O orvalho vem caindo
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O Orvalho Vem Caindo Noel Rosa
O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéue também vão sumindo, as estrelas lá do céuTenho passado tão malA minha cama é uma folha de jornal
O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéue também vão sumindo, as estrelas lá do céuTenho passado tão malA minha cama é uma folha de jornal
Meu cortinado é um vasto céu de anilE o meu despertador é o guarda civil(Que o dinheiro ainda não viu!)
O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéue também vão sumindo, as estrelas lá do céuTenho passado tão malA minha cama é uma folha de jornal
A minha terra dá banana e aipimMeu trabalho é achar quem descasque por mim (Vivo triste mesmo assim!)
O orvalho vem caindo, vai molhar o meu chapéue também vão sumindo, as estrelas lá do céuTenho passado tão malA minha cama é uma folha de jornal
A minha sopa não tem osso e nem tem salSe um dia passo bem, dois e três passo mal(Isso é muito natural!)
Juízo Final Nelson Cavaquinho
O sol....há de brilhar mais uma vezA luz....há de chegar aos coraçõesDo mal....será queimada a semente
O amor...será eterno novamenteÉ o Juízo Final, a história do bem e do malQuero ter olhos pra ver, a maldade desaparecer
Repete a música 2 vezes:
O amor...será eterno novamente
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Palpite Infeliz Noel Rosa
Quem é você que não sabe o que diz?Meu Deus do Céu, que palpite infeliz!Salve Estácio, Salgueiro, Mangueira,Oswaldo Cruz e MatrizQue sempre souberam muito bemQue a Vila Não quer abafar ninguém,Só quer mostrar que faz samba também
Fazer poema lá na Vila é um brinquedoAo som do samba dança até o arvoredoEu já chamei você pra verVocê não viu porque não quisQuem é você que não sabe o que diz?
A Vila é uma cidade independenteQue tira samba mas não quer tirar patentePra que ligar a quem não sabeAonde tem o seu nariz?Quem é você que não sabe o que diz?
Spc
Zeca Pagodinho
Precisei de roupa novaMas sem prova de salárioCombinamos, eu pagavaVocê fez o crediárioNosso caso foi pra covaE a roupa pro armárioNosso caso foi pra covaE a roupa pro armário...
E depois você quisManchar meu nomeDentro do meu metiêrMexeu com a moralDe um homemVou me vingar de vocêPorque!Eu vou sujar!Seu nome no seu SPCTu vai vê!Eu vou sujar!Seu nome no SPC...
Quis me fazer de otárioMas o crediárioJá está pra vencerSei que eu não souSalafrárioMas o numerárioVocê não vai verPorque!Eu vou sujar!Seu nome no SPCEu vou sujar!Seu nome no SPC...
Precisei de roupa novaMas sem prova de salárioCombinamos, eu pagavaVocê fez o crediárioNosso caso foi pra covaE a roupa pro armárioNosso caso foi pra covaE a roupa pro armário...
E depois você quisManchar meu nomeDentro do meu metiêr
Mexeu com a moralDe um homemVou me vingar de vocêPorque!Eu vou sujar!Seu nome no seu SPCEu vou sujar!Seu nome no SPC...
Tens um emprego de eliteEu tenho um palpiteQue tu vais perderÉ necessário estar quiteO patrão não permiteQue fique a deverPorque!Eu vou sujar!Seu nome no SPCEu vou sujar!Seu nome no SPC...
Precisei de roupa novaMas sem prova de salárioCombinamos, eu pagavaVocê fez o crediárioNosso caso foi pra covaE a roupa pro armárioNosso caso foi pra covaE a roupa pro armário...
E depois você quisManchar meu nomeDentro do meu metiêrMexeu com a moralDe um homemVou me vingar de vocêPorque!Eu vou sujar!Seu nome no seu SPCEu vou sujar!Seu nome no SPC...
Com o aumento dos jurosVocê em apuroPra mim vai correrPra me vingar dos teus furosJuro que tô duroE não pago o carnêPorque!
Eu vou sujar!Seu nome no SPCEu vou sujar!Seu nome no SPC...
Olha, eu já disse a vocêQue vou sujar!Seu nome no SPCTu vai vê!Eu vou sujar!Seu nome no SPC(Eu vou sujar!)Eu vou sujar!Seu nome no SPC(Eu vou sujar!)Eu vou sujar!Seu nome no SPC...
Comprei camisa de sêdaDe cetim e de lamêEu vou sujar!Seu nome no SPCJá disse a vocêEu vou sujar!Seu nome no SPC...
Fita Amarela
Noel Rosa
Quando eu morrer, não quero choro nem velaQuero uma fita amarela gravada com o nome delaSe existe alma, se há outra encarnaçãoEu queria que a mulata sapateasse no meu caixão
Não quero flores nem coroa com espinhoSó quero choro de flauta, violão e cavaquinhoEstou contente, consolado por saberQue as morenas tão formosas a terra um dia vai comer.
Não tenho herdeiros, não possuo um só vintémEu vivi devendo a todos mas não paguei a ninguémMeus inimigos que hoje falam mal de mimVão dizer que nunca viram uma pessoa tão boa assim.
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Maiúsculo Sérgio Sampaio
Como é maiúsculoO artista e a sua cançãoRelação entre Deus e o músculoQue faz poderosa a sua criaçãoPensando bemÉ um mistérioComo é misterioso o coração
Como é minúsculoO olhar de quem vive no escuroUm sujeito malvado e burroAlguém machucado como não ter um bemNão tem porémMas tem um tédioNão ser vítima do assédio de ninguém
Quase não dormeVive ao avessoMedo conhece bemSem endereçoComo é que podeNão fazer mal também
Tenho meus víciosVivem dentro de mim esses bichosSão o pai e a mãe dos meus lixos
E às vezes me levam de mal a piorPergunto quemNão sabe dissoOs momentos em que a vida não tem dó
Solto meus bichosPelas músicas quando me aflijoMas um homem sem esse feitiçoE sem um carinho a que recorrerPode matarQuerer correrPois perdeu todo sentido de viver