O NOME DA ROSA - RESENHA CRÍTICA 2013
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UN ESTÁCIO | SÃO LUÍSCURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA: PSICOLOGIAALUNO: CARLOS EDUARDO CORRÊA ARAÚJO
RESENHA CRÍTICA DO FILME: “O NOME DA ROSA”.
O filme se passa em 1327, quando William de Braskerville, um monge
franciscano chega a uma abadia juntamente com o noviço, cuja educação lhe
foi confiada, Adso Von Melk. Neste mosteiro beneditino continha, nessa época,
a maior biblioteca cristã do mundo, porém poucos tinham acesso. Ao Chegar,
William percebe que há algo de errado. Várias mortes ocorrem, e
misteriosamente as vítimas são encontradas com a ponta dos dedos e a língua
preta. O monge e o noviço começam a investigar o caso, embora não apoiados
pelos demais monges, que acreditavam ser obra de satanás que havia entrado
no mosteiro e matados os tais homens. O jovem Adso se apaixona por uma
mendiga que encontra numa espécie de celeiro.
No decorrer do filme, percebemos a indignação do clero com o “riso”,
pregando que Jesus nunca sorria, e que o riso era para tolos. A igreja não
aceitava e punia severamente, acusados de heresia, aqueles que se se
contrapôs aos seus dogmas. Por isso, era comum a prática de esconder livros
de pensadores antigos que viessem a despertar questionamentos a respeito da
igreja e da palavra de Deus. O filme data da época que ocorreu o
Renascimento cultural, movimento que anunciava a valorização do homem em
contraste com o divino. É implícito que o monge Willian era influenciado por
essas ideias, visto que soluciona o caso usando muito mais a razão do que a
fé.
Havia um livro escrito por Aristóteles, filósofo grego, que falava
justamente sobre o riso. “Discutiremos como a comédia estimula o prazer no
ridículo, usando pessoas vulgares e divertindo-se com seus defeitos.” Essa foi
à frase lida por William ao encontra-lo. Verifica-se que as vítimas haviam
folheado este livro, que estaria com as páginas envenenadas, para que quem
conseguisse ter acesso a este, não tivesse tempo de divulgar as ideias nele
contidas.
Porém, antes que William solucione o caso, chega ao Mosteiro o
Inquisidor Bernardo Gui, que acusa a mendiga de ser bruxa, e culpada pelos
assassinatos, trabalhando para o demônio. Mesmo sabendo que tal denuncia
não procede, William se omite, pois não se pode contestar o veredicto de um
inquisidor, sob pena de ser acusado também de herege. Bernardo Gui se
prepara para a inquisição. No julgamento, Gui convida ao abádi, e William de
Braskerville para confirmar sua sentença, porém o último acaba por contestar a
mesma. Afirmando que os acontecimentos tem ligação com um livro
envenenado que fora escondido. Sua consideração não foi levada a sério pelos
monges, e William pagaria por ter se contraposto ao inquisidor. Porém após os
acusados serem retirados do local, ocorre mais uma morte no mosteiro e a
vítima também está com a língua e o dedo manchados de preto, provando que
William estava certo. Bernardo Gui, nessa ocasião o acusa de ser o verdadeiro
assassino. Enquanto inicia-se o ritual da santa inquisição, Wiliam e Adso
encontram o Livro de Aristóteles na biblioteca, que está em posse de Jorge de
Burgos, o velho bibliotecário cego, o verdadeiro culpado, que incendeia a
biblioteca. Apavorados com o fogo, os monges fogem do mosteiro
interrompendo assim a inquisição. William e Adso conseguem se salvar. E
quando vão embora Adso ainda encontra a mendiga por quem se apaixonou
viva e a salvo. Porém toma a decisão de seguir sem ela.
O filme é contado pelo próprio Adso, já velho, e é baseado em fatos
verídicos. O filme é claro ao apresentar o proceder da Igreja Católica na Idade
Média, privando as pessoas do conhecimento, temendo que isso as levasse a
deixar de temer a Deus, e consequentemente a ela própria. E as práticas da
fogueira da Santa Inquisição, em que milhares de inocentes foram mortos, por
irem contra os princípios estabelecidos pela Igreja.