O Livro Do Profeta Daniel e a Vida Cristã

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    O Livro do Profeta Daniel e a Vida Crist

    Introduo

    O exemplo de Daniel e de seus trs companheiros uma fonte de inspirao para todosaqueles que desejam viver com fidelidade a Deus em meio a um mundo hostil em que osparadigmas dos valores morais esto todos ou invertidos ou em ameaa constante de perderem osentido. Independente de quo malficas fossem as ameaas e de quo promissoras fossem asofertas do imprio babilnico, Daniel, Ananias, Misael e Azarias continuaram a viver segundo os

    princpios divinos, conforme as leis do seu Deus.

    Comentrio

    A Bblia nos orienta a sermos prudentes em todos os nossos atos (Pv 13.16; 14.6, 8, 33).Esta virtude pode ser notada facilmente na relao de Daniel e seus trs amigos com as ordens do

    Rei. O motivo que os levou a no se alimentarem das finas iguarias do rei (1.8), no foi apenas odesejo de no se contaminar com alguma enfermidade provinda daqueles alimentos. Segundo oComentario Exegetico y Explicativo de la Biblia, Vol. 1, p. 937, era costume jogar no cho uma

    pequena poro das iguarias, como uma oferenda inicial aos deuses, bem como para consagr-lospor toda a festividade (veja Deuteronmio 32:38). A participao em tal ato os comprometeriacom a idolatria1. Mas eles fizeram isso de maneira afvel e atenciosa com os servos do rei, poiseles eram responsveis em cumprir as ordens do monarca (Comentrio Bblico Beacon, Vol. 4, p.504), ou como diz Champlin, Daniel, entretanto, no demonstrou intolerncia ou animosidade,como fazem alguns separatistas hoje em dia. Ele no iniciava inimizades desnecessariamente (OAntigo Testamento Interpretado Versculo por Versculo, Vol 5, p. 3.374).

    A prudncia, que tem a mesma origem da palavra providncia, envolve mais do que saber

    o que fazer, tambm diz respeito a como fazer.A pessoa prudente aquela que pensa no futuro esabe quais atos devem se tomar no presente e quais afetar de modo positivo ou negativo o futuroconsequente (Por trs das palavras Manual de etmologia do portugs, p. 82). Com a sabedoriaque Deus lhes deu (Tg 1.5), os quatro jovens souberam agir com a prudncia necessria.

    s vezes pensamos que, se a hora de agir chegou, no importa a maneira como isso ouaquilo ser realizado ou dito; o mais importante agir, no importando as consequncias. Mas,no bem assim. O cristo prudente aquele que no apenas sabe a hora de agir, mas tambm amaneira correta de como faz-lo, evitando as inconvenincias e os perigos, agindo com pacinciaao tratar de assuntos delicados e difceis. Esta era a virtude de Daniel e de seus trs amigos, e deveser a nossa tambm. As iguarias do mundo hodierno tambm podem ser tentadoras para os cristos,mas a resoluo de se manter isento do comprometimento com as trevas so muitorecompensadores, no apenas hoje, mas no futuro tambm (Fp 2.15; 1Pd 2.9; Ap 3.11; 22.12).Alm de, por esta atitude, nos identificarmos com o Senhor Jesus Cristo (Mt 4.9,10).

    As perguntas que devemos fazer a ns mesmo so: O que estamos fazendo quais cristosno mundo? O que estamos acrescentando? A nossa cosmoviso crist realmente forte ao pontode influenciarmos as pessoas no mundo? Ou estamos sendo arrastados pela espiral de brilhosmundanos e sendo influenciados pelas oportunidades que se nos oferecem em contraste com osvalores cristos? Estamos transformando ou sendo transformados? Daniel e seus trs amigosfizeram a sua escolha de, com sabedoria e gentileza, influenciar e transformar o mundo em suavolta e no ser contaminado por ele. Estas devem ser a nossa postura e escolha tambm (Sl 119.11,103; Pv 4.23; Rm 12.1, 2; 12.18).

    Alm disso, conforme observa Raymond Brown, alio desta histria deve ter sido claraaos judeus, a quem Antoco IV Epfanes tentou forar a comer carne de porco (lMacabeus 1.62,63;

    1Parntesis do autor citado.

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    2Macabeus 6.18; 17.1), o Deus, que no permitiu que os jovens do exlio babilnico fossemcastigados quando se recusaram a compartilhar do alimento e bebida dos pagos, tambm na

    perseguio atual viria em auxlio daqueles que se recusavam a violar a lei de Moiss(Comentrio Bblico So Jernimo Antigo Testamento, p. 813).

    O mesmo pode ser dito quando as suas vidas corriam perigo por causa de um sonho queNabucodonosor teve e ningum conseguiu decifrar, levando o rei a ameaar de morte a todos ossbios do imprio, Daniel agiu com prudncia (2.14-16), pois ele sabia que para tudo havia umtempo para agir (Ec 3.1) bem como um modo correto de faz-lo (Ec 8.5, 6).

    Diante da ameaa de serem jogados vivos numa fornalha incandescente, por no sedobrarem diante de uma imagem, os trs amigos de Daniel preferiram a morte a fazer um ato deidolatria. Deus protegeu a todos, verdade (3.4-6, 27), mas, notemos a disposio dos jovens. Noimportava as consequncias, eles estavam determinados a perseverar at o fim: Eis que o nossoDeus, a quem ns servimos, que nos pode livrar; ele nos livrar da fornalha de fogo ardente, eda tua mo, rei. E, se no, fica sabendo rei, que no serviremos a teus deuses nem adoraremosa esttua de ouro que levantaste (Dn 3.17, 18).

    Daniel tambm deixou o seu exemplo diante da morte quando os seus inimigos tentarammata-lo por mudar uma lei dentro do imprio com o nico objetivo de enquadrar Daniel numcrime, cuja penalidade seria a morte (Dn 6.7-9). O motivo? Inveja. Daniel se destacara acima detodos os strapas2e presidentes que o Rei designou (6.3). Daniel, por no mudar o costume desempre orar ao seu Deus (6.10), foi difamado e lanado para os lees (6.18).

    Esta atitude, tanto de Daniel como de seus trs amigos, semelhante ao patriarca J,quando disse: Ainda que ele me mate, nele esperarei; contudo, os meus caminhos defendereidiante dele (J 13.15 ARC). Por que somos cristos? Porque amamos a Deus, independentementede alguma bno material que porventura recebamos dEle. Nem tampouco por alguma proteoque Ele qui nos d diante de algum perigo. Que estes exemplos faa-nos lembrar que o bemmaior ns j recebemos, ou seja, somos salvos por Cristo Jesus, nosso Senhor e se vivermos oumorrermos, pertenceremos sempre a Ele (2Co 5.14, 15; Gl 2.20; Fp 1.21).

    Segundo Champlin, olivro de Daniel compe-se essencialmente de seis histrias e quatrovises. As histrias ocupam os captulos 1-6, e as vises os captulos 7-12 (O Antigo TestamentoInterpretado Versculo por Versculo, Vol 5, p. 3.387). No captulo 4 encontramos a histria dainsanidade do rei Nabucodonosor. O relato mostra uma lio moral e espiritual pois no importa agrandeza do ser, desde os poderosos monarcas ao mais simples mortal, todos so impotentes diantede Deus, o nico digno de toda a glria e majestade. Nabucodonosor foi reduzido ao estado dosanimais, completamente humilhado pelo decreto divino que anulou tudo quanto ele era e podiafazer. Por outro lado, a misericrdia do Senhor foi manifestada ao seu favor quando este sehumilhou e reconheceu que s Deus o Governante absoluto (4.32-37), pois o rei recebeu

    permisso de voltar e recuperar sua antiga glria.Muitas histrias existem em que pessoas arrogantes, por causa da presuno, foramabatidas humilhao. A Palavra de Deus j nos adverte dizendo que asoberba precede a runa,e a altivez do esprito precede a queda(Pv 16.18). Podemos seguramente aguardar o dia em queDeus chamar prestao de contas a todas as pessoas, conforme nos garante o profeta Isaas: Eisque vem o dia do SENHOR, horrendo, com furor e ira ardente, para pr a terra em assolao, edela destruir os pecadores. E visitarei sobre o mundo a maldade, e sobre os mpios a sua iniqidade;e farei cessar a arrogncia dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos (Is 13.9-11).

    O apstolo Paulo deixou claro que haveremos de estar perante o Tribunal de Cristo paraprestao de contas, inclusive sobre o nosso relacionamente com os nossos irmos. Mas tu, porque julgas teu irmo? Ou tu, tambm, por que desprezas teu irmo? Pois todos havemos de

    2 Strapas uma transliterao da palavra grega que, por sua vez, representa um original medo (O ttulokhshathrapanva medo). A palavra significa protetor e era usada no imprio persa para um governador de uma

    provncia (Daniel - Introduo e Comentrio, p. 108).

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    comparecer ante o tribunal de Cristo(Rm 14.10). Ao invs de julgarmos os nossos companheirosda caminhada crist, deveremos ajudar a cada um a olhar para Cristo, o autor e consumador danossa f (Gl 6.1-3; He 12.2).

    As vises do profeta Daniel quanto aos governos do mundo nos captulos 2, 7 e 8 tambm

    so fontes de fortalecimento e f. O mesmo pode ser dito sobre a viso dos reinos em constantelitgio no captulo 11. A viso da esttua, cuja cabea de ouro representa a potncia dos reisbabilnios a partir de Nabucodonosor, seguida de trs outros reinos que, segundo as outras partesda esttua, representam os imprios Medo-Persa, Grego e Romano. O mesmo aparece noscaptulos 7 com um leo (Babilnia), um urso (Media e Persia), um leopardo (Grcia) e um animalferoz (Roma e o Anticristo) e o captulo 8 sobre o carneiro (Medo-Prsia), o bode (Grcia) e ochifre pequeno (Anticristo).

    A nossa f muito fortalecida por estas vises porque a histria secular no deixa dvidasquanto ao cumprimento delas. A sua exatido histrica to impressionante que os crticosseculares acham que estas vises foram escritas depois do fato histrico ali relatado (Examinai asEscrituras, Vol. 4, p. 59). E isto nos leva para o versculo 44 e 45 do captulo 2 em que nos garante

    que em breve Deus estabelecer a sua Soberania na terra por meio do seu Ungido, o Senhor JesusCristo. Veja Romanos 8.19.21.

    O valor da orao incessante demonstrado nos captulos 9 e 10 de Daniel, quando ele norenunciou de orar por sabedoria. Mesmo durante 21 dias Daniel no desistiu de procurarcompreender a profecia de Jeremias. A questo que afligia o profeta Daniel era legtima: Se os 70anos a que se referiu o profeta Jeremias dizia respeito ao perodo da dominao da Babilnia sobretodas as naes em derredor (Jr 25.9-12; 29.10ARA) e se os babilnios j saram do poder mundial,ou seja, foram suplantados pela coligao Medo-Persa, por que ento o templo de Deus aindaestava em desolao na terra de Jud e o povo santo ainda sofria a humilhao do cativeiro emterra estrangeira?

    Sem adentrar nas questes histricas aqui, o profeta recebeu a visita de um anjo do Senhorque lhe trouxe os esclarecimentos necessrios que ultrapassavam os limites da sua vida e do seutempo. Sim, dizia respeito ao futuro do seu povo judeu no apenas para aqueles dias, mas ia muitoalm, alcanando o final dos tempos. A histria resumida do povo judeu foi dada ao profeta naforma daquilo que conhecemos hoje como as 70 semanas de Daniel(Dn 9.24-27). Os meandrosda interpretao desta profecia tema de debate em todos os arraiais evanglicos por sculos.

    No entanto, o que nos chama bastante ateno a disposio do profeta de persistir emorao em busca de uma resposta para as suas questes por 21 dias. Quo animador deve ter sido

    para o profeta ouvir as palavras do ser angelical que lhe falava: Ele disse ainda: Daniel, notenhas medo! Deus ouviu as tuas oraes, desde o primeiro dia que tomaste a deciso de fazer

    penitncia, a fim de obteres a explicao do que se passa. E eu vim em resposta tua orao

    (Dn 10.12 SBP). Quantas vezes oramos a Deus e pensamos que Ele no nos ouve e logoesmorecemos e desistimos de perseverar. Mas Daniel persistiu, independentemente do tempo emque ele permaneceria prostrado diante de Deus (Lc 18.1-7).

    Concluso

    No resta dvida quanto a atualidade do livro de Daniel, inclusive na sua aplicao prticapara a vida do cristo. As decises que os 4 jovens exilados tiveram de tomar no so muitodiferentes das que os jovens cristos enfrentam hoje em dia na faculdade, trabalho e mesmo na

    parentela. As presses para eles cederem diante das tentaes, as iguarias mundanas que lhes sooferecidas e as ameaas que lhes sobrevem so em vrios aspectos to desafiantes quanto as que

    tiveram de enfrentar os jovens hebreus. Porm, o mesmo Deus Todo-Poderoso que esteve comeles no passado no muda (Ml 3.6; He 13.8; Tg 1.17) e certamente auxiliar os jovens cristos nomundo hodierno concedendo-lhes a mesma vitria que dera aos jovens heris do passado.

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    Referncias Bibliogrficas

    ALMEIDA, Joo Ferreira de. Trad. A Bblia Sagrada (revista e atualizada no Brasil). So Paulo:Sociedade Bblica Brasileira, 1995.

    ALMEIDA, Joo Ferreira de. Trad. A Bblia Sagrada (revista e corrigida no Brasil).2 ed. SoPaulo: Sociedade Bblica Brasileira, 2004.

    BALDWIN, Joyce G.Daniel - Introduo e Comentrio. So Paulo: Sociedade Religiosa EdiesVida Nova, 1983.

    BAXTER, J. Sidlow. Examinai as Escrituras Ezequiel a Malaquias, Vol. 4. So Paulo: VidaNova, 1995.

    BROWN, Raymond E.; FITZMYER, Joseph A.; MURPHY, Roland E. (Ed) Novo Comentrio

    Bblico So Jernimo Antigo Testamento. So Paulo: Ed. Academia Crist Ltda; Paulus, 2007.CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versfculo por versfculo: Isafas,

    Jeremias, Lamentaes, Ezequiel, Daniel, Osias, Joel, Amos, Obadias, Jonas, Miquias, Naum,

    Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, Vol. 5. 2. ed. So Paulo: Hagnos, 2001.

    JAMIESON, Roberto; FAUSSET, A. R. Comentario Exegetico y Explicativo de la Biblia Tomo I:El Antiguo Testamento. TexasEUA: Casa Bautista de Publicaciones, 2003.

    PRICE, Ross E.; GRAY, C. Paul; GRIDER, J. Kenneth; SWIM, Roy E. Comentrio BblicoBeacon, Vol. 4. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assemblias de Deus, 2005.

    TRANSLATION, Modern Language. A Bblia Sagrada.Lisboa: Sociedade Bblica de Portugal,2005.

    VIARO, Mrio Eduardo.Por trs das palavras: manual de etimologia do portugus. So Paulo:Globo, 2004.

    WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico Expositivo Antigo Testamento. Vol. IV. Santo Andr:Geogrfica editora, 2006.

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    Perguntas sem as Respostas

    1. Em que sentido o livro do profeta Daniel uma fonte de inspirao?

    2.

    O nico motivo que impediu os quatro jovens Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdnego a nocomerem das iguarias do rei da Babilnia era o medo de se contaminarem com algumadoena? Justifique.

    3. O que est encolvido na prudncia?

    4. Baseando-se no exemplo dos jovens Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdnego, quanto influncia que a cosmoviso mundana exerce sobre ns, cite pelos menos 2questionamentos que devemos fazer a ns mesmos e qual deve ser a nossa escolha?

    5. Como a histria dos quatro jovens Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdnego fortaleceu a f

    dos judeus que eram perseguidos por Antoco IV Epfanes?

    6. Por que somos cristos?

    7. O que a histria do captulo 4 de Daniel nos ensina sobre a arrogncia?

    8. Como as vises dos captulos 2, 7, 8 e 11 fortalecem a nossa f?

    9. Qual era a questo que afligia Daniel no captulo 9 e o levou a orar incensantemente?

    10.Como a persistncia na orao de Daniel nos anima hoje diante do esmorecimentoespiritual?

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    Perguntas e Respostas

    1. Em que sentido o livro do profeta Daniel uma fonte de inspirao?

    Resposta: O exemplo de Daniel e de seus trs companheiros uma fonte de inspirao paratodos aqueles que desejam viver com fidelidade a Deus em meio a um mundohostil em que os valores morais esto todos ou invertidos ou em ameaaconstante de perderem o sentido.

    2. O nico motivo que impediu os quatro jovens Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdnego a nocomerem das iguarias do rei da Babilnia era o medo de se contaminarem com algumadoena? Justifique.

    Resposta: No. Segundo o Comentrio Exegtico e Explicativo da Bblia, Vol. 1, p. 937,era costume jogar no cho uma pequena poro das iguarias, como uma

    oferecendo inicial aos deuses, bem como para consagr-los por toda afestividade (veja Deuteronmio 32:38). A participao em tal ato oscomprometeria com a idolatria.

    3. O que est encolvido na prudncia?

    Resposta: A prudncia, que tem a mesma origem da palavra providncia, envolve maisdo que saber o que fazer, tambm diz respeito a como fazer. A pessoa

    prudente aquela que pensa no futuro e sabe quais atos devem se tomar nopresente e quais afetar de modo positivo ou negativo o futuro consequenteCom a sabedoria que Deus lhes deu (Tg 1.5), os quatro jovens souberam agir

    com prudncia.

    4. Baseando-se no exemplo dos jovens Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdnego, quanto influncia que a cosmoviso mundana exerce sobre ns, cite pelos menos 2questionamentos que devemos fazer a ns mesmos e qual deve ser a nossa escolha?

    Resposta: As perguntas que devemos fazer a ns mesmo so: O que estamos fazendo quaiscristos no mundo? O que estamos acrescentando? A nossa cosmoviso crist realmente forte ao ponto de influenciarmos as pessoas no mundo? Ou estamossendo arrastados pela espiral de brilhos mundanos e sendo influenciados pelasoportunidades que se nos oferecem em contraste com os valores cristos?

    Estamos transformando ou sendo transformados?

    A nossa escolha deve ser igual a de Daniel e seus trs amigos. Eles fizeram asua escolha de, com sabedoria e gentileza, influenciar e transformar o mundoem sua volta e no ser contaminado por ele, e esta deve ser a nossa escolhatambm (Sl 119.11, 103; Pv 4.23; Rm 12.1, 2; 12.18).

    5. Como a histria dos quatro jovens Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdnego fortaleceu a fdos judeus que eram perseguidos por Antoco IV Epfanes?

    Resposta: Conforme observa Raymond Brown, alio desta histria deve ter sido clara

    aos judeus, a quem Antoco IV Epfanes tentou forar a comer carne de porco(lMacabeus 1.62,63; 2Macabeus 6.18; 17.1), o Deus, que no permitiu que osjovens do exlio babilnico fossem castigados quando se recusaram a

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    compartilhar do alimento e bebida dos pagos, tambm na perseguio atualviria em auxlio daqueles que se recusavam a violar a lei de Moiss

    6. Por que somos cristos?

    Resposta: Porque amamos a Deus, independentemente de alguma bno material queporventura recebamos dEle. Ou por alguma proteo que Ele pode nos dardiante de algum perigo. Que estes exemplos nos lembrem que o bem maior ns

    j alcanamos, que sermos salvos por Cristo Jesus, nosso Senhor e sevivermos ou morrermos, somos dEle (2Co 5.14, 15; Gl 2.20; Fp 1.21).

    7. O que a histria do captulo 4 de Daniel nos ensina sobre a arrogncia?

    Resposta: No captulo quatro encontramos a histria da insanidade do rei Nabucodonosor. Orelato mostra uma lio moral e espiritual pois no importa a grandeza do ser,

    desde os poderosos monarcas ao mais simples mortal, todos so impotentes diantede Deus. Nabucodonosor foi reduzido ao estado dos animais, completamentehumilhado pelo decreto divino que anulou tudo quanto ele era e podia fazer.

    8. Como as vises dos captulos 2, 7, 8 e 11 fortalecem a nossa f?

    Resposta: A nossa f em muito fortalecida por estas vises porque a histria secular nodeixa dvidas quanto ao cumprimento desta viso. A sua exatido histrica toimpressionante que os crticos seculares acham que estas vises foram escritasdepois do fato histrico ali relatado. E isto nos leva para o versculo 44 e 45 docaptulo 2 em que nos garante que em breve Deus estabelecer a sua Soberania na

    terra por meio do seu Ungido, o Senhor Jesus Cristo.

    9. Qual era a questo que afligia Daniel no captulo 9 e o levou a orar incensantemente?

    Resposta: A questo que afligia o profeta Daniel era: Se os 70 anos a que se referiu oprofeta Jeremias dizia respeito ao perodo da dominao da Babilnia sobretodas as naes em derredor (Jr 25.9-12) e se os babilnios j saram do podermundial, ou seja, foram suplantados pela coligao Medo-Persa, por que entoo templo de Deus ainda estava em desolao na terra de Jud e o povo santoainda sofria a humilhao do cativeiro em terra estrangeira?

    10.Como a persistncia na orao de Daniel nos anima hoje diante do esmorecimentoespiritual?

    Resposta: s vezes oramos a Deus e pensamos que Ele no nos ouve e logo esmorecemos edesistimos de perseverar. Mas Daniel persistiu, independentemente do tempo em que ele

    permaneceria prostrado diante de Deus.