O Papel das Instituições de Ensino Superior na · O mundo está cada dia mais aberto a...

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O Papel das Instituições de Ensino Superior na Formação de Profissionais para O Mercado Internacional Profa. Luciane Stallivieri* Resumo O objetivo do presente artigo é estabelecer algumas considerações sobre o processo de internacionalização das instituições de ensino superior brasileiras e o seu papel no desenvolvimento de competências e de habilidades dos profissionais que necessitam interagir num mercado multicultural. Estabelece-se uma retrospectiva histórica do caráter internacional das universidades desde a sua criação, na Idade Média, até o processo de integração com universidades de outros continentes, característica fortemente evidenciada no Século XXI. Por outro lado, são identificadas algumas características essenciais para a formação do perfil de profissionais que precisam transitar em diferentes ambientes multiculturais, superando barreiras geográficas, culturais e lingüísticas. O documento apóia-se em textos que trazem a posição de organismos internacionais como a UNESCO, em relação ao processo de internacionalização da educação superior, bem como de autores que discutem as tendências dos programas de mobilidade acadêmica para a qualificação da comunidade científica. Palavras-chave Internacionalização, instituições de ensino superior, mobilidade acadêmica, formação profissional. * Docente do Departamento de Letras e Assessora de Relações Internacionais da Universidade de Caxias do Sul – Vice-Presidente do Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais – FAUBAI

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O Papel das Instituições de Ensino Superior na Formação de Profissionais para O Mercado Internacional

Profa. Luciane Stallivieri*

Resumo

O objetivo do presente artigo é estabelecer algumas considerações sobre o processo de internacionalização das instituições de ensino superior brasileiras e o seu papel no desenvolvimento de competências e de habilidades dos profissionais que necessitam interagir num mercado multicultural. Estabelece-se uma retrospectiva histórica do caráter internacional das universidades desde a sua criação, na Idade Média, até o processo de integração com universidades de outros continentes, característica fortemente evidenciada no Século XXI. Por outro lado, são identificadas algumas características essenciais para a formação do perfil de profissionais que precisam transitar em diferentes ambientes multiculturais, superando barreiras geográficas, culturais e lingüísticas. O documento apóia-se em textos que trazem a posição de organismos internacionais como a UNESCO, em relação ao processo de internacionalização da educação superior, bem como de autores que discutem as tendências dos programas de mobilidade acadêmica para a qualificação da comunidade científica.

Palavras-chave

Internacionalização, instituições de ensino superior, mobilidade acadêmica, formação profissional.

* Docente do Departamento de Letras e Assessora de Relações Internacionais da Universidade de Caxias do Sul – Vice-Presidente do Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais – FAUBAI

INTRODUÇÃO

O mundo está cada dia mais aberto a interações, comunicações e

diálogos e exige novas práticas e novos instrumentos capazes de facilitar a

interlocução entre os povos, eliminando as barreiras do desconhecido.

As discussões sobre os temas relacionados à integração e seus

derivados, ou seja, globalização, mundialização tem sido cada vez mais

freqüentes devido à irreversibilidade desse processo.

As populações encontram-se num momento no qual a velocidade das

informações e a sua disponibilidade aceleram as transferências de novas

tecnologias e a criação de novos meios de comunicação que transformam o

grande planeta com suas divisões territoriais numa grande aldeia sem barreiras

geográficas e nem lingüísticas.

Vive-se num momento oportuno para refletir sobre esse processo que

sem dúvidas provoca sensíveis alterações no comportamento e nas atitudes dos

seres que habitam neste planeta.

O processo é irreversível e incontrolável diante da diversidade de níveis

onde ele ocorre. Seja nas comunicações, nas relações entre os povos, na

política internacional, no comportamento dos grandes dirigentes de países

pobres ou ricos, nas transformações econômicas que afetam desde o ocidente

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ao oriente, na educação e na formação de profissionais, enfim, o processo afeta

todos os níveis e classes sociais que aqui vivem.

O processo de integração e como ele ocorre no âmbito da educação e da

formação de profissionais, especialmente em nível superior, tem sido alvo de

discussões nos grandes fóruns de debate sobre educação superior.

Sabe-se que esses profissionais pertencem a camada mais privilegiada

da sociedade, pois formam a elite intelectual que toma as grandes decisões e

que dá novos rumos ao planeta, como por exemplo, a criação de blocos

econômicos tais como a Comunidade Européia, Nafta, Mercosul, Alca, etc.

Essa elite intelectual é, também, oriunda de centros de investigação,

institutos de pesquisa, instituições de ensino superior e universidades que tem o

compromisso com a formação das competências dos indivíduos e com o

desenvolvimento de suas habilidades como a criação de consciência crítica e a

preparação para a busca de soluções com vistas a melhores condições de vida

e de paz entre as nações.

Torna-se imperativo, diante desse quadro, repensar o papel das

universidades e instituições de ensino superior, nesse momento em que o

processo de internacionalização está tão evidente no seu dia-a-dia.

A análise que será apresentada nesse documento focalizará basicamente

dois grandes temas: primeiramente, será feita uma apreciação do panorama

histórico do processo de internacionalização do ensino superior e do processo

de integração das universidades, e num segundo momento será sinalizada a

fundamental importância e a necessidade do desenvolvimento de diferentes

habilidades e competências para os cidadãos e para os profissionais que

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buscam ou que precisam interagir num mercado mundial, dominado por

diferentes culturas.

1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

O caráter internacional das universidades está presente desde a Idade

Média com a criação das primeiras escolas européias. A formação dessas

escolas, chamadas de “universitas”, contava com professores e estudantes de

diferentes regiões e países, apresentando em sua constituição comunidades

internacionais, que se reuniam em busca de um objetivo comum: o

conhecimento.

Como o próprio nome diz, “universitas” a universidade constitui-se em um

universo cultural, que abriga a universalidade e a multiplicidade de visões de

mundo, posições filosóficas, tendências científicas e políticas, enfim, diferentes

modos de pensar dos seres humanos, oriundos de diferentes partes do planeta.

Pode-se afirmar que entre tantas colaborações trazidas no período da

Idade Média, uma das mais importantes foi o surgimento das universidades.

“Universitas”, instituições formadas por comunidades nas quais “magistri”

e estudantes de todas as partes da Europa participavam em condições de

igualdade e usufruíam, praticamente, os mesmos privilégios e direitos.

Constituídas como Comunidades Internacionais, e assim se

consideravam, as universidades, desde aquela época, propunham-se a analisar

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a universalidade do conhecimento e de todo o saber. Quer dizer, já na sua

constituição, as universidades possuíam o caráter internacional; seus estudantes

deslocavam-se de diferentes nações para tratar das questões do conhecimento,

o que contribuía para a glória e honra da universidade.

Mesmo que, nem sempre o caráter internacional garantisse a harmonia e

a paz, a presença dos estrangeiros, sem discriminação em relação aos nativos,

garantia prestígio às instituições.

Segundo Verger, em História das Universidades,

durante muito tempo, os estudantes deslocaram-se da Europa Central para as universidades italianas (Pádua, Bolonha, Siena), e, em menor escala, para as francesas (Paris, Montpellier, Órleans), desenvolvendo seus estudos, visitando sucessivamente várias universidades e colando grau durante o seu retorno.

O que gerava essa mobilidade durante a Idade Média, primeiramente, era a

busca de novos conhecimentos, de novas descobertas em diferentes partes do

continente. Mas, muito fortemente, surgia ao lado dos estudos visados, a viagem em si

– a experiência existencial, a ocasião de visita de um valor educativo próprio1.

O fenômeno da globalização da economia, característica das últimas

décadas do Século XX, sacudiu as universidades e lançou alguns novos

desafios.

Em especial no Brasil, as primeiras iniciativas datam da década de 60,

quando algumas universidades começaram a criar mecanismos para viabilizar a

qualificação do seu corpo docente, a melhoria dos serviços oferecidos pela

instituição através do aprendizado e da absorção de novas tecnologias de ponta

1 VERGER, 1996, p.48.

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e da remodelagem dos sistemas educativos, segundo os modelos europeus ou

americanos.

O que ocorria na época, basicamente era a importação de tecnologia

internacional para o fortalecimento do mercado local.

As oportunidades de formação e de treinamento no exterior receberam

um forte impulso na década de 70. As oportunidades e as possibilidades para a

qualificação através de cursos realizados no exterior, em nível de Mestrado e

Doutorado, ainda eram limitadas. No entanto, as possibilidades de financiamento

e de busca de apoio oriundo de fontes de fomento nacionais ou estrangeiras

eram relativamente abundantes. O governo brasileiro estimulava a saída de

professores para qualificação no exterior apoiando-os, especialmente com

recursos destinados para tal fim. O desenvolvimento das qualificações docentes

em nível superior era parte integrante das estratégias de modernização do país.

A crescente importância do conhecimento e a valorização do capital

intelectual dos indivíduos, a revolução da informação e dos meios de

comunicação e a responsabilidade na criação e na manutenção do

entendimento entre os povos e do espírito de solidariedade com os países

menos desenvolvidos passam a ser questões permanentemente discutidas nos

fóruns internacionais e foram claramente apresentadas na Conferência Mundial

sobre Educação Superior realizada pela UNESCO em Paris, no ano de 1998.

Esses desafios impelem a universidade a revisar e atualizar as suas

estratégias, a fim de que os seus estudantes e seus egressos passem a contar

com as competências essenciais, acadêmicas e profissionais que lhes permitam

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interagir numa sociedade cada vez mais multicultural e internacional, com

rápidas mudanças em seus sistemas.

Neste novo panorama que se apresenta, as universidades, independente

do tipo de instituição, seja ela pública, privada, confessional ou comunitária,

foram obrigadas a reconhecer que a cooperação e a integração internacional

poderia ajudá-las na realização e na viabilização de projetos de pesquisa em

conjunto, no desenvolvimento e no fortalecimento dos programas de ensino e na

criação de novos programas de extensão, de graduação e de pós-graduação.

Internacionalizar passou a significar a abertura das portas das

universidades com o objetivo de torná-las respeitadas, conhecidas e

competentes para responderem às exigências de sua comunidade, do mercado

de trabalho e das ações decorrentes do processo de integração.

As instituições passaram a encontrar nos programas de cooperação

internacional um incremento de competência no desenvolvimento de sua missão

social.

Porém, os questionamentos começaram a surgir e a incomodar os

dirigentes das instituições que quase de imediato tiveram que buscar

alternativas para acalmar as inquietudes geradas.

E foi assim surgindo uma política de cooperação internacional, como um

conjunto de ações e de instrumentos que se articulam em sinergia, com

objetivos de desenvolvimento científico, tecnológico e acadêmico e que deve

colaborar para o processo permanente de atualização científica das

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universidades através das mais diversas formas e modalidades de intercâmbios

e de programas com os centros mais desenvolvidos.

A cooperação internacional, julgada como um reflexo da realidade em

razão do avanço das comunicações e diante da necessidade de superação das

distâncias e das barreiras agora inaceitáveis aos países, passou a auxiliar as

universidades a serem melhores e mais competitivas através da definição de

políticas claras, apontando objetivos, viabilizando meios, disponibilizando

recursos, tanto humanos como materiais, e atuando com base em uma agenda

positiva para a internacionalização.

Criou-se uma política dotada de criatividade para gerar os meios e os

instrumentos necessários e adequados para atender a uma demanda que conta

com a ousadia das instituições para transformar e aproveitar ao máximo as

oportunidades que podem projetá-las no patamar de instituições mundialmente

reconhecidas.

As razões que conduzem à internacionalização tornam-se cada vez mais

claras e evidentes. Dentre elas está a integração de centros de pesquisa, o que

possibilita o acesso rápido e direto ao conhecimento gerado mundialmente com

o objetivo de estimular o desenvolvimento de regiões que produzem a sua

própria tecnologia, adequando-a a sua própria realidade.

A melhoria da qualidade dos processos produtivos e a modernização

administrativa institucional passaram a ser objetivos ambicionados. A avaliação

da própria universidade comparada às instituições de renome internacional

passa a ser elemento importante no novo panorama, pois demonstra o nível de

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qualificação e de eficiência das instituições, estimulando-as a partir em busca de

melhorias.

Outro elemento importante é o desenvolvimento do posicionamento crítico

de seus estudantes e de seus professores que após desenvolverem uma

atividade no âmbito internacional, regressam com maior capacidade de

questionar e de avaliar as práticas e os enfoques desenvolvidos na sua própria

instituição, corroborando a idéia dos benefícios da internacionalização.

E, por fim, mas não menos importante o apoio e a ampliação do

entendimento dos governos para a viabilização das ações de cooperação

internacional facilitam e geram novas iniciativas de programas em conjunto,

promovendo a elevação do nível da qualidade dos projetos de investigação e da

busca de ações de colaboração mais ambiciosas.

Com tudo isso, os programas de integração internacional deixaram de ser

mera aquisição de conhecimentos lingüísticos e culturais e passaram a ser

elementos fundamentais para o desenvolvimento e para a qualificação do setor

da educação superior. Deixa de ser um elemento periférico nas políticas de

gestão das universidades e passa a estar no bojo das discussões da

comunidade científica.

Passa-se a concluir então que para que ocorra o processo de

internacionalização de uma instituição de nível superior, algumas etapas devem

ser observadas:

§ Primeiramente, quando a comunidade universitária, liderada por

seus presidentes, reitores e diretores tiverem clareza no

entendimento de que o espaço acadêmico se estende muito mais

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do que as fronteiras da cidade, do estado ou do país onde está

localizada a instituição;

§ quando a equipe administrativa tiver o entendimento da

importância da internacionalização como vetor de expansão e de

reconhecimento do prestígio institucional;

§ quando o corpo docente passar a conquistar renome internacional

através de suas publicações, participações em congressos

científicos internacionais, e através da interação com

pesquisadores respeitados mundialmente;

§ quando seus estudantes tiverem desenvolvido a cultura da

realização de intercâmbios e de experiências internacionais e

entendido o valor que isso representa como diferencial no seu

currículo, tornando-os mais competitivos;

§ quando seus pesquisadores obtiverem recursos de fontes de

fomento estrangeiras para aplicação em projetos locais;

§ e, por fim, quando toda a comunidade científica e acadêmica de

uma instituição passar a obter excelentes classificações nos

mercados de trabalho internacionais.

Com esses elementos presentes na sua atividade diária, a universidade

passa a ser uma verdadeira fonte de diversidades culturais, vivenciando os

benefícios da verdadeira internacionalização.

2 A MOBILIDADE ACADÊMICA INTERNACIONAL

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O fenômeno da globalização da economia, característica das últimas

décadas do Século XX, sacudiu as universidades e lançou novos desafios.

Em especial, a mobilidade de estudantes, professores e de gestores

passaram a intensificar, com muita voracidade, os laços transnacionais,

estabelecendo conexões e criando redes de saber universal. Essas redes

aproximam as comunidades científicas de diferentes partes do planeta,

reforçando a premissa de que é no seio da universidade que devem ocorrer os

grandes avanços científicos e tecnológicos e a efetiva integração. Confere-se

autoridade para tomada de decisões e ouve-se a comunidade científica

universitária, pois está intrínseca na vida acadêmica a dimensão internacional

que ela deve ter.

Passos importantes, como a elaboração da Declaração de Bolonha, do

Plano de Ação de Torino, da Mensagem de Salamanca reforçaram o

posicionamento adquirido pela cooperação acadêmica internacional como uma

estratégia de ação das universidades.

Os documentos citados não só fortaleceram as experiências realizadas

pelas instituições do Velho Continente, em conformidade com o processo de

integração da Comunidade Européia, mas também deflagraram uma nova fase

do ensino superior.

... una fase de cambio estructural dentro de la cual la movilidad y la cooperación deberían facilitarse gracias a reformas que creen mayor compatibilidad entre los sistemas2.

2 HAUG, Guy. Visions of a European Future: Bologna and Beyond. 11 th EAIE Conference. Maastricht, 2 December 1999.Disponível em:http://147.83.8.29/salamanca2001/documents/commen/EUFuture.htm.

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A proposta da Declaração de Bolonha não surge isoladamente, mas sim

em resposta às profundas transformações pelas quais passa o ensino superior

europeu e que busca acima de tudo resolver problemas europeus,

especialmente o da empregabilidade de jovens graduados; a forte expansão

numérica das universidades, contribuindo a uma acirrada competição por

estudantes, fato que as universidades européias não estavam acostumadas a

lidar, e, não menos importante, o crescimento da oferta de opções,

principalmente de universidades estrangeiras, que passaram a oferecer os seus

serviços acadêmicos e a colocar suas sedes em terras estrangeiras.

Em suma, existe consenso entre os dirigentes europeus de que alguns

objetivos devem estar no âmago das preocupações das tendências do ensino

superior: a mobilidade, a conexão com o mercado de trabalho para a

empregabilidade dos jovens e a competitividade, assegurada através do controle

de qualidade estabelecido pelas agências de credenciamento internacionais.

O que ocorre com as universidades européias pode ser transposto para

as universidades de qualquer continente, pois as instituições de educação

superior precisam se fortalecer para competir melhor nos mercados mundiais.

A competitividade aumenta e o diferencial está fixando-se na

internacionalização das instituições, ou seja, no nível de excelência das

parcerias e na qualidade das oportunidades que as universidades têm a oferecer

aos seus estudantes e professores de adquirirem, durante a sua vida

acadêmica, uma experiência no exterior.

Acesso em: 03 dez. 2001.

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Um dos campos de atuação mais férteis para a cooperação acadêmica

internacional está, sem dúvidas, no investimento em sua própria comunidade,

tanto docente quanto discente e também administrativa.

Possibilitar aos seus alunos, professores e gestores a possibilidade de

partilharem de uma experiência no exterior faz com que a instituição abra as

suas portas para tornar-se conhecida, apreciada e respeitada, conquistando o

seu espaço diante do panorama nacional e internacional.

Neste novo século, percebe-se que uma tendência ao incremento dos

programas de mobilidade está se fortalecendo, a fim de que o intercâmbio entre

as diferentes comunidades acadêmicas ocorra com mais flexibilidade e com

maior expressividade.

Trechos dos principais documentos que estão norteando a mobilidade

internacional dentro da cooperação interuniversitária comprovam esse

posicionamento.

O Plano de Ação de Torino, já citado anteriormente, enfatiza “el

incremento de la movilidad de estudiantes, jóvenes investigadores, graduados,

personal académico y administradores de educación superior, especialmente

entre Europa y América Latina y el Caribe”.

Essa mobilidade dar-se-á através da difusão de informações precisas e

atrativas sobre os cursos, facilidades, bolsas, etc., e através da garantia de que

os graus e créditos obtidos no outro continente sejam reconhecidos. Prevê,

também, ações para a gestão de financiamentos em nível institucional, local,

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nacional e continental, assim como a eliminação de obstáculos que dificultem a

mobilidade acadêmica e a prática profissional dos estudantes e investigadores.

Já a Mensagem da Convenção de Salamanca traz no item II, Temas

Principais, a questão da mobilidade. Afirma que

La libre circulación de estudiantes, profesores y diplomados constituye un aspecto esencial del Espacio de la Enseñanza Superior. Las universidades europeas quieren fomentar una movilidad tanto ‘horizontal’ cuanto ‘vertical’ y no piensan que la movilidad virtual pueda remplazar la movilidad física. Tienen intención de utilizar de manera flexible y positiva los instrumentos de reconocimiento y movilidad existentes (ECTS, Convención de Lisboa, Suplemento al Diploma, Red NARIC/ENIC). Dada la importancia que se atribuye a que el profesorado adquiera experiencia europea las universidades desean eliminar los requisitos de nacionalidad y demás trabas que desalienten a seguir una carrera académica europea. Pese a todo seguirá necesitándose un enfoque común en materia de movilidad virtual y de educación transnacional.

Da mesma forma, a Declaração de Bolonha traz como conclusão mais

importante a existência de amplo consenso sobre os objetivos centrais do

processo: “movilidad, empleabilidad y competitividad”, sendo que a mobilidade

de estudantes e graduados foi muito bem-vinda de maneira unânime pelos

dirigentes que assinam o documento, juntamente com a adoção do sistema de

transferência de créditos.

A UNESCO3, por sua vez, justifica a questão, afirmando que

A mobilidade de estudantes entre instituições de diferentes nacionalidades é um aspecto da internacionalização crescente entre os países de todo tipo de relações e de populações. Os deslocamentos dos estudantes através das regiões e países são, em parte, um meio para que os jovens possam mostrar sua consciência crescente do mundo, assim como seu interesse em se preparar para viver em um mundo interdependente. Simultaneamente, os governos e

3 CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE O ENSINO SUPERIOR, 1998, Paris. Tendências de Educação Superior para o Século XXI. Paris: UNESCO/CRUB, 1998.

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os empregadores estão conscientes de que a futura população ativa deve compor-se de especialistas bem formados e atentos ao mundo, se o que se deseja é assegurar a prosperidade nos níveis nacional, regional e individual.

As instituições de ensino superior estão desenvolvendo fortes alianças na

promoção da mobilidade acadêmica internacional como forma de avançar em

direção à sociedade global do conhecimento.

Para tanto, estão envidando esforços para um trabalho conjunto que

prevê o reconhecimento de estudos, habilitações e diplomas em educação

superior, além da ação em grande escala envolvendo uma estrutura para a

transferência de créditos, com ênfase especial na cooperação Sul-Sul e Norte-

Sul.

A Declaração de Bolonha é um forte exemplo desse esforço conjunto, que

está iniciando, primeiramente, nas instituições de ensino superior européias.

Todavia, percebe-se também a iniciativa de diferentes redes de cooperação

acadêmica envolvendo universidades de outras partes do globo, que estão

incluindo na pauta de suas discussões a questão de como harmonizar os seus

currículos de forma que os estudantes possam ter os seus estudos

reconhecidos.

A Declaração de Bolonha, assim parece, servirá de alavanca para que

inúmeras outras instituições possam avaliar as suas práticas acadêmicas em

direção ao incremento da mobilidade estudantil.

A Declaração, discutida pelos Ministros de Educação Europeus de 29

países, foi assinada em 19 de junho de 1999 e surge na seqüência das

discussões provocadas pela Declaração de Sorbonne, assinada um ano antes,

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em maio de 1998. Ela representa um compromisso livremente assumido por

cada um dos países signatários de analisar uma reformulação de seus sistemas

de educação superior a fim de criar um sistema convergente na Europa.

Interessante observar que ela não se expressa como uma reforma

imposta pelos governos nem visa a uma padronização ou uniformização do

sistema de educação superior, pois o princípio da autonomia e da diversidade é

respeitado.

A Declaração de Bolonha coloca com clareza a preocupação dos

Ministros da Educação diante do momento que estamos testemunhando: a

necessidade de “as universidades européias buscarem respostas comuns para

problemas europeus comuns”; a necessidade de se estabelecer uma amplitude

nas dimensões intelectual, cultural, social, científica e tecnológica para a

formação de cidadãos preparados para enfrentar os desafios do novo milênio.

As instituições de ensino superior têm a importante missão de criar um

espaço para a educação superior, a fim de favorecer as possibilidades de

empregabilidade e a mobilidade dos cidadãos, aumentando a competitividade

internacional da educação superior européia.

Para tanto, a Declaração propõe o desenvolvimento de opções mais

compatíveis e com maior equiparação do sistema de educação superior,

tornando-as tão atrativas quanto as tradições culturais e científicas.

Em suma, para amenizar a preocupação das universidades européias

diante da perda do espaço para a educação transnacional, a forte preocupação

da declaração dos Ministros recai em voltar a conquistar o espaço uma vez

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adquirido e controlado por aquelas instituições, através da reestruturação e da

promoção de um sistema de educação flexível, atraente e ágil.

Apesar de que os problemas do hemisfério Norte sejam diferentes dos

problemas do hemisfério Sul, podemos fazer a leitura de que as universidades,

especialmente as do Sul, poderão ganhar muito com essa nova realidade. A

mobilidade que em certas épocas era difícil de se realizar, diante do

tradicionalismo europeu, pode se tornar realidade. As universidades européias,

agora, apresentam-se muito mais abertas às propostas de cooperação

internacional, principalmente no que diz respeito à recepção de estudantes

oriundos do hemisfério sul.

Prova disso pode ser verificada através da criação do sistema europeu de

transferência de créditos - ECTS – (European Community Course Credit

Transfer Sistem).

O ECTS faz parte do Programa ERASMUS (European Action Scheme for

the Mobility of University Students) e é um sistema descentralizado baseado no

princípio da confiança mútua entre instituições participantes de ensino superior,

que indica o conteúdo e a atribuição de créditos de cada uma das disciplinas

integradas no seu plano de estudo para que o sistema facilite a conversão de

notas obtidas pelos estudantes nas faculdades anfitriãs nas notas das

faculdades de origem.

De acordo com Chermann4,

4 CHERMANN, Luciane de Paula. Cooperação Internacional e Universidade – Uma Nova Cultura no Contexto da Globalização. São Paulo: EDUC, 1999, p. 49.

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“A internacionalização de milhões de universitários leva as universidades, atualmente, a melhorarem seus programas de estudo e à convalidação de títulos e carreiras. A universidade passa, cada vez mais, a se preocupar, não com um enfoque individualista da formação, mas com enfoques mais gerais. O fato de estudantes terem a oportunidade de se formarem em outros países também provoca um efeito interativo de culturas, conhecimentos e idiomas, o que é fundamental nos processos de integração.

Ter a chance de vivenciar uma outra cultura ao mesmo tempo em que se

desenvolvem os estudos de graduação, certamente, permanecerá sendo a

forma preponderante de mobilidade estudantil no nível internacional. Espera-se

que, diante dos avanços da educação superior e dos novos enfoques dados à

cooperação acadêmica, novas formas de mobilidade venham a preencher essa

lacuna, possibilitando oportunidades de educação transnacional para números

ainda maiores.

3 REFLEXOS DA INTERNACIONALIZAÇÃO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

O século XXI traz entre tantas inovações, o fortalecimento da era do

conhecimento e da informação, de imposições de um mercado tremendamente

exigente, competitivo, no qual vence quem tem o melhor capital intelectual e que

está em constante estado de vigília, sabe o que fazer com a informação e como

socializá-la.

Os profissionais desse século passam a questionar qual é afinal o perfil

que está sendo traçado para os novos profissionais de êxito? Como estar atento

a tantas modificações e incorporar as que realmente vão agir em favor da

projeção profissional no mercado nacional e internacional?

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Em primeiro lugar, é fundamental entender o que está ocorrendo no plano

da economia mundial e nos planos social e político. Entender, também, o que

significa o fortalecimento da inserção do Brasil no cenário internacional e quem

são os atores que estão construindo essa etapa da história.

A abertura dos mercados, a formação dos blocos econômicos, a livre

concorrência dos produtos, a entrada de novas tecnologias de ponta sinalizam

para interferências da vida dos cidadãos, onde a única opção de sobrevivência é

a adequação a esse novo sistema de organização da sociedade. Se não tiver

um celular e um computador, não souber navegar na Internet e não dominar

pelo menos uma língua estrangeira, é difícil permanecer competitivo.

Os constantes questionamentos por parte dos indivíduos são estimulados

pela enxurrada de informações que entram nas residências das pessoas através

dos rádios, televisores, parabólicas, Internet, sistemas de TV a cabo, jornais,

mensagens de texto no celular, etc e etc.

O questionamento parece ser reforçado: Qual é o perfil mínimo esperado

dos profissionais que atuam nesse cenário?

Conhecimento, competência e flexibilidade tornam-se palavras de ordem

para quem pretende competir com profissionais do mercado nacional e

internacional.

Segundo Sonia Regina Zorzi, o profissional para atuar no mercado

internacional deve ter duas competências básicas: a competência técnica e a

competência social. A competência técnica refere-se a conhecimentos

específicos que lhe auxiliarão no desenvolvimento de suas atividades, tais como,

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conhecimento de administração, planejamento, psicologia, comunicação,

liderança, marketing, informática, idiomas, entre outras. A competência social,

por sua vez, refere-se a habilidades que lhe favorecerão para seu crescimento e

conhecimento pessoal, ou seja, capacidade de automotivação, de relacionar-se

com as pessoas, de motivar as pessoas, de resolver conflitos, assumir

responsabilidades, aprender continuamente, ter o entendimento de diferentes

culturas, empatia, cooperativismo, pontualidade e inúmeras outras.

4 LIDERANDO ENTRE DIFERENTES CULTURAS

É inegável que grande parte do mundo está migrando para uma

sociedade cada vez mais global. Impulsionados pelas novas tecnologias da

informação e das comunicações, as empresas multinacionais tem agido de

modo agressivo para oferecer os seus produtos e serviços em todo mundo.

Ser profissional, exercer suas funções nesse clima requer o

desenvolvimento de novas habilidades e de novas idéias que possam melhorar

o desempenho nos ambientes transnacionais.

Atuar num ambiente cruzando fronteiras culturais, lingüísticas e

geográficas é um trabalho árduo. Pesquisas revelam que cerca de 20 a 50 por

cento dos executivos americanos fracassam quando são designados para atuar

fora do seu país de origem. O custo desse fracasso é muito alto para o mercado

e não mede o impacto sobre as famílias e sobre as suas carreiras.

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Por outro lado, são milhares de pessoas que, todos os dias, vão trabalhar

em países no mundo todo, ou que sonham com essa possibilidade. Cruzam

fronteiras geográficas e lingüísticas com facilidade. Estabelecem novas alianças,

fazem novos amigos e obtém resultados que superam as diferenças culturais

entre eles e com quem estão negociando.

Mas, por que alguns profissionais são tão bem sucedidos, enquanto

outros fracassam? Especialmente, que combinação de habilidade e de

conhecimentos são necessários para o sucesso profissional através de

fronteiras? Como vivem esses profissionais? O que lhes mantém ativos fora de

seus países de origem? Como essas habilidades podem ser identificadas,

aprendidas e transferidas? E como podem contribuir para estabelecer alianças

capazes de responder ao ambiente externo sujeito à mudanças tão rápidas?

Primeiro: faz-se uma rápida observação e percebe-se que o conceito de

liderança está cheio de significados culturais.

Para ser eficaz na globalização emergente, o profissional precisa ter

consciência da imensa diferença existente entre as pessoas e as situações

multiculturais e tem que ser sensível a elas.

Com isso, quer-se dizer que ter consciência além do que às diferenças de

idiomas, costumes e valores, já importantes em si mesmas, trazem. Identifica-se

a capacidade de encontrar a complementaridade e a síntese de pontos de vista

radicalmente diferentes e aceitar as perspectivas e valores de outras pessoas.

Essa habilidade pode ser aplicada universalmente de muitas maneiras.

Ela é necessária em situações em que há reuniões de pessoas de várias

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culturas, mas também em situações em que pontos de vista divergentes são

geralmente expressos ou realizados no ambiente de negócios, política ou de

governo. É preciso colocar a própria cultura de lado e estar disposto a aceitar

aquilo que vai encontrar, é claro, sem ignorar ou perder as suas raízes culturais.

Em suma, trata-se de não olhar para uma cultura como sendo superior a outra;

elas são apenas diferentes.

Tem-se, por exemplo, o caso de estudantes e intercâmbio que fracassam

em suas experiências internacionais por não terem conseguido sobreviver, por

um período temporário de suas vidas, tendo que substituir hábitos que

mantinham em seus países de origem em favor de outras atividades que lhes

são desconhecidas e, portanto, estranhas.

Para poder entender a cultura do outro, é fundamental que eu conheça e

entenda bem a cultura de meu próprio país e como ela é vista pelos outros

povos. Um exemplo clássico é a questão da pontualidade, visto que essa não é

uma das virtudes de alguns povos em relação a outros.

Ainda que o profissional não trabalhe diretamente com o ambiente

internacional, é necessário conciliar essas diferenças e assumir uma perspectiva

global que transcenda as fronteiras bairristas.

Os profissionais mais eficazes parecem exibir um maior grau de

versatilidade e de flexibilidade que lhes possibilita adaptar seu comportamento

às demandas inconstantes, inesperadas e contraditórias.

Diante disso, conclui-se que os novos profissionais serão cada vez mais

complexos. Os sinais disso são perceptíveis, pois quanto à dimensão, eles estão

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se tornando cada vez mais multiculturais e globais. A comunidade científica, por

exemplo, é estimulada a conviver com docentes e pesquisadores de diferentes

partes do mundo. Russos, cubanos, americanos, europeus dividem o mesmo

espaço acadêmico em nome da ciência. Situação que se opõe totalmente ao

conforto do campo de atuação nacional.

O lema é: compreender o novo paradigma dos ambientes

internacionalizados para poder estabelecer pontes entre as culturas a fim de que

as tarefas sejam executadas com sucesso e que se avance nos programas de

integração.

Como conseqüência, os profissionais que atuam nas universidades, nas

instituições de ensino superior ou nas empresas poderão interagir e funcionar

melhor am ambientes multiculturais globais e poderão vencer desafios de um

mundo complexo que passa por constantes inovações.

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CONCLUSÃO

São várias as conclusões que se pode chegar, após as análises que

foram feitas em relação aos dois grandes eixos aqui tratados: o da importância

do processo de internacionalização para a sobrevivência das instituições de

ensino superior e o da importância da qualificação dos profissionais para

atuarem nesse mercado multicultural.

Do primeiro tema entende-se que as universidades estão cientes da

importância de seu papel para a formação de cidadãos preparados e

competentes para atuarem nos mercados globalizados. Elas só conseguirão

isso, se estiverem dispostas a abrir as suas estruturas, buscar parcerias

adequadas e investir nos projetos de internacionalização de seus currículos, na

sua comunidade científica, oportunizando-lhes experiências transnacionais.

Do segundo tema conclui-se que é o papel dos profissionais do mercado

mundial estarem atentos e em constante busca de qualificação para estarem

preparados para as mudanças da sociedade global; uma sociedade exigente,

que demanda novas competências e novas habilidades desse cidadão que nela

atua.

Após a instalação das novas políticas de cooperação, as instituições

precisam responder aos desafios impostos pela internacionalização e pela

globalização da economia, através do desenvolvimento de ações propícias à

ampliação de oportunidades, de parcerias e de projetos interinstitucionais

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internacionais, da divulgação contínua de possibilidades, bem como de uma

nova leitura dos procedimentos e das rotinas exigidas que muitas vezes se

constituem nos maiores entraves às iniciativas de cooperação internacional.

Porém, mesmo diante de toda essa nova orientação, as universidades

brasileiras ainda continuam a ser mais usuárias da cooperação do que agentes.

Elas possuem estruturas organizadas e definidas, tanto nas grades curriculares

de graduação, como nos programas de pós-graduação e de pesquisa, porém

ainda não reconhecem o seu potencial de interação com as renomadas

instituições estrangeiras.

É fundamental que as universidades ouçam o apelo das suas

comunidades, pois é a elas que os cidadãos recorrem quando vivenciam a

necessidade de atingirem patamares mais levados de qualificação.

Cooperar para poder competir em níveis de igualdade de condições para

o enfrentamento dos mercados transnacionais. É atribuição de todos os setores,

agir em parceria, com políticas e estratégias de internacionalização claras e bem

definidas, com o desenvolvimento de atitudes favoráveis de ambas as partes,

tanto da comunidade como das universidades, em direção a internacionalização

das suas unidades e de seus indivíduos.

Nessa perspectiva, ganha a comunidade, ganham os indivíduos, ganham

as nações, pois os povos que agirem em colaboração estarão visando ao

desenvolvimento mútuo, estarão reconhecendo as diferenças do outro e

aceitando-as com base nos conceitos de tolerância e solidariedade, tão

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necessários para a manutenção da paz mundial, contribuindo de maneira

positiva para a definição dos novos caminhos que percorrerá a humanidade.

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