O Legado Secreto de Philidor

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INTRODUÇÃO O alemão Hans (John) Moritz von Brüehl, Conde Brüehl (1736-1809), adversário de François-André Danican Philidor (1726-1795), foi diplomata em Londres e mecenas do xadrez e da música. Philidor, enxadrista e músico, pode ter tido du- plamente patrocinado pelo Conde! No "Chessgames.com" há 11 partidas entre os dois cujos resultados favorecem a Philidor: +6 -2 =3. Na partida que analizaremos Philidor jogou a cegas contra três adversários, sendo um deles o Conde Brüehl. CONDE BRÜEHL - PHILIDOR Simultânea (a cegas) contra três, Londres ENG 1783 1.º CICLO: Disputa pelo Centro 1.e4 e5 2.c4 Desenvolvimento sem ameaçar, o que não acontece com 2.f3 que desenvolve e ameaça. Se 2.c4 é um erro, o que dizer da Abertura Larsen 1.a3 que não desen- volve nem ameaça? 2...c6! D1: Posição de "meio-jogo"! O teórico é 2...f6: luta pelo centro, desenvolve e amea- ça. Prescindindo da teoria das aberturas, o lance do texto 2...c6 tem a idéia de lutar pelo centro, assim como o lance 1.a3 (Larsen) tem como uma de suas idéias jogar a Siciliana com um tempo a mais: 1.a3 e5 2.c4 etc. Como em 1783 a teoria das aberturas era muito incipien- te, e ainda considerando a mencionada Abertura Larsen, che- gamos à surpreendente conclusão de que a posição em D1 já é uma posição de meio-jogo ("meio-jogo precoce"), onde o lance 2...c6 continua a luta pelo centro iniciada com 1...e5. Se Philidor não tivesse em mente (ação imanente!) o do- mínio do centro (plano de jogo) seu lance 2...c6 certamente mereceria uma interrogação. 3.e2! A teoria manda 3.c3 ou 3.d4, que desenvolve e ameaça, luta pela iniciativa. Mas estamos num “meio-jogo precoce” e 3.e2 é uma "restrição" a 3...d5 pois seguiria 4.exd5 e 5.xe5+. Um perfeito lance posicional de meio- jogo conforme os ensinamentos de Nimzowitsch. 3...d6! Negras também tratam a posição como meio-jogo: a idéia é ...f5 com pressão central em busca de seu domínio. 4.c3 Apoiando o avanço central d4 brancas demonstram que também possuem a mesma idéia de ocupação central. Há uma disputa pelo centro como numa partida moderna, a dife- rença é a quase "ausência" da teoria das aberturas o que faz desta partida como se iniciasse já no meio-jogo. Somente na hipótese de se considerar a partida ainda na abertura (que en- volveria a teoria das aberturas) é que seria o caso de se exigir lances de desenvolvimento e ameaça para ganhar tempo e lu- tar mais incisivamente pela iniciativa. 4...f5 5.d3 f6 Os lances estão muito coerentes com a idéia de "meio-jogo precoce" ou "abertura como se meio- jogo fosse". Essa interpretação também pode ser levada aos dias de hoje e agir conforme ela, seja já no primeiro lance (p.ex. 1.c3!), no terceiro lance (p.ex. 1.e4 e5 2. f3 c6 3.b3) ou em qualquer lance. A novidade teórica tem essa ca- racterística de enviar o adversário da abertura ao meio-jogo enquanto o jogador permanece na abertura operando na teo- ria das aberturas! Um desequilíbrio real! D2: Posição de "meio-jogo"! 6.exf5? Nimzowitsch classificaria o lance como “abando- no do centro”! É deste ponto de vista, independente se na abertura ou no meio-jogo, que coloco a interrogação. Mas eu também poderia comentar assim: se a idéia era abandonar o centro, então deveria ter jogado na ocasião 5.d4. Fazendo 5.d3 perde um tempo, logo merece a interro- gação também por esta via! Só que este julgamento não é Ciclo de Palestras do Clube de Xadrez de Curitiba - 3 de Agosto de 2011 XADREZ OPERACIONAL O LEGADO SECRETO DE PHILIDOR Henrique Marinho [email protected]

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Philidor

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  • INTRODUO

    O alemo Hans (John) Moritz von Brehl, Conde Brehl(1736-1809), adversrio de Franois-Andr Danican Philidor(1726-1795), foi diplomata em Londres e mecenas do xadreze da msica. Philidor, enxadrista e msico, pode ter tido du-plamente patrocinado pelo Conde!

    No "Chessgames.com" h 11 partidas entre os dois cujosresultados favorecem a Philidor: +6 -2 =3. Na partida queanalizaremos Philidor jogou a cegas contra trs adversrios,sendo um deles o Conde Brehl.

    CONDE BREHL - PHILIDORSimultnea (a cegas) contra trs, Londres ENG 1783

    1. CICLO: Disputa pelo Centro

    1.e4 e5 2.c4 Desenvolvimento sem ameaar, o que noacontece com 2.f3 que desenvolve e ameaa. Se 2.c4 um erro, o que dizer da Abertura Larsen 1.a3 que no desen-volve nem ameaa?

    2...c6!

    D1: Posio de "meio-jogo"!

    O terico 2...f6: luta pelo centro, desenvolve e amea-a. Prescindindo da teoria das aberturas, o lance do texto2...c6 tem a idia de lutar pelo centro, assim como o lance1.a3 (Larsen) tem como uma de suas idias jogar a Sicilianacom um tempo a mais: 1.a3 e5 2.c4 etc.

    Como em 1783 a teoria das aberturas era muito incipien-te, e ainda considerando a mencionada Abertura Larsen, che-gamos surpreendente concluso de que a posio em D1 j uma posio de meio-jogo ("meio-jogo precoce"), onde olance 2...c6 continua a luta pelo centro iniciada com 1...e5.

    Se Philidor no tivesse em mente (ao imanente!) o do-mnio do centro (plano de jogo) seu lance 2...c6 certamentemereceria uma interrogao.

    3.e2! A teoria manda 3.c3 ou 3.d4, que desenvolvee ameaa, luta pela iniciativa. Mas estamos num meio-jogoprecoce e 3.e2 uma "restrio" a 3...d5 pois seguiria4.exd5 e 5.xe5+. Um perfeito lance posicional de meio-jogo conforme os ensinamentos de Nimzowitsch.

    3...d6! Negras tambm tratam a posio como meio-jogo:a idia ...f5 com presso central em busca de seu domnio.

    4.c3 Apoiando o avano central d4 brancas demonstramque tambm possuem a mesma idia de ocupao central. Huma disputa pelo centro como numa partida moderna, a dife-rena a quase "ausncia" da teoria das aberturas o que fazdesta partida como se iniciasse j no meio-jogo. Somente nahiptese de se considerar a partida ainda na abertura (que en-volveria a teoria das aberturas) que seria o caso de se exigirlances de desenvolvimento e ameaa para ganhar tempo e lu-tar mais incisivamente pela iniciativa.

    4...f5 5.d3 f6 Os lances esto muito coerentes com aidia de "meio-jogo precoce" ou "abertura como se meio-jogo fosse". Essa interpretao tambm pode ser levada aosdias de hoje e agir conforme ela, seja j no primeiro lance(p.ex. 1.c3!), no terceiro lance (p.ex. 1.e4 e5 2.f3 c63.b3) ou em qualquer lance. A novidade terica tem essa ca-racterstica de enviar o adversrio da abertura ao meio-jogoenquanto o jogador permanece na abertura operando na teo-ria das aberturas! Um desequilbrio real!

    D2: Posio de "meio-jogo"!

    6.exf5? Nimzowitsch classificaria o lance como abando-no do centro! deste ponto de vista, independente se naabertura ou no meio-jogo, que coloco a interrogao.

    Mas eu tambm poderia comentar assim: se a idia eraabandonar o centro, ento deveria ter jogado na ocasio5.d4. Fazendo 5.d3 perde um tempo, logo merece a interro-gao tambm por esta via! S que este julgamento no

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  • justo pois a partida j est no meio-jogo desde o segundo lan-ce 2.c4 ("meio-jogo precoce") e nesta fase perfeitamenteadmissvel d4 em dois tempos, d3-d4.

    Com 6.exf5? voltamos questo do abandono do centro,um debate vlido em qualquer poca do desenvolvimento doxadrez. Interroguei 6.exf5 porque nesta partida estamos nomeio-jogo ("meio-jogo precoce"), diferente do que aconte-ce, p.ex., no Gambito de Dama Aceito 1.d4 d5 2.c4 dxc4cuja troca "no" caracteriza "abandono do centro" por estar-mos num ambiente de teoria das aberturas.

    Penso que a interpretao desta partida do sculo XVIIImerece toda essa parafernlia lgica por poder ser transpor-tada para a atualidade como mtodo, mantida as proporesda erudio da atualidade na teoria das aberturas.

    6...xf5 7.d4 e4!

    2. CICLO: Ataque lateral negro (na ala de rei)

    "Ataque lateral" o ataque na ala em que no se encontrao rei adversrio, podendo ser tanto na ala de rei como na dedama. Se o rei estiver numa dessas alas ser "Ataque ao rei".O lance 7...e4! a deciso ttica que faz a reciclagem.

    8.g5 d5

    D3: Reciclagem estratgica da partida

    As consequncias operacionais de 7...e4 e 8...d5 esto vi-sveis em D3: reciclou a partida para um ataque lateral na alade rei e desde j iniciou o desenvolvimento deste plano dejogo ao ganhar espao operacional com o posto avanado e4que, ao ser apoiado por d5, corta a LEC do bispo branco eainda cria a diagonal b8-h2 como LEC para o f8.

    9.b3 d6 Com a ocupao da LEC tem incio a COFcontra a ala de rei desenvolvendo, na forma de ataque filos-fico, o referido plano de jogo denominado ataque lateral. Seo rei branco estivesse rocado nessa ala, como disse, o planode jogo seria denominado ataque ao rei.

    10.d2 bd7 Estes dois lances so formalmente consi-derados lances de desenvolvimento pois as duas peas saramde suas casas originais pela primeira vez! Entretanto, pela in-cipiente teoria das aberturas poca da partida, que me le-vou a considerar que desde 2.c4 a partida j estava nomeio-jogo ("meio-jogo precoce"), vejo estes dois lancescomo de ocupao de suas respectivas LIC (operacionalizao

    do plano de jogo branco e negro) no caso se aproximar, nofuturo da partida, da ocupao das respectivas LEC e da COF para chegar deciso ttica (conquista efetiva do objeti-vo estratgico) desses planos de jogo. Embora ainda no es-teja claro o plano de jogo branco, exceto uma futura defesafilosfica ante o ataque negro, estes desdobramentos podemser considerados como parte da operacionalizao ao nvel demanejo do plano de jogo, as "operaes" da doutrina trinit-ria "estratgia, operaes & ttica"! Em tempo: a citao dasreciclagens refere-se operacionalizao ao nvel de condu-o da partida! Uma distino importante!

    11.h3!

    D4

    O lance, apesar de favorecer uma futura ruptura negra emg4 com criao de novas LEC contra a ala de rei branca, ain-da assim tem uma significativa implicao estratgica.

    11...h6 12.e3 e7 Negras continuam desenvolvendoseu plano de jogo de ataque ala de rei mas esto de olho napossibilidade de O-O-O branco quando ento poderia se de-cidir por reciclar a partida para ataque ao rei (na ala de dama)ou continuar com seu atual plano de ataque lateral na ala derei inclusive tambm fazendo O-O-O.

    13.f4!

    3.CICLO: Ataque lateral branco (na ala de rei)

    D5: Brancas reciclam a partida

    Depois de 13.f4! o posto avanado negro torna-se um pe-o passado e apoiado que, por si s, um objetivo estratgi-co relevante num final. Mas neste momento a partida est no

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  • meio-jogo e nessa fase 13.f4 , a priori, uma defesa filosficacontra o ataque lateral negro ala de rei ao cortar a LEC dod6. Entretanto, num segundo momento, recicla a partida ecria a possibilidade de uma avalanche de pees (objetivo es-tratgico) a ser iniciada com g4 como fundamento do ataquelateral branco contra a ala de rei negra. Diante disso vemosque o lance 13.f4 envolve a criao de dois objetivos estrat-gicos: e4 passado e apoiado e o ataque lateral branco basea-do numa avalanche de pees contra a ala de rei negra.

    Como vemos 13.f4 um lance complexo! A lio maior atirar desta situao incrvel, numa partida do sculo XVIII,refere-se teoria da reciclagem estratgica da partida, im-portante tpico da doutrina trinitria "estratgia, operaes& ttica" que proponho em Xadrez Operacional.

    Uma anlise estruturalista da reciclagem estratgica dapartida revela a seguinte disposio:

    1- Reciclagem na Ofensiva1.1- Em Srie1.2- Em Paralelo

    2- Reciclagem na Defensiva3- Dupla Reciclagem

    Na partida ocorreu uma dupla reciclagem pois ao conce-der, por convenincia estratgica, o peo passado e apoiadocomo o novo objetivo estratgico s negras (reciclagem de-fensiva) tambm concedeu a si mesmo o novo objetivo estra-tgico ataque lateral ala de rei negra (reciclagem na ofensi-va). O somatrio dessas duas tipificaes perfazem a "duplareciclagem" estratgica da partida.

    Apenas para esclarecer, aproveitando o exemplo, brancastrocaram sua defesa filosfica pelo objetivo estratgico peoisolado e apoiado (reciclagem defensiva) considerando quelhe seria melhor enfrentar um peo passado e apoiado no fi-nal (ainda distante!) que um ataque ala de rei nestemomento. A se ficar somente neste pensamento e teramosum exemplo de reciclagem defensiva como uma categoria dedefesa filosfica ao nvel de conduo da partida.

    13...h5! Este lance, restrio ao avano g4, uma ante-cipao formal ao pensamento de Nimzowitsch sobre profila-xia e jogo de posio! A diferena que para Philidor trata-seapenas de um lance no aqui e agora da posio e exclusiva-mente desta partida; para Nimzowitsch uma estrutura, umlance sistmico parte de uma doutrina de aplicao geral aqualquer posio de qualquer partida.

    14.c4 a6! Novamente Franois-Andr volta a praticar aprofilaxia de Nimzowitsch no contexto do jogo posicional.Aps as trocas de pees centrais o lance 14...a6 impede ocontrajogo b5 ao cortar sua LEC nesse ponto. importan-te repisar dois fatos: (a) Philidor pratica determinado jogoposicional a ser revelado, conceituado e resumido por Nim-zowitsch, 142 anos depois, sob o termo profilxis; (b) Phi-lidor efetuava lances, Nimzowitsch empregava estruturas, oprimeiro jogava esta partida e o segundo criou um sistemapara todas as partidas. Uma diferena brutal.

    15.cxd5 cxd5

    (diagrama)

    E a b2 est restringida, no consegue atingir b5.

    D6: Diagonal f1-a6, LEC da e2, est cortada em b5

    16.f2

    4. CICLO: Ataque lateral negro (na ala de dama)

    16.O-O! Lance revelador da conduta maquiavlica domestre francs: ciente de ter inibido o avano branco na alade rei (restrio da maioria de pees!), coloca seu rei em se-gurana justamente nessa ala. Philidor se dispe a um ataquelateral (na ala de dama) como uma reciclagem em paralelo,provavelmente com o objetivo de trocar peas para voltar aofinal superior (superobjetivo) identificado por seu peo pas-sado e apoiado. Se esse ataque lateral eventualmente levar aganhos na prpria ala de dama ser um ganho de objetivo al-ternativo no contexto de uma reciclagem em paralelo.

    Por outro lado, se Philidor ataca a ala de dama para amea-ar algum ganho mas tendo com o objetivo principal simpli-ficar para voltar primeira reciclagem que lhe concedeu ofinal com peo passado e apoiado agora tomado como supe-robjetivo, teremos uma notvel antecipao de Capablanca lno distante sculo XVIII. Fantstico!

    17.e2 b5 18.O-O b6 19.g3 g6 20.ac1 c4 21.xf5 gxf5 22.g3+

    D7: Aproximando-se do final

    22...g7! 23.xg7+ xg7 Com a troca de damas apartida aproxima-se bastante do final, mas Philidor continuaoperando na ala de dama com um olho nesse final se nada re-sultar nessa ala.

    24.xc4 bxc4 25.g3 ab8 26.b3 a3 27.c2 cxb328.axb3 fc8 Diante da COF negra na ala de dama o Conde

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  • Brehl tenta aliviar a situao nessa ala trocando peas mascom isto apenas mais se aproxima do final favorvel s ne-gras, o que equivale a uma espcie de deciso ttica do ata-que lateral.

    5 CICLO: Superobjetivo (volta ao peo passado e apoiado)

    29.xc8 xc8 30.a1 b4? Philidor erra, deveria terjogado 30...c1+ 31.xc1 xc1 32.f1 b2 33.f2 g834.e3 e7 35.d1 a136.g2 f7 37.e3 xd438.xd5 xf2 39.xe7 xg3 40.xf5 xf4 41.f2 f642.d4 c7 43.e1 b6 (Houdini -2.47).

    31.xa6 c3 32.f2 d3 33.a2 xd2 34. xd2xb3 35.c2

    D8: Liquidao da ala de dama

    35...h4 Interessante sacrifcio temporrio de peo com aidia de aps o desaparecer o f4 ficar com dois pees passa-dos e unidos, uma expectativa de supervantagem! Houdiniconsidera somente 35...e8 e se 36.c5 d6 37.xd5 c438.xf5 h4! 39.g5+ f6 40.c1 c3 41.gxh4 c2+42.g3 xc1 43.h5 c3+ 44.g2 e3+ 45.h2 f5(Houdini -3.37) e negras esto ganhando.

    36.c7+ g6 37.gxh4 h5 38.d7 xf4 39.xf4f3+ 40.g2 xf4

    D9: Dois pees passados e unidos

    41.xd5 f3 42.d8 d3 43.d5 f4 44.d6 d2+ 45.f1 f7 46.h5 e3 47.h6?? O nico lance para empatar 47.d7+! que poderia seguir: 47...f6 48.d8 f2+ 49.e1 e6 50.h6 h2 51.h7 f3 52.e8+ xd6 53.xe3xh3 54. h8= xh8 55.xf3 (Houdini =0.00) empate.

    47...f3! 0-1A partida um ensaio de como ser o xadrez posicional no

    sculo XX, sobretudo depois de Capablanca e Nimzowitsch.

    ABREVIATURAS

    LEC - Linha Exterior de ComunicaesLIC - Linha Interior de ComunicaesCOF- Concentrao Ofensiva de Foras

    APNDICE:

    Philidor, o msico!Compositor de peras

    Pioneiro na pera-cmica

    NAXOSCD DUPLO (DISCO 1)

    FRANOIS-ANDR DANICAN PHILIDOROverture: Le marechal ferrant

    Carmen saeculare

    1. Le marechal ferrant: Overture, "Symphony No. 27 in Gmajor": I. Allegro

    2. Le marechal ferrant: Overture, "Symphony No. 27 in Gmajor": II. Andante con spirito 3. Le marechal ferrant: Overture, "Symphony No. 27 in Gmajor": III. Presto 4. Carmen saeculare: Ouverture 5. Carmen saeculare: Prologue: Odi profanum vulgus(tenor) 6. Carmen saeculare: Part I: Spiritum Phoebus mihi (tenor) 7. Carmen saeculare: Part I: Deliae tutela Deae fugaces (te-nor, chorus) 8. Carmen saeculare: Part I: Nupta iam dices (tenor,chorus) 9. Carmen saeculare: Part II: Dive, quem proles Niobeamagnae (chorus) 10. Carmen saeculare: Part II: Ceteris maior, tibi miles im-par (bass) 11. Carmen saeculare: Part II: Ille, mordaci velu icta ferro(bass, chorus) 12. Carmen saeculare: Part II: Ni tuis flexus Venerisquegratae (soprano) 13. Carmen saeculare: Part II: Doctor argutae fidicen Tha-liae (chorus) 14. Carmen saeculare: Part III: Dianam tenerae dicite vir-gines (soprano, mezzo-soprano) 15. Carmen saeculare: Part III: Vos laetam fluviis et nemo-rum coma (tenor, chorus) 16. Carmen saeculare: Part III: Hic bellum lacrimosum (so-loists, chorus)

    Review:www.answers.com/topic/philidor-carmen-saeculare

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