O negro em folhas brancas
-
Upload
lucavao2010 -
Category
Education
-
view
1.140 -
download
3
Transcript of O negro em folhas brancas
RACISMO E ENSINO DE HISTÓRIA.
Luiz Carlos Varella de Olivera
Junho – 2010.
O NEGRO EM FOLHAS
BRANCAS.
SUELI CARNEIRO.
“A genialidade do racismo brasileiro reside
exatamente nisso. Aqui se produziu a forma mais
sofisticada e perversa de racismo que existe no
mundo, porque nosso ordenamento jurídico
assegurou uma igualdade formal, que dá a todos
uma suposta igualdade de direitos e
oportunidades, e liberou a sociedade para
discriminar impunente”.
MILTON SANTOS.
“Aqui é natural os negros serem tratados de
forma subalterna. Você não tem como reclamar.
Se você protesta, é visto como alguém que está
perturbando o “clima agradável” que possa existir
nesse ou naquele lugar”.
AS BOAS INTENÇÕES...
Foram encontradas vários problemas nos livros
didáticos...
Os textos escritos não pretendem
declaradamente inferiorizar os afro-
descendentes.
Os autores caem em contradição, os livros
didáticos acabam por cair em armadilhas e
reproduzem idéias preconceituosas: como o
despreparo do negro para o mercado de
trabalho em função do longo e traumático
período dos trabalhos forçados.
PROBLEMAS COM A
IDENTIDADE CULTURAL
BRASILEIRA.
Alguns autores não citam a presença do negros
nos aspectos culturais...
Outros restringem o papel dos negros na
“contribuição” para a construção do Brasil
dizendo que eles acrescentaram algo numa
cultura pronta.
Difundem idéias racistas em seus discursos.
O afro-descendente é parte integrante da nossa
história, não é saudável omiti-lo.
O negro não deve ter um espaço limitado nos
livros didáticos já que ele é uma parte integrante
de acontecimentos e fatos.
AS RELIGIÕES AFRICANAS
Para alguns autores
são apenas crenças
ou crendices.
Qualquer tipo de
atividade,
manifestação cultural,
hábito, vira objeto
pitoresco.
OUTRAS SITUAÇÕES.
O negro foi o único
edificador da riqueza
do Brasil mas não
usufruiu nem um
décimo.
Questionamento:
Sentir pena, dó,
comoção resolve o
problema do
preconceito?
Principal objetivo:
chocar e não procurar
caminhos para
superar o problema
da discriminação e do
preconceito racial.
SOBRE O QUILOMBO
Ele é uma ameaça
para o senhor e é
este o foco explorado
pelos autores.
Raramente é
explicado como eles
se formaram e qual o
objetivo,
As trocas comerciais
realizadas.
O NEGRO COMO AGENTE
HISTÓRICO.
É muito peculiar;
Não tem nenhum tipo
de autonomia;
A hegemonia
pertence aos brancos;
Escravidão
intitucionalizada pelo
branco e a abolição
também;
A abolição ocorreu
porque a Inglaterra
quis.
AVENTURA NA SALA DE AULA.
O professor de
História pode
trabalhar com as
rebeliões escravas:
1. Quilombos;
2. Insurreições;
3. Família
escrava/negra
4. Formas de
resistência
5. Significado do treze
de maio
6. Imagens do negro
AUXÍLIO AO PROFESSOR DE
HISTÓRIA.
Apoios didáticos:
1. Filmes;
2. Trechos de
documentos;
3. Biografias;
4. Jornais;
5. Revistas;
6. Poemas;
7. Pinturas;
8. Livros didáticos e
paradidáticos.
ESPECIFICIDADES
O professor precisa permitir aos
alunos perceberem que essas
fontes, cada uma a sua maneira
apresentam representações
construídas no tempo e no espaço
por diferentes sujeitos/olhares.
Ao professor e alunos cabe a
missão de realizar suas próprias
reflexões, com ou sem livros
didáticos, afinal, eles também são
agentes históricos.
Existem maneiras de se contar
história, basta atravessarmos a rua
que nós separa da sombra da
repetição passiva “educação
bancária”, para a luz da reflexão, a
educação libertadora.
Tenhamos em mente, como nos
lembra Paulo Freire, que a educação
é uma prática da liberdade.
SUGESTÕES E PROPOSTAS
INOVADORAS PARA AULA DE
HISTÓRIA
O Ensino de História e
a Criação do Fato.
Jaime Pinsky, São
Paulo, Contexto, 1991.
O saber Histórico na
Sala de Aula. Circe
Bittencourt, São Paulo,
Contexto, 1998
Inaugurando a História
e Construindo a Nação.
Lana Lara de Castro
Siman e Thais Nívia
de Lima e Fonseca.
Belo Horizonte.
Autêntica. 2001.
LEMBRETE: não é o
livro didático sozinho
que irá ensinar essas
crianças e
adolescentes a
conhecerem a sí
mesmos e ao mundo.
BIBLIOGRAFIA
In.: Cadernos de Graduação, 2 ͣ ed./ publicações dos
graduandos do Instituto de Filosofia e Ciências
Humanas da universidade Estadual de Campinas.
UNICAMP/IFCH. 2003. 121p., anual.
As imagens foram todas baixadas da internet.