O médium e a mediunidade no Espiritismo. Reinaldo Barros

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O Médium e a mediunidade no espiritismo Reinaldo Barros

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O médium e a mediunidade no Espiritismo. Reinaldo Barros

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O Médium e a mediunidade no espiritismo

Reinaldo Barros

Elementos gerais do Universo

Deus

EspíritoElemento

inteligente

MatériaElemento material

Princípio inteligente do Universo. (LE, 23)

A inteligência é um atributo essencial do Espírito. (LE, 24)

(…) a inteligência é uma faculdade própria de cada ser e constitui a sua individualidade moral. (…) (LE, 72 a) )

É o laço que prende o Espírito; é o instrumento de que este se serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce a sua acção. (LE, 22 a))

[Existe em estados ainda ignorados. Apesar de escapar aos nossos sentidos, continua a ser matéria]. (LE, 22)

Inteligência suprema, causa primária de todas as coisas (LE, 1)

EspíritoElemento

inteligente

MatériaElemento material

Fluido universal

Intermediário entre o Espírito e a

matéria

É o laço que prende o Espírito; é o instrumento de que este se serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce a sua acção. (LE, 22 a))

[A matéria e o Espírito] são distintos um do outro; mas a união do Espírito e da matéria é necessária para intelectualizar a matéria. (LE, 25, 75)

Permite ao Espírito agir [é o seu agente] sobre a matéria grosseira.

É susceptível de inúmeras combinações com a matéria, sob a acção do Espírito, para produzir uma variedade de coisas de que apenas conhecemos uma ínfima parte.

Sem ele, a matéria estaria em perpétuo estado de divisão [caos] e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá [ordem].

O fluido eléctrico [energia eléctrica] e o fluido magnético são modificações desse fluido.

É uma matéria mais perfeita, mais subtil e que se pode considerar independente.

Os EspíritosSão os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo fora do mundo material. (LE 76)

São filhos [e obra] de Deus e estão submetidos à sua vontade [a Lei de Deus]. (LE 76,77)

A existência dos Espíritos não tem fim. (LE 83)

O mundo espírita [ou dos Espíritos ou das inteligências incorpóreas] preexiste e sobrevive a tudo. (LE 85)

[Os Espíritos] estão por toda a parte. Povoam infinitamente os espaços infinitos. Tendes muitos deles de contínuo a vosso lado, observando-vos e sobre vos actuando [exercendo uma acção para produzir um determinado efeito influência], sem o perceberdes, pois que os Espíritos são uma das potências da natureza [uma força capaz de produzir um efeito, de

realizar alguma coisa] e os instrumentos [ferramentas para realizar um trabalho] de que Deus se serve para a execução dos seus desígnios providenciais (…). (LE 87)

Escala EspíritaESPÍRITO

DEUS

MATÉRIA

3ª ordem 6 E. Batedores e Perturbadores

Espíritos Imperfeitos

7 E. Neutros

8 E. Pseudo-Sábios

9 E. Levianos

10 E. Impuros

2ª ordem 2 E. Superiores

Bons Espíritos

3 E. de Sabedoria

4 E. Sábios

5 E. Benévolos

1ª ordemEspíritos Puros

1 E. Puros

Predomínio da Matéria sobre o Espírito.Propensão para o mal.

Predomínio do Espírito sobre a Matéria.Desejo do bem.

Grau supremo de perfeição.Nenhuma influência da Matéria.Superioridade moral e intelectual absoluta.Não estão sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis.

Prov

as e

Exp

iaçõ

es.

Suje

itos

à re

enca

rnaç

ão

Perfeita felicidade

ESPÍRITO

ERRADICIDADE

Encarnação

MORTEDesencarnaçãoDesagregação da matéria

Procº reencarnatórioAgregação da matéria para formar o corpo.

PERISPÍRITO

CORPO

OS TRÊS COMPONENTES DO HOMEM:

MATÉRIA

1. ALMA ou ESPÍRITO – princípio inteligente – sede do senso MORAL.2. CORPO – invólucro grosseiro, material, temporário de que se reveste o Espírito.

3. PERISPÍRITO – envoltório fluídico, semi-material que serve de ligação entre a alma e o corpo. Intermediário de todas as sensações que o Espírito recebe e sobre o qual transmite a sua vontade ao exterior e actua sobre os órgãos do corpo. Serve para a transmissão do PENSAMENTO. Eteriza-se com o progresso do Espírito.

O futuro é do Espírito!Ondas – raios - correntes - vibrações

Electricidade – magnetismo – movimento - atracção

Hoje, o corpo não é mais do que um turbilhão electrónico regido pela consciência.

Os corpos são energia concentrada.

A matéria transforma-se em energia. A energia transforma-se em matéria.

Já não existe matéria – o materialismo já não se justifica.

HOMEM – é uma consciência retida entre forças e fluidos, provisoriamente aglutinados para fins educativos.

O FUTURO É DO ESPÍRITO!

(…) assim como o Espírito actua sobre a matéria, também esta reage sobre ele, dentro de certos limites (…). (LE 375ª)

Entre os seres pensantes há uma ligação que ainda não conheceis. O magnetismo é o piloto desta ciência, que mais tarde compreendereis melhor. (LE 388)

[Os Espíritos influenciam os vossos PENSAMENTOS?] Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto que, de ordinário, são eles que vos dirigem. (LE 459)

[Os nossos pensamentos estão sempre misturados]. (…) Afinal não vos é de grande interesse estabelecer essa distinção. Não a fazendo, obra o homem com mais liberdade. Se se decide pelo bem, é voluntariamente que o pratica; se toma o mau caminho, maior será a sua responsabilidade. (LE 641)

[O bom pensamento] (…) é aquele que atende às boas inspirações. (LE 463)

Influência dos Espíritos

Quem estiver bem compenetrado, segundo a escala espírita, da variedade infinita que apresentam os Espíritos, sob o duplo aspecto da inteligência e da moralidade, facilmente se convencerá de que há de haver diferenças entre as suas comunicações, que hão-de reflectir a elevação ou a baixeza de suas ideias, o saber e a ignorância deles, seus vícios e suas virtudes (…)

[Estas comunicações] podem agrupar-se em quatro categorias principais: grosseiras, frívolas, sérias e instrutivas. (LM 133)

A prece e o recolhimento são condições essenciais; é por isso que se pode considerar impossível a obtenção de coisa alguma, numa reunião de pessoas pouco sérias ou não animadas de sentimentos de simpatia e benevolência [que

facilitam o acesso a Espíritos zombeteiros ou malfazejos]. (LM 177)

Comunicação dos Espíritos

Para que uma comunicação seja boa, é preciso que proceda de um Espírito bom;para que esse bom Espírito a possa transmitir, indispensável lhe é um bom instrumento [médium];

para que queira transmiti-la, necessário se faz que o fim visado lhe convenha. (…) (LM 186)

(…) Com um médium, cuja inteligência actual, ou anterior, se ache desenvolvida, o nosso pensamento se comunica instantaneamente de Espírito a Espírito, por uma faculdade peculiar à essência mesma do Espírito. Nesse caso, encontramos no cérebro do médium os elementos próprios a dar ao nosso pensamento a vestidura da palavra que lhe corresponda (…). Por isso gostamos de achar médiuns bem adestrados, bem aparelhados, munidos de materiais prontos a serem utilizados, numa palavra: bons instrumentos (…). (LM 225)

Allan Kardec, Livro dos Espíritos (Cap. XIV – Dos Médiuns - pergunta 159) :

“-Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse facto, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. É de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenómenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações.

“As principais são: a dos médiuns de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos, ou impressionáveis; a dos audientes; a dos videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos pneumatógrafos; a dos escreventes, ou psicógrafos.”

Conceito de Médium

O desenvolvimento da mediunidade guarda relação com o desenvolvimento moral dos médiuns?

"Não; a faculdade propriamente dita se radica no organismo; independe do moral. O mesmo, porém, não se dá com o seu uso, que pode ser bom, ou mau, conforme as qualidades [morais] do médium.” (LM 226. 1ª)

[A mediunidade oferece aos médiuns a oportunidade de se melhorarem, esclarecerem, corrigirem] (LM 226).

[Mas] o objectivo [da mediunidade] é mais alto trata-se da Humanidade. Um médium é um instrumento pouquíssimo importante, como indivíduo. Por isso é que, quando damos instruções que devem aproveitar á generalidade dos homens, nos servimos dos que oferecem as facilidades necessárias. (…) (LM 266 5ª)

INFLUÊNCIA MORAL DO MÉDIUM

QUALIDADES (atrem os bons Espíritos) DEFEITOS (afastam os bons Espíritos)

Bondade Orgulho

Benevolência Egoísmo

Simplicidade do coração Inveja

Amor ao próximo Ciúme

Desprendimento das coisas materiais Ódio

Cupidez

Sensualidade

Todas as paixões que escravizam o homem à matéria

(…) Pois que, para se comunicar, o Espírito desencarnado identifica-se com o Espírito do médium, esta identificação [das qualidades morais] não se pode verificar, senão havendo, entre um e outro, simpatia e, se assim é lícito dizer-se, afinidade. A alma exerce sobre o Espírito livre uma espécie de atracção, ou de repulsão, conforme o grau de semelhança existente entre eles. (…) os bons têm afinidade com os bons e os maus com os maus (…). (LM 227)

Na grande romagem do Progresso Maior, todos somos instrumentos das forças com as quais estamos em sintonia.

Todos somos médiuns, dentro do campo mental que nos é próprio.

O pensamento associado às energias edificantes, flui na direcção da vida superior.

O pensamento escravizado às sombras da vida primitivista e torturada, associa-nos às forças perturbadoras e deprimentes.

Cada criatura, com os sentimentos que lhe caracterizam a vida íntima, emite raios específicos e vive na onda espiritual com que se identifica.

Cada médium com a sua mente, personalizando observações e interpretações.

Conforme os raios que emitimos, erguer-se-nos-á o domicílio espiritual na onda de pensamentos a que as nossas almas se afeiçoam.

Emmanuel

CONCLUSÃODestacamos a necessidade do Cristo no coração e na consciência, para que não estejamos desorientados ao toque dos fenómenos.

Sem noção de responsabilidade,

sem devoção à prática do bem,

sem amor ao estudo e

sem esforço perseverante em nosso próprio burilamento moral,

é impraticável a peregrinação libertadora para os Cimos da Vida.

Emmanuel