O Papel Dos Laticínios Na Economia Iporaense

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS

UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

CURSO DE GEOGRAFIA

O papel dos laticnios na economia Iporaense

TATIANE PEREIRA DE OLIVEIRA

Ipor GO

2011

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TATIANE PEREIRA DE OLIVEIRA

O papel dos laticnios na economia Iporaense

Monografia apresentada como exigncia para obteno do grau de licenciado no Curso de Geografia da Universidade Estadual de Gois Unidade Universitria de Ipor sob a orientao do professor Marcos Antonio Marcelino.

Ipor - GO

2011

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DEDICATRIA

Dedico este trabalho a Deus, nosso pai celestial, que to generosamente

distribuiu a ddiva dos talentos entre ns. Um ser onipotente que nunca vemos ou

ouvimos, mas que se manifesta na forma de nossos pais, que juntos se empenham

nesta batalha, vibrando com nossas conquistas, pois que, mesmo ausentes,

intercedem por ns e nos movimentam a viver, lutar e vencer.

Com especial carinho...

...queles, que tanto se dedicaram ao nosso aprendizado, dotados da magia

do saber e do ensinar.

... famlia e amigos. Pessoas que entenderam nossas ausncias e

justificaram nossas omisses.

...queles, que encontramos em nosso caminho e juntos construram um

sonho, abrindo mo de momentos de convvio.

...queles, que muitas vezes nos receberam com silenciosa mgoa ou muda

revolta, quer pela nossa ausncia, quer pela simples saudade ou impacincia.

...queles, que vem com alivio este fim de etapa e que esto to felizes

quanto eu, meu reconhecimento, pois amaram o suficiente para aplaudir, chorar

tolerar e encorajar a nossa vitria.

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AGRADECIMENTOS

Agradeo primeiramente a Deus pelo dom da vida e sade para completar

esta jornada, pois com tuas bnos o sucesso certo.

Neste momento muito tenho a agradecer, pois foram vrias as pessoas que

dispuseram o seu precioso tempo para auxiliar em mais esta etapa.

A todos que transmitiram conhecimentos e experincias de vida, com

dedicao e carinho, expresso o meu maior agradecimento e o meu profundo

respeito, diante do muito que nos foi oferecido.

Aos colegas pelo convvio que tivemos, durante muito pouco tempo, mas que

foi de grande importncia e significncia na minha vida, pois nada do que fizemos

teria valor se no fosse amizade. Se no comeo tudo parecia difcil, aos poucos se

foi tornando fcil realizar, por que o apoio, o respeito e a confiana mtua se fizeram

presente. Em casa coisa feita, em cada objetivo alcanado, visualizava-se e sentia-

se o carinho que cada um colocava para que pudssemos alcanar nosso objetivo

comum.

Aos colaboradores deste trabalho (...) meus sinceros agradecimentos

pela contribuio para que este fosse realizado.

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A qualidade do leite como alimento e matria prima para a

indstria de laticnios depende da sua composio nutritiva e

qualidade microbiolgica, caractersticas que nos pases de

pecuria leiteira desenvolvida so critrio comum de

pagamento, o que tambm vem sendo adotado de modo

gradativo em nosso meio.

PAULO ROBERTO MHLBACH (artigo. 23.03.2011)

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RESUMO

A pecuria bovina no Brasil teve seu incio no perodo colonial com a chegada dos portugueses. Primeiramente o gado era uma atividade secundaria utilizado para ajudar na atividade aucareira e a carne para o alimento dos trabalhadores dos canaviais e das minas.

Por ser uma atividade com baixo custo, pois o gado era criado solto no pasto e se alimentava de pastagens naturais a pecuria se expandiu pela regio nordeste e posteriormente para o sul, centro oeste e outras regies.

O processo histrico da comercializao e industrializao do leite iniciou-se aproximadamente no sculo XIX. O leite inicialmente era comercializado informalmente entregue e porta em porta aos consumidores e com curto prazo de validade. Devido modernizao o leite passou a ser industrializado e com longo prazo de validade. Surgiram as grandes empresas de laticnios gerando renda e emprego e aumentando a economia do pas.

Atualmente no municpio de Ipor, localizado no oeste goiano, as empresas de laticnios tm influencia significativa no comercio iporaense devido aos muitos produtores de leite existente na regio que comungam da mesma atividade como os laticnios que geram emprego e arrecadam impostos para o municpio. Palavras-chave: Laticnios, economia, Ipor - GO .

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ABSTRACT

The bovine cattle in Brazil had its beginnings in the colonial period with the arrival of the Portuguese. First the cattle was a secondary activity used to help the sugar activity and the flesh for food workers dos canaviais and mines.

For being an activity with low cost, because the cattle was created loose in the pasture and fed on natural pastures cattle raising expanded by Northeast and later to the South, Midwest and other regions.

The historical process of commercialization and industrialization of milk started approximately in the 19th century. The milk was initially marketed informally delivered door-to-door to consumers and with short shelf life.

Currently in the municipality of Ipor, located in Western Goias, dairy firms have significant influence in trade iporaense due to the many existing milk producers in the region that share the same activity as the dairy that generate employment and collect taxes to the municipality Keywords: dairy products, economics, Ipor-GO

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SUMRIO

LISTA DE TABELAS.................................................................................................10 LISTA DE ILUSTRAES .......................................................................................11 INTRODUO ..........................................................................................................12

1 - INCIO DA PECURIA NO BRASIL.....................................................................14

1.1 A economia e a pecuria em Gois ....................................................................15

2 - A INDUSTRIALIZAO DO LEITE: OS LATICINOS NO BRASIL ....................19

2.1 Os maiores laticnios do Brasil e no Estado de Gois .........................................21

3 - A PECURIA LEITEIRA EM IPOR GO..........................................................25

3.1 A influencia do leite na economia de Ipor .........................................................25

CONSIDERAES FINAIS.......................................................................................36

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..........................................................................37

FONTES....................................................................................................................39

ANEXOS....................................................................................................................40

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1..................................................................................................................... 22 Tabela 2 .................................................................................................................... 23

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LISTA DE ILUSTRAES

Foto 1....................................................................................................................... 24 Foto 2 ....................................................................................................................... 26 Foto 3 ....................................................................................................................... 27 Foto 4 ....................................................................................................................... 28 Foto 5 ....................................................................................................................... 29 Foto 6 ....................................................................................................................... 30 Foto 7 ....................................................................................................................... 31 Foto 8........................................................................................................................ 32 Foto 9 ....................................................................................................................... 32 Foto 10 ..................................................................................................................... 33

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INTRODUO

A presente pesquisa tem por objetivo entender a influncia dos laticnios

na economia de Ipor, Municpio situado no oeste do Estado de Gois. Busca-se

investigar como se deu o processo da atividade pecuarista bovina no Brasil, em

Gois e como a pecuria leiteira se tornou uma das maiores atividades econmica e

industrializada.

Partindo do pressuposto que a pecuria uma das primeiras atividades

econmicas do Pas e que vem se desenvolvendo significativamente para a

economia, buscou se entender o princpio desta atividade tendo como foco desta

pesquisa a pecuria leiteira que tem se expandido desde o incio, que se deu por

volta do sculo XIX, at os dias atuais com a modernizao das pequenas e grandes

indstrias de laticnios.

Primeiramente analisa-se a chegada do rebanho bovino trazido pelos

portugueses no perodo colonial e qual a importncia do gado para esse perodo.

Percebe-se que a atividade pecuria inicialmente, como secundria, desenvolvia o

trabalho no auxlio da plantao da cana-de-acar, na alimentao com a carne

seca, na utilizao do couro e banha. Posteriormente passou-se a consumir o leite,

de forma precria, sem conservao, distribudo de porta em porta pelos escravos e

vaqueiros e tambm para a fabricao do queijo.

Contudo, esta pesquisa justifica-se pela importncia da expanso da

pecuria leiteira que ganhou espao expressivo na economia brasileira e colocando

o Estado de Gois no quarto lugar ranking, sendo que o estado tem apresentado um

grande desenvolvimento na atividade leiteira, pois conta atualmente um amplo

nmero de laticnios com capacidade para a produo de leite e seus derivados, o

que tem elevado produtividade nos ltimos anos.

Portanto tendo em vista que o Municpio de Ipor tambm conta com

empresas de laticnios que contribuem com a economia iporaense e verificando que

existem vrios produtores rurais que comungam da mesma atividade como meio de

subsistncia buscou-se investigar com objetivo de compreender como o setor leiteiro

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contribui para o desenvolvimento do Municpio e quais as contribuies so

favorveis para a economia do comrcio e para a populao iporaense.

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1. INCIO DA PECURIA NO BRASIL

A economia voltada para atividade pecuarista no Brasil se deu no sculo

XVI na regio do Nordeste e no incio do sculo XVII se propagou pelo serto

nordestino, era utilizado como trao para os engenhos de cana-de-acar e

tambm era comercializado da carne e o couro, mas no ultrapassava a renda da

indstria da cana de acar, e no tinha um valor significativo, pois segundo Prado

(1998) quando fala sobre o inicio da pecuria ressalta que:

Ela tambm se destinava a satisfazer as necessidades alimentares da populao. A carne de vaca ser um dos gneros fundamentais do consumo colonial. Mas a pecuria, apesar da importncia relativa que atinge, e do grande papel que representa na colonizao e ocupao de novos territrios, assim mesmo nitidamente secundria e acessria. Havemos de observ-lo em todos os caracteres que a acompanhavam: o seu lugar ser sempre de segundo plano, subordinando-se s atividades principais da grande lavoura, e sofrendo-lhe de perto todas as contingncias. (PRADO, 1998, p44)

De acordo com Furtado (1989)

A criao de gado na forma em que se desenvolveu na regio nordestina e posteriormente no sul do Brasil era uma atividade econmica de caracterstica radicalmente distinta das da unidade aucareira. [...] Por outro lado, a forma mesma como se realiza a acumulao de capital dentro da economia criatria induzia a uma permanente expanso sempre que houvesse terras por ocupar independentemente das condies de procura. A essas caractersticas se deve que a economia criatria haja transformao num fator fundamental de penetrao e ocupao do interior brasileiro. (FURTADO, 1989, p57)

No sculo XVIII, o Nordeste passa a ser o principal criador de gado do

pas, comercializando por todo o litoral. O gado comercializado era conduzido por

grandes distancias sem muitas condies de sobrevivncia suportando a escassez

de gua e comida chegando ao lugar de destino em pssimas condies para o

abate. Prado (1998) ressalta ainda que,

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[...] a carne que produz, alm de pouca, de m qualidade. Assim, somente a falta de outras fontes de estabelecimento alimentar explica a utilizao para isto de to afastadas e desfavorveis regies. Em fins do sculo elas ainda sofrero golpes mais severos. As secas prolongadas, que sempre foram a peridicas, se multiplicam e estendem ainda mais [...]. (PRADO, 1998, p68).

No final do sculo XVIII a pecuria do serto nordestino entrou em crise

devido a seca prolongada que provocava a morte do gado de fome e sede tornando

a regio sul a maior fornecedora de carne seca, ou seja, o charque.

Devido expanso da minerao de pedras preciosas e outros cultivos

como caf e algodo a pecuria foi estendida para o interior da Bahia, So Paulo,

Minas Gerais, Gois e Mato Grosso, o que proporcionou a ocupao do interior do

Pas, sendo a base econmica da colonizao.

A pecuria leiteira do Brasil comeou aproximadamente por volta de

1532, quando Martim Afonso de Souza um dos primeiros colonizadores chega com

sua expedio trazendo da Europa as primeiras cabeas de gado. Entretanto a

comercializao do leite se deu aproximadamente sculo XIX sem nenhum tipo de

tratamento e com curto prazo de validade. O produto era comercializado de porta em

porta nos centros urbanos e transportado em lates pelos escravos e posteriormente

pelos vaqueiros que percorriam grandes regies.

No entanto o consumo do leite at o final do Sculo XIX no era comum

entre as pessoas. A partir da industrializao, aps a abolio da escravatura e com

a chegada de imigrantes, que comearam a surgir os primeiros laticnios que

produziam queijos, manteigas e outros derivados para serem comercializados dentro

do pas.

1.1 A ECONOMIA E A PECURIA EM GOIS

A colonizao da Provncia de Gois se deu aproximadamente por volta

de 1730, voltado para a explorao do ouro. Como aconteceu nas outras Capitanias,

em Gois no foi muito diferente. A economia era voltada para minerao que

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comungava com outras atividades agrcolas e a explorao da mo-de-obra

indgena. De acordo com Corra (2001),

...agropecuria sempre esteve presente no processo histrico de ocupao de Gois, representando, nos primeiros tempos, uma atividade acessria da minerao que possua mercado e preos garantidos, apesar da interdio ao cultivo da cana-de-acar e formao de engenhos. Os mineiros, entretanto, no se interessavam por essas atividades produtivas, pois o que os motivava no era a fixao definitiva no territrio goiano, mas o enriquecimento fcil e rpido, seguido do retorno suas regies de origem. Contudo, o crescimento do contingente populacional das minas e a irregularidade de abastecimento que ocasionavam crises alimentares e inflacionavam os preos, despertaram para a necessidade de formao de lavouras e para a criao de gado, com a finalidade de atender demanda interna. Foi esse o fulcro da constituio dos primeiros stios agrcolas e dos primeiros ncleos criatrios que coexistiam com minerao. (CORRA, 2001 p.102)

Devido queda da economia mineira e nordestina, houve uma migrao

populacional para a regio Centro-Oeste contribuindo para desenvolvimento

comercial de dois setores: a atividade agrcola e a pecuarista. E por isso

caracterizado como fazenda goiana. No entanto no incio do sculo XIX Gois j se

encontrava com a economia estabelecida e com um nvel populacional significativo

trazido pelos colonizadores. Estevam (2006) ressalta que,

[...] a fazenda goiana apresentava [...] caractersticas peculiares; no se utilizava predominantemente do trabalho servil e a escravatura [...] A organizao no apresentava caractersticas bsicas de formao de classes e no promovera at ento, divorcio entre meios de produo e a fora de trabalho. Com esses elementos caractersticos [...] contrastava com a fazenda cafeeira, unidade bsica mercantil. Tambm diferentemente da fazenda aucareira- de rgida hierarquia tradicional as fazendas tradicionais goianas organizaram-se de maneira peculiar, engendrando uma ordem social bastante singular. (ESTEVAM, 2006, p.64)

A partir de 1780 a pecuria se tornou a economia mais apropriada para a

regio, tendo em vista que a criao de gado extensiva, onde eram criados soltos,

necessitava apenas de grandes campos com pastagens naturais e pouca mo-de-

obra. Outro fator que contribua para o avano da pecuria goiana era a fcil

comercializao do gado, alm de no necessitar de transporte, porque o gado

caminhava at o destino de abate, os grandes fazendeiros tambm no se

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preocupavam com a engorda, pois o gado comercializado percorria grandes

distncias at o consumidor.

Nesse sentido Pessoa (1999) ressalta que,

O desenvolvimento da atividade pecuria desencadeou uma intensa concentrao de terras. Nesse contexto de ocupao da Provncia goiana no existia um mercado consumidor de produtos alimentcios, a sociedade se caracterizava por uma economia rural. Somente a grande fazenda tinha condies de comercializar os seus excedentes (o gado era o principal produto). Essas propriedades eram compostas de um pequeno exrcito de sitiantes, vaqueiros, camaradas e jagunos vinculados ao proprietrio por uma relao de dependncia. O proprietrio era a expresso de um coronel que centralizava e privatizava todos os poderes locais. (PESSOA, 1999)

A partir do sculo XX Gois avanou na sua economia agropecuria,

tendo como base forte o cultivo de arroz e a criao de gado, abrindo novas rotas de

comrcio. Alguns fatos contriburam para expanso desse comrcio como o

investimento no transporte no setor ferrovirio, mudanas polticas e em 1930 a

construo de duas capitais, Goinia e Braslia. Com essas mudanas abriram-se as

portas para o comrcio goiano e o ndice populacional aumentou devido migrao

de trabalhadores de outras regies para o Estado. A economia goiana passou a

ocupar todo o territrio nacional.

O Estado de Gois atualmente tem como base na economia a produo

de gros, sendo a maior parte no cultivo de algodo, da cana-de-acar, milho e

soja, e um grande avano na pecuria com a comercializao de carne e leite.

Desde 1998 o investimento no setor de leite e derivados cresceu devido

instalao de laticnios na regio. Chaveiro (2009) lembram que:

Gois se confirmou entre os estados potenciais de grandes produtores agrcolas do pas, alcanando, em 2005, o posto de 3 maior produtor nacional de soja, o de 1 de sorgo, o de 1 de tomate, o 3 lugar de algodo herbceo (em caroo), o 5 de milho e o 6 de cana-de-acar. Na pecuria os nmeros no so diferentes, pois o estado possui hoje o 2 maior rebanho de gado leiteiro, o 2 maior produtor de leite, tem o 4 maior rebanho bovino, o 6 avcola e o 8 suno. ( CHAVEIRO, 2009, p. 230)

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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE

(2003), os cinco maiores Municpios produtores de leite do Estado de Gois esto

em primeiro lugar Piracanjuba e Morrinhos seguidos de Rio Verde, Mineiros e Jata.

O Municpio de Ipor localizado no centro-oeste goiano, foco desta pesquisa, fica em

dcimo sexto lugar como a microrregio produtora de leite do Estado.

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2. A INDUSTRIALIZAO DO LEITE: OS LATICINOS NO BRASIL

Devido ao esgotamento do solo provocado pelas grandes plantaes em

tempos prolongados de cana-de-acar, caf, dentre outras atividades de plantio,

surgem novas atividades econmicas no pas gerando renda e emprego como a

produo, industrializao e comercializao do leite.

De acordo com Alves (2001),

Por volta de 1870, o Vale do Paraba, regio em que at ento concentrava a maior produo cafeeira e os setores mais ricos do pas, passa pelo esgotamento de seu solo, reduo da produtividade e conseqentemente das margens de lucro. A produo do caf segue para o Oeste Paulista. Surge no Vale do Paraba a oportunidade para uma nova atividade: a produo de leite. (ALVES, p. 75 2001)

As primeiras indstrias de laticnios do Brasil comearam a surgir por volta

de 1920. O leite distribudo pelos vaqueiros passou ento a ser substitudo pelo leite

industrializado, que era pasteurizado, engarrafado em frascos de vidros retornveis

e com validade em longo prazo, proporcionando ao consumidor mais segurana no

consumo.

Outro seguimento das indstrias era a produo de derivados do leite

como a fabricao rudimentar do queijo. Meireles apud Alves (2001) ao falar do

setor industrial ressalta que,

O segmento das queijarias, pouco exigentes em tecnologia e volume de produo, mas bastante adequadas s condies dos locais onde se instalavam,...; o segmento das envasadoras de leite in-natura, com exigncias mnimas de tecnologia, ainda que importada, com usinas ou entrepostos localizados nos grandes centros de consumo, e com escalas variveis de produo; e finalmente, o segmento das industrializadoras, bastante exigentes em termos de investimentos e tecnologia, mas que superavam em grande parte as deficincias de estradas e as dificuldades de estocagem... (MEIRELES apud ALVES, 2001)

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A partir da dcada de 40, as indstrias de leite pasteurizado tiveram que

se ajustar s normas estabelecidas no Regulamento de Inspeo Industrial e

Sanitria de Produtos de Origem Animal RIISPOA. Essas normas exigiam um lacre

inviolvel, o rtulo com o nome da empresa e a data de validade.

Com a modernizao e o avano da tecnologia os laticnios passaram a

industrializar e comercializar o leite com embalagens descartveis. O leite tipo B era

distribudo em caixinhas de papel cartonada e revestida de polietileno e o leite tipo C

em saquinho de polietileno.

No ano de 1972 o comrcio de laticnios no Brasil passa por um processo

de mudana. As empresas comeam a investir nas novas tecnologias como a ultra

pasteurizao do leite, denominado de longa vida. Nesse processo se eliminava no

leite todos os microrganismos que prejudicava o produto, o prazo de validade se

prolongava e o leite poderia ser conservado em temperatura ambiente.

O leite longa vida mostrou-se um produto bastante adequado s condies brasileiras, uma vez que sua comercializao no requer sistemas de distribuio refrigerados. Posteriormente seria desenvolvida tambm a tecnologia de reciclagem total da embalagem cartonada assptica, possibilitando minimizar os impactos negativos da embalagem no meio ambiente. (ALVES, 2001 p.79)

No final do sculo XX o comrcio do leite industrializado marcado por

algumas mudanas no seu contexto econmico. Alves (2001) ressalta ainda que:

Os anos 90 foram marcados por profundas alteraes, cujos principais impactos ocorreram a partir de 1992: a) fim do tabelamento do leite pasteurizado; b) abertura da economia concorrncia externa pela reduo de barreiras tarifrias e no tarifrias; c) liberao das importaes de leite em p e demais produtos lcteos para a iniciativa privada; d) concentrao no setor industrial de laticnios e, principalmente, no setor varejista (grandes redes de supermercados); e) incio do crescimento acelerado das vendas de leite longa vida. (ALVES, 2001 p.79)

Atualmente a produo de leite pelos laticnios bastante considervel.

Isso se d pelo fato do grande investimento que o Governo faz em propaganda para

influenciar o consumo de leite pela populao por causa dos benefcios que o

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produto causa em relao sade. Outro ponto positivo para o elevado consumo

o investimento das grandes empresas na comercializao e no aprimoramento de

suas embalagens. Pode-se encontrar hoje nas prateleiras dos mercados inmeras

marcas de leite, com preos acessveis e as mais variadas e modernas embalagens,

tudo para atrair a ateno do consumidor. Para demonstrar esses dados a revista

PRODUTOR (2011) lembra que,

Em apenas uma dcada, a produo nacional de leite avanou 52%, passando de 19,7 bilhes de leite, em 2000, para 30,4 bilhes, no ano passado. A projeo para 2011 de crescimento de aproximadamente 5%, chegando aos 32 bilhes de litros. O consumo por pessoa tambm evoluiu e chegou a 161 litros de leite em 2010, o que significa 7% acima de registrado em 2009 e 89 litros mais na comparao com o ano de 2000. (REVISTA PRODUTOR, 2011)

A cadeia produtiva de leite no Brasil em 2011 apresenta nmeros

significativos considerando todas as atividades desde a produo, industrializao

at, o transporte e a comercializao. Outra questo positiva que contribui para a

economia do Pas em relao ao avano da indstria leiteira esta relacionada a

gerao de emprego no setor privado. Rubez, presidente da Leite Brasil (2011)

defende que, nenhuma outra cadeia gera mais emprego. H uma especificidade

nesse caso: a maioria das pessoas s sabe trabalhar com isso. Da a importncia de

profissionaliz-las, capacit-las. (RUBEZ apud REVISTA PRODUTOR, 2011)

2.1. OS MAIORES LATCIOS DO BRASIL E NO ESTADO DE GOIS

Atualmente o Brasil est em sexto lugar como produtor de leite no mundo.

Entretanto em pleno sculo XXI o declnio provocado pela m administrao de uma

das maiores empresas produtoras de leite industrializados e derivados no pas

conhecida mundialmente, a Parmalat, acarreta um grande nmero de desemprego.

Segundo o Presidente da Leite Brasil Jorge Rubez (2004),

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A escalada da Parmalat no Brasil foi vertiginosa e essa poltica talvez no tenha sido a melhor num setor complexo e cauteloso em seus negcios, como o leiteiro. Para ser hoje a segunda maior compradora de leite do pas, a Parmalat valeu-se de dezenas de incorporaes de laticnios, causando espanto na poca. Ser que iria dar certo? Depois de trinta anos, tivemos a resposta. A Parmalat construiu uma grande marca, mas fracassou na gesto corporativa. A marca hoje o seu grande ativo. (RUBEZ, 2004)

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria

EMBRAPA as empresas de laticnio que se destacaram em 2010 esto relacionadas

na tabela abaixo:

Tabela 1. Maiores empresas de laticnios Brasil 2010

CLASSE EMPRESAS E MARCAS

Recepo anual de leite

Nmero de

produtores

2010 2010

1 DPA* 2.120.000 6.500

2 LBR LCTEOS BRASIL 1.795.00 20.000

3 ITAMB 1.110.000 9.400

4 ITALAC 801.600 12.365

5 EMBAR 453.067 1.544

6 LATCNIOS BELA VISTA 421.196 3.039

7 CENTROLEITE 298.848 5.011

8 DANONE 293.379 624

9 JUSSARA 269.970 1.814

10 CONFEPAR 251.667 4.017

11 VIGOR (diviso lctea da JBS) 212.808 1.266

12 FIRMESA 180.401 3.494

13 CCL 75.821 1.827

TOTAL* 8.051.157 70.951

Classe Classificao base recepo no ano de 2010. DPA - Inclui a DPA Manufacturing Brasil - Nestl, Fontera, DPA Brasil, DPA Nordeste e Nestl Waters TOTAL: Em 2009 inclui informaes da LEITEBOM, PARMALAT e BOM GOSTO Fonte: LEITE BRASIL, CNA/Decon, OCB/CBCL e Embrapa Gado de Leite. Adaptado pela autora.

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Dos laticnios citados acima, seis esto presentes no Estado de Gois. O

Laticnios Bela Vista, localizado no Municpio de Bela Vista de Gois e comercializa

a marca Piracanjuba, o Laticnio Italac com duas fbricas no Estado de Gois sendo

uma em Corumbaba e outra em Santa Helena de Gois, uma fbrica da empresa

mineira Itamb em Goinia, o laticnio LEITEBOM atual LBR com quatro unidades

sendo elas em Sanclerlndia, Fazenda Nova, So Luis de Montes Belos, Uruau e

um posto de resfriamento no Municpio de Ipor, a Central de Laticnios de Gois

CENTROLEITE em Goinia e A empresa Vigor com uma Fbrica em Anpolis.

De acordo com dados do IBGE referentes ao ano de 2010, Gois tem

cerca de 6 milhes de habitantes, em seus 246 municpios. Na pecuria, Gois est

bem posicionado em diversas atividades: 4 lugar em rebanho e abate de bovino, 5

no rebanho e abate de sunos, 6 em rebanho avcola e 4 na produo de leite.

Abaixo a tabela da produo de leite referente ao perodo de 2000, 2008 e 2009.

Tabela 2 - Produo de leite, segundo as unidades da federao - 2000 2008 2009.

Unidade da federao

2000 2008 2009 Variao (%)

2000 / 2009

Produo de leite

(mil litros)

Part (%)

Ranking Produo de leite

(mil litros)

Part (%)

Ranking Produo de leite

(mil litros)

Part (%)

Ranking

Brasil 19.767.206 100,00

27.579.383 100,00

29.112.024 100,00

47,27

Centro-Oeste 3.080.121 15,58

4.055.144 14,70

4.222.255 14,50

37,08

Minas Gerais 5.865.486 29,67 1 7.657.305 27,76 1 7.931.115 27,24 1 35,22

Rio Grande do Sul

2.102.018 10,63 3 3.314.573 12,02 2 3.400.179 11,68 2 61,76

Paran 1.799.240 9,10 5 2.827.931 10,25 4 3.339.306 11,47 3 85,60

Gois 2.193.799 11,10 2 2.873.541 10,42 3 3.003.182 10,32 4 36,89

Santa Catarina

1.003.098 5,07 6 2.125.856 7,71 5 2.237.800 7,69 5 123,09

So Paulo 1.861.425 9,42 4 1.579.742 5,73 6 1.583.916 5,44 6 -14,91

Bahia 724.897 3,67 7 952.414 3,45 7 1.182.019 4,06 7 63,06

Pernambuco 292.130 1,48 15 725.786 2,63 8 788.250 2,71 8 169,83

Rondnia 422.255 2,14 11 723.108 2,62 9 746.873 2,57 9 76,88

Mato Grosso 422.743 2,14 10 656.558 2,38 10 680.589 2,34 10 60,99

Par 380.319 1,92 12 599.538 2,17 11 596.235 2,05 11 56,77

Mato Grosso do Sul

427.261 2,16 9 496.045 1,80 12 502.485 1,73 12 17,61

Rio de Janeiro 468.752 2,37 8 475.592 1,72 13 483.129 1,66 13 3,07

Cear 331.873 1,68 14 425.210 1,54 14 432.537 1,49 14 30,33

Esprito Santo 378.068 1,91 13 418.938 1,52 15 421.553 1,45 15 11,50

Maranho 149.976 0,76 18 365.564 1,33 16 355.082 1,22 16 136,76

Sergipe 115.142 0,58 20 259.700 0,94 17 286.568 0,98 17 148,88

Alagoas 217.887 1,10 16 239.901 0,87 18 238.229 0,82 18 9,34

Rio Grande do Norte

144.927 0,73 19 219.279 0,80 20 235.986 0,81 19 62,83

24

Tocantins 156.018 0,79 17 222.624 0,81 19 233.022 0,80 20 49,36

Paraba 105.843 0,54 21 193.567 0,70 21 213.857 0,73 21 102,05

Piau 76.555 0,39 22 77.784 0,28 22 87.165 0,30 22 13,86

Acre 40.804 0,21 23 70.054 0,25 23 43.377 0,15 23 6,31

Amazonas 36.680 0,19 24 39.385 0,14 24 41.749 0,14 24 13,82

Distrito Federal

36.318 0,18 25 29.000 0,11 25 36.000 0,12 25 -0,88

Amap 3.735 0,02 27 5.271 0,02 26 6.706 0,02 26 79,54

Roraima 9.958 0,05 26 5.117 0,02 27 5.117 0,02 27 -48,61

Fonte: IBGE

Elaborao: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerncia de Estatstica Socioeconmica 2010.

O laticnio LBR tem se destacado na economia goiana, pois desenvolve o

Sistema de Valorizao de Qualidade visando a melhoria tanto no aspecto industrial

leiteiro, quando na qualidade do rebanho e no aprimoramento do produtor rural.

Leva-se em conta, principalmente, a localizao da propriedade em relao

fbrica na qual o leite entregue e ao mercado para o qual os produtos daquela

fbrica se destinam. (REGINATTO apud REVISTA PRODUTOR, 2011)

Foto 1. Tanques de resfriamento de leite em Ipor GO

Posto de resfriamento do laticnio LBR em Ipor GO. (Foto 20 out 2011)

25

3. A PECURIA LEITEIRA EM IPOR GO

O Municpio de Ipor, fundado em 1748, est localizado no oeste goiano e

segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE em 2010 o

Municpio apresentava uma estimativa de ndice populacional de 31.300 habitantes.

A primeira atividade econmica do Municpio, no perodo colonial iniciada

pelos colonizadores portugueses baseou-se na explorao do ouro. Atualmente

economia voltada para agricultura e a pecuria. Entretanto o ponto forte da

economia iporaense est ligado atividade pecuarista, especificamente para a

comercializao do leite, devido aos muitos produtores rurais localizados na regio.

3.1 INFLNCIA DO LEITE NA ECONOMIA DE IPOR

Com iniciativa do Sindicato Rural de Ipor foi criado em Maio de 2010 a

Cooperativa dos produtores de leite COOPROL do Municpio e regio no intuito de

melhorar a comercializao do produto, um grupo de produtores que se uniram para

juntos negociarem o leite produzido. Hoje como a cooperativa comercializa o produto

com preos competitivos ao mercado nacional, e no preos abusivos praticados

apenas na regio. A cooperativa est em pleno desenvolvimento, com total

transparncia fiscal e financeira. A unio dos produtores cooperados tem

beneficiado e desenvolvido toda a bacia leiteira, usa- se como base em negociaes

o valor da COOPROL. Nota-se mais uma vez que cooperativismo o caminho mais

adequado ao crescimento de qualquer atividade proposta. Pois segundo dados da

prpria COOPROL existem em Ipor e regio mais de 84 (oitenta e quatro)

produtores rurais que vivem da economia do leite. Em entrevista com Jos Carlos

(2011) presidente da COOPROL lembra que,

A cooperativa dos Produtores de Leite da Regio de Ipor no surge para criao de mais uma indstria para o leite. O objetivo apenas, pelo menos, por enquanto, de reunir produtores para fortalec-los diante de negociao de preo de leite com os laticnios. A COOPROL foi criada dentro dos moldes da Organizao das Cooperativas Brasileiras (OCB), como entidade devidamente documentada para aes cooperativistas. (CARLOS, 2011)

26

Atualmente a COOPROL a maior contribuinte para a economia leiteira

no Municpio, pois a mesma tem oitenta e quatro produtores afiliados, entre esses

esto os grandes e pequenos produtores da regio, alm das arrecadaes de

impostos tambm gera emprego indiretamente, servios na coleta de leite nas

propriedades rurais e no recebimento de leite no laticnio LBR no Municpio Ipor.

Foto 2. Cooperativa dos Produtores de Leite de Ipor

Fachada da COOPROL. (foto 20 out. 2011)

Segundo o presidente da COOPROL, a mesma comercializa hoje

aproximadamente 35 (trinta e cinco) mil litros por dia. O leite coletado nas

propriedades rurais diretamente pelos caminhes do laticnio LBR, e repassado ao

posto de resfriamento do Laticnio, que destinado fbrica fora da regio para a

fabricao do leite longa vida e produtos derivados. Umas das fbricas do LBR esta

localizada no Municpio de So Luis de Montes Belos, aproximadamente 100 km do

Municpio de Ipor.

O leite comeou a ser comercializado pela Cooperativa com o valor de

0,65 centavos mais 0,15 centavos de bonificao para o produtor rural. Atualmente

houve uma valorizao do preo do leite chegando a ser repassado ao laticnio a R$

0,94 (noventa e quatro centavos) por litro de leite, o que justifica o aumento do leite

industrializado e derivado nos mercados. Segundo presidente Jos Carlos que se

27

abre uma empresa para crescer. Com a cooperativa no diferente, possui como

objetivo expandir e explica que no distingue produtores grandes ou pequenos,

todos os produtores cooperados recebem o mesmo valor, pois garante que todo leite

da cooperativa tem uma boa qualidade para os padres exigentes do laticnio LBR.

A foto abaixo mostra reunio dos cooperados. Conforme Jos conta que o

apoio do Sindicato total para cooperativa, o qual cede uma sala dentro de sua

sede, para as reunies que so realizadas todo ms, para o produtor fazer parte da

cooperativa preciso ser um filiado ao Sindicato Rural de Ipor.

Foto 3. Produtores rurais afiliados a COOPROL

Reunio dos produtores rurais da COOPROL. (foto arquivo COOPROL)

Este o transporte utilizado pelos Laticnios LBR entre os outros, como

mostra a foto abaixo, a carreta ou caminhes com tanques isotrmicos aonde o leite

transportado frio com uma temperatura de 3 a 4 C graus para que no

multipliquem os microorganismos, sendo a melhor opo para garantir a

conservao da qualidade do leite.

28

Foto 4. Caminhes do Laticnio LBR

Transporte do leite para os Laticnios LBR (foto 20 out. 2011)

O Laticnio LBR esta aqui na regio de Ipor h 30 anos sendo o mais

antigo de todas as unidades de captao instaladas na regio contribuindo na

gerao de empregos e arrecadao de impostos para cidade. De acordo com o

gerente de campo Antonio, o laticnio recebe diariamente 80 (oitenta) mil litros de

leite sendo 35 (trinta e cinco) mil recebidos da Cooperativa dos produtores de leite

COOPROL, mas 150 (cento e cinqenta) produtores de Ipor e regio, o valor pago

por litro 0,94 centavos. Segundo o gerente a empresa visa principalmente na

qualidade do produto se o fornecedor que fornecer seu leite dentro dos padres do

laticnio receber o maior preo pago no ms e tambm prioriza a questo do

transporte de leite da fazenda at o laticnio quanto mais distante for propriedade

rural o valor do frete , mas alto e o produtor no receber o maior valor pago

durante o ms.

O leite recebido destinado a fabrica em So Luis de Montes Belos que

fabricam o leite longa vida e todos derivados do leite que so vendidos para todo os

estados do Brasil. A unidade tem 4 funcionrios que trabalham diretamente e 10

funcionrios indiretamente sendo todos estes da cidade de Ipor.

Existem ainda em Ipor outros postos de resfriamentos de leite. So

laticnios que esto instalados na cidade para coleta de leite, mas a industrializao

29

desse produto feita em outros Municpios. Entre eles esto o posto de resfriamento

do laticnio LBR citado acima, do Laticnio LACTOFORTE, do Laticnio Vida e do

Laticnio CENTRO OESTE.

O Laticnio Vida est na regio a 06 (seis) anos captando leite aqui no

municpio e de toda regio, contribuindo com a economia de Ipor e regio na

gerao de empregos e na arrecadao de impostos. Segundo o Diretor do laticnio,

Moacir Arajo Leite, hoje o laticnio conta com 150 (cento e cinqenta) produtores de

leite, captando aproximadamente 105 (cento e cinco) mil litros de leite por dia o valor

do leite repassado pelos produtores rurais de aproximadamente 0,94 (noventa e

quatro centavos) por litro de leite. Segundo Moacir este preo apenas pago aos

produtores com maior volume de leite entregue e o produtor que entregar

mensalmente seu produto com boa qualidade

Todo leite destinado a fbrica instalada na cidade de Amorinpolis a 9

Km da cidade de Ipor onde so fabricado a mussarela que so vendidas para o

estado de So Paulo, e contam com 135 (cento e trinta e cinco) funcionrios sendo

115 (cento e quinze) da cidade de Ipor e 20 (vinte) da cidade de Amorinpolis.

Foto 5. Posto de resfriamento do Laticnio vida.

Posto de resfriamento (foto 20 out. 2011)

O Laticnio LACTOFORTE de acordo com a Snia Bueno, diretora da

empresa est instalado na cidade h 04 (quatro) quatro anos, comprando leite em

30

Ipor e regio, gerando empregos para cidade alm da arrecadao de impostos. O

laticnio conta com 25 (vinte e cinco) produtores de leite, recebem diariamente 15 mil

litros por dia, o preo do leite pago aos produtores no valor de 0,90 (noventa

centavos) por litro. Segundo Sonia todos seus produtores que entregam seu produto

com qualidade recebem este valor e os que no tm cuidados para garantir a

propriedade do leite podem receber at 0,02 de diferena por litro. A empresa conta

com 04 (quatro) funcionrios trabalhando diretamente e 08 (oito) indiretamente. O

leite destinado a fbrica da Italac em Santa Helena de Gois onde fabricam o leite

longa vida e derivados.

Foto 6. Escritrio do Laticnio LACTOFORTE

Fachada LACTOFORTE em Ipor (foto 20 out. 2011)

Como mostra a foto abaixo tanques isotrmicos o sistema de

resfriamento, mas distribudos usados em laticnios, aps o leite ser coletado nas

fazendas depositado nestes tanques, apresentando higienizao simples, mantm

a qualidade inicial do leite, e uma maior facilidade para a coleta do produto.

31

Foto 7. Tanque de resfriamento

Tanque de resfriamento do Laticnio LACTOFORTE (foto 20 out. 2011)

O Laticnio CENTRO OESTE segundo Maxuel Alves de Souza gerente de

campo da unidade na cidade de Ipor. Sua fbrica instalada na cidade de Piranhas

GO, e h 17 anos no mercado coleta leite no Municpio Ipor e toda regio.

Contribuindo tambm para economia do Municpio local, alm dos impostos

arrecadados, gerando empregos.

O laticnio hoje conta com 85 (oitenta e cinco) produtores de leite coleta

aproximadamente 23 mil litros de leite por dia o preo pago por litro para os

produtores so aproximadamente de 0,91 centavos. Segundo o gerente Maxuel este

preo pago para os fornecedores que entregam o leite com maior volume e os que

fornecem seu produto com qualidade para o laticnio esta a poltica de preo

adotada pela empresa para o pagamento de seus fornecedores. Atualmente so

fabricados a mussarela e o queijo prato e esses produtos so vendidos para os

Estados de So Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte e Cear. Contam

com uma equipe de 63 (sessenta e trs) funcionrios sendo 3 (trs) da cidade de

Ipor.

32

Foto 8. Posto de resfriamento do Laticnio CENTRO OESTE

Posto de resfriamento em Ipor GO (foto 20 out. 2011)

A foto abaixo mostra uns dos tanques de expanso na unidade na cidade

de Ipor, com capacidade para 23 mil litros de leite aonde armazenado e resfriado

para ser destinada a fbrica no municpio de Piranhas.

Foto 9 Posto de resfriamento do Laticnio CENTRO OESTE

Posto de resfriamento em Ipor GO (foto 20 out. 2011

33

Alm comrcio formal do leite existe na cidade produtores rurais que

trabalham com a venda informal do produto in natura. Essas pessoas entregam leite

de porta em porta em lates de plsticos e recebe o valor do produto na hora. Porm

tem curto prazo de validade e o valor inferior do leite industrializado, ou seja, o leite

longa vida.

De acordo com o Sr. Osvaldo de Carvalho Borges, leiteiro h 10 anos no

municpio, que tem uma pequena propriedade de terra prxima da cidade de Ipor.

Segundo Osvaldo ele acorda todos os dias s 5hs para fazer a ordenha, a produo

de 12 vacas leiteiras que possui de 100 litros por dia, vendendo seu leite de porta

em porta e tambm entrega em uma pequena padaria em Ipor a partir das 7h30 da

manh e termina at as 10h30, transportado em tambores esterilizados. O preo

por litro vendido a R$1,25 tem uma boa freguesia e uma renda que ajuda no

sustento de sua famlia. De acordo com Osvaldo suas despesas so com gastos

com sua moto que fundamental para seu trabalho e gastos com os as condies

sanitrias dos animais e na compra de raes e suplementos.

Foto 10. Leiteiro informal

Leiteiro entregando leite ao consumidor em Ipor (foto 25 out. 2011)

34

Entrevista feita com produtor de leite Jos Pedro da regio de Ipor um

pequeno produtor a, mas de 15 anos, para ele uma profisso que ele gosta muito

alm de ser proprietrio um administrador da fazenda, que tem 23 vacas em

lactao. Em duas ordenhas ele tira por dia 300 litros, ele conta com ajuda de sua

famlia para as ordenhas e para o trato dos animais, sua esposa e seus dois filhos,

pois ele no tem funcionrio, uma forma encontrada de baixar os custos.

O leite aps a ordenha resfriado no tanque de expanso direta que tem

capacidade para at 1.000 mil litros, que ele possui a 10 anos, segundo Jos o

resfriamento do leite permite a realizao da segunda ordenha, permitindo a reduo

do frete da fazenda para a indstria, facilita a comercializao, o leite entregue frio

ao laticnio o preo maior que o quente e a garantia da melhor qualidade do

produto entregue. Ele garante a qualidade de seu produto no que se refere

obteno higinica do leite, pois atualmente todas as empresas desta regio

inclusive o Laticnios Vida aonde fornece seu leite esto utilizando sistemas de

pagamento do leite por qualidade.

Conforme Jos, o investimento na instalao do tanque em sua

propriedade foi muito bom tendo uma grande valorizao em termos de preo, ele

recebeu R$ 0,94 por litro entregue ao laticnio, tem uma renda mensal de R$ 8.000

reais tirando as despesas de sua casa e da fazenda lhe sobra uma boa renda,

segundo ainda o maior preo do leite recebido durante todo ano nos meses que

ocorre a seca, mas tambm tem muitas despesas por que o pasto fica seco e tem

grandes gastos com raes, s assim a produo de leite no tem uma queda ainda

maior.

Outro produtor da regio de Ipor Vilmar de Oliveira produtor de leite h,

mas de 10 anos. Segundo Vilmar proprietrio de uma fazenda localizada no

municpio de Ipor prximo a cidade de Diorama. Ele no mora na sua propriedade

rural tem uma casa localizada na cidade onde vive com sua esposa, funcionrio

pblico da cidade e no vive apenas da renda do leite, sua esposa aposentada. De

acordo com Vilmar ele tem um funcionrio que mora junto com a famlia na sua

propriedade rural, que faz todos os servios dentro da fazenda, atualmente ele

possui 40 vacas leiteiras que produz 400 litros por dia, possui um tanque de

expanso com capacidade para 2.000 litros que resfria o leite que entregue ao

laticnio LBR, recebe R$ 0,93 centavos por litro, esta satisfeito com preo recebido.

De acordo com o produtor ele comeou entregando seu leite quente que era levado

35

em lates por uma caminhonete para fazenda de seu vizinho colocado em um

tanque para ser resfriado, segundo ele fez um bom investimento comprando um

tanque de resfriamento que esta quase acabando de pagar garantindo

principalmente a higiene e a qualidade do leite, segundo ainda as despesas que tem

alta, pois esta pagando as parcelas do tanque, custos com sua casa aqui na

cidade, suas 3 filhas que estudam todas em Goinia, gastos com sua propriedade

rural e com o funcionrio que mora na fazenda sendo responsvel pelos servios,

no pensa em parar quer continuar e investindo sempre para ter bons lucros.

Segundo o produtor que coleta leite na regio de Amorinpolis e Ipor a 13

anos, Odival Honorato da Silveira mora na cidade de Ipor, ele compra o leite

quente dos produtores da regio o leite resfriado em seu tanque que fica instalado

na fazenda de seu irmo prximo a cidade de Amorinpolis. O leite resfriado

vendido para o laticnio Centro Oeste. De acordo com Odival um mercado bastante

disputado, pois tem vrios compradores nesta regio, nenhum dos pequenos

fornecedores dele no pensa em comprar um tanque de expanso por que fornecem

pouco leite por dia e no compensa fazer este investimento caro para pouco leite,

so 22 produtores que entregam 2.100 mil litros por dia, ele coleta o leite em lates

tem um funcionrio que ajuda nesta atividade diria, todas as fazendas dos

produtores so bem prximas uma das outras. Ele compra o leite quente de R$ 0,76

centavos o litro e recebe do laticnio R$ 0,91 todo dinheiro depositado na sua

conta bancria e ele paga seus fornecedores a renda minha satisfatria, segundo

ainda o preo do leite quente e do resfriado variam durante os meses do ano, ocorre

sempre uma queda no perodo chuvoso aonde o leite aumenta bastante sem

concorrncia o preo um pouco, mas baixo, os preos alto sempre so pagos no

perodo da seca com a queda de produo o leite tem mas valor e os preos so

melhores.

36

CONSIDERAE FINAIS

O fundamento desta pesquisa foi compreender como se iniciou a

atividade pecuarista bovino no Brasil e como aconteceu o processo de

industrializao do leite e derivados no pas e no Municpio de Ipor localizado no

Estado de Gois.

Pode-se analisar que a pecuria est no Brasil desde o perodo colonial

embora sendo uma atividade secundria que dava suporte a outras atividades como

o plantio da cana de acar a pecuria desenvolveu-se rapidamente por todo o

territrio brasileiro.

A partir da expanso da pecuria surgiram atividades secundrias a

criao do gado como o investimento na comercializao do leite e seus derivados

levando em considerao o avano tecnolgico das indstrias de laticnios que ao

longo dos anos foram se aprimorando cada vez mais e contribuindo para economia

no sentido de gerar impostos, empregos e alimentos de qualidade.

Atualmente as grandes indstrias de laticnios, apesar da crise em

algumas, tem investido cada vez mais em produo do leite longa vida e produtos

derivados, propagandas, em embalagens modernas tudo pensando em atrair o

consumidor que apesar do preo elevado termina por adquirir o produto.

Portanto pde-se analisar tambm que no Municpio de Ipor localizado

no oeste goiano, onde ocorreu pesquisa campo, percebeu-se a importncia das

indstrias de laticnios e tambm a comercializao informal do leite para economia

iporaense, pois cidade conta com boa parte da renda do leite para a movimentao

do comrcio, sendo que na regio existem diversos produtores rurais que

desenvolvem a atividade leiteira em conjunto com os laticnios.

37

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

._____________ Boa Experincia no Centro-Oeste. In: Incentivo para um leite

melhor. Revista PRODUTOR LBR. N. 03 p. 23maio 2011.

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03 p.27 maio 2011.

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Incentivo para um leite melhor. Revista PRODUTOR LBR. N. 03 p. 23maio 2011.

_____________ RUBEZ, Jorge apud Cenrio bom, mas pode melhorar. Revista

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39

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RUBEZ, Jorge. O fim da era Parmalat? Jan. 2004. www.leite.brasil.org.br Acesso em

20 out. 2011.

http://www.milkpoint.com.br/

40

ANEXOS

41

Posto de resfriamento de leite Laticnio Vida

Diretor: Moacir Araujo Leite

Oliveira: Quanto tempo est na regio?

R. Estamos em Ipor a 6 anos, coletando leite aqui em Ipor e toda regio.

Oliveira: Quantos produtores de leite o laticnio tem atualmente? E quantos litros por

dia so entregue?

R. 150 fornecedores que entregam 105 mil litros de leite por dia.

Oliveira: Quais produtos fabricam no laticnio?

R. Apenas mussarela

Oliveira: Qual o valor do preo do leite entregue pelo produtor?

R. O preo do leite sai at 0,94 (noventa e quatro centavos).

Oliveira: Qual a poltica de preo adotada do laticnio para o pagamento de seus

fornecedores de leite?

R. Aquele produtor que entrega seu leite com boa qualidade ter o maior preo pago

ao ms e tambm os que entregam um maior volume de leite.

Oliveira: Quantos funcionrios o laticnio tem hoje?

R. 115 funcionrios todos so de Ipor 20 da cidade de Amorinpolis.

Oliveira: Para onde os produtos so vendidos?

R. Nossa mussarela vendida para So Paulo.

42

Posto de resfriamento de leite CENTRO OESTE

Gerente de Campo: Maxuel Alves de Souza


R. J esta h, mas de 17 anos no mercado, coleta leite aqui em Ipor e toda regio.


dia so entregue?

R. 85 fornecedores que entregam. Entregam 23 mil litros de leite por dia.


R. A mussarela e o queijo prato.


R. O preo do leite pago at 0,91 (noventa e um centavos).



R. Recebem o maior valor pago ao nosso laticnio e aqueles que entregam o leite

com qualidade e o maior volume de leite.


R. 63 funcionrios sendo 03 da cidade de Ipor.


R. So vendidos para o estado So Paulo Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do

Norte e Cear

43

Posto de resfriamento de leite LACTOFORTE

Diretora: Snia Bueno


R. Estamos h 04 anos no mercado, coleta leite aqui em Ipor e toda regio.


dia so entregue?



R. Apenas resfriamos o leite coletado aqui e destinado a fbrica da Italac em Santa

Helena em Gois aonde so fabricado o longa vida e os derivados do leite .


R. O preo do leite pago at 0,90 (noventa centavos).



R. Todos meus produtores que entregam o leite com qualidade recebem este valor,

aqueles que fornecem o leite dentro dos padres da empresa recebem at menos.


R. 04 funcionrios diretos e 08 indiretamente, sendo 06 da cidade de Ipor e 02 da

cidade de Santa Helena.


R. So vendidos para o estado Gois, Minas Gerais e outros.

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Cooperativa dos produtores de leite COOPROL de Ipor GO

Presidente: Jos Carlos


R. A cooperativa foi fundada em maio de 2010.


dia so entregue?

R. 85 fornecedores. Entregam 35 mil litros de leite por dia.

Oliveira: Quais produtos so fabricados com o leite entregue no laticnio?

R. O leite coletado nas propriedades rurais pelos caminhes do laticnios LBR

destinado a fbrica em So Luis de Montes Belos em Gois aonde so fabricado o

longa vida e os derivados do leite .


R. O preo do leite pago de 0,94 (noventa e quatro centavos).



R. Todos nossos produtores que entregam o leite com qualidade recebem o mesmo

valor.

Oliveira: Quantos funcionrios a Cooperativa tem hoje?

R. A cooperativa gera empregos indiretamente pois o laticnios LBR teve que

aumentar seu quadro de funcionrios para a coleta e recebimentos do leite dentro do

laticnios.

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Posto de resfriamento de leite LEITBOM

Diretora: Antonio


R. Estamos h, mas 30 anos no mercado, coleta leite aqui em Ipor e toda regio.


dia so entregue?



R. Apenas resfriamos o leite coletado aqui e destinado a fbrica em So Luis de

Montes Belos de Gois aonde so fabricado o longa vida e os derivados do leite .


R. O preo do leite pago at 0,94 (noventa centavos).



R. Os produtores que entregam o leite com qualidade recebem este valor, e tambm

distancia entre o laticnio e a fazenda do produtor quanto maior a distancia ser um

pouco menor o preo do leite pago no ms.


R. 04 funcionrios diretos e 10 indiretamente, todos da cidade de Ipor.


R. Para todo Brasil

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Leiteiro informal.

Nome: Osvaldo de Carvalho Borges.

Oliveira Alm da entrega de leite, tem outra fonte de renda?

( X ) Sim ( ) No Oliveira H quanto tempo trabalha com a entrega do leite in natura?

( ) menos de 1 ano ( ) entre 1 e 5 anos ( ) mais de 5 anos ( X ) mais de 10 anos. Oliveira O que levou a iniciar esse de trabalho? ( ) falta de opo ( ) por gosta ( X ) por ter algum gado ( ) no sei Oliveira Quantas vacas leiteiras? 12 Vacas Oliveira Qual horrio que voc comea e o horrio que termina a entrega do leite? Eu comeo a ordenha as 5 hs da manh e comeo a fornecer o leite as 7h30 e termino a entregue as 10h30. Oliveira Quantos litros de leite voc entrega diariamente?

( X )100 Lts ( ) 150 Lts ( ) 200 Lts ( ) 250 Lts Oliveira Dentre todos os seus anos de profisso, em qual ano o preo do leite foi

melhor?

R. O ltimo ano o preo do leite melhorou muito, os meses que ganho mas dinheiro na poca da seca o preo do litro do leite fica mas alto. Oliveira Qual o valor do preo por litro de leite? R. R$1,25

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Produtor de leite

Nome: Jos Pedro

Oliveira Produtor em qual regio? E a quantos anos esta nesta atividade?

R. Ipor. Estou h 15 anos e gosto muito do que fao.

Oliveira Quantas vacas leiteiras voc tem em sua fazenda? E quantos litros por dia

fornece?

R. 23 vacas em lactao. Forneo 300 litros todo dia.

Oliveira Quantas pessoas dependem da renda do leite?

R. 4 pessoas (eu, minha esposa, meus dois filhos)

Oliveira Quantos funcionrios trabalham na sua propriedade rural?

R. No tenho nenhum funcionrio, minha famlia me ajuda nos servios na hora da

ordenha e tambm no trato dos animais, assim ajuda a diminuir custos.

Oliveira Utiliza tanque de expanso direta? Qual a vantagem?

R. Sim tenho h 10 anos foi um investimento dentro da minha fazenda, tem a

capacidade de 1.000 litros. O leite entregue frio tem muito mais valor e me ajuda

tambm com a higienizao garantindo uma boa qualidade e garante fcil

comercializao.

Oliveira Qual laticnio voc entrega seu leite atualmente? Qual o preo pago por

litro?

R. Laticnio Vida. Recebo 0,94 centavos o melhor preo pago no perodo da seca

do ano, e com os pastos secos aumenta os custos, pois tenho que tratar do meu

gado para no cair muito a produo diria de leite.

Oliveira Quanto sua renda mensal aproximadamente?

R. R$8.000 reais, fao todas as despesas da minha casa da minha casa e da

minha fazenda e me resta uma boa quantia.

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Produtor de leite

Nome: Vilmar de Oliveira

Oliveira Produtor em qual regio? Quantos anos esta nesta atividade?

R. Ipor minha fazenda fica prxima a cidade de Diorama, mas moro aqui na cidade

tenho uma casa aqui. 10 anos.


fornece?

R. 40 vacas em lactao. Forneo 400 litros todo dia.

Oliveira Quantas pessoas dependem da renda do leite?

R. No vivo apenas desta renda, sou tambm funcionrio pblico e minha esposa

aposentada


R. Tenho um funcionrio que responsvel pela fazenda ele mora com a famlia

dele.


R. Sim tenho foi meu grande investimento meu tanque tem capacidade para 2.000

mil litros, pois quando comecei colocava meu leite em lates de plsticos

transportava de caminhonete todo leite para fazenda de um vizinho com tanque

ajuda na higienizao e qualidade.


litro?

R. Atualmente forneo para o laticnio LBR. Recebo 0,93 centavos estou satisfeito

com o preo recebido


R. Tenho bom lucro, mas minha despesa alta, custos com minha casa com minha

fazenda, com o funcionrio que tenho na fazenda e tenho 3 filhas que estudam em

Goinia. Mas no penso em parar e sim investir.

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Produtor de leite

Nome: Odival Honorato da Silveira

Oliveira Produtor em qual regio? E h quantos anos esta nesta atividade?

R. Ipor e Amorinpolis. Eu compro leite quente e vendo para o laticnio, estou a 13

anos nesta profisso, inclusive tem muitos compradores na regio.


fornece?

R. Forneo 2.100 litros todo dia.


R. No tenho propriedade rural, moro dentro da cidade de Ipor.


R. Sim tenho. Eu tenho 22 produtores de leite que fornecem para mim o leite quente,

tenho uma caminhonete com lates de plsticos aonde coleto de fazenda em

fazenda em resfrio em meu tanque que fica instalado na fazenda de meu irmo

prxima a cidade de Amorinpolis


litro?

R. Laticnio Centro Oeste. Recebo 0,91 centavos, o preo do leite resfriado e pago

meus produtores o valor de R$ 0,76 centavos que varia nos perodos do ano, na

seca o preo , mas alto por causa da queda da produo mas em perodos

chuvoso o leite tem preo um pouco mas baixo no encontra muita concorrncia.


R. Minha renda satisfatria.

O Papel Dos Laticínios Na Economia Iporaense

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