O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço

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Departamento de Ciência Departamento de Ciência da Informação e da Informação e Documentação Documentação Universidade de Brasília Universidade de Brasília O labirinto da O labirinto da hipermídia: hipermídia: arquitetura e arquitetura e navegação no navegação no ciberespaço ciberespaço Lúcia Leão Lúcia Leão Dissertação Dissertação Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica Semiótica Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 1997 1997

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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço. Lúcia Leão Dissertação Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 1997. Equipe Ana Valéria Machado Mendonça [email protected] - PowerPoint PPT Presentation

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ciberespaçociberespaço

Lúcia LeãoLúcia Leão

Dissertação Dissertação Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e SemióticaPrograma de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica

Pontifícia Universidade Católica de São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo19971997

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EquipeEquipe

Ana Valéria Machado Mendonça [email protected]

Capítulo 1 - Características da hipermídia

Lillian [email protected]

Capítulo 2 - A complexidade da hipermídia

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Contextualização da DissertaçãoContextualização da Dissertação

Área de Concentração: Signo e Significação nas MídiasÁrea de Concentração: Signo e Significação nas MídiasLinhas de Pesquisa:Fundamentos Conceituais da Semiótica e da Comunicação e Linguagens e Processos

Psicossociais nas Mídias

Área de Concentração: Intersemiose na Literatura e nas ArtesÁrea de Concentração: Intersemiose na Literatura e nas ArtesLinhas de Pesquisa:Literatura: Intertextualidade e Hipertextualidade e Linguagens da arte e artemídia

Área de Concentração: Tecnologias da InformaçãoÁrea de Concentração: Tecnologias da InformaçãoLinhas de Pesquisa:Cognição e Informação e Tecnoculturas

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OrigemOrigem

Um trabalho poético em hipermídia. Durante a pesquisa surgiu a idéia Um trabalho poético em hipermídia. Durante a pesquisa surgiu a idéia de explorar a metáfora do labirinto. de explorar a metáfora do labirinto.

Ela pensou em como o “Ela pensou em como o “mito e a matemática do labirinto poderiam mito e a matemática do labirinto poderiam auxiliar na empreitada de compreender a realidade multidimensional auxiliar na empreitada de compreender a realidade multidimensional que os sistemas de hipermídia nos oferecemque os sistemas de hipermídia nos oferecem”.”.

O percurso intelectual ocorre em duas direções paradoxais O percurso intelectual ocorre em duas direções paradoxais ee aparentemente contraditórias: aparentemente contraditórias: uma uma em direção aos processos em direção aos processos tecnológicos do futuro tecnológicos do futuro e outra e outra em direção às formas mitológicas do em direção às formas mitológicas do passado.passado.

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Lucia Leão é artista multidisciplinar e pesquisadora em novas tecnologias. Nascida em São Paulo em 1963, vem de uma sólida formação e carreira em Artes Plásticas, tendo realizado várias exposições individuais e coletivas.

Após a conclusão de seu Bacharelado em Artes Plásticas na Faculdade Santa Marcelina, iniciou uma série de cursos na Pós Graduação da Escola de Comunicações e Arte da Universidade de São Paulo, ECA/USP. Realizou seu Mestrado e Doutorado em Comunicação e Semiótica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil – PUC/SP.

Sua dissertação Labirinto 1. A arquitetura da hipermídia foi um trabalho interdisciplinar sobre a tecnologia hipermidiática e estruturas labirínticas. Sua tese, Labirinto 2. Hipermídia e Arte, é um mergulho teórico e prático em tópicos labirínticos dos antigos mitos, arquitetura, física, matemática e trabalhos artísticos na WWW e CD-ROM.

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Capítulo 1

Características da hipermídia

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Hipertexto

O hipertexto diferencia-se do texto tradicional basicamente pelo uso de duas estruturas: A não-linearidade;A associação entre conteúdos relacionados.

Em 1945, Bush já se preocupava com o hipertexto, que teve em Landow [1995], professor de inglês e história da arte na Brown University, em Providence, nos

Estados Unidos, 50 anos depois, a reafirmação do conceito do termo, agora já inserido na realidade tecnológica da

Internet.

“o texto apresenta-se fragmentado, atomizado em seus elementos constitutivos (em lexias ou blocos de texto), e essas unidades legíveis passam a ter vida própria ao se

tornarem menos dependentes do que vem antes ou depois na sucessão linear”. (Landow, 1992: 52). p. 29.

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Lexias e Links

Hipertexto – é composto por blocos de informações e por vínculos eletrônicos (Links). Os blocos são denominados lexias.

Barthes foi quem primeiro designouo termo, usado depois por Landow.

Lexia – é o ponto onde se está antes de seguir um link. Pode ser formada por textos, imagens, vídeos, ícones, botões, sons, narrações, etc.

Variações da lexia:

Quanto aos limites que a lexia pode adquirir;

Presença ou não de diferentes graus de hierarquia na organização e concepção das lexias;

Os tipos de relacionamentos que podem ocorrer entre diferentes lexias.

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Lexias e Links

São os links ou nós que possibilitam o relacionamento entre as lexias.

Obs.:

O excesso ou o extrapolar de páginas na Web faz com que haja uma série de links para outros links. Além da sensação de vazio, essa construção acaba por levar ao que se denomina “desmaterialização da lexia”.

A presença da lexia impõe um tipo de construção textual sintética, na qual se pode começar a ler o texto de qualquer ponto do sistema.

Esse fato acarreta uma das características mais marcantes do hipertexto, a de ser um texto fragmentado e atomizado.

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“Na leitura através do monitor do computador, perdemos a percepção física e espacial e não temos como conceber a imagem do texto como um todo”. (Leão p. 29)

Sobre isso, Steven Johnson atribui a facilidade dessetipo de leitura graças a Interface, que se refere aos softwares que dão forma à interação entre usuário e computador.

“A interface atua como uma espécie de um tradutor, mediando entre as duas partes, tornando acessível para a outra”. (Johnson p. 17)

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Tipos de Links

Direcionais – levam o leitor a um ponto pré-determinado pelo autor.

Disjuntivos – ao clicar sobre o termo, o usuário é levado para outro ponto do sistema.

Conjuntivos – traduzem o sentido de simultaneidade e possibilitam o leitor a continuar na página e, ao mesmo tempo, acessar uam informação adicional.

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Johnson também estuda as opções do “surfe” (lexias) da seguinte forma:

One-to-one (um-um) – cartas, telégrafo e telefone

One-to-many (um-muitos) – jornal, rádio, cinema e tv

Many-to-many (muitos-muitos) – Internet

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ConectividadeVelocidade e capacidade de conexão.

InteratividadeOcorre num sistema onde há participação ativa do usuário para direcionar o fluxo do conteúdo.

Hipermídia

A hipermídia é uma estrutura tecnológica e também uma linguagem, na qual se mesclam interfaces e interações.

“O interesse pelos aspectos qualitativos, pelos nós e corredores que se abrem e desembocam, passa a ter um valor prioritário na investigação. Afinal, eles é que irão definir o potencial interativo e o nível de complexidade dos sistemas”. (Leão p. 34)

“No caso específico da hipermídia, podemos pontuar que a obra em si só se torna obra no momento em que ela é fruída pelo leitor. Enfim, a leitura é elemento constitutivo na realização do trabalho”. (Leão p. 34)

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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoOs Conceitos de Interatividade

A palavra "interação" é formada por derivação prefixal através da adição do prefixo latino "inter" à palavra "ação". Já “interagir" e “interatividade" são palavras formadas através da composição do prefixo "inter" às palavras "agir" e "atividade", respectivamente.

John December, escritor e professor especializado na área de publicações online, nas apresentações contidas em seu sítio define o termo "Interativo" como:

In – ter – ac - tive \-'rak-tiv\ adj 1: mutually or reciprocally active; 2: of, relating to, or being a two-way electronic communication system (as a telephone, cable television or a computer) that involves a user’s orders (as for information or merchandise) or responses (as to a poll).

Note-se que a presença marcante do prefixo "inter" nas palavras em questão traz consigo o "por em comum", o diálogo que é posto em jogo pelas palavras "ação" e "atividade". Temos então uma "ação entre entes"; uma relação entre agentes; uma ação mútua.

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O caráter interativo é elemento constitutivo do processo hipertextual.O leitor é um construtor de labirintos.

Enfim, o caráter interativo é elemento constitutivo do processo hipertextual. À medida que a hipermídia se corporifica na interface entre os nós da rede e as escolhas do leitor, este se transforma em uma outra personagem. Dentro dessa perspectiva, minha tese é: o leitor é agora um construtor de labirintos. (Leão p. 41)

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As formas de se associar os conteúdos são categorizadas por George Landow, como funções. Assim, de acordo com sua proposta, podemos categorizar 5 funções hipertextuais:

Intratextualidade: a possibilidade de um texto se complementar com outro, dentro do mesmo sítio, criando uma continuidade informativa a partir de textos diferentes, porém comuns segundo uma temática ou assunto.

Intertextualidade: a possibilidade de um texto se complementar com outro, só que desta vez em outro sítio, criando também uma continuidade informativa a partir de textos diferentes, porém comuns segundo uma temática ou assunto.

Multivocalidade: a possibilidade de um texto não ser elaborado por uma pessoa apenas, mas da complementaridade do trabalho de várias pessoas em função de um, ou vários, assuntos correlatos. Esta possibilidade irá permitir que o leitor tenha acesso aos vários lados e versões de um fato, enriquecendo seu acesso à leitura e fornecendo-lhe condições de, partindo desta multiplicidade, fazer sua própria interpretação.

Descentralidade: a possibilidade de "recentralização" do foco de interesse do leitor, a medida que ele navega de um texto para outro, mudando o núcleo de ênfase da sua intenção em relação à informação que precisa ou deseja.

Navegabilidade: as várias possibilidades de utilização de recursos que facilitem a navegação e localização dos usuários dentro do sítio, como a permanência dos links para as páginas principais em todas as páginas, mapas do sítio, e outros recursos.

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A autoria e o leitor-ativo

Na hipermídia que se observa na Internet têm-se o exemplo de autoria com respeito a sítios específicos.

Na interface entre o leitor autor é que o trabalho amadurece.

O leitor é um operador de multiplicidades e deve proceder de uma forma descontínua e multilinear.

Este leitor ativo que a hipermídia requisita é também um arquiteto de um labirinto.

O que é o Wiki?

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Os labirintos

Segundo Leão [p. 46-47] existem três tipos de labirintos:

O primeiro seria a arquitetura propriamente dita;

O segundo é esse espaço que se desdobra. Considera-se uma atualização

do primeiro.

O terceiro é aquele que surge após a experiência hipermidiática.

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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoOs potenciais hipermidiáticos e a Comunicação Extensiva

Muitos dos trabalhos apresentados na rede não foram criados especificamente para ela e, portanto, não utilizam os potenciais hipermidiáticos.

A rede tem suas carcterísticas próprias e isto em si pode ser visto como um território novo, aberto à exploração.

Quanto a isso, Miranda e Simeão [p. 20-21] iluminam o contexto ao explicarem a definção da Comunicação Extensiva de forma esclarecedora como:

Sistema aberto, cooperativo e de compartilhamento de dados.

Processo com fluxo horizontal que tem como objetivo a solução de um problema que atinge emissores e receptores de conteúdos.

É a comunicação sem regras pré-definidas, sem um padrão fixo, sem fronteiras técnicas ou controle que a limite. Há somente uma finalidade a ser cumprida, um designo a ser alcançado e instituído.

É a interação de emissores e receptores com uma lógica hipertextual, pontual e objetiva em suas metas, mas efêmera, sem estoques e em constante mutação.

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Interatividade, hipertextualidade e hipermidiação

Para Simeão [2003], a Interatividade é conquistada através de linguagens mais abertas e flexíveis, com a disponibilidade de um conjunto de ferramentas, produtos e serviços que significarão um maior espaço de armazenagem em servidores e bases e uma maior habilidade de editores e autores.

A Hipertextualidade, por sua vez, proporciona a flexibilidade para a navegação de um ponto a outro de uma estrutura na rede.

Finalmente, a Hipermidiação caracteriza-se basicamente pelo emprego de recursos de áudio e imagens em movimento (cinéticas) dentro das estruturas dos periódicos.

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Capítulo 2

A complexidade da hipermídia

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FundamentosFundamentos

Não-LinearidadeNão-Linearidade

Centrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo

Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos Sistemas

ComplexidadeComplexidade

MultivocalidadeMultivocalidade

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Não-LinearidadeNão-Linearidade

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Não-linearidadeNão-linearidade

Não-linear refere-se a todas as estruturas que não apresentam um único Não-linear refere-se a todas as estruturas que não apresentam um único

sentido. Estruturas que apresentam multiplos caminhos e destinos, sentido. Estruturas que apresentam multiplos caminhos e destinos,

desencadeando em multiplos finais. desencadeando em multiplos finais.

Em Teoria Geral dos Sistemas diz-se que a não-linearidade é pressuposto Em Teoria Geral dos Sistemas diz-se que a não-linearidade é pressuposto

de Sistemas Complexos e sua intricada rede leva a caminhos distintos e de Sistemas Complexos e sua intricada rede leva a caminhos distintos e

inimagináveis até mesmo para os criadores do sistema. inimagináveis até mesmo para os criadores do sistema.

Em hipermídia, a não-linearidade é pressuposto fundamental do hipertexto. Em hipermídia, a não-linearidade é pressuposto fundamental do hipertexto.

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Não-LinearidadeNão-Linearidade

O link é o elemento realmente inovador apresentado pelo hipertexto em O link é o elemento realmente inovador apresentado pelo hipertexto em suporte digital.suporte digital.

Em primeiro lugar, mesmo sem utilizar o termo hipertexto e o suporte Em primeiro lugar, mesmo sem utilizar o termo hipertexto e o suporte digital, já haviam sido realizadas experimentações literárias, narrativas não-digital, já haviam sido realizadas experimentações literárias, narrativas não-lineares ou que utilizavam muito a intertextualidade. lineares ou que utilizavam muito a intertextualidade.

A novidade do hipertexto digital, então, não está na não-linearidade ou na A novidade do hipertexto digital, então, não está na não-linearidade ou na intertextualidade em si mesmas, mas no link, o recurso técnico que vai intertextualidade em si mesmas, mas no link, o recurso técnico que vai potencializar a utilização de tais características.potencializar a utilização de tais características.

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Não-linearidadeNão-linearidadeGeorge LandowGeorge Landow

Reconhecia no hipertexto, como marca fundamental, uma natureza Reconhecia no hipertexto, como marca fundamental, uma natureza

não-linear que se contraporia, a seu ver, ao texto impresso. não-linear que se contraporia, a seu ver, ao texto impresso.

A ação de saltar por meio dos links entre uma unidade textual e outra A ação de saltar por meio dos links entre uma unidade textual e outra

implicaria, para este autor, em um desempenho que destruiria a noção implicaria, para este autor, em um desempenho que destruiria a noção

de seqüência, tornando esta noção prescindível.de seqüência, tornando esta noção prescindível.

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Não-LinearidadeNão-LinearidadeGeorge LandowGeorge Landow

O hipertexto põe em cheque: O hipertexto põe em cheque:

sequências fixas, começo e fim definidos, uma estória de certa sequências fixas, começo e fim definidos, uma estória de certa magnitude definida e a concepção de unidade e todo associada a magnitude definida e a concepção de unidade e todo associada a todos esses conceitos. Na narrativa hipertextual, o autor oferece todos esses conceitos. Na narrativa hipertextual, o autor oferece múltiplas possibilidades por meio das quais os próprios leitores múltiplas possibilidades por meio das quais os próprios leitores constroem sucessões temporais e escolhem personagens, constroem sucessões temporais e escolhem personagens,

realizando saltos com base em informações referenciais.realizando saltos com base em informações referenciais.

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Não-LinearidadeNão-LinearidadeGeorge Landow George Landow

Defende a liberação do leitor para estabelecer anarquicamente sua Defende a liberação do leitor para estabelecer anarquicamente sua própria trajetória de leitura. Por conseguinte, haveria uma “libertação” própria trajetória de leitura. Por conseguinte, haveria uma “libertação” deste em relação a uma ordem hierárquica de leitura imposta por um deste em relação a uma ordem hierárquica de leitura imposta por um autor. Aliás, advoga Landow, em face de tudo isto, a “morte” da própria autor. Aliás, advoga Landow, em face de tudo isto, a “morte” da própria função autoral:função autoral:

““Lo que entendemos por autor, incluida la idea de autoría única, Lo que entendemos por autor, incluida la idea de autoría única, puede destruirse suprimiendo la autonomía del texto. También se puede destruirse suprimiendo la autonomía del texto. También se puede llegar al mismo fin descentrando el texto o convirtiéndolo en puede llegar al mismo fin descentrando el texto o convirtiéndolo en red.”red.”

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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço

Não-LinearidadeNão-LinearidadeMichael Heim    Michael Heim    

O hipertexto é um modo de interagir com textos e não só uma ferramenta O hipertexto é um modo de interagir com textos e não só uma ferramenta

como os processadores de textos. Por sua característica, o usuário interliga como os processadores de textos. Por sua característica, o usuário interliga

informações intuitivamente, associativamente. Através de saltos - que informações intuitivamente, associativamente. Através de saltos - que

marcam o movimento do hipertexto - o leitor assume um papel ativo, sendo marcam o movimento do hipertexto - o leitor assume um papel ativo, sendo

ao mesmo tempo co-autor.ao mesmo tempo co-autor.

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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço

Não-LinearidadeNão-LinearidadeTed Nelson    Ted Nelson       

O hipertexto possibilita novas formas de ler e escrever, um estilo não linear e O hipertexto possibilita novas formas de ler e escrever, um estilo não linear e

associativo, onde a noção de texto primeiro, segundo, original e referência cai por associativo, onde a noção de texto primeiro, segundo, original e referência cai por

terra. Poderiamos adotar como noção de hipertexto assim, o conjunto de terra. Poderiamos adotar como noção de hipertexto assim, o conjunto de

informações textuais, podendo estar combinadas com imagens (animadas ou fixas) e informações textuais, podendo estar combinadas com imagens (animadas ou fixas) e

sons, organizadas de forma a permitir uma leitura (ou navegação) não linear, sons, organizadas de forma a permitir uma leitura (ou navegação) não linear,

baseada em indexações e associações de idéias e conceitos, sob a forma de links. baseada em indexações e associações de idéias e conceitos, sob a forma de links.

Os links agem como portas virtuais que abrem caminhos para outras informações.Os links agem como portas virtuais que abrem caminhos para outras informações.

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Não-LinearidadeNão-LinearidadePierre Lévy  Pierre Lévy      

O hipertexto é um conjunto de nós ligados por conexões. Os nós podem ser O hipertexto é um conjunto de nós ligados por conexões. Os nós podem ser

palavras, páginas, imagens, gráficos, sequências sonoras, documentos palavras, páginas, imagens, gráficos, sequências sonoras, documentos

complexos que podem eles mesmos ser hipertexto. complexos que podem eles mesmos ser hipertexto.

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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço

Não-LinearidadeNão-LinearidadeOutros Pensadores e autoresOutros Pensadores e autores

Michel FoucaultMichel FoucaultAArqueologia do Conhecimentorqueologia do Conhecimento

Julio CortazarJulio CortazarRayuelaRayuela

Jorge Luís BorgesJorge Luís BorgesA biblioteca de BabelA biblioteca de Babel

Roland BarthesRoland BarthesA Morte do AutorA Morte do Autor

Jacques DerridaJacques DerridaA Escritura e a DiferençaA Escritura e a Diferença

Jean-François LyotardJean-François LyotardA condição pós-modernaA condição pós-moderna

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Centrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo

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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço

Centrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo

A rede não tem centro, ou melhor, possui permanentemente diversos A rede não tem centro, ou melhor, possui permanentemente diversos

centros que são como partes perpetuamente móveis, saltando de um centros que são como partes perpetuamente móveis, saltando de um

nó a outro, trazendo ao redor de si uma ramificação infinita de nó a outro, trazendo ao redor de si uma ramificação infinita de

pequenas raízes, rizomas, finas linhas brancas e depois correndo para pequenas raízes, rizomas, finas linhas brancas e depois correndo para

desenhar mais à frente outras paisagens de conteúdo.desenhar mais à frente outras paisagens de conteúdo.

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O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaçoO labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço

Centrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e PolicentrismoPierre LévyPierre Lévy

O acentrismo é uma característica especialmente relevante da rede O acentrismo é uma característica especialmente relevante da rede

hipertextual. Dentre as seis características da rede hipertextual hipertextual. Dentre as seis características da rede hipertextual

alinhavadas por Lévy, quais sejam a permanente metarmofose, a alinhavadas por Lévy, quais sejam a permanente metarmofose, a

heterogeneidade das conexões, a fractalidade, o intrincamento heterogeneidade das conexões, a fractalidade, o intrincamento

interior/exterior, a proximidade topológica e o interior/exterior, a proximidade topológica e o acentrismoacentrismo constituiem a constituiem a

teia básica a partir da qual a idéia de rede para a representação do teia básica a partir da qual a idéia de rede para a representação do

conhecimento deva ser tecida.conhecimento deva ser tecida.

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Centrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo Pierre LévyPierre Lévy

Seis características básicas ou “Princípios abstratos do hipertexto”Seis características básicas ou “Princípios abstratos do hipertexto”

1) 1) Princípio de metamorfosePrincípio de metamorfose, que se refere ao fato da rede hipertextual encontrar-se em , que se refere ao fato da rede hipertextual encontrar-se em constante construção e renegociaçãoconstante construção e renegociação

2) 2) Princípio de heterogeneidadePrincípio de heterogeneidade, os nós de uma rede hipertextual podem ser compostos de , os nós de uma rede hipertextual podem ser compostos de imagens, sons, palavrasimagens, sons, palavras

3) 3) Princípio de multiplicidade e de encaixe das escalasPrincípio de multiplicidade e de encaixe das escalas, os nós ou conexões, podem ser eles , os nós ou conexões, podem ser eles mesmos uma rede de nós e conexões, sucessivamentemesmos uma rede de nós e conexões, sucessivamente

4) 4) Princípio de exterioridadePrincípio de exterioridade, o crescimento e diminuição da rede, bem como sua composição , o crescimento e diminuição da rede, bem como sua composição e recomposição, dependem da adição ou subtração exterior de elementos ou conexõese recomposição, dependem da adição ou subtração exterior de elementos ou conexões

5) 5) Princípio de topologiaPrincípio de topologia, o funcionamento ocorre por proximidade, o funcionamento ocorre por proximidade

6) 6) Princípio de mobilidade dos centrosPrincípio de mobilidade dos centros, os vários centros da rede são móveis, formando ao , os vários centros da rede são móveis, formando ao redor de si uma ramificação em estrutura de rizoma.redor de si uma ramificação em estrutura de rizoma.

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Centrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo Princípios da OrganizaçãoPrincípios da Organização

OOrganismos vivos podem combinar centrismo – local com centro nevrálgico – rganismos vivos podem combinar centrismo – local com centro nevrálgico –

com acentrismo e policentrismo e hierarquia com anarquia.com acentrismo e policentrismo e hierarquia com anarquia.

A pertinência e eficácia de uma organização exige que sejam utilizados A pertinência e eficácia de uma organização exige que sejam utilizados

conceitos de centralização, de hierarquia e de especialização. conceitos de centralização, de hierarquia e de especialização.

O ideal é que se desenvolvam modos que combinem centrismo, policentrismo e O ideal é que se desenvolvam modos que combinem centrismo, policentrismo e

acentrismo.acentrismo.

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Centrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo Ciências da complexidade e acentrismoCiências da complexidade e acentrismo

A importância atribuída pelo movimento cibernético, em especial a concepção de A importância atribuída pelo movimento cibernético, em especial a concepção de informação digital que começou a emergir nos anos cinquenta foi um dos informação digital que começou a emergir nos anos cinquenta foi um dos motores para o surgimento ainda nessa década do projetos da inteligência motores para o surgimento ainda nessa década do projetos da inteligência artificial. artificial.

Essa passagem do conceito de informação para tecnologias capazes de simular Essa passagem do conceito de informação para tecnologias capazes de simular a inteligência humana também é uma característica distintiva do movimento da a inteligência humana também é uma característica distintiva do movimento da cibercultura. cibercultura.

Permitiram originar um novo tipo de tecnologias, o qual geraria novos tipos de Permitiram originar um novo tipo de tecnologias, o qual geraria novos tipos de inteligência artificial, novos tipos de organismos e que originariam ainda um inteligência artificial, novos tipos de organismos e que originariam ainda um conjunto de novas formas de pensar qualquer fenômeno de organização. conjunto de novas formas de pensar qualquer fenômeno de organização.

Surge o conceito de sistemas acentrados. Surge o conceito de sistemas acentrados.

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Centrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo Ciências da complexidade e acentrismo – Sistemas AcentradosCiências da complexidade e acentrismo – Sistemas Acentrados

Características: Características:

A ausência de controle centralA ausência de controle central

A natureza autônoma das subunidadesA natureza autônoma das subunidades

A conexidade densa das subunidadesA conexidade densa das subunidades

A não-linearidade das unidadesA não-linearidade das unidades

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Centrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo Ciências da complexidade e acentrismo – Sistemas AcentradosCiências da complexidade e acentrismo – Sistemas Acentrados

Características: Características:

Interagem localmente com um certo número de unidades vizinhasInteragem localmente com um certo número de unidades vizinhas

Cada unidade apenas tem o conhecimento do que se passa no seu raio de Cada unidade apenas tem o conhecimento do que se passa no seu raio de vizinhança e não possui qualquer representação global da rede em que está vizinhança e não possui qualquer representação global da rede em que está inserida. inserida.

A rede é composta por um grande número de unidades em interação não A rede é composta por um grande número de unidades em interação não linear, o que significa que é em geral impossível prever antecipadamente o linear, o que significa que é em geral impossível prever antecipadamente o estado final do sistema.estado final do sistema.

Apesar da imprevisibilidade, é possível simular em computador o sistema e Apesar da imprevisibilidade, é possível simular em computador o sistema e ver que, em muitos casos, ele converge para um estado final invariante de ver que, em muitos casos, ele converge para um estado final invariante de ordem. ordem.

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Centrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo Ciências da complexidade e acentrismo – Sistemas AcentradosCiências da complexidade e acentrismo – Sistemas Acentrados

Características: Características:

Cada unidade ou agente contribui para um estado global final que não se Cada unidade ou agente contribui para um estado global final que não se deduz da regra local que cada um segue. Apesar disso, constata-se que as deduz da regra local que cada um segue. Apesar disso, constata-se que as ações locais dos agentes geram um estado de ordem global.ações locais dos agentes geram um estado de ordem global.

Comparando com nossa própria atividade cognitiva, pode-se afirmar que ela Comparando com nossa própria atividade cognitiva, pode-se afirmar que ela não trabalha de forma linear, nossa mente trabalha com associações entre não trabalha de forma linear, nossa mente trabalha com associações entre informações. informações.

Na rede, cada nó ou conexão por si só pode ser visto como composto por Na rede, cada nó ou conexão por si só pode ser visto como composto por toda uma rede. Os nós e conexões da rede nos fazem ver a diversidade de toda uma rede. Os nós e conexões da rede nos fazem ver a diversidade de ligações que se pode fazer entre objetos e/ou assuntos. ligações que se pode fazer entre objetos e/ou assuntos.

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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos Sistemas

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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos Sistemas

“um sistema pode ser definido como um conjunto de elementos

em inter-relação entre si e com o ambiente”

Ludwig von BertalanffyLudwig von Bertalanffy, 1950 a 1968, 1950 a 1968

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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasPodem ser:

Fechados É o auto-contido. Não troca material, informação ou energia com o ambiente.

Abertos É o que troca informações, materiais e energia com o meio ambiente, ou seja, efetua trocas, portanto se comunica. Sistemas abertos tendem à adaptação, pois necessitam adaptar-se às mudanças ocorridas em seus ambientes de forma a procurar garantir a sua própria existência. Tais sistemas têm a característica da adaptabilidade. De uma maneira bastante genérica, os autores consideram que todo sistema vivo é um sistema eminentemente aberto.

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Teoria Geral dos Sistemas Teoria Geral dos Sistemas Sistemas Abertos

1. Importação de energia

2. Transformação

3. Produto

4. Sistemas como ciclos de eventos

5. Entropia negativa

6. Estado estável e homeostase dinâmica

7. Diferenciação

8. Eqüifinalidade

9. Insumo de informação, realimentação negativa e Processo de codificação

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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasSistemas Abertos - Importação de energia

Os Sistemas Abertos precisam importar algum tipo de energia do

ambiente. Assim sendo, as organizações sociais precisam também

extrair energia, seja de outras organizações, pessoas ou do ambiente

material/físico que as cerca – nenhuma estrutura social é auto-

suficiente e autônoma.

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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos Sistemas

Sistemas Abertos - Transformação

Para executar algum tipo de trabalho, sistemas abertos transformam a

energia que têm à sua disposição. Organizações criam novos produtos,

elaboram matérias-primas, treinam pessoas ou proporcionam serviços.

Todas estas atividades acarretam reorganização de insumos.

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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasSistemas Abertos – Produto

O produto dos sistemas abertos é exportado para o meio ambiente, seja

ele tangível ou intangível.

Entrada (Input) – Processamento – Saída (Output) e Realimanetação (Feedback)

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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasSistemas Abertos - Sistemas como ciclos de eventos

As atividades geradas pelo intercâmbio de energia têm um padrão de caráter cíclico:

o que é exportado para o ambiente proporciona energia para a repetição do ciclo de

atividades. Surgem, assim, os chamados processos. São estes de caráter cíclico, ou

seja a saída (output) representa o fim do processo o qual imediatamente se reinicia

continuamente. Para que estes processos ocorram é necessário que todos os

elementos do sistema, ou seja os subsistemas, ajam de maneira sinérgica –

voltadas para um mesmo objetivo – de maneira coordenada (a organização das

conexões).

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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasSistemas Abertos - Entropia negativa

Para tentar opor-se ao processo entrópico, os sistemas devem adquirir entropia

negativa. A entropia é uma lei universal da natureza que estabelece que todas as

formas de organização tendem à desordem ou à morte. O sistema aberto, por

importar mais energia do ambiente do que necessita, pode, com este mecanismo,

adquirir entropia negativa. Há, então, nos sistemas abertos, uma tendência geral

para tornar máxima a relação energia importada/energia exportada, visando à

sobrevivência, mesmo em tempo de crise e, inclusive, para sobrevida maior que a

prevista.

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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasSistemas Abertos - Insumo de informação, realimentação e codificação

Além dos insumos energéticos que se transformam ou se alteram para

realizar um trabalho, sistemas incluem, também, insumos informativos que

proporcionam à estrutura sinais acerca do ambiente e de seu próprio

funcionamento. A realimentação negativa ( feedback / controle/

realimentação) é o tipo mais simples de insumo de informação encontrado

em todos os sistemas. Tal realimentação ajuda o sistema a corrigir desvios

de direção.

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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasSistemas Abertos - Estado estável e homeostase dinâmica

O mecanismo de importação de energia, para tentar fazer oposição à entropia, acarreta uma troca energética,

caracterizando um estado estável nos sistemas abertos. Tal estado não significa imobilidade, nem equilíbrio

verdadeiro. Há um fluxo contínuo de energia do ambiente externo para o sistema e uma exportação contínua de

energia do sistema para o ambiente, estabelecendo, assim, uma proporção de trocas e relações que permanece

igual, isto é, constante e equilibrada. Embora a tendência à estabilidade na sua forma mais simples seja

homeostática, como a manutenção da temperatura constante do corpo, o princípio básico é a preservação do caráter

do sistema. O estado estável, em um nível mais simples, é o da homeostase através do tempo. Em níveis mais

complexos, converte-se em um estado de preservação do caráter do sistema, que cresce e se expande através da

importação de maior quantidade de energia do que a necessária. Sistemas abertos ou vivos têm, então, uma

dinâmica de crescimento, através da qual levam ao limite máximo sua natureza básica. Eles reagem às mudanças

ou as antecipam através do crescimento por assimilação de novos insumos energéticos.

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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasSistemas Abertos – Diferenciação

Sistemas abertos tendem à diferenciação. Padrões globais difusos são

substituídos por funções mais especializadas. (Principio da

funcionalidade, em empresas por exemplo criam-se sub-sistemas com

funções especificas, por exemplo, setores, departamentos, nos

organismos vivos encontraremos por exemplo os órgãos com funções

específicas).

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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasSistemas Abertos – Eqüifinalidade

Von Bertalanffy sugeriu esse princípio como característico de

sistemas abertos e estabeleceu que “um sistema pode

alcançar o mesmo estado final a partir de diferentes condições

iniciais e por caminhos distintos”. Cabe ressaltar que o teor de

eqüifinalidade pode reduzir-se à medida que os sistemas

abertos desenvolvem mecanismos reguladores do controle de

suas operações.

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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasVisão Sistêmica

“... sistema é todo o conjunto de dois ou mais elementos que interagem. Ao

imaginar-se o universo composto de galáxias que interagem, temos uma visão

do maior sistema perceptível. Ao imaginar-se o homem com todas as moléculas

que o constituem e interagem, temos uma outra visão de sistema. Enfim, ao

imaginarem-se o átomo e as partículas que o compõem e interagem, temos

uma visão de um sistema que, em relação ao homem, é microscópica. Quando

se visualiza desde o Universo até uma partícula atômica, temos o que se

chama uma visão sistêmica”.

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Teoria Geral dos SistemasTeoria Geral dos SistemasVisão Sistêmica

A percepção sistêmica é sumarizada em três pontos:

a) a abordagem sistêmica começa quando, pela primeira vez, vê-se o mundo por meio dos olhos de outrem

b) a abordagem sistêmica apercebe-se continuamente de que toda visão de mundo é terrivelmente restrita. Em outras palavras, cada visão de mundo enxerga apenas uma parte de um sistema maior

c) não existe ninguém que seja perito na abordagem sistêmica, isto é, o problema da abordagem sistêmica é captar o que todos sabem, algo fora do alcance da visão de qualquer especialista

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ComplexidadeComplexidade

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ComplexidadeComplexidadePensamento ComplexoPensamento Complexo

Da evolução do pensamento contemporâneo, pode-se afirmar que Da evolução do pensamento contemporâneo, pode-se afirmar que

aconteceram duas revoluções:aconteceram duas revoluções:

A primeira introduziu o pensamento sistêmico. A primeira introduziu o pensamento sistêmico.

E a segunda introduziu o pensamento complexo.E a segunda introduziu o pensamento complexo.

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ComplexidadeComplexidadePensamento ComplexoPensamento Complexo

É aquele que trata da incerteza.É aquele que trata da incerteza.

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ComplexidadeComplexidadeEdgar MorinEdgar Morin

É ao mesmo tempo capaz de reunir, contextualizar e globalizar, mas ao É ao mesmo tempo capaz de reunir, contextualizar e globalizar, mas ao

mesmo tempo é capaz de reconhecer a necessidade de atacar mesmo tempo é capaz de reconhecer a necessidade de atacar

frontalmente as incertezas e as suas resultantes. frontalmente as incertezas e as suas resultantes.

Não é aquele que troca a certeza pela incerteza, que elimina a Não é aquele que troca a certeza pela incerteza, que elimina a

separação da inseparabilidade. Não trata de abandonar os princípios da separação da inseparabilidade. Não trata de abandonar os princípios da

ordem e da lógica; trata-se pois, de inserí-la num contexto mais rico e ordem e da lógica; trata-se pois, de inserí-la num contexto mais rico e

mais real. mais real.

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Centrismo, Acentrismo e PolicentrismoCentrismo, Acentrismo e Policentrismo Edgar MorinEdgar Morin

Há uma inadequação cada vez mais ampla, profunda e grave entre os saberes Há uma inadequação cada vez mais ampla, profunda e grave entre os saberes

separados, fragmentados, compartimentados entre disciplinas e, por outro lado, separados, fragmentados, compartimentados entre disciplinas e, por outro lado,

realidades e problemas cada vez mais polidisciplinares, transversais, realidades e problemas cada vez mais polidisciplinares, transversais,

multidimensionais, transnacionais, globais, planetários. (...) A multidimensionais, transnacionais, globais, planetários. (...) A

hiperespecialização impede de ver o global ( que ela dilui). (...) O retalhamento hiperespecialização impede de ver o global ( que ela dilui). (...) O retalhamento

das disciplinas (no ensino) torna impossível apreender "o que é tecido junto", das disciplinas (no ensino) torna impossível apreender "o que é tecido junto",

isto é, o complexo, segundo o sentido original do termo. isto é, o complexo, segundo o sentido original do termo.

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ComplexidadeComplexidadeTeoria do CaosTeoria do Caos

A teoria do caos estuda o comportamento aleatório e imprevisível dos A teoria do caos estuda o comportamento aleatório e imprevisível dos

sistemas, mostrando uma faceta onde podem ocorrer irregularidades na sistemas, mostrando uma faceta onde podem ocorrer irregularidades na

uniformidade da natureza como um todo. Isto ocorre a partir de uniformidade da natureza como um todo. Isto ocorre a partir de

pequenas alterações que aparentemente nada tem a ver com o evento pequenas alterações que aparentemente nada tem a ver com o evento

futuro, alterando toda uma previsão física dita precisa.futuro, alterando toda uma previsão física dita precisa.

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ComplexidadeComplexidadeTeoria do CaosTeoria do Caos

Uma das idéias centrais desta teoria, é que os comportamentos casuais Uma das idéias centrais desta teoria, é que os comportamentos casuais

(aleatórios) também são governados por leis e que estas podem predizer dois (aleatórios) também são governados por leis e que estas podem predizer dois

resultados para uma entrada de dados. resultados para uma entrada de dados.

O primeiro é uma resposta ordenada e esperada e cujo futuro dos eventos ocorre O primeiro é uma resposta ordenada e esperada e cujo futuro dos eventos ocorre

dentro de margens estatísticas de erros previsíveis. dentro de margens estatísticas de erros previsíveis.

O segundo é uma resposta também ordenada, onde porém a resultante futura dos O segundo é uma resposta também ordenada, onde porém a resultante futura dos

eventos é menos perceptível, ou seja, ocorre uma contradição neste ponto onde é eventos é menos perceptível, ou seja, ocorre uma contradição neste ponto onde é

previsível que os resultados de um determinado sistema será caótico.previsível que os resultados de um determinado sistema será caótico.

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ComplexidadeComplexidadeTeoria do CaosTeoria do Caos

Em função deste efeito caótico, a previsibilidade comportamental Em função deste efeito caótico, a previsibilidade comportamental

dos sistemas em geral, sejam climáticos de uma determinada dos sistemas em geral, sejam climáticos de uma determinada

região, ou movimentos econômicos à exemplo das movimentações região, ou movimentos econômicos à exemplo das movimentações

das bolsas de valores, ou populações de insetos de um das bolsas de valores, ou populações de insetos de um

determinado ecossistema, tem uma margem de erro bastante determinado ecossistema, tem uma margem de erro bastante

elástica quando comparada à margem convencional.elástica quando comparada à margem convencional.

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MultivocalidadeMultivocalidade

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MultivocalidadeMultivocalidadeGeorge LandowGeorge Landow

Características do hipertextoCaracterísticas do hipertexto

IntertextualidadeIntertextualidade Multivocalidade Multivocalidade DescentralizaçãoDescentralização Rizoma Rizoma IntratextualidadeIntratextualidade

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MultivocalidadeMultivocalidadeMichel BakhtinMichel Bakhtin

Características do hipertexto: Multivocalidade Características do hipertexto: Multivocalidade

Está relacionada ao conceito de “Polifonia de Bakhtin”: a possibilidade da Está relacionada ao conceito de “Polifonia de Bakhtin”: a possibilidade da

existência de diversas vozes na narrativa literária. A fragmentação do texto existência de diversas vozes na narrativa literária. A fragmentação do texto

em léxias favoreceria a multivocalidade, pois como explica Landow, “a voz em léxias favoreceria a multivocalidade, pois como explica Landow, “a voz

é sempre aquela destilada pela experiência combinada do foco é sempre aquela destilada pela experiência combinada do foco

momentâneo, a lexia que se está lendo, e da narrativa em contínua momentâneo, a lexia que se está lendo, e da narrativa em contínua

formação a partir da linha de leitura que o leitor segue”formação a partir da linha de leitura que o leitor segue”

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MultivocalidadeMultivocalidadeMichel BakhtinMichel Bakhtin

Características do hipertexto: Multivocalidade Características do hipertexto: Multivocalidade

Ocasionalmente, ocorre uma certa confusão no conceito de multivocalidade Ocasionalmente, ocorre uma certa confusão no conceito de multivocalidade devido à facilidade de elaboração de textos colaborativos no meio digital, devido à facilidade de elaboração de textos colaborativos no meio digital, podendo ser interpretado também como a possibilidade de co-autoria na podendo ser interpretado também como a possibilidade de co-autoria na redação dos textos. redação dos textos.

O conceito de multivocalidade pode ser compreendido em relação a duas O conceito de multivocalidade pode ser compreendido em relação a duas questões: a primeira, no sentido de múltiplas vozes, relativo à construção de questões: a primeira, no sentido de múltiplas vozes, relativo à construção de uma narrativa literária e, em segundo, num sentido mais operacional, uma narrativa literária e, em segundo, num sentido mais operacional, relacionado com a cooperação de vários autores para a criação de um relacionado com a cooperação de vários autores para a criação de um mesmo texto ou narrativa.mesmo texto ou narrativa.

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MultivocalidadeMultivocalidadeGeorge LandowGeorge Landow

A possibilidade do leitor - gerindo a ordem de leitura - incorporar ao seu A possibilidade do leitor - gerindo a ordem de leitura - incorporar ao seu desempenho a função do autor.desempenho a função do autor.

Entretanto, parece lhe escapar o fato de que a conceituação de um texto literário Entretanto, parece lhe escapar o fato de que a conceituação de um texto literário passa antes pela compreensão e verificação de uma escritura singular, ou seja, passa antes pela compreensão e verificação de uma escritura singular, ou seja, de um gesto textual dotado de uma assinatura, de uma particularidade que a de um gesto textual dotado de uma assinatura, de uma particularidade que a individualiza em relação ao discurso cotidiano, comum. individualiza em relação ao discurso cotidiano, comum.

Sob este prisma, a ação desempenhada pelo leitor de Landow, produzindo Sob este prisma, a ação desempenhada pelo leitor de Landow, produzindo intervenções na concepção textual através dos links representaria não a sua intervenções na concepção textual através dos links representaria não a sua reconfiguração para imbuir-se da função autoral, mas a sua reconfiguração reconfiguração para imbuir-se da função autoral, mas a sua reconfiguração ainda como leitor, sendo certo que a sua intervenção representa de fato a ainda como leitor, sendo certo que a sua intervenção representa de fato a colocação de uma contra-assinatura que, aceitando os trajetos dados pelo autor, colocação de uma contra-assinatura que, aceitando os trajetos dados pelo autor, longe de negar a assinatura deste tão somente a ratifica.longe de negar a assinatura deste tão somente a ratifica.

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MultivocalidadeMultivocalidadeGeorge LandowGeorge Landow

Características do hipertexto: Características do hipertexto:

IntertextualidadeIntertextualidade - O hipertexto seria, essencialmente, um sistema intertextual, - O hipertexto seria, essencialmente, um sistema intertextual, enfatizando uma intertextualidade que ficaria limitada nos textos em livros. As enfatizando uma intertextualidade que ficaria limitada nos textos em livros. As referências feitas a outros textos é potencializada no hipertexto através do referências feitas a outros textos é potencializada no hipertexto através do recurso do link, que realiza as conexões entres os blocos de textos. recurso do link, que realiza as conexões entres os blocos de textos.

DescentralizaçãoDescentralização - Esta característica refere-se ao fato de que, ao contrário dos - Esta característica refere-se ao fato de que, ao contrário dos textos impressos que propõem um centro, oferecem uma ordem para a leitura textos impressos que propõem um centro, oferecem uma ordem para a leitura (que pode ou não ser obedecida pelo leitor), o hipertexto enquanto uma malha (que pode ou não ser obedecida pelo leitor), o hipertexto enquanto uma malha de blocos de textos interconectados oferece a possibilidade de movimentos de de blocos de textos interconectados oferece a possibilidade de movimentos de descentramento e recentramento contínuos. É o leitor, através dos seus descentramento e recentramento contínuos. É o leitor, através dos seus caminhos de leitura, que vai elegendo temporariamente os sucessivos centros. caminhos de leitura, que vai elegendo temporariamente os sucessivos centros.

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MultivocalidadeMultivocalidadeGeorge LandowGeorge Landow

Características do hipertexto: Características do hipertexto:

RizomaRizoma - É um conceito desenvolvido por Gilles Deleuze e Félix Guatarri, no - É um conceito desenvolvido por Gilles Deleuze e Félix Guatarri, no livro intitulado Mil Platôs. Os autores utilizam a metáfora de um tipo de livro intitulado Mil Platôs. Os autores utilizam a metáfora de um tipo de vegetação aquática, que se desenvolve na superfície da água, não possuindo vegetação aquática, que se desenvolve na superfície da água, não possuindo tronco ou caule, ela é totalmente ramificada. Segundo Landow o rizoma opõe-se tronco ou caule, ela é totalmente ramificada. Segundo Landow o rizoma opõe-se a idéia de hierarquia, pois ao contrário da estrutura de uma árvore, um rizoma, a idéia de hierarquia, pois ao contrário da estrutura de uma árvore, um rizoma, em tese, pode conectar qualquer ponto à qualquer outro ponto, oferecendo em tese, pode conectar qualquer ponto à qualquer outro ponto, oferecendo muitos começos e muitos fins. muitos começos e muitos fins.

IntratextualidadeIntratextualidade - Esta característica é citada por Landow e refere-se às - Esta característica é citada por Landow e refere-se às ligações internas estabelecidas entre léxias dentro do mesmo sistema ou site.ligações internas estabelecidas entre léxias dentro do mesmo sistema ou site.

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Un hombre se propone la tarea de dibujar el mundo. A lo largo de los Un hombre se propone la tarea de dibujar el mundo. A lo largo de los

años puebla un espacio con imágenes de provincias, de reinos, de años puebla un espacio con imágenes de provincias, de reinos, de

montañas, de bahías, de naves, de islas, de peces, de habitaciones, de montañas, de bahías, de naves, de islas, de peces, de habitaciones, de

instrumentos, de astros, de caballos y de personas. Poco antes de instrumentos, de astros, de caballos y de personas. Poco antes de

morir, descubre que ese paciente laberinto de líneas, traza la imagen morir, descubre que ese paciente laberinto de líneas, traza la imagen

de su cara. de su cara.

((Jorge Luis BorgesJorge Luis Borges, El Hacedor)., El Hacedor).

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ReferênciasReferências

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LANDOW, George P. Hipertexto - la convergencia de la teoría crítica contemporánea y la tecnología.LANDOW, George P. Hipertexto - la convergencia de la teoría crítica contemporánea y la tecnología. Barcelona: Paidós, 1995. Barcelona: Paidós, 1995.

LANDOW, George P. (ORG.). LANDOW, George P. (ORG.). Teoría del Hipertexto. Barcelona: Paidós, 1997.Teoría del Hipertexto. Barcelona: Paidós, 1997.

LANDOW, George P. Hipertexto. Barcelona: Paidós,1995.LANDOW, George P. Hipertexto. Barcelona: Paidós,1995.

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LÉVY, Pierre. O que é o virtual? Rio de Janeiro: Ed.34, 1996.LÉVY, Pierre. O que é o virtual? Rio de Janeiro: Ed.34, 1996.

LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência: O futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: 34, 1993.LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência: O futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: 34, 1993.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Rio de Janeiro: 34, 1999. LÉVY, Pierre. Cibercultura. Rio de Janeiro: 34, 1999.

MORIN, Edgar. Cultura de massas no século XX: neurose (O espírito do tempo I). 9ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997. MORIN, Edgar. Cultura de massas no século XX: neurose (O espírito do tempo I). 9ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997.

MORIN, Edgar. O método 4. As idéias - Habitat, vida, costumes, organização. Porto Alegre: Sulina, 1998. MORIN, Edgar. O método 4. As idéias - Habitat, vida, costumes, organização. Porto Alegre: Sulina, 1998.

NEGROPONTE, Nicholas. A Vida Digital. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.NEGROPONTE, Nicholas. A Vida Digital. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

MIRANDA, A. e SIMEÃO, Elmira. Comunicação Extensiva e a languages plástica dos documentos em rede. In: MEDLEG, Georgete R. e LEITE, MIRANDA, A. e SIMEÃO, Elmira. Comunicação Extensiva e a languages plástica dos documentos em rede. In: MEDLEG, Georgete R. e LEITE, Ilza. (Orgs.). Representação e Organização do Conhecimento: Série Estudos Avançados em Ciência da Informação. Brasília: UnB / CID, Ilza. (Orgs.). Representação e Organização do Conhecimento: Série Estudos Avançados em Ciência da Informação. Brasília: UnB / CID, 2003. 2003.

SIMEÃO, E. Comunicação Extensiva e o formato do periódico científico em rede. Brasília, 2003. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – SIMEÃO, E. Comunicação Extensiva e o formato do periódico científico em rede. Brasília, 2003. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – Departamento de Ciência da Informação e Documentação, Universidade de Brasília. Antonio Miranda (orientador).Departamento de Ciência da Informação e Documentação, Universidade de Brasília. Antonio Miranda (orientador).

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