A mordomia é um estilo de vida pleno que envolve a nossa saúde, tempo, talentos, ambiente, relacionamentos, espiritualidade e finanças.

P O R J I M E J U L I E L O R E N Z

• Os pais de Jarrod tinham muito dinheiro, e nunca ensinaram ao filho quaisquer princípios financeiros, por isso, agora que está a iniciar a sua própria carreira, ele gasta dinheiro conforme lhe apetece. Não consegue compreender porque é que a sua esposa fica tão aborrecida com ele.

• Kaitlyn faz compras online, a altas horas da noite, quando se sente stressada, mas tenta esconder as despesas do marido.

• Apesar de Tony ser adulto e ter um trabalho, ainda tem um cartão de crédito que os pais lhe deram. Como eles ajudam a sustentar a sua família, os pais acham que têm algo a dizer sobre a escola que os netos devem frequentar, que tipo de férias a família deve fazer, etc.

• Ava não quer gastar dinheiro em “extras”, enquanto o marido acha que os “extras” são aquilo que faz a vida valer a pena.

Para quem é casado, não é nenhum segredo que as finanças podem ser um forte ponto de discórdia no casamento. Segundo uma pesquisa feita em 2017, a 1 072 adultos nos Estados Unidos, as discussões sobre finanças eram a segunda principal causa de divórcio, depois da

infidelidade.1

Muitas pessoas com cursos superiores em finanças e psicologia têm escrito sobre o assunto do casamento e do dinheiro, e certamente não somos peritos no assunto. Contudo, depois de 26 anos de casamento, temos um conselho infalível para os casais: aprendam a falar a mesma linguagem financeira.

Distribuído por:União Portuguesa dos

Adventistas do Sétimo Dia. Diretor: Fernando Ferreira

Produzido por: Departamento de Mordomia da Associação União Pacífico

Diretor: Gordon Botting

Qual é a suaLINGUAGEM FINANCEIRA?

Aqui tem algumas perguntas para si e o seu cônjuge. Respondam a fim de vos ajudar a compreender a linguagem financeira um do outro:

• Quando eras criança, de que forma a tua família abordava a questão dodinheiro? (Por exemplo: nunca falavam disso, havia muita preocupação sobreisso, nunca poupavam, havia um orçamento apertado, etc.)

• Quais são os teus objetivos financeiros? (Liquidar dívidas, comprar uma casa,fazer uma viagem, poupar para a universidade)

• Que sacrifícios estás disposto a fazer para atingir os teus objetivos? (Comprarum carro usado, abdicar de umas férias caras, arranjar um segundo trabalho)

• Quais são os teus valores financeiros? (Controlo de gastos, estar preparado,diversão, luxo, ajudar os outros)

• Quais são os teus valores relacionados com o estilo de vida? (Equilíbriotrabalho/vida, querer ficar em casa com os filhos pequenos, uma carreira emmobilidade crescente)

• Quais são os teus talentos financeiros? (Fazer um orçamento, manter ascontas organizadas, inspirar a família)

• Como preferes lidar com o dinheiro? (Apenas online, só dinheiro vivo, umavez por semana, uma vez por mês)

• Como pretendes educar financeiramente os teus filhos? (Mesada, tarefasdomésticas pagas, conta bancária)

Se cada um responder a estas perguntas e usá-las como rampa de lançamento para uma posterior discussão, podem aprender mais sobre a linguagem financeira

um do outro e começar a conversar sobre uma linguagem comum que possam falar em conjunto.

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Talvez conheça as clássicas cinco linguagens do amor explicadas pelo autor cristão Gary Chapman. Se não conhecer, recomendamos vivamente que as estude e que descubra as linguagens do amor que você e o seu cônjuge “falam.”2

O problema é que muitos – se não a maioria – dos casais não falam a mesma linguagem do amor. Por exemplo, as duas principais linguagens do amor do Jim são atos de serviço e presentes. A linguagem do amor da Julie são as palavras de afirmação. Não é preciso um conselheiro para ver que, nos nossos primeiros anos de casados, surgiram problemas porque estávamos a dizer “Amo-te” numa linguagem que não era facilmente compreendida pelo outro. O problema era que não éramos “bilingues” nas nossas linguagens do amor. Achamos que seria uma boa ideia pegar no conceito das linguagens do amor e aplicá-lo às finanças. O mais provável é que você e o seu cônjuge não falem a mesma linguagem financeira. Quando se trata de dinheiro, ambos têm diferentes antecedentes, diferentes personalidades e diferentes valores. O educador financeiro Dave Ramsey divide os casais em duas categorias. “Normalmente, um cônjuge é um totó e o outro é um espírito livre no que toca ao orçamento”, diz ele. E passa a explicar: “Os totós gostam de fazer o orçamento mensal e de fazer os cálculos. Gostam do facto de isso lhes dar uma sensação de segurança,

e sentem que estão a cuidar dos seus entes queridos. Os espíritos livres não querem ter nada a ver com os números e têm a tendência para se “esquecerem” do orçamento. Podem sentir-se controlados ou que não se preocupam com eles, e para o totó são irresponsáveis. Esta pode ser uma combinação perigosa que leva a problemas financeiros e conjugais.”3

Felizmente, Ramsey garante-nos que totós e espíritos livres podem fazer com que o seu casamento funcione. “Quando os casais aprendem a concordar nas questões relacionadas com o dinheiro e estão determinados a não permitir que isso os separe, eles formam uma unidade que é crucial para um casamento de sucesso.”4

Achamos que a maioria das pessoas encaixa algures numa categoria entre totó e espírito livre, e é por isso que é importante descobrir a linguagem que o seu cônjuge está a falar quando fala de dinheiro. Quando nos casámos, não tínhamos um grande rendimento. Todos os meses, quando o Jim fazia o saldo do livro de cheques, acabávamos a discutir. Era horrível para os dois. Nenhum de nós gastava muito – o que era uma bênção – mas, não estávamos em sintonia financeira. Muito mais tarde, assistimos a um seminário sobre finanças na nossa igreja e isso ajudou-nos realmente a começar a falar a mesma linguagem, quando compreendemos que partilhávamos alguns valores fundamentais, e estávamos dispostos a sacrificar-nos por causa deles. Continuamos a falar diferentes dialetos no que toca ao dinheiro, mas compreendemos a mesma linguagem quando nos deparamos com grandes compras, tomamos decisões sobre a direção a longo prazo para as nossas finanças e negociamos as nossas despesas mensais.

“Quando os casais aprendem a concordar nas questões relacionadas com o dinheiro e estão determinados a não

permitir que isso os separe, eles formam uma unidade que é crucial para um casamento de

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“Normalmente, um cônjuge é um

totó e o outro é um espírito livre

no que toca ao orçamento.”

RECURSOS1www.daveramsey.com/pr/money-ruining-marriages-in-america

2www.5lovelanguages.com

3,4www.daveramsey.com/blog/nerds-and-free-spirits-can-unite-over-the-budget

DAVE RAMSEY

Muitas igrejas dispõem de seminários sobre finanças, como o do Dave Ramsey, Financial Peace University, para que os membros resolvam as suas situações financeiras.

Oleh Svetiukha/iStock/G

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