study aims to identify the londrinense farm producer and compare it with the Brazilian rural producer profile besides verifying how they are producing and negotiating the soybean corn and coffee crops how they follow the rural products quotation in the market and if they commercialize their products in the future markets It segments the producer by education age cultivated are size place of residence of the producer kind of the received technical assistance crosses with the last crop obtained productivity production commercialization time follow up system of price quotation of the products in the market and how many producers commercialize their products in the merchandise stock market It concludes that among other important factor the producer with a higher level of education who owns larger planting areas who has professional technical assistance and low age until 35 years of age is more efficient in the management of the farm properties It verifies that the producerrsquos search for commercialization in the Future Merchandise Stock Market is little due to the lack of knowledge in this market segment Key words producerrsquos profile stock exchange future markets

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 01 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra 20012002 e 20022003 28

Graacutefico 02 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense de gratildeos de 20012002 e 20022003 29

Graacutefico 03 - Produtividade de gratildeos do Brasil na uacuteltima deacutecada 38Graacutefico 04 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de soja para a safra

20022003 40Graacutefico 05 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de soja de 20012002 e 20022003 41Graacutefico 06 - Previsatildeo da produccedilatildeo paranaense de soja para a safra

20022003 42Graacutefico 07 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

paranaense de soja de 20012002 e 20022003 43Graacutefico 08 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de milho para a

safra 20022003 44Graacutefico 09 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de milho de 20012002 e 20022003 45Graacutefico 10 - Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de milho de

milho para a safra 20022003 46Graacutefico 11 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

paranaense de milho de 20012002 e 20022003 47Graacutefico 12 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de cafeacute para a safra

20022003 48Graacutefico 13 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de cafeacute de 20012002 e 20022003 49Graacutefico 14 - Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de cafeacute para a

safra 20022003 50Graacutefico 15 Comparativo da aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra de

cafeacute de 20012002 e 20022003 51Graacutefico 16 - Valor dos subsiacutedios pagos pelo governo aos produtores rurais

da receita agriacutecola bruta ndash em porcentagem 60Graacutefico 17 - Aumento de ganhos futuros que teratildeo os paiacuteses na eliminaccedilatildeo

dos subsiacutedios agriacutecolas e barreiras tarifaacuterias em niacutevel mundial

61

LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Nuacutemeros do censo agropecuaacuterio 1995-1996 do Municiacutepio de Londrina 28

Quadro 02 - Evoluccedilatildeo da produtividade e produccedilatildeo mundial de gratildeos nos

uacuteltimos 50 anos 36 Quadro 03 - Resultados do teste Qui-quadrado considerando niacutevel de

significacircncia de 5

112

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Exemplo de hedge e ajustes diaacuterios para o vendedor 58 Tabela 02 - Exemplo de hedge e ajustes diaacuterios para o comprador 58 Tabela 03 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por sexo 86 Tabela 04 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por estado civil 86 Tabela 05 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por idade 86 Tabela 06 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por escolaridade 87 Tabela 07 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela extensatildeo da aacuterea

explorada 87

Tabela 08 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por local de moradia e acesso agrave

escola puacuteblica 87 Tabela 09 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de aquisiccedilatildeo dos

imoacuteveis 88 Tabela 10 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de exploraccedilatildeo dos

imoacuteveis 88 Tabela 11 - Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-

estrutura 88 Tabela 12 - Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-

estrutura 89 Tabela 13 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela renda e o trabalho da famiacutelia

na propriedade 89 Tabela 14 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela matildeo-de-obra utilizada 89 Tabela 15 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de soja em sacas de 60 quilos 90 Tabela 16 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de milho em sacas de 60 quilos 90 Tabela 17 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de cafeacute em sacas de 40 quilos em coco 91 Tabela 18 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela posse dos maquinaacuterios 91 Tabela 19 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram soja pela posse

dos maquinaacuterios 91

Tabela 20 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram milho pela posse dos maquinaacuterios 92

Tabela 21 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram cafeacute pela posse dos maquinaacuterios 92

Tabela 22 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela necessidade de

financiamentos 92 Tabela 23 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acesso agrave assistecircncia

teacutecnica 92 Tabela 24 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de assistecircncia teacutecnica

recebida 93 Tabela 25 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela eacutepoca de comercializaccedilatildeo

da produccedilatildeo 93 Tabela 26 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da

produccedilatildeo antes da colheita 93 Tabela 27 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da

produccedilatildeo apoacutes a colheita 94 Tabela 28 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelas negociaccedilotildees realizadas na

bolsa de mercadorias 94 Tabela 29 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acompanhamento das

cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado 96 Tabela 30 - Comparativo das caracteriacutesticas do agricultor brasileiro com o

agricultor londrinense 98 Tabela 311 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de

escolaridade 100 Tabela 312 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de

escolaridade 100 Tabela 313 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com o grau de escolaridade 101 Tabela 314 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com o grau de escolaridade 102 Tabela 321 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade

do produtor 102 Tabela 322 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do

produtor 103

Tabela 323 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo com a idade do produtor 104

Tabela 324 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a idade do produtor 104 Tabela 331 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o

tamanho da aacuterea explorada 105 Tabela 332 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o tamanho da

aacuterea explorada 105 Tabela 333 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a extensatildeo da aacuterea explorada 106 Tabela 334 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com o tamanho da aacuterea explorada 107 Tabela 341 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

moradia do produtor 107 Tabela 342 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a moradia do

produtor 108 Tabela 343 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a moradia do produtor 108 Tabela 344 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a moradia do produtor 109 Tabela 35 - Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

assistecircncia teacutecnica 110 Tabela 36 - Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse

dos maquinaacuterios 111 Tabela 37 - Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos

pagos ao produtor nas sacas de milho de 60 quilos 117 Tabela 38 - Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos

pagos ao produtor nas sacas de milho de 60 quilos 118 Tabela 39 ndash

Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos pagos ao produtor nas sacas de cafeacute benef de 60 quilos 119

Tabela 40 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela comercializaccedilatildeo realizada na BMampF 120

TABELA DE CONVERSAtildeO

1 hectare (1 ha) = 10000 metros quadrados 1 alqueire paulista = 24200 metros quadrados 1 alqueire paulista = 242 hectares 1 saca 60 quilos de cafeacute beneficiado = 3 sacas de 40 kg de cafeacute em coco

1 bushel de soja = 60 libras ou 2722 quilos 1 saca de soja com 60 quilos = 220 bushel 1 bushel de milho = 56 libras ou 2540 quilos 1 saca de milho com 60 quilos = 236 bushel

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 OBJETIVOS 19

21 Geral 19

22 Especiacuteficos 19

3 O PROBLEMA 25

4 JUSTIFICATIVA E RELEVAcircNCIA DOS ESTUDOS 27

5 O PERFIL DO AGRICULTOR E AS ATIVIDADES AGRAacuteRIAS 30

51 O produtor rural como empresaacuterio 31

52 O perfil do agricultor brasileiro 34

6 PRODUCcedilAtildeO E PRODUTIVIDADE AGRIacuteCOLA 36

61 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura da soja 40

62 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura do milho 44

63 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura do cafeacute 48

7 MODALIDADES DE COMERCIALIZACcedilAtildeO DOS PRODUTOS AGRIacuteCOLAS 52

71 A agricultura e os entraves econocircmicos na comercializaccedilatildeo 58

8 O MERCADO FUTURO AGROPECUAacuteRIO NO BRASIL 64

81 Contrato futuro de soja 73

82 Contrato futuro de milho 76

83 Contrato futuro de cafeacute 80

9 METODOLOGIA 83

91 Populaccedilatildeo 83

92 Amostras e Delimitaccedilatildeo da Pesquisa 83

93 Coleta de Dados 84

94 Segmentaccedilatildeo 84

10 RESULTADO DOS DADOS COLETADOS E ANAacuteLISES 86

101 O perfil do agricultor Londrinense que cultiva soja eou milho e

ou cafeacute 86

102 Comparaccedilatildeo do perfil do agricultor brasileiro com o perfil do

Agricultor Londrinense 98

103 Caracteriacutesticas do Agricultor Londrinense relacionado agrave Produccedilatildeo

Comercializaccedilatildeo e atuaccedilatildeo na Bolsa de Mercadorias 100

1031 Teste Estatiacutestico dos Cruzamentos da pesquisa 111

104 Anaacutelise da produtividade do Agricultor Londrinense 113

105 Anaacutelise da Comercializaccedilatildeo do Agricultor Londrinense 115

106 Comparaccedilatildeo dos negoacutecios realizados na Bolsa com negoacutecios

realizados no mercado fiacutesico pelos Agricultores 116

11 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS E RECOMENDACcedilOtildeES 121

REFEREcircNCIAS 134

ANEXOS 142

A - Produccedilatildeo Brasileira de soja milho e cafeacute nos uacuteltimos 10 anos 142

B ndash Produccedilatildeo Paranaense de soja milho e cafeacute nos uacuteltimos 10 anos 143

C ndash Valores de Contratos de soja negociados na BMampF e negoacutecios

fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

144

D - Valores de Contratos de milho negociados na BMampF e negoacutecios

fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

149

E - Valores de Contratos de cafeacute negociados na BMampF e negoacutecios

Fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

154

C - Instrumento da pesquisa 160

GLOSSAacuteRIO 167

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

Com as mudanccedilas na poliacutetica econocircmica do Brasil na deacutecada de 90

todos os setores produtivos inclusive o agropecuaacuterio tiveram que se adaptar e

correr em busca da eficiecircncia Os preccedilos internacionais passaram a ter uma

importacircncia significativa na definiccedilatildeo dos preccedilos praticados no mercado interno

aumentando a competiccedilatildeo e reduzindo as margens de lucro das empresas Desta

forma todas as fases dos processos produtivos passaram a ser analisadas

minuciosamente com vistas a eliminar desperdiacutecios para manter a lucratividade

num ambiente novo e mais competitivo

Marques e Mello (1999) enfatizam que o setor agropecuaacuterio

apresenta algumas caracteriacutesticas como alto risco econocircmico devido agrave

dependecircncia dos fatores climaacuteticos e dificuldade de comercializaccedilatildeo Estes pontos

fazem desta atividade em certos momentos um verdadeiro jogo de incertezas e de

elevado risco financeiro

No caso da agricultura a necessidade de maior competitividade

forccedilou inovaccedilotildees nas vaacuterias fases do processo produtivo Embora o aumento da

produtividade seja o aspecto que normalmente recebe maior destaque uma fase

muito importante nesse processo eacute o periacuteodo da comercializaccedilatildeo As duacutevidas do

produtor se fixam na escolha do melhor momento para vender a produccedilatildeo Os que

atuam nesse mercado frequumlentemente ressaltam a necessidade do

aperfeiccediloamento na tomada de decisatildeo e reclamam da falta de instrumentos que

os auxilie para a tomada de decisatildeo na venda dos produtos permitindo-lhes

melhorar os retornos e reduzir os riscos que envolvem a comercializaccedilatildeo Assim as

decisotildees pertinentes a produccedilatildeo agriacutecola implicam maiores ou menores riscos de

mercado de acordo com a estrateacutegia adotada pelo produtor rural (LEISMANN

2002)

No mercado brasileiro o estudo da eficiecircncia na gestatildeo do risco

surge como uma necessidade imediata faces aos constantes riscos pertinentes por

que passa a atividade agriacutecola e que prejudicam os produtores rurais A produccedilatildeo

da soja do milho e do cafeacute assim como a maioria dos produtos agriacutecola estaacute

sujeito a dois tipos baacutesicos de risco a) Na produccedilatildeo - pelas perdas causadas por

ataque de pragas e doenccedilas e pelos fatores climaacuteticos como falta ou excesso de

chuvas geadas granizos e secas b) Na comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo - que

17

corresponde ao risco do produtor natildeo encontrar preccedilo compensador na hora da

venda A administraccedilatildeo desses riscos requer do produtor rural maior racionalidade

no uso dos fatores de produccedilatildeo e gestatildeo do risco de preccedilo buscando obter maior

retorno financeiro

Na comercializaccedilatildeo agriacutecola um dos principais problemas eacute a

incerteza de preccedilos em um momento futuro Essa incerteza decorre de cada

produto e da competitividade entre os mercados agriacutecolas As principais alternativas

para lidar com essa situaccedilatildeo no Brasil ateacute recentemente provinham do governo

Contudo ao longo do tempo o governo brasileiro vem reduzindo sua participaccedilatildeo

nos mercados agriacutecolas por meio de seus instrumentos claacutessicos de poliacutetica

agriacutecola como eacute o caso da poliacutetica dos preccedilos miacutenimos Esse fato se deve agrave falta de

recursos governamentais para financiar programas de intervenccedilatildeo de grande porte

sinalizando para um esgotamento das poliacuteticas tradicionais de sustentaccedilatildeo de

preccedilos (PINTO 2001) Assim com a diminuiccedilatildeo da intervenccedilatildeo governamental e o

esgotamento dos estiacutemulos financeiros agrave agropecuaacuteria resta ao produtor buscar a

eficiecircncia na produccedilatildeo e na comercializaccedilatildeo dos produtos

O objetivo deste estudo foi o de conhecer o perfil do agricultor

londrinense que produz e comercializa a soja o milho e o cafeacute e a sua atuaccedilatildeo na

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo no mercado futuro atraveacutes da Bolsa de Mercadorias

Neste trabalho seratildeo enfocados as caracteriacutesticas do agricultor

relacionado agraves atividades agraacuterias e o perfil do agricultor brasileiro e londrinense a

produccedilatildeo e a produtividade agriacutecola as modalidades de comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo agriacutecolas o funcionamento do mercado futuro agropecuaacuterio no Brasil a

metodologia utilizada o resultado dos dados coletados e a anaacutelise da pesquisa as

delimitaccedilotildees concluindo com as consideraccedilotildees finais e recomendaccedilotildees

Espera-se que o resultado dessa pesquisa possa auxiliar os

produtores agriacutecolas no gerenciamento da produccedilatildeo e da comercializaccedilatildeo das

safras e mais que o setor agropecuaacuterio possa contribuir como vem fazendo ateacute

agora para a superaccedilatildeo dos seguintes desafios

1) Reduccedilatildeo da taxa inflacionaacuteria com oferta mais abundante de

alimentos uma vez que a produccedilatildeo ainda insuficiente dos uacuteltimos anos pressiona

a alta dos preccedilos dos alimentos em relaccedilatildeo ao iacutendice geral de preccedilos o que induz a

importaccedilotildees de alguns produtos e cria dificuldade de sobrevivecircncia para a maioria

da populaccedilatildeo brasileira que vive na linha da miseacuteria

18

2) Reduccedilatildeo na diacutevida externa brasileira com aumento na produccedilatildeo

de produtos de exportaccedilatildeo e de substitutos agraves importaccedilotildees

3) Redistribuiccedilatildeo de renda dentro do setor rural com vantagem para

as classes de renda mais baixa de modo a reduzir o grau de pobreza rural e evitar

ao menos parcialmente a migraccedilatildeo rural-urbana de pessoas com precaacuterias chances

de progredir nos centros urbanos

19

2 OBJETIVOS 21 GERAL

Este trabalho tem por objetivo identificar o perfil do agricultor do

Municiacutepio de Londrina-Pr mais especificamente como eles produzem e

comercializam as safras de soja milho e cafeacute

Tambeacutem seraacute observado se o produtor acompanha as cotaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos agriacutecolas no mercado e tambeacutem como atua na

comercializaccedilatildeo dos seus produtos na Bolsa de Mercadorias amp Futuro mercado no

qual ele pode se garantir das oscilaccedilotildees dos preccedilos na venda dos produtos pois eacute

fundamental para os agricultores minimizar os riscos nas oscilaccedilotildees dos preccedilos

dos produtos no momento da venda de sua produccedilatildeo

22 ESPECIacuteFICOS 221 Identificar o perfil do agricultor do Municiacutepio de Londrina e comparar com o

perfil do agricultor brasileiro

a) Segmentar a amostra por variaacuteveis demograacuteficas claacutessicas

b) Dimensionar a quantidade de agricultores que soacute exploram os

imoacuteveis proacuteprios imoacuteveis proacuteprios e arrendados imoacuteveis proacuteprios

e em parcerias e ainda quantos exploram as propriedades

somente atraveacutes de arrendamentos somente com parcerias ou

somente atraveacutes de arrendamentos e parcerias

c) Verificar o grau de escolaridade do agricultor responsaacutevel pelos

negoacutecios da propriedade rural

d) Verificar se o agricultor mora na propriedade ou na cidade

Quantas vezes ele se desloca ateacute a propriedade e a distacircncia da

sua residecircncia ateacute a sede da propriedade

e) Verificar quantas pessoas compotildeem a unidade familiar aleacutem do

agricultor responsaacutevel pelos negoacutecios da fazenda e ainda

dentre os membros da famiacutelia quantos estudaram ou estudam

em escolas puacuteblicas

20

f) Verificar quantos agricultores da amostra estatildeo no negoacutecio por

aquisiccedilatildeo do imoacutevel e quantos em funccedilatildeo de sucessatildeo na famiacutelia g) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de energia

eleacutetrica nas propriedades

h) Verificar quantos agricultores da amostra tecircm aparelho de

televisatildeo na propriedade

i) Verificar quantos agricultores da amostra possuem antenas

paraboacutelicas nas propriedades

j) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de veiacuteculos

motorizados na propriedade

k) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de aacutegua

encanada na propriedade

l) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de

computadores na propriedade ou na residecircncia para controle das

atividades desenvolvidas no imoacutevel rural

m) Verificar quantos agricultores da amostra dependem somente

da renda das propriedades quantos contam com a ajuda da

mulher e quantos necessitam da ajuda dos filhos

222 Determinar a aacuterea a produccedilatildeo e verificar a produtividade das culturas de soja

milho e cafeacute

a) Verificar as aacutereas cultivadas com soja sua produccedilatildeo e

produtividade

b) Verificar as aacutereas cultivadas com milho sua produccedilatildeo e

produtividade c) Verificar as aacutereas cultivadas com cafeacute sua produccedilatildeo e

produtividade d) Verificar quantos produtores da amostra tecircm maquinaacuterios

proacuteprios em especial tratores e colheitadeiras

e) Verificar a meacutedia de empregados efetivos que o agricultor

manteacutem na propriedade

f) Verificar se o agricultor contrata matildeo-de-obra temporaacuteria nos

picos de trabalho (plantio e colheita)

21

g) Verificar se o agricultor depende de assistecircncia teacutecnica para a

exploraccedilatildeo das atividades da propriedade rural

h) Verificar se o agricultor depende de financiamento para o custeio

das safras realizadas na propriedade

223 Compreender como o agricultor realiza a comercializaccedilatildeo de sua produccedilatildeo

agriacutecola

a) Verificar como o agricultor comercializa a sua safra

1 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada em

cooperativas depois de realizada a colheita

2 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada com

induacutestrias ou comerciantes depois de realizada a colheita

3 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente na cooperativa antes da colheita com preccedilos

preacute-fixados

4 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada com

induacutestrias ou comerciantes antes da colheita com preccedilos

prefixados

5 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada em

cooperativas com adiantamentos de recursos em dinheiro ou

insumos com preccedilos a fixar na entrega da safra

6 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente com induacutestrias ou comerciantes com

adiantamento de recursos em dinheiro ou insumos com preccedilos a

fixar na entrega da safra

7 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente em cooperativas com adiantamento de

recursos em dinheiro ou insumos com preccedilos jaacute fixados

8 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente com induacutestrias ou comerciantes com

adiantamentos de recursos em dinheiro ou em insumos com

preccedilos jaacute fixados

22

9 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute vendida antecipadamente

com financiamentos de CPR

10 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute vendida

antecipadamente em mercado futuro na bolsa de mercadorias

b) Verificar quais satildeo os meios utilizados pelo agricultor para

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado c) Verificar o tempo em que o agricultor eacute responsaacutevel pela

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo na propriedade rural

224 Observar a atuaccedilatildeo do agricultor nas bolsas de mercadorias para negociar

sua produccedilatildeo no mercado futuro

a) Verificar quantos agricultores comercializam suas safras ou parte

dela no mercado futuro

b) Verificar o seu conhecimento sobre essa modalidade de negoacutecio

e as razotildees para usar ou natildeo esse tipo de comercializaccedilatildeo Se

ele sabe como funciona o mercado futuro e se jaacute foi procurado

pela BMampF para participar de cursos promovidos pela entidade

225 Analisar a influecircncia do grau de escolaridade do produtor nas atividades

exercidas

a) Verificar se o grau de escolaridade do agricultor influencia na

produtividade das atividades desenvolvidas

b) Verificar se o grau de escolaridade do agricultor influencia na

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

c) Verificar se o grau de escolaridade influencia na maneira como o

agricultor acompanha as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no

mercado

d) Verificar se o grau de escolaridade propicia ao agricultor optar

pela comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de mercadorias

23

226 Analisar a influecircncia da idade do produtor nas atividades exercidas quais

sejam

a) Verificar se a idade do agricultor influencia na produtividade das

atividades desenvolvidas

b) Verificar se a idade do agricultor influencia comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo colhida

c) Verificar se a idade influencia na maneira de o agricultor

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado

d) Verificar se a idade influencia na oportunidade do agricultor em

fazer a comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de mercadorias

227 Investigar se o local de moradia do agricultor influencia nas atividades

desenvolvidas quais sejam

a) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

altera a produtividade das atividades desenvolvidas

b) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

afeta a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

c) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou cidade

influencia na maneira de o agricultor acompanhar as cotaccedilotildees

dos preccedilos dos produtos no mercado

d) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

influencia para fazer a comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de

mercadorias

228 Observar a performance do pequeno meacutedio ou grande agricultor levando

com consideraccedilatildeo a aacuterea que explora

a) Verificar a produtividade das atividades desenvolvidas pelos

pequenos meacutedios e grandes produtores

b) Verificar como se efetiva a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

pelos pequenos meacutedios e grandes produtores

c) Verificar como os pequenos meacutedios e grandes agricultores

acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado

24

d) Verificar se os pequenos meacutedios ou grandes agricultores fazem

a comercializaccedilatildeo de suas safras na bolsa de mercadorias

229 Observar a influecircncia dos maquinaacuterios na produtividade

a) Verificar se o trabalho realizado com maquinaacuterios proacuteprios

influencia na produtividade das safras de soja milho e cafeacute

2210 Observar a influecircncia da assistecircncia teacutecnica na produtividade

a) Verificar a produtividade dos agricultores que natildeo tecircm

assistecircncia teacutecnica dos produtores que tecircm assistecircncia teacutecnica

da Emater das cooperativas e de particulares nas culturas da

soja milho e cafeacute

25

3 O PROBLEMA

O dilema que enfrenta o agricultor estaacute diretamente ligado aos

riscos de produccedilatildeo associado aos baixos preccedilos dos produtos na comercializaccedilatildeo

aleacutem de suas oscilaccedilotildees que dificultam uma previsatildeo gerando muitas dificuldades

na tomada de decisatildeo tanto para a produccedilatildeo como para a comercializaccedilatildeo Gabriel

e Baker (apud BASTIANI 1999) enfatizam que haacute duas fontes externas de riscos

para o produtor rural De um lado a variabilidade nos retornos esperados

provocados pelo mercado e de outro pelo ambiente fiacutesico-climaacutetico As incertezas

do meio ambiente interferem diretamente na produccedilatildeo enquanto que o mercado

interfere nos preccedilos tanto na venda dos produtos como na aquisiccedilatildeo dos insumos

Para Morin (2000) haacute efetivamente dois meios para se enfrentar a

incerteza de uma accedilatildeo A primeira eacute estar totalmente consciente da aposta contida

na decisatildeo tomada e a segunda recorre da estrateacutegia A estrateacutegia elabora um

cenaacuterio de accedilatildeo e examinam as certezas e as incertezas da situaccedilatildeo as

probabilidades e as improbabilidades O cenaacuterio pode e deve ser modificado de

acordo com as informaccedilotildees colhidas ao acaso contratempos ou boas

oportunidades encontradas ao longo do caminho

Do ponto de vista da comercializaccedilatildeo para Marques e Mello (1999)

e Nantes (1997) as dificuldades tornam-se particularmente importantes porque eacute

difiacutecil para o agricultor ajustar rapidamente sua produccedilatildeo em face das mudanccedilas do

mercado aleacutem das interferecircncias climaacuteticas das pragas das doenccedilas etc que os

impede de fazer estimativas precisas de produccedilatildeo e de preccedilos Tanto o comprador

dos produtos primaacuterios como o agricultor se defronta frequumlentemente com o

problema de tentar prever as oscilaccedilotildees de preccedilos na comercializaccedilatildeo dos produtos

agriacutecolas

Para Robbins (2000 p59) uma das tarefas mais desafiadoras para

quem vai tomar uma decisatildeo eacute a anaacutelise das alternativas para a incerteza que natildeo

permite saber de antematildeo o resultado da decisatildeo e o risco porque o tomador da

decisatildeo com base na sua experiecircncia pessoal e em informaccedilotildees do mercado

precisa calcular a probabilidade das alternativas e dos resultados Por essa razatildeo

Tung (1990) afirma que as tomadas de decisotildees constituem a base da

administraccedilatildeo das empresas e tambeacutem satildeo a razatildeo da existecircncia dos

administradores

26

De acordo com Hazell (1982) Perry e Johnson (2000) o produtor

rural natildeo gosta de correr risco assim como qualquer outro empresaacuterio Muitas

vezes prefere alternativas de produccedilatildeo que ofereccedilam niacutevel satisfatoacuterio de

seguranccedila mesmo que represente uma perda de renda na meacutedia dos anos

Para Hanson e Pederson (1998) eacute fundamental que o produtor

tenha capacidade para administrar os riscos que em uacuteltima instacircncia satildeo parte

integrante das atividades agropecuaacuterias pois soacute assim ele poderaacute estabilizar a

renda da propriedade assegurando disponibilidade de recursos para viabilizar o seu

negoacutecio e tambeacutem o sustento de sua famiacutelia

Segundo Gitman (1997 p202) o termo risco tem o mesmo sentido

de incerteza ao se referir agrave variaccedilatildeo de retornos associados a um determinado

investimento O risco pode ser definido como a possibilidade de ter um prejuiacutezo

financeiro

Bernstein (1997) entende que a essecircncia da administraccedilatildeo do risco

estaacute em maximizar as accedilotildees nas aacutereas em que se tecircm os controles sobre os

resultados procurando minimizar as accedilotildees nos setores nos quais natildeo se tem

nenhum controle

Natildeo soacute o setor agropecuaacuterio como os consumidores e todos

aqueles com envolvimento nas atividades agraacuterias tecircm interesse em que a

produccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo dos produtos agriacutecolas se decirc de forma teacutecnica e

economicamente eficiente sem sobressaltos e interrupccedilotildees e com boa

remuneraccedilatildeo a todos (MARQUES 1997)

Diante desses problemas considerando que os agricultores querem

minimizar os riscos e as incertezas na busca do que produzir e das oscilaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos na hora de vender a produccedilatildeo buscou-se identificar com esta

pesquisa Qual eacute o perfil do agricultor do Municiacutepio de Londrina-Pr Como estaacute

produzindo e comercializando as safras de soja milho e cafeacute e a sua atuaccedilatildeo na

comercializaccedilatildeo dos seus produtos na Bolsa de Mercadorias amp Futuro

27

4 JUSTIFICATIVA E RELEVAcircNCIA DO ESTUDO

A Agricultura brasileira tem passado por profundas transformaccedilotildees

nos uacuteltimos anos O padratildeo de estagnaccedilatildeo da economia brasileira que se

caracterizou nos uacuteltimos anos em especial a partir de 1994 com o Plano Real natildeo

ocorre com o setor agropecuaacuterio que tem contribuiacutedo significativamente com a

balanccedila comercial brasileira Na safra de 20012002 o paiacutes obteve uma produccedilatildeo

total de 967 milhotildees de toneladas de gratildeos de acordo com a Cia Nacional de

Abastecimento ndash CONAB (2003d) respondendo por praticamente 13 das

exportaccedilotildees brasileiras

Para Ravanello (2002 p66) a agricultura oferece respostas raacutepidas

quando chamada a contribuir e o Brasil tem aacutereas agricultaacuteveis disponiacuteveis para um

crescimento sustentado e gente com capacidade para transformar esta grande

naccedilatildeo no verdadeiro celeiro do mundo

A escolha do Municiacutepio de Londrina para a realizaccedilatildeo desta

pesquisa se daacute por ser um poacutelo centralizador da produccedilatildeo agriacutecola no Estado do

Paranaacute e pela importacircncia que as culturas de soja milho e cafeacute tecircm no processo de

desenvolvimento econocircmico do Brasil do Paranaacute e em especial no Municiacutepio de

Londrina e regiatildeo e tambeacutem por serem commodities de exportaccedilatildeo negociados nas

principais bolsas de mercadorias do Brasil e do mundo

De acordo com o uacuteltimo censo agropecuaacuterio (IBGE 1996) Londrina

tem como principais produtos agriacutecolas a soja o milho o cafeacute a cana-de-accediluacutecar o

arroz o algodatildeo o feijatildeo e a mandioca com moacutedulo fiscal de 12 hectares -para

efeito de classificaccedilatildeo de imoacuteveis rurais - conforme tabela do INCRA - Instituto

Nacional de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria (INCRA 1997) que apresenta os

seguintes dados como demonstra o quadro 01

28

Estabelecimentos agriacutecolas 3119 propriedades

Aacuterea total dos estabelecimentos 183093 hectares

Aacuterea total de pastagens 83063 hectares

Quantidade de matildeo-de-obra ativa 12203 pessoas

Tratores em operaccedilatildeo 1937 unidades

Rebanho Bovino 138238 cabeccedilas

Rebanho Suiacuteno 30752 cabeccedilas

Produccedilatildeo leite 14674000 litrosano

Efetivo Aviacutecola 1485629 cabeccedilas

Produccedilatildeo de ovos 5020000 duacuteziasano

Quadro 01ndash Nuacutemeros do censo agropecuaacuterio 1995-1996 do Municiacutepio de Londrina

Fonte IBGE (1996)

De acordo com a Conab (2003d) a produccedilatildeo brasileira na safra

20012002 foi de 967 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea de 402194 ha

previsatildeo de colheita na safra 20022003 na ordem de 1152 milhotildees de toneladas

de gratildeos em uma aacuterea de 426886 ha o que corresponde a um aumento na aacuterea

cultivada de 6 na produccedilatildeo de quase 20 e na produtividade de 125

conforme graacutefico 01

9671152

402 426

020406080

100120140

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 01ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

Gratildeos em 20012002 e 20022003 Fonte Conab (2003d)

29

Para a Seab (2003) a produccedilatildeo paranaense na safra de 20012002

foi de 220 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea de 79 milhotildees de hectares

previsatildeo de colheita na safra de 20022003 de 283 milhotildees de toneladas de gratildeos e

algodatildeo na safra de veratildeo em uma aacuterea de 85 milhotildees de hectares o que

corresponde a um aumento na aacuterea cultivada de 75 na produccedilatildeo perto dos 30

e produtividade de 194 conforme graacutefico 02 O Estado do Paranaacute eacute responsaacutevel

por frac14 da produccedilatildeo nacional

220

283

79 85

00

50

100

150

200

250

300

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 02- Comparativo da aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense de

gratildeos de 20012002 e 20022003 Fonte Seab (2003)

De acordo com a Seab (2003) na safra de 20012002 o municiacutepio

de Londrina contribuiu com uma produccedilatildeo de 2238 mil toneladas de gratildeos e a micro

regiatildeo de Londrina composta por 19 municiacutepios circunvizinhos com 119 milhotildees

de toneladas de gratildeos

30

5 O PERFIL DO AGRICULTOR E AS ATIVIDADES AGRAacuteRIAS

Segundo Crepaldi (1993 p17) as atividades agraacuterias tambeacutem

conhecidas como atividades rurais ou agropecuaacuterias satildeo exercidas das mais

variadas formas desde o cultivo caseiro para a subsistecircncia da famiacutelia ateacute os

grandes complexos agro-industriais Mazoyer e Roudart (1997) caracterizam o

sistema agraacuterio como sendo uma associaccedilatildeo de atividades produtivas e de teacutecnicas

utilizadas por uma sociedade visando a satisfazer agraves suas necessidades Eacute a

interaccedilatildeo entre o sistema bioecoloacutegico representado pelo meio natural e o sistema

soacutecio-cultural atraveacutes de praacuteticas resultantes do progresso teacutecnico

Nos Estados Unidos na deacutecada de 1970 convencionou-se o

conhecimento da administraccedilatildeo das propriedades rurais como farm management

que foi um ramo especiacutefico do management pelo fato da administraccedilatildeo rural ter

caracteriacutesticas especiais se comparada com a administraccedilatildeo industrial em razatildeo de

a produccedilatildeo agropecuaacuteria estar intimamente ligada ao processo bioloacutegico da terra e

dos animais(HERBST 1975)

Oliveira (1976) ressalta que as atividades rurais representam todas

as atividades de exploraccedilatildeo da terra seja o cultivo de lavouras e florestas ou a

criaccedilatildeo de animais com vistas agrave obtenccedilatildeo de produtos que venham a satisfazer agraves

necessidades humanas Mesmo com o aumento significativo da populaccedilatildeo das

cidades e com a reduccedilatildeo da populaccedilatildeo rural as atividades agropecuaacuterias continuam

desempenhando papel fundamental no desenvolvimento do paiacutes sendo este setor

responsaacutevel pelos principais produtos de exportaccedilatildeo na balanccedila de pagamento

Para Aloe (1981) os agricultores vecircm especializando-se em sua

produccedilatildeo agropecuaacuteria cultivando ou criando plantas e animais que satildeo procurados

pelo mercado e pelos quais recebem preccedilos mais elevados Dufumier (1996) afirma

que essa produccedilatildeo agropecuaacuteria eacute caracterizada pela combinaccedilatildeo da quantidade de

forccedila de trabalho composta pelas pessoas da famiacutelia do produtor e assalariados com

os distintos meios de produccedilatildeo composta basicamente pela terra maquinaacuterios e

insumos com a intenccedilatildeo de obter diferentes produtos agriacutecolas ou pecuaacuterios Essa

dependecircncia do agricultor em relaccedilatildeo ao mercado consumidor faz com que ele

aleacutem de cultivar ou criar as espeacutecies que o mercado compra sinta-se obrigado a

produzir conforme as exigecircncias desse mesmo mercado Dessa maneira o

31

agricultor vem diminuindo o nuacutemero de atividades em seu estabelecimento rural e

se dedicando a uma ou duas espeacutecies de culturas

Cada vez mais o agricultor produz para o mercado vendendo a

maior parte de sua produccedilatildeo e deixando para o consumo da famiacutelia quantidades

reduzidas de sua colheita Para Souki et al (1999) os produtores brasileiros devem

entender - que em uma eacutepoca de abertura de mercado e draacutesticas transformaccedilotildees

tecnoloacutegicas em que a palavra de ordem eacute qualidade e produtividade - eacute preciso

trabalhar profissionalmente para ser competitivo Para tanto os recursos

tecnoloacutegicos nas aacutereas administrativas teacutecnicas e de informaacuteticas estatildeo disponiacuteveis

e os empresaacuterios rurais que souberem aproveitaacute-los da melhor forma na

administraccedilatildeo de sua propriedade deveratildeo sobreviver e crescer Obviamente os que

se aventurarem a natildeo adotaacute-los fatalmente teratildeo seacuterios problemas para serem

competitivos neste novo perfil de mercado

Nem sempre no entanto esta situaccedilatildeo beneficia o agricultor pois se

a sua renda depende de poucos ou de apenas um produto uma queda do preccedilo do

mesmo ou uma frustraccedilatildeo de safra causa seacuterios prejuiacutezos ao agricultor No atual

estaacutegio de desenvolvimento da agricultura o custo de produccedilatildeo eacute bastante elevado

Para se ofertar um produto condizente com as necessidades do mercado eacute

necessaacuterio empregar fortes doses de adubaccedilatildeo sementes selecionadas e

defensivos agriacutecolas cujos preccedilos satildeo elevados porque dependem de importaccedilatildeo

Da mesma forma intensifica-se cada vez mais a mecanizaccedilatildeo da lavoura a qual

possibilita melhoria significativa de qualidade das praacuteticas agriacutecolas mas que torna

necessaacuterio o desembolso de quantias vultosas para sua compra conservaccedilatildeo e

serviccedilo (CREPALDI1993)

51 O PRODUTOR RURAL COMO EMPRESAacuteRIO

Para Luz (1980 p10) toda propriedade rural que natildeo produza

apenas para a subsistecircncia da famiacutelia de seu proprietaacuterio pode ser considerada

como propriedade de fins lucrativos ou econocircmicos Quanto mais conhecimento

sobre o seu negoacutecio tiver o produtor tanto mais positivos seratildeo os resultados

obtidos O conhecimento das potencialidades de sua propriedade o conhecimento

do mercado consumidor e a adoccedilatildeo de normas essenciais para a execuccedilatildeo das

32

atividades satildeo deveres que se impotildeem ao produtor na administraccedilatildeo do seu

negoacutecio O que produzir quanto produzir e como produzir satildeo dados que tambeacutem

devem estar bem definidos no momento de iniciar qualquer atividade explorativa

Para Batalha (1997) devido agrave situaccedilatildeo atual de dependecircncia do

agricultor com relaccedilatildeo ao mercado torna-se indispensaacutevel aos produtores rurais

ter o conhecimento aprofundado de seu negoacutecio no caso da agricultura Para tanto

o produtor deve estar bem informado sobre as condiccedilotildees de mercado com relaccedilatildeo agrave

cultura que deseja explorar bem como conhecer as condiccedilotildees e os recursos

naturais de sua propriedade rural Evered (1981) enfatiza que o produtor rural deve

tambeacutem ter capacidade de perceber as mudanccedilas no ambiente e analisar suas

futuras implicaccedilotildees Precisa ainda desenvolver habilidade para detectar mudanccedilas

relevantes no ambiente da propriedade nas inovaccedilotildees tecnoloacutegicas no mercado e

tambeacutem no ambiente social e poliacutetico

Segundo Santos e Marion (1993) o sucesso da empresas rural

depende basicamente do grau de gerenciamento dos seus proprietaacuterios que requer

habilidade teacutecnica e administrativa para o aproveitamento racional dos recursos que

estatildeo a sua disposiccedilatildeo como terras maquinaacuterios implementos recursos humanos

infra-estrutura da fazenda e informaccedilotildees para a tomada de decisatildeo a respeito dos

fatores internos da produccedilatildeo e dos externos como o mercado perfil climaacutetico da

regiatildeo onde estaacute localizada a propriedade meios de transporte preccedilos praticados

etc para garantia do lucro e a continuidade da empresa

Conforme explica Crepaldi (1993) no Brasil a maioria das fazendas

eacute administrada pelo proprietaacuterio e sua famiacutelia Entretanto as expressotildees empresa

rural e empresa agriacutecola satildeo encontradas com frequumlecircncia na literatura no sentido de

fazenda propriedade agriacutecola ou estabelecimento agropecuaacuterio organizado com a

finalidade de produccedilatildeo comercial Eacute importante reconhecer que existem diferenccedilas

marcantes entre as empresas rurais e as demais pertencentes a outros setores

econocircmicos Na agricultura o sistema de produccedilatildeo utiliza fatores de produccedilatildeo

provenientes dos vaacuterios setores mas sua caracteriacutestica fundamental eacute o uso da

remuneraccedilatildeo indireta como a matildeo-de-obra familiar e o trabalho administrativo do

proprietaacuterio Outra caracteriacutestica importante da empresa rural eacute a estreita relaccedilatildeo

entre as atividades de investimento produccedilatildeo e consumo na fazenda Gastos com a

famiacutelia do proprietaacuterio administrador satildeo considerados parte integrante da anaacutelise

econocircmica-financeira da empresa

33

Essa empresa rural ou ainda este complexo famiacutelia-fazenda cujos

recursos satildeo dedicados agrave produccedilatildeo agropecuaacuteria sem necessariamente assumir

personalidade juriacutedica tem como objetivo maximizar o valor presente do patrimocircnio

Para Marion (1983) o proprietaacuterio da terra eacute o empresaacuterio mas este

termo representa a unidade de tomada de decisatildeo que pode ser o fazendeiro sua

esposa qualquer dos filhos ou uma combinaccedilatildeo destes Aleacutem disto o empresaacuterio

normalmente trabalha com os membros de sua famiacutelia nas tarefas comuns da

fazenda A famiacutelia tem seguramente influecircncia nas decisotildees administrativas de

sorte que a separaccedilatildeo das funccedilotildees administrativas das demais na empresa rural

natildeo eacute tatildeo simples quanto fora do setor agriacutecola

Bastiani (1999) ressalta que uma grande parte dos agricultores que

tem na agricultura sua principal atividade econocircmica natildeo escolheu ser agricultor e

de uma forma geral essa escolha deu-se por um processo de legado

Transcendendo de geraccedilotildees para geraccedilotildees com forte vinculaccedilatildeo de afetividade a

terra onde os agricultores de ontem eram os avoacutes os de hoje os pais e os de

amanhatilde com grande probabilidade seratildeo os filhos e depois os netos Noronha

(1987 p23) enfatiza que a maior parte das empresas rurais ainda eacute transmitida de

pais para filhos por meio de heranccedilas e tendem a ocorrer em fases de relativa

estabilidade na organizaccedilatildeo da empresa apoacutes muitos anos de experiecircncia

administrativa do proprietaacuterio Na falta de um administrador experiente haacute uma

soluccedilatildeo de continuidade administrativa que pode ter graves consequumlecircncias Mesmo

quando um dos herdeiros se encontra em condiccedilotildees de continuar uma eficiente

administraccedilatildeo a divisatildeo de terras e demais bens entre os herdeiros resultam em

uma reduccedilatildeo no tamanho da empresa de cada um Aleacutem disso existem diferentes

niacuteveis de habilidades administrativas entre os novos empresaacuterios Portanto mesmo

no caso de relativa familiaridade de cada um com o negoacutecio original o mais provaacutevel

eacute que haveraacute significativa perda de eficiecircncia no curto prazo

Atualmente quando a agricultura estaacute cada vez mais voltada para

um mercado mais competitivo a sobrevivecircncia e o crescimento da empresa rural

dependem em grande parte da capacidade empresarial Decisotildees tecircm de ser

tomadas em varias aacutereas com base em conhecimentos teacutecnicos-administrativos -

tanto quanto possiacutevel atualizado - sobre as condiccedilotildees de produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo de insumos e produtos relevantes para a empresa

34

52 o perfil do agricultor brasileiro

Com o objetivo de traccedilar o perfil do agricultor brasileiro a pesquisa

realizada pelo Centro de Estudos Agriacutecolas vinculado ao Instituto Brasileiro de

Economia da Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas encomendada pela Confederaccedilatildeo Nacional

da Agricultura-CNA (2002) cuja amostra total foi de 1837 estabelecimentos rurais

das regiotildees Sul Sudeste Centro-Oeste Pernambuco e Cearaacute detectou na amostra

que

a) 85 dos entrevistados satildeo proprietaacuterios do imoacutevel

b) A idade meacutedia do responsaacutevel eacute de 52 anos

c) A maior concentraccedilatildeo estaacute na faixa de baixa escolaridade (1 a 6

anos que corresponde ao primeiro grau incompleto)

d) 85 dispotildeem de energia eleacutetrica

e) 43 dos estabelecimentos tecircm antena paraboacutelica

f) 56 dispotildeem de um veiacuteculo no estabelecimento

g) 72 utilizam aacutegua encanada

h) 81 tecircm um aparelho de televisatildeo

i) 82 possuem outra fonte de renda gerada fora do

estabelecimento que natildeo os rendimentos da atividade

agropecuaacuteria

j) o microcomputador eacute um instrumento que ainda estaacute para ser

descoberto no meio rural (somente 3 tecircm um microcomputador)

o que dificulta a adoccedilatildeo pelos estabelecimentos de tecnologias

organizacionais importantes para enfrentar as novas exigecircncias

de competitividade impostas pelo mercado

k) No sul um hectare rende em meacutedia o equivalente ao valor de 85

sacas de milho ao preccedilo de R$750 a saca

l) A matildeo-de-obra familiar eacute utilizada em 78 dos estabelecimentos

m) A matildeo-de-obra temporaacuteria eacute utilizada em 81 dos

estabelecimentos

n) Na regiatildeo sul a comercializaccedilatildeo eacute feita preponderantemente via

cooperativas o que tambeacutem ocorre no Centro-Oeste Nas demais

regiotildees prevalecem o sistema de venda direta no mercado ldquopara

quem paga maisrdquo

35

o) 62 receberam educaccedilatildeo puacuteblica atraveacutes de algum membro da

famiacutelia

p) Em geral filhos dos antigos proprietaacuterios passaram a assumir a

conduccedilatildeo do estabelecimento em decorrecircncia das mudanccedilas

organizacionais que estatildeo sendo promovidas em resposta aos

desafios de um mercado muito mais competitivo

q) Quanto maior a distacircncia da propriedade com a sede do

municiacutepio mais difiacutecil eacute o acesso dos produtores rurais agrave

informaccedilatildeo pertinente agrave compra e venda de insumos e produtos

acesso ao creacutedito e cumprimento das obrigaccedilotildees trabalhistas e

tributaacuterias

r) Entre os estabelecimentos estudados predominaram as pequenas

unidades familiares com aacuterea cultivada de ateacute 20 hectares mas

sua participaccedilatildeo na produccedilatildeo perde para os grandes

estabelecimentos Na regiatildeo sul os grandes estabelecimentos

rurais contribuem com aproximadamente 70 da renda gerada

com a produccedilatildeo agriacutecola e pecuaacuteria

36

6 PRODUCcedilAtildeO E PRODUTIVIDADE AGRIacuteCOLA

Apoacutes a Segunda Guerra Mundial o traccedilo mais marcante do padratildeo

de expansatildeo da oferta agriacutecola mundial foi o violento crescimento da produccedilatildeo e da

produtividade que ocorreu principalmente nos paiacuteses desenvolvidos Este aumento

do produto foi igualmente acompanhado pelo crescimento da produccedilatildeo por hectare

A expansatildeo da produccedilatildeo agregada foi mais que suficiente para compensar o

crescimento da populaccedilatildeo e a disponibilidade de alimentos que era de 240 kg por

habitanteano passou em 1996 para 320 kg por habitanteano O desempenho

positivo da agricultura foi conseguido basicamente com o aumento da produtividade

da terra e do trabalho cabendo ao aumento da aacuterea cultivada menor participaccedilatildeo de

acordo com boletim da USDA conforme se verifica no quadro 02 (DIAS BARROS

1998)

DADOS MUNDIAIS 1950 1996

Oferta mundial de gratildeos 630 milhotildees toneladas 18 bilhotildees toneladas

Produtividade meacutedia 11 toneladas por ha 26 toneladas por ha

Aacuterea cultivada com gratildeos 614 milhotildees hectares 696 milhotildees hectares

Alimento disponiacutevel por habitanteano 240 kgs 320 kgs

Quadro 2ndash Evoluccedilatildeo da produtividade e produccedilatildeo mundial de

gratildeos nos uacuteltimos 50 anos

Para Luz (1980) a produtividade natildeo se confunde com a produccedilatildeo

pois enquanto esta tem como significado o total puro e simples do que cada cultura

produziu aquela significa a quantidade de produccedilatildeo obtida por uma unidade de fator

de produccedilatildeo Assim a produtividade da soja eacute medida em sacas ou quilos por

hectare o leite eacute medido em litros por vaca ordenhada e assim por diante Santos

(1993) compartilha desse raciociacutenio denominando a produtividade de rendimento

de cultivos ou criaccedilotildees classificando a produtividade por rendimento elevado

meacutedio ou baixo

37

De acordo com Lacombe e Heilborn (2003 p165) a produtividade eacute

o quociente que resulta na divisatildeo entre a produccedilatildeo obtida e um dos fatores

empregados na produccedilatildeo ou entre a produccedilatildeo obtida e um conjunto ponderado dos

fatores de produccedilatildeo A produtividade nada mais eacute do que uma relaccedilatildeo entre o que

foi obtido e um dos recursos usados para obtecirc-lo Por exemplo na produtividade de

um hectare de terra diz-se que a produtividade eacute tantas toneladas por hectare Se

utiliza-se outros insumos como adubos e irrigaccedilatildeo a produtividade por hectare

aumenta Com o uso de sementes selecionadas obteacutem-se uma produtividade mais

alta por hectare

Na visatildeo de Drucker (2000 p205) a produtividade de qualquer

sociedade desenvolvida repousa cada vez mais na capacidade de fazer com que o

trabalho intelectual seja produtivo e o trabalhador intelectual realizado

Crepaldi (1993) ressalta que a terra eacute o fator de produccedilatildeo mais

importante para as atividades agraacuterias pois eacute nela que se aplicam os capitais e onde

se trabalha para obter a produccedilatildeo Se a aacuterea de terra for ruim ou muito pequena

dificilmente se produziratildeo colheitas abundantes e lucrativas por mais capital ou

trabalho de que disponha o produtor Desse modo uma das grandes preocupaccedilotildees

do produtor deve ser sempre com a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da terra evitando

seu desgaste pelo mau uso e tambeacutem pela erosatildeo

De acordo com Konzen (1977) o cultivo de gratildeos nas grandes

lavouras da regiatildeo sul do Brasil que ocupam mais de 50 da aacuterea total das

propriedades rurais tem elevado grau de produtividade cuja destinaccedilatildeo eacute o

mercado internacional atraveacutes das exportaccedilotildees ficando o restante da aacuterea por

conta da criaccedilatildeo de animais A produtividade das aacutereas se justifica porque os

produtores investem pesadamente em mecanizaccedilatildeo aplicam intensamente

fertilizantes e defensivos nas lavouras utilizam assistecircncia teacutecnica com frequumlecircncia e

tecircm elevada capacidade administrativa com formaccedilatildeo educacional de segundo ou

terceiros graus Pereira (1999) ressalta tambeacutem que a mecanizaccedilatildeo pode

desempenhar um papel importante na busca da produtividade visto que o Brasil eacute

um dos poucos paiacuteses com capacidade de expandir sua produccedilatildeo agropecuaacuteria

seja pelo aumento da aacuterea plantada ou pelo incremento da produccedilatildeo

La Torre (2002) acredita que as grandes propriedades rurais

apresentam maior produtividade da terra que as pequenas em razatildeo do seu faacutecil

acesso ao creacutedito rural Acrescenta que na medida em que esse creacutedito tambeacutem for

38

repassado com mais facilidade agraves pequenas propriedades essa vantagem possa

ser revertida em favor de uma melhor produtividade para as pequenas propriedades

rurais

Nos uacuteltimos 12 anos a produccedilatildeo de gratildeos no paiacutes cresceu de 58

milhotildees de toneladas de gratildeos para a casa dos 100 milhotildees com excepcional

produtividade pois a aacuterea plantada praticamente natildeo aumentou conforme

demonstra o graacutefico 03 Eacute resultado sobretudo do fato de a agricultura brasileira ter

se voltado para o mercado internacional

378 384 356 391 384 368 364 351 367 377 376

11529671003

828824765789

738812

761683

578682

426402

0

20

40

60

80

100

120

9091 9293 9495 9697 9899 0001 0203

Produccedilatildeo (milhotildees de ton) Aacuterea ( milhotildees de ha)

prev

Graacutefico 03- Produtividade de gratildeos no Brasil na uacuteltima deacutecada Fonte Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento

Souza (1999) relata que a elevaccedilatildeo da produtividade na agricultura

eacute muito importante porque tambeacutem contribui para reduzir a pobreza na aacuterea urbana

pela elevaccedilatildeo dos salaacuterios nominais e reais e com isso melhora a distribuiccedilatildeo de

renda em toda a economia Agrave medida em que esta realidade se apresenta diminui a

pobreza absoluta geralmente medida pelo consumo diaacuterio de calorias per capita

39

Com o crescimento da renda as pessoas reduzem o consumo de calorias e passam

a ingerir quantidade maior de proteiacutenas

A necessidade de manter a produccedilatildeo acelerada tanto para a

exportaccedilatildeo como para suprir o mercado interno exige do produtor um aumento da

produtividade que pode ser conseguido pela adoccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

uma vez que existem limites para o aumento da produccedilatildeo apenas mediante a

expansatildeo da aacuterea cultivada (SOUZA 1999 p281)

Streeter (1988) ensina que as inovaccedilotildees tecnoloacutegicas devem ter agrave

frente as universidades puacuteblicas com forte ecircnfase na pesquisa no ensino e na

extensatildeo seguidas das empresas privadas que podem consolidar as soluccedilotildees com

propostas em niacutevel comercial

No conceito de Sorima Neto (1999) o agricultor na busca de

melhorar sua produtividade pode contar inclusive com a ajuda de sateacutelite para

aumentar a colheita Os agricultores do interior de Minas Gerais e de Mato Grosso

conseguem produzir tanto quanto os agricultores americanos o que corresponde a

180 sacas de milho por hectare sendo que a meacutedia brasileira oscila entre 100 e 120

sacas dependendo da regiatildeo

A produtividade conta tambeacutem com a biotecnologia no

desenvolvimento de sementes resistentes a pragas e a inseticidas e plantas que se

adaptam bem a solos pobres e de clima seco Na pecuaacuteria - com as teacutecnicas de

inseminaccedilatildeo artificial e transferecircncia de embriotildees atraveacutes da engenharia geneacutetica -

pode-se produzir bois que rendem o dobro de carne e vacas que geram mais de

quarenta bezerros em um ano O periacuteodo de gestaccedilatildeo de nove meses das vacas eacute

multiplicado pelo artifiacutecio dos embriotildees congelados

O aumento da produtividade por parte dos produtores decorrente da

maior acumulaccedilatildeo de capital e do progresso tecnoloacutegico resulta no aumento do

volume total ofertado reduzindo dessa maneira o preccedilo dos produtos

agropecuaacuterios Pereira (1999) acrescenta que tornou-se indispensaacutevel para o

produtor rural a busca pelo aumento da produtividade o que soacute eacute possiacutevel com

investimentos elevados e adoccedilatildeo de novos processos produtivos que possibilitem a

expansatildeo da produccedilatildeo brasileira Como a estrutura agraacuteria natildeo apresentou avanccedilos

e os pequenos produtores natildeo foram capazes de absorver os avanccedilos tecnoloacutegicos

por falta de escolaridade o meacutedio e o grande produtor assumiram esse setor

implementando novas tecnologias e se adequando ao processo de inovaccedilatildeo

40

Assim aquele produtor que natildeo tem capacidade de investimento

natildeo consegue manter-se no processo e acaba por vender sua propriedade em

funccedilatildeo da sua incapacidade de escala Embora o setor esteja com sua produtividade

em franco crescimento uma grande parte dos produtores em geral pequenos

produtores estatildeo faturando muito pouco ou o suficiente para sobreviver e manter

sua propriedade porque ainda lhes faltam condiccedilotildees e visatildeo econocircmica para

buscar outra fonte para a venda dos seus produtos aleacutem do mercado fiacutesico

61 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DA SOJA

A produccedilatildeo mundial de soja para a safra 20022003 deve chegar a

1894 milhotildees de toneladas de gratildeos segundo dados estatiacutesticos da USDA De

acordo com levantamentos realizados pela Conab a safra brasileira 20012002 foi

de 419 milhotildees de toneladas com perspectiva de colheita recorde em 20022003 na

ordem de 503 milhotildees de toneladas de gratildeo Esses nuacutemeros correspondem a 26

da produccedilatildeo mundial com destaque para os estados do Mato Grosso Paranaacute e Rio

Grandes do Sul atualmente os maiores produtores nacionais conforme demonstra

o graacutefico 04 (TAVARES 2002)

Produccedilatildeo outros paiacuteses74

Produccedilatildeo brasileira

26

Produccedilatildeobrasileira Produccedilatildeo outrospaiacuteses

1391

503

41

Graacutefico 04ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de soja para safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Na safra da soja de 20012002 o Brasil teve uma produccedilatildeo de

4284 sacas por hectare equivalente a 1036 sacas de 60 kgs por alqueire paulista

Na safra de 20022003 a estimativa da aacuterea a ser cultivada eacute de 180 milhotildees de

hectares e produccedilatildeo de 503 milhotildees de toneladas de gratildeos Mantendo esta

previsatildeo o aumento na aacuterea cultivada seraacute de 10 da produccedilatildeo de 20 e da

produtividade 85 conforme revela o graacutefico 05 (CONAB 2003c)

419

503

163 180

0

10

20

30

40

50

60

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 05ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

soja de 20012002 e 20022003

A produccedilatildeo brasileira de soja para a safra 20022003 deve chegar a

503 milhotildees de toneladas de gratildeos segundo dados estatiacutesticos da Conab A

mesma fonte ressalta que a produccedilatildeo paranaense de 20012002 foi de 92 milhotildees

de toneladas com perspectiva de colheita recorde em 20022003 na ordem de 102

milhotildees de toneladas de gratildeos e que corresponde a 20 da produccedilatildeo brasileira

conforme demonstra o graacutefico 06 (CONAB 2003c)

42

Produccedilatildeo Outros

Estados80

Produccedilatildeo Paranaacute

20

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

401

102

Graacutefico 06ndash Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de soja na safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Outros dados da Conab (2003c) registram que o Paranaacute colheu na

safra de 20012002 4791 sacas por hectare o que corresponde a 11594 sacas de

60 kgs por alqueire paulista - foi superior a meacutedia nacional em 1183 Na safra de

20022003 estima-se uma colheita de 102 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma

aacuterea de 35 milhotildees de hectares de terras - Corresponde um aumento na aacuterea de

quase 10 aumento na produccedilatildeo de 108 e na produtividade de 139 como

demonstra o graacutefico 07 Com a obtenccedilatildeo da produtividade de 4857 sacas por

hectare que corresponde a 11753 sacas de 60 kgs por alqueire paulista a

produtividade seraacute superior a meacutedia nacional em 5

43

92102

32 35

0

2

4

6

8

10

12

Safra 20012002 Safra 20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 07ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de soja de 20012002 e 20022003

Tavares (2002) comenta que se for considerado que o custo de

produccedilatildeo da safra brasileira gira em torno de 40 inferior ao custo dos produtores

nortes americanos com uma produtividade superior em quase 20 e rentabilidade

que varia entre 25 a 30 o produtor de soja brasileiro tem todas as condiccedilotildees de

competitividade podendo produzir - natildeo soacute para o mercado interno - como aumentar

as exportaccedilotildees para o mercado internacional Contudo ressalta que os pequenos e

meacutedios produtores deveratildeo ter certa dificuldade para realizar esse tipo de operaccedilatildeo

pelo fato de natildeo efetuarem diretamente a comercializaccedilatildeo externa da sua produccedilatildeo

Desde os anos 70 o Brasil manteacutem uma posiccedilatildeo de respeito no

mercado mundial da soja Santana (1984) explica que essa importacircncia se daacute por

trecircs razotildees 1) Pelo grau de modernizaccedilatildeo alcanccedilado nas unidades agriacutecolas de

produccedilatildeo de soja 2) Pelo periacuteodo de produccedilatildeo da soja brasileira que entra no

mercado internacional no periacuteodo de entressafra da soja americana e 3) Pelo maior

teor de oacuteleo e de proteiacutena existente no gratildeo de soja produzido no Brasil

A modernizaccedilatildeo das propriedades rurais estaacute diretamente

relacionada com a mecanizaccedilatildeo das lavouras que eacute praticamente completa em

todas as fases do processo produtivo que vai desde a preparaccedilatildeo da terra ateacute a

colheita Nas grandes regiotildees de cultivo desta cultura se concentra mais da metade

da frota de tratores do paiacutes Sabe-se que natildeo eacute a totalidade desta frota destinada agraves

44

lavouras de soja mas pela magnitude da aacuterea de soja plantada nas regiotildees e pelos

altos iacutendices de produccedilatildeo alcanccedilados pode-se deduzir que parte consideraacutevel

dessa frota regional faccedila parte da base teacutecnica da produccedilatildeo dessa oleaginosa Eacute de

conhecimento puacuteblico que a cultura da soja exige um dos maiores niacuteveis de

mecanizaccedilatildeo em todos os estaacutegios de sua produccedilatildeo(AYRES 1985)

62 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DO MILHO

Na escala da produccedilatildeo mundial de milho os Estados Unidos

aparece com a maior participaccedilatildeo na ordem de 405 a China em segundo lugar

com 191 e o Brasil com uma produccedilatildeo de 6 Segundo dados estatiacutesticos da

USDA a produccedilatildeo mundial de milho para a safra 20022003 deve chegar a 5916

milhotildees de toneladas de gratildeos conforme demonstra o graacutefico 8 (MOREIRA 2002)

Produccedilatildeo Brasileira

6

Produccedilatildeo Outros Paiacuteses

94ProduccedilatildeoBrasileiraProduccedilatildeo OutrosPaiacuteses

5541 375

Graacutefico 08ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de milho para a safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Na safra 20012002 o Brasil teve uma produccedilatildeo de 5240 sacas por

ha o que corresponde a 127 sacas de 60 kgs por alqueire paulista Na safra de

45

20022003 a estimativa da aacuterea a ser cultivada eacute de 122 milhotildees de hectares e

produccedilatildeo de 375 milhotildees de toneladas de gratildeos com produtividade de 5123

sacas por hectare correspondendo a 124 sacas de 60 kgs por alqueire paulista Se

persistir essa previsatildeo haveraacute aumento na aacuterea de 3 de 1 na produccedilatildeo e

produtividade inferior em 2 conforme demonstra o graacutefico 09 (CONAB 2003b)

371 375

118 122

05

10152025303540

Safra20012002

Previsatildeo Safra2022003

Produccedilatildeo(milhotildees ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 09ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

milho de 20012002 e 20022003

Na previsatildeo da produccedilatildeo brasileira de 375 milhotildees de toneladas de

gratildeos de milho para a safra 20022003 o Estado do Paranaacute deveraacute contribuir com

uma safra de 117 milhotildees de toneladas o correspondente a quase 13 da produccedilatildeo

nacional conforme graacutefico 10 (CONAB 2003b)

46

Produccedilatildeo Paranaacute

31Produccedilatildeo Outros

Estados 69

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

258

117

Graacutefico 10ndash Previsatildeo da produccedilatildeo Brasileira e Paranaense de milho para a safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Ainda de acordo com os dados da Conab (2003b) o Paranaacute colheu

na safra de 20012002 6265 sacas por hectare o que corresponde a 15161 sacas

de 60 kgs por alqueire paulista superior agrave meacutedia nacional em 195 Na safra de

20022003 a Conab estima que o plantio seraacute em 263 milhotildees de hectares e a

colheita de 1176 milhotildees de toneladas de gratildeos O aumento da aacuterea seraacute de 5 da

produccedilatildeo 25 e da produtividade perto de 20 com a obtenccedilatildeo da produtividade

de 7452 sacas por hectare que corresponde a 18033 sacas de 60 kgs por alqueire

paulista tambeacutem superior a meacutedia nacional em 455 conforme o graacutefico 11

47

936

1176

249 263

02468

101214

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton) Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 11ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de milho de 20012002 e 20022003

Tradicionalmente os preccedilos do milho sempre estiveram proacuteximos do

preccedilo miacutenimo pago pelo governo fazendo com que o Estado constantemente

promovesse intervenccedilotildees no mercado para garantir receita ao produtor rural Com a

exportaccedilatildeo do produto favorecido pelas altas taxas de cacircmbio nos anos de 2001 e

2002 o preccedilo passou a ter referecircncia na paridade dos preccedilos de exportaccedilatildeo

proporcionando ao produtor uma melhora substancial no preccedilo do milho cultivado

(MOREIRA 2002)

De acordo com Alves (1998) a cultura do milho expandiu-se no

territoacuterio nacional assim como as demais exploraccedilotildees tradicionais usando a

tecnologia primitiva com o produtor derrubando as matas a procura da fertilidade

natural dos solos O milho hiacutebrido apareceu na deacutecada de 1950 e o uso de

maacutequinas equipamentos e fertilizantes tornou-se significativo a partir da deacutecada de

1970 Portanto a cultura se estabeleceu no paiacutes com uma tecnologia de niacutevel de

produtividade baixo e tambeacutem compatiacutevel com a dotaccedilatildeo de fatores em que a terra

e a matildeo-de-obra eram abundantes Com o crescimento e a diversificaccedilatildeo do

mercado interno de trabalho de produtos e de insumos a consequumlente

industrializaccedilatildeo a urbanizaccedilatildeo e a competiccedilatildeo proporcionada pela abertura do

comeacutercio internacional houve mudanccedilas dramaacuteticas nas exigecircncias tecnoloacutegicas da

48

agricultura nacional hoje mais fundamentada na ciecircncia e em teacutecnicas de cultivo

que procuram usar a terra mais intensamente e com o miacutenimo de matildeo-de-obra

63 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DO CAFEacute

A atividade cafeeira vem representando ao longo dos uacuteltimos anos

um importante fator de desenvolvimento econocircmico e social para muitos paiacuteses

Segundo Moricochi et al (1997) o cafeacute movimentou mais de US$ 40 bilhotildees no

mercado mundial em 1997 constituindo-se em uma importante atividade para a

geraccedilatildeo de emprego e renda sendo que mais de 20 milhotildees de pessoas no mundo

dependem diretamente dessa atividade

A produccedilatildeo mundial de cafeacute beneficiado para a safra 20022003

deve chegar a 1209 milhotildees de sacas de 60 quilos pelos dados estatiacutesticos da

USDA Em levantamentos realizados pela Conab (2003a) a safra brasileira

20022003 estaacute estimada em 472 milhotildees de sacas beneficiadas com 373 milhotildees

de cafeacute araacutebica e 99 milhotildees de cafeacute robusta sendo considerada a maior produccedilatildeo

da histoacuteria do Brasil conforme demonstra o graacutefico 12

Produccedilatildeo Brasileira

39

Produccedilatildeo Outros Paiacuteses61

ProduccedilatildeoBrasileiraProduccedilatildeo OutrosPaiacuteses

737 472

Graacutefico 12ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de cafeacute para a safra 20022003 (em milhotildees de sacas de 60 kgs de cafeacute beneficiado)

49

Esse recorde se deve agraves oacutetimas condiccedilotildees climaacuteticas no periacuteodo de

floraccedilatildeo e formaccedilatildeo dos gratildeos e tambeacutem pela mudanccedila no perfil do parque cafeeiro

nacional Nas aacutereas tradicionais de plantio no sul de Minas Gerais Satildeo Paulo e

Paranaacute as lavouras antigas estatildeo sendo substituiacutedas desde 1994 por cafezais de

plantio adensados (MORAES FILHO 2002)

De acordo com a Conab (2003a) o Brasil colheu - na safra de

20012002 - 243 milhotildees de toneladas de cafeacute beneficiados o que corresponde a

4052 milhotildees de sacas em uma aacuterea de 237 milhotildees de hectares Para a safra de

20022003 o Brasil deveraacute colher 283 milhotildees de toneladas de cafeacute em uma aacuterea de

258 milhotildees de hectares o que corresponde a 472 milhotildees de sacas beneficiadas

em 48 milhotildees de peacutes de cafeacute em franca produccedilatildeo sendo mais da metade em

Minas Gerais A produccedilatildeo de 1841 sacas de 60 kgs por hectare corresponde a

4455 sacas por alqueire paulista O aumento na aacuterea seraacute de 886 na produccedilatildeo

1646 e 7 na produtividade conforme demonstra o graacutefico 13

243

283

237

258

212223242526272829

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 13ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

cafeacute de 20012002 e 20022003

Para Moraes Filho (2002) o mercado estaacute apresentando reduccedilotildees

contiacutenuas nas cotaccedilotildees internacionais nas uacuteltimas cinco safras devido ao

significativo aumento na oferta resultado de incremento na produccedilatildeo em paiacuteses

tradicionais e principalmente em paiacuteses que ateacute entatildeo natildeo eram exportadores

50

importantes No final do ano de 2001 e iniacutecio de 2002 os preccedilos do cafeacute no mercado

internacional atingiram o menor niacutevel dos uacuteltimos 30 anos Nas safras de 19981999

19992000 e 20002001 a produccedilatildeo mundial de cafeacute foi superior ao consumo

permitindo a recomposiccedilatildeo dos estoques nos paiacuteses importadores A partir da safra

20032004 poderaacute ocorrer uma recuperaccedilatildeo das cotaccedilotildees dos preccedilos internacionais

diante da perspectiva da reduccedilatildeo nas aacutereas de plantio do cafeacute em especial no Brasil

e no Vietnatilde primeiro e segundo exportadores mundiais seguidos de paiacuteses da

Ameacuterica Central

Com a recuperaccedilatildeo dos preccedilos o Brasil tende a apresentar um

sensiacutevel crescimento neste mercado em que o segmento que mais cresce eacute o de

cafeacutes expressos cujo blend natildeo pode dispensar o cafeacute brasileiro com corpo

fundamental para a qualidade do cafeacute expresso (HEMERLEY 2001)

Na previsatildeo da produccedilatildeo brasileira de 470 milhotildees de sacas de cafeacute

beneficiadas para a safra 20022003 o Estado do Paranaacute deveraacute contribuir com uma

safra de 23 milhotildees de sacas o que corresponde a 5 da produccedilatildeo nacional

conforme demonstra o graacutefico 14

Produccedilatildeo Paranaacute

5

Produccedilatildeo Outros

Estados95

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

449 23

Graacutefico 14ndash Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e Paranaense de cafeacute para a safra 20022003 (em milhotildees de sacas de 60 kgs de cafeacute beneficiadas)

51

Segundo a Conab (2003a) o Paranaacute colheu na safra de 20012002

1851 sacas de cafeacute beneficiadas por hectare o equivalente a 4479 sacas por

alqueire A estimativa para a colheita na safra de 20022003 eacute de 1685 sacas por

hectare O que corresponde a 4077 sacas beneficiadas por alqueire paulista Se

confirmada esta previsatildeo haveraacute uma reduccedilatildeo de 27 na aacuterea plantada na

produccedilatildeo 115 e na produtividade 89 conforme demonstra o graacutefico 15

Ressalte-se tambeacutem que a produtividade no Estado do Paranaacute seraacute 7 inferior agrave

produtividade nacional

1452

128513071271

115120125130135140145150

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo (em milton)Aacuterea (em mil ha)

Graacutefico 15ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de cafeacute de 20012002 e 20022003

52

7 AS MODALIDADES DE COMERCIALIZACcedilAtildeO DOS PRODUTOS AGRIacuteCOLAS

Produtores rurais normalmente natildeo tecircm ou tecircm pouco poder de negociaccedilatildeo vendendo seus produtos em

mercados de pouca concorrecircncia Na maioria das vezes os preccedilos satildeo determinados pelos compradores

dentro dos limites impostos por outros concorrentes Segundo Boone e Kurtz (1998) a determinaccedilatildeo do

preccedilo de venda de um produto pode ser efetivado de duas diferentes formas o preccedilo de mercado e o preccedilo de

custo cada qual proporcionando dois meacutetodos puros de determinaccedilatildeo de preccedilos O preccedilo a ser pago por

certo produto eacute derivado do equiliacutebrio obtido entre a quantidade de oferta deste produto e a demanda por ele

estimulada O risco de flutuaccedilotildees adversas de preccedilos eacute um dos fatores que mais incomodam os produtores

rurais e todos os que precisam comercializar seus produtos Pelas suas caracteriacutesticas os preccedilos dos produtos

agriacutecolas estatildeo sujeitos a grandes oscilaccedilotildees satildeo de difiacutecil previsatildeo e geram muitas dificuldades nessa

tomada de decisatildeo

Para Bressan (1999) eacute indispensaacutevel que o produtor rural antes de iniciar a produccedilatildeo estabeleccedila a estrateacutegia

de comercializaccedilatildeo conheccedila os mercados canais de distribuiccedilatildeo tendecircncias e identifique oportunidades de

mercado

A anaacutelise do mercado eacute de fundamental importacircncia para o produtor As informaccedilotildees produzidas pelo estudo

do mercado permitem ao produtor identificar as necessidades nichos onde vai atuar oportunidade para

colocar o produto na hora certa tendecircncias do comportamento do mercado com relaccedilatildeo a sua ascensatildeo ou

decliacutenio (MAXIMIANO 2000 p401)

Para Azevedo (1997 p51) os produtos agropecuaacuterios diferem dos outros uma grande parte consiste em

produtos alimentares mas outros - como tecidos ou borracha - atendem a outros diferentes anseios dos

consumidores Alguns satildeo pereciacuteveis como eacute o caso dos derivados do leite enquanto outros podem ser

estocados por mais tempo sem cuidados exagerados como eacute o caso do cafeacute e ateacute mesmo do milho e da soja

Os produtos agropecuaacuterios satildeo basicamente bens de primeira necessidade e por consequumlecircncia costumam ter

um baixo valor unitaacuterio

Segundo Azevedo (1997 p53) a produccedilatildeo agriacutecola sofre as restriccedilotildees ditadas pela natureza e sua oferta

depende de dois elementos relevantes a) as condiccedilotildees climaacuteticas e b) o periacuteodo de maturaccedilatildeo dos produtos

No primeiro caso o resultado da atividade agriacutecola tanto em termos quantitativos quanto qualitativos eacute

particularmente dependente das condiccedilotildees do tempo Desse modo um elemento aleatoacuterio condiciona a

produccedilatildeo agriacutecola e consequumlentemente a comercializaccedilatildeo dos produtos agropecuaacuterios Avanccedilos

53

tecnoloacutegicos como eacute o caso da irrigaccedilatildeo permitem a reduccedilatildeo desse efeito aleatoacuterio proveniente das

condiccedilotildees climaacuteticas No entanto excluindo a produccedilatildeo em estufas ndash economicamente inviaacutevel para grandes

volumes de produccedilatildeo ndash a atividade agriacutecola ainda depende profundamente das condiccedilotildees climaacuteticas

No segundo caso a natureza impotildee um espaccedilo de tempo entre a decisatildeo de investir e a efetiva produccedilatildeo

agriacutecola Eacute a interferecircncia das estaccedilotildees do ano e a sazonalidade A sucessatildeo de safras e entressafras decorre

da natureza bioloacutegica da produccedilatildeo agriacutecola Tipicamente a produccedilatildeo agriacutecola concentra-se em algumas

eacutepocas do ano O cafeacute por exemplo tem sua colheita na entrada do inverno A carne bovina por sua vez tem

o pico da safra durante o outono quando as chuvas comeccedilam a escassear Esta caracteriacutestica sazonal eacute uma

determinante fundamental no comportamento dos preccedilos na hora da comercializaccedilatildeo

Para Azevedo (1997 p54) o cafeicultor pode armazenar sua safra colhida por exemplo mas isso tem um

custo Aleacutem do custo de armazenagem existe o custo financeiro de deixar o produto parado O cafeicultor

que natildeo transforma sua colheita em dinheiro estaacute abdicando da taxa de juros que o valor da colheita poderia

receber no mercado financeiro Do mesmo modo acontece com o pecuarista que pode manter seus bois

durante o inverno mas a entrada da seca no entanto encarece a manutenccedilatildeo dos animais Como

consequumlecircncia o preccedilo desses insumos varia ao longo das estaccedilotildees do ano de modo a premiar aqueles que

vendem seus produtos fora da safra A comercializaccedilatildeo dos produtos agropecuaacuterios necessariamente

subordina-se ao comportamento sazonal O ritmo da produccedilatildeo das vendas e a formaccedilatildeo dos estoques

caminham conforme determinam as estaccedilotildees do ano As atividades agropecuaacuterias ainda estatildeo longe da linha

de produccedilatildeo industrial na qual o empresaacuterio pode controlar com maior cuidado o tempo a quantidade e a

qualidade do produto

As principais alternativas que os produtores rurais tecircm para comercializar seus produtos satildeo

a) Venda na eacutepoca da colheita

b) Venda antes da colheita atraveacutes de contrato com preccedilo fixado ou a fixar

c) Venda antecipada por meio de Ceacutedula do Produtor Rural (CPR)

d) Venda atraveacutes de contrato no mercado futuro

A venda fiacutesica no balcatildeo ou a venda informal na eacutepoca da colheita permite que comprador e vendedor

negociem seus preccedilos de acordo com o momento e os seus interesses chegando em um consenso que

beneficie a ambos

Segundo Mendes (1982) nesse tipo de comercializaccedilatildeo o produtor entrega a sua produccedilatildeo na eacutepoca da

colheita pelo preccedilo em vigor que geralmente estaacute aviltado pela elevaccedilatildeo da oferta dos produtos no mercado

54

Ao escolher esta alternativa o produtor abandona qualquer ganho de possiacuteveis aumentos dos preccedilos e

tambeacutem perde a possibilidade de obter um preccedilo meacutedio mais compensador atraveacutes de diversos periacuteodos O

agricultor que segura o produto para vender na eacutepoca da colheita acredita que fatores exoacutegenos provocaratildeo

um aumento no preccedilo do produto

De acordo com Aguiar (1999) os preccedilos do mercado fiacutesico tendem a seguir o caminho dos mercados futuros

Isso natildeo significa que a variaccedilatildeo do preccedilo futuro esteja causando variaccedilatildeo no preccedilo agrave vista mas que ambos

tendem a se mover no mesmo sentido diante das mudanccedilas nos fundamentos do mercado O movimento

conjunto dos preccedilos nos mercados fiacutesicos e futuro decorre do fato de as operaccedilotildees poderem ser concluiacutedas

por entrega do produto Assim preccedilo agrave vista e a futuro tendem a convergir agrave medida que se aproxima a eacutepoca

da entrega

Na modalidade de pagamento antecipado com entrega futura a induacutestria ou o cerealista efetua adiantamento

do capital de giro aos produtores antes do plantio em troca do recebimento dos produtos na eacutepoca da

colheita

A CPR eacute uma ceacutedula garantida pelo Banco do Brasil regulado por lei que permite a negociaccedilatildeo antecipada

por parte dos agricultores em leilotildees organizados para esse fim A vantagem da CPR em relaccedilatildeo a outras

formas de venda antecipada eacute que a ceacutedula - por ter garantia de instituiccedilatildeo financeira - apresenta maior

liquidez O tiacutetulo pode ser emitido em qualquer fase da safra ou seja antes do plantio durante o

desenvolvimento da cultura na colheita ou ateacute mesmo quando o produto jaacute estiver colhido (MARQUES

MELLO1999)

A legislaccedilatildeo que criou e regulamentou as operaccedilotildees com CPR foi instituiacuteda em 1994 para satisfazer agrave

demanda dos produtores cujo objetivo era financiar suas safras com a venda antecipada da produccedilatildeo para as

instituiccedilotildees financiadoras Ateacute o final da deacutecada dos anos 80 as vendas antecipadas de soja jaacute eram bastante

difundidas entre os produtores e cerealistas da regiatildeo dos cerrados apesar da falta de normatizaccedilatildeo Esta seria

entatildeo a melhor forma de captar recursos para o plantio da safra A princiacutepio estas operaccedilotildees natildeo eram

ldquotravadasrdquo em preccedilo Eram negociadas atraveacutes de contratos com preccedilos a fixar onde o produtor comprometia

um volume maior de soja contra o adiantamento do recurso para o custeio da safra A fixaccedilatildeo do preccedilo era

feita apoacutes a entrega dos gratildeos e o saldo restante era entatildeo pago ao produtor Em 1987 a empresa Cutrale

Quintella passou a oferecer a preacute-fixaccedilatildeo da soja ou soja verde em que jaacute ficava travado no fechamento da

55

operaccedilatildeo preccedilo futuro internalizado e cacircmbio Com isso os produtores obtinham uma proteccedilatildeo de preccedilo que

compreendia tambeacutem o frete rodoviaacuterio repassando este risco para os cerealistas (PIMENTEL 2000)

No Brasil a fixaccedilatildeo antecipada de preccedilos dos produtos agriacutecolas fora dos mercados futuros da BMampF

costuma ser mais cocircmoda para o produtor devido agraves poucas garantias exigidas menor acompanhamento de

mercado e ausecircncia de ajustes financeiros diaacuterios Ressalte-se que o custo dessa comodidade costuma ser

excessivamente alto consumindo parcela significativa dos lucros dos produtores pois os preccedilos fornecidos

pelos compradores embutem seus custos operacionais e principalmente os riscos de queda dos preccedilos no

mercado internacional (AGRIANUAL 2000)

Para Souza (1995) os pequenos produtores se dariam melhor se utilizassem agraves cooperativas porque elas

podem se constituir em um elo entre o produtor rural e as bolsas de mercadorias Ao utilizar essa estrateacutegia a

cooperativa atraveacutes de seu quadro de funcionaacuterios especializados natildeo soacute permitiria o acesso do pequeno

produtor ao financiamento do ajuste diaacuterio como tambeacutem administraria cotaccedilotildees e preccedilos dos produtos nos

mercados

Azevedo (1997 p51) ressalta que o ato de comprar e vender natildeo eacute uma tarefa trivial A adoccedilatildeo de um

mecanismo de comercializaccedilatildeo inapropriado fatalmente implica em riscos com prejuiacutezos para o produtor

mesmo ele sendo competitivo em termos de eficiecircncia produtiva A competitividade depende profundamente

de sua eficiecircncia na comercializaccedilatildeo de seus produtos A escolha do mecanismo de comercializaccedilatildeo

portanto natildeo eacute aleatoacuteria

Para Coble e Barnett (1999) a bolsa de mercadorias em especial oferece aos produtores vaacuterios

instrumentos de gerenciamento de riscos O grande problema estaacute na falta de informaccedilotildees do produtor que

praticamente desconhece esse ferramental Espera-se que consultores cooperativas e profissionais com

experiecircncia e conhecimento desses instrumentos possam orientar os produtores oferecendo cursos

relacircmpago

Para Marques (2001) as estrateacutegias de gerenciamento de riscos de preccedilos compreendem a escolha de uma

alternativa de comercializaccedilatildeo ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias delas Os produtores devem fazer uso dessas

ferramentas para se protegerem do risco de flutuaccedilotildees de preccedilo que ocorre com os produtos agriacutecolas entre o

periacuteodo de plantio e sua venda efetiva na eacutepoca da colheita

Segundo Tsunechiro (1983) a administraccedilatildeo do problema dos riscos na comercializaccedilatildeo dos produtos

agriacutecolas surgiu no seacuteculo XIX O crescimento da industrializaccedilatildeo originou maior necessidade de capital e

56

creacutedito e tambeacutem os riscos crescentes do preccedilo devido basicamente ao aumento da competiccedilatildeo entre os

produtores e os agentes de comercializaccedilatildeo A necessidade de volumes de capital de giro foi realizada pelos

sistemas bancaacuterios nacionais e internacionais e a necessidade de grandes volumes de capitais destinados ao

novo tipo de produccedilatildeo foi atendida pelas bolsas de valores Para que os riscos de preccedilos fossem transferidos

algueacutem deveria estar disposto a assumiacute-los surgem entatildeo as bolsas de futuros com este propoacutesito e

juntamente com ela o especulador

Hull (2000) Williams (1999) e Alexander (2002) afirmam que os especuladores satildeo fundamentais nas

operaccedilotildees em mercado futuro porque eles na tentativa de ganho faacutecil assumem os riscos que os produtores

e compradores tentam evitar dando ao mercado a liquidez necessaacuteria agrave viabilizaccedilatildeo dos negoacutecios

Os mercados de futuro abrem a possibilidade de estabilizaccedilatildeo e

menores riscos permitindo melhor planejamento reduccedilatildeo de custos nas

transaccedilotildees com maiores ganhos nas safras colhidas De acordo com Marques

(2000 p215) e Teixeira (2002) os mercados futuros de commodities agropecuaacuterios

satildeo uma forma de propiciar um certo ldquosegurordquo em meio a tantos riscos para o

produtor rural para a induacutestria agro-processadora e para todos aqueles que deteacutem o

produto ou contratos sobre o mesmo possibilitando uma ldquogarantiardquo quanto agrave queda

ou agrave elevaccedilatildeo do preccedilo Os mercados futuro satildeo uma forma eficaz de eliminaccedilatildeo

de um dos principais riscos da atividade agropecuaacuteria que eacute a incerteza de preccedilos

em um tempo futuro quando se daraacute a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

Segundo Schouchana (1997 p9) para o vendedor a operaccedilatildeo no

mercado futuro agropecuaacuterio atende agrave necessidade de fixar um preccedilo de venda de

sua mercadoria antecipadamente chamado travamento de preccedilo ou hedge para

se proteger do risco da queda de preccedilo e garantir uma margem de rentabilidade Previdelli (1999 p63) pondera que na operaccedilatildeo com hedge o indiviacuteduo seja comprador ou vendedor fixa

hoje o preccedilo a ser pago pelo produto em uma data futura Para o comprador o objetivo eacute fixar um preccedilo

maacuteximo a ser pago pelo produto que pretende obter enquanto que para o vendedor o objetivo eacute garantir um

preccedilo miacutenimo para a sua produccedilatildeo

Working (1962) define hedge como o uso de contratos como um substituto temporaacuterio de uma transaccedilatildeo

posterior no mercado agrave vista Assim a hedge pode envolver uma posiccedilatildeo vendida no mercado futuro contra

uma posiccedilatildeo comprada no mercado fiacutesico ou uma posiccedilatildeo comprada no mercado futuro contra um

57

compromisso de venda no mercado agrave vista ou ainda contra uma alta de preccedilos de mercadorias a serem

consumidas no futuro

Segundo Marques (2000 p212) um contrato futuro eacute uma obrigaccedilatildeo legalmente exigiacutevel de entregar ou

receber uma determinada quantidade de mercadoria de qualidade preacute-estabelecida pelo preccedilo ajustado no

pregatildeo

De acordo com Marques e Mello (1999) a principal funccedilatildeo dos mercados futuros eacute garantir que todos aqueles

que mantecircm interesse na compra ou venda de uma determinada mercadoria fiacutesica se protejam de eventuais

oscilaccedilotildees desfavoraacuteveis de preccedilos que possam ocorrer no futuro assegurando assim uma determinada

rentabilidade Saliente-se entretanto que em uma operaccedilatildeo em mercados futuros natildeo se recebe ou se paga

nenhum valor adiantadamente a natildeo ser os ajustes diaacuterios que satildeo uma fraccedilatildeo muito pequena com relaccedilatildeo ao

valor do contrato O ajuste diaacuterio eacute a diferenccedila diaacuteria constatada nas oscilaccedilotildees do mercado para cima ou para

baixo que a parte vendedora recebe da parte compradora quando o preccedilo cai e vice-versa conforme se

verifica nas tabelas 01 e 02

Ressalte-se que tanto vendedor como comprador aleacutem de natildeo se conhecerem poderatildeo sair do negoacutecio a

qualquer momento bastando para isso fechar os contratos fazendo a operaccedilatildeo contraacuteria desde que tenha no

mercado agentes interessados em comprar ou vender

TABELA 01ndash Exemplo de hedge e ajuste diaacuterio para o vendedor de cafeacute (hipoacutetese da venda de 5 contratos = 500 sacas)

DIA PRECcedilO DO

FECHAMENTO

BOLSA PSACA

AJUSTE

DIAacuteRIO

POSICcedilAtildeO DO VENDEDOR (PRODUTOR NO CASO)

1110 R$ 10000 R$000 O PRODUTOR NESTE DIA NAtildeDA PAGA E NAtildeDA

RECEBE

1210 R$ 9900 -R$100 O PRODUTOR RECEBE R$50000 PORQUE O PRECcedilO

NO MERCADO CAIU R$100 (R$100 X 500 SACAS)

1310 R$ 9700 -R$200 O PRODUTOR RECEBE R$100000 PORQUE O

PRECcedilO NO MERCADO CAIU R$200 (R$200 X 500

SACAS)

Fonte autor

58

TABELA 02ndash Exemplo de hedge e ajuste diaacuterio para o comprador de cafeacute (hipoacutetese da compra de 5 contratos = 500 sacas)

DIA PRECcedilO DO

FECHAMENTO

BOLSA PSACA

AJUSTE

DIAacuteRIO

POSICcedilAtildeO DO COMPRADOR (INDUSTRIAL OU

EXPORTADOR NO CASO)

1110 R$ 10000 R$000 O COMPRADOR NESTE DIA NAtildeDA PAGA E NAtildeDA

RECEBE

1210 R$ 9900 +R$100 O COMPRADOR PAGA R$50000 PORQUE O PRECcedilO NO

MERCADO CAIU R$100 (R$100 X 500 SACAS)

1310 R$ 9700 +R$200 O COMPRADOR PAGA R$100000 PORQUE O PRECcedilO

NO MERCADO CAIU R$200 (R$200 X 500 SACAS)

Fonte autor

71 A AGRICULTURA E OS ENTRAVES ECONOcircMICOS NA COMERCIALIZACcedilAtildeO

Para se ter uma ideacuteia melhor das mudanccedilas ora em curso haacute que se

fazer um diagnoacutestico da evoluccedilatildeo recente e as tendecircncias futuras do mercado

internacional de produtos agriacutecolas Segundo Dias e Barros (1998) a agricultura

brasileira tem se mostrado bastante dinacircmica frente agrave concorrecircncia internacional

ainda mais quando se leva em conta que o setor estaacute crescendo a despeito dos

subsiacutedios impliacutecitos nos preccedilos internacionais sobre os subsiacutedios e barreiras

protecionistas dos paiacuteses ricos que prejudicam a nossa agricultura

Brum (2003) relata que a agropecuaacuteria europeacuteia desde 1957

sempre foi protegida e subsidiada pelo Estado que em alguns casos chegou a

pagar o triplo do preccedilo do produto interno em relaccedilatildeo ao concorrente externo para

59

evitar a entrada dos produtos concorrentes promovendo o protecionismo tarifaacuterio

No dicionaacuterio ldquoAureacuteliordquo o sentido de subsiacutedio governamental estaacute no ato do Estado

adquirir a produccedilatildeo do agricultor por um preccedilo entendido pelo agricultor como

conveniente que natildeo se obriga a buscar novas alternativas de comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo

Nas palavras de Legrain (2002 p47) os paiacuteses ricos gastam perto

de 1 bilhatildeo de doacutelar por dia com subsiacutedios agriacutecolas A liberalizaccedilatildeo do comeacutercio dos

produtos agropecuaacuterios aliviaria o fardo dos consumidores dos paiacuteses ricos e

permitiria um grande passo aos agricultores dos paiacuteses pobres que vivem em

extrema dificuldade por causa desse protecionismo

As barreiras do mundo rico agrave importaccedilatildeo de alimentos impedem os

paiacuteses emergentes de sair da pobreza A esperanccedila dos menos favorecidos nesse

processo eacute que a Europa o Japatildeo e os EUA reduzam suas aliacutequotas de importaccedilatildeo

e subsiacutedios A Europa concede atualmente aos seus agricultores cerca de 93 bilhotildees

de doacutelares ao ano a tiacutetulo de ajuda financeira conforme demonstra o Graacutefico 16 Os

EUA cogitam em eliminar os subsiacutedios de exportaccedilatildeo concedidos aos seus produtos

agriacutecolas e tambeacutem em reduzir as aliacutequotas e subsiacutedios para os agricultores de todo

o mundo Soacute natildeo se sabe como os poliacuteticos americanos faratildeo para enfrentar a ira

dos fazendeiros (AS SEMENTES 2002)

6959

3521

0 20 40 60 80

1

Estados UnidosUniatildeo EuropeacuteiaJapatildeoSuiccedila

60

Graacutefico 16- Valor dos subsiacutedios pagos pelos governos aos produtores rurais da receita agriacutecola bruta em porcentagem (em bilhotildees de US$)

Fonte OCDE- Organizaccedilatildeo Cooperativas Desenvolvimento econocircmico

Uma das principais vantagens da globalizaccedilatildeo eacute o livre comeacutercio de

mercadorias o livre fluxo de recursos financeiros e o aumento do fluxo de

informaccedilotildees O livre comeacutercio de mercadorias deve ser visto como algo positivo pois

favorece a especializaccedilatildeo competitiva segundo vantagens comparativas

incentivando a eficiecircncia do produtor e a satisfaccedilatildeo do consumidor Eacute preciso

lembrar poreacutem que livre comeacutercio significa comeacutercio livre ou seja natildeo se pode

falar em comeacutercio livre quando se usam subsiacutedios e barreiras agrave importaccedilatildeo com

quotas leis unilaterais antidumping ou outros tipos de restriccedilotildees (LACOMBE

HEILBORN 2003)

Se as medidas de proteccedilatildeo fossem eliminadas por todos os paiacuteses

todos seriam beneficiados em maior ou menor escala conforme pode-se verificar no

graacutefico 17 A liberalizaccedilatildeo mundial do comeacutercio resultaria em cerca de 128 bilhotildees

de doacutelares de ganhos imediatos e muito mais que isso no futuro conforme detectou

pesquisa realizada pelo FMI ndash Fundo Monetaacuterio Internacional (OS NUgraveMEROS

2002 p50)

61

002040608

11214

AUSTRALIANZELANDIA

BRASIL

DEMAIS PAISES AMLATINA

CHINASUDESTE ASIATICO

LESTE ASIA

EUA

02 = 20 06 = 60 12 = 120

Graacutefico 17ndash Aumento de ganhos que teratildeo os paiacuteses na eliminaccedilatildeo dos subsiacutedios agriacutecolas e barreiras tarifaacuterias no mundo (aumento no PIB em porcentagem)

Fonte Fundo Monetaacuterio Internacional

Justifica-se assim um estudo acerca das alternativas potenciais

que permitam elevar a capacidade competitiva interna e a busca de uma opccedilatildeo para

melhorar e garantir um preccedilo de venda dos produtos agropecuaacuterios para amenizar

a situaccedilatildeo econocircmica dos perdedores no processo ou seja dos produtores rurais

brasileiros Timmer (1992) entende que uma das funccedilotildees da agricultura no processo

de desenvolvimento eacute a de ldquoreduzir a pobreza no meio ruralrdquo Na maioria dos paiacuteses

o nuacutemero de pessoas pobres eacute muito maior no campo que no meio urbano No

entanto como elas se encontram dispersas em imensas aacutereas o problema natildeo fica

tatildeo evidente como nas favelas da periferia das grandes cidades

Dias e Barros (1998) ressaltam que a agricultura brasileira vem

passando por um processo intenso de internacionalizaccedilatildeo O setor encontra-se

quase que completamente atrelado agraves condiccedilotildees do mercado internacional Os

preccedilos operados internamente satildeo determinados externamente Segundo Caixeta

(2002) com a abertura da Economia nos anos 90 o setor que mais obteve sucesso

62

com contas externas foi o agronegoacutecio fechando o ano de 2001 com saldo positivo

de 19 bilhotildees de doacutelares entre importaccedilotildees e exportaccedilotildees tornando-se a principal

forccedila do governo para equilibrar as contas externas do Brasil

A adaptaccedilatildeo agraves condiccedilotildees externas em um ambiente de ausecircncia

quase total de mecanismos internos de defesa da renda agriacutecola como faz o

governo dos EUA Uniatildeo Europeacuteia Japatildeo e outros com subsiacutedio aos produtores

rurais reforccedila a necessidade do Brasil reestruturar o seu mercado domeacutestico

Tambeacutem os processos de abertura e integraccedilatildeo regional no Mercosul acabaram por

forccedilar um aumento na competiccedilatildeo entre regiotildees produtoras e entre agentes de

comercializaccedilatildeo e financiamento (DIAS BARROS 1998)

O produtor rural deve estar sempre atento aos acontecimentos que

ocorrem no mundo porque a demanda e a oferta por produtos agropecuaacuterios e as

demais condiccedilotildees do mercado estatildeo constantemente mudando e por

consequumlecircncia afetando os seus lucros Assim pode-se afirmar que uma forte

geada na Floacuterida afeta negativamente a produccedilatildeo de laranja nos Estados Unidos o

preccedilo e por consequumlecircncia afeta para melhor o preccedilo da laranja do Brasil

(MARQUES MELLO 1999)

O mercado agropecuaacuterio convive constantemente com as variaccedilotildees

de preccedilos dos produtos e quase sempre o produtor recebe pouco e o consumidor

pago caro pelo produto ficando a grande fatia do lucro nas matildeos dos

intermediaacuterios Para Souza (1995) os intermediaacuterios mais conhecidos como

especuladores no sentido econocircmico eacute todo elemento que tenta prever as

mudanccedilas dos preccedilos dos produtos no mercado e se antecipa para realizar lucros

com a venda ou a compra desses commodities

Segundo Forbes (1991) a principal preocupaccedilatildeo do especulador eacute

aumentar o seu capital ele tanto pode comprar como vender no mesmo dia quanto

especular com um empreendimento desde que natildeo tenha longa duraccedilatildeo

Ferreira e Horita (1996) ressaltam que apesar da conotaccedilatildeo

negativa da palavra em portuguecircs (pelo Aureacutelio especulador pode ser aquele que

age de maacute feacute) a origem do termo estaacute no latim speculare espelhar refletir O

especulador compra ou vende um determinado ativo com o uacutenico objetivo de fazer

lucro

Para Bacchi (1998) o especulador no mercado futuro eacute um agente

que tem como objetivo beneficiar-se das variaccedilotildees favoraacuteveis dos preccedilos nesse

63

mercado Natildeo tem qualquer interesse na mercadoria objeto do contrato mas toma

para si os riscos e garante a liquidez dos contratos

Na cadeia de comercializaccedilatildeo Marques e Mello (1999) enfatizam

que o aspecto mais importante do sistema de livre mercado eacute a orientaccedilatildeo para

atender aos desejos dos consumidores - o consumidor eacute quem manda - se por

exemplo os consumidores quiserem mais camaratildeo do que existe no mercado

aquele que estiverem dispostos a alocar recursos para consumir daqueles produtos

poderatildeo usufruir dele Consequumlentemente os donos dos restaurantes e os

atacadistas elevaratildeo os preccedilos isso encorajaraacute os navios pesqueiros a dedicarem

mais horas na pesca do produto Se a situaccedilatildeo persistir por mais tempo e na

ausecircncia de impedimentos pescadores que se dedicam a outras atividades se

deslocaratildeo para a pesca de camaratildeo aumentando a oferta e fazendo com que o

preccedilo caia

64

8 O MERCADO FUTURO AGROPECUAacuteRIO NO BRASIL

Segundo Marques e Mello (1999) As bolsas de gratildeos surgiram no iniacutecio do seacuteculo XIX nos Estados

Unidos como locais para transaccedilotildees agrave vista normalmente em lotes de um vagatildeo de trem ou de um barco Foi durante

mais de 70 anos auto-regulado pelas proacuteprias bolsas Somente nas deacutecadas de 1920 e 1930 iniciou-se a

regulamentaccedilatildeo governamental com a criaccedilatildeo de oacutergatildeos objetivando disciplinar e fiscalizar o mercado Existem atualmente dois oacutergatildeos regulatoacuterios a SEC (Securities Exchange Commission) e a CFTC (Commodities Futures

Trading Commission) Embora com suas esferas proacuteprias de atuaccedilatildeo com o primeiro lidando com valores

mobiliaacuterios e o segundo com mercados futuros esses oacutergatildeos tendem a ter conflitos de jurisdiccedilatildeo acerca de

mercados ou operaccedilotildees especiacuteficas como por exemplo no mercado futuro do iacutendice de accedilotildees

No Brasil a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMampF) nasceu em 1991 com a fusatildeo da Bolsa de

Mercadorias amp Futuros fundada em 1986 e da Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo fundada em 1917

(SCHOUCHANA 1997) De acordo com Marques e Mello (1999) na Bolsa

de Mercadorias prepondera de modo geral a auto-regulaccedilatildeo das bolsas de futuros A Comissatildeo de Valores

Mobiliaacuterios (CVM) tem jurisdiccedilatildeo sobre os mercados futuros e de opccedilotildees em que o ativo subjacente seja um

valor mobiliaacuterio enquanto que o Banco Central do Brasil tem jurisdiccedilatildeo sobre os demais mercados derivativos

Vigora pois o sistema misto em que as bolsas exercem o acompanhamento dos negoacutecios sob sua jurisdiccedilatildeo e os oacutergatildeos reguladores se encarregam de supervisionar o

sistema como um todo e requisitar informaccedilotildees que julgarem necessaacuterias Nesse modelo de regulaccedilatildeo mista o oacutergatildeo regulador atua como supervisor das normas criadas pelas entidades auto-reguladoras da proacutepria atuaccedilatildeo das

bolsas e do mercado como um todo

65

O Futures Industry Institute (1998 p15) explica que a bolsa de futuros eacute uma associaccedilatildeo de membros que tem como objetivo principal fornecer os meios necessaacuterios agrave compra venda ou comercializaccedilatildeo de commodities sob

normas que protejam os interesses dos envolvidos A bolsa em si natildeo deteacutem nenhuma mercadoria ela apenas proporciona as facilidades necessaacuterias agrave conduccedilatildeo de

leilotildees puacuteblicos A responsabilidade baacutesica de uma bolsa eacute garantir a existecircncia de mercados competitivos livres de

manipulaccedilatildeo de preccedilos A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMampF) eacute

uma associaccedilatildeo sem finalidade lucrativa organizada para proporcionar a seus corretores os recursos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo de negoacutecios e para atender agrave necessidade de

proteccedilatildeo contra a oscilaccedilatildeo dos preccedilos (SCHOUCHANA 2000 p18)

Bastiani (1999 p138) acrescenta que a estrutura organizacional e operacional da BMampF eacute simples A Administraccedilatildeo eacute dividida em trecircs instacircncias principais a

Assembleacuteia Geral como oacutergatildeo deliberativo maacuteximo da Bolsa o Conselho de Administraccedilatildeo e a Superintendecircncia Geral ambos responsaacuteveis pela gestatildeo dos negoacutecios da

BMampF Sua estrutura operacional eacute constituiacuteda pelos Membros de Compensaccedilatildeo Corretora de Mercadorias

Operador Especial e clientes Schouchana (2000) ressalta que mesmo sendo

uma instituiccedilatildeo privada a bolsa tem funccedilatildeo puacuteblica e social ou seja eacute uma entidade que deve permitir o acesso de qualquer pessoa ao mercado em condiccedilotildees equacircnimes

Por ter essa funccedilatildeo a Bolsa deve ser uma espeacutecie de guardiatilde do mercado garantindo o livre acesso dos agentes econocircmicos a seus mercados proibindo a manipulaccedilatildeo de

preccedilos assegurando a transparecircncia sem privileacutegios de pessoas ou grupos desenhando contratos neutros em

relaccedilatildeo aos diversos segmentos da cadeia produtiva sem favorecer grupos em detrimento de outros segmentos ajudando os oacutergatildeos governamentais na preservaccedilatildeo do

aspecto puacuteblico e social dos mercados Essa funccedilatildeo

66

requer comportamento eacutetico e moral de seus dirigentes para manter a credibilidade e confianccedila Tambeacutem eacute funccedilatildeo

da bolsa de futuros a) Controlar e supervisionar as sessotildees diaacuterias

de negociaccedilatildeo (pregotildees) b) Divulgar as cotaccedilotildees diaacuterias e estatiacutesticas

relativas aos contratos em negociaccedilatildeo c) Realizar e garantir os procedimentos de

liquidaccedilatildeo financeira e por entrega da mercadoria

d) Desenvolver normas procedimentos de operaccedilotildees regulamentos e controles de negociaccedilotildees para seus membros e fiscalizar sua aplicaccedilatildeo

e) Desenvolver contratos que atendam as funccedilotildees econocircmicas dos mercados futuros

f) Promover os mercados futuros por meio de cursos treinamento e divulgaccedilatildeo desses mercados

g) Zelar pela auto-regulamentaccedilatildeo e pelo relacionamento com os governos com os quais tem interface

h) Providenciar classificaccedilatildeo de produtos negociados pela bolsa dentro de padrotildees aceitos pelo mercado quando os contratos assim o exigirem

67

i) Providenciar arbitragens para dirimir duacutevidas ou alegaccedilotildees quanto agrave qualidade do produto A BMampF possui juiacutezo arbitral no qual satildeo resolvidas questotildees de litiacutegio entre as partes de maneira mais raacutepida e com aacuterbitros que conhecem as especificidades desse mercado A Bolsa deve assegurar as condiccedilotildees de competitividade eliminando qualquer tentativa de manipulaccedilatildeo nos mercados por ela organizados De acordo com Bacchi (1998) na BMampF satildeo

negociados contratos futuros de cafeacute araacutebico boi gordo algodatildeo soja accediluacutecar e milho Existem ainda contratos de

opccedilotildees sobre o futuro de cafeacute boi gordo soja e milho Opccedilotildees sobre futuro de accediluacutecar e algodatildeo poderatildeo ser

lanccediladas pela Bolsa desde que haja liquidez nos contratos futuros Para que uma mercadoria seja negociada em bolsa

de futuro alguns requisitos satildeo necessaacuterios a) O produto deve ser homogecircneo e suscetiacutevel

de padronizaccedilatildeo e classificaccedilatildeo caracterizando-se como um commodity para que possa ser comum a qualquer comprador e vendedor

b) Deve haver grande oferta e demanda do produto com grande nuacutemero de vendedores e compradores do produto de forma competitiva em busca da concorrecircncia perfeita

68

c) O mercado deve ser livre sem o constrangimento por parte do governo ou de monopoacutelio buscando a caracteriacutestica do livre comeacutercio

d) Deve haver diversos tomadores de risco daiacute a importacircncia do especulador de forma a permitir que o custo desse risco se dilua entre eles

e) O produto natildeo pode ser muito pereciacutevel caracterizando a perenidade pois o mercado futuro natildeo teria liquidez

f) As regras do mercado devem ser estaacuteveis e natildeo podem mudar durante a vigecircncia do contrato buscando a estabilidade atraveacutes da credibilidade pois as condiccedilotildees pelas quais os preccedilos foram contratados natildeo devem mudar ateacute o final do contrato sob o risco de trazer prejuiacutezo para uma ou ambas as partes

Embora os contratos futuros estabeleccedilam a

liquidaccedilatildeo por entrega da mercadoria Marques (1997) pondera que se registram poucas entregas algo em torno

de 2 do volume negociado Natildeo haacute necessidade da entrega no mercado futuro porque no vencimento do

contrato o preccedilo agrave vista e a futuro satildeo iguais em funccedilatildeo dos ajustes diaacuterios Se eventualmente houver diferenccedila de preccedilo entre os dois mercados os agentes econocircmicos

arbitraratildeo os preccedilos ateacute que se igualem Adicionalmente o mercado fiacutesico jaacute tem seus proacuteprios canais de entrega e os

69

agentes normalmente tecircm contratos de suprimento com clientes haacute muito tempo

Para Schouchana (2000) os agentes do mercado agropecuaacuterios basicamente produtores rurais industriais ou exportadores do commodities necessitam do mercado futuro e de opccedilotildees por uma seacuterie de razotildees

econocircmicas dentre elas a)Para saber com antecedecircncia se o produto

teraacute preccedilo que garanta a rentabilidade do empreendimento na ocasiatildeo de sua venda Ao vender sua produccedilatildeo o produtor corre o risco de o preccedilo natildeo ser suficiente para cobrir seus custos e sua margem de rentabilidade Nesse sentido a fixaccedilatildeo do preccedilo antes do plantio

mediante hedge em bolsa ou seja o travamento do preccedilo de venda desejado para entrega futura permite ao agricultor definir o

lucro da sua produccedilatildeo antes da colheita b) Os exportadores fecham negoacutecios para entrega em meses futuros e natildeo precisam comprar as mercadorias com antecedecircncia armazenaacute-las e depois embarcaacute-las Para natildeo correr risco da oscilaccedilatildeo dos preccedilos compram a futuro para garantir sua margem de rentabilidade Os mercados futuros e de opccedilotildees substituem temporariamente a necessidade de carregar um produto muitas vezes a um custo mais baixo

c) Os compradores querem fixar preccedilos de insumos para garantir o lucro por isso fazem

70

o hedge com antecedecircncia sem correr riscos indesejaacuteveis

d) Os produtores usam os contratos futuros e de opccedilotildees para garantia de empreacutestimo junto aos bancos Estes por sua vez ao verificarem que o cliente oferece baixo risco podem dar-lhe creacutedito a um custo inferior ao que dariam sem a cobertura o hedge

e) Existem distorccedilotildees de negoacutecios em que arbitradores tecircm papel importante Quando satildeo identificadas eles compram em um mercado e vendem em outro ateacute que os dois lados se equilibrem Essas distorccedilotildees podem ocorrer entre os preccedilos agrave vista e a futuro entre dois vencimentos futuros ou entre duas praccedilas diferentes Na visatildeo de Ross (1995 p518) existem os

hedges de venda e os hedges de compra Uma pessoa ou empresa que vende um contrato futuro para reduzir riscos estaacute fazendo um hedge de venda os hedges de venda satildeo geralmente apropriados para os que detecircm estoques Uma pessoa ou empresa que compra um contrato futuro para

reduzir riscos estaacute fazendo um hedge de compra os hedges de compra satildeo tipicamente utilizados por

empresas que assinam contrato de entrega de produtos acabados a um preccedilo preacute-fixado

Segundo Schouchana (2000 p9-10) nos negoacutecios efetuados a futuro compradores e vendedores

de determinados ativos ou produtos fixam preccedilos de vencimento para data futura O comprador a futuro fixa

71

preccedilo de compra de seu produto antecipadamente visando a assegurar custo compatiacutevel com margem de

rentabilidade para proteger-se contra o risco de alto no preccedilo desse insumo O vendedor fixa preccedilo de venda de sua mercadoria antecipadamente para se proteger do

risco de queda no preccedilo e garantir margem de rentabilidade

Os mercados futuros e de opccedilotildees devem ser entendidos portanto

como poderosa ferramenta na gestatildeo de risco de preccedilos das mercadorias De

maneira integrada ao mercado fiacutesico fazem parte de um processo que engloba

produccedilatildeo processamento comercializaccedilatildeo consumo e financiamento

Perobelli (2001) relata que eacute importante ter um amplo mercado

fiacutesico impedindo ou dificultando um agente de estabelecer um domiacutenio do mercado

caso a oferta do commodity seja grande Tambeacutem um mercado amplo atrai um

maior nuacutemero de hedgers que proporciona maior liquidez no mercado e um largo

mercado agrave vista iraacute promover um contiacutenuo e disciplinado encontro das forccedilas da

oferta e procura

A bolsa de futuros desempenha o papel de elo entre a oferta e a

demanda de forma a expressar e sinalizar por meios dos preccedilos as forccedilas do

mercado Aleacutem disso eacute o local onde os preccedilos se manifestam por intermeacutedios de

corretores que fecham negoacutecios em nome de seus clientes

Marques e Mello (1999) acrescentam que o que se negocia na bolsa

de futuros satildeo contratos que representam promessa de compra ou de venda de

mercadoria para a data de vencimento previamente estabelecida conforme as

claacuteusulas e especificaccedilotildees elaboradas pela bolsa e aprovadas pelo Banco Central

do Brasil como as especificaccedilotildees de qualidade dos produtos negociados a

cotaccedilatildeo a variaccedilatildeo miacutenima de apregoaccedilatildeo a oscilaccedilatildeo maacutexima diaacuteria a unidade de

negociaccedilatildeo os meses de vencimento a data do vencimento o local de formaccedilatildeo do

preccedilo e de entrega da mercadoria o periacuteodo e os procedimentos de entrega e

retirada da mercadoria a liquidaccedilatildeo financeira o arbitramento os ativos aceitos

como margem de garantia e os custos operacionais

Os contratos futuros satildeo padronizados de modo que no pregatildeo

sejam negociados o preccedilo e a quantidade de contratos uma vez que todos se

72

referem ao mesmo produto mesmo local de entrega e mesma quantidade por

contrato

Na BMampF a cotaccedilatildeo do cafeacute araacutebica segundo Schouchana (2000

p12) eacute negociada em doacutelares americanos por saca Embora a cotaccedilatildeo seja nessa

moedaa liquidaccedilatildeo financeira ocorre em reais utilizando a taxa de cacircmbio praticada

no mercado O contrato futuro de cafeacute da BMampF permite negociaccedilotildees para marccedilo

maio julho setembro e dezembro esses meses de vencimento satildeo os mesmos do

contrato futuro de cafeacute em Nova Iorque Tal mecanismo permite arbitragens que

satildeo operaccedilotildees envolvendo a compra do cafeacute em uma bolsa de um paiacutes e a venda

em bolsa de outro aproveitando-se da distorccedilatildeo de preccedilos entre duas praccedilas O

vencimento do contrato futuro ocorre no sexto dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia do mecircs

de vencimento

Os vencimentos dos contratos futuros satildeo definidos em funccedilatildeo dos

principais meses de safra e entressafra do produto Normalmente natildeo satildeo

estabelecidos todos os meses do ano para que haja concentraccedilatildeo de liquidez e

tempo para programar as entregas Um cliente que compra um nuacutemero de contratos

em determinado dia soacute liquidaraacute sua posiccedilatildeo no momento em que vender esse

mesmo nuacutemero de contratos ou vice-versa se vender contratos sua posiccedilatildeo se

encerra mediante a compra do mesmo nuacutemero de contratos Isso pode ser feito em

um dia apenas ou ateacute o vencimento quando o cliente pode encerrar sua posiccedilatildeo

com uma operaccedilatildeo contraacuteria (liquidaccedilatildeo financeira) ou por entrega e recebimento da

mercadoria Cada contrato corresponde a 100 (cem) sacas

De acordo com Schouchana (2000 p15) o preccedilo de abertura eacute o

primeiro negoacutecio fechado em pregatildeo O miacutenimo e maacuteximo satildeo divulgados para que

o mercado conheccedila a oscilaccedilatildeo do preccedilo naquele dia Eacute preciso saber se o preccedilo de

fechamento ou de ajuste estaacute mais proacuteximo do preccedilo maacuteximo ou do miacutenimo pois

isso pode indicar tendecircncia de alta ou de baixa no dia seguinte O preccedilo de ajuste

por exemplo de US$9810 por saca em 11 de outubro eacute o do uacuteltimo negoacutecio

registrado durante o call de fechamento ndash que ocorre nos uacuteltimos 15 minutos de

pregatildeo do dia ndash ou a melhor oferta Se natildeo houver negociaccedilatildeo no call de

fechamento o preccedilo de ajuste seraacute o do uacuteltimo negoacutecio do dia Se natildeo houver

negociaccedilatildeo durante o dia o preccedilo de ajuste seraacute a uacuteltima oferta de compra E se

natildeo houver negociaccedilatildeo nem oferta de compra ou de venda durante o dia e

73

existirem contratos em aberto o preccedilo de ajuste eacute o do uacuteltimo dia em que houve

negociaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo aos ajustes diaacuterios Schouchana entende que esse

mecanismo eacute muito importante pois eacute com base nele que se ajustam todas as

posiccedilotildees no mercado Assim se o preccedilo de ajuste do cafeacute para marccedilo eacute de

US$10500 a saca por exemplo no dia 11 de outubro e no dia seguinte 12 de

outubro o preccedilo vai para US$ 10400 os compradores pagam US$ 100 por saca

ou seja US$ 10000 por contrato Os vendedores recebem esse mesmo valor

porque sempre que o preccedilo oscilar ocorreraacute esse processo Esse mecanismo

existe para que diariamente se ajuste o preccedilo ndash e natildeo no vencimento quando

grandes diferenccedilas podem acarretar inadimplecircncias Aleacutem disso permite que os

participantes entrem ou saiam do mercado a qualquer momento O preccedilo de ajuste

de US$ 10500 por saca no dia 111099 eacute o preccedilo que o mercado estaacute praticando

para entrega em 23032000 por exemplo

Para Ross (1995 p502) o fato dos preccedilos dos contratos futuros

serem ajustados diariamente o que faz com que os preccedilos - tanto no mercado

futuro como no mercado fiacutesico no final do contrato sejam iguais - torna as operaccedilotildees

no mercado futuro menos atraentes porque as partes envolvidas na negociaccedilatildeo satildeo

obrigadas a manter sempre uma liquidez adicional para suportar um desembolso

repentino antes do vencimento do contrato embora seja um dispositivo importante

para minimizar a probabilidade de inadimplecircncia no final do contrato

As operaccedilotildees em bolsa satildeo feitas no pregatildeo pelo sistema de viva

voz ou por terminais de computadores As ordens de compra ou de venda satildeo

passadas aos corretores nas mesas de operaccedilatildeo e estes transmitem as ordens aos

operadores de pregatildeo A bolsa estipula um horaacuterio de pregatildeo para cada mercadoria

e as regras do contrato definem todos os procedimentos de negociaccedilatildeo Os preccedilos

a futuro negociados na bolsa ajudam o produtor o torrefador e o exportador a

decidirem se vendem ou compram o cafeacute agrave vista ou em data futura Depois de

montada a estrateacutegia de cobertura de risco pelo cliente seu corretor iraacute ao pregatildeo

executar suas ordens de compra ou venda de contratos futuros Apenas o corretor

credenciado pela bolsa pode fazecirc-lo em nome de seu cliente

Pelo serviccedilo do corretor de acordo com Schouchana (2000 p16) eacute

cobrada a taxa de corretagem calculada sobre o valor de fechamento do mercado

do dia anterior ao da operaccedilatildeo e sobre o vencimento mais proacuteximo Essa taxa de

74

030 sobre o valor do contrato incide na compra e na venda dos contratos Outra

taxa cobrada eacute a de emolumentos da bolsa igual a 632 da taxa operacional

baacutesica ou seja sobre os 030 da corretagem

Na ocasiatildeo da compra ou da venda dos contratos a bolsa exige

dos clientes a chamada margem de garantia equivalente a aproximadamente 5

do valor do contrato que pode ser depositada em dinheiro carta de fianccedila tiacutetulos

puacuteblicos ou ativos de alta liquidez No momento da liquidaccedilatildeo dos contratos essa

margem eacute devolvida ao cliente No caso do depoacutesito ser em dinheiro este eacute

remunerado durante o periacuteodo e devolvido ao cliente

As bolsas de futuros possuem os membros de compensaccedilatildeo

(SCHOUCHANA 2000 p20) que satildeo responsaacuteveis pela liquidaccedilatildeo fiacutesica e

financeira dos contratos Os membros de compensaccedilatildeo satildeo a contraparte dos

clientes ou seja os compradores dos que vendem contratos e vendedores

daqueles que compram A cacircmara existe para evitar a inadimplecircncia dos clientes e

do sistema como um todo administrando o risco das posiccedilotildees por intermeacutedio da

exigecircncia das margens de garantia e dos limites de posiccedilotildees em bolsa

As margens de garantia satildeo atribuiacutedas diariamente aos clientes

compradores e vendedores de contratos com base na volatilidade dos preccedilos do

ativo-objeto de negociaccedilatildeo cabe agrave Cacircmara administrar essas garantias A Bolsa

tem exigecircncias quanto ao capital miacutenimo dos membros de compensaccedilatildeo e de seu

limite de alavancagem para que todos os ajustes diaacuterios sejam honrados e os

contratos plenamente liquidados Caso um cliente natildeo possa honrar seus

compromissos ela faz uso das margens de garantia se estas natildeo forem suficientes

o corretor eacute responsaacutevel e deve aportar recursos para cobrir a inadimplecircncia se natildeo

atingir o valor necessaacuterio o membro de compensaccedilatildeo da corretora eacute obrigado a

aportar os recursos

Na BMampF os serviccedilos de cacircmara de compensaccedilatildeo satildeo prestados

por departamento interno que eacute responsaacutevel pelo registro de operaccedilotildees e controle

de posiccedilotildees compensaccedilatildeo de ajustes diaacuterios liquidaccedilatildeo financeira e fiacutesica dos

negoacutecios e administraccedilatildeo das garantias Esses serviccedilos satildeo prestados a membros

de compensaccedilatildeo corretoras de mercadorias operadores especiais e

permissionaacuterias correspondentes Os membros de compensaccedilatildeo satildeo os

garantidores de todos os negoacutecios realizados pelas corretoras operadores

especiais e permissionaacuterias correspondentes perante a Bolsa O credenciamento

75

como membros de compensaccedilatildeo na BMampF eacute concedido apenas agrave corretora de

valores As corretoras de mercadorias satildeo os intermediadores de todas as

operaccedilotildees efetuadas em nome dos clientes pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas

Os operadores especiais satildeo pessoas fiacutesicas ou firmas individuais

autorizadas a atuar diretamente no pregatildeo operando por conta proacutepria ou por uma

corretora de mercadorias As permissionaacuterias correspondentes satildeo corretoras

associadas a bolsas com as quais a BMampF manteacutem convecircnio operacional Elas

podem realizar operaccedilotildees por meio de corretoras associadas agrave Bolsa desde que

devidamente garantidas por um membro de compensaccedilatildeo A corretora da BMampF

apenas efetua a operaccedilatildeo em nome da permissionaacuteria repassando-a a esta que

se torna responsaacutevel por seu cumprimento perante o membro de compensaccedilatildeo

81 O CONTRATO FUTURO DA SOJA

Produtores agropecuaacuterios normalmente deteacutem pouco poder de negociaccedilatildeo vendendo commodities em mercados de pouca concorrecircncia entre os compradores

Em geral os preccedilos satildeo determinados pela empresas compradoras dentro dos limites impostos por outros

concorrentes Negociar lotes maiores altera as condiccedilotildees de mercado porque diminui os custos de transaccedilatildeo para os

compradores e pode resultar em preccedilos maiores para os produtores ou suas cooperativas Marques e Mello (1999 p39) lembram que o

embate de forccedilas do mercado eacute dinacircmico podendo alterar-se de acordo com fatores como a eacutepoca do ano condiccedilotildees de transporte e incidecircncia de impostos No caso particular

do preccedilo da soja no Brasil estudos economeacutetricos mostram que a formaccedilatildeo de seu preccedilo se daacute de fora para

dentro Os preccedilos se formariam em mercados internacionais os produtores seriam bem informados e

passariam a reivindicar internamente preccedilos compatiacuteveis com os praticados nos mercados externos

A observaccedilatildeo de seacuteries de preccedilos oferece uma visatildeo do que aconteceu mas natildeo explica como se daacute esse

76

processo Por meio de entrevistas com representantes dos vaacuterios segmentos da cadeia da soja tentou-se sistematizar

a forma de atuaccedilatildeo das empresas compradoras Assim observou-se que a formaccedilatildeo de preccedilos

da soja em niacutevel mundial comeccedila em Roterdatilde refletindo-se para a Bolsa de Futuros de Chicago De laacute deriva-se agrave demanda pelo produto brasileiro o qual recebe aacutegio ou

desaacutegio e se deduzem os custos de frete seguros e outros chegando ao preccedilo do porto de Paranaguaacute-PR

Desse preccedilo no Porto satildeo deduzidos custos de impostos de transportes de seguros e outros obtendo o preccedilo no local da faacutebrica De laacute deduzem-se novamente os fretes

despesas operacionais e outros custos chegando a formaccedilatildeo da base de preccedilo no local da produccedilatildeo rural que com a concorrecircncia de cada regiatildeo formaraacute o preccedilo final a ser oferecido ao produtor Eacute interessante observar que a

formaccedilatildeo de preccedilos depende dos custos operacionais e da concorrecircncia isto eacute o preccedilo final depende das

necessidades das empresas em obter o produto repor estoques e outras providecircncias (MARQUES MELLO 1999)

Em agostosetembro daacute-se a colheita da soja americana e os preccedilos caem porque se inicia a

concorrecircncia com o mercado externo e os compradores comeccedilam a comprar no mercado americano A partir do momento em que a soja americana entra no mercado

praticamente nada mais eacute exportado e a formaccedilatildeo do preccedilo eacute mais pelo mercado interno quando a induacutestria leva em

consideraccedilatildeo o preccedilo do subproduto oacuteleo e farelo (MARQUES MELLO 1999)

Apesar de a colheita da soja concentrar-se em poucos meses ela eacute consumida o ano inteiro nas

diferentes formas de oacuteleo farelo e outros subprodutos Embora existam diferenccedilas quanto ao teor do oacuteleo

proteiacutena e coloraccedilatildeo compradores locais e internacionais natildeo fazem diferenccedila de preccedilo com relaccedilatildeo agrave qualidade ou

procedecircncia Eacute interessante saber que entre dezembro e

janeiro as faacutebricas costumam parar para manutenccedilatildeo

77

periacuteodo em que cessam praticamente as compras Entretanto como nem todas param exatamente no mesmo

periacuteodo nas mesmas regiotildees ainda haacute alguns poucos negoacutecios Nessas ocasiotildees pode-se encontrar o chamado

preccedilo nominal que eacute o preccedilo que se ldquoouve falar no mercadordquo que ldquoalgueacutem praticourdquo ou que a empresa

venderia ou compraria se houvessem compradores eou vendedores respectivamente Aleacutem disso continuamente as empresas estatildeo monitorando os preccedilos externos e os preccedilos do oacuteleo e do farelo destinados agrave produccedilatildeo interna de raccedilotildees Elas tecircm entatildeo uma ideacuteia de quanto pagariam caso houvesse vendedores o que tambeacutem daacute origem aos

chamados preccedilos ldquonominaisrdquo Segundo Marques e Mello (1999 p41) a maior

parte da produccedilatildeo brasileira de soja estaacute concentrada no estado do Paranaacute seguido pelo Mato Grosso Rio Grande

do Sul Goiaacutes Satildeo Paulo Minas Gerais Bahia Santa Catarina e Maranhatildeo A colheita de soja eacute feita entre os

meses de janeiro a maio sendo 4045 da produccedilatildeo comprada em abril pico da colheita Devido agraves diferenccedilas

climaacuteticas a colheita de soja inicia-se nos estados mais do norte descendo em seguida em direccedilatildeo ao sul do Paiacutes

Praticamente toda a soja eacute comprada pelas induacutestrias de processamento visando ao consumo interno ou

exportaccedilatildeo na forma de gratildeos e farelo Cerca de 60 da soja produzida eacute exportada originaria principalmente do

Paranaacute Rio Grande do Sul e Satildeo Paulo A maior parte das exportaccedilotildees da soja e seus derivados eacute feita pelo porto de

Paranaguaacute-PR De acordo com Schouchana (2000 p31) o

contrato futuro da soja da BMampF deve ter as seguintes caracteriacutesticas

a)o objeto da Negociaccedilatildeo

Soja em gratildeo a granel de tipo exportaccedilatildeo conforme padratildeo Concex (resoluccedilatildeo Concex 169 de 8 de marccedilo de 1989) com ateacute 14 de umidade base de 1 natildeo ultrapassando o

78

maacuteximo de 2 de impurezas maacuteximo de 8 de avariados este com ateacute 5 de ardidos

maacuteximo de 10 de gratildeos verdes e de 30 de gratildeos quebrado

b) cotaccedilatildeo Eacute em doacutelares por saca de 60 quilos liacutequidos

c) unidade de Negociaccedilatildeo 27 toneladas meacutetricas

d) meses de Vencimento Fevereiro marccedilo maio julho setembro e

novembro e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Seacutetimo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento

f) ponto de entrega

Municiacutepio de Ponta Grossa ndash PR g) pagamento e recebimento

Na liquidaccedilatildeo financeira no uacuteltimo dia uacutetil seguinte ao do pregatildeo Na liquidaccedilatildeo por entrega no dia uacutetil subsequumlente agrave data do

aviso da entrega pelo comprador e no dia uacutetil apoacutes o recebimento da mercadoria pelo

vendedor h) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo

1)Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas

financeiramente pelo cliente mediante operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma

quantidade de contratos pelo preccedilo de negociaccedilatildeo

2) Liquidaccedilatildeo por entrega A soja deve ser entregue do primeiro dia uacutetil do mecircs de

vencimento ateacute o oitavo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a

realizaccedilatildeo da entrega o aviso de entrega deveraacute ser emitido pela corretora de

mercadorias e deve ser acompanhado do

79

certificado de classificaccedilatildeo emitido por empresa credenciada pela BMampF da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo

armazeacutem depositaacuterio e pelos documentos que provam a propriedade do produto o

pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer ocircnus sobre a

mercadoria

82 O CONTRATO FUTURO DO MILHO

O contrato futuro de milho jaacute foi negociado na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo mas tambeacutem perdeu a

liquidez Em novembro de 1996 foi iniciado um novo contrato de milho com liquidaccedilatildeo por indicador de preccedilo a

vista O contrato de milho de Chicago de acordo com Schouchana (2000 p33) eacute de milho amarelo n2 O

contrato eacute de 5 mil bushels cotado em centavos de doacutelar por bushel Os vencimentos ocorrem em marccedilo maio

julho setembro e dezembro Para a entrega satildeo exigidos certificados emitidos por armazeacutens credenciados

localizados em Chicago Burns Harbor Toledo StLouis O mercado internacional de milho eacute enorme e

muito dinacircmico Certamente com a abertura comercial ele ditaraacute o preccedilo interno Para Alves (1998) os produtores brasileiros teratildeo primeiro que vencer a competiccedilatildeo no

mercado interno para depois passarem a exportadores Como grande exportador de frangos e suiacutenos o Brasil precisa de milho a preccedilos competitivos com o mercado

externo para sustentar e ampliar as vendas de carnes no exterior Em decorrecircncia das pressotildees das agroinduacutestrias

que tecircm grande porte e poder poliacutetico no mercado as autoridades natildeo protegem os produtores nacionais definindo tarifas que limitem a importaccedilatildeo do milho

O agronegoacutecio do milho oscila em altos e baixos no que se refere a preccedilos e renda dos agentes

envolvidos Uma simples verificaccedilatildeo no mercado constata

80

que ora o setor de produccedilatildeo amarga preccedilos deprimidos ora o setor de criaccedilatildeo depara-se com preccedilos elevados Essa volatilidade eacute explicada segundo Caffagni (2001

p25) pela sistemaacutetica substituiccedilatildeo entre aacutereas de plantio de soja e milho e estaacute relacionada a preccedilos baixos no ciclo produtivo imediatamente anterior O uso restrito do preccedilo

futuro e as caracteriacutesticas do milho com relaccedilatildeo a multiutilidade e agrave adaptabilidade continental de plantio contribuem para toda essa incerteza Historicamente a intervenccedilatildeo governamental procurava abrandar essa

elevada oscilaccedilatildeo poreacutem a eficiecircncia dos programas nem sempre era satisfatoacuteria tanto no que diz respeito agrave garantia

de preccedilos miacutenimos e maacuteximos quanto ao dispecircndio gerado aos cofres do governo No final dos anos de 1990 acompanhou-se a implantaccedilatildeo de novos instrumentos de poliacutetica agriacutecola que utilizavam menos subvenccedilatildeo sem a

formaccedilatildeo de estoques puacuteblicos A reduccedilatildeo da participaccedilatildeo do governo no

creacutedito rural e na comercializaccedilatildeo deixou produtores e criadores com menos alternativas para gerenciar riscos Aleacutem disso destaca-se que as bolsas internacionais natildeo

formam preccedilos para o Brasil e natildeo fornecem hedge eficiente A falta de praacutetica no uso dos preccedilos futuros inibe

negoacutecios a termo de compra antecipada com e sem adiantamento de recursos troca de insumos por produtos e contratos a fixar uma vez que para diminuir seu proacuteprio risco de preccedilo o comprador de milho ou o fornecedor de

insumos procura embutir esse risco nas relaccedilotildees de troca tornando o negoacutecio menos atraente Os excelentes preccedilos praticados pelo mercado

em 2000 levaram os produtores a aumentar a aacuterea plantada de milho gerando uma produccedilatildeo na safra de

20002001 de 41 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea cultivada de 13 milhotildees de hectares fato que pode ser

considerado um recorde histoacuterico O milho eacute o mais importante insumo para o

setor de criaccedilatildeo animal e se destaca tambeacutem na alimentaccedilatildeo humana podendo ser consumido sob as

81

formas de fubaacute farinha oacuteleo amido etc De todo o milho produzido de acordo com Caffagni (2001 p26) 366 satildeo destinados para o setor de aves 235 para o de suiacutenos

76 para o de pecuaacuteria de leite e corte 117 para o setor industrial 42 para o consumo humano e 99 satildeo utilizados pelos proacuteprios produtores rurais em suas

propriedades na alimentaccedilatildeo familiar e de seus animais Eacute tambeacutem responsaacutevel pela sustentaccedilatildeo alimentar do setor de criaccedilatildeo de aves e suiacutenos que produziram 597 milhotildees de toneladas de carne de frango em 2000 das quais 15

destinaram-se agrave exportaccedilatildeo e 24 milhotildees de toneladas de carne suiacutena das quais 92 destinaram-se ao mercado

externo Esse crescimento da demanda de frangos e

suiacutenos eacute explicado pelo aumento na composiccedilatildeo alimentar do brasileiro apoacutes o Plano Real e por novas conquistas de

clientes internacionais ndash sobretudo em decorrecircncia da evoluccedilatildeo da doenccedila da vaca louca na Europa que levou sua populaccedilatildeo a substituir parcialmente a carne bovina nos uacuteltimos anos O consumo per capita (CAFFAGNI

2001 p28) de carne de frango no Brasil eacute alto com 291 kgs per capita ndash no ano de 1999 ficando atraacutes somente

dos Emirados Aacuterabes 324 Araacutebia Saudita 330 e Estados Unidos que consumiram 411 kgs com potencial de elevaccedilatildeo pois responde diretamente ao sucesso de

poliacuteticas de elevaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de renda A estrutura do mercado do milho possui

caracteriacutestica peculiar com relaccedilatildeo agrave concentraccedilatildeo de mercado pois aleacutem da grande quantidade de vendedores conta com elevado nuacutemero de compradores Analisando o

risco dos agentes envolvidos no agronegoacutecio do milho deve-se destacar o seguinte

a) O setor de produccedilatildeo de milho apresenta rigidez do custo de produccedilatildeo e precisa se proteger contra a queda de preccedilos

82

b) Os criadores de aves e suiacutenos que convivem com a rigidez do preccedilo da carne no varejo satildeo impedidos de repassar elevaccedilotildees do preccedilo do milho levando-os agrave procura de proteccedilatildeo contra aumentos no preccedilo do produto

c) Os fornecedores que realizam troca de insumos por mercadorias correm o risco de queda de preccedilo

d) Os exportadores se arriscam diante de elevaccedilatildeo de preccedilo

e) As induacutestrias processadoras de milho tecircm dificuldade de repassar aumentos de preccedilos de mateacuterias-primas para o produto final

Por outro lado por ser o milho uma mercadoria

em grande parte produzida e utilizada no mercado domeacutestico as cotaccedilotildees de bolsas de mercadorias

internacionais podem fornecer hedge satisfatoacuterio Com o potencial de crescimento do mercado interno e externo de

carnes e de exportaccedilatildeo de milho associado agraves caracteriacutesticas de concentraccedilatildeo e risco dos agentes pode-se esperar que o contrato futuro de milho contribua para o desenvolvimento planejado e sustentado do agronegoacutecio

De acordo com Schouchana (2000 p32) o contrato futuro de Milho da BMampF deve ter as seguintes

caracteriacutesticas a)o objeto da Negociaccedilatildeo

Milho em gratildeo a granel de origem brasileira constituiacuteda de produto satildeo seco e

comercializaacutevel de odor e aspectos normais

83

em bom estado de conservaccedilatildeo livre de mofo de fermentaccedilatildeo e de sementes de

mamona ou de quaisquer outras sementes prejudiciais duro ou semiduro amarelo da uacuteltima safra de tipo 2 para melhor com ateacute 14 de umidade maacuteximo 1 de impurezas

considerada a peneira 5 e ateacute 6 de ardidos b) cotaccedilatildeo

Em doacutelares por saca de 60 quilos convertido para reais a taxa de cacircmbio meacutedia entre as operaccedilotildees de compra e venda de doacutelar dos

Estados Unidos c) unidade de Negociaccedilatildeo

27 toneladas meacutetricas d) meses de Vencimento

Janeiro marccedilo maio julho setembro e novembro

e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Seacutetimo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento

f) ponto de entregalocal de formaccedilatildeo do preccedilo

Municiacutepio de Campinas ndash SP g) pagamento e recebimento na entrega

No dia uacutetil subsequumlente a data de alocaccedilatildeo do Aviso de Entrega para o comprador e no dia uacutetil seguinte ao recebimento da mercadoria

pelo vendedor h) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo no vencimento 1)Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas

financeiramente pelo cliente mediante operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma

quantidade de contratos pelo preccedilo de negociaccedilatildeo

2)Liquidaccedilatildeo por entrega O milho deve ser entregue do primeiro dia uacutetil do mecircs de

vencimento ateacute o oitavo dia uacutetil anterior ao

84

uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a realizaccedilatildeo da entrega o Aviso de Entrega

deveraacute ser emitido pela corretora de mercadorias e deve ser acompanhado do certificado de classificaccedilatildeo emitido por

empresa credenciada pela BMampF da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo armazeacutem depositaacuterio e pelos documentos que provam a propriedade do produto o

pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer ocircnus sobre a

mercadoria

83 O CONTRATO FUTURO DO CAFEacute

O contrato de cafeacute comeccedilou a ser negociado na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo em 1978 Com a fusatildeo

entre a BMSP (Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo) e a Bolsa de Mercadorias e Futuros em 1991 continuou sendo

transacionado na BMampF O maior contrato futuro conhecido por Contrato C explica (SCHOUCHANA 2000

p29) eacute negociado na New York Board of Trade Nele negociam-se cafeacutes lavados produzidos na Ameacuterica

Central Colocircmbia e leste da Aacutefrica (Quecircnia Tanzacircnia e Etioacutepia)

Um contrato tem 37500 libras-peso ou aproximadamente 284 sacas de 60 quilos os meses de

vencimento satildeo marccedilo maio julho setembro e dezembro As cotaccedilotildees satildeo em centavos de doacutelar por libra-peso O

local de formaccedilatildeo dos lotes eacute Nova Iorque Nova Orleans Satildeo Francisco e Miami Na London Futures amp Options

Exchange negocia-se cafeacute robusta produzido na Aacutefrica Indoneacutesia e Conillon brasileiro O contrato eacute de cinco

toneladas ou cerca de 84 sacas de 60 quilos os meses de vencimento satildeo janeiro marccedilo maio julho setembro e novembro as cotaccedilotildees satildeo em doacutelares por tonelada O

local de formaccedilatildeo dos lotes eacute em portos da Europa e Nova Orleans

85

De acordo com dados do IAPAR (2002) nas deacutecadas de 6070 e 80 o Brasil exportou entre 15 e 18

milhotildees de sacas de cafeacute por ano com uma participaccedilatildeo de 27 do volume exportado mundialmente Na deacutecada de 90 as exportaccedilotildees brasileiras ficaram no mesmo patamar poreacutem a participaccedilatildeo no mercado mundial caiu situando-

se em 20 das exportaccedilotildees mundiais de cafeacute as quais giram em torno de 78 milhotildees de sacasano

Nos uacuteltimos 10 anos o Brasil colheu em meacutedia cerca de 27 milhotildees de sacas de 60 kg por ano Minas

Gerais eacute o maior estado produtor que produz 43 do cafeacute brasileiro considerando a meacutedia de 1988 a 1998 Esta produccedilatildeo estaacute concentrada principalmente no Sul do

estado mas nos uacuteltimos anos tambeacutem vem se destacando o cerrado mineiro com a cafeicultura irrigada Em segundo

lugar vem o Espiacuterito Santo com 17 seguido por Satildeo Paulo (16) com destaque para a regiatildeo mogiana e oeste

O Paranaacute eacute o quarto maior produtor com 7 do cafeacute nacional Juntos Minas Gerais Espiacuterito Santo Satildeo Paulo e Paranaacute produzem 83 do cafeacute brasileiro Bahia e Rondocircnia

vecircm se destacando na produccedilatildeo de cafeacute Conforme Schouchana (2000 p28) o Contrato

futuro de Cafeacute Araacutebico da BMampF deve ter as seguintes caracteriacutesticas

a)o objeto da Negociaccedilatildeo Cafeacute cru em gratildeo de produccedilatildeo brasileira tipo seis ou melhor bebida dura para entrega no

Municiacutepio de Satildeo Paulo SP b) cotaccedilatildeo

Em doacutelares por saca de 60 quilos liacutequidos c) unidade de Negociaccedilatildeo

100 sacas de 60 quilos liacutequidos d) meses de Vencimento

Marccedilo maio julho setembro e dezembro e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Sexto dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia do mecircs do vencimento

86

f) ponto de entregalocal de formaccedilatildeo do preccedilo

Municiacutepio de Satildeo Paulo ndash SP g) locais de Formaccedilatildeo dos lotes

Armazeacutens credenciados pela BMampF localizados nos municiacutepios de Satildeo Paulo (SP)

Santos (SP) Espiacuterito Santo do Pinhal (SP) Franca (SP) Batatais (SP) Leme (SP)

Londrina (PR) Rolacircndia (PR) Eloacutei Mendes (MG) Araguari (MG) Patrociacutenio (MG)

Machado (MG) Varginha (MG) Guaxupeacute (MG) Poccedilos de Caldas (MG) Piumhi (MG) Ouro Fino (MG) Satildeo Sebastiatildeo do Paraiacuteso (MG)

Trecircs Coraccedilotildees (MG) Andradas (MG) Campos Altos (MG) Satildeo Gotardo (MG) e Monte

Carmelo (MG) h) pagamento e recebimento na entrega

No terceiro dia uacutetil subsequumlente a data de apresentaccedilatildeo do aviso de entrega

i) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo no vencimento 1) Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em

aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas financeiramente pelo cliente mediante

operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma quantidade de contratos pelo preccedilo de

negociaccedilatildeo 2) Liquidaccedilatildeo por entrega O cafeacute deve ser

entregue do segundo dia uacutetil do mecircs de vencimento ateacute as 18 horas do seacutetimo dia uacutetil

anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a realizaccedilatildeo da entrega o

aviso de entrega deveraacute ser emitido pela corretora de mercadorias e deve ser

acompanhado do certificado de classificaccedilatildeo emitido pela BMampF do resumo do romaneio

do lote da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo armazeacutem depositaacuterio e

pelos documentos que provam a propriedade

87

do produto o pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer

ocircnus sobre a mercadoria

88

9 METODOLOGIA

Na busca de soluccedilatildeo para o problema procurou-se neste estudo

fazer um levantamento dos dados atraveacutes de questionaacuterios estruturados e

entrevistas pessoais pelo autor do projeto e tambeacutem por alunos universitaacuterios Foi

uma pesquisa ocasional por ser um uacutenico levantamento podendo futuramente ser

repetido para verificar se houve mudanccedila no perfil do agricultor do Municiacutepio de

Londrina Objetivamente tratou-se de uma pesquisa de caraacuteter exploratoacuterio jaacute que

natildeo se conhece o perfil desses produtores rurais com relaccedilatildeo ao assunto proposto

A pesquisa foi realizada com dados primaacuterios em funccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do meacutetodo

indutivo pois partiu de questionaacuterios individuais para descobrir a maneira utilizada

pelos produtores rurais para produzir e negociar seus produtos A pesquisa foi

quantitativa com representatividade no tamanho da amostra (DUTRA 2001)

91 POPULACcedilAtildeO

A populaccedilatildeo pesquisada foi composta por 1527 agricultores entre proprietaacuterios rurais arrendataacuterios

e parceiros que plantaram soja eou milho eou cafeacute na uacuteltima safra de 20012002 em propriedades rurais situadas

no Municiacutepio de Londrina dentre os 2315 produtores rurais cadastrados na Secretaria de Agricultura do

Municiacutepio de Londrina para obtenccedilatildeo do talatildeo de nota fiscal de produtor rural que aleacutem dessas culturas fazem

outros cultivos e tambeacutem tecircm outras atividades no segmento da pecuaacuteria

92 AMOSTRA E DELIMITACcedilAtildeO DA PESQUISA

A amostra composta por 300 (trezentos) agricultores dentro do

universo de 1527 foi considerada representativa para o presente trabalho com

uma margem de erro de 5 A amostragem especiacutefica pode ser definida como

89

probabiliacutestica sistemaacutetica com sorteio de 1 agricultor em cada 5 e todos os

produtores rurais cadastrados tiveram chance igual e conhecida de seleccedilatildeo

Por ser uma amostra aleatoacuteria com sorteio de um em cada cinco no universo de 1527 agricultores que

exploram as atividades de soja milho e cafeacute em propriedades rurais do municiacutepio de Londrina natildeo se levou em consideraccedilatildeo se a sua residecircncia estaacute no

municiacutepio de Londrina ou natildeo Dentro da amostra sorteada na pesquisa 5

produtores natildeo quiseram responder e 22 tinham trocado o nuacutemero do telefone Diante dessa impossibilidade foram

trocados pelos agricultores subsequumlentes A classificaccedilatildeo como pequeno meacutedia ou

grande produtor rural foi baseado na aacuterea explorada das propriedades de acordo com a Lei 8629 de 25021993 que

no seu inciso II do artigo 4ordm (BRASIL 1993) define 1)Eacute considerada como pequena propriedade rural o imoacutevel que tem ateacute 4 moacutedulos fiscais

ou seja ateacute 48 hectares ou ainda 1983 alqueires paulistas

2) Eacute considerada como meacutedia propriedade rural o imoacutevel que tem

aacuterea superior a 4 e ateacute 15 moacutedulos fiscais ou seja ateacute 180

hectares ou ainda 7438 alqueires paulistas

3) Eacute considerada grande propriedade rural o imoacutevel que tem aacuterea

superior a 15 moacutedulos fiscais ou seja acima de 180 hectares ou

ainda 7438 alqueires paulistas 93 COLETA DE DADOS

Os dados foram coletados atraveacutes de questionaacuterio estruturado com

perguntas abertas e fechadas respondidas pessoalmente pelo agricultor

94 SEGMENTACcedilAtildeO

90

A populaccedilatildeo foi segmentada de acordo com as seguintes variaacuteveis agricultores que cultivaram e

comercializaram a soja eou milho eou cafeacute na uacuteltima safra de 20012002 grau de escolaridade sub-divididos em primeiro grau para aqueles produtores que estudaram ateacute a oitava seacuterie segundo grau para os que fizeram cursos teacutecnicos ou colegial e terceiro grau para os produtores

que tiveram oportunidade de cursar a universidade infra-estrutura disponiacutevel na propriedade tais como energia

eleacutetrica aacutegua encanada veiacuteculos computadores televisatildeo uso de matildeo-de-obra proacutepria e de terceiros

tamanho da propriedade cuja classificaccedilatildeo para pequeno meacutedio ou grande produtor rural se baseou nas aacutereas

exploradas das propriedades de acordo com a Lei 8629 de 25021993 que no seu inciso II do artigo 4ordm (BRASIL 1993) considera como pequeno produtor agravequele que explora ateacute 4 moacutedulos fiscais que para o Municiacutepio de

Londrina corresponde a 1983 alqueires paulistas meacutedio produtor para aquele que explora entre 1983 alqueires e

7438 (15 moacutedulos fiscais) alqueires paulista e grande produtor aquele que explora imoacuteveis rurais com aacuterea

superior a 7438 alqueires entre aacuterea proacutepria e de terceiros aacuterea cultivada de cada cultura tempo de experiecircncia no negoacutecio sexo faixa etaacuteria sendo a

primeira faixa ateacute os 35 anos de idade para se obter um intervalo de idade nos negoacutecios entre 15 e 20 anos de idade a partir dos 21 anos Para determinar os meios

utilizados para cotaccedilatildeo de preccedilos dos produtos agriacutecolas o produtor pocircde dar mais de uma resposta assim como para verificar o sistema usual de venda dos produtos

suas preferecircncias e o conhecimento da comercializaccedilatildeo em mercados futuros

91

92

10 RESULTADO DOS DADOS COLETADOS E ANAacuteLISE 101 O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE CULTIVA SOJA EOU MILHO EOU CAFEacute

Os dados coletados foram tabulados para

anaacutelise pelo programa EXCEL aplicado o Teste do Qui-Quadrado e para a caracterizaccedilatildeo do perfil dos agricultores foi utilizada a estatiacutestica descritiva

apresentadas em quadros tabelas e graacuteficos como se segue

TABELA 03ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por sexo

MASCULINO FEMININO TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

relativa

300 260 866 40 134

Fonte Pesquisa do autor TABELA 04ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por estado civil

CASADO SOLTEIRO OUTROS TAMANHO

DA

AMOSTRA

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

300 239 796 32 107 29 97

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 05ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por idade

ATEacute 35 ANOS DE 36 A 55 ANOS ACIMA 56 ANOS TAMANHO

DA

AMOSTRA

IDADE

MEacuteDIA Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

300 53 27 9 133 443 140 467

Fonte Pesquisa do autor TABELA 06ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por escolaridade

TAMANHO

DA

FREQUENTOU

ATEacute 1ordm GRAU

FREQUENTOU

ATEacute 2ordm GRAU

FREQUENTOU

ATEacute 3ordm GRAU

93

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 145 483 81 27 74 247

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 07ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tamanho da aacuterea explorada

PEQUENO PRODUTOR MEacuteDIO PRODUTOR (DE 1984 ATEacute 7438 ALQ)

GRANDE PRODUTOR TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

300 124 413 100 333 76 254

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 08ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por local moradia e acesso agrave escola puacuteblica

MORA NA

PROPRIEDADE

MORA NA CIDADE ESTUDOU EM ESCOLA

PUacuteBLICA

TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

300 102 34 198 66 223 743

Fonte Pesquisa do autor

A distacircncia de suas residecircncias ateacute a propriedade eacute em meacutedia de

27 quilocircmetros Aqueles que moram na cidade vatildeo agrave propriedade em meacutedia 16 dias

por mecircs praticamente dia sim dia natildeo A amostra revelou que a famiacutelia do produtor

tem em meacutedia 46 pessoas e 25 estudaram ou estudam em escola puacuteblica

TABELA 09ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de aquisiccedilatildeo dos imoacuteveis IMOacuteVEIS ADQUIRIDOS RECEBIDOS POR

HERANCcedilA

PARTE ADQUIRIDA E

PARTE HERANCcedilA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

272 112 411 106 39 54 199

Fonte Pesquisa do autor

94

TABELA 10ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de exploraccedilatildeo dos imoacuteveis

TAMANHO

AMOSTRA

TIPO DE EXPLORACcedilAtildeO FREQUEcircNCIA

ABSOLUTA

FREQUEcircNCIA

RELATIVA

EXPLORAM SOacute O PROacutePRIO 224 746

O PROacutePRIO E EM PARCERIA 26 87

O PROacutePRIO E ARRENDADOS 20 67

SOacute IMOacuteVEIS EM PARCERIA 11 36

SOacute IMOacuteVEIS ARRENDADOS 15 5

PROacutePRIO ARRENDA E PARCERIA 2 07

300

SOacute ARRENDADO E EM PARCERIA 2 07

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 11ndash Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-estrutura na propriedade

TEM ENERGIA

ELEacuteTRICA

TEM AacuteGUA

ENCANADA

TEM ANTENA

PARABOacuteLICA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 293 977 285 95 102 34

Fonte Pesquisa do autor

95

TABELA 12ndash Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-estrutura

na propriedade

TEM APARELHO

DE TELEVISAtildeO

TEM VEIacuteCULOS

MOTORIZADOS

TEM COMPUTADOR

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 250 833 243 81 181 603

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 13ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela renda e trabalho da famiacutelia na propriedade

TEM SOacute A RENDA DA

PROPRIEDADE

COcircNJUGE AJUDA NA

ATIVPRODUTIVA

FILHOS AJUDAM NA ATIV

PRODUTIVA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 142 473 55 183 105 35

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 14ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela matildeo de obra utilizada

MAtildeO DE OBRA FIXA CONTRATADA

(EMPREGADOS)

MAtildeO DE OBRA TEMPORAacuteRIA

CONTRATADA (BOacuteIA-FRIA)

TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 177 590 155 517

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores rurais mantecircm a meacutedia de 318 empregados efetivos para executar os trabalhos nas

propriedades rurais Nos picos de serviccedilos que compreende o plantio e a colheita dos produtos costumam

contratar 671 empregados na meacutedia como matildeo-de-obra temporaacuteria

96

TABELA 15ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na cultura da soja em sacas 60 quilos

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM SOJA

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

QuantIa

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 231 77 453 5296 1169

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram soja

obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 5296 sacas de 60 quilos em uma aacuterea de 453

alqueires paulistas resultando em uma produtividade de 1169 sacas por alqueire

exatamente igual agrave produtividade do Estado do Paranaacute e superior agrave meacutedia nacional

em 984

TABELA 16ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na cultura do milho em sacas 60 quilos

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM MILHO

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

Quantia

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 148 493 234 5553 2373

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram milho obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 5553 sacas de 60 quilos em uma aacuterea de 234 alqueires paulistas resultando em uma produtividade de 2373 sacas por alqueire superior agrave meacutedia nacional e 86 e tambeacutem superior agrave meacutedia paranaense em 57 TABELA 17ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida cultura

do cafeacute (sacas 40 quilos em coco)

97

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM CAFEacute

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

Quantia

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 99 33 99 1559 1574

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram cafeacute obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 1559 sacas

de 40 quilos de cafeacute em coco em uma aacuterea de 99 alqueires paulistas resultando em uma produtividade de

1574 sacas de cafeacute em coco por alqueire ou ainda 525 sacas de cafeacute beneficiado por alqueire superior agrave

meacutedia nacional em 6 e superior a meacutedia paranaense em 18

TABELA 18ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS PROacutePRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 211 703 89 297

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 19ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram soja pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

231 182 787 49 213

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 20ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram milho pela posse dos maquinaacuterios

TAMANHO DA TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS

98

AMOSTRA

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

148 110 743 257

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 21ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram cafeacute pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

99 61 38 384

TABELA 22ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela necessidade de financiamentos

DEPENDE DE FINANCIAMENTOS NAtildeO DEPENDE TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

38

TAMANHO DA

AMOSTRA

Relativa Relativa

616

Fonte Pesquisa do autor

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 152 506 148 494

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 23ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acesso agrave assistecircncia teacutecnica

TEcircM ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA NAtildeO TEcircM ASSISTEcircNCIA TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

Relativa

300 232 773 68 227

Absoluta

Fonte Pesquisa do autor TABELA 24ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de assistecircncia teacutecnica

recebida TAMANHO

AMOSTRA

DA

EMATER

DA

COOPERATIVA

DE

PARTICULAR

MAIS DE UMA

ASSISTEcircNCIA

99

Freq

Abs

Freq

Rel

Freq

Rel

Freq

Abs

Freq

Abs

Freq

Rel

Freq

Abs

Freq

Rel

232 35 15 99 427 78 336 20 87

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 25ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela eacutepoca de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

COMERCIALIZOU ANTES

COLHEITA

COMERCIALIZOU APOacuteS A

COLHEITA

COM PARTE ANTES E

PARTE DEPOIS

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 14 47 234 78 52 173

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 26- Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da produccedilatildeo antes da colheita

COMERCIALIZOU TUDO

NAS COOP

COMERCIALIZOU TUDO

NAS INDUSTR

PARTE NAS COOP E

PARTE NAS IND

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Absoluta

14 9 2 3

Fonte Pesquisa do autor

100

TABELA 27- Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da produccedilatildeo apoacutes a colheita

COMERCIALIZOU TUDO

NAS COOP

COMERCIALIZOU TUDO

NAS INDUSTR

PARTE NAS COOP E

PARTE NAS IND

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

234 132 564 72 308 30 128

Fonte Pesquisa do autor

Dentro da amostra entre os agricultores que venderam toda a produccedilatildeo antes ou depois da colheita e os que

venderam parte da produccedilatildeo antes e parte depois constatou-se que 102 da produccedilatildeo foi comercializada

antes de ser colhida e 898 da produccedilatildeo foi comercializada depois de realizada a colheita Dos 898 da

comercializaccedilatildeo negociada apoacutes a colheita 551 foi vendida nas cooperativas e 347 nas induacutestrias

Dos 102 da produccedilatildeo comercializada antes da colheita verificou-se que 48 foi vendida em cooperativas

com preccedilos preacute-fixados 30 comercializado com as induacutestrias com preccedilos preacute-fixados 07

comercializado em cooperativas com adiantamentos de recursos em dinheiro ou insumos e com preccedilos a fixar

na entrega da safra 02 comercializada antecipadamente com as induacutestrias com adiantamentos de recursos

e preccedilos a fixar na entrega da safra 01 comercializado com as induacutestrias com adiantamentos de recursos e

preccedilos jaacute fixados e 14 comercializada na bolsa de mercadorias

TABELA 28ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelas negociaccedilotildees realizadas na bolsa de mercadorias

NEGOCIAM NA BOLSA NAtildeO NEGOCIAM NA BOLSA TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 16 53 284 947 Fonte Pesquisa do autor

101

Dos 16 (53) agricultores que comercializaram a totalidade ou parte da safra na bolsa de mercadorias o

fizeram pelas seguintes razotildees

a) 14 disseram entre outras razotildees mas em especial que

preferem comercializar a safra ou parte dela para garantir os

preccedilos acenados pelo mercado futuro

b) 6 disseram entre outras razotildees mas em especial que soacute

comercializam quando os preccedilos satildeo interessantes

c) 4 disseram entre outras razotildees mas em especial que

comercializam na bolsa porque confiam na seguranccedila desse tipo

de negociaccedilatildeo

Dos 284 (947) agricultores lodrinenses que disseram natildeo comercializar satildeo pelas diversas abaixo

relacionadas

a) 253 disseram entre outras razotildees que natildeo sabem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em bolsas de mercadorias

b) 53 disseram entre outras razotildees que nunca foram convidados pela BMampF ou corretores para explicar como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado futuro

c) 19 disseram entre outras razotildees que consideram o processo

muito burocraacutetico

d) 16 disseram entre outras razotildees que natildeo possuem seguranccedila para operar nesse mercado

e) 17 disseram entre outras razotildees que tecircm medo de perder dinheiro nesse tipo de comercializaccedilatildeo

f) 10 disseram entre outras razotildees que sabem como funciona mas preferem natildeo comercializar enquanto natildeo tecircm garantida a colheita da safra

g) 7 disseram entre outras razotildees que natildeo confiam nas corretoras que intermediam a comercializaccedilatildeo

h) 5 disseram entre outras razotildees que natildeo consideram os preccedilos

interessantes

102

TABELA 29ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado

ACOMPANHAM AS COTACcedilOtildeES NAtildeO ACOMPANHAM TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 289 963 11 37

Fonte Pesquisa do autor

Dentre os agricultores que acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado o fazem das seguintes maneiras

a) 193 disseram que acompanham atraveacutes dos jornais

b) 173 disseram que acompanham pela televisatildeo

c) 143 disseram que acompanham atraveacutes das cooperativas

d) 54 disseram que acompanham pela internet

e) 49 disseram que acompanham atraveacutes do radio

f) 49 disseram que acompanham por outros meios como amigos conhecidos etc

Com base na segmentaccedilatildeo das tabelas 03 a 29 pode-se

caracterizar o perfil do agricultor londrinense - que cultiva soja eou milho e ou cafeacute -

com destaques para aos dados abaixo

01) 866 satildeo homens

02) 796 satildeo casados

03) 467 tecircm idade acima de 56 anos

04) 483 frequumlentaram a escola ateacute o primeiro grau

05) 743 de sua famiacutelia estudou ou estuda em escola publica

06) 413 satildeo pequenos produtores

07) 66 moram na cidade e vatildeo agrave propriedade 16 vezes por mecircs

08) 411 adquiriram o imoacutevel que exploram

09) 746 soacute exploram o imoacutevel proacuteprio

10) 977 tecircm energia eleacutetrica na propriedade

11) 95 tecircm aacutegua encanada

12) 833 tecircm televisatildeo

103

13) 81 tecircm veiculo na propriedade

14) 603 tecircm computador

15) 473 vivem soacute da renda das propriedades rurais

16) 59 tecircm empregados fixos

17) 517 contratam trabalhadores volantes nas eacutepocas de picos de serviccedilo

18) 77 plantam soja e colhem 1169 sacas por alqueire

19) 493 plantam milho e colhem 2373 sacas por alqueire

20) 33 plantam cafeacute e colhem 1574 sacas em coco por alqueire ou 525 sacas de

cafeacute beneficiado

21) 703 tecircm maquinaacuterios proacuteprios entre tratores e colheitadeiras

22) 506 necessitam de financiamentos para custeio das lavouras

23) 773 dispotildeem de assistecircncia teacutecnica na propriedade

24) 78 comercializam as safras depois de colhida

25) 947 natildeo negociam seus produtos na bolsa de mercadorias

26) 963 acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado sendo a maioria

pelos jornais e televisatildeo

26)O tempo meacutedio de responsabilidade do agricultor pela produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo nas propriedades eacute de 18 anos

104

102 COMPARACcedilAtildeO DO PERFIL DO AGRICULTOR BRASILEIRO COM O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE CULTIVA SOJA EOU

MILHO EOU CAFEacute

TABELA 30- Comparativo das caracteriacutesticas do agricultor brasileiro com o agricultor londrinense

CARACTERIacuteSTICAS AGRICULTOR

BRASILEIRO AGRICULTOR

LONDRINENSE

Satildeo proprietaacuterios dos imoacuteveis 85 907 Idade meacutedia do produtor 52 53

Maior concentraccedilatildeo de escolaridade 1ordm Grau 1ordm GrauDisponibilidade energia eleacutetrica no

imoacutevel 85 977

Antenas paraboacutelicas na propriedade 43 34 Veiacuteculos na propriedade 56 81

Aacutegua encanada na propriedade 71 95 Aparelho de televisatildeo 81 833

Tem outra fonte de renda aleacutem da propriedade

82 527

Tem computador 3 603 Uso de matildeo de obra familiar 78 656

Uso de matildeo de obra temporaacuteria 81 517 Pessoa da famiacutelia que estudou em

escola puacuteblica 62 743

Produtividade na cultura do milho 2057 2373 Fonte CNA e pesquisa do autor

Diferentemente da meacutedia do perfil do agricultor brasileiro que 82 tem outra fonte de renda gerada fora

da propriedade com outras atividades remuneradas menos da metade dos agricultores (473) depende

exclusivamente da renda gerada dentro das propriedades rurais obrigando-o sempre a buscar a eficiecircncia nas

atividades desenvolvidas 35 dos agricultores contam com a ajuda dos filhos para desenvolverem as atividades

de produccedilatildeo e 183 recebem ajuda da mulher nas

105

atividades produtivas do imoacutevel paracircmetro que mede a vocaccedilatildeo do produtor rural do Municiacutepio de Londrina

conforme demonstra a tabela 13 Outra variaacutevel diferenciada nesta comparaccedilatildeo

do perfil do agricultor brasileiro com relaccedilatildeo ao agricultor do Municiacutepio de Londrina eacute com relaccedilatildeo agrave informaacutetica Enquanto somente 3 dos agricultores brasileiros tecircm

computador 603 dos agricultores de Londrina dispotildeem de computadores para armazenar as informaccedilotildees das

atividades desenvolvidas nas propriedades rurais conforme demonstra a tabela 12

Na pesquisa realizada pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas sobre o perfil do agricultor brasileiro a uacutenica

produtividade levantada foi da cultura do milho com colheita de 85 sacas de 60 kgs por hectare o que

corresponde a 2057 sacas de 60 quilos por alqueire paulista Na comparaccedilatildeo com a produtividade meacutedia do

agricultor de Londrina verifica-se que ele colhe 2373 sacas de 60 quilos de milho por alqueire portanto

153 maior que a produccedilatildeo meacutedia brasileira A produtividade meacutedia do agricultor de Londrina que cultiva

soja eacute de 1169 sacas de 60 quilos por alqueire e a produtividade do cafeacute em coco eacute de 1574 sacas de 40

quilos por alqueire o que corresponde a 525 sacas de 60 quilos de cafeacute beneficiado por alqueire paulista de

acordo com as tabelas 15 16 e 17

O agricultor rural de Londrina dispotildee de uma melhor infra-estrutura quando comparado com o agricultor brasileiro como se verifica nas tabelas 11 e 12 como eacute o caso da energia eleacutetrica 977 contam com esse serviccedilo

contra 85 dos agricultores brasileiros veiacuteculos na propriedade 81 contra 56 do produtor brasileiro aacutegua

encanada 95 contra 71 do produtor brasileiro e uma diferenccedila alarmante quando comparados os

computadores - com 603 contra somente 3 do produtor brasileiro

Outro dado importante verificado eacute com relaccedilatildeo agrave matildeo de obra temporaacuteria conforme tabela 30 Enquanto

o agricultor brasileiro usa 81 de matildeo de obra temporaacuteria o agricultor londrinense utiliza somente 517 Isso

significa que o agricultor londrinense proporciona 567 a mais de emprego nas propriedades rurais mantendo o

106

empregado fixo na propriedade com registro em carteira e provavelmente pagando todos os encargos sociais e

trabalhistas como Previdecircncia Social Fundo de Garantia Deacutecimo Terceiro Salaacuterio Feacuterias etc Isso posto cabe

acrescentar que a manutenccedilatildeo do empregado na propriedade contribui para a reduccedilatildeo da pobreza nos cinturotildees de miseacuteria das cidades porque certamente junto com o empregado moram na propriedade sua

esposa e filhos

103 CARACTERIacuteSTICAS DO AGRICULTOR LONDRINENSE RELACIONADOS COM A PRODUCcedilAtildeO COMERCIALIZACcedilAtildeO COTACcedilOtildeES DE PRECcedilOS E ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS

Nesta seccedilatildeo descrevem-se todas as caracteriacutesticas dos agricultores do Municiacutepio de Londrina relacionados agrave

produccedilatildeo obtida nas culturas da soja do milho e do cafeacute seu sistema de comercializaccedilatildeo acompanhamento

das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado e sua atuaccedilatildeo na bolsa de mercadorias

TABELA 311ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de escolaridade

ESCOLARIDADE SOJA

(Saca de 60 kgs) MILHO

(Saca de 60 kgs) CAFEacute EM COCO

(saca de 40 kgs)

1ordm GRAU 1121 2084 1173

2ordm GRAU 1083 2323 1272

3ordm GRAU 1286 2393 1641

Fonte Pesquisa do autor Z2=104244200 P=000000

A tabela 311 demonstra que o grau de escolaridade exerce grande influecircncia na produtividade dos

agricultores de Londrina em todas as culturas e em especial na cultura do cafeacute Verificou-se uma

produtividade bem maior daqueles produtores que cursaram a universidade em relaccedilatildeo aos que cursaram

somente ateacute o primeiro grau No milho e na soja a produtividade tambeacutem foi superior

107

TABELA 312ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de escolaridade

ESCOLARIDADE DA SAFRA VENDIDA ANTES DA

COLHEITA DA SAFRA VENDIDA APOacuteS A

COLHEITA

1ordm GRAU 75 925

2ordm GRAU 130 870

3ordm GRAU 169 831

Fonte Pesquisa do autor Z2=1155000 P=000311

A tabela 312 confirmando a demonstraccedilatildeo da tabela 311 revela

que o produtor rural com escolaridade superior jaacute com a visatildeo mais voltada para o

mercado procura comercializar parte de sua produccedilatildeo no andamento da safra

evitando ficar com a totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca

em que todos os produtores estaratildeo interessados na venda da sua produccedilatildeo e

com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos dado a maior

quantidade de oferta no mercado que ocorre apoacutes a colheita Mais do que o dobro

dos produtores com curso universitaacuterio comparados com os produtores que soacute tecircm

o primeiro grau comercializam parte de suas safras antes da colheita dos produtos

TABELA 313ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a escolaridade ESCOLARIDADE FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS

1ordm GRAU 958 42

2ordm GRAU 963 37

3ordm GRAU 973 27

Fonte Pesquisa do autor Z2=028600 P=086669

A tabela 313 demonstra diferenccedila pouco significativa no acompanhamento das cotaccedilotildees de preccedilos dos

produtos no mercado quando se compara a escolaridade dos produtores Os produtores rurais de Londrina

108

em sua quase totalidade acompanham e fazem cotaccedilotildees dos preccedilos na hora de vender a sua produccedilatildeo em

sua maioria pelos jornais televisatildeo e cooperativas

TABELA 314ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a escolaridade ESCOLARIDADE NEGOCIA NA BOLSA DE

MERCADORIAS NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

1ordm GRAU 27 973

2ordm GRAU 74 926

3ordm GRAU 95 905

Fonte Pesquisa do autor Z2=474400 P=009329

A tabela 314 tambeacutem revela que o maior grau de escolaridade

permite ao produtor rural procurar novas opccedilotildees para a negociaccedilatildeo dos seus

produtos Praticamente quase todos dos produtores com o primeiro grau

desconhecem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em

bolsas de mercadorias justificando os iacutendices apresentados na tabela Para cada 4

produtores com curso superior do Municiacutepio de Londrina somente 1 com o primeiro

grau negocia os seus produtos na bolsa de mercadorias

TABELA 321ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade do

produtor

IDADE DO PRODUTOR SOJA MILHO CAFEacute EM COCO

109

(Saca 60 kgs) (Saca 60 kgs) (Saca 40 kgs)

ATEacute 35 ANOS 1172 2094 2040

DE 36 A 55 ANOS 1166 2342 1550

ACIMA 56 ANOS 1151 2110 1068 Fonte Pesquisa do autor Z2=21532200 P=000000

A tabela 321 demonstra que a idade exerce influecircncia significativa na produtividade dos agricultores de

Londrina que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade bem maior do produtor com idade ateacute 35

anos em relaccedilatildeo ao produtor com idade acima de 56 anos Provavelmente isso ocorre em funccedilatildeo da

tecnologia antiga usada pelo produtor com mais idade Tambeacutem foi significativamente maior quando

comparados os produtores de cafeacute com ateacute 35 anos com os produtores que tecircm idade entre 36 e 55 anos No

milho a produtividade apresentou-se um pouco maior entre os produtores com idade de 36 a 55 anos em

relaccedilatildeo aos produtores com idades superiores e inferiores e na cultura da soja natildeo houve diferenccedilas de

produtividade pois todos colheram entre 115 e 117 sacas por alqueire

TABELA 322ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do produtor

IDADE DO PRODUTOR VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

ATEacute 35 ANOS 170 830

DE 36 A 55 ANOS 125 875

ACIMA 56 ANOS 90 910

Fonte Pesquisa do autor Z2=709300 P=002883

A tabela 322 revela que o produtor rural com idade ateacute 35 anos

tambeacutem com a visatildeo mais voltada para o mercado procura comercializar parte de

sua produccedilatildeo no andamento da safra evitando ficar com a totalidade dos produtos

nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo

interessados na venda da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos

preccedilos dos produtos dado a maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a

colheita Quase o dobro dos produtores com idade ateacute 35 anos comparados com

os que tecircm idade acima de 56 anos comercializam uma parte de suas safras antes

110

da colheita dos produtos Na comparaccedilatildeo com os produtores com idade entre 36 e

55 anos tambeacutem ocorre o mesmo fato poreacutem em menor escala

111

TABELA 323ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo com a idade do produtor

IDADE DO

PRODUTOR

FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

ATEacute 35 ANOS 1000 00

DE 36 A 55 ANOS 955 45

ACIMA 55 ANOS 964 36

Fonte Pesquisa do autor Z2=130000 P=052208

A tabela 323 igualmente com o que ocorre com o grau de escolaridade dos produtores a diferenccedila eacute pouco

significativa no acompanhamento das cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos no mercado quando se compara a

idade dos que tecircm ateacute 35 anos com as das demais idades Eacute importante ressaltar que todos os produtores com

ateacute 35 anos acompanham as cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos em sua maioria tambeacutem pelos jornais

televisatildeo e cooperativas

TABELA 324ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo com a idade do produtor

IDADE DO PRODUTOR NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

ATEacute 35 ANOS 37 963

DE 36 A 55 ANOS 68 932

ACIMA 55 ANOS 43 957

Fonte Pesquisa do autor Z2=098800 P=061027

A tabela 324 diferentemente das demais onde satildeo comparadas as idades apresenta os produtores com idade

entre 36 e 55 como os que mais negociam seus produtos em bolsa de mercadorias Entre os produtores com

ateacute 35 anos de idade quase 100 desconhecem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

em bolsas de mercadorias e 30 alegaram que nunca foram convidados pela BMampF ou corretoras para

explicarem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado futuro Entre os produtores com idade

entre 36 e 55 anos de idade que comercializam seus produtos na bolsa a maioria disse saber como funciona

o processo de comercializaccedilatildeo e confia na seguranccedila desse tipo de negociaccedilatildeo embora soacute procurem as bolsas

quando os preccedilos do mercado futuro se apresentam interessantes

112

TABELA 331ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o tamanho

da aacuterea explorada

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

SOJA (Saca 60 kgs)

MILHO (Saca 60 kgs)

CAFEacute EM COCO (Saca 40 kgs)

PEQUENO PRODUTOR 1145 2053 1158

MEacuteDIO PRODUTOR 1123 2121 1289

GRANDE PRODUTOR 1204 2511 1712 Fonte Pesquisa do Autor Z2=51356700 P=000000

A tabela 331 demonstra que o tamanho da aacuterea tem influecircncia significativa na produtividade dos

agricultores de Londrina em especial para os que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade bem

maior do grande produtor com relaccedilatildeo ao pequeno e um terccedilo a mais que o meacutedio produtor Tambeacutem foi um

quarto maior a produtividade do milho quando comparados os grandes com os pequenos e meacutedios

produtores Na cultura da soja natildeo se apresentaram diferenccedilas significativas na produtividade todos colhem

na faixa de 110 a 120 sacas por alqueire sendo que o grande produtor apresenta produtividade um pouco

superior em relaccedilatildeo aos pequenos e meacutedios produtores

TABELA 332ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o tamanho da aacuterea explorada

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

PEQUENO PRODUTOR 85 915

MEacuteDIO PRODUTOR 136 864

GRANDE PRODUTOR 130 870

Fonte Pesquisa do autor Z2=163300 P=044204

A tabela 332 revela que o grande e meacutedio produtor rural com a

visatildeo mais voltada para o mercado tambeacutem procuram comercializar sua produccedilatildeo

113

no andamento da safra evitando ficar com a totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o

final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo interessados na venda

da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos

dado a maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a colheita Quase o dobro

dos meacutedios e grandes produtores comparados com os pequenos produtores

comercializam uma parte de suas safras antes da colheita dos produtos

TABELA 333ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos pelos produtores de acordo com tamanho da aacuterea

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

FAZ COTACcedilAtildeO PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

PEQUENO PRODUTOR 936 64

MEacuteDIO PRODUTOR 970 30

GRANDE PRODUTOR 1000 00

Fonte Pesquisa do autor Z2=574100 P=005668

A tabela 333 eacute um demonstrativo de que quase a totalidade dos produtores acompanha as cotaccedilotildees de preccedilos

dos produtos no mercado Eacute importante ressaltar que todos (1000) os grandes produtores acompanham as

cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos e apenas uma pequena minoria entre os pequenos e meacutedios produtores

deixam de acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos Ressalte-se tambeacutem que a maioria faz o acompanhamento

pelos jornais televisatildeo e cooperativas com destaque para os grandes produtores que tambeacutem usam a internet

TABELA 334ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo nas bolsas de mercadorias pelo

produtor de acordo com tamanho da aacuterea CARACTERIacuteSTICA NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

114

DO PRODUTOR

PEQUENO PRODUTOR 24 976

MEacuteDIO PRODUTOR 70 930

GRANDE PRODUTOR 79 921

Fonte Pesquisa do autor Z2=362300 P=016341

A tabela 334 revela que haacute uma tendecircncia sugestiva quanto maior o produtor mais ele negocia os produtos

na bolsa de mercadorias Os pequenos produtores em sua quase totalidade natildeo sabem como funciona o

processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsas de mercadorias e 24 alegaram que nunca foram

convidados pela BMampF ou corretoras para explicarem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em

mercado futuro

Os meacutedios e grandes produtores que comercializam seus produtos na bolsa afirmaram saber como funciona

o processo de comercializaccedilatildeo e confiam na seguranccedila desse tipo de negociaccedilatildeo embora soacute procurem as

bolsas quando os preccedilos acenados no mercado futuro satildeo interessantes Somente 1 pequeno produtor rural em

cada 3 meacutedios e grandes negociam seus produtos nas bolsas de mercadorias

TABELA 341ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a moradia do

produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR SOJA

(SACA 60 KGS) MILHO

(SACA 60 KGS) CAFEacute EM COCO (SACA 40 KGS)

NA PROPRIEDADE 1151 2186 1844

NA CIDADE 1164 2234 1056

Fonte Pesquisa do autor Z2=751970 P=000000

A tabela 341 registra que a moradia do produtor exerce muita influecircncia na produtividade dos agricultores

de Londrina na cultura do cafeacute Verificou-se uma produtividade muito maior na cultura do cafeacute do produtor

que mora na propriedade em relaccedilatildeo ao que mora na cidade Provavelmente tal fato ocorre porque a cultura

do cafeacute exige um tratamento diferenciado nos cuidados dos cafeeiros se comparado com as culturas de soja e

115

milho que soacute exigem cuidados nas eacutepocas do plantio e da colheita Nas culturas do milho e da soja a

produtividade eacute praticamente igual independentemente do produtor morar na propriedade ou na cidade

TABELA 342ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a moradia do

produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

NA PROPRIEDADE 11 89

NA CIDADE 12 88

Fonte Pesquisa do autor Z2=004300 P=083580

A tabela 342 demonstra que a moradia natildeo influencia na comercializaccedilatildeo realizada pelo produtor rural e

eles procuram comercializar pelo menos 10 de sua produccedilatildeo no andamento da safra evitando ficar com a

totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo

interessados na venda da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos dado a

maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a colheita

TABELA 343ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo

com a moradia do produtor LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

NA PROPRIEDADE 980 20

NA CIDADE 950 50

Fonte Pesquisa do autor Z2=167400 P=019579

A tabela 343 revela que existe uma preocupaccedilatildeo um pouco maior do produtor que mora na propriedade

com relaccedilatildeo ao acompanhamento nas cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos no mercado se comparados com o

produtor que mora na cidade Os produtores rurais de Londrina em sua quase totalidade fazem cotaccedilotildees dos

preccedilos na hora de vender a sua produccedilatildeo geralmente pelos jornais televisatildeo e cooperativas Os que moram

na cidade se utilizam mais dos jornais para fazer esse acompanhamento assim como a internet

116

TABELA 344 ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa mercadorias de acordo com a moradia do produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

NA PROPRIEDADE 59 941

NA CIDADE 50 950

Fonte Pesquisa do autor Z2=009200 P=076132

A tabela 344 explicita que o local de moradia do produtor rural de

Londrina natildeo interfere nas negociaccedilotildees realizadas nas bolsas de mercadorias Em

ambos os casos em sua quase totalidade natildeo sabem como funciona o processo de

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsas de mercadorias e 20 dos que moram na

fazenda e 15 dos que moram na cidade nunca foram convidados pela BMampF ou

corretoras para explicar como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado

futuro Os produtores que comercializaram seus produtos na bolsa em sua maioria

afirmaram que sabem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo embora soacute

procurem as bolsas quando os preccedilos acenados no mercado futuro satildeo

interessantes

117

TABELA 35ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a assistecircncia teacutecnica

TIPO DE ASSISTEcircNCIA DADA AO

PRODUTOR SOJA

(SC60 KG) MILHO

(SC60) CAFEacute EM COCO

(SACAS 40 KGS)

SEM ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 1153 1987 1002

COM ASSISTEcircNCIA EMATER 1206 2325 1139

ASSISTEcircNCIA COOPERATIVA 1127 2272 1373

ASSISTEcircNCIA PARTICULAR 1187 2233 1516 Fonte Pesquisa do autor Z2=66260200 P=000000

A tabela 35 demonstra que a assistecircncia teacutecnica exerceu influecircncia significativa na produtividade dos

agricultores de Londrina que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade muito maior dos que

receberam assistecircncia teacutecnica particular em relaccedilatildeo ao produtor que natildeo teve assistecircncia teacutecnica Tambeacutem foi

maior a produtividade dos produtores de cafeacute que tiveram assistecircncia teacutecnica de cooperativa

Na comparaccedilatildeo dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica da Emater com os que natildeo tiveram assistecircncia

teacutecnica a produtividade eacute apenas um pouco maior No milho tambeacutem tiveram maior produtividade os

produtores que receberam assistecircncia teacutecnica poreacutem com pequena representatividade sobressaiacuteram-se

positivamente os produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica da Emater

A segunda melhor performance foi dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica das cooperativas seguida

dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica particular No cultivo da safra de soja praticamente natildeo houve

diferenccedila significativa a ponto dos produtores que natildeo tiveram assistecircncia teacutecnica apresentarem produccedilatildeo

superior aos produtores que tiveram a assistecircncia teacutecnica das cooperativas

TABELA 36ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse dos

maquinaacuterios

118

MAQUINAacuteRIOS SOJA (sc60 kgs)

MILHO (sc60 kgs)

CAFEacute EM COCO (sc40 kgs)

COM MAQUINAacuteRIOS 1198 2342 1335

SEM MAQUINAacuteRIOS 1281 1854 1311

Fonte Pesquisa do autor Z2=153708300 P=000000

A tabela 36 registra que a posse dos maquinaacuterios pelos produtores eacute importante para melhorar a

produtividade das culturas embora natildeo seja aconselhaacutevel sua aquisiccedilatildeo pelo pequeno produtor que tem a

oportunidade de alugar os maquinaacuterios nas eacutepocas de picos de serviccedilos A quantidade de aacuterea cultivada pelo

pequeno e meacutedio produtor rural natildeo justifica a aquisiccedilatildeo de uma maacutequina para a propriedade em razatildeo da

alta ociosidade

1031 Teste Estatiacutestico dos Cruzamentos

Considerando o niacutevel de significacircncia de 5 verificou-se ao aplicar o teste do Qui-quadrado nas tabelas dos

cruzamentos em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas do agricultor londrinense relacionados com a produccedilatildeo

comercializaccedilatildeo cotaccedilotildees de preccedilos e atuaccedilatildeo na bolsa de mercadorias que foram estatisticamente

significativo os seguintes cruzamentos (Quadro 3)

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de

escolaridade

bull Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de

escolaridade

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade do

produtor

bull Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do produtor

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o tamanho

da aacuterea explorada

119

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a moradia

do produtor rural

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

assistecircncia teacutecnica

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse dos

maquinaacuterios

QUADRO 3 - Resultados dos testes do Qui-quadrado para verificaccedilatildeo do niacutevel de significacircncia dos cruzamentos

CRUZAMENTO QUI-QUADRADO P (NIacuteVEL DE SIGNIFICAcircNCIA)

Grau escolar x produtiv 1042442 p=00000 Grau escolar x comerc 1155 p=00311 Grau escolar x cotaccedilatildeo 286 p=86669 Grau escolar x negbolsa 4744 p=09329 Idade x produtividade 215322 p=00000 Idade x comercializaccedilatildeo 7093 p=02883 Idade x cotaccedilatildeo preccedilos 1300 p=52208 Idade x negocem bolsa 988 p=61027 T aacuterea x produtividade 513567 p=00000 Taacuterea x comercializaccedilatildeo 1633 p=44204 T aacuterea x cotaccedilatildeo preccedilos 5741 p=05668 Taacuterea x negocem bolsa 3623 p=16341 Local moradia x produt 751970 p=00000 Local moradia x comerc 043 p=83580 Local moradia x cotaccedilatildeo 1674 p=19579 Local moradia x n bolsa 092 p=76132 Assistteacutecn x produtivid 662602 p=00000 Maquinaacuterio x produtivid 1537083 p=00000

estatisticamente significativo

120

104 ANAacuteLISE DA PRODUTIVIDADE DO AGRICULTOR LONDRINENSE

Nesta anaacutelise considerando as produtividades levantadas na pesquisa observou-se

1) Quanto agrave escolaridade os agricultores que tecircm curso universitaacuterio conseguiram uma maior produtividade

nos cultivos das trecircs culturas quando comparados com os que estudaram soacute ateacute o primeiro e o segundo graus

Provavelmente por estarem mais abertos ao uso de novas tecnologias que satildeo oferecidas ao homem do campo

tais como desenvolvimento de novas sementes utilizaccedilatildeo de plantio direto ao inveacutes do plantio convencional

que natildeo degrada o solo e preserva o meio ambiente novas metodologias no combate agraves pragas e doenccedilas que se

natildeo forem cuidadas a tempo dizimam toda a produccedilatildeo e tambeacutem a preocupaccedilatildeo com a colheita mantendo as

maacutequinas bem reguladas para evitar perdas na hora da colheita

2) Quanto agrave idade os agricultores com ateacute 35 anos obtiveram uma produtividade de cafeacute em coco por

alqueire bem maior se comparados com os agricultores com idades acima dos 35 anos Tambeacutem nesse caso

tudo levar a crer que os agricultores mais jovens tambeacutem mais dinacircmicos em funccedilatildeo da proacutepria idade

aproveitam as vantagens das novas tecnologias oferecidas pelas empresas do ramo que diariamente levam ao

conhecimento dos produtores as suas vantagens atraveacutes da miacutedia e ainda dias de campo realizadas pelo Iapar

Emater etc que fazem demonstraccedilotildees sobre o uso dos maquinaacuterios ou dos insumos

3) Quanto ao tamanho da aacuterea os considerados grandes produtores quando comparados com os pequenos e

meacutedios obtiveram uma produtividade significativamente maior em todas as culturas e em especial na cultura

do cafeacute Nesta cultura os produtores desde 1994 estatildeo trocando as aacutereas tradicionais de plantio das lavouras

antigas de cafeacute pelo de plantio adensado A eficiecircncia das atividades agropecuaacuterias no meio rural depende muito

das escalas e soacute com o aumento da aacuterea eacute possiacutevel conseguir ganhos de escala Esta pode ser a explicaccedilatildeo para a

produtividade obtida pelos grandes produtores que provavelmente tecircm na propriedade o seu uacutenico meio de

sobrevivecircncia

4) Quanto agrave moradia verificou-se que o produtor que mora na propriedade e cultivou cafeacute obteve uma meacutedia

superior nesta cultura em relaccedilatildeo aos agricultores que moram na cidade O que pode explicar essa eficiecircncia eacute o

cuidado no dia-a-dia do produtor que mora na propriedade com o parque cafeeiro fato que natildeo ocorre quando

se trata do cultivo da soja ou do milho

5) Quanto agrave assistecircncia teacutecnica saiu-se bem o agricultor de Londrina que teve assistecircncia da Emater para o

cultivo da soja e do milho Na cultura do cafeacute diferentemente da assistecircncia teacutecnica dada agraves culturas da soja e

do milho sobressaiu-se muito melhor o grande agricultor que teve assistecircncia teacutecnica de particular

121

Provavelmente essa tambeacutem possa ser uma das explicaccedilotildees para a alta produtividade obtida pelo produtor no

cultivo do cafeacute por ser uma assistecircncia diferenciada mais onerosa que soacute pode ser paga por grandes produtores

e com visatildeo voltada para o uso da alta tecnologia disponiacutevel para a cultura

6) Quanto agrave posse dos maquinaacuterios Embora frac14 dos produtores rurais pesquisados natildeo possuam maquinaacuterios

conforme se verifica nas tabelas 19 20 e 21 a produtividade conseguida natildeo apresentou diferenccedila significativa

e a explicaccedilatildeo para esse fato de daacute pela oportunidade que tem o produtor em arrendar os maquinaacuterios nas eacutepocas

de plantio e colheita em especial os pequenos e meacutedios produtores em razatildeo do alto custo para a aquisiccedilatildeo da

maacutequina Sabe-se que a aquisiccedilatildeo de maquinaacuterios no meio rural soacute eacute vaacutelida se for para utilizar a sua capacidade

pois eles parados oneram por demais o custo

Assim apoacutes anaacutelise dos cruzamentos verificou-se que

a) O produtor de cafeacute mais eficiente em produtividade eacute aquele com curso universitaacuterio

que tem ateacute 35 anos de idade eacute classificado como grande produtor mora na

propriedade tem maquinaacuterio proacuteprio e conta com assistecircncia teacutecnica de profissional

particular

b) O produtor de soja mais eficiente em produtividade eacute aquele com curso universitaacuterio

que tem ateacute 35 anos de idade eacute classificado como grande produtor mora na cidade natildeo

tem maquinaacuterio proacuteprio provavelmente o arrende e conta com assistecircncia teacutecnica de

profissionais da Emater

c) O produtor de milho mais eficiente em produtividade tem curso universitaacuterio sua idade

varia entre 36 e 55 anos eacute classificado como grande produtor mora na cidade tem

maquinaacuterio proacuteprio e conta com assistecircncia teacutecnica de profissionais da Emater

105 ANAacuteLISE DA COMERCIALIZACcedilAtildeO DO AGRICULTOR LONDRINENSE

Embora a grande maioria dos agricultores comercialize a produccedilatildeo apoacutes realizada as colheitas se analisada a

tabela 312 verifica-se que os agricultores com cursos superiores vendem mais que o dobro de parte de sua

122

produccedilatildeo antes da colheita em comparaccedilatildeo com os produtores que tecircm o primeiro grau de estudo O mesmo

fato se constata quando analisada a tabela 322 na comparaccedilatildeo dos agricultores que tecircm ateacute 35 anos de idade

com relaccedilatildeo aos que estatildeo acima de 56 anos de idade o mesmo fenocircmeno ocorre tambeacutem na comparaccedilatildeo do

grande produtor com o pequeno produtor conforme tabela 342 poreacutem em menor escala

Na comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo verifica-se uma disposiccedilatildeo maior do produtor rural de Londrina em

acompanhar as cotaccedilotildees dos produtos agropecuaacuterios Verificou-se que a maioria dos produtores acompanha

as cotaccedilotildees dos preccedilos atraveacutes das cooperativas jornais e televisatildeo etc com destaque para os segmentos

abaixo

1) Todos os produtores com ateacute 35 anos de idade acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos

2) Todos os grandes produtores acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos

3) Dos produtores que moram na cidade 98 acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos

4) Dos produtores que tecircm cursos universitaacuterios 973 acompanham as cotaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos

Isto posto verificado a grande preocupaccedilatildeo que tem o produtor em acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos entende-se a razatildeo pelas quais os agricultores com curso superior (169) com idade ateacute 35 anos

(170) sendo grande produtor rural (130) fazem a comercializaccedilatildeo de parte da sua produccedilatildeo nas

cooperativas e nas induacutestrias antes da colheita dos produtos conforme se verifica nas tabelas 312 322

332 respectivamente

106 COMPARACcedilAtildeO DOS NEGOacuteCIOS REALIZADOS NA BOLSA COM OS NEGOacuteCIOS REALIZADOS NO MERCADO FIacuteSICO PELOS AGRICULTORES

PORQUE A BUSCA PELA COMERCIALIZACcedilAtildeO NA BMampF Eacute PEQUENA

Na busca de explicaccedilatildeo para a baixa procura dos produtores na comercializaccedilatildeo de sua produccedilatildeo na Bolsa de

Mercadorias levantou-se na BMampF os contratos de commodities comercializados nos uacuteltimos cinco anos de

1997 a 2002 para entender o comportamento dos preccedilos dos produtos comercializados naquela instituiccedilatildeo

123

No Deral-Pr - Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura do Paranaacute oacutergatildeo que registra

diariamente o preccedilo meacutedio pago ao produtor na comercializaccedilatildeo realizada no mercado fiacutesico em Londrina

levantou-se no mesmo periacuteodo os valores pagos aos produtores rurais para detectar se existem diferenccedilas

significativas nos preccedilos fixados nos contratos para venda na bolsa de mercadorias e a venda no mercado

fiacutesico recebido pelo produtor apoacutes a colheita do produto e constatou-se o seguinte

TABELA 37- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao produtor nas sacas de milho com 60 quilos

PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS

FUTURO EM R$ NA BMampF

PRECcedilOS NO FIacuteSICO

EM R$ (EM MARCcedilO)

Em setembro97 para entrega em marccedilo98 776 769

Em setembro98 para entrega em marccedilo99 676 882

Em setembro99 para entrega em marccedilo00 508 1232

Em setembro00 para entrega em marccedilo01 589 794

Em setembro01 para entrega em marccedilo02 570 1222

Meacutedia dos 5 anos 624 980

Fonte BMampF e Deral

Observa-se que os preccedilos recebidos pelo produtor no mercado

fiacutesico quando vendeu a safra de milho apoacutes a colheita na safra de 1997 - colhidas

124

em marccedilo de 1998 - natildeo apresentou diferenccedila de preccedilos com relaccedilatildeo agraves

negociaccedilotildees realizadas no mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 1998 - colhida em marccedilo de 1999 - os produtores de

milho que venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um lucro um terccedilo

maior

Na safra de 1999 - colhida em marccedilo de 2000 - o lucro dos

produtores que venderam no mercado fiacutesico apoacutes a colheita foi superior bem mais

que o dobro Na safra de 2000 - colhida em marccedilo de 2001 - os produtores que

venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um lucro tambeacutem um terccedilo

maior

Na safra de 2001 - colhida em marccedilo de 2002 - novamente os

produtores que deixaram para vender apoacutes a colheita sem negociar na bolsa

tiveram o dobro do lucro em relaccedilatildeo aos que negociaram na bolsa

No caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de milho de 1997 a

2001 os produtores que esperaram para vender depois da colheita sem negociar

contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro meacutedio acima de 50 quando

comparado aos que negociaram seus produtos na Bolsa de Mercadorias TABELA 38- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao

produtor nas sacas de soja com 60 quilos PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS

FUTURO EM R$ NA

BMampF

PRECcedilOS NO

FIacuteSICO EM R$ (EM MARCcedilO)

Em outubro97 para entrega em marccedilo98 1217 1354

Em outubro98para entrega em marccedilo99 1108 1622

Em outubro99 para entrega em marccedilo00 1052 1736

Em outubro00 para entrega em marccedilo01 1060 1667

Em outubro01 para entrega em marccedilo02 - 1994

Meacutedia dos 5 anos 1109 1674

Fonte BMampF e Deral

Constata-se que os preccedilos da soja recebidos pelos produtores no

mercado fiacutesico quando venderam os produtos apoacutes a colheita foi um pouco

125

superior na safra de 1997 colhida em marccedilo de 1998 Tambeacutem foi superior em

quase 50 na safra de 1998 colhida em marccedilo de 1999 A safra de 1999 colhida

em marccedilo de 2000 tambeacutem bem foi superior ultrapassando os 50 Por sua vez a

safra do ano 2000 - colhida em marccedilo de 2001 - deu um lucro superior a 50 aos

produtores que natildeo negociaram na bolsa de mercadorias e venderam no mercado

fiacutesico

Com relaccedilatildeo agrave safra do ano de 2001 - colhida em marccedilo de 2002 -

natildeo foi possiacutevel fazer uma anaacutelise por falta de informaccedilatildeo das negociaccedilotildees

realizadas pela Bolsa de Mercadorias em outubro de 2001 para fechamento dos

contratos em marccedilo de 2002

Na anaacutelise do caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de soja do

ano de 1997 a 2000 os produtores que esperaram para vender a produccedilatildeo depois

da colheita sem negociar contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro

meacutedio proacuteximo a 50

TABELA 39- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao

produtor nas sacas de cafeacute beneficiado com 60 quilos

PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS FUTURO EM

R$ NA BMampF

PRECcedilOS NO FIacuteSICO

EM R$ (EM JULHO)

Em janeiro97 para entrega em julho97 15308 18010

Em janeiro98 para entrega em julho98 17515 11200

Em janeiro99 para entrega em julho99 12952 13723

Em janeiro00 para entrega em julho00 14307 14338

Em janeiro01 para entrega em julho01

Em janeiro02 para entrega em julho02

7942

5276

10273

8841

Meacutedia dos 6 anos 12216 12730

Fonte BMampF e Deral

126

Tambeacutem se pode observar que os preccedilos recebidos pelos

produtores no mercado fiacutesico quando venderam a safra de cafeacute apoacutes a colheita na

safra de 1997 - colhida em julho de 1997 - foi um pouco superior em relaccedilatildeo agraves

negociaccedilotildees realizadas no mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 1998 - colhida em julho de 1998 - os produtores de cafeacute

que venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um prejuiacutezo na faixa de

50 em relaccedilatildeo aos produtores que realizaram negociaccedilotildees no mercado futuro na

bolsa de mercadorias

Na safra de 1999 - colhida em julho de 1999 - o lucro dos

produtores que venderam no mercado fiacutesico apoacutes a colheita foi superior poreacutem

pouco significativo

Na safra de 2000 - colhida em julho de 2000 - os preccedilos se

equilibraram tendo praticamente o mesmo preccedilo tanto no mercado fiacutesico como no

mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 2001 - colhidas em julho de 2001 - novamente os

produtores que deixaram para vender apoacutes a colheita sem negociar na Bolsa

tiveram um lucro de um terccedilo maior

Tambeacutem na safra de 2002 - colhida em julho de 2002 - os

produtores que negociaram no mercado fiacutesico tiveram um lucro significativo bem

acima de 50 nos preccedilos em relaccedilatildeo aos produtores que venderam na Bolsa de

Mercadorias

No caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de cafeacute de 1997 a

2002 os produtores que esperaram para vender depois da colheita sem negociar

contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro meacutedio praticamente

insignificante na faixa de 5

Na comparaccedilatildeo da lucratividade meacutedia das culturas de milho soja e

cafeacute - ao longo dos uacuteltimos 5 anos - verificou-se que os produtores de soja e milho

ganharam mais quando negociaram seus produtos no mercado fiacutesico apoacutes

realizarem suas colheitas em torno de 50

Os produtores de cafeacute tambeacutem ganharam poreacutem menos na faixa

dos 5 o que leva a conclusatildeo de que as negociaccedilotildees realizadas na Bolsa de

Mercadorias com a cultura do cafeacute pode ser interessante porque na anaacutelise da

rentabilidade embora o lucro seja menor o produtor tem a garantia do preccedilo que foi

127

fixado na eacutepoca da compra dos contratos Assim natildeo corre o risco do preccedilo cair

apoacutes a colheita quando a oferta do produto no mercado eacute maior

A tabela 40 tem como objetivo demonstrar o perfil e a quantidade

de produtores que optaram por comercializar sua produccedilatildeo na Bolsa de

Mercadorias

TABELA 40ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela comercializaccedilatildeo realizada na

BMampF

TAMANHO AMOSTRA

TIPO DE EXPLORACcedilAtildeO FREQUEcircNCIA ABSOLUTA

Produtor de Soja 2

Produtor de Cafeacute 4

Produtor de Milho e Soja 3

Produtor de Soja e Cafeacute 5

16

Produtor de Milho Soja e Cafeacute 2 Fonte Pesquisa do autor

128

11 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS E RECOMENDACcedilOtildeES

1) Melhoria da cultura

gt Para melhorar a eficiecircncia do agricultor no meio rural e preacute-requisito a melhoria da cultura pois soacute sobreviveratildeo economicamente os que forem

eficientes nos aspectos tecnoloacutegicos gerenciais e organizacionais conforme se verificou na tabela 311

gt Somente frac14 dos produtores (tabela 6) tecircm curso universitaacuterio mas com perspectivas animadoras porque 23 deles moram na cidade (tabela 8) o que leva a crer que os seus filhos estudaratildeo ateacute o 3ordm grau e num futuro proacuteximo poderatildeo assumir as propriedades com nova mentalidade com mais cultura

conhecimentos e abertos agrave implantaccedilatildeo das novas tecnologias disponiacuteveis no mercado

Ser eficiente para exercer as atividades no meio rural jaacute natildeo eacute uma

vantagem mas sim um requisito enfatiza Santos (1993) e Souki et al (1999) soacute

sobreviveratildeo economicamente os agricultores que forem muito eficientes nos

aspectos tecnoloacutegicos gerenciais e organizacionais em todas as etapas dos

negoacutecios agropecuaacuterios que se inicia com o planejamento das atividades que seratildeo

realizadas

Acompanhamento e controle de todas as etapas do

processo produtivo dentro das necessidades conforme se

verifica na produtividade do cafeacute por agricultores que moram na

propriedade (tabela 341) a cotaccedilatildeo de preccedilos tanto para a

aquisiccedilatildeo dos insumos como a cotaccedilatildeo dos preccedilos para a

venda dos produtos colhidos tambeacutem eacute fundamental (tabelas

313 323 333 e 343) A eficiecircncia na administraccedilatildeo dos

negoacutecios deixou de ser uma vantagem competitiva para

transformar-se em um requisito que permite sobreviver nas

129

atividades agropecuaacuterias o que soacute eacute possiacutevel com a melhoria

do conhecimento

A partir do plano real praticamente deixou de existir dinheiro

subsidiado no Brasil e o governo natildeo tem determinado mais os preccedilos a serem

pagos pelos produtos agriacutecolas O que existe hoje eacute dinheiro com alto custo e juros

normais de mercado oferecidos pelos bancos e os preccedilos dos produtos satildeo

determinados pelo mercado de acordo com a oferta e demanda Diante deste

quadro o agricultor precisa agir profissionalmente mudando comportamentos

racionalizando o uso dos bens de produccedilatildeo para enfrentar o mercado cada vez mais

competitivo Aleacutem desses desafios vale lembrar que o crescimento da agricultura

pode ser conseguido com a educaccedilatildeo do agricultor como registrado na tabela 311

onde se cruzou a escolaridade com a produtividade A educaccedilatildeo deve ser a base

para que os agricultores possam entender o que os teacutecnicos da aacuterea querem

informar para melhorar a sua condiccedilatildeo de vida (tabela 35) Com o aumento do

conhecimento educacional dos agricultores eacute possiacutevel iniciar um real treinamento

mostrando-lhes os cuidados mais detalhados do manejo das culturas e das

criaccedilotildees informando-lhes o por que e como se conduz determinada praacutetica agriacutecola

Dahlman (1989) relata que as novas economias industrializadas do

leste asiaacutetico entenderam que o investimento na universalizaccedilatildeo de uma boa

educaccedilatildeo era um requisito essencial para acelerar a adoccedilatildeo a adaptaccedilatildeo e a

absorccedilatildeo de tecnologia O sucesso desses paiacuteses que constituem a base do novo

paradigma tecnoloacutegico deve-se muito aos pesados investimentos feitos na melhoria

e universalizaccedilatildeo da educaccedilatildeo secundaacuteria e na ampliaccedilatildeo da educaccedilatildeo superior

em particular com ecircnfase na engenharia e em outras aacutereas de ciecircncias aplicadas

A necessidade de aprender como se comportar frente aos

problemas inerentes agrave atividade agriacutecola faz sentido quando se vecirc que a agricultura

eacute um conjunto de arte ciecircncia e negoacutecio como uma atividade interdisciplinar e

ecleacutetica devido ao grande nuacutemero de variaacuteveis que o setor apresenta quando nele

se trabalha buscando informaccedilotildees e conhecimentos dos profissionais da aacuterea

(tabela 23) relacionados agrave assistecircncia teacutecnica Natildeo se deve considerar a agricultura

apenas como uma arte para natildeo se tornar uma questatildeo empiacuterica natildeo trata-la

somente como ciecircncia para natildeo ser um simples teoacuterico e natildeo se tornar um

mercador tratando-a exclusivamente como um negoacutecio

130

Deve-se mostrar ao produtor rural uma metodologia proacutepria de

coleta de registro de dados o que eacute fundamental para o processamento das

informaccedilotildees e posterior anaacutelise dos resultados Alem disso oportunizar o

conhecimento de conceitos fundamentais de custos de produccedilatildeo salientando cada

componente que propicia esse tipo de formulaccedilatildeo servindo de paracircmetro de

avaliaccedilatildeo e de sua consequumlecircncia relativa a comportamentos individuais dos

componentes Para Streeter (1988) a universidade puacuteblica deveria estar agrave frente

desse processo para ensinar aos produtores rurais todas as inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

assim como os conceitos metodoloacutegicos atraveacutes da pesquisa do ensino e da

extensatildeo

2) Vocaccedilatildeo para o negoacutecio

gt Considerando que 272 (907) exploram os imoacuteveis proacuteprios (tabela 10) dos quais 166 (553) foram comprados (tabela 9) pode-se inferir que os

agricultores tecircm interesse pelo negoacutecio e estatildeo vocacionados para esta atividade econocircmica

gt Necessaacuterio se faz instrumentalizaacute-los para renderem o maacuteximo proporcionando programas de extensatildeo oferecidos pelas universidades jaacute que a Emater e as cooperativas vem cumprindo sua parte podendo ainda

melhorar em especial a Emater que assiste pouco mais de 10 dos agricultores conforme tabela 24

A necessidade de procurar fazer sempre o melhor a cada dia estaacute no

fato de que natildeo existe mais espaccedilo para os incompetentes A realidade hoje requer

produtores com conhecimento ou que saibam onde buscar esses conhecimentos

conforme tabela 23 que enfatiza a importacircncia da assistecircncia teacutecnica para a

realizaccedilatildeo das funccedilotildees certas com as soluccedilotildees exatas para cada problema

Nesta perspectiva de trabalho busca-se exprimir alguns passos de

instrumentalizaccedilatildeo procurando aumentar a eficiecircncia na atividade agropecuaacuteria

para que cada um trabalhe com base em um planejamento eficaz da propriedade

analisando todos os processos e resultados obtidos com cada atividade

desenvolvida e tentar melhoraacute-la o maacuteximo possiacutevel

131

3) Infra-estrutura

gt As propriedades apresentam boa infra-estrutura (tabela 1112) em relaccedilatildeo agrave energia eleacutetrica aacutegua encanada veiacuteculos etc e se localizam em meacutedia a 27

km da cidade (tabela 8) podendo oferecer oacutetimas condiccedilotildees de moradia para as proacuteximas geraccedilotildees Depois de formados (atualmente somente 13 dos

agricultores residem nos imoacuteveis) poderatildeo residir no imoacutevel facilitando o acompanhamento e desenvolvimento das atividades exercidas nas

propriedades porque estaratildeo diariamente no gerenciamento da empresa

Para Barberato (2001) a agricultura eacute atividade de risco sujeita a

intempeacuteries e frustraccedilotildees e natildeo daacute a seguranccedila do emprego na zona urbana Para

se encaixar no mercado de trabalho o jovem da zona rural estaacute sendo incentivado

pelos proacuteprios pais a estudar mais e concluiacuter pelo menos o segundo grau Quando

isso acontece os pais incentivadores da formaccedilatildeo educacional se assustam mas

continuam tocando a vida na esperanccedila de que um dia um dos filhos volte e tome

conta do negoacutecio mesmo que agrave distacircncia porque acreditam que ldquoquem nasce no

campo natildeo esquece sua raizrdquo

4) Atividade uacutenica

gt Quase 50 (tabela 13) dos produtores dependem unicamente das rendas obtidas das atividades rurais e 55 contam com a ajuda da mulher e filhos

revelando que a busca da eficiecircncia para produzir e vender satildeo fatores determinantes no sucesso do negoacutecio

gt Outra variaacutevel importante nessa anaacutelise eacute que quase 80 dos agricultores (tabela 04) satildeo casados aumentando ainda mais sua responsabilidade

financeira para a manutenccedilatildeo da famiacutelia

Para Koslovski (2002) eacute atraveacutes da profissionalizaccedilatildeo das atividades agropecuaacuterias que o produtor poderaacute utilizar novas tecnologia

aumentar a produtividade e reduzir os custos adequando-se agraves exigecircncias do mercado Essas exigecircncias satildeo grandes entraves em especial para o pequeno

produtor geralmente mais carentes em recursos e conhecimentos Felizmente as iniciativas de oacutergatildeos como o IAPAR EMBRAPA

SENAR e outros permitem que esses agricultores tenham acesso as novas

132

tecnoloacutegicas ao conhecimento e agraves novas oportunidades oferecidas pelo mercado

Eacute essencial que todos tenham acesso aos treinamentos agrave assistecircncia teacutecnica e ao

creacutedito rural para que se profissionalizem e que aos seus filhos seja garantida

educaccedilatildeo de primeira qualidade para que se tornem cidadatildeos capazes de executar

novos empreendimentos no campo (KOSLOVSKI 2002)

5) Pequenos produtores

gt Dentro da amostra dos produtores que cultivam soja eou milho eou cafeacute 124 (413) tecircm aacutereas com ateacute 1983 alqueires (tabela 07) natildeo havendo competitividade na venda dos produtos in natura pela falta de escala

precisam buscar alternativas tais como (a) agregar valores aos produtos atraveacutes da agroinduacutestrializaccedilatildeo

(b) formaccedilatildeo de cooperativas para venda de grandes lotes ou tentar encurtar o canal de comercializaccedilatildeo evitando negociar com intermediaacuterios vendendo

sua produccedilatildeo direto ao consumidor final

Segundo Barberato (2001) Londrina tem uma produccedilatildeo

diversificada que se inicia com o ldquoantigordquo cafeacute que voltou a ser cultivado no modelo

adensado nos uacuteltimos anos trazendo expectativa de novos rendimentos passando

por commodities como a soja ateacute a agroinduacutestria que representa uma nova

alternativa de renda especialmente agraves pequenas propriedades Mesmo em uma

regiatildeo em que predominam pequenas propriedades que tecircm dificuldades na

produtividade pela falta de escala as culturas mais cultivadas ainda satildeo da soja

milho cafeacute

O pequeno agricultor no Brasil sempre teve poucas chances de

poder escoar seus produtos sem a ajuda de intermediaacuterios ou o enfrentamento da

competiccedilatildeo com os grandes produtores A agroinduacutestria familiar - com a fabricaccedilatildeo

de produtos caseiros em meacutedia escala para venda direta ao consumidor ou atraveacutes

de associaccedilatildeo de pequenos produtores - pode ser a soluccedilatildeo para este segmento

O Secretaacuterio da Agricultura do Municiacutepio de Londrina ressalta que a

agroinduacutestria estaacute se ampliando mostrando que haacute uma produccedilatildeo meacutedia de 30 itens

advindos de produtos agriacutecolas como o accediluacutecar mascavo vinhos e licores compotas

sucos embutidos e defumados adubo orgacircnico mel entre outros Enfatiza

tambeacutem que nos distritos do Municiacutepio foram formados Conselhos com objetivo de

atuarem na zona rural natildeo soacute no que diz respeito agrave produccedilatildeo agriacutecola mas tambeacutem

133

na organizaccedilatildeo dos produtos e capacitaccedilatildeo e treinamentos dos produtores

(BARBERATO 2001)

6) Matildeo-de-obra utilizada

gt Mais de 50 dos produtores (tabela 14) manteacutem empregados fixos na propriedade - em meacutedia 318 empregados por propriedade - fator importante

socialmente porque a fixaccedilatildeo dos empregados na aacuterea rural com registro em carteira recebendo salaacuterios e todos os encargos sociais e trabalhistas diminui e minimiza os cinturotildees de pobreza nos centros urbanos Como

consequecircncia reduz as favelas a criminalidade e a prostituiccedilatildeo com alternativas de sobrevivecircncia para famiacutelias analfabetas e sem emprego no meio urbano que deixam a aacuterea rural para se aventurarem nas grandes

cidades

Aleacutem da importacircncia social a matildeo de obra no

meio rural tambeacutem eacute a que mais contribui quando se verifica o efeito renda conforme levantamento da FAEP -

Federaccedilatildeo Paranaense de Agricultura (2002) para explicar na teoria o que se observa no interior do Paranaacute Baseado

em estudos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social ndash BNDES o relatoacuterio explica que a agricultura eacute a atividade que mais gera emprego ldquoefeito

rendardquo ou seja a agricultura eacute o setor com maior potencial para abrir vagas no mercado de trabalho em outros

segmentos da economia Eacute o que os especialistas chamam de ldquoefeito multiplicadorrdquo

O emprego efeito renda surge em decorrecircncia de um bom desempenho de determinado ramo de atividade econocircmica No caso da lavoura se a produccedilatildeo do campo

vai bem o comeacutercio e os serviccedilos tambeacutem lucram Eacute a loja de eletrodomeacutesticos que vende mais o restaurante que

atende mais satildeo estabelecimentos que para dar conta da demanda acabam contratando mais gente

Para chegar a essa conclusatildeo o BNDES simulou a realizaccedilatildeo de investimentos de R$10 milhotildees em

41 atividades econocircmicas (agricultura induacutestria e seus

134

segmentos) Calculou quantas vagas esses R$ 10 milhotildees conseguiriam abrir no mercado de trabalho Em empregos

diretos a induacutestria de vestuaacuterio fica na frente da agricultura ndash na simulaccedilatildeo seriam 1080 novas vagas da

primeira contra 620 da atividade agriacutecola Mas no emprego efeito-renda a lavoura eacute a que mais propicia oportunidade de trabalho para os demais setores da economia Seriam 387 empregos para um investimento de R$ 10 milhotildees

contra 327 das faacutebricas de roupas em aplicaccedilatildeo de recursos idecircntica Os segmentos da induacutestria com maior potencial no ldquoefeito rendardquo satildeo aqueles que transformam mateacuteria prima produzida no campo A industria do cafeacute

dos oacuteleos vegetais de laticiacutenios e as refinarias de accediluacutecar

7) Entraves econocircmicos

gt A interferecircncia do governo brasileiro nos tratados comerciais entre as naccedilotildees para a eliminaccedilatildeo das tarifas alfandegaacuterias e dos subsiacutedios dados

pelos paiacuteses ricos aos agricultores aleacutem de vantajoso para todos conforme demonstra o graacutefico 16 pelos dados do FMI eacute importante para o agricultor

brasileiro uma vez que nossa participaccedilatildeo no comeacutercio mundial de produtos agriacutecolas eacute de 3 do total comercializado Mesmo assim o agribusiness

brasileiro vem crescendo em especial nos segmentos da soja laranja accediluacutecar carnes etc

Por mais difiacutecil e injusto que pareccedila se for considerada a benesse

ofertada aos produtores dos paiacuteses do primeiro mundo conforme se verificou no

graacutefico 16 a eficiecircncia do meio rural brasileiro teraacute de ser conseguida pelo proacuteprio

produtor - sem subsiacutedios com pouco creacutedito - conforme se verificou na tabela 22

em que 50 dos produtores ainda necessitam de financiamento mesmo pagando

altos juros e tambeacutem menos protecionismo enfim com menor ajuda do governo

Portanto os escassos insumos materiais teratildeo que ser potencializados com a

melhoria da capacidade administrativa e do conhecimento do produtor rural

Embora os uacuteltimos governos do Brasil tenham dado muito pouco ou

quase nada de proteccedilatildeo ou subsidio aos produtores rurais se comparado com os

27 paiacuteses da OCDE ndash Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econocircmico

ndash que em 1998 gastaram 362 bilhotildees de doacutelares (graacutefico 16) com diferentes formas

135

de proteccedilatildeo a seus agricultores o paiacutes estaacute entre os trecircs primeiros exportadores

mundiais de cafeacute suco de laranja accediluacutecar e do complexo de soja sem falar em

carnes fumo mandioca e outros produtos Apesar da pequena participaccedilatildeo no

comeacutercio mundial de produtos agriacutecolas algo em torno de 3 do total eacute este o

uacutenico setor que salva nossa balanccedila comercial Ano apoacutes ano o saldo comercial do

agribusiness vem crescendo enquanto que no conjunto o deacuteficit geral eacute alarmante

De qualquer maneira entre os que estudam os problemas agriacutecolas existe quase uma unanimidade de que - em niacutevel mundial - tanto os produtores agriacutecolas como os consumidores satildeo os mais prejudicados com o excesso de intervenccedilatildeo A conclusatildeo baacutesica dos estudiosos eacute que o excesso

de intervenccedilatildeo prejudica o esforccedilo global de desenvolvimento (graacutefico 17) porque restringe as exportaccedilotildees da grande maioria das naccedilotildees pobres ou em

desenvolvimento traz crescentes doses de sacrifiacutecios para as populaccedilotildees envolvidas e provoca uma reduccedilatildeo consideraacutevel no consumo de alimentos

em funccedilatildeo da manutenccedilatildeo de preccedilos artificialmente elevados nos mercados domeacutesticos atendendo a interesses econocircmicos das naccedilotildees mais ricas e

desenvolvidas

8) Diversificaccedilatildeo com especializaccedilatildeo

gt Por se tratar de atividade de risco feita a ceacuteu aberto o produtor deve diversificar as atividades buscando soluccedilotildees com os profissionais da aacuterea (tabela 23) que disporatildeo de informaccedilotildees teacutecnicas adequadas para ajudar o

produtor no desenvolvimento da atividade desejada

A agricultura vive de custos de oportunidades ou seja o produtor

deve sempre tomar as decisotildees de forma a utilizar melhor os fatores de produccedilatildeo

que satildeo basicamente a terra a matildeo de obra e o capital que andam lado a lado para

o bom aproveitamento Para tornar a empresa rural eficiente o produtor deve

tambeacutem buscar a diversificaccedilatildeo das atividades com especializaccedilatildeo o que significa

saber administrar a complexidade de algumas atividades e com a responsabilidade

de produziacute-las com qualidade na busca da lucratividade A monocultura pelos

riscos inerentes agraves atividades pode ser perigosa

136

9) Racionalizaccedilatildeo no uso dos maquinaacuterios

gt As aquisiccedilotildees dos maquinaacuterios soacute satildeo vaacutelidas se for para utilizar sua capacidade maacutexima pois eles parados oneram os custos (tabela 20)

gt O Brasil eacute um dos poucos paiacuteses que ainda pode melhorar muito natildeo soacute no aumento da produtividade como tambeacutem na expansatildeo das aacutereas

agricultaacuteveis

Para muitos agricultores significa tambeacutem que aqueles

investimentos que ldquocustam muito e satildeo utilizados poucordquo onerando o produto pela

ociosidade dos maquinaacuterios teratildeo de ser repensados na sua forma de uma

utilizaccedilatildeo mais intensa E para adquirir o maquinaacuterio deve-se fazer uma anaacutelise

com relaccedilatildeo ao seu custondashbenefiacutecio e ponderar se justifica sua aquisiccedilatildeo soacute em

sociedade ou ainda a alternativa de contratar os serviccedilos das maacutequinas que seratildeo

utilizadas no processo produtivo alternativa esta muito utilizada pelos produtores

que natildeo tecircm possibilidade de adquirir a maacutequina conforme verifica-se na tabela 20

onde frac14 dos produtores disseram natildeo ter maquinaacuterios embora tenham apresentado

boa produtividade em especial no cultivo da soja conforme demonstra a tabela 36

10) Busca da modernizaccedilatildeo

gt Fazer do agricultor um empresaacuterio que poderaacute administrar a propriedade rural de forma mais profissional tornando-a uma empresa rural

A agricultura brasileira pelas proacuteprias caracteriacutesticas da nossa

economia precisa de produtores profissionais para manter suas atividades com os

proacuteprios recursos Outrora quando o agricultor precisava de recursos financeiros

para custear sua produccedilatildeo agriacutecola obtinha empreacutestimo subsidiado pelo governo

Ou ainda quando queria vender sua produccedilatildeo procurava a CFP ndash Comissatildeo de

Financiamento da Produccedilatildeo - hoje Conab e entregava os seus produtos pelos bons

preccedilos que o governo determinava Isso dava uma grande seguranccedila para o

agricultor mas fechava as portas agrave comercializaccedilatildeo O produtor natildeo tinha que se

preocupar com a utilizaccedilatildeo eficiente dos bens de produccedilatildeo praacutetica ainda muito

utilizada pelo Japatildeo e paiacuteses da Europa conforme expressa o graacutefico 16 que tecircm

grande parte de sua produccedilatildeo agriacutecola subsidiada pelo governo

137

Sem duacutevida o primeiro passo para a modernizaccedilatildeo da agricultura eacute

tornar o agricultor um empresaacuterio como mostra a produtividade conseguida pelo

agricultor com alta escolaridade (tabela 311) que poderaacute administrar a propriedade

rural de forma mais profissional tornando-a uma empresa rural

11) Evitar financiamento

gt O dinheiro existente nos bancos tem um alto custo e 50 dos produtores ainda necessitam de financiamento (tabela 22) para o cultivo das safras A

soluccedilatildeo eacute agrave busca da auto-suficiecircncia financeira atraveacutes da eficiecircncia

A eficiecircncia que conduziraacute a emancipaccedilatildeo dos agricultores somente seraacute possiacutevel se for precedida de uma boa educaccedilatildeo As escolas

rurais que nos uacuteltimos foram gradativamente sendo reduzidas no Municiacutepio de Londrina na verdade deveria formar cidadatildeos com mais auto-confianccedila e auto-suficiecircncia teacutecnica de modo a fazer com que o patrimocircnio de sua famiacutelia fosse auto-sustentaacutevel A educaccedilatildeo baacutesica rural deveria ter um caraacuteter mais

instrumental proporcionando aos alunos conteuacutedos uacuteteis que possam aplicar na correccedilatildeo e soluccedilatildeo dos problemas que ocorrem nos negoacutecios nas

propriedades e mesmo na sua comunidade Para Souza (1999) os creacuteditos para custeio e para investimentos

precisam ser relativamente abundantes e a taxa de juros mais baixa a fim de

estimular a produccedilatildeo e a modernizaccedilatildeo sobretudo no caso dos pequenos

produtores e das culturas do mercado interno

12) Acompanhamento dos preccedilos

gt Ter habilidade para comprar bem os insumos e vender satisfatoriamente a produccedilatildeo determina o sucesso dos negoacutecios no meio rural

Nesse momento de profundas modificaccedilotildees no perfil do agricultor

deve-se buscar sempre a diminuiccedilatildeo dos custos pois eacute a forma que se tem de

aumentar a rentabilidade dentro da propriedade Essa reduccedilatildeo nos custos comeccedila

no planejamento adequado da propriedade atraveacutes da montagem de sistemas de

produccedilatildeo capazes de produzir com alta qualidade e escala de produccedilatildeo com o

miacutenimo de custo possiacutevel sem prejuiacutezo na atividade com uso de teacutecnicas

138

adequadas para cada tipo de produtor Crepaldi (1993) enfatiza que no atual

estaacutegio de desenvolvimento da agricultura brasileira o custo de produccedilatildeo eacute bastante

elevado em funccedilatildeo das fortes doses de adubaccedilatildeo sementes selecionadas e

defensivos agriacutecolas empregados nas culturas por serem insumos importados e de

alto custo para o produtor rural

Mas natildeo eacute apenas na diminuiccedilatildeo de custos que se pode trabalhar

Existe outro fator que eacute o aumento do rendimento que deveraacute ser compatiacutevel com o

custo o aumento do rendimento ou da produtividade de uma atividade agriacutecola

deveraacute ser maior que o custo realizado Isto se reflete muitas vezes quando os

produtores tecircm baixo poder aquisitivo ou restriccedilatildeo orccedilamentaacuteria devendo estes

definir em que produto ou operaccedilatildeo colocar o dinheiro disponiacutevel para que renda o

maacuteximo possiacutevel Quem natildeo tiver habilidade para comprar bem seus insumos e

vender satisfatoriamente sua produccedilatildeo certamente teraacute dificuldades para

sobreviver no negoacutecio conforme se verifica na preocupaccedilatildeo do agricultor em

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos (tabela 29)

13) Mercado futuro via cooperativas

gt Uso do mercado futuro para minimizar os riscos nas oscilaccedilotildees dos preccedilos - quando o preccedilo for interessante

gt O produtor pode negociar a produccedilatildeo atraveacutes do quadro de funcionaacuterios especializados das cooperativas

Para reduzir o risco de oscilaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos na hora

de vender a produccedilatildeo o produtor poderaacute buscar o mercado futuro obviamente

quando os preccedilos lhes forem favoraacuteveis Natildeo deve esperar que a BMampF vaacute atraacutes de

cada um para explicar como funciona conforme identificou-se nas tabelas 314

324 334 e 344 Verificou-se uma baixa demanda desse mercado pelo produtor

exatamente pela sua falta de conhecimento nesse tipo de negoacutecio

Conforme ressalta Souza (1995) a melhor alternativa de acesso dos

produtores rurais ao mercado futuro poderaacute ser feito via cooperativas com a

utilizaccedilatildeo do seu quadro de funcionaacuterios especializados Elas poderiam fazer todo o

controle dos ajustes diaacuterios e burocraacuteticos das negociaccedilotildees e tambeacutem manter o

produtor informado por meio de editais ou outro mecanismo de comunicaccedilatildeo sobre

as cotaccedilotildees e preccedilos dos produtos nos mercados

139

14) Agricultura sustentaacutevel

gt Talvez seja a uacutenica alternativa para a preservaccedilatildeo da espeacutecie humana na terra

gt Eacute possiacutevel e depende do homem do campo porquanto gt A necessidade do uso adequado e racional dos agrotoacutexicos na produccedilatildeo

dos alimentos eacute fundamental para evitar o envenenamento natildeo soacute do produtor ao aplicaacute-lo mas tambeacutem da populaccedilatildeo urbana ao consumiacute-lo

gt A importacircncia da preservaccedilatildeo do solo com manejo adequado das culturas mantendo intacta as matas ciliares e conservando as curvas de niacuteveis das

propriedades evitaraacute a perda da terra feacutertil e consequumlentemente o assoreamento dos rios

gt A preocupaccedilatildeo em evitar ao maacuteximo as queimadas na abertura de novas

fronteiras agriacutecolas na busca de rapidez para a utilizaccedilatildeo da terra porque aleacutem de

degradar o solo contribui para aumentar o buraco na camada de ozocircnio da

atmosfera

Essas atitudes que dependem exclusivamente do produtor rural satildeo viaacuteveis permitem a praacutetica de atividades agriacutecolas economicamente

rentaacuteveis preservam o meio ambiente e por consequumlecircncia melhoram a qualidade de vida do homem na terra

Aliando as atividades agriacutecolas economicamente ativas com a

conservaccedilatildeo e a preservaccedilatildeo ambiental proporcionam-se condiccedilotildees para produzir

cada vez mais Eacute o que se denomina agricultura sustentaacutevel sendo tecnicamente

correta economicamente viaacutevel ambientalmente aceitaacutevel e socialmente justa

Sabe-se que o produtor brasileiro natildeo tem tanta preocupaccedilatildeo com

a conservaccedilatildeo do solo e tambeacutem com a preservaccedilatildeo ambiental e isso pode ser

maleacutefico ao longo do tempo prejudicando a sobrevivecircncia das proacuteximas geraccedilotildees

Falhas detectadas na camada de ozocircnio em razatildeo das queimadas

assoreamento dos rios pelo desconhecimento no preparo das lavouras uso

inadequado dos agrotoacutexicos poluindo os mananciais e nascentes de rios satildeo alguns

exemplos que podem ser citados

O Brasil dispotildee de condiccedilotildees ideais para aproveitar um novo

segmento do mercado agriacutecola mundial que estaacute crescendo de forma acelerada

principalmente nos paiacuteses desenvolvidos e que jaacute movimenta mais de US$20

140

bilhotildees por ano a ldquoagricultura natural ou bioloacutegicardquo Essa cadeia produtiva envolve

produtos que vatildeo do cafeacute aos diversos tipos de cereais e carnes dependendo do

produto e do paiacutes os consumidores estatildeo dispostos a pagar precircmio de ateacute 200

sobre o preccedilo do produto comum O Brasil dispotildee do maior rebanho bovino ldquoverderdquo

no mundo e vaacuterios locais jaacute produzindo produtos naturais

Rodrigues (2000) citando Lester Brown presidente do Worldwatch

Institute em recente discurso em um congresso para agricultores europeus

defendeu a hipoacutetese de que ateacute o ano 2020 a oferta de alimentos mundial cresceraacute

menos que a populaccedilatildeo o que aumentaria o preccedilo meacutedio dos produtos agriacutecolas

Usou como argumento que a tecnologia agronocircmica natildeo permitiraacute saltos de

produtividade como os obtidos ateacute agora e ainda as aacutereas agricultaacuteveis estatildeo

diminuindo juntamente com a escassez de aacutegua para irrigaccedilatildeo Pereira (1999)

ressalta que o Brasil eacute um dos poucos paiacuteses com capacidade de expandir sua

produccedilatildeo seja pelo aumento da aacuterea plantada e pelo incremento da produccedilatildeo

Para Casado (2003) o Brasil precisa investir na infra-estrutura em

especial para o escoamento da produccedilatildeo entende que apesar da imensidatildeo

territorial e das ainda precaacuterias condiccedilotildees logiacutesticas a privatizaccedilatildeo dos meios de

transportes e da rede de armazenagem aos poucos tece a malha de infra-estrutura

que garantiraacute o escoamento das safras Eacute a iniciativa privada em busca de soluccedilotildees

para o desenvolvimento da nossa naccedilatildeo

O agribusiness brasileiro pode ter um futuro promissor Segundo

Rodrigues (2000) o potencial do agronegoacutecio nacional em termos de aacuterea

cultivaacutevel impressiona A aacuterea total de mais de 210 milhotildees de hectares (24 do

territoacuterio nacional) da regiatildeo dos cerrados equivale agrave metade da aacuterea total do

Meacutexico Eacute nela ainda estatildeo inexplorados cerca de 90 milhotildees de hectares uma aacuterea

equivalente agrave China e EUA que satildeo os dois maiores produtores mundiais de gratildeos

Neste contexto o Brasil tem condiccedilotildees de operar em larga escala no

agronegoacutecio internacional pois eacute o uacutenico paiacutes no mundo com uma infraestrutura

razoaacutevel que dispotildee em abundacircncia do fator produccedilatildeo mais escasso em escala

mundial terra agricultaacutevel Eacute necessaacuterio portanto que se busque o maacuteximo de

eficiecircncia em todos os elos da cadeia produtiva e que o governo crie um ambiente

econocircmico favoraacutevel para que o agribusiness nacional possa operar com seguranccedila

e competitividade na conquista de novos mercados e que procure ainda com mais

vigor e determinaccedilatildeo eliminar as distorccedilotildees que afetam o comercio internacional

141

Diante deste prognoacutestico pode-se afirmar que o Brasil eacute uma

exceccedilatildeo neste cenaacuterio e poderaacute ser a grande forccedila produtora deste seacuteculo que se

inicia O paiacutes possui mais de 150 milhotildees de hectares o que corresponde a 62

milhotildees de alqueires paulistas de terras agricultaacuteveis das quais satildeo ocupadas

atualmente somente 13 aleacutem da maior reserva de aacutegua doce do planeta (19

estatildeo no Brasil) Isso sem contar a produtividade que ainda pode ser melhorada

atraveacutes da educaccedilatildeo do agricultor brasileiro Ravanello (2002) afirma que o Brasil

tem potencial para se transformar no verdadeiro celeiro do mundo neste seacuteculo que

se inicia

Pode-se afirmar que o paiacutes dispotildee de todas as condiccedilotildees para

melhorar agregando valor aos produtos industrializando marcas etc e por

consequumlecircncia melhorando a vida do povo brasileiro Haacute de se ressaltar entretanto

que isso natildeo seraacute dado gratuitamente Eacute necessaacuterio muito trabalho e muita

dedicaccedilatildeo de todos e em especial muita seriedade e honestidade dos governantes

no trato com as coisas que satildeo puacuteblicas para que se possa oferecer para nossos

filhos e nossos netos um verdadeiro Paiacutes de Primeiro Mundo

REFEREcircNCIAS

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MARQUES Ramatildeo HS Determinantes do uso de mercados futuros pelos produtores de soja de Cascavel-Pr 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Economia) - Universidade Federal de Viccedilosa Viccedilosa MAXIMIANO Antonio C Amaru Teoria geral da administraccedilatildeo da escola Cientiacutefica agrave Competitividade na Economia Globalizada 2ed Satildeo Paulo Atlas 2000 MAZOYOER Marcel ROUDART Laurence Historie des Agriculteurs du monde Paris Eacuteditions du Seuil 1997 MENDES JTG LARSON DW Anaacutelise econocircmica das estrateacutegias de comercializaccedilatildeo da soja sob condiccedilotildees de risco Revista de Economia e Sociologia Rural Brasiacutelia v20 n2 p 175-192 1982 MORAES FILHO Joatildeo Paulo Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwconabgovbrgt Acesso em 19 fev 2003 MOREIRA Rocilda Santos Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbr gt Acesso em 19 fev 2003 MORICOCHI Luiz MARTIN Nelson B VEGRO Celso Luiz R Produccedilatildeo de cafeacute nos paiacuteses concorrentes do Brasil e tendecircncias do consumo mundial Informaccedilotildees Econocircmicas Satildeo Paulo v27 n5 p7-24 maio 1997 MORIN Edgar Os sete saberes necessaacuterios agrave educaccedilatildeo do futuro 2ed Satildeo Paulo Cortez 2000 NANTES Joseacute Flavio Diniz Gerenciamento da empresa rural In BATALHA Mario Otaacutevio (Coord) Gestatildeo Agroindustrial Satildeo Paulo Atlas 1997 p489-514 NOGUEIRA Antonio Carlos L Mecanizaccedilatildeo na agricultura brasileira Uma visatildeo prospectiva Caderno de pesquisas em Administraccedilatildeo Satildeo Paulo v8 n4 outdez 2001 NORONHA Joseacute F Projetos agropecuaacuterios administraccedilatildeo financeira orccedilamento e viabilidade econocircmica 2ed Satildeo Paulo Atlas 1987 OS NUacuteMEROS do Planeta Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 782 v36 n26 p85-87 dez 2002 OLIVEIRA Cantalicio Preto Economia e administraccedilatildeo rurais 3ed Porto Alegre Sulina 1976 PEREIRA MF Evoluccedilatildeo da fronteira tecnoloacutegica muacuteltipla e da produtividade total dos fatores do setor agropecuaacuterio brasileiro 1999 Tese ( Doutorado) - Centro Tecnoloacutegico Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

147

PERRY Janet JOHNSON Jim Influences of human capital and farm characteristics on farmerrsquos risk attitudes Orlando Floacuterida American Agricultural Economics Association 2000 PEROBELLI Fabiana S Anaacutelise sobre eficiecircncia em mercados futuros Uma comparaccedilatildeo entre os contratos de algodatildeo em pluma da BMampF e da NYBOT 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado Economia) - Escola Superior Luiz de Queiroacutez USP Piracicaba PIMENTEL Fernando CPR De onde partimos e para onde vamos Revista Preccedilos Agriacutecolas Mercado e Negoacutecios Agropecuaacuterios Satildeo Paulo n161 p9-11 mar 2000 PINTO Wildson Justiniano SILVA Orlando Monteiro O relacionamento de preccedilos e a efetividade do heding nos contratos de cafeacute In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 2001 Recife Anais Brasiacutelia Sober 2001 PREVIDELLI Joseacute de Jesus Descriccedilatildeo das Operaccedilotildees do Hedge no Mercado Futuro e Anaacutelise de sua Eficiecircncia enquanto Instrumento de Proteccedilatildeo de Riscos Caderno de Administraccedilatildeo Maringaacute v7 n3 p49-66 juldez 1999 RAVANELLO Normeacutelio O desenvolvimento comeccedila e termina pela agropecuaacuteria A Granja Porto Alegre v646 p66 out 2002 ROBBINS Stephen Paul Administraccedilatildeo Mudanccedilas e Perspectivas Satildeo Paulo Saraiva 2000 RODRIGUES Roberto O agribusiness em 2000 Daacute para ser otimista Disponiacutevel emlthttpwwwagronlinecombr gt Acesso em 21 fev 2003 ROSS Stephen A WESTERFIELD Randolph W JAFFE Jeffrey F Administraccedilatildeo Financeira Corporate Finance Satildeo Paulo Atlas 1995 SANTANA CAM The impact of economic policies on the soybean sector of Brazil an effective protection analysis 1984 Tese (PhD) - University of Minnnesota Saint Paul Minnesota SANTOS Gilberto Joseacute MARION Joseacute Carlos Administraccedilatildeo de custos na agropecuaacuteria Satildeo Paulo Atlas 1993 SCHOUCHANA Felix Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios Satildeo Paulo BMampF 1997 SCHOUCHANA Felix Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios no Brasil 2ed Satildeo Paulo BMampF 2000 SEAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade nas safras de 20012002 e 20022003 Curitiba 2003 Disponiacutevel emlthttpwwwprgovseab gt Acesso em 10 jun 2003

148

SOUKI Gustavo Q XISTO EMS SALAZAR German T Reflexotildees sobre o custo de oportunidade da informaccedilatildeo no setor agropecuaacuterio In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 37 1999 Foz do Iguaccedilu Anais Brasiacutelia Sober 1999 v2 SORIMA NETO Joatildeo EDWARD Joseacute O Brasil que aguumlenta o tranco Veja Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 1598 v32 n20 p122-127 maio 1999

SOUZA Nali de Jesus Desenvolvimento Econocircmico 4ed Satildeo Paulo Atlas 1999 SOUZA Warli anjos de O mercado futuro como instrumento de comercializaccedilatildeo para o empresaacuterio rural 1995 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Economia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Piracicaba STREETER DH Electronic information public or private good New York Agribusiness1988 TAVARES Carlos Eduardo Cruz Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbr gt Acesso em 19 fev 2003 TEIXEIRA Elizete Antunes CASTRO JR Luiz Gonzaga Composiccedilotildees de Portfolios em mercados futuros agropecuaacuterios para periacuteodos de safra e entressafra In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 40 2002 Passo Fundo Anais Brasiacutelia Sober 2002 TIMMER Peter Agriculture and economic development revisited Agricultural Systems Essex v40 p21-58 1992 TSUNECHIRO Alfredo O desempenho dos mercados a termo os casos do cafeacute soja e boi gordo na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo 1983 Dissertaccedilatildeo (Mestrado Economia) ndash FEA USP Satildeo Paulo TUNG Nguyen H Planejamento e controle financeiro das empresas agropecuaacuterias Satildeo Paulo Ediccedilotildees Universidade-empresa 1990 WILLIAMS L Long-Term secrets to short-Term trading New York John Wiley amp Sons 1999 WORKING H New Concepts concerning futures markets and prices The American Economic Review Nashville v52 n3 p431-459 June 1962

149

ANEXOS

ANEXO A PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE SOJA NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES Ha

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR Ha

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR Ha

1993 10635 22590 2124 3540 1994 11525 24931 2163 3605 1995 11675 25682 2199 3666 1996 10291 23155 2250 3750 1997 11486 26391 2297 3829 1998 13303 31307 2353 3922 1999 13061 30987 2372 3954 2000 13640 32734 2399 3999 2001 13931 37686 2705 4508 2002 15815 41658 2634 4390 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003 PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE MILHO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 11869 30055 2532 4220 1994 13748 32487 2363 3938 1995 13946 32266 2313 3856 1996 11933 29589 2479 4132 1997 12562 32948 2622 4371 1998 10585 29601 2796 4660 1999 11611 32239 2776 4627 2000 11614 31879 2744 4574 2001 12377 41456 3349 5582 2002 11802 37164 3148 5248 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003 PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE CAFEacute BENEFICIADO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilSACAS 60 KG BENEFIC PHA

1993 2273 2555 1124 1873 1994 2109 2612 1238 2064 1995 1980 1858 0938 1563 1996 1929 2685 1391 2319 1997 2000 2341 1170 1950

150

1998 2085 3450 1654 2757 1999 2207 3260 1477 2461 2000 2274 3651 1605 2675 2001 2353 1918 0815 1358 2002 2367 2390 1009 1682 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003

ANEXO B PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE SOJA NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 2000 4720 2360 3933 1994 2110 5327 2525 4208 1995 2120 5535 2610 4350 1996 2311 6241 2700 4500 1997 2496 6566 2629 4381 1998 2820 7191 2550 4250 1999 2769 7723 2789 4648 2000 2835 7134 2516 4193 2001 2764 8294 3000 5000 2002 3200 9278 2899 4831 Fonte CONAB ndash lt wwwconabgovbr gt acesso em 15042003 PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE MILHO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 2689 7760 2886 4810 1994 2881 8129 2822 4703 1995 2750 9180 3338 5563 1996 2440 7914 3243 5405 1997 2525 8164 3233 5388 1998 2254 7404 3285 5475 1999 2549 8461 3319 5532 2000 2668 7038 2638 4397 2001 2789 11870 4256 7093 2002 2490 9360 3759 6265 Fonte CONAB ndash lt wwwconabgovbr gt acesso em 15042003 PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE CAFEacute BENEFICIADO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

151

ANO

AacuteREA ndash EM MIL HA

PRODUCcedilAtildeO EM MIL KGSCOC0 PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilSACAS 60 KG BENEFIC PHA

1993 220 193 878 732 1994 184 163 889 740 1995 37 20 546 455 1996 135 154 1139 949 1997 128 219 1717 1430 1998 128 271 2117 1764 1999 138 287 2068 1723 2000 142 265 1863 1552 2001 63 56 889 740 2002 128 145 1132 943 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15042003

ANEXO C SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO97 PARA

ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31031998 ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011097 1119 2 021097 1117 3 031097 1125 4 061097 1129 5 071097 1135 6 081097 1141 7 091097 1144 8 101097 1175 9 131097 1218

10 141097 1220 11 151097 1225 12 161097 1233 13 171097 1228 14 201097 1226 15 211097 1239 16 221097 1242 17 231097 1250 18 241097 1282 19 271097 1313 20 281097 1315 21 291097 1313 22 301097 1392 23 311097 1289 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1217

152

Fonte Boletim da BMampF

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1356 1384 1370 2 1320 1348 1334 3 1342 1360 1351 4 1350 1372 1361 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1354

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO98 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31031999

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011098 1086 2 021098 1091 3 051098 1094 4 061098 1095 5 071098 1096 6 081098 1097 7 091098 1120 8 131098 1124 9 141098 1107

10 151098 1106 11 161098 1108 12 191098 1106 13 201098 1110 14 211098 1115 15 221098 1124 16 231098 1115 17 261098 1115 18 271098 1112 19 281098 1115 20 291098 1116 21 301098 1116 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1108

Fonte Boletim da BMampF

153

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1620 1740 1680 2 1602 1628 1615 3 1580 1600 1590 4 1582 1636 1609 5 1586 1647 1617 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1622

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032000

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011099 1046 2 041099 1044 3 051099 1042 4 061099 1045 5 071099 1049 6 081099 1054 7 111099 1059 8 131099 1056 9 141099 1060

10 151099 1061 11 181099 1062 12 191099 1065 13 201099 1060 14 211099 1051 15 221099 1047 16 251099 1051 17 261099 1052 18 271099 1042 19 281099 1053 20 291099 1050 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1052

Fonte Boletim da BMampF

154

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO00

PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1766 1796 1781 2 1700 1738 1719 3 1700 1740 1720 4 1700 1744 1722 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1736

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032001

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011000 2 041000 3 051000 4 061000 5 071000 Embora natildeo tenha 6 081000 havido negociaccedilatildeo 7 111000 em outubro2000 8 131000 para fechamento em 9 141000 Marccedilo2001 o

10 151000 valor da soja 11 181000 estava fixado em 12 191000 R$ 1060 13 201000 14 211000 15 221000 16 251000 17 261000 18 19 281000

271000

20 291000 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1060

Fonte Boletim da BMampF

155

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1650 1700 1675 2 1650 1700 1675 3 1626 1696 1661 4 1638 1672 1655 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1667

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032002

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011001 2 041001 3 051001 4 061001 5 071001 6 081001 7 111001 A BMampF natildeo 8 131001 tinha disponiacutevel 9 141001 as operaccedilotildees

10 151001 realizadas em 11 181001 outubro de 2001 12 191001 para fechamento 13 201001 em marccedilo2002 14 211001 15 221001 16 251001 17 261001 18 271001 19 281001 20 291001 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

Fonte Boletim da BMampF

156

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1925 2010 1968 2 1996 2044 2020 3 4 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1994

Fonte Deral

ANEXO D

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO97 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310398

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 010997 759 2 020907 759 3 030997 762 4 040997 781 5 050997 777 6 080997 780 7 090997 780 8 100997 770 9 110997 771

10 120997 781 11 150997 788 12 160997 789 13 170997 789 14 180997 779 15 190997 776 16 220997 775 17 230997 772 18 240997 775 19 250997 770 20 260997 783 21 290997 780 22 300997 780 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 776

Fonte Boletim da BMampF

157

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 750 780 765 2 750 780 765 3 750 780 765 4 760 800 780 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 769

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO98 PARA

ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310399

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 010998 700 2 020998 695 3 030998 693 4 040998 690 5 080998 693 6 090998 687 7 100998 687 8 110998 680 9 140998 663

10 150998 655 11 160998 655 12 170998 665 13 180998 665 14 210998 671 15 220998 672 16 230998 687 17 240998 679 18 250998 669 19 280998 664 20 290998 657 21 300998 663 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 676

Fonte Boletim da BMampF

158

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 844 890 867 2 856 908 882 3 860 920 890 4 860 920 890 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 882

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310300

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 010999 500 2 020999 504 3 030999 506 4 060999 507 5 080999 507 6 090999 511 7 100999 513 8 130999 510 9 140999 510

10 150999 510 11 160999 510 12 170999 510 13 210999 510 14 220999 507 15 270999 507 16 290999 505 17 300999 504 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 508

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO00 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

159

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1208 1280 1244 2 1220 1280 1250 3 1184 1254 1219 4 1180 1250 1215 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1232

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 210301

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 010900 600 2 110900 600 3 120900 600 4 190900 579 5 260900 567 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 589

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGOEM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 762 788 775 2 744 780 762 3 738 992 865 4 750 800 775 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 794

Fonte Deral

160

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 190302

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 050901 570 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 570

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1200 1240 1220 2 1200 1248 1224 3 4 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1222

Fonte Deral

161

ANEXO E

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO97 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230797

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 030197 14041 2 060197 13756 3 070197 14043 4 080197 14325 5 090197 14378 6 100197 14551 7 130197 14463 8 140197 14774 9 150197 14886

10 160197 14684 11 170197 14781 12 200197 14946 13 210197 15463 14 220197 15984 15 230197 16390 16 240197 15957 17 270197 15879 18 280197 15810 19 290197 16524 20 300197 16047 21 310197 15717 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 15308

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO97 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 19050

2 17200 18500 17850 3 16800 18000 17400 4 17000 18000 17500

18250 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 18010

1 18200 19900

5 17600 18900

Fonte Deral

162

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO98 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230798

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 020198 17350 2 050198 17689 3 060198 17513 4 070198 17391 5 080198 17933 6 090198 17764 7 120198 17354 8 130198 17464 9 140198 17442

10 150198 17196 11 160198 17137 12 190198 17110 13 200198 17377 14 210198 17555 15 220198

17448 17200

18 270198 17443 17612

21 300198 17508 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 17415

17125 16 230198 17 260198

17112 19 280198 20 290198

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) 1 10700 11700 11200

10910 3 10500 11200 10850 4 11000 11500 11250 5 11500 12080 11790

11200

2 10500 11320

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

Fonte Deral

163

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230799

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 040199 13900 2 050199 13650 3 060199 13625 4 080199 13725 5 110199 13650 6 120199 13592 7 130199 13575 8 140199 13600 9 150199 13000

10 180199 12637 11 190199 12380 12 200199 12495 13 210199 12347 14 220199 12200

12350 16 270199 12307

12155 18 290199 11946

15 260199

17 280199

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

12952

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) (MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 12800 14500 13650 2 12800 14200 13500 3 12800 14200 13500 4 13880 14600 14240 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 13723

Fonte Deral

164

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 210700

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 030100 14700 2 040100 14500 3 050100 14800 4 070100 14255 5 100100 14994 6 110100 14750 7 120100 14967 8 130100 14841 9 140100 14285

10 170100 13723 11 180100 14242 12 190100 14567

13926 14 210100 13828 15 240100 13768 16 260100 14100 17 270100 14000 18 280100 13897 19 310100 13699 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 14307

13 200100

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO00 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) 13250

2 13000 13600 13300 3 16800 19000 17900 4 13300 15100 14200

14638

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 13000 13500

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

Fonte Deral

165

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230701

PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO

1 030101 7555 2 080101 7720

7715 5 150101 8090 6 160101 8100 7 170101 8238

8175 9 220101 8232

10 230101 8362

12 260101 8058 13 290101 7828 14 300101 7559 15 310101 7548 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

3 100101 7660 4 110101

8 190101

11 240101 8289

7942

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 10320 10600 10460 2 10000 10300 10150 3 10000 10460 10230 4 10000 10500 10250 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 10273

Fonte Deral

166

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO02 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230702

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 5180

2 040102 5240 3 080102 5236

5450 5360

6 140102 5411 7 160102 5310

5269 9 240102 5290

10 280102 5169 5175

12 300102 5217 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

1 030102

4 100102 5 110102

8 230102

11 290102

5276

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 8500 8808 8654 2 8600 9100 8850 3 8840 9160 9000 4 8620 9100 8860 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 8841

Fonte Deral

167

QUESTIONAacuteRIO PARA PESQUISA

TIacuteTULO O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ

E COMERCIALIZA SOJA MILHO E CAFEacute E A SUA ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

1 - DADOS SOBRE O PERFIL DO PRODUTOR 11 ndash NOME DO PRODUTOR (NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIO)

________________________________________________________________

12 ndash SEXO ( ) MASCULINO ( ) FEMININO

13 ndash ESTADO CIVIL ( ) CASADO(A) ( ) SOLTEIRO(A) ( ) OUTROS

14 - DOS IMOacuteVEIS QUE EXPLORA

QUANTOS SAtildeO PROacutePRIOS ________________________________

15 - QUANTOS VOCEcirc EXPLORA COMO ARRENDATAacuteRIO PAGANDO

QUANTIDADES FIXAS DE SACAS OU $ ___________________________

16 - QUANTOS VOCEcirc EXPLORA EM REGIME DE PARCERIA PAGANDO UMA

PORCENTAGEM DAS SACAS COLHIDAS __________________________

17 ndash QUANTOS VOCEcirc EXPLORA EM REGIME DE COMODATO____________

18 ndash IDADE DO PRODUTOR(A) _______________________________ANOS

19 - ESCOLARIDADE ( ) 1ordm GRAU INCOMPLETO

( ) 1ordm GRAU COMPLETO

( ) 2ordm GRAU INCOMPLETO

( ) 2ordm GRAU COMPLETO

( ) SUPERIOR INCOMPLETO

( ) SUPCOMPLETO CURSO___________________

( ) POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM_____________________

168

110 - LOCAL DE MORADIA ( ) NA PROPRIEDADE ( ) NA CIDADE gt

111 - SE MORA NA CIDADE QUANTAS VEZES POR MEcircS VAI Agrave

PROPRIEDADE ___________________________________________VEZES

112 - QUAL Eacute A DISTAcircNCIA DA SEDE DA PROPRIEDADE COM RELACcedilAtildeO Agrave

RESIDEcircNCIA DO PRODUTOR EM QUILOMETROS _________QUILOMETROS

113 - ALEacuteM DAS ATIVIDADES RURAIS O AGRICULTOR TEM OUTRA FONTE

DE RENDA ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUAIS_______________________

____________________________ _____________________________________

114 - ALEacuteM DO RESPONSAacuteVEL PELA ADMINISTRACcedilAtildeO DA PROPRIEDADE

TEM OUTRAS PESSOAS DA FAMIacuteLIA QUE TRABALHAM NA PRODUCcedilAtildeO DAS

ATIVIDADES DO IMOacuteVEL

1141 - ESPOSA (O) ( ) NAtildeO ( ) SIM

1142 ndash FILHOS (AS) ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUANTOS______________

115 ndash NUacuteMERO DE PESSOAS DA FAMIacuteLIA (CONSIDERE SOMENTE ENTRE

ESPOSO ESPOSA E FILHOS) ________________________________________

116 ndash DENTRE OS MEMBROS DA FAMIacuteLIA CITADOS NO ITEM 115 ACIMA

QUANTOS ESTUDARAM SOMENTE EM ESCOLA PUacuteBLICA ______________

117 - VOCE ESTAacute NESTA ATIVIDADE COMO PRODUTOR EM FUNCcedilAtildeO DE

( ) AQUISICcedilAtildeO DA PROPRIEDADE ( ) SUCESSAtildeO NA FAMIacuteLIA

( ) PARTE DA AacuteREA COMO SUCESSAtildeO E PARTE ADQUIRIDA

( ) COMO ARRENDATAacuteRIO ( ) PARCEIRO ( ) COMODATAacuteRIO

118 - QUAL Eacute A DISTEcircNCIA DA SEDE DA PROPRIEDADE COM RELACcedilAtildeO Agrave

SEDE DO MUNICIPIO EM QUILOMETROS ______________QUILOMETROS

169

DADOS DA PROPRIEDADE (RESPONDA SIM OU NAtildeO) SIM NAtildeO

119 A PROPRIEDADE TEM ENERGIA ELETRICA DA COPEL

120 A PROPRIEDADE TEM ENERGIA ELETRICA PROacutePRIA

121 A PROPRIEDADE TEM APARELHO DE TELEVISAtildeO

122 A PROPRIEDADE TEM ANTENAS PARABOacuteLICAS

123 A PROPRIEDADE TEM VEICULOS MOTORIZADOS

124 A PROPRIEDADE TEM AacuteGUA ENCANADA

125 TEM COMPUTADOR NA PROPRIEDADE

126 TEM COMPUTADOR NA RESIDEcircNCIA DO PRODUTOR

2 - DADOS SOBRE A PRODUCcedilAtildeO ( DA UacuteLTIMA SAFRA ) 21 ndash AacuteREA TOTAL DO IMOacuteVEL QUE POSSUI EM ALQUEIRES _____________

2 4 ndash AacuteREA CULTIVADA COM MILHO SE PLANTOU EM ALQUEIRES_________

242 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA DO MILHO POR ALQUEIRE ____________________

22 ndash AacuteREA DO IMOacuteVEL PROacutePRIO CULTIVADA COM SOJA MILHO OU CAFEacute

EM ALQUEIRES_____________________________________

23 - AacuteREA DO IMOacuteVEL DE TERCEIROS CULTIVADA COM SOJA MILHO OU

CAFEacute EM ALQUEIRES_______________________________

241 ndash TOTAL DE SACAS MILHO (60 KGS) COLHIDO _____________________

25 ndash AacuteREA CULTIVADA COM SOJA SE PLANTOU EM ALQUEIRES_________

251 - TOTAL DE SACAS DE SOJA (60 KGS) COLHIDA____________________

252 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA DE SOJA POR ALQUEIRE______________________

170

26 ndash AacuteREA CULTIVADA COM CAFEacute SE COLHEU EM ALQUEIRES_________

261 - TOTAL DE SACAS CAFEacute COCO (40 KGS) COLHIDO________________

262 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA CAFEacute EM COCO POR ALQUEIRE ______________

27 - TEcircM OUTRAS ATIVIDADES DE PRODUCcedilAtildeO PARA RENDA

( ) NAtildeO ( ) SIM gt DISCRIMINE ABAIXO

ATIVIDADES AacuteREA PRODUCcedilAtildeO POR ALQUEIRE

____________________________ ____________ ______________________

____________________________ ___________ ________________________

28 ndash TEM MAQUINAacuteRIOS PROacutePRIOS ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

QUANTOS TRATORES __________ QUANTAS COLHEITADEIRAS___________

29 - QUAL A MEacuteDIA DE EMPREGADOS EFETIVOS COSTUMA MANTER NA(S)

PROPRIEDADE(S) ____________________________________

210 - EM EacutePOCAS DE PICOS DE SERVICcedilOS (PLANTIO E COLHEITA) ALEacuteM

DOS EMPREGADOS EFETIVOS CONTRATA MAtildeO DE OBRA TEMPORAacuteRIA

(VOLANTESBOacuteIAS-FRIAS) ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUANTOS_____________

210 ndash DEPENDE DE ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA PARA A EXPLORACcedilAtildeO DAS

ATIVIDADES ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

( ) DA EMATER ( ) DA COOPERATIVA ( ) DE PARTICULAR

211 ndash DEPENDE DE FINANCIAMENTO PARA CUSTEIO DAS SAFRAS

( ) SIM ( ) NAtildeO

171

3 - DADOS SOBRE A COMERCIALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO

31 COMO FOI COMERCIALIZADA A SUA UacuteLTIMA SAFRA EM

311 VENDA PARA COOPERATIVA APOacuteS REALIZADA A

COLHEITA

312 VENDA PARA INDUacuteSTRIA OU COMERCIANTE APOacuteS

REALIZADA A COLHEITA

313 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA ANTES DA

COLHEITA COM PRECcedilOS PREacute-FIXADOS

314 VENDA ANTECIPADA PARA INDUSTRIA OU

COMERCIANTE ANTES DA COLHEITA COM PRECcedilOS PREacute-

FIXADOS

315 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA COM

ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM $ OU INSUMOS COM

PRECcedilOS A FIXAR NA ENTREGA DA SAFRA

316 VENDA ANTECIPADA PARA INDUacuteSTRIA OU

COMERCIANTE COM ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM

$ OU INSUMOS COM PRECcedilOS A FIXAR NA ENTREGA DA

SAFRA

317 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA COM

ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM $ OU INSUMOS COM

PRECcedilOS JAacute FIXADOS

318 VENDA ANTECIPADA PARA INDUacuteSTRIA OU

COMERCIANTE COM ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM

$ OU INSUMOS COM PRECcedilOS JAacute FIXADOS

319 VENDA ANTECIPADA COM FINANCIAMENTOS DE CPR

3110 VENDA ANTECIPADA EM MERCADO FUTURO NA BOLSA

DE MERCADORIAS amp FUTUROS (BMampF)

3111 OUTRO TIPO DE COMERCIALIZACcedilAtildeO

CITE

TOTAL DA COMERCIALIZACcedilAtildeO 100

172

32 ndash ACOMPANHA AS COTACcedilOtildeES DE PRECcedilOS DOS PRODUTOS

AGRIacuteCOLAS NO MERCADO ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

ATRAVEacuteS DE ( ) JORNAL ( ) INTERNET ( ) TV

( ) COOPERATIVAS ( ) RADIO

( ) TERCEIROS ( AMIGOS CONHECIDOS ETC)

( ) OUTROS MEIOS________________________________

33 - A QUANTOS ANOS VOCEcirc Eacute RESPONSAacuteVEL PELA COMERCIALIZACcedilAtildeO

DA PRODUCcedilAtildeO DA PROPRIEDADE __________________________

4 ndash DADOS SOBRE OS NEGOacuteCIOS NA BOLSA DE MERCADORIAS

41 ndash COSTUMA COMERCIALIZAR A SAFRA OU PARTE DELA NA BOLSA DE MERCADORIAS ( ) SIM - ( PARA RESPOSTA SIM VAacute DIRETO PARA AS QUESTOtildeES DE 411 ATEacute 414) ( ) NAtildeO - ( PARA RESPOSTA NAtildeO VAacute DIRETO PARA AS QUESTOtildeES DE 421 ATEacute 4210) QUESTOtildeES DE 411 ATEacute 414 (PODE MARCAR MAIS DE UMA ALTERNATIVA)

411 ndash ( ) PREFERE COMERCIALIZAR A SAFRA OU PARTE DELA PARA

GARANTIR OS PRECcedilOS ACENADOS PELO MERCADO FUTURO

412 ndash ( ) SABE COMO FUNCIONA O PROCESSO DE COMERCIALIZACcedilAtildeO

EM BOLSA DE MERCADORIAS

413 ndash ( ) SOacute COMERCIALIZA QUANDO OS PRECcedilOS DO MERCADO

FUTURO SAtildeO INTERESSANTES

414 ndash ( ) CONFIA NA SEGURANCcedilA DESSE TIPO DE NEGOCIACcedilAtildeO

415 - ( ) OUTRAS RAZOtildeES_____________________________________

173

QUESTOtildeES 421 ATEacute 4210 (PODE MARCAR MAIS DE UMA ALTERNATIVA)

421 - ( ) - NAtildeO SABE COMO FUNCIONA O PROCESSO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO EM BOLSA DE MERCADORIAS

422 - ( ) ndash SABE COMO FUNCIONA MAS PREFERE NAtildeO

COMERCIALIZAR ENQUANTO NAtildeO TEM GARANTIDA A

COLHEITA DA SAFRA

423 - ( ) ndash SABE COMO FUNCIONA MAIS NAtildeO TEM DINHEIRO PARA

PAGAR OS AJUSTES DIAacuteRIOS

424 - ( ) ndash ACHA O PROCESSO MUITO BUROCRATICO

425 - ( ) ndash TEM MEDO DE PERDER DINHEIRO NESSE TIPO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO

426 - ( ) - NAtildeO CONSIDERA OS PRECcedilOS INTERESSANTES

427 - ( ) ndash NAtildeO POSSUI SEGURANCcedilA PARA OPERAR NESSE

MERCADO

428 - ( ) ndash NAtildeO CONFIA NAS CORRETORAS QUE INTERMEDIAM E

PROCESSAM A COMERCIALIZACcedilAtildeO

429 - ( ) ndash NUNCA FOI CONVIDADO PELA BMampF OU CORRETORA

PARA EXPLICAR COMO FUNCIONA O PROCESSO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO EM MERCADO FUTURO

4210 ndash ( ) - OUTRAS RAZOtildeES __________________________________

174

GLOSSAacuteRIO Blend = mistura combinaccedilatildeo fusatildeo de duas coisas

Bushel = Medida americana de cereais 1 bushel de soja = 60 libras = 2722 quilos

1 bushel de milho=56 libras = 2540 quilos

Call = Chamada convite manda vir

Clearing = de clear que significa compensaccedilatildeo eacute a denominaccedilatildeo das centrais de

compensaccedilatildeo e liquidaccedilatildeo das bolsas

Commodities (singular commodity) = Mercadorias produtos como gratildeos metais

e alimentos negociados em Bolsas de mercadorias ou no mercado a vista

Farm management = Administrador da Fazenda Administrador da propriedade

rural

Hedge = garantir resguardar ndash Estrateacutegia de proteccedilatildeo financeira usada pelo

produtor que tem realmente o produto ou pelo comprador que tem real interesse

pela mercadoria para compensar investimentos de riscos

Hedger = eacute o investidor que tem real interesse na venda ou na compra do produto

In natura = natural puro sem nenhum valor agregado

Management = Administraccedilatildeo direccedilatildeo gerecircncia

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Page 4: O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ E …livros01.livrosgratis.com.br/cp002541.pdf · Bolsa de Mercadorias e Futuros é pequena e isso se dá, em grande parte pelo desconhecimento

FOLHA DE APROVACcedilAtildeO

JOAtildeO MASSARUTTI

O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ E COMERCIALIZA SOJA MILHO E CAFEacute E SUA ATUACcedilAtildeO

NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

Dissertaccedilatildeo aprovada como requisito para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre no Programa

de Poacutes-graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo da Universidade Estadual de Londrina e

Universidade Estadual de Maringaacute pela seguinte banca examinadora

Aprovada em 17092003

__________________________________________________ Prof Dr Ivan Dutra (PPA-UELUEM)

__________________________________________________ Prof DrLuiz Antonio Felix (PPA-UELUEM)

__________________________________________________ ProfDr Joseacute Carlos Dalmas (UEL)

Dedico esse trabalho agrave minha famiacutelia Neusa minha mulher e a nossa prole Letiacutecia e Anna Luiza Leonardo e Joatildeo Antonio e Heitor razotildees da minha vida e da batalha do dia-a-dia

AGRADECIMENTOS

A Deus presenccedila constante na minha vida nas horas alegres e tambeacutem nas tristes

ora indicando caminhos ora mudando as rotas e eu dentro da minha realidade

terrena acabo percebendo sua interferecircncia somente algum tempo depois por isso

eu creio sempre

Agrave Letiacutecia ao Leonardo e ao Heitor pela valorosa colaboraccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e elaboraccedilatildeo das planilhas instrumentos importantes para o

desenvolvimento da pesquisa

Ao Professor Dr Ivan Dutra pela sua indiscutiacutevel capacidade de orientaccedilatildeo e

conhecimento em pesquisa e que muito auxiliou no desenvolvimento deste estudo

Aos Professores Dr Luiz Antonio Felix profundo conhecedor da aacuterea objeto desta

pesquisa pela grande contribuiccedilatildeo que recebi na qualificaccedilatildeo para a melhoria deste

trabalho e Professor Dr Joseacute Carlos Dalmas pela valiosa contribuiccedilatildeo na aplicaccedilatildeo

dos testes estatiacutesticos para validaccedilatildeo da pesquisa

Aos docentes do programa indistintamente todos com vasto conhecimento e

sugestiva bagagem que natildeo mediram esforccedilos para darem o maacuteximo de si nas

suas respectivas aacutereas de conhecimentos

Aos amigos do curso e em especial da turma na trocas de informaccedilotildees e

conhecimentos e pela convivecircncia saudaacutevel do dia-a-dia que acabam por

proporcionar crescimento geral de todos

Aos Professores Luiz Fernando Pinto Dias e Paulo Eduardo Lacerda chefes do

Departamento de Administraccedilatildeo pelo apoio e compreensatildeo no periacuteodo em que

frequumlentei as aulas do mestrado

Aos amigos do Departamento e a todos que direta ou indiretamente contribuiacuteram

para a realizaccedilatildeo deste trabalho

ldquoComece fazendo o necessaacuterio depois o que eacute possiacutevel e de repente vocecirc estaraacute fazendo o impossiacutevelrdquo

Satildeo Francisco de Assis

RESUMO

Este estudo tem o objetivo de identificar o perfil do produtor rural londrinense e comparar com o perfil do produtor brasileiro aleacutem de verificar como estatildeo produzindo e comercializando as safras de soja milho e cafeacute como acompanham as cotaccedilotildees dos produtos agriacutecolas no mercado e se comercializam a produccedilatildeo em mercados futuros Segmenta os agricultores por escolaridade idade tamanho da aacuterea cultivada local de moradia do produtor tipo de assistecircncia teacutecnica recebida e cruza com a produtividade obtida na uacuteltima safra eacutepoca de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo sistema de acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado e quantos produtores negociam seus produtos na bolsa de mercadorias Conclui entre outros fatores importantes que o produtor com maior grau de escolaridade possuidor de aacutereas maiores que conta com assistecircncia teacutecnica profissional e com baixa idade ateacute 35 anos satildeo mais eficientes na administraccedilatildeo das propriedades rurais Constata que a busca do produtor pela comercializaccedilatildeo na Bolsa de Mercadorias e Futuros eacute pequena e isso se daacute em grande parte pelo desconhecimento que ele tem desse tipo de mercado Palavras-Chaves Perfil do agricultor Bolsa de Mercadorias Mercado Futuro

ABSTRACT

This study aims to identify the londrinense farm producer and compare it with the Brazilian rural producer profile besides verifying how they are producing and negotiating the soybean corn and coffee crops how they follow the rural products quotation in the market and if they commercialize their products in the future markets It segments the producer by education age cultivated are size place of residence of the producer kind of the received technical assistance crosses with the last crop obtained productivity production commercialization time follow up system of price quotation of the products in the market and how many producers commercialize their products in the merchandise stock market It concludes that among other important factor the producer with a higher level of education who owns larger planting areas who has professional technical assistance and low age until 35 years of age is more efficient in the management of the farm properties It verifies that the producerrsquos search for commercialization in the Future Merchandise Stock Market is little due to the lack of knowledge in this market segment Key words producerrsquos profile stock exchange future markets

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 01 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra 20012002 e 20022003 28

Graacutefico 02 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense de gratildeos de 20012002 e 20022003 29

Graacutefico 03 - Produtividade de gratildeos do Brasil na uacuteltima deacutecada 38Graacutefico 04 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de soja para a safra

20022003 40Graacutefico 05 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de soja de 20012002 e 20022003 41Graacutefico 06 - Previsatildeo da produccedilatildeo paranaense de soja para a safra

20022003 42Graacutefico 07 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

paranaense de soja de 20012002 e 20022003 43Graacutefico 08 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de milho para a

safra 20022003 44Graacutefico 09 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de milho de 20012002 e 20022003 45Graacutefico 10 - Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de milho de

milho para a safra 20022003 46Graacutefico 11 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

paranaense de milho de 20012002 e 20022003 47Graacutefico 12 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de cafeacute para a safra

20022003 48Graacutefico 13 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de cafeacute de 20012002 e 20022003 49Graacutefico 14 - Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de cafeacute para a

safra 20022003 50Graacutefico 15 Comparativo da aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra de

cafeacute de 20012002 e 20022003 51Graacutefico 16 - Valor dos subsiacutedios pagos pelo governo aos produtores rurais

da receita agriacutecola bruta ndash em porcentagem 60Graacutefico 17 - Aumento de ganhos futuros que teratildeo os paiacuteses na eliminaccedilatildeo

dos subsiacutedios agriacutecolas e barreiras tarifaacuterias em niacutevel mundial

61

LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Nuacutemeros do censo agropecuaacuterio 1995-1996 do Municiacutepio de Londrina 28

Quadro 02 - Evoluccedilatildeo da produtividade e produccedilatildeo mundial de gratildeos nos

uacuteltimos 50 anos 36 Quadro 03 - Resultados do teste Qui-quadrado considerando niacutevel de

significacircncia de 5

112

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Exemplo de hedge e ajustes diaacuterios para o vendedor 58 Tabela 02 - Exemplo de hedge e ajustes diaacuterios para o comprador 58 Tabela 03 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por sexo 86 Tabela 04 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por estado civil 86 Tabela 05 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por idade 86 Tabela 06 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por escolaridade 87 Tabela 07 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela extensatildeo da aacuterea

explorada 87

Tabela 08 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por local de moradia e acesso agrave

escola puacuteblica 87 Tabela 09 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de aquisiccedilatildeo dos

imoacuteveis 88 Tabela 10 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de exploraccedilatildeo dos

imoacuteveis 88 Tabela 11 - Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-

estrutura 88 Tabela 12 - Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-

estrutura 89 Tabela 13 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela renda e o trabalho da famiacutelia

na propriedade 89 Tabela 14 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela matildeo-de-obra utilizada 89 Tabela 15 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de soja em sacas de 60 quilos 90 Tabela 16 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de milho em sacas de 60 quilos 90 Tabela 17 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de cafeacute em sacas de 40 quilos em coco 91 Tabela 18 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela posse dos maquinaacuterios 91 Tabela 19 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram soja pela posse

dos maquinaacuterios 91

Tabela 20 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram milho pela posse dos maquinaacuterios 92

Tabela 21 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram cafeacute pela posse dos maquinaacuterios 92

Tabela 22 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela necessidade de

financiamentos 92 Tabela 23 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acesso agrave assistecircncia

teacutecnica 92 Tabela 24 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de assistecircncia teacutecnica

recebida 93 Tabela 25 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela eacutepoca de comercializaccedilatildeo

da produccedilatildeo 93 Tabela 26 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da

produccedilatildeo antes da colheita 93 Tabela 27 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da

produccedilatildeo apoacutes a colheita 94 Tabela 28 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelas negociaccedilotildees realizadas na

bolsa de mercadorias 94 Tabela 29 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acompanhamento das

cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado 96 Tabela 30 - Comparativo das caracteriacutesticas do agricultor brasileiro com o

agricultor londrinense 98 Tabela 311 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de

escolaridade 100 Tabela 312 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de

escolaridade 100 Tabela 313 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com o grau de escolaridade 101 Tabela 314 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com o grau de escolaridade 102 Tabela 321 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade

do produtor 102 Tabela 322 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do

produtor 103

Tabela 323 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo com a idade do produtor 104

Tabela 324 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a idade do produtor 104 Tabela 331 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o

tamanho da aacuterea explorada 105 Tabela 332 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o tamanho da

aacuterea explorada 105 Tabela 333 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a extensatildeo da aacuterea explorada 106 Tabela 334 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com o tamanho da aacuterea explorada 107 Tabela 341 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

moradia do produtor 107 Tabela 342 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a moradia do

produtor 108 Tabela 343 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a moradia do produtor 108 Tabela 344 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a moradia do produtor 109 Tabela 35 - Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

assistecircncia teacutecnica 110 Tabela 36 - Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse

dos maquinaacuterios 111 Tabela 37 - Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos

pagos ao produtor nas sacas de milho de 60 quilos 117 Tabela 38 - Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos

pagos ao produtor nas sacas de milho de 60 quilos 118 Tabela 39 ndash

Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos pagos ao produtor nas sacas de cafeacute benef de 60 quilos 119

Tabela 40 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela comercializaccedilatildeo realizada na BMampF 120

TABELA DE CONVERSAtildeO

1 hectare (1 ha) = 10000 metros quadrados 1 alqueire paulista = 24200 metros quadrados 1 alqueire paulista = 242 hectares 1 saca 60 quilos de cafeacute beneficiado = 3 sacas de 40 kg de cafeacute em coco

1 bushel de soja = 60 libras ou 2722 quilos 1 saca de soja com 60 quilos = 220 bushel 1 bushel de milho = 56 libras ou 2540 quilos 1 saca de milho com 60 quilos = 236 bushel

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 OBJETIVOS 19

21 Geral 19

22 Especiacuteficos 19

3 O PROBLEMA 25

4 JUSTIFICATIVA E RELEVAcircNCIA DOS ESTUDOS 27

5 O PERFIL DO AGRICULTOR E AS ATIVIDADES AGRAacuteRIAS 30

51 O produtor rural como empresaacuterio 31

52 O perfil do agricultor brasileiro 34

6 PRODUCcedilAtildeO E PRODUTIVIDADE AGRIacuteCOLA 36

61 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura da soja 40

62 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura do milho 44

63 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura do cafeacute 48

7 MODALIDADES DE COMERCIALIZACcedilAtildeO DOS PRODUTOS AGRIacuteCOLAS 52

71 A agricultura e os entraves econocircmicos na comercializaccedilatildeo 58

8 O MERCADO FUTURO AGROPECUAacuteRIO NO BRASIL 64

81 Contrato futuro de soja 73

82 Contrato futuro de milho 76

83 Contrato futuro de cafeacute 80

9 METODOLOGIA 83

91 Populaccedilatildeo 83

92 Amostras e Delimitaccedilatildeo da Pesquisa 83

93 Coleta de Dados 84

94 Segmentaccedilatildeo 84

10 RESULTADO DOS DADOS COLETADOS E ANAacuteLISES 86

101 O perfil do agricultor Londrinense que cultiva soja eou milho e

ou cafeacute 86

102 Comparaccedilatildeo do perfil do agricultor brasileiro com o perfil do

Agricultor Londrinense 98

103 Caracteriacutesticas do Agricultor Londrinense relacionado agrave Produccedilatildeo

Comercializaccedilatildeo e atuaccedilatildeo na Bolsa de Mercadorias 100

1031 Teste Estatiacutestico dos Cruzamentos da pesquisa 111

104 Anaacutelise da produtividade do Agricultor Londrinense 113

105 Anaacutelise da Comercializaccedilatildeo do Agricultor Londrinense 115

106 Comparaccedilatildeo dos negoacutecios realizados na Bolsa com negoacutecios

realizados no mercado fiacutesico pelos Agricultores 116

11 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS E RECOMENDACcedilOtildeES 121

REFEREcircNCIAS 134

ANEXOS 142

A - Produccedilatildeo Brasileira de soja milho e cafeacute nos uacuteltimos 10 anos 142

B ndash Produccedilatildeo Paranaense de soja milho e cafeacute nos uacuteltimos 10 anos 143

C ndash Valores de Contratos de soja negociados na BMampF e negoacutecios

fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

144

D - Valores de Contratos de milho negociados na BMampF e negoacutecios

fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

149

E - Valores de Contratos de cafeacute negociados na BMampF e negoacutecios

Fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

154

C - Instrumento da pesquisa 160

GLOSSAacuteRIO 167

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

Com as mudanccedilas na poliacutetica econocircmica do Brasil na deacutecada de 90

todos os setores produtivos inclusive o agropecuaacuterio tiveram que se adaptar e

correr em busca da eficiecircncia Os preccedilos internacionais passaram a ter uma

importacircncia significativa na definiccedilatildeo dos preccedilos praticados no mercado interno

aumentando a competiccedilatildeo e reduzindo as margens de lucro das empresas Desta

forma todas as fases dos processos produtivos passaram a ser analisadas

minuciosamente com vistas a eliminar desperdiacutecios para manter a lucratividade

num ambiente novo e mais competitivo

Marques e Mello (1999) enfatizam que o setor agropecuaacuterio

apresenta algumas caracteriacutesticas como alto risco econocircmico devido agrave

dependecircncia dos fatores climaacuteticos e dificuldade de comercializaccedilatildeo Estes pontos

fazem desta atividade em certos momentos um verdadeiro jogo de incertezas e de

elevado risco financeiro

No caso da agricultura a necessidade de maior competitividade

forccedilou inovaccedilotildees nas vaacuterias fases do processo produtivo Embora o aumento da

produtividade seja o aspecto que normalmente recebe maior destaque uma fase

muito importante nesse processo eacute o periacuteodo da comercializaccedilatildeo As duacutevidas do

produtor se fixam na escolha do melhor momento para vender a produccedilatildeo Os que

atuam nesse mercado frequumlentemente ressaltam a necessidade do

aperfeiccediloamento na tomada de decisatildeo e reclamam da falta de instrumentos que

os auxilie para a tomada de decisatildeo na venda dos produtos permitindo-lhes

melhorar os retornos e reduzir os riscos que envolvem a comercializaccedilatildeo Assim as

decisotildees pertinentes a produccedilatildeo agriacutecola implicam maiores ou menores riscos de

mercado de acordo com a estrateacutegia adotada pelo produtor rural (LEISMANN

2002)

No mercado brasileiro o estudo da eficiecircncia na gestatildeo do risco

surge como uma necessidade imediata faces aos constantes riscos pertinentes por

que passa a atividade agriacutecola e que prejudicam os produtores rurais A produccedilatildeo

da soja do milho e do cafeacute assim como a maioria dos produtos agriacutecola estaacute

sujeito a dois tipos baacutesicos de risco a) Na produccedilatildeo - pelas perdas causadas por

ataque de pragas e doenccedilas e pelos fatores climaacuteticos como falta ou excesso de

chuvas geadas granizos e secas b) Na comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo - que

17

corresponde ao risco do produtor natildeo encontrar preccedilo compensador na hora da

venda A administraccedilatildeo desses riscos requer do produtor rural maior racionalidade

no uso dos fatores de produccedilatildeo e gestatildeo do risco de preccedilo buscando obter maior

retorno financeiro

Na comercializaccedilatildeo agriacutecola um dos principais problemas eacute a

incerteza de preccedilos em um momento futuro Essa incerteza decorre de cada

produto e da competitividade entre os mercados agriacutecolas As principais alternativas

para lidar com essa situaccedilatildeo no Brasil ateacute recentemente provinham do governo

Contudo ao longo do tempo o governo brasileiro vem reduzindo sua participaccedilatildeo

nos mercados agriacutecolas por meio de seus instrumentos claacutessicos de poliacutetica

agriacutecola como eacute o caso da poliacutetica dos preccedilos miacutenimos Esse fato se deve agrave falta de

recursos governamentais para financiar programas de intervenccedilatildeo de grande porte

sinalizando para um esgotamento das poliacuteticas tradicionais de sustentaccedilatildeo de

preccedilos (PINTO 2001) Assim com a diminuiccedilatildeo da intervenccedilatildeo governamental e o

esgotamento dos estiacutemulos financeiros agrave agropecuaacuteria resta ao produtor buscar a

eficiecircncia na produccedilatildeo e na comercializaccedilatildeo dos produtos

O objetivo deste estudo foi o de conhecer o perfil do agricultor

londrinense que produz e comercializa a soja o milho e o cafeacute e a sua atuaccedilatildeo na

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo no mercado futuro atraveacutes da Bolsa de Mercadorias

Neste trabalho seratildeo enfocados as caracteriacutesticas do agricultor

relacionado agraves atividades agraacuterias e o perfil do agricultor brasileiro e londrinense a

produccedilatildeo e a produtividade agriacutecola as modalidades de comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo agriacutecolas o funcionamento do mercado futuro agropecuaacuterio no Brasil a

metodologia utilizada o resultado dos dados coletados e a anaacutelise da pesquisa as

delimitaccedilotildees concluindo com as consideraccedilotildees finais e recomendaccedilotildees

Espera-se que o resultado dessa pesquisa possa auxiliar os

produtores agriacutecolas no gerenciamento da produccedilatildeo e da comercializaccedilatildeo das

safras e mais que o setor agropecuaacuterio possa contribuir como vem fazendo ateacute

agora para a superaccedilatildeo dos seguintes desafios

1) Reduccedilatildeo da taxa inflacionaacuteria com oferta mais abundante de

alimentos uma vez que a produccedilatildeo ainda insuficiente dos uacuteltimos anos pressiona

a alta dos preccedilos dos alimentos em relaccedilatildeo ao iacutendice geral de preccedilos o que induz a

importaccedilotildees de alguns produtos e cria dificuldade de sobrevivecircncia para a maioria

da populaccedilatildeo brasileira que vive na linha da miseacuteria

18

2) Reduccedilatildeo na diacutevida externa brasileira com aumento na produccedilatildeo

de produtos de exportaccedilatildeo e de substitutos agraves importaccedilotildees

3) Redistribuiccedilatildeo de renda dentro do setor rural com vantagem para

as classes de renda mais baixa de modo a reduzir o grau de pobreza rural e evitar

ao menos parcialmente a migraccedilatildeo rural-urbana de pessoas com precaacuterias chances

de progredir nos centros urbanos

19

2 OBJETIVOS 21 GERAL

Este trabalho tem por objetivo identificar o perfil do agricultor do

Municiacutepio de Londrina-Pr mais especificamente como eles produzem e

comercializam as safras de soja milho e cafeacute

Tambeacutem seraacute observado se o produtor acompanha as cotaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos agriacutecolas no mercado e tambeacutem como atua na

comercializaccedilatildeo dos seus produtos na Bolsa de Mercadorias amp Futuro mercado no

qual ele pode se garantir das oscilaccedilotildees dos preccedilos na venda dos produtos pois eacute

fundamental para os agricultores minimizar os riscos nas oscilaccedilotildees dos preccedilos

dos produtos no momento da venda de sua produccedilatildeo

22 ESPECIacuteFICOS 221 Identificar o perfil do agricultor do Municiacutepio de Londrina e comparar com o

perfil do agricultor brasileiro

a) Segmentar a amostra por variaacuteveis demograacuteficas claacutessicas

b) Dimensionar a quantidade de agricultores que soacute exploram os

imoacuteveis proacuteprios imoacuteveis proacuteprios e arrendados imoacuteveis proacuteprios

e em parcerias e ainda quantos exploram as propriedades

somente atraveacutes de arrendamentos somente com parcerias ou

somente atraveacutes de arrendamentos e parcerias

c) Verificar o grau de escolaridade do agricultor responsaacutevel pelos

negoacutecios da propriedade rural

d) Verificar se o agricultor mora na propriedade ou na cidade

Quantas vezes ele se desloca ateacute a propriedade e a distacircncia da

sua residecircncia ateacute a sede da propriedade

e) Verificar quantas pessoas compotildeem a unidade familiar aleacutem do

agricultor responsaacutevel pelos negoacutecios da fazenda e ainda

dentre os membros da famiacutelia quantos estudaram ou estudam

em escolas puacuteblicas

20

f) Verificar quantos agricultores da amostra estatildeo no negoacutecio por

aquisiccedilatildeo do imoacutevel e quantos em funccedilatildeo de sucessatildeo na famiacutelia g) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de energia

eleacutetrica nas propriedades

h) Verificar quantos agricultores da amostra tecircm aparelho de

televisatildeo na propriedade

i) Verificar quantos agricultores da amostra possuem antenas

paraboacutelicas nas propriedades

j) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de veiacuteculos

motorizados na propriedade

k) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de aacutegua

encanada na propriedade

l) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de

computadores na propriedade ou na residecircncia para controle das

atividades desenvolvidas no imoacutevel rural

m) Verificar quantos agricultores da amostra dependem somente

da renda das propriedades quantos contam com a ajuda da

mulher e quantos necessitam da ajuda dos filhos

222 Determinar a aacuterea a produccedilatildeo e verificar a produtividade das culturas de soja

milho e cafeacute

a) Verificar as aacutereas cultivadas com soja sua produccedilatildeo e

produtividade

b) Verificar as aacutereas cultivadas com milho sua produccedilatildeo e

produtividade c) Verificar as aacutereas cultivadas com cafeacute sua produccedilatildeo e

produtividade d) Verificar quantos produtores da amostra tecircm maquinaacuterios

proacuteprios em especial tratores e colheitadeiras

e) Verificar a meacutedia de empregados efetivos que o agricultor

manteacutem na propriedade

f) Verificar se o agricultor contrata matildeo-de-obra temporaacuteria nos

picos de trabalho (plantio e colheita)

21

g) Verificar se o agricultor depende de assistecircncia teacutecnica para a

exploraccedilatildeo das atividades da propriedade rural

h) Verificar se o agricultor depende de financiamento para o custeio

das safras realizadas na propriedade

223 Compreender como o agricultor realiza a comercializaccedilatildeo de sua produccedilatildeo

agriacutecola

a) Verificar como o agricultor comercializa a sua safra

1 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada em

cooperativas depois de realizada a colheita

2 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada com

induacutestrias ou comerciantes depois de realizada a colheita

3 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente na cooperativa antes da colheita com preccedilos

preacute-fixados

4 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada com

induacutestrias ou comerciantes antes da colheita com preccedilos

prefixados

5 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada em

cooperativas com adiantamentos de recursos em dinheiro ou

insumos com preccedilos a fixar na entrega da safra

6 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente com induacutestrias ou comerciantes com

adiantamento de recursos em dinheiro ou insumos com preccedilos a

fixar na entrega da safra

7 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente em cooperativas com adiantamento de

recursos em dinheiro ou insumos com preccedilos jaacute fixados

8 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente com induacutestrias ou comerciantes com

adiantamentos de recursos em dinheiro ou em insumos com

preccedilos jaacute fixados

22

9 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute vendida antecipadamente

com financiamentos de CPR

10 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute vendida

antecipadamente em mercado futuro na bolsa de mercadorias

b) Verificar quais satildeo os meios utilizados pelo agricultor para

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado c) Verificar o tempo em que o agricultor eacute responsaacutevel pela

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo na propriedade rural

224 Observar a atuaccedilatildeo do agricultor nas bolsas de mercadorias para negociar

sua produccedilatildeo no mercado futuro

a) Verificar quantos agricultores comercializam suas safras ou parte

dela no mercado futuro

b) Verificar o seu conhecimento sobre essa modalidade de negoacutecio

e as razotildees para usar ou natildeo esse tipo de comercializaccedilatildeo Se

ele sabe como funciona o mercado futuro e se jaacute foi procurado

pela BMampF para participar de cursos promovidos pela entidade

225 Analisar a influecircncia do grau de escolaridade do produtor nas atividades

exercidas

a) Verificar se o grau de escolaridade do agricultor influencia na

produtividade das atividades desenvolvidas

b) Verificar se o grau de escolaridade do agricultor influencia na

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

c) Verificar se o grau de escolaridade influencia na maneira como o

agricultor acompanha as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no

mercado

d) Verificar se o grau de escolaridade propicia ao agricultor optar

pela comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de mercadorias

23

226 Analisar a influecircncia da idade do produtor nas atividades exercidas quais

sejam

a) Verificar se a idade do agricultor influencia na produtividade das

atividades desenvolvidas

b) Verificar se a idade do agricultor influencia comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo colhida

c) Verificar se a idade influencia na maneira de o agricultor

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado

d) Verificar se a idade influencia na oportunidade do agricultor em

fazer a comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de mercadorias

227 Investigar se o local de moradia do agricultor influencia nas atividades

desenvolvidas quais sejam

a) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

altera a produtividade das atividades desenvolvidas

b) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

afeta a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

c) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou cidade

influencia na maneira de o agricultor acompanhar as cotaccedilotildees

dos preccedilos dos produtos no mercado

d) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

influencia para fazer a comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de

mercadorias

228 Observar a performance do pequeno meacutedio ou grande agricultor levando

com consideraccedilatildeo a aacuterea que explora

a) Verificar a produtividade das atividades desenvolvidas pelos

pequenos meacutedios e grandes produtores

b) Verificar como se efetiva a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

pelos pequenos meacutedios e grandes produtores

c) Verificar como os pequenos meacutedios e grandes agricultores

acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado

24

d) Verificar se os pequenos meacutedios ou grandes agricultores fazem

a comercializaccedilatildeo de suas safras na bolsa de mercadorias

229 Observar a influecircncia dos maquinaacuterios na produtividade

a) Verificar se o trabalho realizado com maquinaacuterios proacuteprios

influencia na produtividade das safras de soja milho e cafeacute

2210 Observar a influecircncia da assistecircncia teacutecnica na produtividade

a) Verificar a produtividade dos agricultores que natildeo tecircm

assistecircncia teacutecnica dos produtores que tecircm assistecircncia teacutecnica

da Emater das cooperativas e de particulares nas culturas da

soja milho e cafeacute

25

3 O PROBLEMA

O dilema que enfrenta o agricultor estaacute diretamente ligado aos

riscos de produccedilatildeo associado aos baixos preccedilos dos produtos na comercializaccedilatildeo

aleacutem de suas oscilaccedilotildees que dificultam uma previsatildeo gerando muitas dificuldades

na tomada de decisatildeo tanto para a produccedilatildeo como para a comercializaccedilatildeo Gabriel

e Baker (apud BASTIANI 1999) enfatizam que haacute duas fontes externas de riscos

para o produtor rural De um lado a variabilidade nos retornos esperados

provocados pelo mercado e de outro pelo ambiente fiacutesico-climaacutetico As incertezas

do meio ambiente interferem diretamente na produccedilatildeo enquanto que o mercado

interfere nos preccedilos tanto na venda dos produtos como na aquisiccedilatildeo dos insumos

Para Morin (2000) haacute efetivamente dois meios para se enfrentar a

incerteza de uma accedilatildeo A primeira eacute estar totalmente consciente da aposta contida

na decisatildeo tomada e a segunda recorre da estrateacutegia A estrateacutegia elabora um

cenaacuterio de accedilatildeo e examinam as certezas e as incertezas da situaccedilatildeo as

probabilidades e as improbabilidades O cenaacuterio pode e deve ser modificado de

acordo com as informaccedilotildees colhidas ao acaso contratempos ou boas

oportunidades encontradas ao longo do caminho

Do ponto de vista da comercializaccedilatildeo para Marques e Mello (1999)

e Nantes (1997) as dificuldades tornam-se particularmente importantes porque eacute

difiacutecil para o agricultor ajustar rapidamente sua produccedilatildeo em face das mudanccedilas do

mercado aleacutem das interferecircncias climaacuteticas das pragas das doenccedilas etc que os

impede de fazer estimativas precisas de produccedilatildeo e de preccedilos Tanto o comprador

dos produtos primaacuterios como o agricultor se defronta frequumlentemente com o

problema de tentar prever as oscilaccedilotildees de preccedilos na comercializaccedilatildeo dos produtos

agriacutecolas

Para Robbins (2000 p59) uma das tarefas mais desafiadoras para

quem vai tomar uma decisatildeo eacute a anaacutelise das alternativas para a incerteza que natildeo

permite saber de antematildeo o resultado da decisatildeo e o risco porque o tomador da

decisatildeo com base na sua experiecircncia pessoal e em informaccedilotildees do mercado

precisa calcular a probabilidade das alternativas e dos resultados Por essa razatildeo

Tung (1990) afirma que as tomadas de decisotildees constituem a base da

administraccedilatildeo das empresas e tambeacutem satildeo a razatildeo da existecircncia dos

administradores

26

De acordo com Hazell (1982) Perry e Johnson (2000) o produtor

rural natildeo gosta de correr risco assim como qualquer outro empresaacuterio Muitas

vezes prefere alternativas de produccedilatildeo que ofereccedilam niacutevel satisfatoacuterio de

seguranccedila mesmo que represente uma perda de renda na meacutedia dos anos

Para Hanson e Pederson (1998) eacute fundamental que o produtor

tenha capacidade para administrar os riscos que em uacuteltima instacircncia satildeo parte

integrante das atividades agropecuaacuterias pois soacute assim ele poderaacute estabilizar a

renda da propriedade assegurando disponibilidade de recursos para viabilizar o seu

negoacutecio e tambeacutem o sustento de sua famiacutelia

Segundo Gitman (1997 p202) o termo risco tem o mesmo sentido

de incerteza ao se referir agrave variaccedilatildeo de retornos associados a um determinado

investimento O risco pode ser definido como a possibilidade de ter um prejuiacutezo

financeiro

Bernstein (1997) entende que a essecircncia da administraccedilatildeo do risco

estaacute em maximizar as accedilotildees nas aacutereas em que se tecircm os controles sobre os

resultados procurando minimizar as accedilotildees nos setores nos quais natildeo se tem

nenhum controle

Natildeo soacute o setor agropecuaacuterio como os consumidores e todos

aqueles com envolvimento nas atividades agraacuterias tecircm interesse em que a

produccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo dos produtos agriacutecolas se decirc de forma teacutecnica e

economicamente eficiente sem sobressaltos e interrupccedilotildees e com boa

remuneraccedilatildeo a todos (MARQUES 1997)

Diante desses problemas considerando que os agricultores querem

minimizar os riscos e as incertezas na busca do que produzir e das oscilaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos na hora de vender a produccedilatildeo buscou-se identificar com esta

pesquisa Qual eacute o perfil do agricultor do Municiacutepio de Londrina-Pr Como estaacute

produzindo e comercializando as safras de soja milho e cafeacute e a sua atuaccedilatildeo na

comercializaccedilatildeo dos seus produtos na Bolsa de Mercadorias amp Futuro

27

4 JUSTIFICATIVA E RELEVAcircNCIA DO ESTUDO

A Agricultura brasileira tem passado por profundas transformaccedilotildees

nos uacuteltimos anos O padratildeo de estagnaccedilatildeo da economia brasileira que se

caracterizou nos uacuteltimos anos em especial a partir de 1994 com o Plano Real natildeo

ocorre com o setor agropecuaacuterio que tem contribuiacutedo significativamente com a

balanccedila comercial brasileira Na safra de 20012002 o paiacutes obteve uma produccedilatildeo

total de 967 milhotildees de toneladas de gratildeos de acordo com a Cia Nacional de

Abastecimento ndash CONAB (2003d) respondendo por praticamente 13 das

exportaccedilotildees brasileiras

Para Ravanello (2002 p66) a agricultura oferece respostas raacutepidas

quando chamada a contribuir e o Brasil tem aacutereas agricultaacuteveis disponiacuteveis para um

crescimento sustentado e gente com capacidade para transformar esta grande

naccedilatildeo no verdadeiro celeiro do mundo

A escolha do Municiacutepio de Londrina para a realizaccedilatildeo desta

pesquisa se daacute por ser um poacutelo centralizador da produccedilatildeo agriacutecola no Estado do

Paranaacute e pela importacircncia que as culturas de soja milho e cafeacute tecircm no processo de

desenvolvimento econocircmico do Brasil do Paranaacute e em especial no Municiacutepio de

Londrina e regiatildeo e tambeacutem por serem commodities de exportaccedilatildeo negociados nas

principais bolsas de mercadorias do Brasil e do mundo

De acordo com o uacuteltimo censo agropecuaacuterio (IBGE 1996) Londrina

tem como principais produtos agriacutecolas a soja o milho o cafeacute a cana-de-accediluacutecar o

arroz o algodatildeo o feijatildeo e a mandioca com moacutedulo fiscal de 12 hectares -para

efeito de classificaccedilatildeo de imoacuteveis rurais - conforme tabela do INCRA - Instituto

Nacional de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria (INCRA 1997) que apresenta os

seguintes dados como demonstra o quadro 01

28

Estabelecimentos agriacutecolas 3119 propriedades

Aacuterea total dos estabelecimentos 183093 hectares

Aacuterea total de pastagens 83063 hectares

Quantidade de matildeo-de-obra ativa 12203 pessoas

Tratores em operaccedilatildeo 1937 unidades

Rebanho Bovino 138238 cabeccedilas

Rebanho Suiacuteno 30752 cabeccedilas

Produccedilatildeo leite 14674000 litrosano

Efetivo Aviacutecola 1485629 cabeccedilas

Produccedilatildeo de ovos 5020000 duacuteziasano

Quadro 01ndash Nuacutemeros do censo agropecuaacuterio 1995-1996 do Municiacutepio de Londrina

Fonte IBGE (1996)

De acordo com a Conab (2003d) a produccedilatildeo brasileira na safra

20012002 foi de 967 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea de 402194 ha

previsatildeo de colheita na safra 20022003 na ordem de 1152 milhotildees de toneladas

de gratildeos em uma aacuterea de 426886 ha o que corresponde a um aumento na aacuterea

cultivada de 6 na produccedilatildeo de quase 20 e na produtividade de 125

conforme graacutefico 01

9671152

402 426

020406080

100120140

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 01ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

Gratildeos em 20012002 e 20022003 Fonte Conab (2003d)

29

Para a Seab (2003) a produccedilatildeo paranaense na safra de 20012002

foi de 220 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea de 79 milhotildees de hectares

previsatildeo de colheita na safra de 20022003 de 283 milhotildees de toneladas de gratildeos e

algodatildeo na safra de veratildeo em uma aacuterea de 85 milhotildees de hectares o que

corresponde a um aumento na aacuterea cultivada de 75 na produccedilatildeo perto dos 30

e produtividade de 194 conforme graacutefico 02 O Estado do Paranaacute eacute responsaacutevel

por frac14 da produccedilatildeo nacional

220

283

79 85

00

50

100

150

200

250

300

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 02- Comparativo da aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense de

gratildeos de 20012002 e 20022003 Fonte Seab (2003)

De acordo com a Seab (2003) na safra de 20012002 o municiacutepio

de Londrina contribuiu com uma produccedilatildeo de 2238 mil toneladas de gratildeos e a micro

regiatildeo de Londrina composta por 19 municiacutepios circunvizinhos com 119 milhotildees

de toneladas de gratildeos

30

5 O PERFIL DO AGRICULTOR E AS ATIVIDADES AGRAacuteRIAS

Segundo Crepaldi (1993 p17) as atividades agraacuterias tambeacutem

conhecidas como atividades rurais ou agropecuaacuterias satildeo exercidas das mais

variadas formas desde o cultivo caseiro para a subsistecircncia da famiacutelia ateacute os

grandes complexos agro-industriais Mazoyer e Roudart (1997) caracterizam o

sistema agraacuterio como sendo uma associaccedilatildeo de atividades produtivas e de teacutecnicas

utilizadas por uma sociedade visando a satisfazer agraves suas necessidades Eacute a

interaccedilatildeo entre o sistema bioecoloacutegico representado pelo meio natural e o sistema

soacutecio-cultural atraveacutes de praacuteticas resultantes do progresso teacutecnico

Nos Estados Unidos na deacutecada de 1970 convencionou-se o

conhecimento da administraccedilatildeo das propriedades rurais como farm management

que foi um ramo especiacutefico do management pelo fato da administraccedilatildeo rural ter

caracteriacutesticas especiais se comparada com a administraccedilatildeo industrial em razatildeo de

a produccedilatildeo agropecuaacuteria estar intimamente ligada ao processo bioloacutegico da terra e

dos animais(HERBST 1975)

Oliveira (1976) ressalta que as atividades rurais representam todas

as atividades de exploraccedilatildeo da terra seja o cultivo de lavouras e florestas ou a

criaccedilatildeo de animais com vistas agrave obtenccedilatildeo de produtos que venham a satisfazer agraves

necessidades humanas Mesmo com o aumento significativo da populaccedilatildeo das

cidades e com a reduccedilatildeo da populaccedilatildeo rural as atividades agropecuaacuterias continuam

desempenhando papel fundamental no desenvolvimento do paiacutes sendo este setor

responsaacutevel pelos principais produtos de exportaccedilatildeo na balanccedila de pagamento

Para Aloe (1981) os agricultores vecircm especializando-se em sua

produccedilatildeo agropecuaacuteria cultivando ou criando plantas e animais que satildeo procurados

pelo mercado e pelos quais recebem preccedilos mais elevados Dufumier (1996) afirma

que essa produccedilatildeo agropecuaacuteria eacute caracterizada pela combinaccedilatildeo da quantidade de

forccedila de trabalho composta pelas pessoas da famiacutelia do produtor e assalariados com

os distintos meios de produccedilatildeo composta basicamente pela terra maquinaacuterios e

insumos com a intenccedilatildeo de obter diferentes produtos agriacutecolas ou pecuaacuterios Essa

dependecircncia do agricultor em relaccedilatildeo ao mercado consumidor faz com que ele

aleacutem de cultivar ou criar as espeacutecies que o mercado compra sinta-se obrigado a

produzir conforme as exigecircncias desse mesmo mercado Dessa maneira o

31

agricultor vem diminuindo o nuacutemero de atividades em seu estabelecimento rural e

se dedicando a uma ou duas espeacutecies de culturas

Cada vez mais o agricultor produz para o mercado vendendo a

maior parte de sua produccedilatildeo e deixando para o consumo da famiacutelia quantidades

reduzidas de sua colheita Para Souki et al (1999) os produtores brasileiros devem

entender - que em uma eacutepoca de abertura de mercado e draacutesticas transformaccedilotildees

tecnoloacutegicas em que a palavra de ordem eacute qualidade e produtividade - eacute preciso

trabalhar profissionalmente para ser competitivo Para tanto os recursos

tecnoloacutegicos nas aacutereas administrativas teacutecnicas e de informaacuteticas estatildeo disponiacuteveis

e os empresaacuterios rurais que souberem aproveitaacute-los da melhor forma na

administraccedilatildeo de sua propriedade deveratildeo sobreviver e crescer Obviamente os que

se aventurarem a natildeo adotaacute-los fatalmente teratildeo seacuterios problemas para serem

competitivos neste novo perfil de mercado

Nem sempre no entanto esta situaccedilatildeo beneficia o agricultor pois se

a sua renda depende de poucos ou de apenas um produto uma queda do preccedilo do

mesmo ou uma frustraccedilatildeo de safra causa seacuterios prejuiacutezos ao agricultor No atual

estaacutegio de desenvolvimento da agricultura o custo de produccedilatildeo eacute bastante elevado

Para se ofertar um produto condizente com as necessidades do mercado eacute

necessaacuterio empregar fortes doses de adubaccedilatildeo sementes selecionadas e

defensivos agriacutecolas cujos preccedilos satildeo elevados porque dependem de importaccedilatildeo

Da mesma forma intensifica-se cada vez mais a mecanizaccedilatildeo da lavoura a qual

possibilita melhoria significativa de qualidade das praacuteticas agriacutecolas mas que torna

necessaacuterio o desembolso de quantias vultosas para sua compra conservaccedilatildeo e

serviccedilo (CREPALDI1993)

51 O PRODUTOR RURAL COMO EMPRESAacuteRIO

Para Luz (1980 p10) toda propriedade rural que natildeo produza

apenas para a subsistecircncia da famiacutelia de seu proprietaacuterio pode ser considerada

como propriedade de fins lucrativos ou econocircmicos Quanto mais conhecimento

sobre o seu negoacutecio tiver o produtor tanto mais positivos seratildeo os resultados

obtidos O conhecimento das potencialidades de sua propriedade o conhecimento

do mercado consumidor e a adoccedilatildeo de normas essenciais para a execuccedilatildeo das

32

atividades satildeo deveres que se impotildeem ao produtor na administraccedilatildeo do seu

negoacutecio O que produzir quanto produzir e como produzir satildeo dados que tambeacutem

devem estar bem definidos no momento de iniciar qualquer atividade explorativa

Para Batalha (1997) devido agrave situaccedilatildeo atual de dependecircncia do

agricultor com relaccedilatildeo ao mercado torna-se indispensaacutevel aos produtores rurais

ter o conhecimento aprofundado de seu negoacutecio no caso da agricultura Para tanto

o produtor deve estar bem informado sobre as condiccedilotildees de mercado com relaccedilatildeo agrave

cultura que deseja explorar bem como conhecer as condiccedilotildees e os recursos

naturais de sua propriedade rural Evered (1981) enfatiza que o produtor rural deve

tambeacutem ter capacidade de perceber as mudanccedilas no ambiente e analisar suas

futuras implicaccedilotildees Precisa ainda desenvolver habilidade para detectar mudanccedilas

relevantes no ambiente da propriedade nas inovaccedilotildees tecnoloacutegicas no mercado e

tambeacutem no ambiente social e poliacutetico

Segundo Santos e Marion (1993) o sucesso da empresas rural

depende basicamente do grau de gerenciamento dos seus proprietaacuterios que requer

habilidade teacutecnica e administrativa para o aproveitamento racional dos recursos que

estatildeo a sua disposiccedilatildeo como terras maquinaacuterios implementos recursos humanos

infra-estrutura da fazenda e informaccedilotildees para a tomada de decisatildeo a respeito dos

fatores internos da produccedilatildeo e dos externos como o mercado perfil climaacutetico da

regiatildeo onde estaacute localizada a propriedade meios de transporte preccedilos praticados

etc para garantia do lucro e a continuidade da empresa

Conforme explica Crepaldi (1993) no Brasil a maioria das fazendas

eacute administrada pelo proprietaacuterio e sua famiacutelia Entretanto as expressotildees empresa

rural e empresa agriacutecola satildeo encontradas com frequumlecircncia na literatura no sentido de

fazenda propriedade agriacutecola ou estabelecimento agropecuaacuterio organizado com a

finalidade de produccedilatildeo comercial Eacute importante reconhecer que existem diferenccedilas

marcantes entre as empresas rurais e as demais pertencentes a outros setores

econocircmicos Na agricultura o sistema de produccedilatildeo utiliza fatores de produccedilatildeo

provenientes dos vaacuterios setores mas sua caracteriacutestica fundamental eacute o uso da

remuneraccedilatildeo indireta como a matildeo-de-obra familiar e o trabalho administrativo do

proprietaacuterio Outra caracteriacutestica importante da empresa rural eacute a estreita relaccedilatildeo

entre as atividades de investimento produccedilatildeo e consumo na fazenda Gastos com a

famiacutelia do proprietaacuterio administrador satildeo considerados parte integrante da anaacutelise

econocircmica-financeira da empresa

33

Essa empresa rural ou ainda este complexo famiacutelia-fazenda cujos

recursos satildeo dedicados agrave produccedilatildeo agropecuaacuteria sem necessariamente assumir

personalidade juriacutedica tem como objetivo maximizar o valor presente do patrimocircnio

Para Marion (1983) o proprietaacuterio da terra eacute o empresaacuterio mas este

termo representa a unidade de tomada de decisatildeo que pode ser o fazendeiro sua

esposa qualquer dos filhos ou uma combinaccedilatildeo destes Aleacutem disto o empresaacuterio

normalmente trabalha com os membros de sua famiacutelia nas tarefas comuns da

fazenda A famiacutelia tem seguramente influecircncia nas decisotildees administrativas de

sorte que a separaccedilatildeo das funccedilotildees administrativas das demais na empresa rural

natildeo eacute tatildeo simples quanto fora do setor agriacutecola

Bastiani (1999) ressalta que uma grande parte dos agricultores que

tem na agricultura sua principal atividade econocircmica natildeo escolheu ser agricultor e

de uma forma geral essa escolha deu-se por um processo de legado

Transcendendo de geraccedilotildees para geraccedilotildees com forte vinculaccedilatildeo de afetividade a

terra onde os agricultores de ontem eram os avoacutes os de hoje os pais e os de

amanhatilde com grande probabilidade seratildeo os filhos e depois os netos Noronha

(1987 p23) enfatiza que a maior parte das empresas rurais ainda eacute transmitida de

pais para filhos por meio de heranccedilas e tendem a ocorrer em fases de relativa

estabilidade na organizaccedilatildeo da empresa apoacutes muitos anos de experiecircncia

administrativa do proprietaacuterio Na falta de um administrador experiente haacute uma

soluccedilatildeo de continuidade administrativa que pode ter graves consequumlecircncias Mesmo

quando um dos herdeiros se encontra em condiccedilotildees de continuar uma eficiente

administraccedilatildeo a divisatildeo de terras e demais bens entre os herdeiros resultam em

uma reduccedilatildeo no tamanho da empresa de cada um Aleacutem disso existem diferentes

niacuteveis de habilidades administrativas entre os novos empresaacuterios Portanto mesmo

no caso de relativa familiaridade de cada um com o negoacutecio original o mais provaacutevel

eacute que haveraacute significativa perda de eficiecircncia no curto prazo

Atualmente quando a agricultura estaacute cada vez mais voltada para

um mercado mais competitivo a sobrevivecircncia e o crescimento da empresa rural

dependem em grande parte da capacidade empresarial Decisotildees tecircm de ser

tomadas em varias aacutereas com base em conhecimentos teacutecnicos-administrativos -

tanto quanto possiacutevel atualizado - sobre as condiccedilotildees de produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo de insumos e produtos relevantes para a empresa

34

52 o perfil do agricultor brasileiro

Com o objetivo de traccedilar o perfil do agricultor brasileiro a pesquisa

realizada pelo Centro de Estudos Agriacutecolas vinculado ao Instituto Brasileiro de

Economia da Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas encomendada pela Confederaccedilatildeo Nacional

da Agricultura-CNA (2002) cuja amostra total foi de 1837 estabelecimentos rurais

das regiotildees Sul Sudeste Centro-Oeste Pernambuco e Cearaacute detectou na amostra

que

a) 85 dos entrevistados satildeo proprietaacuterios do imoacutevel

b) A idade meacutedia do responsaacutevel eacute de 52 anos

c) A maior concentraccedilatildeo estaacute na faixa de baixa escolaridade (1 a 6

anos que corresponde ao primeiro grau incompleto)

d) 85 dispotildeem de energia eleacutetrica

e) 43 dos estabelecimentos tecircm antena paraboacutelica

f) 56 dispotildeem de um veiacuteculo no estabelecimento

g) 72 utilizam aacutegua encanada

h) 81 tecircm um aparelho de televisatildeo

i) 82 possuem outra fonte de renda gerada fora do

estabelecimento que natildeo os rendimentos da atividade

agropecuaacuteria

j) o microcomputador eacute um instrumento que ainda estaacute para ser

descoberto no meio rural (somente 3 tecircm um microcomputador)

o que dificulta a adoccedilatildeo pelos estabelecimentos de tecnologias

organizacionais importantes para enfrentar as novas exigecircncias

de competitividade impostas pelo mercado

k) No sul um hectare rende em meacutedia o equivalente ao valor de 85

sacas de milho ao preccedilo de R$750 a saca

l) A matildeo-de-obra familiar eacute utilizada em 78 dos estabelecimentos

m) A matildeo-de-obra temporaacuteria eacute utilizada em 81 dos

estabelecimentos

n) Na regiatildeo sul a comercializaccedilatildeo eacute feita preponderantemente via

cooperativas o que tambeacutem ocorre no Centro-Oeste Nas demais

regiotildees prevalecem o sistema de venda direta no mercado ldquopara

quem paga maisrdquo

35

o) 62 receberam educaccedilatildeo puacuteblica atraveacutes de algum membro da

famiacutelia

p) Em geral filhos dos antigos proprietaacuterios passaram a assumir a

conduccedilatildeo do estabelecimento em decorrecircncia das mudanccedilas

organizacionais que estatildeo sendo promovidas em resposta aos

desafios de um mercado muito mais competitivo

q) Quanto maior a distacircncia da propriedade com a sede do

municiacutepio mais difiacutecil eacute o acesso dos produtores rurais agrave

informaccedilatildeo pertinente agrave compra e venda de insumos e produtos

acesso ao creacutedito e cumprimento das obrigaccedilotildees trabalhistas e

tributaacuterias

r) Entre os estabelecimentos estudados predominaram as pequenas

unidades familiares com aacuterea cultivada de ateacute 20 hectares mas

sua participaccedilatildeo na produccedilatildeo perde para os grandes

estabelecimentos Na regiatildeo sul os grandes estabelecimentos

rurais contribuem com aproximadamente 70 da renda gerada

com a produccedilatildeo agriacutecola e pecuaacuteria

36

6 PRODUCcedilAtildeO E PRODUTIVIDADE AGRIacuteCOLA

Apoacutes a Segunda Guerra Mundial o traccedilo mais marcante do padratildeo

de expansatildeo da oferta agriacutecola mundial foi o violento crescimento da produccedilatildeo e da

produtividade que ocorreu principalmente nos paiacuteses desenvolvidos Este aumento

do produto foi igualmente acompanhado pelo crescimento da produccedilatildeo por hectare

A expansatildeo da produccedilatildeo agregada foi mais que suficiente para compensar o

crescimento da populaccedilatildeo e a disponibilidade de alimentos que era de 240 kg por

habitanteano passou em 1996 para 320 kg por habitanteano O desempenho

positivo da agricultura foi conseguido basicamente com o aumento da produtividade

da terra e do trabalho cabendo ao aumento da aacuterea cultivada menor participaccedilatildeo de

acordo com boletim da USDA conforme se verifica no quadro 02 (DIAS BARROS

1998)

DADOS MUNDIAIS 1950 1996

Oferta mundial de gratildeos 630 milhotildees toneladas 18 bilhotildees toneladas

Produtividade meacutedia 11 toneladas por ha 26 toneladas por ha

Aacuterea cultivada com gratildeos 614 milhotildees hectares 696 milhotildees hectares

Alimento disponiacutevel por habitanteano 240 kgs 320 kgs

Quadro 2ndash Evoluccedilatildeo da produtividade e produccedilatildeo mundial de

gratildeos nos uacuteltimos 50 anos

Para Luz (1980) a produtividade natildeo se confunde com a produccedilatildeo

pois enquanto esta tem como significado o total puro e simples do que cada cultura

produziu aquela significa a quantidade de produccedilatildeo obtida por uma unidade de fator

de produccedilatildeo Assim a produtividade da soja eacute medida em sacas ou quilos por

hectare o leite eacute medido em litros por vaca ordenhada e assim por diante Santos

(1993) compartilha desse raciociacutenio denominando a produtividade de rendimento

de cultivos ou criaccedilotildees classificando a produtividade por rendimento elevado

meacutedio ou baixo

37

De acordo com Lacombe e Heilborn (2003 p165) a produtividade eacute

o quociente que resulta na divisatildeo entre a produccedilatildeo obtida e um dos fatores

empregados na produccedilatildeo ou entre a produccedilatildeo obtida e um conjunto ponderado dos

fatores de produccedilatildeo A produtividade nada mais eacute do que uma relaccedilatildeo entre o que

foi obtido e um dos recursos usados para obtecirc-lo Por exemplo na produtividade de

um hectare de terra diz-se que a produtividade eacute tantas toneladas por hectare Se

utiliza-se outros insumos como adubos e irrigaccedilatildeo a produtividade por hectare

aumenta Com o uso de sementes selecionadas obteacutem-se uma produtividade mais

alta por hectare

Na visatildeo de Drucker (2000 p205) a produtividade de qualquer

sociedade desenvolvida repousa cada vez mais na capacidade de fazer com que o

trabalho intelectual seja produtivo e o trabalhador intelectual realizado

Crepaldi (1993) ressalta que a terra eacute o fator de produccedilatildeo mais

importante para as atividades agraacuterias pois eacute nela que se aplicam os capitais e onde

se trabalha para obter a produccedilatildeo Se a aacuterea de terra for ruim ou muito pequena

dificilmente se produziratildeo colheitas abundantes e lucrativas por mais capital ou

trabalho de que disponha o produtor Desse modo uma das grandes preocupaccedilotildees

do produtor deve ser sempre com a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da terra evitando

seu desgaste pelo mau uso e tambeacutem pela erosatildeo

De acordo com Konzen (1977) o cultivo de gratildeos nas grandes

lavouras da regiatildeo sul do Brasil que ocupam mais de 50 da aacuterea total das

propriedades rurais tem elevado grau de produtividade cuja destinaccedilatildeo eacute o

mercado internacional atraveacutes das exportaccedilotildees ficando o restante da aacuterea por

conta da criaccedilatildeo de animais A produtividade das aacutereas se justifica porque os

produtores investem pesadamente em mecanizaccedilatildeo aplicam intensamente

fertilizantes e defensivos nas lavouras utilizam assistecircncia teacutecnica com frequumlecircncia e

tecircm elevada capacidade administrativa com formaccedilatildeo educacional de segundo ou

terceiros graus Pereira (1999) ressalta tambeacutem que a mecanizaccedilatildeo pode

desempenhar um papel importante na busca da produtividade visto que o Brasil eacute

um dos poucos paiacuteses com capacidade de expandir sua produccedilatildeo agropecuaacuteria

seja pelo aumento da aacuterea plantada ou pelo incremento da produccedilatildeo

La Torre (2002) acredita que as grandes propriedades rurais

apresentam maior produtividade da terra que as pequenas em razatildeo do seu faacutecil

acesso ao creacutedito rural Acrescenta que na medida em que esse creacutedito tambeacutem for

38

repassado com mais facilidade agraves pequenas propriedades essa vantagem possa

ser revertida em favor de uma melhor produtividade para as pequenas propriedades

rurais

Nos uacuteltimos 12 anos a produccedilatildeo de gratildeos no paiacutes cresceu de 58

milhotildees de toneladas de gratildeos para a casa dos 100 milhotildees com excepcional

produtividade pois a aacuterea plantada praticamente natildeo aumentou conforme

demonstra o graacutefico 03 Eacute resultado sobretudo do fato de a agricultura brasileira ter

se voltado para o mercado internacional

378 384 356 391 384 368 364 351 367 377 376

11529671003

828824765789

738812

761683

578682

426402

0

20

40

60

80

100

120

9091 9293 9495 9697 9899 0001 0203

Produccedilatildeo (milhotildees de ton) Aacuterea ( milhotildees de ha)

prev

Graacutefico 03- Produtividade de gratildeos no Brasil na uacuteltima deacutecada Fonte Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento

Souza (1999) relata que a elevaccedilatildeo da produtividade na agricultura

eacute muito importante porque tambeacutem contribui para reduzir a pobreza na aacuterea urbana

pela elevaccedilatildeo dos salaacuterios nominais e reais e com isso melhora a distribuiccedilatildeo de

renda em toda a economia Agrave medida em que esta realidade se apresenta diminui a

pobreza absoluta geralmente medida pelo consumo diaacuterio de calorias per capita

39

Com o crescimento da renda as pessoas reduzem o consumo de calorias e passam

a ingerir quantidade maior de proteiacutenas

A necessidade de manter a produccedilatildeo acelerada tanto para a

exportaccedilatildeo como para suprir o mercado interno exige do produtor um aumento da

produtividade que pode ser conseguido pela adoccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

uma vez que existem limites para o aumento da produccedilatildeo apenas mediante a

expansatildeo da aacuterea cultivada (SOUZA 1999 p281)

Streeter (1988) ensina que as inovaccedilotildees tecnoloacutegicas devem ter agrave

frente as universidades puacuteblicas com forte ecircnfase na pesquisa no ensino e na

extensatildeo seguidas das empresas privadas que podem consolidar as soluccedilotildees com

propostas em niacutevel comercial

No conceito de Sorima Neto (1999) o agricultor na busca de

melhorar sua produtividade pode contar inclusive com a ajuda de sateacutelite para

aumentar a colheita Os agricultores do interior de Minas Gerais e de Mato Grosso

conseguem produzir tanto quanto os agricultores americanos o que corresponde a

180 sacas de milho por hectare sendo que a meacutedia brasileira oscila entre 100 e 120

sacas dependendo da regiatildeo

A produtividade conta tambeacutem com a biotecnologia no

desenvolvimento de sementes resistentes a pragas e a inseticidas e plantas que se

adaptam bem a solos pobres e de clima seco Na pecuaacuteria - com as teacutecnicas de

inseminaccedilatildeo artificial e transferecircncia de embriotildees atraveacutes da engenharia geneacutetica -

pode-se produzir bois que rendem o dobro de carne e vacas que geram mais de

quarenta bezerros em um ano O periacuteodo de gestaccedilatildeo de nove meses das vacas eacute

multiplicado pelo artifiacutecio dos embriotildees congelados

O aumento da produtividade por parte dos produtores decorrente da

maior acumulaccedilatildeo de capital e do progresso tecnoloacutegico resulta no aumento do

volume total ofertado reduzindo dessa maneira o preccedilo dos produtos

agropecuaacuterios Pereira (1999) acrescenta que tornou-se indispensaacutevel para o

produtor rural a busca pelo aumento da produtividade o que soacute eacute possiacutevel com

investimentos elevados e adoccedilatildeo de novos processos produtivos que possibilitem a

expansatildeo da produccedilatildeo brasileira Como a estrutura agraacuteria natildeo apresentou avanccedilos

e os pequenos produtores natildeo foram capazes de absorver os avanccedilos tecnoloacutegicos

por falta de escolaridade o meacutedio e o grande produtor assumiram esse setor

implementando novas tecnologias e se adequando ao processo de inovaccedilatildeo

40

Assim aquele produtor que natildeo tem capacidade de investimento

natildeo consegue manter-se no processo e acaba por vender sua propriedade em

funccedilatildeo da sua incapacidade de escala Embora o setor esteja com sua produtividade

em franco crescimento uma grande parte dos produtores em geral pequenos

produtores estatildeo faturando muito pouco ou o suficiente para sobreviver e manter

sua propriedade porque ainda lhes faltam condiccedilotildees e visatildeo econocircmica para

buscar outra fonte para a venda dos seus produtos aleacutem do mercado fiacutesico

61 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DA SOJA

A produccedilatildeo mundial de soja para a safra 20022003 deve chegar a

1894 milhotildees de toneladas de gratildeos segundo dados estatiacutesticos da USDA De

acordo com levantamentos realizados pela Conab a safra brasileira 20012002 foi

de 419 milhotildees de toneladas com perspectiva de colheita recorde em 20022003 na

ordem de 503 milhotildees de toneladas de gratildeo Esses nuacutemeros correspondem a 26

da produccedilatildeo mundial com destaque para os estados do Mato Grosso Paranaacute e Rio

Grandes do Sul atualmente os maiores produtores nacionais conforme demonstra

o graacutefico 04 (TAVARES 2002)

Produccedilatildeo outros paiacuteses74

Produccedilatildeo brasileira

26

Produccedilatildeobrasileira Produccedilatildeo outrospaiacuteses

1391

503

41

Graacutefico 04ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de soja para safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Na safra da soja de 20012002 o Brasil teve uma produccedilatildeo de

4284 sacas por hectare equivalente a 1036 sacas de 60 kgs por alqueire paulista

Na safra de 20022003 a estimativa da aacuterea a ser cultivada eacute de 180 milhotildees de

hectares e produccedilatildeo de 503 milhotildees de toneladas de gratildeos Mantendo esta

previsatildeo o aumento na aacuterea cultivada seraacute de 10 da produccedilatildeo de 20 e da

produtividade 85 conforme revela o graacutefico 05 (CONAB 2003c)

419

503

163 180

0

10

20

30

40

50

60

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 05ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

soja de 20012002 e 20022003

A produccedilatildeo brasileira de soja para a safra 20022003 deve chegar a

503 milhotildees de toneladas de gratildeos segundo dados estatiacutesticos da Conab A

mesma fonte ressalta que a produccedilatildeo paranaense de 20012002 foi de 92 milhotildees

de toneladas com perspectiva de colheita recorde em 20022003 na ordem de 102

milhotildees de toneladas de gratildeos e que corresponde a 20 da produccedilatildeo brasileira

conforme demonstra o graacutefico 06 (CONAB 2003c)

42

Produccedilatildeo Outros

Estados80

Produccedilatildeo Paranaacute

20

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

401

102

Graacutefico 06ndash Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de soja na safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Outros dados da Conab (2003c) registram que o Paranaacute colheu na

safra de 20012002 4791 sacas por hectare o que corresponde a 11594 sacas de

60 kgs por alqueire paulista - foi superior a meacutedia nacional em 1183 Na safra de

20022003 estima-se uma colheita de 102 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma

aacuterea de 35 milhotildees de hectares de terras - Corresponde um aumento na aacuterea de

quase 10 aumento na produccedilatildeo de 108 e na produtividade de 139 como

demonstra o graacutefico 07 Com a obtenccedilatildeo da produtividade de 4857 sacas por

hectare que corresponde a 11753 sacas de 60 kgs por alqueire paulista a

produtividade seraacute superior a meacutedia nacional em 5

43

92102

32 35

0

2

4

6

8

10

12

Safra 20012002 Safra 20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 07ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de soja de 20012002 e 20022003

Tavares (2002) comenta que se for considerado que o custo de

produccedilatildeo da safra brasileira gira em torno de 40 inferior ao custo dos produtores

nortes americanos com uma produtividade superior em quase 20 e rentabilidade

que varia entre 25 a 30 o produtor de soja brasileiro tem todas as condiccedilotildees de

competitividade podendo produzir - natildeo soacute para o mercado interno - como aumentar

as exportaccedilotildees para o mercado internacional Contudo ressalta que os pequenos e

meacutedios produtores deveratildeo ter certa dificuldade para realizar esse tipo de operaccedilatildeo

pelo fato de natildeo efetuarem diretamente a comercializaccedilatildeo externa da sua produccedilatildeo

Desde os anos 70 o Brasil manteacutem uma posiccedilatildeo de respeito no

mercado mundial da soja Santana (1984) explica que essa importacircncia se daacute por

trecircs razotildees 1) Pelo grau de modernizaccedilatildeo alcanccedilado nas unidades agriacutecolas de

produccedilatildeo de soja 2) Pelo periacuteodo de produccedilatildeo da soja brasileira que entra no

mercado internacional no periacuteodo de entressafra da soja americana e 3) Pelo maior

teor de oacuteleo e de proteiacutena existente no gratildeo de soja produzido no Brasil

A modernizaccedilatildeo das propriedades rurais estaacute diretamente

relacionada com a mecanizaccedilatildeo das lavouras que eacute praticamente completa em

todas as fases do processo produtivo que vai desde a preparaccedilatildeo da terra ateacute a

colheita Nas grandes regiotildees de cultivo desta cultura se concentra mais da metade

da frota de tratores do paiacutes Sabe-se que natildeo eacute a totalidade desta frota destinada agraves

44

lavouras de soja mas pela magnitude da aacuterea de soja plantada nas regiotildees e pelos

altos iacutendices de produccedilatildeo alcanccedilados pode-se deduzir que parte consideraacutevel

dessa frota regional faccedila parte da base teacutecnica da produccedilatildeo dessa oleaginosa Eacute de

conhecimento puacuteblico que a cultura da soja exige um dos maiores niacuteveis de

mecanizaccedilatildeo em todos os estaacutegios de sua produccedilatildeo(AYRES 1985)

62 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DO MILHO

Na escala da produccedilatildeo mundial de milho os Estados Unidos

aparece com a maior participaccedilatildeo na ordem de 405 a China em segundo lugar

com 191 e o Brasil com uma produccedilatildeo de 6 Segundo dados estatiacutesticos da

USDA a produccedilatildeo mundial de milho para a safra 20022003 deve chegar a 5916

milhotildees de toneladas de gratildeos conforme demonstra o graacutefico 8 (MOREIRA 2002)

Produccedilatildeo Brasileira

6

Produccedilatildeo Outros Paiacuteses

94ProduccedilatildeoBrasileiraProduccedilatildeo OutrosPaiacuteses

5541 375

Graacutefico 08ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de milho para a safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Na safra 20012002 o Brasil teve uma produccedilatildeo de 5240 sacas por

ha o que corresponde a 127 sacas de 60 kgs por alqueire paulista Na safra de

45

20022003 a estimativa da aacuterea a ser cultivada eacute de 122 milhotildees de hectares e

produccedilatildeo de 375 milhotildees de toneladas de gratildeos com produtividade de 5123

sacas por hectare correspondendo a 124 sacas de 60 kgs por alqueire paulista Se

persistir essa previsatildeo haveraacute aumento na aacuterea de 3 de 1 na produccedilatildeo e

produtividade inferior em 2 conforme demonstra o graacutefico 09 (CONAB 2003b)

371 375

118 122

05

10152025303540

Safra20012002

Previsatildeo Safra2022003

Produccedilatildeo(milhotildees ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 09ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

milho de 20012002 e 20022003

Na previsatildeo da produccedilatildeo brasileira de 375 milhotildees de toneladas de

gratildeos de milho para a safra 20022003 o Estado do Paranaacute deveraacute contribuir com

uma safra de 117 milhotildees de toneladas o correspondente a quase 13 da produccedilatildeo

nacional conforme graacutefico 10 (CONAB 2003b)

46

Produccedilatildeo Paranaacute

31Produccedilatildeo Outros

Estados 69

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

258

117

Graacutefico 10ndash Previsatildeo da produccedilatildeo Brasileira e Paranaense de milho para a safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Ainda de acordo com os dados da Conab (2003b) o Paranaacute colheu

na safra de 20012002 6265 sacas por hectare o que corresponde a 15161 sacas

de 60 kgs por alqueire paulista superior agrave meacutedia nacional em 195 Na safra de

20022003 a Conab estima que o plantio seraacute em 263 milhotildees de hectares e a

colheita de 1176 milhotildees de toneladas de gratildeos O aumento da aacuterea seraacute de 5 da

produccedilatildeo 25 e da produtividade perto de 20 com a obtenccedilatildeo da produtividade

de 7452 sacas por hectare que corresponde a 18033 sacas de 60 kgs por alqueire

paulista tambeacutem superior a meacutedia nacional em 455 conforme o graacutefico 11

47

936

1176

249 263

02468

101214

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton) Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 11ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de milho de 20012002 e 20022003

Tradicionalmente os preccedilos do milho sempre estiveram proacuteximos do

preccedilo miacutenimo pago pelo governo fazendo com que o Estado constantemente

promovesse intervenccedilotildees no mercado para garantir receita ao produtor rural Com a

exportaccedilatildeo do produto favorecido pelas altas taxas de cacircmbio nos anos de 2001 e

2002 o preccedilo passou a ter referecircncia na paridade dos preccedilos de exportaccedilatildeo

proporcionando ao produtor uma melhora substancial no preccedilo do milho cultivado

(MOREIRA 2002)

De acordo com Alves (1998) a cultura do milho expandiu-se no

territoacuterio nacional assim como as demais exploraccedilotildees tradicionais usando a

tecnologia primitiva com o produtor derrubando as matas a procura da fertilidade

natural dos solos O milho hiacutebrido apareceu na deacutecada de 1950 e o uso de

maacutequinas equipamentos e fertilizantes tornou-se significativo a partir da deacutecada de

1970 Portanto a cultura se estabeleceu no paiacutes com uma tecnologia de niacutevel de

produtividade baixo e tambeacutem compatiacutevel com a dotaccedilatildeo de fatores em que a terra

e a matildeo-de-obra eram abundantes Com o crescimento e a diversificaccedilatildeo do

mercado interno de trabalho de produtos e de insumos a consequumlente

industrializaccedilatildeo a urbanizaccedilatildeo e a competiccedilatildeo proporcionada pela abertura do

comeacutercio internacional houve mudanccedilas dramaacuteticas nas exigecircncias tecnoloacutegicas da

48

agricultura nacional hoje mais fundamentada na ciecircncia e em teacutecnicas de cultivo

que procuram usar a terra mais intensamente e com o miacutenimo de matildeo-de-obra

63 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DO CAFEacute

A atividade cafeeira vem representando ao longo dos uacuteltimos anos

um importante fator de desenvolvimento econocircmico e social para muitos paiacuteses

Segundo Moricochi et al (1997) o cafeacute movimentou mais de US$ 40 bilhotildees no

mercado mundial em 1997 constituindo-se em uma importante atividade para a

geraccedilatildeo de emprego e renda sendo que mais de 20 milhotildees de pessoas no mundo

dependem diretamente dessa atividade

A produccedilatildeo mundial de cafeacute beneficiado para a safra 20022003

deve chegar a 1209 milhotildees de sacas de 60 quilos pelos dados estatiacutesticos da

USDA Em levantamentos realizados pela Conab (2003a) a safra brasileira

20022003 estaacute estimada em 472 milhotildees de sacas beneficiadas com 373 milhotildees

de cafeacute araacutebica e 99 milhotildees de cafeacute robusta sendo considerada a maior produccedilatildeo

da histoacuteria do Brasil conforme demonstra o graacutefico 12

Produccedilatildeo Brasileira

39

Produccedilatildeo Outros Paiacuteses61

ProduccedilatildeoBrasileiraProduccedilatildeo OutrosPaiacuteses

737 472

Graacutefico 12ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de cafeacute para a safra 20022003 (em milhotildees de sacas de 60 kgs de cafeacute beneficiado)

49

Esse recorde se deve agraves oacutetimas condiccedilotildees climaacuteticas no periacuteodo de

floraccedilatildeo e formaccedilatildeo dos gratildeos e tambeacutem pela mudanccedila no perfil do parque cafeeiro

nacional Nas aacutereas tradicionais de plantio no sul de Minas Gerais Satildeo Paulo e

Paranaacute as lavouras antigas estatildeo sendo substituiacutedas desde 1994 por cafezais de

plantio adensados (MORAES FILHO 2002)

De acordo com a Conab (2003a) o Brasil colheu - na safra de

20012002 - 243 milhotildees de toneladas de cafeacute beneficiados o que corresponde a

4052 milhotildees de sacas em uma aacuterea de 237 milhotildees de hectares Para a safra de

20022003 o Brasil deveraacute colher 283 milhotildees de toneladas de cafeacute em uma aacuterea de

258 milhotildees de hectares o que corresponde a 472 milhotildees de sacas beneficiadas

em 48 milhotildees de peacutes de cafeacute em franca produccedilatildeo sendo mais da metade em

Minas Gerais A produccedilatildeo de 1841 sacas de 60 kgs por hectare corresponde a

4455 sacas por alqueire paulista O aumento na aacuterea seraacute de 886 na produccedilatildeo

1646 e 7 na produtividade conforme demonstra o graacutefico 13

243

283

237

258

212223242526272829

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 13ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

cafeacute de 20012002 e 20022003

Para Moraes Filho (2002) o mercado estaacute apresentando reduccedilotildees

contiacutenuas nas cotaccedilotildees internacionais nas uacuteltimas cinco safras devido ao

significativo aumento na oferta resultado de incremento na produccedilatildeo em paiacuteses

tradicionais e principalmente em paiacuteses que ateacute entatildeo natildeo eram exportadores

50

importantes No final do ano de 2001 e iniacutecio de 2002 os preccedilos do cafeacute no mercado

internacional atingiram o menor niacutevel dos uacuteltimos 30 anos Nas safras de 19981999

19992000 e 20002001 a produccedilatildeo mundial de cafeacute foi superior ao consumo

permitindo a recomposiccedilatildeo dos estoques nos paiacuteses importadores A partir da safra

20032004 poderaacute ocorrer uma recuperaccedilatildeo das cotaccedilotildees dos preccedilos internacionais

diante da perspectiva da reduccedilatildeo nas aacutereas de plantio do cafeacute em especial no Brasil

e no Vietnatilde primeiro e segundo exportadores mundiais seguidos de paiacuteses da

Ameacuterica Central

Com a recuperaccedilatildeo dos preccedilos o Brasil tende a apresentar um

sensiacutevel crescimento neste mercado em que o segmento que mais cresce eacute o de

cafeacutes expressos cujo blend natildeo pode dispensar o cafeacute brasileiro com corpo

fundamental para a qualidade do cafeacute expresso (HEMERLEY 2001)

Na previsatildeo da produccedilatildeo brasileira de 470 milhotildees de sacas de cafeacute

beneficiadas para a safra 20022003 o Estado do Paranaacute deveraacute contribuir com uma

safra de 23 milhotildees de sacas o que corresponde a 5 da produccedilatildeo nacional

conforme demonstra o graacutefico 14

Produccedilatildeo Paranaacute

5

Produccedilatildeo Outros

Estados95

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

449 23

Graacutefico 14ndash Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e Paranaense de cafeacute para a safra 20022003 (em milhotildees de sacas de 60 kgs de cafeacute beneficiadas)

51

Segundo a Conab (2003a) o Paranaacute colheu na safra de 20012002

1851 sacas de cafeacute beneficiadas por hectare o equivalente a 4479 sacas por

alqueire A estimativa para a colheita na safra de 20022003 eacute de 1685 sacas por

hectare O que corresponde a 4077 sacas beneficiadas por alqueire paulista Se

confirmada esta previsatildeo haveraacute uma reduccedilatildeo de 27 na aacuterea plantada na

produccedilatildeo 115 e na produtividade 89 conforme demonstra o graacutefico 15

Ressalte-se tambeacutem que a produtividade no Estado do Paranaacute seraacute 7 inferior agrave

produtividade nacional

1452

128513071271

115120125130135140145150

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo (em milton)Aacuterea (em mil ha)

Graacutefico 15ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de cafeacute de 20012002 e 20022003

52

7 AS MODALIDADES DE COMERCIALIZACcedilAtildeO DOS PRODUTOS AGRIacuteCOLAS

Produtores rurais normalmente natildeo tecircm ou tecircm pouco poder de negociaccedilatildeo vendendo seus produtos em

mercados de pouca concorrecircncia Na maioria das vezes os preccedilos satildeo determinados pelos compradores

dentro dos limites impostos por outros concorrentes Segundo Boone e Kurtz (1998) a determinaccedilatildeo do

preccedilo de venda de um produto pode ser efetivado de duas diferentes formas o preccedilo de mercado e o preccedilo de

custo cada qual proporcionando dois meacutetodos puros de determinaccedilatildeo de preccedilos O preccedilo a ser pago por

certo produto eacute derivado do equiliacutebrio obtido entre a quantidade de oferta deste produto e a demanda por ele

estimulada O risco de flutuaccedilotildees adversas de preccedilos eacute um dos fatores que mais incomodam os produtores

rurais e todos os que precisam comercializar seus produtos Pelas suas caracteriacutesticas os preccedilos dos produtos

agriacutecolas estatildeo sujeitos a grandes oscilaccedilotildees satildeo de difiacutecil previsatildeo e geram muitas dificuldades nessa

tomada de decisatildeo

Para Bressan (1999) eacute indispensaacutevel que o produtor rural antes de iniciar a produccedilatildeo estabeleccedila a estrateacutegia

de comercializaccedilatildeo conheccedila os mercados canais de distribuiccedilatildeo tendecircncias e identifique oportunidades de

mercado

A anaacutelise do mercado eacute de fundamental importacircncia para o produtor As informaccedilotildees produzidas pelo estudo

do mercado permitem ao produtor identificar as necessidades nichos onde vai atuar oportunidade para

colocar o produto na hora certa tendecircncias do comportamento do mercado com relaccedilatildeo a sua ascensatildeo ou

decliacutenio (MAXIMIANO 2000 p401)

Para Azevedo (1997 p51) os produtos agropecuaacuterios diferem dos outros uma grande parte consiste em

produtos alimentares mas outros - como tecidos ou borracha - atendem a outros diferentes anseios dos

consumidores Alguns satildeo pereciacuteveis como eacute o caso dos derivados do leite enquanto outros podem ser

estocados por mais tempo sem cuidados exagerados como eacute o caso do cafeacute e ateacute mesmo do milho e da soja

Os produtos agropecuaacuterios satildeo basicamente bens de primeira necessidade e por consequumlecircncia costumam ter

um baixo valor unitaacuterio

Segundo Azevedo (1997 p53) a produccedilatildeo agriacutecola sofre as restriccedilotildees ditadas pela natureza e sua oferta

depende de dois elementos relevantes a) as condiccedilotildees climaacuteticas e b) o periacuteodo de maturaccedilatildeo dos produtos

No primeiro caso o resultado da atividade agriacutecola tanto em termos quantitativos quanto qualitativos eacute

particularmente dependente das condiccedilotildees do tempo Desse modo um elemento aleatoacuterio condiciona a

produccedilatildeo agriacutecola e consequumlentemente a comercializaccedilatildeo dos produtos agropecuaacuterios Avanccedilos

53

tecnoloacutegicos como eacute o caso da irrigaccedilatildeo permitem a reduccedilatildeo desse efeito aleatoacuterio proveniente das

condiccedilotildees climaacuteticas No entanto excluindo a produccedilatildeo em estufas ndash economicamente inviaacutevel para grandes

volumes de produccedilatildeo ndash a atividade agriacutecola ainda depende profundamente das condiccedilotildees climaacuteticas

No segundo caso a natureza impotildee um espaccedilo de tempo entre a decisatildeo de investir e a efetiva produccedilatildeo

agriacutecola Eacute a interferecircncia das estaccedilotildees do ano e a sazonalidade A sucessatildeo de safras e entressafras decorre

da natureza bioloacutegica da produccedilatildeo agriacutecola Tipicamente a produccedilatildeo agriacutecola concentra-se em algumas

eacutepocas do ano O cafeacute por exemplo tem sua colheita na entrada do inverno A carne bovina por sua vez tem

o pico da safra durante o outono quando as chuvas comeccedilam a escassear Esta caracteriacutestica sazonal eacute uma

determinante fundamental no comportamento dos preccedilos na hora da comercializaccedilatildeo

Para Azevedo (1997 p54) o cafeicultor pode armazenar sua safra colhida por exemplo mas isso tem um

custo Aleacutem do custo de armazenagem existe o custo financeiro de deixar o produto parado O cafeicultor

que natildeo transforma sua colheita em dinheiro estaacute abdicando da taxa de juros que o valor da colheita poderia

receber no mercado financeiro Do mesmo modo acontece com o pecuarista que pode manter seus bois

durante o inverno mas a entrada da seca no entanto encarece a manutenccedilatildeo dos animais Como

consequumlecircncia o preccedilo desses insumos varia ao longo das estaccedilotildees do ano de modo a premiar aqueles que

vendem seus produtos fora da safra A comercializaccedilatildeo dos produtos agropecuaacuterios necessariamente

subordina-se ao comportamento sazonal O ritmo da produccedilatildeo das vendas e a formaccedilatildeo dos estoques

caminham conforme determinam as estaccedilotildees do ano As atividades agropecuaacuterias ainda estatildeo longe da linha

de produccedilatildeo industrial na qual o empresaacuterio pode controlar com maior cuidado o tempo a quantidade e a

qualidade do produto

As principais alternativas que os produtores rurais tecircm para comercializar seus produtos satildeo

a) Venda na eacutepoca da colheita

b) Venda antes da colheita atraveacutes de contrato com preccedilo fixado ou a fixar

c) Venda antecipada por meio de Ceacutedula do Produtor Rural (CPR)

d) Venda atraveacutes de contrato no mercado futuro

A venda fiacutesica no balcatildeo ou a venda informal na eacutepoca da colheita permite que comprador e vendedor

negociem seus preccedilos de acordo com o momento e os seus interesses chegando em um consenso que

beneficie a ambos

Segundo Mendes (1982) nesse tipo de comercializaccedilatildeo o produtor entrega a sua produccedilatildeo na eacutepoca da

colheita pelo preccedilo em vigor que geralmente estaacute aviltado pela elevaccedilatildeo da oferta dos produtos no mercado

54

Ao escolher esta alternativa o produtor abandona qualquer ganho de possiacuteveis aumentos dos preccedilos e

tambeacutem perde a possibilidade de obter um preccedilo meacutedio mais compensador atraveacutes de diversos periacuteodos O

agricultor que segura o produto para vender na eacutepoca da colheita acredita que fatores exoacutegenos provocaratildeo

um aumento no preccedilo do produto

De acordo com Aguiar (1999) os preccedilos do mercado fiacutesico tendem a seguir o caminho dos mercados futuros

Isso natildeo significa que a variaccedilatildeo do preccedilo futuro esteja causando variaccedilatildeo no preccedilo agrave vista mas que ambos

tendem a se mover no mesmo sentido diante das mudanccedilas nos fundamentos do mercado O movimento

conjunto dos preccedilos nos mercados fiacutesicos e futuro decorre do fato de as operaccedilotildees poderem ser concluiacutedas

por entrega do produto Assim preccedilo agrave vista e a futuro tendem a convergir agrave medida que se aproxima a eacutepoca

da entrega

Na modalidade de pagamento antecipado com entrega futura a induacutestria ou o cerealista efetua adiantamento

do capital de giro aos produtores antes do plantio em troca do recebimento dos produtos na eacutepoca da

colheita

A CPR eacute uma ceacutedula garantida pelo Banco do Brasil regulado por lei que permite a negociaccedilatildeo antecipada

por parte dos agricultores em leilotildees organizados para esse fim A vantagem da CPR em relaccedilatildeo a outras

formas de venda antecipada eacute que a ceacutedula - por ter garantia de instituiccedilatildeo financeira - apresenta maior

liquidez O tiacutetulo pode ser emitido em qualquer fase da safra ou seja antes do plantio durante o

desenvolvimento da cultura na colheita ou ateacute mesmo quando o produto jaacute estiver colhido (MARQUES

MELLO1999)

A legislaccedilatildeo que criou e regulamentou as operaccedilotildees com CPR foi instituiacuteda em 1994 para satisfazer agrave

demanda dos produtores cujo objetivo era financiar suas safras com a venda antecipada da produccedilatildeo para as

instituiccedilotildees financiadoras Ateacute o final da deacutecada dos anos 80 as vendas antecipadas de soja jaacute eram bastante

difundidas entre os produtores e cerealistas da regiatildeo dos cerrados apesar da falta de normatizaccedilatildeo Esta seria

entatildeo a melhor forma de captar recursos para o plantio da safra A princiacutepio estas operaccedilotildees natildeo eram

ldquotravadasrdquo em preccedilo Eram negociadas atraveacutes de contratos com preccedilos a fixar onde o produtor comprometia

um volume maior de soja contra o adiantamento do recurso para o custeio da safra A fixaccedilatildeo do preccedilo era

feita apoacutes a entrega dos gratildeos e o saldo restante era entatildeo pago ao produtor Em 1987 a empresa Cutrale

Quintella passou a oferecer a preacute-fixaccedilatildeo da soja ou soja verde em que jaacute ficava travado no fechamento da

55

operaccedilatildeo preccedilo futuro internalizado e cacircmbio Com isso os produtores obtinham uma proteccedilatildeo de preccedilo que

compreendia tambeacutem o frete rodoviaacuterio repassando este risco para os cerealistas (PIMENTEL 2000)

No Brasil a fixaccedilatildeo antecipada de preccedilos dos produtos agriacutecolas fora dos mercados futuros da BMampF

costuma ser mais cocircmoda para o produtor devido agraves poucas garantias exigidas menor acompanhamento de

mercado e ausecircncia de ajustes financeiros diaacuterios Ressalte-se que o custo dessa comodidade costuma ser

excessivamente alto consumindo parcela significativa dos lucros dos produtores pois os preccedilos fornecidos

pelos compradores embutem seus custos operacionais e principalmente os riscos de queda dos preccedilos no

mercado internacional (AGRIANUAL 2000)

Para Souza (1995) os pequenos produtores se dariam melhor se utilizassem agraves cooperativas porque elas

podem se constituir em um elo entre o produtor rural e as bolsas de mercadorias Ao utilizar essa estrateacutegia a

cooperativa atraveacutes de seu quadro de funcionaacuterios especializados natildeo soacute permitiria o acesso do pequeno

produtor ao financiamento do ajuste diaacuterio como tambeacutem administraria cotaccedilotildees e preccedilos dos produtos nos

mercados

Azevedo (1997 p51) ressalta que o ato de comprar e vender natildeo eacute uma tarefa trivial A adoccedilatildeo de um

mecanismo de comercializaccedilatildeo inapropriado fatalmente implica em riscos com prejuiacutezos para o produtor

mesmo ele sendo competitivo em termos de eficiecircncia produtiva A competitividade depende profundamente

de sua eficiecircncia na comercializaccedilatildeo de seus produtos A escolha do mecanismo de comercializaccedilatildeo

portanto natildeo eacute aleatoacuteria

Para Coble e Barnett (1999) a bolsa de mercadorias em especial oferece aos produtores vaacuterios

instrumentos de gerenciamento de riscos O grande problema estaacute na falta de informaccedilotildees do produtor que

praticamente desconhece esse ferramental Espera-se que consultores cooperativas e profissionais com

experiecircncia e conhecimento desses instrumentos possam orientar os produtores oferecendo cursos

relacircmpago

Para Marques (2001) as estrateacutegias de gerenciamento de riscos de preccedilos compreendem a escolha de uma

alternativa de comercializaccedilatildeo ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias delas Os produtores devem fazer uso dessas

ferramentas para se protegerem do risco de flutuaccedilotildees de preccedilo que ocorre com os produtos agriacutecolas entre o

periacuteodo de plantio e sua venda efetiva na eacutepoca da colheita

Segundo Tsunechiro (1983) a administraccedilatildeo do problema dos riscos na comercializaccedilatildeo dos produtos

agriacutecolas surgiu no seacuteculo XIX O crescimento da industrializaccedilatildeo originou maior necessidade de capital e

56

creacutedito e tambeacutem os riscos crescentes do preccedilo devido basicamente ao aumento da competiccedilatildeo entre os

produtores e os agentes de comercializaccedilatildeo A necessidade de volumes de capital de giro foi realizada pelos

sistemas bancaacuterios nacionais e internacionais e a necessidade de grandes volumes de capitais destinados ao

novo tipo de produccedilatildeo foi atendida pelas bolsas de valores Para que os riscos de preccedilos fossem transferidos

algueacutem deveria estar disposto a assumiacute-los surgem entatildeo as bolsas de futuros com este propoacutesito e

juntamente com ela o especulador

Hull (2000) Williams (1999) e Alexander (2002) afirmam que os especuladores satildeo fundamentais nas

operaccedilotildees em mercado futuro porque eles na tentativa de ganho faacutecil assumem os riscos que os produtores

e compradores tentam evitar dando ao mercado a liquidez necessaacuteria agrave viabilizaccedilatildeo dos negoacutecios

Os mercados de futuro abrem a possibilidade de estabilizaccedilatildeo e

menores riscos permitindo melhor planejamento reduccedilatildeo de custos nas

transaccedilotildees com maiores ganhos nas safras colhidas De acordo com Marques

(2000 p215) e Teixeira (2002) os mercados futuros de commodities agropecuaacuterios

satildeo uma forma de propiciar um certo ldquosegurordquo em meio a tantos riscos para o

produtor rural para a induacutestria agro-processadora e para todos aqueles que deteacutem o

produto ou contratos sobre o mesmo possibilitando uma ldquogarantiardquo quanto agrave queda

ou agrave elevaccedilatildeo do preccedilo Os mercados futuro satildeo uma forma eficaz de eliminaccedilatildeo

de um dos principais riscos da atividade agropecuaacuteria que eacute a incerteza de preccedilos

em um tempo futuro quando se daraacute a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

Segundo Schouchana (1997 p9) para o vendedor a operaccedilatildeo no

mercado futuro agropecuaacuterio atende agrave necessidade de fixar um preccedilo de venda de

sua mercadoria antecipadamente chamado travamento de preccedilo ou hedge para

se proteger do risco da queda de preccedilo e garantir uma margem de rentabilidade Previdelli (1999 p63) pondera que na operaccedilatildeo com hedge o indiviacuteduo seja comprador ou vendedor fixa

hoje o preccedilo a ser pago pelo produto em uma data futura Para o comprador o objetivo eacute fixar um preccedilo

maacuteximo a ser pago pelo produto que pretende obter enquanto que para o vendedor o objetivo eacute garantir um

preccedilo miacutenimo para a sua produccedilatildeo

Working (1962) define hedge como o uso de contratos como um substituto temporaacuterio de uma transaccedilatildeo

posterior no mercado agrave vista Assim a hedge pode envolver uma posiccedilatildeo vendida no mercado futuro contra

uma posiccedilatildeo comprada no mercado fiacutesico ou uma posiccedilatildeo comprada no mercado futuro contra um

57

compromisso de venda no mercado agrave vista ou ainda contra uma alta de preccedilos de mercadorias a serem

consumidas no futuro

Segundo Marques (2000 p212) um contrato futuro eacute uma obrigaccedilatildeo legalmente exigiacutevel de entregar ou

receber uma determinada quantidade de mercadoria de qualidade preacute-estabelecida pelo preccedilo ajustado no

pregatildeo

De acordo com Marques e Mello (1999) a principal funccedilatildeo dos mercados futuros eacute garantir que todos aqueles

que mantecircm interesse na compra ou venda de uma determinada mercadoria fiacutesica se protejam de eventuais

oscilaccedilotildees desfavoraacuteveis de preccedilos que possam ocorrer no futuro assegurando assim uma determinada

rentabilidade Saliente-se entretanto que em uma operaccedilatildeo em mercados futuros natildeo se recebe ou se paga

nenhum valor adiantadamente a natildeo ser os ajustes diaacuterios que satildeo uma fraccedilatildeo muito pequena com relaccedilatildeo ao

valor do contrato O ajuste diaacuterio eacute a diferenccedila diaacuteria constatada nas oscilaccedilotildees do mercado para cima ou para

baixo que a parte vendedora recebe da parte compradora quando o preccedilo cai e vice-versa conforme se

verifica nas tabelas 01 e 02

Ressalte-se que tanto vendedor como comprador aleacutem de natildeo se conhecerem poderatildeo sair do negoacutecio a

qualquer momento bastando para isso fechar os contratos fazendo a operaccedilatildeo contraacuteria desde que tenha no

mercado agentes interessados em comprar ou vender

TABELA 01ndash Exemplo de hedge e ajuste diaacuterio para o vendedor de cafeacute (hipoacutetese da venda de 5 contratos = 500 sacas)

DIA PRECcedilO DO

FECHAMENTO

BOLSA PSACA

AJUSTE

DIAacuteRIO

POSICcedilAtildeO DO VENDEDOR (PRODUTOR NO CASO)

1110 R$ 10000 R$000 O PRODUTOR NESTE DIA NAtildeDA PAGA E NAtildeDA

RECEBE

1210 R$ 9900 -R$100 O PRODUTOR RECEBE R$50000 PORQUE O PRECcedilO

NO MERCADO CAIU R$100 (R$100 X 500 SACAS)

1310 R$ 9700 -R$200 O PRODUTOR RECEBE R$100000 PORQUE O

PRECcedilO NO MERCADO CAIU R$200 (R$200 X 500

SACAS)

Fonte autor

58

TABELA 02ndash Exemplo de hedge e ajuste diaacuterio para o comprador de cafeacute (hipoacutetese da compra de 5 contratos = 500 sacas)

DIA PRECcedilO DO

FECHAMENTO

BOLSA PSACA

AJUSTE

DIAacuteRIO

POSICcedilAtildeO DO COMPRADOR (INDUSTRIAL OU

EXPORTADOR NO CASO)

1110 R$ 10000 R$000 O COMPRADOR NESTE DIA NAtildeDA PAGA E NAtildeDA

RECEBE

1210 R$ 9900 +R$100 O COMPRADOR PAGA R$50000 PORQUE O PRECcedilO NO

MERCADO CAIU R$100 (R$100 X 500 SACAS)

1310 R$ 9700 +R$200 O COMPRADOR PAGA R$100000 PORQUE O PRECcedilO

NO MERCADO CAIU R$200 (R$200 X 500 SACAS)

Fonte autor

71 A AGRICULTURA E OS ENTRAVES ECONOcircMICOS NA COMERCIALIZACcedilAtildeO

Para se ter uma ideacuteia melhor das mudanccedilas ora em curso haacute que se

fazer um diagnoacutestico da evoluccedilatildeo recente e as tendecircncias futuras do mercado

internacional de produtos agriacutecolas Segundo Dias e Barros (1998) a agricultura

brasileira tem se mostrado bastante dinacircmica frente agrave concorrecircncia internacional

ainda mais quando se leva em conta que o setor estaacute crescendo a despeito dos

subsiacutedios impliacutecitos nos preccedilos internacionais sobre os subsiacutedios e barreiras

protecionistas dos paiacuteses ricos que prejudicam a nossa agricultura

Brum (2003) relata que a agropecuaacuteria europeacuteia desde 1957

sempre foi protegida e subsidiada pelo Estado que em alguns casos chegou a

pagar o triplo do preccedilo do produto interno em relaccedilatildeo ao concorrente externo para

59

evitar a entrada dos produtos concorrentes promovendo o protecionismo tarifaacuterio

No dicionaacuterio ldquoAureacuteliordquo o sentido de subsiacutedio governamental estaacute no ato do Estado

adquirir a produccedilatildeo do agricultor por um preccedilo entendido pelo agricultor como

conveniente que natildeo se obriga a buscar novas alternativas de comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo

Nas palavras de Legrain (2002 p47) os paiacuteses ricos gastam perto

de 1 bilhatildeo de doacutelar por dia com subsiacutedios agriacutecolas A liberalizaccedilatildeo do comeacutercio dos

produtos agropecuaacuterios aliviaria o fardo dos consumidores dos paiacuteses ricos e

permitiria um grande passo aos agricultores dos paiacuteses pobres que vivem em

extrema dificuldade por causa desse protecionismo

As barreiras do mundo rico agrave importaccedilatildeo de alimentos impedem os

paiacuteses emergentes de sair da pobreza A esperanccedila dos menos favorecidos nesse

processo eacute que a Europa o Japatildeo e os EUA reduzam suas aliacutequotas de importaccedilatildeo

e subsiacutedios A Europa concede atualmente aos seus agricultores cerca de 93 bilhotildees

de doacutelares ao ano a tiacutetulo de ajuda financeira conforme demonstra o Graacutefico 16 Os

EUA cogitam em eliminar os subsiacutedios de exportaccedilatildeo concedidos aos seus produtos

agriacutecolas e tambeacutem em reduzir as aliacutequotas e subsiacutedios para os agricultores de todo

o mundo Soacute natildeo se sabe como os poliacuteticos americanos faratildeo para enfrentar a ira

dos fazendeiros (AS SEMENTES 2002)

6959

3521

0 20 40 60 80

1

Estados UnidosUniatildeo EuropeacuteiaJapatildeoSuiccedila

60

Graacutefico 16- Valor dos subsiacutedios pagos pelos governos aos produtores rurais da receita agriacutecola bruta em porcentagem (em bilhotildees de US$)

Fonte OCDE- Organizaccedilatildeo Cooperativas Desenvolvimento econocircmico

Uma das principais vantagens da globalizaccedilatildeo eacute o livre comeacutercio de

mercadorias o livre fluxo de recursos financeiros e o aumento do fluxo de

informaccedilotildees O livre comeacutercio de mercadorias deve ser visto como algo positivo pois

favorece a especializaccedilatildeo competitiva segundo vantagens comparativas

incentivando a eficiecircncia do produtor e a satisfaccedilatildeo do consumidor Eacute preciso

lembrar poreacutem que livre comeacutercio significa comeacutercio livre ou seja natildeo se pode

falar em comeacutercio livre quando se usam subsiacutedios e barreiras agrave importaccedilatildeo com

quotas leis unilaterais antidumping ou outros tipos de restriccedilotildees (LACOMBE

HEILBORN 2003)

Se as medidas de proteccedilatildeo fossem eliminadas por todos os paiacuteses

todos seriam beneficiados em maior ou menor escala conforme pode-se verificar no

graacutefico 17 A liberalizaccedilatildeo mundial do comeacutercio resultaria em cerca de 128 bilhotildees

de doacutelares de ganhos imediatos e muito mais que isso no futuro conforme detectou

pesquisa realizada pelo FMI ndash Fundo Monetaacuterio Internacional (OS NUgraveMEROS

2002 p50)

61

002040608

11214

AUSTRALIANZELANDIA

BRASIL

DEMAIS PAISES AMLATINA

CHINASUDESTE ASIATICO

LESTE ASIA

EUA

02 = 20 06 = 60 12 = 120

Graacutefico 17ndash Aumento de ganhos que teratildeo os paiacuteses na eliminaccedilatildeo dos subsiacutedios agriacutecolas e barreiras tarifaacuterias no mundo (aumento no PIB em porcentagem)

Fonte Fundo Monetaacuterio Internacional

Justifica-se assim um estudo acerca das alternativas potenciais

que permitam elevar a capacidade competitiva interna e a busca de uma opccedilatildeo para

melhorar e garantir um preccedilo de venda dos produtos agropecuaacuterios para amenizar

a situaccedilatildeo econocircmica dos perdedores no processo ou seja dos produtores rurais

brasileiros Timmer (1992) entende que uma das funccedilotildees da agricultura no processo

de desenvolvimento eacute a de ldquoreduzir a pobreza no meio ruralrdquo Na maioria dos paiacuteses

o nuacutemero de pessoas pobres eacute muito maior no campo que no meio urbano No

entanto como elas se encontram dispersas em imensas aacutereas o problema natildeo fica

tatildeo evidente como nas favelas da periferia das grandes cidades

Dias e Barros (1998) ressaltam que a agricultura brasileira vem

passando por um processo intenso de internacionalizaccedilatildeo O setor encontra-se

quase que completamente atrelado agraves condiccedilotildees do mercado internacional Os

preccedilos operados internamente satildeo determinados externamente Segundo Caixeta

(2002) com a abertura da Economia nos anos 90 o setor que mais obteve sucesso

62

com contas externas foi o agronegoacutecio fechando o ano de 2001 com saldo positivo

de 19 bilhotildees de doacutelares entre importaccedilotildees e exportaccedilotildees tornando-se a principal

forccedila do governo para equilibrar as contas externas do Brasil

A adaptaccedilatildeo agraves condiccedilotildees externas em um ambiente de ausecircncia

quase total de mecanismos internos de defesa da renda agriacutecola como faz o

governo dos EUA Uniatildeo Europeacuteia Japatildeo e outros com subsiacutedio aos produtores

rurais reforccedila a necessidade do Brasil reestruturar o seu mercado domeacutestico

Tambeacutem os processos de abertura e integraccedilatildeo regional no Mercosul acabaram por

forccedilar um aumento na competiccedilatildeo entre regiotildees produtoras e entre agentes de

comercializaccedilatildeo e financiamento (DIAS BARROS 1998)

O produtor rural deve estar sempre atento aos acontecimentos que

ocorrem no mundo porque a demanda e a oferta por produtos agropecuaacuterios e as

demais condiccedilotildees do mercado estatildeo constantemente mudando e por

consequumlecircncia afetando os seus lucros Assim pode-se afirmar que uma forte

geada na Floacuterida afeta negativamente a produccedilatildeo de laranja nos Estados Unidos o

preccedilo e por consequumlecircncia afeta para melhor o preccedilo da laranja do Brasil

(MARQUES MELLO 1999)

O mercado agropecuaacuterio convive constantemente com as variaccedilotildees

de preccedilos dos produtos e quase sempre o produtor recebe pouco e o consumidor

pago caro pelo produto ficando a grande fatia do lucro nas matildeos dos

intermediaacuterios Para Souza (1995) os intermediaacuterios mais conhecidos como

especuladores no sentido econocircmico eacute todo elemento que tenta prever as

mudanccedilas dos preccedilos dos produtos no mercado e se antecipa para realizar lucros

com a venda ou a compra desses commodities

Segundo Forbes (1991) a principal preocupaccedilatildeo do especulador eacute

aumentar o seu capital ele tanto pode comprar como vender no mesmo dia quanto

especular com um empreendimento desde que natildeo tenha longa duraccedilatildeo

Ferreira e Horita (1996) ressaltam que apesar da conotaccedilatildeo

negativa da palavra em portuguecircs (pelo Aureacutelio especulador pode ser aquele que

age de maacute feacute) a origem do termo estaacute no latim speculare espelhar refletir O

especulador compra ou vende um determinado ativo com o uacutenico objetivo de fazer

lucro

Para Bacchi (1998) o especulador no mercado futuro eacute um agente

que tem como objetivo beneficiar-se das variaccedilotildees favoraacuteveis dos preccedilos nesse

63

mercado Natildeo tem qualquer interesse na mercadoria objeto do contrato mas toma

para si os riscos e garante a liquidez dos contratos

Na cadeia de comercializaccedilatildeo Marques e Mello (1999) enfatizam

que o aspecto mais importante do sistema de livre mercado eacute a orientaccedilatildeo para

atender aos desejos dos consumidores - o consumidor eacute quem manda - se por

exemplo os consumidores quiserem mais camaratildeo do que existe no mercado

aquele que estiverem dispostos a alocar recursos para consumir daqueles produtos

poderatildeo usufruir dele Consequumlentemente os donos dos restaurantes e os

atacadistas elevaratildeo os preccedilos isso encorajaraacute os navios pesqueiros a dedicarem

mais horas na pesca do produto Se a situaccedilatildeo persistir por mais tempo e na

ausecircncia de impedimentos pescadores que se dedicam a outras atividades se

deslocaratildeo para a pesca de camaratildeo aumentando a oferta e fazendo com que o

preccedilo caia

64

8 O MERCADO FUTURO AGROPECUAacuteRIO NO BRASIL

Segundo Marques e Mello (1999) As bolsas de gratildeos surgiram no iniacutecio do seacuteculo XIX nos Estados

Unidos como locais para transaccedilotildees agrave vista normalmente em lotes de um vagatildeo de trem ou de um barco Foi durante

mais de 70 anos auto-regulado pelas proacuteprias bolsas Somente nas deacutecadas de 1920 e 1930 iniciou-se a

regulamentaccedilatildeo governamental com a criaccedilatildeo de oacutergatildeos objetivando disciplinar e fiscalizar o mercado Existem atualmente dois oacutergatildeos regulatoacuterios a SEC (Securities Exchange Commission) e a CFTC (Commodities Futures

Trading Commission) Embora com suas esferas proacuteprias de atuaccedilatildeo com o primeiro lidando com valores

mobiliaacuterios e o segundo com mercados futuros esses oacutergatildeos tendem a ter conflitos de jurisdiccedilatildeo acerca de

mercados ou operaccedilotildees especiacuteficas como por exemplo no mercado futuro do iacutendice de accedilotildees

No Brasil a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMampF) nasceu em 1991 com a fusatildeo da Bolsa de

Mercadorias amp Futuros fundada em 1986 e da Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo fundada em 1917

(SCHOUCHANA 1997) De acordo com Marques e Mello (1999) na Bolsa

de Mercadorias prepondera de modo geral a auto-regulaccedilatildeo das bolsas de futuros A Comissatildeo de Valores

Mobiliaacuterios (CVM) tem jurisdiccedilatildeo sobre os mercados futuros e de opccedilotildees em que o ativo subjacente seja um

valor mobiliaacuterio enquanto que o Banco Central do Brasil tem jurisdiccedilatildeo sobre os demais mercados derivativos

Vigora pois o sistema misto em que as bolsas exercem o acompanhamento dos negoacutecios sob sua jurisdiccedilatildeo e os oacutergatildeos reguladores se encarregam de supervisionar o

sistema como um todo e requisitar informaccedilotildees que julgarem necessaacuterias Nesse modelo de regulaccedilatildeo mista o oacutergatildeo regulador atua como supervisor das normas criadas pelas entidades auto-reguladoras da proacutepria atuaccedilatildeo das

bolsas e do mercado como um todo

65

O Futures Industry Institute (1998 p15) explica que a bolsa de futuros eacute uma associaccedilatildeo de membros que tem como objetivo principal fornecer os meios necessaacuterios agrave compra venda ou comercializaccedilatildeo de commodities sob

normas que protejam os interesses dos envolvidos A bolsa em si natildeo deteacutem nenhuma mercadoria ela apenas proporciona as facilidades necessaacuterias agrave conduccedilatildeo de

leilotildees puacuteblicos A responsabilidade baacutesica de uma bolsa eacute garantir a existecircncia de mercados competitivos livres de

manipulaccedilatildeo de preccedilos A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMampF) eacute

uma associaccedilatildeo sem finalidade lucrativa organizada para proporcionar a seus corretores os recursos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo de negoacutecios e para atender agrave necessidade de

proteccedilatildeo contra a oscilaccedilatildeo dos preccedilos (SCHOUCHANA 2000 p18)

Bastiani (1999 p138) acrescenta que a estrutura organizacional e operacional da BMampF eacute simples A Administraccedilatildeo eacute dividida em trecircs instacircncias principais a

Assembleacuteia Geral como oacutergatildeo deliberativo maacuteximo da Bolsa o Conselho de Administraccedilatildeo e a Superintendecircncia Geral ambos responsaacuteveis pela gestatildeo dos negoacutecios da

BMampF Sua estrutura operacional eacute constituiacuteda pelos Membros de Compensaccedilatildeo Corretora de Mercadorias

Operador Especial e clientes Schouchana (2000) ressalta que mesmo sendo

uma instituiccedilatildeo privada a bolsa tem funccedilatildeo puacuteblica e social ou seja eacute uma entidade que deve permitir o acesso de qualquer pessoa ao mercado em condiccedilotildees equacircnimes

Por ter essa funccedilatildeo a Bolsa deve ser uma espeacutecie de guardiatilde do mercado garantindo o livre acesso dos agentes econocircmicos a seus mercados proibindo a manipulaccedilatildeo de

preccedilos assegurando a transparecircncia sem privileacutegios de pessoas ou grupos desenhando contratos neutros em

relaccedilatildeo aos diversos segmentos da cadeia produtiva sem favorecer grupos em detrimento de outros segmentos ajudando os oacutergatildeos governamentais na preservaccedilatildeo do

aspecto puacuteblico e social dos mercados Essa funccedilatildeo

66

requer comportamento eacutetico e moral de seus dirigentes para manter a credibilidade e confianccedila Tambeacutem eacute funccedilatildeo

da bolsa de futuros a) Controlar e supervisionar as sessotildees diaacuterias

de negociaccedilatildeo (pregotildees) b) Divulgar as cotaccedilotildees diaacuterias e estatiacutesticas

relativas aos contratos em negociaccedilatildeo c) Realizar e garantir os procedimentos de

liquidaccedilatildeo financeira e por entrega da mercadoria

d) Desenvolver normas procedimentos de operaccedilotildees regulamentos e controles de negociaccedilotildees para seus membros e fiscalizar sua aplicaccedilatildeo

e) Desenvolver contratos que atendam as funccedilotildees econocircmicas dos mercados futuros

f) Promover os mercados futuros por meio de cursos treinamento e divulgaccedilatildeo desses mercados

g) Zelar pela auto-regulamentaccedilatildeo e pelo relacionamento com os governos com os quais tem interface

h) Providenciar classificaccedilatildeo de produtos negociados pela bolsa dentro de padrotildees aceitos pelo mercado quando os contratos assim o exigirem

67

i) Providenciar arbitragens para dirimir duacutevidas ou alegaccedilotildees quanto agrave qualidade do produto A BMampF possui juiacutezo arbitral no qual satildeo resolvidas questotildees de litiacutegio entre as partes de maneira mais raacutepida e com aacuterbitros que conhecem as especificidades desse mercado A Bolsa deve assegurar as condiccedilotildees de competitividade eliminando qualquer tentativa de manipulaccedilatildeo nos mercados por ela organizados De acordo com Bacchi (1998) na BMampF satildeo

negociados contratos futuros de cafeacute araacutebico boi gordo algodatildeo soja accediluacutecar e milho Existem ainda contratos de

opccedilotildees sobre o futuro de cafeacute boi gordo soja e milho Opccedilotildees sobre futuro de accediluacutecar e algodatildeo poderatildeo ser

lanccediladas pela Bolsa desde que haja liquidez nos contratos futuros Para que uma mercadoria seja negociada em bolsa

de futuro alguns requisitos satildeo necessaacuterios a) O produto deve ser homogecircneo e suscetiacutevel

de padronizaccedilatildeo e classificaccedilatildeo caracterizando-se como um commodity para que possa ser comum a qualquer comprador e vendedor

b) Deve haver grande oferta e demanda do produto com grande nuacutemero de vendedores e compradores do produto de forma competitiva em busca da concorrecircncia perfeita

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c) O mercado deve ser livre sem o constrangimento por parte do governo ou de monopoacutelio buscando a caracteriacutestica do livre comeacutercio

d) Deve haver diversos tomadores de risco daiacute a importacircncia do especulador de forma a permitir que o custo desse risco se dilua entre eles

e) O produto natildeo pode ser muito pereciacutevel caracterizando a perenidade pois o mercado futuro natildeo teria liquidez

f) As regras do mercado devem ser estaacuteveis e natildeo podem mudar durante a vigecircncia do contrato buscando a estabilidade atraveacutes da credibilidade pois as condiccedilotildees pelas quais os preccedilos foram contratados natildeo devem mudar ateacute o final do contrato sob o risco de trazer prejuiacutezo para uma ou ambas as partes

Embora os contratos futuros estabeleccedilam a

liquidaccedilatildeo por entrega da mercadoria Marques (1997) pondera que se registram poucas entregas algo em torno

de 2 do volume negociado Natildeo haacute necessidade da entrega no mercado futuro porque no vencimento do

contrato o preccedilo agrave vista e a futuro satildeo iguais em funccedilatildeo dos ajustes diaacuterios Se eventualmente houver diferenccedila de preccedilo entre os dois mercados os agentes econocircmicos

arbitraratildeo os preccedilos ateacute que se igualem Adicionalmente o mercado fiacutesico jaacute tem seus proacuteprios canais de entrega e os

69

agentes normalmente tecircm contratos de suprimento com clientes haacute muito tempo

Para Schouchana (2000) os agentes do mercado agropecuaacuterios basicamente produtores rurais industriais ou exportadores do commodities necessitam do mercado futuro e de opccedilotildees por uma seacuterie de razotildees

econocircmicas dentre elas a)Para saber com antecedecircncia se o produto

teraacute preccedilo que garanta a rentabilidade do empreendimento na ocasiatildeo de sua venda Ao vender sua produccedilatildeo o produtor corre o risco de o preccedilo natildeo ser suficiente para cobrir seus custos e sua margem de rentabilidade Nesse sentido a fixaccedilatildeo do preccedilo antes do plantio

mediante hedge em bolsa ou seja o travamento do preccedilo de venda desejado para entrega futura permite ao agricultor definir o

lucro da sua produccedilatildeo antes da colheita b) Os exportadores fecham negoacutecios para entrega em meses futuros e natildeo precisam comprar as mercadorias com antecedecircncia armazenaacute-las e depois embarcaacute-las Para natildeo correr risco da oscilaccedilatildeo dos preccedilos compram a futuro para garantir sua margem de rentabilidade Os mercados futuros e de opccedilotildees substituem temporariamente a necessidade de carregar um produto muitas vezes a um custo mais baixo

c) Os compradores querem fixar preccedilos de insumos para garantir o lucro por isso fazem

70

o hedge com antecedecircncia sem correr riscos indesejaacuteveis

d) Os produtores usam os contratos futuros e de opccedilotildees para garantia de empreacutestimo junto aos bancos Estes por sua vez ao verificarem que o cliente oferece baixo risco podem dar-lhe creacutedito a um custo inferior ao que dariam sem a cobertura o hedge

e) Existem distorccedilotildees de negoacutecios em que arbitradores tecircm papel importante Quando satildeo identificadas eles compram em um mercado e vendem em outro ateacute que os dois lados se equilibrem Essas distorccedilotildees podem ocorrer entre os preccedilos agrave vista e a futuro entre dois vencimentos futuros ou entre duas praccedilas diferentes Na visatildeo de Ross (1995 p518) existem os

hedges de venda e os hedges de compra Uma pessoa ou empresa que vende um contrato futuro para reduzir riscos estaacute fazendo um hedge de venda os hedges de venda satildeo geralmente apropriados para os que detecircm estoques Uma pessoa ou empresa que compra um contrato futuro para

reduzir riscos estaacute fazendo um hedge de compra os hedges de compra satildeo tipicamente utilizados por

empresas que assinam contrato de entrega de produtos acabados a um preccedilo preacute-fixado

Segundo Schouchana (2000 p9-10) nos negoacutecios efetuados a futuro compradores e vendedores

de determinados ativos ou produtos fixam preccedilos de vencimento para data futura O comprador a futuro fixa

71

preccedilo de compra de seu produto antecipadamente visando a assegurar custo compatiacutevel com margem de

rentabilidade para proteger-se contra o risco de alto no preccedilo desse insumo O vendedor fixa preccedilo de venda de sua mercadoria antecipadamente para se proteger do

risco de queda no preccedilo e garantir margem de rentabilidade

Os mercados futuros e de opccedilotildees devem ser entendidos portanto

como poderosa ferramenta na gestatildeo de risco de preccedilos das mercadorias De

maneira integrada ao mercado fiacutesico fazem parte de um processo que engloba

produccedilatildeo processamento comercializaccedilatildeo consumo e financiamento

Perobelli (2001) relata que eacute importante ter um amplo mercado

fiacutesico impedindo ou dificultando um agente de estabelecer um domiacutenio do mercado

caso a oferta do commodity seja grande Tambeacutem um mercado amplo atrai um

maior nuacutemero de hedgers que proporciona maior liquidez no mercado e um largo

mercado agrave vista iraacute promover um contiacutenuo e disciplinado encontro das forccedilas da

oferta e procura

A bolsa de futuros desempenha o papel de elo entre a oferta e a

demanda de forma a expressar e sinalizar por meios dos preccedilos as forccedilas do

mercado Aleacutem disso eacute o local onde os preccedilos se manifestam por intermeacutedios de

corretores que fecham negoacutecios em nome de seus clientes

Marques e Mello (1999) acrescentam que o que se negocia na bolsa

de futuros satildeo contratos que representam promessa de compra ou de venda de

mercadoria para a data de vencimento previamente estabelecida conforme as

claacuteusulas e especificaccedilotildees elaboradas pela bolsa e aprovadas pelo Banco Central

do Brasil como as especificaccedilotildees de qualidade dos produtos negociados a

cotaccedilatildeo a variaccedilatildeo miacutenima de apregoaccedilatildeo a oscilaccedilatildeo maacutexima diaacuteria a unidade de

negociaccedilatildeo os meses de vencimento a data do vencimento o local de formaccedilatildeo do

preccedilo e de entrega da mercadoria o periacuteodo e os procedimentos de entrega e

retirada da mercadoria a liquidaccedilatildeo financeira o arbitramento os ativos aceitos

como margem de garantia e os custos operacionais

Os contratos futuros satildeo padronizados de modo que no pregatildeo

sejam negociados o preccedilo e a quantidade de contratos uma vez que todos se

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referem ao mesmo produto mesmo local de entrega e mesma quantidade por

contrato

Na BMampF a cotaccedilatildeo do cafeacute araacutebica segundo Schouchana (2000

p12) eacute negociada em doacutelares americanos por saca Embora a cotaccedilatildeo seja nessa

moedaa liquidaccedilatildeo financeira ocorre em reais utilizando a taxa de cacircmbio praticada

no mercado O contrato futuro de cafeacute da BMampF permite negociaccedilotildees para marccedilo

maio julho setembro e dezembro esses meses de vencimento satildeo os mesmos do

contrato futuro de cafeacute em Nova Iorque Tal mecanismo permite arbitragens que

satildeo operaccedilotildees envolvendo a compra do cafeacute em uma bolsa de um paiacutes e a venda

em bolsa de outro aproveitando-se da distorccedilatildeo de preccedilos entre duas praccedilas O

vencimento do contrato futuro ocorre no sexto dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia do mecircs

de vencimento

Os vencimentos dos contratos futuros satildeo definidos em funccedilatildeo dos

principais meses de safra e entressafra do produto Normalmente natildeo satildeo

estabelecidos todos os meses do ano para que haja concentraccedilatildeo de liquidez e

tempo para programar as entregas Um cliente que compra um nuacutemero de contratos

em determinado dia soacute liquidaraacute sua posiccedilatildeo no momento em que vender esse

mesmo nuacutemero de contratos ou vice-versa se vender contratos sua posiccedilatildeo se

encerra mediante a compra do mesmo nuacutemero de contratos Isso pode ser feito em

um dia apenas ou ateacute o vencimento quando o cliente pode encerrar sua posiccedilatildeo

com uma operaccedilatildeo contraacuteria (liquidaccedilatildeo financeira) ou por entrega e recebimento da

mercadoria Cada contrato corresponde a 100 (cem) sacas

De acordo com Schouchana (2000 p15) o preccedilo de abertura eacute o

primeiro negoacutecio fechado em pregatildeo O miacutenimo e maacuteximo satildeo divulgados para que

o mercado conheccedila a oscilaccedilatildeo do preccedilo naquele dia Eacute preciso saber se o preccedilo de

fechamento ou de ajuste estaacute mais proacuteximo do preccedilo maacuteximo ou do miacutenimo pois

isso pode indicar tendecircncia de alta ou de baixa no dia seguinte O preccedilo de ajuste

por exemplo de US$9810 por saca em 11 de outubro eacute o do uacuteltimo negoacutecio

registrado durante o call de fechamento ndash que ocorre nos uacuteltimos 15 minutos de

pregatildeo do dia ndash ou a melhor oferta Se natildeo houver negociaccedilatildeo no call de

fechamento o preccedilo de ajuste seraacute o do uacuteltimo negoacutecio do dia Se natildeo houver

negociaccedilatildeo durante o dia o preccedilo de ajuste seraacute a uacuteltima oferta de compra E se

natildeo houver negociaccedilatildeo nem oferta de compra ou de venda durante o dia e

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existirem contratos em aberto o preccedilo de ajuste eacute o do uacuteltimo dia em que houve

negociaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo aos ajustes diaacuterios Schouchana entende que esse

mecanismo eacute muito importante pois eacute com base nele que se ajustam todas as

posiccedilotildees no mercado Assim se o preccedilo de ajuste do cafeacute para marccedilo eacute de

US$10500 a saca por exemplo no dia 11 de outubro e no dia seguinte 12 de

outubro o preccedilo vai para US$ 10400 os compradores pagam US$ 100 por saca

ou seja US$ 10000 por contrato Os vendedores recebem esse mesmo valor

porque sempre que o preccedilo oscilar ocorreraacute esse processo Esse mecanismo

existe para que diariamente se ajuste o preccedilo ndash e natildeo no vencimento quando

grandes diferenccedilas podem acarretar inadimplecircncias Aleacutem disso permite que os

participantes entrem ou saiam do mercado a qualquer momento O preccedilo de ajuste

de US$ 10500 por saca no dia 111099 eacute o preccedilo que o mercado estaacute praticando

para entrega em 23032000 por exemplo

Para Ross (1995 p502) o fato dos preccedilos dos contratos futuros

serem ajustados diariamente o que faz com que os preccedilos - tanto no mercado

futuro como no mercado fiacutesico no final do contrato sejam iguais - torna as operaccedilotildees

no mercado futuro menos atraentes porque as partes envolvidas na negociaccedilatildeo satildeo

obrigadas a manter sempre uma liquidez adicional para suportar um desembolso

repentino antes do vencimento do contrato embora seja um dispositivo importante

para minimizar a probabilidade de inadimplecircncia no final do contrato

As operaccedilotildees em bolsa satildeo feitas no pregatildeo pelo sistema de viva

voz ou por terminais de computadores As ordens de compra ou de venda satildeo

passadas aos corretores nas mesas de operaccedilatildeo e estes transmitem as ordens aos

operadores de pregatildeo A bolsa estipula um horaacuterio de pregatildeo para cada mercadoria

e as regras do contrato definem todos os procedimentos de negociaccedilatildeo Os preccedilos

a futuro negociados na bolsa ajudam o produtor o torrefador e o exportador a

decidirem se vendem ou compram o cafeacute agrave vista ou em data futura Depois de

montada a estrateacutegia de cobertura de risco pelo cliente seu corretor iraacute ao pregatildeo

executar suas ordens de compra ou venda de contratos futuros Apenas o corretor

credenciado pela bolsa pode fazecirc-lo em nome de seu cliente

Pelo serviccedilo do corretor de acordo com Schouchana (2000 p16) eacute

cobrada a taxa de corretagem calculada sobre o valor de fechamento do mercado

do dia anterior ao da operaccedilatildeo e sobre o vencimento mais proacuteximo Essa taxa de

74

030 sobre o valor do contrato incide na compra e na venda dos contratos Outra

taxa cobrada eacute a de emolumentos da bolsa igual a 632 da taxa operacional

baacutesica ou seja sobre os 030 da corretagem

Na ocasiatildeo da compra ou da venda dos contratos a bolsa exige

dos clientes a chamada margem de garantia equivalente a aproximadamente 5

do valor do contrato que pode ser depositada em dinheiro carta de fianccedila tiacutetulos

puacuteblicos ou ativos de alta liquidez No momento da liquidaccedilatildeo dos contratos essa

margem eacute devolvida ao cliente No caso do depoacutesito ser em dinheiro este eacute

remunerado durante o periacuteodo e devolvido ao cliente

As bolsas de futuros possuem os membros de compensaccedilatildeo

(SCHOUCHANA 2000 p20) que satildeo responsaacuteveis pela liquidaccedilatildeo fiacutesica e

financeira dos contratos Os membros de compensaccedilatildeo satildeo a contraparte dos

clientes ou seja os compradores dos que vendem contratos e vendedores

daqueles que compram A cacircmara existe para evitar a inadimplecircncia dos clientes e

do sistema como um todo administrando o risco das posiccedilotildees por intermeacutedio da

exigecircncia das margens de garantia e dos limites de posiccedilotildees em bolsa

As margens de garantia satildeo atribuiacutedas diariamente aos clientes

compradores e vendedores de contratos com base na volatilidade dos preccedilos do

ativo-objeto de negociaccedilatildeo cabe agrave Cacircmara administrar essas garantias A Bolsa

tem exigecircncias quanto ao capital miacutenimo dos membros de compensaccedilatildeo e de seu

limite de alavancagem para que todos os ajustes diaacuterios sejam honrados e os

contratos plenamente liquidados Caso um cliente natildeo possa honrar seus

compromissos ela faz uso das margens de garantia se estas natildeo forem suficientes

o corretor eacute responsaacutevel e deve aportar recursos para cobrir a inadimplecircncia se natildeo

atingir o valor necessaacuterio o membro de compensaccedilatildeo da corretora eacute obrigado a

aportar os recursos

Na BMampF os serviccedilos de cacircmara de compensaccedilatildeo satildeo prestados

por departamento interno que eacute responsaacutevel pelo registro de operaccedilotildees e controle

de posiccedilotildees compensaccedilatildeo de ajustes diaacuterios liquidaccedilatildeo financeira e fiacutesica dos

negoacutecios e administraccedilatildeo das garantias Esses serviccedilos satildeo prestados a membros

de compensaccedilatildeo corretoras de mercadorias operadores especiais e

permissionaacuterias correspondentes Os membros de compensaccedilatildeo satildeo os

garantidores de todos os negoacutecios realizados pelas corretoras operadores

especiais e permissionaacuterias correspondentes perante a Bolsa O credenciamento

75

como membros de compensaccedilatildeo na BMampF eacute concedido apenas agrave corretora de

valores As corretoras de mercadorias satildeo os intermediadores de todas as

operaccedilotildees efetuadas em nome dos clientes pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas

Os operadores especiais satildeo pessoas fiacutesicas ou firmas individuais

autorizadas a atuar diretamente no pregatildeo operando por conta proacutepria ou por uma

corretora de mercadorias As permissionaacuterias correspondentes satildeo corretoras

associadas a bolsas com as quais a BMampF manteacutem convecircnio operacional Elas

podem realizar operaccedilotildees por meio de corretoras associadas agrave Bolsa desde que

devidamente garantidas por um membro de compensaccedilatildeo A corretora da BMampF

apenas efetua a operaccedilatildeo em nome da permissionaacuteria repassando-a a esta que

se torna responsaacutevel por seu cumprimento perante o membro de compensaccedilatildeo

81 O CONTRATO FUTURO DA SOJA

Produtores agropecuaacuterios normalmente deteacutem pouco poder de negociaccedilatildeo vendendo commodities em mercados de pouca concorrecircncia entre os compradores

Em geral os preccedilos satildeo determinados pela empresas compradoras dentro dos limites impostos por outros

concorrentes Negociar lotes maiores altera as condiccedilotildees de mercado porque diminui os custos de transaccedilatildeo para os

compradores e pode resultar em preccedilos maiores para os produtores ou suas cooperativas Marques e Mello (1999 p39) lembram que o

embate de forccedilas do mercado eacute dinacircmico podendo alterar-se de acordo com fatores como a eacutepoca do ano condiccedilotildees de transporte e incidecircncia de impostos No caso particular

do preccedilo da soja no Brasil estudos economeacutetricos mostram que a formaccedilatildeo de seu preccedilo se daacute de fora para

dentro Os preccedilos se formariam em mercados internacionais os produtores seriam bem informados e

passariam a reivindicar internamente preccedilos compatiacuteveis com os praticados nos mercados externos

A observaccedilatildeo de seacuteries de preccedilos oferece uma visatildeo do que aconteceu mas natildeo explica como se daacute esse

76

processo Por meio de entrevistas com representantes dos vaacuterios segmentos da cadeia da soja tentou-se sistematizar

a forma de atuaccedilatildeo das empresas compradoras Assim observou-se que a formaccedilatildeo de preccedilos

da soja em niacutevel mundial comeccedila em Roterdatilde refletindo-se para a Bolsa de Futuros de Chicago De laacute deriva-se agrave demanda pelo produto brasileiro o qual recebe aacutegio ou

desaacutegio e se deduzem os custos de frete seguros e outros chegando ao preccedilo do porto de Paranaguaacute-PR

Desse preccedilo no Porto satildeo deduzidos custos de impostos de transportes de seguros e outros obtendo o preccedilo no local da faacutebrica De laacute deduzem-se novamente os fretes

despesas operacionais e outros custos chegando a formaccedilatildeo da base de preccedilo no local da produccedilatildeo rural que com a concorrecircncia de cada regiatildeo formaraacute o preccedilo final a ser oferecido ao produtor Eacute interessante observar que a

formaccedilatildeo de preccedilos depende dos custos operacionais e da concorrecircncia isto eacute o preccedilo final depende das

necessidades das empresas em obter o produto repor estoques e outras providecircncias (MARQUES MELLO 1999)

Em agostosetembro daacute-se a colheita da soja americana e os preccedilos caem porque se inicia a

concorrecircncia com o mercado externo e os compradores comeccedilam a comprar no mercado americano A partir do momento em que a soja americana entra no mercado

praticamente nada mais eacute exportado e a formaccedilatildeo do preccedilo eacute mais pelo mercado interno quando a induacutestria leva em

consideraccedilatildeo o preccedilo do subproduto oacuteleo e farelo (MARQUES MELLO 1999)

Apesar de a colheita da soja concentrar-se em poucos meses ela eacute consumida o ano inteiro nas

diferentes formas de oacuteleo farelo e outros subprodutos Embora existam diferenccedilas quanto ao teor do oacuteleo

proteiacutena e coloraccedilatildeo compradores locais e internacionais natildeo fazem diferenccedila de preccedilo com relaccedilatildeo agrave qualidade ou

procedecircncia Eacute interessante saber que entre dezembro e

janeiro as faacutebricas costumam parar para manutenccedilatildeo

77

periacuteodo em que cessam praticamente as compras Entretanto como nem todas param exatamente no mesmo

periacuteodo nas mesmas regiotildees ainda haacute alguns poucos negoacutecios Nessas ocasiotildees pode-se encontrar o chamado

preccedilo nominal que eacute o preccedilo que se ldquoouve falar no mercadordquo que ldquoalgueacutem praticourdquo ou que a empresa

venderia ou compraria se houvessem compradores eou vendedores respectivamente Aleacutem disso continuamente as empresas estatildeo monitorando os preccedilos externos e os preccedilos do oacuteleo e do farelo destinados agrave produccedilatildeo interna de raccedilotildees Elas tecircm entatildeo uma ideacuteia de quanto pagariam caso houvesse vendedores o que tambeacutem daacute origem aos

chamados preccedilos ldquonominaisrdquo Segundo Marques e Mello (1999 p41) a maior

parte da produccedilatildeo brasileira de soja estaacute concentrada no estado do Paranaacute seguido pelo Mato Grosso Rio Grande

do Sul Goiaacutes Satildeo Paulo Minas Gerais Bahia Santa Catarina e Maranhatildeo A colheita de soja eacute feita entre os

meses de janeiro a maio sendo 4045 da produccedilatildeo comprada em abril pico da colheita Devido agraves diferenccedilas

climaacuteticas a colheita de soja inicia-se nos estados mais do norte descendo em seguida em direccedilatildeo ao sul do Paiacutes

Praticamente toda a soja eacute comprada pelas induacutestrias de processamento visando ao consumo interno ou

exportaccedilatildeo na forma de gratildeos e farelo Cerca de 60 da soja produzida eacute exportada originaria principalmente do

Paranaacute Rio Grande do Sul e Satildeo Paulo A maior parte das exportaccedilotildees da soja e seus derivados eacute feita pelo porto de

Paranaguaacute-PR De acordo com Schouchana (2000 p31) o

contrato futuro da soja da BMampF deve ter as seguintes caracteriacutesticas

a)o objeto da Negociaccedilatildeo

Soja em gratildeo a granel de tipo exportaccedilatildeo conforme padratildeo Concex (resoluccedilatildeo Concex 169 de 8 de marccedilo de 1989) com ateacute 14 de umidade base de 1 natildeo ultrapassando o

78

maacuteximo de 2 de impurezas maacuteximo de 8 de avariados este com ateacute 5 de ardidos

maacuteximo de 10 de gratildeos verdes e de 30 de gratildeos quebrado

b) cotaccedilatildeo Eacute em doacutelares por saca de 60 quilos liacutequidos

c) unidade de Negociaccedilatildeo 27 toneladas meacutetricas

d) meses de Vencimento Fevereiro marccedilo maio julho setembro e

novembro e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Seacutetimo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento

f) ponto de entrega

Municiacutepio de Ponta Grossa ndash PR g) pagamento e recebimento

Na liquidaccedilatildeo financeira no uacuteltimo dia uacutetil seguinte ao do pregatildeo Na liquidaccedilatildeo por entrega no dia uacutetil subsequumlente agrave data do

aviso da entrega pelo comprador e no dia uacutetil apoacutes o recebimento da mercadoria pelo

vendedor h) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo

1)Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas

financeiramente pelo cliente mediante operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma

quantidade de contratos pelo preccedilo de negociaccedilatildeo

2) Liquidaccedilatildeo por entrega A soja deve ser entregue do primeiro dia uacutetil do mecircs de

vencimento ateacute o oitavo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a

realizaccedilatildeo da entrega o aviso de entrega deveraacute ser emitido pela corretora de

mercadorias e deve ser acompanhado do

79

certificado de classificaccedilatildeo emitido por empresa credenciada pela BMampF da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo

armazeacutem depositaacuterio e pelos documentos que provam a propriedade do produto o

pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer ocircnus sobre a

mercadoria

82 O CONTRATO FUTURO DO MILHO

O contrato futuro de milho jaacute foi negociado na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo mas tambeacutem perdeu a

liquidez Em novembro de 1996 foi iniciado um novo contrato de milho com liquidaccedilatildeo por indicador de preccedilo a

vista O contrato de milho de Chicago de acordo com Schouchana (2000 p33) eacute de milho amarelo n2 O

contrato eacute de 5 mil bushels cotado em centavos de doacutelar por bushel Os vencimentos ocorrem em marccedilo maio

julho setembro e dezembro Para a entrega satildeo exigidos certificados emitidos por armazeacutens credenciados

localizados em Chicago Burns Harbor Toledo StLouis O mercado internacional de milho eacute enorme e

muito dinacircmico Certamente com a abertura comercial ele ditaraacute o preccedilo interno Para Alves (1998) os produtores brasileiros teratildeo primeiro que vencer a competiccedilatildeo no

mercado interno para depois passarem a exportadores Como grande exportador de frangos e suiacutenos o Brasil precisa de milho a preccedilos competitivos com o mercado

externo para sustentar e ampliar as vendas de carnes no exterior Em decorrecircncia das pressotildees das agroinduacutestrias

que tecircm grande porte e poder poliacutetico no mercado as autoridades natildeo protegem os produtores nacionais definindo tarifas que limitem a importaccedilatildeo do milho

O agronegoacutecio do milho oscila em altos e baixos no que se refere a preccedilos e renda dos agentes

envolvidos Uma simples verificaccedilatildeo no mercado constata

80

que ora o setor de produccedilatildeo amarga preccedilos deprimidos ora o setor de criaccedilatildeo depara-se com preccedilos elevados Essa volatilidade eacute explicada segundo Caffagni (2001

p25) pela sistemaacutetica substituiccedilatildeo entre aacutereas de plantio de soja e milho e estaacute relacionada a preccedilos baixos no ciclo produtivo imediatamente anterior O uso restrito do preccedilo

futuro e as caracteriacutesticas do milho com relaccedilatildeo a multiutilidade e agrave adaptabilidade continental de plantio contribuem para toda essa incerteza Historicamente a intervenccedilatildeo governamental procurava abrandar essa

elevada oscilaccedilatildeo poreacutem a eficiecircncia dos programas nem sempre era satisfatoacuteria tanto no que diz respeito agrave garantia

de preccedilos miacutenimos e maacuteximos quanto ao dispecircndio gerado aos cofres do governo No final dos anos de 1990 acompanhou-se a implantaccedilatildeo de novos instrumentos de poliacutetica agriacutecola que utilizavam menos subvenccedilatildeo sem a

formaccedilatildeo de estoques puacuteblicos A reduccedilatildeo da participaccedilatildeo do governo no

creacutedito rural e na comercializaccedilatildeo deixou produtores e criadores com menos alternativas para gerenciar riscos Aleacutem disso destaca-se que as bolsas internacionais natildeo

formam preccedilos para o Brasil e natildeo fornecem hedge eficiente A falta de praacutetica no uso dos preccedilos futuros inibe

negoacutecios a termo de compra antecipada com e sem adiantamento de recursos troca de insumos por produtos e contratos a fixar uma vez que para diminuir seu proacuteprio risco de preccedilo o comprador de milho ou o fornecedor de

insumos procura embutir esse risco nas relaccedilotildees de troca tornando o negoacutecio menos atraente Os excelentes preccedilos praticados pelo mercado

em 2000 levaram os produtores a aumentar a aacuterea plantada de milho gerando uma produccedilatildeo na safra de

20002001 de 41 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea cultivada de 13 milhotildees de hectares fato que pode ser

considerado um recorde histoacuterico O milho eacute o mais importante insumo para o

setor de criaccedilatildeo animal e se destaca tambeacutem na alimentaccedilatildeo humana podendo ser consumido sob as

81

formas de fubaacute farinha oacuteleo amido etc De todo o milho produzido de acordo com Caffagni (2001 p26) 366 satildeo destinados para o setor de aves 235 para o de suiacutenos

76 para o de pecuaacuteria de leite e corte 117 para o setor industrial 42 para o consumo humano e 99 satildeo utilizados pelos proacuteprios produtores rurais em suas

propriedades na alimentaccedilatildeo familiar e de seus animais Eacute tambeacutem responsaacutevel pela sustentaccedilatildeo alimentar do setor de criaccedilatildeo de aves e suiacutenos que produziram 597 milhotildees de toneladas de carne de frango em 2000 das quais 15

destinaram-se agrave exportaccedilatildeo e 24 milhotildees de toneladas de carne suiacutena das quais 92 destinaram-se ao mercado

externo Esse crescimento da demanda de frangos e

suiacutenos eacute explicado pelo aumento na composiccedilatildeo alimentar do brasileiro apoacutes o Plano Real e por novas conquistas de

clientes internacionais ndash sobretudo em decorrecircncia da evoluccedilatildeo da doenccedila da vaca louca na Europa que levou sua populaccedilatildeo a substituir parcialmente a carne bovina nos uacuteltimos anos O consumo per capita (CAFFAGNI

2001 p28) de carne de frango no Brasil eacute alto com 291 kgs per capita ndash no ano de 1999 ficando atraacutes somente

dos Emirados Aacuterabes 324 Araacutebia Saudita 330 e Estados Unidos que consumiram 411 kgs com potencial de elevaccedilatildeo pois responde diretamente ao sucesso de

poliacuteticas de elevaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de renda A estrutura do mercado do milho possui

caracteriacutestica peculiar com relaccedilatildeo agrave concentraccedilatildeo de mercado pois aleacutem da grande quantidade de vendedores conta com elevado nuacutemero de compradores Analisando o

risco dos agentes envolvidos no agronegoacutecio do milho deve-se destacar o seguinte

a) O setor de produccedilatildeo de milho apresenta rigidez do custo de produccedilatildeo e precisa se proteger contra a queda de preccedilos

82

b) Os criadores de aves e suiacutenos que convivem com a rigidez do preccedilo da carne no varejo satildeo impedidos de repassar elevaccedilotildees do preccedilo do milho levando-os agrave procura de proteccedilatildeo contra aumentos no preccedilo do produto

c) Os fornecedores que realizam troca de insumos por mercadorias correm o risco de queda de preccedilo

d) Os exportadores se arriscam diante de elevaccedilatildeo de preccedilo

e) As induacutestrias processadoras de milho tecircm dificuldade de repassar aumentos de preccedilos de mateacuterias-primas para o produto final

Por outro lado por ser o milho uma mercadoria

em grande parte produzida e utilizada no mercado domeacutestico as cotaccedilotildees de bolsas de mercadorias

internacionais podem fornecer hedge satisfatoacuterio Com o potencial de crescimento do mercado interno e externo de

carnes e de exportaccedilatildeo de milho associado agraves caracteriacutesticas de concentraccedilatildeo e risco dos agentes pode-se esperar que o contrato futuro de milho contribua para o desenvolvimento planejado e sustentado do agronegoacutecio

De acordo com Schouchana (2000 p32) o contrato futuro de Milho da BMampF deve ter as seguintes

caracteriacutesticas a)o objeto da Negociaccedilatildeo

Milho em gratildeo a granel de origem brasileira constituiacuteda de produto satildeo seco e

comercializaacutevel de odor e aspectos normais

83

em bom estado de conservaccedilatildeo livre de mofo de fermentaccedilatildeo e de sementes de

mamona ou de quaisquer outras sementes prejudiciais duro ou semiduro amarelo da uacuteltima safra de tipo 2 para melhor com ateacute 14 de umidade maacuteximo 1 de impurezas

considerada a peneira 5 e ateacute 6 de ardidos b) cotaccedilatildeo

Em doacutelares por saca de 60 quilos convertido para reais a taxa de cacircmbio meacutedia entre as operaccedilotildees de compra e venda de doacutelar dos

Estados Unidos c) unidade de Negociaccedilatildeo

27 toneladas meacutetricas d) meses de Vencimento

Janeiro marccedilo maio julho setembro e novembro

e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Seacutetimo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento

f) ponto de entregalocal de formaccedilatildeo do preccedilo

Municiacutepio de Campinas ndash SP g) pagamento e recebimento na entrega

No dia uacutetil subsequumlente a data de alocaccedilatildeo do Aviso de Entrega para o comprador e no dia uacutetil seguinte ao recebimento da mercadoria

pelo vendedor h) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo no vencimento 1)Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas

financeiramente pelo cliente mediante operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma

quantidade de contratos pelo preccedilo de negociaccedilatildeo

2)Liquidaccedilatildeo por entrega O milho deve ser entregue do primeiro dia uacutetil do mecircs de

vencimento ateacute o oitavo dia uacutetil anterior ao

84

uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a realizaccedilatildeo da entrega o Aviso de Entrega

deveraacute ser emitido pela corretora de mercadorias e deve ser acompanhado do certificado de classificaccedilatildeo emitido por

empresa credenciada pela BMampF da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo armazeacutem depositaacuterio e pelos documentos que provam a propriedade do produto o

pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer ocircnus sobre a

mercadoria

83 O CONTRATO FUTURO DO CAFEacute

O contrato de cafeacute comeccedilou a ser negociado na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo em 1978 Com a fusatildeo

entre a BMSP (Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo) e a Bolsa de Mercadorias e Futuros em 1991 continuou sendo

transacionado na BMampF O maior contrato futuro conhecido por Contrato C explica (SCHOUCHANA 2000

p29) eacute negociado na New York Board of Trade Nele negociam-se cafeacutes lavados produzidos na Ameacuterica

Central Colocircmbia e leste da Aacutefrica (Quecircnia Tanzacircnia e Etioacutepia)

Um contrato tem 37500 libras-peso ou aproximadamente 284 sacas de 60 quilos os meses de

vencimento satildeo marccedilo maio julho setembro e dezembro As cotaccedilotildees satildeo em centavos de doacutelar por libra-peso O

local de formaccedilatildeo dos lotes eacute Nova Iorque Nova Orleans Satildeo Francisco e Miami Na London Futures amp Options

Exchange negocia-se cafeacute robusta produzido na Aacutefrica Indoneacutesia e Conillon brasileiro O contrato eacute de cinco

toneladas ou cerca de 84 sacas de 60 quilos os meses de vencimento satildeo janeiro marccedilo maio julho setembro e novembro as cotaccedilotildees satildeo em doacutelares por tonelada O

local de formaccedilatildeo dos lotes eacute em portos da Europa e Nova Orleans

85

De acordo com dados do IAPAR (2002) nas deacutecadas de 6070 e 80 o Brasil exportou entre 15 e 18

milhotildees de sacas de cafeacute por ano com uma participaccedilatildeo de 27 do volume exportado mundialmente Na deacutecada de 90 as exportaccedilotildees brasileiras ficaram no mesmo patamar poreacutem a participaccedilatildeo no mercado mundial caiu situando-

se em 20 das exportaccedilotildees mundiais de cafeacute as quais giram em torno de 78 milhotildees de sacasano

Nos uacuteltimos 10 anos o Brasil colheu em meacutedia cerca de 27 milhotildees de sacas de 60 kg por ano Minas

Gerais eacute o maior estado produtor que produz 43 do cafeacute brasileiro considerando a meacutedia de 1988 a 1998 Esta produccedilatildeo estaacute concentrada principalmente no Sul do

estado mas nos uacuteltimos anos tambeacutem vem se destacando o cerrado mineiro com a cafeicultura irrigada Em segundo

lugar vem o Espiacuterito Santo com 17 seguido por Satildeo Paulo (16) com destaque para a regiatildeo mogiana e oeste

O Paranaacute eacute o quarto maior produtor com 7 do cafeacute nacional Juntos Minas Gerais Espiacuterito Santo Satildeo Paulo e Paranaacute produzem 83 do cafeacute brasileiro Bahia e Rondocircnia

vecircm se destacando na produccedilatildeo de cafeacute Conforme Schouchana (2000 p28) o Contrato

futuro de Cafeacute Araacutebico da BMampF deve ter as seguintes caracteriacutesticas

a)o objeto da Negociaccedilatildeo Cafeacute cru em gratildeo de produccedilatildeo brasileira tipo seis ou melhor bebida dura para entrega no

Municiacutepio de Satildeo Paulo SP b) cotaccedilatildeo

Em doacutelares por saca de 60 quilos liacutequidos c) unidade de Negociaccedilatildeo

100 sacas de 60 quilos liacutequidos d) meses de Vencimento

Marccedilo maio julho setembro e dezembro e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Sexto dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia do mecircs do vencimento

86

f) ponto de entregalocal de formaccedilatildeo do preccedilo

Municiacutepio de Satildeo Paulo ndash SP g) locais de Formaccedilatildeo dos lotes

Armazeacutens credenciados pela BMampF localizados nos municiacutepios de Satildeo Paulo (SP)

Santos (SP) Espiacuterito Santo do Pinhal (SP) Franca (SP) Batatais (SP) Leme (SP)

Londrina (PR) Rolacircndia (PR) Eloacutei Mendes (MG) Araguari (MG) Patrociacutenio (MG)

Machado (MG) Varginha (MG) Guaxupeacute (MG) Poccedilos de Caldas (MG) Piumhi (MG) Ouro Fino (MG) Satildeo Sebastiatildeo do Paraiacuteso (MG)

Trecircs Coraccedilotildees (MG) Andradas (MG) Campos Altos (MG) Satildeo Gotardo (MG) e Monte

Carmelo (MG) h) pagamento e recebimento na entrega

No terceiro dia uacutetil subsequumlente a data de apresentaccedilatildeo do aviso de entrega

i) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo no vencimento 1) Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em

aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas financeiramente pelo cliente mediante

operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma quantidade de contratos pelo preccedilo de

negociaccedilatildeo 2) Liquidaccedilatildeo por entrega O cafeacute deve ser

entregue do segundo dia uacutetil do mecircs de vencimento ateacute as 18 horas do seacutetimo dia uacutetil

anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a realizaccedilatildeo da entrega o

aviso de entrega deveraacute ser emitido pela corretora de mercadorias e deve ser

acompanhado do certificado de classificaccedilatildeo emitido pela BMampF do resumo do romaneio

do lote da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo armazeacutem depositaacuterio e

pelos documentos que provam a propriedade

87

do produto o pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer

ocircnus sobre a mercadoria

88

9 METODOLOGIA

Na busca de soluccedilatildeo para o problema procurou-se neste estudo

fazer um levantamento dos dados atraveacutes de questionaacuterios estruturados e

entrevistas pessoais pelo autor do projeto e tambeacutem por alunos universitaacuterios Foi

uma pesquisa ocasional por ser um uacutenico levantamento podendo futuramente ser

repetido para verificar se houve mudanccedila no perfil do agricultor do Municiacutepio de

Londrina Objetivamente tratou-se de uma pesquisa de caraacuteter exploratoacuterio jaacute que

natildeo se conhece o perfil desses produtores rurais com relaccedilatildeo ao assunto proposto

A pesquisa foi realizada com dados primaacuterios em funccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do meacutetodo

indutivo pois partiu de questionaacuterios individuais para descobrir a maneira utilizada

pelos produtores rurais para produzir e negociar seus produtos A pesquisa foi

quantitativa com representatividade no tamanho da amostra (DUTRA 2001)

91 POPULACcedilAtildeO

A populaccedilatildeo pesquisada foi composta por 1527 agricultores entre proprietaacuterios rurais arrendataacuterios

e parceiros que plantaram soja eou milho eou cafeacute na uacuteltima safra de 20012002 em propriedades rurais situadas

no Municiacutepio de Londrina dentre os 2315 produtores rurais cadastrados na Secretaria de Agricultura do

Municiacutepio de Londrina para obtenccedilatildeo do talatildeo de nota fiscal de produtor rural que aleacutem dessas culturas fazem

outros cultivos e tambeacutem tecircm outras atividades no segmento da pecuaacuteria

92 AMOSTRA E DELIMITACcedilAtildeO DA PESQUISA

A amostra composta por 300 (trezentos) agricultores dentro do

universo de 1527 foi considerada representativa para o presente trabalho com

uma margem de erro de 5 A amostragem especiacutefica pode ser definida como

89

probabiliacutestica sistemaacutetica com sorteio de 1 agricultor em cada 5 e todos os

produtores rurais cadastrados tiveram chance igual e conhecida de seleccedilatildeo

Por ser uma amostra aleatoacuteria com sorteio de um em cada cinco no universo de 1527 agricultores que

exploram as atividades de soja milho e cafeacute em propriedades rurais do municiacutepio de Londrina natildeo se levou em consideraccedilatildeo se a sua residecircncia estaacute no

municiacutepio de Londrina ou natildeo Dentro da amostra sorteada na pesquisa 5

produtores natildeo quiseram responder e 22 tinham trocado o nuacutemero do telefone Diante dessa impossibilidade foram

trocados pelos agricultores subsequumlentes A classificaccedilatildeo como pequeno meacutedia ou

grande produtor rural foi baseado na aacuterea explorada das propriedades de acordo com a Lei 8629 de 25021993 que

no seu inciso II do artigo 4ordm (BRASIL 1993) define 1)Eacute considerada como pequena propriedade rural o imoacutevel que tem ateacute 4 moacutedulos fiscais

ou seja ateacute 48 hectares ou ainda 1983 alqueires paulistas

2) Eacute considerada como meacutedia propriedade rural o imoacutevel que tem

aacuterea superior a 4 e ateacute 15 moacutedulos fiscais ou seja ateacute 180

hectares ou ainda 7438 alqueires paulistas

3) Eacute considerada grande propriedade rural o imoacutevel que tem aacuterea

superior a 15 moacutedulos fiscais ou seja acima de 180 hectares ou

ainda 7438 alqueires paulistas 93 COLETA DE DADOS

Os dados foram coletados atraveacutes de questionaacuterio estruturado com

perguntas abertas e fechadas respondidas pessoalmente pelo agricultor

94 SEGMENTACcedilAtildeO

90

A populaccedilatildeo foi segmentada de acordo com as seguintes variaacuteveis agricultores que cultivaram e

comercializaram a soja eou milho eou cafeacute na uacuteltima safra de 20012002 grau de escolaridade sub-divididos em primeiro grau para aqueles produtores que estudaram ateacute a oitava seacuterie segundo grau para os que fizeram cursos teacutecnicos ou colegial e terceiro grau para os produtores

que tiveram oportunidade de cursar a universidade infra-estrutura disponiacutevel na propriedade tais como energia

eleacutetrica aacutegua encanada veiacuteculos computadores televisatildeo uso de matildeo-de-obra proacutepria e de terceiros

tamanho da propriedade cuja classificaccedilatildeo para pequeno meacutedio ou grande produtor rural se baseou nas aacutereas

exploradas das propriedades de acordo com a Lei 8629 de 25021993 que no seu inciso II do artigo 4ordm (BRASIL 1993) considera como pequeno produtor agravequele que explora ateacute 4 moacutedulos fiscais que para o Municiacutepio de

Londrina corresponde a 1983 alqueires paulistas meacutedio produtor para aquele que explora entre 1983 alqueires e

7438 (15 moacutedulos fiscais) alqueires paulista e grande produtor aquele que explora imoacuteveis rurais com aacuterea

superior a 7438 alqueires entre aacuterea proacutepria e de terceiros aacuterea cultivada de cada cultura tempo de experiecircncia no negoacutecio sexo faixa etaacuteria sendo a

primeira faixa ateacute os 35 anos de idade para se obter um intervalo de idade nos negoacutecios entre 15 e 20 anos de idade a partir dos 21 anos Para determinar os meios

utilizados para cotaccedilatildeo de preccedilos dos produtos agriacutecolas o produtor pocircde dar mais de uma resposta assim como para verificar o sistema usual de venda dos produtos

suas preferecircncias e o conhecimento da comercializaccedilatildeo em mercados futuros

91

92

10 RESULTADO DOS DADOS COLETADOS E ANAacuteLISE 101 O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE CULTIVA SOJA EOU MILHO EOU CAFEacute

Os dados coletados foram tabulados para

anaacutelise pelo programa EXCEL aplicado o Teste do Qui-Quadrado e para a caracterizaccedilatildeo do perfil dos agricultores foi utilizada a estatiacutestica descritiva

apresentadas em quadros tabelas e graacuteficos como se segue

TABELA 03ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por sexo

MASCULINO FEMININO TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

relativa

300 260 866 40 134

Fonte Pesquisa do autor TABELA 04ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por estado civil

CASADO SOLTEIRO OUTROS TAMANHO

DA

AMOSTRA

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

300 239 796 32 107 29 97

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 05ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por idade

ATEacute 35 ANOS DE 36 A 55 ANOS ACIMA 56 ANOS TAMANHO

DA

AMOSTRA

IDADE

MEacuteDIA Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

300 53 27 9 133 443 140 467

Fonte Pesquisa do autor TABELA 06ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por escolaridade

TAMANHO

DA

FREQUENTOU

ATEacute 1ordm GRAU

FREQUENTOU

ATEacute 2ordm GRAU

FREQUENTOU

ATEacute 3ordm GRAU

93

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 145 483 81 27 74 247

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 07ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tamanho da aacuterea explorada

PEQUENO PRODUTOR MEacuteDIO PRODUTOR (DE 1984 ATEacute 7438 ALQ)

GRANDE PRODUTOR TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

300 124 413 100 333 76 254

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 08ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por local moradia e acesso agrave escola puacuteblica

MORA NA

PROPRIEDADE

MORA NA CIDADE ESTUDOU EM ESCOLA

PUacuteBLICA

TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

300 102 34 198 66 223 743

Fonte Pesquisa do autor

A distacircncia de suas residecircncias ateacute a propriedade eacute em meacutedia de

27 quilocircmetros Aqueles que moram na cidade vatildeo agrave propriedade em meacutedia 16 dias

por mecircs praticamente dia sim dia natildeo A amostra revelou que a famiacutelia do produtor

tem em meacutedia 46 pessoas e 25 estudaram ou estudam em escola puacuteblica

TABELA 09ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de aquisiccedilatildeo dos imoacuteveis IMOacuteVEIS ADQUIRIDOS RECEBIDOS POR

HERANCcedilA

PARTE ADQUIRIDA E

PARTE HERANCcedilA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

272 112 411 106 39 54 199

Fonte Pesquisa do autor

94

TABELA 10ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de exploraccedilatildeo dos imoacuteveis

TAMANHO

AMOSTRA

TIPO DE EXPLORACcedilAtildeO FREQUEcircNCIA

ABSOLUTA

FREQUEcircNCIA

RELATIVA

EXPLORAM SOacute O PROacutePRIO 224 746

O PROacutePRIO E EM PARCERIA 26 87

O PROacutePRIO E ARRENDADOS 20 67

SOacute IMOacuteVEIS EM PARCERIA 11 36

SOacute IMOacuteVEIS ARRENDADOS 15 5

PROacutePRIO ARRENDA E PARCERIA 2 07

300

SOacute ARRENDADO E EM PARCERIA 2 07

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 11ndash Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-estrutura na propriedade

TEM ENERGIA

ELEacuteTRICA

TEM AacuteGUA

ENCANADA

TEM ANTENA

PARABOacuteLICA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 293 977 285 95 102 34

Fonte Pesquisa do autor

95

TABELA 12ndash Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-estrutura

na propriedade

TEM APARELHO

DE TELEVISAtildeO

TEM VEIacuteCULOS

MOTORIZADOS

TEM COMPUTADOR

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 250 833 243 81 181 603

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 13ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela renda e trabalho da famiacutelia na propriedade

TEM SOacute A RENDA DA

PROPRIEDADE

COcircNJUGE AJUDA NA

ATIVPRODUTIVA

FILHOS AJUDAM NA ATIV

PRODUTIVA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 142 473 55 183 105 35

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 14ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela matildeo de obra utilizada

MAtildeO DE OBRA FIXA CONTRATADA

(EMPREGADOS)

MAtildeO DE OBRA TEMPORAacuteRIA

CONTRATADA (BOacuteIA-FRIA)

TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 177 590 155 517

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores rurais mantecircm a meacutedia de 318 empregados efetivos para executar os trabalhos nas

propriedades rurais Nos picos de serviccedilos que compreende o plantio e a colheita dos produtos costumam

contratar 671 empregados na meacutedia como matildeo-de-obra temporaacuteria

96

TABELA 15ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na cultura da soja em sacas 60 quilos

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM SOJA

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

QuantIa

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 231 77 453 5296 1169

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram soja

obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 5296 sacas de 60 quilos em uma aacuterea de 453

alqueires paulistas resultando em uma produtividade de 1169 sacas por alqueire

exatamente igual agrave produtividade do Estado do Paranaacute e superior agrave meacutedia nacional

em 984

TABELA 16ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na cultura do milho em sacas 60 quilos

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM MILHO

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

Quantia

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 148 493 234 5553 2373

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram milho obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 5553 sacas de 60 quilos em uma aacuterea de 234 alqueires paulistas resultando em uma produtividade de 2373 sacas por alqueire superior agrave meacutedia nacional e 86 e tambeacutem superior agrave meacutedia paranaense em 57 TABELA 17ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida cultura

do cafeacute (sacas 40 quilos em coco)

97

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM CAFEacute

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

Quantia

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 99 33 99 1559 1574

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram cafeacute obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 1559 sacas

de 40 quilos de cafeacute em coco em uma aacuterea de 99 alqueires paulistas resultando em uma produtividade de

1574 sacas de cafeacute em coco por alqueire ou ainda 525 sacas de cafeacute beneficiado por alqueire superior agrave

meacutedia nacional em 6 e superior a meacutedia paranaense em 18

TABELA 18ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS PROacutePRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 211 703 89 297

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 19ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram soja pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

231 182 787 49 213

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 20ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram milho pela posse dos maquinaacuterios

TAMANHO DA TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS

98

AMOSTRA

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

148 110 743 257

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 21ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram cafeacute pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

99 61 38 384

TABELA 22ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela necessidade de financiamentos

DEPENDE DE FINANCIAMENTOS NAtildeO DEPENDE TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

38

TAMANHO DA

AMOSTRA

Relativa Relativa

616

Fonte Pesquisa do autor

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 152 506 148 494

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 23ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acesso agrave assistecircncia teacutecnica

TEcircM ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA NAtildeO TEcircM ASSISTEcircNCIA TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

Relativa

300 232 773 68 227

Absoluta

Fonte Pesquisa do autor TABELA 24ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de assistecircncia teacutecnica

recebida TAMANHO

AMOSTRA

DA

EMATER

DA

COOPERATIVA

DE

PARTICULAR

MAIS DE UMA

ASSISTEcircNCIA

99

Freq

Abs

Freq

Rel

Freq

Rel

Freq

Abs

Freq

Abs

Freq

Rel

Freq

Abs

Freq

Rel

232 35 15 99 427 78 336 20 87

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 25ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela eacutepoca de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

COMERCIALIZOU ANTES

COLHEITA

COMERCIALIZOU APOacuteS A

COLHEITA

COM PARTE ANTES E

PARTE DEPOIS

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 14 47 234 78 52 173

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 26- Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da produccedilatildeo antes da colheita

COMERCIALIZOU TUDO

NAS COOP

COMERCIALIZOU TUDO

NAS INDUSTR

PARTE NAS COOP E

PARTE NAS IND

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Absoluta

14 9 2 3

Fonte Pesquisa do autor

100

TABELA 27- Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da produccedilatildeo apoacutes a colheita

COMERCIALIZOU TUDO

NAS COOP

COMERCIALIZOU TUDO

NAS INDUSTR

PARTE NAS COOP E

PARTE NAS IND

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

234 132 564 72 308 30 128

Fonte Pesquisa do autor

Dentro da amostra entre os agricultores que venderam toda a produccedilatildeo antes ou depois da colheita e os que

venderam parte da produccedilatildeo antes e parte depois constatou-se que 102 da produccedilatildeo foi comercializada

antes de ser colhida e 898 da produccedilatildeo foi comercializada depois de realizada a colheita Dos 898 da

comercializaccedilatildeo negociada apoacutes a colheita 551 foi vendida nas cooperativas e 347 nas induacutestrias

Dos 102 da produccedilatildeo comercializada antes da colheita verificou-se que 48 foi vendida em cooperativas

com preccedilos preacute-fixados 30 comercializado com as induacutestrias com preccedilos preacute-fixados 07

comercializado em cooperativas com adiantamentos de recursos em dinheiro ou insumos e com preccedilos a fixar

na entrega da safra 02 comercializada antecipadamente com as induacutestrias com adiantamentos de recursos

e preccedilos a fixar na entrega da safra 01 comercializado com as induacutestrias com adiantamentos de recursos e

preccedilos jaacute fixados e 14 comercializada na bolsa de mercadorias

TABELA 28ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelas negociaccedilotildees realizadas na bolsa de mercadorias

NEGOCIAM NA BOLSA NAtildeO NEGOCIAM NA BOLSA TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 16 53 284 947 Fonte Pesquisa do autor

101

Dos 16 (53) agricultores que comercializaram a totalidade ou parte da safra na bolsa de mercadorias o

fizeram pelas seguintes razotildees

a) 14 disseram entre outras razotildees mas em especial que

preferem comercializar a safra ou parte dela para garantir os

preccedilos acenados pelo mercado futuro

b) 6 disseram entre outras razotildees mas em especial que soacute

comercializam quando os preccedilos satildeo interessantes

c) 4 disseram entre outras razotildees mas em especial que

comercializam na bolsa porque confiam na seguranccedila desse tipo

de negociaccedilatildeo

Dos 284 (947) agricultores lodrinenses que disseram natildeo comercializar satildeo pelas diversas abaixo

relacionadas

a) 253 disseram entre outras razotildees que natildeo sabem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em bolsas de mercadorias

b) 53 disseram entre outras razotildees que nunca foram convidados pela BMampF ou corretores para explicar como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado futuro

c) 19 disseram entre outras razotildees que consideram o processo

muito burocraacutetico

d) 16 disseram entre outras razotildees que natildeo possuem seguranccedila para operar nesse mercado

e) 17 disseram entre outras razotildees que tecircm medo de perder dinheiro nesse tipo de comercializaccedilatildeo

f) 10 disseram entre outras razotildees que sabem como funciona mas preferem natildeo comercializar enquanto natildeo tecircm garantida a colheita da safra

g) 7 disseram entre outras razotildees que natildeo confiam nas corretoras que intermediam a comercializaccedilatildeo

h) 5 disseram entre outras razotildees que natildeo consideram os preccedilos

interessantes

102

TABELA 29ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado

ACOMPANHAM AS COTACcedilOtildeES NAtildeO ACOMPANHAM TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 289 963 11 37

Fonte Pesquisa do autor

Dentre os agricultores que acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado o fazem das seguintes maneiras

a) 193 disseram que acompanham atraveacutes dos jornais

b) 173 disseram que acompanham pela televisatildeo

c) 143 disseram que acompanham atraveacutes das cooperativas

d) 54 disseram que acompanham pela internet

e) 49 disseram que acompanham atraveacutes do radio

f) 49 disseram que acompanham por outros meios como amigos conhecidos etc

Com base na segmentaccedilatildeo das tabelas 03 a 29 pode-se

caracterizar o perfil do agricultor londrinense - que cultiva soja eou milho e ou cafeacute -

com destaques para aos dados abaixo

01) 866 satildeo homens

02) 796 satildeo casados

03) 467 tecircm idade acima de 56 anos

04) 483 frequumlentaram a escola ateacute o primeiro grau

05) 743 de sua famiacutelia estudou ou estuda em escola publica

06) 413 satildeo pequenos produtores

07) 66 moram na cidade e vatildeo agrave propriedade 16 vezes por mecircs

08) 411 adquiriram o imoacutevel que exploram

09) 746 soacute exploram o imoacutevel proacuteprio

10) 977 tecircm energia eleacutetrica na propriedade

11) 95 tecircm aacutegua encanada

12) 833 tecircm televisatildeo

103

13) 81 tecircm veiculo na propriedade

14) 603 tecircm computador

15) 473 vivem soacute da renda das propriedades rurais

16) 59 tecircm empregados fixos

17) 517 contratam trabalhadores volantes nas eacutepocas de picos de serviccedilo

18) 77 plantam soja e colhem 1169 sacas por alqueire

19) 493 plantam milho e colhem 2373 sacas por alqueire

20) 33 plantam cafeacute e colhem 1574 sacas em coco por alqueire ou 525 sacas de

cafeacute beneficiado

21) 703 tecircm maquinaacuterios proacuteprios entre tratores e colheitadeiras

22) 506 necessitam de financiamentos para custeio das lavouras

23) 773 dispotildeem de assistecircncia teacutecnica na propriedade

24) 78 comercializam as safras depois de colhida

25) 947 natildeo negociam seus produtos na bolsa de mercadorias

26) 963 acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado sendo a maioria

pelos jornais e televisatildeo

26)O tempo meacutedio de responsabilidade do agricultor pela produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo nas propriedades eacute de 18 anos

104

102 COMPARACcedilAtildeO DO PERFIL DO AGRICULTOR BRASILEIRO COM O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE CULTIVA SOJA EOU

MILHO EOU CAFEacute

TABELA 30- Comparativo das caracteriacutesticas do agricultor brasileiro com o agricultor londrinense

CARACTERIacuteSTICAS AGRICULTOR

BRASILEIRO AGRICULTOR

LONDRINENSE

Satildeo proprietaacuterios dos imoacuteveis 85 907 Idade meacutedia do produtor 52 53

Maior concentraccedilatildeo de escolaridade 1ordm Grau 1ordm GrauDisponibilidade energia eleacutetrica no

imoacutevel 85 977

Antenas paraboacutelicas na propriedade 43 34 Veiacuteculos na propriedade 56 81

Aacutegua encanada na propriedade 71 95 Aparelho de televisatildeo 81 833

Tem outra fonte de renda aleacutem da propriedade

82 527

Tem computador 3 603 Uso de matildeo de obra familiar 78 656

Uso de matildeo de obra temporaacuteria 81 517 Pessoa da famiacutelia que estudou em

escola puacuteblica 62 743

Produtividade na cultura do milho 2057 2373 Fonte CNA e pesquisa do autor

Diferentemente da meacutedia do perfil do agricultor brasileiro que 82 tem outra fonte de renda gerada fora

da propriedade com outras atividades remuneradas menos da metade dos agricultores (473) depende

exclusivamente da renda gerada dentro das propriedades rurais obrigando-o sempre a buscar a eficiecircncia nas

atividades desenvolvidas 35 dos agricultores contam com a ajuda dos filhos para desenvolverem as atividades

de produccedilatildeo e 183 recebem ajuda da mulher nas

105

atividades produtivas do imoacutevel paracircmetro que mede a vocaccedilatildeo do produtor rural do Municiacutepio de Londrina

conforme demonstra a tabela 13 Outra variaacutevel diferenciada nesta comparaccedilatildeo

do perfil do agricultor brasileiro com relaccedilatildeo ao agricultor do Municiacutepio de Londrina eacute com relaccedilatildeo agrave informaacutetica Enquanto somente 3 dos agricultores brasileiros tecircm

computador 603 dos agricultores de Londrina dispotildeem de computadores para armazenar as informaccedilotildees das

atividades desenvolvidas nas propriedades rurais conforme demonstra a tabela 12

Na pesquisa realizada pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas sobre o perfil do agricultor brasileiro a uacutenica

produtividade levantada foi da cultura do milho com colheita de 85 sacas de 60 kgs por hectare o que

corresponde a 2057 sacas de 60 quilos por alqueire paulista Na comparaccedilatildeo com a produtividade meacutedia do

agricultor de Londrina verifica-se que ele colhe 2373 sacas de 60 quilos de milho por alqueire portanto

153 maior que a produccedilatildeo meacutedia brasileira A produtividade meacutedia do agricultor de Londrina que cultiva

soja eacute de 1169 sacas de 60 quilos por alqueire e a produtividade do cafeacute em coco eacute de 1574 sacas de 40

quilos por alqueire o que corresponde a 525 sacas de 60 quilos de cafeacute beneficiado por alqueire paulista de

acordo com as tabelas 15 16 e 17

O agricultor rural de Londrina dispotildee de uma melhor infra-estrutura quando comparado com o agricultor brasileiro como se verifica nas tabelas 11 e 12 como eacute o caso da energia eleacutetrica 977 contam com esse serviccedilo

contra 85 dos agricultores brasileiros veiacuteculos na propriedade 81 contra 56 do produtor brasileiro aacutegua

encanada 95 contra 71 do produtor brasileiro e uma diferenccedila alarmante quando comparados os

computadores - com 603 contra somente 3 do produtor brasileiro

Outro dado importante verificado eacute com relaccedilatildeo agrave matildeo de obra temporaacuteria conforme tabela 30 Enquanto

o agricultor brasileiro usa 81 de matildeo de obra temporaacuteria o agricultor londrinense utiliza somente 517 Isso

significa que o agricultor londrinense proporciona 567 a mais de emprego nas propriedades rurais mantendo o

106

empregado fixo na propriedade com registro em carteira e provavelmente pagando todos os encargos sociais e

trabalhistas como Previdecircncia Social Fundo de Garantia Deacutecimo Terceiro Salaacuterio Feacuterias etc Isso posto cabe

acrescentar que a manutenccedilatildeo do empregado na propriedade contribui para a reduccedilatildeo da pobreza nos cinturotildees de miseacuteria das cidades porque certamente junto com o empregado moram na propriedade sua

esposa e filhos

103 CARACTERIacuteSTICAS DO AGRICULTOR LONDRINENSE RELACIONADOS COM A PRODUCcedilAtildeO COMERCIALIZACcedilAtildeO COTACcedilOtildeES DE PRECcedilOS E ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS

Nesta seccedilatildeo descrevem-se todas as caracteriacutesticas dos agricultores do Municiacutepio de Londrina relacionados agrave

produccedilatildeo obtida nas culturas da soja do milho e do cafeacute seu sistema de comercializaccedilatildeo acompanhamento

das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado e sua atuaccedilatildeo na bolsa de mercadorias

TABELA 311ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de escolaridade

ESCOLARIDADE SOJA

(Saca de 60 kgs) MILHO

(Saca de 60 kgs) CAFEacute EM COCO

(saca de 40 kgs)

1ordm GRAU 1121 2084 1173

2ordm GRAU 1083 2323 1272

3ordm GRAU 1286 2393 1641

Fonte Pesquisa do autor Z2=104244200 P=000000

A tabela 311 demonstra que o grau de escolaridade exerce grande influecircncia na produtividade dos

agricultores de Londrina em todas as culturas e em especial na cultura do cafeacute Verificou-se uma

produtividade bem maior daqueles produtores que cursaram a universidade em relaccedilatildeo aos que cursaram

somente ateacute o primeiro grau No milho e na soja a produtividade tambeacutem foi superior

107

TABELA 312ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de escolaridade

ESCOLARIDADE DA SAFRA VENDIDA ANTES DA

COLHEITA DA SAFRA VENDIDA APOacuteS A

COLHEITA

1ordm GRAU 75 925

2ordm GRAU 130 870

3ordm GRAU 169 831

Fonte Pesquisa do autor Z2=1155000 P=000311

A tabela 312 confirmando a demonstraccedilatildeo da tabela 311 revela

que o produtor rural com escolaridade superior jaacute com a visatildeo mais voltada para o

mercado procura comercializar parte de sua produccedilatildeo no andamento da safra

evitando ficar com a totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca

em que todos os produtores estaratildeo interessados na venda da sua produccedilatildeo e

com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos dado a maior

quantidade de oferta no mercado que ocorre apoacutes a colheita Mais do que o dobro

dos produtores com curso universitaacuterio comparados com os produtores que soacute tecircm

o primeiro grau comercializam parte de suas safras antes da colheita dos produtos

TABELA 313ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a escolaridade ESCOLARIDADE FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS

1ordm GRAU 958 42

2ordm GRAU 963 37

3ordm GRAU 973 27

Fonte Pesquisa do autor Z2=028600 P=086669

A tabela 313 demonstra diferenccedila pouco significativa no acompanhamento das cotaccedilotildees de preccedilos dos

produtos no mercado quando se compara a escolaridade dos produtores Os produtores rurais de Londrina

108

em sua quase totalidade acompanham e fazem cotaccedilotildees dos preccedilos na hora de vender a sua produccedilatildeo em

sua maioria pelos jornais televisatildeo e cooperativas

TABELA 314ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a escolaridade ESCOLARIDADE NEGOCIA NA BOLSA DE

MERCADORIAS NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

1ordm GRAU 27 973

2ordm GRAU 74 926

3ordm GRAU 95 905

Fonte Pesquisa do autor Z2=474400 P=009329

A tabela 314 tambeacutem revela que o maior grau de escolaridade

permite ao produtor rural procurar novas opccedilotildees para a negociaccedilatildeo dos seus

produtos Praticamente quase todos dos produtores com o primeiro grau

desconhecem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em

bolsas de mercadorias justificando os iacutendices apresentados na tabela Para cada 4

produtores com curso superior do Municiacutepio de Londrina somente 1 com o primeiro

grau negocia os seus produtos na bolsa de mercadorias

TABELA 321ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade do

produtor

IDADE DO PRODUTOR SOJA MILHO CAFEacute EM COCO

109

(Saca 60 kgs) (Saca 60 kgs) (Saca 40 kgs)

ATEacute 35 ANOS 1172 2094 2040

DE 36 A 55 ANOS 1166 2342 1550

ACIMA 56 ANOS 1151 2110 1068 Fonte Pesquisa do autor Z2=21532200 P=000000

A tabela 321 demonstra que a idade exerce influecircncia significativa na produtividade dos agricultores de

Londrina que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade bem maior do produtor com idade ateacute 35

anos em relaccedilatildeo ao produtor com idade acima de 56 anos Provavelmente isso ocorre em funccedilatildeo da

tecnologia antiga usada pelo produtor com mais idade Tambeacutem foi significativamente maior quando

comparados os produtores de cafeacute com ateacute 35 anos com os produtores que tecircm idade entre 36 e 55 anos No

milho a produtividade apresentou-se um pouco maior entre os produtores com idade de 36 a 55 anos em

relaccedilatildeo aos produtores com idades superiores e inferiores e na cultura da soja natildeo houve diferenccedilas de

produtividade pois todos colheram entre 115 e 117 sacas por alqueire

TABELA 322ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do produtor

IDADE DO PRODUTOR VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

ATEacute 35 ANOS 170 830

DE 36 A 55 ANOS 125 875

ACIMA 56 ANOS 90 910

Fonte Pesquisa do autor Z2=709300 P=002883

A tabela 322 revela que o produtor rural com idade ateacute 35 anos

tambeacutem com a visatildeo mais voltada para o mercado procura comercializar parte de

sua produccedilatildeo no andamento da safra evitando ficar com a totalidade dos produtos

nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo

interessados na venda da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos

preccedilos dos produtos dado a maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a

colheita Quase o dobro dos produtores com idade ateacute 35 anos comparados com

os que tecircm idade acima de 56 anos comercializam uma parte de suas safras antes

110

da colheita dos produtos Na comparaccedilatildeo com os produtores com idade entre 36 e

55 anos tambeacutem ocorre o mesmo fato poreacutem em menor escala

111

TABELA 323ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo com a idade do produtor

IDADE DO

PRODUTOR

FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

ATEacute 35 ANOS 1000 00

DE 36 A 55 ANOS 955 45

ACIMA 55 ANOS 964 36

Fonte Pesquisa do autor Z2=130000 P=052208

A tabela 323 igualmente com o que ocorre com o grau de escolaridade dos produtores a diferenccedila eacute pouco

significativa no acompanhamento das cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos no mercado quando se compara a

idade dos que tecircm ateacute 35 anos com as das demais idades Eacute importante ressaltar que todos os produtores com

ateacute 35 anos acompanham as cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos em sua maioria tambeacutem pelos jornais

televisatildeo e cooperativas

TABELA 324ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo com a idade do produtor

IDADE DO PRODUTOR NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

ATEacute 35 ANOS 37 963

DE 36 A 55 ANOS 68 932

ACIMA 55 ANOS 43 957

Fonte Pesquisa do autor Z2=098800 P=061027

A tabela 324 diferentemente das demais onde satildeo comparadas as idades apresenta os produtores com idade

entre 36 e 55 como os que mais negociam seus produtos em bolsa de mercadorias Entre os produtores com

ateacute 35 anos de idade quase 100 desconhecem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

em bolsas de mercadorias e 30 alegaram que nunca foram convidados pela BMampF ou corretoras para

explicarem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado futuro Entre os produtores com idade

entre 36 e 55 anos de idade que comercializam seus produtos na bolsa a maioria disse saber como funciona

o processo de comercializaccedilatildeo e confia na seguranccedila desse tipo de negociaccedilatildeo embora soacute procurem as bolsas

quando os preccedilos do mercado futuro se apresentam interessantes

112

TABELA 331ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o tamanho

da aacuterea explorada

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

SOJA (Saca 60 kgs)

MILHO (Saca 60 kgs)

CAFEacute EM COCO (Saca 40 kgs)

PEQUENO PRODUTOR 1145 2053 1158

MEacuteDIO PRODUTOR 1123 2121 1289

GRANDE PRODUTOR 1204 2511 1712 Fonte Pesquisa do Autor Z2=51356700 P=000000

A tabela 331 demonstra que o tamanho da aacuterea tem influecircncia significativa na produtividade dos

agricultores de Londrina em especial para os que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade bem

maior do grande produtor com relaccedilatildeo ao pequeno e um terccedilo a mais que o meacutedio produtor Tambeacutem foi um

quarto maior a produtividade do milho quando comparados os grandes com os pequenos e meacutedios

produtores Na cultura da soja natildeo se apresentaram diferenccedilas significativas na produtividade todos colhem

na faixa de 110 a 120 sacas por alqueire sendo que o grande produtor apresenta produtividade um pouco

superior em relaccedilatildeo aos pequenos e meacutedios produtores

TABELA 332ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o tamanho da aacuterea explorada

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

PEQUENO PRODUTOR 85 915

MEacuteDIO PRODUTOR 136 864

GRANDE PRODUTOR 130 870

Fonte Pesquisa do autor Z2=163300 P=044204

A tabela 332 revela que o grande e meacutedio produtor rural com a

visatildeo mais voltada para o mercado tambeacutem procuram comercializar sua produccedilatildeo

113

no andamento da safra evitando ficar com a totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o

final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo interessados na venda

da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos

dado a maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a colheita Quase o dobro

dos meacutedios e grandes produtores comparados com os pequenos produtores

comercializam uma parte de suas safras antes da colheita dos produtos

TABELA 333ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos pelos produtores de acordo com tamanho da aacuterea

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

FAZ COTACcedilAtildeO PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

PEQUENO PRODUTOR 936 64

MEacuteDIO PRODUTOR 970 30

GRANDE PRODUTOR 1000 00

Fonte Pesquisa do autor Z2=574100 P=005668

A tabela 333 eacute um demonstrativo de que quase a totalidade dos produtores acompanha as cotaccedilotildees de preccedilos

dos produtos no mercado Eacute importante ressaltar que todos (1000) os grandes produtores acompanham as

cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos e apenas uma pequena minoria entre os pequenos e meacutedios produtores

deixam de acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos Ressalte-se tambeacutem que a maioria faz o acompanhamento

pelos jornais televisatildeo e cooperativas com destaque para os grandes produtores que tambeacutem usam a internet

TABELA 334ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo nas bolsas de mercadorias pelo

produtor de acordo com tamanho da aacuterea CARACTERIacuteSTICA NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

114

DO PRODUTOR

PEQUENO PRODUTOR 24 976

MEacuteDIO PRODUTOR 70 930

GRANDE PRODUTOR 79 921

Fonte Pesquisa do autor Z2=362300 P=016341

A tabela 334 revela que haacute uma tendecircncia sugestiva quanto maior o produtor mais ele negocia os produtos

na bolsa de mercadorias Os pequenos produtores em sua quase totalidade natildeo sabem como funciona o

processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsas de mercadorias e 24 alegaram que nunca foram

convidados pela BMampF ou corretoras para explicarem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em

mercado futuro

Os meacutedios e grandes produtores que comercializam seus produtos na bolsa afirmaram saber como funciona

o processo de comercializaccedilatildeo e confiam na seguranccedila desse tipo de negociaccedilatildeo embora soacute procurem as

bolsas quando os preccedilos acenados no mercado futuro satildeo interessantes Somente 1 pequeno produtor rural em

cada 3 meacutedios e grandes negociam seus produtos nas bolsas de mercadorias

TABELA 341ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a moradia do

produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR SOJA

(SACA 60 KGS) MILHO

(SACA 60 KGS) CAFEacute EM COCO (SACA 40 KGS)

NA PROPRIEDADE 1151 2186 1844

NA CIDADE 1164 2234 1056

Fonte Pesquisa do autor Z2=751970 P=000000

A tabela 341 registra que a moradia do produtor exerce muita influecircncia na produtividade dos agricultores

de Londrina na cultura do cafeacute Verificou-se uma produtividade muito maior na cultura do cafeacute do produtor

que mora na propriedade em relaccedilatildeo ao que mora na cidade Provavelmente tal fato ocorre porque a cultura

do cafeacute exige um tratamento diferenciado nos cuidados dos cafeeiros se comparado com as culturas de soja e

115

milho que soacute exigem cuidados nas eacutepocas do plantio e da colheita Nas culturas do milho e da soja a

produtividade eacute praticamente igual independentemente do produtor morar na propriedade ou na cidade

TABELA 342ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a moradia do

produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

NA PROPRIEDADE 11 89

NA CIDADE 12 88

Fonte Pesquisa do autor Z2=004300 P=083580

A tabela 342 demonstra que a moradia natildeo influencia na comercializaccedilatildeo realizada pelo produtor rural e

eles procuram comercializar pelo menos 10 de sua produccedilatildeo no andamento da safra evitando ficar com a

totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo

interessados na venda da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos dado a

maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a colheita

TABELA 343ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo

com a moradia do produtor LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

NA PROPRIEDADE 980 20

NA CIDADE 950 50

Fonte Pesquisa do autor Z2=167400 P=019579

A tabela 343 revela que existe uma preocupaccedilatildeo um pouco maior do produtor que mora na propriedade

com relaccedilatildeo ao acompanhamento nas cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos no mercado se comparados com o

produtor que mora na cidade Os produtores rurais de Londrina em sua quase totalidade fazem cotaccedilotildees dos

preccedilos na hora de vender a sua produccedilatildeo geralmente pelos jornais televisatildeo e cooperativas Os que moram

na cidade se utilizam mais dos jornais para fazer esse acompanhamento assim como a internet

116

TABELA 344 ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa mercadorias de acordo com a moradia do produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

NA PROPRIEDADE 59 941

NA CIDADE 50 950

Fonte Pesquisa do autor Z2=009200 P=076132

A tabela 344 explicita que o local de moradia do produtor rural de

Londrina natildeo interfere nas negociaccedilotildees realizadas nas bolsas de mercadorias Em

ambos os casos em sua quase totalidade natildeo sabem como funciona o processo de

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsas de mercadorias e 20 dos que moram na

fazenda e 15 dos que moram na cidade nunca foram convidados pela BMampF ou

corretoras para explicar como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado

futuro Os produtores que comercializaram seus produtos na bolsa em sua maioria

afirmaram que sabem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo embora soacute

procurem as bolsas quando os preccedilos acenados no mercado futuro satildeo

interessantes

117

TABELA 35ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a assistecircncia teacutecnica

TIPO DE ASSISTEcircNCIA DADA AO

PRODUTOR SOJA

(SC60 KG) MILHO

(SC60) CAFEacute EM COCO

(SACAS 40 KGS)

SEM ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 1153 1987 1002

COM ASSISTEcircNCIA EMATER 1206 2325 1139

ASSISTEcircNCIA COOPERATIVA 1127 2272 1373

ASSISTEcircNCIA PARTICULAR 1187 2233 1516 Fonte Pesquisa do autor Z2=66260200 P=000000

A tabela 35 demonstra que a assistecircncia teacutecnica exerceu influecircncia significativa na produtividade dos

agricultores de Londrina que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade muito maior dos que

receberam assistecircncia teacutecnica particular em relaccedilatildeo ao produtor que natildeo teve assistecircncia teacutecnica Tambeacutem foi

maior a produtividade dos produtores de cafeacute que tiveram assistecircncia teacutecnica de cooperativa

Na comparaccedilatildeo dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica da Emater com os que natildeo tiveram assistecircncia

teacutecnica a produtividade eacute apenas um pouco maior No milho tambeacutem tiveram maior produtividade os

produtores que receberam assistecircncia teacutecnica poreacutem com pequena representatividade sobressaiacuteram-se

positivamente os produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica da Emater

A segunda melhor performance foi dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica das cooperativas seguida

dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica particular No cultivo da safra de soja praticamente natildeo houve

diferenccedila significativa a ponto dos produtores que natildeo tiveram assistecircncia teacutecnica apresentarem produccedilatildeo

superior aos produtores que tiveram a assistecircncia teacutecnica das cooperativas

TABELA 36ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse dos

maquinaacuterios

118

MAQUINAacuteRIOS SOJA (sc60 kgs)

MILHO (sc60 kgs)

CAFEacute EM COCO (sc40 kgs)

COM MAQUINAacuteRIOS 1198 2342 1335

SEM MAQUINAacuteRIOS 1281 1854 1311

Fonte Pesquisa do autor Z2=153708300 P=000000

A tabela 36 registra que a posse dos maquinaacuterios pelos produtores eacute importante para melhorar a

produtividade das culturas embora natildeo seja aconselhaacutevel sua aquisiccedilatildeo pelo pequeno produtor que tem a

oportunidade de alugar os maquinaacuterios nas eacutepocas de picos de serviccedilos A quantidade de aacuterea cultivada pelo

pequeno e meacutedio produtor rural natildeo justifica a aquisiccedilatildeo de uma maacutequina para a propriedade em razatildeo da

alta ociosidade

1031 Teste Estatiacutestico dos Cruzamentos

Considerando o niacutevel de significacircncia de 5 verificou-se ao aplicar o teste do Qui-quadrado nas tabelas dos

cruzamentos em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas do agricultor londrinense relacionados com a produccedilatildeo

comercializaccedilatildeo cotaccedilotildees de preccedilos e atuaccedilatildeo na bolsa de mercadorias que foram estatisticamente

significativo os seguintes cruzamentos (Quadro 3)

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de

escolaridade

bull Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de

escolaridade

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade do

produtor

bull Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do produtor

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o tamanho

da aacuterea explorada

119

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a moradia

do produtor rural

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

assistecircncia teacutecnica

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse dos

maquinaacuterios

QUADRO 3 - Resultados dos testes do Qui-quadrado para verificaccedilatildeo do niacutevel de significacircncia dos cruzamentos

CRUZAMENTO QUI-QUADRADO P (NIacuteVEL DE SIGNIFICAcircNCIA)

Grau escolar x produtiv 1042442 p=00000 Grau escolar x comerc 1155 p=00311 Grau escolar x cotaccedilatildeo 286 p=86669 Grau escolar x negbolsa 4744 p=09329 Idade x produtividade 215322 p=00000 Idade x comercializaccedilatildeo 7093 p=02883 Idade x cotaccedilatildeo preccedilos 1300 p=52208 Idade x negocem bolsa 988 p=61027 T aacuterea x produtividade 513567 p=00000 Taacuterea x comercializaccedilatildeo 1633 p=44204 T aacuterea x cotaccedilatildeo preccedilos 5741 p=05668 Taacuterea x negocem bolsa 3623 p=16341 Local moradia x produt 751970 p=00000 Local moradia x comerc 043 p=83580 Local moradia x cotaccedilatildeo 1674 p=19579 Local moradia x n bolsa 092 p=76132 Assistteacutecn x produtivid 662602 p=00000 Maquinaacuterio x produtivid 1537083 p=00000

estatisticamente significativo

120

104 ANAacuteLISE DA PRODUTIVIDADE DO AGRICULTOR LONDRINENSE

Nesta anaacutelise considerando as produtividades levantadas na pesquisa observou-se

1) Quanto agrave escolaridade os agricultores que tecircm curso universitaacuterio conseguiram uma maior produtividade

nos cultivos das trecircs culturas quando comparados com os que estudaram soacute ateacute o primeiro e o segundo graus

Provavelmente por estarem mais abertos ao uso de novas tecnologias que satildeo oferecidas ao homem do campo

tais como desenvolvimento de novas sementes utilizaccedilatildeo de plantio direto ao inveacutes do plantio convencional

que natildeo degrada o solo e preserva o meio ambiente novas metodologias no combate agraves pragas e doenccedilas que se

natildeo forem cuidadas a tempo dizimam toda a produccedilatildeo e tambeacutem a preocupaccedilatildeo com a colheita mantendo as

maacutequinas bem reguladas para evitar perdas na hora da colheita

2) Quanto agrave idade os agricultores com ateacute 35 anos obtiveram uma produtividade de cafeacute em coco por

alqueire bem maior se comparados com os agricultores com idades acima dos 35 anos Tambeacutem nesse caso

tudo levar a crer que os agricultores mais jovens tambeacutem mais dinacircmicos em funccedilatildeo da proacutepria idade

aproveitam as vantagens das novas tecnologias oferecidas pelas empresas do ramo que diariamente levam ao

conhecimento dos produtores as suas vantagens atraveacutes da miacutedia e ainda dias de campo realizadas pelo Iapar

Emater etc que fazem demonstraccedilotildees sobre o uso dos maquinaacuterios ou dos insumos

3) Quanto ao tamanho da aacuterea os considerados grandes produtores quando comparados com os pequenos e

meacutedios obtiveram uma produtividade significativamente maior em todas as culturas e em especial na cultura

do cafeacute Nesta cultura os produtores desde 1994 estatildeo trocando as aacutereas tradicionais de plantio das lavouras

antigas de cafeacute pelo de plantio adensado A eficiecircncia das atividades agropecuaacuterias no meio rural depende muito

das escalas e soacute com o aumento da aacuterea eacute possiacutevel conseguir ganhos de escala Esta pode ser a explicaccedilatildeo para a

produtividade obtida pelos grandes produtores que provavelmente tecircm na propriedade o seu uacutenico meio de

sobrevivecircncia

4) Quanto agrave moradia verificou-se que o produtor que mora na propriedade e cultivou cafeacute obteve uma meacutedia

superior nesta cultura em relaccedilatildeo aos agricultores que moram na cidade O que pode explicar essa eficiecircncia eacute o

cuidado no dia-a-dia do produtor que mora na propriedade com o parque cafeeiro fato que natildeo ocorre quando

se trata do cultivo da soja ou do milho

5) Quanto agrave assistecircncia teacutecnica saiu-se bem o agricultor de Londrina que teve assistecircncia da Emater para o

cultivo da soja e do milho Na cultura do cafeacute diferentemente da assistecircncia teacutecnica dada agraves culturas da soja e

do milho sobressaiu-se muito melhor o grande agricultor que teve assistecircncia teacutecnica de particular

121

Provavelmente essa tambeacutem possa ser uma das explicaccedilotildees para a alta produtividade obtida pelo produtor no

cultivo do cafeacute por ser uma assistecircncia diferenciada mais onerosa que soacute pode ser paga por grandes produtores

e com visatildeo voltada para o uso da alta tecnologia disponiacutevel para a cultura

6) Quanto agrave posse dos maquinaacuterios Embora frac14 dos produtores rurais pesquisados natildeo possuam maquinaacuterios

conforme se verifica nas tabelas 19 20 e 21 a produtividade conseguida natildeo apresentou diferenccedila significativa

e a explicaccedilatildeo para esse fato de daacute pela oportunidade que tem o produtor em arrendar os maquinaacuterios nas eacutepocas

de plantio e colheita em especial os pequenos e meacutedios produtores em razatildeo do alto custo para a aquisiccedilatildeo da

maacutequina Sabe-se que a aquisiccedilatildeo de maquinaacuterios no meio rural soacute eacute vaacutelida se for para utilizar a sua capacidade

pois eles parados oneram por demais o custo

Assim apoacutes anaacutelise dos cruzamentos verificou-se que

a) O produtor de cafeacute mais eficiente em produtividade eacute aquele com curso universitaacuterio

que tem ateacute 35 anos de idade eacute classificado como grande produtor mora na

propriedade tem maquinaacuterio proacuteprio e conta com assistecircncia teacutecnica de profissional

particular

b) O produtor de soja mais eficiente em produtividade eacute aquele com curso universitaacuterio

que tem ateacute 35 anos de idade eacute classificado como grande produtor mora na cidade natildeo

tem maquinaacuterio proacuteprio provavelmente o arrende e conta com assistecircncia teacutecnica de

profissionais da Emater

c) O produtor de milho mais eficiente em produtividade tem curso universitaacuterio sua idade

varia entre 36 e 55 anos eacute classificado como grande produtor mora na cidade tem

maquinaacuterio proacuteprio e conta com assistecircncia teacutecnica de profissionais da Emater

105 ANAacuteLISE DA COMERCIALIZACcedilAtildeO DO AGRICULTOR LONDRINENSE

Embora a grande maioria dos agricultores comercialize a produccedilatildeo apoacutes realizada as colheitas se analisada a

tabela 312 verifica-se que os agricultores com cursos superiores vendem mais que o dobro de parte de sua

122

produccedilatildeo antes da colheita em comparaccedilatildeo com os produtores que tecircm o primeiro grau de estudo O mesmo

fato se constata quando analisada a tabela 322 na comparaccedilatildeo dos agricultores que tecircm ateacute 35 anos de idade

com relaccedilatildeo aos que estatildeo acima de 56 anos de idade o mesmo fenocircmeno ocorre tambeacutem na comparaccedilatildeo do

grande produtor com o pequeno produtor conforme tabela 342 poreacutem em menor escala

Na comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo verifica-se uma disposiccedilatildeo maior do produtor rural de Londrina em

acompanhar as cotaccedilotildees dos produtos agropecuaacuterios Verificou-se que a maioria dos produtores acompanha

as cotaccedilotildees dos preccedilos atraveacutes das cooperativas jornais e televisatildeo etc com destaque para os segmentos

abaixo

1) Todos os produtores com ateacute 35 anos de idade acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos

2) Todos os grandes produtores acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos

3) Dos produtores que moram na cidade 98 acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos

4) Dos produtores que tecircm cursos universitaacuterios 973 acompanham as cotaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos

Isto posto verificado a grande preocupaccedilatildeo que tem o produtor em acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos entende-se a razatildeo pelas quais os agricultores com curso superior (169) com idade ateacute 35 anos

(170) sendo grande produtor rural (130) fazem a comercializaccedilatildeo de parte da sua produccedilatildeo nas

cooperativas e nas induacutestrias antes da colheita dos produtos conforme se verifica nas tabelas 312 322

332 respectivamente

106 COMPARACcedilAtildeO DOS NEGOacuteCIOS REALIZADOS NA BOLSA COM OS NEGOacuteCIOS REALIZADOS NO MERCADO FIacuteSICO PELOS AGRICULTORES

PORQUE A BUSCA PELA COMERCIALIZACcedilAtildeO NA BMampF Eacute PEQUENA

Na busca de explicaccedilatildeo para a baixa procura dos produtores na comercializaccedilatildeo de sua produccedilatildeo na Bolsa de

Mercadorias levantou-se na BMampF os contratos de commodities comercializados nos uacuteltimos cinco anos de

1997 a 2002 para entender o comportamento dos preccedilos dos produtos comercializados naquela instituiccedilatildeo

123

No Deral-Pr - Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura do Paranaacute oacutergatildeo que registra

diariamente o preccedilo meacutedio pago ao produtor na comercializaccedilatildeo realizada no mercado fiacutesico em Londrina

levantou-se no mesmo periacuteodo os valores pagos aos produtores rurais para detectar se existem diferenccedilas

significativas nos preccedilos fixados nos contratos para venda na bolsa de mercadorias e a venda no mercado

fiacutesico recebido pelo produtor apoacutes a colheita do produto e constatou-se o seguinte

TABELA 37- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao produtor nas sacas de milho com 60 quilos

PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS

FUTURO EM R$ NA BMampF

PRECcedilOS NO FIacuteSICO

EM R$ (EM MARCcedilO)

Em setembro97 para entrega em marccedilo98 776 769

Em setembro98 para entrega em marccedilo99 676 882

Em setembro99 para entrega em marccedilo00 508 1232

Em setembro00 para entrega em marccedilo01 589 794

Em setembro01 para entrega em marccedilo02 570 1222

Meacutedia dos 5 anos 624 980

Fonte BMampF e Deral

Observa-se que os preccedilos recebidos pelo produtor no mercado

fiacutesico quando vendeu a safra de milho apoacutes a colheita na safra de 1997 - colhidas

124

em marccedilo de 1998 - natildeo apresentou diferenccedila de preccedilos com relaccedilatildeo agraves

negociaccedilotildees realizadas no mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 1998 - colhida em marccedilo de 1999 - os produtores de

milho que venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um lucro um terccedilo

maior

Na safra de 1999 - colhida em marccedilo de 2000 - o lucro dos

produtores que venderam no mercado fiacutesico apoacutes a colheita foi superior bem mais

que o dobro Na safra de 2000 - colhida em marccedilo de 2001 - os produtores que

venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um lucro tambeacutem um terccedilo

maior

Na safra de 2001 - colhida em marccedilo de 2002 - novamente os

produtores que deixaram para vender apoacutes a colheita sem negociar na bolsa

tiveram o dobro do lucro em relaccedilatildeo aos que negociaram na bolsa

No caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de milho de 1997 a

2001 os produtores que esperaram para vender depois da colheita sem negociar

contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro meacutedio acima de 50 quando

comparado aos que negociaram seus produtos na Bolsa de Mercadorias TABELA 38- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao

produtor nas sacas de soja com 60 quilos PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS

FUTURO EM R$ NA

BMampF

PRECcedilOS NO

FIacuteSICO EM R$ (EM MARCcedilO)

Em outubro97 para entrega em marccedilo98 1217 1354

Em outubro98para entrega em marccedilo99 1108 1622

Em outubro99 para entrega em marccedilo00 1052 1736

Em outubro00 para entrega em marccedilo01 1060 1667

Em outubro01 para entrega em marccedilo02 - 1994

Meacutedia dos 5 anos 1109 1674

Fonte BMampF e Deral

Constata-se que os preccedilos da soja recebidos pelos produtores no

mercado fiacutesico quando venderam os produtos apoacutes a colheita foi um pouco

125

superior na safra de 1997 colhida em marccedilo de 1998 Tambeacutem foi superior em

quase 50 na safra de 1998 colhida em marccedilo de 1999 A safra de 1999 colhida

em marccedilo de 2000 tambeacutem bem foi superior ultrapassando os 50 Por sua vez a

safra do ano 2000 - colhida em marccedilo de 2001 - deu um lucro superior a 50 aos

produtores que natildeo negociaram na bolsa de mercadorias e venderam no mercado

fiacutesico

Com relaccedilatildeo agrave safra do ano de 2001 - colhida em marccedilo de 2002 -

natildeo foi possiacutevel fazer uma anaacutelise por falta de informaccedilatildeo das negociaccedilotildees

realizadas pela Bolsa de Mercadorias em outubro de 2001 para fechamento dos

contratos em marccedilo de 2002

Na anaacutelise do caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de soja do

ano de 1997 a 2000 os produtores que esperaram para vender a produccedilatildeo depois

da colheita sem negociar contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro

meacutedio proacuteximo a 50

TABELA 39- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao

produtor nas sacas de cafeacute beneficiado com 60 quilos

PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS FUTURO EM

R$ NA BMampF

PRECcedilOS NO FIacuteSICO

EM R$ (EM JULHO)

Em janeiro97 para entrega em julho97 15308 18010

Em janeiro98 para entrega em julho98 17515 11200

Em janeiro99 para entrega em julho99 12952 13723

Em janeiro00 para entrega em julho00 14307 14338

Em janeiro01 para entrega em julho01

Em janeiro02 para entrega em julho02

7942

5276

10273

8841

Meacutedia dos 6 anos 12216 12730

Fonte BMampF e Deral

126

Tambeacutem se pode observar que os preccedilos recebidos pelos

produtores no mercado fiacutesico quando venderam a safra de cafeacute apoacutes a colheita na

safra de 1997 - colhida em julho de 1997 - foi um pouco superior em relaccedilatildeo agraves

negociaccedilotildees realizadas no mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 1998 - colhida em julho de 1998 - os produtores de cafeacute

que venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um prejuiacutezo na faixa de

50 em relaccedilatildeo aos produtores que realizaram negociaccedilotildees no mercado futuro na

bolsa de mercadorias

Na safra de 1999 - colhida em julho de 1999 - o lucro dos

produtores que venderam no mercado fiacutesico apoacutes a colheita foi superior poreacutem

pouco significativo

Na safra de 2000 - colhida em julho de 2000 - os preccedilos se

equilibraram tendo praticamente o mesmo preccedilo tanto no mercado fiacutesico como no

mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 2001 - colhidas em julho de 2001 - novamente os

produtores que deixaram para vender apoacutes a colheita sem negociar na Bolsa

tiveram um lucro de um terccedilo maior

Tambeacutem na safra de 2002 - colhida em julho de 2002 - os

produtores que negociaram no mercado fiacutesico tiveram um lucro significativo bem

acima de 50 nos preccedilos em relaccedilatildeo aos produtores que venderam na Bolsa de

Mercadorias

No caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de cafeacute de 1997 a

2002 os produtores que esperaram para vender depois da colheita sem negociar

contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro meacutedio praticamente

insignificante na faixa de 5

Na comparaccedilatildeo da lucratividade meacutedia das culturas de milho soja e

cafeacute - ao longo dos uacuteltimos 5 anos - verificou-se que os produtores de soja e milho

ganharam mais quando negociaram seus produtos no mercado fiacutesico apoacutes

realizarem suas colheitas em torno de 50

Os produtores de cafeacute tambeacutem ganharam poreacutem menos na faixa

dos 5 o que leva a conclusatildeo de que as negociaccedilotildees realizadas na Bolsa de

Mercadorias com a cultura do cafeacute pode ser interessante porque na anaacutelise da

rentabilidade embora o lucro seja menor o produtor tem a garantia do preccedilo que foi

127

fixado na eacutepoca da compra dos contratos Assim natildeo corre o risco do preccedilo cair

apoacutes a colheita quando a oferta do produto no mercado eacute maior

A tabela 40 tem como objetivo demonstrar o perfil e a quantidade

de produtores que optaram por comercializar sua produccedilatildeo na Bolsa de

Mercadorias

TABELA 40ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela comercializaccedilatildeo realizada na

BMampF

TAMANHO AMOSTRA

TIPO DE EXPLORACcedilAtildeO FREQUEcircNCIA ABSOLUTA

Produtor de Soja 2

Produtor de Cafeacute 4

Produtor de Milho e Soja 3

Produtor de Soja e Cafeacute 5

16

Produtor de Milho Soja e Cafeacute 2 Fonte Pesquisa do autor

128

11 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS E RECOMENDACcedilOtildeES

1) Melhoria da cultura

gt Para melhorar a eficiecircncia do agricultor no meio rural e preacute-requisito a melhoria da cultura pois soacute sobreviveratildeo economicamente os que forem

eficientes nos aspectos tecnoloacutegicos gerenciais e organizacionais conforme se verificou na tabela 311

gt Somente frac14 dos produtores (tabela 6) tecircm curso universitaacuterio mas com perspectivas animadoras porque 23 deles moram na cidade (tabela 8) o que leva a crer que os seus filhos estudaratildeo ateacute o 3ordm grau e num futuro proacuteximo poderatildeo assumir as propriedades com nova mentalidade com mais cultura

conhecimentos e abertos agrave implantaccedilatildeo das novas tecnologias disponiacuteveis no mercado

Ser eficiente para exercer as atividades no meio rural jaacute natildeo eacute uma

vantagem mas sim um requisito enfatiza Santos (1993) e Souki et al (1999) soacute

sobreviveratildeo economicamente os agricultores que forem muito eficientes nos

aspectos tecnoloacutegicos gerenciais e organizacionais em todas as etapas dos

negoacutecios agropecuaacuterios que se inicia com o planejamento das atividades que seratildeo

realizadas

Acompanhamento e controle de todas as etapas do

processo produtivo dentro das necessidades conforme se

verifica na produtividade do cafeacute por agricultores que moram na

propriedade (tabela 341) a cotaccedilatildeo de preccedilos tanto para a

aquisiccedilatildeo dos insumos como a cotaccedilatildeo dos preccedilos para a

venda dos produtos colhidos tambeacutem eacute fundamental (tabelas

313 323 333 e 343) A eficiecircncia na administraccedilatildeo dos

negoacutecios deixou de ser uma vantagem competitiva para

transformar-se em um requisito que permite sobreviver nas

129

atividades agropecuaacuterias o que soacute eacute possiacutevel com a melhoria

do conhecimento

A partir do plano real praticamente deixou de existir dinheiro

subsidiado no Brasil e o governo natildeo tem determinado mais os preccedilos a serem

pagos pelos produtos agriacutecolas O que existe hoje eacute dinheiro com alto custo e juros

normais de mercado oferecidos pelos bancos e os preccedilos dos produtos satildeo

determinados pelo mercado de acordo com a oferta e demanda Diante deste

quadro o agricultor precisa agir profissionalmente mudando comportamentos

racionalizando o uso dos bens de produccedilatildeo para enfrentar o mercado cada vez mais

competitivo Aleacutem desses desafios vale lembrar que o crescimento da agricultura

pode ser conseguido com a educaccedilatildeo do agricultor como registrado na tabela 311

onde se cruzou a escolaridade com a produtividade A educaccedilatildeo deve ser a base

para que os agricultores possam entender o que os teacutecnicos da aacuterea querem

informar para melhorar a sua condiccedilatildeo de vida (tabela 35) Com o aumento do

conhecimento educacional dos agricultores eacute possiacutevel iniciar um real treinamento

mostrando-lhes os cuidados mais detalhados do manejo das culturas e das

criaccedilotildees informando-lhes o por que e como se conduz determinada praacutetica agriacutecola

Dahlman (1989) relata que as novas economias industrializadas do

leste asiaacutetico entenderam que o investimento na universalizaccedilatildeo de uma boa

educaccedilatildeo era um requisito essencial para acelerar a adoccedilatildeo a adaptaccedilatildeo e a

absorccedilatildeo de tecnologia O sucesso desses paiacuteses que constituem a base do novo

paradigma tecnoloacutegico deve-se muito aos pesados investimentos feitos na melhoria

e universalizaccedilatildeo da educaccedilatildeo secundaacuteria e na ampliaccedilatildeo da educaccedilatildeo superior

em particular com ecircnfase na engenharia e em outras aacutereas de ciecircncias aplicadas

A necessidade de aprender como se comportar frente aos

problemas inerentes agrave atividade agriacutecola faz sentido quando se vecirc que a agricultura

eacute um conjunto de arte ciecircncia e negoacutecio como uma atividade interdisciplinar e

ecleacutetica devido ao grande nuacutemero de variaacuteveis que o setor apresenta quando nele

se trabalha buscando informaccedilotildees e conhecimentos dos profissionais da aacuterea

(tabela 23) relacionados agrave assistecircncia teacutecnica Natildeo se deve considerar a agricultura

apenas como uma arte para natildeo se tornar uma questatildeo empiacuterica natildeo trata-la

somente como ciecircncia para natildeo ser um simples teoacuterico e natildeo se tornar um

mercador tratando-a exclusivamente como um negoacutecio

130

Deve-se mostrar ao produtor rural uma metodologia proacutepria de

coleta de registro de dados o que eacute fundamental para o processamento das

informaccedilotildees e posterior anaacutelise dos resultados Alem disso oportunizar o

conhecimento de conceitos fundamentais de custos de produccedilatildeo salientando cada

componente que propicia esse tipo de formulaccedilatildeo servindo de paracircmetro de

avaliaccedilatildeo e de sua consequumlecircncia relativa a comportamentos individuais dos

componentes Para Streeter (1988) a universidade puacuteblica deveria estar agrave frente

desse processo para ensinar aos produtores rurais todas as inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

assim como os conceitos metodoloacutegicos atraveacutes da pesquisa do ensino e da

extensatildeo

2) Vocaccedilatildeo para o negoacutecio

gt Considerando que 272 (907) exploram os imoacuteveis proacuteprios (tabela 10) dos quais 166 (553) foram comprados (tabela 9) pode-se inferir que os

agricultores tecircm interesse pelo negoacutecio e estatildeo vocacionados para esta atividade econocircmica

gt Necessaacuterio se faz instrumentalizaacute-los para renderem o maacuteximo proporcionando programas de extensatildeo oferecidos pelas universidades jaacute que a Emater e as cooperativas vem cumprindo sua parte podendo ainda

melhorar em especial a Emater que assiste pouco mais de 10 dos agricultores conforme tabela 24

A necessidade de procurar fazer sempre o melhor a cada dia estaacute no

fato de que natildeo existe mais espaccedilo para os incompetentes A realidade hoje requer

produtores com conhecimento ou que saibam onde buscar esses conhecimentos

conforme tabela 23 que enfatiza a importacircncia da assistecircncia teacutecnica para a

realizaccedilatildeo das funccedilotildees certas com as soluccedilotildees exatas para cada problema

Nesta perspectiva de trabalho busca-se exprimir alguns passos de

instrumentalizaccedilatildeo procurando aumentar a eficiecircncia na atividade agropecuaacuteria

para que cada um trabalhe com base em um planejamento eficaz da propriedade

analisando todos os processos e resultados obtidos com cada atividade

desenvolvida e tentar melhoraacute-la o maacuteximo possiacutevel

131

3) Infra-estrutura

gt As propriedades apresentam boa infra-estrutura (tabela 1112) em relaccedilatildeo agrave energia eleacutetrica aacutegua encanada veiacuteculos etc e se localizam em meacutedia a 27

km da cidade (tabela 8) podendo oferecer oacutetimas condiccedilotildees de moradia para as proacuteximas geraccedilotildees Depois de formados (atualmente somente 13 dos

agricultores residem nos imoacuteveis) poderatildeo residir no imoacutevel facilitando o acompanhamento e desenvolvimento das atividades exercidas nas

propriedades porque estaratildeo diariamente no gerenciamento da empresa

Para Barberato (2001) a agricultura eacute atividade de risco sujeita a

intempeacuteries e frustraccedilotildees e natildeo daacute a seguranccedila do emprego na zona urbana Para

se encaixar no mercado de trabalho o jovem da zona rural estaacute sendo incentivado

pelos proacuteprios pais a estudar mais e concluiacuter pelo menos o segundo grau Quando

isso acontece os pais incentivadores da formaccedilatildeo educacional se assustam mas

continuam tocando a vida na esperanccedila de que um dia um dos filhos volte e tome

conta do negoacutecio mesmo que agrave distacircncia porque acreditam que ldquoquem nasce no

campo natildeo esquece sua raizrdquo

4) Atividade uacutenica

gt Quase 50 (tabela 13) dos produtores dependem unicamente das rendas obtidas das atividades rurais e 55 contam com a ajuda da mulher e filhos

revelando que a busca da eficiecircncia para produzir e vender satildeo fatores determinantes no sucesso do negoacutecio

gt Outra variaacutevel importante nessa anaacutelise eacute que quase 80 dos agricultores (tabela 04) satildeo casados aumentando ainda mais sua responsabilidade

financeira para a manutenccedilatildeo da famiacutelia

Para Koslovski (2002) eacute atraveacutes da profissionalizaccedilatildeo das atividades agropecuaacuterias que o produtor poderaacute utilizar novas tecnologia

aumentar a produtividade e reduzir os custos adequando-se agraves exigecircncias do mercado Essas exigecircncias satildeo grandes entraves em especial para o pequeno

produtor geralmente mais carentes em recursos e conhecimentos Felizmente as iniciativas de oacutergatildeos como o IAPAR EMBRAPA

SENAR e outros permitem que esses agricultores tenham acesso as novas

132

tecnoloacutegicas ao conhecimento e agraves novas oportunidades oferecidas pelo mercado

Eacute essencial que todos tenham acesso aos treinamentos agrave assistecircncia teacutecnica e ao

creacutedito rural para que se profissionalizem e que aos seus filhos seja garantida

educaccedilatildeo de primeira qualidade para que se tornem cidadatildeos capazes de executar

novos empreendimentos no campo (KOSLOVSKI 2002)

5) Pequenos produtores

gt Dentro da amostra dos produtores que cultivam soja eou milho eou cafeacute 124 (413) tecircm aacutereas com ateacute 1983 alqueires (tabela 07) natildeo havendo competitividade na venda dos produtos in natura pela falta de escala

precisam buscar alternativas tais como (a) agregar valores aos produtos atraveacutes da agroinduacutestrializaccedilatildeo

(b) formaccedilatildeo de cooperativas para venda de grandes lotes ou tentar encurtar o canal de comercializaccedilatildeo evitando negociar com intermediaacuterios vendendo

sua produccedilatildeo direto ao consumidor final

Segundo Barberato (2001) Londrina tem uma produccedilatildeo

diversificada que se inicia com o ldquoantigordquo cafeacute que voltou a ser cultivado no modelo

adensado nos uacuteltimos anos trazendo expectativa de novos rendimentos passando

por commodities como a soja ateacute a agroinduacutestria que representa uma nova

alternativa de renda especialmente agraves pequenas propriedades Mesmo em uma

regiatildeo em que predominam pequenas propriedades que tecircm dificuldades na

produtividade pela falta de escala as culturas mais cultivadas ainda satildeo da soja

milho cafeacute

O pequeno agricultor no Brasil sempre teve poucas chances de

poder escoar seus produtos sem a ajuda de intermediaacuterios ou o enfrentamento da

competiccedilatildeo com os grandes produtores A agroinduacutestria familiar - com a fabricaccedilatildeo

de produtos caseiros em meacutedia escala para venda direta ao consumidor ou atraveacutes

de associaccedilatildeo de pequenos produtores - pode ser a soluccedilatildeo para este segmento

O Secretaacuterio da Agricultura do Municiacutepio de Londrina ressalta que a

agroinduacutestria estaacute se ampliando mostrando que haacute uma produccedilatildeo meacutedia de 30 itens

advindos de produtos agriacutecolas como o accediluacutecar mascavo vinhos e licores compotas

sucos embutidos e defumados adubo orgacircnico mel entre outros Enfatiza

tambeacutem que nos distritos do Municiacutepio foram formados Conselhos com objetivo de

atuarem na zona rural natildeo soacute no que diz respeito agrave produccedilatildeo agriacutecola mas tambeacutem

133

na organizaccedilatildeo dos produtos e capacitaccedilatildeo e treinamentos dos produtores

(BARBERATO 2001)

6) Matildeo-de-obra utilizada

gt Mais de 50 dos produtores (tabela 14) manteacutem empregados fixos na propriedade - em meacutedia 318 empregados por propriedade - fator importante

socialmente porque a fixaccedilatildeo dos empregados na aacuterea rural com registro em carteira recebendo salaacuterios e todos os encargos sociais e trabalhistas diminui e minimiza os cinturotildees de pobreza nos centros urbanos Como

consequecircncia reduz as favelas a criminalidade e a prostituiccedilatildeo com alternativas de sobrevivecircncia para famiacutelias analfabetas e sem emprego no meio urbano que deixam a aacuterea rural para se aventurarem nas grandes

cidades

Aleacutem da importacircncia social a matildeo de obra no

meio rural tambeacutem eacute a que mais contribui quando se verifica o efeito renda conforme levantamento da FAEP -

Federaccedilatildeo Paranaense de Agricultura (2002) para explicar na teoria o que se observa no interior do Paranaacute Baseado

em estudos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social ndash BNDES o relatoacuterio explica que a agricultura eacute a atividade que mais gera emprego ldquoefeito

rendardquo ou seja a agricultura eacute o setor com maior potencial para abrir vagas no mercado de trabalho em outros

segmentos da economia Eacute o que os especialistas chamam de ldquoefeito multiplicadorrdquo

O emprego efeito renda surge em decorrecircncia de um bom desempenho de determinado ramo de atividade econocircmica No caso da lavoura se a produccedilatildeo do campo

vai bem o comeacutercio e os serviccedilos tambeacutem lucram Eacute a loja de eletrodomeacutesticos que vende mais o restaurante que

atende mais satildeo estabelecimentos que para dar conta da demanda acabam contratando mais gente

Para chegar a essa conclusatildeo o BNDES simulou a realizaccedilatildeo de investimentos de R$10 milhotildees em

41 atividades econocircmicas (agricultura induacutestria e seus

134

segmentos) Calculou quantas vagas esses R$ 10 milhotildees conseguiriam abrir no mercado de trabalho Em empregos

diretos a induacutestria de vestuaacuterio fica na frente da agricultura ndash na simulaccedilatildeo seriam 1080 novas vagas da

primeira contra 620 da atividade agriacutecola Mas no emprego efeito-renda a lavoura eacute a que mais propicia oportunidade de trabalho para os demais setores da economia Seriam 387 empregos para um investimento de R$ 10 milhotildees

contra 327 das faacutebricas de roupas em aplicaccedilatildeo de recursos idecircntica Os segmentos da induacutestria com maior potencial no ldquoefeito rendardquo satildeo aqueles que transformam mateacuteria prima produzida no campo A industria do cafeacute

dos oacuteleos vegetais de laticiacutenios e as refinarias de accediluacutecar

7) Entraves econocircmicos

gt A interferecircncia do governo brasileiro nos tratados comerciais entre as naccedilotildees para a eliminaccedilatildeo das tarifas alfandegaacuterias e dos subsiacutedios dados

pelos paiacuteses ricos aos agricultores aleacutem de vantajoso para todos conforme demonstra o graacutefico 16 pelos dados do FMI eacute importante para o agricultor

brasileiro uma vez que nossa participaccedilatildeo no comeacutercio mundial de produtos agriacutecolas eacute de 3 do total comercializado Mesmo assim o agribusiness

brasileiro vem crescendo em especial nos segmentos da soja laranja accediluacutecar carnes etc

Por mais difiacutecil e injusto que pareccedila se for considerada a benesse

ofertada aos produtores dos paiacuteses do primeiro mundo conforme se verificou no

graacutefico 16 a eficiecircncia do meio rural brasileiro teraacute de ser conseguida pelo proacuteprio

produtor - sem subsiacutedios com pouco creacutedito - conforme se verificou na tabela 22

em que 50 dos produtores ainda necessitam de financiamento mesmo pagando

altos juros e tambeacutem menos protecionismo enfim com menor ajuda do governo

Portanto os escassos insumos materiais teratildeo que ser potencializados com a

melhoria da capacidade administrativa e do conhecimento do produtor rural

Embora os uacuteltimos governos do Brasil tenham dado muito pouco ou

quase nada de proteccedilatildeo ou subsidio aos produtores rurais se comparado com os

27 paiacuteses da OCDE ndash Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econocircmico

ndash que em 1998 gastaram 362 bilhotildees de doacutelares (graacutefico 16) com diferentes formas

135

de proteccedilatildeo a seus agricultores o paiacutes estaacute entre os trecircs primeiros exportadores

mundiais de cafeacute suco de laranja accediluacutecar e do complexo de soja sem falar em

carnes fumo mandioca e outros produtos Apesar da pequena participaccedilatildeo no

comeacutercio mundial de produtos agriacutecolas algo em torno de 3 do total eacute este o

uacutenico setor que salva nossa balanccedila comercial Ano apoacutes ano o saldo comercial do

agribusiness vem crescendo enquanto que no conjunto o deacuteficit geral eacute alarmante

De qualquer maneira entre os que estudam os problemas agriacutecolas existe quase uma unanimidade de que - em niacutevel mundial - tanto os produtores agriacutecolas como os consumidores satildeo os mais prejudicados com o excesso de intervenccedilatildeo A conclusatildeo baacutesica dos estudiosos eacute que o excesso

de intervenccedilatildeo prejudica o esforccedilo global de desenvolvimento (graacutefico 17) porque restringe as exportaccedilotildees da grande maioria das naccedilotildees pobres ou em

desenvolvimento traz crescentes doses de sacrifiacutecios para as populaccedilotildees envolvidas e provoca uma reduccedilatildeo consideraacutevel no consumo de alimentos

em funccedilatildeo da manutenccedilatildeo de preccedilos artificialmente elevados nos mercados domeacutesticos atendendo a interesses econocircmicos das naccedilotildees mais ricas e

desenvolvidas

8) Diversificaccedilatildeo com especializaccedilatildeo

gt Por se tratar de atividade de risco feita a ceacuteu aberto o produtor deve diversificar as atividades buscando soluccedilotildees com os profissionais da aacuterea (tabela 23) que disporatildeo de informaccedilotildees teacutecnicas adequadas para ajudar o

produtor no desenvolvimento da atividade desejada

A agricultura vive de custos de oportunidades ou seja o produtor

deve sempre tomar as decisotildees de forma a utilizar melhor os fatores de produccedilatildeo

que satildeo basicamente a terra a matildeo de obra e o capital que andam lado a lado para

o bom aproveitamento Para tornar a empresa rural eficiente o produtor deve

tambeacutem buscar a diversificaccedilatildeo das atividades com especializaccedilatildeo o que significa

saber administrar a complexidade de algumas atividades e com a responsabilidade

de produziacute-las com qualidade na busca da lucratividade A monocultura pelos

riscos inerentes agraves atividades pode ser perigosa

136

9) Racionalizaccedilatildeo no uso dos maquinaacuterios

gt As aquisiccedilotildees dos maquinaacuterios soacute satildeo vaacutelidas se for para utilizar sua capacidade maacutexima pois eles parados oneram os custos (tabela 20)

gt O Brasil eacute um dos poucos paiacuteses que ainda pode melhorar muito natildeo soacute no aumento da produtividade como tambeacutem na expansatildeo das aacutereas

agricultaacuteveis

Para muitos agricultores significa tambeacutem que aqueles

investimentos que ldquocustam muito e satildeo utilizados poucordquo onerando o produto pela

ociosidade dos maquinaacuterios teratildeo de ser repensados na sua forma de uma

utilizaccedilatildeo mais intensa E para adquirir o maquinaacuterio deve-se fazer uma anaacutelise

com relaccedilatildeo ao seu custondashbenefiacutecio e ponderar se justifica sua aquisiccedilatildeo soacute em

sociedade ou ainda a alternativa de contratar os serviccedilos das maacutequinas que seratildeo

utilizadas no processo produtivo alternativa esta muito utilizada pelos produtores

que natildeo tecircm possibilidade de adquirir a maacutequina conforme verifica-se na tabela 20

onde frac14 dos produtores disseram natildeo ter maquinaacuterios embora tenham apresentado

boa produtividade em especial no cultivo da soja conforme demonstra a tabela 36

10) Busca da modernizaccedilatildeo

gt Fazer do agricultor um empresaacuterio que poderaacute administrar a propriedade rural de forma mais profissional tornando-a uma empresa rural

A agricultura brasileira pelas proacuteprias caracteriacutesticas da nossa

economia precisa de produtores profissionais para manter suas atividades com os

proacuteprios recursos Outrora quando o agricultor precisava de recursos financeiros

para custear sua produccedilatildeo agriacutecola obtinha empreacutestimo subsidiado pelo governo

Ou ainda quando queria vender sua produccedilatildeo procurava a CFP ndash Comissatildeo de

Financiamento da Produccedilatildeo - hoje Conab e entregava os seus produtos pelos bons

preccedilos que o governo determinava Isso dava uma grande seguranccedila para o

agricultor mas fechava as portas agrave comercializaccedilatildeo O produtor natildeo tinha que se

preocupar com a utilizaccedilatildeo eficiente dos bens de produccedilatildeo praacutetica ainda muito

utilizada pelo Japatildeo e paiacuteses da Europa conforme expressa o graacutefico 16 que tecircm

grande parte de sua produccedilatildeo agriacutecola subsidiada pelo governo

137

Sem duacutevida o primeiro passo para a modernizaccedilatildeo da agricultura eacute

tornar o agricultor um empresaacuterio como mostra a produtividade conseguida pelo

agricultor com alta escolaridade (tabela 311) que poderaacute administrar a propriedade

rural de forma mais profissional tornando-a uma empresa rural

11) Evitar financiamento

gt O dinheiro existente nos bancos tem um alto custo e 50 dos produtores ainda necessitam de financiamento (tabela 22) para o cultivo das safras A

soluccedilatildeo eacute agrave busca da auto-suficiecircncia financeira atraveacutes da eficiecircncia

A eficiecircncia que conduziraacute a emancipaccedilatildeo dos agricultores somente seraacute possiacutevel se for precedida de uma boa educaccedilatildeo As escolas

rurais que nos uacuteltimos foram gradativamente sendo reduzidas no Municiacutepio de Londrina na verdade deveria formar cidadatildeos com mais auto-confianccedila e auto-suficiecircncia teacutecnica de modo a fazer com que o patrimocircnio de sua famiacutelia fosse auto-sustentaacutevel A educaccedilatildeo baacutesica rural deveria ter um caraacuteter mais

instrumental proporcionando aos alunos conteuacutedos uacuteteis que possam aplicar na correccedilatildeo e soluccedilatildeo dos problemas que ocorrem nos negoacutecios nas

propriedades e mesmo na sua comunidade Para Souza (1999) os creacuteditos para custeio e para investimentos

precisam ser relativamente abundantes e a taxa de juros mais baixa a fim de

estimular a produccedilatildeo e a modernizaccedilatildeo sobretudo no caso dos pequenos

produtores e das culturas do mercado interno

12) Acompanhamento dos preccedilos

gt Ter habilidade para comprar bem os insumos e vender satisfatoriamente a produccedilatildeo determina o sucesso dos negoacutecios no meio rural

Nesse momento de profundas modificaccedilotildees no perfil do agricultor

deve-se buscar sempre a diminuiccedilatildeo dos custos pois eacute a forma que se tem de

aumentar a rentabilidade dentro da propriedade Essa reduccedilatildeo nos custos comeccedila

no planejamento adequado da propriedade atraveacutes da montagem de sistemas de

produccedilatildeo capazes de produzir com alta qualidade e escala de produccedilatildeo com o

miacutenimo de custo possiacutevel sem prejuiacutezo na atividade com uso de teacutecnicas

138

adequadas para cada tipo de produtor Crepaldi (1993) enfatiza que no atual

estaacutegio de desenvolvimento da agricultura brasileira o custo de produccedilatildeo eacute bastante

elevado em funccedilatildeo das fortes doses de adubaccedilatildeo sementes selecionadas e

defensivos agriacutecolas empregados nas culturas por serem insumos importados e de

alto custo para o produtor rural

Mas natildeo eacute apenas na diminuiccedilatildeo de custos que se pode trabalhar

Existe outro fator que eacute o aumento do rendimento que deveraacute ser compatiacutevel com o

custo o aumento do rendimento ou da produtividade de uma atividade agriacutecola

deveraacute ser maior que o custo realizado Isto se reflete muitas vezes quando os

produtores tecircm baixo poder aquisitivo ou restriccedilatildeo orccedilamentaacuteria devendo estes

definir em que produto ou operaccedilatildeo colocar o dinheiro disponiacutevel para que renda o

maacuteximo possiacutevel Quem natildeo tiver habilidade para comprar bem seus insumos e

vender satisfatoriamente sua produccedilatildeo certamente teraacute dificuldades para

sobreviver no negoacutecio conforme se verifica na preocupaccedilatildeo do agricultor em

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos (tabela 29)

13) Mercado futuro via cooperativas

gt Uso do mercado futuro para minimizar os riscos nas oscilaccedilotildees dos preccedilos - quando o preccedilo for interessante

gt O produtor pode negociar a produccedilatildeo atraveacutes do quadro de funcionaacuterios especializados das cooperativas

Para reduzir o risco de oscilaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos na hora

de vender a produccedilatildeo o produtor poderaacute buscar o mercado futuro obviamente

quando os preccedilos lhes forem favoraacuteveis Natildeo deve esperar que a BMampF vaacute atraacutes de

cada um para explicar como funciona conforme identificou-se nas tabelas 314

324 334 e 344 Verificou-se uma baixa demanda desse mercado pelo produtor

exatamente pela sua falta de conhecimento nesse tipo de negoacutecio

Conforme ressalta Souza (1995) a melhor alternativa de acesso dos

produtores rurais ao mercado futuro poderaacute ser feito via cooperativas com a

utilizaccedilatildeo do seu quadro de funcionaacuterios especializados Elas poderiam fazer todo o

controle dos ajustes diaacuterios e burocraacuteticos das negociaccedilotildees e tambeacutem manter o

produtor informado por meio de editais ou outro mecanismo de comunicaccedilatildeo sobre

as cotaccedilotildees e preccedilos dos produtos nos mercados

139

14) Agricultura sustentaacutevel

gt Talvez seja a uacutenica alternativa para a preservaccedilatildeo da espeacutecie humana na terra

gt Eacute possiacutevel e depende do homem do campo porquanto gt A necessidade do uso adequado e racional dos agrotoacutexicos na produccedilatildeo

dos alimentos eacute fundamental para evitar o envenenamento natildeo soacute do produtor ao aplicaacute-lo mas tambeacutem da populaccedilatildeo urbana ao consumiacute-lo

gt A importacircncia da preservaccedilatildeo do solo com manejo adequado das culturas mantendo intacta as matas ciliares e conservando as curvas de niacuteveis das

propriedades evitaraacute a perda da terra feacutertil e consequumlentemente o assoreamento dos rios

gt A preocupaccedilatildeo em evitar ao maacuteximo as queimadas na abertura de novas

fronteiras agriacutecolas na busca de rapidez para a utilizaccedilatildeo da terra porque aleacutem de

degradar o solo contribui para aumentar o buraco na camada de ozocircnio da

atmosfera

Essas atitudes que dependem exclusivamente do produtor rural satildeo viaacuteveis permitem a praacutetica de atividades agriacutecolas economicamente

rentaacuteveis preservam o meio ambiente e por consequumlecircncia melhoram a qualidade de vida do homem na terra

Aliando as atividades agriacutecolas economicamente ativas com a

conservaccedilatildeo e a preservaccedilatildeo ambiental proporcionam-se condiccedilotildees para produzir

cada vez mais Eacute o que se denomina agricultura sustentaacutevel sendo tecnicamente

correta economicamente viaacutevel ambientalmente aceitaacutevel e socialmente justa

Sabe-se que o produtor brasileiro natildeo tem tanta preocupaccedilatildeo com

a conservaccedilatildeo do solo e tambeacutem com a preservaccedilatildeo ambiental e isso pode ser

maleacutefico ao longo do tempo prejudicando a sobrevivecircncia das proacuteximas geraccedilotildees

Falhas detectadas na camada de ozocircnio em razatildeo das queimadas

assoreamento dos rios pelo desconhecimento no preparo das lavouras uso

inadequado dos agrotoacutexicos poluindo os mananciais e nascentes de rios satildeo alguns

exemplos que podem ser citados

O Brasil dispotildee de condiccedilotildees ideais para aproveitar um novo

segmento do mercado agriacutecola mundial que estaacute crescendo de forma acelerada

principalmente nos paiacuteses desenvolvidos e que jaacute movimenta mais de US$20

140

bilhotildees por ano a ldquoagricultura natural ou bioloacutegicardquo Essa cadeia produtiva envolve

produtos que vatildeo do cafeacute aos diversos tipos de cereais e carnes dependendo do

produto e do paiacutes os consumidores estatildeo dispostos a pagar precircmio de ateacute 200

sobre o preccedilo do produto comum O Brasil dispotildee do maior rebanho bovino ldquoverderdquo

no mundo e vaacuterios locais jaacute produzindo produtos naturais

Rodrigues (2000) citando Lester Brown presidente do Worldwatch

Institute em recente discurso em um congresso para agricultores europeus

defendeu a hipoacutetese de que ateacute o ano 2020 a oferta de alimentos mundial cresceraacute

menos que a populaccedilatildeo o que aumentaria o preccedilo meacutedio dos produtos agriacutecolas

Usou como argumento que a tecnologia agronocircmica natildeo permitiraacute saltos de

produtividade como os obtidos ateacute agora e ainda as aacutereas agricultaacuteveis estatildeo

diminuindo juntamente com a escassez de aacutegua para irrigaccedilatildeo Pereira (1999)

ressalta que o Brasil eacute um dos poucos paiacuteses com capacidade de expandir sua

produccedilatildeo seja pelo aumento da aacuterea plantada e pelo incremento da produccedilatildeo

Para Casado (2003) o Brasil precisa investir na infra-estrutura em

especial para o escoamento da produccedilatildeo entende que apesar da imensidatildeo

territorial e das ainda precaacuterias condiccedilotildees logiacutesticas a privatizaccedilatildeo dos meios de

transportes e da rede de armazenagem aos poucos tece a malha de infra-estrutura

que garantiraacute o escoamento das safras Eacute a iniciativa privada em busca de soluccedilotildees

para o desenvolvimento da nossa naccedilatildeo

O agribusiness brasileiro pode ter um futuro promissor Segundo

Rodrigues (2000) o potencial do agronegoacutecio nacional em termos de aacuterea

cultivaacutevel impressiona A aacuterea total de mais de 210 milhotildees de hectares (24 do

territoacuterio nacional) da regiatildeo dos cerrados equivale agrave metade da aacuterea total do

Meacutexico Eacute nela ainda estatildeo inexplorados cerca de 90 milhotildees de hectares uma aacuterea

equivalente agrave China e EUA que satildeo os dois maiores produtores mundiais de gratildeos

Neste contexto o Brasil tem condiccedilotildees de operar em larga escala no

agronegoacutecio internacional pois eacute o uacutenico paiacutes no mundo com uma infraestrutura

razoaacutevel que dispotildee em abundacircncia do fator produccedilatildeo mais escasso em escala

mundial terra agricultaacutevel Eacute necessaacuterio portanto que se busque o maacuteximo de

eficiecircncia em todos os elos da cadeia produtiva e que o governo crie um ambiente

econocircmico favoraacutevel para que o agribusiness nacional possa operar com seguranccedila

e competitividade na conquista de novos mercados e que procure ainda com mais

vigor e determinaccedilatildeo eliminar as distorccedilotildees que afetam o comercio internacional

141

Diante deste prognoacutestico pode-se afirmar que o Brasil eacute uma

exceccedilatildeo neste cenaacuterio e poderaacute ser a grande forccedila produtora deste seacuteculo que se

inicia O paiacutes possui mais de 150 milhotildees de hectares o que corresponde a 62

milhotildees de alqueires paulistas de terras agricultaacuteveis das quais satildeo ocupadas

atualmente somente 13 aleacutem da maior reserva de aacutegua doce do planeta (19

estatildeo no Brasil) Isso sem contar a produtividade que ainda pode ser melhorada

atraveacutes da educaccedilatildeo do agricultor brasileiro Ravanello (2002) afirma que o Brasil

tem potencial para se transformar no verdadeiro celeiro do mundo neste seacuteculo que

se inicia

Pode-se afirmar que o paiacutes dispotildee de todas as condiccedilotildees para

melhorar agregando valor aos produtos industrializando marcas etc e por

consequumlecircncia melhorando a vida do povo brasileiro Haacute de se ressaltar entretanto

que isso natildeo seraacute dado gratuitamente Eacute necessaacuterio muito trabalho e muita

dedicaccedilatildeo de todos e em especial muita seriedade e honestidade dos governantes

no trato com as coisas que satildeo puacuteblicas para que se possa oferecer para nossos

filhos e nossos netos um verdadeiro Paiacutes de Primeiro Mundo

REFEREcircNCIAS

AGRIANUAL Anuaacuterio estatiacutestico da agricultura brasileira Satildeo Paulo FNP Consultoria e Comeacutercio 2000 AGUIAR Danilo R Dias Mercados Futuros como instrumentos de comercializaccedilatildeo agriacutecola no Brasil In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 371999 Foz do Iguaccedilu Anais Brasiacutelia Sober 1999 p66-69 A ECONOMIA de Londrina Folha de Londrina Londrina 10 dez 2002 Caderno Especial p7 AGRICULTURA eacute a que mais gera emprego em outros setores Jornal de Londrina Londrina 15 set 2002 Seccedilatildeo Economia p9A ALEXANDER Colin Capturing full-trend profits in the commodity futures markets New York Windsor Books 2002 ALOE Armando VALLE Francisco Contabilidade Agriacutecola 7ed Satildeo Paulo Atlas 1981

142

ALVES Elizeu SOUZA Geraldo da Silva GARAGORRY Fernando Luiz A Evoluccedilatildeo da produtividade do milho Ediccedilatildeo 1979-1998 Brasiacutelia Sober 1998 CD-ROM AS SEMENTES da discoacuterdia acabar com os subsiacutedios agrave agricultura seria bom para todo mundo Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 782 v36 n26 p50 dez 2002 AYRES Carlos HS The contribution of agricultural research to soybean productivity in Brazil 1985 Tese (PhD) - University of Minnesota Saint Paul Minnesota AZEVEDO Paulo Furquim Comercializaccedilatildeo de produtos agroindustriais In BATALHA Mario Otaacutevio (Coord) Gestatildeo Agroindustrial Satildeo Paulo Atlas 1997 p49-138 BACCHI Mirian R Piedade Liquidaccedilatildeo financeira e indicadores de preccedilos In CURSO DE FORMACcedilAtildeO DE PROFESSORES UNIVERSITAacuteRIOS EM MERCADO FUTURO 5 1998 Anais Piracicaba ESALQUSP 1998 p47-80 BARBERATO Claacuteudia Agricultura estaacute nas matildeos dos pequenos Folha de Londrina Londrina 10 dez 2001 Caderno B Especial p6 BASTIANI Ivoneti C Rigon O produtor rural na condiccedilatildeo de empreendedor In CONGRESSO BRASILEIRO DE ADMINISTRACcedilAtildeO RURAL 3 1999 Belo Horizonte Anais Lavras UFLA 1999 BASTIANI Ivoneti C Rigon et al A fisiologia da Bolsa de Mercadorias e Futuro Caderno de Administraccedilatildeo Maringaacute v7 n3 p121-140 juldez 1999 BATALHA Mario Otavio Gestatildeo Agro Industrial Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais Satildeo Paulo Atlas 1997 v1 ______ Gestatildeo Agro Industrial Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais Satildeo Paulo Atlas 1997 v2 BERNSTEIN Peter L Desafio aos Deuses a fascinante histoacuteria do risco 6ed Rio de Janeiro Campus 1997 BOLSA de mercadorias e futuros In CURSO DE FORMACcedilAtildeO DE PROFESSORES UNIVERSITAacuteRIOS EM MERCADOS FUTUROS AGROPECUAacuteRIOS 5 1998 Piracicaba Piracicaba ESAPQUSP 1998 BOONE Louis E KURTZ David L Contemporary marketing wired Orlando The Dryden Press 1998 BRASIL Lei 8629 de 25 de fevereiro de 1993 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo dos dispositivos constitucionais relativos agrave reforma agraacuteria Diaacuterio Oficial da Republica Federal do Brasil Brasiacutelia p2349 abr 1993 Disponiacutevel em lthttplegislaccedilatildeoplanaltogovbr gt Acesso em 19 abr 2003

143

BRESSAN A A construccedilatildeo da nova poliacutetica agriacutecola In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 37 Foz do Iguaccedilu 1999 Anais Brasiacutelia Sober 1999 p5-11 BRUM Argemiro Luiz Subsiacutedio Agriacutecola a contradiccedilatildeo Europeacuteia Disponiacutevel emlthttpwwwfidenecombrUniagendaOpiniatildeogt Acesso em 11 jul 2003 CAFFAGNI Luiz Claacuteudio Bolsa de Mercadorias e Futuros Teacutecnicos de Derivativos Agropecuaacuterios BMampF n1 p25-38 2001 CAIXETA Nely A forccedila do campo Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 778 out 2002 Disponiacutevel emlt httpwww2uolcombrexamegt Acesso em 6 jan 2003 CASADO Vacircnia Brasil jaacute eacute o maior exportador do complexo soja do mundo Folha de Londrina Londrina 6 jul 2003 Caderno Economia p1 COBLE Keith H BARNETT Barry J The role of research in producer risk management Mississippi Mississippi State University 1999 CONAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade de cafeacute Brasiacutelia 2003a Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbrgt Acesso em 10 jun 2003 CONAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade de milho Brasiacutelia 2003b Disponiacutevel emlthttp wwwconabgovbrgt Acesso em 10 jun 2003 CONAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade de soja Brasiacutelia 2003c Disponiacutevel emlthttp wwwconabgovbrgt Acesso em10 jun 2003c CONAB Prognoacutestico da produccedilatildeo de gratildeos no Brasil para safra 20022003 Brasiacutelia 2003d Disponiacutevel emlthttp wwwconabgovbrgt Acesso em 10 jun 2003d CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DA AGRICULTURA Um perfil do agricultor brasileiro Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwcnaorgbrPERFILhtmgt Acesso em 4 ago 2002 CREPALDI Silvio Aparecido Contabilidade rural uma abordagem decisorial Satildeo Paulo Atlas 1993 DAHLMAN Carl J Impact of technological change on industrial prospects for the LDCs New York World Bank 1989 (Industry Seacuteries Paper 32) DIAS Guilherme L da Silva BARROS Alexandre L Mendonccedila Situaccedilatildeo da Agricultura no Brasil e no Mundo IN CURSO DE FORMACcedilAtildeO DE PROFESSORES UNIVERSITAacuteRIOS EM MERCADO FUTURO 5 1998 Anais Piracicaba USPESALQ 1998 p47-80 DRUCKER Peter F Introduccedilatildeo agrave Administraccedilatildeo 3ed Satildeo Paulo Pioneira 2000

144

DUFUMIER Marc Les Projets de Deacuteveloppement agricole Paris Eacuteditions Karthala CTA 1996 DUTRA Ivan SOUZA Maria Joseacute B Pesquisa de Marketing Londrina Universidades Estaduais de Londrina 2001 Apostila apresentada a Disciplina Organizaccedilotildees e Mercado do curso de Mestrado em Administraccedilatildeo EVERED R Management education for the year 2000 In COOPER Cary L Developing managers for the 1980s New York McMillan Press 1981 FEDERACcedilAtildeO DA AGRICULTURA DO ESTADO DO PARANAacute A importacircncia da agropecuaacuteria na geraccedilatildeo de empregos Boletim Informativo Curitiba Ediccedilatildeo 736 set 2002 FERREIRA Alcides HORITA Nilton BMampF a histoacuteria do mercado futuro no Brasil Satildeo Paulo Cultura Editores Associados 1996 FORBES Luiz F Princiacutepios baacutesicos para aplicar nos mercados futuros Satildeo Paulo BMampF 1991 FUTURE INDUSTRY INSTITUTE Curso de Futuros e Opccedilotildees Bolsa de Mercadorias e Futuros Satildeo Paulo 1998 GITMAN Laurence J Princiacutepios de Administraccedilatildeo financeira 7ed Satildeo Paulo Harbra 1997 841 p HANSON Darin K PEDERSON Glenn Price risk management by Minnesota farmers Minnesota Agricultural Economist n691 Winter 1998 Disponiacutevel emlthttpwwwextensionumnedunewslettersageconomistcomponentsag237-691bhtmlgt Acesso em fev 2003 HAZELL Peter B R Application of risk preference estimates in firm-household and agricultural sector models American Journal of Agricultural Economics Worcester v64 p384-90 may 1982 HEMERLY Francisco Xavier Coordenaccedilatildeo da cadeia Produtiva do Cafeacute In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 29 2001 Recife Anais Brasiacutelia 2001 CD-ROOM HERBST Johann H Farm Management Illinois Stipes Publishing Company 1975 HULL John Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees 2ed Satildeo Paulo BMampF 1996 ______ Options futures amp Other Derivatives London Printice Hall 2000 IAPAR O cafeacute no Brasil histoacuteria produccedilatildeo e exportaccedilatildeo Londrina 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwprgovbriaparcafeacutebrasilhtml gt Acesso em 31 out 2002

145

IBGE Censo Demograacutefico Dados estatiacutesticos de 1995-1996 Rio de Janeiro 1996 Disponiacutevel emlthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopupaccedilatildeoshtm gt Acesso em 15 fev 2003 INCRA Instruccedilatildeo Especial INCRA n51 de 26 de agosto de 1997 Estabelece o Moacutedulo Fiscal dos Municiacutepios constantes da tabela anexa agrave referida Instruccedilatildeo Especial Diaacuterio Oficial da Republica Federativa do Brasil Brasiacutelia n176 Seccedilatildeo I p19243-19246 Disponiacutevel emlthttpwwwdesenvolvimentoagraacuteriogovbrgt Acesso em 19 abr 2003 KONZEN Otto Guilherme Effects of a program to increase yields on farm organization and income a longitudinal analysis of Brazilian farms Madison University of Wisconsin 1977 LACOMBE Francisco JM HEILBORN Gilberto LJ Administraccedilatildeo princiacutepios e Tendecircncias Satildeo Paulo Saraiva 2003 LA TORRE Olga M Requejo BRANDT Seacutergio Alberto LORETO Maria das Dores Saraiva Relaccedilotildees entre produtividade da terra e Tamanho da Empresa Rural Artigo 5 8501 Ediccedilatildeo 1979-1998 Brasiacutelia Sober 2002 CD-ROM LEGRAIN Philippe O livre comeacutercio preso a fria loacutegica dos subsiacutedios Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 782 v36 n26 p4647 dez 2002 LEISMANN Edison Luiz AGUIAR Danilo RDias LIMA Joatildeo Eustaacutequio Retornos e Riscos na Comercializaccedilatildeo de milho no Estado do Paranaacute Uma aplicaccedilatildeo do modelo Value-At-Risk In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 28 a 31 jul 2002 Passo Fundo Anais Brasiacutelia Sober 2002 LUZ Valdemar Pereira Manual Praacutetico administraccedilatildeo e legislaccedilatildeo rural Porto Alegre Sagra 1980

McGEE James PRUSAK Laurence Gerenciamento estrateacutegico da informaccedilatildeo Rio de Janeiro Campus 1994 MARION Joseacute Carlos Contabilidade da Pecuaacuteria Satildeo Paulo Atlas 1983 179p MARQUES Pedro Valentim Mercados de Futuros de Commodities Agropecuaacuterios Piracicaba ESALQUSP 1997 ______ Gestatildeo de Negoacutecios Agroalimentares Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios Satildeo Paulo Pioneira 2000 MARQUES Pedro Valentim MELLO Pedro C Mercados Futuros de Commodities Agropecuaacuterias exemplos e aplicaccedilotildees para os mercados brasileiros 3ed Satildeo Paulo BMampF 1999

146

MARQUES Ramatildeo HS Determinantes do uso de mercados futuros pelos produtores de soja de Cascavel-Pr 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Economia) - Universidade Federal de Viccedilosa Viccedilosa MAXIMIANO Antonio C Amaru Teoria geral da administraccedilatildeo da escola Cientiacutefica agrave Competitividade na Economia Globalizada 2ed Satildeo Paulo Atlas 2000 MAZOYOER Marcel ROUDART Laurence Historie des Agriculteurs du monde Paris Eacuteditions du Seuil 1997 MENDES JTG LARSON DW Anaacutelise econocircmica das estrateacutegias de comercializaccedilatildeo da soja sob condiccedilotildees de risco Revista de Economia e Sociologia Rural Brasiacutelia v20 n2 p 175-192 1982 MORAES FILHO Joatildeo Paulo Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwconabgovbrgt Acesso em 19 fev 2003 MOREIRA Rocilda Santos Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbr gt Acesso em 19 fev 2003 MORICOCHI Luiz MARTIN Nelson B VEGRO Celso Luiz R Produccedilatildeo de cafeacute nos paiacuteses concorrentes do Brasil e tendecircncias do consumo mundial Informaccedilotildees Econocircmicas Satildeo Paulo v27 n5 p7-24 maio 1997 MORIN Edgar Os sete saberes necessaacuterios agrave educaccedilatildeo do futuro 2ed Satildeo Paulo Cortez 2000 NANTES Joseacute Flavio Diniz Gerenciamento da empresa rural In BATALHA Mario Otaacutevio (Coord) Gestatildeo Agroindustrial Satildeo Paulo Atlas 1997 p489-514 NOGUEIRA Antonio Carlos L Mecanizaccedilatildeo na agricultura brasileira Uma visatildeo prospectiva Caderno de pesquisas em Administraccedilatildeo Satildeo Paulo v8 n4 outdez 2001 NORONHA Joseacute F Projetos agropecuaacuterios administraccedilatildeo financeira orccedilamento e viabilidade econocircmica 2ed Satildeo Paulo Atlas 1987 OS NUacuteMEROS do Planeta Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 782 v36 n26 p85-87 dez 2002 OLIVEIRA Cantalicio Preto Economia e administraccedilatildeo rurais 3ed Porto Alegre Sulina 1976 PEREIRA MF Evoluccedilatildeo da fronteira tecnoloacutegica muacuteltipla e da produtividade total dos fatores do setor agropecuaacuterio brasileiro 1999 Tese ( Doutorado) - Centro Tecnoloacutegico Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

147

PERRY Janet JOHNSON Jim Influences of human capital and farm characteristics on farmerrsquos risk attitudes Orlando Floacuterida American Agricultural Economics Association 2000 PEROBELLI Fabiana S Anaacutelise sobre eficiecircncia em mercados futuros Uma comparaccedilatildeo entre os contratos de algodatildeo em pluma da BMampF e da NYBOT 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado Economia) - Escola Superior Luiz de Queiroacutez USP Piracicaba PIMENTEL Fernando CPR De onde partimos e para onde vamos Revista Preccedilos Agriacutecolas Mercado e Negoacutecios Agropecuaacuterios Satildeo Paulo n161 p9-11 mar 2000 PINTO Wildson Justiniano SILVA Orlando Monteiro O relacionamento de preccedilos e a efetividade do heding nos contratos de cafeacute In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 2001 Recife Anais Brasiacutelia Sober 2001 PREVIDELLI Joseacute de Jesus Descriccedilatildeo das Operaccedilotildees do Hedge no Mercado Futuro e Anaacutelise de sua Eficiecircncia enquanto Instrumento de Proteccedilatildeo de Riscos Caderno de Administraccedilatildeo Maringaacute v7 n3 p49-66 juldez 1999 RAVANELLO Normeacutelio O desenvolvimento comeccedila e termina pela agropecuaacuteria A Granja Porto Alegre v646 p66 out 2002 ROBBINS Stephen Paul Administraccedilatildeo Mudanccedilas e Perspectivas Satildeo Paulo Saraiva 2000 RODRIGUES Roberto O agribusiness em 2000 Daacute para ser otimista Disponiacutevel emlthttpwwwagronlinecombr gt Acesso em 21 fev 2003 ROSS Stephen A WESTERFIELD Randolph W JAFFE Jeffrey F Administraccedilatildeo Financeira Corporate Finance Satildeo Paulo Atlas 1995 SANTANA CAM The impact of economic policies on the soybean sector of Brazil an effective protection analysis 1984 Tese (PhD) - University of Minnnesota Saint Paul Minnesota SANTOS Gilberto Joseacute MARION Joseacute Carlos Administraccedilatildeo de custos na agropecuaacuteria Satildeo Paulo Atlas 1993 SCHOUCHANA Felix Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios Satildeo Paulo BMampF 1997 SCHOUCHANA Felix Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios no Brasil 2ed Satildeo Paulo BMampF 2000 SEAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade nas safras de 20012002 e 20022003 Curitiba 2003 Disponiacutevel emlthttpwwwprgovseab gt Acesso em 10 jun 2003

148

SOUKI Gustavo Q XISTO EMS SALAZAR German T Reflexotildees sobre o custo de oportunidade da informaccedilatildeo no setor agropecuaacuterio In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 37 1999 Foz do Iguaccedilu Anais Brasiacutelia Sober 1999 v2 SORIMA NETO Joatildeo EDWARD Joseacute O Brasil que aguumlenta o tranco Veja Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 1598 v32 n20 p122-127 maio 1999

SOUZA Nali de Jesus Desenvolvimento Econocircmico 4ed Satildeo Paulo Atlas 1999 SOUZA Warli anjos de O mercado futuro como instrumento de comercializaccedilatildeo para o empresaacuterio rural 1995 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Economia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Piracicaba STREETER DH Electronic information public or private good New York Agribusiness1988 TAVARES Carlos Eduardo Cruz Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbr gt Acesso em 19 fev 2003 TEIXEIRA Elizete Antunes CASTRO JR Luiz Gonzaga Composiccedilotildees de Portfolios em mercados futuros agropecuaacuterios para periacuteodos de safra e entressafra In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 40 2002 Passo Fundo Anais Brasiacutelia Sober 2002 TIMMER Peter Agriculture and economic development revisited Agricultural Systems Essex v40 p21-58 1992 TSUNECHIRO Alfredo O desempenho dos mercados a termo os casos do cafeacute soja e boi gordo na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo 1983 Dissertaccedilatildeo (Mestrado Economia) ndash FEA USP Satildeo Paulo TUNG Nguyen H Planejamento e controle financeiro das empresas agropecuaacuterias Satildeo Paulo Ediccedilotildees Universidade-empresa 1990 WILLIAMS L Long-Term secrets to short-Term trading New York John Wiley amp Sons 1999 WORKING H New Concepts concerning futures markets and prices The American Economic Review Nashville v52 n3 p431-459 June 1962

149

ANEXOS

ANEXO A PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE SOJA NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES Ha

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR Ha

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR Ha

1993 10635 22590 2124 3540 1994 11525 24931 2163 3605 1995 11675 25682 2199 3666 1996 10291 23155 2250 3750 1997 11486 26391 2297 3829 1998 13303 31307 2353 3922 1999 13061 30987 2372 3954 2000 13640 32734 2399 3999 2001 13931 37686 2705 4508 2002 15815 41658 2634 4390 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003 PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE MILHO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 11869 30055 2532 4220 1994 13748 32487 2363 3938 1995 13946 32266 2313 3856 1996 11933 29589 2479 4132 1997 12562 32948 2622 4371 1998 10585 29601 2796 4660 1999 11611 32239 2776 4627 2000 11614 31879 2744 4574 2001 12377 41456 3349 5582 2002 11802 37164 3148 5248 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003 PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE CAFEacute BENEFICIADO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilSACAS 60 KG BENEFIC PHA

1993 2273 2555 1124 1873 1994 2109 2612 1238 2064 1995 1980 1858 0938 1563 1996 1929 2685 1391 2319 1997 2000 2341 1170 1950

150

1998 2085 3450 1654 2757 1999 2207 3260 1477 2461 2000 2274 3651 1605 2675 2001 2353 1918 0815 1358 2002 2367 2390 1009 1682 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003

ANEXO B PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE SOJA NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 2000 4720 2360 3933 1994 2110 5327 2525 4208 1995 2120 5535 2610 4350 1996 2311 6241 2700 4500 1997 2496 6566 2629 4381 1998 2820 7191 2550 4250 1999 2769 7723 2789 4648 2000 2835 7134 2516 4193 2001 2764 8294 3000 5000 2002 3200 9278 2899 4831 Fonte CONAB ndash lt wwwconabgovbr gt acesso em 15042003 PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE MILHO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 2689 7760 2886 4810 1994 2881 8129 2822 4703 1995 2750 9180 3338 5563 1996 2440 7914 3243 5405 1997 2525 8164 3233 5388 1998 2254 7404 3285 5475 1999 2549 8461 3319 5532 2000 2668 7038 2638 4397 2001 2789 11870 4256 7093 2002 2490 9360 3759 6265 Fonte CONAB ndash lt wwwconabgovbr gt acesso em 15042003 PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE CAFEacute BENEFICIADO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

151

ANO

AacuteREA ndash EM MIL HA

PRODUCcedilAtildeO EM MIL KGSCOC0 PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilSACAS 60 KG BENEFIC PHA

1993 220 193 878 732 1994 184 163 889 740 1995 37 20 546 455 1996 135 154 1139 949 1997 128 219 1717 1430 1998 128 271 2117 1764 1999 138 287 2068 1723 2000 142 265 1863 1552 2001 63 56 889 740 2002 128 145 1132 943 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15042003

ANEXO C SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO97 PARA

ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31031998 ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011097 1119 2 021097 1117 3 031097 1125 4 061097 1129 5 071097 1135 6 081097 1141 7 091097 1144 8 101097 1175 9 131097 1218

10 141097 1220 11 151097 1225 12 161097 1233 13 171097 1228 14 201097 1226 15 211097 1239 16 221097 1242 17 231097 1250 18 241097 1282 19 271097 1313 20 281097 1315 21 291097 1313 22 301097 1392 23 311097 1289 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1217

152

Fonte Boletim da BMampF

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1356 1384 1370 2 1320 1348 1334 3 1342 1360 1351 4 1350 1372 1361 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1354

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO98 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31031999

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011098 1086 2 021098 1091 3 051098 1094 4 061098 1095 5 071098 1096 6 081098 1097 7 091098 1120 8 131098 1124 9 141098 1107

10 151098 1106 11 161098 1108 12 191098 1106 13 201098 1110 14 211098 1115 15 221098 1124 16 231098 1115 17 261098 1115 18 271098 1112 19 281098 1115 20 291098 1116 21 301098 1116 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1108

Fonte Boletim da BMampF

153

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1620 1740 1680 2 1602 1628 1615 3 1580 1600 1590 4 1582 1636 1609 5 1586 1647 1617 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1622

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032000

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011099 1046 2 041099 1044 3 051099 1042 4 061099 1045 5 071099 1049 6 081099 1054 7 111099 1059 8 131099 1056 9 141099 1060

10 151099 1061 11 181099 1062 12 191099 1065 13 201099 1060 14 211099 1051 15 221099 1047 16 251099 1051 17 261099 1052 18 271099 1042 19 281099 1053 20 291099 1050 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1052

Fonte Boletim da BMampF

154

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO00

PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1766 1796 1781 2 1700 1738 1719 3 1700 1740 1720 4 1700 1744 1722 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1736

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032001

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011000 2 041000 3 051000 4 061000 5 071000 Embora natildeo tenha 6 081000 havido negociaccedilatildeo 7 111000 em outubro2000 8 131000 para fechamento em 9 141000 Marccedilo2001 o

10 151000 valor da soja 11 181000 estava fixado em 12 191000 R$ 1060 13 201000 14 211000 15 221000 16 251000 17 261000 18 19 281000

271000

20 291000 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1060

Fonte Boletim da BMampF

155

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1650 1700 1675 2 1650 1700 1675 3 1626 1696 1661 4 1638 1672 1655 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1667

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032002

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011001 2 041001 3 051001 4 061001 5 071001 6 081001 7 111001 A BMampF natildeo 8 131001 tinha disponiacutevel 9 141001 as operaccedilotildees

10 151001 realizadas em 11 181001 outubro de 2001 12 191001 para fechamento 13 201001 em marccedilo2002 14 211001 15 221001 16 251001 17 261001 18 271001 19 281001 20 291001 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

Fonte Boletim da BMampF

156

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1925 2010 1968 2 1996 2044 2020 3 4 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1994

Fonte Deral

ANEXO D

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO97 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310398

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 010997 759 2 020907 759 3 030997 762 4 040997 781 5 050997 777 6 080997 780 7 090997 780 8 100997 770 9 110997 771

10 120997 781 11 150997 788 12 160997 789 13 170997 789 14 180997 779 15 190997 776 16 220997 775 17 230997 772 18 240997 775 19 250997 770 20 260997 783 21 290997 780 22 300997 780 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 776

Fonte Boletim da BMampF

157

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 750 780 765 2 750 780 765 3 750 780 765 4 760 800 780 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 769

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO98 PARA

ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310399

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 010998 700 2 020998 695 3 030998 693 4 040998 690 5 080998 693 6 090998 687 7 100998 687 8 110998 680 9 140998 663

10 150998 655 11 160998 655 12 170998 665 13 180998 665 14 210998 671 15 220998 672 16 230998 687 17 240998 679 18 250998 669 19 280998 664 20 290998 657 21 300998 663 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 676

Fonte Boletim da BMampF

158

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 844 890 867 2 856 908 882 3 860 920 890 4 860 920 890 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 882

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310300

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 010999 500 2 020999 504 3 030999 506 4 060999 507 5 080999 507 6 090999 511 7 100999 513 8 130999 510 9 140999 510

10 150999 510 11 160999 510 12 170999 510 13 210999 510 14 220999 507 15 270999 507 16 290999 505 17 300999 504 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 508

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO00 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

159

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1208 1280 1244 2 1220 1280 1250 3 1184 1254 1219 4 1180 1250 1215 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1232

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 210301

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 010900 600 2 110900 600 3 120900 600 4 190900 579 5 260900 567 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 589

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGOEM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 762 788 775 2 744 780 762 3 738 992 865 4 750 800 775 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 794

Fonte Deral

160

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 190302

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 050901 570 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 570

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1200 1240 1220 2 1200 1248 1224 3 4 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1222

Fonte Deral

161

ANEXO E

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO97 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230797

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 030197 14041 2 060197 13756 3 070197 14043 4 080197 14325 5 090197 14378 6 100197 14551 7 130197 14463 8 140197 14774 9 150197 14886

10 160197 14684 11 170197 14781 12 200197 14946 13 210197 15463 14 220197 15984 15 230197 16390 16 240197 15957 17 270197 15879 18 280197 15810 19 290197 16524 20 300197 16047 21 310197 15717 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 15308

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO97 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 19050

2 17200 18500 17850 3 16800 18000 17400 4 17000 18000 17500

18250 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 18010

1 18200 19900

5 17600 18900

Fonte Deral

162

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO98 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230798

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 020198 17350 2 050198 17689 3 060198 17513 4 070198 17391 5 080198 17933 6 090198 17764 7 120198 17354 8 130198 17464 9 140198 17442

10 150198 17196 11 160198 17137 12 190198 17110 13 200198 17377 14 210198 17555 15 220198

17448 17200

18 270198 17443 17612

21 300198 17508 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 17415

17125 16 230198 17 260198

17112 19 280198 20 290198

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) 1 10700 11700 11200

10910 3 10500 11200 10850 4 11000 11500 11250 5 11500 12080 11790

11200

2 10500 11320

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

Fonte Deral

163

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230799

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 040199 13900 2 050199 13650 3 060199 13625 4 080199 13725 5 110199 13650 6 120199 13592 7 130199 13575 8 140199 13600 9 150199 13000

10 180199 12637 11 190199 12380 12 200199 12495 13 210199 12347 14 220199 12200

12350 16 270199 12307

12155 18 290199 11946

15 260199

17 280199

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

12952

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) (MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 12800 14500 13650 2 12800 14200 13500 3 12800 14200 13500 4 13880 14600 14240 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 13723

Fonte Deral

164

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 210700

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 030100 14700 2 040100 14500 3 050100 14800 4 070100 14255 5 100100 14994 6 110100 14750 7 120100 14967 8 130100 14841 9 140100 14285

10 170100 13723 11 180100 14242 12 190100 14567

13926 14 210100 13828 15 240100 13768 16 260100 14100 17 270100 14000 18 280100 13897 19 310100 13699 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 14307

13 200100

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO00 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) 13250

2 13000 13600 13300 3 16800 19000 17900 4 13300 15100 14200

14638

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 13000 13500

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

Fonte Deral

165

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230701

PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO

1 030101 7555 2 080101 7720

7715 5 150101 8090 6 160101 8100 7 170101 8238

8175 9 220101 8232

10 230101 8362

12 260101 8058 13 290101 7828 14 300101 7559 15 310101 7548 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

3 100101 7660 4 110101

8 190101

11 240101 8289

7942

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 10320 10600 10460 2 10000 10300 10150 3 10000 10460 10230 4 10000 10500 10250 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 10273

Fonte Deral

166

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO02 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230702

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 5180

2 040102 5240 3 080102 5236

5450 5360

6 140102 5411 7 160102 5310

5269 9 240102 5290

10 280102 5169 5175

12 300102 5217 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

1 030102

4 100102 5 110102

8 230102

11 290102

5276

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 8500 8808 8654 2 8600 9100 8850 3 8840 9160 9000 4 8620 9100 8860 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 8841

Fonte Deral

167

QUESTIONAacuteRIO PARA PESQUISA

TIacuteTULO O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ

E COMERCIALIZA SOJA MILHO E CAFEacute E A SUA ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

1 - DADOS SOBRE O PERFIL DO PRODUTOR 11 ndash NOME DO PRODUTOR (NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIO)

________________________________________________________________

12 ndash SEXO ( ) MASCULINO ( ) FEMININO

13 ndash ESTADO CIVIL ( ) CASADO(A) ( ) SOLTEIRO(A) ( ) OUTROS

14 - DOS IMOacuteVEIS QUE EXPLORA

QUANTOS SAtildeO PROacutePRIOS ________________________________

15 - QUANTOS VOCEcirc EXPLORA COMO ARRENDATAacuteRIO PAGANDO

QUANTIDADES FIXAS DE SACAS OU $ ___________________________

16 - QUANTOS VOCEcirc EXPLORA EM REGIME DE PARCERIA PAGANDO UMA

PORCENTAGEM DAS SACAS COLHIDAS __________________________

17 ndash QUANTOS VOCEcirc EXPLORA EM REGIME DE COMODATO____________

18 ndash IDADE DO PRODUTOR(A) _______________________________ANOS

19 - ESCOLARIDADE ( ) 1ordm GRAU INCOMPLETO

( ) 1ordm GRAU COMPLETO

( ) 2ordm GRAU INCOMPLETO

( ) 2ordm GRAU COMPLETO

( ) SUPERIOR INCOMPLETO

( ) SUPCOMPLETO CURSO___________________

( ) POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM_____________________

168

110 - LOCAL DE MORADIA ( ) NA PROPRIEDADE ( ) NA CIDADE gt

111 - SE MORA NA CIDADE QUANTAS VEZES POR MEcircS VAI Agrave

PROPRIEDADE ___________________________________________VEZES

112 - QUAL Eacute A DISTAcircNCIA DA SEDE DA PROPRIEDADE COM RELACcedilAtildeO Agrave

RESIDEcircNCIA DO PRODUTOR EM QUILOMETROS _________QUILOMETROS

113 - ALEacuteM DAS ATIVIDADES RURAIS O AGRICULTOR TEM OUTRA FONTE

DE RENDA ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUAIS_______________________

____________________________ _____________________________________

114 - ALEacuteM DO RESPONSAacuteVEL PELA ADMINISTRACcedilAtildeO DA PROPRIEDADE

TEM OUTRAS PESSOAS DA FAMIacuteLIA QUE TRABALHAM NA PRODUCcedilAtildeO DAS

ATIVIDADES DO IMOacuteVEL

1141 - ESPOSA (O) ( ) NAtildeO ( ) SIM

1142 ndash FILHOS (AS) ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUANTOS______________

115 ndash NUacuteMERO DE PESSOAS DA FAMIacuteLIA (CONSIDERE SOMENTE ENTRE

ESPOSO ESPOSA E FILHOS) ________________________________________

116 ndash DENTRE OS MEMBROS DA FAMIacuteLIA CITADOS NO ITEM 115 ACIMA

QUANTOS ESTUDARAM SOMENTE EM ESCOLA PUacuteBLICA ______________

117 - VOCE ESTAacute NESTA ATIVIDADE COMO PRODUTOR EM FUNCcedilAtildeO DE

( ) AQUISICcedilAtildeO DA PROPRIEDADE ( ) SUCESSAtildeO NA FAMIacuteLIA

( ) PARTE DA AacuteREA COMO SUCESSAtildeO E PARTE ADQUIRIDA

( ) COMO ARRENDATAacuteRIO ( ) PARCEIRO ( ) COMODATAacuteRIO

118 - QUAL Eacute A DISTEcircNCIA DA SEDE DA PROPRIEDADE COM RELACcedilAtildeO Agrave

SEDE DO MUNICIPIO EM QUILOMETROS ______________QUILOMETROS

169

DADOS DA PROPRIEDADE (RESPONDA SIM OU NAtildeO) SIM NAtildeO

119 A PROPRIEDADE TEM ENERGIA ELETRICA DA COPEL

120 A PROPRIEDADE TEM ENERGIA ELETRICA PROacutePRIA

121 A PROPRIEDADE TEM APARELHO DE TELEVISAtildeO

122 A PROPRIEDADE TEM ANTENAS PARABOacuteLICAS

123 A PROPRIEDADE TEM VEICULOS MOTORIZADOS

124 A PROPRIEDADE TEM AacuteGUA ENCANADA

125 TEM COMPUTADOR NA PROPRIEDADE

126 TEM COMPUTADOR NA RESIDEcircNCIA DO PRODUTOR

2 - DADOS SOBRE A PRODUCcedilAtildeO ( DA UacuteLTIMA SAFRA ) 21 ndash AacuteREA TOTAL DO IMOacuteVEL QUE POSSUI EM ALQUEIRES _____________

2 4 ndash AacuteREA CULTIVADA COM MILHO SE PLANTOU EM ALQUEIRES_________

242 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA DO MILHO POR ALQUEIRE ____________________

22 ndash AacuteREA DO IMOacuteVEL PROacutePRIO CULTIVADA COM SOJA MILHO OU CAFEacute

EM ALQUEIRES_____________________________________

23 - AacuteREA DO IMOacuteVEL DE TERCEIROS CULTIVADA COM SOJA MILHO OU

CAFEacute EM ALQUEIRES_______________________________

241 ndash TOTAL DE SACAS MILHO (60 KGS) COLHIDO _____________________

25 ndash AacuteREA CULTIVADA COM SOJA SE PLANTOU EM ALQUEIRES_________

251 - TOTAL DE SACAS DE SOJA (60 KGS) COLHIDA____________________

252 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA DE SOJA POR ALQUEIRE______________________

170

26 ndash AacuteREA CULTIVADA COM CAFEacute SE COLHEU EM ALQUEIRES_________

261 - TOTAL DE SACAS CAFEacute COCO (40 KGS) COLHIDO________________

262 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA CAFEacute EM COCO POR ALQUEIRE ______________

27 - TEcircM OUTRAS ATIVIDADES DE PRODUCcedilAtildeO PARA RENDA

( ) NAtildeO ( ) SIM gt DISCRIMINE ABAIXO

ATIVIDADES AacuteREA PRODUCcedilAtildeO POR ALQUEIRE

____________________________ ____________ ______________________

____________________________ ___________ ________________________

28 ndash TEM MAQUINAacuteRIOS PROacutePRIOS ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

QUANTOS TRATORES __________ QUANTAS COLHEITADEIRAS___________

29 - QUAL A MEacuteDIA DE EMPREGADOS EFETIVOS COSTUMA MANTER NA(S)

PROPRIEDADE(S) ____________________________________

210 - EM EacutePOCAS DE PICOS DE SERVICcedilOS (PLANTIO E COLHEITA) ALEacuteM

DOS EMPREGADOS EFETIVOS CONTRATA MAtildeO DE OBRA TEMPORAacuteRIA

(VOLANTESBOacuteIAS-FRIAS) ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUANTOS_____________

210 ndash DEPENDE DE ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA PARA A EXPLORACcedilAtildeO DAS

ATIVIDADES ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

( ) DA EMATER ( ) DA COOPERATIVA ( ) DE PARTICULAR

211 ndash DEPENDE DE FINANCIAMENTO PARA CUSTEIO DAS SAFRAS

( ) SIM ( ) NAtildeO

171

3 - DADOS SOBRE A COMERCIALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO

31 COMO FOI COMERCIALIZADA A SUA UacuteLTIMA SAFRA EM

311 VENDA PARA COOPERATIVA APOacuteS REALIZADA A

COLHEITA

312 VENDA PARA INDUacuteSTRIA OU COMERCIANTE APOacuteS

REALIZADA A COLHEITA

313 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA ANTES DA

COLHEITA COM PRECcedilOS PREacute-FIXADOS

314 VENDA ANTECIPADA PARA INDUSTRIA OU

COMERCIANTE ANTES DA COLHEITA COM PRECcedilOS PREacute-

FIXADOS

315 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA COM

ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM $ OU INSUMOS COM

PRECcedilOS A FIXAR NA ENTREGA DA SAFRA

316 VENDA ANTECIPADA PARA INDUacuteSTRIA OU

COMERCIANTE COM ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM

$ OU INSUMOS COM PRECcedilOS A FIXAR NA ENTREGA DA

SAFRA

317 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA COM

ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM $ OU INSUMOS COM

PRECcedilOS JAacute FIXADOS

318 VENDA ANTECIPADA PARA INDUacuteSTRIA OU

COMERCIANTE COM ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM

$ OU INSUMOS COM PRECcedilOS JAacute FIXADOS

319 VENDA ANTECIPADA COM FINANCIAMENTOS DE CPR

3110 VENDA ANTECIPADA EM MERCADO FUTURO NA BOLSA

DE MERCADORIAS amp FUTUROS (BMampF)

3111 OUTRO TIPO DE COMERCIALIZACcedilAtildeO

CITE

TOTAL DA COMERCIALIZACcedilAtildeO 100

172

32 ndash ACOMPANHA AS COTACcedilOtildeES DE PRECcedilOS DOS PRODUTOS

AGRIacuteCOLAS NO MERCADO ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

ATRAVEacuteS DE ( ) JORNAL ( ) INTERNET ( ) TV

( ) COOPERATIVAS ( ) RADIO

( ) TERCEIROS ( AMIGOS CONHECIDOS ETC)

( ) OUTROS MEIOS________________________________

33 - A QUANTOS ANOS VOCEcirc Eacute RESPONSAacuteVEL PELA COMERCIALIZACcedilAtildeO

DA PRODUCcedilAtildeO DA PROPRIEDADE __________________________

4 ndash DADOS SOBRE OS NEGOacuteCIOS NA BOLSA DE MERCADORIAS

41 ndash COSTUMA COMERCIALIZAR A SAFRA OU PARTE DELA NA BOLSA DE MERCADORIAS ( ) SIM - ( PARA RESPOSTA SIM VAacute DIRETO PARA AS QUESTOtildeES DE 411 ATEacute 414) ( ) NAtildeO - ( PARA RESPOSTA NAtildeO VAacute DIRETO PARA AS QUESTOtildeES DE 421 ATEacute 4210) QUESTOtildeES DE 411 ATEacute 414 (PODE MARCAR MAIS DE UMA ALTERNATIVA)

411 ndash ( ) PREFERE COMERCIALIZAR A SAFRA OU PARTE DELA PARA

GARANTIR OS PRECcedilOS ACENADOS PELO MERCADO FUTURO

412 ndash ( ) SABE COMO FUNCIONA O PROCESSO DE COMERCIALIZACcedilAtildeO

EM BOLSA DE MERCADORIAS

413 ndash ( ) SOacute COMERCIALIZA QUANDO OS PRECcedilOS DO MERCADO

FUTURO SAtildeO INTERESSANTES

414 ndash ( ) CONFIA NA SEGURANCcedilA DESSE TIPO DE NEGOCIACcedilAtildeO

415 - ( ) OUTRAS RAZOtildeES_____________________________________

173

QUESTOtildeES 421 ATEacute 4210 (PODE MARCAR MAIS DE UMA ALTERNATIVA)

421 - ( ) - NAtildeO SABE COMO FUNCIONA O PROCESSO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO EM BOLSA DE MERCADORIAS

422 - ( ) ndash SABE COMO FUNCIONA MAS PREFERE NAtildeO

COMERCIALIZAR ENQUANTO NAtildeO TEM GARANTIDA A

COLHEITA DA SAFRA

423 - ( ) ndash SABE COMO FUNCIONA MAIS NAtildeO TEM DINHEIRO PARA

PAGAR OS AJUSTES DIAacuteRIOS

424 - ( ) ndash ACHA O PROCESSO MUITO BUROCRATICO

425 - ( ) ndash TEM MEDO DE PERDER DINHEIRO NESSE TIPO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO

426 - ( ) - NAtildeO CONSIDERA OS PRECcedilOS INTERESSANTES

427 - ( ) ndash NAtildeO POSSUI SEGURANCcedilA PARA OPERAR NESSE

MERCADO

428 - ( ) ndash NAtildeO CONFIA NAS CORRETORAS QUE INTERMEDIAM E

PROCESSAM A COMERCIALIZACcedilAtildeO

429 - ( ) ndash NUNCA FOI CONVIDADO PELA BMampF OU CORRETORA

PARA EXPLICAR COMO FUNCIONA O PROCESSO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO EM MERCADO FUTURO

4210 ndash ( ) - OUTRAS RAZOtildeES __________________________________

174

GLOSSAacuteRIO Blend = mistura combinaccedilatildeo fusatildeo de duas coisas

Bushel = Medida americana de cereais 1 bushel de soja = 60 libras = 2722 quilos

1 bushel de milho=56 libras = 2540 quilos

Call = Chamada convite manda vir

Clearing = de clear que significa compensaccedilatildeo eacute a denominaccedilatildeo das centrais de

compensaccedilatildeo e liquidaccedilatildeo das bolsas

Commodities (singular commodity) = Mercadorias produtos como gratildeos metais

e alimentos negociados em Bolsas de mercadorias ou no mercado a vista

Farm management = Administrador da Fazenda Administrador da propriedade

rural

Hedge = garantir resguardar ndash Estrateacutegia de proteccedilatildeo financeira usada pelo

produtor que tem realmente o produto ou pelo comprador que tem real interesse

pela mercadoria para compensar investimentos de riscos

Hedger = eacute o investidor que tem real interesse na venda ou na compra do produto

In natura = natural puro sem nenhum valor agregado

Management = Administraccedilatildeo direccedilatildeo gerecircncia

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Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo

Page 5: O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ E …livros01.livrosgratis.com.br/cp002541.pdf · Bolsa de Mercadorias e Futuros é pequena e isso se dá, em grande parte pelo desconhecimento

Dedico esse trabalho agrave minha famiacutelia Neusa minha mulher e a nossa prole Letiacutecia e Anna Luiza Leonardo e Joatildeo Antonio e Heitor razotildees da minha vida e da batalha do dia-a-dia

AGRADECIMENTOS

A Deus presenccedila constante na minha vida nas horas alegres e tambeacutem nas tristes

ora indicando caminhos ora mudando as rotas e eu dentro da minha realidade

terrena acabo percebendo sua interferecircncia somente algum tempo depois por isso

eu creio sempre

Agrave Letiacutecia ao Leonardo e ao Heitor pela valorosa colaboraccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e elaboraccedilatildeo das planilhas instrumentos importantes para o

desenvolvimento da pesquisa

Ao Professor Dr Ivan Dutra pela sua indiscutiacutevel capacidade de orientaccedilatildeo e

conhecimento em pesquisa e que muito auxiliou no desenvolvimento deste estudo

Aos Professores Dr Luiz Antonio Felix profundo conhecedor da aacuterea objeto desta

pesquisa pela grande contribuiccedilatildeo que recebi na qualificaccedilatildeo para a melhoria deste

trabalho e Professor Dr Joseacute Carlos Dalmas pela valiosa contribuiccedilatildeo na aplicaccedilatildeo

dos testes estatiacutesticos para validaccedilatildeo da pesquisa

Aos docentes do programa indistintamente todos com vasto conhecimento e

sugestiva bagagem que natildeo mediram esforccedilos para darem o maacuteximo de si nas

suas respectivas aacutereas de conhecimentos

Aos amigos do curso e em especial da turma na trocas de informaccedilotildees e

conhecimentos e pela convivecircncia saudaacutevel do dia-a-dia que acabam por

proporcionar crescimento geral de todos

Aos Professores Luiz Fernando Pinto Dias e Paulo Eduardo Lacerda chefes do

Departamento de Administraccedilatildeo pelo apoio e compreensatildeo no periacuteodo em que

frequumlentei as aulas do mestrado

Aos amigos do Departamento e a todos que direta ou indiretamente contribuiacuteram

para a realizaccedilatildeo deste trabalho

ldquoComece fazendo o necessaacuterio depois o que eacute possiacutevel e de repente vocecirc estaraacute fazendo o impossiacutevelrdquo

Satildeo Francisco de Assis

RESUMO

Este estudo tem o objetivo de identificar o perfil do produtor rural londrinense e comparar com o perfil do produtor brasileiro aleacutem de verificar como estatildeo produzindo e comercializando as safras de soja milho e cafeacute como acompanham as cotaccedilotildees dos produtos agriacutecolas no mercado e se comercializam a produccedilatildeo em mercados futuros Segmenta os agricultores por escolaridade idade tamanho da aacuterea cultivada local de moradia do produtor tipo de assistecircncia teacutecnica recebida e cruza com a produtividade obtida na uacuteltima safra eacutepoca de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo sistema de acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado e quantos produtores negociam seus produtos na bolsa de mercadorias Conclui entre outros fatores importantes que o produtor com maior grau de escolaridade possuidor de aacutereas maiores que conta com assistecircncia teacutecnica profissional e com baixa idade ateacute 35 anos satildeo mais eficientes na administraccedilatildeo das propriedades rurais Constata que a busca do produtor pela comercializaccedilatildeo na Bolsa de Mercadorias e Futuros eacute pequena e isso se daacute em grande parte pelo desconhecimento que ele tem desse tipo de mercado Palavras-Chaves Perfil do agricultor Bolsa de Mercadorias Mercado Futuro

ABSTRACT

This study aims to identify the londrinense farm producer and compare it with the Brazilian rural producer profile besides verifying how they are producing and negotiating the soybean corn and coffee crops how they follow the rural products quotation in the market and if they commercialize their products in the future markets It segments the producer by education age cultivated are size place of residence of the producer kind of the received technical assistance crosses with the last crop obtained productivity production commercialization time follow up system of price quotation of the products in the market and how many producers commercialize their products in the merchandise stock market It concludes that among other important factor the producer with a higher level of education who owns larger planting areas who has professional technical assistance and low age until 35 years of age is more efficient in the management of the farm properties It verifies that the producerrsquos search for commercialization in the Future Merchandise Stock Market is little due to the lack of knowledge in this market segment Key words producerrsquos profile stock exchange future markets

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 01 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra 20012002 e 20022003 28

Graacutefico 02 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense de gratildeos de 20012002 e 20022003 29

Graacutefico 03 - Produtividade de gratildeos do Brasil na uacuteltima deacutecada 38Graacutefico 04 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de soja para a safra

20022003 40Graacutefico 05 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de soja de 20012002 e 20022003 41Graacutefico 06 - Previsatildeo da produccedilatildeo paranaense de soja para a safra

20022003 42Graacutefico 07 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

paranaense de soja de 20012002 e 20022003 43Graacutefico 08 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de milho para a

safra 20022003 44Graacutefico 09 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de milho de 20012002 e 20022003 45Graacutefico 10 - Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de milho de

milho para a safra 20022003 46Graacutefico 11 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

paranaense de milho de 20012002 e 20022003 47Graacutefico 12 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de cafeacute para a safra

20022003 48Graacutefico 13 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de cafeacute de 20012002 e 20022003 49Graacutefico 14 - Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de cafeacute para a

safra 20022003 50Graacutefico 15 Comparativo da aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra de

cafeacute de 20012002 e 20022003 51Graacutefico 16 - Valor dos subsiacutedios pagos pelo governo aos produtores rurais

da receita agriacutecola bruta ndash em porcentagem 60Graacutefico 17 - Aumento de ganhos futuros que teratildeo os paiacuteses na eliminaccedilatildeo

dos subsiacutedios agriacutecolas e barreiras tarifaacuterias em niacutevel mundial

61

LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Nuacutemeros do censo agropecuaacuterio 1995-1996 do Municiacutepio de Londrina 28

Quadro 02 - Evoluccedilatildeo da produtividade e produccedilatildeo mundial de gratildeos nos

uacuteltimos 50 anos 36 Quadro 03 - Resultados do teste Qui-quadrado considerando niacutevel de

significacircncia de 5

112

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Exemplo de hedge e ajustes diaacuterios para o vendedor 58 Tabela 02 - Exemplo de hedge e ajustes diaacuterios para o comprador 58 Tabela 03 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por sexo 86 Tabela 04 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por estado civil 86 Tabela 05 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por idade 86 Tabela 06 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por escolaridade 87 Tabela 07 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela extensatildeo da aacuterea

explorada 87

Tabela 08 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por local de moradia e acesso agrave

escola puacuteblica 87 Tabela 09 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de aquisiccedilatildeo dos

imoacuteveis 88 Tabela 10 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de exploraccedilatildeo dos

imoacuteveis 88 Tabela 11 - Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-

estrutura 88 Tabela 12 - Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-

estrutura 89 Tabela 13 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela renda e o trabalho da famiacutelia

na propriedade 89 Tabela 14 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela matildeo-de-obra utilizada 89 Tabela 15 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de soja em sacas de 60 quilos 90 Tabela 16 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de milho em sacas de 60 quilos 90 Tabela 17 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de cafeacute em sacas de 40 quilos em coco 91 Tabela 18 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela posse dos maquinaacuterios 91 Tabela 19 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram soja pela posse

dos maquinaacuterios 91

Tabela 20 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram milho pela posse dos maquinaacuterios 92

Tabela 21 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram cafeacute pela posse dos maquinaacuterios 92

Tabela 22 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela necessidade de

financiamentos 92 Tabela 23 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acesso agrave assistecircncia

teacutecnica 92 Tabela 24 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de assistecircncia teacutecnica

recebida 93 Tabela 25 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela eacutepoca de comercializaccedilatildeo

da produccedilatildeo 93 Tabela 26 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da

produccedilatildeo antes da colheita 93 Tabela 27 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da

produccedilatildeo apoacutes a colheita 94 Tabela 28 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelas negociaccedilotildees realizadas na

bolsa de mercadorias 94 Tabela 29 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acompanhamento das

cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado 96 Tabela 30 - Comparativo das caracteriacutesticas do agricultor brasileiro com o

agricultor londrinense 98 Tabela 311 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de

escolaridade 100 Tabela 312 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de

escolaridade 100 Tabela 313 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com o grau de escolaridade 101 Tabela 314 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com o grau de escolaridade 102 Tabela 321 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade

do produtor 102 Tabela 322 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do

produtor 103

Tabela 323 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo com a idade do produtor 104

Tabela 324 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a idade do produtor 104 Tabela 331 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o

tamanho da aacuterea explorada 105 Tabela 332 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o tamanho da

aacuterea explorada 105 Tabela 333 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a extensatildeo da aacuterea explorada 106 Tabela 334 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com o tamanho da aacuterea explorada 107 Tabela 341 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

moradia do produtor 107 Tabela 342 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a moradia do

produtor 108 Tabela 343 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a moradia do produtor 108 Tabela 344 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a moradia do produtor 109 Tabela 35 - Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

assistecircncia teacutecnica 110 Tabela 36 - Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse

dos maquinaacuterios 111 Tabela 37 - Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos

pagos ao produtor nas sacas de milho de 60 quilos 117 Tabela 38 - Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos

pagos ao produtor nas sacas de milho de 60 quilos 118 Tabela 39 ndash

Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos pagos ao produtor nas sacas de cafeacute benef de 60 quilos 119

Tabela 40 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela comercializaccedilatildeo realizada na BMampF 120

TABELA DE CONVERSAtildeO

1 hectare (1 ha) = 10000 metros quadrados 1 alqueire paulista = 24200 metros quadrados 1 alqueire paulista = 242 hectares 1 saca 60 quilos de cafeacute beneficiado = 3 sacas de 40 kg de cafeacute em coco

1 bushel de soja = 60 libras ou 2722 quilos 1 saca de soja com 60 quilos = 220 bushel 1 bushel de milho = 56 libras ou 2540 quilos 1 saca de milho com 60 quilos = 236 bushel

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 OBJETIVOS 19

21 Geral 19

22 Especiacuteficos 19

3 O PROBLEMA 25

4 JUSTIFICATIVA E RELEVAcircNCIA DOS ESTUDOS 27

5 O PERFIL DO AGRICULTOR E AS ATIVIDADES AGRAacuteRIAS 30

51 O produtor rural como empresaacuterio 31

52 O perfil do agricultor brasileiro 34

6 PRODUCcedilAtildeO E PRODUTIVIDADE AGRIacuteCOLA 36

61 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura da soja 40

62 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura do milho 44

63 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura do cafeacute 48

7 MODALIDADES DE COMERCIALIZACcedilAtildeO DOS PRODUTOS AGRIacuteCOLAS 52

71 A agricultura e os entraves econocircmicos na comercializaccedilatildeo 58

8 O MERCADO FUTURO AGROPECUAacuteRIO NO BRASIL 64

81 Contrato futuro de soja 73

82 Contrato futuro de milho 76

83 Contrato futuro de cafeacute 80

9 METODOLOGIA 83

91 Populaccedilatildeo 83

92 Amostras e Delimitaccedilatildeo da Pesquisa 83

93 Coleta de Dados 84

94 Segmentaccedilatildeo 84

10 RESULTADO DOS DADOS COLETADOS E ANAacuteLISES 86

101 O perfil do agricultor Londrinense que cultiva soja eou milho e

ou cafeacute 86

102 Comparaccedilatildeo do perfil do agricultor brasileiro com o perfil do

Agricultor Londrinense 98

103 Caracteriacutesticas do Agricultor Londrinense relacionado agrave Produccedilatildeo

Comercializaccedilatildeo e atuaccedilatildeo na Bolsa de Mercadorias 100

1031 Teste Estatiacutestico dos Cruzamentos da pesquisa 111

104 Anaacutelise da produtividade do Agricultor Londrinense 113

105 Anaacutelise da Comercializaccedilatildeo do Agricultor Londrinense 115

106 Comparaccedilatildeo dos negoacutecios realizados na Bolsa com negoacutecios

realizados no mercado fiacutesico pelos Agricultores 116

11 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS E RECOMENDACcedilOtildeES 121

REFEREcircNCIAS 134

ANEXOS 142

A - Produccedilatildeo Brasileira de soja milho e cafeacute nos uacuteltimos 10 anos 142

B ndash Produccedilatildeo Paranaense de soja milho e cafeacute nos uacuteltimos 10 anos 143

C ndash Valores de Contratos de soja negociados na BMampF e negoacutecios

fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

144

D - Valores de Contratos de milho negociados na BMampF e negoacutecios

fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

149

E - Valores de Contratos de cafeacute negociados na BMampF e negoacutecios

Fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

154

C - Instrumento da pesquisa 160

GLOSSAacuteRIO 167

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

Com as mudanccedilas na poliacutetica econocircmica do Brasil na deacutecada de 90

todos os setores produtivos inclusive o agropecuaacuterio tiveram que se adaptar e

correr em busca da eficiecircncia Os preccedilos internacionais passaram a ter uma

importacircncia significativa na definiccedilatildeo dos preccedilos praticados no mercado interno

aumentando a competiccedilatildeo e reduzindo as margens de lucro das empresas Desta

forma todas as fases dos processos produtivos passaram a ser analisadas

minuciosamente com vistas a eliminar desperdiacutecios para manter a lucratividade

num ambiente novo e mais competitivo

Marques e Mello (1999) enfatizam que o setor agropecuaacuterio

apresenta algumas caracteriacutesticas como alto risco econocircmico devido agrave

dependecircncia dos fatores climaacuteticos e dificuldade de comercializaccedilatildeo Estes pontos

fazem desta atividade em certos momentos um verdadeiro jogo de incertezas e de

elevado risco financeiro

No caso da agricultura a necessidade de maior competitividade

forccedilou inovaccedilotildees nas vaacuterias fases do processo produtivo Embora o aumento da

produtividade seja o aspecto que normalmente recebe maior destaque uma fase

muito importante nesse processo eacute o periacuteodo da comercializaccedilatildeo As duacutevidas do

produtor se fixam na escolha do melhor momento para vender a produccedilatildeo Os que

atuam nesse mercado frequumlentemente ressaltam a necessidade do

aperfeiccediloamento na tomada de decisatildeo e reclamam da falta de instrumentos que

os auxilie para a tomada de decisatildeo na venda dos produtos permitindo-lhes

melhorar os retornos e reduzir os riscos que envolvem a comercializaccedilatildeo Assim as

decisotildees pertinentes a produccedilatildeo agriacutecola implicam maiores ou menores riscos de

mercado de acordo com a estrateacutegia adotada pelo produtor rural (LEISMANN

2002)

No mercado brasileiro o estudo da eficiecircncia na gestatildeo do risco

surge como uma necessidade imediata faces aos constantes riscos pertinentes por

que passa a atividade agriacutecola e que prejudicam os produtores rurais A produccedilatildeo

da soja do milho e do cafeacute assim como a maioria dos produtos agriacutecola estaacute

sujeito a dois tipos baacutesicos de risco a) Na produccedilatildeo - pelas perdas causadas por

ataque de pragas e doenccedilas e pelos fatores climaacuteticos como falta ou excesso de

chuvas geadas granizos e secas b) Na comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo - que

17

corresponde ao risco do produtor natildeo encontrar preccedilo compensador na hora da

venda A administraccedilatildeo desses riscos requer do produtor rural maior racionalidade

no uso dos fatores de produccedilatildeo e gestatildeo do risco de preccedilo buscando obter maior

retorno financeiro

Na comercializaccedilatildeo agriacutecola um dos principais problemas eacute a

incerteza de preccedilos em um momento futuro Essa incerteza decorre de cada

produto e da competitividade entre os mercados agriacutecolas As principais alternativas

para lidar com essa situaccedilatildeo no Brasil ateacute recentemente provinham do governo

Contudo ao longo do tempo o governo brasileiro vem reduzindo sua participaccedilatildeo

nos mercados agriacutecolas por meio de seus instrumentos claacutessicos de poliacutetica

agriacutecola como eacute o caso da poliacutetica dos preccedilos miacutenimos Esse fato se deve agrave falta de

recursos governamentais para financiar programas de intervenccedilatildeo de grande porte

sinalizando para um esgotamento das poliacuteticas tradicionais de sustentaccedilatildeo de

preccedilos (PINTO 2001) Assim com a diminuiccedilatildeo da intervenccedilatildeo governamental e o

esgotamento dos estiacutemulos financeiros agrave agropecuaacuteria resta ao produtor buscar a

eficiecircncia na produccedilatildeo e na comercializaccedilatildeo dos produtos

O objetivo deste estudo foi o de conhecer o perfil do agricultor

londrinense que produz e comercializa a soja o milho e o cafeacute e a sua atuaccedilatildeo na

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo no mercado futuro atraveacutes da Bolsa de Mercadorias

Neste trabalho seratildeo enfocados as caracteriacutesticas do agricultor

relacionado agraves atividades agraacuterias e o perfil do agricultor brasileiro e londrinense a

produccedilatildeo e a produtividade agriacutecola as modalidades de comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo agriacutecolas o funcionamento do mercado futuro agropecuaacuterio no Brasil a

metodologia utilizada o resultado dos dados coletados e a anaacutelise da pesquisa as

delimitaccedilotildees concluindo com as consideraccedilotildees finais e recomendaccedilotildees

Espera-se que o resultado dessa pesquisa possa auxiliar os

produtores agriacutecolas no gerenciamento da produccedilatildeo e da comercializaccedilatildeo das

safras e mais que o setor agropecuaacuterio possa contribuir como vem fazendo ateacute

agora para a superaccedilatildeo dos seguintes desafios

1) Reduccedilatildeo da taxa inflacionaacuteria com oferta mais abundante de

alimentos uma vez que a produccedilatildeo ainda insuficiente dos uacuteltimos anos pressiona

a alta dos preccedilos dos alimentos em relaccedilatildeo ao iacutendice geral de preccedilos o que induz a

importaccedilotildees de alguns produtos e cria dificuldade de sobrevivecircncia para a maioria

da populaccedilatildeo brasileira que vive na linha da miseacuteria

18

2) Reduccedilatildeo na diacutevida externa brasileira com aumento na produccedilatildeo

de produtos de exportaccedilatildeo e de substitutos agraves importaccedilotildees

3) Redistribuiccedilatildeo de renda dentro do setor rural com vantagem para

as classes de renda mais baixa de modo a reduzir o grau de pobreza rural e evitar

ao menos parcialmente a migraccedilatildeo rural-urbana de pessoas com precaacuterias chances

de progredir nos centros urbanos

19

2 OBJETIVOS 21 GERAL

Este trabalho tem por objetivo identificar o perfil do agricultor do

Municiacutepio de Londrina-Pr mais especificamente como eles produzem e

comercializam as safras de soja milho e cafeacute

Tambeacutem seraacute observado se o produtor acompanha as cotaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos agriacutecolas no mercado e tambeacutem como atua na

comercializaccedilatildeo dos seus produtos na Bolsa de Mercadorias amp Futuro mercado no

qual ele pode se garantir das oscilaccedilotildees dos preccedilos na venda dos produtos pois eacute

fundamental para os agricultores minimizar os riscos nas oscilaccedilotildees dos preccedilos

dos produtos no momento da venda de sua produccedilatildeo

22 ESPECIacuteFICOS 221 Identificar o perfil do agricultor do Municiacutepio de Londrina e comparar com o

perfil do agricultor brasileiro

a) Segmentar a amostra por variaacuteveis demograacuteficas claacutessicas

b) Dimensionar a quantidade de agricultores que soacute exploram os

imoacuteveis proacuteprios imoacuteveis proacuteprios e arrendados imoacuteveis proacuteprios

e em parcerias e ainda quantos exploram as propriedades

somente atraveacutes de arrendamentos somente com parcerias ou

somente atraveacutes de arrendamentos e parcerias

c) Verificar o grau de escolaridade do agricultor responsaacutevel pelos

negoacutecios da propriedade rural

d) Verificar se o agricultor mora na propriedade ou na cidade

Quantas vezes ele se desloca ateacute a propriedade e a distacircncia da

sua residecircncia ateacute a sede da propriedade

e) Verificar quantas pessoas compotildeem a unidade familiar aleacutem do

agricultor responsaacutevel pelos negoacutecios da fazenda e ainda

dentre os membros da famiacutelia quantos estudaram ou estudam

em escolas puacuteblicas

20

f) Verificar quantos agricultores da amostra estatildeo no negoacutecio por

aquisiccedilatildeo do imoacutevel e quantos em funccedilatildeo de sucessatildeo na famiacutelia g) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de energia

eleacutetrica nas propriedades

h) Verificar quantos agricultores da amostra tecircm aparelho de

televisatildeo na propriedade

i) Verificar quantos agricultores da amostra possuem antenas

paraboacutelicas nas propriedades

j) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de veiacuteculos

motorizados na propriedade

k) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de aacutegua

encanada na propriedade

l) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de

computadores na propriedade ou na residecircncia para controle das

atividades desenvolvidas no imoacutevel rural

m) Verificar quantos agricultores da amostra dependem somente

da renda das propriedades quantos contam com a ajuda da

mulher e quantos necessitam da ajuda dos filhos

222 Determinar a aacuterea a produccedilatildeo e verificar a produtividade das culturas de soja

milho e cafeacute

a) Verificar as aacutereas cultivadas com soja sua produccedilatildeo e

produtividade

b) Verificar as aacutereas cultivadas com milho sua produccedilatildeo e

produtividade c) Verificar as aacutereas cultivadas com cafeacute sua produccedilatildeo e

produtividade d) Verificar quantos produtores da amostra tecircm maquinaacuterios

proacuteprios em especial tratores e colheitadeiras

e) Verificar a meacutedia de empregados efetivos que o agricultor

manteacutem na propriedade

f) Verificar se o agricultor contrata matildeo-de-obra temporaacuteria nos

picos de trabalho (plantio e colheita)

21

g) Verificar se o agricultor depende de assistecircncia teacutecnica para a

exploraccedilatildeo das atividades da propriedade rural

h) Verificar se o agricultor depende de financiamento para o custeio

das safras realizadas na propriedade

223 Compreender como o agricultor realiza a comercializaccedilatildeo de sua produccedilatildeo

agriacutecola

a) Verificar como o agricultor comercializa a sua safra

1 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada em

cooperativas depois de realizada a colheita

2 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada com

induacutestrias ou comerciantes depois de realizada a colheita

3 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente na cooperativa antes da colheita com preccedilos

preacute-fixados

4 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada com

induacutestrias ou comerciantes antes da colheita com preccedilos

prefixados

5 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada em

cooperativas com adiantamentos de recursos em dinheiro ou

insumos com preccedilos a fixar na entrega da safra

6 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente com induacutestrias ou comerciantes com

adiantamento de recursos em dinheiro ou insumos com preccedilos a

fixar na entrega da safra

7 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente em cooperativas com adiantamento de

recursos em dinheiro ou insumos com preccedilos jaacute fixados

8 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente com induacutestrias ou comerciantes com

adiantamentos de recursos em dinheiro ou em insumos com

preccedilos jaacute fixados

22

9 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute vendida antecipadamente

com financiamentos de CPR

10 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute vendida

antecipadamente em mercado futuro na bolsa de mercadorias

b) Verificar quais satildeo os meios utilizados pelo agricultor para

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado c) Verificar o tempo em que o agricultor eacute responsaacutevel pela

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo na propriedade rural

224 Observar a atuaccedilatildeo do agricultor nas bolsas de mercadorias para negociar

sua produccedilatildeo no mercado futuro

a) Verificar quantos agricultores comercializam suas safras ou parte

dela no mercado futuro

b) Verificar o seu conhecimento sobre essa modalidade de negoacutecio

e as razotildees para usar ou natildeo esse tipo de comercializaccedilatildeo Se

ele sabe como funciona o mercado futuro e se jaacute foi procurado

pela BMampF para participar de cursos promovidos pela entidade

225 Analisar a influecircncia do grau de escolaridade do produtor nas atividades

exercidas

a) Verificar se o grau de escolaridade do agricultor influencia na

produtividade das atividades desenvolvidas

b) Verificar se o grau de escolaridade do agricultor influencia na

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

c) Verificar se o grau de escolaridade influencia na maneira como o

agricultor acompanha as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no

mercado

d) Verificar se o grau de escolaridade propicia ao agricultor optar

pela comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de mercadorias

23

226 Analisar a influecircncia da idade do produtor nas atividades exercidas quais

sejam

a) Verificar se a idade do agricultor influencia na produtividade das

atividades desenvolvidas

b) Verificar se a idade do agricultor influencia comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo colhida

c) Verificar se a idade influencia na maneira de o agricultor

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado

d) Verificar se a idade influencia na oportunidade do agricultor em

fazer a comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de mercadorias

227 Investigar se o local de moradia do agricultor influencia nas atividades

desenvolvidas quais sejam

a) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

altera a produtividade das atividades desenvolvidas

b) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

afeta a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

c) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou cidade

influencia na maneira de o agricultor acompanhar as cotaccedilotildees

dos preccedilos dos produtos no mercado

d) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

influencia para fazer a comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de

mercadorias

228 Observar a performance do pequeno meacutedio ou grande agricultor levando

com consideraccedilatildeo a aacuterea que explora

a) Verificar a produtividade das atividades desenvolvidas pelos

pequenos meacutedios e grandes produtores

b) Verificar como se efetiva a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

pelos pequenos meacutedios e grandes produtores

c) Verificar como os pequenos meacutedios e grandes agricultores

acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado

24

d) Verificar se os pequenos meacutedios ou grandes agricultores fazem

a comercializaccedilatildeo de suas safras na bolsa de mercadorias

229 Observar a influecircncia dos maquinaacuterios na produtividade

a) Verificar se o trabalho realizado com maquinaacuterios proacuteprios

influencia na produtividade das safras de soja milho e cafeacute

2210 Observar a influecircncia da assistecircncia teacutecnica na produtividade

a) Verificar a produtividade dos agricultores que natildeo tecircm

assistecircncia teacutecnica dos produtores que tecircm assistecircncia teacutecnica

da Emater das cooperativas e de particulares nas culturas da

soja milho e cafeacute

25

3 O PROBLEMA

O dilema que enfrenta o agricultor estaacute diretamente ligado aos

riscos de produccedilatildeo associado aos baixos preccedilos dos produtos na comercializaccedilatildeo

aleacutem de suas oscilaccedilotildees que dificultam uma previsatildeo gerando muitas dificuldades

na tomada de decisatildeo tanto para a produccedilatildeo como para a comercializaccedilatildeo Gabriel

e Baker (apud BASTIANI 1999) enfatizam que haacute duas fontes externas de riscos

para o produtor rural De um lado a variabilidade nos retornos esperados

provocados pelo mercado e de outro pelo ambiente fiacutesico-climaacutetico As incertezas

do meio ambiente interferem diretamente na produccedilatildeo enquanto que o mercado

interfere nos preccedilos tanto na venda dos produtos como na aquisiccedilatildeo dos insumos

Para Morin (2000) haacute efetivamente dois meios para se enfrentar a

incerteza de uma accedilatildeo A primeira eacute estar totalmente consciente da aposta contida

na decisatildeo tomada e a segunda recorre da estrateacutegia A estrateacutegia elabora um

cenaacuterio de accedilatildeo e examinam as certezas e as incertezas da situaccedilatildeo as

probabilidades e as improbabilidades O cenaacuterio pode e deve ser modificado de

acordo com as informaccedilotildees colhidas ao acaso contratempos ou boas

oportunidades encontradas ao longo do caminho

Do ponto de vista da comercializaccedilatildeo para Marques e Mello (1999)

e Nantes (1997) as dificuldades tornam-se particularmente importantes porque eacute

difiacutecil para o agricultor ajustar rapidamente sua produccedilatildeo em face das mudanccedilas do

mercado aleacutem das interferecircncias climaacuteticas das pragas das doenccedilas etc que os

impede de fazer estimativas precisas de produccedilatildeo e de preccedilos Tanto o comprador

dos produtos primaacuterios como o agricultor se defronta frequumlentemente com o

problema de tentar prever as oscilaccedilotildees de preccedilos na comercializaccedilatildeo dos produtos

agriacutecolas

Para Robbins (2000 p59) uma das tarefas mais desafiadoras para

quem vai tomar uma decisatildeo eacute a anaacutelise das alternativas para a incerteza que natildeo

permite saber de antematildeo o resultado da decisatildeo e o risco porque o tomador da

decisatildeo com base na sua experiecircncia pessoal e em informaccedilotildees do mercado

precisa calcular a probabilidade das alternativas e dos resultados Por essa razatildeo

Tung (1990) afirma que as tomadas de decisotildees constituem a base da

administraccedilatildeo das empresas e tambeacutem satildeo a razatildeo da existecircncia dos

administradores

26

De acordo com Hazell (1982) Perry e Johnson (2000) o produtor

rural natildeo gosta de correr risco assim como qualquer outro empresaacuterio Muitas

vezes prefere alternativas de produccedilatildeo que ofereccedilam niacutevel satisfatoacuterio de

seguranccedila mesmo que represente uma perda de renda na meacutedia dos anos

Para Hanson e Pederson (1998) eacute fundamental que o produtor

tenha capacidade para administrar os riscos que em uacuteltima instacircncia satildeo parte

integrante das atividades agropecuaacuterias pois soacute assim ele poderaacute estabilizar a

renda da propriedade assegurando disponibilidade de recursos para viabilizar o seu

negoacutecio e tambeacutem o sustento de sua famiacutelia

Segundo Gitman (1997 p202) o termo risco tem o mesmo sentido

de incerteza ao se referir agrave variaccedilatildeo de retornos associados a um determinado

investimento O risco pode ser definido como a possibilidade de ter um prejuiacutezo

financeiro

Bernstein (1997) entende que a essecircncia da administraccedilatildeo do risco

estaacute em maximizar as accedilotildees nas aacutereas em que se tecircm os controles sobre os

resultados procurando minimizar as accedilotildees nos setores nos quais natildeo se tem

nenhum controle

Natildeo soacute o setor agropecuaacuterio como os consumidores e todos

aqueles com envolvimento nas atividades agraacuterias tecircm interesse em que a

produccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo dos produtos agriacutecolas se decirc de forma teacutecnica e

economicamente eficiente sem sobressaltos e interrupccedilotildees e com boa

remuneraccedilatildeo a todos (MARQUES 1997)

Diante desses problemas considerando que os agricultores querem

minimizar os riscos e as incertezas na busca do que produzir e das oscilaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos na hora de vender a produccedilatildeo buscou-se identificar com esta

pesquisa Qual eacute o perfil do agricultor do Municiacutepio de Londrina-Pr Como estaacute

produzindo e comercializando as safras de soja milho e cafeacute e a sua atuaccedilatildeo na

comercializaccedilatildeo dos seus produtos na Bolsa de Mercadorias amp Futuro

27

4 JUSTIFICATIVA E RELEVAcircNCIA DO ESTUDO

A Agricultura brasileira tem passado por profundas transformaccedilotildees

nos uacuteltimos anos O padratildeo de estagnaccedilatildeo da economia brasileira que se

caracterizou nos uacuteltimos anos em especial a partir de 1994 com o Plano Real natildeo

ocorre com o setor agropecuaacuterio que tem contribuiacutedo significativamente com a

balanccedila comercial brasileira Na safra de 20012002 o paiacutes obteve uma produccedilatildeo

total de 967 milhotildees de toneladas de gratildeos de acordo com a Cia Nacional de

Abastecimento ndash CONAB (2003d) respondendo por praticamente 13 das

exportaccedilotildees brasileiras

Para Ravanello (2002 p66) a agricultura oferece respostas raacutepidas

quando chamada a contribuir e o Brasil tem aacutereas agricultaacuteveis disponiacuteveis para um

crescimento sustentado e gente com capacidade para transformar esta grande

naccedilatildeo no verdadeiro celeiro do mundo

A escolha do Municiacutepio de Londrina para a realizaccedilatildeo desta

pesquisa se daacute por ser um poacutelo centralizador da produccedilatildeo agriacutecola no Estado do

Paranaacute e pela importacircncia que as culturas de soja milho e cafeacute tecircm no processo de

desenvolvimento econocircmico do Brasil do Paranaacute e em especial no Municiacutepio de

Londrina e regiatildeo e tambeacutem por serem commodities de exportaccedilatildeo negociados nas

principais bolsas de mercadorias do Brasil e do mundo

De acordo com o uacuteltimo censo agropecuaacuterio (IBGE 1996) Londrina

tem como principais produtos agriacutecolas a soja o milho o cafeacute a cana-de-accediluacutecar o

arroz o algodatildeo o feijatildeo e a mandioca com moacutedulo fiscal de 12 hectares -para

efeito de classificaccedilatildeo de imoacuteveis rurais - conforme tabela do INCRA - Instituto

Nacional de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria (INCRA 1997) que apresenta os

seguintes dados como demonstra o quadro 01

28

Estabelecimentos agriacutecolas 3119 propriedades

Aacuterea total dos estabelecimentos 183093 hectares

Aacuterea total de pastagens 83063 hectares

Quantidade de matildeo-de-obra ativa 12203 pessoas

Tratores em operaccedilatildeo 1937 unidades

Rebanho Bovino 138238 cabeccedilas

Rebanho Suiacuteno 30752 cabeccedilas

Produccedilatildeo leite 14674000 litrosano

Efetivo Aviacutecola 1485629 cabeccedilas

Produccedilatildeo de ovos 5020000 duacuteziasano

Quadro 01ndash Nuacutemeros do censo agropecuaacuterio 1995-1996 do Municiacutepio de Londrina

Fonte IBGE (1996)

De acordo com a Conab (2003d) a produccedilatildeo brasileira na safra

20012002 foi de 967 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea de 402194 ha

previsatildeo de colheita na safra 20022003 na ordem de 1152 milhotildees de toneladas

de gratildeos em uma aacuterea de 426886 ha o que corresponde a um aumento na aacuterea

cultivada de 6 na produccedilatildeo de quase 20 e na produtividade de 125

conforme graacutefico 01

9671152

402 426

020406080

100120140

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 01ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

Gratildeos em 20012002 e 20022003 Fonte Conab (2003d)

29

Para a Seab (2003) a produccedilatildeo paranaense na safra de 20012002

foi de 220 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea de 79 milhotildees de hectares

previsatildeo de colheita na safra de 20022003 de 283 milhotildees de toneladas de gratildeos e

algodatildeo na safra de veratildeo em uma aacuterea de 85 milhotildees de hectares o que

corresponde a um aumento na aacuterea cultivada de 75 na produccedilatildeo perto dos 30

e produtividade de 194 conforme graacutefico 02 O Estado do Paranaacute eacute responsaacutevel

por frac14 da produccedilatildeo nacional

220

283

79 85

00

50

100

150

200

250

300

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 02- Comparativo da aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense de

gratildeos de 20012002 e 20022003 Fonte Seab (2003)

De acordo com a Seab (2003) na safra de 20012002 o municiacutepio

de Londrina contribuiu com uma produccedilatildeo de 2238 mil toneladas de gratildeos e a micro

regiatildeo de Londrina composta por 19 municiacutepios circunvizinhos com 119 milhotildees

de toneladas de gratildeos

30

5 O PERFIL DO AGRICULTOR E AS ATIVIDADES AGRAacuteRIAS

Segundo Crepaldi (1993 p17) as atividades agraacuterias tambeacutem

conhecidas como atividades rurais ou agropecuaacuterias satildeo exercidas das mais

variadas formas desde o cultivo caseiro para a subsistecircncia da famiacutelia ateacute os

grandes complexos agro-industriais Mazoyer e Roudart (1997) caracterizam o

sistema agraacuterio como sendo uma associaccedilatildeo de atividades produtivas e de teacutecnicas

utilizadas por uma sociedade visando a satisfazer agraves suas necessidades Eacute a

interaccedilatildeo entre o sistema bioecoloacutegico representado pelo meio natural e o sistema

soacutecio-cultural atraveacutes de praacuteticas resultantes do progresso teacutecnico

Nos Estados Unidos na deacutecada de 1970 convencionou-se o

conhecimento da administraccedilatildeo das propriedades rurais como farm management

que foi um ramo especiacutefico do management pelo fato da administraccedilatildeo rural ter

caracteriacutesticas especiais se comparada com a administraccedilatildeo industrial em razatildeo de

a produccedilatildeo agropecuaacuteria estar intimamente ligada ao processo bioloacutegico da terra e

dos animais(HERBST 1975)

Oliveira (1976) ressalta que as atividades rurais representam todas

as atividades de exploraccedilatildeo da terra seja o cultivo de lavouras e florestas ou a

criaccedilatildeo de animais com vistas agrave obtenccedilatildeo de produtos que venham a satisfazer agraves

necessidades humanas Mesmo com o aumento significativo da populaccedilatildeo das

cidades e com a reduccedilatildeo da populaccedilatildeo rural as atividades agropecuaacuterias continuam

desempenhando papel fundamental no desenvolvimento do paiacutes sendo este setor

responsaacutevel pelos principais produtos de exportaccedilatildeo na balanccedila de pagamento

Para Aloe (1981) os agricultores vecircm especializando-se em sua

produccedilatildeo agropecuaacuteria cultivando ou criando plantas e animais que satildeo procurados

pelo mercado e pelos quais recebem preccedilos mais elevados Dufumier (1996) afirma

que essa produccedilatildeo agropecuaacuteria eacute caracterizada pela combinaccedilatildeo da quantidade de

forccedila de trabalho composta pelas pessoas da famiacutelia do produtor e assalariados com

os distintos meios de produccedilatildeo composta basicamente pela terra maquinaacuterios e

insumos com a intenccedilatildeo de obter diferentes produtos agriacutecolas ou pecuaacuterios Essa

dependecircncia do agricultor em relaccedilatildeo ao mercado consumidor faz com que ele

aleacutem de cultivar ou criar as espeacutecies que o mercado compra sinta-se obrigado a

produzir conforme as exigecircncias desse mesmo mercado Dessa maneira o

31

agricultor vem diminuindo o nuacutemero de atividades em seu estabelecimento rural e

se dedicando a uma ou duas espeacutecies de culturas

Cada vez mais o agricultor produz para o mercado vendendo a

maior parte de sua produccedilatildeo e deixando para o consumo da famiacutelia quantidades

reduzidas de sua colheita Para Souki et al (1999) os produtores brasileiros devem

entender - que em uma eacutepoca de abertura de mercado e draacutesticas transformaccedilotildees

tecnoloacutegicas em que a palavra de ordem eacute qualidade e produtividade - eacute preciso

trabalhar profissionalmente para ser competitivo Para tanto os recursos

tecnoloacutegicos nas aacutereas administrativas teacutecnicas e de informaacuteticas estatildeo disponiacuteveis

e os empresaacuterios rurais que souberem aproveitaacute-los da melhor forma na

administraccedilatildeo de sua propriedade deveratildeo sobreviver e crescer Obviamente os que

se aventurarem a natildeo adotaacute-los fatalmente teratildeo seacuterios problemas para serem

competitivos neste novo perfil de mercado

Nem sempre no entanto esta situaccedilatildeo beneficia o agricultor pois se

a sua renda depende de poucos ou de apenas um produto uma queda do preccedilo do

mesmo ou uma frustraccedilatildeo de safra causa seacuterios prejuiacutezos ao agricultor No atual

estaacutegio de desenvolvimento da agricultura o custo de produccedilatildeo eacute bastante elevado

Para se ofertar um produto condizente com as necessidades do mercado eacute

necessaacuterio empregar fortes doses de adubaccedilatildeo sementes selecionadas e

defensivos agriacutecolas cujos preccedilos satildeo elevados porque dependem de importaccedilatildeo

Da mesma forma intensifica-se cada vez mais a mecanizaccedilatildeo da lavoura a qual

possibilita melhoria significativa de qualidade das praacuteticas agriacutecolas mas que torna

necessaacuterio o desembolso de quantias vultosas para sua compra conservaccedilatildeo e

serviccedilo (CREPALDI1993)

51 O PRODUTOR RURAL COMO EMPRESAacuteRIO

Para Luz (1980 p10) toda propriedade rural que natildeo produza

apenas para a subsistecircncia da famiacutelia de seu proprietaacuterio pode ser considerada

como propriedade de fins lucrativos ou econocircmicos Quanto mais conhecimento

sobre o seu negoacutecio tiver o produtor tanto mais positivos seratildeo os resultados

obtidos O conhecimento das potencialidades de sua propriedade o conhecimento

do mercado consumidor e a adoccedilatildeo de normas essenciais para a execuccedilatildeo das

32

atividades satildeo deveres que se impotildeem ao produtor na administraccedilatildeo do seu

negoacutecio O que produzir quanto produzir e como produzir satildeo dados que tambeacutem

devem estar bem definidos no momento de iniciar qualquer atividade explorativa

Para Batalha (1997) devido agrave situaccedilatildeo atual de dependecircncia do

agricultor com relaccedilatildeo ao mercado torna-se indispensaacutevel aos produtores rurais

ter o conhecimento aprofundado de seu negoacutecio no caso da agricultura Para tanto

o produtor deve estar bem informado sobre as condiccedilotildees de mercado com relaccedilatildeo agrave

cultura que deseja explorar bem como conhecer as condiccedilotildees e os recursos

naturais de sua propriedade rural Evered (1981) enfatiza que o produtor rural deve

tambeacutem ter capacidade de perceber as mudanccedilas no ambiente e analisar suas

futuras implicaccedilotildees Precisa ainda desenvolver habilidade para detectar mudanccedilas

relevantes no ambiente da propriedade nas inovaccedilotildees tecnoloacutegicas no mercado e

tambeacutem no ambiente social e poliacutetico

Segundo Santos e Marion (1993) o sucesso da empresas rural

depende basicamente do grau de gerenciamento dos seus proprietaacuterios que requer

habilidade teacutecnica e administrativa para o aproveitamento racional dos recursos que

estatildeo a sua disposiccedilatildeo como terras maquinaacuterios implementos recursos humanos

infra-estrutura da fazenda e informaccedilotildees para a tomada de decisatildeo a respeito dos

fatores internos da produccedilatildeo e dos externos como o mercado perfil climaacutetico da

regiatildeo onde estaacute localizada a propriedade meios de transporte preccedilos praticados

etc para garantia do lucro e a continuidade da empresa

Conforme explica Crepaldi (1993) no Brasil a maioria das fazendas

eacute administrada pelo proprietaacuterio e sua famiacutelia Entretanto as expressotildees empresa

rural e empresa agriacutecola satildeo encontradas com frequumlecircncia na literatura no sentido de

fazenda propriedade agriacutecola ou estabelecimento agropecuaacuterio organizado com a

finalidade de produccedilatildeo comercial Eacute importante reconhecer que existem diferenccedilas

marcantes entre as empresas rurais e as demais pertencentes a outros setores

econocircmicos Na agricultura o sistema de produccedilatildeo utiliza fatores de produccedilatildeo

provenientes dos vaacuterios setores mas sua caracteriacutestica fundamental eacute o uso da

remuneraccedilatildeo indireta como a matildeo-de-obra familiar e o trabalho administrativo do

proprietaacuterio Outra caracteriacutestica importante da empresa rural eacute a estreita relaccedilatildeo

entre as atividades de investimento produccedilatildeo e consumo na fazenda Gastos com a

famiacutelia do proprietaacuterio administrador satildeo considerados parte integrante da anaacutelise

econocircmica-financeira da empresa

33

Essa empresa rural ou ainda este complexo famiacutelia-fazenda cujos

recursos satildeo dedicados agrave produccedilatildeo agropecuaacuteria sem necessariamente assumir

personalidade juriacutedica tem como objetivo maximizar o valor presente do patrimocircnio

Para Marion (1983) o proprietaacuterio da terra eacute o empresaacuterio mas este

termo representa a unidade de tomada de decisatildeo que pode ser o fazendeiro sua

esposa qualquer dos filhos ou uma combinaccedilatildeo destes Aleacutem disto o empresaacuterio

normalmente trabalha com os membros de sua famiacutelia nas tarefas comuns da

fazenda A famiacutelia tem seguramente influecircncia nas decisotildees administrativas de

sorte que a separaccedilatildeo das funccedilotildees administrativas das demais na empresa rural

natildeo eacute tatildeo simples quanto fora do setor agriacutecola

Bastiani (1999) ressalta que uma grande parte dos agricultores que

tem na agricultura sua principal atividade econocircmica natildeo escolheu ser agricultor e

de uma forma geral essa escolha deu-se por um processo de legado

Transcendendo de geraccedilotildees para geraccedilotildees com forte vinculaccedilatildeo de afetividade a

terra onde os agricultores de ontem eram os avoacutes os de hoje os pais e os de

amanhatilde com grande probabilidade seratildeo os filhos e depois os netos Noronha

(1987 p23) enfatiza que a maior parte das empresas rurais ainda eacute transmitida de

pais para filhos por meio de heranccedilas e tendem a ocorrer em fases de relativa

estabilidade na organizaccedilatildeo da empresa apoacutes muitos anos de experiecircncia

administrativa do proprietaacuterio Na falta de um administrador experiente haacute uma

soluccedilatildeo de continuidade administrativa que pode ter graves consequumlecircncias Mesmo

quando um dos herdeiros se encontra em condiccedilotildees de continuar uma eficiente

administraccedilatildeo a divisatildeo de terras e demais bens entre os herdeiros resultam em

uma reduccedilatildeo no tamanho da empresa de cada um Aleacutem disso existem diferentes

niacuteveis de habilidades administrativas entre os novos empresaacuterios Portanto mesmo

no caso de relativa familiaridade de cada um com o negoacutecio original o mais provaacutevel

eacute que haveraacute significativa perda de eficiecircncia no curto prazo

Atualmente quando a agricultura estaacute cada vez mais voltada para

um mercado mais competitivo a sobrevivecircncia e o crescimento da empresa rural

dependem em grande parte da capacidade empresarial Decisotildees tecircm de ser

tomadas em varias aacutereas com base em conhecimentos teacutecnicos-administrativos -

tanto quanto possiacutevel atualizado - sobre as condiccedilotildees de produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo de insumos e produtos relevantes para a empresa

34

52 o perfil do agricultor brasileiro

Com o objetivo de traccedilar o perfil do agricultor brasileiro a pesquisa

realizada pelo Centro de Estudos Agriacutecolas vinculado ao Instituto Brasileiro de

Economia da Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas encomendada pela Confederaccedilatildeo Nacional

da Agricultura-CNA (2002) cuja amostra total foi de 1837 estabelecimentos rurais

das regiotildees Sul Sudeste Centro-Oeste Pernambuco e Cearaacute detectou na amostra

que

a) 85 dos entrevistados satildeo proprietaacuterios do imoacutevel

b) A idade meacutedia do responsaacutevel eacute de 52 anos

c) A maior concentraccedilatildeo estaacute na faixa de baixa escolaridade (1 a 6

anos que corresponde ao primeiro grau incompleto)

d) 85 dispotildeem de energia eleacutetrica

e) 43 dos estabelecimentos tecircm antena paraboacutelica

f) 56 dispotildeem de um veiacuteculo no estabelecimento

g) 72 utilizam aacutegua encanada

h) 81 tecircm um aparelho de televisatildeo

i) 82 possuem outra fonte de renda gerada fora do

estabelecimento que natildeo os rendimentos da atividade

agropecuaacuteria

j) o microcomputador eacute um instrumento que ainda estaacute para ser

descoberto no meio rural (somente 3 tecircm um microcomputador)

o que dificulta a adoccedilatildeo pelos estabelecimentos de tecnologias

organizacionais importantes para enfrentar as novas exigecircncias

de competitividade impostas pelo mercado

k) No sul um hectare rende em meacutedia o equivalente ao valor de 85

sacas de milho ao preccedilo de R$750 a saca

l) A matildeo-de-obra familiar eacute utilizada em 78 dos estabelecimentos

m) A matildeo-de-obra temporaacuteria eacute utilizada em 81 dos

estabelecimentos

n) Na regiatildeo sul a comercializaccedilatildeo eacute feita preponderantemente via

cooperativas o que tambeacutem ocorre no Centro-Oeste Nas demais

regiotildees prevalecem o sistema de venda direta no mercado ldquopara

quem paga maisrdquo

35

o) 62 receberam educaccedilatildeo puacuteblica atraveacutes de algum membro da

famiacutelia

p) Em geral filhos dos antigos proprietaacuterios passaram a assumir a

conduccedilatildeo do estabelecimento em decorrecircncia das mudanccedilas

organizacionais que estatildeo sendo promovidas em resposta aos

desafios de um mercado muito mais competitivo

q) Quanto maior a distacircncia da propriedade com a sede do

municiacutepio mais difiacutecil eacute o acesso dos produtores rurais agrave

informaccedilatildeo pertinente agrave compra e venda de insumos e produtos

acesso ao creacutedito e cumprimento das obrigaccedilotildees trabalhistas e

tributaacuterias

r) Entre os estabelecimentos estudados predominaram as pequenas

unidades familiares com aacuterea cultivada de ateacute 20 hectares mas

sua participaccedilatildeo na produccedilatildeo perde para os grandes

estabelecimentos Na regiatildeo sul os grandes estabelecimentos

rurais contribuem com aproximadamente 70 da renda gerada

com a produccedilatildeo agriacutecola e pecuaacuteria

36

6 PRODUCcedilAtildeO E PRODUTIVIDADE AGRIacuteCOLA

Apoacutes a Segunda Guerra Mundial o traccedilo mais marcante do padratildeo

de expansatildeo da oferta agriacutecola mundial foi o violento crescimento da produccedilatildeo e da

produtividade que ocorreu principalmente nos paiacuteses desenvolvidos Este aumento

do produto foi igualmente acompanhado pelo crescimento da produccedilatildeo por hectare

A expansatildeo da produccedilatildeo agregada foi mais que suficiente para compensar o

crescimento da populaccedilatildeo e a disponibilidade de alimentos que era de 240 kg por

habitanteano passou em 1996 para 320 kg por habitanteano O desempenho

positivo da agricultura foi conseguido basicamente com o aumento da produtividade

da terra e do trabalho cabendo ao aumento da aacuterea cultivada menor participaccedilatildeo de

acordo com boletim da USDA conforme se verifica no quadro 02 (DIAS BARROS

1998)

DADOS MUNDIAIS 1950 1996

Oferta mundial de gratildeos 630 milhotildees toneladas 18 bilhotildees toneladas

Produtividade meacutedia 11 toneladas por ha 26 toneladas por ha

Aacuterea cultivada com gratildeos 614 milhotildees hectares 696 milhotildees hectares

Alimento disponiacutevel por habitanteano 240 kgs 320 kgs

Quadro 2ndash Evoluccedilatildeo da produtividade e produccedilatildeo mundial de

gratildeos nos uacuteltimos 50 anos

Para Luz (1980) a produtividade natildeo se confunde com a produccedilatildeo

pois enquanto esta tem como significado o total puro e simples do que cada cultura

produziu aquela significa a quantidade de produccedilatildeo obtida por uma unidade de fator

de produccedilatildeo Assim a produtividade da soja eacute medida em sacas ou quilos por

hectare o leite eacute medido em litros por vaca ordenhada e assim por diante Santos

(1993) compartilha desse raciociacutenio denominando a produtividade de rendimento

de cultivos ou criaccedilotildees classificando a produtividade por rendimento elevado

meacutedio ou baixo

37

De acordo com Lacombe e Heilborn (2003 p165) a produtividade eacute

o quociente que resulta na divisatildeo entre a produccedilatildeo obtida e um dos fatores

empregados na produccedilatildeo ou entre a produccedilatildeo obtida e um conjunto ponderado dos

fatores de produccedilatildeo A produtividade nada mais eacute do que uma relaccedilatildeo entre o que

foi obtido e um dos recursos usados para obtecirc-lo Por exemplo na produtividade de

um hectare de terra diz-se que a produtividade eacute tantas toneladas por hectare Se

utiliza-se outros insumos como adubos e irrigaccedilatildeo a produtividade por hectare

aumenta Com o uso de sementes selecionadas obteacutem-se uma produtividade mais

alta por hectare

Na visatildeo de Drucker (2000 p205) a produtividade de qualquer

sociedade desenvolvida repousa cada vez mais na capacidade de fazer com que o

trabalho intelectual seja produtivo e o trabalhador intelectual realizado

Crepaldi (1993) ressalta que a terra eacute o fator de produccedilatildeo mais

importante para as atividades agraacuterias pois eacute nela que se aplicam os capitais e onde

se trabalha para obter a produccedilatildeo Se a aacuterea de terra for ruim ou muito pequena

dificilmente se produziratildeo colheitas abundantes e lucrativas por mais capital ou

trabalho de que disponha o produtor Desse modo uma das grandes preocupaccedilotildees

do produtor deve ser sempre com a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da terra evitando

seu desgaste pelo mau uso e tambeacutem pela erosatildeo

De acordo com Konzen (1977) o cultivo de gratildeos nas grandes

lavouras da regiatildeo sul do Brasil que ocupam mais de 50 da aacuterea total das

propriedades rurais tem elevado grau de produtividade cuja destinaccedilatildeo eacute o

mercado internacional atraveacutes das exportaccedilotildees ficando o restante da aacuterea por

conta da criaccedilatildeo de animais A produtividade das aacutereas se justifica porque os

produtores investem pesadamente em mecanizaccedilatildeo aplicam intensamente

fertilizantes e defensivos nas lavouras utilizam assistecircncia teacutecnica com frequumlecircncia e

tecircm elevada capacidade administrativa com formaccedilatildeo educacional de segundo ou

terceiros graus Pereira (1999) ressalta tambeacutem que a mecanizaccedilatildeo pode

desempenhar um papel importante na busca da produtividade visto que o Brasil eacute

um dos poucos paiacuteses com capacidade de expandir sua produccedilatildeo agropecuaacuteria

seja pelo aumento da aacuterea plantada ou pelo incremento da produccedilatildeo

La Torre (2002) acredita que as grandes propriedades rurais

apresentam maior produtividade da terra que as pequenas em razatildeo do seu faacutecil

acesso ao creacutedito rural Acrescenta que na medida em que esse creacutedito tambeacutem for

38

repassado com mais facilidade agraves pequenas propriedades essa vantagem possa

ser revertida em favor de uma melhor produtividade para as pequenas propriedades

rurais

Nos uacuteltimos 12 anos a produccedilatildeo de gratildeos no paiacutes cresceu de 58

milhotildees de toneladas de gratildeos para a casa dos 100 milhotildees com excepcional

produtividade pois a aacuterea plantada praticamente natildeo aumentou conforme

demonstra o graacutefico 03 Eacute resultado sobretudo do fato de a agricultura brasileira ter

se voltado para o mercado internacional

378 384 356 391 384 368 364 351 367 377 376

11529671003

828824765789

738812

761683

578682

426402

0

20

40

60

80

100

120

9091 9293 9495 9697 9899 0001 0203

Produccedilatildeo (milhotildees de ton) Aacuterea ( milhotildees de ha)

prev

Graacutefico 03- Produtividade de gratildeos no Brasil na uacuteltima deacutecada Fonte Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento

Souza (1999) relata que a elevaccedilatildeo da produtividade na agricultura

eacute muito importante porque tambeacutem contribui para reduzir a pobreza na aacuterea urbana

pela elevaccedilatildeo dos salaacuterios nominais e reais e com isso melhora a distribuiccedilatildeo de

renda em toda a economia Agrave medida em que esta realidade se apresenta diminui a

pobreza absoluta geralmente medida pelo consumo diaacuterio de calorias per capita

39

Com o crescimento da renda as pessoas reduzem o consumo de calorias e passam

a ingerir quantidade maior de proteiacutenas

A necessidade de manter a produccedilatildeo acelerada tanto para a

exportaccedilatildeo como para suprir o mercado interno exige do produtor um aumento da

produtividade que pode ser conseguido pela adoccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

uma vez que existem limites para o aumento da produccedilatildeo apenas mediante a

expansatildeo da aacuterea cultivada (SOUZA 1999 p281)

Streeter (1988) ensina que as inovaccedilotildees tecnoloacutegicas devem ter agrave

frente as universidades puacuteblicas com forte ecircnfase na pesquisa no ensino e na

extensatildeo seguidas das empresas privadas que podem consolidar as soluccedilotildees com

propostas em niacutevel comercial

No conceito de Sorima Neto (1999) o agricultor na busca de

melhorar sua produtividade pode contar inclusive com a ajuda de sateacutelite para

aumentar a colheita Os agricultores do interior de Minas Gerais e de Mato Grosso

conseguem produzir tanto quanto os agricultores americanos o que corresponde a

180 sacas de milho por hectare sendo que a meacutedia brasileira oscila entre 100 e 120

sacas dependendo da regiatildeo

A produtividade conta tambeacutem com a biotecnologia no

desenvolvimento de sementes resistentes a pragas e a inseticidas e plantas que se

adaptam bem a solos pobres e de clima seco Na pecuaacuteria - com as teacutecnicas de

inseminaccedilatildeo artificial e transferecircncia de embriotildees atraveacutes da engenharia geneacutetica -

pode-se produzir bois que rendem o dobro de carne e vacas que geram mais de

quarenta bezerros em um ano O periacuteodo de gestaccedilatildeo de nove meses das vacas eacute

multiplicado pelo artifiacutecio dos embriotildees congelados

O aumento da produtividade por parte dos produtores decorrente da

maior acumulaccedilatildeo de capital e do progresso tecnoloacutegico resulta no aumento do

volume total ofertado reduzindo dessa maneira o preccedilo dos produtos

agropecuaacuterios Pereira (1999) acrescenta que tornou-se indispensaacutevel para o

produtor rural a busca pelo aumento da produtividade o que soacute eacute possiacutevel com

investimentos elevados e adoccedilatildeo de novos processos produtivos que possibilitem a

expansatildeo da produccedilatildeo brasileira Como a estrutura agraacuteria natildeo apresentou avanccedilos

e os pequenos produtores natildeo foram capazes de absorver os avanccedilos tecnoloacutegicos

por falta de escolaridade o meacutedio e o grande produtor assumiram esse setor

implementando novas tecnologias e se adequando ao processo de inovaccedilatildeo

40

Assim aquele produtor que natildeo tem capacidade de investimento

natildeo consegue manter-se no processo e acaba por vender sua propriedade em

funccedilatildeo da sua incapacidade de escala Embora o setor esteja com sua produtividade

em franco crescimento uma grande parte dos produtores em geral pequenos

produtores estatildeo faturando muito pouco ou o suficiente para sobreviver e manter

sua propriedade porque ainda lhes faltam condiccedilotildees e visatildeo econocircmica para

buscar outra fonte para a venda dos seus produtos aleacutem do mercado fiacutesico

61 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DA SOJA

A produccedilatildeo mundial de soja para a safra 20022003 deve chegar a

1894 milhotildees de toneladas de gratildeos segundo dados estatiacutesticos da USDA De

acordo com levantamentos realizados pela Conab a safra brasileira 20012002 foi

de 419 milhotildees de toneladas com perspectiva de colheita recorde em 20022003 na

ordem de 503 milhotildees de toneladas de gratildeo Esses nuacutemeros correspondem a 26

da produccedilatildeo mundial com destaque para os estados do Mato Grosso Paranaacute e Rio

Grandes do Sul atualmente os maiores produtores nacionais conforme demonstra

o graacutefico 04 (TAVARES 2002)

Produccedilatildeo outros paiacuteses74

Produccedilatildeo brasileira

26

Produccedilatildeobrasileira Produccedilatildeo outrospaiacuteses

1391

503

41

Graacutefico 04ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de soja para safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Na safra da soja de 20012002 o Brasil teve uma produccedilatildeo de

4284 sacas por hectare equivalente a 1036 sacas de 60 kgs por alqueire paulista

Na safra de 20022003 a estimativa da aacuterea a ser cultivada eacute de 180 milhotildees de

hectares e produccedilatildeo de 503 milhotildees de toneladas de gratildeos Mantendo esta

previsatildeo o aumento na aacuterea cultivada seraacute de 10 da produccedilatildeo de 20 e da

produtividade 85 conforme revela o graacutefico 05 (CONAB 2003c)

419

503

163 180

0

10

20

30

40

50

60

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 05ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

soja de 20012002 e 20022003

A produccedilatildeo brasileira de soja para a safra 20022003 deve chegar a

503 milhotildees de toneladas de gratildeos segundo dados estatiacutesticos da Conab A

mesma fonte ressalta que a produccedilatildeo paranaense de 20012002 foi de 92 milhotildees

de toneladas com perspectiva de colheita recorde em 20022003 na ordem de 102

milhotildees de toneladas de gratildeos e que corresponde a 20 da produccedilatildeo brasileira

conforme demonstra o graacutefico 06 (CONAB 2003c)

42

Produccedilatildeo Outros

Estados80

Produccedilatildeo Paranaacute

20

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

401

102

Graacutefico 06ndash Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de soja na safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Outros dados da Conab (2003c) registram que o Paranaacute colheu na

safra de 20012002 4791 sacas por hectare o que corresponde a 11594 sacas de

60 kgs por alqueire paulista - foi superior a meacutedia nacional em 1183 Na safra de

20022003 estima-se uma colheita de 102 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma

aacuterea de 35 milhotildees de hectares de terras - Corresponde um aumento na aacuterea de

quase 10 aumento na produccedilatildeo de 108 e na produtividade de 139 como

demonstra o graacutefico 07 Com a obtenccedilatildeo da produtividade de 4857 sacas por

hectare que corresponde a 11753 sacas de 60 kgs por alqueire paulista a

produtividade seraacute superior a meacutedia nacional em 5

43

92102

32 35

0

2

4

6

8

10

12

Safra 20012002 Safra 20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 07ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de soja de 20012002 e 20022003

Tavares (2002) comenta que se for considerado que o custo de

produccedilatildeo da safra brasileira gira em torno de 40 inferior ao custo dos produtores

nortes americanos com uma produtividade superior em quase 20 e rentabilidade

que varia entre 25 a 30 o produtor de soja brasileiro tem todas as condiccedilotildees de

competitividade podendo produzir - natildeo soacute para o mercado interno - como aumentar

as exportaccedilotildees para o mercado internacional Contudo ressalta que os pequenos e

meacutedios produtores deveratildeo ter certa dificuldade para realizar esse tipo de operaccedilatildeo

pelo fato de natildeo efetuarem diretamente a comercializaccedilatildeo externa da sua produccedilatildeo

Desde os anos 70 o Brasil manteacutem uma posiccedilatildeo de respeito no

mercado mundial da soja Santana (1984) explica que essa importacircncia se daacute por

trecircs razotildees 1) Pelo grau de modernizaccedilatildeo alcanccedilado nas unidades agriacutecolas de

produccedilatildeo de soja 2) Pelo periacuteodo de produccedilatildeo da soja brasileira que entra no

mercado internacional no periacuteodo de entressafra da soja americana e 3) Pelo maior

teor de oacuteleo e de proteiacutena existente no gratildeo de soja produzido no Brasil

A modernizaccedilatildeo das propriedades rurais estaacute diretamente

relacionada com a mecanizaccedilatildeo das lavouras que eacute praticamente completa em

todas as fases do processo produtivo que vai desde a preparaccedilatildeo da terra ateacute a

colheita Nas grandes regiotildees de cultivo desta cultura se concentra mais da metade

da frota de tratores do paiacutes Sabe-se que natildeo eacute a totalidade desta frota destinada agraves

44

lavouras de soja mas pela magnitude da aacuterea de soja plantada nas regiotildees e pelos

altos iacutendices de produccedilatildeo alcanccedilados pode-se deduzir que parte consideraacutevel

dessa frota regional faccedila parte da base teacutecnica da produccedilatildeo dessa oleaginosa Eacute de

conhecimento puacuteblico que a cultura da soja exige um dos maiores niacuteveis de

mecanizaccedilatildeo em todos os estaacutegios de sua produccedilatildeo(AYRES 1985)

62 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DO MILHO

Na escala da produccedilatildeo mundial de milho os Estados Unidos

aparece com a maior participaccedilatildeo na ordem de 405 a China em segundo lugar

com 191 e o Brasil com uma produccedilatildeo de 6 Segundo dados estatiacutesticos da

USDA a produccedilatildeo mundial de milho para a safra 20022003 deve chegar a 5916

milhotildees de toneladas de gratildeos conforme demonstra o graacutefico 8 (MOREIRA 2002)

Produccedilatildeo Brasileira

6

Produccedilatildeo Outros Paiacuteses

94ProduccedilatildeoBrasileiraProduccedilatildeo OutrosPaiacuteses

5541 375

Graacutefico 08ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de milho para a safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Na safra 20012002 o Brasil teve uma produccedilatildeo de 5240 sacas por

ha o que corresponde a 127 sacas de 60 kgs por alqueire paulista Na safra de

45

20022003 a estimativa da aacuterea a ser cultivada eacute de 122 milhotildees de hectares e

produccedilatildeo de 375 milhotildees de toneladas de gratildeos com produtividade de 5123

sacas por hectare correspondendo a 124 sacas de 60 kgs por alqueire paulista Se

persistir essa previsatildeo haveraacute aumento na aacuterea de 3 de 1 na produccedilatildeo e

produtividade inferior em 2 conforme demonstra o graacutefico 09 (CONAB 2003b)

371 375

118 122

05

10152025303540

Safra20012002

Previsatildeo Safra2022003

Produccedilatildeo(milhotildees ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 09ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

milho de 20012002 e 20022003

Na previsatildeo da produccedilatildeo brasileira de 375 milhotildees de toneladas de

gratildeos de milho para a safra 20022003 o Estado do Paranaacute deveraacute contribuir com

uma safra de 117 milhotildees de toneladas o correspondente a quase 13 da produccedilatildeo

nacional conforme graacutefico 10 (CONAB 2003b)

46

Produccedilatildeo Paranaacute

31Produccedilatildeo Outros

Estados 69

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

258

117

Graacutefico 10ndash Previsatildeo da produccedilatildeo Brasileira e Paranaense de milho para a safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Ainda de acordo com os dados da Conab (2003b) o Paranaacute colheu

na safra de 20012002 6265 sacas por hectare o que corresponde a 15161 sacas

de 60 kgs por alqueire paulista superior agrave meacutedia nacional em 195 Na safra de

20022003 a Conab estima que o plantio seraacute em 263 milhotildees de hectares e a

colheita de 1176 milhotildees de toneladas de gratildeos O aumento da aacuterea seraacute de 5 da

produccedilatildeo 25 e da produtividade perto de 20 com a obtenccedilatildeo da produtividade

de 7452 sacas por hectare que corresponde a 18033 sacas de 60 kgs por alqueire

paulista tambeacutem superior a meacutedia nacional em 455 conforme o graacutefico 11

47

936

1176

249 263

02468

101214

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton) Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 11ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de milho de 20012002 e 20022003

Tradicionalmente os preccedilos do milho sempre estiveram proacuteximos do

preccedilo miacutenimo pago pelo governo fazendo com que o Estado constantemente

promovesse intervenccedilotildees no mercado para garantir receita ao produtor rural Com a

exportaccedilatildeo do produto favorecido pelas altas taxas de cacircmbio nos anos de 2001 e

2002 o preccedilo passou a ter referecircncia na paridade dos preccedilos de exportaccedilatildeo

proporcionando ao produtor uma melhora substancial no preccedilo do milho cultivado

(MOREIRA 2002)

De acordo com Alves (1998) a cultura do milho expandiu-se no

territoacuterio nacional assim como as demais exploraccedilotildees tradicionais usando a

tecnologia primitiva com o produtor derrubando as matas a procura da fertilidade

natural dos solos O milho hiacutebrido apareceu na deacutecada de 1950 e o uso de

maacutequinas equipamentos e fertilizantes tornou-se significativo a partir da deacutecada de

1970 Portanto a cultura se estabeleceu no paiacutes com uma tecnologia de niacutevel de

produtividade baixo e tambeacutem compatiacutevel com a dotaccedilatildeo de fatores em que a terra

e a matildeo-de-obra eram abundantes Com o crescimento e a diversificaccedilatildeo do

mercado interno de trabalho de produtos e de insumos a consequumlente

industrializaccedilatildeo a urbanizaccedilatildeo e a competiccedilatildeo proporcionada pela abertura do

comeacutercio internacional houve mudanccedilas dramaacuteticas nas exigecircncias tecnoloacutegicas da

48

agricultura nacional hoje mais fundamentada na ciecircncia e em teacutecnicas de cultivo

que procuram usar a terra mais intensamente e com o miacutenimo de matildeo-de-obra

63 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DO CAFEacute

A atividade cafeeira vem representando ao longo dos uacuteltimos anos

um importante fator de desenvolvimento econocircmico e social para muitos paiacuteses

Segundo Moricochi et al (1997) o cafeacute movimentou mais de US$ 40 bilhotildees no

mercado mundial em 1997 constituindo-se em uma importante atividade para a

geraccedilatildeo de emprego e renda sendo que mais de 20 milhotildees de pessoas no mundo

dependem diretamente dessa atividade

A produccedilatildeo mundial de cafeacute beneficiado para a safra 20022003

deve chegar a 1209 milhotildees de sacas de 60 quilos pelos dados estatiacutesticos da

USDA Em levantamentos realizados pela Conab (2003a) a safra brasileira

20022003 estaacute estimada em 472 milhotildees de sacas beneficiadas com 373 milhotildees

de cafeacute araacutebica e 99 milhotildees de cafeacute robusta sendo considerada a maior produccedilatildeo

da histoacuteria do Brasil conforme demonstra o graacutefico 12

Produccedilatildeo Brasileira

39

Produccedilatildeo Outros Paiacuteses61

ProduccedilatildeoBrasileiraProduccedilatildeo OutrosPaiacuteses

737 472

Graacutefico 12ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de cafeacute para a safra 20022003 (em milhotildees de sacas de 60 kgs de cafeacute beneficiado)

49

Esse recorde se deve agraves oacutetimas condiccedilotildees climaacuteticas no periacuteodo de

floraccedilatildeo e formaccedilatildeo dos gratildeos e tambeacutem pela mudanccedila no perfil do parque cafeeiro

nacional Nas aacutereas tradicionais de plantio no sul de Minas Gerais Satildeo Paulo e

Paranaacute as lavouras antigas estatildeo sendo substituiacutedas desde 1994 por cafezais de

plantio adensados (MORAES FILHO 2002)

De acordo com a Conab (2003a) o Brasil colheu - na safra de

20012002 - 243 milhotildees de toneladas de cafeacute beneficiados o que corresponde a

4052 milhotildees de sacas em uma aacuterea de 237 milhotildees de hectares Para a safra de

20022003 o Brasil deveraacute colher 283 milhotildees de toneladas de cafeacute em uma aacuterea de

258 milhotildees de hectares o que corresponde a 472 milhotildees de sacas beneficiadas

em 48 milhotildees de peacutes de cafeacute em franca produccedilatildeo sendo mais da metade em

Minas Gerais A produccedilatildeo de 1841 sacas de 60 kgs por hectare corresponde a

4455 sacas por alqueire paulista O aumento na aacuterea seraacute de 886 na produccedilatildeo

1646 e 7 na produtividade conforme demonstra o graacutefico 13

243

283

237

258

212223242526272829

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 13ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

cafeacute de 20012002 e 20022003

Para Moraes Filho (2002) o mercado estaacute apresentando reduccedilotildees

contiacutenuas nas cotaccedilotildees internacionais nas uacuteltimas cinco safras devido ao

significativo aumento na oferta resultado de incremento na produccedilatildeo em paiacuteses

tradicionais e principalmente em paiacuteses que ateacute entatildeo natildeo eram exportadores

50

importantes No final do ano de 2001 e iniacutecio de 2002 os preccedilos do cafeacute no mercado

internacional atingiram o menor niacutevel dos uacuteltimos 30 anos Nas safras de 19981999

19992000 e 20002001 a produccedilatildeo mundial de cafeacute foi superior ao consumo

permitindo a recomposiccedilatildeo dos estoques nos paiacuteses importadores A partir da safra

20032004 poderaacute ocorrer uma recuperaccedilatildeo das cotaccedilotildees dos preccedilos internacionais

diante da perspectiva da reduccedilatildeo nas aacutereas de plantio do cafeacute em especial no Brasil

e no Vietnatilde primeiro e segundo exportadores mundiais seguidos de paiacuteses da

Ameacuterica Central

Com a recuperaccedilatildeo dos preccedilos o Brasil tende a apresentar um

sensiacutevel crescimento neste mercado em que o segmento que mais cresce eacute o de

cafeacutes expressos cujo blend natildeo pode dispensar o cafeacute brasileiro com corpo

fundamental para a qualidade do cafeacute expresso (HEMERLEY 2001)

Na previsatildeo da produccedilatildeo brasileira de 470 milhotildees de sacas de cafeacute

beneficiadas para a safra 20022003 o Estado do Paranaacute deveraacute contribuir com uma

safra de 23 milhotildees de sacas o que corresponde a 5 da produccedilatildeo nacional

conforme demonstra o graacutefico 14

Produccedilatildeo Paranaacute

5

Produccedilatildeo Outros

Estados95

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

449 23

Graacutefico 14ndash Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e Paranaense de cafeacute para a safra 20022003 (em milhotildees de sacas de 60 kgs de cafeacute beneficiadas)

51

Segundo a Conab (2003a) o Paranaacute colheu na safra de 20012002

1851 sacas de cafeacute beneficiadas por hectare o equivalente a 4479 sacas por

alqueire A estimativa para a colheita na safra de 20022003 eacute de 1685 sacas por

hectare O que corresponde a 4077 sacas beneficiadas por alqueire paulista Se

confirmada esta previsatildeo haveraacute uma reduccedilatildeo de 27 na aacuterea plantada na

produccedilatildeo 115 e na produtividade 89 conforme demonstra o graacutefico 15

Ressalte-se tambeacutem que a produtividade no Estado do Paranaacute seraacute 7 inferior agrave

produtividade nacional

1452

128513071271

115120125130135140145150

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo (em milton)Aacuterea (em mil ha)

Graacutefico 15ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de cafeacute de 20012002 e 20022003

52

7 AS MODALIDADES DE COMERCIALIZACcedilAtildeO DOS PRODUTOS AGRIacuteCOLAS

Produtores rurais normalmente natildeo tecircm ou tecircm pouco poder de negociaccedilatildeo vendendo seus produtos em

mercados de pouca concorrecircncia Na maioria das vezes os preccedilos satildeo determinados pelos compradores

dentro dos limites impostos por outros concorrentes Segundo Boone e Kurtz (1998) a determinaccedilatildeo do

preccedilo de venda de um produto pode ser efetivado de duas diferentes formas o preccedilo de mercado e o preccedilo de

custo cada qual proporcionando dois meacutetodos puros de determinaccedilatildeo de preccedilos O preccedilo a ser pago por

certo produto eacute derivado do equiliacutebrio obtido entre a quantidade de oferta deste produto e a demanda por ele

estimulada O risco de flutuaccedilotildees adversas de preccedilos eacute um dos fatores que mais incomodam os produtores

rurais e todos os que precisam comercializar seus produtos Pelas suas caracteriacutesticas os preccedilos dos produtos

agriacutecolas estatildeo sujeitos a grandes oscilaccedilotildees satildeo de difiacutecil previsatildeo e geram muitas dificuldades nessa

tomada de decisatildeo

Para Bressan (1999) eacute indispensaacutevel que o produtor rural antes de iniciar a produccedilatildeo estabeleccedila a estrateacutegia

de comercializaccedilatildeo conheccedila os mercados canais de distribuiccedilatildeo tendecircncias e identifique oportunidades de

mercado

A anaacutelise do mercado eacute de fundamental importacircncia para o produtor As informaccedilotildees produzidas pelo estudo

do mercado permitem ao produtor identificar as necessidades nichos onde vai atuar oportunidade para

colocar o produto na hora certa tendecircncias do comportamento do mercado com relaccedilatildeo a sua ascensatildeo ou

decliacutenio (MAXIMIANO 2000 p401)

Para Azevedo (1997 p51) os produtos agropecuaacuterios diferem dos outros uma grande parte consiste em

produtos alimentares mas outros - como tecidos ou borracha - atendem a outros diferentes anseios dos

consumidores Alguns satildeo pereciacuteveis como eacute o caso dos derivados do leite enquanto outros podem ser

estocados por mais tempo sem cuidados exagerados como eacute o caso do cafeacute e ateacute mesmo do milho e da soja

Os produtos agropecuaacuterios satildeo basicamente bens de primeira necessidade e por consequumlecircncia costumam ter

um baixo valor unitaacuterio

Segundo Azevedo (1997 p53) a produccedilatildeo agriacutecola sofre as restriccedilotildees ditadas pela natureza e sua oferta

depende de dois elementos relevantes a) as condiccedilotildees climaacuteticas e b) o periacuteodo de maturaccedilatildeo dos produtos

No primeiro caso o resultado da atividade agriacutecola tanto em termos quantitativos quanto qualitativos eacute

particularmente dependente das condiccedilotildees do tempo Desse modo um elemento aleatoacuterio condiciona a

produccedilatildeo agriacutecola e consequumlentemente a comercializaccedilatildeo dos produtos agropecuaacuterios Avanccedilos

53

tecnoloacutegicos como eacute o caso da irrigaccedilatildeo permitem a reduccedilatildeo desse efeito aleatoacuterio proveniente das

condiccedilotildees climaacuteticas No entanto excluindo a produccedilatildeo em estufas ndash economicamente inviaacutevel para grandes

volumes de produccedilatildeo ndash a atividade agriacutecola ainda depende profundamente das condiccedilotildees climaacuteticas

No segundo caso a natureza impotildee um espaccedilo de tempo entre a decisatildeo de investir e a efetiva produccedilatildeo

agriacutecola Eacute a interferecircncia das estaccedilotildees do ano e a sazonalidade A sucessatildeo de safras e entressafras decorre

da natureza bioloacutegica da produccedilatildeo agriacutecola Tipicamente a produccedilatildeo agriacutecola concentra-se em algumas

eacutepocas do ano O cafeacute por exemplo tem sua colheita na entrada do inverno A carne bovina por sua vez tem

o pico da safra durante o outono quando as chuvas comeccedilam a escassear Esta caracteriacutestica sazonal eacute uma

determinante fundamental no comportamento dos preccedilos na hora da comercializaccedilatildeo

Para Azevedo (1997 p54) o cafeicultor pode armazenar sua safra colhida por exemplo mas isso tem um

custo Aleacutem do custo de armazenagem existe o custo financeiro de deixar o produto parado O cafeicultor

que natildeo transforma sua colheita em dinheiro estaacute abdicando da taxa de juros que o valor da colheita poderia

receber no mercado financeiro Do mesmo modo acontece com o pecuarista que pode manter seus bois

durante o inverno mas a entrada da seca no entanto encarece a manutenccedilatildeo dos animais Como

consequumlecircncia o preccedilo desses insumos varia ao longo das estaccedilotildees do ano de modo a premiar aqueles que

vendem seus produtos fora da safra A comercializaccedilatildeo dos produtos agropecuaacuterios necessariamente

subordina-se ao comportamento sazonal O ritmo da produccedilatildeo das vendas e a formaccedilatildeo dos estoques

caminham conforme determinam as estaccedilotildees do ano As atividades agropecuaacuterias ainda estatildeo longe da linha

de produccedilatildeo industrial na qual o empresaacuterio pode controlar com maior cuidado o tempo a quantidade e a

qualidade do produto

As principais alternativas que os produtores rurais tecircm para comercializar seus produtos satildeo

a) Venda na eacutepoca da colheita

b) Venda antes da colheita atraveacutes de contrato com preccedilo fixado ou a fixar

c) Venda antecipada por meio de Ceacutedula do Produtor Rural (CPR)

d) Venda atraveacutes de contrato no mercado futuro

A venda fiacutesica no balcatildeo ou a venda informal na eacutepoca da colheita permite que comprador e vendedor

negociem seus preccedilos de acordo com o momento e os seus interesses chegando em um consenso que

beneficie a ambos

Segundo Mendes (1982) nesse tipo de comercializaccedilatildeo o produtor entrega a sua produccedilatildeo na eacutepoca da

colheita pelo preccedilo em vigor que geralmente estaacute aviltado pela elevaccedilatildeo da oferta dos produtos no mercado

54

Ao escolher esta alternativa o produtor abandona qualquer ganho de possiacuteveis aumentos dos preccedilos e

tambeacutem perde a possibilidade de obter um preccedilo meacutedio mais compensador atraveacutes de diversos periacuteodos O

agricultor que segura o produto para vender na eacutepoca da colheita acredita que fatores exoacutegenos provocaratildeo

um aumento no preccedilo do produto

De acordo com Aguiar (1999) os preccedilos do mercado fiacutesico tendem a seguir o caminho dos mercados futuros

Isso natildeo significa que a variaccedilatildeo do preccedilo futuro esteja causando variaccedilatildeo no preccedilo agrave vista mas que ambos

tendem a se mover no mesmo sentido diante das mudanccedilas nos fundamentos do mercado O movimento

conjunto dos preccedilos nos mercados fiacutesicos e futuro decorre do fato de as operaccedilotildees poderem ser concluiacutedas

por entrega do produto Assim preccedilo agrave vista e a futuro tendem a convergir agrave medida que se aproxima a eacutepoca

da entrega

Na modalidade de pagamento antecipado com entrega futura a induacutestria ou o cerealista efetua adiantamento

do capital de giro aos produtores antes do plantio em troca do recebimento dos produtos na eacutepoca da

colheita

A CPR eacute uma ceacutedula garantida pelo Banco do Brasil regulado por lei que permite a negociaccedilatildeo antecipada

por parte dos agricultores em leilotildees organizados para esse fim A vantagem da CPR em relaccedilatildeo a outras

formas de venda antecipada eacute que a ceacutedula - por ter garantia de instituiccedilatildeo financeira - apresenta maior

liquidez O tiacutetulo pode ser emitido em qualquer fase da safra ou seja antes do plantio durante o

desenvolvimento da cultura na colheita ou ateacute mesmo quando o produto jaacute estiver colhido (MARQUES

MELLO1999)

A legislaccedilatildeo que criou e regulamentou as operaccedilotildees com CPR foi instituiacuteda em 1994 para satisfazer agrave

demanda dos produtores cujo objetivo era financiar suas safras com a venda antecipada da produccedilatildeo para as

instituiccedilotildees financiadoras Ateacute o final da deacutecada dos anos 80 as vendas antecipadas de soja jaacute eram bastante

difundidas entre os produtores e cerealistas da regiatildeo dos cerrados apesar da falta de normatizaccedilatildeo Esta seria

entatildeo a melhor forma de captar recursos para o plantio da safra A princiacutepio estas operaccedilotildees natildeo eram

ldquotravadasrdquo em preccedilo Eram negociadas atraveacutes de contratos com preccedilos a fixar onde o produtor comprometia

um volume maior de soja contra o adiantamento do recurso para o custeio da safra A fixaccedilatildeo do preccedilo era

feita apoacutes a entrega dos gratildeos e o saldo restante era entatildeo pago ao produtor Em 1987 a empresa Cutrale

Quintella passou a oferecer a preacute-fixaccedilatildeo da soja ou soja verde em que jaacute ficava travado no fechamento da

55

operaccedilatildeo preccedilo futuro internalizado e cacircmbio Com isso os produtores obtinham uma proteccedilatildeo de preccedilo que

compreendia tambeacutem o frete rodoviaacuterio repassando este risco para os cerealistas (PIMENTEL 2000)

No Brasil a fixaccedilatildeo antecipada de preccedilos dos produtos agriacutecolas fora dos mercados futuros da BMampF

costuma ser mais cocircmoda para o produtor devido agraves poucas garantias exigidas menor acompanhamento de

mercado e ausecircncia de ajustes financeiros diaacuterios Ressalte-se que o custo dessa comodidade costuma ser

excessivamente alto consumindo parcela significativa dos lucros dos produtores pois os preccedilos fornecidos

pelos compradores embutem seus custos operacionais e principalmente os riscos de queda dos preccedilos no

mercado internacional (AGRIANUAL 2000)

Para Souza (1995) os pequenos produtores se dariam melhor se utilizassem agraves cooperativas porque elas

podem se constituir em um elo entre o produtor rural e as bolsas de mercadorias Ao utilizar essa estrateacutegia a

cooperativa atraveacutes de seu quadro de funcionaacuterios especializados natildeo soacute permitiria o acesso do pequeno

produtor ao financiamento do ajuste diaacuterio como tambeacutem administraria cotaccedilotildees e preccedilos dos produtos nos

mercados

Azevedo (1997 p51) ressalta que o ato de comprar e vender natildeo eacute uma tarefa trivial A adoccedilatildeo de um

mecanismo de comercializaccedilatildeo inapropriado fatalmente implica em riscos com prejuiacutezos para o produtor

mesmo ele sendo competitivo em termos de eficiecircncia produtiva A competitividade depende profundamente

de sua eficiecircncia na comercializaccedilatildeo de seus produtos A escolha do mecanismo de comercializaccedilatildeo

portanto natildeo eacute aleatoacuteria

Para Coble e Barnett (1999) a bolsa de mercadorias em especial oferece aos produtores vaacuterios

instrumentos de gerenciamento de riscos O grande problema estaacute na falta de informaccedilotildees do produtor que

praticamente desconhece esse ferramental Espera-se que consultores cooperativas e profissionais com

experiecircncia e conhecimento desses instrumentos possam orientar os produtores oferecendo cursos

relacircmpago

Para Marques (2001) as estrateacutegias de gerenciamento de riscos de preccedilos compreendem a escolha de uma

alternativa de comercializaccedilatildeo ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias delas Os produtores devem fazer uso dessas

ferramentas para se protegerem do risco de flutuaccedilotildees de preccedilo que ocorre com os produtos agriacutecolas entre o

periacuteodo de plantio e sua venda efetiva na eacutepoca da colheita

Segundo Tsunechiro (1983) a administraccedilatildeo do problema dos riscos na comercializaccedilatildeo dos produtos

agriacutecolas surgiu no seacuteculo XIX O crescimento da industrializaccedilatildeo originou maior necessidade de capital e

56

creacutedito e tambeacutem os riscos crescentes do preccedilo devido basicamente ao aumento da competiccedilatildeo entre os

produtores e os agentes de comercializaccedilatildeo A necessidade de volumes de capital de giro foi realizada pelos

sistemas bancaacuterios nacionais e internacionais e a necessidade de grandes volumes de capitais destinados ao

novo tipo de produccedilatildeo foi atendida pelas bolsas de valores Para que os riscos de preccedilos fossem transferidos

algueacutem deveria estar disposto a assumiacute-los surgem entatildeo as bolsas de futuros com este propoacutesito e

juntamente com ela o especulador

Hull (2000) Williams (1999) e Alexander (2002) afirmam que os especuladores satildeo fundamentais nas

operaccedilotildees em mercado futuro porque eles na tentativa de ganho faacutecil assumem os riscos que os produtores

e compradores tentam evitar dando ao mercado a liquidez necessaacuteria agrave viabilizaccedilatildeo dos negoacutecios

Os mercados de futuro abrem a possibilidade de estabilizaccedilatildeo e

menores riscos permitindo melhor planejamento reduccedilatildeo de custos nas

transaccedilotildees com maiores ganhos nas safras colhidas De acordo com Marques

(2000 p215) e Teixeira (2002) os mercados futuros de commodities agropecuaacuterios

satildeo uma forma de propiciar um certo ldquosegurordquo em meio a tantos riscos para o

produtor rural para a induacutestria agro-processadora e para todos aqueles que deteacutem o

produto ou contratos sobre o mesmo possibilitando uma ldquogarantiardquo quanto agrave queda

ou agrave elevaccedilatildeo do preccedilo Os mercados futuro satildeo uma forma eficaz de eliminaccedilatildeo

de um dos principais riscos da atividade agropecuaacuteria que eacute a incerteza de preccedilos

em um tempo futuro quando se daraacute a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

Segundo Schouchana (1997 p9) para o vendedor a operaccedilatildeo no

mercado futuro agropecuaacuterio atende agrave necessidade de fixar um preccedilo de venda de

sua mercadoria antecipadamente chamado travamento de preccedilo ou hedge para

se proteger do risco da queda de preccedilo e garantir uma margem de rentabilidade Previdelli (1999 p63) pondera que na operaccedilatildeo com hedge o indiviacuteduo seja comprador ou vendedor fixa

hoje o preccedilo a ser pago pelo produto em uma data futura Para o comprador o objetivo eacute fixar um preccedilo

maacuteximo a ser pago pelo produto que pretende obter enquanto que para o vendedor o objetivo eacute garantir um

preccedilo miacutenimo para a sua produccedilatildeo

Working (1962) define hedge como o uso de contratos como um substituto temporaacuterio de uma transaccedilatildeo

posterior no mercado agrave vista Assim a hedge pode envolver uma posiccedilatildeo vendida no mercado futuro contra

uma posiccedilatildeo comprada no mercado fiacutesico ou uma posiccedilatildeo comprada no mercado futuro contra um

57

compromisso de venda no mercado agrave vista ou ainda contra uma alta de preccedilos de mercadorias a serem

consumidas no futuro

Segundo Marques (2000 p212) um contrato futuro eacute uma obrigaccedilatildeo legalmente exigiacutevel de entregar ou

receber uma determinada quantidade de mercadoria de qualidade preacute-estabelecida pelo preccedilo ajustado no

pregatildeo

De acordo com Marques e Mello (1999) a principal funccedilatildeo dos mercados futuros eacute garantir que todos aqueles

que mantecircm interesse na compra ou venda de uma determinada mercadoria fiacutesica se protejam de eventuais

oscilaccedilotildees desfavoraacuteveis de preccedilos que possam ocorrer no futuro assegurando assim uma determinada

rentabilidade Saliente-se entretanto que em uma operaccedilatildeo em mercados futuros natildeo se recebe ou se paga

nenhum valor adiantadamente a natildeo ser os ajustes diaacuterios que satildeo uma fraccedilatildeo muito pequena com relaccedilatildeo ao

valor do contrato O ajuste diaacuterio eacute a diferenccedila diaacuteria constatada nas oscilaccedilotildees do mercado para cima ou para

baixo que a parte vendedora recebe da parte compradora quando o preccedilo cai e vice-versa conforme se

verifica nas tabelas 01 e 02

Ressalte-se que tanto vendedor como comprador aleacutem de natildeo se conhecerem poderatildeo sair do negoacutecio a

qualquer momento bastando para isso fechar os contratos fazendo a operaccedilatildeo contraacuteria desde que tenha no

mercado agentes interessados em comprar ou vender

TABELA 01ndash Exemplo de hedge e ajuste diaacuterio para o vendedor de cafeacute (hipoacutetese da venda de 5 contratos = 500 sacas)

DIA PRECcedilO DO

FECHAMENTO

BOLSA PSACA

AJUSTE

DIAacuteRIO

POSICcedilAtildeO DO VENDEDOR (PRODUTOR NO CASO)

1110 R$ 10000 R$000 O PRODUTOR NESTE DIA NAtildeDA PAGA E NAtildeDA

RECEBE

1210 R$ 9900 -R$100 O PRODUTOR RECEBE R$50000 PORQUE O PRECcedilO

NO MERCADO CAIU R$100 (R$100 X 500 SACAS)

1310 R$ 9700 -R$200 O PRODUTOR RECEBE R$100000 PORQUE O

PRECcedilO NO MERCADO CAIU R$200 (R$200 X 500

SACAS)

Fonte autor

58

TABELA 02ndash Exemplo de hedge e ajuste diaacuterio para o comprador de cafeacute (hipoacutetese da compra de 5 contratos = 500 sacas)

DIA PRECcedilO DO

FECHAMENTO

BOLSA PSACA

AJUSTE

DIAacuteRIO

POSICcedilAtildeO DO COMPRADOR (INDUSTRIAL OU

EXPORTADOR NO CASO)

1110 R$ 10000 R$000 O COMPRADOR NESTE DIA NAtildeDA PAGA E NAtildeDA

RECEBE

1210 R$ 9900 +R$100 O COMPRADOR PAGA R$50000 PORQUE O PRECcedilO NO

MERCADO CAIU R$100 (R$100 X 500 SACAS)

1310 R$ 9700 +R$200 O COMPRADOR PAGA R$100000 PORQUE O PRECcedilO

NO MERCADO CAIU R$200 (R$200 X 500 SACAS)

Fonte autor

71 A AGRICULTURA E OS ENTRAVES ECONOcircMICOS NA COMERCIALIZACcedilAtildeO

Para se ter uma ideacuteia melhor das mudanccedilas ora em curso haacute que se

fazer um diagnoacutestico da evoluccedilatildeo recente e as tendecircncias futuras do mercado

internacional de produtos agriacutecolas Segundo Dias e Barros (1998) a agricultura

brasileira tem se mostrado bastante dinacircmica frente agrave concorrecircncia internacional

ainda mais quando se leva em conta que o setor estaacute crescendo a despeito dos

subsiacutedios impliacutecitos nos preccedilos internacionais sobre os subsiacutedios e barreiras

protecionistas dos paiacuteses ricos que prejudicam a nossa agricultura

Brum (2003) relata que a agropecuaacuteria europeacuteia desde 1957

sempre foi protegida e subsidiada pelo Estado que em alguns casos chegou a

pagar o triplo do preccedilo do produto interno em relaccedilatildeo ao concorrente externo para

59

evitar a entrada dos produtos concorrentes promovendo o protecionismo tarifaacuterio

No dicionaacuterio ldquoAureacuteliordquo o sentido de subsiacutedio governamental estaacute no ato do Estado

adquirir a produccedilatildeo do agricultor por um preccedilo entendido pelo agricultor como

conveniente que natildeo se obriga a buscar novas alternativas de comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo

Nas palavras de Legrain (2002 p47) os paiacuteses ricos gastam perto

de 1 bilhatildeo de doacutelar por dia com subsiacutedios agriacutecolas A liberalizaccedilatildeo do comeacutercio dos

produtos agropecuaacuterios aliviaria o fardo dos consumidores dos paiacuteses ricos e

permitiria um grande passo aos agricultores dos paiacuteses pobres que vivem em

extrema dificuldade por causa desse protecionismo

As barreiras do mundo rico agrave importaccedilatildeo de alimentos impedem os

paiacuteses emergentes de sair da pobreza A esperanccedila dos menos favorecidos nesse

processo eacute que a Europa o Japatildeo e os EUA reduzam suas aliacutequotas de importaccedilatildeo

e subsiacutedios A Europa concede atualmente aos seus agricultores cerca de 93 bilhotildees

de doacutelares ao ano a tiacutetulo de ajuda financeira conforme demonstra o Graacutefico 16 Os

EUA cogitam em eliminar os subsiacutedios de exportaccedilatildeo concedidos aos seus produtos

agriacutecolas e tambeacutem em reduzir as aliacutequotas e subsiacutedios para os agricultores de todo

o mundo Soacute natildeo se sabe como os poliacuteticos americanos faratildeo para enfrentar a ira

dos fazendeiros (AS SEMENTES 2002)

6959

3521

0 20 40 60 80

1

Estados UnidosUniatildeo EuropeacuteiaJapatildeoSuiccedila

60

Graacutefico 16- Valor dos subsiacutedios pagos pelos governos aos produtores rurais da receita agriacutecola bruta em porcentagem (em bilhotildees de US$)

Fonte OCDE- Organizaccedilatildeo Cooperativas Desenvolvimento econocircmico

Uma das principais vantagens da globalizaccedilatildeo eacute o livre comeacutercio de

mercadorias o livre fluxo de recursos financeiros e o aumento do fluxo de

informaccedilotildees O livre comeacutercio de mercadorias deve ser visto como algo positivo pois

favorece a especializaccedilatildeo competitiva segundo vantagens comparativas

incentivando a eficiecircncia do produtor e a satisfaccedilatildeo do consumidor Eacute preciso

lembrar poreacutem que livre comeacutercio significa comeacutercio livre ou seja natildeo se pode

falar em comeacutercio livre quando se usam subsiacutedios e barreiras agrave importaccedilatildeo com

quotas leis unilaterais antidumping ou outros tipos de restriccedilotildees (LACOMBE

HEILBORN 2003)

Se as medidas de proteccedilatildeo fossem eliminadas por todos os paiacuteses

todos seriam beneficiados em maior ou menor escala conforme pode-se verificar no

graacutefico 17 A liberalizaccedilatildeo mundial do comeacutercio resultaria em cerca de 128 bilhotildees

de doacutelares de ganhos imediatos e muito mais que isso no futuro conforme detectou

pesquisa realizada pelo FMI ndash Fundo Monetaacuterio Internacional (OS NUgraveMEROS

2002 p50)

61

002040608

11214

AUSTRALIANZELANDIA

BRASIL

DEMAIS PAISES AMLATINA

CHINASUDESTE ASIATICO

LESTE ASIA

EUA

02 = 20 06 = 60 12 = 120

Graacutefico 17ndash Aumento de ganhos que teratildeo os paiacuteses na eliminaccedilatildeo dos subsiacutedios agriacutecolas e barreiras tarifaacuterias no mundo (aumento no PIB em porcentagem)

Fonte Fundo Monetaacuterio Internacional

Justifica-se assim um estudo acerca das alternativas potenciais

que permitam elevar a capacidade competitiva interna e a busca de uma opccedilatildeo para

melhorar e garantir um preccedilo de venda dos produtos agropecuaacuterios para amenizar

a situaccedilatildeo econocircmica dos perdedores no processo ou seja dos produtores rurais

brasileiros Timmer (1992) entende que uma das funccedilotildees da agricultura no processo

de desenvolvimento eacute a de ldquoreduzir a pobreza no meio ruralrdquo Na maioria dos paiacuteses

o nuacutemero de pessoas pobres eacute muito maior no campo que no meio urbano No

entanto como elas se encontram dispersas em imensas aacutereas o problema natildeo fica

tatildeo evidente como nas favelas da periferia das grandes cidades

Dias e Barros (1998) ressaltam que a agricultura brasileira vem

passando por um processo intenso de internacionalizaccedilatildeo O setor encontra-se

quase que completamente atrelado agraves condiccedilotildees do mercado internacional Os

preccedilos operados internamente satildeo determinados externamente Segundo Caixeta

(2002) com a abertura da Economia nos anos 90 o setor que mais obteve sucesso

62

com contas externas foi o agronegoacutecio fechando o ano de 2001 com saldo positivo

de 19 bilhotildees de doacutelares entre importaccedilotildees e exportaccedilotildees tornando-se a principal

forccedila do governo para equilibrar as contas externas do Brasil

A adaptaccedilatildeo agraves condiccedilotildees externas em um ambiente de ausecircncia

quase total de mecanismos internos de defesa da renda agriacutecola como faz o

governo dos EUA Uniatildeo Europeacuteia Japatildeo e outros com subsiacutedio aos produtores

rurais reforccedila a necessidade do Brasil reestruturar o seu mercado domeacutestico

Tambeacutem os processos de abertura e integraccedilatildeo regional no Mercosul acabaram por

forccedilar um aumento na competiccedilatildeo entre regiotildees produtoras e entre agentes de

comercializaccedilatildeo e financiamento (DIAS BARROS 1998)

O produtor rural deve estar sempre atento aos acontecimentos que

ocorrem no mundo porque a demanda e a oferta por produtos agropecuaacuterios e as

demais condiccedilotildees do mercado estatildeo constantemente mudando e por

consequumlecircncia afetando os seus lucros Assim pode-se afirmar que uma forte

geada na Floacuterida afeta negativamente a produccedilatildeo de laranja nos Estados Unidos o

preccedilo e por consequumlecircncia afeta para melhor o preccedilo da laranja do Brasil

(MARQUES MELLO 1999)

O mercado agropecuaacuterio convive constantemente com as variaccedilotildees

de preccedilos dos produtos e quase sempre o produtor recebe pouco e o consumidor

pago caro pelo produto ficando a grande fatia do lucro nas matildeos dos

intermediaacuterios Para Souza (1995) os intermediaacuterios mais conhecidos como

especuladores no sentido econocircmico eacute todo elemento que tenta prever as

mudanccedilas dos preccedilos dos produtos no mercado e se antecipa para realizar lucros

com a venda ou a compra desses commodities

Segundo Forbes (1991) a principal preocupaccedilatildeo do especulador eacute

aumentar o seu capital ele tanto pode comprar como vender no mesmo dia quanto

especular com um empreendimento desde que natildeo tenha longa duraccedilatildeo

Ferreira e Horita (1996) ressaltam que apesar da conotaccedilatildeo

negativa da palavra em portuguecircs (pelo Aureacutelio especulador pode ser aquele que

age de maacute feacute) a origem do termo estaacute no latim speculare espelhar refletir O

especulador compra ou vende um determinado ativo com o uacutenico objetivo de fazer

lucro

Para Bacchi (1998) o especulador no mercado futuro eacute um agente

que tem como objetivo beneficiar-se das variaccedilotildees favoraacuteveis dos preccedilos nesse

63

mercado Natildeo tem qualquer interesse na mercadoria objeto do contrato mas toma

para si os riscos e garante a liquidez dos contratos

Na cadeia de comercializaccedilatildeo Marques e Mello (1999) enfatizam

que o aspecto mais importante do sistema de livre mercado eacute a orientaccedilatildeo para

atender aos desejos dos consumidores - o consumidor eacute quem manda - se por

exemplo os consumidores quiserem mais camaratildeo do que existe no mercado

aquele que estiverem dispostos a alocar recursos para consumir daqueles produtos

poderatildeo usufruir dele Consequumlentemente os donos dos restaurantes e os

atacadistas elevaratildeo os preccedilos isso encorajaraacute os navios pesqueiros a dedicarem

mais horas na pesca do produto Se a situaccedilatildeo persistir por mais tempo e na

ausecircncia de impedimentos pescadores que se dedicam a outras atividades se

deslocaratildeo para a pesca de camaratildeo aumentando a oferta e fazendo com que o

preccedilo caia

64

8 O MERCADO FUTURO AGROPECUAacuteRIO NO BRASIL

Segundo Marques e Mello (1999) As bolsas de gratildeos surgiram no iniacutecio do seacuteculo XIX nos Estados

Unidos como locais para transaccedilotildees agrave vista normalmente em lotes de um vagatildeo de trem ou de um barco Foi durante

mais de 70 anos auto-regulado pelas proacuteprias bolsas Somente nas deacutecadas de 1920 e 1930 iniciou-se a

regulamentaccedilatildeo governamental com a criaccedilatildeo de oacutergatildeos objetivando disciplinar e fiscalizar o mercado Existem atualmente dois oacutergatildeos regulatoacuterios a SEC (Securities Exchange Commission) e a CFTC (Commodities Futures

Trading Commission) Embora com suas esferas proacuteprias de atuaccedilatildeo com o primeiro lidando com valores

mobiliaacuterios e o segundo com mercados futuros esses oacutergatildeos tendem a ter conflitos de jurisdiccedilatildeo acerca de

mercados ou operaccedilotildees especiacuteficas como por exemplo no mercado futuro do iacutendice de accedilotildees

No Brasil a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMampF) nasceu em 1991 com a fusatildeo da Bolsa de

Mercadorias amp Futuros fundada em 1986 e da Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo fundada em 1917

(SCHOUCHANA 1997) De acordo com Marques e Mello (1999) na Bolsa

de Mercadorias prepondera de modo geral a auto-regulaccedilatildeo das bolsas de futuros A Comissatildeo de Valores

Mobiliaacuterios (CVM) tem jurisdiccedilatildeo sobre os mercados futuros e de opccedilotildees em que o ativo subjacente seja um

valor mobiliaacuterio enquanto que o Banco Central do Brasil tem jurisdiccedilatildeo sobre os demais mercados derivativos

Vigora pois o sistema misto em que as bolsas exercem o acompanhamento dos negoacutecios sob sua jurisdiccedilatildeo e os oacutergatildeos reguladores se encarregam de supervisionar o

sistema como um todo e requisitar informaccedilotildees que julgarem necessaacuterias Nesse modelo de regulaccedilatildeo mista o oacutergatildeo regulador atua como supervisor das normas criadas pelas entidades auto-reguladoras da proacutepria atuaccedilatildeo das

bolsas e do mercado como um todo

65

O Futures Industry Institute (1998 p15) explica que a bolsa de futuros eacute uma associaccedilatildeo de membros que tem como objetivo principal fornecer os meios necessaacuterios agrave compra venda ou comercializaccedilatildeo de commodities sob

normas que protejam os interesses dos envolvidos A bolsa em si natildeo deteacutem nenhuma mercadoria ela apenas proporciona as facilidades necessaacuterias agrave conduccedilatildeo de

leilotildees puacuteblicos A responsabilidade baacutesica de uma bolsa eacute garantir a existecircncia de mercados competitivos livres de

manipulaccedilatildeo de preccedilos A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMampF) eacute

uma associaccedilatildeo sem finalidade lucrativa organizada para proporcionar a seus corretores os recursos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo de negoacutecios e para atender agrave necessidade de

proteccedilatildeo contra a oscilaccedilatildeo dos preccedilos (SCHOUCHANA 2000 p18)

Bastiani (1999 p138) acrescenta que a estrutura organizacional e operacional da BMampF eacute simples A Administraccedilatildeo eacute dividida em trecircs instacircncias principais a

Assembleacuteia Geral como oacutergatildeo deliberativo maacuteximo da Bolsa o Conselho de Administraccedilatildeo e a Superintendecircncia Geral ambos responsaacuteveis pela gestatildeo dos negoacutecios da

BMampF Sua estrutura operacional eacute constituiacuteda pelos Membros de Compensaccedilatildeo Corretora de Mercadorias

Operador Especial e clientes Schouchana (2000) ressalta que mesmo sendo

uma instituiccedilatildeo privada a bolsa tem funccedilatildeo puacuteblica e social ou seja eacute uma entidade que deve permitir o acesso de qualquer pessoa ao mercado em condiccedilotildees equacircnimes

Por ter essa funccedilatildeo a Bolsa deve ser uma espeacutecie de guardiatilde do mercado garantindo o livre acesso dos agentes econocircmicos a seus mercados proibindo a manipulaccedilatildeo de

preccedilos assegurando a transparecircncia sem privileacutegios de pessoas ou grupos desenhando contratos neutros em

relaccedilatildeo aos diversos segmentos da cadeia produtiva sem favorecer grupos em detrimento de outros segmentos ajudando os oacutergatildeos governamentais na preservaccedilatildeo do

aspecto puacuteblico e social dos mercados Essa funccedilatildeo

66

requer comportamento eacutetico e moral de seus dirigentes para manter a credibilidade e confianccedila Tambeacutem eacute funccedilatildeo

da bolsa de futuros a) Controlar e supervisionar as sessotildees diaacuterias

de negociaccedilatildeo (pregotildees) b) Divulgar as cotaccedilotildees diaacuterias e estatiacutesticas

relativas aos contratos em negociaccedilatildeo c) Realizar e garantir os procedimentos de

liquidaccedilatildeo financeira e por entrega da mercadoria

d) Desenvolver normas procedimentos de operaccedilotildees regulamentos e controles de negociaccedilotildees para seus membros e fiscalizar sua aplicaccedilatildeo

e) Desenvolver contratos que atendam as funccedilotildees econocircmicas dos mercados futuros

f) Promover os mercados futuros por meio de cursos treinamento e divulgaccedilatildeo desses mercados

g) Zelar pela auto-regulamentaccedilatildeo e pelo relacionamento com os governos com os quais tem interface

h) Providenciar classificaccedilatildeo de produtos negociados pela bolsa dentro de padrotildees aceitos pelo mercado quando os contratos assim o exigirem

67

i) Providenciar arbitragens para dirimir duacutevidas ou alegaccedilotildees quanto agrave qualidade do produto A BMampF possui juiacutezo arbitral no qual satildeo resolvidas questotildees de litiacutegio entre as partes de maneira mais raacutepida e com aacuterbitros que conhecem as especificidades desse mercado A Bolsa deve assegurar as condiccedilotildees de competitividade eliminando qualquer tentativa de manipulaccedilatildeo nos mercados por ela organizados De acordo com Bacchi (1998) na BMampF satildeo

negociados contratos futuros de cafeacute araacutebico boi gordo algodatildeo soja accediluacutecar e milho Existem ainda contratos de

opccedilotildees sobre o futuro de cafeacute boi gordo soja e milho Opccedilotildees sobre futuro de accediluacutecar e algodatildeo poderatildeo ser

lanccediladas pela Bolsa desde que haja liquidez nos contratos futuros Para que uma mercadoria seja negociada em bolsa

de futuro alguns requisitos satildeo necessaacuterios a) O produto deve ser homogecircneo e suscetiacutevel

de padronizaccedilatildeo e classificaccedilatildeo caracterizando-se como um commodity para que possa ser comum a qualquer comprador e vendedor

b) Deve haver grande oferta e demanda do produto com grande nuacutemero de vendedores e compradores do produto de forma competitiva em busca da concorrecircncia perfeita

68

c) O mercado deve ser livre sem o constrangimento por parte do governo ou de monopoacutelio buscando a caracteriacutestica do livre comeacutercio

d) Deve haver diversos tomadores de risco daiacute a importacircncia do especulador de forma a permitir que o custo desse risco se dilua entre eles

e) O produto natildeo pode ser muito pereciacutevel caracterizando a perenidade pois o mercado futuro natildeo teria liquidez

f) As regras do mercado devem ser estaacuteveis e natildeo podem mudar durante a vigecircncia do contrato buscando a estabilidade atraveacutes da credibilidade pois as condiccedilotildees pelas quais os preccedilos foram contratados natildeo devem mudar ateacute o final do contrato sob o risco de trazer prejuiacutezo para uma ou ambas as partes

Embora os contratos futuros estabeleccedilam a

liquidaccedilatildeo por entrega da mercadoria Marques (1997) pondera que se registram poucas entregas algo em torno

de 2 do volume negociado Natildeo haacute necessidade da entrega no mercado futuro porque no vencimento do

contrato o preccedilo agrave vista e a futuro satildeo iguais em funccedilatildeo dos ajustes diaacuterios Se eventualmente houver diferenccedila de preccedilo entre os dois mercados os agentes econocircmicos

arbitraratildeo os preccedilos ateacute que se igualem Adicionalmente o mercado fiacutesico jaacute tem seus proacuteprios canais de entrega e os

69

agentes normalmente tecircm contratos de suprimento com clientes haacute muito tempo

Para Schouchana (2000) os agentes do mercado agropecuaacuterios basicamente produtores rurais industriais ou exportadores do commodities necessitam do mercado futuro e de opccedilotildees por uma seacuterie de razotildees

econocircmicas dentre elas a)Para saber com antecedecircncia se o produto

teraacute preccedilo que garanta a rentabilidade do empreendimento na ocasiatildeo de sua venda Ao vender sua produccedilatildeo o produtor corre o risco de o preccedilo natildeo ser suficiente para cobrir seus custos e sua margem de rentabilidade Nesse sentido a fixaccedilatildeo do preccedilo antes do plantio

mediante hedge em bolsa ou seja o travamento do preccedilo de venda desejado para entrega futura permite ao agricultor definir o

lucro da sua produccedilatildeo antes da colheita b) Os exportadores fecham negoacutecios para entrega em meses futuros e natildeo precisam comprar as mercadorias com antecedecircncia armazenaacute-las e depois embarcaacute-las Para natildeo correr risco da oscilaccedilatildeo dos preccedilos compram a futuro para garantir sua margem de rentabilidade Os mercados futuros e de opccedilotildees substituem temporariamente a necessidade de carregar um produto muitas vezes a um custo mais baixo

c) Os compradores querem fixar preccedilos de insumos para garantir o lucro por isso fazem

70

o hedge com antecedecircncia sem correr riscos indesejaacuteveis

d) Os produtores usam os contratos futuros e de opccedilotildees para garantia de empreacutestimo junto aos bancos Estes por sua vez ao verificarem que o cliente oferece baixo risco podem dar-lhe creacutedito a um custo inferior ao que dariam sem a cobertura o hedge

e) Existem distorccedilotildees de negoacutecios em que arbitradores tecircm papel importante Quando satildeo identificadas eles compram em um mercado e vendem em outro ateacute que os dois lados se equilibrem Essas distorccedilotildees podem ocorrer entre os preccedilos agrave vista e a futuro entre dois vencimentos futuros ou entre duas praccedilas diferentes Na visatildeo de Ross (1995 p518) existem os

hedges de venda e os hedges de compra Uma pessoa ou empresa que vende um contrato futuro para reduzir riscos estaacute fazendo um hedge de venda os hedges de venda satildeo geralmente apropriados para os que detecircm estoques Uma pessoa ou empresa que compra um contrato futuro para

reduzir riscos estaacute fazendo um hedge de compra os hedges de compra satildeo tipicamente utilizados por

empresas que assinam contrato de entrega de produtos acabados a um preccedilo preacute-fixado

Segundo Schouchana (2000 p9-10) nos negoacutecios efetuados a futuro compradores e vendedores

de determinados ativos ou produtos fixam preccedilos de vencimento para data futura O comprador a futuro fixa

71

preccedilo de compra de seu produto antecipadamente visando a assegurar custo compatiacutevel com margem de

rentabilidade para proteger-se contra o risco de alto no preccedilo desse insumo O vendedor fixa preccedilo de venda de sua mercadoria antecipadamente para se proteger do

risco de queda no preccedilo e garantir margem de rentabilidade

Os mercados futuros e de opccedilotildees devem ser entendidos portanto

como poderosa ferramenta na gestatildeo de risco de preccedilos das mercadorias De

maneira integrada ao mercado fiacutesico fazem parte de um processo que engloba

produccedilatildeo processamento comercializaccedilatildeo consumo e financiamento

Perobelli (2001) relata que eacute importante ter um amplo mercado

fiacutesico impedindo ou dificultando um agente de estabelecer um domiacutenio do mercado

caso a oferta do commodity seja grande Tambeacutem um mercado amplo atrai um

maior nuacutemero de hedgers que proporciona maior liquidez no mercado e um largo

mercado agrave vista iraacute promover um contiacutenuo e disciplinado encontro das forccedilas da

oferta e procura

A bolsa de futuros desempenha o papel de elo entre a oferta e a

demanda de forma a expressar e sinalizar por meios dos preccedilos as forccedilas do

mercado Aleacutem disso eacute o local onde os preccedilos se manifestam por intermeacutedios de

corretores que fecham negoacutecios em nome de seus clientes

Marques e Mello (1999) acrescentam que o que se negocia na bolsa

de futuros satildeo contratos que representam promessa de compra ou de venda de

mercadoria para a data de vencimento previamente estabelecida conforme as

claacuteusulas e especificaccedilotildees elaboradas pela bolsa e aprovadas pelo Banco Central

do Brasil como as especificaccedilotildees de qualidade dos produtos negociados a

cotaccedilatildeo a variaccedilatildeo miacutenima de apregoaccedilatildeo a oscilaccedilatildeo maacutexima diaacuteria a unidade de

negociaccedilatildeo os meses de vencimento a data do vencimento o local de formaccedilatildeo do

preccedilo e de entrega da mercadoria o periacuteodo e os procedimentos de entrega e

retirada da mercadoria a liquidaccedilatildeo financeira o arbitramento os ativos aceitos

como margem de garantia e os custos operacionais

Os contratos futuros satildeo padronizados de modo que no pregatildeo

sejam negociados o preccedilo e a quantidade de contratos uma vez que todos se

72

referem ao mesmo produto mesmo local de entrega e mesma quantidade por

contrato

Na BMampF a cotaccedilatildeo do cafeacute araacutebica segundo Schouchana (2000

p12) eacute negociada em doacutelares americanos por saca Embora a cotaccedilatildeo seja nessa

moedaa liquidaccedilatildeo financeira ocorre em reais utilizando a taxa de cacircmbio praticada

no mercado O contrato futuro de cafeacute da BMampF permite negociaccedilotildees para marccedilo

maio julho setembro e dezembro esses meses de vencimento satildeo os mesmos do

contrato futuro de cafeacute em Nova Iorque Tal mecanismo permite arbitragens que

satildeo operaccedilotildees envolvendo a compra do cafeacute em uma bolsa de um paiacutes e a venda

em bolsa de outro aproveitando-se da distorccedilatildeo de preccedilos entre duas praccedilas O

vencimento do contrato futuro ocorre no sexto dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia do mecircs

de vencimento

Os vencimentos dos contratos futuros satildeo definidos em funccedilatildeo dos

principais meses de safra e entressafra do produto Normalmente natildeo satildeo

estabelecidos todos os meses do ano para que haja concentraccedilatildeo de liquidez e

tempo para programar as entregas Um cliente que compra um nuacutemero de contratos

em determinado dia soacute liquidaraacute sua posiccedilatildeo no momento em que vender esse

mesmo nuacutemero de contratos ou vice-versa se vender contratos sua posiccedilatildeo se

encerra mediante a compra do mesmo nuacutemero de contratos Isso pode ser feito em

um dia apenas ou ateacute o vencimento quando o cliente pode encerrar sua posiccedilatildeo

com uma operaccedilatildeo contraacuteria (liquidaccedilatildeo financeira) ou por entrega e recebimento da

mercadoria Cada contrato corresponde a 100 (cem) sacas

De acordo com Schouchana (2000 p15) o preccedilo de abertura eacute o

primeiro negoacutecio fechado em pregatildeo O miacutenimo e maacuteximo satildeo divulgados para que

o mercado conheccedila a oscilaccedilatildeo do preccedilo naquele dia Eacute preciso saber se o preccedilo de

fechamento ou de ajuste estaacute mais proacuteximo do preccedilo maacuteximo ou do miacutenimo pois

isso pode indicar tendecircncia de alta ou de baixa no dia seguinte O preccedilo de ajuste

por exemplo de US$9810 por saca em 11 de outubro eacute o do uacuteltimo negoacutecio

registrado durante o call de fechamento ndash que ocorre nos uacuteltimos 15 minutos de

pregatildeo do dia ndash ou a melhor oferta Se natildeo houver negociaccedilatildeo no call de

fechamento o preccedilo de ajuste seraacute o do uacuteltimo negoacutecio do dia Se natildeo houver

negociaccedilatildeo durante o dia o preccedilo de ajuste seraacute a uacuteltima oferta de compra E se

natildeo houver negociaccedilatildeo nem oferta de compra ou de venda durante o dia e

73

existirem contratos em aberto o preccedilo de ajuste eacute o do uacuteltimo dia em que houve

negociaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo aos ajustes diaacuterios Schouchana entende que esse

mecanismo eacute muito importante pois eacute com base nele que se ajustam todas as

posiccedilotildees no mercado Assim se o preccedilo de ajuste do cafeacute para marccedilo eacute de

US$10500 a saca por exemplo no dia 11 de outubro e no dia seguinte 12 de

outubro o preccedilo vai para US$ 10400 os compradores pagam US$ 100 por saca

ou seja US$ 10000 por contrato Os vendedores recebem esse mesmo valor

porque sempre que o preccedilo oscilar ocorreraacute esse processo Esse mecanismo

existe para que diariamente se ajuste o preccedilo ndash e natildeo no vencimento quando

grandes diferenccedilas podem acarretar inadimplecircncias Aleacutem disso permite que os

participantes entrem ou saiam do mercado a qualquer momento O preccedilo de ajuste

de US$ 10500 por saca no dia 111099 eacute o preccedilo que o mercado estaacute praticando

para entrega em 23032000 por exemplo

Para Ross (1995 p502) o fato dos preccedilos dos contratos futuros

serem ajustados diariamente o que faz com que os preccedilos - tanto no mercado

futuro como no mercado fiacutesico no final do contrato sejam iguais - torna as operaccedilotildees

no mercado futuro menos atraentes porque as partes envolvidas na negociaccedilatildeo satildeo

obrigadas a manter sempre uma liquidez adicional para suportar um desembolso

repentino antes do vencimento do contrato embora seja um dispositivo importante

para minimizar a probabilidade de inadimplecircncia no final do contrato

As operaccedilotildees em bolsa satildeo feitas no pregatildeo pelo sistema de viva

voz ou por terminais de computadores As ordens de compra ou de venda satildeo

passadas aos corretores nas mesas de operaccedilatildeo e estes transmitem as ordens aos

operadores de pregatildeo A bolsa estipula um horaacuterio de pregatildeo para cada mercadoria

e as regras do contrato definem todos os procedimentos de negociaccedilatildeo Os preccedilos

a futuro negociados na bolsa ajudam o produtor o torrefador e o exportador a

decidirem se vendem ou compram o cafeacute agrave vista ou em data futura Depois de

montada a estrateacutegia de cobertura de risco pelo cliente seu corretor iraacute ao pregatildeo

executar suas ordens de compra ou venda de contratos futuros Apenas o corretor

credenciado pela bolsa pode fazecirc-lo em nome de seu cliente

Pelo serviccedilo do corretor de acordo com Schouchana (2000 p16) eacute

cobrada a taxa de corretagem calculada sobre o valor de fechamento do mercado

do dia anterior ao da operaccedilatildeo e sobre o vencimento mais proacuteximo Essa taxa de

74

030 sobre o valor do contrato incide na compra e na venda dos contratos Outra

taxa cobrada eacute a de emolumentos da bolsa igual a 632 da taxa operacional

baacutesica ou seja sobre os 030 da corretagem

Na ocasiatildeo da compra ou da venda dos contratos a bolsa exige

dos clientes a chamada margem de garantia equivalente a aproximadamente 5

do valor do contrato que pode ser depositada em dinheiro carta de fianccedila tiacutetulos

puacuteblicos ou ativos de alta liquidez No momento da liquidaccedilatildeo dos contratos essa

margem eacute devolvida ao cliente No caso do depoacutesito ser em dinheiro este eacute

remunerado durante o periacuteodo e devolvido ao cliente

As bolsas de futuros possuem os membros de compensaccedilatildeo

(SCHOUCHANA 2000 p20) que satildeo responsaacuteveis pela liquidaccedilatildeo fiacutesica e

financeira dos contratos Os membros de compensaccedilatildeo satildeo a contraparte dos

clientes ou seja os compradores dos que vendem contratos e vendedores

daqueles que compram A cacircmara existe para evitar a inadimplecircncia dos clientes e

do sistema como um todo administrando o risco das posiccedilotildees por intermeacutedio da

exigecircncia das margens de garantia e dos limites de posiccedilotildees em bolsa

As margens de garantia satildeo atribuiacutedas diariamente aos clientes

compradores e vendedores de contratos com base na volatilidade dos preccedilos do

ativo-objeto de negociaccedilatildeo cabe agrave Cacircmara administrar essas garantias A Bolsa

tem exigecircncias quanto ao capital miacutenimo dos membros de compensaccedilatildeo e de seu

limite de alavancagem para que todos os ajustes diaacuterios sejam honrados e os

contratos plenamente liquidados Caso um cliente natildeo possa honrar seus

compromissos ela faz uso das margens de garantia se estas natildeo forem suficientes

o corretor eacute responsaacutevel e deve aportar recursos para cobrir a inadimplecircncia se natildeo

atingir o valor necessaacuterio o membro de compensaccedilatildeo da corretora eacute obrigado a

aportar os recursos

Na BMampF os serviccedilos de cacircmara de compensaccedilatildeo satildeo prestados

por departamento interno que eacute responsaacutevel pelo registro de operaccedilotildees e controle

de posiccedilotildees compensaccedilatildeo de ajustes diaacuterios liquidaccedilatildeo financeira e fiacutesica dos

negoacutecios e administraccedilatildeo das garantias Esses serviccedilos satildeo prestados a membros

de compensaccedilatildeo corretoras de mercadorias operadores especiais e

permissionaacuterias correspondentes Os membros de compensaccedilatildeo satildeo os

garantidores de todos os negoacutecios realizados pelas corretoras operadores

especiais e permissionaacuterias correspondentes perante a Bolsa O credenciamento

75

como membros de compensaccedilatildeo na BMampF eacute concedido apenas agrave corretora de

valores As corretoras de mercadorias satildeo os intermediadores de todas as

operaccedilotildees efetuadas em nome dos clientes pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas

Os operadores especiais satildeo pessoas fiacutesicas ou firmas individuais

autorizadas a atuar diretamente no pregatildeo operando por conta proacutepria ou por uma

corretora de mercadorias As permissionaacuterias correspondentes satildeo corretoras

associadas a bolsas com as quais a BMampF manteacutem convecircnio operacional Elas

podem realizar operaccedilotildees por meio de corretoras associadas agrave Bolsa desde que

devidamente garantidas por um membro de compensaccedilatildeo A corretora da BMampF

apenas efetua a operaccedilatildeo em nome da permissionaacuteria repassando-a a esta que

se torna responsaacutevel por seu cumprimento perante o membro de compensaccedilatildeo

81 O CONTRATO FUTURO DA SOJA

Produtores agropecuaacuterios normalmente deteacutem pouco poder de negociaccedilatildeo vendendo commodities em mercados de pouca concorrecircncia entre os compradores

Em geral os preccedilos satildeo determinados pela empresas compradoras dentro dos limites impostos por outros

concorrentes Negociar lotes maiores altera as condiccedilotildees de mercado porque diminui os custos de transaccedilatildeo para os

compradores e pode resultar em preccedilos maiores para os produtores ou suas cooperativas Marques e Mello (1999 p39) lembram que o

embate de forccedilas do mercado eacute dinacircmico podendo alterar-se de acordo com fatores como a eacutepoca do ano condiccedilotildees de transporte e incidecircncia de impostos No caso particular

do preccedilo da soja no Brasil estudos economeacutetricos mostram que a formaccedilatildeo de seu preccedilo se daacute de fora para

dentro Os preccedilos se formariam em mercados internacionais os produtores seriam bem informados e

passariam a reivindicar internamente preccedilos compatiacuteveis com os praticados nos mercados externos

A observaccedilatildeo de seacuteries de preccedilos oferece uma visatildeo do que aconteceu mas natildeo explica como se daacute esse

76

processo Por meio de entrevistas com representantes dos vaacuterios segmentos da cadeia da soja tentou-se sistematizar

a forma de atuaccedilatildeo das empresas compradoras Assim observou-se que a formaccedilatildeo de preccedilos

da soja em niacutevel mundial comeccedila em Roterdatilde refletindo-se para a Bolsa de Futuros de Chicago De laacute deriva-se agrave demanda pelo produto brasileiro o qual recebe aacutegio ou

desaacutegio e se deduzem os custos de frete seguros e outros chegando ao preccedilo do porto de Paranaguaacute-PR

Desse preccedilo no Porto satildeo deduzidos custos de impostos de transportes de seguros e outros obtendo o preccedilo no local da faacutebrica De laacute deduzem-se novamente os fretes

despesas operacionais e outros custos chegando a formaccedilatildeo da base de preccedilo no local da produccedilatildeo rural que com a concorrecircncia de cada regiatildeo formaraacute o preccedilo final a ser oferecido ao produtor Eacute interessante observar que a

formaccedilatildeo de preccedilos depende dos custos operacionais e da concorrecircncia isto eacute o preccedilo final depende das

necessidades das empresas em obter o produto repor estoques e outras providecircncias (MARQUES MELLO 1999)

Em agostosetembro daacute-se a colheita da soja americana e os preccedilos caem porque se inicia a

concorrecircncia com o mercado externo e os compradores comeccedilam a comprar no mercado americano A partir do momento em que a soja americana entra no mercado

praticamente nada mais eacute exportado e a formaccedilatildeo do preccedilo eacute mais pelo mercado interno quando a induacutestria leva em

consideraccedilatildeo o preccedilo do subproduto oacuteleo e farelo (MARQUES MELLO 1999)

Apesar de a colheita da soja concentrar-se em poucos meses ela eacute consumida o ano inteiro nas

diferentes formas de oacuteleo farelo e outros subprodutos Embora existam diferenccedilas quanto ao teor do oacuteleo

proteiacutena e coloraccedilatildeo compradores locais e internacionais natildeo fazem diferenccedila de preccedilo com relaccedilatildeo agrave qualidade ou

procedecircncia Eacute interessante saber que entre dezembro e

janeiro as faacutebricas costumam parar para manutenccedilatildeo

77

periacuteodo em que cessam praticamente as compras Entretanto como nem todas param exatamente no mesmo

periacuteodo nas mesmas regiotildees ainda haacute alguns poucos negoacutecios Nessas ocasiotildees pode-se encontrar o chamado

preccedilo nominal que eacute o preccedilo que se ldquoouve falar no mercadordquo que ldquoalgueacutem praticourdquo ou que a empresa

venderia ou compraria se houvessem compradores eou vendedores respectivamente Aleacutem disso continuamente as empresas estatildeo monitorando os preccedilos externos e os preccedilos do oacuteleo e do farelo destinados agrave produccedilatildeo interna de raccedilotildees Elas tecircm entatildeo uma ideacuteia de quanto pagariam caso houvesse vendedores o que tambeacutem daacute origem aos

chamados preccedilos ldquonominaisrdquo Segundo Marques e Mello (1999 p41) a maior

parte da produccedilatildeo brasileira de soja estaacute concentrada no estado do Paranaacute seguido pelo Mato Grosso Rio Grande

do Sul Goiaacutes Satildeo Paulo Minas Gerais Bahia Santa Catarina e Maranhatildeo A colheita de soja eacute feita entre os

meses de janeiro a maio sendo 4045 da produccedilatildeo comprada em abril pico da colheita Devido agraves diferenccedilas

climaacuteticas a colheita de soja inicia-se nos estados mais do norte descendo em seguida em direccedilatildeo ao sul do Paiacutes

Praticamente toda a soja eacute comprada pelas induacutestrias de processamento visando ao consumo interno ou

exportaccedilatildeo na forma de gratildeos e farelo Cerca de 60 da soja produzida eacute exportada originaria principalmente do

Paranaacute Rio Grande do Sul e Satildeo Paulo A maior parte das exportaccedilotildees da soja e seus derivados eacute feita pelo porto de

Paranaguaacute-PR De acordo com Schouchana (2000 p31) o

contrato futuro da soja da BMampF deve ter as seguintes caracteriacutesticas

a)o objeto da Negociaccedilatildeo

Soja em gratildeo a granel de tipo exportaccedilatildeo conforme padratildeo Concex (resoluccedilatildeo Concex 169 de 8 de marccedilo de 1989) com ateacute 14 de umidade base de 1 natildeo ultrapassando o

78

maacuteximo de 2 de impurezas maacuteximo de 8 de avariados este com ateacute 5 de ardidos

maacuteximo de 10 de gratildeos verdes e de 30 de gratildeos quebrado

b) cotaccedilatildeo Eacute em doacutelares por saca de 60 quilos liacutequidos

c) unidade de Negociaccedilatildeo 27 toneladas meacutetricas

d) meses de Vencimento Fevereiro marccedilo maio julho setembro e

novembro e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Seacutetimo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento

f) ponto de entrega

Municiacutepio de Ponta Grossa ndash PR g) pagamento e recebimento

Na liquidaccedilatildeo financeira no uacuteltimo dia uacutetil seguinte ao do pregatildeo Na liquidaccedilatildeo por entrega no dia uacutetil subsequumlente agrave data do

aviso da entrega pelo comprador e no dia uacutetil apoacutes o recebimento da mercadoria pelo

vendedor h) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo

1)Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas

financeiramente pelo cliente mediante operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma

quantidade de contratos pelo preccedilo de negociaccedilatildeo

2) Liquidaccedilatildeo por entrega A soja deve ser entregue do primeiro dia uacutetil do mecircs de

vencimento ateacute o oitavo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a

realizaccedilatildeo da entrega o aviso de entrega deveraacute ser emitido pela corretora de

mercadorias e deve ser acompanhado do

79

certificado de classificaccedilatildeo emitido por empresa credenciada pela BMampF da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo

armazeacutem depositaacuterio e pelos documentos que provam a propriedade do produto o

pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer ocircnus sobre a

mercadoria

82 O CONTRATO FUTURO DO MILHO

O contrato futuro de milho jaacute foi negociado na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo mas tambeacutem perdeu a

liquidez Em novembro de 1996 foi iniciado um novo contrato de milho com liquidaccedilatildeo por indicador de preccedilo a

vista O contrato de milho de Chicago de acordo com Schouchana (2000 p33) eacute de milho amarelo n2 O

contrato eacute de 5 mil bushels cotado em centavos de doacutelar por bushel Os vencimentos ocorrem em marccedilo maio

julho setembro e dezembro Para a entrega satildeo exigidos certificados emitidos por armazeacutens credenciados

localizados em Chicago Burns Harbor Toledo StLouis O mercado internacional de milho eacute enorme e

muito dinacircmico Certamente com a abertura comercial ele ditaraacute o preccedilo interno Para Alves (1998) os produtores brasileiros teratildeo primeiro que vencer a competiccedilatildeo no

mercado interno para depois passarem a exportadores Como grande exportador de frangos e suiacutenos o Brasil precisa de milho a preccedilos competitivos com o mercado

externo para sustentar e ampliar as vendas de carnes no exterior Em decorrecircncia das pressotildees das agroinduacutestrias

que tecircm grande porte e poder poliacutetico no mercado as autoridades natildeo protegem os produtores nacionais definindo tarifas que limitem a importaccedilatildeo do milho

O agronegoacutecio do milho oscila em altos e baixos no que se refere a preccedilos e renda dos agentes

envolvidos Uma simples verificaccedilatildeo no mercado constata

80

que ora o setor de produccedilatildeo amarga preccedilos deprimidos ora o setor de criaccedilatildeo depara-se com preccedilos elevados Essa volatilidade eacute explicada segundo Caffagni (2001

p25) pela sistemaacutetica substituiccedilatildeo entre aacutereas de plantio de soja e milho e estaacute relacionada a preccedilos baixos no ciclo produtivo imediatamente anterior O uso restrito do preccedilo

futuro e as caracteriacutesticas do milho com relaccedilatildeo a multiutilidade e agrave adaptabilidade continental de plantio contribuem para toda essa incerteza Historicamente a intervenccedilatildeo governamental procurava abrandar essa

elevada oscilaccedilatildeo poreacutem a eficiecircncia dos programas nem sempre era satisfatoacuteria tanto no que diz respeito agrave garantia

de preccedilos miacutenimos e maacuteximos quanto ao dispecircndio gerado aos cofres do governo No final dos anos de 1990 acompanhou-se a implantaccedilatildeo de novos instrumentos de poliacutetica agriacutecola que utilizavam menos subvenccedilatildeo sem a

formaccedilatildeo de estoques puacuteblicos A reduccedilatildeo da participaccedilatildeo do governo no

creacutedito rural e na comercializaccedilatildeo deixou produtores e criadores com menos alternativas para gerenciar riscos Aleacutem disso destaca-se que as bolsas internacionais natildeo

formam preccedilos para o Brasil e natildeo fornecem hedge eficiente A falta de praacutetica no uso dos preccedilos futuros inibe

negoacutecios a termo de compra antecipada com e sem adiantamento de recursos troca de insumos por produtos e contratos a fixar uma vez que para diminuir seu proacuteprio risco de preccedilo o comprador de milho ou o fornecedor de

insumos procura embutir esse risco nas relaccedilotildees de troca tornando o negoacutecio menos atraente Os excelentes preccedilos praticados pelo mercado

em 2000 levaram os produtores a aumentar a aacuterea plantada de milho gerando uma produccedilatildeo na safra de

20002001 de 41 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea cultivada de 13 milhotildees de hectares fato que pode ser

considerado um recorde histoacuterico O milho eacute o mais importante insumo para o

setor de criaccedilatildeo animal e se destaca tambeacutem na alimentaccedilatildeo humana podendo ser consumido sob as

81

formas de fubaacute farinha oacuteleo amido etc De todo o milho produzido de acordo com Caffagni (2001 p26) 366 satildeo destinados para o setor de aves 235 para o de suiacutenos

76 para o de pecuaacuteria de leite e corte 117 para o setor industrial 42 para o consumo humano e 99 satildeo utilizados pelos proacuteprios produtores rurais em suas

propriedades na alimentaccedilatildeo familiar e de seus animais Eacute tambeacutem responsaacutevel pela sustentaccedilatildeo alimentar do setor de criaccedilatildeo de aves e suiacutenos que produziram 597 milhotildees de toneladas de carne de frango em 2000 das quais 15

destinaram-se agrave exportaccedilatildeo e 24 milhotildees de toneladas de carne suiacutena das quais 92 destinaram-se ao mercado

externo Esse crescimento da demanda de frangos e

suiacutenos eacute explicado pelo aumento na composiccedilatildeo alimentar do brasileiro apoacutes o Plano Real e por novas conquistas de

clientes internacionais ndash sobretudo em decorrecircncia da evoluccedilatildeo da doenccedila da vaca louca na Europa que levou sua populaccedilatildeo a substituir parcialmente a carne bovina nos uacuteltimos anos O consumo per capita (CAFFAGNI

2001 p28) de carne de frango no Brasil eacute alto com 291 kgs per capita ndash no ano de 1999 ficando atraacutes somente

dos Emirados Aacuterabes 324 Araacutebia Saudita 330 e Estados Unidos que consumiram 411 kgs com potencial de elevaccedilatildeo pois responde diretamente ao sucesso de

poliacuteticas de elevaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de renda A estrutura do mercado do milho possui

caracteriacutestica peculiar com relaccedilatildeo agrave concentraccedilatildeo de mercado pois aleacutem da grande quantidade de vendedores conta com elevado nuacutemero de compradores Analisando o

risco dos agentes envolvidos no agronegoacutecio do milho deve-se destacar o seguinte

a) O setor de produccedilatildeo de milho apresenta rigidez do custo de produccedilatildeo e precisa se proteger contra a queda de preccedilos

82

b) Os criadores de aves e suiacutenos que convivem com a rigidez do preccedilo da carne no varejo satildeo impedidos de repassar elevaccedilotildees do preccedilo do milho levando-os agrave procura de proteccedilatildeo contra aumentos no preccedilo do produto

c) Os fornecedores que realizam troca de insumos por mercadorias correm o risco de queda de preccedilo

d) Os exportadores se arriscam diante de elevaccedilatildeo de preccedilo

e) As induacutestrias processadoras de milho tecircm dificuldade de repassar aumentos de preccedilos de mateacuterias-primas para o produto final

Por outro lado por ser o milho uma mercadoria

em grande parte produzida e utilizada no mercado domeacutestico as cotaccedilotildees de bolsas de mercadorias

internacionais podem fornecer hedge satisfatoacuterio Com o potencial de crescimento do mercado interno e externo de

carnes e de exportaccedilatildeo de milho associado agraves caracteriacutesticas de concentraccedilatildeo e risco dos agentes pode-se esperar que o contrato futuro de milho contribua para o desenvolvimento planejado e sustentado do agronegoacutecio

De acordo com Schouchana (2000 p32) o contrato futuro de Milho da BMampF deve ter as seguintes

caracteriacutesticas a)o objeto da Negociaccedilatildeo

Milho em gratildeo a granel de origem brasileira constituiacuteda de produto satildeo seco e

comercializaacutevel de odor e aspectos normais

83

em bom estado de conservaccedilatildeo livre de mofo de fermentaccedilatildeo e de sementes de

mamona ou de quaisquer outras sementes prejudiciais duro ou semiduro amarelo da uacuteltima safra de tipo 2 para melhor com ateacute 14 de umidade maacuteximo 1 de impurezas

considerada a peneira 5 e ateacute 6 de ardidos b) cotaccedilatildeo

Em doacutelares por saca de 60 quilos convertido para reais a taxa de cacircmbio meacutedia entre as operaccedilotildees de compra e venda de doacutelar dos

Estados Unidos c) unidade de Negociaccedilatildeo

27 toneladas meacutetricas d) meses de Vencimento

Janeiro marccedilo maio julho setembro e novembro

e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Seacutetimo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento

f) ponto de entregalocal de formaccedilatildeo do preccedilo

Municiacutepio de Campinas ndash SP g) pagamento e recebimento na entrega

No dia uacutetil subsequumlente a data de alocaccedilatildeo do Aviso de Entrega para o comprador e no dia uacutetil seguinte ao recebimento da mercadoria

pelo vendedor h) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo no vencimento 1)Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas

financeiramente pelo cliente mediante operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma

quantidade de contratos pelo preccedilo de negociaccedilatildeo

2)Liquidaccedilatildeo por entrega O milho deve ser entregue do primeiro dia uacutetil do mecircs de

vencimento ateacute o oitavo dia uacutetil anterior ao

84

uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a realizaccedilatildeo da entrega o Aviso de Entrega

deveraacute ser emitido pela corretora de mercadorias e deve ser acompanhado do certificado de classificaccedilatildeo emitido por

empresa credenciada pela BMampF da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo armazeacutem depositaacuterio e pelos documentos que provam a propriedade do produto o

pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer ocircnus sobre a

mercadoria

83 O CONTRATO FUTURO DO CAFEacute

O contrato de cafeacute comeccedilou a ser negociado na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo em 1978 Com a fusatildeo

entre a BMSP (Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo) e a Bolsa de Mercadorias e Futuros em 1991 continuou sendo

transacionado na BMampF O maior contrato futuro conhecido por Contrato C explica (SCHOUCHANA 2000

p29) eacute negociado na New York Board of Trade Nele negociam-se cafeacutes lavados produzidos na Ameacuterica

Central Colocircmbia e leste da Aacutefrica (Quecircnia Tanzacircnia e Etioacutepia)

Um contrato tem 37500 libras-peso ou aproximadamente 284 sacas de 60 quilos os meses de

vencimento satildeo marccedilo maio julho setembro e dezembro As cotaccedilotildees satildeo em centavos de doacutelar por libra-peso O

local de formaccedilatildeo dos lotes eacute Nova Iorque Nova Orleans Satildeo Francisco e Miami Na London Futures amp Options

Exchange negocia-se cafeacute robusta produzido na Aacutefrica Indoneacutesia e Conillon brasileiro O contrato eacute de cinco

toneladas ou cerca de 84 sacas de 60 quilos os meses de vencimento satildeo janeiro marccedilo maio julho setembro e novembro as cotaccedilotildees satildeo em doacutelares por tonelada O

local de formaccedilatildeo dos lotes eacute em portos da Europa e Nova Orleans

85

De acordo com dados do IAPAR (2002) nas deacutecadas de 6070 e 80 o Brasil exportou entre 15 e 18

milhotildees de sacas de cafeacute por ano com uma participaccedilatildeo de 27 do volume exportado mundialmente Na deacutecada de 90 as exportaccedilotildees brasileiras ficaram no mesmo patamar poreacutem a participaccedilatildeo no mercado mundial caiu situando-

se em 20 das exportaccedilotildees mundiais de cafeacute as quais giram em torno de 78 milhotildees de sacasano

Nos uacuteltimos 10 anos o Brasil colheu em meacutedia cerca de 27 milhotildees de sacas de 60 kg por ano Minas

Gerais eacute o maior estado produtor que produz 43 do cafeacute brasileiro considerando a meacutedia de 1988 a 1998 Esta produccedilatildeo estaacute concentrada principalmente no Sul do

estado mas nos uacuteltimos anos tambeacutem vem se destacando o cerrado mineiro com a cafeicultura irrigada Em segundo

lugar vem o Espiacuterito Santo com 17 seguido por Satildeo Paulo (16) com destaque para a regiatildeo mogiana e oeste

O Paranaacute eacute o quarto maior produtor com 7 do cafeacute nacional Juntos Minas Gerais Espiacuterito Santo Satildeo Paulo e Paranaacute produzem 83 do cafeacute brasileiro Bahia e Rondocircnia

vecircm se destacando na produccedilatildeo de cafeacute Conforme Schouchana (2000 p28) o Contrato

futuro de Cafeacute Araacutebico da BMampF deve ter as seguintes caracteriacutesticas

a)o objeto da Negociaccedilatildeo Cafeacute cru em gratildeo de produccedilatildeo brasileira tipo seis ou melhor bebida dura para entrega no

Municiacutepio de Satildeo Paulo SP b) cotaccedilatildeo

Em doacutelares por saca de 60 quilos liacutequidos c) unidade de Negociaccedilatildeo

100 sacas de 60 quilos liacutequidos d) meses de Vencimento

Marccedilo maio julho setembro e dezembro e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Sexto dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia do mecircs do vencimento

86

f) ponto de entregalocal de formaccedilatildeo do preccedilo

Municiacutepio de Satildeo Paulo ndash SP g) locais de Formaccedilatildeo dos lotes

Armazeacutens credenciados pela BMampF localizados nos municiacutepios de Satildeo Paulo (SP)

Santos (SP) Espiacuterito Santo do Pinhal (SP) Franca (SP) Batatais (SP) Leme (SP)

Londrina (PR) Rolacircndia (PR) Eloacutei Mendes (MG) Araguari (MG) Patrociacutenio (MG)

Machado (MG) Varginha (MG) Guaxupeacute (MG) Poccedilos de Caldas (MG) Piumhi (MG) Ouro Fino (MG) Satildeo Sebastiatildeo do Paraiacuteso (MG)

Trecircs Coraccedilotildees (MG) Andradas (MG) Campos Altos (MG) Satildeo Gotardo (MG) e Monte

Carmelo (MG) h) pagamento e recebimento na entrega

No terceiro dia uacutetil subsequumlente a data de apresentaccedilatildeo do aviso de entrega

i) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo no vencimento 1) Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em

aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas financeiramente pelo cliente mediante

operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma quantidade de contratos pelo preccedilo de

negociaccedilatildeo 2) Liquidaccedilatildeo por entrega O cafeacute deve ser

entregue do segundo dia uacutetil do mecircs de vencimento ateacute as 18 horas do seacutetimo dia uacutetil

anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a realizaccedilatildeo da entrega o

aviso de entrega deveraacute ser emitido pela corretora de mercadorias e deve ser

acompanhado do certificado de classificaccedilatildeo emitido pela BMampF do resumo do romaneio

do lote da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo armazeacutem depositaacuterio e

pelos documentos que provam a propriedade

87

do produto o pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer

ocircnus sobre a mercadoria

88

9 METODOLOGIA

Na busca de soluccedilatildeo para o problema procurou-se neste estudo

fazer um levantamento dos dados atraveacutes de questionaacuterios estruturados e

entrevistas pessoais pelo autor do projeto e tambeacutem por alunos universitaacuterios Foi

uma pesquisa ocasional por ser um uacutenico levantamento podendo futuramente ser

repetido para verificar se houve mudanccedila no perfil do agricultor do Municiacutepio de

Londrina Objetivamente tratou-se de uma pesquisa de caraacuteter exploratoacuterio jaacute que

natildeo se conhece o perfil desses produtores rurais com relaccedilatildeo ao assunto proposto

A pesquisa foi realizada com dados primaacuterios em funccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do meacutetodo

indutivo pois partiu de questionaacuterios individuais para descobrir a maneira utilizada

pelos produtores rurais para produzir e negociar seus produtos A pesquisa foi

quantitativa com representatividade no tamanho da amostra (DUTRA 2001)

91 POPULACcedilAtildeO

A populaccedilatildeo pesquisada foi composta por 1527 agricultores entre proprietaacuterios rurais arrendataacuterios

e parceiros que plantaram soja eou milho eou cafeacute na uacuteltima safra de 20012002 em propriedades rurais situadas

no Municiacutepio de Londrina dentre os 2315 produtores rurais cadastrados na Secretaria de Agricultura do

Municiacutepio de Londrina para obtenccedilatildeo do talatildeo de nota fiscal de produtor rural que aleacutem dessas culturas fazem

outros cultivos e tambeacutem tecircm outras atividades no segmento da pecuaacuteria

92 AMOSTRA E DELIMITACcedilAtildeO DA PESQUISA

A amostra composta por 300 (trezentos) agricultores dentro do

universo de 1527 foi considerada representativa para o presente trabalho com

uma margem de erro de 5 A amostragem especiacutefica pode ser definida como

89

probabiliacutestica sistemaacutetica com sorteio de 1 agricultor em cada 5 e todos os

produtores rurais cadastrados tiveram chance igual e conhecida de seleccedilatildeo

Por ser uma amostra aleatoacuteria com sorteio de um em cada cinco no universo de 1527 agricultores que

exploram as atividades de soja milho e cafeacute em propriedades rurais do municiacutepio de Londrina natildeo se levou em consideraccedilatildeo se a sua residecircncia estaacute no

municiacutepio de Londrina ou natildeo Dentro da amostra sorteada na pesquisa 5

produtores natildeo quiseram responder e 22 tinham trocado o nuacutemero do telefone Diante dessa impossibilidade foram

trocados pelos agricultores subsequumlentes A classificaccedilatildeo como pequeno meacutedia ou

grande produtor rural foi baseado na aacuterea explorada das propriedades de acordo com a Lei 8629 de 25021993 que

no seu inciso II do artigo 4ordm (BRASIL 1993) define 1)Eacute considerada como pequena propriedade rural o imoacutevel que tem ateacute 4 moacutedulos fiscais

ou seja ateacute 48 hectares ou ainda 1983 alqueires paulistas

2) Eacute considerada como meacutedia propriedade rural o imoacutevel que tem

aacuterea superior a 4 e ateacute 15 moacutedulos fiscais ou seja ateacute 180

hectares ou ainda 7438 alqueires paulistas

3) Eacute considerada grande propriedade rural o imoacutevel que tem aacuterea

superior a 15 moacutedulos fiscais ou seja acima de 180 hectares ou

ainda 7438 alqueires paulistas 93 COLETA DE DADOS

Os dados foram coletados atraveacutes de questionaacuterio estruturado com

perguntas abertas e fechadas respondidas pessoalmente pelo agricultor

94 SEGMENTACcedilAtildeO

90

A populaccedilatildeo foi segmentada de acordo com as seguintes variaacuteveis agricultores que cultivaram e

comercializaram a soja eou milho eou cafeacute na uacuteltima safra de 20012002 grau de escolaridade sub-divididos em primeiro grau para aqueles produtores que estudaram ateacute a oitava seacuterie segundo grau para os que fizeram cursos teacutecnicos ou colegial e terceiro grau para os produtores

que tiveram oportunidade de cursar a universidade infra-estrutura disponiacutevel na propriedade tais como energia

eleacutetrica aacutegua encanada veiacuteculos computadores televisatildeo uso de matildeo-de-obra proacutepria e de terceiros

tamanho da propriedade cuja classificaccedilatildeo para pequeno meacutedio ou grande produtor rural se baseou nas aacutereas

exploradas das propriedades de acordo com a Lei 8629 de 25021993 que no seu inciso II do artigo 4ordm (BRASIL 1993) considera como pequeno produtor agravequele que explora ateacute 4 moacutedulos fiscais que para o Municiacutepio de

Londrina corresponde a 1983 alqueires paulistas meacutedio produtor para aquele que explora entre 1983 alqueires e

7438 (15 moacutedulos fiscais) alqueires paulista e grande produtor aquele que explora imoacuteveis rurais com aacuterea

superior a 7438 alqueires entre aacuterea proacutepria e de terceiros aacuterea cultivada de cada cultura tempo de experiecircncia no negoacutecio sexo faixa etaacuteria sendo a

primeira faixa ateacute os 35 anos de idade para se obter um intervalo de idade nos negoacutecios entre 15 e 20 anos de idade a partir dos 21 anos Para determinar os meios

utilizados para cotaccedilatildeo de preccedilos dos produtos agriacutecolas o produtor pocircde dar mais de uma resposta assim como para verificar o sistema usual de venda dos produtos

suas preferecircncias e o conhecimento da comercializaccedilatildeo em mercados futuros

91

92

10 RESULTADO DOS DADOS COLETADOS E ANAacuteLISE 101 O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE CULTIVA SOJA EOU MILHO EOU CAFEacute

Os dados coletados foram tabulados para

anaacutelise pelo programa EXCEL aplicado o Teste do Qui-Quadrado e para a caracterizaccedilatildeo do perfil dos agricultores foi utilizada a estatiacutestica descritiva

apresentadas em quadros tabelas e graacuteficos como se segue

TABELA 03ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por sexo

MASCULINO FEMININO TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

relativa

300 260 866 40 134

Fonte Pesquisa do autor TABELA 04ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por estado civil

CASADO SOLTEIRO OUTROS TAMANHO

DA

AMOSTRA

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

300 239 796 32 107 29 97

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 05ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por idade

ATEacute 35 ANOS DE 36 A 55 ANOS ACIMA 56 ANOS TAMANHO

DA

AMOSTRA

IDADE

MEacuteDIA Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

300 53 27 9 133 443 140 467

Fonte Pesquisa do autor TABELA 06ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por escolaridade

TAMANHO

DA

FREQUENTOU

ATEacute 1ordm GRAU

FREQUENTOU

ATEacute 2ordm GRAU

FREQUENTOU

ATEacute 3ordm GRAU

93

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 145 483 81 27 74 247

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 07ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tamanho da aacuterea explorada

PEQUENO PRODUTOR MEacuteDIO PRODUTOR (DE 1984 ATEacute 7438 ALQ)

GRANDE PRODUTOR TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

300 124 413 100 333 76 254

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 08ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por local moradia e acesso agrave escola puacuteblica

MORA NA

PROPRIEDADE

MORA NA CIDADE ESTUDOU EM ESCOLA

PUacuteBLICA

TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

300 102 34 198 66 223 743

Fonte Pesquisa do autor

A distacircncia de suas residecircncias ateacute a propriedade eacute em meacutedia de

27 quilocircmetros Aqueles que moram na cidade vatildeo agrave propriedade em meacutedia 16 dias

por mecircs praticamente dia sim dia natildeo A amostra revelou que a famiacutelia do produtor

tem em meacutedia 46 pessoas e 25 estudaram ou estudam em escola puacuteblica

TABELA 09ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de aquisiccedilatildeo dos imoacuteveis IMOacuteVEIS ADQUIRIDOS RECEBIDOS POR

HERANCcedilA

PARTE ADQUIRIDA E

PARTE HERANCcedilA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

272 112 411 106 39 54 199

Fonte Pesquisa do autor

94

TABELA 10ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de exploraccedilatildeo dos imoacuteveis

TAMANHO

AMOSTRA

TIPO DE EXPLORACcedilAtildeO FREQUEcircNCIA

ABSOLUTA

FREQUEcircNCIA

RELATIVA

EXPLORAM SOacute O PROacutePRIO 224 746

O PROacutePRIO E EM PARCERIA 26 87

O PROacutePRIO E ARRENDADOS 20 67

SOacute IMOacuteVEIS EM PARCERIA 11 36

SOacute IMOacuteVEIS ARRENDADOS 15 5

PROacutePRIO ARRENDA E PARCERIA 2 07

300

SOacute ARRENDADO E EM PARCERIA 2 07

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 11ndash Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-estrutura na propriedade

TEM ENERGIA

ELEacuteTRICA

TEM AacuteGUA

ENCANADA

TEM ANTENA

PARABOacuteLICA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 293 977 285 95 102 34

Fonte Pesquisa do autor

95

TABELA 12ndash Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-estrutura

na propriedade

TEM APARELHO

DE TELEVISAtildeO

TEM VEIacuteCULOS

MOTORIZADOS

TEM COMPUTADOR

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 250 833 243 81 181 603

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 13ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela renda e trabalho da famiacutelia na propriedade

TEM SOacute A RENDA DA

PROPRIEDADE

COcircNJUGE AJUDA NA

ATIVPRODUTIVA

FILHOS AJUDAM NA ATIV

PRODUTIVA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 142 473 55 183 105 35

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 14ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela matildeo de obra utilizada

MAtildeO DE OBRA FIXA CONTRATADA

(EMPREGADOS)

MAtildeO DE OBRA TEMPORAacuteRIA

CONTRATADA (BOacuteIA-FRIA)

TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 177 590 155 517

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores rurais mantecircm a meacutedia de 318 empregados efetivos para executar os trabalhos nas

propriedades rurais Nos picos de serviccedilos que compreende o plantio e a colheita dos produtos costumam

contratar 671 empregados na meacutedia como matildeo-de-obra temporaacuteria

96

TABELA 15ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na cultura da soja em sacas 60 quilos

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM SOJA

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

QuantIa

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 231 77 453 5296 1169

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram soja

obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 5296 sacas de 60 quilos em uma aacuterea de 453

alqueires paulistas resultando em uma produtividade de 1169 sacas por alqueire

exatamente igual agrave produtividade do Estado do Paranaacute e superior agrave meacutedia nacional

em 984

TABELA 16ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na cultura do milho em sacas 60 quilos

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM MILHO

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

Quantia

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 148 493 234 5553 2373

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram milho obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 5553 sacas de 60 quilos em uma aacuterea de 234 alqueires paulistas resultando em uma produtividade de 2373 sacas por alqueire superior agrave meacutedia nacional e 86 e tambeacutem superior agrave meacutedia paranaense em 57 TABELA 17ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida cultura

do cafeacute (sacas 40 quilos em coco)

97

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM CAFEacute

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

Quantia

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 99 33 99 1559 1574

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram cafeacute obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 1559 sacas

de 40 quilos de cafeacute em coco em uma aacuterea de 99 alqueires paulistas resultando em uma produtividade de

1574 sacas de cafeacute em coco por alqueire ou ainda 525 sacas de cafeacute beneficiado por alqueire superior agrave

meacutedia nacional em 6 e superior a meacutedia paranaense em 18

TABELA 18ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS PROacutePRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 211 703 89 297

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 19ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram soja pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

231 182 787 49 213

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 20ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram milho pela posse dos maquinaacuterios

TAMANHO DA TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS

98

AMOSTRA

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

148 110 743 257

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 21ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram cafeacute pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

99 61 38 384

TABELA 22ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela necessidade de financiamentos

DEPENDE DE FINANCIAMENTOS NAtildeO DEPENDE TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

38

TAMANHO DA

AMOSTRA

Relativa Relativa

616

Fonte Pesquisa do autor

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 152 506 148 494

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 23ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acesso agrave assistecircncia teacutecnica

TEcircM ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA NAtildeO TEcircM ASSISTEcircNCIA TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

Relativa

300 232 773 68 227

Absoluta

Fonte Pesquisa do autor TABELA 24ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de assistecircncia teacutecnica

recebida TAMANHO

AMOSTRA

DA

EMATER

DA

COOPERATIVA

DE

PARTICULAR

MAIS DE UMA

ASSISTEcircNCIA

99

Freq

Abs

Freq

Rel

Freq

Rel

Freq

Abs

Freq

Abs

Freq

Rel

Freq

Abs

Freq

Rel

232 35 15 99 427 78 336 20 87

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 25ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela eacutepoca de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

COMERCIALIZOU ANTES

COLHEITA

COMERCIALIZOU APOacuteS A

COLHEITA

COM PARTE ANTES E

PARTE DEPOIS

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 14 47 234 78 52 173

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 26- Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da produccedilatildeo antes da colheita

COMERCIALIZOU TUDO

NAS COOP

COMERCIALIZOU TUDO

NAS INDUSTR

PARTE NAS COOP E

PARTE NAS IND

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Absoluta

14 9 2 3

Fonte Pesquisa do autor

100

TABELA 27- Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da produccedilatildeo apoacutes a colheita

COMERCIALIZOU TUDO

NAS COOP

COMERCIALIZOU TUDO

NAS INDUSTR

PARTE NAS COOP E

PARTE NAS IND

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

234 132 564 72 308 30 128

Fonte Pesquisa do autor

Dentro da amostra entre os agricultores que venderam toda a produccedilatildeo antes ou depois da colheita e os que

venderam parte da produccedilatildeo antes e parte depois constatou-se que 102 da produccedilatildeo foi comercializada

antes de ser colhida e 898 da produccedilatildeo foi comercializada depois de realizada a colheita Dos 898 da

comercializaccedilatildeo negociada apoacutes a colheita 551 foi vendida nas cooperativas e 347 nas induacutestrias

Dos 102 da produccedilatildeo comercializada antes da colheita verificou-se que 48 foi vendida em cooperativas

com preccedilos preacute-fixados 30 comercializado com as induacutestrias com preccedilos preacute-fixados 07

comercializado em cooperativas com adiantamentos de recursos em dinheiro ou insumos e com preccedilos a fixar

na entrega da safra 02 comercializada antecipadamente com as induacutestrias com adiantamentos de recursos

e preccedilos a fixar na entrega da safra 01 comercializado com as induacutestrias com adiantamentos de recursos e

preccedilos jaacute fixados e 14 comercializada na bolsa de mercadorias

TABELA 28ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelas negociaccedilotildees realizadas na bolsa de mercadorias

NEGOCIAM NA BOLSA NAtildeO NEGOCIAM NA BOLSA TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 16 53 284 947 Fonte Pesquisa do autor

101

Dos 16 (53) agricultores que comercializaram a totalidade ou parte da safra na bolsa de mercadorias o

fizeram pelas seguintes razotildees

a) 14 disseram entre outras razotildees mas em especial que

preferem comercializar a safra ou parte dela para garantir os

preccedilos acenados pelo mercado futuro

b) 6 disseram entre outras razotildees mas em especial que soacute

comercializam quando os preccedilos satildeo interessantes

c) 4 disseram entre outras razotildees mas em especial que

comercializam na bolsa porque confiam na seguranccedila desse tipo

de negociaccedilatildeo

Dos 284 (947) agricultores lodrinenses que disseram natildeo comercializar satildeo pelas diversas abaixo

relacionadas

a) 253 disseram entre outras razotildees que natildeo sabem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em bolsas de mercadorias

b) 53 disseram entre outras razotildees que nunca foram convidados pela BMampF ou corretores para explicar como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado futuro

c) 19 disseram entre outras razotildees que consideram o processo

muito burocraacutetico

d) 16 disseram entre outras razotildees que natildeo possuem seguranccedila para operar nesse mercado

e) 17 disseram entre outras razotildees que tecircm medo de perder dinheiro nesse tipo de comercializaccedilatildeo

f) 10 disseram entre outras razotildees que sabem como funciona mas preferem natildeo comercializar enquanto natildeo tecircm garantida a colheita da safra

g) 7 disseram entre outras razotildees que natildeo confiam nas corretoras que intermediam a comercializaccedilatildeo

h) 5 disseram entre outras razotildees que natildeo consideram os preccedilos

interessantes

102

TABELA 29ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado

ACOMPANHAM AS COTACcedilOtildeES NAtildeO ACOMPANHAM TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 289 963 11 37

Fonte Pesquisa do autor

Dentre os agricultores que acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado o fazem das seguintes maneiras

a) 193 disseram que acompanham atraveacutes dos jornais

b) 173 disseram que acompanham pela televisatildeo

c) 143 disseram que acompanham atraveacutes das cooperativas

d) 54 disseram que acompanham pela internet

e) 49 disseram que acompanham atraveacutes do radio

f) 49 disseram que acompanham por outros meios como amigos conhecidos etc

Com base na segmentaccedilatildeo das tabelas 03 a 29 pode-se

caracterizar o perfil do agricultor londrinense - que cultiva soja eou milho e ou cafeacute -

com destaques para aos dados abaixo

01) 866 satildeo homens

02) 796 satildeo casados

03) 467 tecircm idade acima de 56 anos

04) 483 frequumlentaram a escola ateacute o primeiro grau

05) 743 de sua famiacutelia estudou ou estuda em escola publica

06) 413 satildeo pequenos produtores

07) 66 moram na cidade e vatildeo agrave propriedade 16 vezes por mecircs

08) 411 adquiriram o imoacutevel que exploram

09) 746 soacute exploram o imoacutevel proacuteprio

10) 977 tecircm energia eleacutetrica na propriedade

11) 95 tecircm aacutegua encanada

12) 833 tecircm televisatildeo

103

13) 81 tecircm veiculo na propriedade

14) 603 tecircm computador

15) 473 vivem soacute da renda das propriedades rurais

16) 59 tecircm empregados fixos

17) 517 contratam trabalhadores volantes nas eacutepocas de picos de serviccedilo

18) 77 plantam soja e colhem 1169 sacas por alqueire

19) 493 plantam milho e colhem 2373 sacas por alqueire

20) 33 plantam cafeacute e colhem 1574 sacas em coco por alqueire ou 525 sacas de

cafeacute beneficiado

21) 703 tecircm maquinaacuterios proacuteprios entre tratores e colheitadeiras

22) 506 necessitam de financiamentos para custeio das lavouras

23) 773 dispotildeem de assistecircncia teacutecnica na propriedade

24) 78 comercializam as safras depois de colhida

25) 947 natildeo negociam seus produtos na bolsa de mercadorias

26) 963 acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado sendo a maioria

pelos jornais e televisatildeo

26)O tempo meacutedio de responsabilidade do agricultor pela produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo nas propriedades eacute de 18 anos

104

102 COMPARACcedilAtildeO DO PERFIL DO AGRICULTOR BRASILEIRO COM O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE CULTIVA SOJA EOU

MILHO EOU CAFEacute

TABELA 30- Comparativo das caracteriacutesticas do agricultor brasileiro com o agricultor londrinense

CARACTERIacuteSTICAS AGRICULTOR

BRASILEIRO AGRICULTOR

LONDRINENSE

Satildeo proprietaacuterios dos imoacuteveis 85 907 Idade meacutedia do produtor 52 53

Maior concentraccedilatildeo de escolaridade 1ordm Grau 1ordm GrauDisponibilidade energia eleacutetrica no

imoacutevel 85 977

Antenas paraboacutelicas na propriedade 43 34 Veiacuteculos na propriedade 56 81

Aacutegua encanada na propriedade 71 95 Aparelho de televisatildeo 81 833

Tem outra fonte de renda aleacutem da propriedade

82 527

Tem computador 3 603 Uso de matildeo de obra familiar 78 656

Uso de matildeo de obra temporaacuteria 81 517 Pessoa da famiacutelia que estudou em

escola puacuteblica 62 743

Produtividade na cultura do milho 2057 2373 Fonte CNA e pesquisa do autor

Diferentemente da meacutedia do perfil do agricultor brasileiro que 82 tem outra fonte de renda gerada fora

da propriedade com outras atividades remuneradas menos da metade dos agricultores (473) depende

exclusivamente da renda gerada dentro das propriedades rurais obrigando-o sempre a buscar a eficiecircncia nas

atividades desenvolvidas 35 dos agricultores contam com a ajuda dos filhos para desenvolverem as atividades

de produccedilatildeo e 183 recebem ajuda da mulher nas

105

atividades produtivas do imoacutevel paracircmetro que mede a vocaccedilatildeo do produtor rural do Municiacutepio de Londrina

conforme demonstra a tabela 13 Outra variaacutevel diferenciada nesta comparaccedilatildeo

do perfil do agricultor brasileiro com relaccedilatildeo ao agricultor do Municiacutepio de Londrina eacute com relaccedilatildeo agrave informaacutetica Enquanto somente 3 dos agricultores brasileiros tecircm

computador 603 dos agricultores de Londrina dispotildeem de computadores para armazenar as informaccedilotildees das

atividades desenvolvidas nas propriedades rurais conforme demonstra a tabela 12

Na pesquisa realizada pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas sobre o perfil do agricultor brasileiro a uacutenica

produtividade levantada foi da cultura do milho com colheita de 85 sacas de 60 kgs por hectare o que

corresponde a 2057 sacas de 60 quilos por alqueire paulista Na comparaccedilatildeo com a produtividade meacutedia do

agricultor de Londrina verifica-se que ele colhe 2373 sacas de 60 quilos de milho por alqueire portanto

153 maior que a produccedilatildeo meacutedia brasileira A produtividade meacutedia do agricultor de Londrina que cultiva

soja eacute de 1169 sacas de 60 quilos por alqueire e a produtividade do cafeacute em coco eacute de 1574 sacas de 40

quilos por alqueire o que corresponde a 525 sacas de 60 quilos de cafeacute beneficiado por alqueire paulista de

acordo com as tabelas 15 16 e 17

O agricultor rural de Londrina dispotildee de uma melhor infra-estrutura quando comparado com o agricultor brasileiro como se verifica nas tabelas 11 e 12 como eacute o caso da energia eleacutetrica 977 contam com esse serviccedilo

contra 85 dos agricultores brasileiros veiacuteculos na propriedade 81 contra 56 do produtor brasileiro aacutegua

encanada 95 contra 71 do produtor brasileiro e uma diferenccedila alarmante quando comparados os

computadores - com 603 contra somente 3 do produtor brasileiro

Outro dado importante verificado eacute com relaccedilatildeo agrave matildeo de obra temporaacuteria conforme tabela 30 Enquanto

o agricultor brasileiro usa 81 de matildeo de obra temporaacuteria o agricultor londrinense utiliza somente 517 Isso

significa que o agricultor londrinense proporciona 567 a mais de emprego nas propriedades rurais mantendo o

106

empregado fixo na propriedade com registro em carteira e provavelmente pagando todos os encargos sociais e

trabalhistas como Previdecircncia Social Fundo de Garantia Deacutecimo Terceiro Salaacuterio Feacuterias etc Isso posto cabe

acrescentar que a manutenccedilatildeo do empregado na propriedade contribui para a reduccedilatildeo da pobreza nos cinturotildees de miseacuteria das cidades porque certamente junto com o empregado moram na propriedade sua

esposa e filhos

103 CARACTERIacuteSTICAS DO AGRICULTOR LONDRINENSE RELACIONADOS COM A PRODUCcedilAtildeO COMERCIALIZACcedilAtildeO COTACcedilOtildeES DE PRECcedilOS E ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS

Nesta seccedilatildeo descrevem-se todas as caracteriacutesticas dos agricultores do Municiacutepio de Londrina relacionados agrave

produccedilatildeo obtida nas culturas da soja do milho e do cafeacute seu sistema de comercializaccedilatildeo acompanhamento

das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado e sua atuaccedilatildeo na bolsa de mercadorias

TABELA 311ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de escolaridade

ESCOLARIDADE SOJA

(Saca de 60 kgs) MILHO

(Saca de 60 kgs) CAFEacute EM COCO

(saca de 40 kgs)

1ordm GRAU 1121 2084 1173

2ordm GRAU 1083 2323 1272

3ordm GRAU 1286 2393 1641

Fonte Pesquisa do autor Z2=104244200 P=000000

A tabela 311 demonstra que o grau de escolaridade exerce grande influecircncia na produtividade dos

agricultores de Londrina em todas as culturas e em especial na cultura do cafeacute Verificou-se uma

produtividade bem maior daqueles produtores que cursaram a universidade em relaccedilatildeo aos que cursaram

somente ateacute o primeiro grau No milho e na soja a produtividade tambeacutem foi superior

107

TABELA 312ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de escolaridade

ESCOLARIDADE DA SAFRA VENDIDA ANTES DA

COLHEITA DA SAFRA VENDIDA APOacuteS A

COLHEITA

1ordm GRAU 75 925

2ordm GRAU 130 870

3ordm GRAU 169 831

Fonte Pesquisa do autor Z2=1155000 P=000311

A tabela 312 confirmando a demonstraccedilatildeo da tabela 311 revela

que o produtor rural com escolaridade superior jaacute com a visatildeo mais voltada para o

mercado procura comercializar parte de sua produccedilatildeo no andamento da safra

evitando ficar com a totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca

em que todos os produtores estaratildeo interessados na venda da sua produccedilatildeo e

com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos dado a maior

quantidade de oferta no mercado que ocorre apoacutes a colheita Mais do que o dobro

dos produtores com curso universitaacuterio comparados com os produtores que soacute tecircm

o primeiro grau comercializam parte de suas safras antes da colheita dos produtos

TABELA 313ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a escolaridade ESCOLARIDADE FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS

1ordm GRAU 958 42

2ordm GRAU 963 37

3ordm GRAU 973 27

Fonte Pesquisa do autor Z2=028600 P=086669

A tabela 313 demonstra diferenccedila pouco significativa no acompanhamento das cotaccedilotildees de preccedilos dos

produtos no mercado quando se compara a escolaridade dos produtores Os produtores rurais de Londrina

108

em sua quase totalidade acompanham e fazem cotaccedilotildees dos preccedilos na hora de vender a sua produccedilatildeo em

sua maioria pelos jornais televisatildeo e cooperativas

TABELA 314ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a escolaridade ESCOLARIDADE NEGOCIA NA BOLSA DE

MERCADORIAS NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

1ordm GRAU 27 973

2ordm GRAU 74 926

3ordm GRAU 95 905

Fonte Pesquisa do autor Z2=474400 P=009329

A tabela 314 tambeacutem revela que o maior grau de escolaridade

permite ao produtor rural procurar novas opccedilotildees para a negociaccedilatildeo dos seus

produtos Praticamente quase todos dos produtores com o primeiro grau

desconhecem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em

bolsas de mercadorias justificando os iacutendices apresentados na tabela Para cada 4

produtores com curso superior do Municiacutepio de Londrina somente 1 com o primeiro

grau negocia os seus produtos na bolsa de mercadorias

TABELA 321ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade do

produtor

IDADE DO PRODUTOR SOJA MILHO CAFEacute EM COCO

109

(Saca 60 kgs) (Saca 60 kgs) (Saca 40 kgs)

ATEacute 35 ANOS 1172 2094 2040

DE 36 A 55 ANOS 1166 2342 1550

ACIMA 56 ANOS 1151 2110 1068 Fonte Pesquisa do autor Z2=21532200 P=000000

A tabela 321 demonstra que a idade exerce influecircncia significativa na produtividade dos agricultores de

Londrina que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade bem maior do produtor com idade ateacute 35

anos em relaccedilatildeo ao produtor com idade acima de 56 anos Provavelmente isso ocorre em funccedilatildeo da

tecnologia antiga usada pelo produtor com mais idade Tambeacutem foi significativamente maior quando

comparados os produtores de cafeacute com ateacute 35 anos com os produtores que tecircm idade entre 36 e 55 anos No

milho a produtividade apresentou-se um pouco maior entre os produtores com idade de 36 a 55 anos em

relaccedilatildeo aos produtores com idades superiores e inferiores e na cultura da soja natildeo houve diferenccedilas de

produtividade pois todos colheram entre 115 e 117 sacas por alqueire

TABELA 322ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do produtor

IDADE DO PRODUTOR VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

ATEacute 35 ANOS 170 830

DE 36 A 55 ANOS 125 875

ACIMA 56 ANOS 90 910

Fonte Pesquisa do autor Z2=709300 P=002883

A tabela 322 revela que o produtor rural com idade ateacute 35 anos

tambeacutem com a visatildeo mais voltada para o mercado procura comercializar parte de

sua produccedilatildeo no andamento da safra evitando ficar com a totalidade dos produtos

nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo

interessados na venda da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos

preccedilos dos produtos dado a maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a

colheita Quase o dobro dos produtores com idade ateacute 35 anos comparados com

os que tecircm idade acima de 56 anos comercializam uma parte de suas safras antes

110

da colheita dos produtos Na comparaccedilatildeo com os produtores com idade entre 36 e

55 anos tambeacutem ocorre o mesmo fato poreacutem em menor escala

111

TABELA 323ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo com a idade do produtor

IDADE DO

PRODUTOR

FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

ATEacute 35 ANOS 1000 00

DE 36 A 55 ANOS 955 45

ACIMA 55 ANOS 964 36

Fonte Pesquisa do autor Z2=130000 P=052208

A tabela 323 igualmente com o que ocorre com o grau de escolaridade dos produtores a diferenccedila eacute pouco

significativa no acompanhamento das cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos no mercado quando se compara a

idade dos que tecircm ateacute 35 anos com as das demais idades Eacute importante ressaltar que todos os produtores com

ateacute 35 anos acompanham as cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos em sua maioria tambeacutem pelos jornais

televisatildeo e cooperativas

TABELA 324ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo com a idade do produtor

IDADE DO PRODUTOR NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

ATEacute 35 ANOS 37 963

DE 36 A 55 ANOS 68 932

ACIMA 55 ANOS 43 957

Fonte Pesquisa do autor Z2=098800 P=061027

A tabela 324 diferentemente das demais onde satildeo comparadas as idades apresenta os produtores com idade

entre 36 e 55 como os que mais negociam seus produtos em bolsa de mercadorias Entre os produtores com

ateacute 35 anos de idade quase 100 desconhecem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

em bolsas de mercadorias e 30 alegaram que nunca foram convidados pela BMampF ou corretoras para

explicarem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado futuro Entre os produtores com idade

entre 36 e 55 anos de idade que comercializam seus produtos na bolsa a maioria disse saber como funciona

o processo de comercializaccedilatildeo e confia na seguranccedila desse tipo de negociaccedilatildeo embora soacute procurem as bolsas

quando os preccedilos do mercado futuro se apresentam interessantes

112

TABELA 331ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o tamanho

da aacuterea explorada

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

SOJA (Saca 60 kgs)

MILHO (Saca 60 kgs)

CAFEacute EM COCO (Saca 40 kgs)

PEQUENO PRODUTOR 1145 2053 1158

MEacuteDIO PRODUTOR 1123 2121 1289

GRANDE PRODUTOR 1204 2511 1712 Fonte Pesquisa do Autor Z2=51356700 P=000000

A tabela 331 demonstra que o tamanho da aacuterea tem influecircncia significativa na produtividade dos

agricultores de Londrina em especial para os que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade bem

maior do grande produtor com relaccedilatildeo ao pequeno e um terccedilo a mais que o meacutedio produtor Tambeacutem foi um

quarto maior a produtividade do milho quando comparados os grandes com os pequenos e meacutedios

produtores Na cultura da soja natildeo se apresentaram diferenccedilas significativas na produtividade todos colhem

na faixa de 110 a 120 sacas por alqueire sendo que o grande produtor apresenta produtividade um pouco

superior em relaccedilatildeo aos pequenos e meacutedios produtores

TABELA 332ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o tamanho da aacuterea explorada

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

PEQUENO PRODUTOR 85 915

MEacuteDIO PRODUTOR 136 864

GRANDE PRODUTOR 130 870

Fonte Pesquisa do autor Z2=163300 P=044204

A tabela 332 revela que o grande e meacutedio produtor rural com a

visatildeo mais voltada para o mercado tambeacutem procuram comercializar sua produccedilatildeo

113

no andamento da safra evitando ficar com a totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o

final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo interessados na venda

da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos

dado a maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a colheita Quase o dobro

dos meacutedios e grandes produtores comparados com os pequenos produtores

comercializam uma parte de suas safras antes da colheita dos produtos

TABELA 333ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos pelos produtores de acordo com tamanho da aacuterea

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

FAZ COTACcedilAtildeO PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

PEQUENO PRODUTOR 936 64

MEacuteDIO PRODUTOR 970 30

GRANDE PRODUTOR 1000 00

Fonte Pesquisa do autor Z2=574100 P=005668

A tabela 333 eacute um demonstrativo de que quase a totalidade dos produtores acompanha as cotaccedilotildees de preccedilos

dos produtos no mercado Eacute importante ressaltar que todos (1000) os grandes produtores acompanham as

cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos e apenas uma pequena minoria entre os pequenos e meacutedios produtores

deixam de acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos Ressalte-se tambeacutem que a maioria faz o acompanhamento

pelos jornais televisatildeo e cooperativas com destaque para os grandes produtores que tambeacutem usam a internet

TABELA 334ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo nas bolsas de mercadorias pelo

produtor de acordo com tamanho da aacuterea CARACTERIacuteSTICA NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

114

DO PRODUTOR

PEQUENO PRODUTOR 24 976

MEacuteDIO PRODUTOR 70 930

GRANDE PRODUTOR 79 921

Fonte Pesquisa do autor Z2=362300 P=016341

A tabela 334 revela que haacute uma tendecircncia sugestiva quanto maior o produtor mais ele negocia os produtos

na bolsa de mercadorias Os pequenos produtores em sua quase totalidade natildeo sabem como funciona o

processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsas de mercadorias e 24 alegaram que nunca foram

convidados pela BMampF ou corretoras para explicarem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em

mercado futuro

Os meacutedios e grandes produtores que comercializam seus produtos na bolsa afirmaram saber como funciona

o processo de comercializaccedilatildeo e confiam na seguranccedila desse tipo de negociaccedilatildeo embora soacute procurem as

bolsas quando os preccedilos acenados no mercado futuro satildeo interessantes Somente 1 pequeno produtor rural em

cada 3 meacutedios e grandes negociam seus produtos nas bolsas de mercadorias

TABELA 341ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a moradia do

produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR SOJA

(SACA 60 KGS) MILHO

(SACA 60 KGS) CAFEacute EM COCO (SACA 40 KGS)

NA PROPRIEDADE 1151 2186 1844

NA CIDADE 1164 2234 1056

Fonte Pesquisa do autor Z2=751970 P=000000

A tabela 341 registra que a moradia do produtor exerce muita influecircncia na produtividade dos agricultores

de Londrina na cultura do cafeacute Verificou-se uma produtividade muito maior na cultura do cafeacute do produtor

que mora na propriedade em relaccedilatildeo ao que mora na cidade Provavelmente tal fato ocorre porque a cultura

do cafeacute exige um tratamento diferenciado nos cuidados dos cafeeiros se comparado com as culturas de soja e

115

milho que soacute exigem cuidados nas eacutepocas do plantio e da colheita Nas culturas do milho e da soja a

produtividade eacute praticamente igual independentemente do produtor morar na propriedade ou na cidade

TABELA 342ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a moradia do

produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

NA PROPRIEDADE 11 89

NA CIDADE 12 88

Fonte Pesquisa do autor Z2=004300 P=083580

A tabela 342 demonstra que a moradia natildeo influencia na comercializaccedilatildeo realizada pelo produtor rural e

eles procuram comercializar pelo menos 10 de sua produccedilatildeo no andamento da safra evitando ficar com a

totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo

interessados na venda da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos dado a

maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a colheita

TABELA 343ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo

com a moradia do produtor LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

NA PROPRIEDADE 980 20

NA CIDADE 950 50

Fonte Pesquisa do autor Z2=167400 P=019579

A tabela 343 revela que existe uma preocupaccedilatildeo um pouco maior do produtor que mora na propriedade

com relaccedilatildeo ao acompanhamento nas cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos no mercado se comparados com o

produtor que mora na cidade Os produtores rurais de Londrina em sua quase totalidade fazem cotaccedilotildees dos

preccedilos na hora de vender a sua produccedilatildeo geralmente pelos jornais televisatildeo e cooperativas Os que moram

na cidade se utilizam mais dos jornais para fazer esse acompanhamento assim como a internet

116

TABELA 344 ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa mercadorias de acordo com a moradia do produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

NA PROPRIEDADE 59 941

NA CIDADE 50 950

Fonte Pesquisa do autor Z2=009200 P=076132

A tabela 344 explicita que o local de moradia do produtor rural de

Londrina natildeo interfere nas negociaccedilotildees realizadas nas bolsas de mercadorias Em

ambos os casos em sua quase totalidade natildeo sabem como funciona o processo de

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsas de mercadorias e 20 dos que moram na

fazenda e 15 dos que moram na cidade nunca foram convidados pela BMampF ou

corretoras para explicar como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado

futuro Os produtores que comercializaram seus produtos na bolsa em sua maioria

afirmaram que sabem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo embora soacute

procurem as bolsas quando os preccedilos acenados no mercado futuro satildeo

interessantes

117

TABELA 35ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a assistecircncia teacutecnica

TIPO DE ASSISTEcircNCIA DADA AO

PRODUTOR SOJA

(SC60 KG) MILHO

(SC60) CAFEacute EM COCO

(SACAS 40 KGS)

SEM ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 1153 1987 1002

COM ASSISTEcircNCIA EMATER 1206 2325 1139

ASSISTEcircNCIA COOPERATIVA 1127 2272 1373

ASSISTEcircNCIA PARTICULAR 1187 2233 1516 Fonte Pesquisa do autor Z2=66260200 P=000000

A tabela 35 demonstra que a assistecircncia teacutecnica exerceu influecircncia significativa na produtividade dos

agricultores de Londrina que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade muito maior dos que

receberam assistecircncia teacutecnica particular em relaccedilatildeo ao produtor que natildeo teve assistecircncia teacutecnica Tambeacutem foi

maior a produtividade dos produtores de cafeacute que tiveram assistecircncia teacutecnica de cooperativa

Na comparaccedilatildeo dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica da Emater com os que natildeo tiveram assistecircncia

teacutecnica a produtividade eacute apenas um pouco maior No milho tambeacutem tiveram maior produtividade os

produtores que receberam assistecircncia teacutecnica poreacutem com pequena representatividade sobressaiacuteram-se

positivamente os produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica da Emater

A segunda melhor performance foi dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica das cooperativas seguida

dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica particular No cultivo da safra de soja praticamente natildeo houve

diferenccedila significativa a ponto dos produtores que natildeo tiveram assistecircncia teacutecnica apresentarem produccedilatildeo

superior aos produtores que tiveram a assistecircncia teacutecnica das cooperativas

TABELA 36ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse dos

maquinaacuterios

118

MAQUINAacuteRIOS SOJA (sc60 kgs)

MILHO (sc60 kgs)

CAFEacute EM COCO (sc40 kgs)

COM MAQUINAacuteRIOS 1198 2342 1335

SEM MAQUINAacuteRIOS 1281 1854 1311

Fonte Pesquisa do autor Z2=153708300 P=000000

A tabela 36 registra que a posse dos maquinaacuterios pelos produtores eacute importante para melhorar a

produtividade das culturas embora natildeo seja aconselhaacutevel sua aquisiccedilatildeo pelo pequeno produtor que tem a

oportunidade de alugar os maquinaacuterios nas eacutepocas de picos de serviccedilos A quantidade de aacuterea cultivada pelo

pequeno e meacutedio produtor rural natildeo justifica a aquisiccedilatildeo de uma maacutequina para a propriedade em razatildeo da

alta ociosidade

1031 Teste Estatiacutestico dos Cruzamentos

Considerando o niacutevel de significacircncia de 5 verificou-se ao aplicar o teste do Qui-quadrado nas tabelas dos

cruzamentos em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas do agricultor londrinense relacionados com a produccedilatildeo

comercializaccedilatildeo cotaccedilotildees de preccedilos e atuaccedilatildeo na bolsa de mercadorias que foram estatisticamente

significativo os seguintes cruzamentos (Quadro 3)

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de

escolaridade

bull Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de

escolaridade

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade do

produtor

bull Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do produtor

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o tamanho

da aacuterea explorada

119

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a moradia

do produtor rural

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

assistecircncia teacutecnica

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse dos

maquinaacuterios

QUADRO 3 - Resultados dos testes do Qui-quadrado para verificaccedilatildeo do niacutevel de significacircncia dos cruzamentos

CRUZAMENTO QUI-QUADRADO P (NIacuteVEL DE SIGNIFICAcircNCIA)

Grau escolar x produtiv 1042442 p=00000 Grau escolar x comerc 1155 p=00311 Grau escolar x cotaccedilatildeo 286 p=86669 Grau escolar x negbolsa 4744 p=09329 Idade x produtividade 215322 p=00000 Idade x comercializaccedilatildeo 7093 p=02883 Idade x cotaccedilatildeo preccedilos 1300 p=52208 Idade x negocem bolsa 988 p=61027 T aacuterea x produtividade 513567 p=00000 Taacuterea x comercializaccedilatildeo 1633 p=44204 T aacuterea x cotaccedilatildeo preccedilos 5741 p=05668 Taacuterea x negocem bolsa 3623 p=16341 Local moradia x produt 751970 p=00000 Local moradia x comerc 043 p=83580 Local moradia x cotaccedilatildeo 1674 p=19579 Local moradia x n bolsa 092 p=76132 Assistteacutecn x produtivid 662602 p=00000 Maquinaacuterio x produtivid 1537083 p=00000

estatisticamente significativo

120

104 ANAacuteLISE DA PRODUTIVIDADE DO AGRICULTOR LONDRINENSE

Nesta anaacutelise considerando as produtividades levantadas na pesquisa observou-se

1) Quanto agrave escolaridade os agricultores que tecircm curso universitaacuterio conseguiram uma maior produtividade

nos cultivos das trecircs culturas quando comparados com os que estudaram soacute ateacute o primeiro e o segundo graus

Provavelmente por estarem mais abertos ao uso de novas tecnologias que satildeo oferecidas ao homem do campo

tais como desenvolvimento de novas sementes utilizaccedilatildeo de plantio direto ao inveacutes do plantio convencional

que natildeo degrada o solo e preserva o meio ambiente novas metodologias no combate agraves pragas e doenccedilas que se

natildeo forem cuidadas a tempo dizimam toda a produccedilatildeo e tambeacutem a preocupaccedilatildeo com a colheita mantendo as

maacutequinas bem reguladas para evitar perdas na hora da colheita

2) Quanto agrave idade os agricultores com ateacute 35 anos obtiveram uma produtividade de cafeacute em coco por

alqueire bem maior se comparados com os agricultores com idades acima dos 35 anos Tambeacutem nesse caso

tudo levar a crer que os agricultores mais jovens tambeacutem mais dinacircmicos em funccedilatildeo da proacutepria idade

aproveitam as vantagens das novas tecnologias oferecidas pelas empresas do ramo que diariamente levam ao

conhecimento dos produtores as suas vantagens atraveacutes da miacutedia e ainda dias de campo realizadas pelo Iapar

Emater etc que fazem demonstraccedilotildees sobre o uso dos maquinaacuterios ou dos insumos

3) Quanto ao tamanho da aacuterea os considerados grandes produtores quando comparados com os pequenos e

meacutedios obtiveram uma produtividade significativamente maior em todas as culturas e em especial na cultura

do cafeacute Nesta cultura os produtores desde 1994 estatildeo trocando as aacutereas tradicionais de plantio das lavouras

antigas de cafeacute pelo de plantio adensado A eficiecircncia das atividades agropecuaacuterias no meio rural depende muito

das escalas e soacute com o aumento da aacuterea eacute possiacutevel conseguir ganhos de escala Esta pode ser a explicaccedilatildeo para a

produtividade obtida pelos grandes produtores que provavelmente tecircm na propriedade o seu uacutenico meio de

sobrevivecircncia

4) Quanto agrave moradia verificou-se que o produtor que mora na propriedade e cultivou cafeacute obteve uma meacutedia

superior nesta cultura em relaccedilatildeo aos agricultores que moram na cidade O que pode explicar essa eficiecircncia eacute o

cuidado no dia-a-dia do produtor que mora na propriedade com o parque cafeeiro fato que natildeo ocorre quando

se trata do cultivo da soja ou do milho

5) Quanto agrave assistecircncia teacutecnica saiu-se bem o agricultor de Londrina que teve assistecircncia da Emater para o

cultivo da soja e do milho Na cultura do cafeacute diferentemente da assistecircncia teacutecnica dada agraves culturas da soja e

do milho sobressaiu-se muito melhor o grande agricultor que teve assistecircncia teacutecnica de particular

121

Provavelmente essa tambeacutem possa ser uma das explicaccedilotildees para a alta produtividade obtida pelo produtor no

cultivo do cafeacute por ser uma assistecircncia diferenciada mais onerosa que soacute pode ser paga por grandes produtores

e com visatildeo voltada para o uso da alta tecnologia disponiacutevel para a cultura

6) Quanto agrave posse dos maquinaacuterios Embora frac14 dos produtores rurais pesquisados natildeo possuam maquinaacuterios

conforme se verifica nas tabelas 19 20 e 21 a produtividade conseguida natildeo apresentou diferenccedila significativa

e a explicaccedilatildeo para esse fato de daacute pela oportunidade que tem o produtor em arrendar os maquinaacuterios nas eacutepocas

de plantio e colheita em especial os pequenos e meacutedios produtores em razatildeo do alto custo para a aquisiccedilatildeo da

maacutequina Sabe-se que a aquisiccedilatildeo de maquinaacuterios no meio rural soacute eacute vaacutelida se for para utilizar a sua capacidade

pois eles parados oneram por demais o custo

Assim apoacutes anaacutelise dos cruzamentos verificou-se que

a) O produtor de cafeacute mais eficiente em produtividade eacute aquele com curso universitaacuterio

que tem ateacute 35 anos de idade eacute classificado como grande produtor mora na

propriedade tem maquinaacuterio proacuteprio e conta com assistecircncia teacutecnica de profissional

particular

b) O produtor de soja mais eficiente em produtividade eacute aquele com curso universitaacuterio

que tem ateacute 35 anos de idade eacute classificado como grande produtor mora na cidade natildeo

tem maquinaacuterio proacuteprio provavelmente o arrende e conta com assistecircncia teacutecnica de

profissionais da Emater

c) O produtor de milho mais eficiente em produtividade tem curso universitaacuterio sua idade

varia entre 36 e 55 anos eacute classificado como grande produtor mora na cidade tem

maquinaacuterio proacuteprio e conta com assistecircncia teacutecnica de profissionais da Emater

105 ANAacuteLISE DA COMERCIALIZACcedilAtildeO DO AGRICULTOR LONDRINENSE

Embora a grande maioria dos agricultores comercialize a produccedilatildeo apoacutes realizada as colheitas se analisada a

tabela 312 verifica-se que os agricultores com cursos superiores vendem mais que o dobro de parte de sua

122

produccedilatildeo antes da colheita em comparaccedilatildeo com os produtores que tecircm o primeiro grau de estudo O mesmo

fato se constata quando analisada a tabela 322 na comparaccedilatildeo dos agricultores que tecircm ateacute 35 anos de idade

com relaccedilatildeo aos que estatildeo acima de 56 anos de idade o mesmo fenocircmeno ocorre tambeacutem na comparaccedilatildeo do

grande produtor com o pequeno produtor conforme tabela 342 poreacutem em menor escala

Na comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo verifica-se uma disposiccedilatildeo maior do produtor rural de Londrina em

acompanhar as cotaccedilotildees dos produtos agropecuaacuterios Verificou-se que a maioria dos produtores acompanha

as cotaccedilotildees dos preccedilos atraveacutes das cooperativas jornais e televisatildeo etc com destaque para os segmentos

abaixo

1) Todos os produtores com ateacute 35 anos de idade acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos

2) Todos os grandes produtores acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos

3) Dos produtores que moram na cidade 98 acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos

4) Dos produtores que tecircm cursos universitaacuterios 973 acompanham as cotaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos

Isto posto verificado a grande preocupaccedilatildeo que tem o produtor em acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos entende-se a razatildeo pelas quais os agricultores com curso superior (169) com idade ateacute 35 anos

(170) sendo grande produtor rural (130) fazem a comercializaccedilatildeo de parte da sua produccedilatildeo nas

cooperativas e nas induacutestrias antes da colheita dos produtos conforme se verifica nas tabelas 312 322

332 respectivamente

106 COMPARACcedilAtildeO DOS NEGOacuteCIOS REALIZADOS NA BOLSA COM OS NEGOacuteCIOS REALIZADOS NO MERCADO FIacuteSICO PELOS AGRICULTORES

PORQUE A BUSCA PELA COMERCIALIZACcedilAtildeO NA BMampF Eacute PEQUENA

Na busca de explicaccedilatildeo para a baixa procura dos produtores na comercializaccedilatildeo de sua produccedilatildeo na Bolsa de

Mercadorias levantou-se na BMampF os contratos de commodities comercializados nos uacuteltimos cinco anos de

1997 a 2002 para entender o comportamento dos preccedilos dos produtos comercializados naquela instituiccedilatildeo

123

No Deral-Pr - Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura do Paranaacute oacutergatildeo que registra

diariamente o preccedilo meacutedio pago ao produtor na comercializaccedilatildeo realizada no mercado fiacutesico em Londrina

levantou-se no mesmo periacuteodo os valores pagos aos produtores rurais para detectar se existem diferenccedilas

significativas nos preccedilos fixados nos contratos para venda na bolsa de mercadorias e a venda no mercado

fiacutesico recebido pelo produtor apoacutes a colheita do produto e constatou-se o seguinte

TABELA 37- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao produtor nas sacas de milho com 60 quilos

PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS

FUTURO EM R$ NA BMampF

PRECcedilOS NO FIacuteSICO

EM R$ (EM MARCcedilO)

Em setembro97 para entrega em marccedilo98 776 769

Em setembro98 para entrega em marccedilo99 676 882

Em setembro99 para entrega em marccedilo00 508 1232

Em setembro00 para entrega em marccedilo01 589 794

Em setembro01 para entrega em marccedilo02 570 1222

Meacutedia dos 5 anos 624 980

Fonte BMampF e Deral

Observa-se que os preccedilos recebidos pelo produtor no mercado

fiacutesico quando vendeu a safra de milho apoacutes a colheita na safra de 1997 - colhidas

124

em marccedilo de 1998 - natildeo apresentou diferenccedila de preccedilos com relaccedilatildeo agraves

negociaccedilotildees realizadas no mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 1998 - colhida em marccedilo de 1999 - os produtores de

milho que venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um lucro um terccedilo

maior

Na safra de 1999 - colhida em marccedilo de 2000 - o lucro dos

produtores que venderam no mercado fiacutesico apoacutes a colheita foi superior bem mais

que o dobro Na safra de 2000 - colhida em marccedilo de 2001 - os produtores que

venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um lucro tambeacutem um terccedilo

maior

Na safra de 2001 - colhida em marccedilo de 2002 - novamente os

produtores que deixaram para vender apoacutes a colheita sem negociar na bolsa

tiveram o dobro do lucro em relaccedilatildeo aos que negociaram na bolsa

No caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de milho de 1997 a

2001 os produtores que esperaram para vender depois da colheita sem negociar

contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro meacutedio acima de 50 quando

comparado aos que negociaram seus produtos na Bolsa de Mercadorias TABELA 38- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao

produtor nas sacas de soja com 60 quilos PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS

FUTURO EM R$ NA

BMampF

PRECcedilOS NO

FIacuteSICO EM R$ (EM MARCcedilO)

Em outubro97 para entrega em marccedilo98 1217 1354

Em outubro98para entrega em marccedilo99 1108 1622

Em outubro99 para entrega em marccedilo00 1052 1736

Em outubro00 para entrega em marccedilo01 1060 1667

Em outubro01 para entrega em marccedilo02 - 1994

Meacutedia dos 5 anos 1109 1674

Fonte BMampF e Deral

Constata-se que os preccedilos da soja recebidos pelos produtores no

mercado fiacutesico quando venderam os produtos apoacutes a colheita foi um pouco

125

superior na safra de 1997 colhida em marccedilo de 1998 Tambeacutem foi superior em

quase 50 na safra de 1998 colhida em marccedilo de 1999 A safra de 1999 colhida

em marccedilo de 2000 tambeacutem bem foi superior ultrapassando os 50 Por sua vez a

safra do ano 2000 - colhida em marccedilo de 2001 - deu um lucro superior a 50 aos

produtores que natildeo negociaram na bolsa de mercadorias e venderam no mercado

fiacutesico

Com relaccedilatildeo agrave safra do ano de 2001 - colhida em marccedilo de 2002 -

natildeo foi possiacutevel fazer uma anaacutelise por falta de informaccedilatildeo das negociaccedilotildees

realizadas pela Bolsa de Mercadorias em outubro de 2001 para fechamento dos

contratos em marccedilo de 2002

Na anaacutelise do caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de soja do

ano de 1997 a 2000 os produtores que esperaram para vender a produccedilatildeo depois

da colheita sem negociar contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro

meacutedio proacuteximo a 50

TABELA 39- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao

produtor nas sacas de cafeacute beneficiado com 60 quilos

PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS FUTURO EM

R$ NA BMampF

PRECcedilOS NO FIacuteSICO

EM R$ (EM JULHO)

Em janeiro97 para entrega em julho97 15308 18010

Em janeiro98 para entrega em julho98 17515 11200

Em janeiro99 para entrega em julho99 12952 13723

Em janeiro00 para entrega em julho00 14307 14338

Em janeiro01 para entrega em julho01

Em janeiro02 para entrega em julho02

7942

5276

10273

8841

Meacutedia dos 6 anos 12216 12730

Fonte BMampF e Deral

126

Tambeacutem se pode observar que os preccedilos recebidos pelos

produtores no mercado fiacutesico quando venderam a safra de cafeacute apoacutes a colheita na

safra de 1997 - colhida em julho de 1997 - foi um pouco superior em relaccedilatildeo agraves

negociaccedilotildees realizadas no mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 1998 - colhida em julho de 1998 - os produtores de cafeacute

que venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um prejuiacutezo na faixa de

50 em relaccedilatildeo aos produtores que realizaram negociaccedilotildees no mercado futuro na

bolsa de mercadorias

Na safra de 1999 - colhida em julho de 1999 - o lucro dos

produtores que venderam no mercado fiacutesico apoacutes a colheita foi superior poreacutem

pouco significativo

Na safra de 2000 - colhida em julho de 2000 - os preccedilos se

equilibraram tendo praticamente o mesmo preccedilo tanto no mercado fiacutesico como no

mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 2001 - colhidas em julho de 2001 - novamente os

produtores que deixaram para vender apoacutes a colheita sem negociar na Bolsa

tiveram um lucro de um terccedilo maior

Tambeacutem na safra de 2002 - colhida em julho de 2002 - os

produtores que negociaram no mercado fiacutesico tiveram um lucro significativo bem

acima de 50 nos preccedilos em relaccedilatildeo aos produtores que venderam na Bolsa de

Mercadorias

No caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de cafeacute de 1997 a

2002 os produtores que esperaram para vender depois da colheita sem negociar

contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro meacutedio praticamente

insignificante na faixa de 5

Na comparaccedilatildeo da lucratividade meacutedia das culturas de milho soja e

cafeacute - ao longo dos uacuteltimos 5 anos - verificou-se que os produtores de soja e milho

ganharam mais quando negociaram seus produtos no mercado fiacutesico apoacutes

realizarem suas colheitas em torno de 50

Os produtores de cafeacute tambeacutem ganharam poreacutem menos na faixa

dos 5 o que leva a conclusatildeo de que as negociaccedilotildees realizadas na Bolsa de

Mercadorias com a cultura do cafeacute pode ser interessante porque na anaacutelise da

rentabilidade embora o lucro seja menor o produtor tem a garantia do preccedilo que foi

127

fixado na eacutepoca da compra dos contratos Assim natildeo corre o risco do preccedilo cair

apoacutes a colheita quando a oferta do produto no mercado eacute maior

A tabela 40 tem como objetivo demonstrar o perfil e a quantidade

de produtores que optaram por comercializar sua produccedilatildeo na Bolsa de

Mercadorias

TABELA 40ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela comercializaccedilatildeo realizada na

BMampF

TAMANHO AMOSTRA

TIPO DE EXPLORACcedilAtildeO FREQUEcircNCIA ABSOLUTA

Produtor de Soja 2

Produtor de Cafeacute 4

Produtor de Milho e Soja 3

Produtor de Soja e Cafeacute 5

16

Produtor de Milho Soja e Cafeacute 2 Fonte Pesquisa do autor

128

11 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS E RECOMENDACcedilOtildeES

1) Melhoria da cultura

gt Para melhorar a eficiecircncia do agricultor no meio rural e preacute-requisito a melhoria da cultura pois soacute sobreviveratildeo economicamente os que forem

eficientes nos aspectos tecnoloacutegicos gerenciais e organizacionais conforme se verificou na tabela 311

gt Somente frac14 dos produtores (tabela 6) tecircm curso universitaacuterio mas com perspectivas animadoras porque 23 deles moram na cidade (tabela 8) o que leva a crer que os seus filhos estudaratildeo ateacute o 3ordm grau e num futuro proacuteximo poderatildeo assumir as propriedades com nova mentalidade com mais cultura

conhecimentos e abertos agrave implantaccedilatildeo das novas tecnologias disponiacuteveis no mercado

Ser eficiente para exercer as atividades no meio rural jaacute natildeo eacute uma

vantagem mas sim um requisito enfatiza Santos (1993) e Souki et al (1999) soacute

sobreviveratildeo economicamente os agricultores que forem muito eficientes nos

aspectos tecnoloacutegicos gerenciais e organizacionais em todas as etapas dos

negoacutecios agropecuaacuterios que se inicia com o planejamento das atividades que seratildeo

realizadas

Acompanhamento e controle de todas as etapas do

processo produtivo dentro das necessidades conforme se

verifica na produtividade do cafeacute por agricultores que moram na

propriedade (tabela 341) a cotaccedilatildeo de preccedilos tanto para a

aquisiccedilatildeo dos insumos como a cotaccedilatildeo dos preccedilos para a

venda dos produtos colhidos tambeacutem eacute fundamental (tabelas

313 323 333 e 343) A eficiecircncia na administraccedilatildeo dos

negoacutecios deixou de ser uma vantagem competitiva para

transformar-se em um requisito que permite sobreviver nas

129

atividades agropecuaacuterias o que soacute eacute possiacutevel com a melhoria

do conhecimento

A partir do plano real praticamente deixou de existir dinheiro

subsidiado no Brasil e o governo natildeo tem determinado mais os preccedilos a serem

pagos pelos produtos agriacutecolas O que existe hoje eacute dinheiro com alto custo e juros

normais de mercado oferecidos pelos bancos e os preccedilos dos produtos satildeo

determinados pelo mercado de acordo com a oferta e demanda Diante deste

quadro o agricultor precisa agir profissionalmente mudando comportamentos

racionalizando o uso dos bens de produccedilatildeo para enfrentar o mercado cada vez mais

competitivo Aleacutem desses desafios vale lembrar que o crescimento da agricultura

pode ser conseguido com a educaccedilatildeo do agricultor como registrado na tabela 311

onde se cruzou a escolaridade com a produtividade A educaccedilatildeo deve ser a base

para que os agricultores possam entender o que os teacutecnicos da aacuterea querem

informar para melhorar a sua condiccedilatildeo de vida (tabela 35) Com o aumento do

conhecimento educacional dos agricultores eacute possiacutevel iniciar um real treinamento

mostrando-lhes os cuidados mais detalhados do manejo das culturas e das

criaccedilotildees informando-lhes o por que e como se conduz determinada praacutetica agriacutecola

Dahlman (1989) relata que as novas economias industrializadas do

leste asiaacutetico entenderam que o investimento na universalizaccedilatildeo de uma boa

educaccedilatildeo era um requisito essencial para acelerar a adoccedilatildeo a adaptaccedilatildeo e a

absorccedilatildeo de tecnologia O sucesso desses paiacuteses que constituem a base do novo

paradigma tecnoloacutegico deve-se muito aos pesados investimentos feitos na melhoria

e universalizaccedilatildeo da educaccedilatildeo secundaacuteria e na ampliaccedilatildeo da educaccedilatildeo superior

em particular com ecircnfase na engenharia e em outras aacutereas de ciecircncias aplicadas

A necessidade de aprender como se comportar frente aos

problemas inerentes agrave atividade agriacutecola faz sentido quando se vecirc que a agricultura

eacute um conjunto de arte ciecircncia e negoacutecio como uma atividade interdisciplinar e

ecleacutetica devido ao grande nuacutemero de variaacuteveis que o setor apresenta quando nele

se trabalha buscando informaccedilotildees e conhecimentos dos profissionais da aacuterea

(tabela 23) relacionados agrave assistecircncia teacutecnica Natildeo se deve considerar a agricultura

apenas como uma arte para natildeo se tornar uma questatildeo empiacuterica natildeo trata-la

somente como ciecircncia para natildeo ser um simples teoacuterico e natildeo se tornar um

mercador tratando-a exclusivamente como um negoacutecio

130

Deve-se mostrar ao produtor rural uma metodologia proacutepria de

coleta de registro de dados o que eacute fundamental para o processamento das

informaccedilotildees e posterior anaacutelise dos resultados Alem disso oportunizar o

conhecimento de conceitos fundamentais de custos de produccedilatildeo salientando cada

componente que propicia esse tipo de formulaccedilatildeo servindo de paracircmetro de

avaliaccedilatildeo e de sua consequumlecircncia relativa a comportamentos individuais dos

componentes Para Streeter (1988) a universidade puacuteblica deveria estar agrave frente

desse processo para ensinar aos produtores rurais todas as inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

assim como os conceitos metodoloacutegicos atraveacutes da pesquisa do ensino e da

extensatildeo

2) Vocaccedilatildeo para o negoacutecio

gt Considerando que 272 (907) exploram os imoacuteveis proacuteprios (tabela 10) dos quais 166 (553) foram comprados (tabela 9) pode-se inferir que os

agricultores tecircm interesse pelo negoacutecio e estatildeo vocacionados para esta atividade econocircmica

gt Necessaacuterio se faz instrumentalizaacute-los para renderem o maacuteximo proporcionando programas de extensatildeo oferecidos pelas universidades jaacute que a Emater e as cooperativas vem cumprindo sua parte podendo ainda

melhorar em especial a Emater que assiste pouco mais de 10 dos agricultores conforme tabela 24

A necessidade de procurar fazer sempre o melhor a cada dia estaacute no

fato de que natildeo existe mais espaccedilo para os incompetentes A realidade hoje requer

produtores com conhecimento ou que saibam onde buscar esses conhecimentos

conforme tabela 23 que enfatiza a importacircncia da assistecircncia teacutecnica para a

realizaccedilatildeo das funccedilotildees certas com as soluccedilotildees exatas para cada problema

Nesta perspectiva de trabalho busca-se exprimir alguns passos de

instrumentalizaccedilatildeo procurando aumentar a eficiecircncia na atividade agropecuaacuteria

para que cada um trabalhe com base em um planejamento eficaz da propriedade

analisando todos os processos e resultados obtidos com cada atividade

desenvolvida e tentar melhoraacute-la o maacuteximo possiacutevel

131

3) Infra-estrutura

gt As propriedades apresentam boa infra-estrutura (tabela 1112) em relaccedilatildeo agrave energia eleacutetrica aacutegua encanada veiacuteculos etc e se localizam em meacutedia a 27

km da cidade (tabela 8) podendo oferecer oacutetimas condiccedilotildees de moradia para as proacuteximas geraccedilotildees Depois de formados (atualmente somente 13 dos

agricultores residem nos imoacuteveis) poderatildeo residir no imoacutevel facilitando o acompanhamento e desenvolvimento das atividades exercidas nas

propriedades porque estaratildeo diariamente no gerenciamento da empresa

Para Barberato (2001) a agricultura eacute atividade de risco sujeita a

intempeacuteries e frustraccedilotildees e natildeo daacute a seguranccedila do emprego na zona urbana Para

se encaixar no mercado de trabalho o jovem da zona rural estaacute sendo incentivado

pelos proacuteprios pais a estudar mais e concluiacuter pelo menos o segundo grau Quando

isso acontece os pais incentivadores da formaccedilatildeo educacional se assustam mas

continuam tocando a vida na esperanccedila de que um dia um dos filhos volte e tome

conta do negoacutecio mesmo que agrave distacircncia porque acreditam que ldquoquem nasce no

campo natildeo esquece sua raizrdquo

4) Atividade uacutenica

gt Quase 50 (tabela 13) dos produtores dependem unicamente das rendas obtidas das atividades rurais e 55 contam com a ajuda da mulher e filhos

revelando que a busca da eficiecircncia para produzir e vender satildeo fatores determinantes no sucesso do negoacutecio

gt Outra variaacutevel importante nessa anaacutelise eacute que quase 80 dos agricultores (tabela 04) satildeo casados aumentando ainda mais sua responsabilidade

financeira para a manutenccedilatildeo da famiacutelia

Para Koslovski (2002) eacute atraveacutes da profissionalizaccedilatildeo das atividades agropecuaacuterias que o produtor poderaacute utilizar novas tecnologia

aumentar a produtividade e reduzir os custos adequando-se agraves exigecircncias do mercado Essas exigecircncias satildeo grandes entraves em especial para o pequeno

produtor geralmente mais carentes em recursos e conhecimentos Felizmente as iniciativas de oacutergatildeos como o IAPAR EMBRAPA

SENAR e outros permitem que esses agricultores tenham acesso as novas

132

tecnoloacutegicas ao conhecimento e agraves novas oportunidades oferecidas pelo mercado

Eacute essencial que todos tenham acesso aos treinamentos agrave assistecircncia teacutecnica e ao

creacutedito rural para que se profissionalizem e que aos seus filhos seja garantida

educaccedilatildeo de primeira qualidade para que se tornem cidadatildeos capazes de executar

novos empreendimentos no campo (KOSLOVSKI 2002)

5) Pequenos produtores

gt Dentro da amostra dos produtores que cultivam soja eou milho eou cafeacute 124 (413) tecircm aacutereas com ateacute 1983 alqueires (tabela 07) natildeo havendo competitividade na venda dos produtos in natura pela falta de escala

precisam buscar alternativas tais como (a) agregar valores aos produtos atraveacutes da agroinduacutestrializaccedilatildeo

(b) formaccedilatildeo de cooperativas para venda de grandes lotes ou tentar encurtar o canal de comercializaccedilatildeo evitando negociar com intermediaacuterios vendendo

sua produccedilatildeo direto ao consumidor final

Segundo Barberato (2001) Londrina tem uma produccedilatildeo

diversificada que se inicia com o ldquoantigordquo cafeacute que voltou a ser cultivado no modelo

adensado nos uacuteltimos anos trazendo expectativa de novos rendimentos passando

por commodities como a soja ateacute a agroinduacutestria que representa uma nova

alternativa de renda especialmente agraves pequenas propriedades Mesmo em uma

regiatildeo em que predominam pequenas propriedades que tecircm dificuldades na

produtividade pela falta de escala as culturas mais cultivadas ainda satildeo da soja

milho cafeacute

O pequeno agricultor no Brasil sempre teve poucas chances de

poder escoar seus produtos sem a ajuda de intermediaacuterios ou o enfrentamento da

competiccedilatildeo com os grandes produtores A agroinduacutestria familiar - com a fabricaccedilatildeo

de produtos caseiros em meacutedia escala para venda direta ao consumidor ou atraveacutes

de associaccedilatildeo de pequenos produtores - pode ser a soluccedilatildeo para este segmento

O Secretaacuterio da Agricultura do Municiacutepio de Londrina ressalta que a

agroinduacutestria estaacute se ampliando mostrando que haacute uma produccedilatildeo meacutedia de 30 itens

advindos de produtos agriacutecolas como o accediluacutecar mascavo vinhos e licores compotas

sucos embutidos e defumados adubo orgacircnico mel entre outros Enfatiza

tambeacutem que nos distritos do Municiacutepio foram formados Conselhos com objetivo de

atuarem na zona rural natildeo soacute no que diz respeito agrave produccedilatildeo agriacutecola mas tambeacutem

133

na organizaccedilatildeo dos produtos e capacitaccedilatildeo e treinamentos dos produtores

(BARBERATO 2001)

6) Matildeo-de-obra utilizada

gt Mais de 50 dos produtores (tabela 14) manteacutem empregados fixos na propriedade - em meacutedia 318 empregados por propriedade - fator importante

socialmente porque a fixaccedilatildeo dos empregados na aacuterea rural com registro em carteira recebendo salaacuterios e todos os encargos sociais e trabalhistas diminui e minimiza os cinturotildees de pobreza nos centros urbanos Como

consequecircncia reduz as favelas a criminalidade e a prostituiccedilatildeo com alternativas de sobrevivecircncia para famiacutelias analfabetas e sem emprego no meio urbano que deixam a aacuterea rural para se aventurarem nas grandes

cidades

Aleacutem da importacircncia social a matildeo de obra no

meio rural tambeacutem eacute a que mais contribui quando se verifica o efeito renda conforme levantamento da FAEP -

Federaccedilatildeo Paranaense de Agricultura (2002) para explicar na teoria o que se observa no interior do Paranaacute Baseado

em estudos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social ndash BNDES o relatoacuterio explica que a agricultura eacute a atividade que mais gera emprego ldquoefeito

rendardquo ou seja a agricultura eacute o setor com maior potencial para abrir vagas no mercado de trabalho em outros

segmentos da economia Eacute o que os especialistas chamam de ldquoefeito multiplicadorrdquo

O emprego efeito renda surge em decorrecircncia de um bom desempenho de determinado ramo de atividade econocircmica No caso da lavoura se a produccedilatildeo do campo

vai bem o comeacutercio e os serviccedilos tambeacutem lucram Eacute a loja de eletrodomeacutesticos que vende mais o restaurante que

atende mais satildeo estabelecimentos que para dar conta da demanda acabam contratando mais gente

Para chegar a essa conclusatildeo o BNDES simulou a realizaccedilatildeo de investimentos de R$10 milhotildees em

41 atividades econocircmicas (agricultura induacutestria e seus

134

segmentos) Calculou quantas vagas esses R$ 10 milhotildees conseguiriam abrir no mercado de trabalho Em empregos

diretos a induacutestria de vestuaacuterio fica na frente da agricultura ndash na simulaccedilatildeo seriam 1080 novas vagas da

primeira contra 620 da atividade agriacutecola Mas no emprego efeito-renda a lavoura eacute a que mais propicia oportunidade de trabalho para os demais setores da economia Seriam 387 empregos para um investimento de R$ 10 milhotildees

contra 327 das faacutebricas de roupas em aplicaccedilatildeo de recursos idecircntica Os segmentos da induacutestria com maior potencial no ldquoefeito rendardquo satildeo aqueles que transformam mateacuteria prima produzida no campo A industria do cafeacute

dos oacuteleos vegetais de laticiacutenios e as refinarias de accediluacutecar

7) Entraves econocircmicos

gt A interferecircncia do governo brasileiro nos tratados comerciais entre as naccedilotildees para a eliminaccedilatildeo das tarifas alfandegaacuterias e dos subsiacutedios dados

pelos paiacuteses ricos aos agricultores aleacutem de vantajoso para todos conforme demonstra o graacutefico 16 pelos dados do FMI eacute importante para o agricultor

brasileiro uma vez que nossa participaccedilatildeo no comeacutercio mundial de produtos agriacutecolas eacute de 3 do total comercializado Mesmo assim o agribusiness

brasileiro vem crescendo em especial nos segmentos da soja laranja accediluacutecar carnes etc

Por mais difiacutecil e injusto que pareccedila se for considerada a benesse

ofertada aos produtores dos paiacuteses do primeiro mundo conforme se verificou no

graacutefico 16 a eficiecircncia do meio rural brasileiro teraacute de ser conseguida pelo proacuteprio

produtor - sem subsiacutedios com pouco creacutedito - conforme se verificou na tabela 22

em que 50 dos produtores ainda necessitam de financiamento mesmo pagando

altos juros e tambeacutem menos protecionismo enfim com menor ajuda do governo

Portanto os escassos insumos materiais teratildeo que ser potencializados com a

melhoria da capacidade administrativa e do conhecimento do produtor rural

Embora os uacuteltimos governos do Brasil tenham dado muito pouco ou

quase nada de proteccedilatildeo ou subsidio aos produtores rurais se comparado com os

27 paiacuteses da OCDE ndash Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econocircmico

ndash que em 1998 gastaram 362 bilhotildees de doacutelares (graacutefico 16) com diferentes formas

135

de proteccedilatildeo a seus agricultores o paiacutes estaacute entre os trecircs primeiros exportadores

mundiais de cafeacute suco de laranja accediluacutecar e do complexo de soja sem falar em

carnes fumo mandioca e outros produtos Apesar da pequena participaccedilatildeo no

comeacutercio mundial de produtos agriacutecolas algo em torno de 3 do total eacute este o

uacutenico setor que salva nossa balanccedila comercial Ano apoacutes ano o saldo comercial do

agribusiness vem crescendo enquanto que no conjunto o deacuteficit geral eacute alarmante

De qualquer maneira entre os que estudam os problemas agriacutecolas existe quase uma unanimidade de que - em niacutevel mundial - tanto os produtores agriacutecolas como os consumidores satildeo os mais prejudicados com o excesso de intervenccedilatildeo A conclusatildeo baacutesica dos estudiosos eacute que o excesso

de intervenccedilatildeo prejudica o esforccedilo global de desenvolvimento (graacutefico 17) porque restringe as exportaccedilotildees da grande maioria das naccedilotildees pobres ou em

desenvolvimento traz crescentes doses de sacrifiacutecios para as populaccedilotildees envolvidas e provoca uma reduccedilatildeo consideraacutevel no consumo de alimentos

em funccedilatildeo da manutenccedilatildeo de preccedilos artificialmente elevados nos mercados domeacutesticos atendendo a interesses econocircmicos das naccedilotildees mais ricas e

desenvolvidas

8) Diversificaccedilatildeo com especializaccedilatildeo

gt Por se tratar de atividade de risco feita a ceacuteu aberto o produtor deve diversificar as atividades buscando soluccedilotildees com os profissionais da aacuterea (tabela 23) que disporatildeo de informaccedilotildees teacutecnicas adequadas para ajudar o

produtor no desenvolvimento da atividade desejada

A agricultura vive de custos de oportunidades ou seja o produtor

deve sempre tomar as decisotildees de forma a utilizar melhor os fatores de produccedilatildeo

que satildeo basicamente a terra a matildeo de obra e o capital que andam lado a lado para

o bom aproveitamento Para tornar a empresa rural eficiente o produtor deve

tambeacutem buscar a diversificaccedilatildeo das atividades com especializaccedilatildeo o que significa

saber administrar a complexidade de algumas atividades e com a responsabilidade

de produziacute-las com qualidade na busca da lucratividade A monocultura pelos

riscos inerentes agraves atividades pode ser perigosa

136

9) Racionalizaccedilatildeo no uso dos maquinaacuterios

gt As aquisiccedilotildees dos maquinaacuterios soacute satildeo vaacutelidas se for para utilizar sua capacidade maacutexima pois eles parados oneram os custos (tabela 20)

gt O Brasil eacute um dos poucos paiacuteses que ainda pode melhorar muito natildeo soacute no aumento da produtividade como tambeacutem na expansatildeo das aacutereas

agricultaacuteveis

Para muitos agricultores significa tambeacutem que aqueles

investimentos que ldquocustam muito e satildeo utilizados poucordquo onerando o produto pela

ociosidade dos maquinaacuterios teratildeo de ser repensados na sua forma de uma

utilizaccedilatildeo mais intensa E para adquirir o maquinaacuterio deve-se fazer uma anaacutelise

com relaccedilatildeo ao seu custondashbenefiacutecio e ponderar se justifica sua aquisiccedilatildeo soacute em

sociedade ou ainda a alternativa de contratar os serviccedilos das maacutequinas que seratildeo

utilizadas no processo produtivo alternativa esta muito utilizada pelos produtores

que natildeo tecircm possibilidade de adquirir a maacutequina conforme verifica-se na tabela 20

onde frac14 dos produtores disseram natildeo ter maquinaacuterios embora tenham apresentado

boa produtividade em especial no cultivo da soja conforme demonstra a tabela 36

10) Busca da modernizaccedilatildeo

gt Fazer do agricultor um empresaacuterio que poderaacute administrar a propriedade rural de forma mais profissional tornando-a uma empresa rural

A agricultura brasileira pelas proacuteprias caracteriacutesticas da nossa

economia precisa de produtores profissionais para manter suas atividades com os

proacuteprios recursos Outrora quando o agricultor precisava de recursos financeiros

para custear sua produccedilatildeo agriacutecola obtinha empreacutestimo subsidiado pelo governo

Ou ainda quando queria vender sua produccedilatildeo procurava a CFP ndash Comissatildeo de

Financiamento da Produccedilatildeo - hoje Conab e entregava os seus produtos pelos bons

preccedilos que o governo determinava Isso dava uma grande seguranccedila para o

agricultor mas fechava as portas agrave comercializaccedilatildeo O produtor natildeo tinha que se

preocupar com a utilizaccedilatildeo eficiente dos bens de produccedilatildeo praacutetica ainda muito

utilizada pelo Japatildeo e paiacuteses da Europa conforme expressa o graacutefico 16 que tecircm

grande parte de sua produccedilatildeo agriacutecola subsidiada pelo governo

137

Sem duacutevida o primeiro passo para a modernizaccedilatildeo da agricultura eacute

tornar o agricultor um empresaacuterio como mostra a produtividade conseguida pelo

agricultor com alta escolaridade (tabela 311) que poderaacute administrar a propriedade

rural de forma mais profissional tornando-a uma empresa rural

11) Evitar financiamento

gt O dinheiro existente nos bancos tem um alto custo e 50 dos produtores ainda necessitam de financiamento (tabela 22) para o cultivo das safras A

soluccedilatildeo eacute agrave busca da auto-suficiecircncia financeira atraveacutes da eficiecircncia

A eficiecircncia que conduziraacute a emancipaccedilatildeo dos agricultores somente seraacute possiacutevel se for precedida de uma boa educaccedilatildeo As escolas

rurais que nos uacuteltimos foram gradativamente sendo reduzidas no Municiacutepio de Londrina na verdade deveria formar cidadatildeos com mais auto-confianccedila e auto-suficiecircncia teacutecnica de modo a fazer com que o patrimocircnio de sua famiacutelia fosse auto-sustentaacutevel A educaccedilatildeo baacutesica rural deveria ter um caraacuteter mais

instrumental proporcionando aos alunos conteuacutedos uacuteteis que possam aplicar na correccedilatildeo e soluccedilatildeo dos problemas que ocorrem nos negoacutecios nas

propriedades e mesmo na sua comunidade Para Souza (1999) os creacuteditos para custeio e para investimentos

precisam ser relativamente abundantes e a taxa de juros mais baixa a fim de

estimular a produccedilatildeo e a modernizaccedilatildeo sobretudo no caso dos pequenos

produtores e das culturas do mercado interno

12) Acompanhamento dos preccedilos

gt Ter habilidade para comprar bem os insumos e vender satisfatoriamente a produccedilatildeo determina o sucesso dos negoacutecios no meio rural

Nesse momento de profundas modificaccedilotildees no perfil do agricultor

deve-se buscar sempre a diminuiccedilatildeo dos custos pois eacute a forma que se tem de

aumentar a rentabilidade dentro da propriedade Essa reduccedilatildeo nos custos comeccedila

no planejamento adequado da propriedade atraveacutes da montagem de sistemas de

produccedilatildeo capazes de produzir com alta qualidade e escala de produccedilatildeo com o

miacutenimo de custo possiacutevel sem prejuiacutezo na atividade com uso de teacutecnicas

138

adequadas para cada tipo de produtor Crepaldi (1993) enfatiza que no atual

estaacutegio de desenvolvimento da agricultura brasileira o custo de produccedilatildeo eacute bastante

elevado em funccedilatildeo das fortes doses de adubaccedilatildeo sementes selecionadas e

defensivos agriacutecolas empregados nas culturas por serem insumos importados e de

alto custo para o produtor rural

Mas natildeo eacute apenas na diminuiccedilatildeo de custos que se pode trabalhar

Existe outro fator que eacute o aumento do rendimento que deveraacute ser compatiacutevel com o

custo o aumento do rendimento ou da produtividade de uma atividade agriacutecola

deveraacute ser maior que o custo realizado Isto se reflete muitas vezes quando os

produtores tecircm baixo poder aquisitivo ou restriccedilatildeo orccedilamentaacuteria devendo estes

definir em que produto ou operaccedilatildeo colocar o dinheiro disponiacutevel para que renda o

maacuteximo possiacutevel Quem natildeo tiver habilidade para comprar bem seus insumos e

vender satisfatoriamente sua produccedilatildeo certamente teraacute dificuldades para

sobreviver no negoacutecio conforme se verifica na preocupaccedilatildeo do agricultor em

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos (tabela 29)

13) Mercado futuro via cooperativas

gt Uso do mercado futuro para minimizar os riscos nas oscilaccedilotildees dos preccedilos - quando o preccedilo for interessante

gt O produtor pode negociar a produccedilatildeo atraveacutes do quadro de funcionaacuterios especializados das cooperativas

Para reduzir o risco de oscilaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos na hora

de vender a produccedilatildeo o produtor poderaacute buscar o mercado futuro obviamente

quando os preccedilos lhes forem favoraacuteveis Natildeo deve esperar que a BMampF vaacute atraacutes de

cada um para explicar como funciona conforme identificou-se nas tabelas 314

324 334 e 344 Verificou-se uma baixa demanda desse mercado pelo produtor

exatamente pela sua falta de conhecimento nesse tipo de negoacutecio

Conforme ressalta Souza (1995) a melhor alternativa de acesso dos

produtores rurais ao mercado futuro poderaacute ser feito via cooperativas com a

utilizaccedilatildeo do seu quadro de funcionaacuterios especializados Elas poderiam fazer todo o

controle dos ajustes diaacuterios e burocraacuteticos das negociaccedilotildees e tambeacutem manter o

produtor informado por meio de editais ou outro mecanismo de comunicaccedilatildeo sobre

as cotaccedilotildees e preccedilos dos produtos nos mercados

139

14) Agricultura sustentaacutevel

gt Talvez seja a uacutenica alternativa para a preservaccedilatildeo da espeacutecie humana na terra

gt Eacute possiacutevel e depende do homem do campo porquanto gt A necessidade do uso adequado e racional dos agrotoacutexicos na produccedilatildeo

dos alimentos eacute fundamental para evitar o envenenamento natildeo soacute do produtor ao aplicaacute-lo mas tambeacutem da populaccedilatildeo urbana ao consumiacute-lo

gt A importacircncia da preservaccedilatildeo do solo com manejo adequado das culturas mantendo intacta as matas ciliares e conservando as curvas de niacuteveis das

propriedades evitaraacute a perda da terra feacutertil e consequumlentemente o assoreamento dos rios

gt A preocupaccedilatildeo em evitar ao maacuteximo as queimadas na abertura de novas

fronteiras agriacutecolas na busca de rapidez para a utilizaccedilatildeo da terra porque aleacutem de

degradar o solo contribui para aumentar o buraco na camada de ozocircnio da

atmosfera

Essas atitudes que dependem exclusivamente do produtor rural satildeo viaacuteveis permitem a praacutetica de atividades agriacutecolas economicamente

rentaacuteveis preservam o meio ambiente e por consequumlecircncia melhoram a qualidade de vida do homem na terra

Aliando as atividades agriacutecolas economicamente ativas com a

conservaccedilatildeo e a preservaccedilatildeo ambiental proporcionam-se condiccedilotildees para produzir

cada vez mais Eacute o que se denomina agricultura sustentaacutevel sendo tecnicamente

correta economicamente viaacutevel ambientalmente aceitaacutevel e socialmente justa

Sabe-se que o produtor brasileiro natildeo tem tanta preocupaccedilatildeo com

a conservaccedilatildeo do solo e tambeacutem com a preservaccedilatildeo ambiental e isso pode ser

maleacutefico ao longo do tempo prejudicando a sobrevivecircncia das proacuteximas geraccedilotildees

Falhas detectadas na camada de ozocircnio em razatildeo das queimadas

assoreamento dos rios pelo desconhecimento no preparo das lavouras uso

inadequado dos agrotoacutexicos poluindo os mananciais e nascentes de rios satildeo alguns

exemplos que podem ser citados

O Brasil dispotildee de condiccedilotildees ideais para aproveitar um novo

segmento do mercado agriacutecola mundial que estaacute crescendo de forma acelerada

principalmente nos paiacuteses desenvolvidos e que jaacute movimenta mais de US$20

140

bilhotildees por ano a ldquoagricultura natural ou bioloacutegicardquo Essa cadeia produtiva envolve

produtos que vatildeo do cafeacute aos diversos tipos de cereais e carnes dependendo do

produto e do paiacutes os consumidores estatildeo dispostos a pagar precircmio de ateacute 200

sobre o preccedilo do produto comum O Brasil dispotildee do maior rebanho bovino ldquoverderdquo

no mundo e vaacuterios locais jaacute produzindo produtos naturais

Rodrigues (2000) citando Lester Brown presidente do Worldwatch

Institute em recente discurso em um congresso para agricultores europeus

defendeu a hipoacutetese de que ateacute o ano 2020 a oferta de alimentos mundial cresceraacute

menos que a populaccedilatildeo o que aumentaria o preccedilo meacutedio dos produtos agriacutecolas

Usou como argumento que a tecnologia agronocircmica natildeo permitiraacute saltos de

produtividade como os obtidos ateacute agora e ainda as aacutereas agricultaacuteveis estatildeo

diminuindo juntamente com a escassez de aacutegua para irrigaccedilatildeo Pereira (1999)

ressalta que o Brasil eacute um dos poucos paiacuteses com capacidade de expandir sua

produccedilatildeo seja pelo aumento da aacuterea plantada e pelo incremento da produccedilatildeo

Para Casado (2003) o Brasil precisa investir na infra-estrutura em

especial para o escoamento da produccedilatildeo entende que apesar da imensidatildeo

territorial e das ainda precaacuterias condiccedilotildees logiacutesticas a privatizaccedilatildeo dos meios de

transportes e da rede de armazenagem aos poucos tece a malha de infra-estrutura

que garantiraacute o escoamento das safras Eacute a iniciativa privada em busca de soluccedilotildees

para o desenvolvimento da nossa naccedilatildeo

O agribusiness brasileiro pode ter um futuro promissor Segundo

Rodrigues (2000) o potencial do agronegoacutecio nacional em termos de aacuterea

cultivaacutevel impressiona A aacuterea total de mais de 210 milhotildees de hectares (24 do

territoacuterio nacional) da regiatildeo dos cerrados equivale agrave metade da aacuterea total do

Meacutexico Eacute nela ainda estatildeo inexplorados cerca de 90 milhotildees de hectares uma aacuterea

equivalente agrave China e EUA que satildeo os dois maiores produtores mundiais de gratildeos

Neste contexto o Brasil tem condiccedilotildees de operar em larga escala no

agronegoacutecio internacional pois eacute o uacutenico paiacutes no mundo com uma infraestrutura

razoaacutevel que dispotildee em abundacircncia do fator produccedilatildeo mais escasso em escala

mundial terra agricultaacutevel Eacute necessaacuterio portanto que se busque o maacuteximo de

eficiecircncia em todos os elos da cadeia produtiva e que o governo crie um ambiente

econocircmico favoraacutevel para que o agribusiness nacional possa operar com seguranccedila

e competitividade na conquista de novos mercados e que procure ainda com mais

vigor e determinaccedilatildeo eliminar as distorccedilotildees que afetam o comercio internacional

141

Diante deste prognoacutestico pode-se afirmar que o Brasil eacute uma

exceccedilatildeo neste cenaacuterio e poderaacute ser a grande forccedila produtora deste seacuteculo que se

inicia O paiacutes possui mais de 150 milhotildees de hectares o que corresponde a 62

milhotildees de alqueires paulistas de terras agricultaacuteveis das quais satildeo ocupadas

atualmente somente 13 aleacutem da maior reserva de aacutegua doce do planeta (19

estatildeo no Brasil) Isso sem contar a produtividade que ainda pode ser melhorada

atraveacutes da educaccedilatildeo do agricultor brasileiro Ravanello (2002) afirma que o Brasil

tem potencial para se transformar no verdadeiro celeiro do mundo neste seacuteculo que

se inicia

Pode-se afirmar que o paiacutes dispotildee de todas as condiccedilotildees para

melhorar agregando valor aos produtos industrializando marcas etc e por

consequumlecircncia melhorando a vida do povo brasileiro Haacute de se ressaltar entretanto

que isso natildeo seraacute dado gratuitamente Eacute necessaacuterio muito trabalho e muita

dedicaccedilatildeo de todos e em especial muita seriedade e honestidade dos governantes

no trato com as coisas que satildeo puacuteblicas para que se possa oferecer para nossos

filhos e nossos netos um verdadeiro Paiacutes de Primeiro Mundo

REFEREcircNCIAS

AGRIANUAL Anuaacuterio estatiacutestico da agricultura brasileira Satildeo Paulo FNP Consultoria e Comeacutercio 2000 AGUIAR Danilo R Dias Mercados Futuros como instrumentos de comercializaccedilatildeo agriacutecola no Brasil In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 371999 Foz do Iguaccedilu Anais Brasiacutelia Sober 1999 p66-69 A ECONOMIA de Londrina Folha de Londrina Londrina 10 dez 2002 Caderno Especial p7 AGRICULTURA eacute a que mais gera emprego em outros setores Jornal de Londrina Londrina 15 set 2002 Seccedilatildeo Economia p9A ALEXANDER Colin Capturing full-trend profits in the commodity futures markets New York Windsor Books 2002 ALOE Armando VALLE Francisco Contabilidade Agriacutecola 7ed Satildeo Paulo Atlas 1981

142

ALVES Elizeu SOUZA Geraldo da Silva GARAGORRY Fernando Luiz A Evoluccedilatildeo da produtividade do milho Ediccedilatildeo 1979-1998 Brasiacutelia Sober 1998 CD-ROM AS SEMENTES da discoacuterdia acabar com os subsiacutedios agrave agricultura seria bom para todo mundo Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 782 v36 n26 p50 dez 2002 AYRES Carlos HS The contribution of agricultural research to soybean productivity in Brazil 1985 Tese (PhD) - University of Minnesota Saint Paul Minnesota AZEVEDO Paulo Furquim Comercializaccedilatildeo de produtos agroindustriais In BATALHA Mario Otaacutevio (Coord) Gestatildeo Agroindustrial Satildeo Paulo Atlas 1997 p49-138 BACCHI Mirian R Piedade Liquidaccedilatildeo financeira e indicadores de preccedilos In CURSO DE FORMACcedilAtildeO DE PROFESSORES UNIVERSITAacuteRIOS EM MERCADO FUTURO 5 1998 Anais Piracicaba ESALQUSP 1998 p47-80 BARBERATO Claacuteudia Agricultura estaacute nas matildeos dos pequenos Folha de Londrina Londrina 10 dez 2001 Caderno B Especial p6 BASTIANI Ivoneti C Rigon O produtor rural na condiccedilatildeo de empreendedor In CONGRESSO BRASILEIRO DE ADMINISTRACcedilAtildeO RURAL 3 1999 Belo Horizonte Anais Lavras UFLA 1999 BASTIANI Ivoneti C Rigon et al A fisiologia da Bolsa de Mercadorias e Futuro Caderno de Administraccedilatildeo Maringaacute v7 n3 p121-140 juldez 1999 BATALHA Mario Otavio Gestatildeo Agro Industrial Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais Satildeo Paulo Atlas 1997 v1 ______ Gestatildeo Agro Industrial Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais Satildeo Paulo Atlas 1997 v2 BERNSTEIN Peter L Desafio aos Deuses a fascinante histoacuteria do risco 6ed Rio de Janeiro Campus 1997 BOLSA de mercadorias e futuros In CURSO DE FORMACcedilAtildeO DE PROFESSORES UNIVERSITAacuteRIOS EM MERCADOS FUTUROS AGROPECUAacuteRIOS 5 1998 Piracicaba Piracicaba ESAPQUSP 1998 BOONE Louis E KURTZ David L Contemporary marketing wired Orlando The Dryden Press 1998 BRASIL Lei 8629 de 25 de fevereiro de 1993 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo dos dispositivos constitucionais relativos agrave reforma agraacuteria Diaacuterio Oficial da Republica Federal do Brasil Brasiacutelia p2349 abr 1993 Disponiacutevel em lthttplegislaccedilatildeoplanaltogovbr gt Acesso em 19 abr 2003

143

BRESSAN A A construccedilatildeo da nova poliacutetica agriacutecola In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 37 Foz do Iguaccedilu 1999 Anais Brasiacutelia Sober 1999 p5-11 BRUM Argemiro Luiz Subsiacutedio Agriacutecola a contradiccedilatildeo Europeacuteia Disponiacutevel emlthttpwwwfidenecombrUniagendaOpiniatildeogt Acesso em 11 jul 2003 CAFFAGNI Luiz Claacuteudio Bolsa de Mercadorias e Futuros Teacutecnicos de Derivativos Agropecuaacuterios BMampF n1 p25-38 2001 CAIXETA Nely A forccedila do campo Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 778 out 2002 Disponiacutevel emlt httpwww2uolcombrexamegt Acesso em 6 jan 2003 CASADO Vacircnia Brasil jaacute eacute o maior exportador do complexo soja do mundo Folha de Londrina Londrina 6 jul 2003 Caderno Economia p1 COBLE Keith H BARNETT Barry J The role of research in producer risk management Mississippi Mississippi State University 1999 CONAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade de cafeacute Brasiacutelia 2003a Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbrgt Acesso em 10 jun 2003 CONAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade de milho Brasiacutelia 2003b Disponiacutevel emlthttp wwwconabgovbrgt Acesso em 10 jun 2003 CONAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade de soja Brasiacutelia 2003c Disponiacutevel emlthttp wwwconabgovbrgt Acesso em10 jun 2003c CONAB Prognoacutestico da produccedilatildeo de gratildeos no Brasil para safra 20022003 Brasiacutelia 2003d Disponiacutevel emlthttp wwwconabgovbrgt Acesso em 10 jun 2003d CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DA AGRICULTURA Um perfil do agricultor brasileiro Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwcnaorgbrPERFILhtmgt Acesso em 4 ago 2002 CREPALDI Silvio Aparecido Contabilidade rural uma abordagem decisorial Satildeo Paulo Atlas 1993 DAHLMAN Carl J Impact of technological change on industrial prospects for the LDCs New York World Bank 1989 (Industry Seacuteries Paper 32) DIAS Guilherme L da Silva BARROS Alexandre L Mendonccedila Situaccedilatildeo da Agricultura no Brasil e no Mundo IN CURSO DE FORMACcedilAtildeO DE PROFESSORES UNIVERSITAacuteRIOS EM MERCADO FUTURO 5 1998 Anais Piracicaba USPESALQ 1998 p47-80 DRUCKER Peter F Introduccedilatildeo agrave Administraccedilatildeo 3ed Satildeo Paulo Pioneira 2000

144

DUFUMIER Marc Les Projets de Deacuteveloppement agricole Paris Eacuteditions Karthala CTA 1996 DUTRA Ivan SOUZA Maria Joseacute B Pesquisa de Marketing Londrina Universidades Estaduais de Londrina 2001 Apostila apresentada a Disciplina Organizaccedilotildees e Mercado do curso de Mestrado em Administraccedilatildeo EVERED R Management education for the year 2000 In COOPER Cary L Developing managers for the 1980s New York McMillan Press 1981 FEDERACcedilAtildeO DA AGRICULTURA DO ESTADO DO PARANAacute A importacircncia da agropecuaacuteria na geraccedilatildeo de empregos Boletim Informativo Curitiba Ediccedilatildeo 736 set 2002 FERREIRA Alcides HORITA Nilton BMampF a histoacuteria do mercado futuro no Brasil Satildeo Paulo Cultura Editores Associados 1996 FORBES Luiz F Princiacutepios baacutesicos para aplicar nos mercados futuros Satildeo Paulo BMampF 1991 FUTURE INDUSTRY INSTITUTE Curso de Futuros e Opccedilotildees Bolsa de Mercadorias e Futuros Satildeo Paulo 1998 GITMAN Laurence J Princiacutepios de Administraccedilatildeo financeira 7ed Satildeo Paulo Harbra 1997 841 p HANSON Darin K PEDERSON Glenn Price risk management by Minnesota farmers Minnesota Agricultural Economist n691 Winter 1998 Disponiacutevel emlthttpwwwextensionumnedunewslettersageconomistcomponentsag237-691bhtmlgt Acesso em fev 2003 HAZELL Peter B R Application of risk preference estimates in firm-household and agricultural sector models American Journal of Agricultural Economics Worcester v64 p384-90 may 1982 HEMERLY Francisco Xavier Coordenaccedilatildeo da cadeia Produtiva do Cafeacute In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 29 2001 Recife Anais Brasiacutelia 2001 CD-ROOM HERBST Johann H Farm Management Illinois Stipes Publishing Company 1975 HULL John Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees 2ed Satildeo Paulo BMampF 1996 ______ Options futures amp Other Derivatives London Printice Hall 2000 IAPAR O cafeacute no Brasil histoacuteria produccedilatildeo e exportaccedilatildeo Londrina 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwprgovbriaparcafeacutebrasilhtml gt Acesso em 31 out 2002

145

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McGEE James PRUSAK Laurence Gerenciamento estrateacutegico da informaccedilatildeo Rio de Janeiro Campus 1994 MARION Joseacute Carlos Contabilidade da Pecuaacuteria Satildeo Paulo Atlas 1983 179p MARQUES Pedro Valentim Mercados de Futuros de Commodities Agropecuaacuterios Piracicaba ESALQUSP 1997 ______ Gestatildeo de Negoacutecios Agroalimentares Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios Satildeo Paulo Pioneira 2000 MARQUES Pedro Valentim MELLO Pedro C Mercados Futuros de Commodities Agropecuaacuterias exemplos e aplicaccedilotildees para os mercados brasileiros 3ed Satildeo Paulo BMampF 1999

146

MARQUES Ramatildeo HS Determinantes do uso de mercados futuros pelos produtores de soja de Cascavel-Pr 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Economia) - Universidade Federal de Viccedilosa Viccedilosa MAXIMIANO Antonio C Amaru Teoria geral da administraccedilatildeo da escola Cientiacutefica agrave Competitividade na Economia Globalizada 2ed Satildeo Paulo Atlas 2000 MAZOYOER Marcel ROUDART Laurence Historie des Agriculteurs du monde Paris Eacuteditions du Seuil 1997 MENDES JTG LARSON DW Anaacutelise econocircmica das estrateacutegias de comercializaccedilatildeo da soja sob condiccedilotildees de risco Revista de Economia e Sociologia Rural Brasiacutelia v20 n2 p 175-192 1982 MORAES FILHO Joatildeo Paulo Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwconabgovbrgt Acesso em 19 fev 2003 MOREIRA Rocilda Santos Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbr gt Acesso em 19 fev 2003 MORICOCHI Luiz MARTIN Nelson B VEGRO Celso Luiz R Produccedilatildeo de cafeacute nos paiacuteses concorrentes do Brasil e tendecircncias do consumo mundial Informaccedilotildees Econocircmicas Satildeo Paulo v27 n5 p7-24 maio 1997 MORIN Edgar Os sete saberes necessaacuterios agrave educaccedilatildeo do futuro 2ed Satildeo Paulo Cortez 2000 NANTES Joseacute Flavio Diniz Gerenciamento da empresa rural In BATALHA Mario Otaacutevio (Coord) Gestatildeo Agroindustrial Satildeo Paulo Atlas 1997 p489-514 NOGUEIRA Antonio Carlos L Mecanizaccedilatildeo na agricultura brasileira Uma visatildeo prospectiva Caderno de pesquisas em Administraccedilatildeo Satildeo Paulo v8 n4 outdez 2001 NORONHA Joseacute F Projetos agropecuaacuterios administraccedilatildeo financeira orccedilamento e viabilidade econocircmica 2ed Satildeo Paulo Atlas 1987 OS NUacuteMEROS do Planeta Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 782 v36 n26 p85-87 dez 2002 OLIVEIRA Cantalicio Preto Economia e administraccedilatildeo rurais 3ed Porto Alegre Sulina 1976 PEREIRA MF Evoluccedilatildeo da fronteira tecnoloacutegica muacuteltipla e da produtividade total dos fatores do setor agropecuaacuterio brasileiro 1999 Tese ( Doutorado) - Centro Tecnoloacutegico Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

147

PERRY Janet JOHNSON Jim Influences of human capital and farm characteristics on farmerrsquos risk attitudes Orlando Floacuterida American Agricultural Economics Association 2000 PEROBELLI Fabiana S Anaacutelise sobre eficiecircncia em mercados futuros Uma comparaccedilatildeo entre os contratos de algodatildeo em pluma da BMampF e da NYBOT 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado Economia) - Escola Superior Luiz de Queiroacutez USP Piracicaba PIMENTEL Fernando CPR De onde partimos e para onde vamos Revista Preccedilos Agriacutecolas Mercado e Negoacutecios Agropecuaacuterios Satildeo Paulo n161 p9-11 mar 2000 PINTO Wildson Justiniano SILVA Orlando Monteiro O relacionamento de preccedilos e a efetividade do heding nos contratos de cafeacute In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 2001 Recife Anais Brasiacutelia Sober 2001 PREVIDELLI Joseacute de Jesus Descriccedilatildeo das Operaccedilotildees do Hedge no Mercado Futuro e Anaacutelise de sua Eficiecircncia enquanto Instrumento de Proteccedilatildeo de Riscos Caderno de Administraccedilatildeo Maringaacute v7 n3 p49-66 juldez 1999 RAVANELLO Normeacutelio O desenvolvimento comeccedila e termina pela agropecuaacuteria A Granja Porto Alegre v646 p66 out 2002 ROBBINS Stephen Paul Administraccedilatildeo Mudanccedilas e Perspectivas Satildeo Paulo Saraiva 2000 RODRIGUES Roberto O agribusiness em 2000 Daacute para ser otimista Disponiacutevel emlthttpwwwagronlinecombr gt Acesso em 21 fev 2003 ROSS Stephen A WESTERFIELD Randolph W JAFFE Jeffrey F Administraccedilatildeo Financeira Corporate Finance Satildeo Paulo Atlas 1995 SANTANA CAM The impact of economic policies on the soybean sector of Brazil an effective protection analysis 1984 Tese (PhD) - University of Minnnesota Saint Paul Minnesota SANTOS Gilberto Joseacute MARION Joseacute Carlos Administraccedilatildeo de custos na agropecuaacuteria Satildeo Paulo Atlas 1993 SCHOUCHANA Felix Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios Satildeo Paulo BMampF 1997 SCHOUCHANA Felix Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios no Brasil 2ed Satildeo Paulo BMampF 2000 SEAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade nas safras de 20012002 e 20022003 Curitiba 2003 Disponiacutevel emlthttpwwwprgovseab gt Acesso em 10 jun 2003

148

SOUKI Gustavo Q XISTO EMS SALAZAR German T Reflexotildees sobre o custo de oportunidade da informaccedilatildeo no setor agropecuaacuterio In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 37 1999 Foz do Iguaccedilu Anais Brasiacutelia Sober 1999 v2 SORIMA NETO Joatildeo EDWARD Joseacute O Brasil que aguumlenta o tranco Veja Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 1598 v32 n20 p122-127 maio 1999

SOUZA Nali de Jesus Desenvolvimento Econocircmico 4ed Satildeo Paulo Atlas 1999 SOUZA Warli anjos de O mercado futuro como instrumento de comercializaccedilatildeo para o empresaacuterio rural 1995 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Economia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Piracicaba STREETER DH Electronic information public or private good New York Agribusiness1988 TAVARES Carlos Eduardo Cruz Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbr gt Acesso em 19 fev 2003 TEIXEIRA Elizete Antunes CASTRO JR Luiz Gonzaga Composiccedilotildees de Portfolios em mercados futuros agropecuaacuterios para periacuteodos de safra e entressafra In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 40 2002 Passo Fundo Anais Brasiacutelia Sober 2002 TIMMER Peter Agriculture and economic development revisited Agricultural Systems Essex v40 p21-58 1992 TSUNECHIRO Alfredo O desempenho dos mercados a termo os casos do cafeacute soja e boi gordo na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo 1983 Dissertaccedilatildeo (Mestrado Economia) ndash FEA USP Satildeo Paulo TUNG Nguyen H Planejamento e controle financeiro das empresas agropecuaacuterias Satildeo Paulo Ediccedilotildees Universidade-empresa 1990 WILLIAMS L Long-Term secrets to short-Term trading New York John Wiley amp Sons 1999 WORKING H New Concepts concerning futures markets and prices The American Economic Review Nashville v52 n3 p431-459 June 1962

149

ANEXOS

ANEXO A PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE SOJA NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES Ha

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR Ha

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR Ha

1993 10635 22590 2124 3540 1994 11525 24931 2163 3605 1995 11675 25682 2199 3666 1996 10291 23155 2250 3750 1997 11486 26391 2297 3829 1998 13303 31307 2353 3922 1999 13061 30987 2372 3954 2000 13640 32734 2399 3999 2001 13931 37686 2705 4508 2002 15815 41658 2634 4390 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003 PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE MILHO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 11869 30055 2532 4220 1994 13748 32487 2363 3938 1995 13946 32266 2313 3856 1996 11933 29589 2479 4132 1997 12562 32948 2622 4371 1998 10585 29601 2796 4660 1999 11611 32239 2776 4627 2000 11614 31879 2744 4574 2001 12377 41456 3349 5582 2002 11802 37164 3148 5248 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003 PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE CAFEacute BENEFICIADO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilSACAS 60 KG BENEFIC PHA

1993 2273 2555 1124 1873 1994 2109 2612 1238 2064 1995 1980 1858 0938 1563 1996 1929 2685 1391 2319 1997 2000 2341 1170 1950

150

1998 2085 3450 1654 2757 1999 2207 3260 1477 2461 2000 2274 3651 1605 2675 2001 2353 1918 0815 1358 2002 2367 2390 1009 1682 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003

ANEXO B PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE SOJA NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 2000 4720 2360 3933 1994 2110 5327 2525 4208 1995 2120 5535 2610 4350 1996 2311 6241 2700 4500 1997 2496 6566 2629 4381 1998 2820 7191 2550 4250 1999 2769 7723 2789 4648 2000 2835 7134 2516 4193 2001 2764 8294 3000 5000 2002 3200 9278 2899 4831 Fonte CONAB ndash lt wwwconabgovbr gt acesso em 15042003 PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE MILHO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 2689 7760 2886 4810 1994 2881 8129 2822 4703 1995 2750 9180 3338 5563 1996 2440 7914 3243 5405 1997 2525 8164 3233 5388 1998 2254 7404 3285 5475 1999 2549 8461 3319 5532 2000 2668 7038 2638 4397 2001 2789 11870 4256 7093 2002 2490 9360 3759 6265 Fonte CONAB ndash lt wwwconabgovbr gt acesso em 15042003 PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE CAFEacute BENEFICIADO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

151

ANO

AacuteREA ndash EM MIL HA

PRODUCcedilAtildeO EM MIL KGSCOC0 PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilSACAS 60 KG BENEFIC PHA

1993 220 193 878 732 1994 184 163 889 740 1995 37 20 546 455 1996 135 154 1139 949 1997 128 219 1717 1430 1998 128 271 2117 1764 1999 138 287 2068 1723 2000 142 265 1863 1552 2001 63 56 889 740 2002 128 145 1132 943 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15042003

ANEXO C SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO97 PARA

ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31031998 ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011097 1119 2 021097 1117 3 031097 1125 4 061097 1129 5 071097 1135 6 081097 1141 7 091097 1144 8 101097 1175 9 131097 1218

10 141097 1220 11 151097 1225 12 161097 1233 13 171097 1228 14 201097 1226 15 211097 1239 16 221097 1242 17 231097 1250 18 241097 1282 19 271097 1313 20 281097 1315 21 291097 1313 22 301097 1392 23 311097 1289 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1217

152

Fonte Boletim da BMampF

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1356 1384 1370 2 1320 1348 1334 3 1342 1360 1351 4 1350 1372 1361 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1354

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO98 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31031999

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011098 1086 2 021098 1091 3 051098 1094 4 061098 1095 5 071098 1096 6 081098 1097 7 091098 1120 8 131098 1124 9 141098 1107

10 151098 1106 11 161098 1108 12 191098 1106 13 201098 1110 14 211098 1115 15 221098 1124 16 231098 1115 17 261098 1115 18 271098 1112 19 281098 1115 20 291098 1116 21 301098 1116 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1108

Fonte Boletim da BMampF

153

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1620 1740 1680 2 1602 1628 1615 3 1580 1600 1590 4 1582 1636 1609 5 1586 1647 1617 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1622

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032000

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011099 1046 2 041099 1044 3 051099 1042 4 061099 1045 5 071099 1049 6 081099 1054 7 111099 1059 8 131099 1056 9 141099 1060

10 151099 1061 11 181099 1062 12 191099 1065 13 201099 1060 14 211099 1051 15 221099 1047 16 251099 1051 17 261099 1052 18 271099 1042 19 281099 1053 20 291099 1050 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1052

Fonte Boletim da BMampF

154

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO00

PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1766 1796 1781 2 1700 1738 1719 3 1700 1740 1720 4 1700 1744 1722 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1736

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032001

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011000 2 041000 3 051000 4 061000 5 071000 Embora natildeo tenha 6 081000 havido negociaccedilatildeo 7 111000 em outubro2000 8 131000 para fechamento em 9 141000 Marccedilo2001 o

10 151000 valor da soja 11 181000 estava fixado em 12 191000 R$ 1060 13 201000 14 211000 15 221000 16 251000 17 261000 18 19 281000

271000

20 291000 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1060

Fonte Boletim da BMampF

155

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1650 1700 1675 2 1650 1700 1675 3 1626 1696 1661 4 1638 1672 1655 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1667

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032002

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011001 2 041001 3 051001 4 061001 5 071001 6 081001 7 111001 A BMampF natildeo 8 131001 tinha disponiacutevel 9 141001 as operaccedilotildees

10 151001 realizadas em 11 181001 outubro de 2001 12 191001 para fechamento 13 201001 em marccedilo2002 14 211001 15 221001 16 251001 17 261001 18 271001 19 281001 20 291001 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

Fonte Boletim da BMampF

156

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1925 2010 1968 2 1996 2044 2020 3 4 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1994

Fonte Deral

ANEXO D

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO97 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310398

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 010997 759 2 020907 759 3 030997 762 4 040997 781 5 050997 777 6 080997 780 7 090997 780 8 100997 770 9 110997 771

10 120997 781 11 150997 788 12 160997 789 13 170997 789 14 180997 779 15 190997 776 16 220997 775 17 230997 772 18 240997 775 19 250997 770 20 260997 783 21 290997 780 22 300997 780 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 776

Fonte Boletim da BMampF

157

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 750 780 765 2 750 780 765 3 750 780 765 4 760 800 780 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 769

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO98 PARA

ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310399

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 010998 700 2 020998 695 3 030998 693 4 040998 690 5 080998 693 6 090998 687 7 100998 687 8 110998 680 9 140998 663

10 150998 655 11 160998 655 12 170998 665 13 180998 665 14 210998 671 15 220998 672 16 230998 687 17 240998 679 18 250998 669 19 280998 664 20 290998 657 21 300998 663 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 676

Fonte Boletim da BMampF

158

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 844 890 867 2 856 908 882 3 860 920 890 4 860 920 890 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 882

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310300

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 010999 500 2 020999 504 3 030999 506 4 060999 507 5 080999 507 6 090999 511 7 100999 513 8 130999 510 9 140999 510

10 150999 510 11 160999 510 12 170999 510 13 210999 510 14 220999 507 15 270999 507 16 290999 505 17 300999 504 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 508

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO00 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

159

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1208 1280 1244 2 1220 1280 1250 3 1184 1254 1219 4 1180 1250 1215 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1232

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 210301

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 010900 600 2 110900 600 3 120900 600 4 190900 579 5 260900 567 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 589

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGOEM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 762 788 775 2 744 780 762 3 738 992 865 4 750 800 775 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 794

Fonte Deral

160

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 190302

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 050901 570 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 570

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1200 1240 1220 2 1200 1248 1224 3 4 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1222

Fonte Deral

161

ANEXO E

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO97 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230797

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 030197 14041 2 060197 13756 3 070197 14043 4 080197 14325 5 090197 14378 6 100197 14551 7 130197 14463 8 140197 14774 9 150197 14886

10 160197 14684 11 170197 14781 12 200197 14946 13 210197 15463 14 220197 15984 15 230197 16390 16 240197 15957 17 270197 15879 18 280197 15810 19 290197 16524 20 300197 16047 21 310197 15717 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 15308

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO97 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 19050

2 17200 18500 17850 3 16800 18000 17400 4 17000 18000 17500

18250 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 18010

1 18200 19900

5 17600 18900

Fonte Deral

162

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO98 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230798

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 020198 17350 2 050198 17689 3 060198 17513 4 070198 17391 5 080198 17933 6 090198 17764 7 120198 17354 8 130198 17464 9 140198 17442

10 150198 17196 11 160198 17137 12 190198 17110 13 200198 17377 14 210198 17555 15 220198

17448 17200

18 270198 17443 17612

21 300198 17508 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 17415

17125 16 230198 17 260198

17112 19 280198 20 290198

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) 1 10700 11700 11200

10910 3 10500 11200 10850 4 11000 11500 11250 5 11500 12080 11790

11200

2 10500 11320

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

Fonte Deral

163

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230799

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 040199 13900 2 050199 13650 3 060199 13625 4 080199 13725 5 110199 13650 6 120199 13592 7 130199 13575 8 140199 13600 9 150199 13000

10 180199 12637 11 190199 12380 12 200199 12495 13 210199 12347 14 220199 12200

12350 16 270199 12307

12155 18 290199 11946

15 260199

17 280199

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

12952

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) (MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 12800 14500 13650 2 12800 14200 13500 3 12800 14200 13500 4 13880 14600 14240 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 13723

Fonte Deral

164

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 210700

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 030100 14700 2 040100 14500 3 050100 14800 4 070100 14255 5 100100 14994 6 110100 14750 7 120100 14967 8 130100 14841 9 140100 14285

10 170100 13723 11 180100 14242 12 190100 14567

13926 14 210100 13828 15 240100 13768 16 260100 14100 17 270100 14000 18 280100 13897 19 310100 13699 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 14307

13 200100

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO00 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) 13250

2 13000 13600 13300 3 16800 19000 17900 4 13300 15100 14200

14638

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 13000 13500

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

Fonte Deral

165

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230701

PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO

1 030101 7555 2 080101 7720

7715 5 150101 8090 6 160101 8100 7 170101 8238

8175 9 220101 8232

10 230101 8362

12 260101 8058 13 290101 7828 14 300101 7559 15 310101 7548 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

3 100101 7660 4 110101

8 190101

11 240101 8289

7942

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 10320 10600 10460 2 10000 10300 10150 3 10000 10460 10230 4 10000 10500 10250 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 10273

Fonte Deral

166

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO02 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230702

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 5180

2 040102 5240 3 080102 5236

5450 5360

6 140102 5411 7 160102 5310

5269 9 240102 5290

10 280102 5169 5175

12 300102 5217 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

1 030102

4 100102 5 110102

8 230102

11 290102

5276

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 8500 8808 8654 2 8600 9100 8850 3 8840 9160 9000 4 8620 9100 8860 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 8841

Fonte Deral

167

QUESTIONAacuteRIO PARA PESQUISA

TIacuteTULO O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ

E COMERCIALIZA SOJA MILHO E CAFEacute E A SUA ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

1 - DADOS SOBRE O PERFIL DO PRODUTOR 11 ndash NOME DO PRODUTOR (NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIO)

________________________________________________________________

12 ndash SEXO ( ) MASCULINO ( ) FEMININO

13 ndash ESTADO CIVIL ( ) CASADO(A) ( ) SOLTEIRO(A) ( ) OUTROS

14 - DOS IMOacuteVEIS QUE EXPLORA

QUANTOS SAtildeO PROacutePRIOS ________________________________

15 - QUANTOS VOCEcirc EXPLORA COMO ARRENDATAacuteRIO PAGANDO

QUANTIDADES FIXAS DE SACAS OU $ ___________________________

16 - QUANTOS VOCEcirc EXPLORA EM REGIME DE PARCERIA PAGANDO UMA

PORCENTAGEM DAS SACAS COLHIDAS __________________________

17 ndash QUANTOS VOCEcirc EXPLORA EM REGIME DE COMODATO____________

18 ndash IDADE DO PRODUTOR(A) _______________________________ANOS

19 - ESCOLARIDADE ( ) 1ordm GRAU INCOMPLETO

( ) 1ordm GRAU COMPLETO

( ) 2ordm GRAU INCOMPLETO

( ) 2ordm GRAU COMPLETO

( ) SUPERIOR INCOMPLETO

( ) SUPCOMPLETO CURSO___________________

( ) POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM_____________________

168

110 - LOCAL DE MORADIA ( ) NA PROPRIEDADE ( ) NA CIDADE gt

111 - SE MORA NA CIDADE QUANTAS VEZES POR MEcircS VAI Agrave

PROPRIEDADE ___________________________________________VEZES

112 - QUAL Eacute A DISTAcircNCIA DA SEDE DA PROPRIEDADE COM RELACcedilAtildeO Agrave

RESIDEcircNCIA DO PRODUTOR EM QUILOMETROS _________QUILOMETROS

113 - ALEacuteM DAS ATIVIDADES RURAIS O AGRICULTOR TEM OUTRA FONTE

DE RENDA ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUAIS_______________________

____________________________ _____________________________________

114 - ALEacuteM DO RESPONSAacuteVEL PELA ADMINISTRACcedilAtildeO DA PROPRIEDADE

TEM OUTRAS PESSOAS DA FAMIacuteLIA QUE TRABALHAM NA PRODUCcedilAtildeO DAS

ATIVIDADES DO IMOacuteVEL

1141 - ESPOSA (O) ( ) NAtildeO ( ) SIM

1142 ndash FILHOS (AS) ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUANTOS______________

115 ndash NUacuteMERO DE PESSOAS DA FAMIacuteLIA (CONSIDERE SOMENTE ENTRE

ESPOSO ESPOSA E FILHOS) ________________________________________

116 ndash DENTRE OS MEMBROS DA FAMIacuteLIA CITADOS NO ITEM 115 ACIMA

QUANTOS ESTUDARAM SOMENTE EM ESCOLA PUacuteBLICA ______________

117 - VOCE ESTAacute NESTA ATIVIDADE COMO PRODUTOR EM FUNCcedilAtildeO DE

( ) AQUISICcedilAtildeO DA PROPRIEDADE ( ) SUCESSAtildeO NA FAMIacuteLIA

( ) PARTE DA AacuteREA COMO SUCESSAtildeO E PARTE ADQUIRIDA

( ) COMO ARRENDATAacuteRIO ( ) PARCEIRO ( ) COMODATAacuteRIO

118 - QUAL Eacute A DISTEcircNCIA DA SEDE DA PROPRIEDADE COM RELACcedilAtildeO Agrave

SEDE DO MUNICIPIO EM QUILOMETROS ______________QUILOMETROS

169

DADOS DA PROPRIEDADE (RESPONDA SIM OU NAtildeO) SIM NAtildeO

119 A PROPRIEDADE TEM ENERGIA ELETRICA DA COPEL

120 A PROPRIEDADE TEM ENERGIA ELETRICA PROacutePRIA

121 A PROPRIEDADE TEM APARELHO DE TELEVISAtildeO

122 A PROPRIEDADE TEM ANTENAS PARABOacuteLICAS

123 A PROPRIEDADE TEM VEICULOS MOTORIZADOS

124 A PROPRIEDADE TEM AacuteGUA ENCANADA

125 TEM COMPUTADOR NA PROPRIEDADE

126 TEM COMPUTADOR NA RESIDEcircNCIA DO PRODUTOR

2 - DADOS SOBRE A PRODUCcedilAtildeO ( DA UacuteLTIMA SAFRA ) 21 ndash AacuteREA TOTAL DO IMOacuteVEL QUE POSSUI EM ALQUEIRES _____________

2 4 ndash AacuteREA CULTIVADA COM MILHO SE PLANTOU EM ALQUEIRES_________

242 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA DO MILHO POR ALQUEIRE ____________________

22 ndash AacuteREA DO IMOacuteVEL PROacutePRIO CULTIVADA COM SOJA MILHO OU CAFEacute

EM ALQUEIRES_____________________________________

23 - AacuteREA DO IMOacuteVEL DE TERCEIROS CULTIVADA COM SOJA MILHO OU

CAFEacute EM ALQUEIRES_______________________________

241 ndash TOTAL DE SACAS MILHO (60 KGS) COLHIDO _____________________

25 ndash AacuteREA CULTIVADA COM SOJA SE PLANTOU EM ALQUEIRES_________

251 - TOTAL DE SACAS DE SOJA (60 KGS) COLHIDA____________________

252 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA DE SOJA POR ALQUEIRE______________________

170

26 ndash AacuteREA CULTIVADA COM CAFEacute SE COLHEU EM ALQUEIRES_________

261 - TOTAL DE SACAS CAFEacute COCO (40 KGS) COLHIDO________________

262 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA CAFEacute EM COCO POR ALQUEIRE ______________

27 - TEcircM OUTRAS ATIVIDADES DE PRODUCcedilAtildeO PARA RENDA

( ) NAtildeO ( ) SIM gt DISCRIMINE ABAIXO

ATIVIDADES AacuteREA PRODUCcedilAtildeO POR ALQUEIRE

____________________________ ____________ ______________________

____________________________ ___________ ________________________

28 ndash TEM MAQUINAacuteRIOS PROacutePRIOS ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

QUANTOS TRATORES __________ QUANTAS COLHEITADEIRAS___________

29 - QUAL A MEacuteDIA DE EMPREGADOS EFETIVOS COSTUMA MANTER NA(S)

PROPRIEDADE(S) ____________________________________

210 - EM EacutePOCAS DE PICOS DE SERVICcedilOS (PLANTIO E COLHEITA) ALEacuteM

DOS EMPREGADOS EFETIVOS CONTRATA MAtildeO DE OBRA TEMPORAacuteRIA

(VOLANTESBOacuteIAS-FRIAS) ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUANTOS_____________

210 ndash DEPENDE DE ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA PARA A EXPLORACcedilAtildeO DAS

ATIVIDADES ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

( ) DA EMATER ( ) DA COOPERATIVA ( ) DE PARTICULAR

211 ndash DEPENDE DE FINANCIAMENTO PARA CUSTEIO DAS SAFRAS

( ) SIM ( ) NAtildeO

171

3 - DADOS SOBRE A COMERCIALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO

31 COMO FOI COMERCIALIZADA A SUA UacuteLTIMA SAFRA EM

311 VENDA PARA COOPERATIVA APOacuteS REALIZADA A

COLHEITA

312 VENDA PARA INDUacuteSTRIA OU COMERCIANTE APOacuteS

REALIZADA A COLHEITA

313 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA ANTES DA

COLHEITA COM PRECcedilOS PREacute-FIXADOS

314 VENDA ANTECIPADA PARA INDUSTRIA OU

COMERCIANTE ANTES DA COLHEITA COM PRECcedilOS PREacute-

FIXADOS

315 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA COM

ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM $ OU INSUMOS COM

PRECcedilOS A FIXAR NA ENTREGA DA SAFRA

316 VENDA ANTECIPADA PARA INDUacuteSTRIA OU

COMERCIANTE COM ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM

$ OU INSUMOS COM PRECcedilOS A FIXAR NA ENTREGA DA

SAFRA

317 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA COM

ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM $ OU INSUMOS COM

PRECcedilOS JAacute FIXADOS

318 VENDA ANTECIPADA PARA INDUacuteSTRIA OU

COMERCIANTE COM ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM

$ OU INSUMOS COM PRECcedilOS JAacute FIXADOS

319 VENDA ANTECIPADA COM FINANCIAMENTOS DE CPR

3110 VENDA ANTECIPADA EM MERCADO FUTURO NA BOLSA

DE MERCADORIAS amp FUTUROS (BMampF)

3111 OUTRO TIPO DE COMERCIALIZACcedilAtildeO

CITE

TOTAL DA COMERCIALIZACcedilAtildeO 100

172

32 ndash ACOMPANHA AS COTACcedilOtildeES DE PRECcedilOS DOS PRODUTOS

AGRIacuteCOLAS NO MERCADO ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

ATRAVEacuteS DE ( ) JORNAL ( ) INTERNET ( ) TV

( ) COOPERATIVAS ( ) RADIO

( ) TERCEIROS ( AMIGOS CONHECIDOS ETC)

( ) OUTROS MEIOS________________________________

33 - A QUANTOS ANOS VOCEcirc Eacute RESPONSAacuteVEL PELA COMERCIALIZACcedilAtildeO

DA PRODUCcedilAtildeO DA PROPRIEDADE __________________________

4 ndash DADOS SOBRE OS NEGOacuteCIOS NA BOLSA DE MERCADORIAS

41 ndash COSTUMA COMERCIALIZAR A SAFRA OU PARTE DELA NA BOLSA DE MERCADORIAS ( ) SIM - ( PARA RESPOSTA SIM VAacute DIRETO PARA AS QUESTOtildeES DE 411 ATEacute 414) ( ) NAtildeO - ( PARA RESPOSTA NAtildeO VAacute DIRETO PARA AS QUESTOtildeES DE 421 ATEacute 4210) QUESTOtildeES DE 411 ATEacute 414 (PODE MARCAR MAIS DE UMA ALTERNATIVA)

411 ndash ( ) PREFERE COMERCIALIZAR A SAFRA OU PARTE DELA PARA

GARANTIR OS PRECcedilOS ACENADOS PELO MERCADO FUTURO

412 ndash ( ) SABE COMO FUNCIONA O PROCESSO DE COMERCIALIZACcedilAtildeO

EM BOLSA DE MERCADORIAS

413 ndash ( ) SOacute COMERCIALIZA QUANDO OS PRECcedilOS DO MERCADO

FUTURO SAtildeO INTERESSANTES

414 ndash ( ) CONFIA NA SEGURANCcedilA DESSE TIPO DE NEGOCIACcedilAtildeO

415 - ( ) OUTRAS RAZOtildeES_____________________________________

173

QUESTOtildeES 421 ATEacute 4210 (PODE MARCAR MAIS DE UMA ALTERNATIVA)

421 - ( ) - NAtildeO SABE COMO FUNCIONA O PROCESSO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO EM BOLSA DE MERCADORIAS

422 - ( ) ndash SABE COMO FUNCIONA MAS PREFERE NAtildeO

COMERCIALIZAR ENQUANTO NAtildeO TEM GARANTIDA A

COLHEITA DA SAFRA

423 - ( ) ndash SABE COMO FUNCIONA MAIS NAtildeO TEM DINHEIRO PARA

PAGAR OS AJUSTES DIAacuteRIOS

424 - ( ) ndash ACHA O PROCESSO MUITO BUROCRATICO

425 - ( ) ndash TEM MEDO DE PERDER DINHEIRO NESSE TIPO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO

426 - ( ) - NAtildeO CONSIDERA OS PRECcedilOS INTERESSANTES

427 - ( ) ndash NAtildeO POSSUI SEGURANCcedilA PARA OPERAR NESSE

MERCADO

428 - ( ) ndash NAtildeO CONFIA NAS CORRETORAS QUE INTERMEDIAM E

PROCESSAM A COMERCIALIZACcedilAtildeO

429 - ( ) ndash NUNCA FOI CONVIDADO PELA BMampF OU CORRETORA

PARA EXPLICAR COMO FUNCIONA O PROCESSO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO EM MERCADO FUTURO

4210 ndash ( ) - OUTRAS RAZOtildeES __________________________________

174

GLOSSAacuteRIO Blend = mistura combinaccedilatildeo fusatildeo de duas coisas

Bushel = Medida americana de cereais 1 bushel de soja = 60 libras = 2722 quilos

1 bushel de milho=56 libras = 2540 quilos

Call = Chamada convite manda vir

Clearing = de clear que significa compensaccedilatildeo eacute a denominaccedilatildeo das centrais de

compensaccedilatildeo e liquidaccedilatildeo das bolsas

Commodities (singular commodity) = Mercadorias produtos como gratildeos metais

e alimentos negociados em Bolsas de mercadorias ou no mercado a vista

Farm management = Administrador da Fazenda Administrador da propriedade

rural

Hedge = garantir resguardar ndash Estrateacutegia de proteccedilatildeo financeira usada pelo

produtor que tem realmente o produto ou pelo comprador que tem real interesse

pela mercadoria para compensar investimentos de riscos

Hedger = eacute o investidor que tem real interesse na venda ou na compra do produto

In natura = natural puro sem nenhum valor agregado

Management = Administraccedilatildeo direccedilatildeo gerecircncia

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Page 6: O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ E …livros01.livrosgratis.com.br/cp002541.pdf · Bolsa de Mercadorias e Futuros é pequena e isso se dá, em grande parte pelo desconhecimento

AGRADECIMENTOS

A Deus presenccedila constante na minha vida nas horas alegres e tambeacutem nas tristes

ora indicando caminhos ora mudando as rotas e eu dentro da minha realidade

terrena acabo percebendo sua interferecircncia somente algum tempo depois por isso

eu creio sempre

Agrave Letiacutecia ao Leonardo e ao Heitor pela valorosa colaboraccedilatildeo na aplicaccedilatildeo dos

questionaacuterios e elaboraccedilatildeo das planilhas instrumentos importantes para o

desenvolvimento da pesquisa

Ao Professor Dr Ivan Dutra pela sua indiscutiacutevel capacidade de orientaccedilatildeo e

conhecimento em pesquisa e que muito auxiliou no desenvolvimento deste estudo

Aos Professores Dr Luiz Antonio Felix profundo conhecedor da aacuterea objeto desta

pesquisa pela grande contribuiccedilatildeo que recebi na qualificaccedilatildeo para a melhoria deste

trabalho e Professor Dr Joseacute Carlos Dalmas pela valiosa contribuiccedilatildeo na aplicaccedilatildeo

dos testes estatiacutesticos para validaccedilatildeo da pesquisa

Aos docentes do programa indistintamente todos com vasto conhecimento e

sugestiva bagagem que natildeo mediram esforccedilos para darem o maacuteximo de si nas

suas respectivas aacutereas de conhecimentos

Aos amigos do curso e em especial da turma na trocas de informaccedilotildees e

conhecimentos e pela convivecircncia saudaacutevel do dia-a-dia que acabam por

proporcionar crescimento geral de todos

Aos Professores Luiz Fernando Pinto Dias e Paulo Eduardo Lacerda chefes do

Departamento de Administraccedilatildeo pelo apoio e compreensatildeo no periacuteodo em que

frequumlentei as aulas do mestrado

Aos amigos do Departamento e a todos que direta ou indiretamente contribuiacuteram

para a realizaccedilatildeo deste trabalho

ldquoComece fazendo o necessaacuterio depois o que eacute possiacutevel e de repente vocecirc estaraacute fazendo o impossiacutevelrdquo

Satildeo Francisco de Assis

RESUMO

Este estudo tem o objetivo de identificar o perfil do produtor rural londrinense e comparar com o perfil do produtor brasileiro aleacutem de verificar como estatildeo produzindo e comercializando as safras de soja milho e cafeacute como acompanham as cotaccedilotildees dos produtos agriacutecolas no mercado e se comercializam a produccedilatildeo em mercados futuros Segmenta os agricultores por escolaridade idade tamanho da aacuterea cultivada local de moradia do produtor tipo de assistecircncia teacutecnica recebida e cruza com a produtividade obtida na uacuteltima safra eacutepoca de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo sistema de acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado e quantos produtores negociam seus produtos na bolsa de mercadorias Conclui entre outros fatores importantes que o produtor com maior grau de escolaridade possuidor de aacutereas maiores que conta com assistecircncia teacutecnica profissional e com baixa idade ateacute 35 anos satildeo mais eficientes na administraccedilatildeo das propriedades rurais Constata que a busca do produtor pela comercializaccedilatildeo na Bolsa de Mercadorias e Futuros eacute pequena e isso se daacute em grande parte pelo desconhecimento que ele tem desse tipo de mercado Palavras-Chaves Perfil do agricultor Bolsa de Mercadorias Mercado Futuro

ABSTRACT

This study aims to identify the londrinense farm producer and compare it with the Brazilian rural producer profile besides verifying how they are producing and negotiating the soybean corn and coffee crops how they follow the rural products quotation in the market and if they commercialize their products in the future markets It segments the producer by education age cultivated are size place of residence of the producer kind of the received technical assistance crosses with the last crop obtained productivity production commercialization time follow up system of price quotation of the products in the market and how many producers commercialize their products in the merchandise stock market It concludes that among other important factor the producer with a higher level of education who owns larger planting areas who has professional technical assistance and low age until 35 years of age is more efficient in the management of the farm properties It verifies that the producerrsquos search for commercialization in the Future Merchandise Stock Market is little due to the lack of knowledge in this market segment Key words producerrsquos profile stock exchange future markets

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 01 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra 20012002 e 20022003 28

Graacutefico 02 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense de gratildeos de 20012002 e 20022003 29

Graacutefico 03 - Produtividade de gratildeos do Brasil na uacuteltima deacutecada 38Graacutefico 04 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de soja para a safra

20022003 40Graacutefico 05 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de soja de 20012002 e 20022003 41Graacutefico 06 - Previsatildeo da produccedilatildeo paranaense de soja para a safra

20022003 42Graacutefico 07 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

paranaense de soja de 20012002 e 20022003 43Graacutefico 08 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de milho para a

safra 20022003 44Graacutefico 09 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de milho de 20012002 e 20022003 45Graacutefico 10 - Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de milho de

milho para a safra 20022003 46Graacutefico 11 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

paranaense de milho de 20012002 e 20022003 47Graacutefico 12 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de cafeacute para a safra

20022003 48Graacutefico 13 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de cafeacute de 20012002 e 20022003 49Graacutefico 14 - Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de cafeacute para a

safra 20022003 50Graacutefico 15 Comparativo da aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra de

cafeacute de 20012002 e 20022003 51Graacutefico 16 - Valor dos subsiacutedios pagos pelo governo aos produtores rurais

da receita agriacutecola bruta ndash em porcentagem 60Graacutefico 17 - Aumento de ganhos futuros que teratildeo os paiacuteses na eliminaccedilatildeo

dos subsiacutedios agriacutecolas e barreiras tarifaacuterias em niacutevel mundial

61

LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Nuacutemeros do censo agropecuaacuterio 1995-1996 do Municiacutepio de Londrina 28

Quadro 02 - Evoluccedilatildeo da produtividade e produccedilatildeo mundial de gratildeos nos

uacuteltimos 50 anos 36 Quadro 03 - Resultados do teste Qui-quadrado considerando niacutevel de

significacircncia de 5

112

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Exemplo de hedge e ajustes diaacuterios para o vendedor 58 Tabela 02 - Exemplo de hedge e ajustes diaacuterios para o comprador 58 Tabela 03 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por sexo 86 Tabela 04 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por estado civil 86 Tabela 05 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por idade 86 Tabela 06 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por escolaridade 87 Tabela 07 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela extensatildeo da aacuterea

explorada 87

Tabela 08 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por local de moradia e acesso agrave

escola puacuteblica 87 Tabela 09 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de aquisiccedilatildeo dos

imoacuteveis 88 Tabela 10 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de exploraccedilatildeo dos

imoacuteveis 88 Tabela 11 - Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-

estrutura 88 Tabela 12 - Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-

estrutura 89 Tabela 13 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela renda e o trabalho da famiacutelia

na propriedade 89 Tabela 14 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela matildeo-de-obra utilizada 89 Tabela 15 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de soja em sacas de 60 quilos 90 Tabela 16 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de milho em sacas de 60 quilos 90 Tabela 17 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de cafeacute em sacas de 40 quilos em coco 91 Tabela 18 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela posse dos maquinaacuterios 91 Tabela 19 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram soja pela posse

dos maquinaacuterios 91

Tabela 20 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram milho pela posse dos maquinaacuterios 92

Tabela 21 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram cafeacute pela posse dos maquinaacuterios 92

Tabela 22 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela necessidade de

financiamentos 92 Tabela 23 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acesso agrave assistecircncia

teacutecnica 92 Tabela 24 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de assistecircncia teacutecnica

recebida 93 Tabela 25 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela eacutepoca de comercializaccedilatildeo

da produccedilatildeo 93 Tabela 26 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da

produccedilatildeo antes da colheita 93 Tabela 27 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da

produccedilatildeo apoacutes a colheita 94 Tabela 28 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelas negociaccedilotildees realizadas na

bolsa de mercadorias 94 Tabela 29 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acompanhamento das

cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado 96 Tabela 30 - Comparativo das caracteriacutesticas do agricultor brasileiro com o

agricultor londrinense 98 Tabela 311 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de

escolaridade 100 Tabela 312 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de

escolaridade 100 Tabela 313 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com o grau de escolaridade 101 Tabela 314 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com o grau de escolaridade 102 Tabela 321 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade

do produtor 102 Tabela 322 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do

produtor 103

Tabela 323 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo com a idade do produtor 104

Tabela 324 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a idade do produtor 104 Tabela 331 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o

tamanho da aacuterea explorada 105 Tabela 332 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o tamanho da

aacuterea explorada 105 Tabela 333 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a extensatildeo da aacuterea explorada 106 Tabela 334 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com o tamanho da aacuterea explorada 107 Tabela 341 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

moradia do produtor 107 Tabela 342 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a moradia do

produtor 108 Tabela 343 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a moradia do produtor 108 Tabela 344 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a moradia do produtor 109 Tabela 35 - Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

assistecircncia teacutecnica 110 Tabela 36 - Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse

dos maquinaacuterios 111 Tabela 37 - Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos

pagos ao produtor nas sacas de milho de 60 quilos 117 Tabela 38 - Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos

pagos ao produtor nas sacas de milho de 60 quilos 118 Tabela 39 ndash

Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos pagos ao produtor nas sacas de cafeacute benef de 60 quilos 119

Tabela 40 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela comercializaccedilatildeo realizada na BMampF 120

TABELA DE CONVERSAtildeO

1 hectare (1 ha) = 10000 metros quadrados 1 alqueire paulista = 24200 metros quadrados 1 alqueire paulista = 242 hectares 1 saca 60 quilos de cafeacute beneficiado = 3 sacas de 40 kg de cafeacute em coco

1 bushel de soja = 60 libras ou 2722 quilos 1 saca de soja com 60 quilos = 220 bushel 1 bushel de milho = 56 libras ou 2540 quilos 1 saca de milho com 60 quilos = 236 bushel

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 OBJETIVOS 19

21 Geral 19

22 Especiacuteficos 19

3 O PROBLEMA 25

4 JUSTIFICATIVA E RELEVAcircNCIA DOS ESTUDOS 27

5 O PERFIL DO AGRICULTOR E AS ATIVIDADES AGRAacuteRIAS 30

51 O produtor rural como empresaacuterio 31

52 O perfil do agricultor brasileiro 34

6 PRODUCcedilAtildeO E PRODUTIVIDADE AGRIacuteCOLA 36

61 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura da soja 40

62 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura do milho 44

63 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura do cafeacute 48

7 MODALIDADES DE COMERCIALIZACcedilAtildeO DOS PRODUTOS AGRIacuteCOLAS 52

71 A agricultura e os entraves econocircmicos na comercializaccedilatildeo 58

8 O MERCADO FUTURO AGROPECUAacuteRIO NO BRASIL 64

81 Contrato futuro de soja 73

82 Contrato futuro de milho 76

83 Contrato futuro de cafeacute 80

9 METODOLOGIA 83

91 Populaccedilatildeo 83

92 Amostras e Delimitaccedilatildeo da Pesquisa 83

93 Coleta de Dados 84

94 Segmentaccedilatildeo 84

10 RESULTADO DOS DADOS COLETADOS E ANAacuteLISES 86

101 O perfil do agricultor Londrinense que cultiva soja eou milho e

ou cafeacute 86

102 Comparaccedilatildeo do perfil do agricultor brasileiro com o perfil do

Agricultor Londrinense 98

103 Caracteriacutesticas do Agricultor Londrinense relacionado agrave Produccedilatildeo

Comercializaccedilatildeo e atuaccedilatildeo na Bolsa de Mercadorias 100

1031 Teste Estatiacutestico dos Cruzamentos da pesquisa 111

104 Anaacutelise da produtividade do Agricultor Londrinense 113

105 Anaacutelise da Comercializaccedilatildeo do Agricultor Londrinense 115

106 Comparaccedilatildeo dos negoacutecios realizados na Bolsa com negoacutecios

realizados no mercado fiacutesico pelos Agricultores 116

11 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS E RECOMENDACcedilOtildeES 121

REFEREcircNCIAS 134

ANEXOS 142

A - Produccedilatildeo Brasileira de soja milho e cafeacute nos uacuteltimos 10 anos 142

B ndash Produccedilatildeo Paranaense de soja milho e cafeacute nos uacuteltimos 10 anos 143

C ndash Valores de Contratos de soja negociados na BMampF e negoacutecios

fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

144

D - Valores de Contratos de milho negociados na BMampF e negoacutecios

fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

149

E - Valores de Contratos de cafeacute negociados na BMampF e negoacutecios

Fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

154

C - Instrumento da pesquisa 160

GLOSSAacuteRIO 167

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

Com as mudanccedilas na poliacutetica econocircmica do Brasil na deacutecada de 90

todos os setores produtivos inclusive o agropecuaacuterio tiveram que se adaptar e

correr em busca da eficiecircncia Os preccedilos internacionais passaram a ter uma

importacircncia significativa na definiccedilatildeo dos preccedilos praticados no mercado interno

aumentando a competiccedilatildeo e reduzindo as margens de lucro das empresas Desta

forma todas as fases dos processos produtivos passaram a ser analisadas

minuciosamente com vistas a eliminar desperdiacutecios para manter a lucratividade

num ambiente novo e mais competitivo

Marques e Mello (1999) enfatizam que o setor agropecuaacuterio

apresenta algumas caracteriacutesticas como alto risco econocircmico devido agrave

dependecircncia dos fatores climaacuteticos e dificuldade de comercializaccedilatildeo Estes pontos

fazem desta atividade em certos momentos um verdadeiro jogo de incertezas e de

elevado risco financeiro

No caso da agricultura a necessidade de maior competitividade

forccedilou inovaccedilotildees nas vaacuterias fases do processo produtivo Embora o aumento da

produtividade seja o aspecto que normalmente recebe maior destaque uma fase

muito importante nesse processo eacute o periacuteodo da comercializaccedilatildeo As duacutevidas do

produtor se fixam na escolha do melhor momento para vender a produccedilatildeo Os que

atuam nesse mercado frequumlentemente ressaltam a necessidade do

aperfeiccediloamento na tomada de decisatildeo e reclamam da falta de instrumentos que

os auxilie para a tomada de decisatildeo na venda dos produtos permitindo-lhes

melhorar os retornos e reduzir os riscos que envolvem a comercializaccedilatildeo Assim as

decisotildees pertinentes a produccedilatildeo agriacutecola implicam maiores ou menores riscos de

mercado de acordo com a estrateacutegia adotada pelo produtor rural (LEISMANN

2002)

No mercado brasileiro o estudo da eficiecircncia na gestatildeo do risco

surge como uma necessidade imediata faces aos constantes riscos pertinentes por

que passa a atividade agriacutecola e que prejudicam os produtores rurais A produccedilatildeo

da soja do milho e do cafeacute assim como a maioria dos produtos agriacutecola estaacute

sujeito a dois tipos baacutesicos de risco a) Na produccedilatildeo - pelas perdas causadas por

ataque de pragas e doenccedilas e pelos fatores climaacuteticos como falta ou excesso de

chuvas geadas granizos e secas b) Na comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo - que

17

corresponde ao risco do produtor natildeo encontrar preccedilo compensador na hora da

venda A administraccedilatildeo desses riscos requer do produtor rural maior racionalidade

no uso dos fatores de produccedilatildeo e gestatildeo do risco de preccedilo buscando obter maior

retorno financeiro

Na comercializaccedilatildeo agriacutecola um dos principais problemas eacute a

incerteza de preccedilos em um momento futuro Essa incerteza decorre de cada

produto e da competitividade entre os mercados agriacutecolas As principais alternativas

para lidar com essa situaccedilatildeo no Brasil ateacute recentemente provinham do governo

Contudo ao longo do tempo o governo brasileiro vem reduzindo sua participaccedilatildeo

nos mercados agriacutecolas por meio de seus instrumentos claacutessicos de poliacutetica

agriacutecola como eacute o caso da poliacutetica dos preccedilos miacutenimos Esse fato se deve agrave falta de

recursos governamentais para financiar programas de intervenccedilatildeo de grande porte

sinalizando para um esgotamento das poliacuteticas tradicionais de sustentaccedilatildeo de

preccedilos (PINTO 2001) Assim com a diminuiccedilatildeo da intervenccedilatildeo governamental e o

esgotamento dos estiacutemulos financeiros agrave agropecuaacuteria resta ao produtor buscar a

eficiecircncia na produccedilatildeo e na comercializaccedilatildeo dos produtos

O objetivo deste estudo foi o de conhecer o perfil do agricultor

londrinense que produz e comercializa a soja o milho e o cafeacute e a sua atuaccedilatildeo na

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo no mercado futuro atraveacutes da Bolsa de Mercadorias

Neste trabalho seratildeo enfocados as caracteriacutesticas do agricultor

relacionado agraves atividades agraacuterias e o perfil do agricultor brasileiro e londrinense a

produccedilatildeo e a produtividade agriacutecola as modalidades de comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo agriacutecolas o funcionamento do mercado futuro agropecuaacuterio no Brasil a

metodologia utilizada o resultado dos dados coletados e a anaacutelise da pesquisa as

delimitaccedilotildees concluindo com as consideraccedilotildees finais e recomendaccedilotildees

Espera-se que o resultado dessa pesquisa possa auxiliar os

produtores agriacutecolas no gerenciamento da produccedilatildeo e da comercializaccedilatildeo das

safras e mais que o setor agropecuaacuterio possa contribuir como vem fazendo ateacute

agora para a superaccedilatildeo dos seguintes desafios

1) Reduccedilatildeo da taxa inflacionaacuteria com oferta mais abundante de

alimentos uma vez que a produccedilatildeo ainda insuficiente dos uacuteltimos anos pressiona

a alta dos preccedilos dos alimentos em relaccedilatildeo ao iacutendice geral de preccedilos o que induz a

importaccedilotildees de alguns produtos e cria dificuldade de sobrevivecircncia para a maioria

da populaccedilatildeo brasileira que vive na linha da miseacuteria

18

2) Reduccedilatildeo na diacutevida externa brasileira com aumento na produccedilatildeo

de produtos de exportaccedilatildeo e de substitutos agraves importaccedilotildees

3) Redistribuiccedilatildeo de renda dentro do setor rural com vantagem para

as classes de renda mais baixa de modo a reduzir o grau de pobreza rural e evitar

ao menos parcialmente a migraccedilatildeo rural-urbana de pessoas com precaacuterias chances

de progredir nos centros urbanos

19

2 OBJETIVOS 21 GERAL

Este trabalho tem por objetivo identificar o perfil do agricultor do

Municiacutepio de Londrina-Pr mais especificamente como eles produzem e

comercializam as safras de soja milho e cafeacute

Tambeacutem seraacute observado se o produtor acompanha as cotaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos agriacutecolas no mercado e tambeacutem como atua na

comercializaccedilatildeo dos seus produtos na Bolsa de Mercadorias amp Futuro mercado no

qual ele pode se garantir das oscilaccedilotildees dos preccedilos na venda dos produtos pois eacute

fundamental para os agricultores minimizar os riscos nas oscilaccedilotildees dos preccedilos

dos produtos no momento da venda de sua produccedilatildeo

22 ESPECIacuteFICOS 221 Identificar o perfil do agricultor do Municiacutepio de Londrina e comparar com o

perfil do agricultor brasileiro

a) Segmentar a amostra por variaacuteveis demograacuteficas claacutessicas

b) Dimensionar a quantidade de agricultores que soacute exploram os

imoacuteveis proacuteprios imoacuteveis proacuteprios e arrendados imoacuteveis proacuteprios

e em parcerias e ainda quantos exploram as propriedades

somente atraveacutes de arrendamentos somente com parcerias ou

somente atraveacutes de arrendamentos e parcerias

c) Verificar o grau de escolaridade do agricultor responsaacutevel pelos

negoacutecios da propriedade rural

d) Verificar se o agricultor mora na propriedade ou na cidade

Quantas vezes ele se desloca ateacute a propriedade e a distacircncia da

sua residecircncia ateacute a sede da propriedade

e) Verificar quantas pessoas compotildeem a unidade familiar aleacutem do

agricultor responsaacutevel pelos negoacutecios da fazenda e ainda

dentre os membros da famiacutelia quantos estudaram ou estudam

em escolas puacuteblicas

20

f) Verificar quantos agricultores da amostra estatildeo no negoacutecio por

aquisiccedilatildeo do imoacutevel e quantos em funccedilatildeo de sucessatildeo na famiacutelia g) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de energia

eleacutetrica nas propriedades

h) Verificar quantos agricultores da amostra tecircm aparelho de

televisatildeo na propriedade

i) Verificar quantos agricultores da amostra possuem antenas

paraboacutelicas nas propriedades

j) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de veiacuteculos

motorizados na propriedade

k) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de aacutegua

encanada na propriedade

l) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de

computadores na propriedade ou na residecircncia para controle das

atividades desenvolvidas no imoacutevel rural

m) Verificar quantos agricultores da amostra dependem somente

da renda das propriedades quantos contam com a ajuda da

mulher e quantos necessitam da ajuda dos filhos

222 Determinar a aacuterea a produccedilatildeo e verificar a produtividade das culturas de soja

milho e cafeacute

a) Verificar as aacutereas cultivadas com soja sua produccedilatildeo e

produtividade

b) Verificar as aacutereas cultivadas com milho sua produccedilatildeo e

produtividade c) Verificar as aacutereas cultivadas com cafeacute sua produccedilatildeo e

produtividade d) Verificar quantos produtores da amostra tecircm maquinaacuterios

proacuteprios em especial tratores e colheitadeiras

e) Verificar a meacutedia de empregados efetivos que o agricultor

manteacutem na propriedade

f) Verificar se o agricultor contrata matildeo-de-obra temporaacuteria nos

picos de trabalho (plantio e colheita)

21

g) Verificar se o agricultor depende de assistecircncia teacutecnica para a

exploraccedilatildeo das atividades da propriedade rural

h) Verificar se o agricultor depende de financiamento para o custeio

das safras realizadas na propriedade

223 Compreender como o agricultor realiza a comercializaccedilatildeo de sua produccedilatildeo

agriacutecola

a) Verificar como o agricultor comercializa a sua safra

1 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada em

cooperativas depois de realizada a colheita

2 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada com

induacutestrias ou comerciantes depois de realizada a colheita

3 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente na cooperativa antes da colheita com preccedilos

preacute-fixados

4 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada com

induacutestrias ou comerciantes antes da colheita com preccedilos

prefixados

5 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada em

cooperativas com adiantamentos de recursos em dinheiro ou

insumos com preccedilos a fixar na entrega da safra

6 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente com induacutestrias ou comerciantes com

adiantamento de recursos em dinheiro ou insumos com preccedilos a

fixar na entrega da safra

7 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente em cooperativas com adiantamento de

recursos em dinheiro ou insumos com preccedilos jaacute fixados

8 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente com induacutestrias ou comerciantes com

adiantamentos de recursos em dinheiro ou em insumos com

preccedilos jaacute fixados

22

9 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute vendida antecipadamente

com financiamentos de CPR

10 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute vendida

antecipadamente em mercado futuro na bolsa de mercadorias

b) Verificar quais satildeo os meios utilizados pelo agricultor para

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado c) Verificar o tempo em que o agricultor eacute responsaacutevel pela

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo na propriedade rural

224 Observar a atuaccedilatildeo do agricultor nas bolsas de mercadorias para negociar

sua produccedilatildeo no mercado futuro

a) Verificar quantos agricultores comercializam suas safras ou parte

dela no mercado futuro

b) Verificar o seu conhecimento sobre essa modalidade de negoacutecio

e as razotildees para usar ou natildeo esse tipo de comercializaccedilatildeo Se

ele sabe como funciona o mercado futuro e se jaacute foi procurado

pela BMampF para participar de cursos promovidos pela entidade

225 Analisar a influecircncia do grau de escolaridade do produtor nas atividades

exercidas

a) Verificar se o grau de escolaridade do agricultor influencia na

produtividade das atividades desenvolvidas

b) Verificar se o grau de escolaridade do agricultor influencia na

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

c) Verificar se o grau de escolaridade influencia na maneira como o

agricultor acompanha as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no

mercado

d) Verificar se o grau de escolaridade propicia ao agricultor optar

pela comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de mercadorias

23

226 Analisar a influecircncia da idade do produtor nas atividades exercidas quais

sejam

a) Verificar se a idade do agricultor influencia na produtividade das

atividades desenvolvidas

b) Verificar se a idade do agricultor influencia comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo colhida

c) Verificar se a idade influencia na maneira de o agricultor

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado

d) Verificar se a idade influencia na oportunidade do agricultor em

fazer a comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de mercadorias

227 Investigar se o local de moradia do agricultor influencia nas atividades

desenvolvidas quais sejam

a) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

altera a produtividade das atividades desenvolvidas

b) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

afeta a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

c) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou cidade

influencia na maneira de o agricultor acompanhar as cotaccedilotildees

dos preccedilos dos produtos no mercado

d) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

influencia para fazer a comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de

mercadorias

228 Observar a performance do pequeno meacutedio ou grande agricultor levando

com consideraccedilatildeo a aacuterea que explora

a) Verificar a produtividade das atividades desenvolvidas pelos

pequenos meacutedios e grandes produtores

b) Verificar como se efetiva a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

pelos pequenos meacutedios e grandes produtores

c) Verificar como os pequenos meacutedios e grandes agricultores

acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado

24

d) Verificar se os pequenos meacutedios ou grandes agricultores fazem

a comercializaccedilatildeo de suas safras na bolsa de mercadorias

229 Observar a influecircncia dos maquinaacuterios na produtividade

a) Verificar se o trabalho realizado com maquinaacuterios proacuteprios

influencia na produtividade das safras de soja milho e cafeacute

2210 Observar a influecircncia da assistecircncia teacutecnica na produtividade

a) Verificar a produtividade dos agricultores que natildeo tecircm

assistecircncia teacutecnica dos produtores que tecircm assistecircncia teacutecnica

da Emater das cooperativas e de particulares nas culturas da

soja milho e cafeacute

25

3 O PROBLEMA

O dilema que enfrenta o agricultor estaacute diretamente ligado aos

riscos de produccedilatildeo associado aos baixos preccedilos dos produtos na comercializaccedilatildeo

aleacutem de suas oscilaccedilotildees que dificultam uma previsatildeo gerando muitas dificuldades

na tomada de decisatildeo tanto para a produccedilatildeo como para a comercializaccedilatildeo Gabriel

e Baker (apud BASTIANI 1999) enfatizam que haacute duas fontes externas de riscos

para o produtor rural De um lado a variabilidade nos retornos esperados

provocados pelo mercado e de outro pelo ambiente fiacutesico-climaacutetico As incertezas

do meio ambiente interferem diretamente na produccedilatildeo enquanto que o mercado

interfere nos preccedilos tanto na venda dos produtos como na aquisiccedilatildeo dos insumos

Para Morin (2000) haacute efetivamente dois meios para se enfrentar a

incerteza de uma accedilatildeo A primeira eacute estar totalmente consciente da aposta contida

na decisatildeo tomada e a segunda recorre da estrateacutegia A estrateacutegia elabora um

cenaacuterio de accedilatildeo e examinam as certezas e as incertezas da situaccedilatildeo as

probabilidades e as improbabilidades O cenaacuterio pode e deve ser modificado de

acordo com as informaccedilotildees colhidas ao acaso contratempos ou boas

oportunidades encontradas ao longo do caminho

Do ponto de vista da comercializaccedilatildeo para Marques e Mello (1999)

e Nantes (1997) as dificuldades tornam-se particularmente importantes porque eacute

difiacutecil para o agricultor ajustar rapidamente sua produccedilatildeo em face das mudanccedilas do

mercado aleacutem das interferecircncias climaacuteticas das pragas das doenccedilas etc que os

impede de fazer estimativas precisas de produccedilatildeo e de preccedilos Tanto o comprador

dos produtos primaacuterios como o agricultor se defronta frequumlentemente com o

problema de tentar prever as oscilaccedilotildees de preccedilos na comercializaccedilatildeo dos produtos

agriacutecolas

Para Robbins (2000 p59) uma das tarefas mais desafiadoras para

quem vai tomar uma decisatildeo eacute a anaacutelise das alternativas para a incerteza que natildeo

permite saber de antematildeo o resultado da decisatildeo e o risco porque o tomador da

decisatildeo com base na sua experiecircncia pessoal e em informaccedilotildees do mercado

precisa calcular a probabilidade das alternativas e dos resultados Por essa razatildeo

Tung (1990) afirma que as tomadas de decisotildees constituem a base da

administraccedilatildeo das empresas e tambeacutem satildeo a razatildeo da existecircncia dos

administradores

26

De acordo com Hazell (1982) Perry e Johnson (2000) o produtor

rural natildeo gosta de correr risco assim como qualquer outro empresaacuterio Muitas

vezes prefere alternativas de produccedilatildeo que ofereccedilam niacutevel satisfatoacuterio de

seguranccedila mesmo que represente uma perda de renda na meacutedia dos anos

Para Hanson e Pederson (1998) eacute fundamental que o produtor

tenha capacidade para administrar os riscos que em uacuteltima instacircncia satildeo parte

integrante das atividades agropecuaacuterias pois soacute assim ele poderaacute estabilizar a

renda da propriedade assegurando disponibilidade de recursos para viabilizar o seu

negoacutecio e tambeacutem o sustento de sua famiacutelia

Segundo Gitman (1997 p202) o termo risco tem o mesmo sentido

de incerteza ao se referir agrave variaccedilatildeo de retornos associados a um determinado

investimento O risco pode ser definido como a possibilidade de ter um prejuiacutezo

financeiro

Bernstein (1997) entende que a essecircncia da administraccedilatildeo do risco

estaacute em maximizar as accedilotildees nas aacutereas em que se tecircm os controles sobre os

resultados procurando minimizar as accedilotildees nos setores nos quais natildeo se tem

nenhum controle

Natildeo soacute o setor agropecuaacuterio como os consumidores e todos

aqueles com envolvimento nas atividades agraacuterias tecircm interesse em que a

produccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo dos produtos agriacutecolas se decirc de forma teacutecnica e

economicamente eficiente sem sobressaltos e interrupccedilotildees e com boa

remuneraccedilatildeo a todos (MARQUES 1997)

Diante desses problemas considerando que os agricultores querem

minimizar os riscos e as incertezas na busca do que produzir e das oscilaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos na hora de vender a produccedilatildeo buscou-se identificar com esta

pesquisa Qual eacute o perfil do agricultor do Municiacutepio de Londrina-Pr Como estaacute

produzindo e comercializando as safras de soja milho e cafeacute e a sua atuaccedilatildeo na

comercializaccedilatildeo dos seus produtos na Bolsa de Mercadorias amp Futuro

27

4 JUSTIFICATIVA E RELEVAcircNCIA DO ESTUDO

A Agricultura brasileira tem passado por profundas transformaccedilotildees

nos uacuteltimos anos O padratildeo de estagnaccedilatildeo da economia brasileira que se

caracterizou nos uacuteltimos anos em especial a partir de 1994 com o Plano Real natildeo

ocorre com o setor agropecuaacuterio que tem contribuiacutedo significativamente com a

balanccedila comercial brasileira Na safra de 20012002 o paiacutes obteve uma produccedilatildeo

total de 967 milhotildees de toneladas de gratildeos de acordo com a Cia Nacional de

Abastecimento ndash CONAB (2003d) respondendo por praticamente 13 das

exportaccedilotildees brasileiras

Para Ravanello (2002 p66) a agricultura oferece respostas raacutepidas

quando chamada a contribuir e o Brasil tem aacutereas agricultaacuteveis disponiacuteveis para um

crescimento sustentado e gente com capacidade para transformar esta grande

naccedilatildeo no verdadeiro celeiro do mundo

A escolha do Municiacutepio de Londrina para a realizaccedilatildeo desta

pesquisa se daacute por ser um poacutelo centralizador da produccedilatildeo agriacutecola no Estado do

Paranaacute e pela importacircncia que as culturas de soja milho e cafeacute tecircm no processo de

desenvolvimento econocircmico do Brasil do Paranaacute e em especial no Municiacutepio de

Londrina e regiatildeo e tambeacutem por serem commodities de exportaccedilatildeo negociados nas

principais bolsas de mercadorias do Brasil e do mundo

De acordo com o uacuteltimo censo agropecuaacuterio (IBGE 1996) Londrina

tem como principais produtos agriacutecolas a soja o milho o cafeacute a cana-de-accediluacutecar o

arroz o algodatildeo o feijatildeo e a mandioca com moacutedulo fiscal de 12 hectares -para

efeito de classificaccedilatildeo de imoacuteveis rurais - conforme tabela do INCRA - Instituto

Nacional de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria (INCRA 1997) que apresenta os

seguintes dados como demonstra o quadro 01

28

Estabelecimentos agriacutecolas 3119 propriedades

Aacuterea total dos estabelecimentos 183093 hectares

Aacuterea total de pastagens 83063 hectares

Quantidade de matildeo-de-obra ativa 12203 pessoas

Tratores em operaccedilatildeo 1937 unidades

Rebanho Bovino 138238 cabeccedilas

Rebanho Suiacuteno 30752 cabeccedilas

Produccedilatildeo leite 14674000 litrosano

Efetivo Aviacutecola 1485629 cabeccedilas

Produccedilatildeo de ovos 5020000 duacuteziasano

Quadro 01ndash Nuacutemeros do censo agropecuaacuterio 1995-1996 do Municiacutepio de Londrina

Fonte IBGE (1996)

De acordo com a Conab (2003d) a produccedilatildeo brasileira na safra

20012002 foi de 967 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea de 402194 ha

previsatildeo de colheita na safra 20022003 na ordem de 1152 milhotildees de toneladas

de gratildeos em uma aacuterea de 426886 ha o que corresponde a um aumento na aacuterea

cultivada de 6 na produccedilatildeo de quase 20 e na produtividade de 125

conforme graacutefico 01

9671152

402 426

020406080

100120140

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 01ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

Gratildeos em 20012002 e 20022003 Fonte Conab (2003d)

29

Para a Seab (2003) a produccedilatildeo paranaense na safra de 20012002

foi de 220 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea de 79 milhotildees de hectares

previsatildeo de colheita na safra de 20022003 de 283 milhotildees de toneladas de gratildeos e

algodatildeo na safra de veratildeo em uma aacuterea de 85 milhotildees de hectares o que

corresponde a um aumento na aacuterea cultivada de 75 na produccedilatildeo perto dos 30

e produtividade de 194 conforme graacutefico 02 O Estado do Paranaacute eacute responsaacutevel

por frac14 da produccedilatildeo nacional

220

283

79 85

00

50

100

150

200

250

300

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 02- Comparativo da aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense de

gratildeos de 20012002 e 20022003 Fonte Seab (2003)

De acordo com a Seab (2003) na safra de 20012002 o municiacutepio

de Londrina contribuiu com uma produccedilatildeo de 2238 mil toneladas de gratildeos e a micro

regiatildeo de Londrina composta por 19 municiacutepios circunvizinhos com 119 milhotildees

de toneladas de gratildeos

30

5 O PERFIL DO AGRICULTOR E AS ATIVIDADES AGRAacuteRIAS

Segundo Crepaldi (1993 p17) as atividades agraacuterias tambeacutem

conhecidas como atividades rurais ou agropecuaacuterias satildeo exercidas das mais

variadas formas desde o cultivo caseiro para a subsistecircncia da famiacutelia ateacute os

grandes complexos agro-industriais Mazoyer e Roudart (1997) caracterizam o

sistema agraacuterio como sendo uma associaccedilatildeo de atividades produtivas e de teacutecnicas

utilizadas por uma sociedade visando a satisfazer agraves suas necessidades Eacute a

interaccedilatildeo entre o sistema bioecoloacutegico representado pelo meio natural e o sistema

soacutecio-cultural atraveacutes de praacuteticas resultantes do progresso teacutecnico

Nos Estados Unidos na deacutecada de 1970 convencionou-se o

conhecimento da administraccedilatildeo das propriedades rurais como farm management

que foi um ramo especiacutefico do management pelo fato da administraccedilatildeo rural ter

caracteriacutesticas especiais se comparada com a administraccedilatildeo industrial em razatildeo de

a produccedilatildeo agropecuaacuteria estar intimamente ligada ao processo bioloacutegico da terra e

dos animais(HERBST 1975)

Oliveira (1976) ressalta que as atividades rurais representam todas

as atividades de exploraccedilatildeo da terra seja o cultivo de lavouras e florestas ou a

criaccedilatildeo de animais com vistas agrave obtenccedilatildeo de produtos que venham a satisfazer agraves

necessidades humanas Mesmo com o aumento significativo da populaccedilatildeo das

cidades e com a reduccedilatildeo da populaccedilatildeo rural as atividades agropecuaacuterias continuam

desempenhando papel fundamental no desenvolvimento do paiacutes sendo este setor

responsaacutevel pelos principais produtos de exportaccedilatildeo na balanccedila de pagamento

Para Aloe (1981) os agricultores vecircm especializando-se em sua

produccedilatildeo agropecuaacuteria cultivando ou criando plantas e animais que satildeo procurados

pelo mercado e pelos quais recebem preccedilos mais elevados Dufumier (1996) afirma

que essa produccedilatildeo agropecuaacuteria eacute caracterizada pela combinaccedilatildeo da quantidade de

forccedila de trabalho composta pelas pessoas da famiacutelia do produtor e assalariados com

os distintos meios de produccedilatildeo composta basicamente pela terra maquinaacuterios e

insumos com a intenccedilatildeo de obter diferentes produtos agriacutecolas ou pecuaacuterios Essa

dependecircncia do agricultor em relaccedilatildeo ao mercado consumidor faz com que ele

aleacutem de cultivar ou criar as espeacutecies que o mercado compra sinta-se obrigado a

produzir conforme as exigecircncias desse mesmo mercado Dessa maneira o

31

agricultor vem diminuindo o nuacutemero de atividades em seu estabelecimento rural e

se dedicando a uma ou duas espeacutecies de culturas

Cada vez mais o agricultor produz para o mercado vendendo a

maior parte de sua produccedilatildeo e deixando para o consumo da famiacutelia quantidades

reduzidas de sua colheita Para Souki et al (1999) os produtores brasileiros devem

entender - que em uma eacutepoca de abertura de mercado e draacutesticas transformaccedilotildees

tecnoloacutegicas em que a palavra de ordem eacute qualidade e produtividade - eacute preciso

trabalhar profissionalmente para ser competitivo Para tanto os recursos

tecnoloacutegicos nas aacutereas administrativas teacutecnicas e de informaacuteticas estatildeo disponiacuteveis

e os empresaacuterios rurais que souberem aproveitaacute-los da melhor forma na

administraccedilatildeo de sua propriedade deveratildeo sobreviver e crescer Obviamente os que

se aventurarem a natildeo adotaacute-los fatalmente teratildeo seacuterios problemas para serem

competitivos neste novo perfil de mercado

Nem sempre no entanto esta situaccedilatildeo beneficia o agricultor pois se

a sua renda depende de poucos ou de apenas um produto uma queda do preccedilo do

mesmo ou uma frustraccedilatildeo de safra causa seacuterios prejuiacutezos ao agricultor No atual

estaacutegio de desenvolvimento da agricultura o custo de produccedilatildeo eacute bastante elevado

Para se ofertar um produto condizente com as necessidades do mercado eacute

necessaacuterio empregar fortes doses de adubaccedilatildeo sementes selecionadas e

defensivos agriacutecolas cujos preccedilos satildeo elevados porque dependem de importaccedilatildeo

Da mesma forma intensifica-se cada vez mais a mecanizaccedilatildeo da lavoura a qual

possibilita melhoria significativa de qualidade das praacuteticas agriacutecolas mas que torna

necessaacuterio o desembolso de quantias vultosas para sua compra conservaccedilatildeo e

serviccedilo (CREPALDI1993)

51 O PRODUTOR RURAL COMO EMPRESAacuteRIO

Para Luz (1980 p10) toda propriedade rural que natildeo produza

apenas para a subsistecircncia da famiacutelia de seu proprietaacuterio pode ser considerada

como propriedade de fins lucrativos ou econocircmicos Quanto mais conhecimento

sobre o seu negoacutecio tiver o produtor tanto mais positivos seratildeo os resultados

obtidos O conhecimento das potencialidades de sua propriedade o conhecimento

do mercado consumidor e a adoccedilatildeo de normas essenciais para a execuccedilatildeo das

32

atividades satildeo deveres que se impotildeem ao produtor na administraccedilatildeo do seu

negoacutecio O que produzir quanto produzir e como produzir satildeo dados que tambeacutem

devem estar bem definidos no momento de iniciar qualquer atividade explorativa

Para Batalha (1997) devido agrave situaccedilatildeo atual de dependecircncia do

agricultor com relaccedilatildeo ao mercado torna-se indispensaacutevel aos produtores rurais

ter o conhecimento aprofundado de seu negoacutecio no caso da agricultura Para tanto

o produtor deve estar bem informado sobre as condiccedilotildees de mercado com relaccedilatildeo agrave

cultura que deseja explorar bem como conhecer as condiccedilotildees e os recursos

naturais de sua propriedade rural Evered (1981) enfatiza que o produtor rural deve

tambeacutem ter capacidade de perceber as mudanccedilas no ambiente e analisar suas

futuras implicaccedilotildees Precisa ainda desenvolver habilidade para detectar mudanccedilas

relevantes no ambiente da propriedade nas inovaccedilotildees tecnoloacutegicas no mercado e

tambeacutem no ambiente social e poliacutetico

Segundo Santos e Marion (1993) o sucesso da empresas rural

depende basicamente do grau de gerenciamento dos seus proprietaacuterios que requer

habilidade teacutecnica e administrativa para o aproveitamento racional dos recursos que

estatildeo a sua disposiccedilatildeo como terras maquinaacuterios implementos recursos humanos

infra-estrutura da fazenda e informaccedilotildees para a tomada de decisatildeo a respeito dos

fatores internos da produccedilatildeo e dos externos como o mercado perfil climaacutetico da

regiatildeo onde estaacute localizada a propriedade meios de transporte preccedilos praticados

etc para garantia do lucro e a continuidade da empresa

Conforme explica Crepaldi (1993) no Brasil a maioria das fazendas

eacute administrada pelo proprietaacuterio e sua famiacutelia Entretanto as expressotildees empresa

rural e empresa agriacutecola satildeo encontradas com frequumlecircncia na literatura no sentido de

fazenda propriedade agriacutecola ou estabelecimento agropecuaacuterio organizado com a

finalidade de produccedilatildeo comercial Eacute importante reconhecer que existem diferenccedilas

marcantes entre as empresas rurais e as demais pertencentes a outros setores

econocircmicos Na agricultura o sistema de produccedilatildeo utiliza fatores de produccedilatildeo

provenientes dos vaacuterios setores mas sua caracteriacutestica fundamental eacute o uso da

remuneraccedilatildeo indireta como a matildeo-de-obra familiar e o trabalho administrativo do

proprietaacuterio Outra caracteriacutestica importante da empresa rural eacute a estreita relaccedilatildeo

entre as atividades de investimento produccedilatildeo e consumo na fazenda Gastos com a

famiacutelia do proprietaacuterio administrador satildeo considerados parte integrante da anaacutelise

econocircmica-financeira da empresa

33

Essa empresa rural ou ainda este complexo famiacutelia-fazenda cujos

recursos satildeo dedicados agrave produccedilatildeo agropecuaacuteria sem necessariamente assumir

personalidade juriacutedica tem como objetivo maximizar o valor presente do patrimocircnio

Para Marion (1983) o proprietaacuterio da terra eacute o empresaacuterio mas este

termo representa a unidade de tomada de decisatildeo que pode ser o fazendeiro sua

esposa qualquer dos filhos ou uma combinaccedilatildeo destes Aleacutem disto o empresaacuterio

normalmente trabalha com os membros de sua famiacutelia nas tarefas comuns da

fazenda A famiacutelia tem seguramente influecircncia nas decisotildees administrativas de

sorte que a separaccedilatildeo das funccedilotildees administrativas das demais na empresa rural

natildeo eacute tatildeo simples quanto fora do setor agriacutecola

Bastiani (1999) ressalta que uma grande parte dos agricultores que

tem na agricultura sua principal atividade econocircmica natildeo escolheu ser agricultor e

de uma forma geral essa escolha deu-se por um processo de legado

Transcendendo de geraccedilotildees para geraccedilotildees com forte vinculaccedilatildeo de afetividade a

terra onde os agricultores de ontem eram os avoacutes os de hoje os pais e os de

amanhatilde com grande probabilidade seratildeo os filhos e depois os netos Noronha

(1987 p23) enfatiza que a maior parte das empresas rurais ainda eacute transmitida de

pais para filhos por meio de heranccedilas e tendem a ocorrer em fases de relativa

estabilidade na organizaccedilatildeo da empresa apoacutes muitos anos de experiecircncia

administrativa do proprietaacuterio Na falta de um administrador experiente haacute uma

soluccedilatildeo de continuidade administrativa que pode ter graves consequumlecircncias Mesmo

quando um dos herdeiros se encontra em condiccedilotildees de continuar uma eficiente

administraccedilatildeo a divisatildeo de terras e demais bens entre os herdeiros resultam em

uma reduccedilatildeo no tamanho da empresa de cada um Aleacutem disso existem diferentes

niacuteveis de habilidades administrativas entre os novos empresaacuterios Portanto mesmo

no caso de relativa familiaridade de cada um com o negoacutecio original o mais provaacutevel

eacute que haveraacute significativa perda de eficiecircncia no curto prazo

Atualmente quando a agricultura estaacute cada vez mais voltada para

um mercado mais competitivo a sobrevivecircncia e o crescimento da empresa rural

dependem em grande parte da capacidade empresarial Decisotildees tecircm de ser

tomadas em varias aacutereas com base em conhecimentos teacutecnicos-administrativos -

tanto quanto possiacutevel atualizado - sobre as condiccedilotildees de produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo de insumos e produtos relevantes para a empresa

34

52 o perfil do agricultor brasileiro

Com o objetivo de traccedilar o perfil do agricultor brasileiro a pesquisa

realizada pelo Centro de Estudos Agriacutecolas vinculado ao Instituto Brasileiro de

Economia da Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas encomendada pela Confederaccedilatildeo Nacional

da Agricultura-CNA (2002) cuja amostra total foi de 1837 estabelecimentos rurais

das regiotildees Sul Sudeste Centro-Oeste Pernambuco e Cearaacute detectou na amostra

que

a) 85 dos entrevistados satildeo proprietaacuterios do imoacutevel

b) A idade meacutedia do responsaacutevel eacute de 52 anos

c) A maior concentraccedilatildeo estaacute na faixa de baixa escolaridade (1 a 6

anos que corresponde ao primeiro grau incompleto)

d) 85 dispotildeem de energia eleacutetrica

e) 43 dos estabelecimentos tecircm antena paraboacutelica

f) 56 dispotildeem de um veiacuteculo no estabelecimento

g) 72 utilizam aacutegua encanada

h) 81 tecircm um aparelho de televisatildeo

i) 82 possuem outra fonte de renda gerada fora do

estabelecimento que natildeo os rendimentos da atividade

agropecuaacuteria

j) o microcomputador eacute um instrumento que ainda estaacute para ser

descoberto no meio rural (somente 3 tecircm um microcomputador)

o que dificulta a adoccedilatildeo pelos estabelecimentos de tecnologias

organizacionais importantes para enfrentar as novas exigecircncias

de competitividade impostas pelo mercado

k) No sul um hectare rende em meacutedia o equivalente ao valor de 85

sacas de milho ao preccedilo de R$750 a saca

l) A matildeo-de-obra familiar eacute utilizada em 78 dos estabelecimentos

m) A matildeo-de-obra temporaacuteria eacute utilizada em 81 dos

estabelecimentos

n) Na regiatildeo sul a comercializaccedilatildeo eacute feita preponderantemente via

cooperativas o que tambeacutem ocorre no Centro-Oeste Nas demais

regiotildees prevalecem o sistema de venda direta no mercado ldquopara

quem paga maisrdquo

35

o) 62 receberam educaccedilatildeo puacuteblica atraveacutes de algum membro da

famiacutelia

p) Em geral filhos dos antigos proprietaacuterios passaram a assumir a

conduccedilatildeo do estabelecimento em decorrecircncia das mudanccedilas

organizacionais que estatildeo sendo promovidas em resposta aos

desafios de um mercado muito mais competitivo

q) Quanto maior a distacircncia da propriedade com a sede do

municiacutepio mais difiacutecil eacute o acesso dos produtores rurais agrave

informaccedilatildeo pertinente agrave compra e venda de insumos e produtos

acesso ao creacutedito e cumprimento das obrigaccedilotildees trabalhistas e

tributaacuterias

r) Entre os estabelecimentos estudados predominaram as pequenas

unidades familiares com aacuterea cultivada de ateacute 20 hectares mas

sua participaccedilatildeo na produccedilatildeo perde para os grandes

estabelecimentos Na regiatildeo sul os grandes estabelecimentos

rurais contribuem com aproximadamente 70 da renda gerada

com a produccedilatildeo agriacutecola e pecuaacuteria

36

6 PRODUCcedilAtildeO E PRODUTIVIDADE AGRIacuteCOLA

Apoacutes a Segunda Guerra Mundial o traccedilo mais marcante do padratildeo

de expansatildeo da oferta agriacutecola mundial foi o violento crescimento da produccedilatildeo e da

produtividade que ocorreu principalmente nos paiacuteses desenvolvidos Este aumento

do produto foi igualmente acompanhado pelo crescimento da produccedilatildeo por hectare

A expansatildeo da produccedilatildeo agregada foi mais que suficiente para compensar o

crescimento da populaccedilatildeo e a disponibilidade de alimentos que era de 240 kg por

habitanteano passou em 1996 para 320 kg por habitanteano O desempenho

positivo da agricultura foi conseguido basicamente com o aumento da produtividade

da terra e do trabalho cabendo ao aumento da aacuterea cultivada menor participaccedilatildeo de

acordo com boletim da USDA conforme se verifica no quadro 02 (DIAS BARROS

1998)

DADOS MUNDIAIS 1950 1996

Oferta mundial de gratildeos 630 milhotildees toneladas 18 bilhotildees toneladas

Produtividade meacutedia 11 toneladas por ha 26 toneladas por ha

Aacuterea cultivada com gratildeos 614 milhotildees hectares 696 milhotildees hectares

Alimento disponiacutevel por habitanteano 240 kgs 320 kgs

Quadro 2ndash Evoluccedilatildeo da produtividade e produccedilatildeo mundial de

gratildeos nos uacuteltimos 50 anos

Para Luz (1980) a produtividade natildeo se confunde com a produccedilatildeo

pois enquanto esta tem como significado o total puro e simples do que cada cultura

produziu aquela significa a quantidade de produccedilatildeo obtida por uma unidade de fator

de produccedilatildeo Assim a produtividade da soja eacute medida em sacas ou quilos por

hectare o leite eacute medido em litros por vaca ordenhada e assim por diante Santos

(1993) compartilha desse raciociacutenio denominando a produtividade de rendimento

de cultivos ou criaccedilotildees classificando a produtividade por rendimento elevado

meacutedio ou baixo

37

De acordo com Lacombe e Heilborn (2003 p165) a produtividade eacute

o quociente que resulta na divisatildeo entre a produccedilatildeo obtida e um dos fatores

empregados na produccedilatildeo ou entre a produccedilatildeo obtida e um conjunto ponderado dos

fatores de produccedilatildeo A produtividade nada mais eacute do que uma relaccedilatildeo entre o que

foi obtido e um dos recursos usados para obtecirc-lo Por exemplo na produtividade de

um hectare de terra diz-se que a produtividade eacute tantas toneladas por hectare Se

utiliza-se outros insumos como adubos e irrigaccedilatildeo a produtividade por hectare

aumenta Com o uso de sementes selecionadas obteacutem-se uma produtividade mais

alta por hectare

Na visatildeo de Drucker (2000 p205) a produtividade de qualquer

sociedade desenvolvida repousa cada vez mais na capacidade de fazer com que o

trabalho intelectual seja produtivo e o trabalhador intelectual realizado

Crepaldi (1993) ressalta que a terra eacute o fator de produccedilatildeo mais

importante para as atividades agraacuterias pois eacute nela que se aplicam os capitais e onde

se trabalha para obter a produccedilatildeo Se a aacuterea de terra for ruim ou muito pequena

dificilmente se produziratildeo colheitas abundantes e lucrativas por mais capital ou

trabalho de que disponha o produtor Desse modo uma das grandes preocupaccedilotildees

do produtor deve ser sempre com a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da terra evitando

seu desgaste pelo mau uso e tambeacutem pela erosatildeo

De acordo com Konzen (1977) o cultivo de gratildeos nas grandes

lavouras da regiatildeo sul do Brasil que ocupam mais de 50 da aacuterea total das

propriedades rurais tem elevado grau de produtividade cuja destinaccedilatildeo eacute o

mercado internacional atraveacutes das exportaccedilotildees ficando o restante da aacuterea por

conta da criaccedilatildeo de animais A produtividade das aacutereas se justifica porque os

produtores investem pesadamente em mecanizaccedilatildeo aplicam intensamente

fertilizantes e defensivos nas lavouras utilizam assistecircncia teacutecnica com frequumlecircncia e

tecircm elevada capacidade administrativa com formaccedilatildeo educacional de segundo ou

terceiros graus Pereira (1999) ressalta tambeacutem que a mecanizaccedilatildeo pode

desempenhar um papel importante na busca da produtividade visto que o Brasil eacute

um dos poucos paiacuteses com capacidade de expandir sua produccedilatildeo agropecuaacuteria

seja pelo aumento da aacuterea plantada ou pelo incremento da produccedilatildeo

La Torre (2002) acredita que as grandes propriedades rurais

apresentam maior produtividade da terra que as pequenas em razatildeo do seu faacutecil

acesso ao creacutedito rural Acrescenta que na medida em que esse creacutedito tambeacutem for

38

repassado com mais facilidade agraves pequenas propriedades essa vantagem possa

ser revertida em favor de uma melhor produtividade para as pequenas propriedades

rurais

Nos uacuteltimos 12 anos a produccedilatildeo de gratildeos no paiacutes cresceu de 58

milhotildees de toneladas de gratildeos para a casa dos 100 milhotildees com excepcional

produtividade pois a aacuterea plantada praticamente natildeo aumentou conforme

demonstra o graacutefico 03 Eacute resultado sobretudo do fato de a agricultura brasileira ter

se voltado para o mercado internacional

378 384 356 391 384 368 364 351 367 377 376

11529671003

828824765789

738812

761683

578682

426402

0

20

40

60

80

100

120

9091 9293 9495 9697 9899 0001 0203

Produccedilatildeo (milhotildees de ton) Aacuterea ( milhotildees de ha)

prev

Graacutefico 03- Produtividade de gratildeos no Brasil na uacuteltima deacutecada Fonte Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento

Souza (1999) relata que a elevaccedilatildeo da produtividade na agricultura

eacute muito importante porque tambeacutem contribui para reduzir a pobreza na aacuterea urbana

pela elevaccedilatildeo dos salaacuterios nominais e reais e com isso melhora a distribuiccedilatildeo de

renda em toda a economia Agrave medida em que esta realidade se apresenta diminui a

pobreza absoluta geralmente medida pelo consumo diaacuterio de calorias per capita

39

Com o crescimento da renda as pessoas reduzem o consumo de calorias e passam

a ingerir quantidade maior de proteiacutenas

A necessidade de manter a produccedilatildeo acelerada tanto para a

exportaccedilatildeo como para suprir o mercado interno exige do produtor um aumento da

produtividade que pode ser conseguido pela adoccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

uma vez que existem limites para o aumento da produccedilatildeo apenas mediante a

expansatildeo da aacuterea cultivada (SOUZA 1999 p281)

Streeter (1988) ensina que as inovaccedilotildees tecnoloacutegicas devem ter agrave

frente as universidades puacuteblicas com forte ecircnfase na pesquisa no ensino e na

extensatildeo seguidas das empresas privadas que podem consolidar as soluccedilotildees com

propostas em niacutevel comercial

No conceito de Sorima Neto (1999) o agricultor na busca de

melhorar sua produtividade pode contar inclusive com a ajuda de sateacutelite para

aumentar a colheita Os agricultores do interior de Minas Gerais e de Mato Grosso

conseguem produzir tanto quanto os agricultores americanos o que corresponde a

180 sacas de milho por hectare sendo que a meacutedia brasileira oscila entre 100 e 120

sacas dependendo da regiatildeo

A produtividade conta tambeacutem com a biotecnologia no

desenvolvimento de sementes resistentes a pragas e a inseticidas e plantas que se

adaptam bem a solos pobres e de clima seco Na pecuaacuteria - com as teacutecnicas de

inseminaccedilatildeo artificial e transferecircncia de embriotildees atraveacutes da engenharia geneacutetica -

pode-se produzir bois que rendem o dobro de carne e vacas que geram mais de

quarenta bezerros em um ano O periacuteodo de gestaccedilatildeo de nove meses das vacas eacute

multiplicado pelo artifiacutecio dos embriotildees congelados

O aumento da produtividade por parte dos produtores decorrente da

maior acumulaccedilatildeo de capital e do progresso tecnoloacutegico resulta no aumento do

volume total ofertado reduzindo dessa maneira o preccedilo dos produtos

agropecuaacuterios Pereira (1999) acrescenta que tornou-se indispensaacutevel para o

produtor rural a busca pelo aumento da produtividade o que soacute eacute possiacutevel com

investimentos elevados e adoccedilatildeo de novos processos produtivos que possibilitem a

expansatildeo da produccedilatildeo brasileira Como a estrutura agraacuteria natildeo apresentou avanccedilos

e os pequenos produtores natildeo foram capazes de absorver os avanccedilos tecnoloacutegicos

por falta de escolaridade o meacutedio e o grande produtor assumiram esse setor

implementando novas tecnologias e se adequando ao processo de inovaccedilatildeo

40

Assim aquele produtor que natildeo tem capacidade de investimento

natildeo consegue manter-se no processo e acaba por vender sua propriedade em

funccedilatildeo da sua incapacidade de escala Embora o setor esteja com sua produtividade

em franco crescimento uma grande parte dos produtores em geral pequenos

produtores estatildeo faturando muito pouco ou o suficiente para sobreviver e manter

sua propriedade porque ainda lhes faltam condiccedilotildees e visatildeo econocircmica para

buscar outra fonte para a venda dos seus produtos aleacutem do mercado fiacutesico

61 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DA SOJA

A produccedilatildeo mundial de soja para a safra 20022003 deve chegar a

1894 milhotildees de toneladas de gratildeos segundo dados estatiacutesticos da USDA De

acordo com levantamentos realizados pela Conab a safra brasileira 20012002 foi

de 419 milhotildees de toneladas com perspectiva de colheita recorde em 20022003 na

ordem de 503 milhotildees de toneladas de gratildeo Esses nuacutemeros correspondem a 26

da produccedilatildeo mundial com destaque para os estados do Mato Grosso Paranaacute e Rio

Grandes do Sul atualmente os maiores produtores nacionais conforme demonstra

o graacutefico 04 (TAVARES 2002)

Produccedilatildeo outros paiacuteses74

Produccedilatildeo brasileira

26

Produccedilatildeobrasileira Produccedilatildeo outrospaiacuteses

1391

503

41

Graacutefico 04ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de soja para safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Na safra da soja de 20012002 o Brasil teve uma produccedilatildeo de

4284 sacas por hectare equivalente a 1036 sacas de 60 kgs por alqueire paulista

Na safra de 20022003 a estimativa da aacuterea a ser cultivada eacute de 180 milhotildees de

hectares e produccedilatildeo de 503 milhotildees de toneladas de gratildeos Mantendo esta

previsatildeo o aumento na aacuterea cultivada seraacute de 10 da produccedilatildeo de 20 e da

produtividade 85 conforme revela o graacutefico 05 (CONAB 2003c)

419

503

163 180

0

10

20

30

40

50

60

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 05ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

soja de 20012002 e 20022003

A produccedilatildeo brasileira de soja para a safra 20022003 deve chegar a

503 milhotildees de toneladas de gratildeos segundo dados estatiacutesticos da Conab A

mesma fonte ressalta que a produccedilatildeo paranaense de 20012002 foi de 92 milhotildees

de toneladas com perspectiva de colheita recorde em 20022003 na ordem de 102

milhotildees de toneladas de gratildeos e que corresponde a 20 da produccedilatildeo brasileira

conforme demonstra o graacutefico 06 (CONAB 2003c)

42

Produccedilatildeo Outros

Estados80

Produccedilatildeo Paranaacute

20

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

401

102

Graacutefico 06ndash Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de soja na safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Outros dados da Conab (2003c) registram que o Paranaacute colheu na

safra de 20012002 4791 sacas por hectare o que corresponde a 11594 sacas de

60 kgs por alqueire paulista - foi superior a meacutedia nacional em 1183 Na safra de

20022003 estima-se uma colheita de 102 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma

aacuterea de 35 milhotildees de hectares de terras - Corresponde um aumento na aacuterea de

quase 10 aumento na produccedilatildeo de 108 e na produtividade de 139 como

demonstra o graacutefico 07 Com a obtenccedilatildeo da produtividade de 4857 sacas por

hectare que corresponde a 11753 sacas de 60 kgs por alqueire paulista a

produtividade seraacute superior a meacutedia nacional em 5

43

92102

32 35

0

2

4

6

8

10

12

Safra 20012002 Safra 20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 07ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de soja de 20012002 e 20022003

Tavares (2002) comenta que se for considerado que o custo de

produccedilatildeo da safra brasileira gira em torno de 40 inferior ao custo dos produtores

nortes americanos com uma produtividade superior em quase 20 e rentabilidade

que varia entre 25 a 30 o produtor de soja brasileiro tem todas as condiccedilotildees de

competitividade podendo produzir - natildeo soacute para o mercado interno - como aumentar

as exportaccedilotildees para o mercado internacional Contudo ressalta que os pequenos e

meacutedios produtores deveratildeo ter certa dificuldade para realizar esse tipo de operaccedilatildeo

pelo fato de natildeo efetuarem diretamente a comercializaccedilatildeo externa da sua produccedilatildeo

Desde os anos 70 o Brasil manteacutem uma posiccedilatildeo de respeito no

mercado mundial da soja Santana (1984) explica que essa importacircncia se daacute por

trecircs razotildees 1) Pelo grau de modernizaccedilatildeo alcanccedilado nas unidades agriacutecolas de

produccedilatildeo de soja 2) Pelo periacuteodo de produccedilatildeo da soja brasileira que entra no

mercado internacional no periacuteodo de entressafra da soja americana e 3) Pelo maior

teor de oacuteleo e de proteiacutena existente no gratildeo de soja produzido no Brasil

A modernizaccedilatildeo das propriedades rurais estaacute diretamente

relacionada com a mecanizaccedilatildeo das lavouras que eacute praticamente completa em

todas as fases do processo produtivo que vai desde a preparaccedilatildeo da terra ateacute a

colheita Nas grandes regiotildees de cultivo desta cultura se concentra mais da metade

da frota de tratores do paiacutes Sabe-se que natildeo eacute a totalidade desta frota destinada agraves

44

lavouras de soja mas pela magnitude da aacuterea de soja plantada nas regiotildees e pelos

altos iacutendices de produccedilatildeo alcanccedilados pode-se deduzir que parte consideraacutevel

dessa frota regional faccedila parte da base teacutecnica da produccedilatildeo dessa oleaginosa Eacute de

conhecimento puacuteblico que a cultura da soja exige um dos maiores niacuteveis de

mecanizaccedilatildeo em todos os estaacutegios de sua produccedilatildeo(AYRES 1985)

62 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DO MILHO

Na escala da produccedilatildeo mundial de milho os Estados Unidos

aparece com a maior participaccedilatildeo na ordem de 405 a China em segundo lugar

com 191 e o Brasil com uma produccedilatildeo de 6 Segundo dados estatiacutesticos da

USDA a produccedilatildeo mundial de milho para a safra 20022003 deve chegar a 5916

milhotildees de toneladas de gratildeos conforme demonstra o graacutefico 8 (MOREIRA 2002)

Produccedilatildeo Brasileira

6

Produccedilatildeo Outros Paiacuteses

94ProduccedilatildeoBrasileiraProduccedilatildeo OutrosPaiacuteses

5541 375

Graacutefico 08ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de milho para a safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Na safra 20012002 o Brasil teve uma produccedilatildeo de 5240 sacas por

ha o que corresponde a 127 sacas de 60 kgs por alqueire paulista Na safra de

45

20022003 a estimativa da aacuterea a ser cultivada eacute de 122 milhotildees de hectares e

produccedilatildeo de 375 milhotildees de toneladas de gratildeos com produtividade de 5123

sacas por hectare correspondendo a 124 sacas de 60 kgs por alqueire paulista Se

persistir essa previsatildeo haveraacute aumento na aacuterea de 3 de 1 na produccedilatildeo e

produtividade inferior em 2 conforme demonstra o graacutefico 09 (CONAB 2003b)

371 375

118 122

05

10152025303540

Safra20012002

Previsatildeo Safra2022003

Produccedilatildeo(milhotildees ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 09ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

milho de 20012002 e 20022003

Na previsatildeo da produccedilatildeo brasileira de 375 milhotildees de toneladas de

gratildeos de milho para a safra 20022003 o Estado do Paranaacute deveraacute contribuir com

uma safra de 117 milhotildees de toneladas o correspondente a quase 13 da produccedilatildeo

nacional conforme graacutefico 10 (CONAB 2003b)

46

Produccedilatildeo Paranaacute

31Produccedilatildeo Outros

Estados 69

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

258

117

Graacutefico 10ndash Previsatildeo da produccedilatildeo Brasileira e Paranaense de milho para a safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Ainda de acordo com os dados da Conab (2003b) o Paranaacute colheu

na safra de 20012002 6265 sacas por hectare o que corresponde a 15161 sacas

de 60 kgs por alqueire paulista superior agrave meacutedia nacional em 195 Na safra de

20022003 a Conab estima que o plantio seraacute em 263 milhotildees de hectares e a

colheita de 1176 milhotildees de toneladas de gratildeos O aumento da aacuterea seraacute de 5 da

produccedilatildeo 25 e da produtividade perto de 20 com a obtenccedilatildeo da produtividade

de 7452 sacas por hectare que corresponde a 18033 sacas de 60 kgs por alqueire

paulista tambeacutem superior a meacutedia nacional em 455 conforme o graacutefico 11

47

936

1176

249 263

02468

101214

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton) Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 11ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de milho de 20012002 e 20022003

Tradicionalmente os preccedilos do milho sempre estiveram proacuteximos do

preccedilo miacutenimo pago pelo governo fazendo com que o Estado constantemente

promovesse intervenccedilotildees no mercado para garantir receita ao produtor rural Com a

exportaccedilatildeo do produto favorecido pelas altas taxas de cacircmbio nos anos de 2001 e

2002 o preccedilo passou a ter referecircncia na paridade dos preccedilos de exportaccedilatildeo

proporcionando ao produtor uma melhora substancial no preccedilo do milho cultivado

(MOREIRA 2002)

De acordo com Alves (1998) a cultura do milho expandiu-se no

territoacuterio nacional assim como as demais exploraccedilotildees tradicionais usando a

tecnologia primitiva com o produtor derrubando as matas a procura da fertilidade

natural dos solos O milho hiacutebrido apareceu na deacutecada de 1950 e o uso de

maacutequinas equipamentos e fertilizantes tornou-se significativo a partir da deacutecada de

1970 Portanto a cultura se estabeleceu no paiacutes com uma tecnologia de niacutevel de

produtividade baixo e tambeacutem compatiacutevel com a dotaccedilatildeo de fatores em que a terra

e a matildeo-de-obra eram abundantes Com o crescimento e a diversificaccedilatildeo do

mercado interno de trabalho de produtos e de insumos a consequumlente

industrializaccedilatildeo a urbanizaccedilatildeo e a competiccedilatildeo proporcionada pela abertura do

comeacutercio internacional houve mudanccedilas dramaacuteticas nas exigecircncias tecnoloacutegicas da

48

agricultura nacional hoje mais fundamentada na ciecircncia e em teacutecnicas de cultivo

que procuram usar a terra mais intensamente e com o miacutenimo de matildeo-de-obra

63 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DO CAFEacute

A atividade cafeeira vem representando ao longo dos uacuteltimos anos

um importante fator de desenvolvimento econocircmico e social para muitos paiacuteses

Segundo Moricochi et al (1997) o cafeacute movimentou mais de US$ 40 bilhotildees no

mercado mundial em 1997 constituindo-se em uma importante atividade para a

geraccedilatildeo de emprego e renda sendo que mais de 20 milhotildees de pessoas no mundo

dependem diretamente dessa atividade

A produccedilatildeo mundial de cafeacute beneficiado para a safra 20022003

deve chegar a 1209 milhotildees de sacas de 60 quilos pelos dados estatiacutesticos da

USDA Em levantamentos realizados pela Conab (2003a) a safra brasileira

20022003 estaacute estimada em 472 milhotildees de sacas beneficiadas com 373 milhotildees

de cafeacute araacutebica e 99 milhotildees de cafeacute robusta sendo considerada a maior produccedilatildeo

da histoacuteria do Brasil conforme demonstra o graacutefico 12

Produccedilatildeo Brasileira

39

Produccedilatildeo Outros Paiacuteses61

ProduccedilatildeoBrasileiraProduccedilatildeo OutrosPaiacuteses

737 472

Graacutefico 12ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de cafeacute para a safra 20022003 (em milhotildees de sacas de 60 kgs de cafeacute beneficiado)

49

Esse recorde se deve agraves oacutetimas condiccedilotildees climaacuteticas no periacuteodo de

floraccedilatildeo e formaccedilatildeo dos gratildeos e tambeacutem pela mudanccedila no perfil do parque cafeeiro

nacional Nas aacutereas tradicionais de plantio no sul de Minas Gerais Satildeo Paulo e

Paranaacute as lavouras antigas estatildeo sendo substituiacutedas desde 1994 por cafezais de

plantio adensados (MORAES FILHO 2002)

De acordo com a Conab (2003a) o Brasil colheu - na safra de

20012002 - 243 milhotildees de toneladas de cafeacute beneficiados o que corresponde a

4052 milhotildees de sacas em uma aacuterea de 237 milhotildees de hectares Para a safra de

20022003 o Brasil deveraacute colher 283 milhotildees de toneladas de cafeacute em uma aacuterea de

258 milhotildees de hectares o que corresponde a 472 milhotildees de sacas beneficiadas

em 48 milhotildees de peacutes de cafeacute em franca produccedilatildeo sendo mais da metade em

Minas Gerais A produccedilatildeo de 1841 sacas de 60 kgs por hectare corresponde a

4455 sacas por alqueire paulista O aumento na aacuterea seraacute de 886 na produccedilatildeo

1646 e 7 na produtividade conforme demonstra o graacutefico 13

243

283

237

258

212223242526272829

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 13ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

cafeacute de 20012002 e 20022003

Para Moraes Filho (2002) o mercado estaacute apresentando reduccedilotildees

contiacutenuas nas cotaccedilotildees internacionais nas uacuteltimas cinco safras devido ao

significativo aumento na oferta resultado de incremento na produccedilatildeo em paiacuteses

tradicionais e principalmente em paiacuteses que ateacute entatildeo natildeo eram exportadores

50

importantes No final do ano de 2001 e iniacutecio de 2002 os preccedilos do cafeacute no mercado

internacional atingiram o menor niacutevel dos uacuteltimos 30 anos Nas safras de 19981999

19992000 e 20002001 a produccedilatildeo mundial de cafeacute foi superior ao consumo

permitindo a recomposiccedilatildeo dos estoques nos paiacuteses importadores A partir da safra

20032004 poderaacute ocorrer uma recuperaccedilatildeo das cotaccedilotildees dos preccedilos internacionais

diante da perspectiva da reduccedilatildeo nas aacutereas de plantio do cafeacute em especial no Brasil

e no Vietnatilde primeiro e segundo exportadores mundiais seguidos de paiacuteses da

Ameacuterica Central

Com a recuperaccedilatildeo dos preccedilos o Brasil tende a apresentar um

sensiacutevel crescimento neste mercado em que o segmento que mais cresce eacute o de

cafeacutes expressos cujo blend natildeo pode dispensar o cafeacute brasileiro com corpo

fundamental para a qualidade do cafeacute expresso (HEMERLEY 2001)

Na previsatildeo da produccedilatildeo brasileira de 470 milhotildees de sacas de cafeacute

beneficiadas para a safra 20022003 o Estado do Paranaacute deveraacute contribuir com uma

safra de 23 milhotildees de sacas o que corresponde a 5 da produccedilatildeo nacional

conforme demonstra o graacutefico 14

Produccedilatildeo Paranaacute

5

Produccedilatildeo Outros

Estados95

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

449 23

Graacutefico 14ndash Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e Paranaense de cafeacute para a safra 20022003 (em milhotildees de sacas de 60 kgs de cafeacute beneficiadas)

51

Segundo a Conab (2003a) o Paranaacute colheu na safra de 20012002

1851 sacas de cafeacute beneficiadas por hectare o equivalente a 4479 sacas por

alqueire A estimativa para a colheita na safra de 20022003 eacute de 1685 sacas por

hectare O que corresponde a 4077 sacas beneficiadas por alqueire paulista Se

confirmada esta previsatildeo haveraacute uma reduccedilatildeo de 27 na aacuterea plantada na

produccedilatildeo 115 e na produtividade 89 conforme demonstra o graacutefico 15

Ressalte-se tambeacutem que a produtividade no Estado do Paranaacute seraacute 7 inferior agrave

produtividade nacional

1452

128513071271

115120125130135140145150

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo (em milton)Aacuterea (em mil ha)

Graacutefico 15ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de cafeacute de 20012002 e 20022003

52

7 AS MODALIDADES DE COMERCIALIZACcedilAtildeO DOS PRODUTOS AGRIacuteCOLAS

Produtores rurais normalmente natildeo tecircm ou tecircm pouco poder de negociaccedilatildeo vendendo seus produtos em

mercados de pouca concorrecircncia Na maioria das vezes os preccedilos satildeo determinados pelos compradores

dentro dos limites impostos por outros concorrentes Segundo Boone e Kurtz (1998) a determinaccedilatildeo do

preccedilo de venda de um produto pode ser efetivado de duas diferentes formas o preccedilo de mercado e o preccedilo de

custo cada qual proporcionando dois meacutetodos puros de determinaccedilatildeo de preccedilos O preccedilo a ser pago por

certo produto eacute derivado do equiliacutebrio obtido entre a quantidade de oferta deste produto e a demanda por ele

estimulada O risco de flutuaccedilotildees adversas de preccedilos eacute um dos fatores que mais incomodam os produtores

rurais e todos os que precisam comercializar seus produtos Pelas suas caracteriacutesticas os preccedilos dos produtos

agriacutecolas estatildeo sujeitos a grandes oscilaccedilotildees satildeo de difiacutecil previsatildeo e geram muitas dificuldades nessa

tomada de decisatildeo

Para Bressan (1999) eacute indispensaacutevel que o produtor rural antes de iniciar a produccedilatildeo estabeleccedila a estrateacutegia

de comercializaccedilatildeo conheccedila os mercados canais de distribuiccedilatildeo tendecircncias e identifique oportunidades de

mercado

A anaacutelise do mercado eacute de fundamental importacircncia para o produtor As informaccedilotildees produzidas pelo estudo

do mercado permitem ao produtor identificar as necessidades nichos onde vai atuar oportunidade para

colocar o produto na hora certa tendecircncias do comportamento do mercado com relaccedilatildeo a sua ascensatildeo ou

decliacutenio (MAXIMIANO 2000 p401)

Para Azevedo (1997 p51) os produtos agropecuaacuterios diferem dos outros uma grande parte consiste em

produtos alimentares mas outros - como tecidos ou borracha - atendem a outros diferentes anseios dos

consumidores Alguns satildeo pereciacuteveis como eacute o caso dos derivados do leite enquanto outros podem ser

estocados por mais tempo sem cuidados exagerados como eacute o caso do cafeacute e ateacute mesmo do milho e da soja

Os produtos agropecuaacuterios satildeo basicamente bens de primeira necessidade e por consequumlecircncia costumam ter

um baixo valor unitaacuterio

Segundo Azevedo (1997 p53) a produccedilatildeo agriacutecola sofre as restriccedilotildees ditadas pela natureza e sua oferta

depende de dois elementos relevantes a) as condiccedilotildees climaacuteticas e b) o periacuteodo de maturaccedilatildeo dos produtos

No primeiro caso o resultado da atividade agriacutecola tanto em termos quantitativos quanto qualitativos eacute

particularmente dependente das condiccedilotildees do tempo Desse modo um elemento aleatoacuterio condiciona a

produccedilatildeo agriacutecola e consequumlentemente a comercializaccedilatildeo dos produtos agropecuaacuterios Avanccedilos

53

tecnoloacutegicos como eacute o caso da irrigaccedilatildeo permitem a reduccedilatildeo desse efeito aleatoacuterio proveniente das

condiccedilotildees climaacuteticas No entanto excluindo a produccedilatildeo em estufas ndash economicamente inviaacutevel para grandes

volumes de produccedilatildeo ndash a atividade agriacutecola ainda depende profundamente das condiccedilotildees climaacuteticas

No segundo caso a natureza impotildee um espaccedilo de tempo entre a decisatildeo de investir e a efetiva produccedilatildeo

agriacutecola Eacute a interferecircncia das estaccedilotildees do ano e a sazonalidade A sucessatildeo de safras e entressafras decorre

da natureza bioloacutegica da produccedilatildeo agriacutecola Tipicamente a produccedilatildeo agriacutecola concentra-se em algumas

eacutepocas do ano O cafeacute por exemplo tem sua colheita na entrada do inverno A carne bovina por sua vez tem

o pico da safra durante o outono quando as chuvas comeccedilam a escassear Esta caracteriacutestica sazonal eacute uma

determinante fundamental no comportamento dos preccedilos na hora da comercializaccedilatildeo

Para Azevedo (1997 p54) o cafeicultor pode armazenar sua safra colhida por exemplo mas isso tem um

custo Aleacutem do custo de armazenagem existe o custo financeiro de deixar o produto parado O cafeicultor

que natildeo transforma sua colheita em dinheiro estaacute abdicando da taxa de juros que o valor da colheita poderia

receber no mercado financeiro Do mesmo modo acontece com o pecuarista que pode manter seus bois

durante o inverno mas a entrada da seca no entanto encarece a manutenccedilatildeo dos animais Como

consequumlecircncia o preccedilo desses insumos varia ao longo das estaccedilotildees do ano de modo a premiar aqueles que

vendem seus produtos fora da safra A comercializaccedilatildeo dos produtos agropecuaacuterios necessariamente

subordina-se ao comportamento sazonal O ritmo da produccedilatildeo das vendas e a formaccedilatildeo dos estoques

caminham conforme determinam as estaccedilotildees do ano As atividades agropecuaacuterias ainda estatildeo longe da linha

de produccedilatildeo industrial na qual o empresaacuterio pode controlar com maior cuidado o tempo a quantidade e a

qualidade do produto

As principais alternativas que os produtores rurais tecircm para comercializar seus produtos satildeo

a) Venda na eacutepoca da colheita

b) Venda antes da colheita atraveacutes de contrato com preccedilo fixado ou a fixar

c) Venda antecipada por meio de Ceacutedula do Produtor Rural (CPR)

d) Venda atraveacutes de contrato no mercado futuro

A venda fiacutesica no balcatildeo ou a venda informal na eacutepoca da colheita permite que comprador e vendedor

negociem seus preccedilos de acordo com o momento e os seus interesses chegando em um consenso que

beneficie a ambos

Segundo Mendes (1982) nesse tipo de comercializaccedilatildeo o produtor entrega a sua produccedilatildeo na eacutepoca da

colheita pelo preccedilo em vigor que geralmente estaacute aviltado pela elevaccedilatildeo da oferta dos produtos no mercado

54

Ao escolher esta alternativa o produtor abandona qualquer ganho de possiacuteveis aumentos dos preccedilos e

tambeacutem perde a possibilidade de obter um preccedilo meacutedio mais compensador atraveacutes de diversos periacuteodos O

agricultor que segura o produto para vender na eacutepoca da colheita acredita que fatores exoacutegenos provocaratildeo

um aumento no preccedilo do produto

De acordo com Aguiar (1999) os preccedilos do mercado fiacutesico tendem a seguir o caminho dos mercados futuros

Isso natildeo significa que a variaccedilatildeo do preccedilo futuro esteja causando variaccedilatildeo no preccedilo agrave vista mas que ambos

tendem a se mover no mesmo sentido diante das mudanccedilas nos fundamentos do mercado O movimento

conjunto dos preccedilos nos mercados fiacutesicos e futuro decorre do fato de as operaccedilotildees poderem ser concluiacutedas

por entrega do produto Assim preccedilo agrave vista e a futuro tendem a convergir agrave medida que se aproxima a eacutepoca

da entrega

Na modalidade de pagamento antecipado com entrega futura a induacutestria ou o cerealista efetua adiantamento

do capital de giro aos produtores antes do plantio em troca do recebimento dos produtos na eacutepoca da

colheita

A CPR eacute uma ceacutedula garantida pelo Banco do Brasil regulado por lei que permite a negociaccedilatildeo antecipada

por parte dos agricultores em leilotildees organizados para esse fim A vantagem da CPR em relaccedilatildeo a outras

formas de venda antecipada eacute que a ceacutedula - por ter garantia de instituiccedilatildeo financeira - apresenta maior

liquidez O tiacutetulo pode ser emitido em qualquer fase da safra ou seja antes do plantio durante o

desenvolvimento da cultura na colheita ou ateacute mesmo quando o produto jaacute estiver colhido (MARQUES

MELLO1999)

A legislaccedilatildeo que criou e regulamentou as operaccedilotildees com CPR foi instituiacuteda em 1994 para satisfazer agrave

demanda dos produtores cujo objetivo era financiar suas safras com a venda antecipada da produccedilatildeo para as

instituiccedilotildees financiadoras Ateacute o final da deacutecada dos anos 80 as vendas antecipadas de soja jaacute eram bastante

difundidas entre os produtores e cerealistas da regiatildeo dos cerrados apesar da falta de normatizaccedilatildeo Esta seria

entatildeo a melhor forma de captar recursos para o plantio da safra A princiacutepio estas operaccedilotildees natildeo eram

ldquotravadasrdquo em preccedilo Eram negociadas atraveacutes de contratos com preccedilos a fixar onde o produtor comprometia

um volume maior de soja contra o adiantamento do recurso para o custeio da safra A fixaccedilatildeo do preccedilo era

feita apoacutes a entrega dos gratildeos e o saldo restante era entatildeo pago ao produtor Em 1987 a empresa Cutrale

Quintella passou a oferecer a preacute-fixaccedilatildeo da soja ou soja verde em que jaacute ficava travado no fechamento da

55

operaccedilatildeo preccedilo futuro internalizado e cacircmbio Com isso os produtores obtinham uma proteccedilatildeo de preccedilo que

compreendia tambeacutem o frete rodoviaacuterio repassando este risco para os cerealistas (PIMENTEL 2000)

No Brasil a fixaccedilatildeo antecipada de preccedilos dos produtos agriacutecolas fora dos mercados futuros da BMampF

costuma ser mais cocircmoda para o produtor devido agraves poucas garantias exigidas menor acompanhamento de

mercado e ausecircncia de ajustes financeiros diaacuterios Ressalte-se que o custo dessa comodidade costuma ser

excessivamente alto consumindo parcela significativa dos lucros dos produtores pois os preccedilos fornecidos

pelos compradores embutem seus custos operacionais e principalmente os riscos de queda dos preccedilos no

mercado internacional (AGRIANUAL 2000)

Para Souza (1995) os pequenos produtores se dariam melhor se utilizassem agraves cooperativas porque elas

podem se constituir em um elo entre o produtor rural e as bolsas de mercadorias Ao utilizar essa estrateacutegia a

cooperativa atraveacutes de seu quadro de funcionaacuterios especializados natildeo soacute permitiria o acesso do pequeno

produtor ao financiamento do ajuste diaacuterio como tambeacutem administraria cotaccedilotildees e preccedilos dos produtos nos

mercados

Azevedo (1997 p51) ressalta que o ato de comprar e vender natildeo eacute uma tarefa trivial A adoccedilatildeo de um

mecanismo de comercializaccedilatildeo inapropriado fatalmente implica em riscos com prejuiacutezos para o produtor

mesmo ele sendo competitivo em termos de eficiecircncia produtiva A competitividade depende profundamente

de sua eficiecircncia na comercializaccedilatildeo de seus produtos A escolha do mecanismo de comercializaccedilatildeo

portanto natildeo eacute aleatoacuteria

Para Coble e Barnett (1999) a bolsa de mercadorias em especial oferece aos produtores vaacuterios

instrumentos de gerenciamento de riscos O grande problema estaacute na falta de informaccedilotildees do produtor que

praticamente desconhece esse ferramental Espera-se que consultores cooperativas e profissionais com

experiecircncia e conhecimento desses instrumentos possam orientar os produtores oferecendo cursos

relacircmpago

Para Marques (2001) as estrateacutegias de gerenciamento de riscos de preccedilos compreendem a escolha de uma

alternativa de comercializaccedilatildeo ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias delas Os produtores devem fazer uso dessas

ferramentas para se protegerem do risco de flutuaccedilotildees de preccedilo que ocorre com os produtos agriacutecolas entre o

periacuteodo de plantio e sua venda efetiva na eacutepoca da colheita

Segundo Tsunechiro (1983) a administraccedilatildeo do problema dos riscos na comercializaccedilatildeo dos produtos

agriacutecolas surgiu no seacuteculo XIX O crescimento da industrializaccedilatildeo originou maior necessidade de capital e

56

creacutedito e tambeacutem os riscos crescentes do preccedilo devido basicamente ao aumento da competiccedilatildeo entre os

produtores e os agentes de comercializaccedilatildeo A necessidade de volumes de capital de giro foi realizada pelos

sistemas bancaacuterios nacionais e internacionais e a necessidade de grandes volumes de capitais destinados ao

novo tipo de produccedilatildeo foi atendida pelas bolsas de valores Para que os riscos de preccedilos fossem transferidos

algueacutem deveria estar disposto a assumiacute-los surgem entatildeo as bolsas de futuros com este propoacutesito e

juntamente com ela o especulador

Hull (2000) Williams (1999) e Alexander (2002) afirmam que os especuladores satildeo fundamentais nas

operaccedilotildees em mercado futuro porque eles na tentativa de ganho faacutecil assumem os riscos que os produtores

e compradores tentam evitar dando ao mercado a liquidez necessaacuteria agrave viabilizaccedilatildeo dos negoacutecios

Os mercados de futuro abrem a possibilidade de estabilizaccedilatildeo e

menores riscos permitindo melhor planejamento reduccedilatildeo de custos nas

transaccedilotildees com maiores ganhos nas safras colhidas De acordo com Marques

(2000 p215) e Teixeira (2002) os mercados futuros de commodities agropecuaacuterios

satildeo uma forma de propiciar um certo ldquosegurordquo em meio a tantos riscos para o

produtor rural para a induacutestria agro-processadora e para todos aqueles que deteacutem o

produto ou contratos sobre o mesmo possibilitando uma ldquogarantiardquo quanto agrave queda

ou agrave elevaccedilatildeo do preccedilo Os mercados futuro satildeo uma forma eficaz de eliminaccedilatildeo

de um dos principais riscos da atividade agropecuaacuteria que eacute a incerteza de preccedilos

em um tempo futuro quando se daraacute a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

Segundo Schouchana (1997 p9) para o vendedor a operaccedilatildeo no

mercado futuro agropecuaacuterio atende agrave necessidade de fixar um preccedilo de venda de

sua mercadoria antecipadamente chamado travamento de preccedilo ou hedge para

se proteger do risco da queda de preccedilo e garantir uma margem de rentabilidade Previdelli (1999 p63) pondera que na operaccedilatildeo com hedge o indiviacuteduo seja comprador ou vendedor fixa

hoje o preccedilo a ser pago pelo produto em uma data futura Para o comprador o objetivo eacute fixar um preccedilo

maacuteximo a ser pago pelo produto que pretende obter enquanto que para o vendedor o objetivo eacute garantir um

preccedilo miacutenimo para a sua produccedilatildeo

Working (1962) define hedge como o uso de contratos como um substituto temporaacuterio de uma transaccedilatildeo

posterior no mercado agrave vista Assim a hedge pode envolver uma posiccedilatildeo vendida no mercado futuro contra

uma posiccedilatildeo comprada no mercado fiacutesico ou uma posiccedilatildeo comprada no mercado futuro contra um

57

compromisso de venda no mercado agrave vista ou ainda contra uma alta de preccedilos de mercadorias a serem

consumidas no futuro

Segundo Marques (2000 p212) um contrato futuro eacute uma obrigaccedilatildeo legalmente exigiacutevel de entregar ou

receber uma determinada quantidade de mercadoria de qualidade preacute-estabelecida pelo preccedilo ajustado no

pregatildeo

De acordo com Marques e Mello (1999) a principal funccedilatildeo dos mercados futuros eacute garantir que todos aqueles

que mantecircm interesse na compra ou venda de uma determinada mercadoria fiacutesica se protejam de eventuais

oscilaccedilotildees desfavoraacuteveis de preccedilos que possam ocorrer no futuro assegurando assim uma determinada

rentabilidade Saliente-se entretanto que em uma operaccedilatildeo em mercados futuros natildeo se recebe ou se paga

nenhum valor adiantadamente a natildeo ser os ajustes diaacuterios que satildeo uma fraccedilatildeo muito pequena com relaccedilatildeo ao

valor do contrato O ajuste diaacuterio eacute a diferenccedila diaacuteria constatada nas oscilaccedilotildees do mercado para cima ou para

baixo que a parte vendedora recebe da parte compradora quando o preccedilo cai e vice-versa conforme se

verifica nas tabelas 01 e 02

Ressalte-se que tanto vendedor como comprador aleacutem de natildeo se conhecerem poderatildeo sair do negoacutecio a

qualquer momento bastando para isso fechar os contratos fazendo a operaccedilatildeo contraacuteria desde que tenha no

mercado agentes interessados em comprar ou vender

TABELA 01ndash Exemplo de hedge e ajuste diaacuterio para o vendedor de cafeacute (hipoacutetese da venda de 5 contratos = 500 sacas)

DIA PRECcedilO DO

FECHAMENTO

BOLSA PSACA

AJUSTE

DIAacuteRIO

POSICcedilAtildeO DO VENDEDOR (PRODUTOR NO CASO)

1110 R$ 10000 R$000 O PRODUTOR NESTE DIA NAtildeDA PAGA E NAtildeDA

RECEBE

1210 R$ 9900 -R$100 O PRODUTOR RECEBE R$50000 PORQUE O PRECcedilO

NO MERCADO CAIU R$100 (R$100 X 500 SACAS)

1310 R$ 9700 -R$200 O PRODUTOR RECEBE R$100000 PORQUE O

PRECcedilO NO MERCADO CAIU R$200 (R$200 X 500

SACAS)

Fonte autor

58

TABELA 02ndash Exemplo de hedge e ajuste diaacuterio para o comprador de cafeacute (hipoacutetese da compra de 5 contratos = 500 sacas)

DIA PRECcedilO DO

FECHAMENTO

BOLSA PSACA

AJUSTE

DIAacuteRIO

POSICcedilAtildeO DO COMPRADOR (INDUSTRIAL OU

EXPORTADOR NO CASO)

1110 R$ 10000 R$000 O COMPRADOR NESTE DIA NAtildeDA PAGA E NAtildeDA

RECEBE

1210 R$ 9900 +R$100 O COMPRADOR PAGA R$50000 PORQUE O PRECcedilO NO

MERCADO CAIU R$100 (R$100 X 500 SACAS)

1310 R$ 9700 +R$200 O COMPRADOR PAGA R$100000 PORQUE O PRECcedilO

NO MERCADO CAIU R$200 (R$200 X 500 SACAS)

Fonte autor

71 A AGRICULTURA E OS ENTRAVES ECONOcircMICOS NA COMERCIALIZACcedilAtildeO

Para se ter uma ideacuteia melhor das mudanccedilas ora em curso haacute que se

fazer um diagnoacutestico da evoluccedilatildeo recente e as tendecircncias futuras do mercado

internacional de produtos agriacutecolas Segundo Dias e Barros (1998) a agricultura

brasileira tem se mostrado bastante dinacircmica frente agrave concorrecircncia internacional

ainda mais quando se leva em conta que o setor estaacute crescendo a despeito dos

subsiacutedios impliacutecitos nos preccedilos internacionais sobre os subsiacutedios e barreiras

protecionistas dos paiacuteses ricos que prejudicam a nossa agricultura

Brum (2003) relata que a agropecuaacuteria europeacuteia desde 1957

sempre foi protegida e subsidiada pelo Estado que em alguns casos chegou a

pagar o triplo do preccedilo do produto interno em relaccedilatildeo ao concorrente externo para

59

evitar a entrada dos produtos concorrentes promovendo o protecionismo tarifaacuterio

No dicionaacuterio ldquoAureacuteliordquo o sentido de subsiacutedio governamental estaacute no ato do Estado

adquirir a produccedilatildeo do agricultor por um preccedilo entendido pelo agricultor como

conveniente que natildeo se obriga a buscar novas alternativas de comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo

Nas palavras de Legrain (2002 p47) os paiacuteses ricos gastam perto

de 1 bilhatildeo de doacutelar por dia com subsiacutedios agriacutecolas A liberalizaccedilatildeo do comeacutercio dos

produtos agropecuaacuterios aliviaria o fardo dos consumidores dos paiacuteses ricos e

permitiria um grande passo aos agricultores dos paiacuteses pobres que vivem em

extrema dificuldade por causa desse protecionismo

As barreiras do mundo rico agrave importaccedilatildeo de alimentos impedem os

paiacuteses emergentes de sair da pobreza A esperanccedila dos menos favorecidos nesse

processo eacute que a Europa o Japatildeo e os EUA reduzam suas aliacutequotas de importaccedilatildeo

e subsiacutedios A Europa concede atualmente aos seus agricultores cerca de 93 bilhotildees

de doacutelares ao ano a tiacutetulo de ajuda financeira conforme demonstra o Graacutefico 16 Os

EUA cogitam em eliminar os subsiacutedios de exportaccedilatildeo concedidos aos seus produtos

agriacutecolas e tambeacutem em reduzir as aliacutequotas e subsiacutedios para os agricultores de todo

o mundo Soacute natildeo se sabe como os poliacuteticos americanos faratildeo para enfrentar a ira

dos fazendeiros (AS SEMENTES 2002)

6959

3521

0 20 40 60 80

1

Estados UnidosUniatildeo EuropeacuteiaJapatildeoSuiccedila

60

Graacutefico 16- Valor dos subsiacutedios pagos pelos governos aos produtores rurais da receita agriacutecola bruta em porcentagem (em bilhotildees de US$)

Fonte OCDE- Organizaccedilatildeo Cooperativas Desenvolvimento econocircmico

Uma das principais vantagens da globalizaccedilatildeo eacute o livre comeacutercio de

mercadorias o livre fluxo de recursos financeiros e o aumento do fluxo de

informaccedilotildees O livre comeacutercio de mercadorias deve ser visto como algo positivo pois

favorece a especializaccedilatildeo competitiva segundo vantagens comparativas

incentivando a eficiecircncia do produtor e a satisfaccedilatildeo do consumidor Eacute preciso

lembrar poreacutem que livre comeacutercio significa comeacutercio livre ou seja natildeo se pode

falar em comeacutercio livre quando se usam subsiacutedios e barreiras agrave importaccedilatildeo com

quotas leis unilaterais antidumping ou outros tipos de restriccedilotildees (LACOMBE

HEILBORN 2003)

Se as medidas de proteccedilatildeo fossem eliminadas por todos os paiacuteses

todos seriam beneficiados em maior ou menor escala conforme pode-se verificar no

graacutefico 17 A liberalizaccedilatildeo mundial do comeacutercio resultaria em cerca de 128 bilhotildees

de doacutelares de ganhos imediatos e muito mais que isso no futuro conforme detectou

pesquisa realizada pelo FMI ndash Fundo Monetaacuterio Internacional (OS NUgraveMEROS

2002 p50)

61

002040608

11214

AUSTRALIANZELANDIA

BRASIL

DEMAIS PAISES AMLATINA

CHINASUDESTE ASIATICO

LESTE ASIA

EUA

02 = 20 06 = 60 12 = 120

Graacutefico 17ndash Aumento de ganhos que teratildeo os paiacuteses na eliminaccedilatildeo dos subsiacutedios agriacutecolas e barreiras tarifaacuterias no mundo (aumento no PIB em porcentagem)

Fonte Fundo Monetaacuterio Internacional

Justifica-se assim um estudo acerca das alternativas potenciais

que permitam elevar a capacidade competitiva interna e a busca de uma opccedilatildeo para

melhorar e garantir um preccedilo de venda dos produtos agropecuaacuterios para amenizar

a situaccedilatildeo econocircmica dos perdedores no processo ou seja dos produtores rurais

brasileiros Timmer (1992) entende que uma das funccedilotildees da agricultura no processo

de desenvolvimento eacute a de ldquoreduzir a pobreza no meio ruralrdquo Na maioria dos paiacuteses

o nuacutemero de pessoas pobres eacute muito maior no campo que no meio urbano No

entanto como elas se encontram dispersas em imensas aacutereas o problema natildeo fica

tatildeo evidente como nas favelas da periferia das grandes cidades

Dias e Barros (1998) ressaltam que a agricultura brasileira vem

passando por um processo intenso de internacionalizaccedilatildeo O setor encontra-se

quase que completamente atrelado agraves condiccedilotildees do mercado internacional Os

preccedilos operados internamente satildeo determinados externamente Segundo Caixeta

(2002) com a abertura da Economia nos anos 90 o setor que mais obteve sucesso

62

com contas externas foi o agronegoacutecio fechando o ano de 2001 com saldo positivo

de 19 bilhotildees de doacutelares entre importaccedilotildees e exportaccedilotildees tornando-se a principal

forccedila do governo para equilibrar as contas externas do Brasil

A adaptaccedilatildeo agraves condiccedilotildees externas em um ambiente de ausecircncia

quase total de mecanismos internos de defesa da renda agriacutecola como faz o

governo dos EUA Uniatildeo Europeacuteia Japatildeo e outros com subsiacutedio aos produtores

rurais reforccedila a necessidade do Brasil reestruturar o seu mercado domeacutestico

Tambeacutem os processos de abertura e integraccedilatildeo regional no Mercosul acabaram por

forccedilar um aumento na competiccedilatildeo entre regiotildees produtoras e entre agentes de

comercializaccedilatildeo e financiamento (DIAS BARROS 1998)

O produtor rural deve estar sempre atento aos acontecimentos que

ocorrem no mundo porque a demanda e a oferta por produtos agropecuaacuterios e as

demais condiccedilotildees do mercado estatildeo constantemente mudando e por

consequumlecircncia afetando os seus lucros Assim pode-se afirmar que uma forte

geada na Floacuterida afeta negativamente a produccedilatildeo de laranja nos Estados Unidos o

preccedilo e por consequumlecircncia afeta para melhor o preccedilo da laranja do Brasil

(MARQUES MELLO 1999)

O mercado agropecuaacuterio convive constantemente com as variaccedilotildees

de preccedilos dos produtos e quase sempre o produtor recebe pouco e o consumidor

pago caro pelo produto ficando a grande fatia do lucro nas matildeos dos

intermediaacuterios Para Souza (1995) os intermediaacuterios mais conhecidos como

especuladores no sentido econocircmico eacute todo elemento que tenta prever as

mudanccedilas dos preccedilos dos produtos no mercado e se antecipa para realizar lucros

com a venda ou a compra desses commodities

Segundo Forbes (1991) a principal preocupaccedilatildeo do especulador eacute

aumentar o seu capital ele tanto pode comprar como vender no mesmo dia quanto

especular com um empreendimento desde que natildeo tenha longa duraccedilatildeo

Ferreira e Horita (1996) ressaltam que apesar da conotaccedilatildeo

negativa da palavra em portuguecircs (pelo Aureacutelio especulador pode ser aquele que

age de maacute feacute) a origem do termo estaacute no latim speculare espelhar refletir O

especulador compra ou vende um determinado ativo com o uacutenico objetivo de fazer

lucro

Para Bacchi (1998) o especulador no mercado futuro eacute um agente

que tem como objetivo beneficiar-se das variaccedilotildees favoraacuteveis dos preccedilos nesse

63

mercado Natildeo tem qualquer interesse na mercadoria objeto do contrato mas toma

para si os riscos e garante a liquidez dos contratos

Na cadeia de comercializaccedilatildeo Marques e Mello (1999) enfatizam

que o aspecto mais importante do sistema de livre mercado eacute a orientaccedilatildeo para

atender aos desejos dos consumidores - o consumidor eacute quem manda - se por

exemplo os consumidores quiserem mais camaratildeo do que existe no mercado

aquele que estiverem dispostos a alocar recursos para consumir daqueles produtos

poderatildeo usufruir dele Consequumlentemente os donos dos restaurantes e os

atacadistas elevaratildeo os preccedilos isso encorajaraacute os navios pesqueiros a dedicarem

mais horas na pesca do produto Se a situaccedilatildeo persistir por mais tempo e na

ausecircncia de impedimentos pescadores que se dedicam a outras atividades se

deslocaratildeo para a pesca de camaratildeo aumentando a oferta e fazendo com que o

preccedilo caia

64

8 O MERCADO FUTURO AGROPECUAacuteRIO NO BRASIL

Segundo Marques e Mello (1999) As bolsas de gratildeos surgiram no iniacutecio do seacuteculo XIX nos Estados

Unidos como locais para transaccedilotildees agrave vista normalmente em lotes de um vagatildeo de trem ou de um barco Foi durante

mais de 70 anos auto-regulado pelas proacuteprias bolsas Somente nas deacutecadas de 1920 e 1930 iniciou-se a

regulamentaccedilatildeo governamental com a criaccedilatildeo de oacutergatildeos objetivando disciplinar e fiscalizar o mercado Existem atualmente dois oacutergatildeos regulatoacuterios a SEC (Securities Exchange Commission) e a CFTC (Commodities Futures

Trading Commission) Embora com suas esferas proacuteprias de atuaccedilatildeo com o primeiro lidando com valores

mobiliaacuterios e o segundo com mercados futuros esses oacutergatildeos tendem a ter conflitos de jurisdiccedilatildeo acerca de

mercados ou operaccedilotildees especiacuteficas como por exemplo no mercado futuro do iacutendice de accedilotildees

No Brasil a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMampF) nasceu em 1991 com a fusatildeo da Bolsa de

Mercadorias amp Futuros fundada em 1986 e da Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo fundada em 1917

(SCHOUCHANA 1997) De acordo com Marques e Mello (1999) na Bolsa

de Mercadorias prepondera de modo geral a auto-regulaccedilatildeo das bolsas de futuros A Comissatildeo de Valores

Mobiliaacuterios (CVM) tem jurisdiccedilatildeo sobre os mercados futuros e de opccedilotildees em que o ativo subjacente seja um

valor mobiliaacuterio enquanto que o Banco Central do Brasil tem jurisdiccedilatildeo sobre os demais mercados derivativos

Vigora pois o sistema misto em que as bolsas exercem o acompanhamento dos negoacutecios sob sua jurisdiccedilatildeo e os oacutergatildeos reguladores se encarregam de supervisionar o

sistema como um todo e requisitar informaccedilotildees que julgarem necessaacuterias Nesse modelo de regulaccedilatildeo mista o oacutergatildeo regulador atua como supervisor das normas criadas pelas entidades auto-reguladoras da proacutepria atuaccedilatildeo das

bolsas e do mercado como um todo

65

O Futures Industry Institute (1998 p15) explica que a bolsa de futuros eacute uma associaccedilatildeo de membros que tem como objetivo principal fornecer os meios necessaacuterios agrave compra venda ou comercializaccedilatildeo de commodities sob

normas que protejam os interesses dos envolvidos A bolsa em si natildeo deteacutem nenhuma mercadoria ela apenas proporciona as facilidades necessaacuterias agrave conduccedilatildeo de

leilotildees puacuteblicos A responsabilidade baacutesica de uma bolsa eacute garantir a existecircncia de mercados competitivos livres de

manipulaccedilatildeo de preccedilos A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMampF) eacute

uma associaccedilatildeo sem finalidade lucrativa organizada para proporcionar a seus corretores os recursos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo de negoacutecios e para atender agrave necessidade de

proteccedilatildeo contra a oscilaccedilatildeo dos preccedilos (SCHOUCHANA 2000 p18)

Bastiani (1999 p138) acrescenta que a estrutura organizacional e operacional da BMampF eacute simples A Administraccedilatildeo eacute dividida em trecircs instacircncias principais a

Assembleacuteia Geral como oacutergatildeo deliberativo maacuteximo da Bolsa o Conselho de Administraccedilatildeo e a Superintendecircncia Geral ambos responsaacuteveis pela gestatildeo dos negoacutecios da

BMampF Sua estrutura operacional eacute constituiacuteda pelos Membros de Compensaccedilatildeo Corretora de Mercadorias

Operador Especial e clientes Schouchana (2000) ressalta que mesmo sendo

uma instituiccedilatildeo privada a bolsa tem funccedilatildeo puacuteblica e social ou seja eacute uma entidade que deve permitir o acesso de qualquer pessoa ao mercado em condiccedilotildees equacircnimes

Por ter essa funccedilatildeo a Bolsa deve ser uma espeacutecie de guardiatilde do mercado garantindo o livre acesso dos agentes econocircmicos a seus mercados proibindo a manipulaccedilatildeo de

preccedilos assegurando a transparecircncia sem privileacutegios de pessoas ou grupos desenhando contratos neutros em

relaccedilatildeo aos diversos segmentos da cadeia produtiva sem favorecer grupos em detrimento de outros segmentos ajudando os oacutergatildeos governamentais na preservaccedilatildeo do

aspecto puacuteblico e social dos mercados Essa funccedilatildeo

66

requer comportamento eacutetico e moral de seus dirigentes para manter a credibilidade e confianccedila Tambeacutem eacute funccedilatildeo

da bolsa de futuros a) Controlar e supervisionar as sessotildees diaacuterias

de negociaccedilatildeo (pregotildees) b) Divulgar as cotaccedilotildees diaacuterias e estatiacutesticas

relativas aos contratos em negociaccedilatildeo c) Realizar e garantir os procedimentos de

liquidaccedilatildeo financeira e por entrega da mercadoria

d) Desenvolver normas procedimentos de operaccedilotildees regulamentos e controles de negociaccedilotildees para seus membros e fiscalizar sua aplicaccedilatildeo

e) Desenvolver contratos que atendam as funccedilotildees econocircmicas dos mercados futuros

f) Promover os mercados futuros por meio de cursos treinamento e divulgaccedilatildeo desses mercados

g) Zelar pela auto-regulamentaccedilatildeo e pelo relacionamento com os governos com os quais tem interface

h) Providenciar classificaccedilatildeo de produtos negociados pela bolsa dentro de padrotildees aceitos pelo mercado quando os contratos assim o exigirem

67

i) Providenciar arbitragens para dirimir duacutevidas ou alegaccedilotildees quanto agrave qualidade do produto A BMampF possui juiacutezo arbitral no qual satildeo resolvidas questotildees de litiacutegio entre as partes de maneira mais raacutepida e com aacuterbitros que conhecem as especificidades desse mercado A Bolsa deve assegurar as condiccedilotildees de competitividade eliminando qualquer tentativa de manipulaccedilatildeo nos mercados por ela organizados De acordo com Bacchi (1998) na BMampF satildeo

negociados contratos futuros de cafeacute araacutebico boi gordo algodatildeo soja accediluacutecar e milho Existem ainda contratos de

opccedilotildees sobre o futuro de cafeacute boi gordo soja e milho Opccedilotildees sobre futuro de accediluacutecar e algodatildeo poderatildeo ser

lanccediladas pela Bolsa desde que haja liquidez nos contratos futuros Para que uma mercadoria seja negociada em bolsa

de futuro alguns requisitos satildeo necessaacuterios a) O produto deve ser homogecircneo e suscetiacutevel

de padronizaccedilatildeo e classificaccedilatildeo caracterizando-se como um commodity para que possa ser comum a qualquer comprador e vendedor

b) Deve haver grande oferta e demanda do produto com grande nuacutemero de vendedores e compradores do produto de forma competitiva em busca da concorrecircncia perfeita

68

c) O mercado deve ser livre sem o constrangimento por parte do governo ou de monopoacutelio buscando a caracteriacutestica do livre comeacutercio

d) Deve haver diversos tomadores de risco daiacute a importacircncia do especulador de forma a permitir que o custo desse risco se dilua entre eles

e) O produto natildeo pode ser muito pereciacutevel caracterizando a perenidade pois o mercado futuro natildeo teria liquidez

f) As regras do mercado devem ser estaacuteveis e natildeo podem mudar durante a vigecircncia do contrato buscando a estabilidade atraveacutes da credibilidade pois as condiccedilotildees pelas quais os preccedilos foram contratados natildeo devem mudar ateacute o final do contrato sob o risco de trazer prejuiacutezo para uma ou ambas as partes

Embora os contratos futuros estabeleccedilam a

liquidaccedilatildeo por entrega da mercadoria Marques (1997) pondera que se registram poucas entregas algo em torno

de 2 do volume negociado Natildeo haacute necessidade da entrega no mercado futuro porque no vencimento do

contrato o preccedilo agrave vista e a futuro satildeo iguais em funccedilatildeo dos ajustes diaacuterios Se eventualmente houver diferenccedila de preccedilo entre os dois mercados os agentes econocircmicos

arbitraratildeo os preccedilos ateacute que se igualem Adicionalmente o mercado fiacutesico jaacute tem seus proacuteprios canais de entrega e os

69

agentes normalmente tecircm contratos de suprimento com clientes haacute muito tempo

Para Schouchana (2000) os agentes do mercado agropecuaacuterios basicamente produtores rurais industriais ou exportadores do commodities necessitam do mercado futuro e de opccedilotildees por uma seacuterie de razotildees

econocircmicas dentre elas a)Para saber com antecedecircncia se o produto

teraacute preccedilo que garanta a rentabilidade do empreendimento na ocasiatildeo de sua venda Ao vender sua produccedilatildeo o produtor corre o risco de o preccedilo natildeo ser suficiente para cobrir seus custos e sua margem de rentabilidade Nesse sentido a fixaccedilatildeo do preccedilo antes do plantio

mediante hedge em bolsa ou seja o travamento do preccedilo de venda desejado para entrega futura permite ao agricultor definir o

lucro da sua produccedilatildeo antes da colheita b) Os exportadores fecham negoacutecios para entrega em meses futuros e natildeo precisam comprar as mercadorias com antecedecircncia armazenaacute-las e depois embarcaacute-las Para natildeo correr risco da oscilaccedilatildeo dos preccedilos compram a futuro para garantir sua margem de rentabilidade Os mercados futuros e de opccedilotildees substituem temporariamente a necessidade de carregar um produto muitas vezes a um custo mais baixo

c) Os compradores querem fixar preccedilos de insumos para garantir o lucro por isso fazem

70

o hedge com antecedecircncia sem correr riscos indesejaacuteveis

d) Os produtores usam os contratos futuros e de opccedilotildees para garantia de empreacutestimo junto aos bancos Estes por sua vez ao verificarem que o cliente oferece baixo risco podem dar-lhe creacutedito a um custo inferior ao que dariam sem a cobertura o hedge

e) Existem distorccedilotildees de negoacutecios em que arbitradores tecircm papel importante Quando satildeo identificadas eles compram em um mercado e vendem em outro ateacute que os dois lados se equilibrem Essas distorccedilotildees podem ocorrer entre os preccedilos agrave vista e a futuro entre dois vencimentos futuros ou entre duas praccedilas diferentes Na visatildeo de Ross (1995 p518) existem os

hedges de venda e os hedges de compra Uma pessoa ou empresa que vende um contrato futuro para reduzir riscos estaacute fazendo um hedge de venda os hedges de venda satildeo geralmente apropriados para os que detecircm estoques Uma pessoa ou empresa que compra um contrato futuro para

reduzir riscos estaacute fazendo um hedge de compra os hedges de compra satildeo tipicamente utilizados por

empresas que assinam contrato de entrega de produtos acabados a um preccedilo preacute-fixado

Segundo Schouchana (2000 p9-10) nos negoacutecios efetuados a futuro compradores e vendedores

de determinados ativos ou produtos fixam preccedilos de vencimento para data futura O comprador a futuro fixa

71

preccedilo de compra de seu produto antecipadamente visando a assegurar custo compatiacutevel com margem de

rentabilidade para proteger-se contra o risco de alto no preccedilo desse insumo O vendedor fixa preccedilo de venda de sua mercadoria antecipadamente para se proteger do

risco de queda no preccedilo e garantir margem de rentabilidade

Os mercados futuros e de opccedilotildees devem ser entendidos portanto

como poderosa ferramenta na gestatildeo de risco de preccedilos das mercadorias De

maneira integrada ao mercado fiacutesico fazem parte de um processo que engloba

produccedilatildeo processamento comercializaccedilatildeo consumo e financiamento

Perobelli (2001) relata que eacute importante ter um amplo mercado

fiacutesico impedindo ou dificultando um agente de estabelecer um domiacutenio do mercado

caso a oferta do commodity seja grande Tambeacutem um mercado amplo atrai um

maior nuacutemero de hedgers que proporciona maior liquidez no mercado e um largo

mercado agrave vista iraacute promover um contiacutenuo e disciplinado encontro das forccedilas da

oferta e procura

A bolsa de futuros desempenha o papel de elo entre a oferta e a

demanda de forma a expressar e sinalizar por meios dos preccedilos as forccedilas do

mercado Aleacutem disso eacute o local onde os preccedilos se manifestam por intermeacutedios de

corretores que fecham negoacutecios em nome de seus clientes

Marques e Mello (1999) acrescentam que o que se negocia na bolsa

de futuros satildeo contratos que representam promessa de compra ou de venda de

mercadoria para a data de vencimento previamente estabelecida conforme as

claacuteusulas e especificaccedilotildees elaboradas pela bolsa e aprovadas pelo Banco Central

do Brasil como as especificaccedilotildees de qualidade dos produtos negociados a

cotaccedilatildeo a variaccedilatildeo miacutenima de apregoaccedilatildeo a oscilaccedilatildeo maacutexima diaacuteria a unidade de

negociaccedilatildeo os meses de vencimento a data do vencimento o local de formaccedilatildeo do

preccedilo e de entrega da mercadoria o periacuteodo e os procedimentos de entrega e

retirada da mercadoria a liquidaccedilatildeo financeira o arbitramento os ativos aceitos

como margem de garantia e os custos operacionais

Os contratos futuros satildeo padronizados de modo que no pregatildeo

sejam negociados o preccedilo e a quantidade de contratos uma vez que todos se

72

referem ao mesmo produto mesmo local de entrega e mesma quantidade por

contrato

Na BMampF a cotaccedilatildeo do cafeacute araacutebica segundo Schouchana (2000

p12) eacute negociada em doacutelares americanos por saca Embora a cotaccedilatildeo seja nessa

moedaa liquidaccedilatildeo financeira ocorre em reais utilizando a taxa de cacircmbio praticada

no mercado O contrato futuro de cafeacute da BMampF permite negociaccedilotildees para marccedilo

maio julho setembro e dezembro esses meses de vencimento satildeo os mesmos do

contrato futuro de cafeacute em Nova Iorque Tal mecanismo permite arbitragens que

satildeo operaccedilotildees envolvendo a compra do cafeacute em uma bolsa de um paiacutes e a venda

em bolsa de outro aproveitando-se da distorccedilatildeo de preccedilos entre duas praccedilas O

vencimento do contrato futuro ocorre no sexto dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia do mecircs

de vencimento

Os vencimentos dos contratos futuros satildeo definidos em funccedilatildeo dos

principais meses de safra e entressafra do produto Normalmente natildeo satildeo

estabelecidos todos os meses do ano para que haja concentraccedilatildeo de liquidez e

tempo para programar as entregas Um cliente que compra um nuacutemero de contratos

em determinado dia soacute liquidaraacute sua posiccedilatildeo no momento em que vender esse

mesmo nuacutemero de contratos ou vice-versa se vender contratos sua posiccedilatildeo se

encerra mediante a compra do mesmo nuacutemero de contratos Isso pode ser feito em

um dia apenas ou ateacute o vencimento quando o cliente pode encerrar sua posiccedilatildeo

com uma operaccedilatildeo contraacuteria (liquidaccedilatildeo financeira) ou por entrega e recebimento da

mercadoria Cada contrato corresponde a 100 (cem) sacas

De acordo com Schouchana (2000 p15) o preccedilo de abertura eacute o

primeiro negoacutecio fechado em pregatildeo O miacutenimo e maacuteximo satildeo divulgados para que

o mercado conheccedila a oscilaccedilatildeo do preccedilo naquele dia Eacute preciso saber se o preccedilo de

fechamento ou de ajuste estaacute mais proacuteximo do preccedilo maacuteximo ou do miacutenimo pois

isso pode indicar tendecircncia de alta ou de baixa no dia seguinte O preccedilo de ajuste

por exemplo de US$9810 por saca em 11 de outubro eacute o do uacuteltimo negoacutecio

registrado durante o call de fechamento ndash que ocorre nos uacuteltimos 15 minutos de

pregatildeo do dia ndash ou a melhor oferta Se natildeo houver negociaccedilatildeo no call de

fechamento o preccedilo de ajuste seraacute o do uacuteltimo negoacutecio do dia Se natildeo houver

negociaccedilatildeo durante o dia o preccedilo de ajuste seraacute a uacuteltima oferta de compra E se

natildeo houver negociaccedilatildeo nem oferta de compra ou de venda durante o dia e

73

existirem contratos em aberto o preccedilo de ajuste eacute o do uacuteltimo dia em que houve

negociaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo aos ajustes diaacuterios Schouchana entende que esse

mecanismo eacute muito importante pois eacute com base nele que se ajustam todas as

posiccedilotildees no mercado Assim se o preccedilo de ajuste do cafeacute para marccedilo eacute de

US$10500 a saca por exemplo no dia 11 de outubro e no dia seguinte 12 de

outubro o preccedilo vai para US$ 10400 os compradores pagam US$ 100 por saca

ou seja US$ 10000 por contrato Os vendedores recebem esse mesmo valor

porque sempre que o preccedilo oscilar ocorreraacute esse processo Esse mecanismo

existe para que diariamente se ajuste o preccedilo ndash e natildeo no vencimento quando

grandes diferenccedilas podem acarretar inadimplecircncias Aleacutem disso permite que os

participantes entrem ou saiam do mercado a qualquer momento O preccedilo de ajuste

de US$ 10500 por saca no dia 111099 eacute o preccedilo que o mercado estaacute praticando

para entrega em 23032000 por exemplo

Para Ross (1995 p502) o fato dos preccedilos dos contratos futuros

serem ajustados diariamente o que faz com que os preccedilos - tanto no mercado

futuro como no mercado fiacutesico no final do contrato sejam iguais - torna as operaccedilotildees

no mercado futuro menos atraentes porque as partes envolvidas na negociaccedilatildeo satildeo

obrigadas a manter sempre uma liquidez adicional para suportar um desembolso

repentino antes do vencimento do contrato embora seja um dispositivo importante

para minimizar a probabilidade de inadimplecircncia no final do contrato

As operaccedilotildees em bolsa satildeo feitas no pregatildeo pelo sistema de viva

voz ou por terminais de computadores As ordens de compra ou de venda satildeo

passadas aos corretores nas mesas de operaccedilatildeo e estes transmitem as ordens aos

operadores de pregatildeo A bolsa estipula um horaacuterio de pregatildeo para cada mercadoria

e as regras do contrato definem todos os procedimentos de negociaccedilatildeo Os preccedilos

a futuro negociados na bolsa ajudam o produtor o torrefador e o exportador a

decidirem se vendem ou compram o cafeacute agrave vista ou em data futura Depois de

montada a estrateacutegia de cobertura de risco pelo cliente seu corretor iraacute ao pregatildeo

executar suas ordens de compra ou venda de contratos futuros Apenas o corretor

credenciado pela bolsa pode fazecirc-lo em nome de seu cliente

Pelo serviccedilo do corretor de acordo com Schouchana (2000 p16) eacute

cobrada a taxa de corretagem calculada sobre o valor de fechamento do mercado

do dia anterior ao da operaccedilatildeo e sobre o vencimento mais proacuteximo Essa taxa de

74

030 sobre o valor do contrato incide na compra e na venda dos contratos Outra

taxa cobrada eacute a de emolumentos da bolsa igual a 632 da taxa operacional

baacutesica ou seja sobre os 030 da corretagem

Na ocasiatildeo da compra ou da venda dos contratos a bolsa exige

dos clientes a chamada margem de garantia equivalente a aproximadamente 5

do valor do contrato que pode ser depositada em dinheiro carta de fianccedila tiacutetulos

puacuteblicos ou ativos de alta liquidez No momento da liquidaccedilatildeo dos contratos essa

margem eacute devolvida ao cliente No caso do depoacutesito ser em dinheiro este eacute

remunerado durante o periacuteodo e devolvido ao cliente

As bolsas de futuros possuem os membros de compensaccedilatildeo

(SCHOUCHANA 2000 p20) que satildeo responsaacuteveis pela liquidaccedilatildeo fiacutesica e

financeira dos contratos Os membros de compensaccedilatildeo satildeo a contraparte dos

clientes ou seja os compradores dos que vendem contratos e vendedores

daqueles que compram A cacircmara existe para evitar a inadimplecircncia dos clientes e

do sistema como um todo administrando o risco das posiccedilotildees por intermeacutedio da

exigecircncia das margens de garantia e dos limites de posiccedilotildees em bolsa

As margens de garantia satildeo atribuiacutedas diariamente aos clientes

compradores e vendedores de contratos com base na volatilidade dos preccedilos do

ativo-objeto de negociaccedilatildeo cabe agrave Cacircmara administrar essas garantias A Bolsa

tem exigecircncias quanto ao capital miacutenimo dos membros de compensaccedilatildeo e de seu

limite de alavancagem para que todos os ajustes diaacuterios sejam honrados e os

contratos plenamente liquidados Caso um cliente natildeo possa honrar seus

compromissos ela faz uso das margens de garantia se estas natildeo forem suficientes

o corretor eacute responsaacutevel e deve aportar recursos para cobrir a inadimplecircncia se natildeo

atingir o valor necessaacuterio o membro de compensaccedilatildeo da corretora eacute obrigado a

aportar os recursos

Na BMampF os serviccedilos de cacircmara de compensaccedilatildeo satildeo prestados

por departamento interno que eacute responsaacutevel pelo registro de operaccedilotildees e controle

de posiccedilotildees compensaccedilatildeo de ajustes diaacuterios liquidaccedilatildeo financeira e fiacutesica dos

negoacutecios e administraccedilatildeo das garantias Esses serviccedilos satildeo prestados a membros

de compensaccedilatildeo corretoras de mercadorias operadores especiais e

permissionaacuterias correspondentes Os membros de compensaccedilatildeo satildeo os

garantidores de todos os negoacutecios realizados pelas corretoras operadores

especiais e permissionaacuterias correspondentes perante a Bolsa O credenciamento

75

como membros de compensaccedilatildeo na BMampF eacute concedido apenas agrave corretora de

valores As corretoras de mercadorias satildeo os intermediadores de todas as

operaccedilotildees efetuadas em nome dos clientes pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas

Os operadores especiais satildeo pessoas fiacutesicas ou firmas individuais

autorizadas a atuar diretamente no pregatildeo operando por conta proacutepria ou por uma

corretora de mercadorias As permissionaacuterias correspondentes satildeo corretoras

associadas a bolsas com as quais a BMampF manteacutem convecircnio operacional Elas

podem realizar operaccedilotildees por meio de corretoras associadas agrave Bolsa desde que

devidamente garantidas por um membro de compensaccedilatildeo A corretora da BMampF

apenas efetua a operaccedilatildeo em nome da permissionaacuteria repassando-a a esta que

se torna responsaacutevel por seu cumprimento perante o membro de compensaccedilatildeo

81 O CONTRATO FUTURO DA SOJA

Produtores agropecuaacuterios normalmente deteacutem pouco poder de negociaccedilatildeo vendendo commodities em mercados de pouca concorrecircncia entre os compradores

Em geral os preccedilos satildeo determinados pela empresas compradoras dentro dos limites impostos por outros

concorrentes Negociar lotes maiores altera as condiccedilotildees de mercado porque diminui os custos de transaccedilatildeo para os

compradores e pode resultar em preccedilos maiores para os produtores ou suas cooperativas Marques e Mello (1999 p39) lembram que o

embate de forccedilas do mercado eacute dinacircmico podendo alterar-se de acordo com fatores como a eacutepoca do ano condiccedilotildees de transporte e incidecircncia de impostos No caso particular

do preccedilo da soja no Brasil estudos economeacutetricos mostram que a formaccedilatildeo de seu preccedilo se daacute de fora para

dentro Os preccedilos se formariam em mercados internacionais os produtores seriam bem informados e

passariam a reivindicar internamente preccedilos compatiacuteveis com os praticados nos mercados externos

A observaccedilatildeo de seacuteries de preccedilos oferece uma visatildeo do que aconteceu mas natildeo explica como se daacute esse

76

processo Por meio de entrevistas com representantes dos vaacuterios segmentos da cadeia da soja tentou-se sistematizar

a forma de atuaccedilatildeo das empresas compradoras Assim observou-se que a formaccedilatildeo de preccedilos

da soja em niacutevel mundial comeccedila em Roterdatilde refletindo-se para a Bolsa de Futuros de Chicago De laacute deriva-se agrave demanda pelo produto brasileiro o qual recebe aacutegio ou

desaacutegio e se deduzem os custos de frete seguros e outros chegando ao preccedilo do porto de Paranaguaacute-PR

Desse preccedilo no Porto satildeo deduzidos custos de impostos de transportes de seguros e outros obtendo o preccedilo no local da faacutebrica De laacute deduzem-se novamente os fretes

despesas operacionais e outros custos chegando a formaccedilatildeo da base de preccedilo no local da produccedilatildeo rural que com a concorrecircncia de cada regiatildeo formaraacute o preccedilo final a ser oferecido ao produtor Eacute interessante observar que a

formaccedilatildeo de preccedilos depende dos custos operacionais e da concorrecircncia isto eacute o preccedilo final depende das

necessidades das empresas em obter o produto repor estoques e outras providecircncias (MARQUES MELLO 1999)

Em agostosetembro daacute-se a colheita da soja americana e os preccedilos caem porque se inicia a

concorrecircncia com o mercado externo e os compradores comeccedilam a comprar no mercado americano A partir do momento em que a soja americana entra no mercado

praticamente nada mais eacute exportado e a formaccedilatildeo do preccedilo eacute mais pelo mercado interno quando a induacutestria leva em

consideraccedilatildeo o preccedilo do subproduto oacuteleo e farelo (MARQUES MELLO 1999)

Apesar de a colheita da soja concentrar-se em poucos meses ela eacute consumida o ano inteiro nas

diferentes formas de oacuteleo farelo e outros subprodutos Embora existam diferenccedilas quanto ao teor do oacuteleo

proteiacutena e coloraccedilatildeo compradores locais e internacionais natildeo fazem diferenccedila de preccedilo com relaccedilatildeo agrave qualidade ou

procedecircncia Eacute interessante saber que entre dezembro e

janeiro as faacutebricas costumam parar para manutenccedilatildeo

77

periacuteodo em que cessam praticamente as compras Entretanto como nem todas param exatamente no mesmo

periacuteodo nas mesmas regiotildees ainda haacute alguns poucos negoacutecios Nessas ocasiotildees pode-se encontrar o chamado

preccedilo nominal que eacute o preccedilo que se ldquoouve falar no mercadordquo que ldquoalgueacutem praticourdquo ou que a empresa

venderia ou compraria se houvessem compradores eou vendedores respectivamente Aleacutem disso continuamente as empresas estatildeo monitorando os preccedilos externos e os preccedilos do oacuteleo e do farelo destinados agrave produccedilatildeo interna de raccedilotildees Elas tecircm entatildeo uma ideacuteia de quanto pagariam caso houvesse vendedores o que tambeacutem daacute origem aos

chamados preccedilos ldquonominaisrdquo Segundo Marques e Mello (1999 p41) a maior

parte da produccedilatildeo brasileira de soja estaacute concentrada no estado do Paranaacute seguido pelo Mato Grosso Rio Grande

do Sul Goiaacutes Satildeo Paulo Minas Gerais Bahia Santa Catarina e Maranhatildeo A colheita de soja eacute feita entre os

meses de janeiro a maio sendo 4045 da produccedilatildeo comprada em abril pico da colheita Devido agraves diferenccedilas

climaacuteticas a colheita de soja inicia-se nos estados mais do norte descendo em seguida em direccedilatildeo ao sul do Paiacutes

Praticamente toda a soja eacute comprada pelas induacutestrias de processamento visando ao consumo interno ou

exportaccedilatildeo na forma de gratildeos e farelo Cerca de 60 da soja produzida eacute exportada originaria principalmente do

Paranaacute Rio Grande do Sul e Satildeo Paulo A maior parte das exportaccedilotildees da soja e seus derivados eacute feita pelo porto de

Paranaguaacute-PR De acordo com Schouchana (2000 p31) o

contrato futuro da soja da BMampF deve ter as seguintes caracteriacutesticas

a)o objeto da Negociaccedilatildeo

Soja em gratildeo a granel de tipo exportaccedilatildeo conforme padratildeo Concex (resoluccedilatildeo Concex 169 de 8 de marccedilo de 1989) com ateacute 14 de umidade base de 1 natildeo ultrapassando o

78

maacuteximo de 2 de impurezas maacuteximo de 8 de avariados este com ateacute 5 de ardidos

maacuteximo de 10 de gratildeos verdes e de 30 de gratildeos quebrado

b) cotaccedilatildeo Eacute em doacutelares por saca de 60 quilos liacutequidos

c) unidade de Negociaccedilatildeo 27 toneladas meacutetricas

d) meses de Vencimento Fevereiro marccedilo maio julho setembro e

novembro e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Seacutetimo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento

f) ponto de entrega

Municiacutepio de Ponta Grossa ndash PR g) pagamento e recebimento

Na liquidaccedilatildeo financeira no uacuteltimo dia uacutetil seguinte ao do pregatildeo Na liquidaccedilatildeo por entrega no dia uacutetil subsequumlente agrave data do

aviso da entrega pelo comprador e no dia uacutetil apoacutes o recebimento da mercadoria pelo

vendedor h) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo

1)Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas

financeiramente pelo cliente mediante operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma

quantidade de contratos pelo preccedilo de negociaccedilatildeo

2) Liquidaccedilatildeo por entrega A soja deve ser entregue do primeiro dia uacutetil do mecircs de

vencimento ateacute o oitavo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a

realizaccedilatildeo da entrega o aviso de entrega deveraacute ser emitido pela corretora de

mercadorias e deve ser acompanhado do

79

certificado de classificaccedilatildeo emitido por empresa credenciada pela BMampF da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo

armazeacutem depositaacuterio e pelos documentos que provam a propriedade do produto o

pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer ocircnus sobre a

mercadoria

82 O CONTRATO FUTURO DO MILHO

O contrato futuro de milho jaacute foi negociado na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo mas tambeacutem perdeu a

liquidez Em novembro de 1996 foi iniciado um novo contrato de milho com liquidaccedilatildeo por indicador de preccedilo a

vista O contrato de milho de Chicago de acordo com Schouchana (2000 p33) eacute de milho amarelo n2 O

contrato eacute de 5 mil bushels cotado em centavos de doacutelar por bushel Os vencimentos ocorrem em marccedilo maio

julho setembro e dezembro Para a entrega satildeo exigidos certificados emitidos por armazeacutens credenciados

localizados em Chicago Burns Harbor Toledo StLouis O mercado internacional de milho eacute enorme e

muito dinacircmico Certamente com a abertura comercial ele ditaraacute o preccedilo interno Para Alves (1998) os produtores brasileiros teratildeo primeiro que vencer a competiccedilatildeo no

mercado interno para depois passarem a exportadores Como grande exportador de frangos e suiacutenos o Brasil precisa de milho a preccedilos competitivos com o mercado

externo para sustentar e ampliar as vendas de carnes no exterior Em decorrecircncia das pressotildees das agroinduacutestrias

que tecircm grande porte e poder poliacutetico no mercado as autoridades natildeo protegem os produtores nacionais definindo tarifas que limitem a importaccedilatildeo do milho

O agronegoacutecio do milho oscila em altos e baixos no que se refere a preccedilos e renda dos agentes

envolvidos Uma simples verificaccedilatildeo no mercado constata

80

que ora o setor de produccedilatildeo amarga preccedilos deprimidos ora o setor de criaccedilatildeo depara-se com preccedilos elevados Essa volatilidade eacute explicada segundo Caffagni (2001

p25) pela sistemaacutetica substituiccedilatildeo entre aacutereas de plantio de soja e milho e estaacute relacionada a preccedilos baixos no ciclo produtivo imediatamente anterior O uso restrito do preccedilo

futuro e as caracteriacutesticas do milho com relaccedilatildeo a multiutilidade e agrave adaptabilidade continental de plantio contribuem para toda essa incerteza Historicamente a intervenccedilatildeo governamental procurava abrandar essa

elevada oscilaccedilatildeo poreacutem a eficiecircncia dos programas nem sempre era satisfatoacuteria tanto no que diz respeito agrave garantia

de preccedilos miacutenimos e maacuteximos quanto ao dispecircndio gerado aos cofres do governo No final dos anos de 1990 acompanhou-se a implantaccedilatildeo de novos instrumentos de poliacutetica agriacutecola que utilizavam menos subvenccedilatildeo sem a

formaccedilatildeo de estoques puacuteblicos A reduccedilatildeo da participaccedilatildeo do governo no

creacutedito rural e na comercializaccedilatildeo deixou produtores e criadores com menos alternativas para gerenciar riscos Aleacutem disso destaca-se que as bolsas internacionais natildeo

formam preccedilos para o Brasil e natildeo fornecem hedge eficiente A falta de praacutetica no uso dos preccedilos futuros inibe

negoacutecios a termo de compra antecipada com e sem adiantamento de recursos troca de insumos por produtos e contratos a fixar uma vez que para diminuir seu proacuteprio risco de preccedilo o comprador de milho ou o fornecedor de

insumos procura embutir esse risco nas relaccedilotildees de troca tornando o negoacutecio menos atraente Os excelentes preccedilos praticados pelo mercado

em 2000 levaram os produtores a aumentar a aacuterea plantada de milho gerando uma produccedilatildeo na safra de

20002001 de 41 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea cultivada de 13 milhotildees de hectares fato que pode ser

considerado um recorde histoacuterico O milho eacute o mais importante insumo para o

setor de criaccedilatildeo animal e se destaca tambeacutem na alimentaccedilatildeo humana podendo ser consumido sob as

81

formas de fubaacute farinha oacuteleo amido etc De todo o milho produzido de acordo com Caffagni (2001 p26) 366 satildeo destinados para o setor de aves 235 para o de suiacutenos

76 para o de pecuaacuteria de leite e corte 117 para o setor industrial 42 para o consumo humano e 99 satildeo utilizados pelos proacuteprios produtores rurais em suas

propriedades na alimentaccedilatildeo familiar e de seus animais Eacute tambeacutem responsaacutevel pela sustentaccedilatildeo alimentar do setor de criaccedilatildeo de aves e suiacutenos que produziram 597 milhotildees de toneladas de carne de frango em 2000 das quais 15

destinaram-se agrave exportaccedilatildeo e 24 milhotildees de toneladas de carne suiacutena das quais 92 destinaram-se ao mercado

externo Esse crescimento da demanda de frangos e

suiacutenos eacute explicado pelo aumento na composiccedilatildeo alimentar do brasileiro apoacutes o Plano Real e por novas conquistas de

clientes internacionais ndash sobretudo em decorrecircncia da evoluccedilatildeo da doenccedila da vaca louca na Europa que levou sua populaccedilatildeo a substituir parcialmente a carne bovina nos uacuteltimos anos O consumo per capita (CAFFAGNI

2001 p28) de carne de frango no Brasil eacute alto com 291 kgs per capita ndash no ano de 1999 ficando atraacutes somente

dos Emirados Aacuterabes 324 Araacutebia Saudita 330 e Estados Unidos que consumiram 411 kgs com potencial de elevaccedilatildeo pois responde diretamente ao sucesso de

poliacuteticas de elevaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de renda A estrutura do mercado do milho possui

caracteriacutestica peculiar com relaccedilatildeo agrave concentraccedilatildeo de mercado pois aleacutem da grande quantidade de vendedores conta com elevado nuacutemero de compradores Analisando o

risco dos agentes envolvidos no agronegoacutecio do milho deve-se destacar o seguinte

a) O setor de produccedilatildeo de milho apresenta rigidez do custo de produccedilatildeo e precisa se proteger contra a queda de preccedilos

82

b) Os criadores de aves e suiacutenos que convivem com a rigidez do preccedilo da carne no varejo satildeo impedidos de repassar elevaccedilotildees do preccedilo do milho levando-os agrave procura de proteccedilatildeo contra aumentos no preccedilo do produto

c) Os fornecedores que realizam troca de insumos por mercadorias correm o risco de queda de preccedilo

d) Os exportadores se arriscam diante de elevaccedilatildeo de preccedilo

e) As induacutestrias processadoras de milho tecircm dificuldade de repassar aumentos de preccedilos de mateacuterias-primas para o produto final

Por outro lado por ser o milho uma mercadoria

em grande parte produzida e utilizada no mercado domeacutestico as cotaccedilotildees de bolsas de mercadorias

internacionais podem fornecer hedge satisfatoacuterio Com o potencial de crescimento do mercado interno e externo de

carnes e de exportaccedilatildeo de milho associado agraves caracteriacutesticas de concentraccedilatildeo e risco dos agentes pode-se esperar que o contrato futuro de milho contribua para o desenvolvimento planejado e sustentado do agronegoacutecio

De acordo com Schouchana (2000 p32) o contrato futuro de Milho da BMampF deve ter as seguintes

caracteriacutesticas a)o objeto da Negociaccedilatildeo

Milho em gratildeo a granel de origem brasileira constituiacuteda de produto satildeo seco e

comercializaacutevel de odor e aspectos normais

83

em bom estado de conservaccedilatildeo livre de mofo de fermentaccedilatildeo e de sementes de

mamona ou de quaisquer outras sementes prejudiciais duro ou semiduro amarelo da uacuteltima safra de tipo 2 para melhor com ateacute 14 de umidade maacuteximo 1 de impurezas

considerada a peneira 5 e ateacute 6 de ardidos b) cotaccedilatildeo

Em doacutelares por saca de 60 quilos convertido para reais a taxa de cacircmbio meacutedia entre as operaccedilotildees de compra e venda de doacutelar dos

Estados Unidos c) unidade de Negociaccedilatildeo

27 toneladas meacutetricas d) meses de Vencimento

Janeiro marccedilo maio julho setembro e novembro

e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Seacutetimo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento

f) ponto de entregalocal de formaccedilatildeo do preccedilo

Municiacutepio de Campinas ndash SP g) pagamento e recebimento na entrega

No dia uacutetil subsequumlente a data de alocaccedilatildeo do Aviso de Entrega para o comprador e no dia uacutetil seguinte ao recebimento da mercadoria

pelo vendedor h) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo no vencimento 1)Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas

financeiramente pelo cliente mediante operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma

quantidade de contratos pelo preccedilo de negociaccedilatildeo

2)Liquidaccedilatildeo por entrega O milho deve ser entregue do primeiro dia uacutetil do mecircs de

vencimento ateacute o oitavo dia uacutetil anterior ao

84

uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a realizaccedilatildeo da entrega o Aviso de Entrega

deveraacute ser emitido pela corretora de mercadorias e deve ser acompanhado do certificado de classificaccedilatildeo emitido por

empresa credenciada pela BMampF da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo armazeacutem depositaacuterio e pelos documentos que provam a propriedade do produto o

pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer ocircnus sobre a

mercadoria

83 O CONTRATO FUTURO DO CAFEacute

O contrato de cafeacute comeccedilou a ser negociado na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo em 1978 Com a fusatildeo

entre a BMSP (Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo) e a Bolsa de Mercadorias e Futuros em 1991 continuou sendo

transacionado na BMampF O maior contrato futuro conhecido por Contrato C explica (SCHOUCHANA 2000

p29) eacute negociado na New York Board of Trade Nele negociam-se cafeacutes lavados produzidos na Ameacuterica

Central Colocircmbia e leste da Aacutefrica (Quecircnia Tanzacircnia e Etioacutepia)

Um contrato tem 37500 libras-peso ou aproximadamente 284 sacas de 60 quilos os meses de

vencimento satildeo marccedilo maio julho setembro e dezembro As cotaccedilotildees satildeo em centavos de doacutelar por libra-peso O

local de formaccedilatildeo dos lotes eacute Nova Iorque Nova Orleans Satildeo Francisco e Miami Na London Futures amp Options

Exchange negocia-se cafeacute robusta produzido na Aacutefrica Indoneacutesia e Conillon brasileiro O contrato eacute de cinco

toneladas ou cerca de 84 sacas de 60 quilos os meses de vencimento satildeo janeiro marccedilo maio julho setembro e novembro as cotaccedilotildees satildeo em doacutelares por tonelada O

local de formaccedilatildeo dos lotes eacute em portos da Europa e Nova Orleans

85

De acordo com dados do IAPAR (2002) nas deacutecadas de 6070 e 80 o Brasil exportou entre 15 e 18

milhotildees de sacas de cafeacute por ano com uma participaccedilatildeo de 27 do volume exportado mundialmente Na deacutecada de 90 as exportaccedilotildees brasileiras ficaram no mesmo patamar poreacutem a participaccedilatildeo no mercado mundial caiu situando-

se em 20 das exportaccedilotildees mundiais de cafeacute as quais giram em torno de 78 milhotildees de sacasano

Nos uacuteltimos 10 anos o Brasil colheu em meacutedia cerca de 27 milhotildees de sacas de 60 kg por ano Minas

Gerais eacute o maior estado produtor que produz 43 do cafeacute brasileiro considerando a meacutedia de 1988 a 1998 Esta produccedilatildeo estaacute concentrada principalmente no Sul do

estado mas nos uacuteltimos anos tambeacutem vem se destacando o cerrado mineiro com a cafeicultura irrigada Em segundo

lugar vem o Espiacuterito Santo com 17 seguido por Satildeo Paulo (16) com destaque para a regiatildeo mogiana e oeste

O Paranaacute eacute o quarto maior produtor com 7 do cafeacute nacional Juntos Minas Gerais Espiacuterito Santo Satildeo Paulo e Paranaacute produzem 83 do cafeacute brasileiro Bahia e Rondocircnia

vecircm se destacando na produccedilatildeo de cafeacute Conforme Schouchana (2000 p28) o Contrato

futuro de Cafeacute Araacutebico da BMampF deve ter as seguintes caracteriacutesticas

a)o objeto da Negociaccedilatildeo Cafeacute cru em gratildeo de produccedilatildeo brasileira tipo seis ou melhor bebida dura para entrega no

Municiacutepio de Satildeo Paulo SP b) cotaccedilatildeo

Em doacutelares por saca de 60 quilos liacutequidos c) unidade de Negociaccedilatildeo

100 sacas de 60 quilos liacutequidos d) meses de Vencimento

Marccedilo maio julho setembro e dezembro e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Sexto dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia do mecircs do vencimento

86

f) ponto de entregalocal de formaccedilatildeo do preccedilo

Municiacutepio de Satildeo Paulo ndash SP g) locais de Formaccedilatildeo dos lotes

Armazeacutens credenciados pela BMampF localizados nos municiacutepios de Satildeo Paulo (SP)

Santos (SP) Espiacuterito Santo do Pinhal (SP) Franca (SP) Batatais (SP) Leme (SP)

Londrina (PR) Rolacircndia (PR) Eloacutei Mendes (MG) Araguari (MG) Patrociacutenio (MG)

Machado (MG) Varginha (MG) Guaxupeacute (MG) Poccedilos de Caldas (MG) Piumhi (MG) Ouro Fino (MG) Satildeo Sebastiatildeo do Paraiacuteso (MG)

Trecircs Coraccedilotildees (MG) Andradas (MG) Campos Altos (MG) Satildeo Gotardo (MG) e Monte

Carmelo (MG) h) pagamento e recebimento na entrega

No terceiro dia uacutetil subsequumlente a data de apresentaccedilatildeo do aviso de entrega

i) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo no vencimento 1) Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em

aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas financeiramente pelo cliente mediante

operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma quantidade de contratos pelo preccedilo de

negociaccedilatildeo 2) Liquidaccedilatildeo por entrega O cafeacute deve ser

entregue do segundo dia uacutetil do mecircs de vencimento ateacute as 18 horas do seacutetimo dia uacutetil

anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a realizaccedilatildeo da entrega o

aviso de entrega deveraacute ser emitido pela corretora de mercadorias e deve ser

acompanhado do certificado de classificaccedilatildeo emitido pela BMampF do resumo do romaneio

do lote da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo armazeacutem depositaacuterio e

pelos documentos que provam a propriedade

87

do produto o pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer

ocircnus sobre a mercadoria

88

9 METODOLOGIA

Na busca de soluccedilatildeo para o problema procurou-se neste estudo

fazer um levantamento dos dados atraveacutes de questionaacuterios estruturados e

entrevistas pessoais pelo autor do projeto e tambeacutem por alunos universitaacuterios Foi

uma pesquisa ocasional por ser um uacutenico levantamento podendo futuramente ser

repetido para verificar se houve mudanccedila no perfil do agricultor do Municiacutepio de

Londrina Objetivamente tratou-se de uma pesquisa de caraacuteter exploratoacuterio jaacute que

natildeo se conhece o perfil desses produtores rurais com relaccedilatildeo ao assunto proposto

A pesquisa foi realizada com dados primaacuterios em funccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do meacutetodo

indutivo pois partiu de questionaacuterios individuais para descobrir a maneira utilizada

pelos produtores rurais para produzir e negociar seus produtos A pesquisa foi

quantitativa com representatividade no tamanho da amostra (DUTRA 2001)

91 POPULACcedilAtildeO

A populaccedilatildeo pesquisada foi composta por 1527 agricultores entre proprietaacuterios rurais arrendataacuterios

e parceiros que plantaram soja eou milho eou cafeacute na uacuteltima safra de 20012002 em propriedades rurais situadas

no Municiacutepio de Londrina dentre os 2315 produtores rurais cadastrados na Secretaria de Agricultura do

Municiacutepio de Londrina para obtenccedilatildeo do talatildeo de nota fiscal de produtor rural que aleacutem dessas culturas fazem

outros cultivos e tambeacutem tecircm outras atividades no segmento da pecuaacuteria

92 AMOSTRA E DELIMITACcedilAtildeO DA PESQUISA

A amostra composta por 300 (trezentos) agricultores dentro do

universo de 1527 foi considerada representativa para o presente trabalho com

uma margem de erro de 5 A amostragem especiacutefica pode ser definida como

89

probabiliacutestica sistemaacutetica com sorteio de 1 agricultor em cada 5 e todos os

produtores rurais cadastrados tiveram chance igual e conhecida de seleccedilatildeo

Por ser uma amostra aleatoacuteria com sorteio de um em cada cinco no universo de 1527 agricultores que

exploram as atividades de soja milho e cafeacute em propriedades rurais do municiacutepio de Londrina natildeo se levou em consideraccedilatildeo se a sua residecircncia estaacute no

municiacutepio de Londrina ou natildeo Dentro da amostra sorteada na pesquisa 5

produtores natildeo quiseram responder e 22 tinham trocado o nuacutemero do telefone Diante dessa impossibilidade foram

trocados pelos agricultores subsequumlentes A classificaccedilatildeo como pequeno meacutedia ou

grande produtor rural foi baseado na aacuterea explorada das propriedades de acordo com a Lei 8629 de 25021993 que

no seu inciso II do artigo 4ordm (BRASIL 1993) define 1)Eacute considerada como pequena propriedade rural o imoacutevel que tem ateacute 4 moacutedulos fiscais

ou seja ateacute 48 hectares ou ainda 1983 alqueires paulistas

2) Eacute considerada como meacutedia propriedade rural o imoacutevel que tem

aacuterea superior a 4 e ateacute 15 moacutedulos fiscais ou seja ateacute 180

hectares ou ainda 7438 alqueires paulistas

3) Eacute considerada grande propriedade rural o imoacutevel que tem aacuterea

superior a 15 moacutedulos fiscais ou seja acima de 180 hectares ou

ainda 7438 alqueires paulistas 93 COLETA DE DADOS

Os dados foram coletados atraveacutes de questionaacuterio estruturado com

perguntas abertas e fechadas respondidas pessoalmente pelo agricultor

94 SEGMENTACcedilAtildeO

90

A populaccedilatildeo foi segmentada de acordo com as seguintes variaacuteveis agricultores que cultivaram e

comercializaram a soja eou milho eou cafeacute na uacuteltima safra de 20012002 grau de escolaridade sub-divididos em primeiro grau para aqueles produtores que estudaram ateacute a oitava seacuterie segundo grau para os que fizeram cursos teacutecnicos ou colegial e terceiro grau para os produtores

que tiveram oportunidade de cursar a universidade infra-estrutura disponiacutevel na propriedade tais como energia

eleacutetrica aacutegua encanada veiacuteculos computadores televisatildeo uso de matildeo-de-obra proacutepria e de terceiros

tamanho da propriedade cuja classificaccedilatildeo para pequeno meacutedio ou grande produtor rural se baseou nas aacutereas

exploradas das propriedades de acordo com a Lei 8629 de 25021993 que no seu inciso II do artigo 4ordm (BRASIL 1993) considera como pequeno produtor agravequele que explora ateacute 4 moacutedulos fiscais que para o Municiacutepio de

Londrina corresponde a 1983 alqueires paulistas meacutedio produtor para aquele que explora entre 1983 alqueires e

7438 (15 moacutedulos fiscais) alqueires paulista e grande produtor aquele que explora imoacuteveis rurais com aacuterea

superior a 7438 alqueires entre aacuterea proacutepria e de terceiros aacuterea cultivada de cada cultura tempo de experiecircncia no negoacutecio sexo faixa etaacuteria sendo a

primeira faixa ateacute os 35 anos de idade para se obter um intervalo de idade nos negoacutecios entre 15 e 20 anos de idade a partir dos 21 anos Para determinar os meios

utilizados para cotaccedilatildeo de preccedilos dos produtos agriacutecolas o produtor pocircde dar mais de uma resposta assim como para verificar o sistema usual de venda dos produtos

suas preferecircncias e o conhecimento da comercializaccedilatildeo em mercados futuros

91

92

10 RESULTADO DOS DADOS COLETADOS E ANAacuteLISE 101 O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE CULTIVA SOJA EOU MILHO EOU CAFEacute

Os dados coletados foram tabulados para

anaacutelise pelo programa EXCEL aplicado o Teste do Qui-Quadrado e para a caracterizaccedilatildeo do perfil dos agricultores foi utilizada a estatiacutestica descritiva

apresentadas em quadros tabelas e graacuteficos como se segue

TABELA 03ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por sexo

MASCULINO FEMININO TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

relativa

300 260 866 40 134

Fonte Pesquisa do autor TABELA 04ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por estado civil

CASADO SOLTEIRO OUTROS TAMANHO

DA

AMOSTRA

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

300 239 796 32 107 29 97

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 05ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por idade

ATEacute 35 ANOS DE 36 A 55 ANOS ACIMA 56 ANOS TAMANHO

DA

AMOSTRA

IDADE

MEacuteDIA Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

300 53 27 9 133 443 140 467

Fonte Pesquisa do autor TABELA 06ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por escolaridade

TAMANHO

DA

FREQUENTOU

ATEacute 1ordm GRAU

FREQUENTOU

ATEacute 2ordm GRAU

FREQUENTOU

ATEacute 3ordm GRAU

93

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 145 483 81 27 74 247

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 07ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tamanho da aacuterea explorada

PEQUENO PRODUTOR MEacuteDIO PRODUTOR (DE 1984 ATEacute 7438 ALQ)

GRANDE PRODUTOR TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

300 124 413 100 333 76 254

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 08ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por local moradia e acesso agrave escola puacuteblica

MORA NA

PROPRIEDADE

MORA NA CIDADE ESTUDOU EM ESCOLA

PUacuteBLICA

TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

300 102 34 198 66 223 743

Fonte Pesquisa do autor

A distacircncia de suas residecircncias ateacute a propriedade eacute em meacutedia de

27 quilocircmetros Aqueles que moram na cidade vatildeo agrave propriedade em meacutedia 16 dias

por mecircs praticamente dia sim dia natildeo A amostra revelou que a famiacutelia do produtor

tem em meacutedia 46 pessoas e 25 estudaram ou estudam em escola puacuteblica

TABELA 09ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de aquisiccedilatildeo dos imoacuteveis IMOacuteVEIS ADQUIRIDOS RECEBIDOS POR

HERANCcedilA

PARTE ADQUIRIDA E

PARTE HERANCcedilA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

272 112 411 106 39 54 199

Fonte Pesquisa do autor

94

TABELA 10ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de exploraccedilatildeo dos imoacuteveis

TAMANHO

AMOSTRA

TIPO DE EXPLORACcedilAtildeO FREQUEcircNCIA

ABSOLUTA

FREQUEcircNCIA

RELATIVA

EXPLORAM SOacute O PROacutePRIO 224 746

O PROacutePRIO E EM PARCERIA 26 87

O PROacutePRIO E ARRENDADOS 20 67

SOacute IMOacuteVEIS EM PARCERIA 11 36

SOacute IMOacuteVEIS ARRENDADOS 15 5

PROacutePRIO ARRENDA E PARCERIA 2 07

300

SOacute ARRENDADO E EM PARCERIA 2 07

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 11ndash Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-estrutura na propriedade

TEM ENERGIA

ELEacuteTRICA

TEM AacuteGUA

ENCANADA

TEM ANTENA

PARABOacuteLICA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 293 977 285 95 102 34

Fonte Pesquisa do autor

95

TABELA 12ndash Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-estrutura

na propriedade

TEM APARELHO

DE TELEVISAtildeO

TEM VEIacuteCULOS

MOTORIZADOS

TEM COMPUTADOR

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 250 833 243 81 181 603

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 13ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela renda e trabalho da famiacutelia na propriedade

TEM SOacute A RENDA DA

PROPRIEDADE

COcircNJUGE AJUDA NA

ATIVPRODUTIVA

FILHOS AJUDAM NA ATIV

PRODUTIVA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 142 473 55 183 105 35

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 14ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela matildeo de obra utilizada

MAtildeO DE OBRA FIXA CONTRATADA

(EMPREGADOS)

MAtildeO DE OBRA TEMPORAacuteRIA

CONTRATADA (BOacuteIA-FRIA)

TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 177 590 155 517

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores rurais mantecircm a meacutedia de 318 empregados efetivos para executar os trabalhos nas

propriedades rurais Nos picos de serviccedilos que compreende o plantio e a colheita dos produtos costumam

contratar 671 empregados na meacutedia como matildeo-de-obra temporaacuteria

96

TABELA 15ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na cultura da soja em sacas 60 quilos

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM SOJA

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

QuantIa

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 231 77 453 5296 1169

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram soja

obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 5296 sacas de 60 quilos em uma aacuterea de 453

alqueires paulistas resultando em uma produtividade de 1169 sacas por alqueire

exatamente igual agrave produtividade do Estado do Paranaacute e superior agrave meacutedia nacional

em 984

TABELA 16ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na cultura do milho em sacas 60 quilos

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM MILHO

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

Quantia

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 148 493 234 5553 2373

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram milho obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 5553 sacas de 60 quilos em uma aacuterea de 234 alqueires paulistas resultando em uma produtividade de 2373 sacas por alqueire superior agrave meacutedia nacional e 86 e tambeacutem superior agrave meacutedia paranaense em 57 TABELA 17ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida cultura

do cafeacute (sacas 40 quilos em coco)

97

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM CAFEacute

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

Quantia

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 99 33 99 1559 1574

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram cafeacute obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 1559 sacas

de 40 quilos de cafeacute em coco em uma aacuterea de 99 alqueires paulistas resultando em uma produtividade de

1574 sacas de cafeacute em coco por alqueire ou ainda 525 sacas de cafeacute beneficiado por alqueire superior agrave

meacutedia nacional em 6 e superior a meacutedia paranaense em 18

TABELA 18ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS PROacutePRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 211 703 89 297

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 19ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram soja pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

231 182 787 49 213

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 20ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram milho pela posse dos maquinaacuterios

TAMANHO DA TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS

98

AMOSTRA

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

148 110 743 257

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 21ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram cafeacute pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

99 61 38 384

TABELA 22ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela necessidade de financiamentos

DEPENDE DE FINANCIAMENTOS NAtildeO DEPENDE TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

38

TAMANHO DA

AMOSTRA

Relativa Relativa

616

Fonte Pesquisa do autor

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 152 506 148 494

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 23ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acesso agrave assistecircncia teacutecnica

TEcircM ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA NAtildeO TEcircM ASSISTEcircNCIA TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

Relativa

300 232 773 68 227

Absoluta

Fonte Pesquisa do autor TABELA 24ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de assistecircncia teacutecnica

recebida TAMANHO

AMOSTRA

DA

EMATER

DA

COOPERATIVA

DE

PARTICULAR

MAIS DE UMA

ASSISTEcircNCIA

99

Freq

Abs

Freq

Rel

Freq

Rel

Freq

Abs

Freq

Abs

Freq

Rel

Freq

Abs

Freq

Rel

232 35 15 99 427 78 336 20 87

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 25ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela eacutepoca de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

COMERCIALIZOU ANTES

COLHEITA

COMERCIALIZOU APOacuteS A

COLHEITA

COM PARTE ANTES E

PARTE DEPOIS

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 14 47 234 78 52 173

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 26- Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da produccedilatildeo antes da colheita

COMERCIALIZOU TUDO

NAS COOP

COMERCIALIZOU TUDO

NAS INDUSTR

PARTE NAS COOP E

PARTE NAS IND

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Absoluta

14 9 2 3

Fonte Pesquisa do autor

100

TABELA 27- Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da produccedilatildeo apoacutes a colheita

COMERCIALIZOU TUDO

NAS COOP

COMERCIALIZOU TUDO

NAS INDUSTR

PARTE NAS COOP E

PARTE NAS IND

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

234 132 564 72 308 30 128

Fonte Pesquisa do autor

Dentro da amostra entre os agricultores que venderam toda a produccedilatildeo antes ou depois da colheita e os que

venderam parte da produccedilatildeo antes e parte depois constatou-se que 102 da produccedilatildeo foi comercializada

antes de ser colhida e 898 da produccedilatildeo foi comercializada depois de realizada a colheita Dos 898 da

comercializaccedilatildeo negociada apoacutes a colheita 551 foi vendida nas cooperativas e 347 nas induacutestrias

Dos 102 da produccedilatildeo comercializada antes da colheita verificou-se que 48 foi vendida em cooperativas

com preccedilos preacute-fixados 30 comercializado com as induacutestrias com preccedilos preacute-fixados 07

comercializado em cooperativas com adiantamentos de recursos em dinheiro ou insumos e com preccedilos a fixar

na entrega da safra 02 comercializada antecipadamente com as induacutestrias com adiantamentos de recursos

e preccedilos a fixar na entrega da safra 01 comercializado com as induacutestrias com adiantamentos de recursos e

preccedilos jaacute fixados e 14 comercializada na bolsa de mercadorias

TABELA 28ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelas negociaccedilotildees realizadas na bolsa de mercadorias

NEGOCIAM NA BOLSA NAtildeO NEGOCIAM NA BOLSA TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 16 53 284 947 Fonte Pesquisa do autor

101

Dos 16 (53) agricultores que comercializaram a totalidade ou parte da safra na bolsa de mercadorias o

fizeram pelas seguintes razotildees

a) 14 disseram entre outras razotildees mas em especial que

preferem comercializar a safra ou parte dela para garantir os

preccedilos acenados pelo mercado futuro

b) 6 disseram entre outras razotildees mas em especial que soacute

comercializam quando os preccedilos satildeo interessantes

c) 4 disseram entre outras razotildees mas em especial que

comercializam na bolsa porque confiam na seguranccedila desse tipo

de negociaccedilatildeo

Dos 284 (947) agricultores lodrinenses que disseram natildeo comercializar satildeo pelas diversas abaixo

relacionadas

a) 253 disseram entre outras razotildees que natildeo sabem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em bolsas de mercadorias

b) 53 disseram entre outras razotildees que nunca foram convidados pela BMampF ou corretores para explicar como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado futuro

c) 19 disseram entre outras razotildees que consideram o processo

muito burocraacutetico

d) 16 disseram entre outras razotildees que natildeo possuem seguranccedila para operar nesse mercado

e) 17 disseram entre outras razotildees que tecircm medo de perder dinheiro nesse tipo de comercializaccedilatildeo

f) 10 disseram entre outras razotildees que sabem como funciona mas preferem natildeo comercializar enquanto natildeo tecircm garantida a colheita da safra

g) 7 disseram entre outras razotildees que natildeo confiam nas corretoras que intermediam a comercializaccedilatildeo

h) 5 disseram entre outras razotildees que natildeo consideram os preccedilos

interessantes

102

TABELA 29ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado

ACOMPANHAM AS COTACcedilOtildeES NAtildeO ACOMPANHAM TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 289 963 11 37

Fonte Pesquisa do autor

Dentre os agricultores que acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado o fazem das seguintes maneiras

a) 193 disseram que acompanham atraveacutes dos jornais

b) 173 disseram que acompanham pela televisatildeo

c) 143 disseram que acompanham atraveacutes das cooperativas

d) 54 disseram que acompanham pela internet

e) 49 disseram que acompanham atraveacutes do radio

f) 49 disseram que acompanham por outros meios como amigos conhecidos etc

Com base na segmentaccedilatildeo das tabelas 03 a 29 pode-se

caracterizar o perfil do agricultor londrinense - que cultiva soja eou milho e ou cafeacute -

com destaques para aos dados abaixo

01) 866 satildeo homens

02) 796 satildeo casados

03) 467 tecircm idade acima de 56 anos

04) 483 frequumlentaram a escola ateacute o primeiro grau

05) 743 de sua famiacutelia estudou ou estuda em escola publica

06) 413 satildeo pequenos produtores

07) 66 moram na cidade e vatildeo agrave propriedade 16 vezes por mecircs

08) 411 adquiriram o imoacutevel que exploram

09) 746 soacute exploram o imoacutevel proacuteprio

10) 977 tecircm energia eleacutetrica na propriedade

11) 95 tecircm aacutegua encanada

12) 833 tecircm televisatildeo

103

13) 81 tecircm veiculo na propriedade

14) 603 tecircm computador

15) 473 vivem soacute da renda das propriedades rurais

16) 59 tecircm empregados fixos

17) 517 contratam trabalhadores volantes nas eacutepocas de picos de serviccedilo

18) 77 plantam soja e colhem 1169 sacas por alqueire

19) 493 plantam milho e colhem 2373 sacas por alqueire

20) 33 plantam cafeacute e colhem 1574 sacas em coco por alqueire ou 525 sacas de

cafeacute beneficiado

21) 703 tecircm maquinaacuterios proacuteprios entre tratores e colheitadeiras

22) 506 necessitam de financiamentos para custeio das lavouras

23) 773 dispotildeem de assistecircncia teacutecnica na propriedade

24) 78 comercializam as safras depois de colhida

25) 947 natildeo negociam seus produtos na bolsa de mercadorias

26) 963 acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado sendo a maioria

pelos jornais e televisatildeo

26)O tempo meacutedio de responsabilidade do agricultor pela produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo nas propriedades eacute de 18 anos

104

102 COMPARACcedilAtildeO DO PERFIL DO AGRICULTOR BRASILEIRO COM O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE CULTIVA SOJA EOU

MILHO EOU CAFEacute

TABELA 30- Comparativo das caracteriacutesticas do agricultor brasileiro com o agricultor londrinense

CARACTERIacuteSTICAS AGRICULTOR

BRASILEIRO AGRICULTOR

LONDRINENSE

Satildeo proprietaacuterios dos imoacuteveis 85 907 Idade meacutedia do produtor 52 53

Maior concentraccedilatildeo de escolaridade 1ordm Grau 1ordm GrauDisponibilidade energia eleacutetrica no

imoacutevel 85 977

Antenas paraboacutelicas na propriedade 43 34 Veiacuteculos na propriedade 56 81

Aacutegua encanada na propriedade 71 95 Aparelho de televisatildeo 81 833

Tem outra fonte de renda aleacutem da propriedade

82 527

Tem computador 3 603 Uso de matildeo de obra familiar 78 656

Uso de matildeo de obra temporaacuteria 81 517 Pessoa da famiacutelia que estudou em

escola puacuteblica 62 743

Produtividade na cultura do milho 2057 2373 Fonte CNA e pesquisa do autor

Diferentemente da meacutedia do perfil do agricultor brasileiro que 82 tem outra fonte de renda gerada fora

da propriedade com outras atividades remuneradas menos da metade dos agricultores (473) depende

exclusivamente da renda gerada dentro das propriedades rurais obrigando-o sempre a buscar a eficiecircncia nas

atividades desenvolvidas 35 dos agricultores contam com a ajuda dos filhos para desenvolverem as atividades

de produccedilatildeo e 183 recebem ajuda da mulher nas

105

atividades produtivas do imoacutevel paracircmetro que mede a vocaccedilatildeo do produtor rural do Municiacutepio de Londrina

conforme demonstra a tabela 13 Outra variaacutevel diferenciada nesta comparaccedilatildeo

do perfil do agricultor brasileiro com relaccedilatildeo ao agricultor do Municiacutepio de Londrina eacute com relaccedilatildeo agrave informaacutetica Enquanto somente 3 dos agricultores brasileiros tecircm

computador 603 dos agricultores de Londrina dispotildeem de computadores para armazenar as informaccedilotildees das

atividades desenvolvidas nas propriedades rurais conforme demonstra a tabela 12

Na pesquisa realizada pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas sobre o perfil do agricultor brasileiro a uacutenica

produtividade levantada foi da cultura do milho com colheita de 85 sacas de 60 kgs por hectare o que

corresponde a 2057 sacas de 60 quilos por alqueire paulista Na comparaccedilatildeo com a produtividade meacutedia do

agricultor de Londrina verifica-se que ele colhe 2373 sacas de 60 quilos de milho por alqueire portanto

153 maior que a produccedilatildeo meacutedia brasileira A produtividade meacutedia do agricultor de Londrina que cultiva

soja eacute de 1169 sacas de 60 quilos por alqueire e a produtividade do cafeacute em coco eacute de 1574 sacas de 40

quilos por alqueire o que corresponde a 525 sacas de 60 quilos de cafeacute beneficiado por alqueire paulista de

acordo com as tabelas 15 16 e 17

O agricultor rural de Londrina dispotildee de uma melhor infra-estrutura quando comparado com o agricultor brasileiro como se verifica nas tabelas 11 e 12 como eacute o caso da energia eleacutetrica 977 contam com esse serviccedilo

contra 85 dos agricultores brasileiros veiacuteculos na propriedade 81 contra 56 do produtor brasileiro aacutegua

encanada 95 contra 71 do produtor brasileiro e uma diferenccedila alarmante quando comparados os

computadores - com 603 contra somente 3 do produtor brasileiro

Outro dado importante verificado eacute com relaccedilatildeo agrave matildeo de obra temporaacuteria conforme tabela 30 Enquanto

o agricultor brasileiro usa 81 de matildeo de obra temporaacuteria o agricultor londrinense utiliza somente 517 Isso

significa que o agricultor londrinense proporciona 567 a mais de emprego nas propriedades rurais mantendo o

106

empregado fixo na propriedade com registro em carteira e provavelmente pagando todos os encargos sociais e

trabalhistas como Previdecircncia Social Fundo de Garantia Deacutecimo Terceiro Salaacuterio Feacuterias etc Isso posto cabe

acrescentar que a manutenccedilatildeo do empregado na propriedade contribui para a reduccedilatildeo da pobreza nos cinturotildees de miseacuteria das cidades porque certamente junto com o empregado moram na propriedade sua

esposa e filhos

103 CARACTERIacuteSTICAS DO AGRICULTOR LONDRINENSE RELACIONADOS COM A PRODUCcedilAtildeO COMERCIALIZACcedilAtildeO COTACcedilOtildeES DE PRECcedilOS E ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS

Nesta seccedilatildeo descrevem-se todas as caracteriacutesticas dos agricultores do Municiacutepio de Londrina relacionados agrave

produccedilatildeo obtida nas culturas da soja do milho e do cafeacute seu sistema de comercializaccedilatildeo acompanhamento

das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado e sua atuaccedilatildeo na bolsa de mercadorias

TABELA 311ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de escolaridade

ESCOLARIDADE SOJA

(Saca de 60 kgs) MILHO

(Saca de 60 kgs) CAFEacute EM COCO

(saca de 40 kgs)

1ordm GRAU 1121 2084 1173

2ordm GRAU 1083 2323 1272

3ordm GRAU 1286 2393 1641

Fonte Pesquisa do autor Z2=104244200 P=000000

A tabela 311 demonstra que o grau de escolaridade exerce grande influecircncia na produtividade dos

agricultores de Londrina em todas as culturas e em especial na cultura do cafeacute Verificou-se uma

produtividade bem maior daqueles produtores que cursaram a universidade em relaccedilatildeo aos que cursaram

somente ateacute o primeiro grau No milho e na soja a produtividade tambeacutem foi superior

107

TABELA 312ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de escolaridade

ESCOLARIDADE DA SAFRA VENDIDA ANTES DA

COLHEITA DA SAFRA VENDIDA APOacuteS A

COLHEITA

1ordm GRAU 75 925

2ordm GRAU 130 870

3ordm GRAU 169 831

Fonte Pesquisa do autor Z2=1155000 P=000311

A tabela 312 confirmando a demonstraccedilatildeo da tabela 311 revela

que o produtor rural com escolaridade superior jaacute com a visatildeo mais voltada para o

mercado procura comercializar parte de sua produccedilatildeo no andamento da safra

evitando ficar com a totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca

em que todos os produtores estaratildeo interessados na venda da sua produccedilatildeo e

com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos dado a maior

quantidade de oferta no mercado que ocorre apoacutes a colheita Mais do que o dobro

dos produtores com curso universitaacuterio comparados com os produtores que soacute tecircm

o primeiro grau comercializam parte de suas safras antes da colheita dos produtos

TABELA 313ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a escolaridade ESCOLARIDADE FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS

1ordm GRAU 958 42

2ordm GRAU 963 37

3ordm GRAU 973 27

Fonte Pesquisa do autor Z2=028600 P=086669

A tabela 313 demonstra diferenccedila pouco significativa no acompanhamento das cotaccedilotildees de preccedilos dos

produtos no mercado quando se compara a escolaridade dos produtores Os produtores rurais de Londrina

108

em sua quase totalidade acompanham e fazem cotaccedilotildees dos preccedilos na hora de vender a sua produccedilatildeo em

sua maioria pelos jornais televisatildeo e cooperativas

TABELA 314ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a escolaridade ESCOLARIDADE NEGOCIA NA BOLSA DE

MERCADORIAS NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

1ordm GRAU 27 973

2ordm GRAU 74 926

3ordm GRAU 95 905

Fonte Pesquisa do autor Z2=474400 P=009329

A tabela 314 tambeacutem revela que o maior grau de escolaridade

permite ao produtor rural procurar novas opccedilotildees para a negociaccedilatildeo dos seus

produtos Praticamente quase todos dos produtores com o primeiro grau

desconhecem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em

bolsas de mercadorias justificando os iacutendices apresentados na tabela Para cada 4

produtores com curso superior do Municiacutepio de Londrina somente 1 com o primeiro

grau negocia os seus produtos na bolsa de mercadorias

TABELA 321ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade do

produtor

IDADE DO PRODUTOR SOJA MILHO CAFEacute EM COCO

109

(Saca 60 kgs) (Saca 60 kgs) (Saca 40 kgs)

ATEacute 35 ANOS 1172 2094 2040

DE 36 A 55 ANOS 1166 2342 1550

ACIMA 56 ANOS 1151 2110 1068 Fonte Pesquisa do autor Z2=21532200 P=000000

A tabela 321 demonstra que a idade exerce influecircncia significativa na produtividade dos agricultores de

Londrina que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade bem maior do produtor com idade ateacute 35

anos em relaccedilatildeo ao produtor com idade acima de 56 anos Provavelmente isso ocorre em funccedilatildeo da

tecnologia antiga usada pelo produtor com mais idade Tambeacutem foi significativamente maior quando

comparados os produtores de cafeacute com ateacute 35 anos com os produtores que tecircm idade entre 36 e 55 anos No

milho a produtividade apresentou-se um pouco maior entre os produtores com idade de 36 a 55 anos em

relaccedilatildeo aos produtores com idades superiores e inferiores e na cultura da soja natildeo houve diferenccedilas de

produtividade pois todos colheram entre 115 e 117 sacas por alqueire

TABELA 322ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do produtor

IDADE DO PRODUTOR VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

ATEacute 35 ANOS 170 830

DE 36 A 55 ANOS 125 875

ACIMA 56 ANOS 90 910

Fonte Pesquisa do autor Z2=709300 P=002883

A tabela 322 revela que o produtor rural com idade ateacute 35 anos

tambeacutem com a visatildeo mais voltada para o mercado procura comercializar parte de

sua produccedilatildeo no andamento da safra evitando ficar com a totalidade dos produtos

nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo

interessados na venda da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos

preccedilos dos produtos dado a maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a

colheita Quase o dobro dos produtores com idade ateacute 35 anos comparados com

os que tecircm idade acima de 56 anos comercializam uma parte de suas safras antes

110

da colheita dos produtos Na comparaccedilatildeo com os produtores com idade entre 36 e

55 anos tambeacutem ocorre o mesmo fato poreacutem em menor escala

111

TABELA 323ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo com a idade do produtor

IDADE DO

PRODUTOR

FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

ATEacute 35 ANOS 1000 00

DE 36 A 55 ANOS 955 45

ACIMA 55 ANOS 964 36

Fonte Pesquisa do autor Z2=130000 P=052208

A tabela 323 igualmente com o que ocorre com o grau de escolaridade dos produtores a diferenccedila eacute pouco

significativa no acompanhamento das cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos no mercado quando se compara a

idade dos que tecircm ateacute 35 anos com as das demais idades Eacute importante ressaltar que todos os produtores com

ateacute 35 anos acompanham as cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos em sua maioria tambeacutem pelos jornais

televisatildeo e cooperativas

TABELA 324ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo com a idade do produtor

IDADE DO PRODUTOR NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

ATEacute 35 ANOS 37 963

DE 36 A 55 ANOS 68 932

ACIMA 55 ANOS 43 957

Fonte Pesquisa do autor Z2=098800 P=061027

A tabela 324 diferentemente das demais onde satildeo comparadas as idades apresenta os produtores com idade

entre 36 e 55 como os que mais negociam seus produtos em bolsa de mercadorias Entre os produtores com

ateacute 35 anos de idade quase 100 desconhecem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

em bolsas de mercadorias e 30 alegaram que nunca foram convidados pela BMampF ou corretoras para

explicarem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado futuro Entre os produtores com idade

entre 36 e 55 anos de idade que comercializam seus produtos na bolsa a maioria disse saber como funciona

o processo de comercializaccedilatildeo e confia na seguranccedila desse tipo de negociaccedilatildeo embora soacute procurem as bolsas

quando os preccedilos do mercado futuro se apresentam interessantes

112

TABELA 331ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o tamanho

da aacuterea explorada

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

SOJA (Saca 60 kgs)

MILHO (Saca 60 kgs)

CAFEacute EM COCO (Saca 40 kgs)

PEQUENO PRODUTOR 1145 2053 1158

MEacuteDIO PRODUTOR 1123 2121 1289

GRANDE PRODUTOR 1204 2511 1712 Fonte Pesquisa do Autor Z2=51356700 P=000000

A tabela 331 demonstra que o tamanho da aacuterea tem influecircncia significativa na produtividade dos

agricultores de Londrina em especial para os que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade bem

maior do grande produtor com relaccedilatildeo ao pequeno e um terccedilo a mais que o meacutedio produtor Tambeacutem foi um

quarto maior a produtividade do milho quando comparados os grandes com os pequenos e meacutedios

produtores Na cultura da soja natildeo se apresentaram diferenccedilas significativas na produtividade todos colhem

na faixa de 110 a 120 sacas por alqueire sendo que o grande produtor apresenta produtividade um pouco

superior em relaccedilatildeo aos pequenos e meacutedios produtores

TABELA 332ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o tamanho da aacuterea explorada

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

PEQUENO PRODUTOR 85 915

MEacuteDIO PRODUTOR 136 864

GRANDE PRODUTOR 130 870

Fonte Pesquisa do autor Z2=163300 P=044204

A tabela 332 revela que o grande e meacutedio produtor rural com a

visatildeo mais voltada para o mercado tambeacutem procuram comercializar sua produccedilatildeo

113

no andamento da safra evitando ficar com a totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o

final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo interessados na venda

da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos

dado a maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a colheita Quase o dobro

dos meacutedios e grandes produtores comparados com os pequenos produtores

comercializam uma parte de suas safras antes da colheita dos produtos

TABELA 333ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos pelos produtores de acordo com tamanho da aacuterea

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

FAZ COTACcedilAtildeO PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

PEQUENO PRODUTOR 936 64

MEacuteDIO PRODUTOR 970 30

GRANDE PRODUTOR 1000 00

Fonte Pesquisa do autor Z2=574100 P=005668

A tabela 333 eacute um demonstrativo de que quase a totalidade dos produtores acompanha as cotaccedilotildees de preccedilos

dos produtos no mercado Eacute importante ressaltar que todos (1000) os grandes produtores acompanham as

cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos e apenas uma pequena minoria entre os pequenos e meacutedios produtores

deixam de acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos Ressalte-se tambeacutem que a maioria faz o acompanhamento

pelos jornais televisatildeo e cooperativas com destaque para os grandes produtores que tambeacutem usam a internet

TABELA 334ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo nas bolsas de mercadorias pelo

produtor de acordo com tamanho da aacuterea CARACTERIacuteSTICA NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

114

DO PRODUTOR

PEQUENO PRODUTOR 24 976

MEacuteDIO PRODUTOR 70 930

GRANDE PRODUTOR 79 921

Fonte Pesquisa do autor Z2=362300 P=016341

A tabela 334 revela que haacute uma tendecircncia sugestiva quanto maior o produtor mais ele negocia os produtos

na bolsa de mercadorias Os pequenos produtores em sua quase totalidade natildeo sabem como funciona o

processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsas de mercadorias e 24 alegaram que nunca foram

convidados pela BMampF ou corretoras para explicarem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em

mercado futuro

Os meacutedios e grandes produtores que comercializam seus produtos na bolsa afirmaram saber como funciona

o processo de comercializaccedilatildeo e confiam na seguranccedila desse tipo de negociaccedilatildeo embora soacute procurem as

bolsas quando os preccedilos acenados no mercado futuro satildeo interessantes Somente 1 pequeno produtor rural em

cada 3 meacutedios e grandes negociam seus produtos nas bolsas de mercadorias

TABELA 341ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a moradia do

produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR SOJA

(SACA 60 KGS) MILHO

(SACA 60 KGS) CAFEacute EM COCO (SACA 40 KGS)

NA PROPRIEDADE 1151 2186 1844

NA CIDADE 1164 2234 1056

Fonte Pesquisa do autor Z2=751970 P=000000

A tabela 341 registra que a moradia do produtor exerce muita influecircncia na produtividade dos agricultores

de Londrina na cultura do cafeacute Verificou-se uma produtividade muito maior na cultura do cafeacute do produtor

que mora na propriedade em relaccedilatildeo ao que mora na cidade Provavelmente tal fato ocorre porque a cultura

do cafeacute exige um tratamento diferenciado nos cuidados dos cafeeiros se comparado com as culturas de soja e

115

milho que soacute exigem cuidados nas eacutepocas do plantio e da colheita Nas culturas do milho e da soja a

produtividade eacute praticamente igual independentemente do produtor morar na propriedade ou na cidade

TABELA 342ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a moradia do

produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

NA PROPRIEDADE 11 89

NA CIDADE 12 88

Fonte Pesquisa do autor Z2=004300 P=083580

A tabela 342 demonstra que a moradia natildeo influencia na comercializaccedilatildeo realizada pelo produtor rural e

eles procuram comercializar pelo menos 10 de sua produccedilatildeo no andamento da safra evitando ficar com a

totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo

interessados na venda da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos dado a

maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a colheita

TABELA 343ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo

com a moradia do produtor LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

NA PROPRIEDADE 980 20

NA CIDADE 950 50

Fonte Pesquisa do autor Z2=167400 P=019579

A tabela 343 revela que existe uma preocupaccedilatildeo um pouco maior do produtor que mora na propriedade

com relaccedilatildeo ao acompanhamento nas cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos no mercado se comparados com o

produtor que mora na cidade Os produtores rurais de Londrina em sua quase totalidade fazem cotaccedilotildees dos

preccedilos na hora de vender a sua produccedilatildeo geralmente pelos jornais televisatildeo e cooperativas Os que moram

na cidade se utilizam mais dos jornais para fazer esse acompanhamento assim como a internet

116

TABELA 344 ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa mercadorias de acordo com a moradia do produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

NA PROPRIEDADE 59 941

NA CIDADE 50 950

Fonte Pesquisa do autor Z2=009200 P=076132

A tabela 344 explicita que o local de moradia do produtor rural de

Londrina natildeo interfere nas negociaccedilotildees realizadas nas bolsas de mercadorias Em

ambos os casos em sua quase totalidade natildeo sabem como funciona o processo de

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsas de mercadorias e 20 dos que moram na

fazenda e 15 dos que moram na cidade nunca foram convidados pela BMampF ou

corretoras para explicar como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado

futuro Os produtores que comercializaram seus produtos na bolsa em sua maioria

afirmaram que sabem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo embora soacute

procurem as bolsas quando os preccedilos acenados no mercado futuro satildeo

interessantes

117

TABELA 35ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a assistecircncia teacutecnica

TIPO DE ASSISTEcircNCIA DADA AO

PRODUTOR SOJA

(SC60 KG) MILHO

(SC60) CAFEacute EM COCO

(SACAS 40 KGS)

SEM ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 1153 1987 1002

COM ASSISTEcircNCIA EMATER 1206 2325 1139

ASSISTEcircNCIA COOPERATIVA 1127 2272 1373

ASSISTEcircNCIA PARTICULAR 1187 2233 1516 Fonte Pesquisa do autor Z2=66260200 P=000000

A tabela 35 demonstra que a assistecircncia teacutecnica exerceu influecircncia significativa na produtividade dos

agricultores de Londrina que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade muito maior dos que

receberam assistecircncia teacutecnica particular em relaccedilatildeo ao produtor que natildeo teve assistecircncia teacutecnica Tambeacutem foi

maior a produtividade dos produtores de cafeacute que tiveram assistecircncia teacutecnica de cooperativa

Na comparaccedilatildeo dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica da Emater com os que natildeo tiveram assistecircncia

teacutecnica a produtividade eacute apenas um pouco maior No milho tambeacutem tiveram maior produtividade os

produtores que receberam assistecircncia teacutecnica poreacutem com pequena representatividade sobressaiacuteram-se

positivamente os produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica da Emater

A segunda melhor performance foi dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica das cooperativas seguida

dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica particular No cultivo da safra de soja praticamente natildeo houve

diferenccedila significativa a ponto dos produtores que natildeo tiveram assistecircncia teacutecnica apresentarem produccedilatildeo

superior aos produtores que tiveram a assistecircncia teacutecnica das cooperativas

TABELA 36ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse dos

maquinaacuterios

118

MAQUINAacuteRIOS SOJA (sc60 kgs)

MILHO (sc60 kgs)

CAFEacute EM COCO (sc40 kgs)

COM MAQUINAacuteRIOS 1198 2342 1335

SEM MAQUINAacuteRIOS 1281 1854 1311

Fonte Pesquisa do autor Z2=153708300 P=000000

A tabela 36 registra que a posse dos maquinaacuterios pelos produtores eacute importante para melhorar a

produtividade das culturas embora natildeo seja aconselhaacutevel sua aquisiccedilatildeo pelo pequeno produtor que tem a

oportunidade de alugar os maquinaacuterios nas eacutepocas de picos de serviccedilos A quantidade de aacuterea cultivada pelo

pequeno e meacutedio produtor rural natildeo justifica a aquisiccedilatildeo de uma maacutequina para a propriedade em razatildeo da

alta ociosidade

1031 Teste Estatiacutestico dos Cruzamentos

Considerando o niacutevel de significacircncia de 5 verificou-se ao aplicar o teste do Qui-quadrado nas tabelas dos

cruzamentos em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas do agricultor londrinense relacionados com a produccedilatildeo

comercializaccedilatildeo cotaccedilotildees de preccedilos e atuaccedilatildeo na bolsa de mercadorias que foram estatisticamente

significativo os seguintes cruzamentos (Quadro 3)

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de

escolaridade

bull Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de

escolaridade

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade do

produtor

bull Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do produtor

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o tamanho

da aacuterea explorada

119

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a moradia

do produtor rural

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

assistecircncia teacutecnica

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse dos

maquinaacuterios

QUADRO 3 - Resultados dos testes do Qui-quadrado para verificaccedilatildeo do niacutevel de significacircncia dos cruzamentos

CRUZAMENTO QUI-QUADRADO P (NIacuteVEL DE SIGNIFICAcircNCIA)

Grau escolar x produtiv 1042442 p=00000 Grau escolar x comerc 1155 p=00311 Grau escolar x cotaccedilatildeo 286 p=86669 Grau escolar x negbolsa 4744 p=09329 Idade x produtividade 215322 p=00000 Idade x comercializaccedilatildeo 7093 p=02883 Idade x cotaccedilatildeo preccedilos 1300 p=52208 Idade x negocem bolsa 988 p=61027 T aacuterea x produtividade 513567 p=00000 Taacuterea x comercializaccedilatildeo 1633 p=44204 T aacuterea x cotaccedilatildeo preccedilos 5741 p=05668 Taacuterea x negocem bolsa 3623 p=16341 Local moradia x produt 751970 p=00000 Local moradia x comerc 043 p=83580 Local moradia x cotaccedilatildeo 1674 p=19579 Local moradia x n bolsa 092 p=76132 Assistteacutecn x produtivid 662602 p=00000 Maquinaacuterio x produtivid 1537083 p=00000

estatisticamente significativo

120

104 ANAacuteLISE DA PRODUTIVIDADE DO AGRICULTOR LONDRINENSE

Nesta anaacutelise considerando as produtividades levantadas na pesquisa observou-se

1) Quanto agrave escolaridade os agricultores que tecircm curso universitaacuterio conseguiram uma maior produtividade

nos cultivos das trecircs culturas quando comparados com os que estudaram soacute ateacute o primeiro e o segundo graus

Provavelmente por estarem mais abertos ao uso de novas tecnologias que satildeo oferecidas ao homem do campo

tais como desenvolvimento de novas sementes utilizaccedilatildeo de plantio direto ao inveacutes do plantio convencional

que natildeo degrada o solo e preserva o meio ambiente novas metodologias no combate agraves pragas e doenccedilas que se

natildeo forem cuidadas a tempo dizimam toda a produccedilatildeo e tambeacutem a preocupaccedilatildeo com a colheita mantendo as

maacutequinas bem reguladas para evitar perdas na hora da colheita

2) Quanto agrave idade os agricultores com ateacute 35 anos obtiveram uma produtividade de cafeacute em coco por

alqueire bem maior se comparados com os agricultores com idades acima dos 35 anos Tambeacutem nesse caso

tudo levar a crer que os agricultores mais jovens tambeacutem mais dinacircmicos em funccedilatildeo da proacutepria idade

aproveitam as vantagens das novas tecnologias oferecidas pelas empresas do ramo que diariamente levam ao

conhecimento dos produtores as suas vantagens atraveacutes da miacutedia e ainda dias de campo realizadas pelo Iapar

Emater etc que fazem demonstraccedilotildees sobre o uso dos maquinaacuterios ou dos insumos

3) Quanto ao tamanho da aacuterea os considerados grandes produtores quando comparados com os pequenos e

meacutedios obtiveram uma produtividade significativamente maior em todas as culturas e em especial na cultura

do cafeacute Nesta cultura os produtores desde 1994 estatildeo trocando as aacutereas tradicionais de plantio das lavouras

antigas de cafeacute pelo de plantio adensado A eficiecircncia das atividades agropecuaacuterias no meio rural depende muito

das escalas e soacute com o aumento da aacuterea eacute possiacutevel conseguir ganhos de escala Esta pode ser a explicaccedilatildeo para a

produtividade obtida pelos grandes produtores que provavelmente tecircm na propriedade o seu uacutenico meio de

sobrevivecircncia

4) Quanto agrave moradia verificou-se que o produtor que mora na propriedade e cultivou cafeacute obteve uma meacutedia

superior nesta cultura em relaccedilatildeo aos agricultores que moram na cidade O que pode explicar essa eficiecircncia eacute o

cuidado no dia-a-dia do produtor que mora na propriedade com o parque cafeeiro fato que natildeo ocorre quando

se trata do cultivo da soja ou do milho

5) Quanto agrave assistecircncia teacutecnica saiu-se bem o agricultor de Londrina que teve assistecircncia da Emater para o

cultivo da soja e do milho Na cultura do cafeacute diferentemente da assistecircncia teacutecnica dada agraves culturas da soja e

do milho sobressaiu-se muito melhor o grande agricultor que teve assistecircncia teacutecnica de particular

121

Provavelmente essa tambeacutem possa ser uma das explicaccedilotildees para a alta produtividade obtida pelo produtor no

cultivo do cafeacute por ser uma assistecircncia diferenciada mais onerosa que soacute pode ser paga por grandes produtores

e com visatildeo voltada para o uso da alta tecnologia disponiacutevel para a cultura

6) Quanto agrave posse dos maquinaacuterios Embora frac14 dos produtores rurais pesquisados natildeo possuam maquinaacuterios

conforme se verifica nas tabelas 19 20 e 21 a produtividade conseguida natildeo apresentou diferenccedila significativa

e a explicaccedilatildeo para esse fato de daacute pela oportunidade que tem o produtor em arrendar os maquinaacuterios nas eacutepocas

de plantio e colheita em especial os pequenos e meacutedios produtores em razatildeo do alto custo para a aquisiccedilatildeo da

maacutequina Sabe-se que a aquisiccedilatildeo de maquinaacuterios no meio rural soacute eacute vaacutelida se for para utilizar a sua capacidade

pois eles parados oneram por demais o custo

Assim apoacutes anaacutelise dos cruzamentos verificou-se que

a) O produtor de cafeacute mais eficiente em produtividade eacute aquele com curso universitaacuterio

que tem ateacute 35 anos de idade eacute classificado como grande produtor mora na

propriedade tem maquinaacuterio proacuteprio e conta com assistecircncia teacutecnica de profissional

particular

b) O produtor de soja mais eficiente em produtividade eacute aquele com curso universitaacuterio

que tem ateacute 35 anos de idade eacute classificado como grande produtor mora na cidade natildeo

tem maquinaacuterio proacuteprio provavelmente o arrende e conta com assistecircncia teacutecnica de

profissionais da Emater

c) O produtor de milho mais eficiente em produtividade tem curso universitaacuterio sua idade

varia entre 36 e 55 anos eacute classificado como grande produtor mora na cidade tem

maquinaacuterio proacuteprio e conta com assistecircncia teacutecnica de profissionais da Emater

105 ANAacuteLISE DA COMERCIALIZACcedilAtildeO DO AGRICULTOR LONDRINENSE

Embora a grande maioria dos agricultores comercialize a produccedilatildeo apoacutes realizada as colheitas se analisada a

tabela 312 verifica-se que os agricultores com cursos superiores vendem mais que o dobro de parte de sua

122

produccedilatildeo antes da colheita em comparaccedilatildeo com os produtores que tecircm o primeiro grau de estudo O mesmo

fato se constata quando analisada a tabela 322 na comparaccedilatildeo dos agricultores que tecircm ateacute 35 anos de idade

com relaccedilatildeo aos que estatildeo acima de 56 anos de idade o mesmo fenocircmeno ocorre tambeacutem na comparaccedilatildeo do

grande produtor com o pequeno produtor conforme tabela 342 poreacutem em menor escala

Na comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo verifica-se uma disposiccedilatildeo maior do produtor rural de Londrina em

acompanhar as cotaccedilotildees dos produtos agropecuaacuterios Verificou-se que a maioria dos produtores acompanha

as cotaccedilotildees dos preccedilos atraveacutes das cooperativas jornais e televisatildeo etc com destaque para os segmentos

abaixo

1) Todos os produtores com ateacute 35 anos de idade acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos

2) Todos os grandes produtores acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos

3) Dos produtores que moram na cidade 98 acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos

4) Dos produtores que tecircm cursos universitaacuterios 973 acompanham as cotaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos

Isto posto verificado a grande preocupaccedilatildeo que tem o produtor em acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos entende-se a razatildeo pelas quais os agricultores com curso superior (169) com idade ateacute 35 anos

(170) sendo grande produtor rural (130) fazem a comercializaccedilatildeo de parte da sua produccedilatildeo nas

cooperativas e nas induacutestrias antes da colheita dos produtos conforme se verifica nas tabelas 312 322

332 respectivamente

106 COMPARACcedilAtildeO DOS NEGOacuteCIOS REALIZADOS NA BOLSA COM OS NEGOacuteCIOS REALIZADOS NO MERCADO FIacuteSICO PELOS AGRICULTORES

PORQUE A BUSCA PELA COMERCIALIZACcedilAtildeO NA BMampF Eacute PEQUENA

Na busca de explicaccedilatildeo para a baixa procura dos produtores na comercializaccedilatildeo de sua produccedilatildeo na Bolsa de

Mercadorias levantou-se na BMampF os contratos de commodities comercializados nos uacuteltimos cinco anos de

1997 a 2002 para entender o comportamento dos preccedilos dos produtos comercializados naquela instituiccedilatildeo

123

No Deral-Pr - Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura do Paranaacute oacutergatildeo que registra

diariamente o preccedilo meacutedio pago ao produtor na comercializaccedilatildeo realizada no mercado fiacutesico em Londrina

levantou-se no mesmo periacuteodo os valores pagos aos produtores rurais para detectar se existem diferenccedilas

significativas nos preccedilos fixados nos contratos para venda na bolsa de mercadorias e a venda no mercado

fiacutesico recebido pelo produtor apoacutes a colheita do produto e constatou-se o seguinte

TABELA 37- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao produtor nas sacas de milho com 60 quilos

PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS

FUTURO EM R$ NA BMampF

PRECcedilOS NO FIacuteSICO

EM R$ (EM MARCcedilO)

Em setembro97 para entrega em marccedilo98 776 769

Em setembro98 para entrega em marccedilo99 676 882

Em setembro99 para entrega em marccedilo00 508 1232

Em setembro00 para entrega em marccedilo01 589 794

Em setembro01 para entrega em marccedilo02 570 1222

Meacutedia dos 5 anos 624 980

Fonte BMampF e Deral

Observa-se que os preccedilos recebidos pelo produtor no mercado

fiacutesico quando vendeu a safra de milho apoacutes a colheita na safra de 1997 - colhidas

124

em marccedilo de 1998 - natildeo apresentou diferenccedila de preccedilos com relaccedilatildeo agraves

negociaccedilotildees realizadas no mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 1998 - colhida em marccedilo de 1999 - os produtores de

milho que venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um lucro um terccedilo

maior

Na safra de 1999 - colhida em marccedilo de 2000 - o lucro dos

produtores que venderam no mercado fiacutesico apoacutes a colheita foi superior bem mais

que o dobro Na safra de 2000 - colhida em marccedilo de 2001 - os produtores que

venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um lucro tambeacutem um terccedilo

maior

Na safra de 2001 - colhida em marccedilo de 2002 - novamente os

produtores que deixaram para vender apoacutes a colheita sem negociar na bolsa

tiveram o dobro do lucro em relaccedilatildeo aos que negociaram na bolsa

No caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de milho de 1997 a

2001 os produtores que esperaram para vender depois da colheita sem negociar

contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro meacutedio acima de 50 quando

comparado aos que negociaram seus produtos na Bolsa de Mercadorias TABELA 38- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao

produtor nas sacas de soja com 60 quilos PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS

FUTURO EM R$ NA

BMampF

PRECcedilOS NO

FIacuteSICO EM R$ (EM MARCcedilO)

Em outubro97 para entrega em marccedilo98 1217 1354

Em outubro98para entrega em marccedilo99 1108 1622

Em outubro99 para entrega em marccedilo00 1052 1736

Em outubro00 para entrega em marccedilo01 1060 1667

Em outubro01 para entrega em marccedilo02 - 1994

Meacutedia dos 5 anos 1109 1674

Fonte BMampF e Deral

Constata-se que os preccedilos da soja recebidos pelos produtores no

mercado fiacutesico quando venderam os produtos apoacutes a colheita foi um pouco

125

superior na safra de 1997 colhida em marccedilo de 1998 Tambeacutem foi superior em

quase 50 na safra de 1998 colhida em marccedilo de 1999 A safra de 1999 colhida

em marccedilo de 2000 tambeacutem bem foi superior ultrapassando os 50 Por sua vez a

safra do ano 2000 - colhida em marccedilo de 2001 - deu um lucro superior a 50 aos

produtores que natildeo negociaram na bolsa de mercadorias e venderam no mercado

fiacutesico

Com relaccedilatildeo agrave safra do ano de 2001 - colhida em marccedilo de 2002 -

natildeo foi possiacutevel fazer uma anaacutelise por falta de informaccedilatildeo das negociaccedilotildees

realizadas pela Bolsa de Mercadorias em outubro de 2001 para fechamento dos

contratos em marccedilo de 2002

Na anaacutelise do caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de soja do

ano de 1997 a 2000 os produtores que esperaram para vender a produccedilatildeo depois

da colheita sem negociar contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro

meacutedio proacuteximo a 50

TABELA 39- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao

produtor nas sacas de cafeacute beneficiado com 60 quilos

PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS FUTURO EM

R$ NA BMampF

PRECcedilOS NO FIacuteSICO

EM R$ (EM JULHO)

Em janeiro97 para entrega em julho97 15308 18010

Em janeiro98 para entrega em julho98 17515 11200

Em janeiro99 para entrega em julho99 12952 13723

Em janeiro00 para entrega em julho00 14307 14338

Em janeiro01 para entrega em julho01

Em janeiro02 para entrega em julho02

7942

5276

10273

8841

Meacutedia dos 6 anos 12216 12730

Fonte BMampF e Deral

126

Tambeacutem se pode observar que os preccedilos recebidos pelos

produtores no mercado fiacutesico quando venderam a safra de cafeacute apoacutes a colheita na

safra de 1997 - colhida em julho de 1997 - foi um pouco superior em relaccedilatildeo agraves

negociaccedilotildees realizadas no mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 1998 - colhida em julho de 1998 - os produtores de cafeacute

que venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um prejuiacutezo na faixa de

50 em relaccedilatildeo aos produtores que realizaram negociaccedilotildees no mercado futuro na

bolsa de mercadorias

Na safra de 1999 - colhida em julho de 1999 - o lucro dos

produtores que venderam no mercado fiacutesico apoacutes a colheita foi superior poreacutem

pouco significativo

Na safra de 2000 - colhida em julho de 2000 - os preccedilos se

equilibraram tendo praticamente o mesmo preccedilo tanto no mercado fiacutesico como no

mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 2001 - colhidas em julho de 2001 - novamente os

produtores que deixaram para vender apoacutes a colheita sem negociar na Bolsa

tiveram um lucro de um terccedilo maior

Tambeacutem na safra de 2002 - colhida em julho de 2002 - os

produtores que negociaram no mercado fiacutesico tiveram um lucro significativo bem

acima de 50 nos preccedilos em relaccedilatildeo aos produtores que venderam na Bolsa de

Mercadorias

No caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de cafeacute de 1997 a

2002 os produtores que esperaram para vender depois da colheita sem negociar

contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro meacutedio praticamente

insignificante na faixa de 5

Na comparaccedilatildeo da lucratividade meacutedia das culturas de milho soja e

cafeacute - ao longo dos uacuteltimos 5 anos - verificou-se que os produtores de soja e milho

ganharam mais quando negociaram seus produtos no mercado fiacutesico apoacutes

realizarem suas colheitas em torno de 50

Os produtores de cafeacute tambeacutem ganharam poreacutem menos na faixa

dos 5 o que leva a conclusatildeo de que as negociaccedilotildees realizadas na Bolsa de

Mercadorias com a cultura do cafeacute pode ser interessante porque na anaacutelise da

rentabilidade embora o lucro seja menor o produtor tem a garantia do preccedilo que foi

127

fixado na eacutepoca da compra dos contratos Assim natildeo corre o risco do preccedilo cair

apoacutes a colheita quando a oferta do produto no mercado eacute maior

A tabela 40 tem como objetivo demonstrar o perfil e a quantidade

de produtores que optaram por comercializar sua produccedilatildeo na Bolsa de

Mercadorias

TABELA 40ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela comercializaccedilatildeo realizada na

BMampF

TAMANHO AMOSTRA

TIPO DE EXPLORACcedilAtildeO FREQUEcircNCIA ABSOLUTA

Produtor de Soja 2

Produtor de Cafeacute 4

Produtor de Milho e Soja 3

Produtor de Soja e Cafeacute 5

16

Produtor de Milho Soja e Cafeacute 2 Fonte Pesquisa do autor

128

11 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS E RECOMENDACcedilOtildeES

1) Melhoria da cultura

gt Para melhorar a eficiecircncia do agricultor no meio rural e preacute-requisito a melhoria da cultura pois soacute sobreviveratildeo economicamente os que forem

eficientes nos aspectos tecnoloacutegicos gerenciais e organizacionais conforme se verificou na tabela 311

gt Somente frac14 dos produtores (tabela 6) tecircm curso universitaacuterio mas com perspectivas animadoras porque 23 deles moram na cidade (tabela 8) o que leva a crer que os seus filhos estudaratildeo ateacute o 3ordm grau e num futuro proacuteximo poderatildeo assumir as propriedades com nova mentalidade com mais cultura

conhecimentos e abertos agrave implantaccedilatildeo das novas tecnologias disponiacuteveis no mercado

Ser eficiente para exercer as atividades no meio rural jaacute natildeo eacute uma

vantagem mas sim um requisito enfatiza Santos (1993) e Souki et al (1999) soacute

sobreviveratildeo economicamente os agricultores que forem muito eficientes nos

aspectos tecnoloacutegicos gerenciais e organizacionais em todas as etapas dos

negoacutecios agropecuaacuterios que se inicia com o planejamento das atividades que seratildeo

realizadas

Acompanhamento e controle de todas as etapas do

processo produtivo dentro das necessidades conforme se

verifica na produtividade do cafeacute por agricultores que moram na

propriedade (tabela 341) a cotaccedilatildeo de preccedilos tanto para a

aquisiccedilatildeo dos insumos como a cotaccedilatildeo dos preccedilos para a

venda dos produtos colhidos tambeacutem eacute fundamental (tabelas

313 323 333 e 343) A eficiecircncia na administraccedilatildeo dos

negoacutecios deixou de ser uma vantagem competitiva para

transformar-se em um requisito que permite sobreviver nas

129

atividades agropecuaacuterias o que soacute eacute possiacutevel com a melhoria

do conhecimento

A partir do plano real praticamente deixou de existir dinheiro

subsidiado no Brasil e o governo natildeo tem determinado mais os preccedilos a serem

pagos pelos produtos agriacutecolas O que existe hoje eacute dinheiro com alto custo e juros

normais de mercado oferecidos pelos bancos e os preccedilos dos produtos satildeo

determinados pelo mercado de acordo com a oferta e demanda Diante deste

quadro o agricultor precisa agir profissionalmente mudando comportamentos

racionalizando o uso dos bens de produccedilatildeo para enfrentar o mercado cada vez mais

competitivo Aleacutem desses desafios vale lembrar que o crescimento da agricultura

pode ser conseguido com a educaccedilatildeo do agricultor como registrado na tabela 311

onde se cruzou a escolaridade com a produtividade A educaccedilatildeo deve ser a base

para que os agricultores possam entender o que os teacutecnicos da aacuterea querem

informar para melhorar a sua condiccedilatildeo de vida (tabela 35) Com o aumento do

conhecimento educacional dos agricultores eacute possiacutevel iniciar um real treinamento

mostrando-lhes os cuidados mais detalhados do manejo das culturas e das

criaccedilotildees informando-lhes o por que e como se conduz determinada praacutetica agriacutecola

Dahlman (1989) relata que as novas economias industrializadas do

leste asiaacutetico entenderam que o investimento na universalizaccedilatildeo de uma boa

educaccedilatildeo era um requisito essencial para acelerar a adoccedilatildeo a adaptaccedilatildeo e a

absorccedilatildeo de tecnologia O sucesso desses paiacuteses que constituem a base do novo

paradigma tecnoloacutegico deve-se muito aos pesados investimentos feitos na melhoria

e universalizaccedilatildeo da educaccedilatildeo secundaacuteria e na ampliaccedilatildeo da educaccedilatildeo superior

em particular com ecircnfase na engenharia e em outras aacutereas de ciecircncias aplicadas

A necessidade de aprender como se comportar frente aos

problemas inerentes agrave atividade agriacutecola faz sentido quando se vecirc que a agricultura

eacute um conjunto de arte ciecircncia e negoacutecio como uma atividade interdisciplinar e

ecleacutetica devido ao grande nuacutemero de variaacuteveis que o setor apresenta quando nele

se trabalha buscando informaccedilotildees e conhecimentos dos profissionais da aacuterea

(tabela 23) relacionados agrave assistecircncia teacutecnica Natildeo se deve considerar a agricultura

apenas como uma arte para natildeo se tornar uma questatildeo empiacuterica natildeo trata-la

somente como ciecircncia para natildeo ser um simples teoacuterico e natildeo se tornar um

mercador tratando-a exclusivamente como um negoacutecio

130

Deve-se mostrar ao produtor rural uma metodologia proacutepria de

coleta de registro de dados o que eacute fundamental para o processamento das

informaccedilotildees e posterior anaacutelise dos resultados Alem disso oportunizar o

conhecimento de conceitos fundamentais de custos de produccedilatildeo salientando cada

componente que propicia esse tipo de formulaccedilatildeo servindo de paracircmetro de

avaliaccedilatildeo e de sua consequumlecircncia relativa a comportamentos individuais dos

componentes Para Streeter (1988) a universidade puacuteblica deveria estar agrave frente

desse processo para ensinar aos produtores rurais todas as inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

assim como os conceitos metodoloacutegicos atraveacutes da pesquisa do ensino e da

extensatildeo

2) Vocaccedilatildeo para o negoacutecio

gt Considerando que 272 (907) exploram os imoacuteveis proacuteprios (tabela 10) dos quais 166 (553) foram comprados (tabela 9) pode-se inferir que os

agricultores tecircm interesse pelo negoacutecio e estatildeo vocacionados para esta atividade econocircmica

gt Necessaacuterio se faz instrumentalizaacute-los para renderem o maacuteximo proporcionando programas de extensatildeo oferecidos pelas universidades jaacute que a Emater e as cooperativas vem cumprindo sua parte podendo ainda

melhorar em especial a Emater que assiste pouco mais de 10 dos agricultores conforme tabela 24

A necessidade de procurar fazer sempre o melhor a cada dia estaacute no

fato de que natildeo existe mais espaccedilo para os incompetentes A realidade hoje requer

produtores com conhecimento ou que saibam onde buscar esses conhecimentos

conforme tabela 23 que enfatiza a importacircncia da assistecircncia teacutecnica para a

realizaccedilatildeo das funccedilotildees certas com as soluccedilotildees exatas para cada problema

Nesta perspectiva de trabalho busca-se exprimir alguns passos de

instrumentalizaccedilatildeo procurando aumentar a eficiecircncia na atividade agropecuaacuteria

para que cada um trabalhe com base em um planejamento eficaz da propriedade

analisando todos os processos e resultados obtidos com cada atividade

desenvolvida e tentar melhoraacute-la o maacuteximo possiacutevel

131

3) Infra-estrutura

gt As propriedades apresentam boa infra-estrutura (tabela 1112) em relaccedilatildeo agrave energia eleacutetrica aacutegua encanada veiacuteculos etc e se localizam em meacutedia a 27

km da cidade (tabela 8) podendo oferecer oacutetimas condiccedilotildees de moradia para as proacuteximas geraccedilotildees Depois de formados (atualmente somente 13 dos

agricultores residem nos imoacuteveis) poderatildeo residir no imoacutevel facilitando o acompanhamento e desenvolvimento das atividades exercidas nas

propriedades porque estaratildeo diariamente no gerenciamento da empresa

Para Barberato (2001) a agricultura eacute atividade de risco sujeita a

intempeacuteries e frustraccedilotildees e natildeo daacute a seguranccedila do emprego na zona urbana Para

se encaixar no mercado de trabalho o jovem da zona rural estaacute sendo incentivado

pelos proacuteprios pais a estudar mais e concluiacuter pelo menos o segundo grau Quando

isso acontece os pais incentivadores da formaccedilatildeo educacional se assustam mas

continuam tocando a vida na esperanccedila de que um dia um dos filhos volte e tome

conta do negoacutecio mesmo que agrave distacircncia porque acreditam que ldquoquem nasce no

campo natildeo esquece sua raizrdquo

4) Atividade uacutenica

gt Quase 50 (tabela 13) dos produtores dependem unicamente das rendas obtidas das atividades rurais e 55 contam com a ajuda da mulher e filhos

revelando que a busca da eficiecircncia para produzir e vender satildeo fatores determinantes no sucesso do negoacutecio

gt Outra variaacutevel importante nessa anaacutelise eacute que quase 80 dos agricultores (tabela 04) satildeo casados aumentando ainda mais sua responsabilidade

financeira para a manutenccedilatildeo da famiacutelia

Para Koslovski (2002) eacute atraveacutes da profissionalizaccedilatildeo das atividades agropecuaacuterias que o produtor poderaacute utilizar novas tecnologia

aumentar a produtividade e reduzir os custos adequando-se agraves exigecircncias do mercado Essas exigecircncias satildeo grandes entraves em especial para o pequeno

produtor geralmente mais carentes em recursos e conhecimentos Felizmente as iniciativas de oacutergatildeos como o IAPAR EMBRAPA

SENAR e outros permitem que esses agricultores tenham acesso as novas

132

tecnoloacutegicas ao conhecimento e agraves novas oportunidades oferecidas pelo mercado

Eacute essencial que todos tenham acesso aos treinamentos agrave assistecircncia teacutecnica e ao

creacutedito rural para que se profissionalizem e que aos seus filhos seja garantida

educaccedilatildeo de primeira qualidade para que se tornem cidadatildeos capazes de executar

novos empreendimentos no campo (KOSLOVSKI 2002)

5) Pequenos produtores

gt Dentro da amostra dos produtores que cultivam soja eou milho eou cafeacute 124 (413) tecircm aacutereas com ateacute 1983 alqueires (tabela 07) natildeo havendo competitividade na venda dos produtos in natura pela falta de escala

precisam buscar alternativas tais como (a) agregar valores aos produtos atraveacutes da agroinduacutestrializaccedilatildeo

(b) formaccedilatildeo de cooperativas para venda de grandes lotes ou tentar encurtar o canal de comercializaccedilatildeo evitando negociar com intermediaacuterios vendendo

sua produccedilatildeo direto ao consumidor final

Segundo Barberato (2001) Londrina tem uma produccedilatildeo

diversificada que se inicia com o ldquoantigordquo cafeacute que voltou a ser cultivado no modelo

adensado nos uacuteltimos anos trazendo expectativa de novos rendimentos passando

por commodities como a soja ateacute a agroinduacutestria que representa uma nova

alternativa de renda especialmente agraves pequenas propriedades Mesmo em uma

regiatildeo em que predominam pequenas propriedades que tecircm dificuldades na

produtividade pela falta de escala as culturas mais cultivadas ainda satildeo da soja

milho cafeacute

O pequeno agricultor no Brasil sempre teve poucas chances de

poder escoar seus produtos sem a ajuda de intermediaacuterios ou o enfrentamento da

competiccedilatildeo com os grandes produtores A agroinduacutestria familiar - com a fabricaccedilatildeo

de produtos caseiros em meacutedia escala para venda direta ao consumidor ou atraveacutes

de associaccedilatildeo de pequenos produtores - pode ser a soluccedilatildeo para este segmento

O Secretaacuterio da Agricultura do Municiacutepio de Londrina ressalta que a

agroinduacutestria estaacute se ampliando mostrando que haacute uma produccedilatildeo meacutedia de 30 itens

advindos de produtos agriacutecolas como o accediluacutecar mascavo vinhos e licores compotas

sucos embutidos e defumados adubo orgacircnico mel entre outros Enfatiza

tambeacutem que nos distritos do Municiacutepio foram formados Conselhos com objetivo de

atuarem na zona rural natildeo soacute no que diz respeito agrave produccedilatildeo agriacutecola mas tambeacutem

133

na organizaccedilatildeo dos produtos e capacitaccedilatildeo e treinamentos dos produtores

(BARBERATO 2001)

6) Matildeo-de-obra utilizada

gt Mais de 50 dos produtores (tabela 14) manteacutem empregados fixos na propriedade - em meacutedia 318 empregados por propriedade - fator importante

socialmente porque a fixaccedilatildeo dos empregados na aacuterea rural com registro em carteira recebendo salaacuterios e todos os encargos sociais e trabalhistas diminui e minimiza os cinturotildees de pobreza nos centros urbanos Como

consequecircncia reduz as favelas a criminalidade e a prostituiccedilatildeo com alternativas de sobrevivecircncia para famiacutelias analfabetas e sem emprego no meio urbano que deixam a aacuterea rural para se aventurarem nas grandes

cidades

Aleacutem da importacircncia social a matildeo de obra no

meio rural tambeacutem eacute a que mais contribui quando se verifica o efeito renda conforme levantamento da FAEP -

Federaccedilatildeo Paranaense de Agricultura (2002) para explicar na teoria o que se observa no interior do Paranaacute Baseado

em estudos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social ndash BNDES o relatoacuterio explica que a agricultura eacute a atividade que mais gera emprego ldquoefeito

rendardquo ou seja a agricultura eacute o setor com maior potencial para abrir vagas no mercado de trabalho em outros

segmentos da economia Eacute o que os especialistas chamam de ldquoefeito multiplicadorrdquo

O emprego efeito renda surge em decorrecircncia de um bom desempenho de determinado ramo de atividade econocircmica No caso da lavoura se a produccedilatildeo do campo

vai bem o comeacutercio e os serviccedilos tambeacutem lucram Eacute a loja de eletrodomeacutesticos que vende mais o restaurante que

atende mais satildeo estabelecimentos que para dar conta da demanda acabam contratando mais gente

Para chegar a essa conclusatildeo o BNDES simulou a realizaccedilatildeo de investimentos de R$10 milhotildees em

41 atividades econocircmicas (agricultura induacutestria e seus

134

segmentos) Calculou quantas vagas esses R$ 10 milhotildees conseguiriam abrir no mercado de trabalho Em empregos

diretos a induacutestria de vestuaacuterio fica na frente da agricultura ndash na simulaccedilatildeo seriam 1080 novas vagas da

primeira contra 620 da atividade agriacutecola Mas no emprego efeito-renda a lavoura eacute a que mais propicia oportunidade de trabalho para os demais setores da economia Seriam 387 empregos para um investimento de R$ 10 milhotildees

contra 327 das faacutebricas de roupas em aplicaccedilatildeo de recursos idecircntica Os segmentos da induacutestria com maior potencial no ldquoefeito rendardquo satildeo aqueles que transformam mateacuteria prima produzida no campo A industria do cafeacute

dos oacuteleos vegetais de laticiacutenios e as refinarias de accediluacutecar

7) Entraves econocircmicos

gt A interferecircncia do governo brasileiro nos tratados comerciais entre as naccedilotildees para a eliminaccedilatildeo das tarifas alfandegaacuterias e dos subsiacutedios dados

pelos paiacuteses ricos aos agricultores aleacutem de vantajoso para todos conforme demonstra o graacutefico 16 pelos dados do FMI eacute importante para o agricultor

brasileiro uma vez que nossa participaccedilatildeo no comeacutercio mundial de produtos agriacutecolas eacute de 3 do total comercializado Mesmo assim o agribusiness

brasileiro vem crescendo em especial nos segmentos da soja laranja accediluacutecar carnes etc

Por mais difiacutecil e injusto que pareccedila se for considerada a benesse

ofertada aos produtores dos paiacuteses do primeiro mundo conforme se verificou no

graacutefico 16 a eficiecircncia do meio rural brasileiro teraacute de ser conseguida pelo proacuteprio

produtor - sem subsiacutedios com pouco creacutedito - conforme se verificou na tabela 22

em que 50 dos produtores ainda necessitam de financiamento mesmo pagando

altos juros e tambeacutem menos protecionismo enfim com menor ajuda do governo

Portanto os escassos insumos materiais teratildeo que ser potencializados com a

melhoria da capacidade administrativa e do conhecimento do produtor rural

Embora os uacuteltimos governos do Brasil tenham dado muito pouco ou

quase nada de proteccedilatildeo ou subsidio aos produtores rurais se comparado com os

27 paiacuteses da OCDE ndash Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econocircmico

ndash que em 1998 gastaram 362 bilhotildees de doacutelares (graacutefico 16) com diferentes formas

135

de proteccedilatildeo a seus agricultores o paiacutes estaacute entre os trecircs primeiros exportadores

mundiais de cafeacute suco de laranja accediluacutecar e do complexo de soja sem falar em

carnes fumo mandioca e outros produtos Apesar da pequena participaccedilatildeo no

comeacutercio mundial de produtos agriacutecolas algo em torno de 3 do total eacute este o

uacutenico setor que salva nossa balanccedila comercial Ano apoacutes ano o saldo comercial do

agribusiness vem crescendo enquanto que no conjunto o deacuteficit geral eacute alarmante

De qualquer maneira entre os que estudam os problemas agriacutecolas existe quase uma unanimidade de que - em niacutevel mundial - tanto os produtores agriacutecolas como os consumidores satildeo os mais prejudicados com o excesso de intervenccedilatildeo A conclusatildeo baacutesica dos estudiosos eacute que o excesso

de intervenccedilatildeo prejudica o esforccedilo global de desenvolvimento (graacutefico 17) porque restringe as exportaccedilotildees da grande maioria das naccedilotildees pobres ou em

desenvolvimento traz crescentes doses de sacrifiacutecios para as populaccedilotildees envolvidas e provoca uma reduccedilatildeo consideraacutevel no consumo de alimentos

em funccedilatildeo da manutenccedilatildeo de preccedilos artificialmente elevados nos mercados domeacutesticos atendendo a interesses econocircmicos das naccedilotildees mais ricas e

desenvolvidas

8) Diversificaccedilatildeo com especializaccedilatildeo

gt Por se tratar de atividade de risco feita a ceacuteu aberto o produtor deve diversificar as atividades buscando soluccedilotildees com os profissionais da aacuterea (tabela 23) que disporatildeo de informaccedilotildees teacutecnicas adequadas para ajudar o

produtor no desenvolvimento da atividade desejada

A agricultura vive de custos de oportunidades ou seja o produtor

deve sempre tomar as decisotildees de forma a utilizar melhor os fatores de produccedilatildeo

que satildeo basicamente a terra a matildeo de obra e o capital que andam lado a lado para

o bom aproveitamento Para tornar a empresa rural eficiente o produtor deve

tambeacutem buscar a diversificaccedilatildeo das atividades com especializaccedilatildeo o que significa

saber administrar a complexidade de algumas atividades e com a responsabilidade

de produziacute-las com qualidade na busca da lucratividade A monocultura pelos

riscos inerentes agraves atividades pode ser perigosa

136

9) Racionalizaccedilatildeo no uso dos maquinaacuterios

gt As aquisiccedilotildees dos maquinaacuterios soacute satildeo vaacutelidas se for para utilizar sua capacidade maacutexima pois eles parados oneram os custos (tabela 20)

gt O Brasil eacute um dos poucos paiacuteses que ainda pode melhorar muito natildeo soacute no aumento da produtividade como tambeacutem na expansatildeo das aacutereas

agricultaacuteveis

Para muitos agricultores significa tambeacutem que aqueles

investimentos que ldquocustam muito e satildeo utilizados poucordquo onerando o produto pela

ociosidade dos maquinaacuterios teratildeo de ser repensados na sua forma de uma

utilizaccedilatildeo mais intensa E para adquirir o maquinaacuterio deve-se fazer uma anaacutelise

com relaccedilatildeo ao seu custondashbenefiacutecio e ponderar se justifica sua aquisiccedilatildeo soacute em

sociedade ou ainda a alternativa de contratar os serviccedilos das maacutequinas que seratildeo

utilizadas no processo produtivo alternativa esta muito utilizada pelos produtores

que natildeo tecircm possibilidade de adquirir a maacutequina conforme verifica-se na tabela 20

onde frac14 dos produtores disseram natildeo ter maquinaacuterios embora tenham apresentado

boa produtividade em especial no cultivo da soja conforme demonstra a tabela 36

10) Busca da modernizaccedilatildeo

gt Fazer do agricultor um empresaacuterio que poderaacute administrar a propriedade rural de forma mais profissional tornando-a uma empresa rural

A agricultura brasileira pelas proacuteprias caracteriacutesticas da nossa

economia precisa de produtores profissionais para manter suas atividades com os

proacuteprios recursos Outrora quando o agricultor precisava de recursos financeiros

para custear sua produccedilatildeo agriacutecola obtinha empreacutestimo subsidiado pelo governo

Ou ainda quando queria vender sua produccedilatildeo procurava a CFP ndash Comissatildeo de

Financiamento da Produccedilatildeo - hoje Conab e entregava os seus produtos pelos bons

preccedilos que o governo determinava Isso dava uma grande seguranccedila para o

agricultor mas fechava as portas agrave comercializaccedilatildeo O produtor natildeo tinha que se

preocupar com a utilizaccedilatildeo eficiente dos bens de produccedilatildeo praacutetica ainda muito

utilizada pelo Japatildeo e paiacuteses da Europa conforme expressa o graacutefico 16 que tecircm

grande parte de sua produccedilatildeo agriacutecola subsidiada pelo governo

137

Sem duacutevida o primeiro passo para a modernizaccedilatildeo da agricultura eacute

tornar o agricultor um empresaacuterio como mostra a produtividade conseguida pelo

agricultor com alta escolaridade (tabela 311) que poderaacute administrar a propriedade

rural de forma mais profissional tornando-a uma empresa rural

11) Evitar financiamento

gt O dinheiro existente nos bancos tem um alto custo e 50 dos produtores ainda necessitam de financiamento (tabela 22) para o cultivo das safras A

soluccedilatildeo eacute agrave busca da auto-suficiecircncia financeira atraveacutes da eficiecircncia

A eficiecircncia que conduziraacute a emancipaccedilatildeo dos agricultores somente seraacute possiacutevel se for precedida de uma boa educaccedilatildeo As escolas

rurais que nos uacuteltimos foram gradativamente sendo reduzidas no Municiacutepio de Londrina na verdade deveria formar cidadatildeos com mais auto-confianccedila e auto-suficiecircncia teacutecnica de modo a fazer com que o patrimocircnio de sua famiacutelia fosse auto-sustentaacutevel A educaccedilatildeo baacutesica rural deveria ter um caraacuteter mais

instrumental proporcionando aos alunos conteuacutedos uacuteteis que possam aplicar na correccedilatildeo e soluccedilatildeo dos problemas que ocorrem nos negoacutecios nas

propriedades e mesmo na sua comunidade Para Souza (1999) os creacuteditos para custeio e para investimentos

precisam ser relativamente abundantes e a taxa de juros mais baixa a fim de

estimular a produccedilatildeo e a modernizaccedilatildeo sobretudo no caso dos pequenos

produtores e das culturas do mercado interno

12) Acompanhamento dos preccedilos

gt Ter habilidade para comprar bem os insumos e vender satisfatoriamente a produccedilatildeo determina o sucesso dos negoacutecios no meio rural

Nesse momento de profundas modificaccedilotildees no perfil do agricultor

deve-se buscar sempre a diminuiccedilatildeo dos custos pois eacute a forma que se tem de

aumentar a rentabilidade dentro da propriedade Essa reduccedilatildeo nos custos comeccedila

no planejamento adequado da propriedade atraveacutes da montagem de sistemas de

produccedilatildeo capazes de produzir com alta qualidade e escala de produccedilatildeo com o

miacutenimo de custo possiacutevel sem prejuiacutezo na atividade com uso de teacutecnicas

138

adequadas para cada tipo de produtor Crepaldi (1993) enfatiza que no atual

estaacutegio de desenvolvimento da agricultura brasileira o custo de produccedilatildeo eacute bastante

elevado em funccedilatildeo das fortes doses de adubaccedilatildeo sementes selecionadas e

defensivos agriacutecolas empregados nas culturas por serem insumos importados e de

alto custo para o produtor rural

Mas natildeo eacute apenas na diminuiccedilatildeo de custos que se pode trabalhar

Existe outro fator que eacute o aumento do rendimento que deveraacute ser compatiacutevel com o

custo o aumento do rendimento ou da produtividade de uma atividade agriacutecola

deveraacute ser maior que o custo realizado Isto se reflete muitas vezes quando os

produtores tecircm baixo poder aquisitivo ou restriccedilatildeo orccedilamentaacuteria devendo estes

definir em que produto ou operaccedilatildeo colocar o dinheiro disponiacutevel para que renda o

maacuteximo possiacutevel Quem natildeo tiver habilidade para comprar bem seus insumos e

vender satisfatoriamente sua produccedilatildeo certamente teraacute dificuldades para

sobreviver no negoacutecio conforme se verifica na preocupaccedilatildeo do agricultor em

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos (tabela 29)

13) Mercado futuro via cooperativas

gt Uso do mercado futuro para minimizar os riscos nas oscilaccedilotildees dos preccedilos - quando o preccedilo for interessante

gt O produtor pode negociar a produccedilatildeo atraveacutes do quadro de funcionaacuterios especializados das cooperativas

Para reduzir o risco de oscilaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos na hora

de vender a produccedilatildeo o produtor poderaacute buscar o mercado futuro obviamente

quando os preccedilos lhes forem favoraacuteveis Natildeo deve esperar que a BMampF vaacute atraacutes de

cada um para explicar como funciona conforme identificou-se nas tabelas 314

324 334 e 344 Verificou-se uma baixa demanda desse mercado pelo produtor

exatamente pela sua falta de conhecimento nesse tipo de negoacutecio

Conforme ressalta Souza (1995) a melhor alternativa de acesso dos

produtores rurais ao mercado futuro poderaacute ser feito via cooperativas com a

utilizaccedilatildeo do seu quadro de funcionaacuterios especializados Elas poderiam fazer todo o

controle dos ajustes diaacuterios e burocraacuteticos das negociaccedilotildees e tambeacutem manter o

produtor informado por meio de editais ou outro mecanismo de comunicaccedilatildeo sobre

as cotaccedilotildees e preccedilos dos produtos nos mercados

139

14) Agricultura sustentaacutevel

gt Talvez seja a uacutenica alternativa para a preservaccedilatildeo da espeacutecie humana na terra

gt Eacute possiacutevel e depende do homem do campo porquanto gt A necessidade do uso adequado e racional dos agrotoacutexicos na produccedilatildeo

dos alimentos eacute fundamental para evitar o envenenamento natildeo soacute do produtor ao aplicaacute-lo mas tambeacutem da populaccedilatildeo urbana ao consumiacute-lo

gt A importacircncia da preservaccedilatildeo do solo com manejo adequado das culturas mantendo intacta as matas ciliares e conservando as curvas de niacuteveis das

propriedades evitaraacute a perda da terra feacutertil e consequumlentemente o assoreamento dos rios

gt A preocupaccedilatildeo em evitar ao maacuteximo as queimadas na abertura de novas

fronteiras agriacutecolas na busca de rapidez para a utilizaccedilatildeo da terra porque aleacutem de

degradar o solo contribui para aumentar o buraco na camada de ozocircnio da

atmosfera

Essas atitudes que dependem exclusivamente do produtor rural satildeo viaacuteveis permitem a praacutetica de atividades agriacutecolas economicamente

rentaacuteveis preservam o meio ambiente e por consequumlecircncia melhoram a qualidade de vida do homem na terra

Aliando as atividades agriacutecolas economicamente ativas com a

conservaccedilatildeo e a preservaccedilatildeo ambiental proporcionam-se condiccedilotildees para produzir

cada vez mais Eacute o que se denomina agricultura sustentaacutevel sendo tecnicamente

correta economicamente viaacutevel ambientalmente aceitaacutevel e socialmente justa

Sabe-se que o produtor brasileiro natildeo tem tanta preocupaccedilatildeo com

a conservaccedilatildeo do solo e tambeacutem com a preservaccedilatildeo ambiental e isso pode ser

maleacutefico ao longo do tempo prejudicando a sobrevivecircncia das proacuteximas geraccedilotildees

Falhas detectadas na camada de ozocircnio em razatildeo das queimadas

assoreamento dos rios pelo desconhecimento no preparo das lavouras uso

inadequado dos agrotoacutexicos poluindo os mananciais e nascentes de rios satildeo alguns

exemplos que podem ser citados

O Brasil dispotildee de condiccedilotildees ideais para aproveitar um novo

segmento do mercado agriacutecola mundial que estaacute crescendo de forma acelerada

principalmente nos paiacuteses desenvolvidos e que jaacute movimenta mais de US$20

140

bilhotildees por ano a ldquoagricultura natural ou bioloacutegicardquo Essa cadeia produtiva envolve

produtos que vatildeo do cafeacute aos diversos tipos de cereais e carnes dependendo do

produto e do paiacutes os consumidores estatildeo dispostos a pagar precircmio de ateacute 200

sobre o preccedilo do produto comum O Brasil dispotildee do maior rebanho bovino ldquoverderdquo

no mundo e vaacuterios locais jaacute produzindo produtos naturais

Rodrigues (2000) citando Lester Brown presidente do Worldwatch

Institute em recente discurso em um congresso para agricultores europeus

defendeu a hipoacutetese de que ateacute o ano 2020 a oferta de alimentos mundial cresceraacute

menos que a populaccedilatildeo o que aumentaria o preccedilo meacutedio dos produtos agriacutecolas

Usou como argumento que a tecnologia agronocircmica natildeo permitiraacute saltos de

produtividade como os obtidos ateacute agora e ainda as aacutereas agricultaacuteveis estatildeo

diminuindo juntamente com a escassez de aacutegua para irrigaccedilatildeo Pereira (1999)

ressalta que o Brasil eacute um dos poucos paiacuteses com capacidade de expandir sua

produccedilatildeo seja pelo aumento da aacuterea plantada e pelo incremento da produccedilatildeo

Para Casado (2003) o Brasil precisa investir na infra-estrutura em

especial para o escoamento da produccedilatildeo entende que apesar da imensidatildeo

territorial e das ainda precaacuterias condiccedilotildees logiacutesticas a privatizaccedilatildeo dos meios de

transportes e da rede de armazenagem aos poucos tece a malha de infra-estrutura

que garantiraacute o escoamento das safras Eacute a iniciativa privada em busca de soluccedilotildees

para o desenvolvimento da nossa naccedilatildeo

O agribusiness brasileiro pode ter um futuro promissor Segundo

Rodrigues (2000) o potencial do agronegoacutecio nacional em termos de aacuterea

cultivaacutevel impressiona A aacuterea total de mais de 210 milhotildees de hectares (24 do

territoacuterio nacional) da regiatildeo dos cerrados equivale agrave metade da aacuterea total do

Meacutexico Eacute nela ainda estatildeo inexplorados cerca de 90 milhotildees de hectares uma aacuterea

equivalente agrave China e EUA que satildeo os dois maiores produtores mundiais de gratildeos

Neste contexto o Brasil tem condiccedilotildees de operar em larga escala no

agronegoacutecio internacional pois eacute o uacutenico paiacutes no mundo com uma infraestrutura

razoaacutevel que dispotildee em abundacircncia do fator produccedilatildeo mais escasso em escala

mundial terra agricultaacutevel Eacute necessaacuterio portanto que se busque o maacuteximo de

eficiecircncia em todos os elos da cadeia produtiva e que o governo crie um ambiente

econocircmico favoraacutevel para que o agribusiness nacional possa operar com seguranccedila

e competitividade na conquista de novos mercados e que procure ainda com mais

vigor e determinaccedilatildeo eliminar as distorccedilotildees que afetam o comercio internacional

141

Diante deste prognoacutestico pode-se afirmar que o Brasil eacute uma

exceccedilatildeo neste cenaacuterio e poderaacute ser a grande forccedila produtora deste seacuteculo que se

inicia O paiacutes possui mais de 150 milhotildees de hectares o que corresponde a 62

milhotildees de alqueires paulistas de terras agricultaacuteveis das quais satildeo ocupadas

atualmente somente 13 aleacutem da maior reserva de aacutegua doce do planeta (19

estatildeo no Brasil) Isso sem contar a produtividade que ainda pode ser melhorada

atraveacutes da educaccedilatildeo do agricultor brasileiro Ravanello (2002) afirma que o Brasil

tem potencial para se transformar no verdadeiro celeiro do mundo neste seacuteculo que

se inicia

Pode-se afirmar que o paiacutes dispotildee de todas as condiccedilotildees para

melhorar agregando valor aos produtos industrializando marcas etc e por

consequumlecircncia melhorando a vida do povo brasileiro Haacute de se ressaltar entretanto

que isso natildeo seraacute dado gratuitamente Eacute necessaacuterio muito trabalho e muita

dedicaccedilatildeo de todos e em especial muita seriedade e honestidade dos governantes

no trato com as coisas que satildeo puacuteblicas para que se possa oferecer para nossos

filhos e nossos netos um verdadeiro Paiacutes de Primeiro Mundo

REFEREcircNCIAS

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148

SOUKI Gustavo Q XISTO EMS SALAZAR German T Reflexotildees sobre o custo de oportunidade da informaccedilatildeo no setor agropecuaacuterio In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 37 1999 Foz do Iguaccedilu Anais Brasiacutelia Sober 1999 v2 SORIMA NETO Joatildeo EDWARD Joseacute O Brasil que aguumlenta o tranco Veja Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 1598 v32 n20 p122-127 maio 1999

SOUZA Nali de Jesus Desenvolvimento Econocircmico 4ed Satildeo Paulo Atlas 1999 SOUZA Warli anjos de O mercado futuro como instrumento de comercializaccedilatildeo para o empresaacuterio rural 1995 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Economia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Piracicaba STREETER DH Electronic information public or private good New York Agribusiness1988 TAVARES Carlos Eduardo Cruz Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbr gt Acesso em 19 fev 2003 TEIXEIRA Elizete Antunes CASTRO JR Luiz Gonzaga Composiccedilotildees de Portfolios em mercados futuros agropecuaacuterios para periacuteodos de safra e entressafra In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 40 2002 Passo Fundo Anais Brasiacutelia Sober 2002 TIMMER Peter Agriculture and economic development revisited Agricultural Systems Essex v40 p21-58 1992 TSUNECHIRO Alfredo O desempenho dos mercados a termo os casos do cafeacute soja e boi gordo na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo 1983 Dissertaccedilatildeo (Mestrado Economia) ndash FEA USP Satildeo Paulo TUNG Nguyen H Planejamento e controle financeiro das empresas agropecuaacuterias Satildeo Paulo Ediccedilotildees Universidade-empresa 1990 WILLIAMS L Long-Term secrets to short-Term trading New York John Wiley amp Sons 1999 WORKING H New Concepts concerning futures markets and prices The American Economic Review Nashville v52 n3 p431-459 June 1962

149

ANEXOS

ANEXO A PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE SOJA NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES Ha

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR Ha

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR Ha

1993 10635 22590 2124 3540 1994 11525 24931 2163 3605 1995 11675 25682 2199 3666 1996 10291 23155 2250 3750 1997 11486 26391 2297 3829 1998 13303 31307 2353 3922 1999 13061 30987 2372 3954 2000 13640 32734 2399 3999 2001 13931 37686 2705 4508 2002 15815 41658 2634 4390 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003 PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE MILHO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 11869 30055 2532 4220 1994 13748 32487 2363 3938 1995 13946 32266 2313 3856 1996 11933 29589 2479 4132 1997 12562 32948 2622 4371 1998 10585 29601 2796 4660 1999 11611 32239 2776 4627 2000 11614 31879 2744 4574 2001 12377 41456 3349 5582 2002 11802 37164 3148 5248 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003 PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE CAFEacute BENEFICIADO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilSACAS 60 KG BENEFIC PHA

1993 2273 2555 1124 1873 1994 2109 2612 1238 2064 1995 1980 1858 0938 1563 1996 1929 2685 1391 2319 1997 2000 2341 1170 1950

150

1998 2085 3450 1654 2757 1999 2207 3260 1477 2461 2000 2274 3651 1605 2675 2001 2353 1918 0815 1358 2002 2367 2390 1009 1682 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003

ANEXO B PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE SOJA NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 2000 4720 2360 3933 1994 2110 5327 2525 4208 1995 2120 5535 2610 4350 1996 2311 6241 2700 4500 1997 2496 6566 2629 4381 1998 2820 7191 2550 4250 1999 2769 7723 2789 4648 2000 2835 7134 2516 4193 2001 2764 8294 3000 5000 2002 3200 9278 2899 4831 Fonte CONAB ndash lt wwwconabgovbr gt acesso em 15042003 PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE MILHO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 2689 7760 2886 4810 1994 2881 8129 2822 4703 1995 2750 9180 3338 5563 1996 2440 7914 3243 5405 1997 2525 8164 3233 5388 1998 2254 7404 3285 5475 1999 2549 8461 3319 5532 2000 2668 7038 2638 4397 2001 2789 11870 4256 7093 2002 2490 9360 3759 6265 Fonte CONAB ndash lt wwwconabgovbr gt acesso em 15042003 PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE CAFEacute BENEFICIADO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

151

ANO

AacuteREA ndash EM MIL HA

PRODUCcedilAtildeO EM MIL KGSCOC0 PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilSACAS 60 KG BENEFIC PHA

1993 220 193 878 732 1994 184 163 889 740 1995 37 20 546 455 1996 135 154 1139 949 1997 128 219 1717 1430 1998 128 271 2117 1764 1999 138 287 2068 1723 2000 142 265 1863 1552 2001 63 56 889 740 2002 128 145 1132 943 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15042003

ANEXO C SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO97 PARA

ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31031998 ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011097 1119 2 021097 1117 3 031097 1125 4 061097 1129 5 071097 1135 6 081097 1141 7 091097 1144 8 101097 1175 9 131097 1218

10 141097 1220 11 151097 1225 12 161097 1233 13 171097 1228 14 201097 1226 15 211097 1239 16 221097 1242 17 231097 1250 18 241097 1282 19 271097 1313 20 281097 1315 21 291097 1313 22 301097 1392 23 311097 1289 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1217

152

Fonte Boletim da BMampF

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1356 1384 1370 2 1320 1348 1334 3 1342 1360 1351 4 1350 1372 1361 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1354

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO98 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31031999

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011098 1086 2 021098 1091 3 051098 1094 4 061098 1095 5 071098 1096 6 081098 1097 7 091098 1120 8 131098 1124 9 141098 1107

10 151098 1106 11 161098 1108 12 191098 1106 13 201098 1110 14 211098 1115 15 221098 1124 16 231098 1115 17 261098 1115 18 271098 1112 19 281098 1115 20 291098 1116 21 301098 1116 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1108

Fonte Boletim da BMampF

153

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1620 1740 1680 2 1602 1628 1615 3 1580 1600 1590 4 1582 1636 1609 5 1586 1647 1617 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1622

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032000

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011099 1046 2 041099 1044 3 051099 1042 4 061099 1045 5 071099 1049 6 081099 1054 7 111099 1059 8 131099 1056 9 141099 1060

10 151099 1061 11 181099 1062 12 191099 1065 13 201099 1060 14 211099 1051 15 221099 1047 16 251099 1051 17 261099 1052 18 271099 1042 19 281099 1053 20 291099 1050 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1052

Fonte Boletim da BMampF

154

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO00

PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1766 1796 1781 2 1700 1738 1719 3 1700 1740 1720 4 1700 1744 1722 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1736

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032001

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011000 2 041000 3 051000 4 061000 5 071000 Embora natildeo tenha 6 081000 havido negociaccedilatildeo 7 111000 em outubro2000 8 131000 para fechamento em 9 141000 Marccedilo2001 o

10 151000 valor da soja 11 181000 estava fixado em 12 191000 R$ 1060 13 201000 14 211000 15 221000 16 251000 17 261000 18 19 281000

271000

20 291000 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1060

Fonte Boletim da BMampF

155

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1650 1700 1675 2 1650 1700 1675 3 1626 1696 1661 4 1638 1672 1655 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1667

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032002

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011001 2 041001 3 051001 4 061001 5 071001 6 081001 7 111001 A BMampF natildeo 8 131001 tinha disponiacutevel 9 141001 as operaccedilotildees

10 151001 realizadas em 11 181001 outubro de 2001 12 191001 para fechamento 13 201001 em marccedilo2002 14 211001 15 221001 16 251001 17 261001 18 271001 19 281001 20 291001 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

Fonte Boletim da BMampF

156

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1925 2010 1968 2 1996 2044 2020 3 4 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1994

Fonte Deral

ANEXO D

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO97 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310398

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 010997 759 2 020907 759 3 030997 762 4 040997 781 5 050997 777 6 080997 780 7 090997 780 8 100997 770 9 110997 771

10 120997 781 11 150997 788 12 160997 789 13 170997 789 14 180997 779 15 190997 776 16 220997 775 17 230997 772 18 240997 775 19 250997 770 20 260997 783 21 290997 780 22 300997 780 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 776

Fonte Boletim da BMampF

157

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 750 780 765 2 750 780 765 3 750 780 765 4 760 800 780 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 769

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO98 PARA

ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310399

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 010998 700 2 020998 695 3 030998 693 4 040998 690 5 080998 693 6 090998 687 7 100998 687 8 110998 680 9 140998 663

10 150998 655 11 160998 655 12 170998 665 13 180998 665 14 210998 671 15 220998 672 16 230998 687 17 240998 679 18 250998 669 19 280998 664 20 290998 657 21 300998 663 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 676

Fonte Boletim da BMampF

158

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 844 890 867 2 856 908 882 3 860 920 890 4 860 920 890 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 882

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310300

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 010999 500 2 020999 504 3 030999 506 4 060999 507 5 080999 507 6 090999 511 7 100999 513 8 130999 510 9 140999 510

10 150999 510 11 160999 510 12 170999 510 13 210999 510 14 220999 507 15 270999 507 16 290999 505 17 300999 504 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 508

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO00 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

159

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1208 1280 1244 2 1220 1280 1250 3 1184 1254 1219 4 1180 1250 1215 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1232

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 210301

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 010900 600 2 110900 600 3 120900 600 4 190900 579 5 260900 567 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 589

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGOEM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 762 788 775 2 744 780 762 3 738 992 865 4 750 800 775 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 794

Fonte Deral

160

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 190302

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 050901 570 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 570

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1200 1240 1220 2 1200 1248 1224 3 4 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1222

Fonte Deral

161

ANEXO E

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO97 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230797

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 030197 14041 2 060197 13756 3 070197 14043 4 080197 14325 5 090197 14378 6 100197 14551 7 130197 14463 8 140197 14774 9 150197 14886

10 160197 14684 11 170197 14781 12 200197 14946 13 210197 15463 14 220197 15984 15 230197 16390 16 240197 15957 17 270197 15879 18 280197 15810 19 290197 16524 20 300197 16047 21 310197 15717 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 15308

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO97 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 19050

2 17200 18500 17850 3 16800 18000 17400 4 17000 18000 17500

18250 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 18010

1 18200 19900

5 17600 18900

Fonte Deral

162

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO98 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230798

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 020198 17350 2 050198 17689 3 060198 17513 4 070198 17391 5 080198 17933 6 090198 17764 7 120198 17354 8 130198 17464 9 140198 17442

10 150198 17196 11 160198 17137 12 190198 17110 13 200198 17377 14 210198 17555 15 220198

17448 17200

18 270198 17443 17612

21 300198 17508 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 17415

17125 16 230198 17 260198

17112 19 280198 20 290198

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) 1 10700 11700 11200

10910 3 10500 11200 10850 4 11000 11500 11250 5 11500 12080 11790

11200

2 10500 11320

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

Fonte Deral

163

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230799

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 040199 13900 2 050199 13650 3 060199 13625 4 080199 13725 5 110199 13650 6 120199 13592 7 130199 13575 8 140199 13600 9 150199 13000

10 180199 12637 11 190199 12380 12 200199 12495 13 210199 12347 14 220199 12200

12350 16 270199 12307

12155 18 290199 11946

15 260199

17 280199

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

12952

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) (MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 12800 14500 13650 2 12800 14200 13500 3 12800 14200 13500 4 13880 14600 14240 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 13723

Fonte Deral

164

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 210700

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 030100 14700 2 040100 14500 3 050100 14800 4 070100 14255 5 100100 14994 6 110100 14750 7 120100 14967 8 130100 14841 9 140100 14285

10 170100 13723 11 180100 14242 12 190100 14567

13926 14 210100 13828 15 240100 13768 16 260100 14100 17 270100 14000 18 280100 13897 19 310100 13699 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 14307

13 200100

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO00 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) 13250

2 13000 13600 13300 3 16800 19000 17900 4 13300 15100 14200

14638

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 13000 13500

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

Fonte Deral

165

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230701

PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO

1 030101 7555 2 080101 7720

7715 5 150101 8090 6 160101 8100 7 170101 8238

8175 9 220101 8232

10 230101 8362

12 260101 8058 13 290101 7828 14 300101 7559 15 310101 7548 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

3 100101 7660 4 110101

8 190101

11 240101 8289

7942

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 10320 10600 10460 2 10000 10300 10150 3 10000 10460 10230 4 10000 10500 10250 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 10273

Fonte Deral

166

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO02 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230702

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 5180

2 040102 5240 3 080102 5236

5450 5360

6 140102 5411 7 160102 5310

5269 9 240102 5290

10 280102 5169 5175

12 300102 5217 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

1 030102

4 100102 5 110102

8 230102

11 290102

5276

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 8500 8808 8654 2 8600 9100 8850 3 8840 9160 9000 4 8620 9100 8860 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 8841

Fonte Deral

167

QUESTIONAacuteRIO PARA PESQUISA

TIacuteTULO O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ

E COMERCIALIZA SOJA MILHO E CAFEacute E A SUA ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

1 - DADOS SOBRE O PERFIL DO PRODUTOR 11 ndash NOME DO PRODUTOR (NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIO)

________________________________________________________________

12 ndash SEXO ( ) MASCULINO ( ) FEMININO

13 ndash ESTADO CIVIL ( ) CASADO(A) ( ) SOLTEIRO(A) ( ) OUTROS

14 - DOS IMOacuteVEIS QUE EXPLORA

QUANTOS SAtildeO PROacutePRIOS ________________________________

15 - QUANTOS VOCEcirc EXPLORA COMO ARRENDATAacuteRIO PAGANDO

QUANTIDADES FIXAS DE SACAS OU $ ___________________________

16 - QUANTOS VOCEcirc EXPLORA EM REGIME DE PARCERIA PAGANDO UMA

PORCENTAGEM DAS SACAS COLHIDAS __________________________

17 ndash QUANTOS VOCEcirc EXPLORA EM REGIME DE COMODATO____________

18 ndash IDADE DO PRODUTOR(A) _______________________________ANOS

19 - ESCOLARIDADE ( ) 1ordm GRAU INCOMPLETO

( ) 1ordm GRAU COMPLETO

( ) 2ordm GRAU INCOMPLETO

( ) 2ordm GRAU COMPLETO

( ) SUPERIOR INCOMPLETO

( ) SUPCOMPLETO CURSO___________________

( ) POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM_____________________

168

110 - LOCAL DE MORADIA ( ) NA PROPRIEDADE ( ) NA CIDADE gt

111 - SE MORA NA CIDADE QUANTAS VEZES POR MEcircS VAI Agrave

PROPRIEDADE ___________________________________________VEZES

112 - QUAL Eacute A DISTAcircNCIA DA SEDE DA PROPRIEDADE COM RELACcedilAtildeO Agrave

RESIDEcircNCIA DO PRODUTOR EM QUILOMETROS _________QUILOMETROS

113 - ALEacuteM DAS ATIVIDADES RURAIS O AGRICULTOR TEM OUTRA FONTE

DE RENDA ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUAIS_______________________

____________________________ _____________________________________

114 - ALEacuteM DO RESPONSAacuteVEL PELA ADMINISTRACcedilAtildeO DA PROPRIEDADE

TEM OUTRAS PESSOAS DA FAMIacuteLIA QUE TRABALHAM NA PRODUCcedilAtildeO DAS

ATIVIDADES DO IMOacuteVEL

1141 - ESPOSA (O) ( ) NAtildeO ( ) SIM

1142 ndash FILHOS (AS) ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUANTOS______________

115 ndash NUacuteMERO DE PESSOAS DA FAMIacuteLIA (CONSIDERE SOMENTE ENTRE

ESPOSO ESPOSA E FILHOS) ________________________________________

116 ndash DENTRE OS MEMBROS DA FAMIacuteLIA CITADOS NO ITEM 115 ACIMA

QUANTOS ESTUDARAM SOMENTE EM ESCOLA PUacuteBLICA ______________

117 - VOCE ESTAacute NESTA ATIVIDADE COMO PRODUTOR EM FUNCcedilAtildeO DE

( ) AQUISICcedilAtildeO DA PROPRIEDADE ( ) SUCESSAtildeO NA FAMIacuteLIA

( ) PARTE DA AacuteREA COMO SUCESSAtildeO E PARTE ADQUIRIDA

( ) COMO ARRENDATAacuteRIO ( ) PARCEIRO ( ) COMODATAacuteRIO

118 - QUAL Eacute A DISTEcircNCIA DA SEDE DA PROPRIEDADE COM RELACcedilAtildeO Agrave

SEDE DO MUNICIPIO EM QUILOMETROS ______________QUILOMETROS

169

DADOS DA PROPRIEDADE (RESPONDA SIM OU NAtildeO) SIM NAtildeO

119 A PROPRIEDADE TEM ENERGIA ELETRICA DA COPEL

120 A PROPRIEDADE TEM ENERGIA ELETRICA PROacutePRIA

121 A PROPRIEDADE TEM APARELHO DE TELEVISAtildeO

122 A PROPRIEDADE TEM ANTENAS PARABOacuteLICAS

123 A PROPRIEDADE TEM VEICULOS MOTORIZADOS

124 A PROPRIEDADE TEM AacuteGUA ENCANADA

125 TEM COMPUTADOR NA PROPRIEDADE

126 TEM COMPUTADOR NA RESIDEcircNCIA DO PRODUTOR

2 - DADOS SOBRE A PRODUCcedilAtildeO ( DA UacuteLTIMA SAFRA ) 21 ndash AacuteREA TOTAL DO IMOacuteVEL QUE POSSUI EM ALQUEIRES _____________

2 4 ndash AacuteREA CULTIVADA COM MILHO SE PLANTOU EM ALQUEIRES_________

242 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA DO MILHO POR ALQUEIRE ____________________

22 ndash AacuteREA DO IMOacuteVEL PROacutePRIO CULTIVADA COM SOJA MILHO OU CAFEacute

EM ALQUEIRES_____________________________________

23 - AacuteREA DO IMOacuteVEL DE TERCEIROS CULTIVADA COM SOJA MILHO OU

CAFEacute EM ALQUEIRES_______________________________

241 ndash TOTAL DE SACAS MILHO (60 KGS) COLHIDO _____________________

25 ndash AacuteREA CULTIVADA COM SOJA SE PLANTOU EM ALQUEIRES_________

251 - TOTAL DE SACAS DE SOJA (60 KGS) COLHIDA____________________

252 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA DE SOJA POR ALQUEIRE______________________

170

26 ndash AacuteREA CULTIVADA COM CAFEacute SE COLHEU EM ALQUEIRES_________

261 - TOTAL DE SACAS CAFEacute COCO (40 KGS) COLHIDO________________

262 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA CAFEacute EM COCO POR ALQUEIRE ______________

27 - TEcircM OUTRAS ATIVIDADES DE PRODUCcedilAtildeO PARA RENDA

( ) NAtildeO ( ) SIM gt DISCRIMINE ABAIXO

ATIVIDADES AacuteREA PRODUCcedilAtildeO POR ALQUEIRE

____________________________ ____________ ______________________

____________________________ ___________ ________________________

28 ndash TEM MAQUINAacuteRIOS PROacutePRIOS ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

QUANTOS TRATORES __________ QUANTAS COLHEITADEIRAS___________

29 - QUAL A MEacuteDIA DE EMPREGADOS EFETIVOS COSTUMA MANTER NA(S)

PROPRIEDADE(S) ____________________________________

210 - EM EacutePOCAS DE PICOS DE SERVICcedilOS (PLANTIO E COLHEITA) ALEacuteM

DOS EMPREGADOS EFETIVOS CONTRATA MAtildeO DE OBRA TEMPORAacuteRIA

(VOLANTESBOacuteIAS-FRIAS) ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUANTOS_____________

210 ndash DEPENDE DE ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA PARA A EXPLORACcedilAtildeO DAS

ATIVIDADES ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

( ) DA EMATER ( ) DA COOPERATIVA ( ) DE PARTICULAR

211 ndash DEPENDE DE FINANCIAMENTO PARA CUSTEIO DAS SAFRAS

( ) SIM ( ) NAtildeO

171

3 - DADOS SOBRE A COMERCIALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO

31 COMO FOI COMERCIALIZADA A SUA UacuteLTIMA SAFRA EM

311 VENDA PARA COOPERATIVA APOacuteS REALIZADA A

COLHEITA

312 VENDA PARA INDUacuteSTRIA OU COMERCIANTE APOacuteS

REALIZADA A COLHEITA

313 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA ANTES DA

COLHEITA COM PRECcedilOS PREacute-FIXADOS

314 VENDA ANTECIPADA PARA INDUSTRIA OU

COMERCIANTE ANTES DA COLHEITA COM PRECcedilOS PREacute-

FIXADOS

315 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA COM

ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM $ OU INSUMOS COM

PRECcedilOS A FIXAR NA ENTREGA DA SAFRA

316 VENDA ANTECIPADA PARA INDUacuteSTRIA OU

COMERCIANTE COM ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM

$ OU INSUMOS COM PRECcedilOS A FIXAR NA ENTREGA DA

SAFRA

317 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA COM

ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM $ OU INSUMOS COM

PRECcedilOS JAacute FIXADOS

318 VENDA ANTECIPADA PARA INDUacuteSTRIA OU

COMERCIANTE COM ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM

$ OU INSUMOS COM PRECcedilOS JAacute FIXADOS

319 VENDA ANTECIPADA COM FINANCIAMENTOS DE CPR

3110 VENDA ANTECIPADA EM MERCADO FUTURO NA BOLSA

DE MERCADORIAS amp FUTUROS (BMampF)

3111 OUTRO TIPO DE COMERCIALIZACcedilAtildeO

CITE

TOTAL DA COMERCIALIZACcedilAtildeO 100

172

32 ndash ACOMPANHA AS COTACcedilOtildeES DE PRECcedilOS DOS PRODUTOS

AGRIacuteCOLAS NO MERCADO ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

ATRAVEacuteS DE ( ) JORNAL ( ) INTERNET ( ) TV

( ) COOPERATIVAS ( ) RADIO

( ) TERCEIROS ( AMIGOS CONHECIDOS ETC)

( ) OUTROS MEIOS________________________________

33 - A QUANTOS ANOS VOCEcirc Eacute RESPONSAacuteVEL PELA COMERCIALIZACcedilAtildeO

DA PRODUCcedilAtildeO DA PROPRIEDADE __________________________

4 ndash DADOS SOBRE OS NEGOacuteCIOS NA BOLSA DE MERCADORIAS

41 ndash COSTUMA COMERCIALIZAR A SAFRA OU PARTE DELA NA BOLSA DE MERCADORIAS ( ) SIM - ( PARA RESPOSTA SIM VAacute DIRETO PARA AS QUESTOtildeES DE 411 ATEacute 414) ( ) NAtildeO - ( PARA RESPOSTA NAtildeO VAacute DIRETO PARA AS QUESTOtildeES DE 421 ATEacute 4210) QUESTOtildeES DE 411 ATEacute 414 (PODE MARCAR MAIS DE UMA ALTERNATIVA)

411 ndash ( ) PREFERE COMERCIALIZAR A SAFRA OU PARTE DELA PARA

GARANTIR OS PRECcedilOS ACENADOS PELO MERCADO FUTURO

412 ndash ( ) SABE COMO FUNCIONA O PROCESSO DE COMERCIALIZACcedilAtildeO

EM BOLSA DE MERCADORIAS

413 ndash ( ) SOacute COMERCIALIZA QUANDO OS PRECcedilOS DO MERCADO

FUTURO SAtildeO INTERESSANTES

414 ndash ( ) CONFIA NA SEGURANCcedilA DESSE TIPO DE NEGOCIACcedilAtildeO

415 - ( ) OUTRAS RAZOtildeES_____________________________________

173

QUESTOtildeES 421 ATEacute 4210 (PODE MARCAR MAIS DE UMA ALTERNATIVA)

421 - ( ) - NAtildeO SABE COMO FUNCIONA O PROCESSO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO EM BOLSA DE MERCADORIAS

422 - ( ) ndash SABE COMO FUNCIONA MAS PREFERE NAtildeO

COMERCIALIZAR ENQUANTO NAtildeO TEM GARANTIDA A

COLHEITA DA SAFRA

423 - ( ) ndash SABE COMO FUNCIONA MAIS NAtildeO TEM DINHEIRO PARA

PAGAR OS AJUSTES DIAacuteRIOS

424 - ( ) ndash ACHA O PROCESSO MUITO BUROCRATICO

425 - ( ) ndash TEM MEDO DE PERDER DINHEIRO NESSE TIPO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO

426 - ( ) - NAtildeO CONSIDERA OS PRECcedilOS INTERESSANTES

427 - ( ) ndash NAtildeO POSSUI SEGURANCcedilA PARA OPERAR NESSE

MERCADO

428 - ( ) ndash NAtildeO CONFIA NAS CORRETORAS QUE INTERMEDIAM E

PROCESSAM A COMERCIALIZACcedilAtildeO

429 - ( ) ndash NUNCA FOI CONVIDADO PELA BMampF OU CORRETORA

PARA EXPLICAR COMO FUNCIONA O PROCESSO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO EM MERCADO FUTURO

4210 ndash ( ) - OUTRAS RAZOtildeES __________________________________

174

GLOSSAacuteRIO Blend = mistura combinaccedilatildeo fusatildeo de duas coisas

Bushel = Medida americana de cereais 1 bushel de soja = 60 libras = 2722 quilos

1 bushel de milho=56 libras = 2540 quilos

Call = Chamada convite manda vir

Clearing = de clear que significa compensaccedilatildeo eacute a denominaccedilatildeo das centrais de

compensaccedilatildeo e liquidaccedilatildeo das bolsas

Commodities (singular commodity) = Mercadorias produtos como gratildeos metais

e alimentos negociados em Bolsas de mercadorias ou no mercado a vista

Farm management = Administrador da Fazenda Administrador da propriedade

rural

Hedge = garantir resguardar ndash Estrateacutegia de proteccedilatildeo financeira usada pelo

produtor que tem realmente o produto ou pelo comprador que tem real interesse

pela mercadoria para compensar investimentos de riscos

Hedger = eacute o investidor que tem real interesse na venda ou na compra do produto

In natura = natural puro sem nenhum valor agregado

Management = Administraccedilatildeo direccedilatildeo gerecircncia

Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )

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Page 7: O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ E …livros01.livrosgratis.com.br/cp002541.pdf · Bolsa de Mercadorias e Futuros é pequena e isso se dá, em grande parte pelo desconhecimento

ldquoComece fazendo o necessaacuterio depois o que eacute possiacutevel e de repente vocecirc estaraacute fazendo o impossiacutevelrdquo

Satildeo Francisco de Assis

RESUMO

Este estudo tem o objetivo de identificar o perfil do produtor rural londrinense e comparar com o perfil do produtor brasileiro aleacutem de verificar como estatildeo produzindo e comercializando as safras de soja milho e cafeacute como acompanham as cotaccedilotildees dos produtos agriacutecolas no mercado e se comercializam a produccedilatildeo em mercados futuros Segmenta os agricultores por escolaridade idade tamanho da aacuterea cultivada local de moradia do produtor tipo de assistecircncia teacutecnica recebida e cruza com a produtividade obtida na uacuteltima safra eacutepoca de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo sistema de acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado e quantos produtores negociam seus produtos na bolsa de mercadorias Conclui entre outros fatores importantes que o produtor com maior grau de escolaridade possuidor de aacutereas maiores que conta com assistecircncia teacutecnica profissional e com baixa idade ateacute 35 anos satildeo mais eficientes na administraccedilatildeo das propriedades rurais Constata que a busca do produtor pela comercializaccedilatildeo na Bolsa de Mercadorias e Futuros eacute pequena e isso se daacute em grande parte pelo desconhecimento que ele tem desse tipo de mercado Palavras-Chaves Perfil do agricultor Bolsa de Mercadorias Mercado Futuro

ABSTRACT

This study aims to identify the londrinense farm producer and compare it with the Brazilian rural producer profile besides verifying how they are producing and negotiating the soybean corn and coffee crops how they follow the rural products quotation in the market and if they commercialize their products in the future markets It segments the producer by education age cultivated are size place of residence of the producer kind of the received technical assistance crosses with the last crop obtained productivity production commercialization time follow up system of price quotation of the products in the market and how many producers commercialize their products in the merchandise stock market It concludes that among other important factor the producer with a higher level of education who owns larger planting areas who has professional technical assistance and low age until 35 years of age is more efficient in the management of the farm properties It verifies that the producerrsquos search for commercialization in the Future Merchandise Stock Market is little due to the lack of knowledge in this market segment Key words producerrsquos profile stock exchange future markets

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 01 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra 20012002 e 20022003 28

Graacutefico 02 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense de gratildeos de 20012002 e 20022003 29

Graacutefico 03 - Produtividade de gratildeos do Brasil na uacuteltima deacutecada 38Graacutefico 04 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de soja para a safra

20022003 40Graacutefico 05 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de soja de 20012002 e 20022003 41Graacutefico 06 - Previsatildeo da produccedilatildeo paranaense de soja para a safra

20022003 42Graacutefico 07 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

paranaense de soja de 20012002 e 20022003 43Graacutefico 08 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de milho para a

safra 20022003 44Graacutefico 09 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de milho de 20012002 e 20022003 45Graacutefico 10 - Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de milho de

milho para a safra 20022003 46Graacutefico 11 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

paranaense de milho de 20012002 e 20022003 47Graacutefico 12 - Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de cafeacute para a safra

20022003 48Graacutefico 13 - Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra

brasileira de cafeacute de 20012002 e 20022003 49Graacutefico 14 - Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de cafeacute para a

safra 20022003 50Graacutefico 15 Comparativo da aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra de

cafeacute de 20012002 e 20022003 51Graacutefico 16 - Valor dos subsiacutedios pagos pelo governo aos produtores rurais

da receita agriacutecola bruta ndash em porcentagem 60Graacutefico 17 - Aumento de ganhos futuros que teratildeo os paiacuteses na eliminaccedilatildeo

dos subsiacutedios agriacutecolas e barreiras tarifaacuterias em niacutevel mundial

61

LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Nuacutemeros do censo agropecuaacuterio 1995-1996 do Municiacutepio de Londrina 28

Quadro 02 - Evoluccedilatildeo da produtividade e produccedilatildeo mundial de gratildeos nos

uacuteltimos 50 anos 36 Quadro 03 - Resultados do teste Qui-quadrado considerando niacutevel de

significacircncia de 5

112

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Exemplo de hedge e ajustes diaacuterios para o vendedor 58 Tabela 02 - Exemplo de hedge e ajustes diaacuterios para o comprador 58 Tabela 03 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por sexo 86 Tabela 04 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por estado civil 86 Tabela 05 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por idade 86 Tabela 06 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por escolaridade 87 Tabela 07 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela extensatildeo da aacuterea

explorada 87

Tabela 08 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores por local de moradia e acesso agrave

escola puacuteblica 87 Tabela 09 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de aquisiccedilatildeo dos

imoacuteveis 88 Tabela 10 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de exploraccedilatildeo dos

imoacuteveis 88 Tabela 11 - Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-

estrutura 88 Tabela 12 - Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-

estrutura 89 Tabela 13 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela renda e o trabalho da famiacutelia

na propriedade 89 Tabela 14 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela matildeo-de-obra utilizada 89 Tabela 15 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de soja em sacas de 60 quilos 90 Tabela 16 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de milho em sacas de 60 quilos 90 Tabela 17 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na

cultura de cafeacute em sacas de 40 quilos em coco 91 Tabela 18 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela posse dos maquinaacuterios 91 Tabela 19 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram soja pela posse

dos maquinaacuterios 91

Tabela 20 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram milho pela posse dos maquinaacuterios 92

Tabela 21 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram cafeacute pela posse dos maquinaacuterios 92

Tabela 22 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela necessidade de

financiamentos 92 Tabela 23 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acesso agrave assistecircncia

teacutecnica 92 Tabela 24 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de assistecircncia teacutecnica

recebida 93 Tabela 25 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela eacutepoca de comercializaccedilatildeo

da produccedilatildeo 93 Tabela 26 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da

produccedilatildeo antes da colheita 93 Tabela 27 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da

produccedilatildeo apoacutes a colheita 94 Tabela 28 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelas negociaccedilotildees realizadas na

bolsa de mercadorias 94 Tabela 29 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acompanhamento das

cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado 96 Tabela 30 - Comparativo das caracteriacutesticas do agricultor brasileiro com o

agricultor londrinense 98 Tabela 311 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de

escolaridade 100 Tabela 312 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de

escolaridade 100 Tabela 313 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com o grau de escolaridade 101 Tabela 314 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com o grau de escolaridade 102 Tabela 321 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade

do produtor 102 Tabela 322 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do

produtor 103

Tabela 323 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo com a idade do produtor 104

Tabela 324 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a idade do produtor 104 Tabela 331 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o

tamanho da aacuterea explorada 105 Tabela 332 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o tamanho da

aacuterea explorada 105 Tabela 333 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a extensatildeo da aacuterea explorada 106 Tabela 334 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com o tamanho da aacuterea explorada 107 Tabela 341 Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

moradia do produtor 107 Tabela 342 Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a moradia do

produtor 108 Tabela 343 Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a moradia do produtor 108 Tabela 344 Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a moradia do produtor 109 Tabela 35 - Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

assistecircncia teacutecnica 110 Tabela 36 - Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse

dos maquinaacuterios 111 Tabela 37 - Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos

pagos ao produtor nas sacas de milho de 60 quilos 117 Tabela 38 - Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos

pagos ao produtor nas sacas de milho de 60 quilos 118 Tabela 39 ndash

Comparaccedilatildeo dos preccedilos na BMampF com relaccedilatildeo aos preccedilos pagos ao produtor nas sacas de cafeacute benef de 60 quilos 119

Tabela 40 - Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela comercializaccedilatildeo realizada na BMampF 120

TABELA DE CONVERSAtildeO

1 hectare (1 ha) = 10000 metros quadrados 1 alqueire paulista = 24200 metros quadrados 1 alqueire paulista = 242 hectares 1 saca 60 quilos de cafeacute beneficiado = 3 sacas de 40 kg de cafeacute em coco

1 bushel de soja = 60 libras ou 2722 quilos 1 saca de soja com 60 quilos = 220 bushel 1 bushel de milho = 56 libras ou 2540 quilos 1 saca de milho com 60 quilos = 236 bushel

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 16

2 OBJETIVOS 19

21 Geral 19

22 Especiacuteficos 19

3 O PROBLEMA 25

4 JUSTIFICATIVA E RELEVAcircNCIA DOS ESTUDOS 27

5 O PERFIL DO AGRICULTOR E AS ATIVIDADES AGRAacuteRIAS 30

51 O produtor rural como empresaacuterio 31

52 O perfil do agricultor brasileiro 34

6 PRODUCcedilAtildeO E PRODUTIVIDADE AGRIacuteCOLA 36

61 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura da soja 40

62 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura do milho 44

63 A produccedilatildeo e a produtividade na cultura do cafeacute 48

7 MODALIDADES DE COMERCIALIZACcedilAtildeO DOS PRODUTOS AGRIacuteCOLAS 52

71 A agricultura e os entraves econocircmicos na comercializaccedilatildeo 58

8 O MERCADO FUTURO AGROPECUAacuteRIO NO BRASIL 64

81 Contrato futuro de soja 73

82 Contrato futuro de milho 76

83 Contrato futuro de cafeacute 80

9 METODOLOGIA 83

91 Populaccedilatildeo 83

92 Amostras e Delimitaccedilatildeo da Pesquisa 83

93 Coleta de Dados 84

94 Segmentaccedilatildeo 84

10 RESULTADO DOS DADOS COLETADOS E ANAacuteLISES 86

101 O perfil do agricultor Londrinense que cultiva soja eou milho e

ou cafeacute 86

102 Comparaccedilatildeo do perfil do agricultor brasileiro com o perfil do

Agricultor Londrinense 98

103 Caracteriacutesticas do Agricultor Londrinense relacionado agrave Produccedilatildeo

Comercializaccedilatildeo e atuaccedilatildeo na Bolsa de Mercadorias 100

1031 Teste Estatiacutestico dos Cruzamentos da pesquisa 111

104 Anaacutelise da produtividade do Agricultor Londrinense 113

105 Anaacutelise da Comercializaccedilatildeo do Agricultor Londrinense 115

106 Comparaccedilatildeo dos negoacutecios realizados na Bolsa com negoacutecios

realizados no mercado fiacutesico pelos Agricultores 116

11 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS E RECOMENDACcedilOtildeES 121

REFEREcircNCIAS 134

ANEXOS 142

A - Produccedilatildeo Brasileira de soja milho e cafeacute nos uacuteltimos 10 anos 142

B ndash Produccedilatildeo Paranaense de soja milho e cafeacute nos uacuteltimos 10 anos 143

C ndash Valores de Contratos de soja negociados na BMampF e negoacutecios

fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

144

D - Valores de Contratos de milho negociados na BMampF e negoacutecios

fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

149

E - Valores de Contratos de cafeacute negociados na BMampF e negoacutecios

Fechados no fiacutesico pelos produtores nos uacuteltimos 5 anos

154

C - Instrumento da pesquisa 160

GLOSSAacuteRIO 167

16

1 INTRODUCcedilAtildeO

Com as mudanccedilas na poliacutetica econocircmica do Brasil na deacutecada de 90

todos os setores produtivos inclusive o agropecuaacuterio tiveram que se adaptar e

correr em busca da eficiecircncia Os preccedilos internacionais passaram a ter uma

importacircncia significativa na definiccedilatildeo dos preccedilos praticados no mercado interno

aumentando a competiccedilatildeo e reduzindo as margens de lucro das empresas Desta

forma todas as fases dos processos produtivos passaram a ser analisadas

minuciosamente com vistas a eliminar desperdiacutecios para manter a lucratividade

num ambiente novo e mais competitivo

Marques e Mello (1999) enfatizam que o setor agropecuaacuterio

apresenta algumas caracteriacutesticas como alto risco econocircmico devido agrave

dependecircncia dos fatores climaacuteticos e dificuldade de comercializaccedilatildeo Estes pontos

fazem desta atividade em certos momentos um verdadeiro jogo de incertezas e de

elevado risco financeiro

No caso da agricultura a necessidade de maior competitividade

forccedilou inovaccedilotildees nas vaacuterias fases do processo produtivo Embora o aumento da

produtividade seja o aspecto que normalmente recebe maior destaque uma fase

muito importante nesse processo eacute o periacuteodo da comercializaccedilatildeo As duacutevidas do

produtor se fixam na escolha do melhor momento para vender a produccedilatildeo Os que

atuam nesse mercado frequumlentemente ressaltam a necessidade do

aperfeiccediloamento na tomada de decisatildeo e reclamam da falta de instrumentos que

os auxilie para a tomada de decisatildeo na venda dos produtos permitindo-lhes

melhorar os retornos e reduzir os riscos que envolvem a comercializaccedilatildeo Assim as

decisotildees pertinentes a produccedilatildeo agriacutecola implicam maiores ou menores riscos de

mercado de acordo com a estrateacutegia adotada pelo produtor rural (LEISMANN

2002)

No mercado brasileiro o estudo da eficiecircncia na gestatildeo do risco

surge como uma necessidade imediata faces aos constantes riscos pertinentes por

que passa a atividade agriacutecola e que prejudicam os produtores rurais A produccedilatildeo

da soja do milho e do cafeacute assim como a maioria dos produtos agriacutecola estaacute

sujeito a dois tipos baacutesicos de risco a) Na produccedilatildeo - pelas perdas causadas por

ataque de pragas e doenccedilas e pelos fatores climaacuteticos como falta ou excesso de

chuvas geadas granizos e secas b) Na comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo - que

17

corresponde ao risco do produtor natildeo encontrar preccedilo compensador na hora da

venda A administraccedilatildeo desses riscos requer do produtor rural maior racionalidade

no uso dos fatores de produccedilatildeo e gestatildeo do risco de preccedilo buscando obter maior

retorno financeiro

Na comercializaccedilatildeo agriacutecola um dos principais problemas eacute a

incerteza de preccedilos em um momento futuro Essa incerteza decorre de cada

produto e da competitividade entre os mercados agriacutecolas As principais alternativas

para lidar com essa situaccedilatildeo no Brasil ateacute recentemente provinham do governo

Contudo ao longo do tempo o governo brasileiro vem reduzindo sua participaccedilatildeo

nos mercados agriacutecolas por meio de seus instrumentos claacutessicos de poliacutetica

agriacutecola como eacute o caso da poliacutetica dos preccedilos miacutenimos Esse fato se deve agrave falta de

recursos governamentais para financiar programas de intervenccedilatildeo de grande porte

sinalizando para um esgotamento das poliacuteticas tradicionais de sustentaccedilatildeo de

preccedilos (PINTO 2001) Assim com a diminuiccedilatildeo da intervenccedilatildeo governamental e o

esgotamento dos estiacutemulos financeiros agrave agropecuaacuteria resta ao produtor buscar a

eficiecircncia na produccedilatildeo e na comercializaccedilatildeo dos produtos

O objetivo deste estudo foi o de conhecer o perfil do agricultor

londrinense que produz e comercializa a soja o milho e o cafeacute e a sua atuaccedilatildeo na

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo no mercado futuro atraveacutes da Bolsa de Mercadorias

Neste trabalho seratildeo enfocados as caracteriacutesticas do agricultor

relacionado agraves atividades agraacuterias e o perfil do agricultor brasileiro e londrinense a

produccedilatildeo e a produtividade agriacutecola as modalidades de comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo agriacutecolas o funcionamento do mercado futuro agropecuaacuterio no Brasil a

metodologia utilizada o resultado dos dados coletados e a anaacutelise da pesquisa as

delimitaccedilotildees concluindo com as consideraccedilotildees finais e recomendaccedilotildees

Espera-se que o resultado dessa pesquisa possa auxiliar os

produtores agriacutecolas no gerenciamento da produccedilatildeo e da comercializaccedilatildeo das

safras e mais que o setor agropecuaacuterio possa contribuir como vem fazendo ateacute

agora para a superaccedilatildeo dos seguintes desafios

1) Reduccedilatildeo da taxa inflacionaacuteria com oferta mais abundante de

alimentos uma vez que a produccedilatildeo ainda insuficiente dos uacuteltimos anos pressiona

a alta dos preccedilos dos alimentos em relaccedilatildeo ao iacutendice geral de preccedilos o que induz a

importaccedilotildees de alguns produtos e cria dificuldade de sobrevivecircncia para a maioria

da populaccedilatildeo brasileira que vive na linha da miseacuteria

18

2) Reduccedilatildeo na diacutevida externa brasileira com aumento na produccedilatildeo

de produtos de exportaccedilatildeo e de substitutos agraves importaccedilotildees

3) Redistribuiccedilatildeo de renda dentro do setor rural com vantagem para

as classes de renda mais baixa de modo a reduzir o grau de pobreza rural e evitar

ao menos parcialmente a migraccedilatildeo rural-urbana de pessoas com precaacuterias chances

de progredir nos centros urbanos

19

2 OBJETIVOS 21 GERAL

Este trabalho tem por objetivo identificar o perfil do agricultor do

Municiacutepio de Londrina-Pr mais especificamente como eles produzem e

comercializam as safras de soja milho e cafeacute

Tambeacutem seraacute observado se o produtor acompanha as cotaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos agriacutecolas no mercado e tambeacutem como atua na

comercializaccedilatildeo dos seus produtos na Bolsa de Mercadorias amp Futuro mercado no

qual ele pode se garantir das oscilaccedilotildees dos preccedilos na venda dos produtos pois eacute

fundamental para os agricultores minimizar os riscos nas oscilaccedilotildees dos preccedilos

dos produtos no momento da venda de sua produccedilatildeo

22 ESPECIacuteFICOS 221 Identificar o perfil do agricultor do Municiacutepio de Londrina e comparar com o

perfil do agricultor brasileiro

a) Segmentar a amostra por variaacuteveis demograacuteficas claacutessicas

b) Dimensionar a quantidade de agricultores que soacute exploram os

imoacuteveis proacuteprios imoacuteveis proacuteprios e arrendados imoacuteveis proacuteprios

e em parcerias e ainda quantos exploram as propriedades

somente atraveacutes de arrendamentos somente com parcerias ou

somente atraveacutes de arrendamentos e parcerias

c) Verificar o grau de escolaridade do agricultor responsaacutevel pelos

negoacutecios da propriedade rural

d) Verificar se o agricultor mora na propriedade ou na cidade

Quantas vezes ele se desloca ateacute a propriedade e a distacircncia da

sua residecircncia ateacute a sede da propriedade

e) Verificar quantas pessoas compotildeem a unidade familiar aleacutem do

agricultor responsaacutevel pelos negoacutecios da fazenda e ainda

dentre os membros da famiacutelia quantos estudaram ou estudam

em escolas puacuteblicas

20

f) Verificar quantos agricultores da amostra estatildeo no negoacutecio por

aquisiccedilatildeo do imoacutevel e quantos em funccedilatildeo de sucessatildeo na famiacutelia g) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de energia

eleacutetrica nas propriedades

h) Verificar quantos agricultores da amostra tecircm aparelho de

televisatildeo na propriedade

i) Verificar quantos agricultores da amostra possuem antenas

paraboacutelicas nas propriedades

j) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de veiacuteculos

motorizados na propriedade

k) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de aacutegua

encanada na propriedade

l) Verificar quantos agricultores da amostra dispotildeem de

computadores na propriedade ou na residecircncia para controle das

atividades desenvolvidas no imoacutevel rural

m) Verificar quantos agricultores da amostra dependem somente

da renda das propriedades quantos contam com a ajuda da

mulher e quantos necessitam da ajuda dos filhos

222 Determinar a aacuterea a produccedilatildeo e verificar a produtividade das culturas de soja

milho e cafeacute

a) Verificar as aacutereas cultivadas com soja sua produccedilatildeo e

produtividade

b) Verificar as aacutereas cultivadas com milho sua produccedilatildeo e

produtividade c) Verificar as aacutereas cultivadas com cafeacute sua produccedilatildeo e

produtividade d) Verificar quantos produtores da amostra tecircm maquinaacuterios

proacuteprios em especial tratores e colheitadeiras

e) Verificar a meacutedia de empregados efetivos que o agricultor

manteacutem na propriedade

f) Verificar se o agricultor contrata matildeo-de-obra temporaacuteria nos

picos de trabalho (plantio e colheita)

21

g) Verificar se o agricultor depende de assistecircncia teacutecnica para a

exploraccedilatildeo das atividades da propriedade rural

h) Verificar se o agricultor depende de financiamento para o custeio

das safras realizadas na propriedade

223 Compreender como o agricultor realiza a comercializaccedilatildeo de sua produccedilatildeo

agriacutecola

a) Verificar como o agricultor comercializa a sua safra

1 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada em

cooperativas depois de realizada a colheita

2 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada com

induacutestrias ou comerciantes depois de realizada a colheita

3 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente na cooperativa antes da colheita com preccedilos

preacute-fixados

4 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada com

induacutestrias ou comerciantes antes da colheita com preccedilos

prefixados

5 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada em

cooperativas com adiantamentos de recursos em dinheiro ou

insumos com preccedilos a fixar na entrega da safra

6 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente com induacutestrias ou comerciantes com

adiantamento de recursos em dinheiro ou insumos com preccedilos a

fixar na entrega da safra

7 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente em cooperativas com adiantamento de

recursos em dinheiro ou insumos com preccedilos jaacute fixados

8 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute comercializada

antecipadamente com induacutestrias ou comerciantes com

adiantamentos de recursos em dinheiro ou em insumos com

preccedilos jaacute fixados

22

9 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute vendida antecipadamente

com financiamentos de CPR

10 Qual o percentual de sua produccedilatildeo eacute vendida

antecipadamente em mercado futuro na bolsa de mercadorias

b) Verificar quais satildeo os meios utilizados pelo agricultor para

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado c) Verificar o tempo em que o agricultor eacute responsaacutevel pela

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo na propriedade rural

224 Observar a atuaccedilatildeo do agricultor nas bolsas de mercadorias para negociar

sua produccedilatildeo no mercado futuro

a) Verificar quantos agricultores comercializam suas safras ou parte

dela no mercado futuro

b) Verificar o seu conhecimento sobre essa modalidade de negoacutecio

e as razotildees para usar ou natildeo esse tipo de comercializaccedilatildeo Se

ele sabe como funciona o mercado futuro e se jaacute foi procurado

pela BMampF para participar de cursos promovidos pela entidade

225 Analisar a influecircncia do grau de escolaridade do produtor nas atividades

exercidas

a) Verificar se o grau de escolaridade do agricultor influencia na

produtividade das atividades desenvolvidas

b) Verificar se o grau de escolaridade do agricultor influencia na

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

c) Verificar se o grau de escolaridade influencia na maneira como o

agricultor acompanha as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no

mercado

d) Verificar se o grau de escolaridade propicia ao agricultor optar

pela comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de mercadorias

23

226 Analisar a influecircncia da idade do produtor nas atividades exercidas quais

sejam

a) Verificar se a idade do agricultor influencia na produtividade das

atividades desenvolvidas

b) Verificar se a idade do agricultor influencia comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo colhida

c) Verificar se a idade influencia na maneira de o agricultor

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado

d) Verificar se a idade influencia na oportunidade do agricultor em

fazer a comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de mercadorias

227 Investigar se o local de moradia do agricultor influencia nas atividades

desenvolvidas quais sejam

a) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

altera a produtividade das atividades desenvolvidas

b) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

afeta a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

c) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou cidade

influencia na maneira de o agricultor acompanhar as cotaccedilotildees

dos preccedilos dos produtos no mercado

d) Verificar se o fato do produtor morar na propriedade ou na cidade

influencia para fazer a comercializaccedilatildeo de sua safra na bolsa de

mercadorias

228 Observar a performance do pequeno meacutedio ou grande agricultor levando

com consideraccedilatildeo a aacuterea que explora

a) Verificar a produtividade das atividades desenvolvidas pelos

pequenos meacutedios e grandes produtores

b) Verificar como se efetiva a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo colhida

pelos pequenos meacutedios e grandes produtores

c) Verificar como os pequenos meacutedios e grandes agricultores

acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado

24

d) Verificar se os pequenos meacutedios ou grandes agricultores fazem

a comercializaccedilatildeo de suas safras na bolsa de mercadorias

229 Observar a influecircncia dos maquinaacuterios na produtividade

a) Verificar se o trabalho realizado com maquinaacuterios proacuteprios

influencia na produtividade das safras de soja milho e cafeacute

2210 Observar a influecircncia da assistecircncia teacutecnica na produtividade

a) Verificar a produtividade dos agricultores que natildeo tecircm

assistecircncia teacutecnica dos produtores que tecircm assistecircncia teacutecnica

da Emater das cooperativas e de particulares nas culturas da

soja milho e cafeacute

25

3 O PROBLEMA

O dilema que enfrenta o agricultor estaacute diretamente ligado aos

riscos de produccedilatildeo associado aos baixos preccedilos dos produtos na comercializaccedilatildeo

aleacutem de suas oscilaccedilotildees que dificultam uma previsatildeo gerando muitas dificuldades

na tomada de decisatildeo tanto para a produccedilatildeo como para a comercializaccedilatildeo Gabriel

e Baker (apud BASTIANI 1999) enfatizam que haacute duas fontes externas de riscos

para o produtor rural De um lado a variabilidade nos retornos esperados

provocados pelo mercado e de outro pelo ambiente fiacutesico-climaacutetico As incertezas

do meio ambiente interferem diretamente na produccedilatildeo enquanto que o mercado

interfere nos preccedilos tanto na venda dos produtos como na aquisiccedilatildeo dos insumos

Para Morin (2000) haacute efetivamente dois meios para se enfrentar a

incerteza de uma accedilatildeo A primeira eacute estar totalmente consciente da aposta contida

na decisatildeo tomada e a segunda recorre da estrateacutegia A estrateacutegia elabora um

cenaacuterio de accedilatildeo e examinam as certezas e as incertezas da situaccedilatildeo as

probabilidades e as improbabilidades O cenaacuterio pode e deve ser modificado de

acordo com as informaccedilotildees colhidas ao acaso contratempos ou boas

oportunidades encontradas ao longo do caminho

Do ponto de vista da comercializaccedilatildeo para Marques e Mello (1999)

e Nantes (1997) as dificuldades tornam-se particularmente importantes porque eacute

difiacutecil para o agricultor ajustar rapidamente sua produccedilatildeo em face das mudanccedilas do

mercado aleacutem das interferecircncias climaacuteticas das pragas das doenccedilas etc que os

impede de fazer estimativas precisas de produccedilatildeo e de preccedilos Tanto o comprador

dos produtos primaacuterios como o agricultor se defronta frequumlentemente com o

problema de tentar prever as oscilaccedilotildees de preccedilos na comercializaccedilatildeo dos produtos

agriacutecolas

Para Robbins (2000 p59) uma das tarefas mais desafiadoras para

quem vai tomar uma decisatildeo eacute a anaacutelise das alternativas para a incerteza que natildeo

permite saber de antematildeo o resultado da decisatildeo e o risco porque o tomador da

decisatildeo com base na sua experiecircncia pessoal e em informaccedilotildees do mercado

precisa calcular a probabilidade das alternativas e dos resultados Por essa razatildeo

Tung (1990) afirma que as tomadas de decisotildees constituem a base da

administraccedilatildeo das empresas e tambeacutem satildeo a razatildeo da existecircncia dos

administradores

26

De acordo com Hazell (1982) Perry e Johnson (2000) o produtor

rural natildeo gosta de correr risco assim como qualquer outro empresaacuterio Muitas

vezes prefere alternativas de produccedilatildeo que ofereccedilam niacutevel satisfatoacuterio de

seguranccedila mesmo que represente uma perda de renda na meacutedia dos anos

Para Hanson e Pederson (1998) eacute fundamental que o produtor

tenha capacidade para administrar os riscos que em uacuteltima instacircncia satildeo parte

integrante das atividades agropecuaacuterias pois soacute assim ele poderaacute estabilizar a

renda da propriedade assegurando disponibilidade de recursos para viabilizar o seu

negoacutecio e tambeacutem o sustento de sua famiacutelia

Segundo Gitman (1997 p202) o termo risco tem o mesmo sentido

de incerteza ao se referir agrave variaccedilatildeo de retornos associados a um determinado

investimento O risco pode ser definido como a possibilidade de ter um prejuiacutezo

financeiro

Bernstein (1997) entende que a essecircncia da administraccedilatildeo do risco

estaacute em maximizar as accedilotildees nas aacutereas em que se tecircm os controles sobre os

resultados procurando minimizar as accedilotildees nos setores nos quais natildeo se tem

nenhum controle

Natildeo soacute o setor agropecuaacuterio como os consumidores e todos

aqueles com envolvimento nas atividades agraacuterias tecircm interesse em que a

produccedilatildeo e a comercializaccedilatildeo dos produtos agriacutecolas se decirc de forma teacutecnica e

economicamente eficiente sem sobressaltos e interrupccedilotildees e com boa

remuneraccedilatildeo a todos (MARQUES 1997)

Diante desses problemas considerando que os agricultores querem

minimizar os riscos e as incertezas na busca do que produzir e das oscilaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos na hora de vender a produccedilatildeo buscou-se identificar com esta

pesquisa Qual eacute o perfil do agricultor do Municiacutepio de Londrina-Pr Como estaacute

produzindo e comercializando as safras de soja milho e cafeacute e a sua atuaccedilatildeo na

comercializaccedilatildeo dos seus produtos na Bolsa de Mercadorias amp Futuro

27

4 JUSTIFICATIVA E RELEVAcircNCIA DO ESTUDO

A Agricultura brasileira tem passado por profundas transformaccedilotildees

nos uacuteltimos anos O padratildeo de estagnaccedilatildeo da economia brasileira que se

caracterizou nos uacuteltimos anos em especial a partir de 1994 com o Plano Real natildeo

ocorre com o setor agropecuaacuterio que tem contribuiacutedo significativamente com a

balanccedila comercial brasileira Na safra de 20012002 o paiacutes obteve uma produccedilatildeo

total de 967 milhotildees de toneladas de gratildeos de acordo com a Cia Nacional de

Abastecimento ndash CONAB (2003d) respondendo por praticamente 13 das

exportaccedilotildees brasileiras

Para Ravanello (2002 p66) a agricultura oferece respostas raacutepidas

quando chamada a contribuir e o Brasil tem aacutereas agricultaacuteveis disponiacuteveis para um

crescimento sustentado e gente com capacidade para transformar esta grande

naccedilatildeo no verdadeiro celeiro do mundo

A escolha do Municiacutepio de Londrina para a realizaccedilatildeo desta

pesquisa se daacute por ser um poacutelo centralizador da produccedilatildeo agriacutecola no Estado do

Paranaacute e pela importacircncia que as culturas de soja milho e cafeacute tecircm no processo de

desenvolvimento econocircmico do Brasil do Paranaacute e em especial no Municiacutepio de

Londrina e regiatildeo e tambeacutem por serem commodities de exportaccedilatildeo negociados nas

principais bolsas de mercadorias do Brasil e do mundo

De acordo com o uacuteltimo censo agropecuaacuterio (IBGE 1996) Londrina

tem como principais produtos agriacutecolas a soja o milho o cafeacute a cana-de-accediluacutecar o

arroz o algodatildeo o feijatildeo e a mandioca com moacutedulo fiscal de 12 hectares -para

efeito de classificaccedilatildeo de imoacuteveis rurais - conforme tabela do INCRA - Instituto

Nacional de Colonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria (INCRA 1997) que apresenta os

seguintes dados como demonstra o quadro 01

28

Estabelecimentos agriacutecolas 3119 propriedades

Aacuterea total dos estabelecimentos 183093 hectares

Aacuterea total de pastagens 83063 hectares

Quantidade de matildeo-de-obra ativa 12203 pessoas

Tratores em operaccedilatildeo 1937 unidades

Rebanho Bovino 138238 cabeccedilas

Rebanho Suiacuteno 30752 cabeccedilas

Produccedilatildeo leite 14674000 litrosano

Efetivo Aviacutecola 1485629 cabeccedilas

Produccedilatildeo de ovos 5020000 duacuteziasano

Quadro 01ndash Nuacutemeros do censo agropecuaacuterio 1995-1996 do Municiacutepio de Londrina

Fonte IBGE (1996)

De acordo com a Conab (2003d) a produccedilatildeo brasileira na safra

20012002 foi de 967 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea de 402194 ha

previsatildeo de colheita na safra 20022003 na ordem de 1152 milhotildees de toneladas

de gratildeos em uma aacuterea de 426886 ha o que corresponde a um aumento na aacuterea

cultivada de 6 na produccedilatildeo de quase 20 e na produtividade de 125

conforme graacutefico 01

9671152

402 426

020406080

100120140

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 01ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

Gratildeos em 20012002 e 20022003 Fonte Conab (2003d)

29

Para a Seab (2003) a produccedilatildeo paranaense na safra de 20012002

foi de 220 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea de 79 milhotildees de hectares

previsatildeo de colheita na safra de 20022003 de 283 milhotildees de toneladas de gratildeos e

algodatildeo na safra de veratildeo em uma aacuterea de 85 milhotildees de hectares o que

corresponde a um aumento na aacuterea cultivada de 75 na produccedilatildeo perto dos 30

e produtividade de 194 conforme graacutefico 02 O Estado do Paranaacute eacute responsaacutevel

por frac14 da produccedilatildeo nacional

220

283

79 85

00

50

100

150

200

250

300

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 02- Comparativo da aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense de

gratildeos de 20012002 e 20022003 Fonte Seab (2003)

De acordo com a Seab (2003) na safra de 20012002 o municiacutepio

de Londrina contribuiu com uma produccedilatildeo de 2238 mil toneladas de gratildeos e a micro

regiatildeo de Londrina composta por 19 municiacutepios circunvizinhos com 119 milhotildees

de toneladas de gratildeos

30

5 O PERFIL DO AGRICULTOR E AS ATIVIDADES AGRAacuteRIAS

Segundo Crepaldi (1993 p17) as atividades agraacuterias tambeacutem

conhecidas como atividades rurais ou agropecuaacuterias satildeo exercidas das mais

variadas formas desde o cultivo caseiro para a subsistecircncia da famiacutelia ateacute os

grandes complexos agro-industriais Mazoyer e Roudart (1997) caracterizam o

sistema agraacuterio como sendo uma associaccedilatildeo de atividades produtivas e de teacutecnicas

utilizadas por uma sociedade visando a satisfazer agraves suas necessidades Eacute a

interaccedilatildeo entre o sistema bioecoloacutegico representado pelo meio natural e o sistema

soacutecio-cultural atraveacutes de praacuteticas resultantes do progresso teacutecnico

Nos Estados Unidos na deacutecada de 1970 convencionou-se o

conhecimento da administraccedilatildeo das propriedades rurais como farm management

que foi um ramo especiacutefico do management pelo fato da administraccedilatildeo rural ter

caracteriacutesticas especiais se comparada com a administraccedilatildeo industrial em razatildeo de

a produccedilatildeo agropecuaacuteria estar intimamente ligada ao processo bioloacutegico da terra e

dos animais(HERBST 1975)

Oliveira (1976) ressalta que as atividades rurais representam todas

as atividades de exploraccedilatildeo da terra seja o cultivo de lavouras e florestas ou a

criaccedilatildeo de animais com vistas agrave obtenccedilatildeo de produtos que venham a satisfazer agraves

necessidades humanas Mesmo com o aumento significativo da populaccedilatildeo das

cidades e com a reduccedilatildeo da populaccedilatildeo rural as atividades agropecuaacuterias continuam

desempenhando papel fundamental no desenvolvimento do paiacutes sendo este setor

responsaacutevel pelos principais produtos de exportaccedilatildeo na balanccedila de pagamento

Para Aloe (1981) os agricultores vecircm especializando-se em sua

produccedilatildeo agropecuaacuteria cultivando ou criando plantas e animais que satildeo procurados

pelo mercado e pelos quais recebem preccedilos mais elevados Dufumier (1996) afirma

que essa produccedilatildeo agropecuaacuteria eacute caracterizada pela combinaccedilatildeo da quantidade de

forccedila de trabalho composta pelas pessoas da famiacutelia do produtor e assalariados com

os distintos meios de produccedilatildeo composta basicamente pela terra maquinaacuterios e

insumos com a intenccedilatildeo de obter diferentes produtos agriacutecolas ou pecuaacuterios Essa

dependecircncia do agricultor em relaccedilatildeo ao mercado consumidor faz com que ele

aleacutem de cultivar ou criar as espeacutecies que o mercado compra sinta-se obrigado a

produzir conforme as exigecircncias desse mesmo mercado Dessa maneira o

31

agricultor vem diminuindo o nuacutemero de atividades em seu estabelecimento rural e

se dedicando a uma ou duas espeacutecies de culturas

Cada vez mais o agricultor produz para o mercado vendendo a

maior parte de sua produccedilatildeo e deixando para o consumo da famiacutelia quantidades

reduzidas de sua colheita Para Souki et al (1999) os produtores brasileiros devem

entender - que em uma eacutepoca de abertura de mercado e draacutesticas transformaccedilotildees

tecnoloacutegicas em que a palavra de ordem eacute qualidade e produtividade - eacute preciso

trabalhar profissionalmente para ser competitivo Para tanto os recursos

tecnoloacutegicos nas aacutereas administrativas teacutecnicas e de informaacuteticas estatildeo disponiacuteveis

e os empresaacuterios rurais que souberem aproveitaacute-los da melhor forma na

administraccedilatildeo de sua propriedade deveratildeo sobreviver e crescer Obviamente os que

se aventurarem a natildeo adotaacute-los fatalmente teratildeo seacuterios problemas para serem

competitivos neste novo perfil de mercado

Nem sempre no entanto esta situaccedilatildeo beneficia o agricultor pois se

a sua renda depende de poucos ou de apenas um produto uma queda do preccedilo do

mesmo ou uma frustraccedilatildeo de safra causa seacuterios prejuiacutezos ao agricultor No atual

estaacutegio de desenvolvimento da agricultura o custo de produccedilatildeo eacute bastante elevado

Para se ofertar um produto condizente com as necessidades do mercado eacute

necessaacuterio empregar fortes doses de adubaccedilatildeo sementes selecionadas e

defensivos agriacutecolas cujos preccedilos satildeo elevados porque dependem de importaccedilatildeo

Da mesma forma intensifica-se cada vez mais a mecanizaccedilatildeo da lavoura a qual

possibilita melhoria significativa de qualidade das praacuteticas agriacutecolas mas que torna

necessaacuterio o desembolso de quantias vultosas para sua compra conservaccedilatildeo e

serviccedilo (CREPALDI1993)

51 O PRODUTOR RURAL COMO EMPRESAacuteRIO

Para Luz (1980 p10) toda propriedade rural que natildeo produza

apenas para a subsistecircncia da famiacutelia de seu proprietaacuterio pode ser considerada

como propriedade de fins lucrativos ou econocircmicos Quanto mais conhecimento

sobre o seu negoacutecio tiver o produtor tanto mais positivos seratildeo os resultados

obtidos O conhecimento das potencialidades de sua propriedade o conhecimento

do mercado consumidor e a adoccedilatildeo de normas essenciais para a execuccedilatildeo das

32

atividades satildeo deveres que se impotildeem ao produtor na administraccedilatildeo do seu

negoacutecio O que produzir quanto produzir e como produzir satildeo dados que tambeacutem

devem estar bem definidos no momento de iniciar qualquer atividade explorativa

Para Batalha (1997) devido agrave situaccedilatildeo atual de dependecircncia do

agricultor com relaccedilatildeo ao mercado torna-se indispensaacutevel aos produtores rurais

ter o conhecimento aprofundado de seu negoacutecio no caso da agricultura Para tanto

o produtor deve estar bem informado sobre as condiccedilotildees de mercado com relaccedilatildeo agrave

cultura que deseja explorar bem como conhecer as condiccedilotildees e os recursos

naturais de sua propriedade rural Evered (1981) enfatiza que o produtor rural deve

tambeacutem ter capacidade de perceber as mudanccedilas no ambiente e analisar suas

futuras implicaccedilotildees Precisa ainda desenvolver habilidade para detectar mudanccedilas

relevantes no ambiente da propriedade nas inovaccedilotildees tecnoloacutegicas no mercado e

tambeacutem no ambiente social e poliacutetico

Segundo Santos e Marion (1993) o sucesso da empresas rural

depende basicamente do grau de gerenciamento dos seus proprietaacuterios que requer

habilidade teacutecnica e administrativa para o aproveitamento racional dos recursos que

estatildeo a sua disposiccedilatildeo como terras maquinaacuterios implementos recursos humanos

infra-estrutura da fazenda e informaccedilotildees para a tomada de decisatildeo a respeito dos

fatores internos da produccedilatildeo e dos externos como o mercado perfil climaacutetico da

regiatildeo onde estaacute localizada a propriedade meios de transporte preccedilos praticados

etc para garantia do lucro e a continuidade da empresa

Conforme explica Crepaldi (1993) no Brasil a maioria das fazendas

eacute administrada pelo proprietaacuterio e sua famiacutelia Entretanto as expressotildees empresa

rural e empresa agriacutecola satildeo encontradas com frequumlecircncia na literatura no sentido de

fazenda propriedade agriacutecola ou estabelecimento agropecuaacuterio organizado com a

finalidade de produccedilatildeo comercial Eacute importante reconhecer que existem diferenccedilas

marcantes entre as empresas rurais e as demais pertencentes a outros setores

econocircmicos Na agricultura o sistema de produccedilatildeo utiliza fatores de produccedilatildeo

provenientes dos vaacuterios setores mas sua caracteriacutestica fundamental eacute o uso da

remuneraccedilatildeo indireta como a matildeo-de-obra familiar e o trabalho administrativo do

proprietaacuterio Outra caracteriacutestica importante da empresa rural eacute a estreita relaccedilatildeo

entre as atividades de investimento produccedilatildeo e consumo na fazenda Gastos com a

famiacutelia do proprietaacuterio administrador satildeo considerados parte integrante da anaacutelise

econocircmica-financeira da empresa

33

Essa empresa rural ou ainda este complexo famiacutelia-fazenda cujos

recursos satildeo dedicados agrave produccedilatildeo agropecuaacuteria sem necessariamente assumir

personalidade juriacutedica tem como objetivo maximizar o valor presente do patrimocircnio

Para Marion (1983) o proprietaacuterio da terra eacute o empresaacuterio mas este

termo representa a unidade de tomada de decisatildeo que pode ser o fazendeiro sua

esposa qualquer dos filhos ou uma combinaccedilatildeo destes Aleacutem disto o empresaacuterio

normalmente trabalha com os membros de sua famiacutelia nas tarefas comuns da

fazenda A famiacutelia tem seguramente influecircncia nas decisotildees administrativas de

sorte que a separaccedilatildeo das funccedilotildees administrativas das demais na empresa rural

natildeo eacute tatildeo simples quanto fora do setor agriacutecola

Bastiani (1999) ressalta que uma grande parte dos agricultores que

tem na agricultura sua principal atividade econocircmica natildeo escolheu ser agricultor e

de uma forma geral essa escolha deu-se por um processo de legado

Transcendendo de geraccedilotildees para geraccedilotildees com forte vinculaccedilatildeo de afetividade a

terra onde os agricultores de ontem eram os avoacutes os de hoje os pais e os de

amanhatilde com grande probabilidade seratildeo os filhos e depois os netos Noronha

(1987 p23) enfatiza que a maior parte das empresas rurais ainda eacute transmitida de

pais para filhos por meio de heranccedilas e tendem a ocorrer em fases de relativa

estabilidade na organizaccedilatildeo da empresa apoacutes muitos anos de experiecircncia

administrativa do proprietaacuterio Na falta de um administrador experiente haacute uma

soluccedilatildeo de continuidade administrativa que pode ter graves consequumlecircncias Mesmo

quando um dos herdeiros se encontra em condiccedilotildees de continuar uma eficiente

administraccedilatildeo a divisatildeo de terras e demais bens entre os herdeiros resultam em

uma reduccedilatildeo no tamanho da empresa de cada um Aleacutem disso existem diferentes

niacuteveis de habilidades administrativas entre os novos empresaacuterios Portanto mesmo

no caso de relativa familiaridade de cada um com o negoacutecio original o mais provaacutevel

eacute que haveraacute significativa perda de eficiecircncia no curto prazo

Atualmente quando a agricultura estaacute cada vez mais voltada para

um mercado mais competitivo a sobrevivecircncia e o crescimento da empresa rural

dependem em grande parte da capacidade empresarial Decisotildees tecircm de ser

tomadas em varias aacutereas com base em conhecimentos teacutecnicos-administrativos -

tanto quanto possiacutevel atualizado - sobre as condiccedilotildees de produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo de insumos e produtos relevantes para a empresa

34

52 o perfil do agricultor brasileiro

Com o objetivo de traccedilar o perfil do agricultor brasileiro a pesquisa

realizada pelo Centro de Estudos Agriacutecolas vinculado ao Instituto Brasileiro de

Economia da Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas encomendada pela Confederaccedilatildeo Nacional

da Agricultura-CNA (2002) cuja amostra total foi de 1837 estabelecimentos rurais

das regiotildees Sul Sudeste Centro-Oeste Pernambuco e Cearaacute detectou na amostra

que

a) 85 dos entrevistados satildeo proprietaacuterios do imoacutevel

b) A idade meacutedia do responsaacutevel eacute de 52 anos

c) A maior concentraccedilatildeo estaacute na faixa de baixa escolaridade (1 a 6

anos que corresponde ao primeiro grau incompleto)

d) 85 dispotildeem de energia eleacutetrica

e) 43 dos estabelecimentos tecircm antena paraboacutelica

f) 56 dispotildeem de um veiacuteculo no estabelecimento

g) 72 utilizam aacutegua encanada

h) 81 tecircm um aparelho de televisatildeo

i) 82 possuem outra fonte de renda gerada fora do

estabelecimento que natildeo os rendimentos da atividade

agropecuaacuteria

j) o microcomputador eacute um instrumento que ainda estaacute para ser

descoberto no meio rural (somente 3 tecircm um microcomputador)

o que dificulta a adoccedilatildeo pelos estabelecimentos de tecnologias

organizacionais importantes para enfrentar as novas exigecircncias

de competitividade impostas pelo mercado

k) No sul um hectare rende em meacutedia o equivalente ao valor de 85

sacas de milho ao preccedilo de R$750 a saca

l) A matildeo-de-obra familiar eacute utilizada em 78 dos estabelecimentos

m) A matildeo-de-obra temporaacuteria eacute utilizada em 81 dos

estabelecimentos

n) Na regiatildeo sul a comercializaccedilatildeo eacute feita preponderantemente via

cooperativas o que tambeacutem ocorre no Centro-Oeste Nas demais

regiotildees prevalecem o sistema de venda direta no mercado ldquopara

quem paga maisrdquo

35

o) 62 receberam educaccedilatildeo puacuteblica atraveacutes de algum membro da

famiacutelia

p) Em geral filhos dos antigos proprietaacuterios passaram a assumir a

conduccedilatildeo do estabelecimento em decorrecircncia das mudanccedilas

organizacionais que estatildeo sendo promovidas em resposta aos

desafios de um mercado muito mais competitivo

q) Quanto maior a distacircncia da propriedade com a sede do

municiacutepio mais difiacutecil eacute o acesso dos produtores rurais agrave

informaccedilatildeo pertinente agrave compra e venda de insumos e produtos

acesso ao creacutedito e cumprimento das obrigaccedilotildees trabalhistas e

tributaacuterias

r) Entre os estabelecimentos estudados predominaram as pequenas

unidades familiares com aacuterea cultivada de ateacute 20 hectares mas

sua participaccedilatildeo na produccedilatildeo perde para os grandes

estabelecimentos Na regiatildeo sul os grandes estabelecimentos

rurais contribuem com aproximadamente 70 da renda gerada

com a produccedilatildeo agriacutecola e pecuaacuteria

36

6 PRODUCcedilAtildeO E PRODUTIVIDADE AGRIacuteCOLA

Apoacutes a Segunda Guerra Mundial o traccedilo mais marcante do padratildeo

de expansatildeo da oferta agriacutecola mundial foi o violento crescimento da produccedilatildeo e da

produtividade que ocorreu principalmente nos paiacuteses desenvolvidos Este aumento

do produto foi igualmente acompanhado pelo crescimento da produccedilatildeo por hectare

A expansatildeo da produccedilatildeo agregada foi mais que suficiente para compensar o

crescimento da populaccedilatildeo e a disponibilidade de alimentos que era de 240 kg por

habitanteano passou em 1996 para 320 kg por habitanteano O desempenho

positivo da agricultura foi conseguido basicamente com o aumento da produtividade

da terra e do trabalho cabendo ao aumento da aacuterea cultivada menor participaccedilatildeo de

acordo com boletim da USDA conforme se verifica no quadro 02 (DIAS BARROS

1998)

DADOS MUNDIAIS 1950 1996

Oferta mundial de gratildeos 630 milhotildees toneladas 18 bilhotildees toneladas

Produtividade meacutedia 11 toneladas por ha 26 toneladas por ha

Aacuterea cultivada com gratildeos 614 milhotildees hectares 696 milhotildees hectares

Alimento disponiacutevel por habitanteano 240 kgs 320 kgs

Quadro 2ndash Evoluccedilatildeo da produtividade e produccedilatildeo mundial de

gratildeos nos uacuteltimos 50 anos

Para Luz (1980) a produtividade natildeo se confunde com a produccedilatildeo

pois enquanto esta tem como significado o total puro e simples do que cada cultura

produziu aquela significa a quantidade de produccedilatildeo obtida por uma unidade de fator

de produccedilatildeo Assim a produtividade da soja eacute medida em sacas ou quilos por

hectare o leite eacute medido em litros por vaca ordenhada e assim por diante Santos

(1993) compartilha desse raciociacutenio denominando a produtividade de rendimento

de cultivos ou criaccedilotildees classificando a produtividade por rendimento elevado

meacutedio ou baixo

37

De acordo com Lacombe e Heilborn (2003 p165) a produtividade eacute

o quociente que resulta na divisatildeo entre a produccedilatildeo obtida e um dos fatores

empregados na produccedilatildeo ou entre a produccedilatildeo obtida e um conjunto ponderado dos

fatores de produccedilatildeo A produtividade nada mais eacute do que uma relaccedilatildeo entre o que

foi obtido e um dos recursos usados para obtecirc-lo Por exemplo na produtividade de

um hectare de terra diz-se que a produtividade eacute tantas toneladas por hectare Se

utiliza-se outros insumos como adubos e irrigaccedilatildeo a produtividade por hectare

aumenta Com o uso de sementes selecionadas obteacutem-se uma produtividade mais

alta por hectare

Na visatildeo de Drucker (2000 p205) a produtividade de qualquer

sociedade desenvolvida repousa cada vez mais na capacidade de fazer com que o

trabalho intelectual seja produtivo e o trabalhador intelectual realizado

Crepaldi (1993) ressalta que a terra eacute o fator de produccedilatildeo mais

importante para as atividades agraacuterias pois eacute nela que se aplicam os capitais e onde

se trabalha para obter a produccedilatildeo Se a aacuterea de terra for ruim ou muito pequena

dificilmente se produziratildeo colheitas abundantes e lucrativas por mais capital ou

trabalho de que disponha o produtor Desse modo uma das grandes preocupaccedilotildees

do produtor deve ser sempre com a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da terra evitando

seu desgaste pelo mau uso e tambeacutem pela erosatildeo

De acordo com Konzen (1977) o cultivo de gratildeos nas grandes

lavouras da regiatildeo sul do Brasil que ocupam mais de 50 da aacuterea total das

propriedades rurais tem elevado grau de produtividade cuja destinaccedilatildeo eacute o

mercado internacional atraveacutes das exportaccedilotildees ficando o restante da aacuterea por

conta da criaccedilatildeo de animais A produtividade das aacutereas se justifica porque os

produtores investem pesadamente em mecanizaccedilatildeo aplicam intensamente

fertilizantes e defensivos nas lavouras utilizam assistecircncia teacutecnica com frequumlecircncia e

tecircm elevada capacidade administrativa com formaccedilatildeo educacional de segundo ou

terceiros graus Pereira (1999) ressalta tambeacutem que a mecanizaccedilatildeo pode

desempenhar um papel importante na busca da produtividade visto que o Brasil eacute

um dos poucos paiacuteses com capacidade de expandir sua produccedilatildeo agropecuaacuteria

seja pelo aumento da aacuterea plantada ou pelo incremento da produccedilatildeo

La Torre (2002) acredita que as grandes propriedades rurais

apresentam maior produtividade da terra que as pequenas em razatildeo do seu faacutecil

acesso ao creacutedito rural Acrescenta que na medida em que esse creacutedito tambeacutem for

38

repassado com mais facilidade agraves pequenas propriedades essa vantagem possa

ser revertida em favor de uma melhor produtividade para as pequenas propriedades

rurais

Nos uacuteltimos 12 anos a produccedilatildeo de gratildeos no paiacutes cresceu de 58

milhotildees de toneladas de gratildeos para a casa dos 100 milhotildees com excepcional

produtividade pois a aacuterea plantada praticamente natildeo aumentou conforme

demonstra o graacutefico 03 Eacute resultado sobretudo do fato de a agricultura brasileira ter

se voltado para o mercado internacional

378 384 356 391 384 368 364 351 367 377 376

11529671003

828824765789

738812

761683

578682

426402

0

20

40

60

80

100

120

9091 9293 9495 9697 9899 0001 0203

Produccedilatildeo (milhotildees de ton) Aacuterea ( milhotildees de ha)

prev

Graacutefico 03- Produtividade de gratildeos no Brasil na uacuteltima deacutecada Fonte Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento

Souza (1999) relata que a elevaccedilatildeo da produtividade na agricultura

eacute muito importante porque tambeacutem contribui para reduzir a pobreza na aacuterea urbana

pela elevaccedilatildeo dos salaacuterios nominais e reais e com isso melhora a distribuiccedilatildeo de

renda em toda a economia Agrave medida em que esta realidade se apresenta diminui a

pobreza absoluta geralmente medida pelo consumo diaacuterio de calorias per capita

39

Com o crescimento da renda as pessoas reduzem o consumo de calorias e passam

a ingerir quantidade maior de proteiacutenas

A necessidade de manter a produccedilatildeo acelerada tanto para a

exportaccedilatildeo como para suprir o mercado interno exige do produtor um aumento da

produtividade que pode ser conseguido pela adoccedilatildeo de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

uma vez que existem limites para o aumento da produccedilatildeo apenas mediante a

expansatildeo da aacuterea cultivada (SOUZA 1999 p281)

Streeter (1988) ensina que as inovaccedilotildees tecnoloacutegicas devem ter agrave

frente as universidades puacuteblicas com forte ecircnfase na pesquisa no ensino e na

extensatildeo seguidas das empresas privadas que podem consolidar as soluccedilotildees com

propostas em niacutevel comercial

No conceito de Sorima Neto (1999) o agricultor na busca de

melhorar sua produtividade pode contar inclusive com a ajuda de sateacutelite para

aumentar a colheita Os agricultores do interior de Minas Gerais e de Mato Grosso

conseguem produzir tanto quanto os agricultores americanos o que corresponde a

180 sacas de milho por hectare sendo que a meacutedia brasileira oscila entre 100 e 120

sacas dependendo da regiatildeo

A produtividade conta tambeacutem com a biotecnologia no

desenvolvimento de sementes resistentes a pragas e a inseticidas e plantas que se

adaptam bem a solos pobres e de clima seco Na pecuaacuteria - com as teacutecnicas de

inseminaccedilatildeo artificial e transferecircncia de embriotildees atraveacutes da engenharia geneacutetica -

pode-se produzir bois que rendem o dobro de carne e vacas que geram mais de

quarenta bezerros em um ano O periacuteodo de gestaccedilatildeo de nove meses das vacas eacute

multiplicado pelo artifiacutecio dos embriotildees congelados

O aumento da produtividade por parte dos produtores decorrente da

maior acumulaccedilatildeo de capital e do progresso tecnoloacutegico resulta no aumento do

volume total ofertado reduzindo dessa maneira o preccedilo dos produtos

agropecuaacuterios Pereira (1999) acrescenta que tornou-se indispensaacutevel para o

produtor rural a busca pelo aumento da produtividade o que soacute eacute possiacutevel com

investimentos elevados e adoccedilatildeo de novos processos produtivos que possibilitem a

expansatildeo da produccedilatildeo brasileira Como a estrutura agraacuteria natildeo apresentou avanccedilos

e os pequenos produtores natildeo foram capazes de absorver os avanccedilos tecnoloacutegicos

por falta de escolaridade o meacutedio e o grande produtor assumiram esse setor

implementando novas tecnologias e se adequando ao processo de inovaccedilatildeo

40

Assim aquele produtor que natildeo tem capacidade de investimento

natildeo consegue manter-se no processo e acaba por vender sua propriedade em

funccedilatildeo da sua incapacidade de escala Embora o setor esteja com sua produtividade

em franco crescimento uma grande parte dos produtores em geral pequenos

produtores estatildeo faturando muito pouco ou o suficiente para sobreviver e manter

sua propriedade porque ainda lhes faltam condiccedilotildees e visatildeo econocircmica para

buscar outra fonte para a venda dos seus produtos aleacutem do mercado fiacutesico

61 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DA SOJA

A produccedilatildeo mundial de soja para a safra 20022003 deve chegar a

1894 milhotildees de toneladas de gratildeos segundo dados estatiacutesticos da USDA De

acordo com levantamentos realizados pela Conab a safra brasileira 20012002 foi

de 419 milhotildees de toneladas com perspectiva de colheita recorde em 20022003 na

ordem de 503 milhotildees de toneladas de gratildeo Esses nuacutemeros correspondem a 26

da produccedilatildeo mundial com destaque para os estados do Mato Grosso Paranaacute e Rio

Grandes do Sul atualmente os maiores produtores nacionais conforme demonstra

o graacutefico 04 (TAVARES 2002)

Produccedilatildeo outros paiacuteses74

Produccedilatildeo brasileira

26

Produccedilatildeobrasileira Produccedilatildeo outrospaiacuteses

1391

503

41

Graacutefico 04ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de soja para safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Na safra da soja de 20012002 o Brasil teve uma produccedilatildeo de

4284 sacas por hectare equivalente a 1036 sacas de 60 kgs por alqueire paulista

Na safra de 20022003 a estimativa da aacuterea a ser cultivada eacute de 180 milhotildees de

hectares e produccedilatildeo de 503 milhotildees de toneladas de gratildeos Mantendo esta

previsatildeo o aumento na aacuterea cultivada seraacute de 10 da produccedilatildeo de 20 e da

produtividade 85 conforme revela o graacutefico 05 (CONAB 2003c)

419

503

163 180

0

10

20

30

40

50

60

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 05ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

soja de 20012002 e 20022003

A produccedilatildeo brasileira de soja para a safra 20022003 deve chegar a

503 milhotildees de toneladas de gratildeos segundo dados estatiacutesticos da Conab A

mesma fonte ressalta que a produccedilatildeo paranaense de 20012002 foi de 92 milhotildees

de toneladas com perspectiva de colheita recorde em 20022003 na ordem de 102

milhotildees de toneladas de gratildeos e que corresponde a 20 da produccedilatildeo brasileira

conforme demonstra o graacutefico 06 (CONAB 2003c)

42

Produccedilatildeo Outros

Estados80

Produccedilatildeo Paranaacute

20

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

401

102

Graacutefico 06ndash Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e paranaense de soja na safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Outros dados da Conab (2003c) registram que o Paranaacute colheu na

safra de 20012002 4791 sacas por hectare o que corresponde a 11594 sacas de

60 kgs por alqueire paulista - foi superior a meacutedia nacional em 1183 Na safra de

20022003 estima-se uma colheita de 102 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma

aacuterea de 35 milhotildees de hectares de terras - Corresponde um aumento na aacuterea de

quase 10 aumento na produccedilatildeo de 108 e na produtividade de 139 como

demonstra o graacutefico 07 Com a obtenccedilatildeo da produtividade de 4857 sacas por

hectare que corresponde a 11753 sacas de 60 kgs por alqueire paulista a

produtividade seraacute superior a meacutedia nacional em 5

43

92102

32 35

0

2

4

6

8

10

12

Safra 20012002 Safra 20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 07ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de soja de 20012002 e 20022003

Tavares (2002) comenta que se for considerado que o custo de

produccedilatildeo da safra brasileira gira em torno de 40 inferior ao custo dos produtores

nortes americanos com uma produtividade superior em quase 20 e rentabilidade

que varia entre 25 a 30 o produtor de soja brasileiro tem todas as condiccedilotildees de

competitividade podendo produzir - natildeo soacute para o mercado interno - como aumentar

as exportaccedilotildees para o mercado internacional Contudo ressalta que os pequenos e

meacutedios produtores deveratildeo ter certa dificuldade para realizar esse tipo de operaccedilatildeo

pelo fato de natildeo efetuarem diretamente a comercializaccedilatildeo externa da sua produccedilatildeo

Desde os anos 70 o Brasil manteacutem uma posiccedilatildeo de respeito no

mercado mundial da soja Santana (1984) explica que essa importacircncia se daacute por

trecircs razotildees 1) Pelo grau de modernizaccedilatildeo alcanccedilado nas unidades agriacutecolas de

produccedilatildeo de soja 2) Pelo periacuteodo de produccedilatildeo da soja brasileira que entra no

mercado internacional no periacuteodo de entressafra da soja americana e 3) Pelo maior

teor de oacuteleo e de proteiacutena existente no gratildeo de soja produzido no Brasil

A modernizaccedilatildeo das propriedades rurais estaacute diretamente

relacionada com a mecanizaccedilatildeo das lavouras que eacute praticamente completa em

todas as fases do processo produtivo que vai desde a preparaccedilatildeo da terra ateacute a

colheita Nas grandes regiotildees de cultivo desta cultura se concentra mais da metade

da frota de tratores do paiacutes Sabe-se que natildeo eacute a totalidade desta frota destinada agraves

44

lavouras de soja mas pela magnitude da aacuterea de soja plantada nas regiotildees e pelos

altos iacutendices de produccedilatildeo alcanccedilados pode-se deduzir que parte consideraacutevel

dessa frota regional faccedila parte da base teacutecnica da produccedilatildeo dessa oleaginosa Eacute de

conhecimento puacuteblico que a cultura da soja exige um dos maiores niacuteveis de

mecanizaccedilatildeo em todos os estaacutegios de sua produccedilatildeo(AYRES 1985)

62 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DO MILHO

Na escala da produccedilatildeo mundial de milho os Estados Unidos

aparece com a maior participaccedilatildeo na ordem de 405 a China em segundo lugar

com 191 e o Brasil com uma produccedilatildeo de 6 Segundo dados estatiacutesticos da

USDA a produccedilatildeo mundial de milho para a safra 20022003 deve chegar a 5916

milhotildees de toneladas de gratildeos conforme demonstra o graacutefico 8 (MOREIRA 2002)

Produccedilatildeo Brasileira

6

Produccedilatildeo Outros Paiacuteses

94ProduccedilatildeoBrasileiraProduccedilatildeo OutrosPaiacuteses

5541 375

Graacutefico 08ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de milho para a safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Na safra 20012002 o Brasil teve uma produccedilatildeo de 5240 sacas por

ha o que corresponde a 127 sacas de 60 kgs por alqueire paulista Na safra de

45

20022003 a estimativa da aacuterea a ser cultivada eacute de 122 milhotildees de hectares e

produccedilatildeo de 375 milhotildees de toneladas de gratildeos com produtividade de 5123

sacas por hectare correspondendo a 124 sacas de 60 kgs por alqueire paulista Se

persistir essa previsatildeo haveraacute aumento na aacuterea de 3 de 1 na produccedilatildeo e

produtividade inferior em 2 conforme demonstra o graacutefico 09 (CONAB 2003b)

371 375

118 122

05

10152025303540

Safra20012002

Previsatildeo Safra2022003

Produccedilatildeo(milhotildees ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 09ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

milho de 20012002 e 20022003

Na previsatildeo da produccedilatildeo brasileira de 375 milhotildees de toneladas de

gratildeos de milho para a safra 20022003 o Estado do Paranaacute deveraacute contribuir com

uma safra de 117 milhotildees de toneladas o correspondente a quase 13 da produccedilatildeo

nacional conforme graacutefico 10 (CONAB 2003b)

46

Produccedilatildeo Paranaacute

31Produccedilatildeo Outros

Estados 69

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

258

117

Graacutefico 10ndash Previsatildeo da produccedilatildeo Brasileira e Paranaense de milho para a safra 20022003 (em milhotildees de toneladas)

Ainda de acordo com os dados da Conab (2003b) o Paranaacute colheu

na safra de 20012002 6265 sacas por hectare o que corresponde a 15161 sacas

de 60 kgs por alqueire paulista superior agrave meacutedia nacional em 195 Na safra de

20022003 a Conab estima que o plantio seraacute em 263 milhotildees de hectares e a

colheita de 1176 milhotildees de toneladas de gratildeos O aumento da aacuterea seraacute de 5 da

produccedilatildeo 25 e da produtividade perto de 20 com a obtenccedilatildeo da produtividade

de 7452 sacas por hectare que corresponde a 18033 sacas de 60 kgs por alqueire

paulista tambeacutem superior a meacutedia nacional em 455 conforme o graacutefico 11

47

936

1176

249 263

02468

101214

Safra 20012002 Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton) Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 11ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de milho de 20012002 e 20022003

Tradicionalmente os preccedilos do milho sempre estiveram proacuteximos do

preccedilo miacutenimo pago pelo governo fazendo com que o Estado constantemente

promovesse intervenccedilotildees no mercado para garantir receita ao produtor rural Com a

exportaccedilatildeo do produto favorecido pelas altas taxas de cacircmbio nos anos de 2001 e

2002 o preccedilo passou a ter referecircncia na paridade dos preccedilos de exportaccedilatildeo

proporcionando ao produtor uma melhora substancial no preccedilo do milho cultivado

(MOREIRA 2002)

De acordo com Alves (1998) a cultura do milho expandiu-se no

territoacuterio nacional assim como as demais exploraccedilotildees tradicionais usando a

tecnologia primitiva com o produtor derrubando as matas a procura da fertilidade

natural dos solos O milho hiacutebrido apareceu na deacutecada de 1950 e o uso de

maacutequinas equipamentos e fertilizantes tornou-se significativo a partir da deacutecada de

1970 Portanto a cultura se estabeleceu no paiacutes com uma tecnologia de niacutevel de

produtividade baixo e tambeacutem compatiacutevel com a dotaccedilatildeo de fatores em que a terra

e a matildeo-de-obra eram abundantes Com o crescimento e a diversificaccedilatildeo do

mercado interno de trabalho de produtos e de insumos a consequumlente

industrializaccedilatildeo a urbanizaccedilatildeo e a competiccedilatildeo proporcionada pela abertura do

comeacutercio internacional houve mudanccedilas dramaacuteticas nas exigecircncias tecnoloacutegicas da

48

agricultura nacional hoje mais fundamentada na ciecircncia e em teacutecnicas de cultivo

que procuram usar a terra mais intensamente e com o miacutenimo de matildeo-de-obra

63 A PRODUCcedilAtildeO E A PRODUTIVIDADE DO CAFEacute

A atividade cafeeira vem representando ao longo dos uacuteltimos anos

um importante fator de desenvolvimento econocircmico e social para muitos paiacuteses

Segundo Moricochi et al (1997) o cafeacute movimentou mais de US$ 40 bilhotildees no

mercado mundial em 1997 constituindo-se em uma importante atividade para a

geraccedilatildeo de emprego e renda sendo que mais de 20 milhotildees de pessoas no mundo

dependem diretamente dessa atividade

A produccedilatildeo mundial de cafeacute beneficiado para a safra 20022003

deve chegar a 1209 milhotildees de sacas de 60 quilos pelos dados estatiacutesticos da

USDA Em levantamentos realizados pela Conab (2003a) a safra brasileira

20022003 estaacute estimada em 472 milhotildees de sacas beneficiadas com 373 milhotildees

de cafeacute araacutebica e 99 milhotildees de cafeacute robusta sendo considerada a maior produccedilatildeo

da histoacuteria do Brasil conforme demonstra o graacutefico 12

Produccedilatildeo Brasileira

39

Produccedilatildeo Outros Paiacuteses61

ProduccedilatildeoBrasileiraProduccedilatildeo OutrosPaiacuteses

737 472

Graacutefico 12ndash Previsatildeo da produccedilatildeo mundial e brasileira de cafeacute para a safra 20022003 (em milhotildees de sacas de 60 kgs de cafeacute beneficiado)

49

Esse recorde se deve agraves oacutetimas condiccedilotildees climaacuteticas no periacuteodo de

floraccedilatildeo e formaccedilatildeo dos gratildeos e tambeacutem pela mudanccedila no perfil do parque cafeeiro

nacional Nas aacutereas tradicionais de plantio no sul de Minas Gerais Satildeo Paulo e

Paranaacute as lavouras antigas estatildeo sendo substituiacutedas desde 1994 por cafezais de

plantio adensados (MORAES FILHO 2002)

De acordo com a Conab (2003a) o Brasil colheu - na safra de

20012002 - 243 milhotildees de toneladas de cafeacute beneficiados o que corresponde a

4052 milhotildees de sacas em uma aacuterea de 237 milhotildees de hectares Para a safra de

20022003 o Brasil deveraacute colher 283 milhotildees de toneladas de cafeacute em uma aacuterea de

258 milhotildees de hectares o que corresponde a 472 milhotildees de sacas beneficiadas

em 48 milhotildees de peacutes de cafeacute em franca produccedilatildeo sendo mais da metade em

Minas Gerais A produccedilatildeo de 1841 sacas de 60 kgs por hectare corresponde a

4455 sacas por alqueire paulista O aumento na aacuterea seraacute de 886 na produccedilatildeo

1646 e 7 na produtividade conforme demonstra o graacutefico 13

243

283

237

258

212223242526272829

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo(milhotildees de ton)Aacuterea (milhotildees deha)

Graacutefico 13ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra brasileira de

cafeacute de 20012002 e 20022003

Para Moraes Filho (2002) o mercado estaacute apresentando reduccedilotildees

contiacutenuas nas cotaccedilotildees internacionais nas uacuteltimas cinco safras devido ao

significativo aumento na oferta resultado de incremento na produccedilatildeo em paiacuteses

tradicionais e principalmente em paiacuteses que ateacute entatildeo natildeo eram exportadores

50

importantes No final do ano de 2001 e iniacutecio de 2002 os preccedilos do cafeacute no mercado

internacional atingiram o menor niacutevel dos uacuteltimos 30 anos Nas safras de 19981999

19992000 e 20002001 a produccedilatildeo mundial de cafeacute foi superior ao consumo

permitindo a recomposiccedilatildeo dos estoques nos paiacuteses importadores A partir da safra

20032004 poderaacute ocorrer uma recuperaccedilatildeo das cotaccedilotildees dos preccedilos internacionais

diante da perspectiva da reduccedilatildeo nas aacutereas de plantio do cafeacute em especial no Brasil

e no Vietnatilde primeiro e segundo exportadores mundiais seguidos de paiacuteses da

Ameacuterica Central

Com a recuperaccedilatildeo dos preccedilos o Brasil tende a apresentar um

sensiacutevel crescimento neste mercado em que o segmento que mais cresce eacute o de

cafeacutes expressos cujo blend natildeo pode dispensar o cafeacute brasileiro com corpo

fundamental para a qualidade do cafeacute expresso (HEMERLEY 2001)

Na previsatildeo da produccedilatildeo brasileira de 470 milhotildees de sacas de cafeacute

beneficiadas para a safra 20022003 o Estado do Paranaacute deveraacute contribuir com uma

safra de 23 milhotildees de sacas o que corresponde a 5 da produccedilatildeo nacional

conforme demonstra o graacutefico 14

Produccedilatildeo Paranaacute

5

Produccedilatildeo Outros

Estados95

Produccedilatildeo Paranaacute

Produccedilatildeo OutrosEstados

449 23

Graacutefico 14ndash Previsatildeo da produccedilatildeo brasileira e Paranaense de cafeacute para a safra 20022003 (em milhotildees de sacas de 60 kgs de cafeacute beneficiadas)

51

Segundo a Conab (2003a) o Paranaacute colheu na safra de 20012002

1851 sacas de cafeacute beneficiadas por hectare o equivalente a 4479 sacas por

alqueire A estimativa para a colheita na safra de 20022003 eacute de 1685 sacas por

hectare O que corresponde a 4077 sacas beneficiadas por alqueire paulista Se

confirmada esta previsatildeo haveraacute uma reduccedilatildeo de 27 na aacuterea plantada na

produccedilatildeo 115 e na produtividade 89 conforme demonstra o graacutefico 15

Ressalte-se tambeacutem que a produtividade no Estado do Paranaacute seraacute 7 inferior agrave

produtividade nacional

1452

128513071271

115120125130135140145150

Safra20012002

Previsatildeo Safra20022003

Produccedilatildeo (em milton)Aacuterea (em mil ha)

Graacutefico 15ndash Comparativo de aacuterea produccedilatildeo e produtividade da safra paranaense

de cafeacute de 20012002 e 20022003

52

7 AS MODALIDADES DE COMERCIALIZACcedilAtildeO DOS PRODUTOS AGRIacuteCOLAS

Produtores rurais normalmente natildeo tecircm ou tecircm pouco poder de negociaccedilatildeo vendendo seus produtos em

mercados de pouca concorrecircncia Na maioria das vezes os preccedilos satildeo determinados pelos compradores

dentro dos limites impostos por outros concorrentes Segundo Boone e Kurtz (1998) a determinaccedilatildeo do

preccedilo de venda de um produto pode ser efetivado de duas diferentes formas o preccedilo de mercado e o preccedilo de

custo cada qual proporcionando dois meacutetodos puros de determinaccedilatildeo de preccedilos O preccedilo a ser pago por

certo produto eacute derivado do equiliacutebrio obtido entre a quantidade de oferta deste produto e a demanda por ele

estimulada O risco de flutuaccedilotildees adversas de preccedilos eacute um dos fatores que mais incomodam os produtores

rurais e todos os que precisam comercializar seus produtos Pelas suas caracteriacutesticas os preccedilos dos produtos

agriacutecolas estatildeo sujeitos a grandes oscilaccedilotildees satildeo de difiacutecil previsatildeo e geram muitas dificuldades nessa

tomada de decisatildeo

Para Bressan (1999) eacute indispensaacutevel que o produtor rural antes de iniciar a produccedilatildeo estabeleccedila a estrateacutegia

de comercializaccedilatildeo conheccedila os mercados canais de distribuiccedilatildeo tendecircncias e identifique oportunidades de

mercado

A anaacutelise do mercado eacute de fundamental importacircncia para o produtor As informaccedilotildees produzidas pelo estudo

do mercado permitem ao produtor identificar as necessidades nichos onde vai atuar oportunidade para

colocar o produto na hora certa tendecircncias do comportamento do mercado com relaccedilatildeo a sua ascensatildeo ou

decliacutenio (MAXIMIANO 2000 p401)

Para Azevedo (1997 p51) os produtos agropecuaacuterios diferem dos outros uma grande parte consiste em

produtos alimentares mas outros - como tecidos ou borracha - atendem a outros diferentes anseios dos

consumidores Alguns satildeo pereciacuteveis como eacute o caso dos derivados do leite enquanto outros podem ser

estocados por mais tempo sem cuidados exagerados como eacute o caso do cafeacute e ateacute mesmo do milho e da soja

Os produtos agropecuaacuterios satildeo basicamente bens de primeira necessidade e por consequumlecircncia costumam ter

um baixo valor unitaacuterio

Segundo Azevedo (1997 p53) a produccedilatildeo agriacutecola sofre as restriccedilotildees ditadas pela natureza e sua oferta

depende de dois elementos relevantes a) as condiccedilotildees climaacuteticas e b) o periacuteodo de maturaccedilatildeo dos produtos

No primeiro caso o resultado da atividade agriacutecola tanto em termos quantitativos quanto qualitativos eacute

particularmente dependente das condiccedilotildees do tempo Desse modo um elemento aleatoacuterio condiciona a

produccedilatildeo agriacutecola e consequumlentemente a comercializaccedilatildeo dos produtos agropecuaacuterios Avanccedilos

53

tecnoloacutegicos como eacute o caso da irrigaccedilatildeo permitem a reduccedilatildeo desse efeito aleatoacuterio proveniente das

condiccedilotildees climaacuteticas No entanto excluindo a produccedilatildeo em estufas ndash economicamente inviaacutevel para grandes

volumes de produccedilatildeo ndash a atividade agriacutecola ainda depende profundamente das condiccedilotildees climaacuteticas

No segundo caso a natureza impotildee um espaccedilo de tempo entre a decisatildeo de investir e a efetiva produccedilatildeo

agriacutecola Eacute a interferecircncia das estaccedilotildees do ano e a sazonalidade A sucessatildeo de safras e entressafras decorre

da natureza bioloacutegica da produccedilatildeo agriacutecola Tipicamente a produccedilatildeo agriacutecola concentra-se em algumas

eacutepocas do ano O cafeacute por exemplo tem sua colheita na entrada do inverno A carne bovina por sua vez tem

o pico da safra durante o outono quando as chuvas comeccedilam a escassear Esta caracteriacutestica sazonal eacute uma

determinante fundamental no comportamento dos preccedilos na hora da comercializaccedilatildeo

Para Azevedo (1997 p54) o cafeicultor pode armazenar sua safra colhida por exemplo mas isso tem um

custo Aleacutem do custo de armazenagem existe o custo financeiro de deixar o produto parado O cafeicultor

que natildeo transforma sua colheita em dinheiro estaacute abdicando da taxa de juros que o valor da colheita poderia

receber no mercado financeiro Do mesmo modo acontece com o pecuarista que pode manter seus bois

durante o inverno mas a entrada da seca no entanto encarece a manutenccedilatildeo dos animais Como

consequumlecircncia o preccedilo desses insumos varia ao longo das estaccedilotildees do ano de modo a premiar aqueles que

vendem seus produtos fora da safra A comercializaccedilatildeo dos produtos agropecuaacuterios necessariamente

subordina-se ao comportamento sazonal O ritmo da produccedilatildeo das vendas e a formaccedilatildeo dos estoques

caminham conforme determinam as estaccedilotildees do ano As atividades agropecuaacuterias ainda estatildeo longe da linha

de produccedilatildeo industrial na qual o empresaacuterio pode controlar com maior cuidado o tempo a quantidade e a

qualidade do produto

As principais alternativas que os produtores rurais tecircm para comercializar seus produtos satildeo

a) Venda na eacutepoca da colheita

b) Venda antes da colheita atraveacutes de contrato com preccedilo fixado ou a fixar

c) Venda antecipada por meio de Ceacutedula do Produtor Rural (CPR)

d) Venda atraveacutes de contrato no mercado futuro

A venda fiacutesica no balcatildeo ou a venda informal na eacutepoca da colheita permite que comprador e vendedor

negociem seus preccedilos de acordo com o momento e os seus interesses chegando em um consenso que

beneficie a ambos

Segundo Mendes (1982) nesse tipo de comercializaccedilatildeo o produtor entrega a sua produccedilatildeo na eacutepoca da

colheita pelo preccedilo em vigor que geralmente estaacute aviltado pela elevaccedilatildeo da oferta dos produtos no mercado

54

Ao escolher esta alternativa o produtor abandona qualquer ganho de possiacuteveis aumentos dos preccedilos e

tambeacutem perde a possibilidade de obter um preccedilo meacutedio mais compensador atraveacutes de diversos periacuteodos O

agricultor que segura o produto para vender na eacutepoca da colheita acredita que fatores exoacutegenos provocaratildeo

um aumento no preccedilo do produto

De acordo com Aguiar (1999) os preccedilos do mercado fiacutesico tendem a seguir o caminho dos mercados futuros

Isso natildeo significa que a variaccedilatildeo do preccedilo futuro esteja causando variaccedilatildeo no preccedilo agrave vista mas que ambos

tendem a se mover no mesmo sentido diante das mudanccedilas nos fundamentos do mercado O movimento

conjunto dos preccedilos nos mercados fiacutesicos e futuro decorre do fato de as operaccedilotildees poderem ser concluiacutedas

por entrega do produto Assim preccedilo agrave vista e a futuro tendem a convergir agrave medida que se aproxima a eacutepoca

da entrega

Na modalidade de pagamento antecipado com entrega futura a induacutestria ou o cerealista efetua adiantamento

do capital de giro aos produtores antes do plantio em troca do recebimento dos produtos na eacutepoca da

colheita

A CPR eacute uma ceacutedula garantida pelo Banco do Brasil regulado por lei que permite a negociaccedilatildeo antecipada

por parte dos agricultores em leilotildees organizados para esse fim A vantagem da CPR em relaccedilatildeo a outras

formas de venda antecipada eacute que a ceacutedula - por ter garantia de instituiccedilatildeo financeira - apresenta maior

liquidez O tiacutetulo pode ser emitido em qualquer fase da safra ou seja antes do plantio durante o

desenvolvimento da cultura na colheita ou ateacute mesmo quando o produto jaacute estiver colhido (MARQUES

MELLO1999)

A legislaccedilatildeo que criou e regulamentou as operaccedilotildees com CPR foi instituiacuteda em 1994 para satisfazer agrave

demanda dos produtores cujo objetivo era financiar suas safras com a venda antecipada da produccedilatildeo para as

instituiccedilotildees financiadoras Ateacute o final da deacutecada dos anos 80 as vendas antecipadas de soja jaacute eram bastante

difundidas entre os produtores e cerealistas da regiatildeo dos cerrados apesar da falta de normatizaccedilatildeo Esta seria

entatildeo a melhor forma de captar recursos para o plantio da safra A princiacutepio estas operaccedilotildees natildeo eram

ldquotravadasrdquo em preccedilo Eram negociadas atraveacutes de contratos com preccedilos a fixar onde o produtor comprometia

um volume maior de soja contra o adiantamento do recurso para o custeio da safra A fixaccedilatildeo do preccedilo era

feita apoacutes a entrega dos gratildeos e o saldo restante era entatildeo pago ao produtor Em 1987 a empresa Cutrale

Quintella passou a oferecer a preacute-fixaccedilatildeo da soja ou soja verde em que jaacute ficava travado no fechamento da

55

operaccedilatildeo preccedilo futuro internalizado e cacircmbio Com isso os produtores obtinham uma proteccedilatildeo de preccedilo que

compreendia tambeacutem o frete rodoviaacuterio repassando este risco para os cerealistas (PIMENTEL 2000)

No Brasil a fixaccedilatildeo antecipada de preccedilos dos produtos agriacutecolas fora dos mercados futuros da BMampF

costuma ser mais cocircmoda para o produtor devido agraves poucas garantias exigidas menor acompanhamento de

mercado e ausecircncia de ajustes financeiros diaacuterios Ressalte-se que o custo dessa comodidade costuma ser

excessivamente alto consumindo parcela significativa dos lucros dos produtores pois os preccedilos fornecidos

pelos compradores embutem seus custos operacionais e principalmente os riscos de queda dos preccedilos no

mercado internacional (AGRIANUAL 2000)

Para Souza (1995) os pequenos produtores se dariam melhor se utilizassem agraves cooperativas porque elas

podem se constituir em um elo entre o produtor rural e as bolsas de mercadorias Ao utilizar essa estrateacutegia a

cooperativa atraveacutes de seu quadro de funcionaacuterios especializados natildeo soacute permitiria o acesso do pequeno

produtor ao financiamento do ajuste diaacuterio como tambeacutem administraria cotaccedilotildees e preccedilos dos produtos nos

mercados

Azevedo (1997 p51) ressalta que o ato de comprar e vender natildeo eacute uma tarefa trivial A adoccedilatildeo de um

mecanismo de comercializaccedilatildeo inapropriado fatalmente implica em riscos com prejuiacutezos para o produtor

mesmo ele sendo competitivo em termos de eficiecircncia produtiva A competitividade depende profundamente

de sua eficiecircncia na comercializaccedilatildeo de seus produtos A escolha do mecanismo de comercializaccedilatildeo

portanto natildeo eacute aleatoacuteria

Para Coble e Barnett (1999) a bolsa de mercadorias em especial oferece aos produtores vaacuterios

instrumentos de gerenciamento de riscos O grande problema estaacute na falta de informaccedilotildees do produtor que

praticamente desconhece esse ferramental Espera-se que consultores cooperativas e profissionais com

experiecircncia e conhecimento desses instrumentos possam orientar os produtores oferecendo cursos

relacircmpago

Para Marques (2001) as estrateacutegias de gerenciamento de riscos de preccedilos compreendem a escolha de uma

alternativa de comercializaccedilatildeo ou a combinaccedilatildeo de vaacuterias delas Os produtores devem fazer uso dessas

ferramentas para se protegerem do risco de flutuaccedilotildees de preccedilo que ocorre com os produtos agriacutecolas entre o

periacuteodo de plantio e sua venda efetiva na eacutepoca da colheita

Segundo Tsunechiro (1983) a administraccedilatildeo do problema dos riscos na comercializaccedilatildeo dos produtos

agriacutecolas surgiu no seacuteculo XIX O crescimento da industrializaccedilatildeo originou maior necessidade de capital e

56

creacutedito e tambeacutem os riscos crescentes do preccedilo devido basicamente ao aumento da competiccedilatildeo entre os

produtores e os agentes de comercializaccedilatildeo A necessidade de volumes de capital de giro foi realizada pelos

sistemas bancaacuterios nacionais e internacionais e a necessidade de grandes volumes de capitais destinados ao

novo tipo de produccedilatildeo foi atendida pelas bolsas de valores Para que os riscos de preccedilos fossem transferidos

algueacutem deveria estar disposto a assumiacute-los surgem entatildeo as bolsas de futuros com este propoacutesito e

juntamente com ela o especulador

Hull (2000) Williams (1999) e Alexander (2002) afirmam que os especuladores satildeo fundamentais nas

operaccedilotildees em mercado futuro porque eles na tentativa de ganho faacutecil assumem os riscos que os produtores

e compradores tentam evitar dando ao mercado a liquidez necessaacuteria agrave viabilizaccedilatildeo dos negoacutecios

Os mercados de futuro abrem a possibilidade de estabilizaccedilatildeo e

menores riscos permitindo melhor planejamento reduccedilatildeo de custos nas

transaccedilotildees com maiores ganhos nas safras colhidas De acordo com Marques

(2000 p215) e Teixeira (2002) os mercados futuros de commodities agropecuaacuterios

satildeo uma forma de propiciar um certo ldquosegurordquo em meio a tantos riscos para o

produtor rural para a induacutestria agro-processadora e para todos aqueles que deteacutem o

produto ou contratos sobre o mesmo possibilitando uma ldquogarantiardquo quanto agrave queda

ou agrave elevaccedilatildeo do preccedilo Os mercados futuro satildeo uma forma eficaz de eliminaccedilatildeo

de um dos principais riscos da atividade agropecuaacuteria que eacute a incerteza de preccedilos

em um tempo futuro quando se daraacute a comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

Segundo Schouchana (1997 p9) para o vendedor a operaccedilatildeo no

mercado futuro agropecuaacuterio atende agrave necessidade de fixar um preccedilo de venda de

sua mercadoria antecipadamente chamado travamento de preccedilo ou hedge para

se proteger do risco da queda de preccedilo e garantir uma margem de rentabilidade Previdelli (1999 p63) pondera que na operaccedilatildeo com hedge o indiviacuteduo seja comprador ou vendedor fixa

hoje o preccedilo a ser pago pelo produto em uma data futura Para o comprador o objetivo eacute fixar um preccedilo

maacuteximo a ser pago pelo produto que pretende obter enquanto que para o vendedor o objetivo eacute garantir um

preccedilo miacutenimo para a sua produccedilatildeo

Working (1962) define hedge como o uso de contratos como um substituto temporaacuterio de uma transaccedilatildeo

posterior no mercado agrave vista Assim a hedge pode envolver uma posiccedilatildeo vendida no mercado futuro contra

uma posiccedilatildeo comprada no mercado fiacutesico ou uma posiccedilatildeo comprada no mercado futuro contra um

57

compromisso de venda no mercado agrave vista ou ainda contra uma alta de preccedilos de mercadorias a serem

consumidas no futuro

Segundo Marques (2000 p212) um contrato futuro eacute uma obrigaccedilatildeo legalmente exigiacutevel de entregar ou

receber uma determinada quantidade de mercadoria de qualidade preacute-estabelecida pelo preccedilo ajustado no

pregatildeo

De acordo com Marques e Mello (1999) a principal funccedilatildeo dos mercados futuros eacute garantir que todos aqueles

que mantecircm interesse na compra ou venda de uma determinada mercadoria fiacutesica se protejam de eventuais

oscilaccedilotildees desfavoraacuteveis de preccedilos que possam ocorrer no futuro assegurando assim uma determinada

rentabilidade Saliente-se entretanto que em uma operaccedilatildeo em mercados futuros natildeo se recebe ou se paga

nenhum valor adiantadamente a natildeo ser os ajustes diaacuterios que satildeo uma fraccedilatildeo muito pequena com relaccedilatildeo ao

valor do contrato O ajuste diaacuterio eacute a diferenccedila diaacuteria constatada nas oscilaccedilotildees do mercado para cima ou para

baixo que a parte vendedora recebe da parte compradora quando o preccedilo cai e vice-versa conforme se

verifica nas tabelas 01 e 02

Ressalte-se que tanto vendedor como comprador aleacutem de natildeo se conhecerem poderatildeo sair do negoacutecio a

qualquer momento bastando para isso fechar os contratos fazendo a operaccedilatildeo contraacuteria desde que tenha no

mercado agentes interessados em comprar ou vender

TABELA 01ndash Exemplo de hedge e ajuste diaacuterio para o vendedor de cafeacute (hipoacutetese da venda de 5 contratos = 500 sacas)

DIA PRECcedilO DO

FECHAMENTO

BOLSA PSACA

AJUSTE

DIAacuteRIO

POSICcedilAtildeO DO VENDEDOR (PRODUTOR NO CASO)

1110 R$ 10000 R$000 O PRODUTOR NESTE DIA NAtildeDA PAGA E NAtildeDA

RECEBE

1210 R$ 9900 -R$100 O PRODUTOR RECEBE R$50000 PORQUE O PRECcedilO

NO MERCADO CAIU R$100 (R$100 X 500 SACAS)

1310 R$ 9700 -R$200 O PRODUTOR RECEBE R$100000 PORQUE O

PRECcedilO NO MERCADO CAIU R$200 (R$200 X 500

SACAS)

Fonte autor

58

TABELA 02ndash Exemplo de hedge e ajuste diaacuterio para o comprador de cafeacute (hipoacutetese da compra de 5 contratos = 500 sacas)

DIA PRECcedilO DO

FECHAMENTO

BOLSA PSACA

AJUSTE

DIAacuteRIO

POSICcedilAtildeO DO COMPRADOR (INDUSTRIAL OU

EXPORTADOR NO CASO)

1110 R$ 10000 R$000 O COMPRADOR NESTE DIA NAtildeDA PAGA E NAtildeDA

RECEBE

1210 R$ 9900 +R$100 O COMPRADOR PAGA R$50000 PORQUE O PRECcedilO NO

MERCADO CAIU R$100 (R$100 X 500 SACAS)

1310 R$ 9700 +R$200 O COMPRADOR PAGA R$100000 PORQUE O PRECcedilO

NO MERCADO CAIU R$200 (R$200 X 500 SACAS)

Fonte autor

71 A AGRICULTURA E OS ENTRAVES ECONOcircMICOS NA COMERCIALIZACcedilAtildeO

Para se ter uma ideacuteia melhor das mudanccedilas ora em curso haacute que se

fazer um diagnoacutestico da evoluccedilatildeo recente e as tendecircncias futuras do mercado

internacional de produtos agriacutecolas Segundo Dias e Barros (1998) a agricultura

brasileira tem se mostrado bastante dinacircmica frente agrave concorrecircncia internacional

ainda mais quando se leva em conta que o setor estaacute crescendo a despeito dos

subsiacutedios impliacutecitos nos preccedilos internacionais sobre os subsiacutedios e barreiras

protecionistas dos paiacuteses ricos que prejudicam a nossa agricultura

Brum (2003) relata que a agropecuaacuteria europeacuteia desde 1957

sempre foi protegida e subsidiada pelo Estado que em alguns casos chegou a

pagar o triplo do preccedilo do produto interno em relaccedilatildeo ao concorrente externo para

59

evitar a entrada dos produtos concorrentes promovendo o protecionismo tarifaacuterio

No dicionaacuterio ldquoAureacuteliordquo o sentido de subsiacutedio governamental estaacute no ato do Estado

adquirir a produccedilatildeo do agricultor por um preccedilo entendido pelo agricultor como

conveniente que natildeo se obriga a buscar novas alternativas de comercializaccedilatildeo da

produccedilatildeo

Nas palavras de Legrain (2002 p47) os paiacuteses ricos gastam perto

de 1 bilhatildeo de doacutelar por dia com subsiacutedios agriacutecolas A liberalizaccedilatildeo do comeacutercio dos

produtos agropecuaacuterios aliviaria o fardo dos consumidores dos paiacuteses ricos e

permitiria um grande passo aos agricultores dos paiacuteses pobres que vivem em

extrema dificuldade por causa desse protecionismo

As barreiras do mundo rico agrave importaccedilatildeo de alimentos impedem os

paiacuteses emergentes de sair da pobreza A esperanccedila dos menos favorecidos nesse

processo eacute que a Europa o Japatildeo e os EUA reduzam suas aliacutequotas de importaccedilatildeo

e subsiacutedios A Europa concede atualmente aos seus agricultores cerca de 93 bilhotildees

de doacutelares ao ano a tiacutetulo de ajuda financeira conforme demonstra o Graacutefico 16 Os

EUA cogitam em eliminar os subsiacutedios de exportaccedilatildeo concedidos aos seus produtos

agriacutecolas e tambeacutem em reduzir as aliacutequotas e subsiacutedios para os agricultores de todo

o mundo Soacute natildeo se sabe como os poliacuteticos americanos faratildeo para enfrentar a ira

dos fazendeiros (AS SEMENTES 2002)

6959

3521

0 20 40 60 80

1

Estados UnidosUniatildeo EuropeacuteiaJapatildeoSuiccedila

60

Graacutefico 16- Valor dos subsiacutedios pagos pelos governos aos produtores rurais da receita agriacutecola bruta em porcentagem (em bilhotildees de US$)

Fonte OCDE- Organizaccedilatildeo Cooperativas Desenvolvimento econocircmico

Uma das principais vantagens da globalizaccedilatildeo eacute o livre comeacutercio de

mercadorias o livre fluxo de recursos financeiros e o aumento do fluxo de

informaccedilotildees O livre comeacutercio de mercadorias deve ser visto como algo positivo pois

favorece a especializaccedilatildeo competitiva segundo vantagens comparativas

incentivando a eficiecircncia do produtor e a satisfaccedilatildeo do consumidor Eacute preciso

lembrar poreacutem que livre comeacutercio significa comeacutercio livre ou seja natildeo se pode

falar em comeacutercio livre quando se usam subsiacutedios e barreiras agrave importaccedilatildeo com

quotas leis unilaterais antidumping ou outros tipos de restriccedilotildees (LACOMBE

HEILBORN 2003)

Se as medidas de proteccedilatildeo fossem eliminadas por todos os paiacuteses

todos seriam beneficiados em maior ou menor escala conforme pode-se verificar no

graacutefico 17 A liberalizaccedilatildeo mundial do comeacutercio resultaria em cerca de 128 bilhotildees

de doacutelares de ganhos imediatos e muito mais que isso no futuro conforme detectou

pesquisa realizada pelo FMI ndash Fundo Monetaacuterio Internacional (OS NUgraveMEROS

2002 p50)

61

002040608

11214

AUSTRALIANZELANDIA

BRASIL

DEMAIS PAISES AMLATINA

CHINASUDESTE ASIATICO

LESTE ASIA

EUA

02 = 20 06 = 60 12 = 120

Graacutefico 17ndash Aumento de ganhos que teratildeo os paiacuteses na eliminaccedilatildeo dos subsiacutedios agriacutecolas e barreiras tarifaacuterias no mundo (aumento no PIB em porcentagem)

Fonte Fundo Monetaacuterio Internacional

Justifica-se assim um estudo acerca das alternativas potenciais

que permitam elevar a capacidade competitiva interna e a busca de uma opccedilatildeo para

melhorar e garantir um preccedilo de venda dos produtos agropecuaacuterios para amenizar

a situaccedilatildeo econocircmica dos perdedores no processo ou seja dos produtores rurais

brasileiros Timmer (1992) entende que uma das funccedilotildees da agricultura no processo

de desenvolvimento eacute a de ldquoreduzir a pobreza no meio ruralrdquo Na maioria dos paiacuteses

o nuacutemero de pessoas pobres eacute muito maior no campo que no meio urbano No

entanto como elas se encontram dispersas em imensas aacutereas o problema natildeo fica

tatildeo evidente como nas favelas da periferia das grandes cidades

Dias e Barros (1998) ressaltam que a agricultura brasileira vem

passando por um processo intenso de internacionalizaccedilatildeo O setor encontra-se

quase que completamente atrelado agraves condiccedilotildees do mercado internacional Os

preccedilos operados internamente satildeo determinados externamente Segundo Caixeta

(2002) com a abertura da Economia nos anos 90 o setor que mais obteve sucesso

62

com contas externas foi o agronegoacutecio fechando o ano de 2001 com saldo positivo

de 19 bilhotildees de doacutelares entre importaccedilotildees e exportaccedilotildees tornando-se a principal

forccedila do governo para equilibrar as contas externas do Brasil

A adaptaccedilatildeo agraves condiccedilotildees externas em um ambiente de ausecircncia

quase total de mecanismos internos de defesa da renda agriacutecola como faz o

governo dos EUA Uniatildeo Europeacuteia Japatildeo e outros com subsiacutedio aos produtores

rurais reforccedila a necessidade do Brasil reestruturar o seu mercado domeacutestico

Tambeacutem os processos de abertura e integraccedilatildeo regional no Mercosul acabaram por

forccedilar um aumento na competiccedilatildeo entre regiotildees produtoras e entre agentes de

comercializaccedilatildeo e financiamento (DIAS BARROS 1998)

O produtor rural deve estar sempre atento aos acontecimentos que

ocorrem no mundo porque a demanda e a oferta por produtos agropecuaacuterios e as

demais condiccedilotildees do mercado estatildeo constantemente mudando e por

consequumlecircncia afetando os seus lucros Assim pode-se afirmar que uma forte

geada na Floacuterida afeta negativamente a produccedilatildeo de laranja nos Estados Unidos o

preccedilo e por consequumlecircncia afeta para melhor o preccedilo da laranja do Brasil

(MARQUES MELLO 1999)

O mercado agropecuaacuterio convive constantemente com as variaccedilotildees

de preccedilos dos produtos e quase sempre o produtor recebe pouco e o consumidor

pago caro pelo produto ficando a grande fatia do lucro nas matildeos dos

intermediaacuterios Para Souza (1995) os intermediaacuterios mais conhecidos como

especuladores no sentido econocircmico eacute todo elemento que tenta prever as

mudanccedilas dos preccedilos dos produtos no mercado e se antecipa para realizar lucros

com a venda ou a compra desses commodities

Segundo Forbes (1991) a principal preocupaccedilatildeo do especulador eacute

aumentar o seu capital ele tanto pode comprar como vender no mesmo dia quanto

especular com um empreendimento desde que natildeo tenha longa duraccedilatildeo

Ferreira e Horita (1996) ressaltam que apesar da conotaccedilatildeo

negativa da palavra em portuguecircs (pelo Aureacutelio especulador pode ser aquele que

age de maacute feacute) a origem do termo estaacute no latim speculare espelhar refletir O

especulador compra ou vende um determinado ativo com o uacutenico objetivo de fazer

lucro

Para Bacchi (1998) o especulador no mercado futuro eacute um agente

que tem como objetivo beneficiar-se das variaccedilotildees favoraacuteveis dos preccedilos nesse

63

mercado Natildeo tem qualquer interesse na mercadoria objeto do contrato mas toma

para si os riscos e garante a liquidez dos contratos

Na cadeia de comercializaccedilatildeo Marques e Mello (1999) enfatizam

que o aspecto mais importante do sistema de livre mercado eacute a orientaccedilatildeo para

atender aos desejos dos consumidores - o consumidor eacute quem manda - se por

exemplo os consumidores quiserem mais camaratildeo do que existe no mercado

aquele que estiverem dispostos a alocar recursos para consumir daqueles produtos

poderatildeo usufruir dele Consequumlentemente os donos dos restaurantes e os

atacadistas elevaratildeo os preccedilos isso encorajaraacute os navios pesqueiros a dedicarem

mais horas na pesca do produto Se a situaccedilatildeo persistir por mais tempo e na

ausecircncia de impedimentos pescadores que se dedicam a outras atividades se

deslocaratildeo para a pesca de camaratildeo aumentando a oferta e fazendo com que o

preccedilo caia

64

8 O MERCADO FUTURO AGROPECUAacuteRIO NO BRASIL

Segundo Marques e Mello (1999) As bolsas de gratildeos surgiram no iniacutecio do seacuteculo XIX nos Estados

Unidos como locais para transaccedilotildees agrave vista normalmente em lotes de um vagatildeo de trem ou de um barco Foi durante

mais de 70 anos auto-regulado pelas proacuteprias bolsas Somente nas deacutecadas de 1920 e 1930 iniciou-se a

regulamentaccedilatildeo governamental com a criaccedilatildeo de oacutergatildeos objetivando disciplinar e fiscalizar o mercado Existem atualmente dois oacutergatildeos regulatoacuterios a SEC (Securities Exchange Commission) e a CFTC (Commodities Futures

Trading Commission) Embora com suas esferas proacuteprias de atuaccedilatildeo com o primeiro lidando com valores

mobiliaacuterios e o segundo com mercados futuros esses oacutergatildeos tendem a ter conflitos de jurisdiccedilatildeo acerca de

mercados ou operaccedilotildees especiacuteficas como por exemplo no mercado futuro do iacutendice de accedilotildees

No Brasil a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMampF) nasceu em 1991 com a fusatildeo da Bolsa de

Mercadorias amp Futuros fundada em 1986 e da Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo fundada em 1917

(SCHOUCHANA 1997) De acordo com Marques e Mello (1999) na Bolsa

de Mercadorias prepondera de modo geral a auto-regulaccedilatildeo das bolsas de futuros A Comissatildeo de Valores

Mobiliaacuterios (CVM) tem jurisdiccedilatildeo sobre os mercados futuros e de opccedilotildees em que o ativo subjacente seja um

valor mobiliaacuterio enquanto que o Banco Central do Brasil tem jurisdiccedilatildeo sobre os demais mercados derivativos

Vigora pois o sistema misto em que as bolsas exercem o acompanhamento dos negoacutecios sob sua jurisdiccedilatildeo e os oacutergatildeos reguladores se encarregam de supervisionar o

sistema como um todo e requisitar informaccedilotildees que julgarem necessaacuterias Nesse modelo de regulaccedilatildeo mista o oacutergatildeo regulador atua como supervisor das normas criadas pelas entidades auto-reguladoras da proacutepria atuaccedilatildeo das

bolsas e do mercado como um todo

65

O Futures Industry Institute (1998 p15) explica que a bolsa de futuros eacute uma associaccedilatildeo de membros que tem como objetivo principal fornecer os meios necessaacuterios agrave compra venda ou comercializaccedilatildeo de commodities sob

normas que protejam os interesses dos envolvidos A bolsa em si natildeo deteacutem nenhuma mercadoria ela apenas proporciona as facilidades necessaacuterias agrave conduccedilatildeo de

leilotildees puacuteblicos A responsabilidade baacutesica de uma bolsa eacute garantir a existecircncia de mercados competitivos livres de

manipulaccedilatildeo de preccedilos A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMampF) eacute

uma associaccedilatildeo sem finalidade lucrativa organizada para proporcionar a seus corretores os recursos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo de negoacutecios e para atender agrave necessidade de

proteccedilatildeo contra a oscilaccedilatildeo dos preccedilos (SCHOUCHANA 2000 p18)

Bastiani (1999 p138) acrescenta que a estrutura organizacional e operacional da BMampF eacute simples A Administraccedilatildeo eacute dividida em trecircs instacircncias principais a

Assembleacuteia Geral como oacutergatildeo deliberativo maacuteximo da Bolsa o Conselho de Administraccedilatildeo e a Superintendecircncia Geral ambos responsaacuteveis pela gestatildeo dos negoacutecios da

BMampF Sua estrutura operacional eacute constituiacuteda pelos Membros de Compensaccedilatildeo Corretora de Mercadorias

Operador Especial e clientes Schouchana (2000) ressalta que mesmo sendo

uma instituiccedilatildeo privada a bolsa tem funccedilatildeo puacuteblica e social ou seja eacute uma entidade que deve permitir o acesso de qualquer pessoa ao mercado em condiccedilotildees equacircnimes

Por ter essa funccedilatildeo a Bolsa deve ser uma espeacutecie de guardiatilde do mercado garantindo o livre acesso dos agentes econocircmicos a seus mercados proibindo a manipulaccedilatildeo de

preccedilos assegurando a transparecircncia sem privileacutegios de pessoas ou grupos desenhando contratos neutros em

relaccedilatildeo aos diversos segmentos da cadeia produtiva sem favorecer grupos em detrimento de outros segmentos ajudando os oacutergatildeos governamentais na preservaccedilatildeo do

aspecto puacuteblico e social dos mercados Essa funccedilatildeo

66

requer comportamento eacutetico e moral de seus dirigentes para manter a credibilidade e confianccedila Tambeacutem eacute funccedilatildeo

da bolsa de futuros a) Controlar e supervisionar as sessotildees diaacuterias

de negociaccedilatildeo (pregotildees) b) Divulgar as cotaccedilotildees diaacuterias e estatiacutesticas

relativas aos contratos em negociaccedilatildeo c) Realizar e garantir os procedimentos de

liquidaccedilatildeo financeira e por entrega da mercadoria

d) Desenvolver normas procedimentos de operaccedilotildees regulamentos e controles de negociaccedilotildees para seus membros e fiscalizar sua aplicaccedilatildeo

e) Desenvolver contratos que atendam as funccedilotildees econocircmicas dos mercados futuros

f) Promover os mercados futuros por meio de cursos treinamento e divulgaccedilatildeo desses mercados

g) Zelar pela auto-regulamentaccedilatildeo e pelo relacionamento com os governos com os quais tem interface

h) Providenciar classificaccedilatildeo de produtos negociados pela bolsa dentro de padrotildees aceitos pelo mercado quando os contratos assim o exigirem

67

i) Providenciar arbitragens para dirimir duacutevidas ou alegaccedilotildees quanto agrave qualidade do produto A BMampF possui juiacutezo arbitral no qual satildeo resolvidas questotildees de litiacutegio entre as partes de maneira mais raacutepida e com aacuterbitros que conhecem as especificidades desse mercado A Bolsa deve assegurar as condiccedilotildees de competitividade eliminando qualquer tentativa de manipulaccedilatildeo nos mercados por ela organizados De acordo com Bacchi (1998) na BMampF satildeo

negociados contratos futuros de cafeacute araacutebico boi gordo algodatildeo soja accediluacutecar e milho Existem ainda contratos de

opccedilotildees sobre o futuro de cafeacute boi gordo soja e milho Opccedilotildees sobre futuro de accediluacutecar e algodatildeo poderatildeo ser

lanccediladas pela Bolsa desde que haja liquidez nos contratos futuros Para que uma mercadoria seja negociada em bolsa

de futuro alguns requisitos satildeo necessaacuterios a) O produto deve ser homogecircneo e suscetiacutevel

de padronizaccedilatildeo e classificaccedilatildeo caracterizando-se como um commodity para que possa ser comum a qualquer comprador e vendedor

b) Deve haver grande oferta e demanda do produto com grande nuacutemero de vendedores e compradores do produto de forma competitiva em busca da concorrecircncia perfeita

68

c) O mercado deve ser livre sem o constrangimento por parte do governo ou de monopoacutelio buscando a caracteriacutestica do livre comeacutercio

d) Deve haver diversos tomadores de risco daiacute a importacircncia do especulador de forma a permitir que o custo desse risco se dilua entre eles

e) O produto natildeo pode ser muito pereciacutevel caracterizando a perenidade pois o mercado futuro natildeo teria liquidez

f) As regras do mercado devem ser estaacuteveis e natildeo podem mudar durante a vigecircncia do contrato buscando a estabilidade atraveacutes da credibilidade pois as condiccedilotildees pelas quais os preccedilos foram contratados natildeo devem mudar ateacute o final do contrato sob o risco de trazer prejuiacutezo para uma ou ambas as partes

Embora os contratos futuros estabeleccedilam a

liquidaccedilatildeo por entrega da mercadoria Marques (1997) pondera que se registram poucas entregas algo em torno

de 2 do volume negociado Natildeo haacute necessidade da entrega no mercado futuro porque no vencimento do

contrato o preccedilo agrave vista e a futuro satildeo iguais em funccedilatildeo dos ajustes diaacuterios Se eventualmente houver diferenccedila de preccedilo entre os dois mercados os agentes econocircmicos

arbitraratildeo os preccedilos ateacute que se igualem Adicionalmente o mercado fiacutesico jaacute tem seus proacuteprios canais de entrega e os

69

agentes normalmente tecircm contratos de suprimento com clientes haacute muito tempo

Para Schouchana (2000) os agentes do mercado agropecuaacuterios basicamente produtores rurais industriais ou exportadores do commodities necessitam do mercado futuro e de opccedilotildees por uma seacuterie de razotildees

econocircmicas dentre elas a)Para saber com antecedecircncia se o produto

teraacute preccedilo que garanta a rentabilidade do empreendimento na ocasiatildeo de sua venda Ao vender sua produccedilatildeo o produtor corre o risco de o preccedilo natildeo ser suficiente para cobrir seus custos e sua margem de rentabilidade Nesse sentido a fixaccedilatildeo do preccedilo antes do plantio

mediante hedge em bolsa ou seja o travamento do preccedilo de venda desejado para entrega futura permite ao agricultor definir o

lucro da sua produccedilatildeo antes da colheita b) Os exportadores fecham negoacutecios para entrega em meses futuros e natildeo precisam comprar as mercadorias com antecedecircncia armazenaacute-las e depois embarcaacute-las Para natildeo correr risco da oscilaccedilatildeo dos preccedilos compram a futuro para garantir sua margem de rentabilidade Os mercados futuros e de opccedilotildees substituem temporariamente a necessidade de carregar um produto muitas vezes a um custo mais baixo

c) Os compradores querem fixar preccedilos de insumos para garantir o lucro por isso fazem

70

o hedge com antecedecircncia sem correr riscos indesejaacuteveis

d) Os produtores usam os contratos futuros e de opccedilotildees para garantia de empreacutestimo junto aos bancos Estes por sua vez ao verificarem que o cliente oferece baixo risco podem dar-lhe creacutedito a um custo inferior ao que dariam sem a cobertura o hedge

e) Existem distorccedilotildees de negoacutecios em que arbitradores tecircm papel importante Quando satildeo identificadas eles compram em um mercado e vendem em outro ateacute que os dois lados se equilibrem Essas distorccedilotildees podem ocorrer entre os preccedilos agrave vista e a futuro entre dois vencimentos futuros ou entre duas praccedilas diferentes Na visatildeo de Ross (1995 p518) existem os

hedges de venda e os hedges de compra Uma pessoa ou empresa que vende um contrato futuro para reduzir riscos estaacute fazendo um hedge de venda os hedges de venda satildeo geralmente apropriados para os que detecircm estoques Uma pessoa ou empresa que compra um contrato futuro para

reduzir riscos estaacute fazendo um hedge de compra os hedges de compra satildeo tipicamente utilizados por

empresas que assinam contrato de entrega de produtos acabados a um preccedilo preacute-fixado

Segundo Schouchana (2000 p9-10) nos negoacutecios efetuados a futuro compradores e vendedores

de determinados ativos ou produtos fixam preccedilos de vencimento para data futura O comprador a futuro fixa

71

preccedilo de compra de seu produto antecipadamente visando a assegurar custo compatiacutevel com margem de

rentabilidade para proteger-se contra o risco de alto no preccedilo desse insumo O vendedor fixa preccedilo de venda de sua mercadoria antecipadamente para se proteger do

risco de queda no preccedilo e garantir margem de rentabilidade

Os mercados futuros e de opccedilotildees devem ser entendidos portanto

como poderosa ferramenta na gestatildeo de risco de preccedilos das mercadorias De

maneira integrada ao mercado fiacutesico fazem parte de um processo que engloba

produccedilatildeo processamento comercializaccedilatildeo consumo e financiamento

Perobelli (2001) relata que eacute importante ter um amplo mercado

fiacutesico impedindo ou dificultando um agente de estabelecer um domiacutenio do mercado

caso a oferta do commodity seja grande Tambeacutem um mercado amplo atrai um

maior nuacutemero de hedgers que proporciona maior liquidez no mercado e um largo

mercado agrave vista iraacute promover um contiacutenuo e disciplinado encontro das forccedilas da

oferta e procura

A bolsa de futuros desempenha o papel de elo entre a oferta e a

demanda de forma a expressar e sinalizar por meios dos preccedilos as forccedilas do

mercado Aleacutem disso eacute o local onde os preccedilos se manifestam por intermeacutedios de

corretores que fecham negoacutecios em nome de seus clientes

Marques e Mello (1999) acrescentam que o que se negocia na bolsa

de futuros satildeo contratos que representam promessa de compra ou de venda de

mercadoria para a data de vencimento previamente estabelecida conforme as

claacuteusulas e especificaccedilotildees elaboradas pela bolsa e aprovadas pelo Banco Central

do Brasil como as especificaccedilotildees de qualidade dos produtos negociados a

cotaccedilatildeo a variaccedilatildeo miacutenima de apregoaccedilatildeo a oscilaccedilatildeo maacutexima diaacuteria a unidade de

negociaccedilatildeo os meses de vencimento a data do vencimento o local de formaccedilatildeo do

preccedilo e de entrega da mercadoria o periacuteodo e os procedimentos de entrega e

retirada da mercadoria a liquidaccedilatildeo financeira o arbitramento os ativos aceitos

como margem de garantia e os custos operacionais

Os contratos futuros satildeo padronizados de modo que no pregatildeo

sejam negociados o preccedilo e a quantidade de contratos uma vez que todos se

72

referem ao mesmo produto mesmo local de entrega e mesma quantidade por

contrato

Na BMampF a cotaccedilatildeo do cafeacute araacutebica segundo Schouchana (2000

p12) eacute negociada em doacutelares americanos por saca Embora a cotaccedilatildeo seja nessa

moedaa liquidaccedilatildeo financeira ocorre em reais utilizando a taxa de cacircmbio praticada

no mercado O contrato futuro de cafeacute da BMampF permite negociaccedilotildees para marccedilo

maio julho setembro e dezembro esses meses de vencimento satildeo os mesmos do

contrato futuro de cafeacute em Nova Iorque Tal mecanismo permite arbitragens que

satildeo operaccedilotildees envolvendo a compra do cafeacute em uma bolsa de um paiacutes e a venda

em bolsa de outro aproveitando-se da distorccedilatildeo de preccedilos entre duas praccedilas O

vencimento do contrato futuro ocorre no sexto dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia do mecircs

de vencimento

Os vencimentos dos contratos futuros satildeo definidos em funccedilatildeo dos

principais meses de safra e entressafra do produto Normalmente natildeo satildeo

estabelecidos todos os meses do ano para que haja concentraccedilatildeo de liquidez e

tempo para programar as entregas Um cliente que compra um nuacutemero de contratos

em determinado dia soacute liquidaraacute sua posiccedilatildeo no momento em que vender esse

mesmo nuacutemero de contratos ou vice-versa se vender contratos sua posiccedilatildeo se

encerra mediante a compra do mesmo nuacutemero de contratos Isso pode ser feito em

um dia apenas ou ateacute o vencimento quando o cliente pode encerrar sua posiccedilatildeo

com uma operaccedilatildeo contraacuteria (liquidaccedilatildeo financeira) ou por entrega e recebimento da

mercadoria Cada contrato corresponde a 100 (cem) sacas

De acordo com Schouchana (2000 p15) o preccedilo de abertura eacute o

primeiro negoacutecio fechado em pregatildeo O miacutenimo e maacuteximo satildeo divulgados para que

o mercado conheccedila a oscilaccedilatildeo do preccedilo naquele dia Eacute preciso saber se o preccedilo de

fechamento ou de ajuste estaacute mais proacuteximo do preccedilo maacuteximo ou do miacutenimo pois

isso pode indicar tendecircncia de alta ou de baixa no dia seguinte O preccedilo de ajuste

por exemplo de US$9810 por saca em 11 de outubro eacute o do uacuteltimo negoacutecio

registrado durante o call de fechamento ndash que ocorre nos uacuteltimos 15 minutos de

pregatildeo do dia ndash ou a melhor oferta Se natildeo houver negociaccedilatildeo no call de

fechamento o preccedilo de ajuste seraacute o do uacuteltimo negoacutecio do dia Se natildeo houver

negociaccedilatildeo durante o dia o preccedilo de ajuste seraacute a uacuteltima oferta de compra E se

natildeo houver negociaccedilatildeo nem oferta de compra ou de venda durante o dia e

73

existirem contratos em aberto o preccedilo de ajuste eacute o do uacuteltimo dia em que houve

negociaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo aos ajustes diaacuterios Schouchana entende que esse

mecanismo eacute muito importante pois eacute com base nele que se ajustam todas as

posiccedilotildees no mercado Assim se o preccedilo de ajuste do cafeacute para marccedilo eacute de

US$10500 a saca por exemplo no dia 11 de outubro e no dia seguinte 12 de

outubro o preccedilo vai para US$ 10400 os compradores pagam US$ 100 por saca

ou seja US$ 10000 por contrato Os vendedores recebem esse mesmo valor

porque sempre que o preccedilo oscilar ocorreraacute esse processo Esse mecanismo

existe para que diariamente se ajuste o preccedilo ndash e natildeo no vencimento quando

grandes diferenccedilas podem acarretar inadimplecircncias Aleacutem disso permite que os

participantes entrem ou saiam do mercado a qualquer momento O preccedilo de ajuste

de US$ 10500 por saca no dia 111099 eacute o preccedilo que o mercado estaacute praticando

para entrega em 23032000 por exemplo

Para Ross (1995 p502) o fato dos preccedilos dos contratos futuros

serem ajustados diariamente o que faz com que os preccedilos - tanto no mercado

futuro como no mercado fiacutesico no final do contrato sejam iguais - torna as operaccedilotildees

no mercado futuro menos atraentes porque as partes envolvidas na negociaccedilatildeo satildeo

obrigadas a manter sempre uma liquidez adicional para suportar um desembolso

repentino antes do vencimento do contrato embora seja um dispositivo importante

para minimizar a probabilidade de inadimplecircncia no final do contrato

As operaccedilotildees em bolsa satildeo feitas no pregatildeo pelo sistema de viva

voz ou por terminais de computadores As ordens de compra ou de venda satildeo

passadas aos corretores nas mesas de operaccedilatildeo e estes transmitem as ordens aos

operadores de pregatildeo A bolsa estipula um horaacuterio de pregatildeo para cada mercadoria

e as regras do contrato definem todos os procedimentos de negociaccedilatildeo Os preccedilos

a futuro negociados na bolsa ajudam o produtor o torrefador e o exportador a

decidirem se vendem ou compram o cafeacute agrave vista ou em data futura Depois de

montada a estrateacutegia de cobertura de risco pelo cliente seu corretor iraacute ao pregatildeo

executar suas ordens de compra ou venda de contratos futuros Apenas o corretor

credenciado pela bolsa pode fazecirc-lo em nome de seu cliente

Pelo serviccedilo do corretor de acordo com Schouchana (2000 p16) eacute

cobrada a taxa de corretagem calculada sobre o valor de fechamento do mercado

do dia anterior ao da operaccedilatildeo e sobre o vencimento mais proacuteximo Essa taxa de

74

030 sobre o valor do contrato incide na compra e na venda dos contratos Outra

taxa cobrada eacute a de emolumentos da bolsa igual a 632 da taxa operacional

baacutesica ou seja sobre os 030 da corretagem

Na ocasiatildeo da compra ou da venda dos contratos a bolsa exige

dos clientes a chamada margem de garantia equivalente a aproximadamente 5

do valor do contrato que pode ser depositada em dinheiro carta de fianccedila tiacutetulos

puacuteblicos ou ativos de alta liquidez No momento da liquidaccedilatildeo dos contratos essa

margem eacute devolvida ao cliente No caso do depoacutesito ser em dinheiro este eacute

remunerado durante o periacuteodo e devolvido ao cliente

As bolsas de futuros possuem os membros de compensaccedilatildeo

(SCHOUCHANA 2000 p20) que satildeo responsaacuteveis pela liquidaccedilatildeo fiacutesica e

financeira dos contratos Os membros de compensaccedilatildeo satildeo a contraparte dos

clientes ou seja os compradores dos que vendem contratos e vendedores

daqueles que compram A cacircmara existe para evitar a inadimplecircncia dos clientes e

do sistema como um todo administrando o risco das posiccedilotildees por intermeacutedio da

exigecircncia das margens de garantia e dos limites de posiccedilotildees em bolsa

As margens de garantia satildeo atribuiacutedas diariamente aos clientes

compradores e vendedores de contratos com base na volatilidade dos preccedilos do

ativo-objeto de negociaccedilatildeo cabe agrave Cacircmara administrar essas garantias A Bolsa

tem exigecircncias quanto ao capital miacutenimo dos membros de compensaccedilatildeo e de seu

limite de alavancagem para que todos os ajustes diaacuterios sejam honrados e os

contratos plenamente liquidados Caso um cliente natildeo possa honrar seus

compromissos ela faz uso das margens de garantia se estas natildeo forem suficientes

o corretor eacute responsaacutevel e deve aportar recursos para cobrir a inadimplecircncia se natildeo

atingir o valor necessaacuterio o membro de compensaccedilatildeo da corretora eacute obrigado a

aportar os recursos

Na BMampF os serviccedilos de cacircmara de compensaccedilatildeo satildeo prestados

por departamento interno que eacute responsaacutevel pelo registro de operaccedilotildees e controle

de posiccedilotildees compensaccedilatildeo de ajustes diaacuterios liquidaccedilatildeo financeira e fiacutesica dos

negoacutecios e administraccedilatildeo das garantias Esses serviccedilos satildeo prestados a membros

de compensaccedilatildeo corretoras de mercadorias operadores especiais e

permissionaacuterias correspondentes Os membros de compensaccedilatildeo satildeo os

garantidores de todos os negoacutecios realizados pelas corretoras operadores

especiais e permissionaacuterias correspondentes perante a Bolsa O credenciamento

75

como membros de compensaccedilatildeo na BMampF eacute concedido apenas agrave corretora de

valores As corretoras de mercadorias satildeo os intermediadores de todas as

operaccedilotildees efetuadas em nome dos clientes pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas

Os operadores especiais satildeo pessoas fiacutesicas ou firmas individuais

autorizadas a atuar diretamente no pregatildeo operando por conta proacutepria ou por uma

corretora de mercadorias As permissionaacuterias correspondentes satildeo corretoras

associadas a bolsas com as quais a BMampF manteacutem convecircnio operacional Elas

podem realizar operaccedilotildees por meio de corretoras associadas agrave Bolsa desde que

devidamente garantidas por um membro de compensaccedilatildeo A corretora da BMampF

apenas efetua a operaccedilatildeo em nome da permissionaacuteria repassando-a a esta que

se torna responsaacutevel por seu cumprimento perante o membro de compensaccedilatildeo

81 O CONTRATO FUTURO DA SOJA

Produtores agropecuaacuterios normalmente deteacutem pouco poder de negociaccedilatildeo vendendo commodities em mercados de pouca concorrecircncia entre os compradores

Em geral os preccedilos satildeo determinados pela empresas compradoras dentro dos limites impostos por outros

concorrentes Negociar lotes maiores altera as condiccedilotildees de mercado porque diminui os custos de transaccedilatildeo para os

compradores e pode resultar em preccedilos maiores para os produtores ou suas cooperativas Marques e Mello (1999 p39) lembram que o

embate de forccedilas do mercado eacute dinacircmico podendo alterar-se de acordo com fatores como a eacutepoca do ano condiccedilotildees de transporte e incidecircncia de impostos No caso particular

do preccedilo da soja no Brasil estudos economeacutetricos mostram que a formaccedilatildeo de seu preccedilo se daacute de fora para

dentro Os preccedilos se formariam em mercados internacionais os produtores seriam bem informados e

passariam a reivindicar internamente preccedilos compatiacuteveis com os praticados nos mercados externos

A observaccedilatildeo de seacuteries de preccedilos oferece uma visatildeo do que aconteceu mas natildeo explica como se daacute esse

76

processo Por meio de entrevistas com representantes dos vaacuterios segmentos da cadeia da soja tentou-se sistematizar

a forma de atuaccedilatildeo das empresas compradoras Assim observou-se que a formaccedilatildeo de preccedilos

da soja em niacutevel mundial comeccedila em Roterdatilde refletindo-se para a Bolsa de Futuros de Chicago De laacute deriva-se agrave demanda pelo produto brasileiro o qual recebe aacutegio ou

desaacutegio e se deduzem os custos de frete seguros e outros chegando ao preccedilo do porto de Paranaguaacute-PR

Desse preccedilo no Porto satildeo deduzidos custos de impostos de transportes de seguros e outros obtendo o preccedilo no local da faacutebrica De laacute deduzem-se novamente os fretes

despesas operacionais e outros custos chegando a formaccedilatildeo da base de preccedilo no local da produccedilatildeo rural que com a concorrecircncia de cada regiatildeo formaraacute o preccedilo final a ser oferecido ao produtor Eacute interessante observar que a

formaccedilatildeo de preccedilos depende dos custos operacionais e da concorrecircncia isto eacute o preccedilo final depende das

necessidades das empresas em obter o produto repor estoques e outras providecircncias (MARQUES MELLO 1999)

Em agostosetembro daacute-se a colheita da soja americana e os preccedilos caem porque se inicia a

concorrecircncia com o mercado externo e os compradores comeccedilam a comprar no mercado americano A partir do momento em que a soja americana entra no mercado

praticamente nada mais eacute exportado e a formaccedilatildeo do preccedilo eacute mais pelo mercado interno quando a induacutestria leva em

consideraccedilatildeo o preccedilo do subproduto oacuteleo e farelo (MARQUES MELLO 1999)

Apesar de a colheita da soja concentrar-se em poucos meses ela eacute consumida o ano inteiro nas

diferentes formas de oacuteleo farelo e outros subprodutos Embora existam diferenccedilas quanto ao teor do oacuteleo

proteiacutena e coloraccedilatildeo compradores locais e internacionais natildeo fazem diferenccedila de preccedilo com relaccedilatildeo agrave qualidade ou

procedecircncia Eacute interessante saber que entre dezembro e

janeiro as faacutebricas costumam parar para manutenccedilatildeo

77

periacuteodo em que cessam praticamente as compras Entretanto como nem todas param exatamente no mesmo

periacuteodo nas mesmas regiotildees ainda haacute alguns poucos negoacutecios Nessas ocasiotildees pode-se encontrar o chamado

preccedilo nominal que eacute o preccedilo que se ldquoouve falar no mercadordquo que ldquoalgueacutem praticourdquo ou que a empresa

venderia ou compraria se houvessem compradores eou vendedores respectivamente Aleacutem disso continuamente as empresas estatildeo monitorando os preccedilos externos e os preccedilos do oacuteleo e do farelo destinados agrave produccedilatildeo interna de raccedilotildees Elas tecircm entatildeo uma ideacuteia de quanto pagariam caso houvesse vendedores o que tambeacutem daacute origem aos

chamados preccedilos ldquonominaisrdquo Segundo Marques e Mello (1999 p41) a maior

parte da produccedilatildeo brasileira de soja estaacute concentrada no estado do Paranaacute seguido pelo Mato Grosso Rio Grande

do Sul Goiaacutes Satildeo Paulo Minas Gerais Bahia Santa Catarina e Maranhatildeo A colheita de soja eacute feita entre os

meses de janeiro a maio sendo 4045 da produccedilatildeo comprada em abril pico da colheita Devido agraves diferenccedilas

climaacuteticas a colheita de soja inicia-se nos estados mais do norte descendo em seguida em direccedilatildeo ao sul do Paiacutes

Praticamente toda a soja eacute comprada pelas induacutestrias de processamento visando ao consumo interno ou

exportaccedilatildeo na forma de gratildeos e farelo Cerca de 60 da soja produzida eacute exportada originaria principalmente do

Paranaacute Rio Grande do Sul e Satildeo Paulo A maior parte das exportaccedilotildees da soja e seus derivados eacute feita pelo porto de

Paranaguaacute-PR De acordo com Schouchana (2000 p31) o

contrato futuro da soja da BMampF deve ter as seguintes caracteriacutesticas

a)o objeto da Negociaccedilatildeo

Soja em gratildeo a granel de tipo exportaccedilatildeo conforme padratildeo Concex (resoluccedilatildeo Concex 169 de 8 de marccedilo de 1989) com ateacute 14 de umidade base de 1 natildeo ultrapassando o

78

maacuteximo de 2 de impurezas maacuteximo de 8 de avariados este com ateacute 5 de ardidos

maacuteximo de 10 de gratildeos verdes e de 30 de gratildeos quebrado

b) cotaccedilatildeo Eacute em doacutelares por saca de 60 quilos liacutequidos

c) unidade de Negociaccedilatildeo 27 toneladas meacutetricas

d) meses de Vencimento Fevereiro marccedilo maio julho setembro e

novembro e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Seacutetimo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento

f) ponto de entrega

Municiacutepio de Ponta Grossa ndash PR g) pagamento e recebimento

Na liquidaccedilatildeo financeira no uacuteltimo dia uacutetil seguinte ao do pregatildeo Na liquidaccedilatildeo por entrega no dia uacutetil subsequumlente agrave data do

aviso da entrega pelo comprador e no dia uacutetil apoacutes o recebimento da mercadoria pelo

vendedor h) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo

1)Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas

financeiramente pelo cliente mediante operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma

quantidade de contratos pelo preccedilo de negociaccedilatildeo

2) Liquidaccedilatildeo por entrega A soja deve ser entregue do primeiro dia uacutetil do mecircs de

vencimento ateacute o oitavo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a

realizaccedilatildeo da entrega o aviso de entrega deveraacute ser emitido pela corretora de

mercadorias e deve ser acompanhado do

79

certificado de classificaccedilatildeo emitido por empresa credenciada pela BMampF da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo

armazeacutem depositaacuterio e pelos documentos que provam a propriedade do produto o

pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer ocircnus sobre a

mercadoria

82 O CONTRATO FUTURO DO MILHO

O contrato futuro de milho jaacute foi negociado na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo mas tambeacutem perdeu a

liquidez Em novembro de 1996 foi iniciado um novo contrato de milho com liquidaccedilatildeo por indicador de preccedilo a

vista O contrato de milho de Chicago de acordo com Schouchana (2000 p33) eacute de milho amarelo n2 O

contrato eacute de 5 mil bushels cotado em centavos de doacutelar por bushel Os vencimentos ocorrem em marccedilo maio

julho setembro e dezembro Para a entrega satildeo exigidos certificados emitidos por armazeacutens credenciados

localizados em Chicago Burns Harbor Toledo StLouis O mercado internacional de milho eacute enorme e

muito dinacircmico Certamente com a abertura comercial ele ditaraacute o preccedilo interno Para Alves (1998) os produtores brasileiros teratildeo primeiro que vencer a competiccedilatildeo no

mercado interno para depois passarem a exportadores Como grande exportador de frangos e suiacutenos o Brasil precisa de milho a preccedilos competitivos com o mercado

externo para sustentar e ampliar as vendas de carnes no exterior Em decorrecircncia das pressotildees das agroinduacutestrias

que tecircm grande porte e poder poliacutetico no mercado as autoridades natildeo protegem os produtores nacionais definindo tarifas que limitem a importaccedilatildeo do milho

O agronegoacutecio do milho oscila em altos e baixos no que se refere a preccedilos e renda dos agentes

envolvidos Uma simples verificaccedilatildeo no mercado constata

80

que ora o setor de produccedilatildeo amarga preccedilos deprimidos ora o setor de criaccedilatildeo depara-se com preccedilos elevados Essa volatilidade eacute explicada segundo Caffagni (2001

p25) pela sistemaacutetica substituiccedilatildeo entre aacutereas de plantio de soja e milho e estaacute relacionada a preccedilos baixos no ciclo produtivo imediatamente anterior O uso restrito do preccedilo

futuro e as caracteriacutesticas do milho com relaccedilatildeo a multiutilidade e agrave adaptabilidade continental de plantio contribuem para toda essa incerteza Historicamente a intervenccedilatildeo governamental procurava abrandar essa

elevada oscilaccedilatildeo poreacutem a eficiecircncia dos programas nem sempre era satisfatoacuteria tanto no que diz respeito agrave garantia

de preccedilos miacutenimos e maacuteximos quanto ao dispecircndio gerado aos cofres do governo No final dos anos de 1990 acompanhou-se a implantaccedilatildeo de novos instrumentos de poliacutetica agriacutecola que utilizavam menos subvenccedilatildeo sem a

formaccedilatildeo de estoques puacuteblicos A reduccedilatildeo da participaccedilatildeo do governo no

creacutedito rural e na comercializaccedilatildeo deixou produtores e criadores com menos alternativas para gerenciar riscos Aleacutem disso destaca-se que as bolsas internacionais natildeo

formam preccedilos para o Brasil e natildeo fornecem hedge eficiente A falta de praacutetica no uso dos preccedilos futuros inibe

negoacutecios a termo de compra antecipada com e sem adiantamento de recursos troca de insumos por produtos e contratos a fixar uma vez que para diminuir seu proacuteprio risco de preccedilo o comprador de milho ou o fornecedor de

insumos procura embutir esse risco nas relaccedilotildees de troca tornando o negoacutecio menos atraente Os excelentes preccedilos praticados pelo mercado

em 2000 levaram os produtores a aumentar a aacuterea plantada de milho gerando uma produccedilatildeo na safra de

20002001 de 41 milhotildees de toneladas de gratildeos em uma aacuterea cultivada de 13 milhotildees de hectares fato que pode ser

considerado um recorde histoacuterico O milho eacute o mais importante insumo para o

setor de criaccedilatildeo animal e se destaca tambeacutem na alimentaccedilatildeo humana podendo ser consumido sob as

81

formas de fubaacute farinha oacuteleo amido etc De todo o milho produzido de acordo com Caffagni (2001 p26) 366 satildeo destinados para o setor de aves 235 para o de suiacutenos

76 para o de pecuaacuteria de leite e corte 117 para o setor industrial 42 para o consumo humano e 99 satildeo utilizados pelos proacuteprios produtores rurais em suas

propriedades na alimentaccedilatildeo familiar e de seus animais Eacute tambeacutem responsaacutevel pela sustentaccedilatildeo alimentar do setor de criaccedilatildeo de aves e suiacutenos que produziram 597 milhotildees de toneladas de carne de frango em 2000 das quais 15

destinaram-se agrave exportaccedilatildeo e 24 milhotildees de toneladas de carne suiacutena das quais 92 destinaram-se ao mercado

externo Esse crescimento da demanda de frangos e

suiacutenos eacute explicado pelo aumento na composiccedilatildeo alimentar do brasileiro apoacutes o Plano Real e por novas conquistas de

clientes internacionais ndash sobretudo em decorrecircncia da evoluccedilatildeo da doenccedila da vaca louca na Europa que levou sua populaccedilatildeo a substituir parcialmente a carne bovina nos uacuteltimos anos O consumo per capita (CAFFAGNI

2001 p28) de carne de frango no Brasil eacute alto com 291 kgs per capita ndash no ano de 1999 ficando atraacutes somente

dos Emirados Aacuterabes 324 Araacutebia Saudita 330 e Estados Unidos que consumiram 411 kgs com potencial de elevaccedilatildeo pois responde diretamente ao sucesso de

poliacuteticas de elevaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de renda A estrutura do mercado do milho possui

caracteriacutestica peculiar com relaccedilatildeo agrave concentraccedilatildeo de mercado pois aleacutem da grande quantidade de vendedores conta com elevado nuacutemero de compradores Analisando o

risco dos agentes envolvidos no agronegoacutecio do milho deve-se destacar o seguinte

a) O setor de produccedilatildeo de milho apresenta rigidez do custo de produccedilatildeo e precisa se proteger contra a queda de preccedilos

82

b) Os criadores de aves e suiacutenos que convivem com a rigidez do preccedilo da carne no varejo satildeo impedidos de repassar elevaccedilotildees do preccedilo do milho levando-os agrave procura de proteccedilatildeo contra aumentos no preccedilo do produto

c) Os fornecedores que realizam troca de insumos por mercadorias correm o risco de queda de preccedilo

d) Os exportadores se arriscam diante de elevaccedilatildeo de preccedilo

e) As induacutestrias processadoras de milho tecircm dificuldade de repassar aumentos de preccedilos de mateacuterias-primas para o produto final

Por outro lado por ser o milho uma mercadoria

em grande parte produzida e utilizada no mercado domeacutestico as cotaccedilotildees de bolsas de mercadorias

internacionais podem fornecer hedge satisfatoacuterio Com o potencial de crescimento do mercado interno e externo de

carnes e de exportaccedilatildeo de milho associado agraves caracteriacutesticas de concentraccedilatildeo e risco dos agentes pode-se esperar que o contrato futuro de milho contribua para o desenvolvimento planejado e sustentado do agronegoacutecio

De acordo com Schouchana (2000 p32) o contrato futuro de Milho da BMampF deve ter as seguintes

caracteriacutesticas a)o objeto da Negociaccedilatildeo

Milho em gratildeo a granel de origem brasileira constituiacuteda de produto satildeo seco e

comercializaacutevel de odor e aspectos normais

83

em bom estado de conservaccedilatildeo livre de mofo de fermentaccedilatildeo e de sementes de

mamona ou de quaisquer outras sementes prejudiciais duro ou semiduro amarelo da uacuteltima safra de tipo 2 para melhor com ateacute 14 de umidade maacuteximo 1 de impurezas

considerada a peneira 5 e ateacute 6 de ardidos b) cotaccedilatildeo

Em doacutelares por saca de 60 quilos convertido para reais a taxa de cacircmbio meacutedia entre as operaccedilotildees de compra e venda de doacutelar dos

Estados Unidos c) unidade de Negociaccedilatildeo

27 toneladas meacutetricas d) meses de Vencimento

Janeiro marccedilo maio julho setembro e novembro

e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Seacutetimo dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento

f) ponto de entregalocal de formaccedilatildeo do preccedilo

Municiacutepio de Campinas ndash SP g) pagamento e recebimento na entrega

No dia uacutetil subsequumlente a data de alocaccedilatildeo do Aviso de Entrega para o comprador e no dia uacutetil seguinte ao recebimento da mercadoria

pelo vendedor h) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo no vencimento 1)Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas

financeiramente pelo cliente mediante operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma

quantidade de contratos pelo preccedilo de negociaccedilatildeo

2)Liquidaccedilatildeo por entrega O milho deve ser entregue do primeiro dia uacutetil do mecircs de

vencimento ateacute o oitavo dia uacutetil anterior ao

84

uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a realizaccedilatildeo da entrega o Aviso de Entrega

deveraacute ser emitido pela corretora de mercadorias e deve ser acompanhado do certificado de classificaccedilatildeo emitido por

empresa credenciada pela BMampF da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo armazeacutem depositaacuterio e pelos documentos que provam a propriedade do produto o

pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer ocircnus sobre a

mercadoria

83 O CONTRATO FUTURO DO CAFEacute

O contrato de cafeacute comeccedilou a ser negociado na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo em 1978 Com a fusatildeo

entre a BMSP (Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo) e a Bolsa de Mercadorias e Futuros em 1991 continuou sendo

transacionado na BMampF O maior contrato futuro conhecido por Contrato C explica (SCHOUCHANA 2000

p29) eacute negociado na New York Board of Trade Nele negociam-se cafeacutes lavados produzidos na Ameacuterica

Central Colocircmbia e leste da Aacutefrica (Quecircnia Tanzacircnia e Etioacutepia)

Um contrato tem 37500 libras-peso ou aproximadamente 284 sacas de 60 quilos os meses de

vencimento satildeo marccedilo maio julho setembro e dezembro As cotaccedilotildees satildeo em centavos de doacutelar por libra-peso O

local de formaccedilatildeo dos lotes eacute Nova Iorque Nova Orleans Satildeo Francisco e Miami Na London Futures amp Options

Exchange negocia-se cafeacute robusta produzido na Aacutefrica Indoneacutesia e Conillon brasileiro O contrato eacute de cinco

toneladas ou cerca de 84 sacas de 60 quilos os meses de vencimento satildeo janeiro marccedilo maio julho setembro e novembro as cotaccedilotildees satildeo em doacutelares por tonelada O

local de formaccedilatildeo dos lotes eacute em portos da Europa e Nova Orleans

85

De acordo com dados do IAPAR (2002) nas deacutecadas de 6070 e 80 o Brasil exportou entre 15 e 18

milhotildees de sacas de cafeacute por ano com uma participaccedilatildeo de 27 do volume exportado mundialmente Na deacutecada de 90 as exportaccedilotildees brasileiras ficaram no mesmo patamar poreacutem a participaccedilatildeo no mercado mundial caiu situando-

se em 20 das exportaccedilotildees mundiais de cafeacute as quais giram em torno de 78 milhotildees de sacasano

Nos uacuteltimos 10 anos o Brasil colheu em meacutedia cerca de 27 milhotildees de sacas de 60 kg por ano Minas

Gerais eacute o maior estado produtor que produz 43 do cafeacute brasileiro considerando a meacutedia de 1988 a 1998 Esta produccedilatildeo estaacute concentrada principalmente no Sul do

estado mas nos uacuteltimos anos tambeacutem vem se destacando o cerrado mineiro com a cafeicultura irrigada Em segundo

lugar vem o Espiacuterito Santo com 17 seguido por Satildeo Paulo (16) com destaque para a regiatildeo mogiana e oeste

O Paranaacute eacute o quarto maior produtor com 7 do cafeacute nacional Juntos Minas Gerais Espiacuterito Santo Satildeo Paulo e Paranaacute produzem 83 do cafeacute brasileiro Bahia e Rondocircnia

vecircm se destacando na produccedilatildeo de cafeacute Conforme Schouchana (2000 p28) o Contrato

futuro de Cafeacute Araacutebico da BMampF deve ter as seguintes caracteriacutesticas

a)o objeto da Negociaccedilatildeo Cafeacute cru em gratildeo de produccedilatildeo brasileira tipo seis ou melhor bebida dura para entrega no

Municiacutepio de Satildeo Paulo SP b) cotaccedilatildeo

Em doacutelares por saca de 60 quilos liacutequidos c) unidade de Negociaccedilatildeo

100 sacas de 60 quilos liacutequidos d) meses de Vencimento

Marccedilo maio julho setembro e dezembro e) data de vencimento e uacuteltimo dia de negociaccedilatildeo

Sexto dia uacutetil anterior ao uacuteltimo dia do mecircs do vencimento

86

f) ponto de entregalocal de formaccedilatildeo do preccedilo

Municiacutepio de Satildeo Paulo ndash SP g) locais de Formaccedilatildeo dos lotes

Armazeacutens credenciados pela BMampF localizados nos municiacutepios de Satildeo Paulo (SP)

Santos (SP) Espiacuterito Santo do Pinhal (SP) Franca (SP) Batatais (SP) Leme (SP)

Londrina (PR) Rolacircndia (PR) Eloacutei Mendes (MG) Araguari (MG) Patrociacutenio (MG)

Machado (MG) Varginha (MG) Guaxupeacute (MG) Poccedilos de Caldas (MG) Piumhi (MG) Ouro Fino (MG) Satildeo Sebastiatildeo do Paraiacuteso (MG)

Trecircs Coraccedilotildees (MG) Andradas (MG) Campos Altos (MG) Satildeo Gotardo (MG) e Monte

Carmelo (MG) h) pagamento e recebimento na entrega

No terceiro dia uacutetil subsequumlente a data de apresentaccedilatildeo do aviso de entrega

i) condiccedilotildees de liquidaccedilatildeo no vencimento 1) Liquidaccedilatildeo financeira as posiccedilotildees em

aberto ateacute o vencimento seratildeo liquidadas financeiramente pelo cliente mediante

operaccedilatildeo inversa a da posiccedilatildeo e na mesma quantidade de contratos pelo preccedilo de

negociaccedilatildeo 2) Liquidaccedilatildeo por entrega O cafeacute deve ser

entregue do segundo dia uacutetil do mecircs de vencimento ateacute as 18 horas do seacutetimo dia uacutetil

anterior ao uacuteltimo dia uacutetil do mecircs do vencimento Para a realizaccedilatildeo da entrega o

aviso de entrega deveraacute ser emitido pela corretora de mercadorias e deve ser

acompanhado do certificado de classificaccedilatildeo emitido pela BMampF do resumo do romaneio

do lote da ordem de entrega provisoacuteria agrave BMampF emitida pelo armazeacutem depositaacuterio e

pelos documentos que provam a propriedade

87

do produto o pagamento das despesas de armazenagens e a inexistecircncia de quaisquer

ocircnus sobre a mercadoria

88

9 METODOLOGIA

Na busca de soluccedilatildeo para o problema procurou-se neste estudo

fazer um levantamento dos dados atraveacutes de questionaacuterios estruturados e

entrevistas pessoais pelo autor do projeto e tambeacutem por alunos universitaacuterios Foi

uma pesquisa ocasional por ser um uacutenico levantamento podendo futuramente ser

repetido para verificar se houve mudanccedila no perfil do agricultor do Municiacutepio de

Londrina Objetivamente tratou-se de uma pesquisa de caraacuteter exploratoacuterio jaacute que

natildeo se conhece o perfil desses produtores rurais com relaccedilatildeo ao assunto proposto

A pesquisa foi realizada com dados primaacuterios em funccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do meacutetodo

indutivo pois partiu de questionaacuterios individuais para descobrir a maneira utilizada

pelos produtores rurais para produzir e negociar seus produtos A pesquisa foi

quantitativa com representatividade no tamanho da amostra (DUTRA 2001)

91 POPULACcedilAtildeO

A populaccedilatildeo pesquisada foi composta por 1527 agricultores entre proprietaacuterios rurais arrendataacuterios

e parceiros que plantaram soja eou milho eou cafeacute na uacuteltima safra de 20012002 em propriedades rurais situadas

no Municiacutepio de Londrina dentre os 2315 produtores rurais cadastrados na Secretaria de Agricultura do

Municiacutepio de Londrina para obtenccedilatildeo do talatildeo de nota fiscal de produtor rural que aleacutem dessas culturas fazem

outros cultivos e tambeacutem tecircm outras atividades no segmento da pecuaacuteria

92 AMOSTRA E DELIMITACcedilAtildeO DA PESQUISA

A amostra composta por 300 (trezentos) agricultores dentro do

universo de 1527 foi considerada representativa para o presente trabalho com

uma margem de erro de 5 A amostragem especiacutefica pode ser definida como

89

probabiliacutestica sistemaacutetica com sorteio de 1 agricultor em cada 5 e todos os

produtores rurais cadastrados tiveram chance igual e conhecida de seleccedilatildeo

Por ser uma amostra aleatoacuteria com sorteio de um em cada cinco no universo de 1527 agricultores que

exploram as atividades de soja milho e cafeacute em propriedades rurais do municiacutepio de Londrina natildeo se levou em consideraccedilatildeo se a sua residecircncia estaacute no

municiacutepio de Londrina ou natildeo Dentro da amostra sorteada na pesquisa 5

produtores natildeo quiseram responder e 22 tinham trocado o nuacutemero do telefone Diante dessa impossibilidade foram

trocados pelos agricultores subsequumlentes A classificaccedilatildeo como pequeno meacutedia ou

grande produtor rural foi baseado na aacuterea explorada das propriedades de acordo com a Lei 8629 de 25021993 que

no seu inciso II do artigo 4ordm (BRASIL 1993) define 1)Eacute considerada como pequena propriedade rural o imoacutevel que tem ateacute 4 moacutedulos fiscais

ou seja ateacute 48 hectares ou ainda 1983 alqueires paulistas

2) Eacute considerada como meacutedia propriedade rural o imoacutevel que tem

aacuterea superior a 4 e ateacute 15 moacutedulos fiscais ou seja ateacute 180

hectares ou ainda 7438 alqueires paulistas

3) Eacute considerada grande propriedade rural o imoacutevel que tem aacuterea

superior a 15 moacutedulos fiscais ou seja acima de 180 hectares ou

ainda 7438 alqueires paulistas 93 COLETA DE DADOS

Os dados foram coletados atraveacutes de questionaacuterio estruturado com

perguntas abertas e fechadas respondidas pessoalmente pelo agricultor

94 SEGMENTACcedilAtildeO

90

A populaccedilatildeo foi segmentada de acordo com as seguintes variaacuteveis agricultores que cultivaram e

comercializaram a soja eou milho eou cafeacute na uacuteltima safra de 20012002 grau de escolaridade sub-divididos em primeiro grau para aqueles produtores que estudaram ateacute a oitava seacuterie segundo grau para os que fizeram cursos teacutecnicos ou colegial e terceiro grau para os produtores

que tiveram oportunidade de cursar a universidade infra-estrutura disponiacutevel na propriedade tais como energia

eleacutetrica aacutegua encanada veiacuteculos computadores televisatildeo uso de matildeo-de-obra proacutepria e de terceiros

tamanho da propriedade cuja classificaccedilatildeo para pequeno meacutedio ou grande produtor rural se baseou nas aacutereas

exploradas das propriedades de acordo com a Lei 8629 de 25021993 que no seu inciso II do artigo 4ordm (BRASIL 1993) considera como pequeno produtor agravequele que explora ateacute 4 moacutedulos fiscais que para o Municiacutepio de

Londrina corresponde a 1983 alqueires paulistas meacutedio produtor para aquele que explora entre 1983 alqueires e

7438 (15 moacutedulos fiscais) alqueires paulista e grande produtor aquele que explora imoacuteveis rurais com aacuterea

superior a 7438 alqueires entre aacuterea proacutepria e de terceiros aacuterea cultivada de cada cultura tempo de experiecircncia no negoacutecio sexo faixa etaacuteria sendo a

primeira faixa ateacute os 35 anos de idade para se obter um intervalo de idade nos negoacutecios entre 15 e 20 anos de idade a partir dos 21 anos Para determinar os meios

utilizados para cotaccedilatildeo de preccedilos dos produtos agriacutecolas o produtor pocircde dar mais de uma resposta assim como para verificar o sistema usual de venda dos produtos

suas preferecircncias e o conhecimento da comercializaccedilatildeo em mercados futuros

91

92

10 RESULTADO DOS DADOS COLETADOS E ANAacuteLISE 101 O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE CULTIVA SOJA EOU MILHO EOU CAFEacute

Os dados coletados foram tabulados para

anaacutelise pelo programa EXCEL aplicado o Teste do Qui-Quadrado e para a caracterizaccedilatildeo do perfil dos agricultores foi utilizada a estatiacutestica descritiva

apresentadas em quadros tabelas e graacuteficos como se segue

TABELA 03ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por sexo

MASCULINO FEMININO TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

relativa

300 260 866 40 134

Fonte Pesquisa do autor TABELA 04ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por estado civil

CASADO SOLTEIRO OUTROS TAMANHO

DA

AMOSTRA

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

300 239 796 32 107 29 97

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 05ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por idade

ATEacute 35 ANOS DE 36 A 55 ANOS ACIMA 56 ANOS TAMANHO

DA

AMOSTRA

IDADE

MEacuteDIA Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

Frequumlecircn

absoluta

Frequumlecircn

Relativa

300 53 27 9 133 443 140 467

Fonte Pesquisa do autor TABELA 06ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por escolaridade

TAMANHO

DA

FREQUENTOU

ATEacute 1ordm GRAU

FREQUENTOU

ATEacute 2ordm GRAU

FREQUENTOU

ATEacute 3ordm GRAU

93

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 145 483 81 27 74 247

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 07ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tamanho da aacuterea explorada

PEQUENO PRODUTOR MEacuteDIO PRODUTOR (DE 1984 ATEacute 7438 ALQ)

GRANDE PRODUTOR TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

300 124 413 100 333 76 254

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 08ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores por local moradia e acesso agrave escola puacuteblica

MORA NA

PROPRIEDADE

MORA NA CIDADE ESTUDOU EM ESCOLA

PUacuteBLICA

TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

Frequumlecircnc

Absoluta

Frequumlecircnc

Relativa

300 102 34 198 66 223 743

Fonte Pesquisa do autor

A distacircncia de suas residecircncias ateacute a propriedade eacute em meacutedia de

27 quilocircmetros Aqueles que moram na cidade vatildeo agrave propriedade em meacutedia 16 dias

por mecircs praticamente dia sim dia natildeo A amostra revelou que a famiacutelia do produtor

tem em meacutedia 46 pessoas e 25 estudaram ou estudam em escola puacuteblica

TABELA 09ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de aquisiccedilatildeo dos imoacuteveis IMOacuteVEIS ADQUIRIDOS RECEBIDOS POR

HERANCcedilA

PARTE ADQUIRIDA E

PARTE HERANCcedilA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

272 112 411 106 39 54 199

Fonte Pesquisa do autor

94

TABELA 10ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de exploraccedilatildeo dos imoacuteveis

TAMANHO

AMOSTRA

TIPO DE EXPLORACcedilAtildeO FREQUEcircNCIA

ABSOLUTA

FREQUEcircNCIA

RELATIVA

EXPLORAM SOacute O PROacutePRIO 224 746

O PROacutePRIO E EM PARCERIA 26 87

O PROacutePRIO E ARRENDADOS 20 67

SOacute IMOacuteVEIS EM PARCERIA 11 36

SOacute IMOacuteVEIS ARRENDADOS 15 5

PROacutePRIO ARRENDA E PARCERIA 2 07

300

SOacute ARRENDADO E EM PARCERIA 2 07

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 11ndash Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-estrutura na propriedade

TEM ENERGIA

ELEacuteTRICA

TEM AacuteGUA

ENCANADA

TEM ANTENA

PARABOacuteLICA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 293 977 285 95 102 34

Fonte Pesquisa do autor

95

TABELA 12ndash Segmentaccedilatildeo dos imoacuteveis pela disponibilidade de infra-estrutura

na propriedade

TEM APARELHO

DE TELEVISAtildeO

TEM VEIacuteCULOS

MOTORIZADOS

TEM COMPUTADOR

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 250 833 243 81 181 603

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 13ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela renda e trabalho da famiacutelia na propriedade

TEM SOacute A RENDA DA

PROPRIEDADE

COcircNJUGE AJUDA NA

ATIVPRODUTIVA

FILHOS AJUDAM NA ATIV

PRODUTIVA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 142 473 55 183 105 35

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 14ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela matildeo de obra utilizada

MAtildeO DE OBRA FIXA CONTRATADA

(EMPREGADOS)

MAtildeO DE OBRA TEMPORAacuteRIA

CONTRATADA (BOacuteIA-FRIA)

TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 177 590 155 517

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores rurais mantecircm a meacutedia de 318 empregados efetivos para executar os trabalhos nas

propriedades rurais Nos picos de serviccedilos que compreende o plantio e a colheita dos produtos costumam

contratar 671 empregados na meacutedia como matildeo-de-obra temporaacuteria

96

TABELA 15ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na cultura da soja em sacas 60 quilos

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM SOJA

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

QuantIa

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 231 77 453 5296 1169

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram soja

obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 5296 sacas de 60 quilos em uma aacuterea de 453

alqueires paulistas resultando em uma produtividade de 1169 sacas por alqueire

exatamente igual agrave produtividade do Estado do Paranaacute e superior agrave meacutedia nacional

em 984

TABELA 16ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida na cultura do milho em sacas 60 quilos

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM MILHO

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

Quantia

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 148 493 234 5553 2373

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram milho obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 5553 sacas de 60 quilos em uma aacuterea de 234 alqueires paulistas resultando em uma produtividade de 2373 sacas por alqueire superior agrave meacutedia nacional e 86 e tambeacutem superior agrave meacutedia paranaense em 57 TABELA 17ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela produtividade obtida cultura

do cafeacute (sacas 40 quilos em coco)

97

AGRICULTORES QUE

PLANTARAM CAFEacute

PRODUCcedilAtildeO

MEacuteDIA

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Aacuterea (alq)

Plantada

Quantia

Colhida

PRODUTIVIDADE

MEacuteDIA DO

AGRICULTOR POR

ALQUEIRE

300 99 33 99 1559 1574

Fonte Pesquisa do autor

Os produtores do Municiacutepio de Londrina que cultivaram cafeacute obtiveram uma produccedilatildeo meacutedia de 1559 sacas

de 40 quilos de cafeacute em coco em uma aacuterea de 99 alqueires paulistas resultando em uma produtividade de

1574 sacas de cafeacute em coco por alqueire ou ainda 525 sacas de cafeacute beneficiado por alqueire superior agrave

meacutedia nacional em 6 e superior a meacutedia paranaense em 18

TABELA 18ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS PROacutePRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 211 703 89 297

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 19ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram soja pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

231 182 787 49 213

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 20ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram milho pela posse dos maquinaacuterios

TAMANHO DA TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS

98

AMOSTRA

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

148 110 743 257

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 21ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores que cultivaram cafeacute pela posse dos maquinaacuterios

TEM MAQUINAacuteRIOS NAtildeO TEM MAQUINAacuteRIOS

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

99 61 38 384

TABELA 22ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela necessidade de financiamentos

DEPENDE DE FINANCIAMENTOS NAtildeO DEPENDE TAMANHO DA

AMOSTRA

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

38

TAMANHO DA

AMOSTRA

Relativa Relativa

616

Fonte Pesquisa do autor

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 152 506 148 494

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 23ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acesso agrave assistecircncia teacutecnica

TEcircM ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA NAtildeO TEcircM ASSISTEcircNCIA TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia Frequumlecircncia

Relativa

300 232 773 68 227

Absoluta

Fonte Pesquisa do autor TABELA 24ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo tipo de assistecircncia teacutecnica

recebida TAMANHO

AMOSTRA

DA

EMATER

DA

COOPERATIVA

DE

PARTICULAR

MAIS DE UMA

ASSISTEcircNCIA

99

Freq

Abs

Freq

Rel

Freq

Rel

Freq

Abs

Freq

Abs

Freq

Rel

Freq

Abs

Freq

Rel

232 35 15 99 427 78 336 20 87

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 25ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela eacutepoca de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

COMERCIALIZOU ANTES

COLHEITA

COMERCIALIZOU APOacuteS A

COLHEITA

COM PARTE ANTES E

PARTE DEPOIS

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

300 14 47 234 78 52 173

Fonte Pesquisa do autor

TABELA 26- Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da produccedilatildeo antes da colheita

COMERCIALIZOU TUDO

NAS COOP

COMERCIALIZOU TUDO

NAS INDUSTR

PARTE NAS COOP E

PARTE NAS IND

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Absoluta

14 9 2 3

Fonte Pesquisa do autor

100

TABELA 27- Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela venda da totalidade da produccedilatildeo apoacutes a colheita

COMERCIALIZOU TUDO

NAS COOP

COMERCIALIZOU TUDO

NAS INDUSTR

PARTE NAS COOP E

PARTE NAS IND

TAMANHO

DA

AMOSTRA Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

Frequecircnc

Absoluta

Frequecircnc

Relativa

234 132 564 72 308 30 128

Fonte Pesquisa do autor

Dentro da amostra entre os agricultores que venderam toda a produccedilatildeo antes ou depois da colheita e os que

venderam parte da produccedilatildeo antes e parte depois constatou-se que 102 da produccedilatildeo foi comercializada

antes de ser colhida e 898 da produccedilatildeo foi comercializada depois de realizada a colheita Dos 898 da

comercializaccedilatildeo negociada apoacutes a colheita 551 foi vendida nas cooperativas e 347 nas induacutestrias

Dos 102 da produccedilatildeo comercializada antes da colheita verificou-se que 48 foi vendida em cooperativas

com preccedilos preacute-fixados 30 comercializado com as induacutestrias com preccedilos preacute-fixados 07

comercializado em cooperativas com adiantamentos de recursos em dinheiro ou insumos e com preccedilos a fixar

na entrega da safra 02 comercializada antecipadamente com as induacutestrias com adiantamentos de recursos

e preccedilos a fixar na entrega da safra 01 comercializado com as induacutestrias com adiantamentos de recursos e

preccedilos jaacute fixados e 14 comercializada na bolsa de mercadorias

TABELA 28ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelas negociaccedilotildees realizadas na bolsa de mercadorias

NEGOCIAM NA BOLSA NAtildeO NEGOCIAM NA BOLSA TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 16 53 284 947 Fonte Pesquisa do autor

101

Dos 16 (53) agricultores que comercializaram a totalidade ou parte da safra na bolsa de mercadorias o

fizeram pelas seguintes razotildees

a) 14 disseram entre outras razotildees mas em especial que

preferem comercializar a safra ou parte dela para garantir os

preccedilos acenados pelo mercado futuro

b) 6 disseram entre outras razotildees mas em especial que soacute

comercializam quando os preccedilos satildeo interessantes

c) 4 disseram entre outras razotildees mas em especial que

comercializam na bolsa porque confiam na seguranccedila desse tipo

de negociaccedilatildeo

Dos 284 (947) agricultores lodrinenses que disseram natildeo comercializar satildeo pelas diversas abaixo

relacionadas

a) 253 disseram entre outras razotildees que natildeo sabem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em bolsas de mercadorias

b) 53 disseram entre outras razotildees que nunca foram convidados pela BMampF ou corretores para explicar como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado futuro

c) 19 disseram entre outras razotildees que consideram o processo

muito burocraacutetico

d) 16 disseram entre outras razotildees que natildeo possuem seguranccedila para operar nesse mercado

e) 17 disseram entre outras razotildees que tecircm medo de perder dinheiro nesse tipo de comercializaccedilatildeo

f) 10 disseram entre outras razotildees que sabem como funciona mas preferem natildeo comercializar enquanto natildeo tecircm garantida a colheita da safra

g) 7 disseram entre outras razotildees que natildeo confiam nas corretoras que intermediam a comercializaccedilatildeo

h) 5 disseram entre outras razotildees que natildeo consideram os preccedilos

interessantes

102

TABELA 29ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pelo acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado

ACOMPANHAM AS COTACcedilOtildeES NAtildeO ACOMPANHAM TAMANHO DA

AMOSTRA Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

Frequumlecircncia

Absoluta

Frequumlecircncia

Relativa

300 289 963 11 37

Fonte Pesquisa do autor

Dentre os agricultores que acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado o fazem das seguintes maneiras

a) 193 disseram que acompanham atraveacutes dos jornais

b) 173 disseram que acompanham pela televisatildeo

c) 143 disseram que acompanham atraveacutes das cooperativas

d) 54 disseram que acompanham pela internet

e) 49 disseram que acompanham atraveacutes do radio

f) 49 disseram que acompanham por outros meios como amigos conhecidos etc

Com base na segmentaccedilatildeo das tabelas 03 a 29 pode-se

caracterizar o perfil do agricultor londrinense - que cultiva soja eou milho e ou cafeacute -

com destaques para aos dados abaixo

01) 866 satildeo homens

02) 796 satildeo casados

03) 467 tecircm idade acima de 56 anos

04) 483 frequumlentaram a escola ateacute o primeiro grau

05) 743 de sua famiacutelia estudou ou estuda em escola publica

06) 413 satildeo pequenos produtores

07) 66 moram na cidade e vatildeo agrave propriedade 16 vezes por mecircs

08) 411 adquiriram o imoacutevel que exploram

09) 746 soacute exploram o imoacutevel proacuteprio

10) 977 tecircm energia eleacutetrica na propriedade

11) 95 tecircm aacutegua encanada

12) 833 tecircm televisatildeo

103

13) 81 tecircm veiculo na propriedade

14) 603 tecircm computador

15) 473 vivem soacute da renda das propriedades rurais

16) 59 tecircm empregados fixos

17) 517 contratam trabalhadores volantes nas eacutepocas de picos de serviccedilo

18) 77 plantam soja e colhem 1169 sacas por alqueire

19) 493 plantam milho e colhem 2373 sacas por alqueire

20) 33 plantam cafeacute e colhem 1574 sacas em coco por alqueire ou 525 sacas de

cafeacute beneficiado

21) 703 tecircm maquinaacuterios proacuteprios entre tratores e colheitadeiras

22) 506 necessitam de financiamentos para custeio das lavouras

23) 773 dispotildeem de assistecircncia teacutecnica na propriedade

24) 78 comercializam as safras depois de colhida

25) 947 natildeo negociam seus produtos na bolsa de mercadorias

26) 963 acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos no mercado sendo a maioria

pelos jornais e televisatildeo

26)O tempo meacutedio de responsabilidade do agricultor pela produccedilatildeo e

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo nas propriedades eacute de 18 anos

104

102 COMPARACcedilAtildeO DO PERFIL DO AGRICULTOR BRASILEIRO COM O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE CULTIVA SOJA EOU

MILHO EOU CAFEacute

TABELA 30- Comparativo das caracteriacutesticas do agricultor brasileiro com o agricultor londrinense

CARACTERIacuteSTICAS AGRICULTOR

BRASILEIRO AGRICULTOR

LONDRINENSE

Satildeo proprietaacuterios dos imoacuteveis 85 907 Idade meacutedia do produtor 52 53

Maior concentraccedilatildeo de escolaridade 1ordm Grau 1ordm GrauDisponibilidade energia eleacutetrica no

imoacutevel 85 977

Antenas paraboacutelicas na propriedade 43 34 Veiacuteculos na propriedade 56 81

Aacutegua encanada na propriedade 71 95 Aparelho de televisatildeo 81 833

Tem outra fonte de renda aleacutem da propriedade

82 527

Tem computador 3 603 Uso de matildeo de obra familiar 78 656

Uso de matildeo de obra temporaacuteria 81 517 Pessoa da famiacutelia que estudou em

escola puacuteblica 62 743

Produtividade na cultura do milho 2057 2373 Fonte CNA e pesquisa do autor

Diferentemente da meacutedia do perfil do agricultor brasileiro que 82 tem outra fonte de renda gerada fora

da propriedade com outras atividades remuneradas menos da metade dos agricultores (473) depende

exclusivamente da renda gerada dentro das propriedades rurais obrigando-o sempre a buscar a eficiecircncia nas

atividades desenvolvidas 35 dos agricultores contam com a ajuda dos filhos para desenvolverem as atividades

de produccedilatildeo e 183 recebem ajuda da mulher nas

105

atividades produtivas do imoacutevel paracircmetro que mede a vocaccedilatildeo do produtor rural do Municiacutepio de Londrina

conforme demonstra a tabela 13 Outra variaacutevel diferenciada nesta comparaccedilatildeo

do perfil do agricultor brasileiro com relaccedilatildeo ao agricultor do Municiacutepio de Londrina eacute com relaccedilatildeo agrave informaacutetica Enquanto somente 3 dos agricultores brasileiros tecircm

computador 603 dos agricultores de Londrina dispotildeem de computadores para armazenar as informaccedilotildees das

atividades desenvolvidas nas propriedades rurais conforme demonstra a tabela 12

Na pesquisa realizada pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas sobre o perfil do agricultor brasileiro a uacutenica

produtividade levantada foi da cultura do milho com colheita de 85 sacas de 60 kgs por hectare o que

corresponde a 2057 sacas de 60 quilos por alqueire paulista Na comparaccedilatildeo com a produtividade meacutedia do

agricultor de Londrina verifica-se que ele colhe 2373 sacas de 60 quilos de milho por alqueire portanto

153 maior que a produccedilatildeo meacutedia brasileira A produtividade meacutedia do agricultor de Londrina que cultiva

soja eacute de 1169 sacas de 60 quilos por alqueire e a produtividade do cafeacute em coco eacute de 1574 sacas de 40

quilos por alqueire o que corresponde a 525 sacas de 60 quilos de cafeacute beneficiado por alqueire paulista de

acordo com as tabelas 15 16 e 17

O agricultor rural de Londrina dispotildee de uma melhor infra-estrutura quando comparado com o agricultor brasileiro como se verifica nas tabelas 11 e 12 como eacute o caso da energia eleacutetrica 977 contam com esse serviccedilo

contra 85 dos agricultores brasileiros veiacuteculos na propriedade 81 contra 56 do produtor brasileiro aacutegua

encanada 95 contra 71 do produtor brasileiro e uma diferenccedila alarmante quando comparados os

computadores - com 603 contra somente 3 do produtor brasileiro

Outro dado importante verificado eacute com relaccedilatildeo agrave matildeo de obra temporaacuteria conforme tabela 30 Enquanto

o agricultor brasileiro usa 81 de matildeo de obra temporaacuteria o agricultor londrinense utiliza somente 517 Isso

significa que o agricultor londrinense proporciona 567 a mais de emprego nas propriedades rurais mantendo o

106

empregado fixo na propriedade com registro em carteira e provavelmente pagando todos os encargos sociais e

trabalhistas como Previdecircncia Social Fundo de Garantia Deacutecimo Terceiro Salaacuterio Feacuterias etc Isso posto cabe

acrescentar que a manutenccedilatildeo do empregado na propriedade contribui para a reduccedilatildeo da pobreza nos cinturotildees de miseacuteria das cidades porque certamente junto com o empregado moram na propriedade sua

esposa e filhos

103 CARACTERIacuteSTICAS DO AGRICULTOR LONDRINENSE RELACIONADOS COM A PRODUCcedilAtildeO COMERCIALIZACcedilAtildeO COTACcedilOtildeES DE PRECcedilOS E ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS

Nesta seccedilatildeo descrevem-se todas as caracteriacutesticas dos agricultores do Municiacutepio de Londrina relacionados agrave

produccedilatildeo obtida nas culturas da soja do milho e do cafeacute seu sistema de comercializaccedilatildeo acompanhamento

das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos no mercado e sua atuaccedilatildeo na bolsa de mercadorias

TABELA 311ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de escolaridade

ESCOLARIDADE SOJA

(Saca de 60 kgs) MILHO

(Saca de 60 kgs) CAFEacute EM COCO

(saca de 40 kgs)

1ordm GRAU 1121 2084 1173

2ordm GRAU 1083 2323 1272

3ordm GRAU 1286 2393 1641

Fonte Pesquisa do autor Z2=104244200 P=000000

A tabela 311 demonstra que o grau de escolaridade exerce grande influecircncia na produtividade dos

agricultores de Londrina em todas as culturas e em especial na cultura do cafeacute Verificou-se uma

produtividade bem maior daqueles produtores que cursaram a universidade em relaccedilatildeo aos que cursaram

somente ateacute o primeiro grau No milho e na soja a produtividade tambeacutem foi superior

107

TABELA 312ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de escolaridade

ESCOLARIDADE DA SAFRA VENDIDA ANTES DA

COLHEITA DA SAFRA VENDIDA APOacuteS A

COLHEITA

1ordm GRAU 75 925

2ordm GRAU 130 870

3ordm GRAU 169 831

Fonte Pesquisa do autor Z2=1155000 P=000311

A tabela 312 confirmando a demonstraccedilatildeo da tabela 311 revela

que o produtor rural com escolaridade superior jaacute com a visatildeo mais voltada para o

mercado procura comercializar parte de sua produccedilatildeo no andamento da safra

evitando ficar com a totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca

em que todos os produtores estaratildeo interessados na venda da sua produccedilatildeo e

com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos dado a maior

quantidade de oferta no mercado que ocorre apoacutes a colheita Mais do que o dobro

dos produtores com curso universitaacuterio comparados com os produtores que soacute tecircm

o primeiro grau comercializam parte de suas safras antes da colheita dos produtos

TABELA 313ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de

acordo com a escolaridade ESCOLARIDADE FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS

1ordm GRAU 958 42

2ordm GRAU 963 37

3ordm GRAU 973 27

Fonte Pesquisa do autor Z2=028600 P=086669

A tabela 313 demonstra diferenccedila pouco significativa no acompanhamento das cotaccedilotildees de preccedilos dos

produtos no mercado quando se compara a escolaridade dos produtores Os produtores rurais de Londrina

108

em sua quase totalidade acompanham e fazem cotaccedilotildees dos preccedilos na hora de vender a sua produccedilatildeo em

sua maioria pelos jornais televisatildeo e cooperativas

TABELA 314ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo

com a escolaridade ESCOLARIDADE NEGOCIA NA BOLSA DE

MERCADORIAS NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

1ordm GRAU 27 973

2ordm GRAU 74 926

3ordm GRAU 95 905

Fonte Pesquisa do autor Z2=474400 P=009329

A tabela 314 tambeacutem revela que o maior grau de escolaridade

permite ao produtor rural procurar novas opccedilotildees para a negociaccedilatildeo dos seus

produtos Praticamente quase todos dos produtores com o primeiro grau

desconhecem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em

bolsas de mercadorias justificando os iacutendices apresentados na tabela Para cada 4

produtores com curso superior do Municiacutepio de Londrina somente 1 com o primeiro

grau negocia os seus produtos na bolsa de mercadorias

TABELA 321ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade do

produtor

IDADE DO PRODUTOR SOJA MILHO CAFEacute EM COCO

109

(Saca 60 kgs) (Saca 60 kgs) (Saca 40 kgs)

ATEacute 35 ANOS 1172 2094 2040

DE 36 A 55 ANOS 1166 2342 1550

ACIMA 56 ANOS 1151 2110 1068 Fonte Pesquisa do autor Z2=21532200 P=000000

A tabela 321 demonstra que a idade exerce influecircncia significativa na produtividade dos agricultores de

Londrina que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade bem maior do produtor com idade ateacute 35

anos em relaccedilatildeo ao produtor com idade acima de 56 anos Provavelmente isso ocorre em funccedilatildeo da

tecnologia antiga usada pelo produtor com mais idade Tambeacutem foi significativamente maior quando

comparados os produtores de cafeacute com ateacute 35 anos com os produtores que tecircm idade entre 36 e 55 anos No

milho a produtividade apresentou-se um pouco maior entre os produtores com idade de 36 a 55 anos em

relaccedilatildeo aos produtores com idades superiores e inferiores e na cultura da soja natildeo houve diferenccedilas de

produtividade pois todos colheram entre 115 e 117 sacas por alqueire

TABELA 322ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do produtor

IDADE DO PRODUTOR VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

ATEacute 35 ANOS 170 830

DE 36 A 55 ANOS 125 875

ACIMA 56 ANOS 90 910

Fonte Pesquisa do autor Z2=709300 P=002883

A tabela 322 revela que o produtor rural com idade ateacute 35 anos

tambeacutem com a visatildeo mais voltada para o mercado procura comercializar parte de

sua produccedilatildeo no andamento da safra evitando ficar com a totalidade dos produtos

nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo

interessados na venda da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos

preccedilos dos produtos dado a maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a

colheita Quase o dobro dos produtores com idade ateacute 35 anos comparados com

os que tecircm idade acima de 56 anos comercializam uma parte de suas safras antes

110

da colheita dos produtos Na comparaccedilatildeo com os produtores com idade entre 36 e

55 anos tambeacutem ocorre o mesmo fato poreacutem em menor escala

111

TABELA 323ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo com a idade do produtor

IDADE DO

PRODUTOR

FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

ATEacute 35 ANOS 1000 00

DE 36 A 55 ANOS 955 45

ACIMA 55 ANOS 964 36

Fonte Pesquisa do autor Z2=130000 P=052208

A tabela 323 igualmente com o que ocorre com o grau de escolaridade dos produtores a diferenccedila eacute pouco

significativa no acompanhamento das cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos no mercado quando se compara a

idade dos que tecircm ateacute 35 anos com as das demais idades Eacute importante ressaltar que todos os produtores com

ateacute 35 anos acompanham as cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos em sua maioria tambeacutem pelos jornais

televisatildeo e cooperativas

TABELA 324ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa de mercadorias de acordo com a idade do produtor

IDADE DO PRODUTOR NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

ATEacute 35 ANOS 37 963

DE 36 A 55 ANOS 68 932

ACIMA 55 ANOS 43 957

Fonte Pesquisa do autor Z2=098800 P=061027

A tabela 324 diferentemente das demais onde satildeo comparadas as idades apresenta os produtores com idade

entre 36 e 55 como os que mais negociam seus produtos em bolsa de mercadorias Entre os produtores com

ateacute 35 anos de idade quase 100 desconhecem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo

em bolsas de mercadorias e 30 alegaram que nunca foram convidados pela BMampF ou corretoras para

explicarem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado futuro Entre os produtores com idade

entre 36 e 55 anos de idade que comercializam seus produtos na bolsa a maioria disse saber como funciona

o processo de comercializaccedilatildeo e confia na seguranccedila desse tipo de negociaccedilatildeo embora soacute procurem as bolsas

quando os preccedilos do mercado futuro se apresentam interessantes

112

TABELA 331ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o tamanho

da aacuterea explorada

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

SOJA (Saca 60 kgs)

MILHO (Saca 60 kgs)

CAFEacute EM COCO (Saca 40 kgs)

PEQUENO PRODUTOR 1145 2053 1158

MEacuteDIO PRODUTOR 1123 2121 1289

GRANDE PRODUTOR 1204 2511 1712 Fonte Pesquisa do Autor Z2=51356700 P=000000

A tabela 331 demonstra que o tamanho da aacuterea tem influecircncia significativa na produtividade dos

agricultores de Londrina em especial para os que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade bem

maior do grande produtor com relaccedilatildeo ao pequeno e um terccedilo a mais que o meacutedio produtor Tambeacutem foi um

quarto maior a produtividade do milho quando comparados os grandes com os pequenos e meacutedios

produtores Na cultura da soja natildeo se apresentaram diferenccedilas significativas na produtividade todos colhem

na faixa de 110 a 120 sacas por alqueire sendo que o grande produtor apresenta produtividade um pouco

superior em relaccedilatildeo aos pequenos e meacutedios produtores

TABELA 332ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o tamanho da aacuterea explorada

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

PEQUENO PRODUTOR 85 915

MEacuteDIO PRODUTOR 136 864

GRANDE PRODUTOR 130 870

Fonte Pesquisa do autor Z2=163300 P=044204

A tabela 332 revela que o grande e meacutedio produtor rural com a

visatildeo mais voltada para o mercado tambeacutem procuram comercializar sua produccedilatildeo

113

no andamento da safra evitando ficar com a totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o

final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo interessados na venda

da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos

dado a maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a colheita Quase o dobro

dos meacutedios e grandes produtores comparados com os pequenos produtores

comercializam uma parte de suas safras antes da colheita dos produtos

TABELA 333ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos pelos produtores de acordo com tamanho da aacuterea

CARACTERIacuteSTICA DO PRODUTOR

FAZ COTACcedilAtildeO PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

PEQUENO PRODUTOR 936 64

MEacuteDIO PRODUTOR 970 30

GRANDE PRODUTOR 1000 00

Fonte Pesquisa do autor Z2=574100 P=005668

A tabela 333 eacute um demonstrativo de que quase a totalidade dos produtores acompanha as cotaccedilotildees de preccedilos

dos produtos no mercado Eacute importante ressaltar que todos (1000) os grandes produtores acompanham as

cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos e apenas uma pequena minoria entre os pequenos e meacutedios produtores

deixam de acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos Ressalte-se tambeacutem que a maioria faz o acompanhamento

pelos jornais televisatildeo e cooperativas com destaque para os grandes produtores que tambeacutem usam a internet

TABELA 334ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo nas bolsas de mercadorias pelo

produtor de acordo com tamanho da aacuterea CARACTERIacuteSTICA NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

114

DO PRODUTOR

PEQUENO PRODUTOR 24 976

MEacuteDIO PRODUTOR 70 930

GRANDE PRODUTOR 79 921

Fonte Pesquisa do autor Z2=362300 P=016341

A tabela 334 revela que haacute uma tendecircncia sugestiva quanto maior o produtor mais ele negocia os produtos

na bolsa de mercadorias Os pequenos produtores em sua quase totalidade natildeo sabem como funciona o

processo de comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsas de mercadorias e 24 alegaram que nunca foram

convidados pela BMampF ou corretoras para explicarem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em

mercado futuro

Os meacutedios e grandes produtores que comercializam seus produtos na bolsa afirmaram saber como funciona

o processo de comercializaccedilatildeo e confiam na seguranccedila desse tipo de negociaccedilatildeo embora soacute procurem as

bolsas quando os preccedilos acenados no mercado futuro satildeo interessantes Somente 1 pequeno produtor rural em

cada 3 meacutedios e grandes negociam seus produtos nas bolsas de mercadorias

TABELA 341ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a moradia do

produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR SOJA

(SACA 60 KGS) MILHO

(SACA 60 KGS) CAFEacute EM COCO (SACA 40 KGS)

NA PROPRIEDADE 1151 2186 1844

NA CIDADE 1164 2234 1056

Fonte Pesquisa do autor Z2=751970 P=000000

A tabela 341 registra que a moradia do produtor exerce muita influecircncia na produtividade dos agricultores

de Londrina na cultura do cafeacute Verificou-se uma produtividade muito maior na cultura do cafeacute do produtor

que mora na propriedade em relaccedilatildeo ao que mora na cidade Provavelmente tal fato ocorre porque a cultura

do cafeacute exige um tratamento diferenciado nos cuidados dos cafeeiros se comparado com as culturas de soja e

115

milho que soacute exigem cuidados nas eacutepocas do plantio e da colheita Nas culturas do milho e da soja a

produtividade eacute praticamente igual independentemente do produtor morar na propriedade ou na cidade

TABELA 342ndash Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a moradia do

produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR VENDA ANTES DA COLHEITA VENDA APOacuteS A COLHEITA

NA PROPRIEDADE 11 89

NA CIDADE 12 88

Fonte Pesquisa do autor Z2=004300 P=083580

A tabela 342 demonstra que a moradia natildeo influencia na comercializaccedilatildeo realizada pelo produtor rural e

eles procuram comercializar pelo menos 10 de sua produccedilatildeo no andamento da safra evitando ficar com a

totalidade dos produtos nas matildeos ateacute o final da colheita eacutepoca em que todos os produtores estaratildeo

interessados na venda da sua produccedilatildeo com grande perspectiva de reduccedilatildeo dos preccedilos dos produtos dado a

maior quantidade de sua oferta no mercado apoacutes a colheita

TABELA 343ndash Acompanhamento das cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos de acordo

com a moradia do produtor LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR FAZ COTACcedilAtildeO DE PRECcedilOS NAtildeO FAZ COTACcedilAtildeO

NA PROPRIEDADE 980 20

NA CIDADE 950 50

Fonte Pesquisa do autor Z2=167400 P=019579

A tabela 343 revela que existe uma preocupaccedilatildeo um pouco maior do produtor que mora na propriedade

com relaccedilatildeo ao acompanhamento nas cotaccedilotildees de preccedilos dos produtos no mercado se comparados com o

produtor que mora na cidade Os produtores rurais de Londrina em sua quase totalidade fazem cotaccedilotildees dos

preccedilos na hora de vender a sua produccedilatildeo geralmente pelos jornais televisatildeo e cooperativas Os que moram

na cidade se utilizam mais dos jornais para fazer esse acompanhamento assim como a internet

116

TABELA 344 ndash Negociaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsa mercadorias de acordo com a moradia do produtor rural

LOCAL DE MORADIA DO

AGRICULTOR NEGOCIA NA BOLSA NAtildeO NEGOCIA NA BOLSA

NA PROPRIEDADE 59 941

NA CIDADE 50 950

Fonte Pesquisa do autor Z2=009200 P=076132

A tabela 344 explicita que o local de moradia do produtor rural de

Londrina natildeo interfere nas negociaccedilotildees realizadas nas bolsas de mercadorias Em

ambos os casos em sua quase totalidade natildeo sabem como funciona o processo de

comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo em bolsas de mercadorias e 20 dos que moram na

fazenda e 15 dos que moram na cidade nunca foram convidados pela BMampF ou

corretoras para explicar como funciona o processo de comercializaccedilatildeo em mercado

futuro Os produtores que comercializaram seus produtos na bolsa em sua maioria

afirmaram que sabem como funciona o processo de comercializaccedilatildeo embora soacute

procurem as bolsas quando os preccedilos acenados no mercado futuro satildeo

interessantes

117

TABELA 35ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a assistecircncia teacutecnica

TIPO DE ASSISTEcircNCIA DADA AO

PRODUTOR SOJA

(SC60 KG) MILHO

(SC60) CAFEacute EM COCO

(SACAS 40 KGS)

SEM ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 1153 1987 1002

COM ASSISTEcircNCIA EMATER 1206 2325 1139

ASSISTEcircNCIA COOPERATIVA 1127 2272 1373

ASSISTEcircNCIA PARTICULAR 1187 2233 1516 Fonte Pesquisa do autor Z2=66260200 P=000000

A tabela 35 demonstra que a assistecircncia teacutecnica exerceu influecircncia significativa na produtividade dos

agricultores de Londrina que cultivaram cafeacute Verificou-se uma produtividade muito maior dos que

receberam assistecircncia teacutecnica particular em relaccedilatildeo ao produtor que natildeo teve assistecircncia teacutecnica Tambeacutem foi

maior a produtividade dos produtores de cafeacute que tiveram assistecircncia teacutecnica de cooperativa

Na comparaccedilatildeo dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica da Emater com os que natildeo tiveram assistecircncia

teacutecnica a produtividade eacute apenas um pouco maior No milho tambeacutem tiveram maior produtividade os

produtores que receberam assistecircncia teacutecnica poreacutem com pequena representatividade sobressaiacuteram-se

positivamente os produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica da Emater

A segunda melhor performance foi dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica das cooperativas seguida

dos produtores que tiveram assistecircncia teacutecnica particular No cultivo da safra de soja praticamente natildeo houve

diferenccedila significativa a ponto dos produtores que natildeo tiveram assistecircncia teacutecnica apresentarem produccedilatildeo

superior aos produtores que tiveram a assistecircncia teacutecnica das cooperativas

TABELA 36ndash Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse dos

maquinaacuterios

118

MAQUINAacuteRIOS SOJA (sc60 kgs)

MILHO (sc60 kgs)

CAFEacute EM COCO (sc40 kgs)

COM MAQUINAacuteRIOS 1198 2342 1335

SEM MAQUINAacuteRIOS 1281 1854 1311

Fonte Pesquisa do autor Z2=153708300 P=000000

A tabela 36 registra que a posse dos maquinaacuterios pelos produtores eacute importante para melhorar a

produtividade das culturas embora natildeo seja aconselhaacutevel sua aquisiccedilatildeo pelo pequeno produtor que tem a

oportunidade de alugar os maquinaacuterios nas eacutepocas de picos de serviccedilos A quantidade de aacuterea cultivada pelo

pequeno e meacutedio produtor rural natildeo justifica a aquisiccedilatildeo de uma maacutequina para a propriedade em razatildeo da

alta ociosidade

1031 Teste Estatiacutestico dos Cruzamentos

Considerando o niacutevel de significacircncia de 5 verificou-se ao aplicar o teste do Qui-quadrado nas tabelas dos

cruzamentos em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas do agricultor londrinense relacionados com a produccedilatildeo

comercializaccedilatildeo cotaccedilotildees de preccedilos e atuaccedilatildeo na bolsa de mercadorias que foram estatisticamente

significativo os seguintes cruzamentos (Quadro 3)

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o grau de

escolaridade

bull Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com o grau de

escolaridade

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a idade do

produtor

bull Comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo de acordo com a idade do produtor

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com o tamanho

da aacuterea explorada

119

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a moradia

do produtor rural

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a

assistecircncia teacutecnica

bull Produtividade das culturas por alqueire de acordo com a posse dos

maquinaacuterios

QUADRO 3 - Resultados dos testes do Qui-quadrado para verificaccedilatildeo do niacutevel de significacircncia dos cruzamentos

CRUZAMENTO QUI-QUADRADO P (NIacuteVEL DE SIGNIFICAcircNCIA)

Grau escolar x produtiv 1042442 p=00000 Grau escolar x comerc 1155 p=00311 Grau escolar x cotaccedilatildeo 286 p=86669 Grau escolar x negbolsa 4744 p=09329 Idade x produtividade 215322 p=00000 Idade x comercializaccedilatildeo 7093 p=02883 Idade x cotaccedilatildeo preccedilos 1300 p=52208 Idade x negocem bolsa 988 p=61027 T aacuterea x produtividade 513567 p=00000 Taacuterea x comercializaccedilatildeo 1633 p=44204 T aacuterea x cotaccedilatildeo preccedilos 5741 p=05668 Taacuterea x negocem bolsa 3623 p=16341 Local moradia x produt 751970 p=00000 Local moradia x comerc 043 p=83580 Local moradia x cotaccedilatildeo 1674 p=19579 Local moradia x n bolsa 092 p=76132 Assistteacutecn x produtivid 662602 p=00000 Maquinaacuterio x produtivid 1537083 p=00000

estatisticamente significativo

120

104 ANAacuteLISE DA PRODUTIVIDADE DO AGRICULTOR LONDRINENSE

Nesta anaacutelise considerando as produtividades levantadas na pesquisa observou-se

1) Quanto agrave escolaridade os agricultores que tecircm curso universitaacuterio conseguiram uma maior produtividade

nos cultivos das trecircs culturas quando comparados com os que estudaram soacute ateacute o primeiro e o segundo graus

Provavelmente por estarem mais abertos ao uso de novas tecnologias que satildeo oferecidas ao homem do campo

tais como desenvolvimento de novas sementes utilizaccedilatildeo de plantio direto ao inveacutes do plantio convencional

que natildeo degrada o solo e preserva o meio ambiente novas metodologias no combate agraves pragas e doenccedilas que se

natildeo forem cuidadas a tempo dizimam toda a produccedilatildeo e tambeacutem a preocupaccedilatildeo com a colheita mantendo as

maacutequinas bem reguladas para evitar perdas na hora da colheita

2) Quanto agrave idade os agricultores com ateacute 35 anos obtiveram uma produtividade de cafeacute em coco por

alqueire bem maior se comparados com os agricultores com idades acima dos 35 anos Tambeacutem nesse caso

tudo levar a crer que os agricultores mais jovens tambeacutem mais dinacircmicos em funccedilatildeo da proacutepria idade

aproveitam as vantagens das novas tecnologias oferecidas pelas empresas do ramo que diariamente levam ao

conhecimento dos produtores as suas vantagens atraveacutes da miacutedia e ainda dias de campo realizadas pelo Iapar

Emater etc que fazem demonstraccedilotildees sobre o uso dos maquinaacuterios ou dos insumos

3) Quanto ao tamanho da aacuterea os considerados grandes produtores quando comparados com os pequenos e

meacutedios obtiveram uma produtividade significativamente maior em todas as culturas e em especial na cultura

do cafeacute Nesta cultura os produtores desde 1994 estatildeo trocando as aacutereas tradicionais de plantio das lavouras

antigas de cafeacute pelo de plantio adensado A eficiecircncia das atividades agropecuaacuterias no meio rural depende muito

das escalas e soacute com o aumento da aacuterea eacute possiacutevel conseguir ganhos de escala Esta pode ser a explicaccedilatildeo para a

produtividade obtida pelos grandes produtores que provavelmente tecircm na propriedade o seu uacutenico meio de

sobrevivecircncia

4) Quanto agrave moradia verificou-se que o produtor que mora na propriedade e cultivou cafeacute obteve uma meacutedia

superior nesta cultura em relaccedilatildeo aos agricultores que moram na cidade O que pode explicar essa eficiecircncia eacute o

cuidado no dia-a-dia do produtor que mora na propriedade com o parque cafeeiro fato que natildeo ocorre quando

se trata do cultivo da soja ou do milho

5) Quanto agrave assistecircncia teacutecnica saiu-se bem o agricultor de Londrina que teve assistecircncia da Emater para o

cultivo da soja e do milho Na cultura do cafeacute diferentemente da assistecircncia teacutecnica dada agraves culturas da soja e

do milho sobressaiu-se muito melhor o grande agricultor que teve assistecircncia teacutecnica de particular

121

Provavelmente essa tambeacutem possa ser uma das explicaccedilotildees para a alta produtividade obtida pelo produtor no

cultivo do cafeacute por ser uma assistecircncia diferenciada mais onerosa que soacute pode ser paga por grandes produtores

e com visatildeo voltada para o uso da alta tecnologia disponiacutevel para a cultura

6) Quanto agrave posse dos maquinaacuterios Embora frac14 dos produtores rurais pesquisados natildeo possuam maquinaacuterios

conforme se verifica nas tabelas 19 20 e 21 a produtividade conseguida natildeo apresentou diferenccedila significativa

e a explicaccedilatildeo para esse fato de daacute pela oportunidade que tem o produtor em arrendar os maquinaacuterios nas eacutepocas

de plantio e colheita em especial os pequenos e meacutedios produtores em razatildeo do alto custo para a aquisiccedilatildeo da

maacutequina Sabe-se que a aquisiccedilatildeo de maquinaacuterios no meio rural soacute eacute vaacutelida se for para utilizar a sua capacidade

pois eles parados oneram por demais o custo

Assim apoacutes anaacutelise dos cruzamentos verificou-se que

a) O produtor de cafeacute mais eficiente em produtividade eacute aquele com curso universitaacuterio

que tem ateacute 35 anos de idade eacute classificado como grande produtor mora na

propriedade tem maquinaacuterio proacuteprio e conta com assistecircncia teacutecnica de profissional

particular

b) O produtor de soja mais eficiente em produtividade eacute aquele com curso universitaacuterio

que tem ateacute 35 anos de idade eacute classificado como grande produtor mora na cidade natildeo

tem maquinaacuterio proacuteprio provavelmente o arrende e conta com assistecircncia teacutecnica de

profissionais da Emater

c) O produtor de milho mais eficiente em produtividade tem curso universitaacuterio sua idade

varia entre 36 e 55 anos eacute classificado como grande produtor mora na cidade tem

maquinaacuterio proacuteprio e conta com assistecircncia teacutecnica de profissionais da Emater

105 ANAacuteLISE DA COMERCIALIZACcedilAtildeO DO AGRICULTOR LONDRINENSE

Embora a grande maioria dos agricultores comercialize a produccedilatildeo apoacutes realizada as colheitas se analisada a

tabela 312 verifica-se que os agricultores com cursos superiores vendem mais que o dobro de parte de sua

122

produccedilatildeo antes da colheita em comparaccedilatildeo com os produtores que tecircm o primeiro grau de estudo O mesmo

fato se constata quando analisada a tabela 322 na comparaccedilatildeo dos agricultores que tecircm ateacute 35 anos de idade

com relaccedilatildeo aos que estatildeo acima de 56 anos de idade o mesmo fenocircmeno ocorre tambeacutem na comparaccedilatildeo do

grande produtor com o pequeno produtor conforme tabela 342 poreacutem em menor escala

Na comercializaccedilatildeo da produccedilatildeo verifica-se uma disposiccedilatildeo maior do produtor rural de Londrina em

acompanhar as cotaccedilotildees dos produtos agropecuaacuterios Verificou-se que a maioria dos produtores acompanha

as cotaccedilotildees dos preccedilos atraveacutes das cooperativas jornais e televisatildeo etc com destaque para os segmentos

abaixo

1) Todos os produtores com ateacute 35 anos de idade acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos

2) Todos os grandes produtores acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos

3) Dos produtores que moram na cidade 98 acompanham as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos

4) Dos produtores que tecircm cursos universitaacuterios 973 acompanham as cotaccedilotildees dos

preccedilos dos produtos

Isto posto verificado a grande preocupaccedilatildeo que tem o produtor em acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos

produtos entende-se a razatildeo pelas quais os agricultores com curso superior (169) com idade ateacute 35 anos

(170) sendo grande produtor rural (130) fazem a comercializaccedilatildeo de parte da sua produccedilatildeo nas

cooperativas e nas induacutestrias antes da colheita dos produtos conforme se verifica nas tabelas 312 322

332 respectivamente

106 COMPARACcedilAtildeO DOS NEGOacuteCIOS REALIZADOS NA BOLSA COM OS NEGOacuteCIOS REALIZADOS NO MERCADO FIacuteSICO PELOS AGRICULTORES

PORQUE A BUSCA PELA COMERCIALIZACcedilAtildeO NA BMampF Eacute PEQUENA

Na busca de explicaccedilatildeo para a baixa procura dos produtores na comercializaccedilatildeo de sua produccedilatildeo na Bolsa de

Mercadorias levantou-se na BMampF os contratos de commodities comercializados nos uacuteltimos cinco anos de

1997 a 2002 para entender o comportamento dos preccedilos dos produtos comercializados naquela instituiccedilatildeo

123

No Deral-Pr - Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura do Paranaacute oacutergatildeo que registra

diariamente o preccedilo meacutedio pago ao produtor na comercializaccedilatildeo realizada no mercado fiacutesico em Londrina

levantou-se no mesmo periacuteodo os valores pagos aos produtores rurais para detectar se existem diferenccedilas

significativas nos preccedilos fixados nos contratos para venda na bolsa de mercadorias e a venda no mercado

fiacutesico recebido pelo produtor apoacutes a colheita do produto e constatou-se o seguinte

TABELA 37- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao produtor nas sacas de milho com 60 quilos

PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS

FUTURO EM R$ NA BMampF

PRECcedilOS NO FIacuteSICO

EM R$ (EM MARCcedilO)

Em setembro97 para entrega em marccedilo98 776 769

Em setembro98 para entrega em marccedilo99 676 882

Em setembro99 para entrega em marccedilo00 508 1232

Em setembro00 para entrega em marccedilo01 589 794

Em setembro01 para entrega em marccedilo02 570 1222

Meacutedia dos 5 anos 624 980

Fonte BMampF e Deral

Observa-se que os preccedilos recebidos pelo produtor no mercado

fiacutesico quando vendeu a safra de milho apoacutes a colheita na safra de 1997 - colhidas

124

em marccedilo de 1998 - natildeo apresentou diferenccedila de preccedilos com relaccedilatildeo agraves

negociaccedilotildees realizadas no mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 1998 - colhida em marccedilo de 1999 - os produtores de

milho que venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um lucro um terccedilo

maior

Na safra de 1999 - colhida em marccedilo de 2000 - o lucro dos

produtores que venderam no mercado fiacutesico apoacutes a colheita foi superior bem mais

que o dobro Na safra de 2000 - colhida em marccedilo de 2001 - os produtores que

venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um lucro tambeacutem um terccedilo

maior

Na safra de 2001 - colhida em marccedilo de 2002 - novamente os

produtores que deixaram para vender apoacutes a colheita sem negociar na bolsa

tiveram o dobro do lucro em relaccedilatildeo aos que negociaram na bolsa

No caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de milho de 1997 a

2001 os produtores que esperaram para vender depois da colheita sem negociar

contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro meacutedio acima de 50 quando

comparado aos que negociaram seus produtos na Bolsa de Mercadorias TABELA 38- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao

produtor nas sacas de soja com 60 quilos PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS

FUTURO EM R$ NA

BMampF

PRECcedilOS NO

FIacuteSICO EM R$ (EM MARCcedilO)

Em outubro97 para entrega em marccedilo98 1217 1354

Em outubro98para entrega em marccedilo99 1108 1622

Em outubro99 para entrega em marccedilo00 1052 1736

Em outubro00 para entrega em marccedilo01 1060 1667

Em outubro01 para entrega em marccedilo02 - 1994

Meacutedia dos 5 anos 1109 1674

Fonte BMampF e Deral

Constata-se que os preccedilos da soja recebidos pelos produtores no

mercado fiacutesico quando venderam os produtos apoacutes a colheita foi um pouco

125

superior na safra de 1997 colhida em marccedilo de 1998 Tambeacutem foi superior em

quase 50 na safra de 1998 colhida em marccedilo de 1999 A safra de 1999 colhida

em marccedilo de 2000 tambeacutem bem foi superior ultrapassando os 50 Por sua vez a

safra do ano 2000 - colhida em marccedilo de 2001 - deu um lucro superior a 50 aos

produtores que natildeo negociaram na bolsa de mercadorias e venderam no mercado

fiacutesico

Com relaccedilatildeo agrave safra do ano de 2001 - colhida em marccedilo de 2002 -

natildeo foi possiacutevel fazer uma anaacutelise por falta de informaccedilatildeo das negociaccedilotildees

realizadas pela Bolsa de Mercadorias em outubro de 2001 para fechamento dos

contratos em marccedilo de 2002

Na anaacutelise do caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de soja do

ano de 1997 a 2000 os produtores que esperaram para vender a produccedilatildeo depois

da colheita sem negociar contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro

meacutedio proacuteximo a 50

TABELA 39- Comparaccedilatildeo dos preccedilos da BMampF com relaccedilatildeo ao preccedilo pago ao

produtor nas sacas de cafeacute beneficiado com 60 quilos

PRECcedilO MEacuteDIO DOS CONTRATOS FUTUROS

FECHADOS NA BMampF EM REAIS PRECcedilOS FUTURO EM

R$ NA BMampF

PRECcedilOS NO FIacuteSICO

EM R$ (EM JULHO)

Em janeiro97 para entrega em julho97 15308 18010

Em janeiro98 para entrega em julho98 17515 11200

Em janeiro99 para entrega em julho99 12952 13723

Em janeiro00 para entrega em julho00 14307 14338

Em janeiro01 para entrega em julho01

Em janeiro02 para entrega em julho02

7942

5276

10273

8841

Meacutedia dos 6 anos 12216 12730

Fonte BMampF e Deral

126

Tambeacutem se pode observar que os preccedilos recebidos pelos

produtores no mercado fiacutesico quando venderam a safra de cafeacute apoacutes a colheita na

safra de 1997 - colhida em julho de 1997 - foi um pouco superior em relaccedilatildeo agraves

negociaccedilotildees realizadas no mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 1998 - colhida em julho de 1998 - os produtores de cafeacute

que venderam apoacutes a colheita no mercado fiacutesico tiveram um prejuiacutezo na faixa de

50 em relaccedilatildeo aos produtores que realizaram negociaccedilotildees no mercado futuro na

bolsa de mercadorias

Na safra de 1999 - colhida em julho de 1999 - o lucro dos

produtores que venderam no mercado fiacutesico apoacutes a colheita foi superior poreacutem

pouco significativo

Na safra de 2000 - colhida em julho de 2000 - os preccedilos se

equilibraram tendo praticamente o mesmo preccedilo tanto no mercado fiacutesico como no

mercado futuro na Bolsa de Mercadorias

Na safra de 2001 - colhidas em julho de 2001 - novamente os

produtores que deixaram para vender apoacutes a colheita sem negociar na Bolsa

tiveram um lucro de um terccedilo maior

Tambeacutem na safra de 2002 - colhida em julho de 2002 - os

produtores que negociaram no mercado fiacutesico tiveram um lucro significativo bem

acima de 50 nos preccedilos em relaccedilatildeo aos produtores que venderam na Bolsa de

Mercadorias

No caacutelculo da lucratividade meacutedia das safras de cafeacute de 1997 a

2002 os produtores que esperaram para vender depois da colheita sem negociar

contratos na Bolsa de Mercadorias tiveram um lucro meacutedio praticamente

insignificante na faixa de 5

Na comparaccedilatildeo da lucratividade meacutedia das culturas de milho soja e

cafeacute - ao longo dos uacuteltimos 5 anos - verificou-se que os produtores de soja e milho

ganharam mais quando negociaram seus produtos no mercado fiacutesico apoacutes

realizarem suas colheitas em torno de 50

Os produtores de cafeacute tambeacutem ganharam poreacutem menos na faixa

dos 5 o que leva a conclusatildeo de que as negociaccedilotildees realizadas na Bolsa de

Mercadorias com a cultura do cafeacute pode ser interessante porque na anaacutelise da

rentabilidade embora o lucro seja menor o produtor tem a garantia do preccedilo que foi

127

fixado na eacutepoca da compra dos contratos Assim natildeo corre o risco do preccedilo cair

apoacutes a colheita quando a oferta do produto no mercado eacute maior

A tabela 40 tem como objetivo demonstrar o perfil e a quantidade

de produtores que optaram por comercializar sua produccedilatildeo na Bolsa de

Mercadorias

TABELA 40ndash Segmentaccedilatildeo dos agricultores pela comercializaccedilatildeo realizada na

BMampF

TAMANHO AMOSTRA

TIPO DE EXPLORACcedilAtildeO FREQUEcircNCIA ABSOLUTA

Produtor de Soja 2

Produtor de Cafeacute 4

Produtor de Milho e Soja 3

Produtor de Soja e Cafeacute 5

16

Produtor de Milho Soja e Cafeacute 2 Fonte Pesquisa do autor

128

11 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS E RECOMENDACcedilOtildeES

1) Melhoria da cultura

gt Para melhorar a eficiecircncia do agricultor no meio rural e preacute-requisito a melhoria da cultura pois soacute sobreviveratildeo economicamente os que forem

eficientes nos aspectos tecnoloacutegicos gerenciais e organizacionais conforme se verificou na tabela 311

gt Somente frac14 dos produtores (tabela 6) tecircm curso universitaacuterio mas com perspectivas animadoras porque 23 deles moram na cidade (tabela 8) o que leva a crer que os seus filhos estudaratildeo ateacute o 3ordm grau e num futuro proacuteximo poderatildeo assumir as propriedades com nova mentalidade com mais cultura

conhecimentos e abertos agrave implantaccedilatildeo das novas tecnologias disponiacuteveis no mercado

Ser eficiente para exercer as atividades no meio rural jaacute natildeo eacute uma

vantagem mas sim um requisito enfatiza Santos (1993) e Souki et al (1999) soacute

sobreviveratildeo economicamente os agricultores que forem muito eficientes nos

aspectos tecnoloacutegicos gerenciais e organizacionais em todas as etapas dos

negoacutecios agropecuaacuterios que se inicia com o planejamento das atividades que seratildeo

realizadas

Acompanhamento e controle de todas as etapas do

processo produtivo dentro das necessidades conforme se

verifica na produtividade do cafeacute por agricultores que moram na

propriedade (tabela 341) a cotaccedilatildeo de preccedilos tanto para a

aquisiccedilatildeo dos insumos como a cotaccedilatildeo dos preccedilos para a

venda dos produtos colhidos tambeacutem eacute fundamental (tabelas

313 323 333 e 343) A eficiecircncia na administraccedilatildeo dos

negoacutecios deixou de ser uma vantagem competitiva para

transformar-se em um requisito que permite sobreviver nas

129

atividades agropecuaacuterias o que soacute eacute possiacutevel com a melhoria

do conhecimento

A partir do plano real praticamente deixou de existir dinheiro

subsidiado no Brasil e o governo natildeo tem determinado mais os preccedilos a serem

pagos pelos produtos agriacutecolas O que existe hoje eacute dinheiro com alto custo e juros

normais de mercado oferecidos pelos bancos e os preccedilos dos produtos satildeo

determinados pelo mercado de acordo com a oferta e demanda Diante deste

quadro o agricultor precisa agir profissionalmente mudando comportamentos

racionalizando o uso dos bens de produccedilatildeo para enfrentar o mercado cada vez mais

competitivo Aleacutem desses desafios vale lembrar que o crescimento da agricultura

pode ser conseguido com a educaccedilatildeo do agricultor como registrado na tabela 311

onde se cruzou a escolaridade com a produtividade A educaccedilatildeo deve ser a base

para que os agricultores possam entender o que os teacutecnicos da aacuterea querem

informar para melhorar a sua condiccedilatildeo de vida (tabela 35) Com o aumento do

conhecimento educacional dos agricultores eacute possiacutevel iniciar um real treinamento

mostrando-lhes os cuidados mais detalhados do manejo das culturas e das

criaccedilotildees informando-lhes o por que e como se conduz determinada praacutetica agriacutecola

Dahlman (1989) relata que as novas economias industrializadas do

leste asiaacutetico entenderam que o investimento na universalizaccedilatildeo de uma boa

educaccedilatildeo era um requisito essencial para acelerar a adoccedilatildeo a adaptaccedilatildeo e a

absorccedilatildeo de tecnologia O sucesso desses paiacuteses que constituem a base do novo

paradigma tecnoloacutegico deve-se muito aos pesados investimentos feitos na melhoria

e universalizaccedilatildeo da educaccedilatildeo secundaacuteria e na ampliaccedilatildeo da educaccedilatildeo superior

em particular com ecircnfase na engenharia e em outras aacutereas de ciecircncias aplicadas

A necessidade de aprender como se comportar frente aos

problemas inerentes agrave atividade agriacutecola faz sentido quando se vecirc que a agricultura

eacute um conjunto de arte ciecircncia e negoacutecio como uma atividade interdisciplinar e

ecleacutetica devido ao grande nuacutemero de variaacuteveis que o setor apresenta quando nele

se trabalha buscando informaccedilotildees e conhecimentos dos profissionais da aacuterea

(tabela 23) relacionados agrave assistecircncia teacutecnica Natildeo se deve considerar a agricultura

apenas como uma arte para natildeo se tornar uma questatildeo empiacuterica natildeo trata-la

somente como ciecircncia para natildeo ser um simples teoacuterico e natildeo se tornar um

mercador tratando-a exclusivamente como um negoacutecio

130

Deve-se mostrar ao produtor rural uma metodologia proacutepria de

coleta de registro de dados o que eacute fundamental para o processamento das

informaccedilotildees e posterior anaacutelise dos resultados Alem disso oportunizar o

conhecimento de conceitos fundamentais de custos de produccedilatildeo salientando cada

componente que propicia esse tipo de formulaccedilatildeo servindo de paracircmetro de

avaliaccedilatildeo e de sua consequumlecircncia relativa a comportamentos individuais dos

componentes Para Streeter (1988) a universidade puacuteblica deveria estar agrave frente

desse processo para ensinar aos produtores rurais todas as inovaccedilotildees tecnoloacutegicas

assim como os conceitos metodoloacutegicos atraveacutes da pesquisa do ensino e da

extensatildeo

2) Vocaccedilatildeo para o negoacutecio

gt Considerando que 272 (907) exploram os imoacuteveis proacuteprios (tabela 10) dos quais 166 (553) foram comprados (tabela 9) pode-se inferir que os

agricultores tecircm interesse pelo negoacutecio e estatildeo vocacionados para esta atividade econocircmica

gt Necessaacuterio se faz instrumentalizaacute-los para renderem o maacuteximo proporcionando programas de extensatildeo oferecidos pelas universidades jaacute que a Emater e as cooperativas vem cumprindo sua parte podendo ainda

melhorar em especial a Emater que assiste pouco mais de 10 dos agricultores conforme tabela 24

A necessidade de procurar fazer sempre o melhor a cada dia estaacute no

fato de que natildeo existe mais espaccedilo para os incompetentes A realidade hoje requer

produtores com conhecimento ou que saibam onde buscar esses conhecimentos

conforme tabela 23 que enfatiza a importacircncia da assistecircncia teacutecnica para a

realizaccedilatildeo das funccedilotildees certas com as soluccedilotildees exatas para cada problema

Nesta perspectiva de trabalho busca-se exprimir alguns passos de

instrumentalizaccedilatildeo procurando aumentar a eficiecircncia na atividade agropecuaacuteria

para que cada um trabalhe com base em um planejamento eficaz da propriedade

analisando todos os processos e resultados obtidos com cada atividade

desenvolvida e tentar melhoraacute-la o maacuteximo possiacutevel

131

3) Infra-estrutura

gt As propriedades apresentam boa infra-estrutura (tabela 1112) em relaccedilatildeo agrave energia eleacutetrica aacutegua encanada veiacuteculos etc e se localizam em meacutedia a 27

km da cidade (tabela 8) podendo oferecer oacutetimas condiccedilotildees de moradia para as proacuteximas geraccedilotildees Depois de formados (atualmente somente 13 dos

agricultores residem nos imoacuteveis) poderatildeo residir no imoacutevel facilitando o acompanhamento e desenvolvimento das atividades exercidas nas

propriedades porque estaratildeo diariamente no gerenciamento da empresa

Para Barberato (2001) a agricultura eacute atividade de risco sujeita a

intempeacuteries e frustraccedilotildees e natildeo daacute a seguranccedila do emprego na zona urbana Para

se encaixar no mercado de trabalho o jovem da zona rural estaacute sendo incentivado

pelos proacuteprios pais a estudar mais e concluiacuter pelo menos o segundo grau Quando

isso acontece os pais incentivadores da formaccedilatildeo educacional se assustam mas

continuam tocando a vida na esperanccedila de que um dia um dos filhos volte e tome

conta do negoacutecio mesmo que agrave distacircncia porque acreditam que ldquoquem nasce no

campo natildeo esquece sua raizrdquo

4) Atividade uacutenica

gt Quase 50 (tabela 13) dos produtores dependem unicamente das rendas obtidas das atividades rurais e 55 contam com a ajuda da mulher e filhos

revelando que a busca da eficiecircncia para produzir e vender satildeo fatores determinantes no sucesso do negoacutecio

gt Outra variaacutevel importante nessa anaacutelise eacute que quase 80 dos agricultores (tabela 04) satildeo casados aumentando ainda mais sua responsabilidade

financeira para a manutenccedilatildeo da famiacutelia

Para Koslovski (2002) eacute atraveacutes da profissionalizaccedilatildeo das atividades agropecuaacuterias que o produtor poderaacute utilizar novas tecnologia

aumentar a produtividade e reduzir os custos adequando-se agraves exigecircncias do mercado Essas exigecircncias satildeo grandes entraves em especial para o pequeno

produtor geralmente mais carentes em recursos e conhecimentos Felizmente as iniciativas de oacutergatildeos como o IAPAR EMBRAPA

SENAR e outros permitem que esses agricultores tenham acesso as novas

132

tecnoloacutegicas ao conhecimento e agraves novas oportunidades oferecidas pelo mercado

Eacute essencial que todos tenham acesso aos treinamentos agrave assistecircncia teacutecnica e ao

creacutedito rural para que se profissionalizem e que aos seus filhos seja garantida

educaccedilatildeo de primeira qualidade para que se tornem cidadatildeos capazes de executar

novos empreendimentos no campo (KOSLOVSKI 2002)

5) Pequenos produtores

gt Dentro da amostra dos produtores que cultivam soja eou milho eou cafeacute 124 (413) tecircm aacutereas com ateacute 1983 alqueires (tabela 07) natildeo havendo competitividade na venda dos produtos in natura pela falta de escala

precisam buscar alternativas tais como (a) agregar valores aos produtos atraveacutes da agroinduacutestrializaccedilatildeo

(b) formaccedilatildeo de cooperativas para venda de grandes lotes ou tentar encurtar o canal de comercializaccedilatildeo evitando negociar com intermediaacuterios vendendo

sua produccedilatildeo direto ao consumidor final

Segundo Barberato (2001) Londrina tem uma produccedilatildeo

diversificada que se inicia com o ldquoantigordquo cafeacute que voltou a ser cultivado no modelo

adensado nos uacuteltimos anos trazendo expectativa de novos rendimentos passando

por commodities como a soja ateacute a agroinduacutestria que representa uma nova

alternativa de renda especialmente agraves pequenas propriedades Mesmo em uma

regiatildeo em que predominam pequenas propriedades que tecircm dificuldades na

produtividade pela falta de escala as culturas mais cultivadas ainda satildeo da soja

milho cafeacute

O pequeno agricultor no Brasil sempre teve poucas chances de

poder escoar seus produtos sem a ajuda de intermediaacuterios ou o enfrentamento da

competiccedilatildeo com os grandes produtores A agroinduacutestria familiar - com a fabricaccedilatildeo

de produtos caseiros em meacutedia escala para venda direta ao consumidor ou atraveacutes

de associaccedilatildeo de pequenos produtores - pode ser a soluccedilatildeo para este segmento

O Secretaacuterio da Agricultura do Municiacutepio de Londrina ressalta que a

agroinduacutestria estaacute se ampliando mostrando que haacute uma produccedilatildeo meacutedia de 30 itens

advindos de produtos agriacutecolas como o accediluacutecar mascavo vinhos e licores compotas

sucos embutidos e defumados adubo orgacircnico mel entre outros Enfatiza

tambeacutem que nos distritos do Municiacutepio foram formados Conselhos com objetivo de

atuarem na zona rural natildeo soacute no que diz respeito agrave produccedilatildeo agriacutecola mas tambeacutem

133

na organizaccedilatildeo dos produtos e capacitaccedilatildeo e treinamentos dos produtores

(BARBERATO 2001)

6) Matildeo-de-obra utilizada

gt Mais de 50 dos produtores (tabela 14) manteacutem empregados fixos na propriedade - em meacutedia 318 empregados por propriedade - fator importante

socialmente porque a fixaccedilatildeo dos empregados na aacuterea rural com registro em carteira recebendo salaacuterios e todos os encargos sociais e trabalhistas diminui e minimiza os cinturotildees de pobreza nos centros urbanos Como

consequecircncia reduz as favelas a criminalidade e a prostituiccedilatildeo com alternativas de sobrevivecircncia para famiacutelias analfabetas e sem emprego no meio urbano que deixam a aacuterea rural para se aventurarem nas grandes

cidades

Aleacutem da importacircncia social a matildeo de obra no

meio rural tambeacutem eacute a que mais contribui quando se verifica o efeito renda conforme levantamento da FAEP -

Federaccedilatildeo Paranaense de Agricultura (2002) para explicar na teoria o que se observa no interior do Paranaacute Baseado

em estudos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social ndash BNDES o relatoacuterio explica que a agricultura eacute a atividade que mais gera emprego ldquoefeito

rendardquo ou seja a agricultura eacute o setor com maior potencial para abrir vagas no mercado de trabalho em outros

segmentos da economia Eacute o que os especialistas chamam de ldquoefeito multiplicadorrdquo

O emprego efeito renda surge em decorrecircncia de um bom desempenho de determinado ramo de atividade econocircmica No caso da lavoura se a produccedilatildeo do campo

vai bem o comeacutercio e os serviccedilos tambeacutem lucram Eacute a loja de eletrodomeacutesticos que vende mais o restaurante que

atende mais satildeo estabelecimentos que para dar conta da demanda acabam contratando mais gente

Para chegar a essa conclusatildeo o BNDES simulou a realizaccedilatildeo de investimentos de R$10 milhotildees em

41 atividades econocircmicas (agricultura induacutestria e seus

134

segmentos) Calculou quantas vagas esses R$ 10 milhotildees conseguiriam abrir no mercado de trabalho Em empregos

diretos a induacutestria de vestuaacuterio fica na frente da agricultura ndash na simulaccedilatildeo seriam 1080 novas vagas da

primeira contra 620 da atividade agriacutecola Mas no emprego efeito-renda a lavoura eacute a que mais propicia oportunidade de trabalho para os demais setores da economia Seriam 387 empregos para um investimento de R$ 10 milhotildees

contra 327 das faacutebricas de roupas em aplicaccedilatildeo de recursos idecircntica Os segmentos da induacutestria com maior potencial no ldquoefeito rendardquo satildeo aqueles que transformam mateacuteria prima produzida no campo A industria do cafeacute

dos oacuteleos vegetais de laticiacutenios e as refinarias de accediluacutecar

7) Entraves econocircmicos

gt A interferecircncia do governo brasileiro nos tratados comerciais entre as naccedilotildees para a eliminaccedilatildeo das tarifas alfandegaacuterias e dos subsiacutedios dados

pelos paiacuteses ricos aos agricultores aleacutem de vantajoso para todos conforme demonstra o graacutefico 16 pelos dados do FMI eacute importante para o agricultor

brasileiro uma vez que nossa participaccedilatildeo no comeacutercio mundial de produtos agriacutecolas eacute de 3 do total comercializado Mesmo assim o agribusiness

brasileiro vem crescendo em especial nos segmentos da soja laranja accediluacutecar carnes etc

Por mais difiacutecil e injusto que pareccedila se for considerada a benesse

ofertada aos produtores dos paiacuteses do primeiro mundo conforme se verificou no

graacutefico 16 a eficiecircncia do meio rural brasileiro teraacute de ser conseguida pelo proacuteprio

produtor - sem subsiacutedios com pouco creacutedito - conforme se verificou na tabela 22

em que 50 dos produtores ainda necessitam de financiamento mesmo pagando

altos juros e tambeacutem menos protecionismo enfim com menor ajuda do governo

Portanto os escassos insumos materiais teratildeo que ser potencializados com a

melhoria da capacidade administrativa e do conhecimento do produtor rural

Embora os uacuteltimos governos do Brasil tenham dado muito pouco ou

quase nada de proteccedilatildeo ou subsidio aos produtores rurais se comparado com os

27 paiacuteses da OCDE ndash Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econocircmico

ndash que em 1998 gastaram 362 bilhotildees de doacutelares (graacutefico 16) com diferentes formas

135

de proteccedilatildeo a seus agricultores o paiacutes estaacute entre os trecircs primeiros exportadores

mundiais de cafeacute suco de laranja accediluacutecar e do complexo de soja sem falar em

carnes fumo mandioca e outros produtos Apesar da pequena participaccedilatildeo no

comeacutercio mundial de produtos agriacutecolas algo em torno de 3 do total eacute este o

uacutenico setor que salva nossa balanccedila comercial Ano apoacutes ano o saldo comercial do

agribusiness vem crescendo enquanto que no conjunto o deacuteficit geral eacute alarmante

De qualquer maneira entre os que estudam os problemas agriacutecolas existe quase uma unanimidade de que - em niacutevel mundial - tanto os produtores agriacutecolas como os consumidores satildeo os mais prejudicados com o excesso de intervenccedilatildeo A conclusatildeo baacutesica dos estudiosos eacute que o excesso

de intervenccedilatildeo prejudica o esforccedilo global de desenvolvimento (graacutefico 17) porque restringe as exportaccedilotildees da grande maioria das naccedilotildees pobres ou em

desenvolvimento traz crescentes doses de sacrifiacutecios para as populaccedilotildees envolvidas e provoca uma reduccedilatildeo consideraacutevel no consumo de alimentos

em funccedilatildeo da manutenccedilatildeo de preccedilos artificialmente elevados nos mercados domeacutesticos atendendo a interesses econocircmicos das naccedilotildees mais ricas e

desenvolvidas

8) Diversificaccedilatildeo com especializaccedilatildeo

gt Por se tratar de atividade de risco feita a ceacuteu aberto o produtor deve diversificar as atividades buscando soluccedilotildees com os profissionais da aacuterea (tabela 23) que disporatildeo de informaccedilotildees teacutecnicas adequadas para ajudar o

produtor no desenvolvimento da atividade desejada

A agricultura vive de custos de oportunidades ou seja o produtor

deve sempre tomar as decisotildees de forma a utilizar melhor os fatores de produccedilatildeo

que satildeo basicamente a terra a matildeo de obra e o capital que andam lado a lado para

o bom aproveitamento Para tornar a empresa rural eficiente o produtor deve

tambeacutem buscar a diversificaccedilatildeo das atividades com especializaccedilatildeo o que significa

saber administrar a complexidade de algumas atividades e com a responsabilidade

de produziacute-las com qualidade na busca da lucratividade A monocultura pelos

riscos inerentes agraves atividades pode ser perigosa

136

9) Racionalizaccedilatildeo no uso dos maquinaacuterios

gt As aquisiccedilotildees dos maquinaacuterios soacute satildeo vaacutelidas se for para utilizar sua capacidade maacutexima pois eles parados oneram os custos (tabela 20)

gt O Brasil eacute um dos poucos paiacuteses que ainda pode melhorar muito natildeo soacute no aumento da produtividade como tambeacutem na expansatildeo das aacutereas

agricultaacuteveis

Para muitos agricultores significa tambeacutem que aqueles

investimentos que ldquocustam muito e satildeo utilizados poucordquo onerando o produto pela

ociosidade dos maquinaacuterios teratildeo de ser repensados na sua forma de uma

utilizaccedilatildeo mais intensa E para adquirir o maquinaacuterio deve-se fazer uma anaacutelise

com relaccedilatildeo ao seu custondashbenefiacutecio e ponderar se justifica sua aquisiccedilatildeo soacute em

sociedade ou ainda a alternativa de contratar os serviccedilos das maacutequinas que seratildeo

utilizadas no processo produtivo alternativa esta muito utilizada pelos produtores

que natildeo tecircm possibilidade de adquirir a maacutequina conforme verifica-se na tabela 20

onde frac14 dos produtores disseram natildeo ter maquinaacuterios embora tenham apresentado

boa produtividade em especial no cultivo da soja conforme demonstra a tabela 36

10) Busca da modernizaccedilatildeo

gt Fazer do agricultor um empresaacuterio que poderaacute administrar a propriedade rural de forma mais profissional tornando-a uma empresa rural

A agricultura brasileira pelas proacuteprias caracteriacutesticas da nossa

economia precisa de produtores profissionais para manter suas atividades com os

proacuteprios recursos Outrora quando o agricultor precisava de recursos financeiros

para custear sua produccedilatildeo agriacutecola obtinha empreacutestimo subsidiado pelo governo

Ou ainda quando queria vender sua produccedilatildeo procurava a CFP ndash Comissatildeo de

Financiamento da Produccedilatildeo - hoje Conab e entregava os seus produtos pelos bons

preccedilos que o governo determinava Isso dava uma grande seguranccedila para o

agricultor mas fechava as portas agrave comercializaccedilatildeo O produtor natildeo tinha que se

preocupar com a utilizaccedilatildeo eficiente dos bens de produccedilatildeo praacutetica ainda muito

utilizada pelo Japatildeo e paiacuteses da Europa conforme expressa o graacutefico 16 que tecircm

grande parte de sua produccedilatildeo agriacutecola subsidiada pelo governo

137

Sem duacutevida o primeiro passo para a modernizaccedilatildeo da agricultura eacute

tornar o agricultor um empresaacuterio como mostra a produtividade conseguida pelo

agricultor com alta escolaridade (tabela 311) que poderaacute administrar a propriedade

rural de forma mais profissional tornando-a uma empresa rural

11) Evitar financiamento

gt O dinheiro existente nos bancos tem um alto custo e 50 dos produtores ainda necessitam de financiamento (tabela 22) para o cultivo das safras A

soluccedilatildeo eacute agrave busca da auto-suficiecircncia financeira atraveacutes da eficiecircncia

A eficiecircncia que conduziraacute a emancipaccedilatildeo dos agricultores somente seraacute possiacutevel se for precedida de uma boa educaccedilatildeo As escolas

rurais que nos uacuteltimos foram gradativamente sendo reduzidas no Municiacutepio de Londrina na verdade deveria formar cidadatildeos com mais auto-confianccedila e auto-suficiecircncia teacutecnica de modo a fazer com que o patrimocircnio de sua famiacutelia fosse auto-sustentaacutevel A educaccedilatildeo baacutesica rural deveria ter um caraacuteter mais

instrumental proporcionando aos alunos conteuacutedos uacuteteis que possam aplicar na correccedilatildeo e soluccedilatildeo dos problemas que ocorrem nos negoacutecios nas

propriedades e mesmo na sua comunidade Para Souza (1999) os creacuteditos para custeio e para investimentos

precisam ser relativamente abundantes e a taxa de juros mais baixa a fim de

estimular a produccedilatildeo e a modernizaccedilatildeo sobretudo no caso dos pequenos

produtores e das culturas do mercado interno

12) Acompanhamento dos preccedilos

gt Ter habilidade para comprar bem os insumos e vender satisfatoriamente a produccedilatildeo determina o sucesso dos negoacutecios no meio rural

Nesse momento de profundas modificaccedilotildees no perfil do agricultor

deve-se buscar sempre a diminuiccedilatildeo dos custos pois eacute a forma que se tem de

aumentar a rentabilidade dentro da propriedade Essa reduccedilatildeo nos custos comeccedila

no planejamento adequado da propriedade atraveacutes da montagem de sistemas de

produccedilatildeo capazes de produzir com alta qualidade e escala de produccedilatildeo com o

miacutenimo de custo possiacutevel sem prejuiacutezo na atividade com uso de teacutecnicas

138

adequadas para cada tipo de produtor Crepaldi (1993) enfatiza que no atual

estaacutegio de desenvolvimento da agricultura brasileira o custo de produccedilatildeo eacute bastante

elevado em funccedilatildeo das fortes doses de adubaccedilatildeo sementes selecionadas e

defensivos agriacutecolas empregados nas culturas por serem insumos importados e de

alto custo para o produtor rural

Mas natildeo eacute apenas na diminuiccedilatildeo de custos que se pode trabalhar

Existe outro fator que eacute o aumento do rendimento que deveraacute ser compatiacutevel com o

custo o aumento do rendimento ou da produtividade de uma atividade agriacutecola

deveraacute ser maior que o custo realizado Isto se reflete muitas vezes quando os

produtores tecircm baixo poder aquisitivo ou restriccedilatildeo orccedilamentaacuteria devendo estes

definir em que produto ou operaccedilatildeo colocar o dinheiro disponiacutevel para que renda o

maacuteximo possiacutevel Quem natildeo tiver habilidade para comprar bem seus insumos e

vender satisfatoriamente sua produccedilatildeo certamente teraacute dificuldades para

sobreviver no negoacutecio conforme se verifica na preocupaccedilatildeo do agricultor em

acompanhar as cotaccedilotildees dos preccedilos dos produtos (tabela 29)

13) Mercado futuro via cooperativas

gt Uso do mercado futuro para minimizar os riscos nas oscilaccedilotildees dos preccedilos - quando o preccedilo for interessante

gt O produtor pode negociar a produccedilatildeo atraveacutes do quadro de funcionaacuterios especializados das cooperativas

Para reduzir o risco de oscilaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos na hora

de vender a produccedilatildeo o produtor poderaacute buscar o mercado futuro obviamente

quando os preccedilos lhes forem favoraacuteveis Natildeo deve esperar que a BMampF vaacute atraacutes de

cada um para explicar como funciona conforme identificou-se nas tabelas 314

324 334 e 344 Verificou-se uma baixa demanda desse mercado pelo produtor

exatamente pela sua falta de conhecimento nesse tipo de negoacutecio

Conforme ressalta Souza (1995) a melhor alternativa de acesso dos

produtores rurais ao mercado futuro poderaacute ser feito via cooperativas com a

utilizaccedilatildeo do seu quadro de funcionaacuterios especializados Elas poderiam fazer todo o

controle dos ajustes diaacuterios e burocraacuteticos das negociaccedilotildees e tambeacutem manter o

produtor informado por meio de editais ou outro mecanismo de comunicaccedilatildeo sobre

as cotaccedilotildees e preccedilos dos produtos nos mercados

139

14) Agricultura sustentaacutevel

gt Talvez seja a uacutenica alternativa para a preservaccedilatildeo da espeacutecie humana na terra

gt Eacute possiacutevel e depende do homem do campo porquanto gt A necessidade do uso adequado e racional dos agrotoacutexicos na produccedilatildeo

dos alimentos eacute fundamental para evitar o envenenamento natildeo soacute do produtor ao aplicaacute-lo mas tambeacutem da populaccedilatildeo urbana ao consumiacute-lo

gt A importacircncia da preservaccedilatildeo do solo com manejo adequado das culturas mantendo intacta as matas ciliares e conservando as curvas de niacuteveis das

propriedades evitaraacute a perda da terra feacutertil e consequumlentemente o assoreamento dos rios

gt A preocupaccedilatildeo em evitar ao maacuteximo as queimadas na abertura de novas

fronteiras agriacutecolas na busca de rapidez para a utilizaccedilatildeo da terra porque aleacutem de

degradar o solo contribui para aumentar o buraco na camada de ozocircnio da

atmosfera

Essas atitudes que dependem exclusivamente do produtor rural satildeo viaacuteveis permitem a praacutetica de atividades agriacutecolas economicamente

rentaacuteveis preservam o meio ambiente e por consequumlecircncia melhoram a qualidade de vida do homem na terra

Aliando as atividades agriacutecolas economicamente ativas com a

conservaccedilatildeo e a preservaccedilatildeo ambiental proporcionam-se condiccedilotildees para produzir

cada vez mais Eacute o que se denomina agricultura sustentaacutevel sendo tecnicamente

correta economicamente viaacutevel ambientalmente aceitaacutevel e socialmente justa

Sabe-se que o produtor brasileiro natildeo tem tanta preocupaccedilatildeo com

a conservaccedilatildeo do solo e tambeacutem com a preservaccedilatildeo ambiental e isso pode ser

maleacutefico ao longo do tempo prejudicando a sobrevivecircncia das proacuteximas geraccedilotildees

Falhas detectadas na camada de ozocircnio em razatildeo das queimadas

assoreamento dos rios pelo desconhecimento no preparo das lavouras uso

inadequado dos agrotoacutexicos poluindo os mananciais e nascentes de rios satildeo alguns

exemplos que podem ser citados

O Brasil dispotildee de condiccedilotildees ideais para aproveitar um novo

segmento do mercado agriacutecola mundial que estaacute crescendo de forma acelerada

principalmente nos paiacuteses desenvolvidos e que jaacute movimenta mais de US$20

140

bilhotildees por ano a ldquoagricultura natural ou bioloacutegicardquo Essa cadeia produtiva envolve

produtos que vatildeo do cafeacute aos diversos tipos de cereais e carnes dependendo do

produto e do paiacutes os consumidores estatildeo dispostos a pagar precircmio de ateacute 200

sobre o preccedilo do produto comum O Brasil dispotildee do maior rebanho bovino ldquoverderdquo

no mundo e vaacuterios locais jaacute produzindo produtos naturais

Rodrigues (2000) citando Lester Brown presidente do Worldwatch

Institute em recente discurso em um congresso para agricultores europeus

defendeu a hipoacutetese de que ateacute o ano 2020 a oferta de alimentos mundial cresceraacute

menos que a populaccedilatildeo o que aumentaria o preccedilo meacutedio dos produtos agriacutecolas

Usou como argumento que a tecnologia agronocircmica natildeo permitiraacute saltos de

produtividade como os obtidos ateacute agora e ainda as aacutereas agricultaacuteveis estatildeo

diminuindo juntamente com a escassez de aacutegua para irrigaccedilatildeo Pereira (1999)

ressalta que o Brasil eacute um dos poucos paiacuteses com capacidade de expandir sua

produccedilatildeo seja pelo aumento da aacuterea plantada e pelo incremento da produccedilatildeo

Para Casado (2003) o Brasil precisa investir na infra-estrutura em

especial para o escoamento da produccedilatildeo entende que apesar da imensidatildeo

territorial e das ainda precaacuterias condiccedilotildees logiacutesticas a privatizaccedilatildeo dos meios de

transportes e da rede de armazenagem aos poucos tece a malha de infra-estrutura

que garantiraacute o escoamento das safras Eacute a iniciativa privada em busca de soluccedilotildees

para o desenvolvimento da nossa naccedilatildeo

O agribusiness brasileiro pode ter um futuro promissor Segundo

Rodrigues (2000) o potencial do agronegoacutecio nacional em termos de aacuterea

cultivaacutevel impressiona A aacuterea total de mais de 210 milhotildees de hectares (24 do

territoacuterio nacional) da regiatildeo dos cerrados equivale agrave metade da aacuterea total do

Meacutexico Eacute nela ainda estatildeo inexplorados cerca de 90 milhotildees de hectares uma aacuterea

equivalente agrave China e EUA que satildeo os dois maiores produtores mundiais de gratildeos

Neste contexto o Brasil tem condiccedilotildees de operar em larga escala no

agronegoacutecio internacional pois eacute o uacutenico paiacutes no mundo com uma infraestrutura

razoaacutevel que dispotildee em abundacircncia do fator produccedilatildeo mais escasso em escala

mundial terra agricultaacutevel Eacute necessaacuterio portanto que se busque o maacuteximo de

eficiecircncia em todos os elos da cadeia produtiva e que o governo crie um ambiente

econocircmico favoraacutevel para que o agribusiness nacional possa operar com seguranccedila

e competitividade na conquista de novos mercados e que procure ainda com mais

vigor e determinaccedilatildeo eliminar as distorccedilotildees que afetam o comercio internacional

141

Diante deste prognoacutestico pode-se afirmar que o Brasil eacute uma

exceccedilatildeo neste cenaacuterio e poderaacute ser a grande forccedila produtora deste seacuteculo que se

inicia O paiacutes possui mais de 150 milhotildees de hectares o que corresponde a 62

milhotildees de alqueires paulistas de terras agricultaacuteveis das quais satildeo ocupadas

atualmente somente 13 aleacutem da maior reserva de aacutegua doce do planeta (19

estatildeo no Brasil) Isso sem contar a produtividade que ainda pode ser melhorada

atraveacutes da educaccedilatildeo do agricultor brasileiro Ravanello (2002) afirma que o Brasil

tem potencial para se transformar no verdadeiro celeiro do mundo neste seacuteculo que

se inicia

Pode-se afirmar que o paiacutes dispotildee de todas as condiccedilotildees para

melhorar agregando valor aos produtos industrializando marcas etc e por

consequumlecircncia melhorando a vida do povo brasileiro Haacute de se ressaltar entretanto

que isso natildeo seraacute dado gratuitamente Eacute necessaacuterio muito trabalho e muita

dedicaccedilatildeo de todos e em especial muita seriedade e honestidade dos governantes

no trato com as coisas que satildeo puacuteblicas para que se possa oferecer para nossos

filhos e nossos netos um verdadeiro Paiacutes de Primeiro Mundo

REFEREcircNCIAS

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DUFUMIER Marc Les Projets de Deacuteveloppement agricole Paris Eacuteditions Karthala CTA 1996 DUTRA Ivan SOUZA Maria Joseacute B Pesquisa de Marketing Londrina Universidades Estaduais de Londrina 2001 Apostila apresentada a Disciplina Organizaccedilotildees e Mercado do curso de Mestrado em Administraccedilatildeo EVERED R Management education for the year 2000 In COOPER Cary L Developing managers for the 1980s New York McMillan Press 1981 FEDERACcedilAtildeO DA AGRICULTURA DO ESTADO DO PARANAacute A importacircncia da agropecuaacuteria na geraccedilatildeo de empregos Boletim Informativo Curitiba Ediccedilatildeo 736 set 2002 FERREIRA Alcides HORITA Nilton BMampF a histoacuteria do mercado futuro no Brasil Satildeo Paulo Cultura Editores Associados 1996 FORBES Luiz F Princiacutepios baacutesicos para aplicar nos mercados futuros Satildeo Paulo BMampF 1991 FUTURE INDUSTRY INSTITUTE Curso de Futuros e Opccedilotildees Bolsa de Mercadorias e Futuros Satildeo Paulo 1998 GITMAN Laurence J Princiacutepios de Administraccedilatildeo financeira 7ed Satildeo Paulo Harbra 1997 841 p HANSON Darin K PEDERSON Glenn Price risk management by Minnesota farmers Minnesota Agricultural Economist n691 Winter 1998 Disponiacutevel emlthttpwwwextensionumnedunewslettersageconomistcomponentsag237-691bhtmlgt Acesso em fev 2003 HAZELL Peter B R Application of risk preference estimates in firm-household and agricultural sector models American Journal of Agricultural Economics Worcester v64 p384-90 may 1982 HEMERLY Francisco Xavier Coordenaccedilatildeo da cadeia Produtiva do Cafeacute In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 29 2001 Recife Anais Brasiacutelia 2001 CD-ROOM HERBST Johann H Farm Management Illinois Stipes Publishing Company 1975 HULL John Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees 2ed Satildeo Paulo BMampF 1996 ______ Options futures amp Other Derivatives London Printice Hall 2000 IAPAR O cafeacute no Brasil histoacuteria produccedilatildeo e exportaccedilatildeo Londrina 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwprgovbriaparcafeacutebrasilhtml gt Acesso em 31 out 2002

145

IBGE Censo Demograacutefico Dados estatiacutesticos de 1995-1996 Rio de Janeiro 1996 Disponiacutevel emlthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopupaccedilatildeoshtm gt Acesso em 15 fev 2003 INCRA Instruccedilatildeo Especial INCRA n51 de 26 de agosto de 1997 Estabelece o Moacutedulo Fiscal dos Municiacutepios constantes da tabela anexa agrave referida Instruccedilatildeo Especial Diaacuterio Oficial da Republica Federativa do Brasil Brasiacutelia n176 Seccedilatildeo I p19243-19246 Disponiacutevel emlthttpwwwdesenvolvimentoagraacuteriogovbrgt Acesso em 19 abr 2003 KONZEN Otto Guilherme Effects of a program to increase yields on farm organization and income a longitudinal analysis of Brazilian farms Madison University of Wisconsin 1977 LACOMBE Francisco JM HEILBORN Gilberto LJ Administraccedilatildeo princiacutepios e Tendecircncias Satildeo Paulo Saraiva 2003 LA TORRE Olga M Requejo BRANDT Seacutergio Alberto LORETO Maria das Dores Saraiva Relaccedilotildees entre produtividade da terra e Tamanho da Empresa Rural Artigo 5 8501 Ediccedilatildeo 1979-1998 Brasiacutelia Sober 2002 CD-ROM LEGRAIN Philippe O livre comeacutercio preso a fria loacutegica dos subsiacutedios Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 782 v36 n26 p4647 dez 2002 LEISMANN Edison Luiz AGUIAR Danilo RDias LIMA Joatildeo Eustaacutequio Retornos e Riscos na Comercializaccedilatildeo de milho no Estado do Paranaacute Uma aplicaccedilatildeo do modelo Value-At-Risk In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 28 a 31 jul 2002 Passo Fundo Anais Brasiacutelia Sober 2002 LUZ Valdemar Pereira Manual Praacutetico administraccedilatildeo e legislaccedilatildeo rural Porto Alegre Sagra 1980

McGEE James PRUSAK Laurence Gerenciamento estrateacutegico da informaccedilatildeo Rio de Janeiro Campus 1994 MARION Joseacute Carlos Contabilidade da Pecuaacuteria Satildeo Paulo Atlas 1983 179p MARQUES Pedro Valentim Mercados de Futuros de Commodities Agropecuaacuterios Piracicaba ESALQUSP 1997 ______ Gestatildeo de Negoacutecios Agroalimentares Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios Satildeo Paulo Pioneira 2000 MARQUES Pedro Valentim MELLO Pedro C Mercados Futuros de Commodities Agropecuaacuterias exemplos e aplicaccedilotildees para os mercados brasileiros 3ed Satildeo Paulo BMampF 1999

146

MARQUES Ramatildeo HS Determinantes do uso de mercados futuros pelos produtores de soja de Cascavel-Pr 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Economia) - Universidade Federal de Viccedilosa Viccedilosa MAXIMIANO Antonio C Amaru Teoria geral da administraccedilatildeo da escola Cientiacutefica agrave Competitividade na Economia Globalizada 2ed Satildeo Paulo Atlas 2000 MAZOYOER Marcel ROUDART Laurence Historie des Agriculteurs du monde Paris Eacuteditions du Seuil 1997 MENDES JTG LARSON DW Anaacutelise econocircmica das estrateacutegias de comercializaccedilatildeo da soja sob condiccedilotildees de risco Revista de Economia e Sociologia Rural Brasiacutelia v20 n2 p 175-192 1982 MORAES FILHO Joatildeo Paulo Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwconabgovbrgt Acesso em 19 fev 2003 MOREIRA Rocilda Santos Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbr gt Acesso em 19 fev 2003 MORICOCHI Luiz MARTIN Nelson B VEGRO Celso Luiz R Produccedilatildeo de cafeacute nos paiacuteses concorrentes do Brasil e tendecircncias do consumo mundial Informaccedilotildees Econocircmicas Satildeo Paulo v27 n5 p7-24 maio 1997 MORIN Edgar Os sete saberes necessaacuterios agrave educaccedilatildeo do futuro 2ed Satildeo Paulo Cortez 2000 NANTES Joseacute Flavio Diniz Gerenciamento da empresa rural In BATALHA Mario Otaacutevio (Coord) Gestatildeo Agroindustrial Satildeo Paulo Atlas 1997 p489-514 NOGUEIRA Antonio Carlos L Mecanizaccedilatildeo na agricultura brasileira Uma visatildeo prospectiva Caderno de pesquisas em Administraccedilatildeo Satildeo Paulo v8 n4 outdez 2001 NORONHA Joseacute F Projetos agropecuaacuterios administraccedilatildeo financeira orccedilamento e viabilidade econocircmica 2ed Satildeo Paulo Atlas 1987 OS NUacuteMEROS do Planeta Exame Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 782 v36 n26 p85-87 dez 2002 OLIVEIRA Cantalicio Preto Economia e administraccedilatildeo rurais 3ed Porto Alegre Sulina 1976 PEREIRA MF Evoluccedilatildeo da fronteira tecnoloacutegica muacuteltipla e da produtividade total dos fatores do setor agropecuaacuterio brasileiro 1999 Tese ( Doutorado) - Centro Tecnoloacutegico Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

147

PERRY Janet JOHNSON Jim Influences of human capital and farm characteristics on farmerrsquos risk attitudes Orlando Floacuterida American Agricultural Economics Association 2000 PEROBELLI Fabiana S Anaacutelise sobre eficiecircncia em mercados futuros Uma comparaccedilatildeo entre os contratos de algodatildeo em pluma da BMampF e da NYBOT 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado Economia) - Escola Superior Luiz de Queiroacutez USP Piracicaba PIMENTEL Fernando CPR De onde partimos e para onde vamos Revista Preccedilos Agriacutecolas Mercado e Negoacutecios Agropecuaacuterios Satildeo Paulo n161 p9-11 mar 2000 PINTO Wildson Justiniano SILVA Orlando Monteiro O relacionamento de preccedilos e a efetividade do heding nos contratos de cafeacute In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 2001 Recife Anais Brasiacutelia Sober 2001 PREVIDELLI Joseacute de Jesus Descriccedilatildeo das Operaccedilotildees do Hedge no Mercado Futuro e Anaacutelise de sua Eficiecircncia enquanto Instrumento de Proteccedilatildeo de Riscos Caderno de Administraccedilatildeo Maringaacute v7 n3 p49-66 juldez 1999 RAVANELLO Normeacutelio O desenvolvimento comeccedila e termina pela agropecuaacuteria A Granja Porto Alegre v646 p66 out 2002 ROBBINS Stephen Paul Administraccedilatildeo Mudanccedilas e Perspectivas Satildeo Paulo Saraiva 2000 RODRIGUES Roberto O agribusiness em 2000 Daacute para ser otimista Disponiacutevel emlthttpwwwagronlinecombr gt Acesso em 21 fev 2003 ROSS Stephen A WESTERFIELD Randolph W JAFFE Jeffrey F Administraccedilatildeo Financeira Corporate Finance Satildeo Paulo Atlas 1995 SANTANA CAM The impact of economic policies on the soybean sector of Brazil an effective protection analysis 1984 Tese (PhD) - University of Minnnesota Saint Paul Minnesota SANTOS Gilberto Joseacute MARION Joseacute Carlos Administraccedilatildeo de custos na agropecuaacuteria Satildeo Paulo Atlas 1993 SCHOUCHANA Felix Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios Satildeo Paulo BMampF 1997 SCHOUCHANA Felix Introduccedilatildeo aos Mercados Futuros e de Opccedilotildees Agropecuaacuterios no Brasil 2ed Satildeo Paulo BMampF 2000 SEAB Comparativo de Aacuterea produccedilatildeo e Produtividade nas safras de 20012002 e 20022003 Curitiba 2003 Disponiacutevel emlthttpwwwprgovseab gt Acesso em 10 jun 2003

148

SOUKI Gustavo Q XISTO EMS SALAZAR German T Reflexotildees sobre o custo de oportunidade da informaccedilatildeo no setor agropecuaacuterio In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 37 1999 Foz do Iguaccedilu Anais Brasiacutelia Sober 1999 v2 SORIMA NETO Joatildeo EDWARD Joseacute O Brasil que aguumlenta o tranco Veja Satildeo Paulo Ediccedilatildeo 1598 v32 n20 p122-127 maio 1999

SOUZA Nali de Jesus Desenvolvimento Econocircmico 4ed Satildeo Paulo Atlas 1999 SOUZA Warli anjos de O mercado futuro como instrumento de comercializaccedilatildeo para o empresaacuterio rural 1995 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Economia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Piracicaba STREETER DH Electronic information public or private good New York Agribusiness1988 TAVARES Carlos Eduardo Cruz Anaacutelise conjuntural de 2002 Brasiacutelia 2002 Disponiacutevel emlthttpwwwconabgovbr gt Acesso em 19 fev 2003 TEIXEIRA Elizete Antunes CASTRO JR Luiz Gonzaga Composiccedilotildees de Portfolios em mercados futuros agropecuaacuterios para periacuteodos de safra e entressafra In CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL 40 2002 Passo Fundo Anais Brasiacutelia Sober 2002 TIMMER Peter Agriculture and economic development revisited Agricultural Systems Essex v40 p21-58 1992 TSUNECHIRO Alfredo O desempenho dos mercados a termo os casos do cafeacute soja e boi gordo na Bolsa de Mercadorias de Satildeo Paulo 1983 Dissertaccedilatildeo (Mestrado Economia) ndash FEA USP Satildeo Paulo TUNG Nguyen H Planejamento e controle financeiro das empresas agropecuaacuterias Satildeo Paulo Ediccedilotildees Universidade-empresa 1990 WILLIAMS L Long-Term secrets to short-Term trading New York John Wiley amp Sons 1999 WORKING H New Concepts concerning futures markets and prices The American Economic Review Nashville v52 n3 p431-459 June 1962

149

ANEXOS

ANEXO A PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE SOJA NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES Ha

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR Ha

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR Ha

1993 10635 22590 2124 3540 1994 11525 24931 2163 3605 1995 11675 25682 2199 3666 1996 10291 23155 2250 3750 1997 11486 26391 2297 3829 1998 13303 31307 2353 3922 1999 13061 30987 2372 3954 2000 13640 32734 2399 3999 2001 13931 37686 2705 4508 2002 15815 41658 2634 4390 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003 PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE MILHO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 11869 30055 2532 4220 1994 13748 32487 2363 3938 1995 13946 32266 2313 3856 1996 11933 29589 2479 4132 1997 12562 32948 2622 4371 1998 10585 29601 2796 4660 1999 11611 32239 2776 4627 2000 11614 31879 2744 4574 2001 12377 41456 3349 5582 2002 11802 37164 3148 5248 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003 PRODUCcedilAtildeO BRASILEIRA DE CAFEacute BENEFICIADO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilSACAS 60 KG BENEFIC PHA

1993 2273 2555 1124 1873 1994 2109 2612 1238 2064 1995 1980 1858 0938 1563 1996 1929 2685 1391 2319 1997 2000 2341 1170 1950

150

1998 2085 3450 1654 2757 1999 2207 3260 1477 2461 2000 2274 3651 1605 2675 2001 2353 1918 0815 1358 2002 2367 2390 1009 1682 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15012003

ANEXO B PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE SOJA NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 2000 4720 2360 3933 1994 2110 5327 2525 4208 1995 2120 5535 2610 4350 1996 2311 6241 2700 4500 1997 2496 6566 2629 4381 1998 2820 7191 2550 4250 1999 2769 7723 2789 4648 2000 2835 7134 2516 4193 2001 2764 8294 3000 5000 2002 3200 9278 2899 4831 Fonte CONAB ndash lt wwwconabgovbr gt acesso em 15042003 PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE MILHO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

ANO

AacuteREA ndash EM MILHOtildeES HA

PRODUCcedilAtildeO EM MILHOtildeES KGS PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilAtildeO SACAS 60 KGS POR HA

1993 2689 7760 2886 4810 1994 2881 8129 2822 4703 1995 2750 9180 3338 5563 1996 2440 7914 3243 5405 1997 2525 8164 3233 5388 1998 2254 7404 3285 5475 1999 2549 8461 3319 5532 2000 2668 7038 2638 4397 2001 2789 11870 4256 7093 2002 2490 9360 3759 6265 Fonte CONAB ndash lt wwwconabgovbr gt acesso em 15042003 PRODUCcedilAtildeO PARANAENSE DE CAFEacute BENEFICIADO NOS UacuteLTIMOS 10 ANOS

151

ANO

AacuteREA ndash EM MIL HA

PRODUCcedilAtildeO EM MIL KGSCOC0 PRODUCcedilAtildeO

DE QUILOS POR HA

PRODUCcedilSACAS 60 KG BENEFIC PHA

1993 220 193 878 732 1994 184 163 889 740 1995 37 20 546 455 1996 135 154 1139 949 1997 128 219 1717 1430 1998 128 271 2117 1764 1999 138 287 2068 1723 2000 142 265 1863 1552 2001 63 56 889 740 2002 128 145 1132 943 Fonte IBGE ndash lt wwwibgegovbr gt acesso em 15042003

ANEXO C SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO97 PARA

ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31031998 ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011097 1119 2 021097 1117 3 031097 1125 4 061097 1129 5 071097 1135 6 081097 1141 7 091097 1144 8 101097 1175 9 131097 1218

10 141097 1220 11 151097 1225 12 161097 1233 13 171097 1228 14 201097 1226 15 211097 1239 16 221097 1242 17 231097 1250 18 241097 1282 19 271097 1313 20 281097 1315 21 291097 1313 22 301097 1392 23 311097 1289 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1217

152

Fonte Boletim da BMampF

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1356 1384 1370 2 1320 1348 1334 3 1342 1360 1351 4 1350 1372 1361 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1354

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO98 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31031999

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011098 1086 2 021098 1091 3 051098 1094 4 061098 1095 5 071098 1096 6 081098 1097 7 091098 1120 8 131098 1124 9 141098 1107

10 151098 1106 11 161098 1108 12 191098 1106 13 201098 1110 14 211098 1115 15 221098 1124 16 231098 1115 17 261098 1115 18 271098 1112 19 281098 1115 20 291098 1116 21 301098 1116 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1108

Fonte Boletim da BMampF

153

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1620 1740 1680 2 1602 1628 1615 3 1580 1600 1590 4 1582 1636 1609 5 1586 1647 1617 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1622

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032000

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011099 1046 2 041099 1044 3 051099 1042 4 061099 1045 5 071099 1049 6 081099 1054 7 111099 1059 8 131099 1056 9 141099 1060

10 151099 1061 11 181099 1062 12 191099 1065 13 201099 1060 14 211099 1051 15 221099 1047 16 251099 1051 17 261099 1052 18 271099 1042 19 281099 1053 20 291099 1050 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1052

Fonte Boletim da BMampF

154

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO00

PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1766 1796 1781 2 1700 1738 1719 3 1700 1740 1720 4 1700 1744 1722 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1736

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032001

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011000 2 041000 3 051000 4 061000 5 071000 Embora natildeo tenha 6 081000 havido negociaccedilatildeo 7 111000 em outubro2000 8 131000 para fechamento em 9 141000 Marccedilo2001 o

10 151000 valor da soja 11 181000 estava fixado em 12 191000 R$ 1060 13 201000 14 211000 15 221000 16 251000 17 261000 18 19 281000

271000

20 291000 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 1060

Fonte Boletim da BMampF

155

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1650 1700 1675 2 1650 1700 1675 3 1626 1696 1661 4 1638 1672 1655 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1667

Fonte Deral

SOJA NEGOCIADA NA BMampF DURANTE O MEcircS DE OUTUBRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 31032002

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 011001 2 041001 3 051001 4 061001 5 071001 6 081001 7 111001 A BMampF natildeo 8 131001 tinha disponiacutevel 9 141001 as operaccedilotildees

10 151001 realizadas em 11 181001 outubro de 2001 12 191001 para fechamento 13 201001 em marccedilo2002 14 211001 15 221001 16 251001 17 261001 18 271001 19 281001 20 291001 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

Fonte Boletim da BMampF

156

SOJA NEGOCIADA NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1925 2010 1968 2 1996 2044 2020 3 4 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1994

Fonte Deral

ANEXO D

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO97 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310398

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 010997 759 2 020907 759 3 030997 762 4 040997 781 5 050997 777 6 080997 780 7 090997 780 8 100997 770 9 110997 771

10 120997 781 11 150997 788 12 160997 789 13 170997 789 14 180997 779 15 190997 776 16 220997 775 17 230997 772 18 240997 775 19 250997 770 20 260997 783 21 290997 780 22 300997 780 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 776

Fonte Boletim da BMampF

157

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 750 780 765 2 750 780 765 3 750 780 765 4 760 800 780 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 769

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO98 PARA

ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310399

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 010998 700 2 020998 695 3 030998 693 4 040998 690 5 080998 693 6 090998 687 7 100998 687 8 110998 680 9 140998 663

10 150998 655 11 160998 655 12 170998 665 13 180998 665 14 210998 671 15 220998 672 16 230998 687 17 240998 679 18 250998 669 19 280998 664 20 290998 657 21 300998 663 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 676

Fonte Boletim da BMampF

158

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 844 890 867 2 856 908 882 3 860 920 890 4 860 920 890 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 882

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 310300

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 010999 500 2 020999 504 3 030999 506 4 060999 507 5 080999 507 6 090999 511 7 100999 513 8 130999 510 9 140999 510

10 150999 510 11 160999 510 12 170999 510 13 210999 510 14 220999 507 15 270999 507 16 290999 505 17 300999 504 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 508

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO00 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

159

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1208 1280 1244 2 1220 1280 1250 3 1184 1254 1219 4 1180 1250 1215 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1232

Fonte Deral

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 210301

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 010900 600 2 110900 600 3 120900 600 4 190900 579 5 260900 567 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 589

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGOEM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 762 788 775 2 744 780 762 3 738 992 865 4 750 800 775 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 794

Fonte Deral

160

MILHO NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE SETEMBRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 190302

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 050901 570 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 570

Fonte Boletim da BMampF

MILHO NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE MARCcedilO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 1200 1240 1220 2 1200 1248 1224 3 4 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 1222

Fonte Deral

161

ANEXO E

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO97 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230797

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO DIA EM R$

1 030197 14041 2 060197 13756 3 070197 14043 4 080197 14325 5 090197 14378 6 100197 14551 7 130197 14463 8 140197 14774 9 150197 14886

10 160197 14684 11 170197 14781 12 200197 14946 13 210197 15463 14 220197 15984 15 230197 16390 16 240197 15957 17 270197 15879 18 280197 15810 19 290197 16524 20 300197 16047 21 310197 15717 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 15308

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO97 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 19050

2 17200 18500 17850 3 16800 18000 17400 4 17000 18000 17500

18250 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 18010

1 18200 19900

5 17600 18900

Fonte Deral

162

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO98 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230798

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 020198 17350 2 050198 17689 3 060198 17513 4 070198 17391 5 080198 17933 6 090198 17764 7 120198 17354 8 130198 17464 9 140198 17442

10 150198 17196 11 160198 17137 12 190198 17110 13 200198 17377 14 210198 17555 15 220198

17448 17200

18 270198 17443 17612

21 300198 17508 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 17415

17125 16 230198 17 260198

17112 19 280198 20 290198

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO98 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) 1 10700 11700 11200

10910 3 10500 11200 10850 4 11000 11500 11250 5 11500 12080 11790

11200

2 10500 11320

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

Fonte Deral

163

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO99 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230799

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 040199 13900 2 050199 13650 3 060199 13625 4 080199 13725 5 110199 13650 6 120199 13592 7 130199 13575 8 140199 13600 9 150199 13000

10 180199 12637 11 190199 12380 12 200199 12495 13 210199 12347 14 220199 12200

12350 16 270199 12307

12155 18 290199 11946

15 260199

17 280199

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

12952

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO99 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) (MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 12800 14500 13650 2 12800 14200 13500 3 12800 14200 13500 4 13880 14600 14240 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 13723

Fonte Deral

164

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO00 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 210700

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 1 030100 14700 2 040100 14500 3 050100 14800 4 070100 14255 5 100100 14994 6 110100 14750 7 120100 14967 8 130100 14841 9 140100 14285

10 170100 13723 11 180100 14242 12 190100 14567

13926 14 210100 13828 15 240100 13768 16 260100 14100 17 270100 14000 18 280100 13897 19 310100 13699 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$ 14307

13 200100

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO00 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA) 13250

2 13000 13600 13300 3 16800 19000 17900 4 13300 15100 14200

14638

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 13000 13500

PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$

Fonte Deral

165

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO01 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230701

PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO

1 030101 7555 2 080101 7720

7715 5 150101 8090 6 160101 8100 7 170101 8238

8175 9 220101 8232

10 230101 8362

12 260101 8058 13 290101 7828 14 300101 7559 15 310101 7548 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

3 100101 7660 4 110101

8 190101

11 240101 8289

7942

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO01 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 10320 10600 10460 2 10000 10300 10150 3 10000 10460 10230 4 10000 10500 10250 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 10273

Fonte Deral

166

CAFEacute NEGOCIADO NA BMampF DURANTE O MEcircS DE JANEIRO02 PARA ENTREGA EOU FECHAMENTO EM 230702

ORDEM DIA DA NEGOCIACcedilAtildeO PRECcedilO MEacuteDIO DO

DIA EM R$ 5180

2 040102 5240 3 080102 5236

5450 5360

6 140102 5411 7 160102 5310

5269 9 240102 5290

10 280102 5169 5175

12 300102 5217 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO

MEcircS EM R$

1 030102

4 100102 5 110102

8 230102

11 290102

5276

Fonte Boletim da BMampF

CAFEacute NEGOCIADO NO MERCADO FIacuteSICO NO MEcircS DE JULHO02 PRECcedilO PAGO AO PRODUTOR RURAL

ORDEM SEMANA

PRECcedilO MIacuteNIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MAacuteXIMO PAGO EM R$

(MEacuteDIA DA SEMANA)

PRECcedilO MEacuteDIO DA SEMANA EM

R$ 1 8500 8808 8654 2 8600 9100 8850 3 8840 9160 9000 4 8620 9100 8860 PRECcedilO MEacuteDIO DAS NEGOCIACcedilOtildeES NO MEcircS EM R$ 8841

Fonte Deral

167

QUESTIONAacuteRIO PARA PESQUISA

TIacuteTULO O PERFIL DO AGRICULTOR LONDRINENSE QUE PRODUZ

E COMERCIALIZA SOJA MILHO E CAFEacute E A SUA ATUACcedilAtildeO NA BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

1 - DADOS SOBRE O PERFIL DO PRODUTOR 11 ndash NOME DO PRODUTOR (NAtildeO Eacute OBRIGATOacuteRIO)

________________________________________________________________

12 ndash SEXO ( ) MASCULINO ( ) FEMININO

13 ndash ESTADO CIVIL ( ) CASADO(A) ( ) SOLTEIRO(A) ( ) OUTROS

14 - DOS IMOacuteVEIS QUE EXPLORA

QUANTOS SAtildeO PROacutePRIOS ________________________________

15 - QUANTOS VOCEcirc EXPLORA COMO ARRENDATAacuteRIO PAGANDO

QUANTIDADES FIXAS DE SACAS OU $ ___________________________

16 - QUANTOS VOCEcirc EXPLORA EM REGIME DE PARCERIA PAGANDO UMA

PORCENTAGEM DAS SACAS COLHIDAS __________________________

17 ndash QUANTOS VOCEcirc EXPLORA EM REGIME DE COMODATO____________

18 ndash IDADE DO PRODUTOR(A) _______________________________ANOS

19 - ESCOLARIDADE ( ) 1ordm GRAU INCOMPLETO

( ) 1ordm GRAU COMPLETO

( ) 2ordm GRAU INCOMPLETO

( ) 2ordm GRAU COMPLETO

( ) SUPERIOR INCOMPLETO

( ) SUPCOMPLETO CURSO___________________

( ) POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM_____________________

168

110 - LOCAL DE MORADIA ( ) NA PROPRIEDADE ( ) NA CIDADE gt

111 - SE MORA NA CIDADE QUANTAS VEZES POR MEcircS VAI Agrave

PROPRIEDADE ___________________________________________VEZES

112 - QUAL Eacute A DISTAcircNCIA DA SEDE DA PROPRIEDADE COM RELACcedilAtildeO Agrave

RESIDEcircNCIA DO PRODUTOR EM QUILOMETROS _________QUILOMETROS

113 - ALEacuteM DAS ATIVIDADES RURAIS O AGRICULTOR TEM OUTRA FONTE

DE RENDA ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUAIS_______________________

____________________________ _____________________________________

114 - ALEacuteM DO RESPONSAacuteVEL PELA ADMINISTRACcedilAtildeO DA PROPRIEDADE

TEM OUTRAS PESSOAS DA FAMIacuteLIA QUE TRABALHAM NA PRODUCcedilAtildeO DAS

ATIVIDADES DO IMOacuteVEL

1141 - ESPOSA (O) ( ) NAtildeO ( ) SIM

1142 ndash FILHOS (AS) ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUANTOS______________

115 ndash NUacuteMERO DE PESSOAS DA FAMIacuteLIA (CONSIDERE SOMENTE ENTRE

ESPOSO ESPOSA E FILHOS) ________________________________________

116 ndash DENTRE OS MEMBROS DA FAMIacuteLIA CITADOS NO ITEM 115 ACIMA

QUANTOS ESTUDARAM SOMENTE EM ESCOLA PUacuteBLICA ______________

117 - VOCE ESTAacute NESTA ATIVIDADE COMO PRODUTOR EM FUNCcedilAtildeO DE

( ) AQUISICcedilAtildeO DA PROPRIEDADE ( ) SUCESSAtildeO NA FAMIacuteLIA

( ) PARTE DA AacuteREA COMO SUCESSAtildeO E PARTE ADQUIRIDA

( ) COMO ARRENDATAacuteRIO ( ) PARCEIRO ( ) COMODATAacuteRIO

118 - QUAL Eacute A DISTEcircNCIA DA SEDE DA PROPRIEDADE COM RELACcedilAtildeO Agrave

SEDE DO MUNICIPIO EM QUILOMETROS ______________QUILOMETROS

169

DADOS DA PROPRIEDADE (RESPONDA SIM OU NAtildeO) SIM NAtildeO

119 A PROPRIEDADE TEM ENERGIA ELETRICA DA COPEL

120 A PROPRIEDADE TEM ENERGIA ELETRICA PROacutePRIA

121 A PROPRIEDADE TEM APARELHO DE TELEVISAtildeO

122 A PROPRIEDADE TEM ANTENAS PARABOacuteLICAS

123 A PROPRIEDADE TEM VEICULOS MOTORIZADOS

124 A PROPRIEDADE TEM AacuteGUA ENCANADA

125 TEM COMPUTADOR NA PROPRIEDADE

126 TEM COMPUTADOR NA RESIDEcircNCIA DO PRODUTOR

2 - DADOS SOBRE A PRODUCcedilAtildeO ( DA UacuteLTIMA SAFRA ) 21 ndash AacuteREA TOTAL DO IMOacuteVEL QUE POSSUI EM ALQUEIRES _____________

2 4 ndash AacuteREA CULTIVADA COM MILHO SE PLANTOU EM ALQUEIRES_________

242 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA DO MILHO POR ALQUEIRE ____________________

22 ndash AacuteREA DO IMOacuteVEL PROacutePRIO CULTIVADA COM SOJA MILHO OU CAFEacute

EM ALQUEIRES_____________________________________

23 - AacuteREA DO IMOacuteVEL DE TERCEIROS CULTIVADA COM SOJA MILHO OU

CAFEacute EM ALQUEIRES_______________________________

241 ndash TOTAL DE SACAS MILHO (60 KGS) COLHIDO _____________________

25 ndash AacuteREA CULTIVADA COM SOJA SE PLANTOU EM ALQUEIRES_________

251 - TOTAL DE SACAS DE SOJA (60 KGS) COLHIDA____________________

252 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA DE SOJA POR ALQUEIRE______________________

170

26 ndash AacuteREA CULTIVADA COM CAFEacute SE COLHEU EM ALQUEIRES_________

261 - TOTAL DE SACAS CAFEacute COCO (40 KGS) COLHIDO________________

262 ndash PRODUCcedilAtildeO MEacuteDIA CAFEacute EM COCO POR ALQUEIRE ______________

27 - TEcircM OUTRAS ATIVIDADES DE PRODUCcedilAtildeO PARA RENDA

( ) NAtildeO ( ) SIM gt DISCRIMINE ABAIXO

ATIVIDADES AacuteREA PRODUCcedilAtildeO POR ALQUEIRE

____________________________ ____________ ______________________

____________________________ ___________ ________________________

28 ndash TEM MAQUINAacuteRIOS PROacutePRIOS ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

QUANTOS TRATORES __________ QUANTAS COLHEITADEIRAS___________

29 - QUAL A MEacuteDIA DE EMPREGADOS EFETIVOS COSTUMA MANTER NA(S)

PROPRIEDADE(S) ____________________________________

210 - EM EacutePOCAS DE PICOS DE SERVICcedilOS (PLANTIO E COLHEITA) ALEacuteM

DOS EMPREGADOS EFETIVOS CONTRATA MAtildeO DE OBRA TEMPORAacuteRIA

(VOLANTESBOacuteIAS-FRIAS) ( ) NAtildeO ( ) SIM gt QUANTOS_____________

210 ndash DEPENDE DE ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA PARA A EXPLORACcedilAtildeO DAS

ATIVIDADES ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

( ) DA EMATER ( ) DA COOPERATIVA ( ) DE PARTICULAR

211 ndash DEPENDE DE FINANCIAMENTO PARA CUSTEIO DAS SAFRAS

( ) SIM ( ) NAtildeO

171

3 - DADOS SOBRE A COMERCIALIZACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO

31 COMO FOI COMERCIALIZADA A SUA UacuteLTIMA SAFRA EM

311 VENDA PARA COOPERATIVA APOacuteS REALIZADA A

COLHEITA

312 VENDA PARA INDUacuteSTRIA OU COMERCIANTE APOacuteS

REALIZADA A COLHEITA

313 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA ANTES DA

COLHEITA COM PRECcedilOS PREacute-FIXADOS

314 VENDA ANTECIPADA PARA INDUSTRIA OU

COMERCIANTE ANTES DA COLHEITA COM PRECcedilOS PREacute-

FIXADOS

315 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA COM

ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM $ OU INSUMOS COM

PRECcedilOS A FIXAR NA ENTREGA DA SAFRA

316 VENDA ANTECIPADA PARA INDUacuteSTRIA OU

COMERCIANTE COM ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM

$ OU INSUMOS COM PRECcedilOS A FIXAR NA ENTREGA DA

SAFRA

317 VENDA ANTECIPADA PARA COOPERATIVA COM

ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM $ OU INSUMOS COM

PRECcedilOS JAacute FIXADOS

318 VENDA ANTECIPADA PARA INDUacuteSTRIA OU

COMERCIANTE COM ADIANTAMENTO DE RECURSOS EM

$ OU INSUMOS COM PRECcedilOS JAacute FIXADOS

319 VENDA ANTECIPADA COM FINANCIAMENTOS DE CPR

3110 VENDA ANTECIPADA EM MERCADO FUTURO NA BOLSA

DE MERCADORIAS amp FUTUROS (BMampF)

3111 OUTRO TIPO DE COMERCIALIZACcedilAtildeO

CITE

TOTAL DA COMERCIALIZACcedilAtildeO 100

172

32 ndash ACOMPANHA AS COTACcedilOtildeES DE PRECcedilOS DOS PRODUTOS

AGRIacuteCOLAS NO MERCADO ( ) NAtildeO ( ) SIM gt

ATRAVEacuteS DE ( ) JORNAL ( ) INTERNET ( ) TV

( ) COOPERATIVAS ( ) RADIO

( ) TERCEIROS ( AMIGOS CONHECIDOS ETC)

( ) OUTROS MEIOS________________________________

33 - A QUANTOS ANOS VOCEcirc Eacute RESPONSAacuteVEL PELA COMERCIALIZACcedilAtildeO

DA PRODUCcedilAtildeO DA PROPRIEDADE __________________________

4 ndash DADOS SOBRE OS NEGOacuteCIOS NA BOLSA DE MERCADORIAS

41 ndash COSTUMA COMERCIALIZAR A SAFRA OU PARTE DELA NA BOLSA DE MERCADORIAS ( ) SIM - ( PARA RESPOSTA SIM VAacute DIRETO PARA AS QUESTOtildeES DE 411 ATEacute 414) ( ) NAtildeO - ( PARA RESPOSTA NAtildeO VAacute DIRETO PARA AS QUESTOtildeES DE 421 ATEacute 4210) QUESTOtildeES DE 411 ATEacute 414 (PODE MARCAR MAIS DE UMA ALTERNATIVA)

411 ndash ( ) PREFERE COMERCIALIZAR A SAFRA OU PARTE DELA PARA

GARANTIR OS PRECcedilOS ACENADOS PELO MERCADO FUTURO

412 ndash ( ) SABE COMO FUNCIONA O PROCESSO DE COMERCIALIZACcedilAtildeO

EM BOLSA DE MERCADORIAS

413 ndash ( ) SOacute COMERCIALIZA QUANDO OS PRECcedilOS DO MERCADO

FUTURO SAtildeO INTERESSANTES

414 ndash ( ) CONFIA NA SEGURANCcedilA DESSE TIPO DE NEGOCIACcedilAtildeO

415 - ( ) OUTRAS RAZOtildeES_____________________________________

173

QUESTOtildeES 421 ATEacute 4210 (PODE MARCAR MAIS DE UMA ALTERNATIVA)

421 - ( ) - NAtildeO SABE COMO FUNCIONA O PROCESSO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO EM BOLSA DE MERCADORIAS

422 - ( ) ndash SABE COMO FUNCIONA MAS PREFERE NAtildeO

COMERCIALIZAR ENQUANTO NAtildeO TEM GARANTIDA A

COLHEITA DA SAFRA

423 - ( ) ndash SABE COMO FUNCIONA MAIS NAtildeO TEM DINHEIRO PARA

PAGAR OS AJUSTES DIAacuteRIOS

424 - ( ) ndash ACHA O PROCESSO MUITO BUROCRATICO

425 - ( ) ndash TEM MEDO DE PERDER DINHEIRO NESSE TIPO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO

426 - ( ) - NAtildeO CONSIDERA OS PRECcedilOS INTERESSANTES

427 - ( ) ndash NAtildeO POSSUI SEGURANCcedilA PARA OPERAR NESSE

MERCADO

428 - ( ) ndash NAtildeO CONFIA NAS CORRETORAS QUE INTERMEDIAM E

PROCESSAM A COMERCIALIZACcedilAtildeO

429 - ( ) ndash NUNCA FOI CONVIDADO PELA BMampF OU CORRETORA

PARA EXPLICAR COMO FUNCIONA O PROCESSO DE

COMERCIALIZACcedilAtildeO EM MERCADO FUTURO

4210 ndash ( ) - OUTRAS RAZOtildeES __________________________________

174

GLOSSAacuteRIO Blend = mistura combinaccedilatildeo fusatildeo de duas coisas

Bushel = Medida americana de cereais 1 bushel de soja = 60 libras = 2722 quilos

1 bushel de milho=56 libras = 2540 quilos

Call = Chamada convite manda vir

Clearing = de clear que significa compensaccedilatildeo eacute a denominaccedilatildeo das centrais de

compensaccedilatildeo e liquidaccedilatildeo das bolsas

Commodities (singular commodity) = Mercadorias produtos como gratildeos metais

e alimentos negociados em Bolsas de mercadorias ou no mercado a vista

Farm management = Administrador da Fazenda Administrador da propriedade

rural

Hedge = garantir resguardar ndash Estrateacutegia de proteccedilatildeo financeira usada pelo

produtor que tem realmente o produto ou pelo comprador que tem real interesse

pela mercadoria para compensar investimentos de riscos

Hedger = eacute o investidor que tem real interesse na venda ou na compra do produto

In natura = natural puro sem nenhum valor agregado

Management = Administraccedilatildeo direccedilatildeo gerecircncia

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