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SETEMBRO 2017 Presente em todos os lugares, o design pode ser um forte aliado na educação O PENSAMENTO POR TRÁS DO DESIGN

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SETEMBRO 2017

Presente em todos os lugares, o design pode ser um forte aliado na educação

O PENSAMENTO POR TRÁS DO

DESIGN

EDITORIAL

4 ARQUITETURA E DESIGN ALIADOS AO ENSINO

DO COLÉGIOPARA CASA

AFINAL, O QUE É DESIGN THINKING?

NOVA FASE, NOVO ESPAÇO

APRENDIZAGEM

ARQUITETURA

DESIGN

MIDDLE SCHOOL

ADVANCEMENT

SETEMBRO 2017EDIÇÃO 2

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO DO INTERNATIONAL SCHOOL OF CURITIBAAv. Dr. Eugênio Bertolli, 3900Santa Felicidade - CEP 82410-530 Curitiba - Paraná - BrasilTel. 55 41 3525-7400Fax 55 41 [email protected]

DR. MICHAEL BOOTSDiretor do ISC

MS. MARIANA ADLERGerente Financeira

MS. MARISETE BOLZANIDiretora do ECC

MR. BRYAN BIBBY SMITHDiretor do Elementary

MR. CRAIG RANDALLDiretor do Middle & High School

MR. FERNANDO MESQUITADiretor de Educação e do Departamento Brasileiro

MR. MARCELO FURTADOEditor de Conteúdo Estratégico

MR. JORGE OLAVORepórter

MR. GUSTAVO SEGUIGerente de Marketing

MS. SALLIE MIURARevisora

DESIGN E EDIÇÃOAllacriativaTel. 41 [email protected]

IMPRESSÃOExklusiva

PUBLICAÇÃOSemestral

TIRAGEM1000 exemplares

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DESIGN E EDUCAÇÃOPrezado leitor,

É inegável a importância do design em nosso cotidiano. Da xícara em que tomamos o café pela manhã até o modelo da cama onde deitamos no fim do dia, tudo foi pensado e desenvolvido com o objetivo de solucionar um problema, tornar nossa vida mais fácil. Na educação não é diferente: há design em tudo, mesmo que não percebamos.

O design thinking é a expressão do momento (e você vai descobrir mais sobre o assunto na página 12), mas já parou para pensar em como o ambiente onde estamos influencia a nossa percepção, a sensação e, principalmente, a aprendizagem? O ISC tem pensado bastante sobre isso e o reflexo você vê nas páginas a seguir.

Nossos novos ambientes de aprendizagem (página 4) aliam design e arquitetura, trazendo para nossa comunidade espaços inovadores, aconchegantes e que proporcionam a expressão total dos ISCs, nossos princípios de aprendizagem. E que tal levar para casa algumas das ideias aplicadas por aqui? Na reportagem da página 8, arquitetas dão dicas valiosas de como transformar, em casa, um espaço inutilizado em uma área que estimule ainda mais o aprendizado.

Desejo uma boa leitura a todos!

Marcelo FurtadoEditor da WINDOW

ALÉM DA SALA DE AULA

PAIXÃO PARA MUDAR O MUNDO

ALUMNI

ISC REALIZA PRIMEIROTORNEIO SAAC NO CAMPUS

ATHLETICS & ACTIVITIES

PTO

CAS: CRIATIVIDADE, AÇÃO E SERVIÇO

COMMUNITY SERVICE

ISC REMODELA O CURRÍCULO DE ESTUDOS SOCIAIS

EDUCAÇÃO

STUDENT LIFE

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MENSAGEM DO CONSELHO

BOARD

COMUNIDADE, INTERNACIONALISMO E DIVERSÃO

CONQUISTAS

3SETEMBRO 2017

APRENDIZAGEM

A tradicional sala de aula com os alunos enfileirados em carteiras e, logo à frente, o professor a postos para passar o seu conhecimento é a cena enraizada no ima-ginário da sociedade quando se pensa em

educação. Mas isso está mudando. Aos poucos, com o design e a arquitetura aliados a novas práticas peda-gógicas, o ambiente escolar fica mais flexível, ganha nova “cara” e conquista novos significados. Essas mudanças fazem com que o modelo de educação uni-direcional dê espaço a um aprendizado colaborativo, em que alunos e professor caminhem lado a lado na construção do saber.

A educadora Sílvia Gasparian Colello, professora da Faculdade de Educação da USP, avalia que, quando bem alinhados com o projeto pedagógico do colégio, ambientes inovadores criam a oportunidade para que

os alunos sejam preparados para a vida. “As crianças e os jovens têm de desenvolver competências para lidar com a sua realidade. Precisam desenvolver uma postura crítica, de cooperação, de resolução de pro-blemas e criativa. Devem ser preparados para viver o amanhã”, afirma.

Na mesma linha, a psicopedagoga Evelise Portilho, docente da PUCPR, explica que quaisquer ambientes são propícios ao aprendizado. Contudo, a efetivi-dade desse processo depende da combinação entre estrutura física, relações interpessoais e atividades pedagógicas propostas. “Como aprendemos de formas diferentes, um ambiente flexível permite a interação e oportuniza que cada um encontre o seu modo de aprender”, diz Evelise, enfatizando a necessidade de preparar os professores para usufruírem desses espa-ços com os alunos.

ARQUITETURA E DESIGN ALIADOS AO ENSINO

Além dos aspectos estruturais e funcionais, ambientes de ensino inovadores devem estar alinhados com as práticas pedagógicas do colégio

4 5SETEMBRO 2017

“Precisávamos de um espaço assim.

Um ambiente bom, prático, confortável e que nos incentiva a trabalhar, pensar, concentrar e

explorar mais. Os alunos realmente gostaram daqui;

estamos mais próximos dos livros. Um lugar que

todo mundo quer vir para trabalhar e ter a sensação

de estar ao ar livre.”

Rodrigo Lopes Rose, 17 anos, aluno do ISC que participou do

comitê de reestruturação do Learning Center

ARQUITETURA E DESIGN ALIADOS AO ENSINO

APRENDIZAGEM

CAMINHO CERTOO ISC caminha nessa direção. As mudanças estruturais recentes em suas instalações – como os novos Learning Center e Life Skills Lab – estão alinhadas com o plano estratégi-co e com o projeto de ensino e aprendizado da instituição. “Acreditamos que um pro-grama educacional progressivo deve buscar desenvolver a colaboração, a comunicação, o pensamento crítico, a criatividade, a cidadania e o caráter. Nossos ambientes de aprendizagem oferecem oportunidades para professores e alunos trabalharem na direção desses princípios”, afirma o diretor do ISC, Dr. Michael Boots.

O diretor defende que o ambiente de apren-dizado é um aspecto chave para colégios modernos e bem-sucedidos, além de criar sentimento de pertencimento e comuni-dade. “A partir do uso de luz natural, cores calmas e elementos naturais, ambientes de aprendizado bem desenhados melhoram re-sultados acadêmicos e criam um local onde os alunos querem aprender”, diz Dr. Boots.

UM ESPAÇO ABERTO PARA O APRENDIZADO

Quem frequenta hoje o Learning Center e o Life Skills Lab do ISC mal consegue lembrar de como eram os espaços pouco aproveitados que ficavam ali. Os novos ambientes são um convite para o apren-

dizado e para a convivência. Em poucos meses de uso, as áreas reestruturadas e inauguradas em abril passado já começam a trazer resultados significativos para a comunidade escolar. Isso só foi possível graças às doações feitas por pais ao Major Gift Fund.

Além da busca por referências arquitetônicas em colé-gios estrangeiros, os alunos participaram ativamente do processo. “No Learning Center, partimos da neces-sidade de criar um lugar em que os alunos gostassem de ficar. Aproveitamos a luz natural e procuramos fazer com que as crianças continuassem em contato com os livros. A leitura seria uma consequência desse processo”, relata a arquiteta Roberta Jiraschek, que tem três filhos no ISC e fez o projeto arquitetônico dos ambientes.

Em pouco mais de 60 dias, as prateleiras cheias de livros deram espaço para uma área ampla e flexível, com poltronas confortáveis, estantes móveis, mesas modulares, offices para trabalhos em grupo e muitas almofadas. “O elemento central é uma árvore que busca mostrar que o conhecimento tem suas raízes. Quanto maior o conhecimento, maior é a árvore”, explica Roberta.

O resultado é um ambiente que nunca está vazio. A antiga regra do silêncio deu vez a uma área de convivência que pode ser usufruída por alunos, pais e professores em atividades individuais, em grupo ou comunitárias. Com influência multicultural, o novo ambiente pode comportar eventos para mais de 100 pessoas.

LABORATÓRIO PARA A VIDADe um palco sem acústica para um apartamento funcional em que os alunos aprendem habilidades e conhecimentos para a vida. Esse é o novo Life Skills Lab do ISC, o “loft” em que os alunos têm aulas de culinária, lavanderia, manutenção automotiva e de bikes, orçamento e são preparados para entrevista de emprego. Além dos alunos, o laboratório também está aberto para pais e professores.

6 7SETEMBRO 2017

ARQUITETURA

DO COLÉGIOPARA CASA

Arquitetas dão dicas de como planejar um ambiente voltado ao aprendizado, para que o conforto do lar estimule a convivência e a busca pelo conhecimento

Para acompanhar o constante processo de transformação pelo qual a educação passa, a construção de ambientes de aprendizado é mais uma tendência da arquitetura educa-cional. Nesse caminho, o método pedagógico

adotado pelo colégio influencia a estruturação de seus espaços de ensino e lazer.

A iluminação do ambiente, as cores usadas e os móveis escolhidos têm influência direta no aprendizado. Professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFMG, Maria Lúcia Malard afirma que as instalações dos colégios devem estimular a socialização dos alunos e a experimentação. “As tecnologias digitais também

não podem ser ignoradas. Os ambientes dos colégios devem ser abertos e flexíveis, indeterminados funcio-nalmente para que possam ser apropriados por ativi-dades diversas e reconfigurados à medida que a escola experimenta novos métodos”, diz Maria Lúcia.

E é possível ter um espaço desses em casa? Uma área que estimule a convivência e a busca pelo conheci-mento em família? Embora seja algo muito pessoal, que depende do gosto da família e da estrutura dispo-nível, especialistas ouvidas pela WINDOW deram al-gumas dicas relacionadas a detalhes que não podem ficar de fora do projeto. Confira os conselhos das arquitetas Tainah Paiva, Val Ruon e Roberta Jiraschek:

8 9SETEMBRO 2017

“A arquitetura é modeladora de comportamentos. No projeto educacional, explorar a transparência e a flexibilidade de ambientes, permitindo que as crianças vejam o que os outros alunos estão fazendo, ajuda a despertar a criatividade e o interesse pelo aprendizado.”

Roberta Jiraschek, arquiteta, mãe de três alunos do ISC, responsável pelos projetos arquitetônicos implantados recentemente no colégio

CORES

Apostar em uma base neutra com cores calmas e con-fortantes na maior parte do espaço e – para incenti-var a criatividade – explorar tons mais vibrantes em alguns detalhes como móveis, objetos ou uma parede é a receita perfeita. A arquiteta Tainah Paiva conta que verde e laranja lideram as pesquisas quando o assunto é estimular a criatividade, seguidos por azul e amarelo.

ILUMINAÇÃO

A iluminação é fundamental em um ambiente vol-tado para o aprendizado, já que, consequentemente, tem a leitura como um dos seus pilares. Priorizar a luz natural durante o dia seria o ideal. Contudo, esco-lher e posicionar a iluminação artificial corretamente é essencial para que o espaço também seja usado em outros horários. “Iluminação insuficiente em um local de aprendizado pode motivar a falta de concen-tração e o baixo rendimento”, afirma Tainah Paiva.

LUGAR IDEAL

A localização da área determinará se o espaço será funcional, de fácil acesso e usado com frequência pela família. Val Ruon e Roberta Jiraschek aconselham que o ambiente de convivência e aprendizado tenha, pre-ferencialmente, conexão com a área externa da casa. “O ideal seria voltado para um jardim, integrando com a natureza, ou que tenha uma vista estimulante para despertar a criatividade”, diz Val. Na opinião de Tainah Paiva, salas internas também são apropriadas por garantirem um pouco mais de privacidade.

DICA DE OURO

As especialistas também falaram o que elas não deixariam de fora em um projeto como esse. Roberta Jiraschek diz que investiria em uma mesa grande, que ocuparia o centro do espaço para esti-mular pais e filhos a trabalharem juntos e se espelharem uns nos outros. Tainah Paiva reservaria um local para expor fotos, pinturas, atividades e objetos da família com o intuito de fortalecer laços. Já Val Ruon teria um espaço de leitura com pufes grandes sobre um tapete redondo, uma lousa e objetos lúdicos para estimular a criatividade.

DISPOSIÇÃO

A ordem é ter um espaço que a família fique unida e estimule a criatividade e o aprendizado. Para isso, Roberta Jiraschek defende que o cômodo seja orga-nizado de modo que expresse essa finalidade, com móveis dispostos de um modo que todos se sintam confortáveis. “Às vezes, um pouco de bagunça é bom para as crianças”, brinca. Deve existir a preocupação de deixar livros, brinquedos e materiais voltados para os pequenos a uma altura acessível para eles, estimu-lando a autonomia e a curiosidade.

MÓVEIS

Diante de toda a composição do espaço, o mobiliário será o fator que proporcionará conforto e garantirá que pais e filhos estejam em contato. Val Ruon lembra que ao escolher os móveis é preciso levar em consi-deração as idades de todos os integrantes da famí-lia. Caso haja crianças de 2 a 8 anos, a orientação é escolher mesas, cadeiras e estantes de fácil alcance e acesso aos pequenos. “Assim eles terão mais segu-rança e sentirão que o espaço realmente pertence a eles”, afirma. Além disso, Tainah Paiva aposta em um ambiente clean, com peças de diferentes materiais e texturas para estimular as sensações. Usar pufes e tatame também é uma opção para aproximar adultos e crianças e tornar o espaço mais lúdico.

ARQUITETURADO COLÉGIO PARA CASA

10 11SETEMBRO 2017

AFINAL, O QUE É DESIGN THINKING?

Abordagem une pessoas em torno de empatia, colaboração e experimentação para que encontrem soluções para problemas de forma conjunta

DESIGN

Mais do que modelar e garantir funcionalidade a ambien-tes e objetos, o design também pode ser usado como uma ferramenta que estimula a busca por soluções. Na últi-ma década, passamos a ouvir muito a expressão design thinking sem muito entender o que isso realmente quer

dizer. Modismo ou não, a procura pelo assunto é crescente na internet – de 2015 para cá, a busca dobrou no Google. Além disso, o Brasil está entre as cinco nações em que o tema tem mais popularidade. Mas, afinal, o que é design thinking?

Fundador do primeiro curso de design thinking da América Latina, o consultor Luís Alt, professor do Centro de Inovação e Criatividade da ESPM, define o assunto como uma abordagem que envolve pessoas em um processo de empatia, colaboração e experimentação para se chegar a soluções de problemas. “O design thinking é mais que uma metodologia. Vejo como um jeito de pensar, uma abordagem que não segue um passo a passo. Não é um processo engessado”, defende.

A diretora executiva do Instituto Educadigital, Priscila Gonsales, com-pleta o raciocínio explicando que a abordagem garante maior liberdade. “Cabe ao facilitador planejar o processo conforme seu público e fazer os ajustes necessários que o momento pedir. Tem sempre um quê de improviso e ousadia. Empatia, colaboração e experimentação não são regras, são valores, posturas”, completa.

A empatia está relacionada à necessidade de os envolvidos se aproxima-rem de outras pessoas para entender qual é a situação e o problema. A solução – ou soluções – acaba sendo o resultado da colaboração de todos, que convergem diferentes pontos de vista e habilidades na resolução do problema. Já a experimentação é usada para testar conceitos e hipóteses, servindo como guia para as próximas ações. “Aprendemos com o erro. Errar faz parte da construção de um processo inovador”, afirma Alt.

12 13SETEMBRO 2017

BENEFÍCIOS

Estar diante de um problema e encará-lo como uma oportunidade ou um desafio a ser solucionado de forma coletiva e compartilhada é um dos benefícios do design thinking. O processo abre espaço para inú-meras ideias e possibilidades, fazendo com que cada experiência seja única e autoral. “O design thinking ajuda a criar a cultura do trabalho coletivo, algo que não é simples”, diz Priscila.

ORIGEM

Uma das vertentes de pesquisa mais aceitas afirma que o termo design thinking passou a ser usado a par-tir do artigo “Wicked problems in design thinking”, de 1992, escrito pelo professor norte-americano Richard Buchanan. Sem um significado preciso, o termo pode ser interpretado como uma forma de usar o pensa-mento do design – que não tem uma maneira linear para resolver desafios – para encontrar soluções para qualquer tipo de situação.

A desenvoltura com que as jovens Lorena Berger, Isabela Melo e Anne Garcia, de 5 anos, apresentam os biomas estudados recentemente, explicando detalhes sobre o clima, a vegetação e os animais, mostra que as trilhas do conhecimento do ISC tam-

bém cruzam caminhos percorridos pelo design thinking.

A partir do tema inicial proposto – biomas –, cada turma se-guiu um caminho diferente. Enquanto os alunos de uma classe exploraram a floresta, as outras turmas pesquisaram sobre a cadeia alimentar no ambiente aquático e sobre a profundeza dos oceanos. “O nosso aluno tem sido o protagonista em sala de aula. Conforme a resposta e o interesse demonstrado, surgem novos desafios para serem aprofundados”, explica a diretora da Educação Infantil do ISC, Marisete Bolzani.

As mudanças no processo de ensino têm sido graduais. “Temos tido maior consciência para começar um novo assunto a partir de um questionamento, que é desdobrado a partir do interes-se demonstrado pelos alunos. O professor volta o olhar para a criança, estimulando o debate, a pesquisa e a conversa”, diz Marisete, ressaltando que esse tipo de conduta incentiva o pen-samento crítico, a colaboração, a curiosidade e a autonomia, gerando ambientes de aprendizado mais agradáveis.

Há similaridades entre a metodologia de projetos usada no ECC e o design thinking, mas é importante saber que são aborda-gens distintas, já que os projetos têm um objetivo claro defini-do desde o princípio. “Quando o professor usa a metodologia de projetos, sabe exatamente onde quer chegar. No design thinking isso não acontece. Apesar de existir a intencionalida-de, não há como prever o que vai acontecer no processo”, conta Priscila Gonsales, diretora executiva do Instituto Educadigital.

CAMINHOS CRUZADOS

MAIS!

Quer mais informações sobre design thinking? Veja algumas opções de conteúdo disponíveis na internet:

Criativos da Escola (criativosdaescola.com.br) – desa-fio do movimento global Design for Change para que crianças e adolescentes transformem sua realidade exercitando o protagonismo, a empatia, a criatividade e o trabalho em equipe.

Design Thinking para Educadores (www.dtparaeduca-dores.org.br) – material desenvolvido para educadores sobre como usar a abordagem do design thinking no cotidiano escolar.

Stanford d.school (dschool.stanford.edu) – plataforma da universidade americana com materiais que esti-mulam o desenvolvimento da criatividade de forma conjunta e colaborativa.

ISC FICA EM QUINTO LUGAR NO DESAFIO NACIONAL ACADÊMICO

O Desafio Nacional Acadêmico (DNA) é uma competição que exige alguns conceitos de design thinking, como trabalho em equipe e resolução de problemas. E o ISC tem se saído muito bem na competição. Este ano, a equipe Cromossomos Atacam, formada pelos alunos Rafaela Damasceno, Julia Oliveira, Marion Hoeltgebaum, Rodrigo Rose e Mirella Livoti ficou em primeiro lugar no Paraná e em quinto lugar geral.

Na primeira etapa do DNA, os alunos se dividem em times para resolver questões complexas em 11 áreas do conhecimento. Na segunda fase, um grande e difícil enigma é proposto e a equipe que solucioná-lo primeiro, ganha. Para saber mais informações, acesse: http://bit.ly/2viwDha.

“O nosso aluno tem sido o protagonista

em sala de aula. Conforme a resposta

e o interesse demonstrado, surgem

novos desafios para serem aprofundados.”

Marisete Bolzani, diretora da Educação

Infantil do ISC

DESIGNAFINAL, O QUE É DESIGN THINKING?

14 15SETEMBRO 2017

NOVA FASE, NOVO ESPAÇO

Áreas projetadas especialmente para os alunos do Middle School têm o intuito de despertar sentimentos de pertencimento e comunidade

MIDDLE SCHOOL

Com os dias contados para cruzar a barreira entre o Elementary e o Middle School, a jovem Júlia Petrykowski, 11 anos, então aluna do 5º ano do ISC, revelava a expectati-va de chegar ao novo ciclo (leia o texto que ela escreveu na página 19). Ela faz parte da primeira turma recebida na nova

etapa de ensino a dispor de uma estrutura totalmente nova, projetada e construída especialmente para os alunos dessa fase escolar. “Os outros anos do Middle não tinham o que fazer no recreio. Temos muita sorte de sermos os primeiros a ter esse espaço. É muito legal isso”, afirma Júlia.

O espaço referido trata-se de uma praça de convivência com um circuito de atividades propostas pelos próprios alunos. “Os alunos tiveram voz no projeto e criaram uma expectativa gigante. Eles ajudaram a desenvolver os brinquedos que estão lá. Sabem que um pedacinho do projeto também é deles”, diz a arquiteta responsável pela obra, Roberta Jiraschek, mãe de três alunos do ISC e que também conduziu o projeto arquitetônico do Learning Center e do Life Skills Lab.

Com ligação direta a esse pátio, o prédio do Middle School também passou por mudanças. Em busca de maior flexibilidade, paredes foram colocadas abaixo para tornar o espaço mais amplo e visível a todos, propiciando a colaboração, a interatividade e a curiosidade entre alunos e professores. Destaque para a sala dos docentes, que agora está situada bem no meio do espaço.

De acordo com o diretor do ISC, Michael Boots, as mudanças estruturais direcionadas ao Middle School são reflexo de uma preocupação com os alu-nos desse ciclo, para que eles se sintam parte do colégio e estejam envolvi-dos com a comunidade. “Infelizmente, muitos colégios não levam em con-sideração as necessidades de desenvolvimento dos 11 aos 13 anos de idade. Crianças que estão no Middle School ainda precisam de tempo para correr e brincar. Precisam sentir que pertencem a um espaço e, o mais importan-te, elas precisam se sentir conectadas com os adultos desta comunidade”.

FASE DE TRANSIÇÃOO neurologista infantil e pesquisador de neurociência Antônio Carlos de Farias enxerga essa preocupação com bons olhos. “Essa transição do ado-lescer envolve aspectos hormonais e comportamentais. Ter a sensação de pertencimento, de se reconhecer dentro de um grupo é muito importante. É uma fase em que há um distanciamento da família e há a aproximação do grupo”, afirma o médico e cientista do Complexo Pequeno Príncipe.

Nessa fase da vida, meninos e meninas estão se descobrindo e têm interesse em discutir, refletir e observar o outro. Na opinião do pesqui-sador, é positivo ter uma área dentro do colégio que estimule exemplos positivos, como de liderança. “O colégio pode inserir e reforçar conceitos nesse espaço. Hoje, as relações estão tão focadas no mundo virtual que ter uma área em que eles podem estar em contato e interagindo favorece o desenvolvimento”, diz Farias.

NOVA FASE, NOVO ESPAÇO

Áreas projetadas especialmente para os alunos do Middle School têm o intuito de despertar sentimentos de pertencimento e comunidade

16 17SETEMBRO 2017

O PRAZER DE APRENDER

EMOÇÃOKen Fonseca, professor do curso de Design da UFPR, explica que qualquer objeto ou ambiente quando projetados têm a finalidade de proporcionar uma experiência ao usuário e despertar emoções. No caso do pertencimento, usar elementos e cores que fazem parte da cultura do público-alvo faz com que as pesso-as se identifiquem com aquilo.

Para que a conexão entre produto e usuário seja efetiva, é importante entender quem é esse alguém e como ele pretende se apropriar do espaço ou obje-to. “As pessoas compram e usam objetos e espaços porque de alguma forma eles se conversam. Quem usa não sabe pensar nisso. Arquitetos e designers são tradutores dessas emoções, por isso é importante a participação do usuário no projeto”, diz Fonseca.

INICIATIVA DOS PAIS EM CONJUNTO COM O COLÉGIOO novo playground do Middle School só foi possível graças a uma iniciativa de pais do colégio que, a par-tir de um consórcio, fizeram uma doação ao ISC. Com este dinheiro, foi possível transfomar a área do lado de fora do prédio do Secondary, próxima à Wildcat Arena, para que nossos alunos do 6º ao 9º ano tenham seu espaço próprio. Esse esforço se somou à reforma do andar inferior do prédio do Secondary, financiada pelo colégio, para que as novas salas de aula reflitam os princípios de aprendizagem do ISC.

S into falta de quando eu ia para o parquinho e

me divertia muito; agora eu não posso mais

porque sou “grande demais”. Geralmente, as

regras dos parquinhos dizem que você só pode brin-

car se tiver até sete anos. Sinto falta de me arrastar

nos tubos, descer no escorregador e subir de novo pela

escada circular, girando. O parquinho perto da minha sala no

Elementary é colorido como as cores neon. Nós costu-

mávamos brincar de “shark and tag ”, mas agora eu sou muito grande

para me arrastar no tubo e girar na escada circular. Então eu converso

com meus amigos e como meu lanche no intervalo. Eu sinto falta de

fazer isso, mas agora sou “grande demais”.

Não existe parquinho para o Middle School e os do Elementary

são proibidos para o Secondary.

“Vamos brincar de tubarão, o último a chegar no parquinho é

o tubarão, vai!”, alguém gritaria para a gente brincar depois das aulas.

Tubarão foi um jogo que a gente inventou; nele, você precisa ficar em

cima dos brinquedos enquanto o tubarão fica no chão ou nas escadas.

Se você for pego, se torna um tubarão também. Fazemos isso até que o

último seja pego. Mas, não acredito na nossa sorte! Ontem, teve uma reunião

com o Middle School e o 5o ano. Eles estão fazendo um parquinho

superlegal para o Middle School em frente à Arena e talvez tenha uma

parede de escalada! Vamos ter um lugar para ficar, escalar, pular e eu

não serei “grande demais” para esse parquinho.

E outra notícia boa é que vão refazer o Middle School! Ficaremos

no mesmo andar e algumas das salas terão paredes de vidro, para que a

gente possa escrever e ver o que está acontecendo nas salas de aula.

Mas, ainda assim... Não quero sair do Elementary. Eu gosto do

cheiro da minha sala e como ela é. Entretanto, você tem que pensar que

isso é crescer e é um novo passo na vida. Teremos mais

responsabilidade e isso é bom... E um parquinho, o que é melhor!

GRANDE DEMAISpor Júlia Petrykowski

MIDDLE SCHOOL NOVA FASE, NOVO ESPAÇO

“Associa o prazer de ir ao colégio com

o prazer de aprender.”

Antônio Carlos Farias, neurologista infantil

Experiências positivas e que estimulam bons sentimentos são benéficas para a memória e para o aprendizado. A produção de endor-fina pelo organismo melhora a distribuição de neurotransmissores, ativa a memória e

faz com que o cérebro assimile melhor os conteúdos. Nesse processo de despertar emoções, o design e a arquitetura assumem um papel significativo.

“As emoções têm uma influência muito grande na memória. O pertencimento traz mais autoestima, mais motivação, mais energia. Associa o prazer de ir ao colégio com o prazer de aprender”, diz o neurolo-gista infantil Antônio Carlos Farias. Na outra ponta, o pesquisador enfatiza que emoções ruins têm efeito inverso e também impactam no rendimento escolar. “É só pensarmos como fica a nossa memória quan-do estamos estressados ou em uma situação ruim. Esquecemos as coisas”.

18 19SETEMBRO 2017

BOARD

Cara comunidade do ISC,

Nosso colégio tem passado por muitas mudanças arquitetôni-cas importantes no seu cam-

pus, e por que não falar em mudan-ças inovadoras para nossos alunos? O novo Leaning Center, Life Skills Lab e o parquinho do ECC são obras que já fazem parte do dia a dia dos alunos. E temos mais por vir, como as mudan-ças no Middle School, com a quadra e o playground, e o novo prédio do Elementary.

Tudo faz parte do planejamento inicial do Dr. Boots em seu ISC Today & Tomorrow, apoiado pelo Board, que engloba não somente esta questão do Campus, mas também a Comunidade, a Aprendizagem e a Inovação. Temos também a criação do novo Master Plan, baseado no desenvolvimento de uma infraestrutura que dê apoio a um ambiente de aprendizado flexível, permitindo a interação entre todas as áreas. É muito interessante ver como estas mudanças contagiam a todos, alunos, professores, pais e funcionários.

Um bom design tem um verdadei-ro efeito positivo no modo como as crianças aprendem e como os professores podem ensinar. Várias pesquisas falam que ambientes de estudo bem planejados aumentam a performance acadêmica dos alunos e que eles se tornam mais engajados no processo de aprendizagem em ambientes inovadores. Nós como pais falamos muito sobre a experiência dos nossos filhos no colégio, que pre-cisamos de ambientes que conectem alunos e professores, que favoreçam a aprendizagem emocional e a convi-vência, fortalecendo a amizade e os relacionamentos.

O ISC pretende criar ambientes que transformem a aprendizagem de nossos filhos e que permitam que os princípios de aprendizagem do ISC sejam praticados: Cidadania, Caráter, Pensamento Crítico, Colaboração, Comunicação e Criatividade.

Ao escrever este texto no novo Learning Center posso observar como a arquitetura e o design propiciam uma nova dinâmica e interação no ambiente. Vejo alunos usando seus computadores nas “casinhas”, vejo outros lendo seus livros sentados nas almofadas, alguns fazendo trabalhos em equipes. Enfim, um ambiente que os permite, além de aprender, serem eles mesmos. E que, ao final, os faz se sentirem satisfeitos e felizes no seu ambiente escolar.

Gostaria de agradecer ao Dr. Boots por trazer para o nosso colégio esta nova visão de aprendizagem, que conside-ra a importância da arquitetura e do design, e a nossa comunidade pelo apoio às mudanças e compreensão por algum transtorno causado pelas obras em curso.

Carla Bordin Membro do Conselho do ISC

MENSAGEM DO CONSELHO

por Carla Bordin, Membro do Conselho do ISC

“O ISC pretende criar ambientes que transformem a aprendizagem de

nossos filhos e que permitam que os princípios de aprendizagem do ISC

sejam praticados: Cidadania, Caráter, Pensamento Crítico, Colaboração,

Comunicação e Criatividade.”Carla Bordin

CELEBRANDO TRÊS ANOS DE

MELHORIAS NA

EDUCAÇÃO DO ISC ATRAVÉS DO

PROGRAMA DE ADVANCEMENT

CONSULTORA ESPECIALISTA: CONFERÊNCIA DE SEL COM A DRA. CATHERINE STEINER-ADAIR • CONSULTOR ESPECIALISTA:

DAVID BAPTISTA, EXPERT EM SEL, DEU TREINAMENTO PARA PROFESSORES E ALUNOS • CONSULTORA ESPECIALISTA: DRA.

SUSAN HARPER, COACH DE APRENDIZAGEM FORA DA SALA DE AULA, DEU TREINAMENTO PARA PROFESSORES, ALUNOS E PAIS -

DESENVOLVENDO O CAMPUS DO ISC • CONSULTOR ESPECIALISTA: ANTONIO RODRIGUEZ, QUE DEU WORKSHOPS SOBRE

MINDSET DE CRESCIMENTO PARA ALUNOS, PROFESSORES E PAIS • APPLE TVS • RECURSOS DE ALFABETIZAÇÃO DO ECC •

BOSE SPEAKER • EQUIPAMENTO DE LUZ PARA TEATRO • MICROFONE PARA CORAL E CABOS • EXTENSÃO DE ENERGIA PARA

TEATRO E APRESENTAÇÕES MUSICAIS • VIAGEM DE ALUNOS DO MUN PARA NOVA YORK • VIAGEM DE ALUNOS BOLSISTAS

PARA O CWW • VIAGEM DE ALUNOS DO MUN PARA MONTEVIDÉU • FORNO PARA O ESTÚDIO DE ARTES • KITS DE ROBÓTICA

MINDSTORM LEGO • SPHEROS PROGRAMMING HARDWARE • PHANTOM 4 PROFESSIONAL DRONE • JOGOS DE PROGRAMAÇÃO •

PARQUINHO EXPERIENCIAL DO ECC • CURSO DE SEL PARA

PAIS • COMMUNITY GARDEN, REDES & SALA DE AULA AO

AR LIVRE • CADEIRAS DOBRÁVEIS AZUL PARA EVENTOS •

PLATAFORMA PARA APRESENTAÇÕES MUSICAIS E OUTRAS •

GOLS DE FUTSAL • CORTINA DE TEATRO • TÊNIS DE MESA •

PEBOLIM • RECURSOS DE CIÊNCIA DO ELEMENTARY •

BUZZER PARA COMPETIÇÕES DO KNOWLEDGE BOWL •

IDEA PAINT PARA PAREDES • ROTEIRO ORIGINAL PARA A

PEÇA MUSICAL "HOW TO FALL IN LOVE BY THE TIME YOU

TURN 18" • MAIS DIAS DE APRESENTAÇÃO PARA A PEÇA DO

HIGH • CARRON DRUM • EQUIPAMENTO DE EDUCAÇÃO

FÍSICA • CENTROS DE BRINCADEIRA E MÓVEIS FEITOS À

MÃO PARA O ECC • MEDALHAS PARA ATLETAS • CÂMERAS

DE LIVESTREAMING • SUPORTE DE CÂMERA PARA

TREINAMENTO DE PROFESSORES • TOALHAS DE MESA

PARA EVENTOS • R$41.285,18 DOADOS PARA SERVIÇOS

COMUNITÁRIOS (TETO, LOCAL SCHOOLS, ORPHANAGES,

OLD-PEOPLE'S, HOMES, EMERGENCY RELIEF PROJECTS,

ILHA RASA COMMUNITY, ETC) • CESTAS E TABELAS DE

BASQUETE • PLACAR DE CONTAGEM REGRESSIVA • ISC

LEARNING CENTER • MASTER PLAN DESIGN • PROJETOS ARQUITETÔNICOS PARA MELHORIA DO CAMPUS • LIFE SKILLS LAB •

MIDDLE SCHOOL COURTYARD & PLAYGROUND • ESPELHOS DO CHÃO AO TETO PARA SALA DE DANÇA • MÁQUINA DE GELO •

TODOS OS APARELHOS DA ACADEMIA • CUSTOS DO TORNEIO SAAC DE VÔLEI (+/- R$100K) • ESTANDE PARA JUIZ DE VÔLEI

VEJA COMO A EDUCAÇÃO DO SEU FILHO FOI APRIMORADA COM AS DOAÇÕES AO ISC ADVANCEMENT

UMA COMUNIDADE INCRÍVEL. UMA EDUCAÇÃO INCRÍVEL.

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“Eu ficava chateada quando tinha férias!” É assim que Lorena Bosio, ex-aluna da turma de 2008, define o quanto ela gostava de estudar no ISC. Para ela, os 10 anos em que passou no colégio foram “os melhores” da sua vida. Atualmente, ela trabalha na CLAUDIA, a maior revista voltada para o público feminino da América Latina. “Estou há 4 anos na mesma redação, vivendo todos os dias a minha versão de O Diabo Veste Prada”, ela brinca.

Segundo nossa Wildcat, foi durante as aulas de artes da Ms. Renata que surgiu o interesse em artes e design. Quando che-gou a hora de decidir sobre a carreira, Lorena optou por ficar no Brasil, mesmo depois de ter sido convidada para estudar na Camberwell College of Arts, em Londres. Ela estudou Design na ESPM, em São Paulo, e desde então mora e trabalha na maior cidade do Brasil – o que às vezes é difícil, ela diz. Mas com todo seu bom humor, tudo está dando certo. “Há mais de um ano tenho focado na parte de gastronomia da revista, na qual faço toda a parte de produção visual - fotografar comida é uma delí-cia (sim, eu como tudo!)”.

UMA VEZ WILDCAT...Lorena ainda mantém o contato com seus amigos do ISC, mesmo aqueles que voltaram ao país natal após o fim do colé-gio. “Ainda as considero como algumas das minhas melhores amigas da vida. Sempre que conseguimos, nos encontramos pelo mundo”, conta.

Após alguns anos longe, ela já visitou o colégio novamente e se impressionou com todas as mudanças. “Fiquei com muita vontade de viver essa nova fase do ISC!”.

“FOLLOW YOUR GUT!”Siga seus instintos! Esse é o conselho que Lorena dá para os alu-nos do ISC que têm vontade de seguir na área do design. “Seguir uma carreira nas artes pode ser um pouco assustador e levantar questões do tipo "será que vou morrer de fome?", mas vale a pena. Fazer o que se ama é a coisa mais importante da vida”, diz.

Para ela, não há dúvidas de que os designers mudarão o mundo. “Design pra mim é uma importante ferramenta de inclusão. Design não tem só a ver com estética, mas também com estratégia e planejamento. Acho que no futuro todos os grandes líderes vão ter noções de design para conseguirem implementar mudanças importantes nas suas companhias. Vou ser uma delas”, garante.

ALUMNI

“Design não tem só a ver com estética,

mas também com estratégia e

planejamento.”Lorena Bosio

PAIXÃO PARA MUDAR O MUNDO

Foi durante as aulas de artes da Ms. Renata que Lorena Bosio, da turma de 2008, se interessou em design. Agora, ela trabalha na maior revista feminina da América Latina

22 23SETEMBRO 2017

NOVAS ARAUCÁRIAS NO CAMPUS

Em fevereiro, alunos do ECC e do Middle School foram responsáveis por deixarem o nosso campus um pouco mais verde.

Durante um Green Day, o 7º ano se juntou ao ECC para plantar araucárias – as tradicionais árvores do Paraná – no Nature Center do ISC (o bosque). Antes da plantação, os alunos do Middle School fizeram uma miniapresentação sobre as árvores, compartilhando todo conheci-mento que adquiriram em sala de aula.

MELHORANDO A POLENIZAÇÃO

O segundo semestre do ano escolar de 2016-2017 foi atribulado para nos-sos alunos do 5º ano. Além de todo

aprendizado em sala de aula, eles parti-ciparam de um grande projeto, que busca mudar o ar no ISC. Após aprenderem sobre abelhas e seu importante papel no ecos-sistema, nossos alunos colaboraram com os experts Felipe Thiago e Meila Fabri para instalar um jardim de abelhas sem ferrão em nosso campus. Existem mais de 300 espécies de abelhas sem ferrão no Brasil.

Para arrecadar dinheiro para o projeto, os alunos organizaram uma série de eventos, como venda de doces, brinquedos usados e uma tarde de cinema. As professoras do 5º ano, Cathy Boots e Rebecca Williams deram suporte aos alunos durante todo o perío-do. No dia 25 de maio, o expert em abelhas Felipe Thiago veio ao ISC para instalar as colmeias no campus. Os alunos ficaram muito animados em liberar as abelhas sem ferrão, que agora terão um papel importan-te na polinização do ISC e de Curitiba.

ALÉM DA SALA DE AULA

6º ANO VISITA A FÁBRICA DO MADERO

A terça-feira, 6 de junho, foi um dia de aula dife-rente para nossos alunos do 6º ano. Durante uma visita à fábrica do MADERO, em Ponta Grossa,

eles tiveram uma oportunidade de aprendizagem es-pecial, enquanto conheciam os processos que resultam nos famosos hambúrgueres. No passeio de campo, conceitos científicos que os alunos estão aprendendo em sala de aula, como “entrada e saída” e controle de bactérias, puderam ser vistos em situações reais.

A visita foi guiada pela Engenheira de Alimentos Angélica Gomes de Carvalho, que é a Gerente de Produção da fábrica. Um dos destaques foi a visita à sala de defumação, onde o bacon e as linguiças passam pelo processo que lhes dá o sabor característico. Os alunos ficaram surpresos ao saber que 90% da comida servida nos restaurantes MADERO vêm da fábrica, que distribui para os 90 restaurantes da franquia no Brasil.

Após o almoço, Mrs. Bibby Smith conduziu uma ativi-dade com a turma. Tendo em mente tudo que aprende-ram na visita, os alunos tiveram que dar um exemplo de entrada e saída dos produtos da fábrica, traçando um paralelo com o corpo humano e outro exemplo à sua escolha.

CONVERSA SOBRE DEMOCRACIA

O professor Larry Diamond, do Hoover Institute da Universidade de Stanford, apresentou uma palestra no ISC sobre a importância da democracia no mundo de hoje. O evento aconteceu no dia 5

de maio, no Learning Center, em parceria com o Instituto Atuação, uma organização sem fins lucrativos focada em participação política e cultura democrática.

Durante o evento, os alunos do 10º ano apresentaram um projeto sobre como poderíamos aprimorar a democracia no Brasil, chamado “10 me-didas a favor da democracia”. Bastante interessados no tema, os alunos leram o livro do autor, “Spirit of Democracy”, e fizeram muita pesquisa nas aulas de História e Geografia do Brasil.

A visita do professor Diamond foi financiada pelo Instituto Atuação.

24 25SETEMBRO 2017

DROP-THE-Dpor Guilherme Grupenmacher, aluno do 12º ano

Drop-the-D (Disability is Ability) é um projeto de serviço comunitário tradicional do ISC, que busca quebrar a barreira do preconceito e educar a comu-nidade sobre como lidar com pessoas que têm de-ficiências. A partir de atividades que buscam em-poderar nossos alunos a se educarem, buscamos oferecer experiências que irão mudar suas pers-pectivas para sempre. No ano escolar de 2016-2017, continuamos a expandir nossa rede de contatos a partir de muitas visitas a colégios como EPHETA, Escola Primavera e Centro Conviver. Nós também tivemos alguns eventos no ISC para promover a causa, incluindo o Dia Internacional do Deficiente e Dia Internacional de Conscientização do Autismo. Para saber mais sobre a nossa organização, acesse www.dropthed.weebly.com.

COMMUNITY SERVICE

O CAS não é só sobre serviço comunitário, ele também envolve ação e criatividade.

O serviço comunitário que faz parte do CAS permite que nossos alunos ajudem quem precisa, seja em projetos de ar-recadação de fundos ou atividades de aprendizagem de ser-

viço. Nossos alunos do 11º e do 12º anos trabalham em projetos que pos-sibilitam que eles exercitem os importantes ISCs: Caráter, Colaboração, Pensamento Crítico, Comunicação, Cidadania e Criatividade.

Confira como nossos grupos de CAS estão colocando esses princípios em prática.

CAS: CRIATIVIDADE, AÇÃO E SERVIÇO

por Daniel Lacerda, Coordenador do CAS

GLOBAL LINKpor Julia Oliveira, aluna do 12º ano

Neste projeto, alunos desenvolvem atividades para arrecadar dinheiro para ajudar a APACN, Casa de Neoplasia. Esta instituição é um local seguro para crianças diagnosticadas com câncer que estão em tratamento, uma vez que a família destas crianças não tem capacidade financeira para morar em outro lugar. O projeto visita a casa uma vez por mês para brincar com as crianças e conhecer mais sobre o local que ajuda pessoas de toda a América do Sul. Recentemente, o Global Link decidiu ajudar orfanatos criando álbuns de fotos das crianças, para que elas tenham memórias da sua infância. Os alunos que participam desenvolvem empatia, solidariedade e habilidades de planejamento.

ELDERAIDpor Guilherme Pianowski, aluno do 12º ano

O ElderAid procura trazer uma conexão entre os idosos e nossos alunos. Neste projeto, trabalha-mos juntos para visitar o asilo Casa da Vovó, para conversar e entreter os idosos que moram lá. Isso beneficia a nós, a geração jovem, ao trazer sorrisos para nossos rostos ao mesmo tempo em que os ve-lhinhos gostam da nossa presença. Alguns exem-plos de interação em nossas visitas são sentar e conversar com eles, levar lanches e jogar bingo. Portanto, o ElderAid cria uma comunidade com forte conexão entre cidadãos de Curitiba.

BARCpor Renata Silverio, aluna do 12º ano

O BARC foi fundado em 2017 e ao longo do ano os participantes trabalharam duro para atin-gir uma série de objetivos. No começo, fizemos uma campanha de conscientização durante a International Fair. Quando mais alunos e profes-sores se juntaram ao BARC, fizemos uma parceria com um abrigo de animais local. Desde então, arrecadamos dinheiro para a causa animal. Nossa atividade mais bem-sucedida até o momento foi a barraca de “adoção” na Festa Junina, na qual os pais e alunos puderam doar dinheiro para pagar a castração ou vacinação de um animal específi-co. Nossos planos para esse ano escolar incluem trabalhar com mais abrigos, começar uma grande campanha sobre dietas que beneficiam animais e o meio ambiente, trazer mais membros para o grupo e ajudar o máximo de animais possível.

26 27SETEMBRO 2017

ISC REMODELA O CURRÍCULO DE ESTUDOS SOCIAIS

por Mark Mangual, líder do departamento de Estudos Sociais

Baseado nos Objetivos de Sustentabilidade da ONU, o novo currículo impactará em todas as séries do ISC

EDUCAÇÃO

No mundo de hoje, a frase “dá um Google” substituiu a necessidade de memorizar nomes, lugares e datas. Com isso em mente, educadores modernos de Estudos Sociais enfrentam um problema existencial: o que ensinamos e como ensinamos? Em 2017, O ISC começou a redefinir o

ensino de Estudos Sociais ao criar um currículo baseado nos Objetivos de Sustentabilidade da ONU, que buscam “fazer as escolhas corretas agora para melhorar a vida, de maneira sustentável, para as gerações futuras”. Com este novo currículo progressivo, os alunos do ISC se prepararão me-lhor para os desafios da sociedade moderna.

POR QUE MUDAR?Ao redefinir a abordagem atual, afastaremos nossos alunos do currícu-lo desatualizado que não atende às demandas da nossa sociedade, que evolui rapidamente. Em primeiro lugar, os alunos desenvolverão rigo-rosamente habilidades do século 21 e pensamento futuro ao examinar dilemas históricos e aplicá-los em problemas modernos. Em seguida, eles abordarão os Estudos Sociais de maneira holística, debruçando em tópicos tanto do passado quanto do presente sob diversas óticas, como econômica, geográfica, histórica, geopolítica, entre outros. Por fim, os alunos terão aprendizagem de serviço, aplicando conceitos e sistemas de pensamento para resolver problemas de hoje e amanhã.

COMO?Uma equipe de educadores de todo o colégio pesquisou este novo e inova-dor programa e continuará a desenvolvê-lo. O grupo criou um currículo espiral que foca nas habilidades e conceitos que são repetidos em várias séries, começando no ECC e indo até o IB, ao mesmo tempo em que incorpora os ISCs. O foco nos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU em todas as séries permitirá o crescimento da colaboração e das oportunidades de aprendizagem para alunos e professores. Com o apoio do diretor de sustentabilidade e do coordenador de aprendizagem, os projetos e a aplicação das habilidades aprendidas serão concluídos com mais rapidez.

A missão do ISC é “preparar os alunos para serem cidadãos globais e líde-res ativamente comprometidos com a excelência acadêmica e pessoal”. Este novo e animador currículo de Estudos Sociais será essencial para atingirmos este ideal.

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ISC REALIZA PRIMEIRO TORNEIO SAAC NO CAMPUS

Mais de 100 alunos participaram do primeiro SAAC Basquete realiza-do no campus do ISC em abril de

2017. Vindos de colégios internacionais da Argentina, Chile, Peru, Uruguai e Equador, os atletas se juntaram aos alunos do ISC e, como parte da tradição do SAAC, todos os visitantes foram hospedados pela nossa comunidade. Isso ofereceu às famílias do ISC uma incrível oportunidade de intercâmbio cultural.

A competição aconteceu na Wildcat Arena e os jogos foram exibidos ao vivo no site do SAAC (saac.iscbrazil.com), então os pais e alunos dos colégios internacionais visitantes puderam torcer para seus atletas. Alguns jogos tiveram mais de mil pessoas assistindo online. Graças às doações ao Annual Fund, o colégio pode comprar as câmeras de live stream usadas neste e em futuros eventos.

Os times masculino e feminino do ISC terminaram o torneio em 6º lugar. O time da Uruguayan American School venceu a competição feminina e a equipe do Franklin Delano Roosevelt, do Peru, ganhou a mas-culina. Mais do que isso, todos os atletas participantes e alunos do ISC se divertiram e aprenderam muito durante os quatro dias de torneio.

ATHLETICS & ACTIVITIES

CONHEÇA SHAWN JEFFREY, O NOVO DIRETOR ESPORTIVO E DE ATIVIDADES DO ISC

Com mais de 20 anos de experiência em educação, Mr. Shawn Jeffrey é o novo diretor Esportivo e de Atividades do ISC. Vindo da Jakarta International School, onde atuava como Diretor Esportivo do Middle School, Mr. Jeffrey já

trabalhou em colégios em Taiwan e no México. Ele é americano e casado com Ms. Alli Nave, nossa nova professora do Middle School.

Mr. Jeffrey será o responsável por melhorias no nosso programa esportivo e de ati-vidades, incluindo o novo Summer School Program (a ser realizado em janeiro) e o começo da ISC Academy, que incluirá as atividades extracurriculares tradicionais ofertadas pelos professores e também programas pagos. O objetivo é ter várias atividades enriquecedoras em nosso campus.

O ISC está no Instagram!Siga-nos no @ISC_Brazil

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BUDDY FAMILIESTrabalha em conjunto com o departamento de Admissões na recepção de novas famílias ao ISC, promovendo o colégio e ajudando as famílias locais e internacionais a se familiari-zarem com a nossa comunidade e cultura escolar. Convidam novas famílias a se envolve-rem com o colégio, se voluntariarem e partici-parem de eventos escolares e do PTO. Ajuda novas famílias quando e onde precisarem.

ALIMENTAÇÃOOferece feedback ao Diretor do ISC e aos serviços de alimentação do colégio, além de promover a alimentação saudável e aprendizado na comunidade escolar.

CULTURA INTERNACIONALDá apoio à Cultura Internacional do colégio, planejando eventos como a Feira do Livro, a Internacional Fair (como parte do mês/semana Internacional), Halloween, Festa Junina e outros. Também realiza eventos relacionado à Cultura Brasileira e eventos internacionais, como Dia das Crianças.

TORCIDA DO WILDCATS(ANTIGO BOOSTER CLUB)Promove o esporte no colégio. Dá assistência no planejamento e logística ao ISC durante o Torneio SAAC, Sports Festival, Friendship Tournament e evento de reconhecimento dos atletas. Além disso, promove jogos noturnos com pais, professores e ex-alunos a partir do Wildcat Wellness Program e outras atividades esportivas.

PTO CouncilO Conselho do PTO é eleito anualmente para representar os pais do colégio. Ele é formado por uma presidente, vice-presidente, tesoureira, secretária e representantes de cada divisão. O PTO trabalha em conjunto para fazer a diferença no colégio, promovendo o internacionalismo, a comunidade e a diversão. Para atuar nas mais diferentes frentes, o Conselho do PTO possui quatro Grupos de Ação, que garantem o gerenciamento e a organização de determinados grupos de interesse.

O ISC é uma associação de pais e isso significa que todos fazem parte do PTO, a organização de pais e mestres.

Seu colégio,seu PTO

6th Grade Visit to Madero FactoryVisita do 6º ano à fabrica do Madero

STUDENT LIFE

Elementary Science FairFeira de Ciências do Elementary

Walk for Water

International Fair

Kinder Mother's DayDia das Mães do Kinder

Life Skills Lab Innaugural ClassAula inaugural do Life Skills Lab

34 35SETEMBRO 2017

STUDENT LIFE

MOMs Matter

Parent Connections

SAAC

Cross Country

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