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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | MAIO 2018 | EDIÇÃO 202 | ANO 16 54 3452.4723 | [email protected] Rua General Osório, 309 - Sala 904 - Centro - Bento Gonçalves - RS André Pellizzari Fotografia Terceira Idade O novo perfil da

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André Pellizzari Fotografia

Terceira IdadeO novo perfil da

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Muito longe de oferecer ao indivíduo um recurso

contra seu destino biológico, assegurando-lhe um futuro

póstumo, a sociedade de hoje o rechaça, ainda vivo, para um

passado ultrapassado. Outrora, imaginava-se que cada um, ao longo dos anos, acumulava um

tesouro: a experiência. Extraído da página 468, do livro “ A Velhice”, da escri-

tora francesa Simone de BEAUVOIR, lançado em 1970.

INDEPENDÊNCIA NA TERCEIRA IDADE JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Maio 20182

Por Kátia Bortolini

m todo o mundo, o número de pes-soas com 60 anos ou mais está cres-cendo rapidamente em relação a ou-tras faixas etárias. O Brasil, segundo a World Health Organization (WHO), até 2025 será o sexto país em núme-

ro de idosos. Esse cenário é decorrente da redução nas taxas de fertilidade e do acréscimo da longe-vidade nas últimas décadas. Em todo os países do mundo estão sendo registradas quedas nas taxas de fertilidade. Conforme a WHO, até 2025, 120 países terão alcançado taxas de fertilidade total abaixo do nível de reposição (média de fertilidade de 2,1 crian-ças por mulher).

Atualmente, os especialistas no estudo do en-velhecimento referem-se a três grupos de pessoas mais velhas: os idosos jovens, os idosos velhos e os idosos mais velhos. O termo idosos jovens geral-mente se refere a pessoas de 65 a 74 anos, que cos-tumam estar ativas, cheias de vida e vigorosas. Os idosos velhos, de 75 a 84 anos, e os idosos mais ve-lhos, de 85 anos ou mais, são aqueles que têm maior tendência para a fraqueza e para a enfermidade e podem ter dificuldade para desempenhar algumas atividades da vida diária. Embora esta categorização seja bastante usual, o processo de envelhecimento é uma experiência heterogênea, vivida como uma experiência individual. Algumas pessoas, aos 60 anos, já apresentam alguma incapacidade, outras estão cheias de vida e energia aos 85 anos.

Idade funcionalOutra classificação muito usada é por idade fun-

cional, referente ao quanto uma pessoa funciona em um ambiente físico e social, em comparação a outras de mesma idade cronológica. Uma pessoa de 90 anos, com boa saúde física, pode ser funcional-mente mais jovem do que uma de 65 anos. A distin-ção entre idosos jovens, idosos velhos e idosos mais velhos pode auxiliar no entendimento de que o en-

Razão de dependência etaxa de envelhecimento

Segundo o Atlas do Desenvolvimento Urbano no Brasil, entre 2000 e 2010, a razão de dependência em Bento Gonçalves passou de 42,16% para 35,42% e a taxa de envelhecimento, de 6,38% para 8,42%. Em 1991, esses dois indicadores eram, respectiva-mente, 48,90% e 5,53%.

Na Unidade Federativa, a razão de dependência passou de 65,43% em 1991, para 54,88% em 2000 e 45,87% em 2010; enquanto a taxa de envelheci-mento passou de 4,83%, para 5,83% e para 7,36%, respectivamente.

A razão de dependência é o percentual da po-pulação de menos de 15 anos e da população de 65 anos e mais (população dependente) em relação à população de 15 a 64 anos, potencialmente ativa.

A taxa de envelhecimento é a razão entre a po-pulação de 65 anos ou mais de idade em relação à população total.

Com o aumento da

expectativa de vida,

novas frentes de

atendimento,

aliadas a processos

tecnológicos, dão

suporte a essa

nova realidade

Augusto Francisco Vaccaro e Maria Lazzari Vaccaro representam a terceira idade ativa e de bem com a vida André Pellizzari Fotografia

Na maioria dos países, cresce percentual de idososvelhecimento não é algo determinado pela idade cronológica, mas é consequência das experiências passadas, da forma como se vive e se administra a própria vida no presente e de expectativas futuras. Uma pesquisa feita por acadêmicos de Psicologia da Universidade de Campinas mostra que a velhice é uma experiência individual que pode ser vivencia-da de forma positiva ou negativa, em consonância com a história de vida da pessoa e da representação enraizada dessa fase da vida na sociedade em que vive. Ainda, segundo a pesquisa da Universidade de Campinas, muitos idosos que não se reconhecem como tal, têm estereótipos negativos em relação a velhice. São estereótipos que refletem ideias errô-neas comuns, como: as pessoas idosas são doentes, rabugentas e excêntricas, gerando uma imagem distorcida da velhice. A maioria dos idosos, além de não ser doente, apresenta dimensões de personali-dade que teceram ao longo de toda a vida. Também, conforme a pesquisa, para muitas pessoas interagir com velhos é lembrar-se da proximidade da morte.

Velhice entrou “em baixa” nomundo ocidental no século 19A velhice começou a ser tratada como uma eta-

pa da vida caracterizada pela decadência física e au-sência de papéis sociais a partir da segunda metade do século 19. As associações negativas relacionadas à velhice atravessaram os séculos e, ainda hoje, mes-mo com tantos recursos para prevenir doenças e re-tardá-las, é temida por muitas pessoas e vista como uma etapa detestável. Já as sociedades não ociden-tais apresentam imagens positivas da velhice e do envelhecimento, ensinando que a representação de velhice enraizada nas ideias de deterioração e perda não é universal. À medida que o envelhecimento é documentado em outros povos, constata-se que ele é um fenômeno profundamente influenciado pela cultura.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Maio 2018 INDEPENDÊNCIA NA TERCEIRA IDADE 3

Prioridade especial para maiores de 80 anos

A Lei federal nº 13.466/2017, de julho de 2017, alterou o Estatuto do Idoso, estabelecendo prioridade especial para as pessoas maiores de oitenta anos. A prioridade especial dos octogenários em relação aos demais idosos inclui, dentre outras, a preferência no acesso à rede de serviços de saúde, exceto em caso de emergência, e de assistência so-cial e no recebimento da restituição do Imposto de Renda. Na tramitação de processos judiciais também deverá ser observada a preferência dos maiores de oitenta anos em relação aos demais. Para isso, é necessária a comprovação da idade.

Idosos atendidos pela Casa de Repouso Elisa Tramontina, em Carlos Barbosa: “a felicidade está nas coisas simples”

Estatuto do Idoso prevê direitosa brasileiros com mais de 60 anos

Em Bento Gonçalves, Conselho Municipal do Idoso (COMUI) foi criado em 2014

Em Bento Gonçalves, a criação do Conselho Municipal do Idoso (COMUI) e do Fundo Municipal do Idoso, impostos pelo Estatuto do Idoso para todos munícipios do país, ocorreu em 8 de julho de 2014 com a sanção do projeto de lei nº 5.825, de autoria do poder executivo, aprovado pelo legislativo. O COMUI discute a política de atendimento ao idoso de Bento Gonçalves. Também acolhe denúncias de violação de direitos da pessoa idosa. Além disso, dá parecer sobre o destino do recurso finan-ceiro presente no Fundo Municipal do Idoso, inclusive para repasse à Organizações da Sociedade Civil ligadas a política do Idoso.

O Conselho Municipal é formado por representantes das Secretarias Municipais de Assistência Social, Saúde e Educação, por entidades não governamentais que desenvolvam trabalhos e/ou atividades com idosos, legalmente constituídas, e por Associações de Bairros, também legalmente constituídas. O COMUI e demais conse-lhos municipais ficam sediados na Secretaria Municipal de Habitação e Assistência Social - SEMHAS, na General Cândido Costa, nº 65, sala 401, Centro, Edifício Palazzo del Lavoro.

A principal receita do Fundo Municipal é a destinação de percentual do imposto de renda de pessoa física (6% do imposto devido) e de pessoa jurídica (1% do im-posto devido). O orçamento do Fundo para este ano é R$ 229.000,00. Desse mon-tante, R$ 219.000,00 é destinado a subvenções sociais. O restante é para as demais despesas do Conselho com capacitações, campanhas, materiais e conferências, entre outras demandas e atividades que envolvam a política do idoso. As organizações da sociedade civil podem ser contempladas através de editais de chamamento público ou processos de inexigibilidade de chamamento (quando a destinação do percentu-al de imposto é indicada a uma determinada entidade). Se você tem Imposto de Ren-da a pagar, destine ao Fundo Municipal do Idoso: Caixa Econômica Federal, Agência 2792, C/C 400146-1, CNPJ 21.706.792/0001-94.

O Estatuto do Idoso, proposto pelo projeto par-lamentar da lei federal nº 3.561 de 1997, de autoria do então deputado federal Paulo Paim, resultante da organização e mobilização de aposentados, pen-sionistas e idosos vinculados à Confederação Brasi-leira dos Aposentados e Pensionistas (COBAP), foi uma grande conquista para brasileiros com mais de 60 anos. O estatuto, sancionado pelo ex-presidente Lula em outubro de 2003, depois de seis anos de discussão no Senado Federal, entrou em vigor no dia 1 janeiro de 2004. Mais abrangente que a Política Nacional do Idoso, lei de 1994 que dava garantias à terceira idade, o estatuto institui penas severas para quem desrespeitar ou abandonar cidadãos da ter-ceira idade.

Conforme o Estatuto, o idoso tem preferência e priorização no atendimento dos serviços prestados

pela sociedade, na formulação, na execução e na destinação de recursos provenientes das políticas sociais e de saúde, bem como na viabilização de sua participação nos segmentos sociais e de convívio com sua família, e na garantia do acesso à rede dos serviços de saúde e sociais. A lei também preconiza que nenhum idoso pode sofrer negligência, discri-minação, violência, insultos ou opressão, por ação ou omissão.

Os casos de suspeita ou confirmação de maus--tratos devem ser comunicados pelos profissionais de saúde à autoridade policial. Cabe ao Estado a garantia da proteção à vida e à saúde diante das políticas sociais e de saúde, as quais propiciem um envelhecimento digno.

Já o Sistema Único de Saúde (SUS) deve assegu-rar a atenção integral, o acesso universal e igualitá-

rio aos diversos níveis de complexidade de atenção, tendo o direito de permanecer acompanhado por algum membro familiar que garanta conforto e se-gurança.

As ações voltadas ao bem-estar e qualidade de vida estabelecidas pelo estatuto estão relacionadas à promoção, manutenção e reabilitação da saúde e a prevenção de doenças incluindo especial atenção aos casos de agravos de doenças de longa duração inerentes a idade avançada.

O idoso tem direito a educação, lazer, cultura e esporte, entre outras atividades que propiciem bem-estar e qualidade de vida. Várias universidades brasileiras oferecem vagas nos cursos de graduação e pós-graduação para pessoas da Terceira Idade, possibilitando a reinserção da pessoa na comuni-dade acadêmica e na sociedade.

Divulgação Casa de Repouso Elisa Tramontina

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Maio 2018INDEPENDÊNCIA NA TERCEIRA IDADE4

Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda. Rua Refatti, 101 - Maria Goretti - Bento Gonçalves - RS | Fone: (54) 3454.2018 | 3451.2500 | E-mail: [email protected] | www.integracaodaserra.com.br

Periodicidade: Mensal | Circulação: Primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves, Garibaldi, Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos

Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374 | Redação: Júlia Beatriz Oliveira de Freitas | Social Media: Natália Zucchi | Área Comercial: Moacyr Rigatti | Atendimento: Sinval Gatto Jr. | Diagramação:

Vania Maria Basso | Editor de Fotografia: André Pellizzari | Colaboradores e Colunistas: Aldacir Pancotto, Ancila Dall´Onder Zat, Bruno Nascimento, Melissa Maxwell Bock, Rogério Gava, Thompsson Didoné

A Casa de Repouso Elisa Tramontina é referência para o cuidado de idosos em vários municípios da Serra Gaúcha. Construída há 37 anos no mu-nicípio de Carlos Barbosa, com o apoio da matriarca da família Tramontina, Elisa Tramontina, tem como principal diferencial, o fato de estar anexa ao Hos-pital São Roque, disponibili-zando uma estrutura ímpar de atendimento. Projetada para a terceira idade, possui amplas instalações, entre ás áreas in-terna e externa, que proporcio-nam aconchego e segurança. “Durante as 24 horas do dia, oferecemos total infraestrutura física e profissional através do Hospital São Roque, garantin-do assim, segurança e assistên-cia para situações de urgência, bem como em todas as necessi-dades como realização de exa-mes e internações, entre outros procedimentos”, ex-plica a Coordenadora Administrativa, Cátia Argenta.

Novas amizades

Mais que uma Casa, o local é um lar aos vovôs e vovós, onde todos têm a possibilidade de interagir entre si, criando novas amizades, e com as equipes que os assistem. Há ainda a possibilidade de as fa-mílias personalizarem o quarto do residente, apro-ximando-o das características do seu lar. “Nossos residentes são atendidos por uma equipe multidis-ciplinar, constituída por Médico, Enfermeiros, Técni-cos de Enfermagem, Fisioterapeutas, Psicóloga, Te-rapeuta Ocupacional, Nutricionistas, Farmacêuticas, Assistente Social. Também contam com serviços ad-ministrativos, de higienização, rouparia, copa, e ser-viços de apoio operacional. Além disso, há a atuação de profissionais parceiros que realizam atividades de yoga, musicoterapia, cuidados pessoais e também coordenam atividades de cuidado e entretenimen-

O Lar do Ancião de Bento Gonçalves, inaugu-rado em 1990, foi a primeira casa de repouso do município, construída em área de terra doada pela prefeitura na Linha Pradel, bairro São Roque. O pro-jeto arquitetônico foi doado pelo Rotary Club Bento Gonçalves Planalto. Já os materiais de construção, móveis e utensílios foram adquiridos com doações financeiras da comunidade. Atualmente, em Bento

Lar do Ancião: primeira casa de repouso de BentoAtualmente, onze estabelecimentos atendem idosos, entre clínicas e casas de repouso

Gonçalves há onze estabelecimentos voltados ao atendimento de idosos, entre clínicas e casas de re-pouso. Conforme o Censo de 1991, o município tinha 78.643 habitantes, entre eles 6.842 idosos (8,7% da população), entre 3.899 mulheres e 2.950 homens. No Censo de 2010, o IBGE contabilizou 107.278 resi-dentes em Bento Gonçalves, entre eles 13.463 com mais de 60 anos idade, 5.784 homens e 7.589 mulhe-

res, correspondentes então a 12,54% da população total. Em Garibaldi, o Censo de 2010 apontou uma população total de 30.689. Destes 4.130 idosos, en-tre 1.799 homens e 2.331 mulheres. Em Monte Belo do Sul, a população total era de 2.670, sendo 624 idosos, entre 282 homens e 466 mulheres. Em Santa Tereza, a população total apontada foi de 1.720, des-tes 466 idosos, entre 225 homens e 241 mulheres.

Casa de Repouso Elisa Tramontina37 anos cuidando do idoso com segurança e aconchego

to”, destaca a gestora.A Casa de Repouso

Elisa Tramontina atende desde idosos independen-tes, até aqueles que ne-cessitam de cuidados mais intensivos. “Não bastasse isso, também oferecemos apoio aos idosos que pre-cisam de reabilitação pós--operatória ou aplicação de medicamentos em dife-rentes momentos do dia. É um suporte que damos às famílias que, por motivos variados, não tem como fazer este acompanhamen-to”, explica Cátia.

Música, dança, teatro

Além do atendimento assistencial, os idosos que possuem condições de des-locamento participam de atividades internas e exter-nas que ocorrem em Carlos Barbosa, como passeios ao centro da cidade, participa-ção de atividades natalinas, feiras, jogos, bailes de ter-ceira idade, entre outros. “Seguidamente os vovôs e vovós recebem a visita de alunos da rede estudantil, de grupos de música, dan-ça e teatros, entre outros. O dia-a-dia dos nossos re-sidentes é cercado de ati-vidades de interação com a equipe e entre os próprios idosos”, conclui Cátia Ar-genta.

Divulgação Casa de Repouso Elisa Tramontina

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Maio 2018 INDEPENDÊNCIA NA TERCEIRA IDADE 5

Na Serra Gaúcha, serviço de teleassistência éoferecido pela Bendito, da Monitora Bento

No Brasil, o uso da teleassistência ainda é pouco conhecido. O serviço começou a ser oferecido para Bento Gonçalves e outros municípios da região há cerca de dois anos pelo Bendito Assistência Emergencial, do Gru-po Monitora Bento. A Bendito dispõe de uma central de atendimento vocacionada para responder a qualquer situação de emergência. Além de atendimento emergencial ligado à saúde, a estrutura do Bendito, conectada ao corpo da pessoa por uma pulseira ou colar, também pode ajudar a evitar assaltos e sequestros.

Tecnologia proporciona autonomia e segurançaTeleassistência surgiu nos Estados Unidos há mais de 40 anos

Atualmente, há várias tecnologias voltadas ao apoio de idosos, entre elas a tele assistência, um atendimento remoto destinado a situações emer-genciais que envolvam riscos à saúde.

A teleassistência, surgiu nos Estados Unidos há mais de 40 anos como um Personal Emergency Response Systems (PERS). Esse termo pode ser tra-

duzido em português como Sistema de resposta de emergência pessoal, ou seja, um sistema que quan-do acionado emite uma resposta emergencial à um receptor.

Na época, através de um estudo estatísticos, foi constatado que, na época, 42% dos americanos internados em hospitais eram idosos. Também foi

constatado que os idosos, quase sem exceção, pre-feriam permanecer em suas casas, pelo máximo de tempo que fosse possível.

Em 1972, o americano Adrew Dibner desenvol-veu um sistema de emergência que solucionasse o problema dos idosos que moram sozinhos, criando a teleassistência.

Pesquisas comprovam aeficácia da teleassistência

Em 1980, foi feita a primeira pesquisa nos Estados Unidos sobre a tecnologia com uma amostra de 551 usuários dos aparelhos de teleassistência. Uma aná-lise feita antes de depois da pesquisa apontou que os usuários do aparelho gastaram menos com a saú-de em relação aos não adeptos a tecnologia. Noutra pesquisa ocorrida em 1984, em território americano, o governo concedeu a pessoas idosas, durante três anos, o aparelho e o serviço de teleassistência, com o intuito de verificar a eficácia do serviço. Durante a utilização do PERS foi calculado uma redução de 26% do tempo de permanência em hospitais. Além disso, houve redução de 26.4% de visitas curtas.

Sentimento de segurança

Em 1987 foi feito outro estudo sobre a eficácia do PERS com 70 pacientes do hospital Jerry L. Pettis Me-morial Veterans Administration, em Loma Linda na Califórnia. Durante um período de dois anos foram comparadas as idas aos hospitais, antes e depois do experimento. Foi calculado uma redução de 48,4% de idas e uma redução de 69,3% no tempo de hos-pitalização. Os resultados dos experimentos mostra-ram o grande potencial do serviço para o governo e também para a saúde do próprio usuário. Em entre-vistas durante o estudo usuários ressaltaram o senti-mento de segurança que os aparelhos traziam. Esse sentimento era relacionado ao fato de eles saberem que há alguém pronto para atendê-los em emergên-cias, mesmo que eles estivessem sozinhos.

André Pellizzari Fotografia

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Maio 2018ENTIDADES | EMPRESAS6

Tacchini inaugura novo Centro Obstétrico

Após reformas, o Hospital Tacchini inaugura um novo Centro Obstétrico com foco no bem-estar da gestante através do parto humanizado. De sete mil hospitais no país, o Tacchini é uma das seletas 127 ins-tituições integrantes do projeto nacional “Parto Adequado”. O projeto objetiva apri-morar o atendimento obstétrico tornando a assistência ao parto mais humanizada com a segurança da mãe e do bebê garan-tida pela adoção de protocolos desenvol-vidos à partir de evidências científicas atu-alizadas. A ação foi criada com o apoio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do Ministério da Saúde, do Hospital Albert Einstein e do Institute for Healthca-re Improvement (IHI). A reinauguração do centro aconteceu no dia 11 de maio.

A principal meta do projeto é a redução do número de cesarianas e internações em UTI’s Neonatais, promovendo melhorias na assistência obstétrica e permitindo o em-poderamento da paciente no momento do parto. Uma das atividades promovidas pelo centro é a realização de cursos de ges-tantes, ministrados pelas equipes do local, que visam preparar a mulher para atuar, de forma positiva, no nascimento da criança. O curso trata de mitos e verdades e oferece orientações para a mulher manter a tran-quilidade e a segurança durante a experi-ência do parto.

A Vinícola Aurora levou à feira APAS Show 2018, em São Paulo, duas gran-des novidades do segmento vinícola. Pioneira no ramo, a empresa elaborou novo rótulo em linha de sucos de uva com Realidade Aumentada. Além disso, também lançou na feira, ocorrida de 7 a 10 de maios deste ano, a versão orgâni-ca de seu consagrado suco natural inte-gral Casa de Bento.

Com os rótulos, a linha aproxima o consumidor de um rico e consistente conteúdo virtual, desenvolvido pela vinícola em parceria com a Massfar. Ali estão descritos os benefícios da uva à saúde, dicas de reciclagem, além de visita virtual às instalações da empresa com imagens em 360 graus, receitas e jogos inte-rativos no “mundo mágico do suco de uva”. Com um disposi-tivo móvel (smartphone ou tablet) conectado à internet e um aplicativo gratuito disponível na Apple Store e Google Play, o consumidor acessa esse conteúdo a partir da marca impressa no rótulo.

O suco integral natural Casa de Bento, elaborado sem qual-quer adição de açúcares, corantes, aromatizantes ou conser-vantes, ganha agora a versão Orgânico. Desta forma, os frutos acumulam mais energia vital e tornam-se uma excelente fonte de nutrientes, além de não ter contato com nenhum tipo de agrotóxico. É o resultado de um sistema de produção agrícola que busca manejar de forma equilibrada o solo e os demais re-cursos naturais: água potável, ar puro, radiações dos astros do sistema solar, solo, topografia, clima, biodiversidade mineral, vegetal, animal, insetos e de microrganismos, conservando-os no longo prazo e mantendo a harmonia desses elementos en-tre si e com os seres humanos.

Instituição integra projeto nacional com foco em parto humanizado

Brasil é um dos países do mundo ondemais ocorrem partos por cesarianas De acordo com dados da Organização Mun-

dial de Saúde (OMS) de 2016, o Brasil é um dos líderes em cesáreas do mundo, com uma taxa de 55% dos partos no país, enquanto a média mundial é de 18,6%. A entidade recomenda a diminuição deste número já que o parto nor-mal oferece um grande número de vantagens, como a redução na chance de complicações, recuperação mais rápida, menos dor, menor chance de desenvolver depressão pós-parto e amamentação facilitada. Entre as mudanças no antigo centro, a construção de duas salas cirúr-gicas, cinco quartos específicos para Pré-parto, Parto e Pós-parto e melhorias na estrutura para atendimento ao recém-nascido. As obras do centro começaram em fevereiro e foram con-cluídas no final de abril.

Aurora lança rótulos comRealidade Aumentada

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Maio 2018 EMPRESAS 7

Com o objetivo de ampliar sua oferta de serviços, a rede Mer-cados Nichetti, de Bento Gonçalves, inaugurou, no último dia 24 de abril, o Café Nichetti, localizado na filial do bairro Botafogo. O novo espaço, situado no andar superior do mercado, oferece opções de diferentes salgados, doces e cafés durante todo o dia, em ambiente intimista e confortável.

O proprietário Gilberto Nichetti ressalta que o café mantém o padrão do mercado, de priorizar a excelência no atendimento ao público com produtos de qualidade, de procedência confiável, com preço justo. “Constatamos que os mercados do bairro Botafogo não ofereciam esse tipo de serviço, então resolvemos inovar e arriscar”, explica Nichetti, sobre a ideia de construir um café dentro do estabe-lecimento. Ele acrescenta que a clientela, além das compras no mer-cado, está sendo convidada a realizar uma pausa para um lanche e bebida – tudo no mesmo lugar.

Desde tortas de diversos sabores até trufas e quindinsO Café Nichetti trabalha em parceria com a Padaria e Confeita-

ria Primazia, de Farroupilha, que também é responsável por parte da confecção dos salgados – como quiches, empadas e coxinhas – e dos doces, que vão de tortas variadas a trufas e quindins. A Primazia trabalha há mais de 20 anos na área e se consolidou como uma das maiores da região da Serra Gaúcha.

O espaço, de 45 metros quadrados, tem capacidade de abrigar cerca de 20 pessoas e funciona diariamente das 8h às 19h. O Merca-do Nichetti está localizado na rua Fortaleza, número 291, no bairro Botafogo.

Café Nichetti: novo espaço da Rede Mercados NichettiSituado no bairro Botafogo, o novo espaço oferece opções em cafés, doces e salgados de qualidade reconhecida

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Maio 20188

INHASV

O proprietário da Rede de Mercados Nichetti, Gilberto Nichetti, com Joelma e Helen Tonello, da Primazia, durante inauguração do Café Nichetti

A alegria da debutante

Gabriela Angheben

Huve durante sua festa de 15

anos

André Pellizzari Fotografia

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A nova médica Louise Corbellini em sua recepção

de formatura

André Pellizzari Fotografia

O descontraído registro do ensaio fotográfico de família, com Angela Chiaramonte, Lucca e Kiko Zandoná

André Pellizzari Fotografia

Embaixatrizes que participarão da Escolha das Soberanas da 8ª Festa in Vêneto, dia 12 de Maio, no Ginásio Municipal de Esportes de Cotiporã

Divulgação Prefeitura de Cotiporã

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Maio 2018 ESPECIAL 9

Há 15 anos, o enólogo Silvério Sal-vati e a família Sirena se uniram com o desejo de criar uma vinícola pequena, familiar e de qualidade, priorizando o melhor do trabalho e da cultura de seus antepassados italianos. Localiza-da em Bento Gonçalves, no roteiro tu-rístico Caminhos de Pedra, distrito de São Pedro, a vinícola se diferencia pelo resgate de variedades de uvas não co-merciais. Os produtos da vinícola hoje se destacam pela produção artesanal de vinhos que vão além das conhe-cidas Merlot e Cabernet Sauvignon. Contribuindo com a manutenção da cultura tradicional, foram recuperadas variedades de uva “perdidas” na histó-ria como a branca Peverella, a rosada Goethe e a tinta Barbera Piemonte.

Segundo Salvati, a vinícola é uma das poucas no mundo a elaborar vi-nhos com a Peverella e a Barbera Pie-monte, vindas na bagagem dos imi-grantes italianos da região de Vêneto. Já a Goethe foi introduzida no Brasil pelos imigrantes alemães que se esta-beleceram na região do Vale dos Sinos.

Vinícola Salvati & SirenaLinha Palmeiro, 49

Distrito de São PedroCaminhos de Pedra

Telefone (54) 3455.6400Site www.salvatisirena.com.br

15 anos elaborando vinhos artesanaisVINÍCOLA SALVATI E SIRENA

Casa de pedra basáltica em formato octogonal, situada no Caminhos de Pedra, utiliza uvas erradicadas da Serra, como a Peverella e a Barbera Piemonte, na produção de vinhos

A casa de pedra basáltica, que levou nove anos para ser construída, chama a atenção pelo seu formato octogonal, idealizado ainda na infância por Salvati, que descobriu ser o octógono a melhor forma geométrica para aproveitamento do espaço. “O octógono é o quadrado com os cantos corta-dos, então não desperdiça espaço”, explica.

No interior da cantina, de 524 metros quadrados de área construída, vinhos armazenados em nove pipas de madei-ras são servidos por Salvatti durante a visitação. “A matura-ção em pipa de madeira dá um sabor especial e é uma carac-terística dos nossos produtos”, afirma o enólogo.

Ao redor da casa de pedra, são colhidos bons frutos em

A varietal subiu a Serra em intercâm-bios comerciais feitos na época entre as colônias.

A vinícola é uma das únicas do Ca-minhos de Pedra, roteiro com opções para todas as idades. O diferencial dos empreendimentos do destino turístico é a preservação dos modos de produ-ção das primeiras levas de imigrantes italianos e austríacos que se instalaram na Serra Gaúcha, em 1875.

“Não queremos volume, quere-mos qualidade”, afirma o enólogo, que conduz visitações mais intimistas. De acordo com Salvati, a vinícola rece-be cerca de 25 mil pessoas por ano, a maioria independente de excursões. “Às vezes, se a pessoa está junto de uma excursão, ela não quer vir e fica desconfortável. Já, por indicação, vem quem realmente gosta de vinho”, ex-plica. “Com excursões ganharíamos mais fluxo de pessoas, mas faltaria o contato e o aconchego de pequenos grupos”, ressalta. Ele acrescenta que o lucro é consequência de um trabalho realizado por amor.

Casa de pedra basáltica em formato octogonalseis hectares de área de cultivo. Em consequência, ofere-cem bons vinhos. Por ano, a vinícola elabora cerca de 10 mil litros de suco de uva, 2 mil de espumante e 18 mil de vinho. A empresa trabalha com as variedades brancas Pe-verella e Moscato, com a Goethe e as tintas Merlot, Caber-net Sauvignon, Tannat e Barbera Piemonte.

A faixa de preço dos vinhos e espumantes varia de 30 a 60 reais e a degustação custa 10 reais. A casa tam-bém oferece suco e outros produtos da uva. A visitação é aberta ao público diariamente, das 9h às 18h. Para grupos acima de 15 pessoas, a visita deve ser agendada com an-tecedência.

Fotos: Júlia de Freitas e DIvulgação

Enólogo Silvério Salvati

Cantina octogonal é ideal para aproveitamento de espaçoCultivo das uvas é feito em volta da vinícola

Uva Barbera Piemonte

Uva Peverella

Uva Goethe

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Maio 2018QUATRO PATAS10

Doença periodontal em cães e gatos

Luciano

GeimbaMédico Veterinário

CRMV-RS 08877

Guarnieri

Centro Clínico VeterinárioAv. São Roque, 1547Bento Gonçalves - RSFone: 54 99982 5661

doença periodontal é a afecção mais comum em cães e gatos. Ela acomete os tecidos de sustentação do

dente que incluem a gengiva, o osso alveolar, o cemento e o ligamento periodontal. Dentre os fatores predisponen-tes a esta doença, destaca-se a raça, idade, dieta, mastiga-ção e a saúde do animal. Entretanto, o acúmulo de placa bacteriana na superfície dos dentes é o fator primordial para a causa desse problema.

A doença periodontal é responsável por diversos graus de inflamação e de infecção dos tecidos da boca, causando dor, com eventual perda do dente e até fraturas de man-díbula ou maxilar. Além disso, pode acarretar distúrbios sistêmicos, comprometendo órgãos vitais, como coração, fígado e rins, e também articulações.

Placa bacterianaA placa dentária e caracterizada como um material

amarelado, pegajoso, que se forma sobre a superfície do esmalte do dente e por toda a boca, podendo ser igual-mente chamada de biofilme ou induto mole. Constituída por bactérias que podem alterar-se, oriunda da alimenta-ção das mesmas, produzindo compostos sulfurosos, atu-am agressivamente sobre os tecidos e são responsáveis pela halitose, que é decorrente da doença periodontal.

Cálculo dentárioO cálculo dental é formado pela calcificação da placa

dentária, pois caso ela não seja removida haverá precipita-ção de sais de cálcio, além de outros minerais presentes na saliva. Ele pode ser supragengival e subgengival.

Prevalência e fatores predisponentesA doença periodontal afeta 75% dos animais entre

quatro e oito anos de idade. Entretanto, foi relatado caso de doença periodontal grave em cães de três meses de idade, salientando a importância de iniciar cuidados com a higiene oral ainda na dentição decídua. Vários fatores predispõem a progressão da gengivite e da doença pe-riodontal, entre eles, o excessivo apinhamento dos dentes (especialmente em raças pequenas e braquicefálicas), pro-teção salivar diminuída, má oclusão, retenção de dentes decíduos e anomalias dentais (hipoplasia do esmalte den-tário). Também pode estar relacionada com o estado fisio-

lógico do animal, debilidade e tensão, afecções sistêmicas e imunossupressão. Problemas mais sérios de acúmulos de placa e cálculo dentário ocorrem em animais alimentados com rações úmidas enlatadas ou com restos de dietas ca-seiras, devidos a ausência de ação abrasiva.

Sinais clínicosA maioria dos animais com idade superior a quatro

anos apresenta algum grau de doença periodontal em um ou mais dentes, porém muitos proprietários não percebem essa anormalidade. O sinal que os proprietários mais ob-servam é a halitose, resultante da putrefação dos tecidos e fermentação bacteriana no sulco ou bolsa periodontal, li-berando compostos sulfurosos. Outros sinais comuns são: sialorreia, mobilidade dentária, gengivite severa, retração gengival, exposição da raiz, hemorragia gengival branda e moderada, bolsas periodontais, secreção nasal e fístulas oronasais.

Um diagnostico completo da cavidade oral inclui ana-mnese, exame visual, periodontal e avaliação radiográfica, que determinam os graus da doença e os fatores predispo-nentes que contribuem para seu aparecimento.

TratamentoO objetivo do tratamento da doença periodontal ba-

seia-se na eliminação de sua causa principal, a placa bac-teriana. Consiste em impedir a progressão da doença, sen-do possível através de cuidados terapêuticos, tratamento adequado e controle diário da placa, de modo a evitar a recorrência da doença. Incluindo raspagem de cálculo da coroa, raspagem radicular, aplainamento radicular, poli-mento e outros processos como extrações, tratamento en-dodônticos e cirurgia periodontal.

PrevençãoO sucesso da prevenção da doença periodontal de-

pende do condicionamento do animal e principalmente dos cuidados dispensados em casa por parte dos proprie-tários. Estes devem ser instruídos sobre a importância da escovação, a forma mais correta de realizá-la, bem como o retorno ao médico veterinário para reavaliar a higiene oral do animal e efetuar uma nova profilaxia profissional quan-do necessária.

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CHD) do Senado aprovou, no dia 25 de abril, medida que visa conceder o direito a pessoas com outras deficiências, como autismo ou surdez, de serem acompa-nhadas por cães de assistência em lo-cais públicos e privados. O Projeto de Lei do Senado 411/2015, de autoria de Ciro Nogueira (PP), seguirá para análi-se da Câmara dos Deputados.

A medida altera a existente Lei do Cão-Guia (11.126/2005), que já ga-rante o direito a deficientes visuais, e contempla outras categorias de cães de assistência, como cães-ouvintes, que alertam pessoas com deficiência auditiva sobre sinais sonoros; cães de alerta, cujos sentidos aguçados perce-bem quando alguém pode ter uma cri-se diabética, alérgica ou epilética; cães para autistas, que ajudam a confortar

Além de cegos, projeto de lei permite que cães acompanhem pessoas com outras deficiências

o usuário durante eventuais crises; e cães para cadeirantes, que abrem e fecham portas, pegam objetos pouco acessíveis ou caídos no chão e aper-tam botões de elevadores.

De acordo com a relatora na comis-são, senadora Regina Sousa (PT), a lei criada há 12 anos não havia incluído as categorias pela falta de conhecimento sobre a importância do cão em outras atividades. O projeto também define que alguns termos da medida ficam a cargo de regulamentação posterior, como os requisitos para definir a com-provação de treinamento do animal e a multa para empresa que proibir a entrada do cão de assistência junto da pessoa com deficiência. Atualmente, estabelecimentos podem ser conde-nados a pagar de mil a 50 mil reais de multa por discriminação com deficien-te visual acompanhado de cão-guia.

Reprodução

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Maio 2018 DIA DAS MÃES 11

À espera de

Via del Vino 3452.4163Shopping Bento 3055.2218

L´América Shopping 3451.7696

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Por Júlia Beatriz de Freitas

Ter uma mãe digna de comercial de margarina não é a realidade de todos. Atualmente, em Bento Gonçalves, o abrigo municipal presta acolhimento a 12 crianças e adolescentes. A faixa etária varia de meses a 18 anos incompletos, mas a maioria é de adolescentes – fato que dificulta a adoção. São jovens que não comemoram o Dia das Mães e esperam todo ano uma chance para crescer e viver em um ambiente familiar saudável.

O abrigo de Bento Gonçalves surgiu da transformação do antigo Albergue Municipal em serviço de Acolhimento Institucional, modalidade prevista na le-gislação federal com o objetivo de garantir integridade física e/ou psicológica da criança ou do adolescente e viabilizar o retorno seguro ao convívio familiar. Caso este último não seja possível, prepara o jovem para o processo de adoção.

Dos 12 abrigados, dez mantém contato com a família biológica. “Ainda se tenta trabalhar com essas famílias para o retorno e só não havendo esta possi-bilidade é que se inicia processo de destituição, um tanto demorado”, explica a coordenadora do Departamento de Proteção Legal da Secretaria de Habitação e Assistência Social, Lisia Daros.

Apesar do suporte oferecido pela equipe da casa, que também acompanha os jovens em visitas, o contato das crianças e dos adolescentes com as famílias

biológicas ou com possíveis adotantes é mediado pelo Poder Judiciário, que também determina a ida da criança ao abrigo e o processo de adoção, caso ne-cessário.

Vestuário, saúde, educação, segurança – todo o básico é provido pelo proje-to. Mas só. “Por mais que sejam atendidas todas essas necessidades, ainda não é uma família”, lembra Lisia, ao ressaltar que quanto menos tempo a criança passar no abrigo, melhor para o seu próprio desenvolvimento. “Existe a falta da estrutu-ra familiar, e eles externam isso do modo deles”, comenta.

O local, adaptado de acordo com as medidas exigidas pelo Estatuto da Crian-ça e do Adolescente (ECA), possui a capacidade de atender até 25 crianças e con-ta com ambiente amplo e equipado. O endereço é resguardado para garantir a preservação da integridade das crianças e dos adolescentes.

uma mãeO Dia das Mães passa em branco no abrigo municipal de Bento Gonçalves que acolhe 12 crianças e adolescentes favorecidos por medidas protetivas

Reprodução

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Maio 2018DIA DAS MÃES12

Adolescentes disponíveis para adoçãoAtualmente, apenas três jovens

do abrigo municipal estão disponíveis para adoção no local. Todos, adoles-centes. “É mais difícil de serem ado-tados por conta da seletividade das famílias”, confirma a coordenadora do programa. De acordo com dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), mais de 90% dos jovens disponíveis para adoção no Brasil têm mais de seis anos de idade e apenas 10% das famílias pretendentes aceitam adotar alguém com este perfil. Com os mais velhos, o problema se agrava: somen-te 0,4% dos pretendentes estão aber-tos a adotar maiores de 12 anos de idade, que correspondem a 61% dos disponíveis para adoção.

Segundo o mesmo relatório, exis-tem 5.660 pretendentes disponíveis cadastrados no estado do Rio Gran-de do Sul, equivalentes a 13,89% das famílias brasileiras esperando no sis-tema. Já o número de crianças dispo-níveis para adoção no estado cai para 614, o correspondente a 12.41% dos 4.949 jovens brasileiros que esperam por uma família.

Apadrinhamento afetivoAlgumas ações são realizadas pe-

las instituições de acolhimento como forma de resolver o impasse. Entre elas, o apadrinhamento afetivo, prá-tica recentemente reconhecida no ECA através da Lei 3509/17, em vigor desde novembro de 2017. Na ação, ci-dadãos da comunidade realizam con-tato e oferecem suporte a crianças e adolescentes com menor possibilida-de de reinserção na família biológica

ou que “fogem” dos padrões exigidos pelas famílias pretendentes a adoção. O abrigo municipal não realiza a ação. “O único adoles-cente que se encaixa no perfil do programa não quis”, explica a as-sistente social.

A nova lei também determina a priorida-de nas filas de adoção para famílias com in-teresse em grupos de irmãos ou em crianças deficientes, com do-enças crônicas ou ne-cessidades específicas de saúde e reduz pela

metade, seis para três meses, o perío-do máximo em que a Justiça deve rea-

valiar a situação da criança que estiver em abrigo, orfanato ou acolhimento familiar. Além do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a lei também altera a Consolidação das Leis do Tra-balho (CLT) e estende a pais adotantes as mesmas garantias trabalhistas de pais sanguíneos, como licença-mater-nidade, estabilidade provisória após a adoção e direito de amamentação.

A elaboração das alterações foi motivada pela necessidade de agi-lizar o processo de adoção, uma vez que, com a demora e o excesso de burocracia, as crianças crescem e muitas famílias perdem o interesse. Para a assistente social e diretora do Departamento de Habitação e Assis-tência Social do município, Gabriela Demeda, a ação é positiva. “Todos os prazos estipulados já são cumpridos com rigor. Se eles forem menores, irá acelerar o processo e é melhor para a criança”, diz.

Sobre a possibilidade de descui-dos no processo por conta dos prazos menores, a pedagoga Joanne Pedro afirma que este sempre foi um risco presente e é uma responsabilidade a ser assumida e discutida pela equi-pe interprofissional responsável pelo acompanhamento e registro dos ca-sos. Além disso, o encurtamento do prazo é motivador para adoção, que,

de acordo com a profissional, “figura como solução capaz de amenizar os prejuízos que a institucionalização pode causar a uma criança ou a um adolescente”.

Dia das Mães no abrigo e na escola

O próximo dia 13 de maio não será extraordinário dentro do abrigo. Sequer se tocará no assunto, mas a comemoração não se deixa ser esque-cida. Das rosas vendidas por ambu-lantes no sinal às propagandas na TV, o comércio para além dos muros das casas de acolhimento gira em torno do Dia das Mães.

“A gente tem essa ideia de que toda mãe é presente e oferece supor-te, mas nem sempre é assim. Muitas vezes é outra pessoa, até mesmo um vizinho, que está ali oferecendo apoio físico e emocional para a criança”, afir-ma Lísia. Ela e Gabriela contam que algumas das crianças voltam da esco-la com desenhos em homenagem à data comemorativa e entregam para pessoas da equipe do abrigo. Aprovei-tam a ocasião para agradecimentos.

Um desenho, poema, apresenta-ção – são diversas as formas que a es-cola é capaz de provocar sentimentos de insegurança em alguns dos estu-dantes. Joanne afirma que esta é uma questão delicada, já que as configura-ções de família passaram por diversas transformações. “A ausência da mãe em uma situação que parte do pres-suposto que todos têm mãe e que as mesmas podem comparecer pode gerar sentimentos de exclusão ou menos-valia e isso resultar em preju-ízos ao desenvolvimento dessas pes-soas em formação”, ressalta. Algumas escolas no Brasil começaram a desen-volver novas formas de festividade mais inclusivas, atentas ao bem-estar psicológico e emocional de crianças constrangidas pela mãe ausente. Ou-tros, por nem mãe terem.

Gabriela Demeda e Lisia Daros

Reprodução

Júlia de Freitas

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Maio 2018 DIA DAS MÃES 13

Não é segredo para ninguém o sig-nificado do Dia das Mães ao redor do mundo. É tempo de celebrar a existên-cia da mãe e o papel da maternidade. Carregada de significados, a data é uma oportunidade de filhos demonstrarem a adoração pela figura materna. Mais do que um dia de presentes, a celebra-ção de Dia das Mães – tradicionalmen-te no segundo domingo de Maio – é a oportunidade de comemorar a vida e desfrutar de momentos junto a quem se ama. Pensando nisso, o Villa Miche-lon elaborou um pacote especial para a ocasião, onde os prazeres de estar no coração do Vale dos Vinhedos se unem à alegria de celebrar a vida.

O pacote de duas diárias inclui o tradicional café da manhã do Villa Mi-chelon, com mais de 50 variedades en-tre bolos, frutas, pães caseiros e outras iguarias, além de opções para dietas com restrições alimentares. A gastro-nomia está presente também com a meia-pensão jantar e com almoço es-pecial de Dia das Mães no domingo, 13 de maio, garantindo o late-check out até às 16h. Há também um brinde especial de Dia das Mães e passeio de quadriciclo cortesia para uma pessoa por apartamento.

A promoção também contempla as crianças. Em apartamentos com

Dia das Mães noVilla Michelon

dois adultos pagantes, a criança tem cortesia. Além disso, durante a estada, há recreação infantil, garantindo mo-mentos de diversão aos pequenos.

EstruturaO Villa Michelon se destaca pela

excelente estrutura e oferta de opções de lazer que agrada a todas as faixas etárias. O empreendimento, distribu-ído em uma área de 23 hectares no Vale dos Vinhedos, une o conforto dos grandes hotéis com atrativos naturais e culturais em seu entorno.

Internamente, o hotel disponibili-za de piscina térmica, sala fitness, res-taurante, sala de jogos, sala de estar e conta com 57 apartamentos, dividi-dos em quatro categorias: Econômico, Standard, Super Luxo e Suíte Especial.

O contato com o meio ambien-te é um diferencial. Os hóspedes po-dem desfrutar de trilhas ecológicas, quadras esportivas, lago com pista e pesca esportiva, pomares, fazendinha, parque infantil externo e academia ao ar livre. O complexo oferece estrutura para toda a família, proporcionando experiências inesquecíveis de contato com a natureza.

Para reservas: 0800.703.3800, 54 2102.1800 ou e-mail: [email protected].

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Maio 2018RURAL14

Dia do Vinho terá mais de 300 atrações em três regiões brasileiras

Erva daninha: “planta que acompanha o homem”

Projeto acontece de 18 de maio a 3 de junho, com programação especial nos polos produtores de vinho

Aldacir H.Pancotto

Técnico AgrícolaEMATER/RS-ASCAR

Santa Tereza

O Dia do Vinho acontece de 18 de maio a 3 de junho e oferece pro-gramação e descontos especiais em diversos empreendimentos dos polos produtores de vinho.

Em 2018, as duas semanas de Dia do Vinho terão atrações espa-lhadas pelo Vale do São Francisco (BA), São Roque (SP), Itaara, Santa Maria, Silveira Martins e São João do Polêsine (Vale Central Gaúcho), Bagé, Candiota, Dom Pedrito, Itaqui e Santana do Livramento (Campa-nha Gaúcha), Antônio Prado, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Farroupi-lha, Flores da Cunha, Garibaldi, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, Ve-ranópolis e Vila Flores (Serra Gaúcha) e a capital gaúcha, Porto Alegre.

Em Bento Gonçalves, a programação é variada e vai de jantares tí-picos da imigração italiana a cursos de degustação e harmonização de vinhos. A ação promocional não fica restrita às garrafas e taças. Hotéis e restaurantes integrados à programação também oferecerão tarifas com desconto e cardápios com pratos e preços especiais.

O projetoO Dia do Vinho é realizado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibra-

vin), por meio do projeto Vinhos do Brasil e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi-RS), e pelo Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria (Segh) - Região Uva e Vinho, como resultado do Projeto Eventos Integrados e Integradores - rein-terpretação da concepção de evento, fomentado pelo Ministério do Turismo. A lei que instituiu o Dia do Vinho no Rio Grande do Sul no primeiro domingo de junho de cada ano foi promulgada em 12 de dezembro de 2003.

ostumamos chamar alguns vegetais de ervas dani-nhas ou plantas indicadoras. Todas são vegetais extre-mamente importantes para a recuperação de solos e,

sobretudo, indicam qual a qualidade de um solo em determi-nados momentos. Em vez de querer nos livrar delas, vamos aprender o que as ‘daninhas’ têm a ensinar.

Erva daninha significa “planta que acompanha o homem”. Onde o homem vai e desmata, queima, corta, lá vem as plan-tas ruderais para ocupar o solo. São plantas espontâneas, que nascem sozinhas.

Essas plantas têm a habilidade de deixar o ambiente sem-pre mais fértil, mais solto, mais úmido e mais rico em vida. São aquelas que nascem onde nada mais nasce, e vão preparan-do terreno até que as plantas mais sensíveis possam nascer, seguidas de plantas maiores, até a reposição da vegetação. Dessa forma, raramente você verá as plantas ruderais (dani-

nhas) numa floresta com solo rico e fértil. Ali, elas não têm mais trabalho a fazer. Aliás, há sementes que ficam por dé-cadas no solo esperando o mesmo ficar compacto, seco, pobre e raso para germinarem. É o plano de saúde do solo, também chamado de banco de sementes. Se a terra fica doente, essas sementinhas entram em ação.

Certas plantas têm essa função na natureza, a de equi-librar e reestabelecer. Por exemplo, se o solo está muito compacto, a tendência é que nasçam plantas de raízes lon-gas e profundas. Elas naturalmente descompactam o solo e o deixam fofo, permitindo a entrada de água. Espécies como a vassourinha e a guaxuma são terríveis de arrancar, porque a raiz se aprofunda bastante na terra. Quando a planta morre, essas raízes viram túneis onde a água e a fer-

tilidade penetram. Ou, ainda, se o solo é rico em nitrogênio e pobre em outros nutrientes, plantas que toleram esses al-tos teores crescem rapidamente. Isso explica, por exemplo, a presença do picão em locais onde é jogada água reutilizada, beira de calçadas e até perto de ralos, porque são ricas nesse nutriente, que será reciclado pela planta.

Espécies de vegetação espontânea consideradas ervas

daninhas e seu significado:l Leiteiro: indica desiquilíbrio entre nitrogênio e micro-

nutrientes.l Azedinha ou trevo azedo: terra argilosa, ph baixo, de-

ficiência de cálcio e molibdênio.l Barba-de-bode: solos com baixa fertilidade.l Beldroega: solo fértil, não prejudica a lavoura, protege

o solo.l Cabelo-de-porco: compactação e pouco cálcio.l Capim-carrapicho: indica terrenos muito eruditos e

compactos. Desaparecem com a recuperação do solo.l Papuam: aparece em solos constantemente arados,

gradeados e com deficiência de zinco. Desaparece com o plantio de aveia, centeio, ervilhaca. Regride com a adubação corretiva de fósforo e cálcio.

l Carqueja: pobreza de solo, compactação superficial.l Carrapicho-de-carneiro: deficiência de cálcio.l Dente-de-leão: indica solo fértil.l Guanxuma: solo compactado.l Língua-de-vaca: solos compactados e úmidos.l Maria-mole: solo adensado. Regride com a aplicação

de potássio e em áreas subsoladas.l Picão preto: solo com excesso de nitrogênio e deficiên-

cia em micronutrientes.l Samambaias: alto teor de alumínio tóxico. Sua presen-

ça reduz com a calagem.l Sapé: indica solos ácidos, adensados e temporariamen-

te encharcados.l Tansagem: solos com pouca aeração, compactados ou

adensados.l Tiririca: solos ácidos, adensados, anaeróbicos, com ca-

rência de magnésio.l Urtiga (urtigão): excesso de nitrogênio (matéria orgâ-

nica).l Nabo: deficiência de boro.A natureza é tão perfeita, nós é que não sabemos enten-

dê-la.

Harmonização ao pôr do sol

Para conferir a agenda completa do evento, basta acessar o site www.diadovinho.com.br.

Divulgação/reprodução

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Maio 2018 GERAL 15

AncillaDall Onder

[email protected]

Zat

Temas transversais

Acontece na Paróquia Santo Antônio, nos dias 19 e 20 de maio, a Vigília e Solenidade de Pentecostes, evento organizado pela Renovação Carismática Ca-tólica (RCC) e que tem como lema “À nós descei Divina Luz”.

O dia de Pentecostes acontece 50 dias após a Páscoa. Para os cristãos, a data é uma das mais significativas, pois marca a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos, com Maria, no Cenáculo. Todo o batizado, recebe os dons infusos do Espírito Santo: sabedoria, entendimento, conselho, ciência, fortaleza, piedade e temor a Deus. A celebração possibilita aos fiéis cristãos reviver a força do Espírito Santo e renovar as esperanças e o amor dentro de cada um.

PROGRAMAçãO

19 de maio de 201818h Missa vespertina da Vigília de Pentecostes19h Vésperas da Liturgia das Horas20h Pregação com Pe. Ricardo Fontana21h Ofício das Leituras21h30 Adoração ao Santíssimo Sacramento22h Lucernário com Procissão Luminosa

20 de maio de 20188h30 Missa no Santuário Santo Antônio9h30 Início das pregações no Salão Paroquial

comum ouvir-se comentários ou relatos de alunos dos diferentes níveis de ensino a respeito de seu en-volvimento em estudos sobre meio ambiente, con-

sumo, etnias, diversidade cultural, direitos humanos e muitos outros. Esse envolvimento revela a preocupação das escolas/instituições de ensino e de seus professores com a educação dos seus alunos, iniciada pela família, com continuidade na escola.

Segundo as diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais – os PCNs – os temas mencionados são opera-cionalizados pela escola, através de projetos cujas ativida-des são realizadas pelos alunos. São os chamados “Temas transversais”.

Explica-se esta transversalidade dos temas pela sua finalidade educativa, que é a construção da cidadania e, por não serem específicos de uma área determinada ou nova, podem ser abordados em qualquer um dos com-ponentes curriculares ou disciplinas, como em estudos interdisciplinares.

Mas quais seriam os saberes essenciais para o século XXI, em que se apregoa: “aprender a aprender”? Vivemos uma era da informação e da comunicação em que a Unes-

co (1999) considera os saberes: “conhecer, fazer, ser e con-viver”. Significa que é necessário aprender os caminhos para buscar o conhecimento, desenvolver habilidades para o “fazer”, “ser” para assumir responsabilidades e auto-determinar-se. Para “conviver” adequadamente, pratica-se o respeito, a ética e os valores.

Aprender a ser e a conviver são aprendizagens que implicam em vivências. Pois é trabalhando em equipe, grupos ou pares, no desenvolvimento de um projeto, que os alunos tomam iniciativas, respeitam os colegas, dialo-gam numa convivência sadia, protagonizando sua pró-pria história formativa. Didaticamente, os temas transver-sais são, geralmente, desenvolvidos por meio de projetos que favorecem a evidência desses comportamentos que expressam atitudes e valores, os quais, para Yus (1998), significam aprender a viver.

Portanto, temas como meio ambiente, direitos huma-nos, etnias, consumo, saúde, educação para o trânsito e outros similares preparam para a convivência salutar e respeitosa numa sociedade com diferenças étnicas, cultu-rais e sociais, visando melhor qualidade de vida e um ser humano mais feliz.

Vigília e Solenidade de PentecostesReprodução Web

APOIO:

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Maio 2018GERAL16

A 9ª edição da Mostra Municipal Escolar, em Ga-ribaldi, acontece no dia 17 de maio e tem como tema o aproveitamento completo de alimentos. O evento será no salão comunitário do bairro Cairu, das 9h às 12h e das 13h às 17h.

A mostra é resultado do trabalho interdisciplinar realizado em 2017 pelo grupo de multiplicadores ambientais junto aos estudantes de escolas e enti-dades do município, cada uma responsável por um ingrediente. O objetivo é mostrar à comunidade os benefícios de uma alimentação nutritiva e sustentá-vel com o uso de folhas, talos, cascas e sementes no preparo de novas receitas.

Os participantes são:l EMEF Pedro Cattani - espinafre (uso da folha e talo)l EEEM Dante Grossi - mamão e maracujá (uso da polpa, casca e sementes)l EMEF Barão do Rio Branco - maçã (uso da polpa e casca)l EEEF Santo Antônio - abóbora (uso da semente)l EMEF Attílio Tosin - banana (uso da polpa e casca)l IEE Irmã Teofânia - beterraba (uso da polpa, casca, folha e talos)l EMEF Madre Felicidade - laranja (uso do suco, ba-gaço e casca)l EMEF Visconde de Cairu - cenoura (uso da polpa, casca e folhas)l APAE - batata-doce (uso da polpa e casca)l Liga Feminina de Combate ao Câncer - temperos (uso de diversas formas)l EMATER - tomate (uso da polpa e casca)

Mostra Municipal Escolar em GaribaldiFotos: Divulgação

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Caderno de Cultura e Arte Jornal Integração da Serra

Nº 55 | Maio 2018

Garibaldi,uma cidadede cinema

Gravação de cena de “O Filme da Minha Vida”, no centro de GaribaldiFoto: Gabriele Baruffi

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palavra “amor” guarda diferentes significados. Há o amor dos casais apaixonados, o amor dos pais pe-los filhos, o amor de caridade pelos semelhantes, o

amor carnal dos amantes. Fala-se que alguns amam o di-nheiro. O poder. O time do coração. Até mesmo o animal de estimação. Quando usamos a palavra “amor”, portanto, po-demos estar falando de compaixão, desejo, paixão, querer bem, atração, misericórdia, caridade ou prazer. Não deixa de ser curioso que uma única palavra expresse tão díspares sentimentos. Diferente do que faziam os gregos.

Na antiga Grécia, o amor era Éros, o deus da fertilidade. Conhecemos melhor sua versão romana, o cupido, repre-sentado por aqueles anjinhos gorduchos que disparavam flechas enfeitiçadas. Até hoje, Éros simboliza a paixão e o desejo sexual. Quando um homem torce a cabeça para acompanhar uma bela mulher que desfila, é Éros quem está no comando. Mas, mais do que puramente a sexualidade, Éros representa a paixão amorosa, o amor-paixão, a sen-sualidade à flor da pele dos primeiros anos de namoro, de casamento. Éros é fogo ardente.

Éros, contudo, guarda perigos. Isso porque ele é sem-pre uma falta, um desejo. E sabemos que o desejo sempre arrefece. Éros nos ajuda a entender por que a paixão dos namorados, dos casais, muitas vezes some com o passar dos anos. Justamente porque essa paixão espelha um amor frágil, um amor no primeiro degrau da escada das emoções, se assim quisermos entender. Um amor que se desgasta

com o tempo, porque com o tempo se desgas-tam os corpos. Chega-se ao ponto em que Éros por si só não dá mais conta da convivência. O dia após dia, sabemos, trata de dissipar as miragens, as ilusões. E então, um belo dia, o amor-paixão acaba.

É por isso que necessitamos de Philía, a se-gunda forma de amar que os helênicos cultua-vam. Philía representa a “amizade”. Mas essa palavra, para os gregos, tinha um sentido muito mais amplo do que aquele atual. Philía designa o amor encontrado no seio da família e dos amigos. No âmbito de um casal é o que chamaríamos de amor conjugal. Philía ajuda a explicar os casais

afortunados. Aqueles que, apesar do tempo que passa, da rotina que se instala, conservam os momentos de alegria, de prazer, de humor e de amor, de confiança, ternura e sen-sualidade.

2 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Maio 2018

Primeiras Palavras

RogérioGava

[email protected]

As Três Formas de AmarSe Éros é uma história de sexo e de tresloucada pai-

xão, Philía é uma história de amor, de serenidade. Philía é a amizade que consegue sobreviver aos altos e baixos de toda relação, aquele amor que se regozija “com” e “na” feli-cidade do outro. É o amor da intimidade e da cumplicidade. O amor maduro que ama não o outro idealizado, mas real, o outro como ele realmente é. Philía é o amor de quem co-nhece muito bem quem ama, e o ama apesar e sobretudo por causa disso. Ao contrário de Éros – calcado sempre no desejo, na satisfação, e por isso mesmo fadado sempre ao seu contrário, a insatisfação tão logo o desejo é saciado –, Philía se sustenta pela existência do ser amado. Se existem casais felizes, isso se deve a Philía.

Finalmente, temos Ágape, a forma grega mais elevada e sublime de amor. Os latinos o traduziram como Caritas, a caridade (o amor que torna caro), representando o amor puro e desinteressado. No oriente, fala-se muitas vezes em Ren, a humanidade, a benevolência, ou em Metta, a com-paixão. Para além dos matizes culturais, Ágape representa o verdadeiro amor, o amor em mais alta escala. Um amor, que, para muitos, jamais alcançaremos.

Mas se Ágape é esse amor distante, verdadeiro “Mis-tério”, isso não afasta que muitas vezes nos aproximemos de sua essência, mesmo que de forma rarefeita. Basta ver o amor dos pais pelos filhos: que pai ou mãe não morreria incondicionalmente no lugar deles? Com quem mais tanta paciência, tanta abdicação, do que por aqueles pequenos que nos encantam e sucedem? Esse amor espontâneo, gratuito, totalmente desinteressado, pode ser compreendi-do como uma pequena amostra, talvez, do ilimitado poder de Ágape. Esse “santo desinteresse”, aliás, é o que difere Ágape de Éros, egoísta, egocêntrico e insaciável. É o que também o difere de Philía, nunca destituído de algum resí-duo de interesse, nunca totalmente gratuito ou livre.

Na vida de todos nós esses matizes de amor se mistu-ram e complementam. Tal e qual um mosaico, somos de-sejo (Éros), regozijo (Philía) e também compaixão (Ágape). Quantas vezes, no entanto, metemos os pés pelas mãos e focamos apenas em uma das formas de amar. E aí negli-genciamos, por exemplo, o cuidado sincero com o outro, ou colocamos o desejo no altar de nossos objetivos mais cobiçados. Para evitar isso, convém cultivar os três tipos de amor. Todos os dias. Como já nos lembravam os gregos, uma sabedoria essencial no sempre complexo processo de viver.

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A redação leu

Rep

rodu

ção

7 MANEIRASDE SER FELIZ

Autor: Luc FerryPáginas: 176Editora: ObjetivaAno: 2018 (1ª Edição)Valor: R$ 34,90

Dicas deFilmes

Programe-seMosaico | Jornal Integração da Serra | Maio 2018 | 3

Um Lugar SilenciosoTítulo original: A Quiet PlaceGênero: TerrorDireção: John KrasinskyRoteiro: Bryan Woods, Scott Beck, John KrasisnkiElenco: Emily Blunt, John Krasinski, Millicent Simmonds, Noah Jupe

BrunoNascimento

[email protected]

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Rep

rodu

ção

Neste livro, o consagrado filósofo contemporâneo francês, Luc Ferry, propõe uma abordagem original, ao mesmo tempo em que acessível e profunda. Nela, ele discorre sobre o signi-ficado da felicidade nos nossos dias, tanto em relação ao indi-víduo quanto à sociedade. O autor nos faz refletir e questionar algumas teses da filosofia da “felicidade por si mesmo”, tão em voga. Em uma das questões apresentadas, Ferry lança a crítica: “como podemos ser felizes sem sermos afetados pelas condi-ções em que vivem aqueles a quem amamos, assim como o estado do mundo exterior”? O autor também destaca a própria complexidade e mistério da felicidade, mostrando que, “ao con-trário da infelicidade, que é facilmente definível e identificável, a felicidade será sempre difícil de se definir”. Em uma passagem luminosa, ele nos indaga: “podemos identificar o que nos tor-naria infelizes: o luto, uma doença grave, guerra, separação, a perda…Por outro lado, o que nos faz feliz? O amor? A justiça? O dinheiro? O sucesso? A inteligência”? Nascido em Paris em 1951, Luc Ferry foi ministro da Educação na França de 2002 a 2004. Com Aprender a Viver, venceu o prêmio Aujourd’hui 2006, um dos mais conceituados de não-ficção contemporânea da França.

Oitenta e nove dias após o apocalipse, a família Abbot sobrevive em silêncio para não chamar a atenção de criaturas famintas movidas pelo som. A deficiência auditiva da filha torna o grupo preparado para a situação, mas como em qualquer família, vacilos aconte-cem. Só que aqui eles têm um preço alto demais.

A escolha mais feliz do roteiro está em apostar nos seus personagens e suas interações – entre si e com o ambiente –, isso constrói uma relação de cumplicidade com o especta-dor que, somado ao tom de perigo estabelecido nos minutos iniciais, faz ele realmente se importar com o que acontece.

Em seu cerne é uma história sobre família e luto. Mas é um belo terror atmosférico, tão intensamente silencioso quanto assustadoramente catártico.

CulturaO quê: 2º Congresso Estadual de CulturaQuando: 9 a 11 de maioLocal: Casa das Artes e Hotel Dall’Onder

FestivalO quê: Festival Via del VinoQuando: 12 de maio, das 17h às 23h30Local: Via del Vino

BriquesO quê: Brique da PraçaQuando: 12 de maio, a partir das 8hLocal: Praça Centenário

O quê: Brique ColonialQuando: 12 de maio, das 8h às 17hLocal: Praça Via del Vino

MuseuO quê: 16ª Semana dos MuseusQuando: 15 a 19 de maioLocal: Museu do Imigrante

O quê: Noite no MuseuQuando: 18 de maio, a partir das 17hLocal: Museu do Imigrante

Feira do Livro InfantilO quê: Feira do Livro Infantil SescQuando: 23 a 27 de maioLocal: Praça Via del Vino

Mercado de RuaO quê: Mercado de Rua + Brick de DesapegosQuando: 26 de maio, das 10h às 18hLocal: Praça do Museu - Complexo da Casa das Artes

Ferrovia Live

O quê: Comunidade Nin-JitsuQuando: 12 de maio, às 23h

O quê: Beats - Hogwarts ExpressQuando: 18 de maio, às 23h

O quê: Workshop Aquiles PriesterQuando: 21 de maio, às 19h30

O quê: Preza! + Jogo SujoQuando: 26 de maio, às 23h

O quê: Bento Gonçalves: A História da SolidãoQuando: 31 de maio, às 21h

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Estudantes do curso Técnico em Hospedagem do Instituto Federal, campus Bento Gonçalves, no últi-mo dia 2 de maio, conviveram algu-mas horas com moradores do Vale do Burati, no salão da comunidade, para ampliar conhecimentos sobre os conceitos de identidade social, memória e pertencimento. A visita foi decorrente do conteúdo do livro “Vale do Buratti: História e Vida”, lançado no dia 20 de janeiro deste ano. O livro, de 230 páginas, reúne depoimentos de 30 representantes das cem famílias que moram na co-munidade, situada na divisa entre os municípios de Bento Gonçalves e Farroupilha. As histórias foram cole-tadas e organizadas pelas palavras de Nelson e Claudino Piletti e tradu-zidas pelas fotografias de Luciano André Lemos. “A característica fun-damental do livro é a coletividade da obra, que registra histórias de todas as famílias da comunidade. Contri-buíram pessoas que antes nunca escreveram para fins de publica-ção”, ressaltam os autores.

Utensílios antigosNo salão, entre antigos utensílios

utilizados pelas famílias nas residên-cias e no cultivo da uva, os alunos ouviram relatos de moradores que vieram ao encontro dos conceitos

Histórias doVale do Burati

Moradores do Vale do Burati receberam alunos do Instituto Federal, que ampliaram o conhecimento sobre os conceitos de identidade social, memória e pertencimento

em estudo. Os utensílios ficam ex-postos no local como forma de valo-rização à memória da comunidade. A visita em campo ocorreu sob a co-ordenação dos professores Janine Bendonovic e Joaquim Raubes.

Os professores explicam que o curso Técnico em Hospedagem, subsequente ao Ensino Médio, objetiva formar profissionais para atuação em diferentes meios de hospedagem. Acrescentam que os estudantes são preparados para atuar em hotéis, resorts, SPAs, flats, acampamentos, cruzeiros marítimos e também para governança de ho-telaria hospitalar e eventos. “Além disso, são incentivados ainda para empreender no setor de turismo e hotelaria”, ressaltam. Segundo eles, a visita à comunidade do Burati su-perou as expectativas dos alunos.

Fotos: Luciano André Lemos

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Maio 2018 | 5

Aconteceu no dia 8 de maio o lançamento da Rota Cinematográfica de Garibaldi, na Estação Férrea de Garibaldi. O evento contou com a pre-sença de autoridades municipais, regionais, dire-tores, produtores e representantes da imprensa local e regional. “Garibaldi: uma cidade de cine-ma” busca destacar ainda mais o município como destino de produções audiovisuais e torná-lo refe-rência de turismo cinematográfico.

A demanda frequente e a consequente gra-vação de filmes, novelas, projetos musicais e co-merciais fizeram Garibaldi perceber o fenômeno mundial do chamado “turismo cinematográfico” e criar, em 2013, a Garibaldi Film Commission. De acordo com o ministério do turismo (MTur), os dados da Agência Nacional de Cinema (Ancine) mostram que o setor audiovisual movimenta mais de R$ 16 bilhões por ano.

Em seu pronunciamento, o Secretário de Tu-rismo e Cultura, Paulo Salvi, reforçou que a Rota Cinematográfica surge para eternizar os locais das gravações através do turismo sustentável. “Vamos crescer, mas sempre pensando na quali-

Garibaldi

Cinematográficalança Rota

dade de vida. Temos uma história autêntica e pre-servar a cultura é também fomentar o turismo”, destacou.

As autoridades realizaram o descerramento do totem de identificação. Na Estação, foram gra-vados o DVD musical “Chitãozinho E Xororó Ao Vivo Em Garibaldi” (2003) e os filmes de ficção “Senhores Da Guerra” (2013) e “O Filme Da Mi-nha Vida” (2015).

A Rota “Garibaldi: Uma Cidade De Cinema” será autoguiada e terá a sinalização em 15 pon-tos distintos de Garibaldi, na cidade e no interior. Cada local contará com a sinalização de placas em aço. Em todas, haverá a marca da rota, uma breve explicação do local e de cada uma das pro-duções recebidas.

No total, são 15 locais que receberam produ-ções e também 15 o número de produções. Os locais que compõem o roteiro são: Estação Fér-rea; Villa Fitarelli; Osteria della Colombina; Ponte dos Fanti; Casa Bongiorno; Posto do Avião; Pas-seio da Barragem; Escola Santo Antônio; Ermida Nossa Senhora de Fátima; Rua Dante Grossi; Ho-tel Pieta; Bar Joe; Restaurante do Palhinha; Rua Buarque de Macedo; e Café Luna Park.

Valéria Loch

Alexandra Ungaratto

Gabriele Baruffi

Alexandra Ungaratto

Valéria Loch

Descerramento da placa inaugural na Estação Férrea de Garibaldi

O diretor de fotografia italiano Blasco Giurato, durante gravação de comercial em Garibaldi, no ano de 2015 Selton Mello na gravação de “O Filme da Minha Vida”

Documentário produzido na Villa Fitarelli, em 2014

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Banda bento-gonçalvense de rock autoral lança seu primeiro disco em junho

A VenaRock, banda bento-gon-çalvense de rock autoral, está traba-lhando para lançar seu primeiro dis-co no dia 30 de junho deste ano, no Ferrovia Live. Firmada no Rock n’roll e no Hard Rock, a Vena é formada por Junior Marini (vocal e guitarra), Leandro Cavali - Tatuíra (baixo e ba-cking vocal), Diego Perin (bateria e backing vocal) e Rodrigo Capitani (guitarra solo). O grupo, fundado em 2015, passou dois anos inativo. Re-tornando em janeiro deste ano, com energia e motivação, logo começou a trabalhar nas músicas que estarão no primeiro disco. O álbum, ainda sem nome, será totalmente autoral, com lançamento independente, reu-nindo 12 músicas.

Inspiradas no dia a dia dos inte-grantes da banda, as músicas falam de emoções intensas, uso de drogas

VenaRock

Por Natália Zucchi

Fotos: Debora Ferrando

Por que VenaRock?O nome da banda tem origem peculiar. A

inspiração partiu de um presente de Tatuira ao Junior: uma aranha caranguejeira. “A palavra Vena

também vem de veia - por isso, rock na veia”.

e superações pessoais. “Viver de Cara”, a exemplo de outras compo-sições da banda, foi escrita em 2005 por Tatuíra, em internação para tra-tamento da dependência de álcool e drogas. “Ela traz uma mensagem sobre o que a pessoa pode perder durante o uso de drogas e o que se pode ganhar de volta, estando em recuperação”, ressalta Tatuira.

A maioria das composições é criada por Junior, Tatuira e Diego, com a participação do produtor Nani da Soundstorm. As influências vão desde Cascavelletes e Nirvana a Black Sabbath e Iron Maiden. “Que-remos que nossas músicas alcan-cem inúmeras pessoas e que elas possam se emocionar e curtir como nós curtimos ao tocá-las”, destaca Junior.

Contato para shows através do Facebook e Instagram ou pelo con-tato (54) 98171.6005 com Tatuira.

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A mostra artística “Rupturas” reúne dez obras, produzidas de 2016 a 2018 pela artista visual paulista Flávia Pinheiro Costa, com a técnica de tinta a óleo. A exposição começou no dia 3 e vai até o dia 30 de maio, na Fun-dação Casa das Artes, das 8h às 11h45 e das 13h30 às 17h45, com entrada gratuita.

Flávia Pinheiro Costa é artista visual, artista-educadora e atriz. Bacharel em Comunicação Social pela FAAP, formada em artes cê-nicas pelo SENAC e, atualmente, cursa licenciatura em artes visu-ais. Frequentou os cursos livres de Dudi Maia Rosa, Vera Palumbo, Ana Laura Pinheiro, Paulo Pasta e Escola Panamericana de Artes.

Começou no dia 8 de maio, na Fundação Casa das Artes, a mostra fotográfica “Signo de Mãe”, da artista bento-gonçalvense Natiele Machado. A atração tem como objetivo prestar homenagem ao Dia das Mães e valorizar as diferentes perso-nalidades de cada mãe. A exposição é aberta ao público e segue até o dia 29 de maio.

“Todas as mulheres têm um jeito especial de criar e cuidar dos filhos e, de acordo com o seu signo, a personalidade de cada mulher faz com que ela encare esse papel de uma forma diferen-te. Há mães mais ansiosas, mais brincalhonas, mais descontraídas ou rígidas. Quero mostrar, também, que nenhuma mãe deve deixar de ser mulher por ser mãe”, pontua Natiele.

A exposição pode ser visitada das 8h às 11h45 e das 13h30 às 17h45, na Galeria de Arte do 3º andar da Fundação Casa das Artes.

Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

O Sesc Bento Gonçalves realiza, de 23 a 27 de maio, a Feira do Livro Infantil, em parceria com a Prefeitura Municipal. O evento é gratuito e contará com exposições, contações de histórias, lan-çamentos e brincadeiras para pequenos leitores. A programação é gratuita e acontecerá na Praça Via del Vino e no Sesc Bento Gon-çalves.

O patrono da feira é o escritor, poeta e músico Alexandro Brito. Natural de Porto Alegre, Brito cursou a Faculdade de Filosofia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e estudou música em Belo Horizonte. O seu livro “Museu Desmiolado” integra a lista dos 30 Melhores Livros Infantis do Ano - Crescer 2012. Além dele, o autor já publicou mais oito títulos.

Entre as atrações, também se destaca o projeto Kombina, que apresenta o universo da música e das histórias inspirando novas brincadeiras. A grande novidade é a Kombi Koringa e a rádio Brinka-redo. A proposta convida as crianças a construírem o museu de arte, criar música a partir dos jogos cantantes e criar personagens, tudo isso documentado na rádio web que será transmitida ao vivo durante a feira.

Os livros infantis comercializados durante a feira terão desconto de 15% sobre o preço da capa. As livrarias participantes são a Dom Quixote Livraria e Cafeteria, a Livraria APP, a Editora e Livraria Cor-rêa, a Paulus Livraria (Caxias do Sul), e a MagnoCiro (Porto Alegre).

Mostra fotográfica “Signo de Mãe”

Divulgação

Exposição “Rupturas”

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Integrante da 16ª Semana Nacional dos Museus, o Museu do Imigrante realizará exposição, oficina e lançamento de um jornal talian em Bento Gon-çalves. As ações na cidade acontecem do dia 15 a 19 de maio, com entrada gratuita.

O tema deste ano, escolhido pelo Instituto Internacional de Museus (Icom), será “Museus hiperconectados: novas abordagens, novos públicos”. A justificativa gira em torno dos locais precisarem buscar novos meios de se conectar com antigos e novos públicos.

O objetivo é criar um espaço de lazer para as pessoas que não conse-guem participar das atividades da instituição oferecidas em seu horário de funcionamento cotidiano.

A museóloga Deise Formolo afirma que a Semana dos Museus propi-cia um diálogo importante para as instituições museais no Brasil. “Esse ano o desafio está pautado na ênfase para o uso de diferentes formas de co-municação com o intuito de alcançar diferentes públicos. Nesse sentido, as atividades do Museu do Imigrante buscam fortalecer os laços com a comu-nidade bento-gonçalvense, com a elaboração de uma exposição com cura-

ntrar no mundo do café é como aquela viagem que não se quer mais voltar para casa. São tantos sabores e aromas especiais que a vontade é de nunca mais tomar um café mal feito na vida.

Assim como outras bebidas (cerveja, vinho, entre outras), o café tam-bém se diferencia dependendo da variedade da planta, de sua torra, da moagem e também da forma como é servido.

O Ovelha Café Literário é palco para quatro diferentes métodos de extração do café, além, é claro, do famoso expresso.

Um dos métodos mais conhecidos e mais degustado no Ovelha, é o Hario V60, e é ele mesmo que apresentarei para você, leitor.

Por mais que ele pareça um ‘porta filtro’ tradicional, seu desempenho se dá pelos detalhes de sua estrutura. A parte interna apresenta linhas es-pirais que facilitam a expansão do pó de café no momento de sua infusão. Seu filtro de papel também é diferente, o formato em cone permite que o café seja coado por igual, não deixando o fluxo de água ser interrompido. A abertura na base do coador permite que a velocidade seja controlada. Assim, o café absorve a água durante o tempo necessário, resultando em uma bebida limpa e saborosa. O método pode potencializar algumas características do grão, como acidez e doçura.

As opções no cardápio servem desde 150ml de café até 600ml. Ideal para aprecia-lo sozinho, ou com os amigos.

Para apreciar este método ou os demais, visite-nos na Rua Agnaldo da Silva Leal, 187, bairro Cidade Alta. Atendemos de terça a sexta, das 12 às 20h. Aos sábados, das 12 às 19h30, e domingos das 14h30 às 19h30.

BrunaBello

[email protected]

Sobre um bom café

Rua Doutor Agnaldo da Silva Leal, 187

Bento Gonçalves

Fone|WhatsApp 54 99174.3555

@ovelhacaféliterário

Foto: Ezequiele Panizzi

Semana Nacional dos

Museusdoria colaborativa entre o museu e os familiares de Oly Pavoni, bem como, o oferecimento de ações criadas em parceria com o Circolo Trentino di Bento Gonçalves”, destaca.

O Museu do Imigrante funciona de terça-feira a sábado, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30. O museu está localizado na Rua Herny Hugo Dreher, 127, bairro Planalto. Para mais informações sobre programação, o telefone para contato é (54) 3551.1773.

PRoGRAMAção15 de maio, 18h30 - Lançamento Jornal Talian no Museu do Imigrante15 de maio a 29 de junho - Exposição “oly Pavoni: Memórias deBento Gonçalves”16 de maio, das 19h às 21h - Oficina de Canederli (nhoque com sopa)18 de maio, a partir das 17h - Noite no Museu19 de maio, às 9h30 - Café com Memória, na Fundação Casa das Artes