O Modelo de Autoavaliação da BE SubdomíNio C1.1 E C1.3
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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolare s: metodologias de
operacionalização (Parte I)
Florinda Fialho Almeida
Subdomínio C.1. (Apoio a Actividades Livres, Extra- Curriculares e de
Enriquecimento Curricular )
C1.1 – Apoio à aquisição e desenvolvimento de métodos de trabalho e de
estudo autónomos
C1.3 – Apoio à utilização autónoma e voluntária da BE como espaço de lazer e
livre fruição dos recursos.
_______________________________________________________________
Plano de Avaliação
Introdução
De acordo com os princípios enunciados no Modelo de Auto-avaliação da RBE
(MAA), “ (...) é importante que cada escola conheça o impacto que as actividades
realizadas pela e com a BE vão tendo no processo de ensino e na aprendizagem, bem
como o grau de eficiência e de eficácia dos serviços prestados e de satisfação dos
utilizadores da BE”.
A BE do Agrupamento de Escolas de Cuba realizou, nos dois últimos anos, a
sua auto-avaliação que incidiu, no primeiro ano, sobre o Domínio B – Leituras e
Literacias e, no último ano, sobre o Domínio A – Apoio ao Desenvolvimento Curricular.
Justifica-se, portanto que, este ano a auto-avaliação incida sobre um outro domínio, de
modo a dar continuidade ao processo de identificação de práticas que têm sucesso e
que deverão continuar e, além disso, identificar pontos fracos que deverão ser
melhorados.
O Projecto Educativo de Escola (PEE) enuncia no seu diagnóstico de
necessidades uma problemática associada ao nível sociocultural e económico das
famílias com reflexos no sucesso curricular dos alunos. Esta problemática enfatiza
dificuldades a nível da expressão e compreensão do oral e do escrito que veicula
alguma desmotivação entre a população escolar. O PEE salienta, também, a falta de
hábitos e métodos de trabalho dos alunos.
Assim, consideramos que será pertinente conhecer que apoio desenvolveu a
BE relativamente à aquisição e desenvolvimento de métodos de trabalho e de estudo
autónomos, como se processou esse apoio e, em termos de outcomes, conhecer o
impacto desse trabalho na avaliação dos alunos - que competências desenvolveram?
Concretamente, no domínio C1 - Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de
enriquecimento curricular, interessa-nos perceber se a BE apoiou “actividades livres
de leitura, pesquisa, estudo e execução de trabalhos escolares, realizadas pelos
alunos fora do horário lectivo e dos contextos formais de aprendizagem” (MAA da
RBE, 2009)? Na BE os alunos praticaram “técnicas de estudo variadas” (idem)? Os
alunos desenvolveram “hábitos de trabalho” e aprenderam “a organizar a sua própria
aprendizagem, revelando uma progressiva autonomia na execução das tarefas
escolares” (ibidem)?.
Interessa-nos, ainda, percepcionar se o trabalho da BE se traduziu numa maior
utilização autónoma e voluntária da BE como espaço de lazer e livre fruição dos
recursos e o apoio prestado: “Os alunos beneficiam de acesso livre e permanente à
BE (...) e adquirem hábitos de utilização livre da BE, cultivando um clima de liberdade,
respeito e descontracção”(MAA da RBE, 2009)?. Além disso, “os alunos dispõem de
condições favoráveis à utilização individual e em pequenos grupos”(idem)?.
Pretendemos ainda perceber se “os alunos desfrutam de uma boa colecção na área
da literatura infantil/juvenil, dos jogos educativos, da música e dos filmes de ficção”
(ibidem).
2. Objectivos :
Assim, são objectivos desta avaliação:
• Desenvolver uma abordagem essencialmente qualitativa dos
subdomínios C1.1 e C1.3, orientada para uma análise dos processos e dos resultados
numa perspectiva formativa,
• Identificar necessidades e fragilidades nos referidos subdomínios;
• Definir e implementar um plano de acção visando a melhoria dos
subdomínios avaliados.
1. Metodologia
1.1. Processo e cronologia
Program evaluation is carefully collecting information about a program or some aspect
of a program in order to make necessary decisions about the program.
(McNamara, 2008)
a) A aplicação do modelo de auto-avaliação seguirá um determinado processo
e cronologia, com o envolvimento dos seguintes actores educativos, que passamos a
explicitar:
Actividade Responsáveis Tempo
1 - Seleccionar o
domínio
Equipa da
BE/Direcção da escola
1º Período
2 - Apresentar no
CPO o
domínio/sudomínios a
avaliar
Professora
Bibliotecária
1º Período
3 – Rever
instrumentos, seleccionar
e recolher evidências
Equipa da BE 1º/2º e uma parte
do 3º período
4 - Identificar o
perfil de desempenho
Equipa da BE Final do 3º Período
5 - Registar a auto-
avaliação
Professora
Bibliotecária
Final do 3º Período
6 – Apresentar os
resultados da AA ao CP
Professora
Bibliotecária
Final do 3º Período
7 – Planificação de
actividades visando uma
melhoria de actuação de
acordo com os resultados
obtidos na AA
Professora
Bibliotecária e equipa da
BE
Início do ano lectivo
seguinte
1.2. Público-alvo e amostra
A BE desta escola serve uma população que inclui:
• Todos os alunos dos seguintes níveis de ensino: pré-escolar, 1º, 2º e 3º
ciclos, CNO (420 alunos no total);
• Pessoal Docente (40 professores)
• Pessoal não docente (25 funcionários, dos quais 2 pertencem à equipa
da BE)
• Pais e Encarregados de Educação (370).
Conforme as indicações fornecidas no MAA, a aplicação dos diferentes instrumentos
de avaliação incidirá sobre 10% dos alunos (não incluiremos na amostra os alunos do
pré-escolar) e 20% dos docentes. Interessa-nos ainda a realização de entrevistas aos
auxiliares de educação da equipa da BE, 10% dos pais e encarregados de educação
participarão num “focus group”.
Será privilegiado de entre o público-alvo, aqueles que sejam utilizadores usuais dos
serviços da BE.
1.3. Instrumentos
Os instrumentos de recolha de informação a utilizar serão os sugeridos pelo
MAA, com algumas adaptações que decorrerão da aplicação de pré-testes:
O5 – uma grelha de observação da utilização da biblioteca pelos alunos em
contexto livre; que incide sobre os projectos, parcerias e actividades livres e de abertura à
comunidade;
QA3 – um questionário aos alunos, que incide sobre as actividades livres, extra-
curriculares e de enriquecimento curricular
A equipa da BE construirá ainda um guião de entrevista semi-directiva a
realizar com os auxiliares de acção educativa e um guião para entrevistas em “focus
group” para os pais e encarregados de educação.
Para a recolha de evidências, procederemos ainda à análise documental, por
exemplos actas da equipa da BE, documento de política e gestão, plano anual de
actividades da BE, planificação de actividades e a registos de utilização da BE
(estatísticas de utilização), horário.
A nossa opção sustenta-se na referência a McNamara (2008) “the concept of
program evaluation can include a wide variety of methods to evaluate many aspects of
programs”. Estes diferentes instrumentos proporcionarão a análise em termos de
processos, de resultados e impactos (MAA da RBE, 2009).
1.4. Tratamento dos dados
Os dados recolhidos terão, de acordo com a sua tipologia o tratamento
adequado:
SPSS – tratamento de dados dos questionários;
Análise de conteúdo – Entrevistas semi-directivas e focus group,
Análise documental – actas e documentos de política e gestão.
Será esta análise que nos permitirá, como sugerido no MAA, “ Fazer
apreciações e retirar ilações Confrontar os dados com os factores críticos de sucesso
e os perfis de desempenho”.
1.5. Relatório Final
Uma vez realizadas as diferentes análise, será preenchido o Modelo de
Relatório:
Na secção A – preenchimento da grelha que corresponde aos subdomínios
C1.1 e C1.3; preenchimento do quadro-síntese;
Na secção B - preenchimento das grelha que correspondem aos domínios não
directamente avaliados neste ano lectivo;
Na secção C – quadro-síntese da auto-avaliação.
Serão, então, comunicados os resultados à Escola/Agrupamento e a outros
interlocutores com a indicação de Inclusão, após aprovação em CP, de resumo de
resultados no Relatório de Auto-avaliação da Escola.
1.6. Plano de Acção
A realização da auto-avaliação da BE tem, como referimos nos objectivos,
identificar objectivos e metas a atingir de modo a planificar e implementar as acções
para a melhoria. Contudo, este trabalho não fica completo sem uma monitorização do
processo de implementação das acções para a melhoria.
A terminar, refira-se que, de acordo com o Modelo de Auto-avaliação da RBE
(2009) “Pretende-se que a aplicação do modelo de auto-avaliação seja exequível e
facilmente integrável nas práticas de gestão da equipa da biblioteca. Não deve,
portanto, representar uma excessiva sobrecarga de trabalho, na qual se consomem
grande parte das energias da equipa. Isto implica, por exemplo, que alguns
procedimentos deverão ser formalizados e implementados de forma a criar algumas
rotinas de funcionamento, tornando-se práticas habituais e não apenas com vista à
avaliação2.
Bibliografia
Rede de Bibliotecas Escolares (2009). Modelo de auto-avaliação das Bibliotecas
Escolares. Disponível em: http://forumbibliotecas.rbe.min-
edu.pt/mod/resource/view.php?id=10342. Acedido em 29 de Novembro de 2009.
McNamara, C (2008). Basic Guide to Program Evaluation. Disponível
em:http://forumbibliotecas.rbe.min-
edu.pt/file.php/79/Basic_Guide_to_Program_Evaluation.mht. Acedido em 29 de
Novembro de 2009.
Documento da sessão.