O Neuropsicologo e Seu Paciente

10
4 D NEUROPSICOLOGa E SEU PACIENTE INTRODUÇÃO AOS PRINCÍPIOS D A AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA Maria Joana Màder-joaquim estudo das neurociências faz parte da formação dos psicólogos clíni- cos e de outros profissionais da área da saúde. Compreender a complexidade do funcionamento cerebral é absolutamente necessário para o bom desenvolvimento da prática clínica dos psicólogos, fonoaudi- ólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocu- pacionais. Os psicólogos clínicos, indepen- dentemente das abordagens teóricas, interessam-se pelas articulações entre cé- rebro e comportamento, pois percebem a necessidade de uma atualização sobre as bases científicas das neurociências. O desenvolvimento tecnológico é surpre- endente nos dias de hoje. As modificações ocorridas no século XX transformaram a vida do cidadão comum de tal modo que em 1900 só livros de ficção poderiam su- gerir. A primeira metade do século XX viu a transformação do transporte, das carro- ças e bondes aos aviões, encurtando assim as distâncias entre as pessoas. A segunda metade do século XX transformou a comu- nicação, passando da simples carta ma- nuscrita ao e-mail pela internet com ima- gens em anexo. A internet revolucionou a comunicação científica e pessoal. Quais as modificações esperadas para os próximos 50 anos? Quais serão os novos hábitos diários? As duas últimas décadas do século XX proporcionaram um avanço

description

i

Transcript of O Neuropsicologo e Seu Paciente

4 DN E U R O P S I C O L O G aES E UP A C I E N T E I N T R O D U OA O S P R I N C P I O SD AA V A L I A O N E U R O P S I C O L G I C A MariaJoanaMder-joaquim estudodasneurocinciasfazparte daf ormaodospsi cl ogosclni-cosedeout rosprofi ssi onai sdareada sade.Compreenderacompl exi dadedo f unci onament ocerebralabs ol ut ament e necessri oparaobomdes envol vi ment o daprticaclnicadospsi cl ogos, f onoaudi -l ogos ,f i si oterapeutaseterapeutasocu-pacionais.Ospsi cl ogosclnicos,i ndepen-de nt e me nt edasabor dagensteri cas, interessam-sepelasarticul aesentrec-rebroecomp or t ament o, poispercebema necessidadedeumaatual izaosobreas basescientficasdasneurocincias. Odes envol vi ment otecnol gi cosurpre-endent enosdiasdehoje. Asmodificaes ocorri dasnoscul oXXt r ans f or mar ama vidadoci dadoc omumdet al modoque em1 9 0 0sl ivrosdeficop oderi amsu-gerir.Apri mei ramet adedoscul oXXvi u atransf ormaodotransporte,dascarro-asebondesaosavies, encurt andoassim asdistnciasent reaspessoas.Asegunda metadedoscul oXXt rans f ormou acomu-nicao,passandodasi mpl escartama-nuscritaaoe-mailpelai nt er netcomi ma-gensemanexo.Ai nt ernetrevol uci onoua comuni caocientficaepessoal. Quaisasmodi f i caesesperadasparaos prxi mos50 anos?Quaisseroosnovos hbi tosdi ri os?Asduasl timasdcadas doscul oXXp rop orci onaramumavano AvaliaoNeuropsicolgica47 dastcnicasdei magemparaexamesdo corpoh umanol anandoluzsobreases-truturascerebrais. Dessaf orma, osexames emsadep er mi t emhoj emai orpreci so di agnosti cat ant odel ocal izaocomode causadasdoenas.Outrasreascomoa bi ol ogi ae agenticai gual ment eavana-ramcom seusmi croscpi osgerandoi nf or-maesai ndamaisprecisas. Emp r i mei r ol ugarpreci soc omp r een-derqueasNeuroci nci asenvol vemv-rioscamposdepesquisaqueabr angem desdeaneur oanat omi a,neurof i s i ol ogi a, neur obi ol ogi a.genti ca,neur oi mag em, neurol ogi a,neuropsi col ogi ae psi qui atri a. Ahistriadodes envol vi ment odasneu-rocinciasestcalcadanascontri bui es doscientistas em todasestasreas. ANeurop s i col ogi apreocupa-secoma compl exaorgani zaocerebral e suas re-l aescomoc omp or t ament oeacogni -o,t ant oemquadrosdedoenascomo nodes envol vi ment onor mal ,c onf or me concordamasdefi ni esdevri osaut o-res.Lezakecol aboradores( 1 9 8 3 ,1 9 9 5. 2 0 0 4 ) def i nemaNeuropsi col ogi aClinica comoacinciaapl i cadaqueestudaa ex-pres s oc omp or t ament aldasdi sf unes cerebrais. J. Odgen( 1 9 9 6 ,p.9 6 ) abordao t emacomoo" estudodo comp or t ament o, dasemoesedospens ament osh uma-nosecomoelesserel aci onamcom o c-rebro,part i cul arment e ocrebrol esado" . Sob esse ngul o, a Neuropsi col ogi aClinica estmaisvol t adaparaodes envol vi men-t ode tcnicasdeexameedi agnsti code al teraes,enf ocandop r i nci p al ment eas doenasque af etam oc omp or t ament o e a cogni o(Stuss eLevine,2 0 0 2 ) . McCarthyeWar r i ngt on( 1 9 9 0 ) enf ocama Neuropsi col ogi aCognitiva,comoumcam-poi nt erdi sci pl i nardrenandoi nf ormaes t ant odaNeurol ogi acomodaPsicol ogia Cogni t i va,i nves t i gandoaor gani z a o cerebraldashabi l i dadescognitivas.Oter-mo" f unocogni t i va" significaparaessas autorasai ntegraodascapacidadesde percepo,de ao, de l i nguagem,de me-mri ae de pensamento.M. Mesul amdef i -neaNeurol ogi aComp or t ament alcomoo campode i nterfaceentreNeurol ogi ae Psi-qui at ri aque enfocaos aspectoscomp ort a-mentai s das doenasque af et am osistema nervosocentral .Emboracomabordagens umpoucodi ferentes, todasessasdi sci pl i -nasvol t am seusol haresparaocrebroe o comp or t ament o. AAval i aoNeuropsi col gi caconsisteno mt ododei nvesti garasf unescogni t i -vase oc omp or t ament o. Trata-sedaap l i -caodetcnicasdeentrevi stas,exames quant i t at i vosequal i t at i vos dasf unes quec omp e mac ogni oabr angendo processosde ateno,percepo,me m -ria,l i nguagemeracioc nio.Hmt odos consi deradoscl ssicoseout rosai ndaem construo. Umdosmai sref erendadosl i vros - t ext o sobremt odosdeaval i aoneurops i co-l gi ca,NeuropsychologicalAssessment, deMur i elD.Lezak, modi fi cou-seaol ongo desuasquat r oedi es,acomp anh ando aevol uodasneuroci nci as.Apri mei ra edi odatade1 9 76 ef oi seguidapelas publ i caesde1 9 8 3 ,1 9 9 5 e2 0 0 4 ,sendo quealtimarevisocontacom acol abo-raode LoringeHowi eson.Essesautores es t i mul amosneurop s i cl ogosaabordar seucamp ode t rabal h ocomf l exi bi l i dade, curi os i dadeecri at i vi dadeeref eremas reasdeabrangnci adaaval i aoneu-ropsicol gicaapart i rdas tcnicasdedi ag-nsti co,al canandoai ndap l anej ament o det r at ament o,aval i aoereabi l i tao (Lezaket aL,2 0 0 4 ,p.4 0 ) . 4 8Malioy-Diniz,Fuentes,Mattos,Abreue cols. Oenf oquef u nd ame nt al me nt edi ag ns -t i coe l ocal i zaci oni s t ar ef er i donasp u-bl i caesantesdodes envol vi ment odas tcni casdene u r oi mag e m(Luri a, 1 9 6 6 ; Barbi zeteDui zabo,1 9 8 0 ) f oi embas ado noes t udodepaci entescoml esescere-brais.Nessapoca,aspos s vei si ndi ca-esconcernent es l ocal i zaodas l e-s escerebrai seram o p r i nci p alobj et i vo. At ual ment e,com osexamesdei mag e m (at omog r af i af oi des envol vi danadca-dade1 9 70e aressonnci amagnt i cana de1 9 8 0 ) ,oenf oquep r i mor di aldaneuro-ps i col ogi aestnai nves t i gaodasal t e-raescogni t i vasmaissutiseestende-se aoc amp odareabi l i tao.Nai nves t i ga-oneurops i col gi caat ual ,oscasosdes-cri t osc l i ni c ament es ocor r el aci onados c omasi magens ,quep e r mi t e mmai or preci sodi agnos t i cada l esocerebral re-f orando,assim, osconh eci ment ossobre ocrebro. Emi 8 5 i .Brocaprecisavaaguardarestudos postmortemparaconf i r marsuashi pte-ses. Hoje, os desafiosda neuropsi col ogi ae daavaliaoneuropsi col gi caso, por um l ado,avanarcom astcnicasdei magem e,porout r o,buscaraadaptaocul t ural ede l i nguagemdosmt odosdeavaliao neuropsi col gi ca(Ardi l l a,2 0 0 5) . A mai or partedaspubl i caesreferentes aval ia-oneuropsi col gi caestoem ingl s, mas recentementeprofissionaisbrasileiros vm di vul gandoeml ivroseperi di cosaspec-tostericose tcnicosdaneuropsi col ogi a noBrasil(Camargoet al.,2 0 0 8 ;Serafini et al.,2 0 0 8 ;Thiersetal.,2 0 0 5;Mi randa,2 0 0 5; Al chi eri ,2 0 0 4 ;Lefevre,1 9 8 5) . Aaval i aoneur op s i col gi cap odeser abordadaa p ar t i rdequat r odi f erent es ngul os ,i nter-rel aci onados, masdi dati ca-ment eseparadosparaanlise; de um l ado, oprof i s s i onalneurop s i cl ogo,doout r o, seupaci ente, emseguida, a demandae, porf i m,osmt odosdeaval iao. a NEUROPSICIDLOGO Apsi cometri acont r i bui ul argament epara odes envol vi ment odaneurops i col ogi a, mas neces s ri odi f erenci ar apost ura doneurop s i cl ogoedopsi cometri sta. O neurops i cl ogot em por obj et i vopri nci pal correl aci onarasalteraesobservadasno comp or t ament odo paci ente com asposs -veis reascerebraisenvol vidas,real izando, essencial mente,um t rabal h o de i nvesti ga-ocl i ni caqueuti l i zatesteseexerccios neuropsi col gi cos.Oenf oquecl i ni co e comot al devesercompreendi do. J apsi-comet ri aobservaat ent ament e acons t ru-odamet odol og i aedes envol vi ment o dostestespri vi l egi ando asamostragense padroni zaesdegrandesgruposdepes-soasnormai s. Face a face com opaci ente, oneurops i c-l ogot rabal h acomenf oquedi agns t i co, sejaparaadescri odasal teraescog-ni ti vasem det er mi nadadoena,sejapara odi agns t i c odi f er enc i al .Tant otestes c omoexerc ci osneur op s i col gi coss o seusi ns t rument os , mas oprof i s s i onal ex-p eri ent enaapl i caodetestessabeque di f erent essi tuaesp odemi nt er f er i rno des emp enh odopaci ent edur ant eates-t agem.Partedot r abal h odoneurops i c-l ogoconsisteem cont rol ar essasvariveis eobservarcui dados ament eessesdados parai nt er p r et arosres ul t ados l uzda cinciaeno apenasdastabel as.Ot r ei -nament odoprof i s s i onalestj us t ament e cal cadoemdomi narseusi ns t r ument os , poisof asci nantet r abal h o daneuropsi co-l ogi aconsi steemi nt er p r et arc omp or t a-ment oseresul tadosdos testesdent r o do AvaliaoNeuropsicolgica4 9 cont ext oclnico(Wal sh,1 9 9 2 ;Wei nt raub, S-,2 0 0 0 ;Mader,2 0 0 1 ;Mi r anda,2 0 0 5 ; Ewi ng,2 0 0 0 ) . Wal sh( 1 9 9 9 ) sugerequeot r ei nament o emaval iaoneuropsi col gi cadeveenf o-carpri nci pal ment e casosextremos,graves ebeml ocal i zados.Dessaf or ma,op ro-f i ssi onalaprendeaobservarossi ntomas nasuaexpressomxi maepode,assim, identificarmelhorasalteraessutisdas f unescogni ti vasnoscasosmaisleves. Aop or t uni dadedeaval iarpacientescom di ferentesdoenasmant moneuropsi c-l ogoalertaparaavariabilidadedasmani-festaesclnicasdoscomp r omet i ment os cerebrais. Af ormaoemneuropsi col ogi a devepri vi l egi arot r ei nament o, depref e-rnciadent ro deumambi ent ecomequi pe mul t i prof i s s i onal .Semprequeposs vel ,o prof i ssi onaldeveconhecervriastcnicas paracomp orseuarsenal . Aneur op s i col ogi aumacinciacom contri bui esmul t i di s ci pl i nares , mash di f erentesestruturasdet r abal h oconf or-measorgani zaesprofi ssi onai sdecada pa s.NosEUA,osneur op s i cl ogostm suaf ormaoeatuaoemneurops i co-l ogi amui t obemestruturada(Rabinet al., 2 0 0 5 ) ,masemout rospa sesnoseen-contra,necessariamente,amesmaorgani -zao(Int er nat i onalNeurops ych ol ogi cal Society-LiasionCommi t t eeBul l eti n) . NoBrasil, aSociedadeBrasileiradeNeuro-psi col ogi aumainstituiomul t i di s ci p l i -narf undadaem1 9 8 8 .Maisrecentemente, out rosgrupostmseorgani zadoeoCon-sel hoFederaldePsicologiareconheceua especi al i dadedeneurops i col ogi aparaos ps i cl ogos .Osprofi ssi onai sdaream-dicaedaf onoaudi ol og i at ambmp ar t i -ci pamat i vament ecomcontri bui esem neurol ogi ac omp or t ame nt aleneurop s i -col ogi adal i nguagem(Rodri gues, 1 9 9 5; Serafinietal.,2 0 0 8 ) . a PACIENTE Oprocessodeavaliaoinicia comumaen-trevistaclnicaondeohistricodopaciente i nvesti gado(escolaridade,ocupao,an-tecedentesfami l i aresehistriadadoena atual )eessesparmetrossoutil izadosna anlisederesultadosenainterpretao doi mpact ocogni t i vodasdoenasneuro-lgicas.Aestimativadenveldedesenvol -vi ment opr-mrbi dof undament alpara relacionarodesempenhoatualetraar concl usessobreumposs veldecl nioou alterao.Umpaciente quesofreuumtrau-macranioencefl copodeapresentardis-funes,mas necessriosaber qual seun-veldef unci onament oanteri or paraavaliar suasperdas.Porexempl o, dificul dadespara executartarefascomcl cul ostornam- se maisi mportantes paraumengenheiro,mas oi mpact onavidadeout ropacientepode sermenor.Discretasdificul dadesdefl un-ciaeexpressoverbalpodemsersinaisde compromet i ment oemprofessoreshabi tua-dosalongasaulasexpositivas. NoBrasil,apesardauni dadedal ngua emt odoterritrio,adi versi dadecul t ural i mensa.Asi mi graesaol ongodoss-cul osXXeXIXp rop orci onaramumai nt e-graoentre ascul turaseuropei as,afri ca-naseasiticas. Asdiferenaseducacionais rel aci onadasscondi esec onmi c as sotoi mp or t ant esquant oasdi f er en-ascul turai s.Asreasec onomi c ament e bem- des envol vi dasdosgrandescentros cont r as t amcomregi esex t r emament e pobres.Todosessesbrasi l ei rosp odem, emal g ummome nt o,serpaci entespara oneurop s i cl ogo,p or t ant o, asques t es cul t urai seeducaci onai smer ecemuma atenoespecial. 50MaiLoy-Diniz, Fuentes,Mattos,Abreue cots. Mui t ostestespsi comtri coseneurop s i -col gi coss of reminterfernciadaescola-ri dade,al guns,i ncl usi ve,ut i l i zam- sede tabel asseparadaspornmer odeanosde es t udoougraudeescol ari dade,p or t an-t oesseumaspectorel evantenaanl ise dodes emp enh odopaci ent e.Cont udo, aques t odaescol ari dademu i t omai s compl exa.Naprticadiria,areferncia aonveldeescol ari dadef or malnosu-f i ci ent eparaesti maron veldef unci ona-me nt oesperado.Emcertassi tuaes,o n veldef unc i onament oprvi op odeser mai sbemanal i sadodeacordocomon -velocup aci onalat i ng i doenoapenas emrel aoaes col ari dade.Op aci ent e refereumn veldeescol ari dade,mass vezesseudes empenh onastarefasbsicas del ei t uraeescritapodeestaraqumdo esperado,maisdeacordocomseun vel ocupaci onal . Naaval i aodepessoasi dosas,ondea es t i mat i vadon velpr- mrbi dof unda-ment alparaveri f i carodecl ni oc og ni t i -vo, encontra-seaout rap ont adestas i t ua-o.H50 ou6 0anos,apossi bi l i dadede es t udoeramu i t oreduzi daemvriasre-gi esdopa s.Mui t osi dososdeh oj ees-t udar amapenastrsouquat r oanosp or f al t adeop or t uni dades .Avi dat ornou- s e aescol ae,noraro,emp r es r i oseco-merci antesdesucesso,semescol ari dade f or mal ,tmboash abi l i dadesdel ei t urae escritaeexcel entecapaci dadedecl cul o ment al . Aques t oeducaci onaldopa sestasso-ciadaaquesteseconmi casesociaisul -trapassandooescopodestai nt roduo, masmerecendoaatenodoclnico.No f ut ur o,osexamesnacionaissobreensi no mdi oesuperi orpoderof ornecerdados paradi scuti r esseassuntodemodomais aprof undado. Aquestocul t ural ,porout r ol ado,revela adi versi dadedaconstruodeumpa s comooBrasil. Ap sdiferentes fases dei mi -grao,apopul aobrasileiraumgran-de" cal dei roc ul t ur al " .Emvri oslocais dopas,p ri nci p al ment enasregi esSule Sudeste, comumencontrar pessoasbiln-guesouquet emoport uguscomouma segundal ngua.Imi grantes,seusf i l h ose netosai ndapreservamal nguaeoscos-tumes. Testes deflunciaverbal p odemser f or t ement ei nf l uenci adospelal nguama-t ernae,svezes,necessriofazerates-t agemcoma assistnciadeumf ami l i arou tradutor.Ashabi l i dadesdeclculoment al outarefas comsequnciasautomticasre-lacionadasaospri mei ros anosdeescol ari-dadesoexecutadascommaisrapidezna l nguadaalfabetizao(al fabeto,tabuada, mesesdoano) .Estenoumprobl ema brasi l ei roapenas;publ i caesrecentes tmdemonst radoessapreocupao(Man-ly,2 0 0 8 ;Pedrazzae Mungas,2 0 0 8 ) . Oques t i onament osobreadi vers i dade cul t uralesuasi mpl i caesparaai nt er-pretaodeumdet er mi nadores ul t ado levaaoprobl emadaadaptaoaostestes estrangei ros.Nomu ndooci dent al i zadoe at ual ment egl obal i zadopelarapidezdos mei osdecomuni cao,asf ront ei rasso maisampl asejp er mi t emumamel h or comp reens odasdiferenasent reascul -turas.Atmesmoascul turasori entai ses-tohoj emaisdi vul gadaseconhecidas.A tel evisoeai nt er netmudar amonvelde acessoi nf ormao,pel omenosparao mundo" conect ado" . Evocandoahistriadostestesps i com-tri cos,essesmt odosnascemcomBinet (naFrana)eatravessamoAtl nticoNorte (EUA)parasofrerasadaptaes.Apr-priacons t ruodasEscalasWechsl er umacompos i odevriosmt odoscoma AvaliaoNeuropsicogica51 preocupaoderesolverosprobl emascul -turai seeducacionaisobservadosnoi ni ci o doscul oXX(Boake,2 0 0 2 ) . Apesardet odososesf orosparaencon-t r arel ement osmaisuni versai s,al guns testescont mi magensrel aci onadasa umadet er mi nadacul tura{ ameri canaou europei a)squaispessoasdeout r ogrup o cul t uralp odemnoestartof ami l i ari za-das(porexempl o,paisagensmui t ocarac-tersticasdeumpas).Porout r ol ado,com odes envol vi ment odat ecnol ogi a,al guns objetos,comunshumadcada, transfor-maram-set ant oqueposs velqueuma criana" i nf or mat i z ada" noosreconhea (porexempl o, tel ef onesanti gos) . A DEMANDA AdemandadaNeurops i col ogi ah oj edi -fereump oucodaquel aobservadaantes daviabil izaodosexamesdei magem.A l ocal izaoespecficadaslesescerebrais maisbemdetectadaatravsdessesm-todos,masaaval iaoneuropsi col gi ca capazderevelar asalteraessutis,onvel ea qual i dadedof unci onament o cogni t i vo (Jones-Gotman,1 9 9 1 ) -Consi derandoquegrandepartedaneuro-p s i col ogi asedes envol veuat e nd e nd o paci entes,nat ur alqueoshospi tai st or-nem-selocaisdebaseparaneurops i cl o-gos,embor aaes t rut uradeat endi ment o ems adeh oj esejamu i t omai samp l a abrangendoclnicas,ambul at ri osecon-sul trios.Aspesquisasclnicasvmsol i ci -t andocadavezmai sodes envol vi ment o detcnicasdeaval i aorefi nadas(i ncl u-siveemcomput adores ) . Eml inhasgerais,asdemandasporaval ia-oneurops i col gi caestodi reci onadas para: 1.aquanti f i caoeaqual i fi caode-t al h adasdeal teraesdasf unes cogni ti vas,buscandodi agns t i coou detecoprecocedesi ntomas,t ant o emclnicacomoempesquisa; 2 .aavaliaoeareavaliaoparaacom-panh ament odostratamentoscirrgi-cos,medicamentososedereabilitao; 3 .aaval iaodi reci onadaparaot r at a-ment o,vi sandopri nci pal ment e pro-gramaodereabilitaoneuropsi co-lgica; 4 -aaval iaodi reci onadaparaosaspec-toslegais,gerandoi nf ormaesedo-cument ossobreascondi esocupa-_. ci onai soui ncapaci dadesmentai sde pessoasques of reramal gumi ns ul t o cerebraloudoena,af et andoosiste-manervosocentral . Aaval iaopodeserestruturada pormei o debateri asfixas,masissoocorregeral -ment edent r odeumademandaespec -fica.Asbateri asfixass oext r emament e teisdent rodocont ext odepesquisasou serviosespecial izadosemdet ermi nadas doenasneurol gi casondenecessria umaaval i aoomai sf or malposs vel . Porexempl o,umserviodei nvesti gao preparatriaparaci rurgi a deepil epsiaexi -geump r ot ocol ocomnfaseemf unes dememri a,jumaequi pevol t adapara aval i aoemcrianascomdi strbi osde aprendi zagemenf ati zaaspectosdal ei t u-ra,escritaeclculo.Umabateriafi xaper-mi t esequipesaorgani zaodedadose vi abi l i zaa vi socomparati vadecasos. Asbateriasfixassodesejveiseprati ca-ment eobri gatri asempesquisasclnicas, p or t ant oaescol hadostestesdeveser s uf i ci ent ement eabr angent eparacobri r 52 Malloy-Diniz,Fuentes,Mattos,Abreuecols. ai nves t i gaodasf unesc omument e comp r omet i dasnasdoenasaseremi n-vestigadas.Oprot ocol o deveserorgani za-doconsi derandoot emp oeol ocalpara aval iao.Emal gumassi tuaes,dese-jvelqueoneurops i cl ogoprocedacoma aval iao" cego"emrelaoaosdadosde examesatomoment odadi scussocom aequi pe. Asbateri asbreveseostestesderastrei o somaisi ndi cadosparaapl icaonocon-t ex t oambul at or i aloudei nt er nament o hospi tal ar.Ummt odoquep rop orci one umap ont uaorpidamai si ndi cado quandoasolicitaoexigeumposi ci ona-ment oi medi at o. Aavaliaobreve propicia apenasumresul tadoi ndi cat i vo deal tera-oesugerepossiveisreasdei nvesti ga-o,masnop ermi t eumaaval iaomais det al h ada.Aques t op ri nci p alestmais di reci onadaparaapresenaounodeum dficitcogni t i vocompredom ni odeuma det er mi nadaf uno(memri a,f unes executivas,l i nguagem,f unesvisuoespa-ciais). Essas bateriasbrevessoel aboradas aparti rdemt odosconsagradosnal i tera-t ura,masorgani zadosdef or maap er mi -t i rumaaval i aobsicaapenas.Deve-se ressaltarqueemcasosondeaalterao s ut i lessastcnicassoevi dent ement e i n-suficientes. Naaval iaoclnica,ondec omumadi -versi dadedemani f estaes(t raumacra-ni oencef l co,aci dent esvasculares,de-mnci as,di strbi osdeaprendi zagem) ,a abordagempormei odebateriasflexveis maisi ndi cada.Apart i rdeumadet al h a-dahistriaclnicaestabel ecem-seasba-sesparaai nvesti gaoneuropsi col gi ca (Walsh,1 9 9 2 ;Ewing,2 0 0 1 ;Camargoet al., 2 0 0 8 ) .Ashabi l i dadesdeentrevi sta clinica sonecessriasparaestabel ecerocont at o eaval iarademandadopaci ente edopro-f i ssi onalquesol i ci touaaval iao.Op ro-f i s s i onals ol i ci t ant equerc omp l ement a-ododi agnsti co,obj et i voquesvezes abrangedocument arascondi esdopa-cienteantesoudepoi sdeumt rat ament o. Opaci ente, ouseufami l i ar,podet eruma demandadi f erent e.Quandoumf ami l i ar acompanh aumpaci entequesofreual gu-mal esocerebralquermaisexpl i caes sobreasdi f i cul dadesqueeleobservaem casa,quersabercomol idarcomassi tua-esdodiaadiaep ri nci p al ment e qualo prognsti co.Nemsempreasnot ciasso boas,masnamai ori adoscasosumal on-gaconversacomof ami l i arexpeoal can-cedasalteraesobservadasnostestese passoapassooauxi l i aacomp reendera or i gemdoscomp ort ament os . Apart i rdademanda,oprof i ssi onalsele-ci onaastcnicasadequadas,comf l exi bi -l i dade,poisoprocessodeaval iaracaba porsugerirreasasereminvestigadasem p r of undi dade.Ospaci entess ubmet i dos aval iao,mui t asvezes,exp er i ment am estasituaopelapri mei ra vez.Astarefas iniciaisp odemsermaissimpl esdemodoa i nt roduzi ror i t moeveri fi caracapacidade dopaci entedeseadaptaredecol aborar comoprocesso.Aescolhadomt odode t rabal h odepende,assim,dasquestesa seremrespondidas. OSMTODOS Aaval i aoneur op s i col gi caestem cons t ant edes envol vi ment o.Novosm-t odosdeexamesodel i neadosparares-ponderasquestesaindaemabert odas neurocincias;aomesmot emp o, ostestes cl ssicosservemcomopadroour opara comparao. Al gunstestesc omument eut i l i zadosem neurops i col ogi af or amdrenadosdapsi-AvaliaoNeuropsicolgica53 comet ri a,out rosde pesquisaseml abora-trios.Testesc ssicosforaminicialmerite publ i cadosem peridicose, pos t eri ormen-t e,umavezqueal canaramumaboa repercus s onac omuni dadeci ent i f i ca, f or amengl obadosempubl i caesde l i vros-textos.Porexempl o,os"Testesde Rey"(Rey,1 9 58 ) f or amdesenvol vi dosh dcadases o ai ndamui t oref erendados (Lezak,2 0 0 4 ;Strauss,2005).Publ i caes domundoi nt ei r orei t eramsuaval i dade cl inicaep er mi t emacomparaodos re-sul tadosnasdi f erentes cul turas,incl usive noBrasil(Mal l oy-Di ni z,2 0 0 0 ) .Portanto, o exameneurops i col gi cono ummto-dopadro. As abordagensdi reci onam,por uml ado, paratcnicasquanti tati vas e,por out ro,paramt odosmaisqual i tati vos. Aabor dagemquant i t at i va f or t ement e baseadaemnormas,anl i sesf at ori ai s e estudosdeval i dade.Oprocessodeava-l iaop ri vi l egi aumabat eri adetestes es s enci al ment equant i t at i v oseenf oca asp rop ri edadespsi comt ri casdostes-tes.Desenvol vemt odosdecomp arao deresul tadosepadresparadet er mi nar q u ant i t at i v ame nt easdi f erenasent re asaval i aespr eps- tratamentoscom formasparalelas.Essaabordagemes t rut u-radaembasesestatsticasvembuscando aval i dadeeaconf i abi l i dadedostestes (Evanset al..1 9 9 6 ;Rachele Camey,2 0 0 0 ) . Aabordagemqualitativa-flexvel,emcon-t rapart i da,referendadapor diversosau-toresque al er t amparaasarmadi l h asda rpidai nterpretaodeescores,embora noabandonempor comp l et o astcnicas f or mai s(Lezak,2 0 0 4 ;Wei nt r aub,2 0 0 0 ; Ogden,1 9 9 6 ;Wal sh,1 9 9 2 , 1 9 9 9 ) -Kapl an ( 1 9 9 0 ) propsaabordagemdeprocesso, es t rut urandoummt odopara quanti f i car asetapasdeexecuodastarefas.Seus trabal hosiniciais (Kapl an,1 9 9 0 ) geraram a versodaescalaWAIScomoinstrumento neurops i col gi co(Wechsl erAdul tInt el l i -genceScale-Neuropsych ol ogi calInstru-ment-WAISRNI,1 9 9 i ) . Osi ns t r ument osneur op s i col gi cosp o-demsercl assificados,eml i nhasgerais, comotestes e exerccios. Ostestesf ormai s s omt odosestruturadosapl i cadoscom i nstruesespecficasenormasderivadas deumapopul aorepresentati va. Os re-sul tadosso medi dosem escalaspadroni -zadas ou descritosaparti rde mdi ae des-vi opadroquep er mi t em autilizaode cl cul osparacomparao(por exempl o, escoresz ou) (Evanset al.,1 9 9 6 ;Rachele Camey,2 0 0 0 ) . Emborap er mi t amuma aval i aoquant i -tati va,ostestesf ormai sp odemsert am-bmi nt erp ret adosqual i t at i vament e.Por exempl o,ostestesdeintel igncia,como asconheci dasEscalasWechsler,so am-p l ament euti l i zadosemneuropsi col ogi a, masoenf oqueestmaisvol t adoparaa anl isedecadasubtesteedosprocessos cogni ti vosuti l i zadosnodes emp enh oda tarefa(Lezaket aL,2 0 0 4 ) . Osexerc ciosneurop s i col gi coss o m-t odosdeexp l oraodac ogni oedo c omp or t ame nt o,abor dandoasdi versas et apasneces s r i asparades emp enh ar umadet er mi nada f uno. So f undamen-t adosnoss i nt omasneur op s i col gi cos , des envol vi dosg r adual ment epel aexpe-rinciaclnica(Gol dstei ne Scheerer,1 9 4 1 ; Luria,1 9 6 6 ;McCarthye War r i ngt on,1 9 9 0 )f r ent es di versi dadesdospaci entes com l esescerebrais.No s o testess ubmet i -dosa uma normat i zaopor consti tu rem tarefas que uma pessoanor maldesempe-nh ari acomf aci l i dadeeamani f es t ao 54 MaUoy-Diniz, Fuentes,Mattos,Abreue cols. dedi f i cul dades j t e ms i gni f i cadoclnico. Esses exercciosi ncl uemtarefas taisc omo l ei t ura,escrita,cl cul os,cl assificaode obj et os ,desenhos,s equnci asdemov i -ment os ,s equnci asdi retas e al t ernadas dei tens,descri esde i magenseout ras simil ares. So exerc ciosdesti nadosa ex-pl oraras etapasdos processoscogni ti vos. Al gumasdessastcni casf or ami nc or p o-radasabateri asde aval i aocogni t i va e val i dadas.Ai ndap oder i amseri ncl u dos nessacat egori aostestescomor i gens psi comt ri casquerevel aramval orneu-ropsi col gi co.O exerccio de conectarn-meroseletrasal t ernados f or mal ment e aval i adoemt er mosdet e mp o,masc l i -ni cament econsi dera-sea qual i dadeda respostado paci ente. A f or macomoo pa-ci ent econf ronta- secom o mat er i al que t emsi gni f i cadoclnico. Wei nt raub( 2 0 0 0 ,p.1 2 1 )ressaltaqueno exi s t emtestesf or mai scomnormasde-f i ni dasparaaval i aral gumasal teraes neurops i col gi casmaisespecificas, nem umabateri adetestescomp l et a,abran-gentee t ot al ment epadroni zada.Aautora argument aque no poss velternormas detal hadasparatodasas variveisque po-demi nt erf eri rnos testes(taiscomoi dade, gnero,educaoe cul t ura) .Domes mo modoque no poss velevi tarpor com-pl etoosefei tos de" t e t o" e" c h o"em t o-dososnveisde testes. Wal sh( 1 9 9 2 ) adot aumapost uraessen-c i al ment ecl nicaqu andoaf i r maque " nareal i dadenoexi s t emtestesneu-r op s i col gi cos .Apenasom t odo de cons t rui rasinfernciassobreostestes neuropsi col gi co" . *O i mp act o dessacol o-*No original: In a veryrealsensethereis virtuaityno suchathingas aneuropsychologicaltest.Only the methodof drawinginferencesaboutthetessis neu-ropsychological. cao destacadoanosdepoi sporEwi ng ( 2 0 0 0 )e Lezak( 2 0 0 4 ,p.1 3 4 ) . Diversosf atoresp odemi nt er f er i rno de-s empenh odo paci ente, sendoassim, a i n-terpretaobaseada apenas emresul tados quant i t at i vospodelevara concepes er-rnease mui t osautoressugeremcautel a. Apart i rdestal i nhade pens ament o,cres-ceua concepodaval i dadeecol gi ca, i sto, acapaci dadedos examesneur op -s i col gi cosdei nf eri rsobreaadapt ao dopaci enteaomei oem que vive,sobre seur et or no ao t r abal h o ou aescolaap s oi ns ul t o cerebral . Tal aspectotorna-sei m-p or t ant ej us t ament equandoaaval i ao subsidiaocamp oj ur i di co(Ewi ng,2 0 0 0 ) . FINALMENTE... O RELATRIO Orel atriode aval i ao o resul tado f i -naldoprocesso, o fechoda aval iaoe a abert uradasori ent aesparareabi l i t a-o.Devei ncl ui raspectosdescritivos(com ousem dadosnumri cos)e ai nt er p r et a-odos dadosobt i dos .Esse o mei ode comuni caoof i ci al ,odoc u me nt oque responde demandae podet erdesdobra-mentosjuridcos. Aaval iaoneuropsi col gi ca,comoqual -querexame,t em suasl imitaes,no umaressonnciamagntica,p ort ant o no " l ocal i za"as l esescerebrais. Asalteraes cognitivasp odemser descritasei nt erp re-tadascombase nos conheci mentosacumu-ladossobreas correl aesentre funes e reascerebrais. Por exempl o, alteraes da capacidadede f l exi bi l i dademental , engl o-badasnas funesexecutivas, so associa-dass f unesdas reasf rontai s. O com-p r omet i ment odememri aepi sdi cade mat eri alverbalt endeaestarassociado a di sfunesdas reastemporai smesiaisdo AvaliaoNeuropsicolgica55 hemisfrioesquerdo(oudomi nant e) .Mui -tasvezes, o desempenhodopacienteest toal t eradoqueoneurop s i cl ogoopta porumadescriodec omp r omet i ment o amp l op orqueseusmt odosnoconse-guemdiferenciar umareaespecifica. Orelatriopodet ambmsubsidiarprofi s-sionaisdeoutrasreasnasdeci sessobre r et or noao t r abal h oouumai nterdi o. Nessasi tuaoconvmi ncl ui rcoment -ri ossobreas condi esdo paci ent e de exercersuasatividadesocupaci onai sante-rioresousobrea necessidadedeat endi -ment oespecial. Para opaci ente, emcont rapart i da, o i m-p or t ant e a entrevi stadevol ut i va. As al -teraesobservadasdevemsertraduzi das comexempl osdassituaesprticas.Tan-t o o paci ente comoo f ami l i arprecisamde ori entaese i ndi caesparaoacompa-nh ament of ut ur o.Ost ermostcnicosdos rel atriosp odementoserexpl anados e asdvi dassanadas. CONSIDERAES FINAIS Aaval i aoneurops i col gi canou m processodei nvesti gaop r ont o e acaba-do;estemestruturaoeprovavel men-teassimestarpormu i t ot emp o.Lezak ecol aboradores( 2 0 0 4 ,p.4 )i ns t i gam os neur op s i cl ogosabuscaremnovasf or-masdeabordagemal ert andoque" nest e camp ocomp l exoe emexp ans opoucos f atosou pri nc pi osp odemsert omados comoverdade,poucastcnicasnovo sebenef i ci ardasmodi f i caesepoucos procedi ment osnovosecurvarouque-brarcomo acmul odeconh eci ment o e experi nci a" .* Inthiscomplexandexpandingfield,fewfactsor principiescanbetakenforgranted,fewtechniques wouldnotbenefitfrommodifications,andfewpro-cedureswillnotbebentorbrokenosknowledgeand experenceaccumulate.