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01/04/2020 O papel da dieta na Doença Renal Crônica | Cachorro Verde https://www.cachorroverde.com.br/drc/ 1/5 O papel da dieta na Doença Renal Crônica by Cachorro Verde | 30 Mar, 2020 | Artigos, Doenças e Tratamentos A Doença Renal Crônica é um dos quadros mais frequentes em cães e gatos idosos, embora infelizmente possa aparecer em qualquer idade. É caracterizada pela vericação de anormalidades na função e/ou na estrutura dos rins. Os primeiros sinais clínicos de que o peludo pode estar desenvolvendo DRC são aumento da ingestão de água sem explicação, consequentemente aumento das micções (e o xixi ca clariiinho, parecendo água) e perda de apetite. Exames que investigam a suspeita são a dosagem de uréia, creatinina, fósforo, SDMA, relação proteína:creatinina urinária, urinálise, ultrassonograa abdominal e aferição de pressão arterial. Com base nos resultados desses exames a DRC é classicada em estágios (I, II, III, e IV) segundo as diretrizes do IRIS (International Renal Interest Society – link ao nal da postagem). A DRC é uma doença progressiva, mas com modicações dietéticas associadas a outras medidas (farmacológicas e/ou Homeopatia, Acupuntura, Ozonioterapia, Medicina Nutracêutica etc) é possível aumentar o tempo e a qualidade de vida e prevenir ou minimizar os seguintes fatores associados ao quadro: acidose metabólica desidratação perda de proteína na urina (proteinúria) retenção de toxinas no sangue perda muscular gastrite, anemia e desnutrição U a

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O papel da dieta na Doença Renal Crônicaby Cachorro Verde | 30 Mar, 2020 | Artigos, Doenças e Tratamentos

A Doença Renal Crônica é um dos quadros mais frequentes em cães e gatos idosos,embora infelizmente possa aparecer em qualquer idade. É caracterizada pelaveri�cação de anormalidades na função e/ou na estrutura dos rins. Os primeiros sinaisclínicos de que o peludo pode estar desenvolvendo DRC são aumento da ingestão deágua sem explicação, consequentemente aumento das micções (e o xixi �ca clariiinho,parecendo água) e perda de apetite.

Exames que investigam a suspeita são a dosagem de uréia, creatinina, fósforo, SDMA,relação proteína:creatinina urinária, urinálise, ultrassonogra�a abdominal e aferição depressão arterial. Com base nos resultados desses exames a DRC é classi�cada emestágios (I, II, III, e IV) segundo as diretrizes do IRIS (International Renal Interest Society –link ao �nal da postagem).

A DRC é uma doença progressiva, mas com modi�cações dietéticas associadas a outrasmedidas (farmacológicas e/ou Homeopatia, Acupuntura, Ozonioterapia, MedicinaNutracêutica etc) é possível aumentar o tempo e a qualidade de vida e prevenir ouminimizar os seguintes fatores associados ao quadro:

acidose metabólica

desidratação

perda de proteína na urina (proteinúria)

retenção de toxinas no sangue

perda muscular

gastrite, anemia e desnutrição

UU aa

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hipertensão arterial

aumento da taxa de fósforo no sangue, levando ao hiperparatireoidismo secundário

renal (um quadro grave em que os ossos sofrem desmineralização e o rim sofre

grande prejuízo)

a própria progressão da doença

A DRC, ao contrário do que muita gente ainda pensa, NÃO é causada pelo teor deproteína da dieta. A doença tem a ver com in�amação crônica, idade avançada, grau dehidratação inadequado, abuso de certos tipos de fármacos, hipertensãoarterial, doenças infecciosas (piometra, erliquiose, cistites de repetição), exposição atoxinas, predisposição racial (alô Yorkies e Schnauzers), defeitos congênitos, cálculosrenais e até doença periodontal (sim, o tártaro nos dentes).

Quando a DRC é diagnosticada o tutor NÃO PRECISA obrigatoriamente trocar aAlimentação Natural (AN) pela ração “Renal”. Existe a opção – na minha opinião, muitomais saudável – de procurar um pro�ssional para montar um plano dietético sobmedida para o quadro clínico e para o estágio da DRC em que o paciente se encontra.Mas não mantenha o pet na mesma dieta natural de manutenção ou tente ajustar adieta por conta, sem orientação e acompanhamento pro�ssional. Você pode acabarpiorando muito a condição renal dele. Pets nefropatas possuem requerimentosnutricionais bastante diferentes de pets saudáveis.

A dieta precisa ser variada (nefropatas “enjoam” muito rapidamente das receitas),atraente ao paladar (aquecer de leve as refeições e acrescentar gorduras saudáveisajudam bastante), naturalmente úmida para ajudar com a hidratação e eliminação detoxinas (AN fornece até 7x mais água que a ração seca), restrita em fósforo(fundamental!), com teores geralmente mais baixos de proteína (mas atenção: não sedeve JAMAIS abolir a proteína da dieta) e acrescida de ácidos graxos ômegas-3 EPA eDHA (de óleo de peixe ou óleo de krill).

Finalmente, água fresca deve ser mantida sempre à vontade e o monitoramento clínicoe com exames, feito de forma periódica, é muito importante. Se o peludo se recusa a sealimentar por 2 dias seguidos, pode ser indicada a colocação de uma sonda naso-esofágica ou enteral para administração de alimento pastoso. Nutracêuticos comovitamina E, coenzima Q10, complexo B em altas doses, vitamina C, probióticos, N-

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acetilcisteína, resveratrol e vitamina D3 podem ser altamente bené�cos ao quadro –converse a respeito com a vet do seu cão ou gato!

Referências:

http://www.iris-kidney.com/

http://dogaware.com/health/kidney.html

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22720808

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6271312/

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20402842

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17085241

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27198066

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5787163/

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27485278

https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13847/tratamento-nutricional-da-drc-em-

caes-e-gastos

 

Sylvia AngélicoMédica Veterinária pós-graduada em Nutrição AnimalCRMV-SP 29945

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