O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza...

24
Linhares - ES, Março de 2016 Ano VIII - Nº 83 [email protected] O Malhete INFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL UM AUSPICIOSO COMEÇO No passado dia 14 de fevereiro, na página 29 do jornal italiano Il Sole 24 Ore, o Cardeal Gianfranco Ravasi (foto) publicou, sob o título Cari fratelli massoni (Queridos Irmãos Maçons) um texto no qual convida ao diálogo entre a Igreja Católica e a Maçonaria. O Cardeal Ravasi é o Presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, um organismo da Cúria Romana, o que nos deve alertar para o peso institucional que esta iniciativa terá.

Transcript of O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza...

Page 1: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

Linhares - ES, Março de 2016Ano VIII - Nº 83

[email protected] MalheteINFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL

UM AUSPICIOSO COMEÇONo passado dia 14 de fevereiro, na página 29 do jornal italiano Il Sole 24 Ore, o Cardeal Gianfranco Ravasi (foto) publicou, sob o título Cari fratelli massoni (Queridos Irmãos Maçons) um texto no qual convida ao diálogo entre a Igreja Católica e a Maçonaria. O Cardeal Ravasi é o Presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, um organismo da Cúria Romana, o que nos deve alertar para o peso institucional que esta iniciativa terá.

Page 2: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

02 Março 2016

PREMISSAS:"A Maçonaria não impõe nenhum limite à livre

investigação da verdade"."A Maçonaria tem por fim combater a ignorân-

cia em todas as suas formas; combater os hipócri-tas que enganam a humanidade; os pérfidos, que a defraudam e os ambiciosos que a usurpam."

Apesar de a Maçonaria moderna ter se estrutu-rado na Inglaterra em 1717, ela já existia atuante no século anterior e de maneira germinal em tem-pos remotos. Foi na Inglaterra que a Maçonaria alcançou o estágio mais sofisticado de "negócio de Estado" e desde então, naquela ilha, os Pedreiros Livres (freemasons) permanecem condescendente com o sistema monárquico de governo. Foi tam-bém nessa boa e velha Inglaterra que, em 1960, foi formada a banda de "The Beatles", que tanto admi-ramos, e que não tem nada a ver com a Maçonaria.

Foi na França, com a assistência dos adversári-os comuns da Coroa Britânica – os escoceses – que as bases de futuras repúblicas foram moldadas, e tomadas para si, pelo Rito Escocês a partir de 1786 e no decorrer da história. Menos de setenta anos separam a Maçonaria como negócio de Estado monárquico das Maçonarias revolucionárias e republicanas (Revolução Francesa, 1789-1799), cujos principais líderes e redatores da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foram maçons.

Não pretendo dizer que a Revolução Francesa foi exclusivamente "obra da Maçonaria", mesmo porque toda obra maçônica só é válida quando abraçada primeiro pelos seus membros e Lojas; depois pelo povo. Foi também na França que nas-ceu, em 1915, a insuperável cantora Édith Piaf (que tanto amamos) e que não tem nada a ver com a Maçonaria ou com as repúblicas.

A progressiva saída de cena da Maçonaria acon-teceu com o surgimento, por um lado, das organi-zações sindicais durante o século XIX – no Reino Unido, em 1871, e na França, em 1884 – e por outro, com o desenvolvimento das modernas uni-versidades, laicas e de caráter estatal, introduzin-do-se assim uma relação nova entre os governos, os trabalhadores e o conhecimento.

No final do século XIX os "segredos" da orga-nização do trabalho (atuação operativa) e os "mis-térios" da pesquisa científica (atuação especulati-va) passaram das mãos dos maçons para os sindi-catos e as universidades – não por descuido da Maçonaria, mas por vontade própria da legítima organização maçônica que almeja, em primeiríssi-mo lugar, o processo civilizatório condenando qualquer forma de absolutismo ou controle do pen-samento.

Não obstante essas realidades históricas, a Maçonaria do século seguinte (1901-2000) insis-tiu em preservar os feudos que haviam sido derru-bados há mais de um século e meio. O desgaste advindo dessa peleja é melhor observado em paí-

ses de cultura jovem como o Brasil, pois nos Esta-dos Unidos a Maçonaria vinha se fortalecendo, nos últimos séculos, mediante projetos sólidos, abrangentes em termos da república e do interesse social (ver meu livro "Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, História Fundamentos e Forma-ção", Belo Horizonte, 2014 - III e IV partes).

Entre nós, os prolongados queixumes entreme-ados de gemidos e gritos de grande pesar face ao desgosto de que – dizem eles – "a Maçonaria não está fazendo nada", reflete a consequência de um absolutismo que insiste num modelo feudal, cuja natureza intrínseca e oculta é monárquica: muitos caciques e poucos índios.

Este é o "nó górdio" que ainda não consegui-mos desatar (Górdio, segundo a lenda, foi um cam-ponês da Frigia – Anatólia, na moderna Turquia – coroado rei quando, cumprindo a previsão dos oráculos, chegou à cidade numa humilde carroça que ele amarrou numa coluna com um nó impossí-vel de se desatar. Enquanto a carroça ali estivesse, só ele poderia governar, fazer as leis e julgar.)

Assim permanecem os novos carroceiros que amarram seus coches nas colunas do Templo da Sabedoria com um nó desafiante ao poder de seus súditos. Chega-se ao poder pelo voto democrático, mas governa-se pelo sistema discricionário – esta é a regra das novas sociedades INICIÁTICAS (não só a Maçonaria!!!) onde a educação, o conhecimento e o poder não são compartilhados de forma igualitária: uns "sabem" mais que os outros e o mínimo que dizem saber não comparti-lham; de igual forma inventam "histórias para bois dormirem", enquanto a vaca vai para o brejo.

Voltemos à Frigia do ano 340 A.C., quando Ale-xandre, o Grande, ouviu a história do nó górdio e, intrigado com a questão, foi até o templo e, após

muito analisar, desembainhou sua espada e cortou o nó com um único golpe.

Onde estarão os Alexandres hoje?Parafraseando Fiedrich Hegel, ouso apreciar o

que acontece com quaisquer outros fatos do passa-do, refiram-se eles aos costumes, às leis, etc. – fatos pertencentes à história que a miopia do Sécu-los XX e do atual Século XXI insiste, à custa de cultuar a estupidez, em classificá-los sem nenhu-ma relação com a vida presente. E por melhor que os verdadeiros estudiosos reconheçam esses fatos e personalidades em todos os seus pormenores, o desafio que devemos enfrentar não tem se tornado cultura nossa.

A indigência cultural impede que nossos direi-tos − o conhecimento do poder e a participação no poder do conhecimento − produzam os efeitos da glória que já não existe. O que é histórico, disse Hegel, só é nosso quando pertence à nação a que também pertencemos ou quando podemos consi-derar o presente em geral como uma consequên-cia de tais ou tais acontecimentos passados, em especial daqueles cujos caracteres e atos neles representados se prendem como os anéis de uma cadeia. Não basta o laço que existe entre o povo e a terra em que ele vive; é preciso que haja uma ínti-ma ligação entre o passado do nosso povo e o nosso estado atual, a nossa vida e modo de existên-cia de hoje.

Mas que essa ligação entre o passado e o nosso estado atual não se imobilize pela carroça de Gór-dio estacionada na entrada dos templos.(*)O Irmão José Maurício Guimarães é Venerável Mestre e fundador da Loja Maçônica de Pesqui- sas “Quatuor Corona�, Pedro Campos de Miran-da”, jurisdicionada à Grande Loja Maçônica de Minas Gerais

AS ORDENS INICIÁTICAS E O NÓ DE GÓRDIOIr\ José Maurício Guimarães

Or\ de Belo Horizonte-MG

O MalheteInformativo Maçônico Online

Diretor Responsável: Ir\Luiz Sérgio de Freitas CastroJornalista Resp.: Ir\Danilo Salvadeo - FENAJ-ES 0535-JP

Assessoria Jurídica: Ir\ Geraldo Ribeiro da Costa Jr - OAB-ES 14593

Publicação da Editora Castro Circulação em todo o Brasil

Redação: Rua Castorina G. Durão - Três Barras - Linhares-ES CEP.: 29.907-170Tel.: (27) 3371-6244 - Cel. 999685641 - e-mail: [email protected]

As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente, a opinião de O Malhete

Alexandre corta o nó górdio em pintura do século XIX

OPINIÃO

Page 3: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

Março 2016 03CAPA

Não é preciso apelar para qualquer tipo de conheci-mento esotérico para supor que 2016 será – e já está sendo – um ano de mudanças. Tanto política quanto

economicamente, o País passa por uma fase conturbada, repleta de incertezas. Neste momento turbulento, a palavra usada, seja nas capas dos jornais, seja em conversas de café no trabalho, é só uma: crise. Por mais que venha sendo empregado da maneira mais negativa, esse conjunto de letras tem como origem a palavra grega krisis, que tem como significados separação, decisão, julgamento e momento decisivo. É essa a leitura feita pelo Eminente Irmão Benedito Marques Ballouk Filho, Grão-Mestre Estadual do GOSP, para o momento atual. “Como Maçons, temos a chance e responsabilidade de encarar este período como a hora de fazer a diferença, assumindo a posição da Maçonaria de vanguarda das transformações sociais.” Ele conta que este “ano de mudança” acontece em duas esferas em 2016: dentro da Maçonaria e fora, em contato com a sociedade.

Internamente, a Ordem passa por uma série de mudan-ças realizadas para que a própria Maçonaria tenha a capaci-dade estrutural necessária para, cada vez mais, representar e unir os Irmãos, permitindo ações coordenadas e promo-vendo a união e a fraternidade maçônicas. Para que essa seja uma realidade cada vez mais presente, várias medidas vêm sendo tomadas. “Entre as mudanças e evoluções empregadas para tanto, podemos destacar a construção da Nova Sede do GOSP como o maior projeto da gestão. Além disso, temos a modernização do nosso parque de informáti-ca, o incentivo à realização dos Encontros Regionais de Aprendizes e Companheiros (ERACs), subsidiados pelo GOSP por toda a Jurisdição, e o Encontro Regional de Administração Maçônica (ERAM), em que transferimos nossa Sede com todo o staff para apresentarmos nossos feitos e auscultarmos as Lojas e Irmãos. São frentes de ação diversas, mas com o mesmo objetivo de unir ainda mais a Maçonaria Paulista”, ressalta. OGME ainda explica que é a partir dessa unidade interna que se faz possível planejar e operar em esferas externas, assumindo a respon-sabilidade de catalisadores das mudanças sociais, histori-camente exercida pelos Maçons. Segundo o Eminente Irmão Ballouk, a atuação do GOSP é uma peça-chave para enfrentar a crise política e econômica vivida pelo Brasil. “Trata-se de uma das organizações Maçônicas mais repre-sentativas da América Latina, com quase 800 Lojas e mais de 23mil Obreiros. Somos uma Nação capacitada, ávida por mudanças em nosso país, como células que formam um complexo organismo capilarizado, que atua em diversas frentes e extratos da sociedade. O potencial e a responsabi-lidade que temos são imensos”, afirma. Entre as principais ações do GOSP para vencer a crise atual, ele destaca a atua-ção nas frentes política e econômica. De um lado, o Grupo Estadual de Ação Política (GEAP), coordenando os grupos locais e incentivando as Lojas para que se somem a esse processo - principalmente em um ano de eleições munici-pais, recebendo os candidatos eletivos e deles buscando compromissos que visam resgatar a ética e a cidadania, apoiando a luta constante contra a corrupção que assola o País. De outro lado, na frente econômica, a união maçônica

também se faz presente como ferramenta de mudança. “Esse é o maior patrimônio do GOSP e deve ser promovido cotidianamen-te, principalmente no momento atual. Para tanto, passamos a promover, desde o final do ano passado, o Encontro de Liderança Empresarial Maçônica de São Paulo (ELEMSP), como objetivo de estreitar e fomentar novos negócios entre os Irmãos”, ressalta o GME. Ele conta que o primeiro evento foi um sucesso e que será repetido por toda a Jurisdição, ajudando os Maçons a superarem as dificul-dades econômicas e impulsionar a economia para fora da

recessão atual. “A Maçonaria nunca fez nada pelo Brasil nesses 193 anos de história. Quem fez sempre foram os Maçons, pessoas de carne, osso e boa vontade. Agora não será diferente. Permaneceremos unidos para enfrentar este ano de mudanças, catalisando e liderando a sociedade para enfrentarmos nossa krisis de forma positi-va, assim como os gregos a imaginaram milênios atrás ao inventarem essa palavra”, finaliza. Grão-Mestre Estadual do GOSP, Eminente irmão Benedito Marques Ballouk Filho.

Fonte: Revista Luzes

2016: O ANO EM QUE A MAÇONARIA RETORNARÁ AO PALCO

Grão-Mestre Estadual do GOSP, Eminente irmão Benedito Marques Ballouk Filho

Page 4: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

04 Março 2016

Por Ir\RUI BANDEIRA (*)o passado dia 14 de feverei-Nro, na página 29 do jornal italiano Il Sole 24 Ore, o Car-

deal Gianfranco Ravasi publicou, sob o título Cari fratelli massoni (Queridos Irmãos Maçons) um texto no qual convida ao diálogo entre a Igreja Católica e a Maçona-ria. O Cardeal Ravasi é o Presidente

do Conselho Pontifício para a Cul-tura, um organismo da Cúria Roma-na, o que nos deve alertar para o peso institucional que esta iniciati-va terá.

No seu texto, o Cardeal Ravasi invoca os valores comuns entre as duas instituições, a dimensão comu-nitária, a beneficência, a dignidade humana e a luta contra o materialis-

mo, e invoca mesmo a necessidade de "superar a atitude de certos seto-res integristas católicos que - para atacar alguns representantes hie-rárquicos da Igreja de que eles não gostam - recorrem à arma da acu-sação de uma sua apodítica filiação maçónica" (tradução minha).

Abaixo, está texto traduzido do italiano:

Cardeal Gianfranco Ravasi

Título original: «Caros irmãos maçônicos» Trad.: Rui Jorge Martins Li há algum tempo numa revista americana que a

bibliografia sobre a maçonaria supera os cem mil títulos. Para este interesse contribui certamente a aura de secre-tismo e de mistério que, com mais ou menos razão, envol-ve numa espécie de neblina as várias “obediências” e os “ritos” maçônicos, para não falar depois da própria géne-se, que segundo a historiadora inglesa Frances Yates «é um dos problemas mais discutidos e discutíveis em todo o campo da investigação histórica» (curiosamente, o ensa-io da estudiosa era dedicado ao Iluminismo da Rosa-Cruz, traduzido pela [editora italiana] Einaudi em 1976). Não queremos, obviamente, adentrarmo-nos neste arquipélago de “lojas”, “orientes”, “artes”, “afiliações” e denominações, cuja história frequentemente se entre-laça – no bem e no mal – com a da política de muitas nações (penso, por exemplo, no Uruguai, onde participei recentemente em vários diálogos com expoentes da soci-edade e da cultura de tradição maçónica), assim como não é possível traçar linhas de demarcação entre a autêntica, a falsa, a degenerada ou a para-maçonaria e os vários círculos esotéricos ou teosóficos.

É igualmente custoso desenhar um mapa da ideolo-gia que rege um universo tão fragmentário, do qual tal-

vez se possa falar de um horizonte e de um método mais do que de um sistema doutrinal codificado. No interior deste âmbito fluido encontram-se algumas interseções suficientemente delineadas, como uma antropologia baseada na liberdade de consciência e de intelecto e na igualdade dos direitos, e um deísmo que reconhece a existência de Deus, deixando porém móveis as definições da sua identidade. Antropocentrismo e espiritualismo são, portanto, dois percursos suficientemente escavados no interior de um mapa muito variável e móvel que não estamos em condições de esboçar de forma rigorosa.

Nós, todavia, satisfazemo-nos apenas em assinalar um interessante livrinho que tem uma finalidade muito circunscrita, o de definir a relação entre maçonaria e Igreja católica. Entendamo-nos desde já: não se trata de uma análise histórica dessa relação nem das eventuais contaminações entre os dois sujeitos. É, de facto, eviden-te que a maçonaria assumiu modelos cristãos até litúrgi-cos. Não se deve esquecer, por exemplo, que no séc. XVII muitas lojas inglesas recrutavam membros e mestres entre o clero anglicano, de tal modo que uma das primei-ras e fundamentais “constituições” maçónicas foi redi-gida pelo pastor presbiteriano James Anderson, falecido em 1739. Nela, entre outros elementos, afirmava-se que um adepto «nunca será um ateu estúpido nem um liberti-

no irreligioso», mesmo se o credo proposto era, no fim, o mais vago possível, «aquele de uma religião sobre a qual todos os homens estão de acordo».

Ora, a oscilação dos contactos entre Igreja católica e maçonaria teve movimentos muito variados, chegando até à clara hostilidade, marcada pelo anticlericalismo de uma parte e excomunhão da outra. Com efeito, a 28 de abril de 1738, o papa Clemente XII, o florentino Lorenzo Corsini, promulgava o primeiro documento explícito sobre a maçonaria, a Carta Apostólica “In eminenti apos-tolatus specula”, em que declarava «dever-se condenar e proibir… as mencionadas Sociedades, Uniões, Reu-niões, Encontros, Agregações ou Convenções dos Pedre-iros Livres e dos “Francs Maçons” ou com qualquer outro nome chamadas». Uma condenação reiterada por sucessivos pontífices, de Bento XIV até Pio IX e Leão XIII, que afirmava a incompatibilidade entre a pertença à Igreja católica e a obediência maçónica. Lapidar era o Código de Direito Canónico de 1917, cujo cânone 2335 recitava: «Quem se inscreve na seita maçónica ou nou-tras associações do mesmo género que tramam contra a Igreja ou as legítimas autoridades civis, incorre “ipso facto” na excomunhão reservada “simpliciter” à Santa Sé».

Continua...

CAPA

Page 5: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

Março 2016 05

O novo Código, em 1983, temperou a fórmula, evitando a referência explícita à maçonaria, con-servando a substância da pena destinada também, em sentido mais geral, a «quem der o nome a uma associação que maquina contra a Igreja» (cânone 1374). Mas o texto eclesial mais articulado sobre a inconciliabilidade entre a adesão à Igreja católica e à maçonaria é a “Declaratio de associationibus massonicis” emanada pela Congregação para a Doutrina da Fé, do Vaticano, a 26 de novembro de 1983, assinada pelo prefeito de então, o cardeal Joseph Ratzinger. A declaração precisava exata-mente o valor do asserto do novo Código de Direito Canónico, sublinhando que permanecia «sem alte-ração o juízo da Igreja quanto às associações maçó-nicas, porque os seus princípios foram sempre con-siderados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e porque a inscrição nelas permanece proibida».

O livrinho a que nos referimos agora [“Declara-ção sobre as associações maçónicas”, Congrega-ção para a Doutrina da Fé, Libreria Editrice Vati-cana, Cidade do Vaticano, 2015] é interessante por-que junta – além de uma introdução do atual prefei-to da congregação, cardeal Gerhard Müller – dois artigos de comentário a essa declaração publicados então pelo [jornal da Santa Sé] “Osservatore Roma-no” e pela [revista italiana] “Civiltà Cattolica”, bem como dois documentos de outros tantos episco-pados locais, a Conferência Episcopal Alemã (1980) e das Filipinas (2003). Trata-se de textos significativos porque se confrontam com as razões teóricas e práticas da inconciliabilidade entre maço-naria e catolicismo, como os conceitos de verdade, religião, Deus, homem e mundo, espiritualidade, ética, ritualidade, tolerância. Em particular é signi-ficativo o método adotado pelos bispos filipinos, que articulam o seu discurso através de três trajetórias: a histórica, a explicitamente doutrinal e a das ori-entações pastorais. O todo é articulado segundo o género catequético de perguntas e respostas, 47, que permitem entrar também nas particularidades, como a cerimónia de iniciação, os símbolos, o uso da Bíblia, a relação com as outras religiões, o jura-mento de irmandade e os graus hierárquicos, entre outros temas.

Estas várias declarações de incompatibilidade entre as duas pertenças à Igreja e à maçonaria não impedem, todavia, o diálogo, como é explicitamente afirmado no documento dos bispos alemães, que já então elencavam âmbitos específicos de discussão, como a dimensão comunitária, a beneficência, a luta contra o materialismo, a dignidade humana, o conhecimento recíproco. Deve-se, além disso, supe-rar a atitude de certos ambientes integralistas cató-licos que – para atingirem alguns expoentes inclu-sive hierárquicos da Igreja que a eles desagradam –

recorrem à arma da acusação apodítica de uma sua pertença maçónica. Em conclusão, como escrevi-am já os bispos da Alemanha, é preciso ir além da «hostilidade, ultrajes, preconceitos» recíprocos, porque «em relação aos séculos passados melhora-ram e mudaram o tom, o nível e o modo de manifes-tar as diferenças» que ainda continuam a existir

claramente. Card. Gianfranco Ravasi In "Il Sole 24 Ore", 14.2.2016 (original ainda não

disponível na internet)

Esta posição pública do Cardeal Ravasi cer-tamente terá uma adequada e ponderada res-posta por parte dos responsáveis da Maçona-ria, no sentido da correspondência ao convite efetuado. Para já, o Grão-Mestre do Grande

Oriente de Itália, Irmão Stefano Bisi, logo no dia imediato enviou uma carta ao Il Sole 24

Ore, manifestando o seu apreço pela iniciativa e confirmando a disponibilidade para o diálo-

go também por parte da Maçonaria.Designadamente, refere o Grão-Mestre do Grande Oriente de Itália que ficou "satisfeito ao saber que, sem preconceito e com a ampla visão cultural que o distingue, (o Cardeal Ravasi) falou sem ideias preconcebidas da Maçonaria indo para além dos esclarecimentos e posições oficiais e escritos da Igreja, amplamente conhe-cidos, e reconhecido que entre as duas institui-ções existem também valores comuns que as

unem, sem que isso anule as visões diversas e a demarcação das claras diferenças" (tradução minha).

A terminar, frisou que "a Maçonaria não é ini-miga da Igreja, de nenhuma igreja, e tem sido sempre a casa do diálogo e da tolerância. Não se opõe a qualquer religião e deixa os irmãos livres de seguir a sua fé. Mas os tempos mudam e a Humanidade está ameaçada por grandes peri-gos, como o terrorismo fundamentalista, a deca-dência de valores, a globalização desenfreada. A grandeza das instituições seculares, espiritu-ais e religiosas a que o homem adere, procuran-do vias pessoais de melhoria e elevação, está em saber lidar com estes desafios delicados, parti-cipando na e partilhando a resolução das neces-sidades e dos problemas que surgem. E igual-mente em ter a coragem de ir além de "hostilida-de, insultos, preconceitos recíprocos", como no

caso da Igreja e Maçonaria" (tradução minha).Pode ler-se o texto original da resposta em h t t p : / / w w w. g r a n d e o r i e n t e . i t / w p -c o n t e n t / u p l o a d s / 2 0 1 6 / 0 2 /A g e n p a r l -22.06.2016.pdf .

Toda a longa viagem começa com um primei-ro e, por vezes pequeno, passo. Espero que o passo dado pelo Cardeal Ravasi, e logo acompa-nhado pelo Grão-Mestre do Grande Oriente de Itália seja efetivamente o início da longa viagem que ponha termo às mencionadas "hostilidade, insultos, preconceitos recíprocos" e permita ina-ugurar uma era de cooperação entre as duas ins-tituições, não especialmente em benefício de nenhuma delas, mas a bem da Humanidade.

(*) O Irmão Rui Bandeira é membro da R.’.L.’. Mestre Affonso Domingues - Portugal

Fonte: A Partir Pedra

Page 6: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

06 Março 2016 GERAL

Tenho alertado nossos irmãos Maçons a respeito dos compromissos para com a comunidade em que nos encontramos por ser aí que residimos ou em face de,

em seu âmbito, achar-se instalada a nossa Loja. Em ambos os casos, direta ou indiretamente, o Maçom tem a ver com essa comunidade, como qualquer outro cidadão o tem em iguais circunstâncias, devendo com ela contribuir para melhoria de seus costumes e bem estar de todos que ali habi-tam. Mais ainda porque é para tornar felizes as pessoas que nós nos entranhamos de Maçonaria. Pelo menos este é o objetivo. E mesmo porque ao se beneficiar o todo, a parte do mesmo termina por usufruir desses benefícios.

Quando, em meus artigos, refiro-me à Maçonaria comu-nitária, quero tratar deste assunto. Digo que cada Loja deve ter o seu projeto e até pareço exagerar nestas referências. Entendo que é através desse instrumento que se põe em prá-tica o que foi a prendido durante a formação templária, como também que o projeto estimulará a permanência do Maçom, por muito mais tempo, em atividade na Ordem. Basta cons-tatar que a execução do projeto leva o Maçom a envolver-se com ele, constituindo-se num desafio, seja por sua condição de contribuinte dos meios, seja como dirigente. E nestas condições, decerto, não serão regrados esforços para que a missão tenha pleno êxito.

Quero ressaltar, porém, que o envolvi mento, tal como foi exposto acima, torna-se um fato circunstancial. Enquanto que o caráter de construtor social que se assume ao ser inicia-do Maçom adverte-me que este envolvimento deve ser ine-rente. A construção social é compromisso que o Maçom deve resgatar não por uma obrigação (entendida aqui como um gesto forçado), mas sim por amor à realização do que lhe é devido.

A filantropia que está na definição da Ordem, é o nome deste compromisso, sendo seu exercício parte exotérica da vida do Maçom. Falhar para com ele nem pensar, dado que tal indiferença, todos sabemos, seria desonroso para o Inici-ado.

“Amar ao próximo” foi um mandamento que se tornou evidente com o nascimento da civilização cristã e está cata-logado entre as virtudes Maçônicas que nos são da das a conhecer desde a passagem pelo “banco das reflexões”, claro que chamando a atenção para o fato de que a prática dessa virtude ilustrará nossos dias, daí em diante e por toda a vida. O apóstolo Paulo, ao escrever aos Coríntios, estabele-ceu esta marca que a Maçonaria tomou como mote: “Nin-guém busque o seu interesse, mas o do próximo” (I Cor 10, 24).

A mim me parece que já se torna necessário a Ordem repensar seu dicionário no tocante à expressão “amor frater-nal”. É o “espírito do tempo” que exige isto. Os Estatutos das Potências estão cansados de repetir que a “Maçonaria é uma Instituição Iniciática, Filantrópica...” Mas já está no

momento de ir mais além, explicitando que “filantropia” não é teoria, é prática e, como tal absolutamente necessária, dis-tinguindo-se de “caridade”, a qual, embora contida na filan-tropia, é de menor hierarquia.

Em nossos dias, fazer caridade é dar uma esmola, isto é, colocar, por exemplo, algum dinheiro na bacia do pedinte postado na cabeceira da ponte, ou servir um prato de sopa na calçada de sua residência a alguém que passa faminto, ou dar um velho e surrado cobertor a quem treme de frio de baixo da marquise, etc. Houve um tempo distante, mais de 2 mil anos, em que a palavra “caridade” era sinônimo perfeito de pleno “amor ao próximo”, a ponto de ser uma das três virtudes teologais. As duas outras eram Fé e Esperança, mas elas ambas subalternas à caridade (I Cor 13, 13).

Filantropia, nos tempos de hoje, ocupa um espaço mais amplo. É um estágio mais evoluído dessa caridade. Esse gesto de dar esmola, e não são poucos que entendem as sim, contribui para corromper os costumes Já a filantropia não. É a contribuição não somente destinada a atender a carências imediatas, mas também e sobretudo o caminho para fomen-tar a melhoria das condições de sobrevivência seja de uma organização, se ja de uma coletividade. É uma contribuição para o progresso, o qual também se inclui na definição da Ordem: Iniciática, Filantrópica, Progressista ... daí ser preci-

so e urgente reformar nosso dicionário!O projeto de filantropia é uma proposta da Loja. Não

deve ser uma imposição do Venerável nem de qualquer obre-iro isolado.

Pois, por seu significado e destinação, é um instrumento consensual. Todos os membros da Loja deverão estar enga-jados. Será uma imensa Oficina. Tanto que se me proponho a realmente ser um Construtor Social, tenho que me debruçar sobre esta nobre missão, conhecendo minha comunidade e suas carências, interpretando os seus sonhos, avaliando suas possibilidades, estabelecendo prioridades, colaborando, enfim, com a pavimentação de seus grandes caminhos.

Se o quadro da Loja é de poucos obreiros, juntem-se vári-as Lojas. Se já existe um projeto vitorioso, procuremos nos associar à iniciativa. Que a Loja não seja o limite, mas a ver-tente. Não esquecer que antes como agora a Ordem é cons-truir. Que à responsabilidade individual sobreponha-se o compromisso coletivo da Oficina, como o “Orvalho do Her-mon” da Maçonaria comunitária do mundo atual.

* Antônio do Carmo Ferreira, é o Grão Mestre do Grande Oriente Independente de Pernambuco. GOIPE/COMAB.

(*) Ir\Antônio do Carmo FerreiraGrão-Mestre do GOI-PE

Or\Recife - PE

Page 7: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

Março 2016 07

Por Ir.’. ROBERTO E. CASEMIRO

Também conhecido como Rito de Willermoz, em alusão ao seu criador, o francês Jean Baptiste de Willermoz, o Rito Escocês Retificado tinha

como grande objetivo trazer de volta antigas influên-cias dos Cavaleiros Templários - como um rito de cavalaria, também de um antigo rito chamado Rito de Heredom. Para ele, que nasceu e faleceu na cidade de Lyon (1730 - 1824) e foi iniciado na Maçonaria aos 20 anos em uma Loja que funcionava sob os auspícios da Estrita Observância Templária, o Rito havia se desca-racterizado com o tempo, perdendo, assim, sua identi-dade original como um Rito de Cavaleiros.

Pelo fato de ser um homem bastante estimado por seus discípulos, principalmente pelas maneiras cordi-ais, amigáveis e sedutoras, sempre reuniu em torno de si homens devotos a sua causa espiritual, como Louis Claude de Saint-Martin, Joseph de Maistre, Martinez de Pasqually e o conde de Saint-Germain. “Willermoz ensinava em seu Capítulo que, para encontrar a pedra cúbica, que contém todos os dons, virtudes ou facul-dades, era necessário achar o princípio da vida, que os Adeptos chamam Alkaeter. Esse espírito tem a facul-dade de purificar o ser anímico do homem, prolongan-do sua vida”, explica o Secretário Estadual Adjunto de Orientação Ritualística para o Rito Escocês Retifica-do do Grande Oriente de São Paulo (GOSP), Podero-so Irmão Roberto E. Casemiro.

De acordo com ele, hoje, os Ritos existentes no Grande Oriente do Brasil (GOB) são o REAA, Rito Moderno, York - Emulação, Adonhiramita, Rito Bra-sileiro, Shoreder e o Rito Escocês Retificado, também conhecido pela sigla RER. Apesar da diversidade,

cada um possui sua própria beleza. “Quando os Irmãos cumprem o que prevê o Rito, tudo funciona. Porém, infelizmente, é comum tentarmos estabelecer ligações com outros Ritos praticados anteriormente e é assim que se perde a pureza.”

O Ir.'. Casemiro relata que a Maçonaria é de um universo amplo e oferece de maneira bastante rica opções para o desenvolvimento de seus integrantes,

seja no simbolismo, seja no filosofismo, com seus sistemas variados de Graus. “Há um grande equívoco dos Irmãos que entendem que o Rito Escocês Retifi-cado veio para corrigir o Escocês Antigo e Aceito. Isso não procede. Somos oriundos da Estrita Obser-vância Templária e de um cristianismo primitivo, e não dogmático”, comenta o Irmão, que é grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito.

Segundo ele, a Maçonaria desenvolveu da Operati-va para a Maçonaria Especulativa e encontrou dife-rentes caminhos nessa evolução, por meio de outros Ritos, tidos como mais 'ecumênicos', que possibilitam o ingresso de árabes, judeus, evangélicos e espíritas, por exemplo. “Todos temos de forma peculiar a cren-ça em um princípio criador, que é Deus, ao qual deno-minamos o Grande Arquiteto do Universo, o Grande Geômetra. No Retificado, seguimos, desde nosso ingresso, a crença cristã, pois, ao final, poderemos ser Armado Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa (CBCS). Além disso, nosso Rito vem inspirado no caminho espiritual da Estrita Observância Templária, utilizando os ensinamentos e práticas espirituais dos Cavaleiros Jacques de Molay e Jean Baptiste Willer-moz, entre outros.”

Hoje, o Grande Oriente do Brasil (GOB) possui 19 Lojas em todo o Brasil, com perspectiva de surgirem outras mais, a partir do momento em que outros Irmãos conheçam o sétimo Rito, que apesar de recente no País, é antigo na Europa e bem conceituado no caminho do aperfeiçoamento maçônico. Já no GOSP, são cinco Lojas: Jerusalém Celeste (nº 4.186 - São Paulo), Solidariedade e Progresso (nº 3.078 - São Pau-lo), Alquimia (nº 3.409 - São Vicente), Lisboa (nº 4.150 - Santos) e Lealdade e Tolerância (nº 4.392 - Presidente Prudente).

GERAL

(*) Por Garibaldi RizzoVejo e leio com satisfação os artigos escritos pelo Grão

Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás Adolfo Valadares, na essência de seus artigos eu me identifico muito e me animo ao ver que a Maçonaria está viva e atuante, fazendo o seu papel político transformador, não apenas em nome de projetos pessoais, mas sim de interesse da humani-dade, cuja nossa principal missão é fazê-la feliz.

Um dos temas abordados nos artigos é a valorização da família como agente de formação educacional, guardiã dos valores cívicos, morais e cristãos.

Somos diariamente bombardeados pela cultura consu-mista que vende falsos valores.

De que adianta transmitir aos nossos filhos bons ensina-mentos se temos algo nocivo, entrando sem bater em nossos lares diariamente.

Infelizmente a programação televisiva em nosso país não é nossa parceira na educação da nossa família, muito pelo contrário. O que nos intriga é que tem alguns programas bons, mas eles passam em horários de baixa audiência, mas nos horários considerados nobres submetem nossos jovens a influência negativa de posturas nada condizentes com a prática dos bons costumes.

Estamos hoje colhendo os frutos desta invasão cultural, no comportamento, nos valores espirituais de sociais de grande parte de nossa juventude, traumas irreversíveis.

Temos observado ao longo dos tempos o poder e a influência que a mídia exerce na grande maioria das pessoas, independente de qual mídia seja: televisão, internet, rádio, jornal, etc.

Os pais precisam desenvolver valores como: senso de responsabilidade, disciplina, cooperação, oferecendo a afe-tividade no lar. Assim, quando essa criança for participar da vida fora de casa, terá esses valores fundamentados na famí-lia, evitando que se tornem presas fáceis de qualquer grupo negativo.

Infelizmente pessoas falam, se vestem, se alimentam, votam, e agem influenciadas fortemente pela mídia seja ela qual for, e não podemos negar que a mídia é forte e poderosa mesmo, coloca e tira pessoas do poder, dá e tira sucesso de bandas e cantores musicais e muito mais, e o que me deixa mais triste é observar pessoas que se modelam dentro desse formato e se tornam verdadeiros robôs controlados pelo sistema sem nenhum tipo de atitude e vontade própria.

É com pesar que vejo certos programas cuja mídia e o marketing são tão fortes em torno desse programa que con-seguem fazer com que milhares de pessoas fiquem de uma a

duas horas no sofá de suas casas acompanhando um reality show capitalista e que não agrega nenhum tipo de valor moral e ético, pelo contrário faz uma apologia sutil de ensi-namentos que eu tenho certeza que você não passaria para o seu filho. Vencer a qualquer preço, sedução e nudismo, depravação, enganação, traição e por aí vai. Isso é a mídia exercendo seu poder e influenciando pessoas.

A TV é consumida em grande escala desde os dois anos de idade, durante a infância e a adolescência. A programação e os anúncios da TV são frequentemente sensuais, e, muitas vezes, os adolescentes acreditam que aquilo que veem na TV seja real. Essa crença na realidade é maior entre crianças e adolescentes mais jovens, que são os maiores consumidores de TV.

A Maçonaria tem que estar atenta a esta situação e se posicionar de alguma forma. O período entre os 10 e os 20 anos é também decisivo na vida de uma pessoa, uma vez que o homem parece definir-se entre os 15-20 anos. É necessário nesta fase dar-lhes um porque para viver.

Em nossas sessões temos que dedicar quartos de hora para debater esta realidade perversa, os frutos estão ai aos nossos olhos, jovens entrando na vida do crime, sem limites e respeito ao próximo e ao patrimônio alheio.

Envolver nossas entidades paramaçônicas tais como os De Molay, as Filhas de Jó e as Cunhadas nestes questiona-mentos é algo urgente. Não podemos nos isolar da realidade, Enclausurados em nossos templos e salões de festa, enquan-to aqui fora urge a necessária presença de homens de bons costumes que procuram tornar feliz a humanidade pela práti-ca as solidariedade , da fraternidade e do combate aos vícios.

*Garibaldi Rizzo.ARLSUnião e Fraternidade nº 123- Goiânia-GO

Fonte: Diário da Manhã-Goiânia-GO

Page 8: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

08 Março 2016 MAÇONS FAMOSOS

(12 março de 1683 – 29 de fevereiro em 1744)

Era um franco-britânico nascido filósofo natural, clérigo, engenheiro e maçom que foi eleito para a Royal Society em 1714 como assistente experi-

mental de Isaac Newton . Ele estudou em Oxford e mais tarde popularizada teorias de Newton e suas aplicações práticas em palestras públicas. Patrono mais importante de Desaguliers era James Brydges, primeiro duque de Chandos . Como um maçom, Desaguliers foi fundamen-tal para o estabelecimento da primeira Grande Loja for-mada em Londres em 1717 e serviu como seu terceiro Grão-Mestre.

Desaguliers nasceu em La Rochelle , vários meses depois que seu pai Jean Desaguliers, um pastor protes-tante, tinha sido exilado como refugiado huguenote pelo regime Católica. Jean Desaguliers foi ordenado como um anglicano pelo bispo Henry Compton de Londres , e envi-ado para Guernsey. Enquanto isso, o bebê foi batizado Jean Théophile Desaguliers no templo protestante em La Rochelle, e ele e sua mãe, em seguida, fugiu para se jun-tar a Jean em Guernsey.

Em 1694 a família mudou-se para Londres, onde Jean Desaguliers mais tarde criou uma escola francesa em Islington. Ele morreu em 1699 seu filho, que agora usava o nome anglicised John Theophilus, com a presença do Bispo Grammar School Vesey em Sutton Coldfield [ 1 ] até 1705, quando entrou Christ Church, Oxford e seguiu o currículo clássico de costume e se formou bacharel em 1709 ele Também assistiu a palestras de John Keill , que usou as manifestações inovadoras para ilustrar conceitos difíceis da filosofia natural newtoniana. Quando Keill deixou Oxford em 1709 Desaguliers continuou dando as palestras em Hart Hall, o precursor do Hertford College, Oxford . Ele fez um mestrado lá em 1712 Em 1719 Oxford concedeu-lhe o grau honorário de Doutor em Leis Civis, depois que ele foi muitas vezes referido como o Dr. Desaguliers. Seu doutorado foi incorporada pela Universidade de Cambridge em 1726.

Desaguliers foi ordenado diácono em 1710, em Fulham Palace , e como sacerdote em 1717, em Ely Pala-ce, em Londres.

Professor e Promotor de Newton Expe-rimental Philosophy

Em 1712 Desaguliers voltou para Londres e cursos anunciados de palestras públicas em Filosofia Experi-mental. Ele não foi o primeiro a fazer isso, mas se tornou o maior sucesso, oferecendo-se para falar em Inglês, Francês ou Latina. Na época de sua morte, ele havia dado mais de 140 cursos de cerca de 20 palestras sobre cada mecânica, hidrostática, pneumática, ótica e astronomia. Ele manteve suas palestras atualizado, publicado notas para seus ouvintes, e projetou seu próprio aparelho, incluindo um planetário de renome para demonstrar o sistema solar, e uma máquina para explicar o movimento das marés. Em 1717 Desaguliers apresentada na Hamp-ton Court e lecionou em francês para o rei George I e de sua família.

Manifestante na Royal SocietyEm 1714, Isaac Newton, presidente da Royal Society,

convidou Desaguliers para substituir Francis Hauksbee (16601713) como demonstrador em reuniões semanais da Sociedade; ele foi logo feito um Fellow da Royal Soci-ety. [ 2 ] Desaguliers promoveu as ideias de Newton e mantido o caráter científico das reuniões quando Hans Sloane assumiu a Presidência após Newton morreu em 1727. Desaguliers contribuíram com mais de 60 artigos

para as Philosophical Transactions Royal Society . Ele recebeu o prestigioso da Sociedade Medalha Copley em 1734, 1736 e 1741 O último prêmio foi para o seu resumo do conhecimento atualizado sobre o fenômeno da eletri-cidade. Ele havia trabalhado nisso com Stephen Gray , que ao mesmo tempo que deu entrada na casa Desaguli-ers. “Dissertação a respeito da eletricidade” das Desagu-liers (1742), no qual ele cunhou o condutor e isolante termos, foi premiado com uma medalha de ouro pela Academia de Ciências de Bordeaux.

Patrocínio do duque de ChandosJames Brydges, primeiro duque de Chandos nomeado

Desaguliers como seu capelão, em 1716, mas, provavel-mente, tanto por sua competência científica como suas funções eclesiásticas. Ele também foi presenteado a vivência de Igreja St Lawrence, pouco Stanmore, que estava próximo à mansão do Duke chamado Cannons , então em construção nas proximidades, em Edgware. A igreja foi reconstruída no estilo barroco em 1715 como capela em Cannons não foi concluída até 1720, a igreja foi o local dos primeiros desempenhos dos chamados Chandos Anthems por George Frideric Handel, que era, em 1717/18, como Desaguliers, um membro da família do Duque.

A propriedade Cannons beneficiado de conhecimen-tos científicos Desaguliers “, que foi aplicado ao jardim da água elaborada lá. Ele também foi conselheiro técnico para uma empresa em que tinha investido Chandos, o York Buildings empresa , que utilizou vapor de energia para extrair água do Tamisa. Em 1718 Desaguliers dedi-cado ao Duque sua tradução do tratado de Edme Mariotte sobre o movimento da água. Talvez não seja coincidência que, no verão de 1718 Handel compôs sua ópera Acis e Galatea por desempenho em Cannons. Neste trabalho, o herói Acis é transformado em uma fonte, e uma vez que, por tradição, a obra foi realizada pela primeira vez no exterior, no terraço com vista para o jardim, uma conexão com novas obras de água Desaguliers “parece provável.

Desaguliers aconselhou o duque de Chandos em mui-tos projetos e parece ter se distraído de suas funções paro-quiais por seus outros interesses. O Duque reclamou uma vez que houve atrasos indevidos na enterrar os mortos, mas isso foi atribuído ao pároco que ficou no comando da igreja.

MaçonariaDesaguliers era membro da Loja Maçônica n º 4, que

se reuniu no Rummer and Grapes taberna, perto de sua casa em Westminster. Esta lodge se juntou com outros três lojas em 24 de junho de 1717 para formar o que se tornaria a Premier Grande Loja da Inglaterra. O novo Grand Lodge cresceu rapidamente à medida que mais lojas aderiram e Desaguliers é lembrado como sendo fundamental para seu sucesso inicial. Ele se tornou o terceiro GrãoMestre em 1719 e mais tarde foi três vezes vice-grão-mestre. Ele ajudou James Anderson elaborar as regras nas “Constituições da Maçonaria”, publicado em 1723, e ele era ativo no estabelecimento de caridade maçônica. Durante uma viagem de palestras para a Holanda em 1731 Desaguliers iniciado na Maçonaria Francis, duque de Lorena (17081765), que mais tarde tornou-se imperador do Sacro Império Romano. Desagu-liers também presidiu quando Frederick, Príncipe de Gales , se tornou um maçom em 1737, e ele tornou-se, adicionalmente, um capelão para o príncipe.

FamíliaEm 14 de outubro de 1712 John Theophilus Desaguli-

ers casado Joanna Pudsey, filha de William e Anne Pud-sey de Kidlington, perto de Oxford. Para a maioria de sua vida de casados o casal viveu no Canal Row, Westmins-ter, onde Desaguliers deu a maioria de suas palestras. Quando forçado a sair devido ao trabalho na ponte de Westminster eles se separaram e John Theophilus tomou alojamentos no Bedford Coffee House, em Covent Gar-den e continuou suas palestras lá. Os Desaguliers teve quatro filhos e três filhas, para a maioria dos quais adqui-riram padrinhos aristocráticas, mas apenas duas crianças sobreviveram à infância: John Theophilus jnr (17181751) formouse em Oxford, tornou-se um clérigo, e morreu sem filhos, enquanto Thomas (1721 1780) teve uma carreira militar de destaque na Royal Artillery , che-gando ao posto de General. Ele se tornou chefe firemas-ter no Arsenal, Woolwich, e parece ter sido o primeiro a ser empregado pelo exército Inglês para aplicar princípi-os científicos para a produção de canhões e os poderes de artilharia, para o qual ele foi eleito membro da Royal Society . Foi Desaguliers Thomas, que, em parte, elabo-rados e supervisionados os fogos de artifício para a pri-meira apresentação da música de Handel para o Royal Fireworks em Green Park. [ 4 ] Mais tarde, ele tornou-se um escudeiro do rei George III. [ carece de fontes? ]

DeclínioJohn Theophilus Desaguliers há muito sofria de gota a

cada inverno, e morreu depois de vários meses de doença grave em 29 de fevereiro 1744 Embora nunca tenha sido um homem rico, ele não morreu na pobreza, como suge-rido pelas linhas frequentemente citado, mas imprecisas do poeta James Cawthorn:

Desaguiliers Como pobre negligenciadas caiu! Como ele que ensinou dois reis de graça para ver Todos Boyle enobrecido, e todos Bacon sabia, morreu em um celular, sem um amigo para salvar, Sem guiné, e sem uma sepultura.

Fonte: MS Maçom

JOHN THEOPHILUS DESAGULIERS

Page 9: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

Março 2016 09

Por Ir \Kennyo Smail

Este é um grande tabu na Maçonaria brasileira. Um assunto tão polêmico que é evitado, a ponto de eu ter recebido algumas solicitações para

não o incluir na obra DEBATENDO TABUS MAÇÔNICOS.

Sem entrar no mérito da discussão (que nem ao menos é realizada), me aterei aos fatos relacionados ao tema no meio maçônico internacional, de forma a fornecer informações aos interessados em, quem sabe, um dia debate-lo.

No caso dos Estados Unidos, recentemente duas Grandes Lojas, da Geórgia e de Tennessee, se pronun-ciaram oficialmente contrárias ao ingresso de homos-sexuais na Maçonaria. Essas posturas têm gerado manifestações de outras Grandes Lojas, como a da Califórnia, que se pronunciou publicamente sobre o assunto, como pode ser visto no seguinte trecho:

Você pode ter lido sobre os recentes acontecimen-tos em alguns estados dos EUA, incluindo Geórgia e Tennessee, onde Grandes Lojas Maçônicas adotaram novas regras ou tem imposto regras existentes que disciplinam os maçons por sua orientação sexual. Tais regras e ações não coincidem com os princípios da Maçonaria praticados pela Grande Loja da Cali-fórnia e não são apoiadas pelo que entendemos como o grande objetivo da nossa fraternidade.

(…)Maçonaria instrui seus membros para defen-der e respeitar as leis do seu governo e não para minar essas leis (…).

Com mais de 50.000 membros em todo o estado, as

lojas sob a Grande Loja da Califórnia estão abertas a homens de bom caráter e fé, independentemente da sua raça, cor, crenças religiosas, opiniões políticas, situação econômica, orientação sexual, capacidade física, cidadania ou nacionalidade (..).

Sincera e fraternalmente, M. David Perry, Grão-Mestre.

Agora, vejamos a postura oficial da Grande Loja de Utah:

(…) A Mui Respeitável Grande Loja de Maçons Livres e Aceitos de Utah recebe em suas portas e admi-te a seus privilégios, homens dignos de vários credos e classes. No entanto, ela insiste que todos os homens estarão sobre uma exata igualdade. Como esta Gran-de Loja não se preocupa com a fé de um Mason religi-oso, origem étnica e raça ou, também não se preocupa com a preferência sexual de um maçom. Tudo o que se pede é que um maçom de Utah observe bem seus deve-res e promova o bem da Fraternidade dentro dos limi-tes de sua Loja e da comunidade em torno dele.

Atenciosamente & Fraternalmente,R. Wesley Ing, Grão-Mestre.A Grande Loja do Distrito de Columbia também se

pronunciou a respeito:Em resposta às recentes questões apresentadas a

esta Grande Loja sobre as qualificações e elegibilida-de dos homens que pretendem aderir em nossas Lojas, oferecemos esta declaração de princípios inabalável: A admissão à participação em nossas Lojas é estendi-da a homens de fé com base em seu mérito pessoal e bom caráter, sem distinção de raça, credo, orientação

sexual, religião específica ou nacionalidade.(…) A diversidade da nossa sociedade, em termos

de raça, credo, orientação sexual, religião específica e origem nacional é, assim, visto como um ativo, em vez de um passivo (…).

(…) Nossa dedicação à diversidade não nasceu em Washington, DC. A lei em todo o mundo maçônico e prática desde os dias de Constituições de Anderson desfavorece claramente a exclusão dos homens com base em modos de crenças, experiências e estilos de vida que gozam de proteção legal em suas sociedades (…).

E no dia 1º de março deste ano, o Supremo Conse-lho do REAA da Jurisdição Sul dos EUA, conhecido também como o Supremo Conselho “Mãe do Mun-do”, se posicionou quanto à polêmica:

A associação ao Rito Escocês é baseada em inte-gridade pessoal e bom caráter, sem distinção de raça, crenças religiosas, orientação sexual ou nacionalida-de.

Christopher Hodapp, importante escritor maçôni-co, também se declarou a respeito na última Conferên-cia de Grão-Mestres da América do Norte:

Apenas 10 anos atrás, ninguém teria sequer con-templado as complicações maçônicas do casamento gay e, de repente, jovens maçons ficam chocados quan-do descobrem que algumas jurisdições têm regras que discriminam membros gays. Toda a nossa sociedade mudou rapidamente, num piscar de olhos, e nós temos que lidar com isso. Porque, se estamos contando com esses novos homens para se unirem, se tornarem ati-vos na Maçonaria, e salvarem nossa fraternidade do esquecimento, não podemos simplesmente ignorar os problemas que eles consideram ser de importância vital como sendo trivial (…). Nós lhes dizemos, muitas vezes, ali mesmo em nossas páginas, que ensinamos tolerância. Nós não podemos voltar atrás nessa pro-messa.

Lembrando ainda que a Grande Loja da Geórgia, uma das duas que se posicionaram oficialmente con-tra, já havia se envolvido anteriormente em polêmica discriminatória, ao tratar da proibição de ingresso de maçons que não fossem brancos. O preconceito pare-ce ainda ser um problema em alguns estados dos EUA.

Sou da opinião simples de que o que um maçom faz entre quatro paredes somente diz respeito a ele, e que imprimir opiniões pessoais em legislação maçônica não condiz com os princípios da instituição. Sendo a Maçonaria uma escola de moralidade, a partir do momento que a homossexualidade não é considerada uma imoralidade, não há que se falar em impedimento por essa razão. A crença de que assim se está protegen-do a instituição esbarra no fato de que a parcela da sociedade contrária à homossexualidade é preconcei-tuosa (a mesma parcela que geralmente é contrária à Maçonaria), e o preconceito é justamente um dos males (juntamente com o fanatismo e a ignorância) que devem ser combatidos pela Maçonaria.

Nesse sentido, creio que a pergunta que cada um deve se fazer é: Você considera a homossexualidade como algo imoral? A resposta para essa pergunta e a complexidade envolvida em sua compreensão condu-zirão sua opinião sobre o tema.

O que não podemos é fechar nossos olhos para a realidade. Precisamos debate-la.

GERAL

Page 10: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

10 Março 2016

A história nos comprova o êxito da Maçonaria decor-rente de uma atuação inteligente externa de van-guarda, de liderança na solução dos problemas soci-

ais, estando sempre à frente de seu tempo. Uma bandeira é irresistível quando uma confluência de fatores concorre para a sua maturação e chegada do seu tempo. Quem sair primeiro e empunhar essa bandeira terá sucesso inevitável. A Maçonaria tem um passado de glória porque alicerçada em princípios eternos soube sempre detectar a correta cha-mada do tempo para o avanço da sociedade humana. Signi-ficativa foi a atuação da Maçonaria pela Independência do Brasil, pela Abolição e pela República.

A questão é simples: para ser vanguarda é preciso estar além do seu tempo. A Maçonaria não precisa observar para onde a sociedade humana marcha para então escolher uma posição de vanguarda ou imaginar qual seria a vanguarda para os dias atuais, qual seria a chamada do tempo. Basta assumir as suas próprias bandeiras, que por serem lastre-adas em princípios eternos e universais sempre foram ban-deiras de vanguarda.

Vejamos sinteticamente: a Maçonaria é uma entidade em que seus membros, atuando como irmãos, com solidari-edade interna, em uma postura espiritual ecumênica e suprapartidária, buscam humildemente o auto aperfeiço-amento. Então, em atitude de solidariedade externa, volta-dos para o mundo, procuram bem servir a humanidade, sustentados nos princípios eternos e universais da liberda-de, da igualdade e da fraternidade.

Por serem os princípios da Maçonaria eternos e univer-sais, esses princípios estão sempre presentes, são sempre atuais. Como o processo evolutivo da sociedade humana é construído por etapas, é preciso perceber a aplicação desses princípios eternos e universais no contexto das condições atuais. Assim, a Maçonaria estará sempre na “crista da onda”, sendo sempre atual, não cristalizada no passado, sinalizando o porvir e por isso estando além do seu tempo em relação à sociedade humana.

Ser-maçom é praticar a humildade, reconhecendo a imperfeição humana; é esforçar-se em seu auto aperfeiçoa-mento para melhor servir; é atuar inteligente e amorosa-mente para a construção de um mundo de paz e de justiça social; é trabalhar para que tenhamos uma sociedade livre, com uma democracia solidária, com liberdade de expressão e de palavra, de religião, de estudar, de morar, de trabalhar, de divertir, de ter acesso aos bens de consumo, de votar e ser votado. Não se trata da construção de uma democracia com-petitiva, com uma liberdade sem ética dos mais fortes explorando os mais fracos em uma luta de irmãos contra irmãos. Antes pelo contrário, é trabalhar para que tenhamos uma sociedade igualitária, em que a igualdade seja de direi-tos e de oportunidades. A democracia da partilha e não a democracia da competição. É trabalhar para que tenhamos uma sociedade fraterna, em que todos se reconheçam como irmãos, feitos do mesmo barro pelo Grande Arquiteto do Universo.

A Maçonaria, para se manter na vanguarda, precisa ousar através da prática dos seus próprios valores, adotan-do d'entre outras:

a) Postura de defesa da fraternidade humana calcada em uma visão espiritual ecumênica, com o reconhecimento da irmandade de todos os seres;

A Maçonaria é uma entidade secular, espiritual e ecumê-nica. A fé em Deus é exigência para ser Maçom e seus mem-bros podem ser integrantes de qualquer corrente religiosa.

Nesse sentido deve manter uma postura de vanguarda, promovendo e liderando atividades ecumênicas, especialmente pelo fato de que a humanidade ainda vive despedaçada em lutas religiosas.

b) Postura de defesa da democracia da partilha, da solidariedade, de auxílio mútuo, de fraternidade, em contraponto à democracia da competitividade vigente de luta de uns contra outros.

O compromisso da Maçonaria é com a conquista de um mundo de justiça social calcado na fraternidade; a humanidade conquistou, pelo menos em parte, uma visão democrática de organização social, mas a democracia conhecida está assenta-da na competitividade, na disputa por espaços na sociedade, no conflito de clas-ses e de interesses, quando dentro de uma visão maçônica dever-se-ia buscar a cons-trução de uma sociedade democrática solidária, alicerçada na partilha, na fraternidade, no companheirismo, no com-partilhamento, no socorro mútuo, no “um por todos e todos por um”.

c) Postura em defesa das Metas do Milênio, aprova-das pelo Brasil na Assembleia Geral da ONU. Foram apro-vados os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – os ODM, com vistas a serem alcançados até 2.015, ainda não alcançados, e agora temos os Objetivos de Desenvolvi-mento do Milênio, os ODS, voltados primordialmente para a sustentabilidade.

A Maçonaria sempre teve um compromisso de defesa dos ideais nacionalistas e certamente não existe ideal mais elevado do que a construção de uma pátria livre da miséria, da ignorância, do analfabetismo, das doenças endêmicas.

Essa é uma atuação concreta na qual a Maçonaria pode ultrapassar os limites do assistencialismo para buscar a conquista de uma sociedade humana justa, construída e alicerçada nos princípios maçônicos.

Oito são os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM:

1. Erradicar a fome e a miséria do mundo;2. Educação básica de qualidade para todos (o que impli-

ca em acabar com analfabetismo);3. Igualdade de gêneros e a valorização da mulher;4. Reduzir a mortalidade infantil;5. Melhorar a condição de saúde das gestantes;6. Combate a AIDS, a malária e outras doenças endêmi-

cas;7. Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente;8. Todo o mundo trabalhando pelo desenvolvimento (o

que implica na inclusão social). 17 são os Objetivos de Dese1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em

todos os lugares2.Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar,

melhorar a nutrição3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar

para todos4. Garantir educação inclusiva, equitativa e de qualidade5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as

mulheres e meninas6. Garantir disponibilidade e manejo sustentável da

água7. Garantir acesso à energia barata, confiável, sustentá-

vel8. Promover o crescimento econômico sustentado,

inclusivo e sustentável9. Construir infraestrutura resiliente, promover a indus-

trialização inclusiva10. Reduzir a desigualdade entre os países e dentro deles

11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclu-sivos, seguros, resilientes

12. Assegurar padrões de consumo e produção sustentá-vel

13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima

14. Conservar e promover o uso sustentável dos oceanos15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável das

florestas16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o

desenvolvimento sustentável17. Fortalecer os mecanismos de implementação e revi-

talizar a parceria global d) “2022 – o Brasil que queremos ” é um projeto lança-

do pela UnB em parceria com outras Universidades (Uni-Católica, UniCEUB, UniPAZ, IESB) e com a União Pla-netária, objetivando unir o conhecimento acadêmico com os desejos, anseios e perspectivas da sociedade, em busca de soluções para os problemas da humanidade. O Movi-mento está assentado em princípios democráticos, com liberdade de pensamento, atuação suprapartidária, supra religiosa, supra ideológica, examinando em diálogos cons-trutivos, com maturidade, as medidas necessárias para alcançarmos uma Pátria próspera, feliz, fecunda. A data 2022 refere-se ao fato de que em 2022 estaremos alcançan-do dois séculos de independência.

É importante que a Maçonaria, que esteve na primeira linha de luta pela Independência, venha se agregar nesse projeto de estudo e busca de soluções adequadas para a nossa Pátria.

e) Postura de estudo profundo de auto aperfeiçoa-mento para melhor servir.

O caminho a ser percorrido pelos Maçons é complexo e gigantesco, dependendo prioritariamente de auto aperfei-çoamento. O “lavrar a pedra bruta” deve ser examinado com profundidade, com estudo científico, com método, yoga e meditação. Os Maçons buscam humildemente o auto aperfeiçoamento para melhor servir. Esse auto aperfeiçoa-mento deve ser feito com os estudos mais recentes da psica-nalise e outras disciplinas correlatas, buscando compreen-der a natureza humana e seu aprimoramento.

É essencial que a Maçonaria intensifique a sua Missão Magna de transformação da sociedade humana pelo bem, pela fraternidade, pela solidariedade humana.

A Maçonaria precisa assumir com coragem essas bande-iras, que lhe pertencem. Se não o fizer, outras entidades o farão, possivelmente sem a mesma capacidade, eis que o processo evolutivo é permanente e inevitável, não podendo ser detido. Assim como as águas buscam sempre encontrar saídas, assim também marcha a vida.

Fonte: http://www.godf.org.br/

POSTURA DE VANGUARDA DA MAÇONARIAGERAL

Page 11: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

Março 2016 11

Por Sir-Knight A. French

A Maçonaria é muitas coisas para muitas pessoas dife-rentes. Tem sido desta forma por muitos, muitos anos. À semelhança da evolução da sociedade, a chamada

de civilização humana, que tem visto progressos contínuos de mudança e adaptação, também a Maçonaria evoluiu. Enquan-to as suas origens se mantêm – e sempre se mantiveram – escondidas nas brumas do tempo, os modelos contemporâne-os funcionais do sistema de gruas da Obra são, na sua maior parte, rastreáveis, bem como as suas alterações.

Alguns de fato argumentam que, enquanto se considera que as nossas sociedades progrediram, a Maçonaria desen-volveu-se a partir de um potente começo. Mas é realmente este o caso – será que a Maçonaria se desenvolveu? Será que perdeu alguma coisa? Se é este o caso, é este atributo perdido recuperável? E de quem é a função de reclamar esta luz caída?

O presente artigo tem intenção de iluminar a tarefa da Maçonaria para o futuro, se a Obra espera continuar a ser uma força obsequiosa e divina na cultura humana. O objetivo da missão deve ser transmitido à geração vindoura, os Maçons mais jovens, que apenas agora estão a chegar aos portões da Maçonaria em massa, que estão saturados em correntes esoté-ricas e filosóficas, com avidez de aprender e um desejo genuí-no de serem mudados. Os Maçons mais jovens, que batem à porta da Maçonaria, buscam um tipo de luz específico – a luz que emana das antigas escolas de mistério epifíticas – nas quais indubitavelmente a Maçonaria tem as suas raízes. A questão mantém-se: se estes jovens encontrarão o tipo de luz que buscam, ou em invés algum efeito prísmeo, uma luz dis-torcida e dobrada sob uma miríade de pensamentos e opiniões malconduzidas. E se não a encontrarem, será que em alterna-tiva continuarão em frente, decidindo que a Fraternidade não é para eles? Será razoável assumir que a Maçonaria, especial-mente na América, irá esmorecer e morrer, preservada unica-mente em museus como artigos de memorabilia antiquados, apesar de interessantes?

Não, se a maçonaria conseguir erguer-se à altura da fun-ção que a evolução mundial colocou à sua frente.

A sabedoria e ensinamentos esotéricos não foram a princi-pal motivação para que antigos Maçons se juntassem à Frater-nidade, e na América esta dificuldade foi aumentada. De facto, o que se verificava era o contrário – os antigos Maçons desejavam erradicar, tanto quanto possível, todos os conteú-dos esotéricos e inconvencionais, enquanto enfatizavam as atividades de caridade da Obra, mais seguras e benéficas. É importante relembrar, no entanto, que estas ações eram abso-lutamente necessárias. Isto relaciona-se com a sobrevivência da Fraternidade.

Os membros mais velhos da Obra, que ingressaram na Maçonaria mediante o seu regresso da I e II Guerras Mundia-is, procurando o sentimento de fraternidade e uma extensão do seu ambiente militar, antes de alguma coisa esotérica, nunca devem ser criticados, desprezados ou exonerados. Em contrário, deviam, em todas as alturas, ser reverenciados, honrados e respeitados por terem carregado nas suas costas a honorável instituição Maçónica para à frente no tempo, mesmo que as completas implicações dos seus estudos pos-sam ter sido perdidas neles, em certas ocasiões. Sem o serviço à Obra, a Maçonaria teria morrido na América há décadas atrás, atirados à lama pela vontade e agenda dos anti Maçons.

A história informa-nos que, entre outras influências, o caso Morgan do início do século XIX inspirou uma onde anti Maçonaria – incluindo o Partido Antimaçónico, também conhecido como Movimento Antimaçónico, e o primeiro partido político minoritário nos Estados Unidos – que teria, em último caso, terminado a Maçonaria na América. O caso Morgan envolveu o desaparecimento de William Morgan, um ianque que foi malsucedido na sua tentativa de se inscrever numa Loja ou Capítulo Maçónico em Batávia, Nova Iorque, algures entre 1824 e 1826. Existem teorias competitivas acer-ca do seu estatuto como membro, uma em que lhe negaram admissão numa Loja, outra em que ele já era um Maçon mas foi banido quando tentou ingressar no Capítulo dos Maçons do Arco Real. Apesar disto, ambas as teorias sustêm que, depois de a admissão lhe ter sido negada, Morgan ameaçou publicar os rituais da Fraternidade num livro, como forma de retaliação. De seguida, Morgan foi dado como desaparecido, e anti Maçons afirmaram que ele tinha sido raptado e morto por Maçons. O ulterior Partido Antimaçónico opôs-se ao presidente Andrew Jackson, um conhecido Maçom, e até teve candidatos à presidência entre 1828 e 1832.

Com o escrutínio policial sobre a Maçonaria, a Fraternida-de foi associada a secretismo, violência, conspiração e outras atividades nefastas. A Obra continuava a ter as suas propo-nentes, mas a exposição negativa levou a um aumento massi-vo da anti Maçonaria entre americanos, e, desta forma, a Maçonaria era frequentemente olhada com suspeita. Estes

problemas políticos coincidiram com o Segundo Grande Despertar do evangelismo protestante nos EUA, o que esti-mulou muitas reformas direcionadas para corrigir os males da sociedade antes da antecipada Segunda Vinda de Jesus Cris-to. Combinando isto com o começo das teorias conspirativas acerca da crescente corrupção política dentro das relações internacionais, a Maçonaria encontrou-se numa situação difícil. Não foi até às gerações de Maçons depois das Primeira e Segunda Guerras Mundiais que a Maçonaria conseguiu limpar a sua imagem, na sua maior parte, aos olhos do públi-co. Por esta razão, devemos a estes homens as maiores honra e prestígio.

No entanto, com esta mudança de foco em direção à exter-na, exotérica imagem da Obra, o conteúdo esotérico foi ou perdido ou verdadeiramente suprimido em muitos círculos da Ordem. E, com o tempo, não só muito deste conteúdo foi ignorado, mas de facto foi completamente esquecido, tanto que os Maçons atuais nem estavam conscientes de que algo faltava. Apesar disto, a Maçonaria cresceu em força e núme-ro, sabedoria esotérica à parte, e as suas atividades de carida-de aumentaram substancialmente. Desta forma, podemos compreender agora de onde o ditado “A Maçonaria é tão ame-ricana como a tarte de maçã” tem as suas origens.

A tarefa da Maçonaria da Modernidade, no século XXI, uma missão que é continuamente trazida às suas portas por esses jovens de pensamento esotérico, é o reaparecimento da sabedoria espiritual e filosófica das antigas escolas de misté-rio, a fundação sobre a qual a Maçonaria foi originalmente erguida. O que é único acerca desta tarefa é que, enquanto reaparecimento remete para algo mais antigo ou o regresso a algo anterior, a Obra já não é secreta como foi durante tempos anteriores, e todos os seus “segredos” e até os seus rituais podem ser encontrados na Internet. Desta forma, mais do que um simples retorno, o objetivo é completamente novo, um caminho que nunca foi antes percorrido – uma mistura de esotérico e exotérico em esforço para alcançar um equilíbrio completo e harmonioso.

Pela primeira vez na história da iniciação esotérica, os ensinamentos esotéricos das antigas escolas de mistério podem ser disponibilizados ao maior número de pessoas possível, graças à imagem externa Maçónica, popularizada na cultura Americana. Isto terá um efeito transformador no mundo. O obstáculo surge quando estes jovens Maçons che-gam às portas da Maçonaria e não encontram a luz pura por que buscam. Várias vezes, estes membros recentes entram na Fraternidade com mais conhecimentos acerca de conceitos esotéricos que os Maçons que os iniciam. Eventualmente, a roda rodará, e os jovens Maçons farão mais iniciações e ope-rações, mas até lá, se a Maçonaria espera sobreviver e conti-nuar a sua carreira influenciadora, deve conceber e adaptar-se ao caráter Maçónico enquanto este é reintroduzido por jovens Maçons – tal como já se adaptou e concebeu a necessidade de garantir a sua ulterior longevidade e boa imagem na socieda-de. A Maçonaria neste sentido é como um camaleão, alteran-do a sua cor para se conciliar às necessidades atuais do ambi-ente em que se encontra.

Afinal de contas, no que toca aos conhecimentos esotéri-cos, a Maçonaria surgiu de uma traição de mistérios, um certo desvendar de segredos que ocorreu em violação de juramen-tos e obrigações. De facto, num cenário não muito diferente daquele em que ocorreu o caso de William Morgan. Este é um tópico acerca do qual o autor convida o leitor a pesquisar ulteriormente.

Além disso, por volta da altura do caso Morgan, uma con-ferência de iniciados internacional foi dada para discutir o destino da humanidade e das tradições das escolas de mistéri-os. Um relato desta reunião pode ser encontrado no livro O Movimento Oculto no Século Dezanove, escrito pelo filósofo alemão e cientista espiritual Rudolf Steiner. Steiner explica que para a humanidade sobreviver ao ataque violento do mate-rialismo que se aproxima e que em breve engoliria o planeta inteiro, os ensinamentos dos antigos mistérios teriam de ser disseminado para o público, algo que nunca antes havia sido

feito. Até esse momento, estes ensinamentos eram violenta-mente guardados por ordens esotéricas, frequentemente sob penalidade de morte. Durante estas conferências internacio-nais de iniciados, duas fações foram formadas – uma que se intitulava esoteristas e outra exoteristas (embora os termos não fossem usados com o significado normal).

Os exoteristas queriam que estes ensinamentos dos misté-rios fossem gradualmente libertados para o público em geral, de modo a salvá-los do assalto materialista. Os esoteristas viam isto como uma péssima opção, que tais ensinamentos tinham sido guardados por tanto tempo por boas razões, e que mentes impreparadas não poderiam utilizá-los ou reconhecê-los, ou, pior ainda, poderiam usá-los para o mal.

No final, foi encontrada uma espécie de compromisso, com os primeiros espojos de esoterismo a chegar ao conheci-mento do público na forma de espiritualismo entusiasta do século XIX e inícios do século XX. Nós podemos encontrar mais provas desta disseminação esotérica, enchendo as prate-leiras da secção Nova Era de qualquer livraria. É desnecessá-rio dizer, no entanto, que esta abordagem não foi totalmente bem-sucedida. E talvez os esoteristas tivessem um ponto de vista válido, porque a disseminação de vários conhecimentos esotéricos levaram eventualmente e prepararam o caminho para o nascimento do oculto Terceiro Reich e Adolfo Hitler na Alemanha Nazi.

Contudo, a tarefa e o papel futuro da Maçonaria é realizar o seu destino de disseminação esotérica, mas ao serviço do bem, tornando disponíveis a sabedoria da iniciação para o maior número de pessoas. A Maçonaria é a mais pública das universidades esotéricas, agora ainda mais do que alguma vez no passado, e os mais jovens buscadores-de-luz – na verdade trazedores-de-luz – chegarão às suas portas em grande núme-ro, antes de ir a qualquer outro lugar. Assim, é da responsabili-dade da Maçonaria recebê-los da forma correta.

Em conclusão, uma cautela será erguida contra o pensa-mento de que a iniciação esotérica é o único propósito da Maçonaria, não obstante o conteúdo deste artigo. Os mais importantes princípios da Obra são três: Amor Fraternal, Alívio e Verdade. O Amor Fraternal, o sentimento de fraterni-dade procurado pelos Maçons mais antigos sob a condição de regressarem das guerras, há muito que é cuidado por eles, e deve continuar a ser praticado pelos Maçons mais jovens. Alívio, na forma de atos caridosos dentro e fora da Fraterni-dade, também há muito é praticado pelos antigos Maçons, que utilizaram a filantropia para que a fraternidade parecesse mais igualitária. Isto também deve continuar no futuro com foco e poderoso ímpeto.

No entanto, se estes últimos que atualmente são mais vita-is. Bem como o terceiro – Verdade – que agora requere ener-gia restaurante significativa. A Verdade aqui não significa apenas honestidade ou ser-se um homem de palavra. É Verda-de com V maiúsculo, no sentido que a Verdade acerca da Ordem e dos seus ensinamentos esotéricos. Verdade como na Verdade acerca da realidade espiritual divina e da filosofia intemporal dos antigos. Verdade como no poder da Palavra divina, ela própria carregando poderes criativos e transforma-dores, que afetam toda a realidade física. Os Maçons devem descobrir a Verdade mais alta acerca de quem realmente são.

Ou nas palavras de Albert G. Mackey, 33º, na sua Enciclo-pédia da Maçonaria Revista: “Esta ideia de verdade não é a mesma que a expressa na lição do Primeiro Grau, onde o Amor Fraternal, Alívio e Verdade são ditos os 'grandes três propósitos da profissão Maçônica'. Nessa perspectiva, Verda-de, que é chamada de 'Atributo Divino, a fundação de toda a virtude', é sinônimo de sinceridade, honestidade de expressão e atos francos. A maior ideia de verdade que impregna o intei-ro sistema Maçônico, e que é simbolizada pela Palavra, é que é propriamente expressada como um conhecimento de Deus.”

Fonte: Cerberus Magazine

A TAREFA DA MAÇONARIA NA MODERNIDADEGERAL

Page 12: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

12 Março 2016

*Autores: E. Figueiredo & Caio R. Reis

“SIC TRANSIT GLORIA MUNDI !” (Como são passa-geiras as glórias do mundo !). Esta frase dita pelo Venerá-vel Mestre é o ponto alto de uma Iniciação Maçônica. Ela encerra uma das maiores verdades e que quase sempre é ignorada por todos nós. Julgamo-nos eternos e pouco fazemos para vencer as nossas paixões. Os cargos, o poder e a vaidade nos impedem muitas vezes de aparar a pedra bruta que somos, e, esquecemos então um dos prin-cípios mais importantes da Maçonaria que é a humildade.

Já, como neófito, lhe é dito que ele acabou de morrer para a vida profana (Era Vulgar) e renasceu para a Verda-deira Luz. Isso quer dizer que tudo que o aviltava, quan-do profano, deverá ser desvestido, inclusive a VAIDADE. E, tudo que lhe faltava como virtudes, deve-rá ser incorporado, inclusive a HUMILDADE. Uma vez

Iniciado, o postulante torna-se Maçom, e, como tal, estará sob vigilância de sua própria consciência e dos demais Maçons.

Comandado pelo Venerável Mestre a Loja dará guari-da ao novo Irmão orientando e ensinando o caminho a ser trilhado, agora como Maçom, imbuído de humildade e destituído de ostentação.

A figura do Venerável Mestre, dos Luzes ou de qual-quer outra autoridade, em uma Loja Maçônica, reflete sempre a bondade e as suas ações que são comparadas as de um pai que aconselha o filho ou do irmão mais velho que o protege. É por essa razão que a joia do Venerável Mestre (o esquadro) tem um significado tão profundo para todos nós, pois ela representa a retidão das suas atitu-des além da confiança que todos os irmãos nele deposi-tam. Em nosso meio não há lugar para jactância do mundo profano. Aquele Maçom que por ventura não se

enquadre dentro dessas normas irá se sentir deslocado e, mais cedo ou mais tarde, perceberá que está no lugar erra-do.

Ser humilde significa seguir essa postura e quando perguntado: “Que vindes fazer aqui ?” , responder com convicção e com orgulho: “ Vencer minhas paixões, sub-meter minha vontade e fazer novos progressos na Maço-naria !”

Aquele Maçom que se deixa contaminar pelo sonho passageiro de poder, seja na vida profana ou até mesmo dentro da Ordem infelizmente não entendeu a beleza e a profundidade dos nossos ensinamentos.

Conta-se o caso que no México, há muitos anos, um Maçom foi condenado injustamente à morte. O caso teve grande repercussão dentro e fora da Maçonaria. O Presi-dente do México era Maçom e um dia estando em Loja, ocupando o humilde cargo de Guarda do Templo ouviu quando os Maçons indignados discutiam a condenação do Irmão. Foi então que um dos presentes sugeriu que o Presidente do México poderia comutar a pena do referido Irmão.

Argüido pelo Venerável Mestre a resposta foi a seguinte:

___“Venerável Mestre este guarda do Templo que vos fala nada pode fazer, mas se o Venerável permitir a minha saída, quem sabe o Presidente do México possa fazê-lo !”

O Irmão condenado foi salvo. Esta pequena narrativa mostra, primeiro, aquilo que dizíamos anteriormente que a Maçonaria nivela a todos sem distinções de cargos e de títulos; e, em segundo lugar, a humildade do Presidente do México que sem dúvida entendeu muito bem a frase “sic transit gloria mundi”.

Ser humilde é desbastar esta pedra bruta que somos e com tolerância, bondade e amor tratar não só os seus irmãos, mas também aqueles com os quais convive na vida profana. Não somos perfeitos e assim sendo, dentro da Maçonaria, encontraremos exemplos de irmãos que por sua postura e pelas suas atitudes são exemplos a serem seguidos, todavia outros existirão que mesmo tendo chegado aos graus mais elevados da Ordem parece que nada entenderam e continuam pedras brutas a serem lapidadas.

Devemos ter sempre em mente que a Maçonaria é perfeita nos seus ensinamentos e naquilo que tenta modi-ficar dentro de cada um de nós, porém nem todos os Maçons entendem desta forma e alguns permitem que o falso brilho das coisas possa ofuscar estas verdades.

Pior que a falta de humildade é a vaidade. O Maçom tem o dever de constantemente policiar os

seus procedimentos para evitar que a vaidade possa fazê-lo esquecer dos ensinamentos recebidos, que somos todos iguais e que na Maçonaria não existem distinções de títu-los e de cargos.

A vaidade, literalmente falando, é a qualidade do que é vão, vanglória, ostentação, presunção malformada de si. Nos dicionários, soberba, orgulho, arrogância são pala-vras muito próximas de vaidade. Homens tomados por esses sentimentos são os que olham para si como dignos de admiração pelos outros. Imaginam que estão acima das demais pessoas.

Infelizmente, muitos Maçons não conseguem se des-vencilhar desse vício, pavoneando sua condição de algum cargo recebido, por menor que seja, exigindo tapete ver-melho e deixando ao largo a modéstia.

Ainda bem que esses tipos são poucos.....

* E. Figueiredo & Caio R. Reis são Maçons Eméritos e obreiros da ARLS Verdadeiros Irmãos, 669.

Fonte: Blog Verdadeiros Irmãos

GERAL

Page 13: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

Março 2016 13GERAL

Um fato desconhecido por muitos é a identidade esotérica do famoso Giacomo Casanova, lem-brado somente por sua vida romântica.

Casanova dedicou sua vida ao estudo do oculto e dos mistérios, foi iniciado em antigas escolas de alqui-mia e cabala além de ter sido amigo pessoal do, tam-bém famoso, György Rákóczi mais conhecido como o Imortal Conde de Saint-Germain. Casanova desven-dou os segredos da Aquimia e completou o Magnum Opus - a Grande Obra - descobrindo o segredo da Pedra Filosofal, tal como fez Saint-Germain e diversos outros Maçons de sua época.

A Maçonaria do século XVIII da qual fizeram parte Casanova e Saint-Germain era um tanto diferente do que temos hoje, principalmente em questão de práticas. A Fraternidade, Espiritualidade e a busca pelos mistéri-os eram parte da rotina maçônica. E tal espírito maçôni-co necessita ser reimplantado novamente nas Lojas, pois são poucas as que permanecem neste espírito.

A mensagem de Casanova é como um aviso aos que desejam entrar na Maçonaria e aos que lá permanecem e sentem que existe algo faltando no âmbito espiritual. Somente aqueles que ingressarão e os Maçons ainda dispostos a mudar essas condições, conseguirão restau-rar o espírito da Franco Maçonaria em suas Lojas. Aque-les que desejam se dedicar a Magnum Opus revelada através da Arte Real ensinada pelos rituais da Maçona-ria.

MAÇONARIA POR GIACOMO CASANOVA"Foi em Lyon que um respeitável indivíduo, que

conheci na casa de M. de Rochebaron, obteve para mim o favor de ser iniciado na sublime ordem da Franco Maçonaria. Eu cheguei em Paris um simples Aprendiz; poucos meses depois de minha chegada eu me tornei Companheiro e Mestre; o ultimo é certamente o maior grau da Franco Maçonaria, todos os demais graus que iniciei depois são apenas invenções agradáveis, que, além de simbólicos, nada acrescentam à dignidade do Mestre.

Ninguém nesse mundo pode obter conhecimento de tudo, mas todo homem que se sente dotado de faculda-des e consegue perceber a extensão de sua força moral, deve esforçar-se para obter a maior quantidade possí-vel de conhecimento. Um jovem bem aventurado que deseja viajar e conhecer não só o mundo, mas também o que é chamado de boa sociedade, que não quer se encontrar, em certas circunstâncias, inferior aos seus iguais, e evita sua participação em prazeres mundanos, deve iniciar-se no que é chamado de Franco Maçonaria mesmo que seja somente para conhecer superficial-mente o que é a Franco Maçonaria.

É uma instituição de caridade, que em certos tempos e em certos lugares, foi pretexto para criminosos agi-rem contra a ordem pública, mas existe algo abaixo do céu que não foi deturpado? Não vimos os Jesuítas, abai-xo das vestes da santa religião, impulsionar a mão com a adaga cujos reis deveriam ser assassinados?

Todos os homens de importância, eu me refiro aqueles cuja existência social é destacada pela inteligência e mérito, pelo aprendizado ou pela pros-peridade, possam ser (e muitos destes são) Franco Maçons. É possível supor que tais significados no qual os iniciados, fazendo a lei de nunca falar entre si sobre política, ou de reli-gião, ou de governos, con-versem somente emblemas de moral triunfante? (...)

Mistério é a essência da natureza do homem, e tudo que se apresente para a humanidade abaixo de uma aparência misteriosa, sempre excitará a curiosi-dade e será investigado, mesmo quando os homens estão certos que os véus nada cobre além de um código cifrado.

Sobre tudo, eu gostaria de advertir os jovens bem aventurados que desejam viajar (buscar o conheci-mento) a se tornarem Fran-co Maçons; mas gostaria de adverti-los para serem cuidadosos em escolher uma Loja, porque, embora a má companhia não possa influ-enciar enquanto dentro de uma Loja, o candidato deve-se guardar contra conhecimentos ruins.

Aqueles que se tornam Franco Maçons apenas para uma questão de descobrir o segredo da Ordem, correm o grande risco de envelhecerem encobertos de sombra sem nunca descobrir os propósitos da Ordem. Porém há um segredo, mas é tão inviolável que este nunca foi confidenciado ou murmurado para ninguém. Aqueles que param sua jornada na crosta externa, imaginam que o segredo consiste em palavras passe, sinais, ou que o principal segredo será encontrado somente ao alcançar o grau mais alto. Esse é um ponto de vista equivocado: o homem que advinha o segredo da Franco Maçonaria, e para sabe-lo você precisa adivinha-lo, alcança esse ponto somente por um longo comparecimento em Lojas, através do profundo raciocínio, comparações e deduções. Esse homem não confiaria o segredo nem ao seu melhor amigo da Franco Maçonaria, porque ele está ciente de que se seu amigo não descobriu, ele não poderia fazer nenhum uso deste após ter sido sussurra-do em seu ouvido. Não, ele mantem sua paz, e o segre-do permanece um segredo.

Tudo feito em Loja precisa ser um segredo; mas

aqueles que inescrupulosamente revelaram o que foi feito em Loja, são incapazes de revelar o que é real-mente essencial; eles não tem o conhecimento do segredo, e se soubessem, eles certamente não teriam revelado o mistério das cerimônias.

A impressão sentida em nossos dias pelos não inici-ados é da mesma natureza daquela sentida em outros tempos por aqueles que não eram iniciados nos mistéri-os existentes em Elêusis em honra a Ceres. Mas o mis-térios de Elêusis eram de interesse em toda a Grécia e qualquer um que tenha alcançado alguma eminência na sociedade daqueles dias tinha um ardente desejo de fazer parte naquelas cerimônias misteriosas, enquanto na Franco Maçonaria, no meio de muitos homens do mais alto mérito, grande parte são uma multidão de canalhas que nenhuma sociedade deve reconhecer, pois eles são o refugo da humanidade, tanto quanto a moral está em causa."

Por Giacomo Casanova.

Uma mensagem aos Maçons e DeMolays que bus-cam pelo conhecimento.

FRANCO MAÇONARIA POR GIACOMO CASANOVA

Giacomo Casanova

Page 14: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

14 Março 2016

Diletos Leitores!A história da Revista Maçônica Arte Real teve início em 24 de fevereiro de 2007, quando lançamos sua primeira edição virtual, de periodicidade mensal e distribuição gratuita para todos os leitores cadastra-dos em nossa carteira de e-mails. Recentemente come-moramos nove anos de ininterruptos trabalhos, que se divide em três fases distintas, a começar de sua cria-ção, na versão virtual, quando foram publicadas setenta edições, período em que apoiou eventos cultu-rais e trabalhos sociais, publicou lançamentos de obras literárias, além de difundir a cultura maçônica. Nesse período, teve sua distribuição gratuita, pela Internet, tendo enorme aceitação, ao ponto de iniciar-mos com uma carteira de 1.500 e-mails e chegarmos a 30.000 e-mails cadastrados de leitores de todo o Bra-sil e do exterior.Há cerca de quatro anos, quando estivemos proferin-do uma palestra na cidade de Cuiabá, fomos convida-dos pela Grande Loja Maçônica de Mato Grosso para firmarmos um Convênio, através do qual passaríamos a produzir, na versão impressa, nossa Revista. As cláu-sulas deste Convênio firmaram as responsabilidades das partes envolvidas, sendo que caberia à Revista Arte Real a responsabilidade da produção (seleção de matérias, diagramação, editoração gráfica, artes e a divulgação), e à GLEMT a de logística (assinaturas, renovações, distribuição, publicidade e SAC – Servi-ço de Atendimento ao Cliente).Lamentavelmente, devido a uma infraestrutura (lo-gística) pouco adequada às necessidades do mercado editorial, tivemos alguns problemas em atender, com excelência, alguns de nossos assinantes e anuncian-tes, aos quais, mais uma vez, pedimos, encarecida-mente, nossas desculpas. Como, ao longo do tempo, de parte da GLEMT, não foi possível estruturar uma

logística à altura do mínimo necessário para levar avante tal empreitada, chegamos à conclusão de que melhor seria antecipar a finalização de nosso Convê-nio.Com isso, com a distribuição da edição nº 22 – jan-fev/16, estaremos encerrando a produção da versão impressa que, com exceção de algumas dificuldades envolvendo a logística, foi uma empreitada, no que se refere à produção, elaborada com muito profissiona-lismo, dedicação e respeito aos nossos leitores, que já nos acompanham desde de 2007.A partir de então, devido ao nosso compromisso com a cultura maçônica; ao respeito pelos mais de 33.000 e-mails cadastrados de nossos leitores, atualmente,

que compõem nossa carteira, por todo o Brasil e no exterior; à necessidade de estimular a leitura, o estudo e a pesquisa, voltaremos a produzir a Revista Arte Real, em sua versão original, virtual, com periodici-dade mensal e com distribuição gratuita, via Internet.As 22 edições impressas, com índice remissivo das matérias publicadas e a capa da Revista, poderão ser acessadas em nosso site www.revistaartereal.com.br e serem adquiridas através de solicitação, pelo e-mail [email protected], ao custo de, apenas, R$ 13,00/exemplar. Não cobraremos o custo de envio para qualquer cidade do Brasil.Para essa retomada, a fim de conseguirmos arcar com todos os custos de produção, e mantermos sua distri-buição gratuita, estaremos contando com os nossos leitores que queiram ser nossos “Parceiros Culturais”, anunciando suas empresas, produtos e/ou serviços em nossa Revista, a fim de possibilitar que essa chama, acesa em 24 de fevereiro de 2007, continue a brilhar e iluminar as mentes daqueles que dispensam parte de seu valoroso tempo para ler e refletir sobre os artigos publicados. A versão virtual, além da distribuição pelo sistema de e-mail marketing para mais de 33 mil leitores, tam-bém, estará sendo distribuída pelo facebook Revis-taArterReal, nos mais de 50 grupos associados, em diversas listas de discursão maçônica pela Internet, além de ficar exposta, para download, em nosso site!Faça contato que enviaremos as modalidades e os valores de anúncios praticados! De fato, uma excelen-te vitrine para exposição de sua empresa a todo o Povo Maçônico! Agradecemos, desde já, atenção dispensa-da e contamos com sua prestimosa participação!Contamos com a participação de todos para levar a efeito tão árdua e ao mesmo tempo prazerosa emprei-tada, em prol da cultura maçônica, o que fez de nossa Revista uma imprescindível ferramenta, para auxiliar os Irmãos na necessária transformação de sua inicia-ção simbólica em uma Iniciação Real.

Revista Arte Real, tratando a cultura maçônica com a seriedade que merece!Fraternalmente,Francisco Feitosa - Editor ResponsávelJornalista MTb 19038/MG

GERAL

Ir\ Francisco Feitosa

Editor da Revista Arte Real

Page 15: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

Março 2016 15

(*) Por Irmão Dinovan Dumas de Oliveira

É bem possível que todos tenham vivenciado, nos pri-meiros dias que sucederam suas respectivas inicia-ções, a expiação que conheço nesses poucos dias

como Aprendiz.Peço que levem isso em conta e recepcionem com

sapiência o exercício que faço da palavra, reconhecendo minha infância iniciática e sabendo separar o joio do trigo (se é que ele, o trigo, pode ser encontrado em uma ou outra linha deste texto).

Em passado recente o ministro Luís Roberto Barroso (STF), constitucionalista de estirpe, com a erudição que lhe é peculiar, publicou laureado artigo onde citava o mito de Sísifo, esmiuçado e bem conhecido por este Aprendiz durante determinado período de aprimoramento (MBA em Educação e Gestão de Negócios).

Lembrou o ministro que Sísifo, personagem da mitolo-gia grega, era conhecido por sua astúcia, indiscutível culto à felicidade e ódio à morte.

Ele era filho do rei Éolo, da Tessália, que foi o fundador e primeiro rei de Éfira, também conhecida como Corinto, uma das cidades visitadas pelo Apóstolo Paulo e presente no Novo Testamento do livro sagrado dos cristãos.

Em uma determinada época Sísifo despertou a ira dos deuses ao desafiá-los e enganá-los, situação que resultou na sua condenação por Zeus, o rei das divindades.

A reprimenda foi tornar-se um ser imortal e passar a eternidade empurrando uma pedra montanha acima, no Reino dos Mortos. Quando chegasse ao cume, a pedra rola-ria para a base de novo e Sísifo voltaria novamente à tarefa.

O fio da meada vem do escritor francês Albert Camus, no ensaio filosófico “O Mito de Sísifo”, de 1941, que inter-preta a história como sendo uma analogia ao castigo que é se dedicar a um trabalho sem sentido por toda a eternidade.

Agora, a digressão.O History Channel, respeitoso e reconhecido canal de

televisão, apregoou em notícia recente as cinco sociedades fechadas mais influentes e misteriosas da história. Infor-mou que “recente reunião mundial do Clube Bilderberg voltou a levar às primeiras páginas a incógnita sobre a ver-dadeira influência que exercem alguns grupos fechados mais ou menos secretos sobre o destino do planeta” .

A nota é categórica ao afirmar que a Francomaçonaria

está na lista, sem referência às demais potências da Ordem. Em primeiro lugar figura o famigerado clube de Bilder-berg, que é o encontro das figuras mais influentes do mundo e que acontece desde 1954.

Tenho ciência que o Grande Oriente do Brasil é reco-nhecido pela Grande Loja Unida da Inglaterra . Uma leitu-ra expandida da notícia pode dar a entender, então, que citar a Francomaçonaria foi fazer incluir a Ordem brasilei-ra, alemã, francesa etc..

De toda forma, ouso divagar e sugerir que avaliemos a situação de tal modo que seja possível solidificar uma ampliação vertiginosa da compreensão que temos da reali-dade, no sentido de compreende-la na sua totalidade .

Reflitamos em conjunto: quais ações, condutas e postu-ras passeiam pelo nosso campo de visão e nos capacitam de forma a evitar que nós, Maçons da contemporaneidade (e de terras tupiniquins), realmente não estejamos de fora?

De que modo nós, que ocupamos esse templo de eleva-ção, trabalho e busca, integrantes do que, permitam-me, chamo de “juventude” Maçônica, efetivamente influencia-remos as andanças mundiais?

Compreendo que este tipo de provocação ou questiona-mento pode sugerir a vivência do inebriado estado que sucede a iniciação. Pode até sugerir, na cabeça de alguns, certa prepotência ou até um impulso juvenil, revelador, quem sabe, de patologias ansiolíticas ou coisas que o valham.

Não me importo! Rejeito a ideia de me quedar inerte e faço uso de uma das prerrogativas que minha condição de Maçom oferece. Regozijo diante da garantia que tenho de me expressar, festejo o fato de “decorar” a coluna do Norte, revelo estar vivenciando a realização de um desejo longín-quo (quiçá ancestral) e, enfim, certifico: nós devemos SER a diferença!

Alinhados aos ideais e às liberdades de pensamento que a Maçonaria desfraldou, devemos honra ao suor e às con-quistas dos que nos antecederam. Devemos impulso enfá-tico e destemido às ações progressistas e evolucionistas que nos regem.

Somos sucessores de homens que entregaram suas vidas à campanha republicana, à abolição da escravatura, à evolução da política nacional, à materialização da tão espe-rada anistia para presos políticos, à luta pela redemocrati-zação do país etc.

Somos sucessores de Irineu Evangelista de Souza, o (primeiro) Barão e (depois) Visconde de Mauá (baluarte da industrialização brasileira), de José Bonifácio de Andrada e Silva, de Victor Hugo, do jurisconsulto baiano Rui Bar-bosa, de Victor Brecheret, de José Maria da Silva Para-nhos, o Visconde do Rio Branco e símbolo da diplomacia brasileira, de George Washington, de Franklin Delano Roosevelt, de Benjamin Franklin e de tantos outros.

É de fácil percepção, então, que a coxia não é o nosso lugar!

O “x” da questão é que, para estar no palco (e não na coxia), é preciso preparo. Mais que isso: é preciso cons-ciência. Consciência essa que deve revelar ao seu portador a impossibilidade de se distanciar dos compromissos que foram assumidos no dia em que foi aceito na Maçonaria.

Que deve ser capaz de incrustar na cabeça de cada um aqui presente o absurdo que será se ele não se dispor a seguir sua vida na condição de homem honesto e honrado, uma vez que para estar aqui entre nós é preciso estar ciente de que uma das nossas missões é arrastar [positivamente] outras pessoas pelo nosso exemplo .

É preciso que roguemos, então, pela universalização de condutas éticas, prósperas e humanas, e que respeitemos, dessa forma, uma regra moral e igualitária que se extrai do princípio maior da filosofia de Kant, cuja dicção é:

“Age de tal modo que a máxima da tua vontade (o prin-cípio que a inspira e move) possa se transformar em uma lei universal”.

E em uma Maçonaria que almeje agir de tal modo que sua conduta possa se transformar em uma lei universal, permitindo que outras pessoas sejam arrastadas pelos seus exemplos, não cabe “jeitinho”, “agrado” a guarda de trân-sito, “café” para fiscal ou desavenças que não privilegiem a fraternidade que nos une. Não cabe intolerância, mentira, desafeto e falta de compaixão. Não cabe o exagero, o desa-certo e a incompreensão das diferenças. Não cabe, estima-dos Irmãos, não cabe!

Cabe, sim, trabalho incessante pela realização dos fins da Maçonaria. Cabe, sim, o dever de estudo sobre todas as questões que agitam a sociedade. Cabe, sim, o dever de ser bom, justo, digno, ético, dedicado, corajoso, isento de orgu-lho e ambição, livre de preconceitos e pronto a todos os sacrifícios pelo triunfo do Direito e da Verdade .

É o cuidado com a autofagia!

(*) Ir\ Dinovan Dumas de Oliveira A\ M\ARLS Acácia de Aruã

Or\de Mogi das Cruzes (SP)

GERAL

O MITO DE SÍSIFO E NÓS, MAÇONS

Page 16: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

16 Março 2016

Registro neste artigo, agradecimentos aos maçons do Grande Oriente do Brasil do Estado do Mato Grosso do Sul, pela receptividade e especial deferência a mim

e aos meus companheiros de viagem, deputados federais maçônicos Gilmar Mendes e José Walter. Em 26 de fevereiro, desloquei-me de Goiânia para a cidade de Paranaíba, localiza-da em uma região rica, de belas paisagens naturais. Em outros tempos um recanto do Mato Grosso do Sul.

O Bolsão Sul-Matogrossense é uma sub-divisão do estado de Mato Grosso do Sul, baseada em valores regionais e sócio-econômicos. Abrange os municípios de Três Lagoas, Brasi-lândia, Santa Rita do Pardo, Água Clara, Selviria, Aparecida do Taboado, Inocência, Cassilândia, Chapadão do Sul e Costa Rica. É área de grande arrecadação fiscal do estado.

Especificamente via Itumbiara, Trevão, Prata, Campina Verde e Iturama, atravessando duas vezes o Rio Paranaíba na divisa de Goiás com Minas Gerais e na divisa de Minas Gerais com Mato Grosso do Sul, percorremos 600 quilômetros.

Em Paranaíba, proferi palestra de encerramento do IV Ciclo de Palestra Maçônica do Bolsão, promovido pelo GOB-MS, sob a presidência do Grão-Mestre Estadual Benilo Alle-gretti. Participação dos maçons e das cunhadas da região. Outros palestrantes foram Paulo Fernando Veríssimo de Men-donça, Sérgio Rodrigues Júnior, Tito Alves de Campos e Andrei Barbosa de Almeida. Abordaram temas atuais e de tecnologia da informação. Voltaremos em 2017, para o V Cilo de Palestra do Bolsão, que será realizado na cidade de Selvi-

ria.Meus agradecimentos especiais ao Venerável Mestre da

Loja "Canaã", anfitriã do evento, irmão Alfredo Fanuchi e sua esposa, presidente da Fraternidade Feminina, Eliene Rodri-gues da Silva, bem como às presidente e vice presidente da Fraternidade Estadual, Maria Elisa e Beatriz Bleyer e aos Grão-Mestre Adjunto, Celestino Laurindo Júnior, presidente da Assembleia Estadual Maçônica, Francisco Dias Gobi e secretário do Poder Legislativo, Moisés Moreira Alves. Representou a Assembleia Federal Maçônica, o deputado Antônio Vargas de Andrade.

A revista "Consciência" editada há longo tempo em pro-dução de qualidade com noticias e artigos do meio maçônico, abordando temas da atualidade, esteve presente com seu dire-tor Ademir Batista de Oliveira.

O que tem haver este artigo de uma viagem à cidade de Paranaíba, no Mato Grosso do Sul, com Tião Carreiro, consa-grado como um grande mestre, habilidoso tocador de viola, um dos maiores violeiros brasileiros?

Tem e muito. Mas falo um pouco mais de Tião Carreiro, para encerrar explicando a conexão referida. Tião Carreiro tocava viola desde jovem, mas sempre procurou novas formas de execução e ai inventou um ritmo diferente. A viola batia cruzado com o violão, numa mistura de recorte do caipira lento com o recortado mineiro, mais apressado. Ai nasceu o Pagode, que em Minas Gerais, era baile. Estava batizado o novo ritmo. Tião Carreiro tornou-se o Rei do Pagode. O pri-meiro gravado, foi "Pagode em Brasília", composição de Lourival dos Santos e Teddy Vieira.

Na cultura da música raiz, o pagode sertanejo é um dos ritmos mais tradicionais. Projetou Tião Carreiro por seu toque marcante e inconfundível, passando a enriquecer a lista dos ritmos regionais. Tião Carreiro cantou estórias, falou ao cora-ção de uma forma emocionante. Foi um mestre da viola. Milhões pelo Brasil afora, aliviam as saudades ouvindo as

centenas de músicas gravadas por ele em inúmeros discos 78 rotações e Lp?s. Estreou em 1956, com a música "Boiadeiro punho de aço", com o seu companheiro Pardinho. Formaram a inesquecível dupla "Tião Carreiro & Pardinho", também teve outros parceiros.

Natural de Montes Claros, nasceu em 13 de dezembro de 1934 e faleceu em 15 de outubro de 1993. Sepultado no Cemi-tério da Lapa, São Paulo, seu túmulo é local de grande visita-ção no Dia de Finados.

Vamos então ligar Paranaíba, que sediou o IV Ciclo de Palestra Maçônica do Bolsão a Tião Carreiro. Gilmar Men-des, que nos conduziu ida e volta, é possuidor de uma extensa lista de músicas interpretadas por Tião Carreiro. Ai meus amigos de todos os sábados, uma permanência com irmãos e cunhadas do Mato Grosso do Sul, nos deliciamos ao som de faixas como estas: "Pagode em Brasília", "Amargurado", "O ipê e o prisioneiro", "Rei do gado", "Chora viola", "A vaca já foi pro brejo", "O prato do dia", "Boi soberano", "Porta do mundo", "A coisa ta feia", "A mão do tempo", "Terra roxa", "Travessia do Araguaia", "Couro de Boi" e mais ainda.

"Heroi sem medalha", "Pousada de boiadeiro", "Falou e disse", "Encanto da natureza", "Ferreirinha", "Boiada cuiaba-na", "Águas do São Francisco", "A volta que o mundo dá", "Cabelo loiro", "Cabocla Teresa", "Candeeiro de fazenda", "Canoeiro", "Carreiro velho".

Tião Carreiro gravou mais de 400 músicas. É imortal na história da música sertaneja de raiz.

Portanto, para mim, Gilmar Mendes e José Walter, a ida a Paranaíba, Mato Grosso do Sul, nos proporcionou contatos fraternos com irmãos e cunhadas do Bolsão, do Grande Ori-ente do Mato Grosso do Sul e da Loja "Canaã", estimulada por iluminados momentos de audição de um pouquinho de Tião Carreiro. Um artista completo, uma viola encantadora e seu pagode, do qual ele é rei!

Ir\ Barbosa NunesGrão-Mestre Geral Adjunto

do Grande Oriente do Brasil

Geral

Temos um espaço publicitário para divulgar sua empresa, produtos ouserviços para milhares de leitores devidamente cadastrados de todo oBrasil e exterior

Page 17: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

Março 2016 17SAÚDE

Por GUILHERME RENKE (*)

A queda capilar (alopecia) pode ocorrer em qual-quer idade, com surgimento agudo ou gradativo, apresentando-se com diminuição da densidade

capilar de forma generalizada ou em pequenas áreas. Dentre todas as formas, a mais identificada é a alopecia androgenética, que no homem se inicia na região frontal e, posteriormente, acomete o topo da cabeça (região da “coroa”). Já nas mulheres, a queda normalmente se inicia na linha média da cabeça e se expande lateralmente.

Inicialmente, começamos a observar cabelos demais no chão do banheiro, no pente, após nos pentearmos, e no travesseiro. Começamos a encontrar cabelos demais em qualquer lugar, menos aonde deveriam estar, e é aí que vem o desespero!

Podemos dividir a origem da alopecia em quatro gran-des grupos:

Inflamatórias: por exemplo, a alopecia areata, que afeta 50% dos homens em algum momento da vida.

Genéticas: aquelas herdadas dos nossos antepassa-dos, por exemplo a alopecia androgenética Ambientais: associadas aos hábitos de higiene, hábitos alimentares, profissão e prática de esportes

Hormonais: associadas a doenças da tireoide e outras, que cursam com sensibilidade aumentada do folículo piloso a certos hormônios produzidos pelo nosso orga-nismo

Ao contrário do que se pensava anteriormente, estes quatro fatores tendem a estar associados. A alopecia cos-tuma ter um agente principal, combinado em maior ou menor grau com outro. Por exemplo, um paciente pode ter uma alopecia androgenética agravada pelo estresse, por praticar exercícios físicos exageradamente ou por métodos de higiene inapropriados. A partir daí, surgem infinitas combinações que poderão ser identificadas ape-nas por um profissional qualificado, que dedique tempo, paciência e escuta ao seu paciente.

Outro tipo de alopecia difusa é o eflúvio telógeno (ET), que apresenta-se com ciclos capilares anormais. Ou seja, o pelo que deveria estar em fase de crescimento (fase anágena) passa rapidamente para fase de queda (fase telógena). O que produz uma queda abrupta e abun-dante de cabelos (mais de 200 hastes ao dia) de dois a três meses após o estimulo desencadeante.

Provavelmente, o ET é a forma mais comum de perda capilar difusa entre homens e mulheres. observada pelos dermatologistas. O ET apresenta diversos fatores desen-cadeantes, como estresse, desequilíbrios endócrinos, deficiências nutricionais, medicamentos, etc. Em aproxi-madamente 30% dos pacientes, a causa não é identifica-da, mas a evolução do quadro é autolimitada.

Quando o assunto são as mulheres, observamos casos de alopécia por ET associada ao estresse, também ao uso exagerado de substâncias químicas para o cabelo, uso

contínuo de medicamentos para doenças crônicas e prá-tica exagerada de exercícios físicos. Além disso, alguns estudos mostram a relação entre a queda capilar com intoxicação por metais pesados como chumbo e o cád-mio que são muito prevalentes na nossa população.

Segundo o dermatologista e tricologista Misael do Nascimento, "o primeiro passo no tratamento é desco-brir a causa. Para isso, médico e paciente precisam res-gatar na memória todos os eventos importantes ocorri-dos nos três meses que antecederam a queda capilar. Após a suspensão do agente causal, como em todo trata-mento de alopecia, é preciso ter paciência para se obter um bom resultado terapêutico. A boa notícia é que, hoje em dia, esse tempo de espera pode ser reduzido com o auxílio dos tratamentos orais e tópicos estimulantes do crescimento capilar, que comprovadamente melhoram muitos casos de alopecia.

Vale ressaltar que alguns nutrientes são essenciais para o crescimento capilar e são bem descritos na litera-tura científica, como Ômega 3 & 6, Ferro, Vitamina B12 (cobalamina), Zinco, Biotina, Vitamina D e Vitamina E.

É importante lembrar que a identificação precoce da causa da alopécia é fundamental. Além disso, uma histó-ria clínica colhida pelo médico e uma avaliação labora-torial completa são importantes para exclusão de causas endócrinas, nutricionais e/ou autoimunológicas para a queda capilar. Essas medidas auxiliam o médico para que seja feito o tratamento específico o quanto antes, a fim de evitar as estratégias terapêuticas mais agressivas.

(*) Fonte: Eu AtletaBibliografia:Deo K et al. Observational Study of Acquired

Alopecias in Females Correlating with Anemia and Thy-r o i d F u n c t i o n . D e r m a t o l R e s P r a c t . 2 0 1 6 (2016:6279108).

Abdel A. et al. Possible Relationship between Chronic Telogen Effluvium and Changes in Lead, Cad-mium, Zinc, and Iron Total Blood Levels in Females: A Case-Control Study. Int J Trichology. 2015 Jul-Sep;7(3):100-6.

Malkud S. Telogen Effluvium: A Review. J Clin Diagn Res. 2015 Sep;9(9):WE01-3.

Matsumura H et al. Hair follicle aging is driven by transepidermal elimination of stem cells via COL17A1 proteolysis. Science. 2016 Feb 5;351(6273):aad4395.

Ablon G et al. A Randomized, Double-blind, Placebo-controlled, Multi-center, Extension Trial Evaluating the Efficacy of a New Oral Supplement in Women with Self-perceived Thinning Hair. J Clin Aesthet Dermatol. 2015 Dec;8(12):15-21.

Betz R. et al. Genome-wide meta-analysis in alopecia areata resolves HLA associations and reveals two new s u s c e p t i b i l i t y l o c i . N o v 2 0 1 4 . N a t u r e . doi:10.1038/ncomms6966

ESTRESSE E ATIVIDADE FÍSICA EM EXCESSOPODEM AUMENTAR A QUEDA DE CABELO

Page 18: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

Por Alina Dizik da BBC Capital

Nos últimos anos, tentei todo tipo de truques para melhorar minha produtividade no trabalho. O mais radical incluiu instalar aplicativos no meu

computador que bloqueavam as "viciantes" redes soci-ais ou que até me impediam de acessar a internet por algumas horas.

Minha ideia era que se eu conseguisse me livrar das distrações, seria mais produtiva nas horas de trabalho. Mas o problema não era estar conectada à internet e, sim, o meu estado mental: e-mails e mensagens continuavam pipocan-do no meu telefone, e minha atenção embarcava junto.

Apesar de fazer uma lista detalhada de tarefas a cada dia, eu percebi que só conseguia cumprir metade delas, simplesmente por estar cansada ao fim de algumas horas.

Meu comportamento era exatamente o contrário do que

sugerem as mais recentes pesquisas sobre produtividade: trabalhar de maneira mais inteligente não significa se con-centrar nos detalhes, mas sim na energia que empregamos

enquanto trabalhamos.

De olho no relógioO nível de energia pode ser algo difícil de medir, mas

ficar de olho em como você se sente em determinadas horas do dia pode ajudar a estabelecer um cronograma para render melhor nesses momentos. É o que defende Flip Brown, autor do livroBalanced Effectiveness at Work (Efi-ciência equilibrada no trabalho, em tradução literal).

Segundo Brown, a maioria das pessoas acabam se enga-nando no que diz respeito ao volume de trabalho que são capazes de realizar por dia. "As pessoas têm ilusões em termos de gerenciamento do tempo, e isso cria problemas na hora de administrar nossa energia", explica o autor. Ele mesmo admite deixar as tarefas mais complicadas para os momentos do dia em que se sente mais "energizado".

Essa abordagem pode decepcionar aqueles que acredi-tam que maximizar o tempo passado no escritório ou traba-lhar até altas horas são fundamentais para produzir melhor. Mas essas atitudes podem, de certa forma, prejudicar a produtividade.

Entender como e quando você se sente em melhor forma pode ajudá-lo a monitorar sua própria energia e oti-mizá-la para o trabalho.

A consultora Theresa Welbourne, que também é profes-sora na escola de administração da Universidade de Nebraska (EUA), costuma pedir para que funcionários das empresas em que atua anotem quando percebem que seu nível de energia está baixo ou alto.

"Esse registro mais formal ajuda o indivíduo a reconhe-cer as diferenças entre tarefas energizantes (como conver-sar com os colegas) e funções que tendem a ser exaustivas (como participar de uma reunião)", afirma Welbourne.

"Quando a pessoa percebe em que momentos tem mais energia, ela deve tentar priorizar as tarefas mais importan-tes, e assim não se sentir esgotada no fim do dia", ensina.

Para aproveitar melhor o tempo, Welbourne recomenda a seus alunos que tentem usar 60% de seu dia para se diver-tir e se reenergizar. Vivenciar experiências positivas pode ajudá-los a lidar com os outros 40%, que são sempre mais desafiadores.

Outros especialistas, como o consultor de carreiras Lindel Greggery, que trabalha em Brisbane, na Austrália, recomendam manter uma rotina diária de 10 minutos de meditação ou pelo menos um momento de tranquilidade longe do computador, durante o expediente.

Equilíbrio em quatro áreasHá quatro maneiras de conservar a energia física, emo-

cional, intelectual e espiritual, segundo Annie Perrin, vice-presidente da Energy Project, uma consultoria de Nova York que atende clientes como a Sony e o Google.

Frequentemente, as pessoas se sentem menos equilibra-das em uma ou duas dessas áreas, o que pode levar a uma exaustão constante. Saber combater o estresse nas quatro áreas pode ajudar a permanecer produtivo.

Para manter o bem-estar físico, Perrin recomenda ter uma alimentação saudável e se dedicar a atividades de lazer fora do trabalho. "Uma caminhada pode ser uma maneira rápida de se reenergizar porque produz mais endorfinas que podem ajudar a reduzir o estresse", afirma.

Fazer um lanche com algum alimento de baixo índice glicêmico, como um iogurte ou uma barra de cereais, ofe-rece mais energia porque mantém os níveis de glicose no sangue mais estáveis.

O bem-estar emocional depende de se evitar o estresse ou qualquer coisa que provoque sentimentos negativos, como checar os e-mails constantemente ou passar horas no Facebook observando a vida dos amigos.

Dar um tempo do trabalho por curtos períodos também ajuda a renovar a energia intelectual. "Isso é importante para dar um descanso à área de pensamento analítico do

cérebro", afirma Perrin.Outro truque para se reenergizar entre reuniões é tirar o

foco da tarefa e passar algum tempo conversando com os colegas sobre assuntos não relacionados com o trabalho.

Por fim, manter a energia com a satisfação espiritual significa "equilibrar os cuidados com você mesmo por meio dos cuidados com os outros", tanto no trabalho quan-to fora dele, segundo Perrin.

Fonte: BBC Brasil

Distrações são inevitáveis; o problema é não perder tempo e energia nelas

Segundo especialistas, manter um diário dosníveis de energia ajuda a melhorar produtividade

Fazer pausas durante o expediente ajuda aequilibrar a energia física, emocional e intelectual

18 Março 2016

Page 19: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

Março 2016 19

Por EDIVAL LOURENÇO (*)

Há basicamente duas abordagens metodológicas, em posi-ções opostas, acerca da apuração da veracidade dos fatos relativos às coisas divinas: segundo o Minimalismo, o

que não tem evidência ou comprovação não pode ser verdadeiro. Já para o Maximalismo, o fato de não haver evidência não é prova de inexistência. Como no trocadilho lapidar de Carl Sagan: “Ausência de evidência não é evidência de ausência”.

Nos primórdios das religiões, nossos antepassados certamen-te não se apegaram a essas filigranas metodológicas de compro-vação da realidade. As religiões se formaram, na maior parte, sob a força das informações colhidas em revelações. E a revelação não é fundada na racionalidade, mas na imaginação fantasiosa, uma espécie de efeito colateral da razão. É mais na base da fé, da livre e exacerbada interpretação dos eventos, sem a mínima crítica da razão. Aliás, a razão diante da fé pode soar como sacri-légio ou heresia.

A revelação procede de várias fontes. A pessoa tem um sonho, como todo mundo tem, e dá a ele (ao sonho) um caráter revelador, como se fosse Deus lhe passando uma mensagem, uma ordem ou uma orientação. O sujeito que recebe revelações pode ouvir a voz de Deus no ranger dos troncos dos bambus, quando o vento os agita. Pode ouvir a voz divina quando o vento roça a boca da cacimba, ver um recado transcendente num relâm-pago ou numa moita de sarça pegando fogo. Não só ouve a voz, mas distingue suas palavras e entende a sintaxe das frases. E adota posturas e comportamentos novos a partir das mensagens recebidas em revelações. Garante Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, que ouve revelações de Hugo Chaves pela voz de um “passarinho pequenino” e se orienta por essas revelações.

Uma breve história para ilustrar. Certa vez, um vizinho de sítio devia ao outro uma quantia em dinheiro. O credor era homem de muita fé, bastante crédulo e costumava receber reve-lações de Deus em sonhos e por outros meios. Na Semana Santa daquele ano, o devedor escreveu com caldo de limão em um ovo

de galinha: “O mundo acaba na sexta-feira santa”. Depois passou cinzas para evidenciar as letras. Foi ao galinheiro do vizinho carola e colocou o ovo sob as galinhas poedeiras. Ao fim do dia, quando o sitiante foi colher os ovos, deparou-se com aquele estampando a profecia apocalíptica. Na mesma hora ele correu a vizinhança, feito um Moisés com as tábuas dos dez mandamen-tos, mostrando o objeto de seu assombro e ao mesmo tempo orgulho, por Deus haver confiado a ele a notícia do dia exato do fim da vida terrena e o começo da vida coletiva no céu. Quando chegou à casa do devedor e anunciou que Deus lhe revelara o fim do mundo na próxima sexta-feira, este fingiu espanto e pavor e disse que tinha medo, mas não era propriamente da morte, por-que até se achava um homem justo. O que o assustava de fato era a ideia de morrer devendo, uma vez que não teria tempo suficien-te de arrumar dinheiro para pagar a dívida ao credor ali presente. O arauto da notícia nefasta, imbuído de suas convicções trans-cendentes, retrucou: “Nem eu, meu caro irmão, quero chegar aos umbrais do Juízo Final, levando cadernetas de acerto de contas daqui da terra. Quero chegar ao céu com os pés livres das corren-tes do mundo. Neste momento, diante das testemunhas aqui presentes, e em nome de Jesus, a sua dívida está perdoada”.

Sempre que vejo alguém muito convicto de suas ideias religi-osas me vem à lembrança esse fato corriqueiro do devedor esper-to. Toda religião nasceu de algum trambique, pelo menos em parte, e por ele se prevalece.

Para as religiões, sobretudo as monoteístas, Deus existe de fato e nós, seres humanos, fomos motivos de ocupação do cria-dor desde muito cedo. Pelas escrituras judaico-cristãs, o univer-so físico existe há pouco mais de 6 mil anos. E nós fomos feitos de terra molhada, o material mais próximo da mão, e carregou nossa pilha com o sopro da divindade, a fonte de energia mais imediata. Tão logo fizemos os primeiros movimentos vitais, recebemos determinação de “Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se movem na terra”.

Para a ciência, no entanto, o universo começou há 14,5 bilhões de anos, num processo explosivo de origem desconheci-da. Pode ter sido por Deus, mas não pelos deuses das religiões. O corpo celeste que habitamos e chamamos de Terra existe há pelo menos 4,56 bilhões de anos. Como os dinossauros, por exemplo, viveram numa outra era geológica e foram extintos por avarias climáticas, há 65 milhões de anos, e a terra só teria 6 mil, para os religiosos os dinossauros nunca existiram. Esses ossos petrifica-dos, encontrados nas escavações dos arqueólogos, não passari-am de engodos espalhados pelo demônio para confundir a cabeça e o coração da humanidade. Por que ele faria isso? Porque a humanidade confusa é mais fácil de ser apanhada e conduzida por desvios. Daí a ser frita nos caldeirões do inferno é um passo. Só não se sabe por que o demônio teria essa fixação de fritar indivíduos de nossa espécie. De qualquer forma, os dinossauros seriam, por assim dizer, só uma estratégia de mercado do diabo.

Para os crentes da existência de um Deus amoroso, tudo o que existe no mundo plausível (e no implausível também) foi feito para servir à nossa espécie, a Homo sapiens. Assim, até as outras espécies humanas já identificadas pelos arqueólogos, como os floresiensis, erectus, habilis, ergaster, neandertais e soloensis, se a existência deles fosse passível de crédito, teriam existidos somente para atender às necessidades de nossa espécie.

Segundo as narrativas sagradas (revelações e profecias), tudo o que Deus fez foi para nos servir, e nós para servirmos a ele. Por isso Deus cuidou de colocar o homem no mundo desde que mundo é mundo. Então, se Deus existisse, de duas uma: ou a gente teria sido feito lá atrás, há 14,5 bilhões de anos ou a Terra teria só 6 mil anos de existência, conforme os relatos santos. E nós também teríamos 6 mil anos. Mas, segundo os arqueólogos, os primordiais de nossa espécie surgiram há cerca de 145 mil anos. Muito depois do surgimento do mundo atestado pela ciên-cia e muito antes do mundo aventado pelos livros sagrados, gerando grande discrepância. Considerando o tempo que Deus se ocupa com as esferas universais, ele só nos incluiu em sua lista de ocupação durante 0,001% desse tempo. E ainda nos colocou num grão minúsculo de poeira do tufão universal. Sinais de que ele nos tem numa conta de importância praticamente desprezí-vel.

Na verdade, o universo passou mais de 14 bilhões de anos como um deserto divino, sem a noção da existência de Deus. Deus só veio dar o ar de sua graça muito mais tarde, bem recente-mente, quando, no processo evolutivo, surgiu uma espécie, a nossa, com capacidade de raciocinar. E essa capacidade de racio-cinar sofreu um desvio e adquiriu a capacidade de inventar, supor e tomar fatos supostos e inventados como sendo verdadeiros. Deus, como ideia, é o último ser gerado pelo processo evolutivo. É um ser de nosso ramo, nascido dos galhos de nossos pensamen-tos e revelações. Deus, como as religiões o concebe, não existe. Ao longo da saga humana, muitos deuses “existiram” e foram suplantados por outros mais bem sucedidos. A nossa linhagem, ou a que vier a suceder a ela, se não sucumbir pelos próprios desatinos ou por alguma avaria climática, em alguns séculos ou milênios irá inventar outros deuses que hão de suceder os atuais. Deuses com novas habilidades, mais bem adaptados à realidade plausível e conveniências da conjuntura, mas ainda assim conti-nuarão carecedores do estatuto existencial.

(*) Edival Lourenço é Presidente da União Brasileira de Escritores de Goiás

Matéria: Fonte - Revista Bula

CRÔNICAS

Existe um fato que precisamos reconhecer: os governos de Lula e Dilma fizeram com que a cor-rupção se tornasse tão popular e visível, que hoje

todos sabem o significado dessa palavra. Como o gover-no costuma dizer, “nunca antes na história desse país” se viu tanta corrupção. Também criaram uma série de “man-tras”, como: “eu não sei de nada, tudo foi feito dentro da lei, acabamos com a pobreza no país”, e outros.

A cidade de Mariana e o rio Doce mergulharam na lama da Samarco e o Brasil mergulhou na lama da cor-rupção. Graças ao Ministério Público e a Policia Federal, essa lama toda está sendo remexida, e a cada dia, mais empresários e políticos corruptos estão aparecendo. Começou com a Petrobrás e se espalhou por praticamen-te todas as instituições ligadas ao governo. O cerco está se apertando e dia virá em que o ex-presidente Lula esta-

rá no banco dos réus, com seus amigos de partido. Ele sabe disso e usa de toda sua influ-encia para transferir a culpa para outros, já que ele não sabe de nada e é uma alma pura. A última tentativa foi a de afastar o promotor Cássio Roberto Conserino do caso do polemico tríplex reformado pela empreiteira OAS. A justi-ça prevaleceu e o Conselho Nacional do Ministério Públi-co decidiu que o promotor de justiça Cássio Conserino vai permanecer à frente da investigação que apura suposta ocultação de patrimônio por parte de Lula. Existem mui-tas outras investigações em andamento e a teia está se fechando em volta de Lula e outros políticos de peso. O presidente do PT, Rui Falcão, diz que essas ações do Ministério Público são uma “perseguição inominável ao partido” e Lula se julga acima da lei. Ainda por cima, ameaçam a democracia brasileira com seus fiéis solda-dos do MST. Eles se esquecem de que a democracia tem responsabilidades de quem exerce ou exerceu o poder e as funções de fiscalização e controle estão nas mãos da Policia Federal, do Ministério Público e da Justiça Fede-ral. Eles não são acima da lei, embora se julguem dessa

forma. Agora, João Santana, marqueteiro do PT, também será ouvido pelo Ministério Público, sobre a origem irre-gular do dinheiro gasto em campanhas do PT. Só para lembrar, o uso de dinheiro ilícito na campanha é motivo para impeachment, dentro da democracia. Simplesmen-te por acreditar nesses órgãos e nesses promotores, tenho esperança de que o Brasil ainda possa desarticular esse plano criminoso de poder, acabar com essa máquina de corrupção e mandar todos os bandidos para a cadeia. Poderiam até ser enviados para a prisão de Guantánamo, já que o presidente Barack Obama, dos EUA, pretende desativá-la. Lembro que essa prisão fica em Cuba, local muito querido de alguns de nossos governantes.

Célio PezzaEscritor e Colunista

Goiânia-GO

Page 20: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

20 Março 2016 CRÔNICAS

O

entusiasmo é a maior força da alma. Conserve-o e nunca te faltará poder para conseguires o que

desejas.Esta máxima de Napoleon Hill, respeitado jornalista e

consultor de relações externas da Casa Branca, traduz toda a essência e a força do entusiasmo mostrando que as pessoas que realmente acreditam e se empenham para investir nas suas próprias forças, conseguem conquistar mais facilmente os seus ideais, visto que a inspiração é uma força interior necessária para manter a chama do entusiasmo sempre acesa, pois esta força tem uma capaci-dade extraordinária para energizar, dirigir e sustentar o comportamento para despertar desejos, vontade, garra, determinação e foco, pois são valores indispensáveis para que se conquiste de fato um objetivo.

O mundo moderno nos coloca em prova a todo instan-te, pois são muitos os obstáculos que estaremos nos defrontando no nosso dia a dia, porém, quando se tem um ideal e se acredita piamente nesse ideal, com certeza esta-remos nos fortalecendo e ampliando nosso ângulo de visão para identificar mais facilmente os horizontes de oportunidades que muitas das vezes estão embaixo do nosso nariz e não estamos conseguindo vislumbrar.

Se tem algo que compromete a capacidade de extrava-sar as potencialidades adormecidas, é permanecer na zona do conformismo, porque quando a pessoa cai no

desânimo, ela fica à mercê de influências negativas que

irão comprometer suas habilidades e aptidões para o cum-primento de uma determinada tarefa.

Vejam, por exemplo, a diferença entre um profissional motivado e um desmotivado. Ambos têm a mesma incumbência e habilidades para construir um resultado. Porquê um consegue e o outro não?

É claro que o diferencial está no nível do entusiasmo de cada um. O entusiasmado consegue influenciar e con-tagiar outras pessoas com o seu entusiasmo, razão pela qual conquista mais facilmente seus objetivos, enquanto que o carente de entusiasmo, por não despertar esta força interior, só consegue enxergar dificuldades nas oportuni-dades, pois estando ilhado no universo das incertezas, se deixa dominar facilmente pelo desânimo.

O que a mente humana pode conquistar é ilimitado, porém, é preciso acreditar, é preciso investir nas próprias forças, porque assim procedendo ficará muito mais fácil conquistar o que realmente se deseja.

Nós estamos passando por um momento delicado no cenário econômico, porém, é preciso ter muito cuidado e estar vigilante para não se deixar contaminar por este clima de incertezas, porque isto pode influenciar negati-vamente na nossa conduta, principalmente no campo profissional para que não haja comprometimento no orça-mento doméstico.

É claro que para manter uma boa saúde financeira é fundamental que todos procurem incorporar a força do entusiasmo, assumindo compromissos com responsabili-dade, dedicação e comprometimento com vistas à con-quista de resultados positivos para sua empresa. Assim sendo, é de suma importância que todos procurem se adap-tar a estas novas tendência de mudanças que estão ocor-rendo no cenário econômico e comecem a apresentar alguns diferenciais com ousadia, criatividade e inovação, para que possamos continuar contribuindo de forma sus-tentada para evitar que estes acontecimentos negativos

nos atinja. Para conseguirmos superar

este ambiente momentanea-mente desconfortante, é preci-so despertar esta força interior e começar a repensar algumas atitudes comportamentais, como por exemplo, procurar se afastar de pessoas que ficam resmungando o tempo inteiro e atribuindo seu fracas-so a estes acontecimentos, como também, devemos pro-curar não dar ouvidos aos fatos negativos que diaria-mente podem ficar ecoando nos nossos ouvidos, pois isto, com certeza, poderá influenci-ar nos resultados que almeja-mos.

Assim sendo, vamos come-çar por não nos deixar envol-ver por este clima de negati-vismo e, passar a investir mais nas nossas ideias e pensamen-

tos positivos, porque somente assim estaremos nos capa-citando para bloquear qualquer interferência negativa que possa comprometer a nossa grandeza interior.

Existem algumas características importantes e que fazem parte do perfil das pessoas bem sucedidas. Dentre elas destacamos os 5 pilares para o sucesso:

1) O conhecimento: Todos nós sabemos que insegu-rança denota falta de conhecimento e de domínio do assunto que se esteja abordando. Portanto, o conhecimento é o alicerce que dará sustentação para que possamos nos posicionar de forma favo-rável e influenciar pessoas do nosso entorno com fatos relevantes para ajudar a despertar a força interior em cada um.

2) Planejamento: Saber onde está e aonde pretende chegar é ingrediente indispensável para conquis-tar sucesso em qualquer empreendimento. Todo planejamento deve ser flexível para que se possa adequar ações pontuais que possam nos favore-cer.

Quando se trabalha de forma desordenada e sem um planejamento efetivo, fica muito difícil prever os resulta-dos e consequentemente o retorno do investimento com deslocamentos e tempo.

Já dizia com muita propriedade Lúcio Aneu Séneca, mais conhecido como “Sêneca”, um dos mais célebres advogados, escritor e intelectual do Império Romano: “Antes de começar é preciso um plano, e depois de plane-jar, é preciso execução imediata”.

3) Organização: É outro diferencial muito impor-tante para que se conquiste êxito em uma deter-minada tarefa. A organização e o planejamento são duas variáveis que se colocam de forma indis-sociáveis para que todas as tarefas ocorram a contento e de forma otimizada;

4) Ousadia: É sabido que para se construir uma ges-tão inovadora para gerar bons resultados, é fun-damental que procuremos estar sempre ousando e inovando, porque somente assim estaremos con-quistando a nossa capacitação como profissiona-is inovadores e competitivos;

5) Comunicação: É certo que ninguém chega a lugar algum se não tiver foco e meta definidas, porque nada vai acontecer se continuarmos fazendo as coisas sempre da mesma maneira. Para conquis-tar sucesso é preciso assumir o compromisso e se adaptar a estas novas tendências de mudanças que estão ocorrendo no cenário econômico. Por-tanto, é preciso mudar, é preciso ter uma atitude mental correta e procurar estar sempre se polici-ando com relação à comunicação. Para tanto, é necessário que se use de uma terminologia sim-ples, objetiva, entendível e entonação correta nas frases, porque agindo assim estaremos evitando mal entendidos e/ou interpretações equivocadas.

Para finalizar, procure despertar esta força interior e seja alguém disposto a colaborar sempre, porque nin-guém consegue resultados sozinho. Pensem nisso!

“Desenvolver força, coragem e paz interior demanda tempo. Não espere resultados rápidos e imediatos, sob o pretexto de que decidiu mudar. Cada ação que você exe-cuta permite que essa decisão se torne efetiva dentro de seu coração”. Dalai Lama.

Tomé Castro é consultor comercial e palestrante moti-

Ir\Tomé CastroPalestrante

Or\ São Paulo-SP

Page 21: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

Março 2016 21

O Grande Oriente de São Paulo (GOSP), instituição maçônica fundada em 29 de julho de

1921, Federado ao Grande Oriente do Brasil (GOB) – fundado em 18 de junho de 1822 -, vem a público escla-recer notícia publicada pelo Jornal Folha de SP, na edição do dia 14 de março de 2016.

A Maçonaria Regular, devidamente reconhecida mundialmente, não recruta pessoas através da Internet.

No Brasil, para se tornar um Maçom de uma instituição igual ao Grande Oriente de São Paulo (GOSP) é necessário que esse homem seja indi-cado por um Maçom ativo e regular na sua própria Loja. O GOSP mantém rígido controle de ingresso e não abre mão de manter a tradição Maçônica em todas as suas ações.

Essa Maçonaria via Internet e/ou programas de televisão, objeto da matéria em questão, têm somente por objetivo arrebanhar pessoas – e diga-

se muitas de boa-fé – com fim único de obtenção dinheiro fácil.

A Maçonaria séria prima pela Tra-dição, respeita suas leis e possui um corpo Regulamentador, com critérios rígidos de ingresso e de permanência em suas fileiras associativas.

O GOSP esclarece ao cidadão de bem, inocente, aquele que pelo pouco que leu e gostou em suas pes-quisas pessoais, busca ingressar para as fileiras maçônicas, por entender que a Ordem está alinhada com sua filosofia de vida.

Este cidadão, ávido de conheci-mento, busca nos meios virtuais mais conhecimento, e se depara com estes mercadores de almas, a oferecer-lhes o que dizem ser “maçonaria”.

Infelizmente, como em outros seto-res, pessoas inescrupulosas utili-zam-se do nome da Maçonaria para “vender” ingresso nessas falsas Ordens, que na maioria possui diri-gentes aproveitadores, golpistas e até estelionatários, como recente-mente visto no Estado do Paraná com prisões feitas pela Polícia.

Se qualquer cidadão livre e de bons costumes receber quaisquer convites, quer sejam por Internet, carta ou outros meios, saiba que está sendo vítima de golpistas que utili-zam o nome da Maçonaria.

A Maçonaria regular, cumpridora de seus legítimos deveres para com a sociedade, repudia toda e qualquer forma de golpe como os praticados

em “convites” feitos pela Internet ou outro meio, conforme reporta a empí-rica e mal acurada matéria da Folha de SP.

A Maçonaria não possui uma paten-te ou marca de registro para esta ou aquela Entidade, logo, esta ou aquela Associação pode se denominar Maço-naria. O que a distingue são a forma de ingresso, de trabalho, de seriedade e comprometimento em proporcionar ao Homem seu aperfeiçoamento.

Poderoso Irmão KAMEL AREF SAAB

Grão-Mestre Estadual Adjunto em Exercício

Grande Oriente de São Paulo (GOSP)

NOTA DE ESCLARECIMENTO DO GRANDE ORIENTE DE SÃO PAULO (GOSP)

Page 22: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

22 Março 2016 GERAL

Por Emanuel Swedenborg (pseud)

Os movimentos tradicionais da atualidade assentam quase todos, numa estrutura hierarquizada, onde se destaca o aspecto formal de obediência. Os movi-

mentos maçônicos, para além de outras denominações – Grandes Lojas, Grandes Orientes, etc. –, são sempre intitu-lados de Obediências.

Assim, o conceito de obediência perpassa e é um ele-mento fundamental em praticamente todas as organizações ditas tradicionais, o que nos deixa na presença de um apa-rente paradoxo. E porquê? Porque são estas mesmas orga-nizações que acenam bem alto a bandeira da Liberdade individual. Na Maçonaria – mais uma vez recorremos ao exemplo deste movimento – um maçom é um homem LIVRE e de bons costumes.

Como se poderá, então, obedecer e ser livre ao mesmo tempo?

Há quem diga que, verdadeiramente, não existe uma total liberdade do adepto: será impossível ser-se totalmen-te livre quando se tem de obedecer a certos requisitos, pre-ceitos ou, em alguns casos, verdadeiros dogmas. O adepto está preso a reconhecimentos, graus, ritos e formalidades que o afastam de outros adeptos e que o afastam da sua tão

querida e aclamada liberdade.Existem, no entanto, formas de resolver este enigma.Em primeiro lugar, podemos dizer que o adepto não foi

obrigado ou coagido a juntar-se a este ou aquele movimen-to. Se o fez, foi por sua livre vontade – se obedece a um Grão-Mestre, a um Grão-Prior, a um Imperator ou a um Venerável, fá-lo de sua livre vontade. Mas esta será, talvez, uma explicação baseada essencialmente na dialética, no “discurso engenhoso”…

Uma outra chave para resolver este enigma, imensa-mente mais profunda, baseia-se num elemento fundamen-tal e absolutamente incontornável: a Fraternidade.

Mas, voltando ao princípio, será importante ressalvar que, em todo o caso, o adepto irá obedecer, em abstrato, a uma Tradição que o acolheu e não a alguém em particular. Contudo, esta Tradição, como vimos, tem uma hierarquia e cargos distintos, tendo assim persona, isto é, é personifica-da nos cargos já anteriormente referidos: Grão-Mestre, Grão-Prior, Imperator, etc.. Dessa forma, o adepto, obede-cendo a uma Tradição, terá de, por inerência, obedecer a uma pessoa, que personifica, tal como ficou exposto supra, essa mesma Tradição – desculpe-se a perífrase.

Todo este processo, parecendo complexo, é extrema-mente simples, pois é reconhecida a autoridade a quem

personifica a Tradição, pelo seu caráter, obra feita, eleição regular. O adepto encontra no seu “superior” as caracterís-ticas que aprecia e procura para si: o rigor, a disciplina, a retidão, a justiça, a sabedoria, o discernimento, a harmo-nia, a paz, o amor e, acima de tudo, a fraternidade. Esta última “qualidade” ou “característica” é, como dissemos acima, a chave que resolve o enigma, o paradoxo. Sem a fraternidade, a autoridade transforma-se em autoritarismo; o rigor e a disciplina, em exigência severa; a sabedoria e o discernimento, em arrogância e orgulho intelectual; a har-monia e a paz, em lassidão e apatia. Enfim, tudo se desmo-rona, tudo se esboroa.

Mas não se fique com a ideia de que é só o adepto que deve “fazer uso” da fraternidade, para poder contemplar todas as referidas características “positivas” no seu superi-or hierárquico. Será tanto ou mais importante que aquele que ocupa o cargo de destaque se muna de uma fraternida-de a toda a prova. Dizemos que será mais importante, e é-o certamente, pois é do “alto” que tem de vir o exemplo.

A principal “arma” daquele que ocupa um cargo de responsabilidade deveria ser a fraternidade, pois tudo o resto vem, como vimos, por acréscimo.

A fraternidade funciona como um filtro – com este fil-tro, uma característica específica de uma pessoa é conside-rada uma qualidade apreciável; sem este, tal característica é vista como um defeito de carácter.

Em jeito de conclusão, poderemos dizer que é através da vivência da fraternidade que se pode obedecer e ser livre ao mesmo tempo. É através da fraternidade que ficamos de igual para igual com o nosso “superior hierárquico” e vis-lumbramos nele todas as qualidades que apreciamos e nas quais nos revemos, e assim lhe reconhecemos autoridade. É através da fraternidade que aquele que ocupa uma função de responsabilidade, no seio de um movimento tradicional, poderá fazer valer as suas ideias e obter o respeito (e até a simpatia) de todos os que estão sob a sua batuta.

Nestas circunstâncias, ou seja, existindo fraternidade, obedecendo e sendo livre ao mesmo tempo, há lugar para o verdadeiro Caminho Iniciático. Sem fraternidade, qual-quer movimento e organização tradicional torna-se inope-rante e disfuncional.

Por Ir.’. Nuno RaimundoEsta questão que usei como título deste post reflete uma

questão e afirmação que ouço amíude em alguns círculos profanos. Uns questionam na sua ignorância se a Maçona-ria é para "ricos", outros afirmam de forma contudente que ela é feita para "ricos".

Posso afirmar que nem é uma coisa nem a outra!Primeiro porque a Maçonaria é uma Ordem universal.

Logo encontrando-se ela em qualquer parte do globo ter-restre, seja nos países ditos de "primeira linha" como nos países classificados (injustamente!) como "terceiro-mundistas", a Maçonaria é o espelho da sociedade onde se encontra implantada. O que levará a que nos seus quadros de obreiros se encontrem gente de múltiplas origens, pro-fissões ou de níveis acadêmicos díspares. O que será sinto-mático da sua heterogeneidade e universalidade.

Mas apesar disso, é costume se afirmar que a Maçonaria é feita de uma elite de pessoas, mas "elite" essa que nada tem a haver com economia e finanças, mas apenas uma elite moral e social de pessoas que procuram evoluir e cres-cer espiritualmente através de uma via iniciática e que tam-bém procuram promover o progresso da sociedade, e ape-nas isso.

Nas Lojas Maçônicas encontramos gente de todas as idades (maiores de idade), logo pessoas que ainda estudam ou já trabalham ou ambas as situações, e dada a diferença e

multitude de profissões que se podem encontrar numa Loja, será natural que se encontre gente mais "abonada" que outras, mas nada que não exista também no mundo profano, o que é natural!

Mas como é possível encontrar este "tipo" de gente, naturalmente se poderia confundir a Maçonaria com um clube de cavalheiros ou apenas como uma associação ben-feitora e nada mais, o que é totalmente errado e que subver-te os princípios que consagram a Ordem Maçônica. Evi-dentemente que a Filantropia, a Caridade e a Solidariedade Social existem, mas são apenas uma consequência da ele-vada moral que os maçons possam ter e nada mais. Para exercer essas qualidades em exclusivo existem outro tipo de associações com essas preocupações prementes, sejam os Rotários, os Lions ou outras similares.

Todavia e como este texto versa sobre "metais" (vulgo, dinheiro), posso reafirmar que apesar da Maçonaria não ser exclusiva de gente rica, ela não é uma Ordem barata, ou seja, existem sempre custos associados para quem faça parte dela.

Existem os custos com a adesão na Ordem, as quotas mensais, as "subidas de grau", os materiais e demais para-fernália maçônica, isto é, os aventais, luvas, colares, livros e outros acessórios e adereços que um maçom necessite para o seu dia-a-dia na Loja da qual que fará parte integran-te. E aqui sim, é que se pode dizer profanamente "que a

porca torce o rabo", porque regra geral, não são baratos tais materiais.

Mas também não serão mais caros do que outros relaci-onados com outras Ordens similares, ou associações civis ou clubes desportivos. - Nada na vida é borla! -

E aqui retorno à questão original, " Será a Maçonaria para ricos?!", claramente que não o é!

Mas não deixa de dar jeito ter algum dinheiro no bolso, nem que seja para auxiliar quem dele necessitar...

Page 23: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

Março 2016 23

O Sapientíssimo irmão Barbosa Nunes, em exercício do cargo de Grão-Mestre Geral do GOB, foi recebi-do em Porto Alegre pelo Grão-Mestre Estadual

Jorge Pedron de Las LLanas, na quinta-feira, dia 3 de mar-ço, e com o Eminente teve o prazer de estar na sessão da Loja "Amor e Caridade IV", presidida pelo Venerável Mes-tre Er Gonçalves Bandeira, quando em momento de famí-lia, expos vários temas e debateu os assuntos com os irmãos do quadro, que demonstraram muito interesse e conhecimento.

Na oportunidade, o irmão Luiz Fachin, Secretário de Educação e Cultura do GOB-Rio Grande do Sul, apresen-

tou aos presentes a sua última obra maçônica intitulada "Virtude e Verdade - Graus Simbólicos - Tomo 1", Editora AGE, que pode ser contatada através do endereço [email protected]. Trata-se de uma obra que está levando uma maior compreensão sobre a Maçonaria, seus rituais, com assuntos que se desdobram pela pesquisa, mas também a partir da mais simples interpretação litúrgica até a mais acurada indagação filosófica a observar minuciosa-mente a literatura maçônica. O Sapientíssimo irmão Bar-bosa Nunes foi presenteado com um volume.

O GOB INDICA COMO MUITO IMPORTANTE ESTA PRODUÇÃO DO IRMÃO LUIZ FACHIN -

VIRTUDE E VERDADE.

GRÃO-MESTRE EM EXERCÍCIO EM PORTO ALEGREGERAL

O Secretario Geral Adjunto de Interior e Rela-ções Públicas, Transporte e Hospedagem, do Grande Oriente do Brasil, irmão Anibal Marti-nez, foi empossado no último dia 7 de março, segunda-feira, no Conselho Fiscal da Fundação Santos Dumont. A solenidade aconteceu na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em ocasião comemorativa aos 60 anos da funda-ção.

Fundação Santos Dumont foi criada em 05 de outubro de 1956. É uma instituição cultural de direito privado, sem fins lucrativos e fiscalizada pelo Ministério Público. Colaborou e apoiou o desenvolvimento da aeronáutica contribuindo com a criação da aviação civil. Evocando Santos Dumont que afirmou que inventar é transcender, em 16 de outubro de 1960 inaugurou o Museu de Aeronáutica, na época pioneiro e o maior da Amé-rica Latina, no gênero. Com concepção espacial inspirada em um disco voador, a edificação origi-nal (hoje Oca), foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e o cálculo estrutural é de José Carlos Figueiredo Ferraz.

Page 24: O Malhete omalhete@gmail · PDF fileFoi na Inglaterra que a Maçonaria ... natureza intrínseca e oculta é monárquica: ... ma relação com a vida presente

. Seja nosso parceiro e contribua para a manuten-ção do jornal «O Malhete». A doação não tem um valor definido. O contribuidor poderá doar a quantia que desejar e estará ajudando a darmos continui-dade ao nosso trabalho de informações.

Apoio ao jornal O Malhete

24 Março 2016

Clique aqui e veja mais...

ANEIS MAÇÔNICOS EM PRATA DE LEI 950

www.malheteshopping.com

12

[email protected]

SOCIAIS

O Grande Oriente do Brasil, Rio Grande do Sul, foi dignificado com mais um espaçoso e belo templo na cida-de de Passo Fundo, nascido e construído com dedicação, esforço e sacrifício dos irmãos das Lojas "Fenix", "Cavale-iros da Arte Real", "Estrela do Planalto" e "Giuseppe Gari-baldi", acontecido nas sexta-feira, dia 4 de março, com mais de 100 irmãos presentes, entre eles o Grão-Mestre Geral em exercício, Barbosa Nunes, Grão-Mestre Jorge Pedron de Las LLanas e o Grão-Mestre Honorário Jorge Colombo Borges. Somaram-se aos presentes deputados estaduais, conselheiros, secretários, outras autoridades e um grande número de irmãos, estando presente a represen-tação da Sereníssima Grande Loja.

A sessão foi conduzida pelo Venerável Mestre João Darci Gonçalves da Rosa, da Loja "Fenix", representando

os demais das Lojas "Cavaleiros da Arte Real" (Paulo Ricardo), "Estrela do Planalto" (Gleni Lemos Vieira) e "Giuseppe Garibaldi" (André Scopel).

O Grão-Mestre Geral em exercício, cumprimentou o Eminente Grão-Mestre Estadual pelo desenvolvimento e organização de sua administração, e em nome do GOB, referiu-se aos construtores de uma nova casa maçônica, agora desta vez na histórica cidade de Passo Fundo.No salão social, onde foi servido churrasco tipicamente gaúcho, foram prestadas homenagens às autoridades e irmãos nas presenças alegres e participativas das cunhadas das 4 Lojas.PARABÉNS LOJAS "FENIX", "CAVALEIROS DA ARTE REAL", "ESTRELA DO PLANALTO" E "GIUSEPPE GARIBALDI”.

EMOCIONANTE SAGRAÇÃO DE TEMPLO EM PASSO FUNDO - RIO GRANDE DO SUL

A Câmara Municipal de Passo Fun-do, Rio Grande do Sul, na sexta-feira, dia 4 de março, homenageou as Lojas "Fenix", "Cavaleiros da Arte Real", "Estrela do Planalto" e "Giuseppe Garibaldi", através de diplomas e pla-cas de honra ao mérito entregues pelo irmão e vereador presidente da câmara Márcio Patussi, em face do templo que foi sagrado naquela noite e que passou a ser, pela sua beleza ritualística, um ponto demonstrativo da força, união e dedicação dos maçons de Passo Fun-do. O ato ocorreu na sala de reuniões da Câmara Municipal e presidido pelo seu presidente, vereador Márcio Patussi.

Foram homenageados também, o Grão-Mestre Geral em exercício Bar-

bosa Nunes, o Grão-Mestre Estadual Jorge Pedron de Las LLanas e o Grão-Mestre Honorário Jorge Colombo Borges. Diploma especial foi concedi-do e entregue pelo presidente da câma-ra aos Veneráveis Mestres das Lojas

"Fenix" (João Darci Gonçalves da Rosa), "Cavaleiros da Arte Real" (Pau-lo Ricardo), "Estrela do Planalto" (Gle-ni Lemos Vieira) e "Giuseppe Garibal-di" (André Scopel).

CÂMARA MUNICIPAL DE PASSO FUNDO HOMENAGEIA LOJAS DO GOB

A Loja Liberdade Cacerense 1768 recebeu em sessão 34 irmãos bolivianos, da Loja Wolfgang Amadeus Mozart n. 55 de Santa Cruz de La Sierra, destacamos sentados, da esquerda para a direita:Alain Nunes Rocca, Juiz do Supremo Tribunal de Justiça Maçônica da Grandes Logias de Bolivia;Antônio Francisco dos Passos Grão Mestre Estadual do GOB MT;Paulo Cesar de Augusto Nunes - Venerável Mestre da BARLS Liberdade Cacerense 1768;Ronnie Jesus Rocca - Venerável Mestre da Logia Wolfgang Amadeus Mozart 55Presentes ainda o Poderoso Irmão Sebastião Eugênio Diogo, secretário adjunto de interior e relações públicas e representante da regional 1 do GOB MT;Venerável Irmão Luiz Ponce - deputado estadual, nesse ato representando a PAEL/MT;Francisco Carlos Lopes Lourenço deputado federal, entre outras autoridades maçônicas, brilhante sessão que reuniu mais de 70 irmãos, sendo 34 bolivianos, 23 irmãos da Liberdade Cacerense e mais de 15 visitantes de outras Lojas do GOB de Jauru, Mirassol D´Oeste, Cáceres, Pontes e Lacerda e Cuiabá, além de Alta Floresta.

SESSÃO INTERNACIONAL NA LOJA LIBERDADE CACERENSE 1768