O Lado Avesso Nornes, o Mago

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O Lado Avesso Nornes, o Mago

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O Lado Avesso inicia com um fantástico e fascinante fato inesperado: O coma de Tibério. Não sabendo quem é, onde está e qual o seu destino, acorda em um mundo novo, chamado Fargo, para cumprir uma antiga profecia. A única coisa que sabe é queo é seu novo nome. Lá, ele conhece a história do Rei Abdir e sua esposa Cassandra, além da situação da filha de Abdir a princesa Ariel e do maldito plano do tirano Basef. Além de vivênciar momentos divertidos em meio a personagens chistosos.

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O Lado AvessoNornes, o Mago

São Paulo 2012

O Lado AvessoNornes, o Mago

Marcos Henrique Matos

Copyright © 2012 by Editora Baraúna SE Ltda

CapaRenato Chagas

Revisão Daniel de Souza

DiagramaçãoMonica Rodrigues

Priscila Loiola CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

_________________________________________________________________M382L Matos, Marcos Henrique O lado avesso : nornes, o mago / Marcos Henrique Matos. - São Paulo : Baraúna, 2011. Inclui índice ISBN 978-85-7923-432-3 1. Literatura brasileira. I. Título.

11-8202. CDD: 869.93 CDU: 821.134.3(81)-3

05.12.11 09.12.11 031892

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Impresso no BrasilPrinted in Brazil

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Se você for uma pessoa boa, vai para um lugar bom;

Se for uma pessoa má, vai para um lu-gar de tormento;

E se estiver em coma, para onde vai?

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Prefácio

Esta história começou, quando a princípio quis con-correr a um concurso nacional de criação de games. O Lado Avesso, seria, ou pelo menos eu batalharia para que fosse, um jogo, se pudesse concorrer e ganhar o concurso, mas infelizmente não consegui a tempo mandá-lo para poder concorrer, isso foi mais ou menos no ano de 2005.

Não consegui mandar a história, mas enquanto es-crevia outro livro, o Lado Avesso crescia cada vez mais em meu imaginário e às vezes me pegava pensando em situ-ações que serviriam para esse livro. Foi aí, que em 2009 aproveitando, minhas férias, decidi começar a escrevê-lo. Posso dizer que passei toda ou quase todas as férias na frente de um computador escrevendo exaustivamente. Tinha que aproveitar esse tempo livre e em menos de um mês consegui acabar a história. Foi o livro mais difícil que já escrevi, pois havia elementos que nunca tinha usado em meus livros. Tive que pesquisar nomes, criar persona-gens que não fossem do nosso cotidiano e para dar veraci-dade à história criar, uma língua nova, porém não a criei e fiquei apenas com os seres fantásticos.

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A maioria dos escritores que escrevem esse tipo de fábula, criam logo uma língua para que fique mais real a história. Pensei em fazer diferente, não gostaria de ser um replicador de J.R.R.Tolkien, que para mim foi o maior nesse campo de literatura. Seu livro, O Senhor dos Anéis, é fascinante, uma obra prima. Também pudera, ele levou dez anos para concluir o livro, tinha que ser imbatível mesmo. Então, dentro de minhas possibilidades, pensei: Como fazer para que minha obra seja real? Que elemen-tos deveria usar para que as pessoas que a lessem sentis-sem os personagens vivos realmente?

Li alguns livros de fantasia; achei alguns muito bons, mas o que tirava o meu sono era que na maioria eles sempre criavam uma língua, usavam os elementos que já conhecemos e amamos como elfos, anões, dragões, guerreiros humanos, magos, enfim tudo o que aprende-mos a amar ao ler um livro de Tolkien. Então o que fazer para tentar renovar essas fábulas? Pensei e pensei, até que me veio a ideia de unir a esses personagens, que nos fas-cinam tanto, personagens do Folclore Brasileiro, decidi juntar Curupiras, Caiporas, Flores-do-mato e muitos ou-tros que irão conhecer nesse livro.

Muitos autores, que escrevem livros sobre fantasia, criam uma linguagem própria, alfabetos, tudo o que é necessário para se criar um idioma novo. Decidi não fazer isso, até por que como só tinha um mês para escrever esse livro e não poderia me dar ao luxo, não teria tempo mes-mo de criar uma nova língua, então mais uma vez utilizei nossa rica língua indígena, que aos poucos está sumindo, e seu povo, que deveria ser nosso povo, também luta para

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que não desapareça de vez sua língua e seus costumes. Para dar veracidade à história, decidi usar alguns idiomas indígenas, como o cariri, o cunibo, o vocabulário dos caiapós meridionais ou caiapós do sul e o já tão conheci-do tupi-guarani, entre outros.

Já que não havia criando uma língua nova, até por-que acho que já temos tantas línguas desconhecidas em nosso Brasil que deveriam ser valorizadas, tive a audácia de criar pelo menos uma nova raça, os hainurus, que vo-cês irão conhecer ao lerem essa história.

Apesar de ser uma fantasia, mesmo assim não pode-ria deixar passar em branco o que estamos vivenciando em nosso tempo, ao longo da história vocês verão que temas atuas são implicitamente colocados de forma sutil como a segregação racial, guerras, esperança, coisas que vivenciei e experiências que gostaria de não ter vivido.

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Prólogo

O que é O Lado Avesso?

Começo esse prólogo com uma pergunta para ins-tigá-los a quererem entrar nesse novo universo que criei, onde caiporas, curupiras, sacis, alamoas e muitos outros seres de nosso rico folclore se encontraram, acho que pela primeira vez, na Litararua Brasileira, se não, pelo menos junto de elfos, dragões, unicórnio e todos os personagens que estamos acostumados a ler.

No Lado Avesso — Nornes, o Mago é contada a história de Tibério, que ao ser atropelado no dia em que decide pedir sua namora em casamento, vindo a ficar em coma, acorda em outro mundo no meio de uma guer-ra que já dura vários anos. Ao acordar nessa nova terra chamada Fargo, Tibério não se lembra de nada do seu mundo e passam a chamá-lo de Theo depois que um es-pírito da floresta o acorda chamando-lhe por esse nome. Seu nome é Háfia e ela agirá como que uma protetora de Theo para guiá-lo para o caminho da luz, mas o que Theo não sabe é que Háfia na verdade é uma materia-

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lização de sua noiva Alice e que em Fargo se apresenta como Háfia,entretanto, nem ela mesma sabe disso. Mas o que Háfia sabe é que quer que Theo descubra tudo a seu respeito, pois ele acorda sem saber nada sobre si. E mais perdido do que nunca, descobre que é uma peça princi-pal para destronar Basef, um rei tirano que rouba o trono do verdadeiro rei de Fargo — o rei Abdir covardemente assassinado juntamente com sua esposa, pelo tirano Ba-sef. A única que pode reivindicar o trono de Fargo é a princesa Ariel, mas não se sabe ao certo se ela está viva.

Ao acordar em Fargo, Theo dá nova esperança aos seres oprimidos por Basef, pois Theo é citado numa antiga profecia, onde só ele pode destruir Basef e pôr fim a guer-ra, mas para isso ele terá que pagar um alto preço por que-rer saber sua origem. Estará ele preparado para a verdade?

A estória é centrada na busca de um homem por sua estória e pela esperança de um povo que sonha com a liberdade, que sonha em pode viver em paz.

Ao longo de sua jornada, Theo conhecerá vários se-res que lhe ajudarão nessa difícil missão, criará vínculos de amizade demonstrando que diferentes povos podem viver em perfeita harmonia.

Um pouco sobre os seres de Fargo

Ao criar O Lado Avesso — Nornes, o Mago não queria cair na mesmice de só utilizar elementos já criando pelo grande J.R.R.Tolkien e muitos outros que se utili-zam da mesma fórmula. Não quero parecer pretensioso, por isso mesmo não tentei criar uma língua nova para

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esse livro; conheço minhas limitações, então decidi usar o que já existe, mas infelizmente está sumindo dia após dia, o dialeto indígena brasileiro, e talvez dessa forma consi-gamos valorizar nossos irmãos índios.

Quem utiliza a língua-mãe de Fargo são os curupiras e com um curupira chamado Apuã, que na língua tupi significa cabo, ponta de terra, utilizei a língua indígena tanto para dar nomes a personagens como para pequenas falas entre Apuã e Theo. É dessa forma que eles passam a se conhecer melhor e a criar um vínculo de amizade.

A respeito dos curupiras

O curupira é uma figura do Folclore Brasileiro. Ele é uma entidade das matas, um anão de cabelos compri-dos e vermelhos, cuja característica principal são os pés virados para trás.

O curupira solta assovios agudos para assustar e con-fundir caçadores no meio da mata. Seus pés virados para trás servem para despistar os caçadores, que ao irem atrás das pegadas, vão na direção errada.

Sendo um mito difundido no Brasil inteiro, suas características variam bastante. Em algumas versões das histórias, o Curupira possui pelos e dentes verdes. Em outras versões, tem enormes orelhas ou é totalmente cal-vo. Pode ou não portar um machado.

Na minha versão há duas raças de curupiras: uma de cabelos vermelhos, que são malignos a serviço de Basef, e os de cabelos negros, no caso os da raça de Apuã, amigo de Theo que são contra a tirania do rei Basef. Eles têm em