O Olugbajé é a festa anual em homenagem a Obaluayê

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O Olugbajé é a festa anual em homenagem a Obaluayê, onde as comidas são servidas na folha de mamona. Rememorando um itan (mito) onde todos os Orixás para se acertarem com Obaluaiyê, por motivos de ter sido chacoteado numa festividade feita por Xangô por sua maneira de dançar. Nessa festividade, todos os Orixás participam (com exceção de Xangô), principalmente Osanyin, Oxumarê, Nanã e Yewá, que são de sua família. Oyá tem papel importante por ser ela que ajuda no ritual de limpeza e trazer para o barracão de festas a esteira, sobre a qual serão colocadas as comidas. Olubajé é ritual especifico para o orixá Obaluayê, indispensável nos terreiros de candomblé, no sentido de prolongar a vida e trazer saúde a todos os filhos e participantes do axé. No encerramento deste rito é oferecido no mínimo nove iguarias da culinária afro-brasileira chamada de comida ritual pertinente a vários Orixás, simbolizando a Vida, sobre uma folha chamada "Ewe Ilará" conhecida popularmente como mamona assassina, "altamente venenosa" simbolizando a Morte (iku). SACRIFÍCIOS Sacrifício não é sinônimo de assassinato, relacionado que está a rituais sagrados, visando, no Candomblé e RELIGIÕES AFRICANAS TRADICIONAIS, ampliar acumular e distribuir a força vital e sagrada que é o Axé. Boa parte das religiões utilizava sacrifícios, em seus rituais, mas na maioria das vezes como um sentido expiatório, não se aplicando essa nação ao Candomblé por um motivo aparentemente simples: no Candomblé, não existe pecado, portanto não há o que expiar. Entre os cristãos, por exemplo, a extinção do sacrifício (em termos reais), justifica-se pela morte de Jesus, o Cristo, que teria morrido para salvar a humanidade no mais importante sacrifício que o mundo assistiu. Ocorre que Jesus morreu pelos Cristãos, e não pelo Candomblé ou por RELIGIÕES AFRICANAS TRADICIONAIS, e isso significa, na realidade, que os ritos processados em outra doutrina religiosa não fazem nenhum sentido para nós da religião dos orixás; da mesma forma que os rituais de candomblé fogem a compreensão da igreja católica. (inclusive vemos no livro Cristão, quando Jesus é apresentado ao templo Lucas 2;21, cumpridos os oito dias para circuncisar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo que lhe fora posto antes de ser concebido. Quando se completaram os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor, conforme o que está escrito na lei do Senhor. Todo primogênito será consagrado ao Senhor, e para dar a oferta segundo o que está disposto na lei do Senhor: Um par de rolas ou dois pombinhos.) Em outras palavras o Candomblé e as RELIGIÕES AFRICANAS TRADICIONAIS só se explicam pelo Candomblé, não adiantando recorrer a bíblia para

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O Olugbajé é a festa anual em homenagem a Obaluayê, onde as comidas são servidas na folha de mamona. Rememorando um itan (mito) onde todos os Orixás para se acertarem com Obaluaiyê, por motivos de ter sido chacoteado numa festividade feita por Xangô por sua maneira de dançar.Nessa festividade, todos os Orixás participam (com exceção de Xangô), principalmente Osanyin, Oxumarê, Nanã e Yewá, que são de sua família. Oyá tem papel importante por ser ela que ajuda no ritual de limpeza e trazer para o barracão de festas a esteira, sobre a qual serão colocadas as comidas.Olubajé é ritual especifico para o orixá Obaluayê, indispensável nos terreiros de candomblé, no sentido de prolongar a vida e trazer saúde a todos os filhos e participantes do axé. No encerramento deste rito é oferecido no mínimo nove iguarias da culinária afro-brasileira chamada de comida ritual pertinente a vários Orixás, simbolizando a Vida, sobre uma folha chamada "Ewe Ilará" conhecida popularmente como mamona assassina, "altamente venenosa" simbolizando a Morte (iku).

SACRIFÍCIOSSacrifício não é sinônimo de assassinato, relacionado que está a rituais sagrados, visando, no Candomblé e RELIGIÕES AFRICANAS TRADICIONAIS, ampliar acumular e distribuir a força vital e sagrada que é o Axé. Boa parte das religiões utilizava sacrifícios, em seus rituais, mas na maioria das vezes como um sentido expiatório, não se aplicando essa nação ao Candomblé por um motivo aparentemente simples: no Candomblé, não existe pecado, portanto não há o que expiar.Entre os cristãos, por exemplo, a extinção do sacrifício (em termos reais), justifica-se pela morte de Jesus, o Cristo, que teria morrido para salvar a humanidade no mais importante sacrifício que o mundo assistiu. Ocorre que Jesus morreu pelos Cristãos, e não pelo Candomblé ou por RELIGIÕES AFRICANAS TRADICIONAIS, e isso significa, na realidade, que os ritos processados em outra doutrina religiosa não fazem nenhum sentido para nós da religião dos orixás; da mesma forma que os rituais de candomblé fogem a compreensão da igreja católica.(inclusive vemos no livro Cristão, quando Jesus é apresentado ao templo Lucas 2;21, cumpridos os oito dias para circuncisar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo que lhe fora posto antes de ser concebido. Quando se completaram os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor, conforme o que está escrito na lei do Senhor. Todo primogênito será consagrado ao Senhor, e para dar a oferta segundo o que está disposto na lei do Senhor: Um par de rolas ou dois pombinhos.)

Em outras palavras o Candomblé e as RELIGIÕES AFRICANAS TRADICIONAIS só se explicam pelo Candomblé, não adiantando recorrer a bíblia para explicar e muito menos condenar as práticas da religião dos Orixás.O sangue é de importância vital para os Orixás, pois esta ligado à concepção, à fertilidade, ao nascimento e a todas as etapas da vida. Sem sangue não há Axé, ninguém nasce sem sangue. Quando deixar de haver sacrifícios, o Candomblé deixará de existir.

NO DIA EM QUE UM HOMEM ENGOLIR UMA GALINHA INTEIRA, VIVA, SEM TIRAR AS PENAS, O SANGUE, AS VÍSCERAS; NO DIA EM QUE UM PARTO NÃO SANGRAR E A ÁGUA NÃO VERTER SOBRE A TERRA, NESTE DIA EU DEIXO DE CORTAR PARA O ORIXÁ !

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Não se derramam o sangue do animal por maldade ou crueldade e muitos menos para fazer mal a alguém. O sacrifício é a condição para que a vida continue, e não apenas na RELIGIÃO DOS ORISAS (INKISES E VODUNS). Todos se alimentam, seja de carne seja de vegetal, e um boi pode ser comido em bifes, ou seja, em apartes e depois de morto.UMA ALFACE, AO SER DESCONECTADA DE SUA RAIZ, TAMBÉM É MORTA.Por que não se pode atribuir um significado religioso a um ato essencial para a sobrevivência humana?Será mesmo que a condenação do Candomblé se deve ao sacrifício?CLARO QUE NÃO. Não seria uma forma da sociedade CAMUFLAR preconceitos mais profundos?COM CERTEZA...O ritual macabro não está nas RELIGIÕES AFRO DESCENDENTES, e sim nos matadouros, onde os animais são submetidos a inúmeras crueldades e morrem com muito sofrimento. Imaginem um animal ainda vivo tendo a sua pele arrancada: isso é um exemplo do ocorre nos matadouros.É por isso que a carne que será consumida pelos iniciados deve ser sacralizada por meios de rituais específicos, a carne de um animal que morreu com o sofrimento não faz bem a ninguém.Os Judeus e Muçulmanos, por exemplo, só comem carnes de animais abatidos de acordo com seus preceitos.POR QUE A RELIGIÃO DOS ORISAS NÃO PODE FAZER O MESMO?É um absurdo acusar A RELIGIÃO DOS ORISAS de fazer sacrifícios humanos, como têm feito certas igrejas.O Candomblé e A RELIGIÃO DOS ORISAS não é uma religião hipócrita e assume o que faz. São sacrificados, sim, bois, bodes galinhas, patos e muitos outros animais, que depois servem de alimentos à comunidade, mas nunca seres humanos, pois o Orixá vive no Homem e através do Homem.Todo homem sacrifica não necessariamente num sentido religioso, e mata para sobreviver.QUE MAL PODE HAVER EM OFERECER AOS DEUSES AS PARTES QUE O HOMEM NÃO CONSOME?Lembrem-se de que Jesus foi condenado à morte por pessoas que viriam a santificá-lo depois, fazendo o sinal-da-cruz, adorando a sua imagem ensangüentada. Pois que fique bem claro: não somos contra o homem Jesus, mas contra os homens que mataram Jesus.NÓS NÃO MATAMOS NOSSOS ORIXÁS, NÓS OS AMAMOS COM TODOS OS SEUS DEFEITOS E QUALIDADES!Para o Candomblé e A RELIGIÃO DOS ORISAS tudo que a natureza produz é sangue, pois o que define o sangue é a força que detém, ou seja, o Axé, e um sacrifício, requer a utilização de vários rios tipos de sangue, vindos das mais variadas fontes da natureza, atribuindo vida e sentido ao Orixá, aos homens e à própria existência.

Todos os elementos são portadores de axé e combinados reforçam, ampliam e restabelecem a relação entre os homens e os Orixás. O Axé é uma força vital que pode ser acumulada, aumentada, e o sacrifício, com a utilização das mais variadas fontes de Axé, provenientes da natureza, é que fortalece o poder dos Orixás e dos Candomblés e das RELIGIÕES AFRICANAS TRADICIONAIS!

Boa tarde Pessoal hoje aqui abordaremos as Diferenças das Nações Angola/Kongo e Ketu/Nagô, seus Costumes, suas Origens, seus Cultos, Efim espero que apreciem e

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gostem !!!

Diferenças entre as Nações de N’gola-Kongo/Banto e Ketu-Nagô/Yoruba – Por Tat’eto Kiretauã- N’gola Moxi ia Kongo/Bate Folha- Culto a N’kisi ( Banto )

Em primeiro lugar, gostaria de tentar esclarecer as diferenças entre as nações de N’gola/Kongo-povo Banto e do Ketu/Nagô-povo Nigeriano.N’gola ( Angola ) é uma nação originária dos negros Bantos, que chegaram ao Brasil por volta de 1560, trazidos da Àfrica Sul-Equatorial, em sua grande maioria vinham de N’gola ( Angola ), do Kongo Costa do Golfo da Guiné e Moçambique. Flavam a mesma Língua, porém traziam com eles muitos dialetos, cerca de 270, represetando 2/3 do continente Africano, chamado de Àfrica Negra. Os dialetos principais são o KIBUNDO e KICONGO, que até hoje são fortemente usados na linguagem religiosa nas casas de N’GOLA-KONGO no Brasil.

O negro Banto, trouxe consigo as suas Dinvindades (MAHAMBAS), o N’KISI (MINKISI-plural), que não tem nada a ver com o Òrìsá Nagô ( Ketú ), apenas o fato de serem todas Dinvindades, energias da natureza oriundas do Continente Africano. O Negro Nagô/Ketu, chegou ao Brasil um século e meio depois, quando os negros Bantos, já haviam sido desafricanizados por seus senhores católicos.

Os negros Nagôs/Ketú, vindo principalmente de Benin, hoje Nigéria, trouxeram com eles seus costumes, seu culto, seus Òrìsás e o seu indioma, o Yorubá.

Por terem chegado ao Brasil, bem depois dos negros Bantos eo Culto dos MUNKISI, enfraquecido por causa dos senhores brancos católicos, o culto Nagô/Ketú, ficou mais em evidência e mais divulgado que o culto dos negros Bantos, N’GOLA/KONGO.

Também existe o fato de que o negro Banto, através dos seus juramentos Religiosos não pode passar s seus conhecimentos adiante, só para aqueles que já foram iniciados na Nação e tem o tempo necessa´rio para receber os ensinamentos, o que ainda hoje é respeitado com muito rigor.

Agora, quando vejo, escuto ou leio algum artigo, onde o pai e mãe de santo fulano de tal, diz ser Angoleiro ou Angoleira e fala com uma suposta sabedoria “equivocada”, que o seu Èsú, o seu Òrìsám os seus Ìyàwòs, os Ògáns da casa, os atabaques e que é Bàbàlòrìsá ou Ìyàlòrìsá, fico Indignado.Dentro do N’GOLA/KONGO, não existe Èsú ( Òrìsá Nagô ) e sim PAMBU N’GILA ( SENHOR DOS CAMINHOS ), não temos Ìyàwò, temos MUZENZA ( iniciado ), não temos Ògàns e sim N’SIKA NI N’GOMA ( tocador de tambor ) e KIVONDA ( sacrificador ), não temos o ATABAQUE e sim N’GOMA ( tambor ), temos TATA, MAMA, TAT’ETO E MAM’ETO OU N’GANGA ( sacerdote ) e não BÀBÀLÒRÌSÁ e ÌYÀLÒRÌSÁ, que são os sacerdotes da nação Ketu/Nagô.

Vejo também os supostos Angoleiros e Angoleiras, dizerem que jogam Bùzios, através de ÌFÁ e do ÒDÚ, mais uma vez equivocadamente. Pois na nação Banto não temos Búzios e sim N’GOMBO-N’ZIMBO, não temos ÌFÁ e sim N’KUKUA-LUNGA ( Deus da Advinhação Banto ) e não temos ÒDÚ, pois petençe a raiz do Ketú /Nagô.

Também não vejo como uma casa (N’ZO) de culto religioso Afro, possa falar duas ou mais Linguas, ou cultuar mais de uma nação no memo templo. Pis já vi aqueles

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que dizem “na minha casa tocamos Angola e Ketu”. Não consigo imaginar como isso é possível.

Por isso queridos irmãos de cultura e iniciação Angola/Kongo ou Ketú/Nagô, Tat’etos e Mam’etos, Bàbàlòrìsás e Ìyàlòrìsás, temos que estar alertas sobre as nossas culturas e costumes ( raízes ), para que possamos levar nossa bandeira na sua forma e plenitude mais pura e correta possível.

Povo de cultura e raiz Banto devem se lembrar sempre que N’ZAMBI-AMPUNGO é nossos Deus.