O PAPEL DA EMBRAPA NA CONSERVAÇÃO DO PANTANAL · restante do Brasil, era um ilustre desconhecido....

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1 EMBRAPA PANTANAL: 25 ANOS DE PESQUISAS EM PROL DA CONSERVAÇÃO DO PANTANAL ANDRÉ STEFFENS MORAES 1 , EMIKO K. DE RESENDE 2 , CRISTINA APARECIDA G. RODRIGUES 3 , RODINEY DE ARRUDA MAURO 4 , SÉRGIO GALDINO 5 , MÁRCIA DIVINA DE OLIVEIRA 6 , SANDRA MARA A. CRISPIM 7 , LUIZ MARQUES VIEIRA 8 , BALBINA MARIA A. SORIANO 9 , URBANO GOMES P. DE ABREU 10 , GUILHERME DE MIRANDA MOURÃO 11 RESUMO: A Embrapa Pantanal, implantada em Corumbá, MS, em 1975, tinha como missão desenvolver e adaptar tecnologias para a pecuária de corte do Pantanal, principal atividade econômica da região. Atualmente, sua missão é viabilizar soluções tecnológicas para o desenvolvimento sustentável do agronegócio do Pantanal, por meio da geração, adaptação e transferência de conhecimentos e tecnologias, em benefício da sociedade. Para o alcance dessa missão conta com uma equipe multidisciplinar de pesquisadores e infra-estrutura de pesquisa adequada. Pode-se considerar hoje, graças ao grande esforço de pesquisas dos últimos 25 anos, que é a maior detentora de conhecimentos sobre a região. Vem, assim, promovendo o desenvolvimento econômico, social e cultural do Pantanal com respeito ambiental e para o benefício da sociedade. Os resultados do seu trabalho visam tanto ao desenvolvimento de tecnologias ambientalmente positivas (produtos, tecnologias e serviços) e a valorização dos princípios de preservação e conservação do meio natural e da fauna e flora da região, 1 M.Sc. Economia Rural, Pesquisador, Embrapa Pantanal. Rua 21 de Setembro, 1.880 – 79320-900, Corumbá-MS. Caixa Postal 109. Correio eletrônico: [email protected] 2 Dra. Oceanografia Biológica. Pesquisadora. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected] 3 Dra. Agronomia. Pesquisadora. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected] 4 Dr. Manejo de Fauna. Pesquisador. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected] 5 M.Sc. Hidrologia. Pesquisador. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected] 6 M.Sc. Limnologia. Pesquisadora. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected] 7 M.Sc. Pastagens. Pesquisadora. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected] 8 Dr. Ecologia. Pesquisador. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected] 9 M.Sc. Climatologia. Pesquisadora. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected] 10 M.Sc. Melhoramento Animal. Pesquisador. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected] 11 Dr. Manejo de Fauna. Pesquisador. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected]

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EMBRAPA PANTANAL: 25 ANOS DE PESQUISAS EM PROL DA

CONSERVAÇÃO DO PANTANAL

ANDRÉ STEFFENS MORAES1, EMIKO K. DE RESENDE2, CRISTINA

APARECIDA G. RODRIGUES3, RODINEY DE ARRUDA MAURO4, SÉRGIO

GALDINO5, MÁRCIA DIVINA DE OLIVEIRA6, SANDRA MARA A. CRISPIM7,

LUIZ MARQUES VIEIRA8, BALBINA MARIA A. SORIANO9, URBANO GOMES

P. DE ABREU10, GUILHERME DE MIRANDA MOURÃO11

RESUMO: A Embrapa Pantanal, implantada em Corumbá, MS, em 1975, tinha como

missão desenvolver e adaptar tecnologias para a pecuária de corte do Pantanal, principal

atividade econômica da região. Atualmente, sua missão é viabilizar soluções

tecnológicas para o desenvolvimento sustentável do agronegócio do Pantanal, por meio

da geração, adaptação e transferência de conhecimentos e tecnologias, em benefício da

sociedade. Para o alcance dessa missão conta com uma equipe multidisciplinar de

pesquisadores e infra-estrutura de pesquisa adequada. Pode-se considerar hoje, graças

ao grande esforço de pesquisas dos últimos 25 anos, que é a maior detentora de

conhecimentos sobre a região. Vem, assim, promovendo o desenvolvimento econômico,

social e cultural do Pantanal com respeito ambiental e para o benefício da sociedade. Os

resultados do seu trabalho visam tanto ao desenvolvimento de tecnologias

ambientalmente positivas (produtos, tecnologias e serviços) e a valorização dos

princípios de preservação e conservação do meio natural e da fauna e flora da região,

1 M.Sc. Economia Rural, Pesquisador, Embrapa Pantanal. Rua 21 de Setembro, 1.880 – 79320-900,

Corumbá-MS. Caixa Postal 109. Correio eletrônico: [email protected] Dra. Oceanografia Biológica. Pesquisadora. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico:

[email protected] Dra. Agronomia. Pesquisadora. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected] Dr. Manejo de Fauna. Pesquisador. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected] M.Sc. Hidrologia. Pesquisador. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected] M.Sc. Limnologia. Pesquisadora. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected] M.Sc. Pastagens. Pesquisadora. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected] Dr. Ecologia. Pesquisador. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected] M.Sc. Climatologia. Pesquisadora. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected] M.Sc. Melhoramento Animal. Pesquisador. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico:

[email protected] Dr. Manejo de Fauna. Pesquisador. Embrapa Pantanal. Correio eletrônico: [email protected]

III Simpósio sobre Recursos Naturais e Sócio-econômicos do Pantanal Os Desafios do Novo Milênio De 27 a 30 de Novembro de 2000 - Corumbá-MS

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quanto ao desenvolvimento do ser humano (projetos de comunicação e educação

ambiental, adoção de valores ambientais pelos indivíduos e comunidade etc.). Por sua

atuação, a Embrapa Pantanal é hoje uma Instituição de referência sobre o Pantanal,

reconhecida pela excelência técnico-científica e pela qualidade de suas contribuições

apresentadas à sociedade.

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EMBRAPA PANTANAL: 25 YEARS OF RESEARCH IN BEHALF OF THE

PANTANAL CONSERVATION

ABSTRACT: Embrapa Pantanal, implanted in Corumbá, MS, in 1975, had an initial

mission to develop and adapt technologies for the beef cattle production system of the

Pantanal, the main economic activity of the region. Currently, its mission is to make

technological solutions viable for the sustainable development of the Pantanal

agribusiness, by generating, adapting and transferring knowledge and technologies to

benefit the whole society. To reach this mission it counts with a team of

multidisciplinary researchers and adequate research infrastructure. It can be considered

today, due to great research efforts on the last 25 years, as the main information

resource on the region. Embrapa Pantanal promotes economic, social and cultural

development of the Pantanal with environmental respect on the behalf of society. The

results of its work aim to the development of environmental friendly technologies

(products, technologies and services) and the valorization of nature, fauna and flora

preservation and conservation in the region, as well as the development of human

beings (projects in communication and environmental education, adoption of

environmental values for the individuals and community etc.). Due to its performance,

Embrapa Pantanal is today an Institution of reference on the Pantanal, recognized for its

technical-scientific excellence and the quality of its contributions presented to the

society.

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INTRODUÇÃO

Programas de preservação e conservação de recursos naturais são eficientes

quando o trinômio conhecimento, conscientização popular e controle ocorrem

simultaneamente, cabendo a várias instituições o desenvolvimento de cada um desses

aspectos.

A Embrapa Pantanal, implantada em Corumbá, MS, em 1975 como unidade de

execução de pesquisa de âmbito estadual, tinha como missão desenvolver e adaptar

tecnologias para a pecuária de corte do Pantanal, principal atividade econômica da

região. A percepção da complexidade dos ecossistemas pantaneiros e de suas

peculiaridades socioeconômicas levou à transformação dessa unidade em Centro de

Pesquisa Agropecuária do Pantanal, em 1984. Em 1986, foi formulado o Programa

Nacional de Pesquisas para o Pantanal, com a missão de gerar informações sobre os

recursos naturais e para promover o ecodesenvolvimento da região, que na época

significava o que é hoje o desenvolvimento sustentável. É importante salientar que

nessa época o conhecimento científico da região era mínimo e o Pantanal, para o

restante do Brasil, era um ilustre desconhecido.

Para o alcance dessa missão, o Centro passou a contar com uma equipe

multidisciplinar composta de engenheiros-agrônomos, médicos-veterinários, biólogos,

zootecnistas, meteorologistas, hidrólogos, matemáticos, economistas e estatísticos. Hoje

pode-se considerar que a Embrapa Pantanal, graças a esse grande esforço, é a maior

detentora de conhecimentos sobre a região. Faz parte da sua infra-estrutura uma área

rural na sub-região da Nhecolândia, a Fazenda Nhumirim, com cerca de quatro mil

hectares. Conta com o melhor herbário de plantas do Pantanal, com 19.000 exsicatas e

1.800 espécies identificadas, uma coleção de referências de peixes e vertebrados dessa

região e dezenas de publicações importantes. Tem como diretriz norteadora de suas

atividades a prospeção de demandas dos diferentes usuários de suas informações e

tecnologias e está, atualmente, em plena implantação do seu segundo Plano Diretor,

cuja missão é viabilizar soluções tecnológicas para o desenvolvimento sustentável do

agronegócio do Pantanal, por meio da geração, adaptação e transferência de

conhecimentos e tecnologias, em benefício da sociedade.

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O presente documento procura mostrar que a Embrapa Pantanal vem

promovendo o desenvolvimento econômico, social e cultural do Pantanal com respeito

ambiental e para o benefício da sociedade.

Os grandes temas de pesquisa desenvolvidos pela Embrapa Pantanal são: flora,

fauna, recursos pesqueiros, recursos hídricos, pecuária, aspectos socioeconômicos e

impactos ambientais. A divulgação e transferência dos produtos e serviços produzidos

pelo Centro é de responsabilidade de um setor, que trata de Comunicação e Negócios.

OBJETIVOS

As pesquisas da Embrapa Pantanal estão orientadas para gerar informações e

tecnologias para preservação e conservação dos recursos naturais (flora, fauna, solos,

água etc.), considerando, entre outros aspectos, a interação existente entre a planície

pantaneira e os planaltos circundantes, numa visão de conjunto, pois até a presente data,

as grandes ameaças à integridade do Pantanal originam-se nos planaltos circundantes.

As pesquisas voltadas para o aumento da produtividade ou da lucratividade dos sistemas

produtivos também não perdem essa visão conservacionista, sendo geradas ou

adaptadas tecnologias e informações compatíveis com a conservação ambiental.

Especificamente, esses objetivos são:

Gerar e disponibilizar à sociedade informações e tecnologias sobre os

ecossistemas do Pantanal e seu uso sustentável.

Desenvolver estudos para caracterizar a estrutura, funcionamento e dinâmica de

ecossistemas pantaneiros.

Gerar ou adaptar tecnologias e informações para o aumento da produtividade da

pecuária, compatíveis com a conservação ambiental.

Gerar ou adaptar tecnologias ou informações para o aproveitamento sustentável

da ictiofauna e para o desenvolvimento de sistemas de produção de espécies

nativas.

Desenvolver sistemas de produção com base nos recursos florísticos e

faunísticos da região.

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Gerar e/ou adaptar tecnologias e informações que contribuam para a

conservação e recuperação de hábitats ou ecossistemas degradados por

processos antrópicos.

Gerar informações e conhecimentos para a implementação do ecoturismo em

consonância com a conservação dos recursos naturais do Pantanal.

Promover e fortalecer ações de parceria com organizações que atuem ou que

tenham interesse no desenvolvimento e conservação do Pantanal.

Subsidiar órgãos governamentais com informações adequadas à formulação de

políticas de desenvolvimento do Pantanal, respeitando a conservação do meio

ambiente.

MATERIAL E MÉTODOS

Foi feito um levantamento de todas as tecnologias geradas pela Embrapa

Pantanal desde sua criação em 1975, sendo as principais selecionadas e descritas, por

área de pesquisa.

RESULTADOS

A - O Pantanal – Patrimônio Nacional

O Pantanal Mato-Grossense é considerado a maior planície neotropical

inundável do mundo. A área pertencente ao Brasil, com 138.183 km2, está dentro dos

Estados de Mato Grosso (35,5%) e Mato Grosso do Sul (65,5%). O Pantanal é o

resultado da influência das regiões fitogeográficas da Amazônia, ao norte; dos Cerrados,

a leste; do Chaco, a oeste e, da Mata Atlântica, a sudeste. Trata-se, portanto, de um

conjunto de vários ecossistemas. Ainda está em processo de formação, isto é, de

sedimentação (quaternária), proveniente dos rios da Bacia do Alto Paraguai.

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O Pantanal está dividido em onze sub-regiões, definidas com base nos critérios

de regime hídrico, relevo, fitofisionomias e textura do solo. Notam-se diferenças

climáticas de uma sub-região para outra, do ponto de vista da intensidade e da

distribuição de chuva e temperatura. Observam-se também cheias de diferentes

proporções, variáveis de ano para ano e dentro dos anos (anuais e plurianuais), embora

seja possível identificar uma sazonalidade geral: começo das chuvas, em outubro, cheia,

do início de fevereiro a fim de maio e, seca, em julho e agosto.

No Pantanal o clima é tropical, com precipitação média anual variando entre 800

a 1.200 mm. Apresenta dois períodos distintos: chuvoso (outubro a março), quando

ocorre cerca de 80% do total anual das chuvas e seco (abril a setembro). O trimestre

mais chuvoso compreende os meses de dezembro a fevereiro, sendo o mês janeiro o de

maior índice pluvial e, o mês de julho, o mais seco. A temperatura média anual do ar é

de 25,5ºC, com média das mínimas de 20ºC, nos meses de inverno e média das

máximas de 32ºC, no verão. A umidade relativa média anual é 82%, oscilando de 75% a

86%, com valores acima de 80% de dezembro a julho e, nos meses restantes, girando

em torno de 75%.

Cerca de 92% dos solos do Pantanal Mato-Grossense são hidromórficos, com

textura predominantemente arenosa (65,8%), de baixa fertilidade. A altitude média da

planície pantaneira é de 120 m, variando de 80 a 150 m, e a declividade é de 2,5 a 5,0

cm/km de norte a sul e, de 10 a 20 cm/km, de leste a oeste. A pequena declividade

associada ao tipo de relevo e à variação na distribuição das chuvas, ao nível do lençol

freático (muito elevado) e à textura arenosa do solo, condicionam o regime das cheias

no Pantanal. De 33% a 50% da área do Pantanal apresenta inundação fluvial e o

restante é alagado por chuvas.

A diversidade de flora e composição fisionômica dos ecossistemas do Pantanal,

determinadas pelo conjunto de sua geologia, geomorfologia e hidrologia, proporcionou

uma grande variedade de hábitats, capazes de suportar uma fauna igualmente variada e

abundante. A riqueza florística da região é um recurso natural imenso, sendo a base da

criação extensiva de gado (pastagens nativas) e da alimentação de animais silvestres,

além de constituir um banco genético de espécies forrageiras, medicinais, apícolas,

madeireiras e ornamentais a serem racionalmente exploradas. O Pantanal é notável pela

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riqueza e abundância de fauna silvestre e muitas espécies apresentam perspectivas para

utilização, desde a extração para produção de alimento até como recurso cênico,

apoiando o turismo crescente na região.

As principais atividades econômicas desse ecossistema são a bovinocultura de

corte, a pesca, a mineração e o turismo. Há grande compatibilidade entre a

bovinocultura de corte e a preservação do Pantanal. Até o momento, apesar da

intensificação do desmatamento de áreas críticas para implantação de pastagens, o

Pantanal permanece com suas características originais, graças, em grande parte, à

exploração da pecuária de forma ambientalmente positiva.

Até a presente data, as grandes ameaças à integridade do Pantanal originam-se

nos planaltos circundantes: aceleração dos processos erosivos (com a conseqüente

entrada de sedimentos e assoreamento de rios) e a contaminação dos rios com

agrotóxicos (da agricultura) e mercúrio (da extração do ouro).

O amplo espectro vegetacional do Pantanal, com suas fitofisionomias e suas

formações, muitas vezes bem próximas umas das outras, forma um mosaico decorrente

da posição geográfica, condições de fertilidade de solo, profundidade do lençol freático,

regime hidrológico e regime pluviométrico. Assim, ao se estudar determinado aspecto

ecológico e/ou econômico, relacionado, por exemplo, com a agropecuária ou o

aproveitamento da fauna silvestre, deve-se ter em mente que determinado resultado

pode não ser extrapolado para outra área do Pantanal. Daí a importância da divisão

deste em sub-regiões e do estudo de cada uma delas como área com características

próprias.

B - Pecuária de Corte – Base para o Desenvolvimento Sustentável do Pantanal

O bovino pantaneiro, também denominado “Tucura” ou “Cuiabano”,

descendente do gado europeu, inicialmente introduzido pelos colonizadores,

desempenhou, até o início deste século, papel preponderante na economia das regiões

inundadas do Pantanal. Por meio de longo processo de seleção natural, adquiriu

características adaptativas de grande rusticidade o que permitiu a sua sobrevivência em

condições adversas. Esses animais foram, a partir do século XX, sendo cruzados de

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forma absorvente com raças zebuínas, causando diminuição progressiva do seu rebanho,

sem nenhum plano sistemático de melhoramento. O remanescente original da pecuária

pantaneira, atualmente, encontra-se em processo de extinção. Visando à conservação

desse material genético, a Embrapa Pantanal implantou um Núcleo de Conservação na

Fazenda Nhumirim, sub-região da Nhecolândia, Corumbá, MS. Nesse núcleo são

realizados trabalhos de conservação e melhoramento da raça, com pesquisas nas áreas

de reprodução, nutrição, sanidade, genética e seleção.

A pecuária é a principal atividade econômica da região: com um rebanho de

cerca de 3 milhões de cabeças produz uma receita bruta de, aproximadamente, 90

milhões de dólares anuais, sendo a raça Nelore a que forma a grande maioria dos

rebanhos regionais.

O sistema de produção é extensivo, com os animais recebendo poucos cuidados

e sendo mantidos quase que, exclusivamente, de pastagens nativas de baixa qualidade e

com marcada sazonalidade. É desenvolvido em grandes propriedades (12% com área

igual ou superior a 10 mil ha, correspondendo a 56% da área total) e apresenta baixos

índices de produtividade: idade à primeira cria aos quatro anos, intervalo entre partos de

22 meses, taxa de natalidade de 54% e de desmama de 43%; os nascimentos de bezerros

ocorrem ao longo de todo o ano, pois não há um período de monta definido, e os

bezerros são desmamados com dez a doze meses de idade.

O perfil tecnológico do sistema de produção está adaptado às características

ambientais do Pantanal: as práticas zootécnicas tradicionais, o manejo do gado e a

intensidade de uso dos recursos naturais têm estreita relação com as características

ecológicas da região, sendo pautadas, particularmente, pelo regime de enchentes.

Nos últimos anos, em função da necessidade de modernização e aumento da

eficiência da atividade, o sistema de produção vem sendo pressionado para incrementar

seus baixos índices de produtividade. Isso têm induzido à introdução de tecnologias

com impactos ambientais nem sempre positivos (como o desmatamento para introdução

de pastagens cultivadas), com reflexos sobre o ecossistema pantaneiro. Ao mesmo

tempo, há pressão nacional e internacional para sua preservação, razão pela qual

mudanças nas atuais práticas de manejo e novas tecnologias devem ter baixo impacto

ambiental.

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Mais de 80% do Pantanal está nas mãos dos criadores de gado: o

desenvolvimento sustentável da região é dependente de seu comportamento. Nesses

mais de 200 anos de exploração pecuária, tal comportamento tem garantido a

preservação das características originais da região. Pelo papel fundamental na economia

regional, pela tradição pecuária e, especialmente, pela excelente associação da pecuária

com a proteção dos sistemas naturais, é que se deve avaliar a atividade como capaz de

assegurar a sustentabilidade do sistema ecológico do Pantanal e, ao mesmo tempo,

garantir níveis aceitáveis de produtividade econômica através do anos.

Dentro dessa ótica, a Embrapa Pantanal vem desenvolvendo e adaptando

tecnologias para a pecuária pantaneira há 25 anos. Para alcançar esse estágio de

conhecimento - que permite que mudanças em direção à maior produtividade do sistema

produtivo pecuário ocorram sem grandes impactos ambientais – vem sendo necessário

um intenso esforço de pesquisa e o uso de ferramentas gerenciais para a tomada de

decisão. Alguns resultados desse esforço são descritos a seguir.

Levantamentos de concentrações de minerais nas pastagens e nos tecidos de

bovinos, feitos entre 1978 e 1987 em cinco sub-regiões do Pantanal, indicam

deficiências acentuadas de fósforo, cálcio, magnésio, cobre e zinco, além da ocorrência

de elevados teores de ferro e manganês. Experimentos de suplementação confirmaram a

existência dessas deficiências, principalmente de cálcio e fósforo. Com base nesses

levantamentos, foram elaboradas cinco fórmulas de suplementos minerais. A avaliação

econômica dessas fórmulas indica que o uso do sal mineral “completo” aumenta o

número de bezerros nascidos e desmamados quando comparado com o uso do sal

comum, e que a suplementação estratégica (que utiliza sal mineral em somente uma

época do ano) apresenta as maiores receitas. A utilização das formulações minerais

adequadas para o Pantanal possui potencial para aumentar a taxa de desmama em até

10%.

A ocorrência de níveis de infestação pela mosca-dos-chifres, considerados

prejudiciais ao rebanho bovino, e a crescente demanda por um programa de controle

suscitaram estudos por parte da Embrapa Pantanal. Os resultados mostram que, na

prática, dois tipos principais de controle químico da mosca podem ser realizados: o

estratégico (tratamento em épocas pré-determinadas) e o tático (realizado apenas

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quando se verificam infestações médias acima de 200 moscas/animal,

independentemente da época). No Pantanal, as maiores infestações tendem a ocorrer no

início e final do período chuvoso, sendo tais épocas as mais apropriadas para um

controle do tipo estratégico. Entretanto, os resultados obtidos têm demonstrado que as

infestações podem não atingir níveis considerados economicamente prejudiciais mesmo

nessas épocas, o que implicaria em gastos desnecessários e maior risco de resistência,

caso fossem realizados tratamentos. Assim, atualmente, a conduta mais adequada ao

controle da mosca-dos-chifres na região consiste em observar o nível das infestações

nos animais durante as épocas mais favoráveis à mosca (início e final do período

chuvoso) e, se necessário, realizar o tratamento tático do rebanho. Para estabelecer

critérios práticos que auxiliem o pecuarista a estimar o número de moscas presentes nos

animais e, consequentemente, a definir sobre a necessidade, ou não, de um tratamento

tático do rebanho, foram realizadas contagens das moscas e observações dos bovinos,

correlacionando-se nível de infestação e comportamento dos animais (movimentos de

cauda e cabeça). Tais movimentos podem ser observados com relativa facilidade mesmo

em baixas infestações.

As pesquisas da Embrapa Pantanal identificaram as espécies de helmintos que

afetam os bovinos, a idade do hospedeiro e o período do ano de infestações mais

elevadas, permitindo estabelecer medidas de controle. Everminação estratégica ao

nascimento e na desmama para os desterneiros proporciona redução de mortalidade de

bezerros recém-nascidos, e após a desmama, para novilhas de reposição, proporciona

melhor desenvolvimento das novilhas, podendo contribuir para o aumento de peso

desses animais em até 15 kg.

Os estudos sobre o sistema de produção comprovaram que a desmama

antecipada (seis a oito meses), em pastagem nativa, tem potencial para aumentar a taxa

de natalidade em 16%.

O baixo índice de natalidade no Pantanal é conseqüência, principalmente, do

número relativamente reduzido de fêmeas que é fecundado no período de lactação, em

decorrência, entre outros fatores, da inexistência de um período de monta limitado, o

que induz à parição em épocas não adequadas para o restabelecimento da atividade

reprodutiva. Os estudos também evidenciaram que é necessário a vaca estar ganhando

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peso para ocorrer a reconcepção. A utilização de monta controlada proporciona maior

concentração de nascimento de bezerros, facilitando o manejo. Os resultados de

pesquisa da Embrapa Pantanal indicam que o período de cobertura pode ser reduzido

para até quatro meses.

Levantamentos feitos pela Embrapa Pantanal indicam que a demanda de touros

da pecuária regional é atendida pela utilização de touros “ponta-de-boiada” (7%), isto é,

por animais do rebanho geral, pela utilização de touros produzidos em plantéis locais

(4%), e pela importação de touros de outras regiões, adjacentes ao Pantanal (89%). A

substituição gradual de touros “ponta-de-boiada” por touros avaliados geneticamente e

introduzidos no rebanho de cria, na época e condições corretas, proporciona

considerável progresso genético e economia na atividade de cria regional. As pesquisas

nessa área resultaram na indicação das melhores épocas e condições (idade, peso,

linhagens, manejo etc.) para a transferência de animais de outras regiões para o

Pantanal.

Também ocorre grande economia quando se utiliza a relação touro:vaca mais

eficiente para a região: nossos estudos mostraram que reduzir a relação touro:vaca de

1:10 para 1:25 ou até 1:40 proporciona uma redução nos custos de produção do bezerro

nascido de 60% a 75%.

Práticas simples, como a identificação e acompanhamento do desempenho

produtivo das vacas de cria, com descarte de touros e fêmeas improdutivas, com a

implantação de um período de monta (outubro a janeiro) e da desmama dos bezerros

com seis a sete meses de idade, resultaram em um aumento de 20% no índice de

produção.

Essas tecnologias, práticas de manejo e orientações gerenciais foram

introduzidas em fazendas do Pantanal. Estas, monitoradas, estão apresentando aumento

de taxa de desmama em torno de 25% após quatro anos de trabalho, sem necessidade de

grandes investimentos. Na Tabela 1 são apresentados os índices zootécnicos médios da

pecuária bovina de corte verificados em diferentes propriedades monitoradas no

Pantanal.

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TABELA 1. Resultados da introdução de tecnologias em fazendas de pecuária de corte

do Pantanal após um período de pelo menos quatro anos de

acompanhamento

Índices zootécnicos Início do

acompanhamento

Após quatro anos de

acompanhamento

Taxa de natalidade (%) 45-56 65-70

Taxa de desmama (%) 39-42 60-68

Taxa de mortalidade (%) 18-25 5-10

Vida útil da vaca (anos) 10-15 12

Idade à primeira cria (meses) 42-48 36-40

Idade de desmama (meses) 10 6-8

Taxa de mortalidade (adultos) (%) 5 3

Relação touro:vaca 1:10-1:15 1:20-1:30

Índice de lotação (ha/UA) 4,08 Ajustado por invernada

O uso de tecnologias desenvolvidas para a região ou adaptadas e de ferramentas

gerenciais para a tomada de decisão, em conjunto com o aproveitamento das vantagens

comparativas do Pantanal (carne orgânica, boi verde etc.) e do grande apelo que a região

possui em todos os meios de comunicação, deve ser a base para a modernização da

atividade dentro de princípios conservacionistas. Estando a maior parte das terras do

Pantanal nas mãos dos pecuaristas, e sendo a conservação da região dependente em

grande parte de seu comportamento, políticas governamentais diferenciadas terão maior

probabilidade de continuar mantendo os fazendeiros como os mais eficientes protetores

da biodiversidade dessa complexa região.

Introduzidos no Pantanal pelos conquistadores durante a colonização, os eqüinos

encontraram na região condições ambientais propícias para sua multiplicação. Como

conseqüência dos processos adaptativos e da seleção natural por mais de dois séculos e

com pouca ou nenhuma interferência antrópica, surgiu uma raça adaptada ao meio,

denominada Pantaneiro. Com o desenvolvimento da pecuária na região, o cavalo

pantaneiro constituiu um fator de importância econômica e social, tornando-se

imprescindível na lida com o gado e no transporte regional. O homem pantaneiro não

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pode prescindir desse animal. Onde há gado, sua presença é obrigatória. No final do

século XIX, a raça entrou em declínio, principalmente por causa da doença conhecida

como peste-das-cadeiras. Mais recentemente, essa situação foi agravada por

cruzamentos indiscriminados com outras raças e pela anemia infecciosa eqüina (AIE).

Em 1972, trabalhos de conservação desse ecótipo tiveram início com a criação da

Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Pantaneiro (ABCCP) e, posteriormente,

com a iniciativa de outras instituições governamentais. Visando a conservar e a

incentivar a criação do cavalo pantaneiro, a Embrapa Pantanal implantou em 1988, um

Núcleo de Criação de Cavalos Pantaneiros, na Fazenda Nhumirim. Nesse núcleo são

realizados trabalhos de conservação e melhoramento da raça, com pesquisas nas áreas

de reprodução, nutrição, sanidade, fisiologia do exercício, genética e seleção.

Embora adaptado às condições do Pantanal e ao trabalho em lugares alagados, o

cavalo pantaneiro enfrenta problemas com doenças e com forragem de má qualidade ou

em quantidade insuficiente na época das cheias e no final da estação seca.

Provavelmente, desde a sua introdução na região, tem sido acometido por uma

inflamação cutânea, geralmente de evolução progressiva e que não responde aos

tratamentos quimioterápicos, conhecida popularmente como ferida-brava (pitiose

eqüina). Atualmente, o único tratamento é o cirúrgico e, dependendo da localização,

tempo e tamanho da lesão, a cirurgia nem sempre é possível e a recidiva também é

freqüente. As causas da doença e seu controle vêm sendo estudados pela Embrapa

Pantanal, em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), desde 1996.

Após estudar animais acometidos pela ferida-brava no Pantanal, por meio de exames

histológicos e do isolamento do agente, concluiu-se que o fungo Pythium insidiosum é o

principal agente causador da doença. Visando a controlar a doença, a UFSM e a

Embrapa Pantanal desenvolveram uma vacina ou imunoterápico, que se tem mostrado

bastante eficaz, e que será certificado após a realização do teste de eficiência.

A AIE é uma doença causada por vírus e todos os eqüídeos são sensíveis a ele,

sem que haja preferência por raça, sexo e idade. No Pantanal, segundo informações de

técnicos e fazendeiros da região, a doença teria chegado em 1974. Em sua forma aguda,

leva o animal à morte e, em sua forma crônica, debilita os animais, limitando sua

utilização nos trabalhos de campo. A transmissão da AIE é, geralmente, relacionada

15

com a transferência de sangue de um eqüino infectado a outro sadio. Os tabanídeos,

comumente conhecidos por mutucas, são considerados os vetores mais importantes na

transmissão do vírus da AIE. Durante seis anos, entre 1990 e 1995, a Embrapa Pantanal

conduziu pesquisas sobre a AIE na região, e os estudos epizootiológicos permitiram a

obtenção de um perfil de prevalência da AIE em eqüinos, em relação ao sexo, idade e

manejo. Também, estudos sobre vetores (mutucas) incluíram o levantamento e

sazonalidade de espécies, definição das épocas de maior risco de transmissão e

interação vetor-hospedeiro. Tais estudos originaram um Programa de Prevenção e

Controle da AIE efetivamente adequado à realidade do Pantanal. De forma resumida,

esse Programa baseia-se no diagnóstico inicial e monitoramento periódico dos animais

da propriedade, separação daqueles positivos dos negativos e manejo adequado, de

forma a garantir a obtenção de potros negativos a partir de fêmeas positivas. A

validação dessa tecnologia foi realizada com sucesso e em uma das fazendas

acompanhadas, uma prevalência inicial de 42,7% foi reduzida a zero, em três anos.

Paralelamente, parcerias com a Vallée S.A. e a Universidade Federal do Rio de Janeiro

(UFRJ) culminaram no desenvolvimento de um “kit” para diagnóstico da AIE, que está

sendo lançado no mercado.

A dieta de eqüinos deve ser orientada em função das suas necessidades e do tipo

de trabalho físico ao qual está submetido. Nos períodos críticos, determinadas

categorias não conseguem suprir todas as suas necessidades nutricionais quando

mantidas apenas no pasto, como é o caso de animais adultos em trabalho, os potros em

crescimento, as éguas em gestação e lactação e os garanhões. De acordo com o estado

nutricional dos animais e com a qualidade e quantidade das pastagens, o criador deve

fornecer proporções variáveis de suplementação (volumosos ou concentrados). De

preferência, a escolha dos alimentos deve ser feita de acordo com a disponibilidade da

região, facilidade de manuseio e custo. Pesquisas da Embrapa Pantanal indicam que

potros pantaneiros em crescimento alimentados com folhas de bocaiúva ou de acuri,

palmeiras abundantes na região, mostram desempenho superior a animais mantidos

exclusivamente em pasto nativo.

Dentro da reprodução, tem-se estudado a implantação de estação de monta, a

avaliação da proporção macho:fêmea e o comportamento sexual de machos e fêmeas no

16

campo, entre outros aspectos. A estação de monta foi definida entre outubro e fevereiro

(cinco meses), para concentrar os nascimentos durante o período seco, facilitando o

manejo profilático (cura do umbigo) e a sobrevivência dos potros.

Manejo profilático do rebanho e controle da AIE vêm sendo feitos há mais de

dez anos na Fazenda Nhumirim. O controle parasitário nos adultos é feito de forma a

coincidir com o início do período das chuvas e secas (a cada seis meses).

Estudos de crescimento iniciaram em 1990, com pesagens e mensurações

morfométricas periódicas de cada potro nascido no Núcleo de Criação da Fazenda

Nhumirim, até a idade de 60 meses, sendo estudadas quinze características de

conformação (altura da cernelha, dorso, garupa e costado; comprimento da cabeça,

pescoço, dorso-lombo, garupa, espádua e corpo; largura da cabeça, peito e anca; e

perímetro do tórax e da canela).

A estimativa do tamanho da população, o levantamento e a caracterização

fenotípica e genética dos rebanhos constituem ferramentas fundamentais em qualquer

programa de conservação. Este trabalho foi feito em parceria com a ABCCP, por meio

de visitas às principais sub-regiões do Pantanal, entre 1989 e 1991. Ao mesmo tempo,

foi feita uma descrição do sistema de criação utilizado. A caracterização genética foi

realizada por meio do estudo do polimorfismo de proteínas do sangue. Foram

amostrados um total de 144 animais das fazendas visitadas e todas as éguas e garanhões

do Núcleo de Criação da Fazenda Nhumirim. Na avaliação fenotípica, incluindo

“performance” e taxa de conformação, foram utilizados os dados contidos nas fichas de

registro definitivo da ABCCP, entre 1972 e 1999. Foram avaliadas as medidas e

relações corporais, índices zootécnicos, incidência e principais particularidades das

pelagens de animais de ambos os sexos.

C - Recursos Pesqueiros – Recursos de Uso Múltiplo do Pantanal

As pesquisas sobre recursos pesqueiros do Pantanal iniciaram-se na Embrapa

Pantanal em 1987, com o objetivo de subsidiar normas de uso sustentado para as

espécies de valor comercial: pintado (Pseudoplatystoma corruscans), cachara

17

(Pseudoplatystoma fasciatum) e curimbatá (Prochilodus lineatus). Esses estudos

possibilitaram a definição dos tamanhos mínimos de captura e dos períodos de defeso

de reprodução. O tamanho mínimo de captura é baseado no tamanho (geralmente

comprimento, mas também em peso) que os peixes têm de alcançar para se

reproduzirem. Os períodos de defeso de reprodução são definidos como os meses em

que a pesca fica proibida, por ser época de reprodução para reposição dos estoques.

Foram estimadas também as curvas de crescimento de cada uma dessas espécies. No

caso do curimbatá, o tamanho mínimo de captura foi de 38 cm, alcançado no terceiro

ano de vida, e para o pintado e cachara, de 80 cm. Para garantir a reprodução e

reposição de estoques, a pesca foi proibida no período que vai do início de novembro a

final de janeiro, e, para as cabeceiras dos rios, até final de fevereiro, pelo fato de os

grandes bagres finalizarem o processo reprodutivo mais tardiamente que os peixes de

escama. Tais informações foram utilizadas para normatizar a pesca no Estado de Mato

Grosso do Sul. Informações obtidas, posteriormente em outros projetos, possibilitaram

também a definição do tamanho mínimo de captura do barbado (Pinirampus pirinampu)

e piraputanga (Brycon microcephalus).

Dando continuidade às pesquisas, numa próxima etapa foi estudada toda a fauna

de peixes da planície de inundação do rio Miranda, com o objetivo de entender as

interações dos peixes de valor econômico com as demais espécies, bem como elucidar

aspectos relativos à alimentação e à estrutura trófica das comunidades de peixes

ocorrentes nessa região. Desse estudo resultaram as primeiras informações sobre a dieta

alimentar de todas as espécies de peixes da planície de inundação, tendo sido possível

enquadrá-los em nove categorias tróficas, estando as 101 espécies estudadas distribuídas

da seguinte forma: vinte nove onívoras, doze herbívoras, dezoito detritívoras, dezesseis

ictiófagas, dois lepidófagas, sete insetívoras, oito zooplanctófagas, quatro

insetívora/zooplanctófagas e quatro ictiófagas/insetívoras. Essas informações foram

valiosas para o entendimento da função da planície de inundação como área de

alimentação e abrigo para a fase juvenil dos peixes de valor comercial, bem como de

alimentação dos adultos e para o entendimento das interações existentes entre as

espécies consideradas forrageiras com aquelas de valor econômico.

18

Para o entendimento de todo o ciclo de vida, estudos de ovos e larvas de peixes

foram iniciados nessa mesma bacia, para a compreensão do processo reprodutivo e dos

fatores que o influenciam. Ovos e larvas de peixes, bem como informações limnológicas

e climatológicas foram coletados durante dois anos e encontram-se em análise.

Resultados preliminares evidenciam a precipitação como um dos fatores-chave para a

ocorrência de desova nos peixes.

O estudo de Gymnotus carapo, espécie popularmente conhecida como tuvira, a

principal isca viva utilizada na pesca dos grandes peixes carnívoros como dourado,

pintado e cachara, permitiu aumentar o entendimento da função da planície de

inundação no ciclo de vida das espécies de peixes do Pantanal, além da biologia da

própria tuvira.

Com base nos resultados de todos esses estudos foi possível entender as

estratégias reprodutivas utilizadas pelas diferentes espécies de peixes que ocorrem na

bacia. Ao menos quatro estratégias puderam ser identificadas:

a) peixes de piracema: aqueles que necessitam migrar rio acima, para desovarem na

cabeceira dos rios, e, a essa categoria, pertence a maioria das espécies de valor

comercial, como pintados, cacharas, pacus (Piaracuts mesopotamicus), dourados

(Salminus maxillosus), piavuçus (Leporinus macrocephalus) etc.;

b) migradores locais: aquelas espécies que efetuam deslocamentos entre a planície de

inundação e o canal do rio, para reprodução, pertencendo a essa categoria a tuvira,

espécie largamente utilizada como isca viva para a captura de dourados e grandes

bagres;

c) espécies que se reproduzem na planície de inundação: as espécies mais conhecidas

são as piranhas (Pygocentrus nattereri, Serrasalmus marginatus e Serrasalmus

spilopleura);

d) espécies que se reproduzem nas lagoas e braços mortos no período das secas: em sua

maioria, os Cichlidae, como os carás e joaninhas.

Estudos limnológicos também vêm sendo efetuados pela Embrapa Pantanal para

um melhor entendimento do funcionamento do ecossistema e para auxiliar na

elaboração de estratégias de manejo, tanto para os recursos hídricos quanto para os

recursos pesqueiros (interações existentes entre os parâmetros limnológicos e a

19

produção pesqueira). Estudos nessa linha de pesquisa, efetuados no rio Paraguai ao

longo de, aproximadamente, dez anos, possibilitaram, entre outros conhecimentos,

entender o fenômeno de “dequada”, freqüente na fase de enchente e que se caracteriza

por alterações na qualidade da água. O entendimento desse processo natural é uma

ferramenta importante para as atividades de pesca, pois, dependendo de sua magnitude,

pode ocasionar a morte de toneladas de peixes.

Outro estudo em desenvolvimento na Embrapa Pantanal na área de limnologia

busca conhecer o processo de incorporação do carbono pela comunidade de peixes das

áreas inundáveis do Pantanal. Pela identificação das principais fontes autotróficas de

carbono para os peixes de importância comercial e ecológica e para outros organismos

que compõem sua dieta, e da determinação da estrutura da cadeia trófica dessa

comunidade de peixes, é possível embasar formas de manejo e de controle ambiental

(perante os impactos antrópicos) para todo o sistema. Para esse estudo estão sendo

utilizados bioindicadores (peixes e organismos a eles associados na cadeia alimentar) e

as variações naturais dos isótopos de carbono (d13C), como traçadoras do destino da

matéria orgânica em sedimentos e cadeias alimentares.

Compartilhando de uma visão mundial, na qual pesquisadores de vários países

entendem que as pesquisas devem ser contínuas no tempo, a Embrapa Pantanal

desenvolve ainda um projeto no qual os recursos hídricos do Pantanal serão estudados

por, no mínimo, dez anos. Esse projeto tem como objetivos principais aumentar a

compreensão sobre o funcionamento da planície em função das variações interanuais

dos pulsos de inundação, conhecer a contribuição dos tributários quanto ao fluxo de

nutrientes, íons e carbono e monitorar os impactos antrópicos provenientes do uso do

solo no planalto circundante e seus possíveis efeitos na planície (contaminação por

pesticidas e metais pesados, aumento de sedimentos em suspensão etc.).

Dados de produção pesqueira são essenciais para uma administração adequada

dos recursos pesqueiros, de forma a contemplar, por um lado, os anseios da comunidade

empresarial que investiu no desenvolvimento da pesca esportiva e, por outro lado, dos

órgãos controladores que necessitam dessas mesmas informações para a regulamentação

da atividade, de forma que se desenvolva de forma sustentável. Nesse sentido, o Sistema

de Controle de Pesca de Mato Grosso do Sul (SCPESCA/MS) foi desenvolvido e

20

implantado em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso

do Sul e a Companhia Independente de Polícia Florestal. As informações coletadas

permitem conhecer a quantidade de peixes pescada a cada ano, por mês, por categoria

de pesca (profissional e esportiva), espécies e locais de pesca, bem como a origem dos

pescadores esportivos e os meios de transporte utilizados para alcançar os locais de

pesca. Esse sistema encontra-se implantado em Mato Grosso do Sul desde 1994 e tem

permitido a administração dos recursos pesqueiros de uma forma lógica e racional. Em

função das informações geradas e do trabalho em parceria desenvolvida com essas

instituições, a Embrapa Pantanal possui assento cativo no Conselho de Pesca do Estado

de Mato Grosso do Sul. Por meio dos dados coletados pelo SCPESCA/MS, foi possível

detectar sinais de sobrepesca nas espécies pacu e jaú (Paulicea luetkeni) e, como

medida de controle que assegurasse a continuidade da existência das espécies, bem

como da atividade econômica, foram aumentados os tamanhos mínimos de captura das

mesmas, para assegurar a recomposição dos seus estoques. Revelou ainda que o número

de pescadores esportivos tem aumentado de 54.000 para 59.000, de 1994 a 1999 e a

maioria é proveniente do Estado de São Paulo.

Pesquisas efetuadas sobre o valor econômico da pesca esportiva no Pantanal

produziram estimativas da ordem de R$ 40 milhões/ano, consistindo, atualmente, na

segunda atividade econômica da região. É importante salientar que a pesca esportiva

gera muitos empregos, desde a companhia aérea que traz os pescadores, os hotéis que os

hospedam e os barcos-hotéis que os levam para os locais de pescaria. Geralmente, cada

dois pescadores utiliza um “piloteiro”, o nativo da região que conhece onde se

encontram os peixes mais desejados. Essa atividade movimenta ainda o comércio local

na forma de aquisição de alimentos, combustíveis e lojas de artesanatos, entre outros,

sendo em muitos municípios pantaneiros, como Corumbá, Miranda e Cáceres, o

principal movimentador da economia local.

A Embrapa Pantanal realizou ainda, na área de economia de pesca, um

diagnóstico da pesca esportiva no sul do Pantanal. O estudo trouxe importantes questões

para nortear o futuro da indústria da pesca esportiva e a política de recursos naturais no

Pantanal, sugerindo substanciais mudanças nos tipos de serviços que a indústria da

pesca esportiva pode oferecer e novas perspectivas de administração pesqueira. Essa

21

pesquisa demonstrou que a indústria pode esperar substanciais retornos com pouco

investimento adicional, desde que oriente seus serviços para turistas voltados à

contemplação da natureza, pois a maioria dos pescadores esportivos não vem ao

Pantanal apenas para capturar peixes, mas sim pela qualidade do seu ambiente natural.

Se os pescadores esportivos não estão motivados principalmente para a captura peixes,

mas antes para contemplar o ambiente natural único do Pantanal, então o principal

objetivo da administração pesqueira não deve ser, necessariamente, produzir mais

peixes para pesca esportiva. A administração pesqueira deve, então, ser integrada à

administração pública e privada do ecossistema, a fim de oferecer os tipos de serviços e

experiências que os visitantes estão interessados em comprar. Isso contribuirá também

para reduzir a pressão sobre os atuais estoques de peixes, deixando mais para os

pescadores comerciais e de subsistência.

D - Flora - Recurso Natural de Imenso Potencial do Pantanal

O Pantanal Mato-Grossense apresenta como unidade fitogeográfica mais

extensa, as savanas ou cerrados com 70% da área, tomando áreas do leste, do nordeste e

sudeste em direção ao centro-oeste, sendo sua maior parte territorial não inundável,

exceto os campos limpos inundáveis. Ao norte e noroeste tem-se a influência da

província fitogeográfica da floresta tropical amazônica (21% da área) comportando

padrões de florestas decíduas e semidecíduas; a sudeste, a influência das florestas

meridionais (Mata Atlântica) e, a sudoeste e ao sul, a influência do Chaco (savanas

estépicas), que vêm do leste boliviano e noroeste paraguaio.

A caracterização da vegetação de todo o Pantanal foi o primeiro passo da

Embrapa Pantanal nessa linha de pesquisa. Em parceria com outras instituições realizou

(e ainda vem realizando) o levantamento das espécies e o mapeamento da cobertura

vegetal. Para apoiar esses estudos foi criado o Herbário CPAP, atualmente com 19.000

exsicatas.

No mapeamento da cobertura vegetal do Pantanal verificou-se o domínio das

seguintes fitofisionomias: Floresta Estacional Semidecidual, Savana (cerrado), Savana

22

Estépica (chaco), Formações Pioneiras com influência fluvial e/ou lacustre, ecótonos e

áreas onde a vegetação nativa foi substituída por gramíneas exóticas.

No levantamento da flora pantaneira foram determinadas, até o momento, 1.863

espécies de plantas fanerógamas, distribuídas em 136 famílias, das quais muito poucas

espécies endêmicas. Há, aproximadamente, 1.000 espécies de plantas campestres, 142

aquáticas e em torno de 550 lenhosas. Houve também a identificação das plantas úteis,

o estudo da dinâmica da vegetação para obtenção de bases ecológicas para o manejo

sustentável dos ecossistemas, a análise do crescimento de espécies madeireiras e

frutíferas e a avaliação das qualidades medicinais e tecnológicas de algumas espécies.

Do levantamento florístico resultaram os livros “Plantas do Pantanal” (português e

inglês), com descrição de 520 espécies, e “Plantas Aquáticas do Pantanal”, com 250

espécies.

A planície pantaneira apresenta aptidão agroecológica para conservação em

conjunto com a pecuária, o que já vem sendo praticado desde o século XVIII em

grandes propriedades, num sistema de criação extensiva de gado de corte, sobre

pastagens nativas sem manejo. Nos últimos anos, houve desmatamentos de áreas de

cordilheiras (cordões arenosos naturais, não inundáveis e cobertos por cerradão) para

implantação de pastagens cultivadas, com espécies africanas, geralmente Brachiaria

decumbens, B. humidicola e/ou B. brizantha. Recentemente, com a aquisição de terras

por grupos de empresários, geralmente oriundos de outros Estados, áreas de campo

nativo (campo sujo, campo limpo) também estão sendo utilizadas para plantio dessas

espécies. Até 1994 as áreas mais atingidas pelo desmatamento foram a savana florestada

(cerradão), savana arborizada (cerrado, campo-cerrado), floresta estacional

semidecidual (mata seca, mata calcária) e savana estépica florestada (mata chaquenha,

mata). A área desmatada no Pantanal para implantação de pastagens cultivadas até

aquele ano foi quantificada em 7.020 km2, ou 5,1% da área do Pantanal.

A produtividade das pastagens nativas do Pantanal é bastante baixa, sendo

tradicionalmente utilizada a taxa de lotação de 0,27 animal/ha. Uma maior pressão de

pastejo não é suportada, a menos que novas formas de manejo ou implantação de

tecnologias sejam aplicadas, pois as condições naturais da região, com cheias e déficit

hídrico sazonais expressivos, determinam duas épocas difíceis quanto à oferta de

23

forrageiras, que, aliada à baixa fertilidade dos solos e à falta de manejo das pastagens e

falta de manejo animal adequados, condicionam baixos índices zootécnicos. A Embrapa

Pantanal desenvolveu e adaptou várias tecnologias e práticas indicadas para melhorar a

qualidade e produção das pastagens e, conseqüentemente, aumentar a produtividade

animal.

Dentre as alternativas sugeridas destaca-se a substituição do capim-carona por

espécies africanas introduzidas e já comprovadamente aptas às condições regionais,

como as braquiárias. Nessas áreas de caronal, os impactos ambientais da implantação de

pastagens são menores, assim como os custos, em comparação com as áreas de

cordilheira. Destaca-se ainda a utilização do fogo controlado como forma de manejo,

acabando com o acúmulo de material morto e seco em campos de gramíneas

dominantes que não são consumidas pelo gado.

As queimadas no Pantanal são muito freqüentes em campos naturais com

dominância de gramíneas grosseiras ou duras (impalatáveis e altamente fibrosas com

baixa digestibilidade), como os campos de capim-carona (Elyonurus muticus), de

capim-rabo-de-burro (Andropogon bicornis) e de fura-bucho (Paspalum carinatum ou

Paspalum stellatum). Essas gramíneas só são consumidas pelos animais herbívoros na

rebrota pós-queima. O fogo já existia na região antes da introdução da bovinocultura

extensiva, mas de maneira natural. Estudos ecológicos que venham a determinar os

efeitos do fogo e da presença do gado sobre a comunidade vegetal são a base para se

obterem informações sobre formas de manejo viáveis ou alternativas.

Assim, a Embrapa Pantanal avaliou (e continua pesquisando) os

comportamentos ecofisiológicos da vegetação local do Pantanal à ação da freqüência

anual de queima e da presença de gado, somada à ação da cheia e seca estacionais.

Esses estudos permitiram obter importantes informações para algumas forrageiras: a

biomassa aérea total e por espécie, a produtividade primária líquida aérea total, a

relação produção/produtividade e fatores climáticos, o teor protéico das espécies, o

nível de nutrientes do solo, a diversidade das espécies da pastagem (composição da

comunidade), a fenologia de espécies, o tamanho da população, o comprimento e

densidade de raízes e o banco de sementes do campo sob ação dos tratamentos queima e

presença animal (pastejo, estrumação e pisoteio).

24

As pesquisas para avaliação e introdução de forrageiras exóticas e nativas no

Pantanal, nas suas diversas sub-regiões, estão entre as primeiras pesquisas realizadas

pela Embrapa Pantanal. As gramíneas exóticas que melhor se adaptaram às condições

ambientais do Pantanal foram as braquiárias, com vários estudos relacionando sua

produção (kg MS/ha) à aplicação de minerais no solo. Recentemente, houve a avaliação

da sua produtividade em pastagens do Pantanal formadas há mais de 20 anos.

E - Recursos Faunísticos – Riqueza Notável do Pantanal

Existem muitas espécies de fauna nativa que apresentam perspectivas para

utilização no Pantanal Mato-Grossense, em suas diversas formas, desde a extração para

produção de alimento até como recurso cênico. A utilização sustentada da vida silvestre

é considerada como importante estratégia para a conservação de ambientes naturais

tropicais e da biodiversidade. O manejo da fauna tende a aumentar a produção pela

diversificação do aproveitamento dos recursos naturais. O jacaré-do-pantanal (Caiman

crocodilus yacare), a capivara (Hydrochaeris hydrochaeris), e o porco-monteiro (Sus

scrofa) são exemplos de espécies abundantes na planície pantaneira e de reconhecido

valor comercial.

Os sistemas de produção de fauna variam desde o manejo extensivo até a

domesticação (cativeiro). As formas semi-intensivas, como a coleta de ovos de jacarés,

ou a captura de jovens e adultos, e as extensivas, são mais apropriadas à conservação,

porque não convertem ambientes naturais em hábitats para produção das espécies

manejadas. No Pantanal, por causa do ciclo de cheia e seca e da carência de infra-

estrutura e logística, tais como energia, estradas, recursos humanos e capital, os sistemas

extensivos e/ou semi-intensivos apresentam-se como os mais adequados. A alta

biomassa e produtividade das espécies de valor comercial, o interesse dos proprietários

das terras no controle e na fiscalização e o mercado potencial no Brasil e no exterior

fortalecem o conceito de exploração da fauna. Entretanto, para favorecer à

diversificação das atividades econômicas do Pantanal existe necessidade de mudança na

atual legislação para uso da fauna.

25

A destruição de hábitats é uma das principais causas de extinção da fauna

silvestre. Como não é possível manejar espécies silvestres independentemente dos

hábitats em que elas ocorrem, o manejo de hábitats pode ser mais eficaz a longo prazo

do que tentativas de manejo para cada espécie. No Pantanal, a taxa de desmatamento

sofreu um grande incremento no final da década de 1990. As áreas que estão sendo

desmatadas são, principalmente, as mais elevadas, geralmente cobertas por florestas ou

cerrados, localmente denominadas “cordilheiras”. Tais áreas de cobertura arbórea são

importantes refúgios para muitas espécies de animais silvestres, especialmente nos

períodos de enchente e/ou reprodução.

A Embrapa Pantanal concluiu que para a elaboração de planos de manejo, seja

para a utilização ou para a proteção de espécies silvestres no Pantanal, deveriam ser

realizados estudos de levantamentos populacionais das espécies que ocorrem na

planície. Alguns métodos de levantamento estão sendo utilizados para, inicialmente,

obterem-se informações sobre a distribuição e abundância das populações, para, a

seguir, monitorá-las. A metodologia de levantamento aéreo é a mais promissora e este

tem sido apontado como um meio eficiente e econômico de monitorar populações

silvestres de animais em áreas extensas e remotas, por isso, está sendo empregada para

obtenção de informações sobre distribuição e abundância de grandes vertebrados e seus

hábitats no Pantanal.

Os estudos da Embrapa Pantanal sobre a fauna existente na região, indicam que

a mesma é composta de espécies oriundas dos biomas vizinhos. O cerrado e a Floresta

Amazônica são os biomas que aportaram a maioria das espécies terrestres. As espécies

penetram no Pantanal acompanhando o sentido dos grandes rios: as amazônicas,

utilizando o rio Paraguai como via de acesso, e as do cerrado, os rios que correm no

sentido leste-oeste, como o Piquiri, Taquari, Negro e Aquidauana. Outros biomas que

contribuíram com espécies foram o Chaco e a Floresta Meridional Atlântica.

Entre as espécies autóctones mais abundantes do Pantanal, a capivara é a mais

amplamente distribuída, e também a mais abundante, com o número grupos na ordem

de 76.500. As maiores densidades foram registradas ao longo do rio Negro e nas

proximidades do rio Taquari, nos pantanais do rio Negro, Nhecolândia e Paiaguás.

26

Atualmente, tem-se uma população mínima estimada em cerca de 3,7 milhões

jacarés em todo o Pantanal. As maiores densidades dessa espécie encontram-se nas

proximidades do rio Taquari, no Pantanal da Nhecolândia, e nas proximidades do rio

Negro, no Pantanal do rio Negro.

A avifauna do Pantanal é abundante, porém não é muito diversa quando

comparada com outras regiões neotropicais. As aves mais abundantes são as piscívoras,

pois dispõem de muito alimento durante o período de reprodução, que coincide com o

início da estação seca na região. Existem muitas lagoas temporárias que secam

gradativamente nesse período e fornecem muito alimento àquelas aves por meio dos

peixes que morrem aos poucos com a diminuição das águas e deplecção do oxigênio

dissolvido.

Muitas das espécies ameaçadas de extinção em outras regiões são abundantes no

Pantanal, como o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), cuja população

encontra-se na ordem de 36.000 animais. A onça (Panthera onca) teve sua área de

distribuição bastante reduzida, porém ainda é possível encontrar populações vigorosas

em algumas sub-regiões do Pantanal. A ariranha (Pteronura brasiliensis) foi muito

perseguida pela alta qualidade da sua pele. Por causa das leis de proteção à fauna (Lei

Federal brasileira no. 5.197, de 1967) e efetiva presença da fiscalização, as populações

dessa espécie recuperaram-se e, atualmente, podem ser vistos grupos de ariranhas em

todas as sub-regiões. Apesar disso, ainda existem espécies, como o veado-campeiro

(Ozotocerus bezoarticus), que necessitam de proteção. Essa espécie é uma das mais

vulneráveis por causa do hábitat que ocupa, que são os campos. No território brasileiro,

com a utilização massiva das terras do cerrado, essa espécie tornou-se rara, sendo

avistada somente em áreas de proteção, como o Parque Nacional das Emas. O Pantanal

é um dos últimos redutos no qual essa espécie ocorre em abundância considerável. O

número de grupos de veado-campeiro nessa região é estimado em 34.800, sendo o

tamanho médio dos grupos de 1,67. O veado-campeiro ocupa, principalmente, a área

central do Pantanal (sub-região do Paiaguás e Nhecolândia), com densidade de 0,57

grupo/km2.

Entre as aves, a principal espécie ameaçada de extinção é a arara-azul

(Anodorhynchus hyacinthinus), que foi muito comercializada por sua beleza e seu

27

tamanho. É considerada o maior psitacídeo do mundo, sendo que as duas áreas de

distribuição mais importante da espécie são o chaco e o pantanal. Ainda existe algum

comércio clandestino dessa espécie como xerimbabo. Cálculos populacionais para todo

o Pantanal são estimativas com pouca sustentação científica.

As espécies introduzidas no Pantanal já convivem com a fauna nativa desde o

início da colonização. As principais são o gado bovino (Bos taurus), o porco-monteiro

(Sus scrofa), animal doméstico que se tornou feral, e o cavalo pantaneiro que sofreu

uma forte seleção natural adaptando-se as condições adversas do ambiente, as secas e

cheias anuais.

O porco-monteiro é mais abundante na sub-região de Aquidauana, e nas áreas

menos inundáveis da sub-região da Nhecolândia e do Paiaguás. O tamanho mínimo de

grupos de porco-monteiro no Pantanal está na ordem de 9.800 grupos. Assim como as

capivaras, os tamanhos dos grupos flutuam muito de acordo com a sub-região e com a

época do ano. O que mais influi nessa oscilação é a pressão de caça e sobrevivência dos

filhotes à predação.

O búfalo (Bubalus bubalis) é a mais recente espécie de mamífero introduzida.

Os registros de introdução não superam os 100 anos. Atualmente, sua população

mínima estimada é cerca de 5.100 animais. A sua criação está localizada mais nas

bordas da planície, principalmente na borda leste.

Outros estudos em andamento visam à valoração da fauna e ecossistemas

ecologicamente importantes, ninhais e locais de alimentação de aves e peixes. A

Embrapa Pantanal também apoia estudos para conservação das espécies ameaçadas de

extinção, desenvolvimento de sistemas de criação e manejo de animais silvestres,

desenvolvimento de estudos biológicos, ecológicos e zootécnicos sobre animais

silvestres com potencial econômico, inventário da fauna silvestre, estudos sobre

processamento de produtos de animais silvestres e estudos da dinâmica da fauna

silvestre em áreas com e sem gado, visando a disponibilizar informações científicas e

subsidiar a legislação.

28

F - Impactos Ambientais – Ameaças à Integridade do Pantanal

Nas últimas três décadas, o Pantanal vem sofrendo agressões pelo homem,

praticadas não somente na planície, mas principalmente nos planaltos adjacentes.

Atualmente, são evidentes os impactos da remoção da vegetação nativa para introdução

de pastagens cultivadas na planície, da exploração de ouro com utilização intensiva de

mercúrio e da expansão desordenada e rápida da agropecuária no planalto com pesadas

cargas de agroquímicos e aumento dos processos erosivos dos solos. Esses impactos são

responsáveis por profundas transformações regionais.

O desmatamento é primeira ação impactante decorrente da agropecuária e

implica na eliminação da flora, na destruição de hábitats e, em conseqüência, na

diminuição da abundância da fauna, na compactação do solo e na erosão do solo, com o

decorrente assoreamento de corpos d’água.

Levantamento realizado pela Embrapa Pantanal na Bacia do Alto Paraguai

evidenciou que as taxas de desmatamento foram 3,16% (11.439 km2), 15,58% (56.363

km2) e 30,92% (111.845 km2), em 1976, 1984 e 1994, respectivamente. Até 1994, do

desmatamento existente na Bacia, 6,28% ocorreram na planície e, 93,72%, no planalto.

Isso demonstra que o desmatamento na Bacia, localizado de forma dispersa pela área,

concentra-se no planalto adjacente ao Pantanal.

A área desmatada na região passou de 635 km2 em 1976, para 2.866 km2 em

1984 e 5.438 km2 em 1991. Até o ano de 1994, o desmatamento atingiu 7.020 km2 ou

5,1% da área do Pantanal, sendo que 33,3% do desmatamento ocorreu em Mato Grosso

e, 66,7%, em Mato Grosso do Sul. A tendência desse desmatamento, nessas três

décadas, sugere efeitos pouco impactantes sobre a região. No planalto, a vegetação

nativa é substituída por culturas agrícolas e pastagens cultivadas, enquanto que na

planície, essa vegetação é substituída, fundamentalmente, para a formação de pastagens

para o gado, não sendo implantada a agricultura.

Na planície, os desmatamentos ocorrem, preferencialmente nas feições

geomorfológicas conhecidas como cordilheiras, que são cordões arenosos com elevação

de 1 a 2 m no terreno, onde predominam a Savana Florestada e Savana Arborizada, e

ocorre até mesmo espécies de Floresta Estacional Semidecidual. Tais cordilheiras são

29

características da sub-região da Nhecolândia, nos municípios de Corumbá e de

Aquidauana, MS. De maneira geral, as fitofisionomias mais atingidas pelos

desmatamentos, em ordem decrescente, são o cerradão, o cerrado, o campo-cerrado, a

mata e a mata chaquenha.

Supondo que a vegetação arbórea do Pantanal represente cerca de 30%

(4.145.490 ha) de sua superfície e que o índice de 3,9% (543.773 ha) de desmatamento

até 1991 seja, exclusivamente, referente à retirada dessa vegetação, pode-se inferir que

houve eliminação de 13,12% da área natural passível de ser desmatada. Utilizando essa

mesma analogia para o desmatamento ocorrido até 1994 no Pantanal, ter-se-ia a

eliminação de 16,93% da vegetação arbórea da planície.

A exploração de ouro de aluvião, iniciada nos anos de 1980, nas bordas do

Pantanal, principalmente nos municípios de Poconé e Nossa Senhora do Livramento,

MT, com utilização intensiva de mercúrio (Hg), passou a constituir uma das principais

ameaças à sustentabilidade dos recursos naturais do Pantanal e dos países da bacia

platina, pelos sérios riscos de contaminação do homem e alteração das cadeias

alimentares. Ingestão de níveis elevados de mercúrio pode causar câncer, mutações

genéticas e até mesmo a morte. Em função da importância e magnitude do problema, a

Embrapa Pantanal avaliou os níveis de contaminação por mercúrio a partir do sedimento

de rios, e em moluscos, peixes e aves. Os estudos sobre contaminação de sedimento

foram realizados no rio Bento Gomes, MT, dreno coletor principal das águas

provenientes dos garimpos, evidenciando níveis de contaminação ambiental. Nesse

mesmo rio foram capturados moluscos que constituem alimento de aves do Pantanal,

que também apresentaram níveis de contaminação por mercúrio. Amostras de carne de

várias espécies de peixes de expressão socioeconômica capturados nos rios Bento

Gomes, Cuiabá e Paraguai, nas imediações da cidade de Corumbá, evidenciaram níveis

de mercúrio total na carne acima do nível permitido para consumo humano pela

Organização Mundial de Saúde e legislação brasileira (0,5 mg/kg de peso úmido). O

nível mais elevado na cadeia alimentar foi detectado em aves capturadas na região do

rio Bento Gomes, no município de Poconé. Os resultados obtidos pela Embrapa

Pantanal mostram claramente que o mercúrio utilizado no processo de extração de ouro

está contaminando os recursos naturais do Pantanal e com riscos de persistência no

30

sistema de dez a cem anos. Atualmente, a Embrapa Pantanal está avaliando a

contaminação de outras espécies de peixes e do jacaré por mercúrio.

A pesada utilização de agroquímicos nos planaltos que margeiam o Pantanal

constitui também uma outra grave ameaça à biodiversidade dos ecossistemas do

Pantanal. Nesse sentido, a Embrapa Pantanal gerou uma base de dados informatizada

sobre os pesticidas utilizados nos municípios da Bacia do Alto Taquari (BAT), relativa

ao período de 1988 a 1996. Análise dessa base de dados evidenciou que o município de

São Gabriel do Oeste, MS, foi o que mais utilizou pesticidas nesse período. A classe de

pesticida mais consumida na BAT foram os herbicidas. A cultura da soja foi a que mais

empregou pesticidas na BAT. Os grupos químicos dos fungicidas mais utilizados nos

municípios da BAT de 1988 a 1996 foram os ditiocarbamatos, ftalimidas,

benzimidazóis e triazóis. Entre os herbicidas, os grupos químicos que se destacaram

foram: as dinitroanilinas, difeniléter, imidazolinonas, imidazolinas, benzotiadiazina e

bipiridilio. Os grupos químicos mais empregados nos inseticidas na BAT foram:

organofosforados, éster do ácido sulfuroso de um diol cíclico, carbomatos, triazinas,

piretróides e organofosforados.

A remoção da vegetação nativa no planalto para a agropecuária, sem considerar

a aptidão das terras e sem a adoção de manejo e de práticas conservacionistas de solo,

além da destruição de hábitats, acelerou os processos erosivos nas bordas do Pantanal.

A conseqüência imediata tem sido o assoreamento dos rios na planície que tem

intensificado as inundações e, assim, afetado drasticamente a fauna, a flora e a

socioeconomia da região. O assoreamento do rio Taquari constitui, atualmente, o

principal problema do Pantanal, pelos vultosos prejuízos ambientais e socioeconômicos

das inundações quase permanentes de uma área aproximada de 11.000 km2, localizada

nas sub-regiões da Nhecolândia e Paiaguás. A pecuária, principal atividade econômica

dessa região, tem sido gravemente afetada. A Embrapa Pantanal vem desenvolvendo

estudos que visam a entender e a quantificar as relações de causa e efeito que ocorrem

nos planaltos, e que se refletem no Pantanal, desde 1994. Os principais estudos

realizados pela Instituição, relacionados a esta questão e efetuados no planalto, são: uso

do solo na Bacia do Alto Taquari, avaliação e mapeamento do potencial das perdas de

solo na BAT e evolução da erosividade das chuvas na BAT. No Pantanal, na planície do

31

rio Taquari, esses estudos são: avaliação temporal das taxas de deposição de sedimento

a partir da década de 1970; estudo do aporte, transporte e deposição de sedimento;

evolução do regime hidrológico; alterações na vegetação; avaliação da qualidade da

água; e impactos na ictiofauna e na socioeconomia.

Outros estudos relativos à problemática da Bacia do Rio Taquari vem sendo

realizados em parceria com várias instituições, procurando aumentar o grau de

conhecimento sobre a questão.

Esse elevado número de informações que estão sendo geradas visa a subsidiar

estudos de impacto ambiental e socioeconômicos na Bacia do Rio Taquari, como

também diretrizes políticas, legislação, programas, planos e ações de desenvolvimento

para essa importante região do Pantanal.

G - Atendimento à Comunidade

1 - Previsão de Cheias

A Embrapa Pantanal tem auxiliado a população local, entidades públicas,

privadas e militares na previsão de cheias e de secas na região. Essas previsões são de

grande importância para a economia regional, pois possibilitam o planejamento, não só

da pecuária, principal atividade econômica do Pantanal, como também da pesca, do

turismo e da navegação.

O método desenvolvido pela Embrapa Pantanal baseia-se na previsão dos níveis

máximos anuais (picos de cheia) do rio Paraguai em Ladário, cidade vizinha à

Corumbá. Trata-se de um método probabilístico baseado na comparação dos níveis

atuais com os registros de anos anteriores do rio Paraguai, em Ladário, para a mesma

data do ano, levando-se em consideração o que se sucedeu nos dias seguintes (pico de

cheia). Esse método determina também a data provável (mês) de ocorrência do pico de

cheia. Esse método vem sendo utilizado com sucesso desde 1995, quando previu, com

três meses de antecedência, que a cheia seria excepcional. A cheia de 1995 foi

32

considerada a terceira maior do século, pois o nível registrado na régua do rio Paraguai,

em Ladário, atingiu em abril, 6,56 m.

O Posto de Medição do nível de água de Ladário é o que dispõe dos dados mais

completos de toda a rede instalada no Pantanal, com registros diários de um século

(1900 a 2000), sem falhas. Outra característica importante desse Posto é que por ele

passa a maioria do volume d’água da Bacia do Alto Paraguai, aproximadamente, 81 %

da vazão média de saída do território brasileiro.

Assim, a régua de medição dos níveis do rio Paraguai, instalada em Ladário, no

6º Distrito Naval da Marinha Brasileira, constitui no principal referencial do regime

hidrológico da Bacia do Alto Paraguai, possibilitando até mesmo a caracterização de um

dado período como sendo de seca ou de cheia. Historicamente, quando o nível máximo

do rio Paraguai, em Ladário, supera o nível de alerta de enchente, que é de quatro

metros, esse ano é considerado como de cheia no Pantanal; caso contrário, como sendo

de seca.

As previsões da Embrapa têm sido utilizadas pela Defesa Civil do Estado de

Mato Grosso do Sul, para a remoção da população ribeirinha. Têm subsidiado empresas

públicas e privadas na realização de obras civis na região de Corumbá, tais como de

eletrificação rural, captação de água, gasoduto Brasil-Bolivia, ponte Corumbá−Miranda

(BR-262), atividade de embarque de minérios e outros.

Para muitos pecuaristas da região, a previsão do pico da cheia do rio Paraguai,

com meses de antecedência, é fundamental para o planejamento da movimentação dos

rebanhos bovinos das áreas sujeitas à inundação para locais topograficamente mais

altos. Isso evita que os animais fiquem ilhados, o que implica em redução de pastagens,

em perda de peso e até mesmo na morte desses animais.

Níveis muito baixos dos rios do Pantanal causam grandes prejuízos

socioeconômicos e grandes alterações nos ecossistemas da região. A dificuldade de

navegação prejudica o transporte de cargas (soja de Mato Grosso e, da Bolívia, minérios

de ferro e manganês), a pesca e o turismo. Pequenos volumes d’água dificultam a

“piracema”, colocando em risco a reprodução dos peixes. Assim, a previsão dos níveis

mínimos dos rios com antecedência de pelo menos alguns meses possibilita a tomada de

decisões que minimizem os seus efeitos. A predição das cotas fluviométricas mínimas

33

também é relevante para o planejamento de obras civis e militares sobre os rios ou nas

suas margens.

2 - Educação Ambiental

Criada para fins de pesquisa e educação, a Estação Ecológica Nhumirim (680

ha) é uma “amostra” protegida da sub-região da Nhecolândia. A sua característica

principal é a heterogeneidade de hábitats, abrigando as principais unidades de paisagem

da Nhecolândia, como as “cordilheiras”, as “baías” e as “salinas”, resultando em rica

diversidade biológica. A sua efetiva proteção, desde 1988, proporciona valiosa

oportunidade para a realização de estudos comparativos sobre os efeitos da ocupação

humana sobre o ecossistema, incluindo pesquisas básicas para subsidiar o

desenvolvimento de práticas conservacionistas para o manejo do Pantanal.

Cerca de 600 espécies de plantas ocorrem nos vários ambientes aquáticos,

campestres e florestais da Estação. As famílias com maior número de espécies são as

gramíneas e as leguminosas, ambas com cerca de 90 espécies. Das plantas inferiores, as

algas estão catalogadas por gênero, enquanto que os fungos e bactérias ainda são

desconhecidos.

Pelo menos 206 espécies de aves, 40 de mamíferos e 30 de répteis ocorrem na

Estação. Entretanto, ainda é desconhecido o número de espécies de invertebrados e de

anfíbios. Nas “baías” podem ser encontradas pelo menos 45 espécies de peixes.

A Estação conta com a infra-estrutura existente na Fazenda Nhumirim, incluindo

alojamento, refeitórios e laboratórios de campo. A Embrapa Pantanal abre

oportunidades para trabalhos científicos na Estação e campos experimentais,

incentivando convênios com universidades, institutos de pesquisa e organizações não-

governamentais (ONGs) para estudos em diversos campos da pesquisa básica e

aplicada, voltados para a conservação.

Com o objetivo de despertar o interesse pela Ciência e Tecnologia em estudantes

do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas e privadas, a Embrapa criou, em

1997, o Programa Embrapa & Escola. Por meio de palestras mensais nas escolas e,

34

quinzenais, na Embrapa Pantanal, pretende-se mostrar, para esse público, a contribuição

da pesquisa agropecuária para a conservação do Pantanal e a história e o papel da

Embrapa para o desenvolvimento tecnológico da agropecuária brasileira, além de

despertar o valor da atividade científica. Os professores também têm sido contemplados,

com cursos tratando de assuntos diretamente relacionados com o Pantanal: mamíferos

silvestres, recursos pesqueiros, coleta e preparo de plantas para herbário, entre outros.

As limitações geográficas não impedem a educação formal para estudantes de

primeira a quarta séries que residem na Fazenda Nhumirim e propriedades vizinhas.

Graças a uma parceria da Embrapa com a Secretaria de Educação do município

Corumbá, todo os anos, cerca de quinze alunos concluem o ensino fundamental sem

saírem das fazendas.

3 - Zoneamento geoambiental do maciço do Urucum

O zoneamento geoambiental da borda oeste do Pantanal (maciço do Urucum)

permitiu definir e orientar as ações de uso e ocupação dessa área, nos arredores da

cidade de Corumbá, conciliando a proteção ambiental com o uso sustentado dos

recursos naturais do local. Desenvolvido em parceria com vários outros institutos, seus

resultados beneficiaram 2 mil famílias de assentados nos municípios de Corumbá e

Ladário, além de subsidiar órgãos de planejamento, meio ambiente, desenvolvimento e

controle ambiental.

RESULTADOS

As pesquisas da Embrapa Pantanal estão gerando informações e tecnologias para

preservação e conservação dos recursos naturais da região. Dessa forma, a Instituição

vem cumprindo sua missão, qual seja, a de viabilizar o desenvolvimento sustentável do

Pantanal através da geração, adaptação e transferência de conhecimentos em tecnologias

em benefício da sociedade. No cumprimento dessa missão, muitas de suas pesquisas

35

foram e estão sendo desenvolvidas em parceria com outras organizações públicas e

privadas.

Por sua atuação, a Embrapa Pantanal é hoje uma Instituição de referência sobre o

Pantanal, reconhecida local, nacional e internacionalmente pela excelência técnico-

científica e pela qualidade de suas contribuições apresentadas à sociedade.

36

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