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o jornal da platéia tf # Edição mensal de teatro. Ano I / número 3 / agosto de 78. Graúna miacunaíma C P v 21 FE V1995 S«f« éa Üvcíimenísçío I os novos heróis do nosso teatro. E mais: todas as estréias de agosto

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Edição mensal de teatro. Ano I / número 3 / agosto de 78.

Graúna miacunaíma

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21 FE V1995

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os novos heróis do nosso teatro.

E mais: todas as estréias de agosto

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Página 2 PALCO — Agosto/78

Boas Notícias

Aparentemente, ventos novos estão soprando também no teatro. Esse clima de abertura que se promete respirar em breve, embora ainda nada mais que uma leve esperança, parece estar refletindo na escolba de novos temas para a cena. E se não se pode advinbar' uma' temporada excepcional, pelo menos há a perspectiva de um rompimento da indefinição — quase pânico — do primeiro semestre.

, Tudo, portanto, parece correr melhor num momento em que se pode divulgar boas noticias como essa. Boas notícias, aüás é o que não nos tem faltado, principalmente agora, que a penetração de PALCO está se tomando uma realidade. Em menos de um mês, essa redação, empolgada, recebeu perto de 200 cartas, algumas delas até do Interior e de outros Estados, fora, portan- to, de nossa jurisdição. Centenas de linhas de incentivos, elogios e bons conse- lhos, sem nenhuma crítica ou desagravo. Gente que sublimou nossas falhas, fez-que-não-viu alguns erros eventuais, para apoiar a tese de um jornal feito exclusivamente para teatro.

Nesse embalo, PALCO chega ao número 3 esbanjando alegria. Que os leitores mais astutos descubram em nossa capa um sorriso de otimismo.

A lamentar, temos apenas ó procedimento da produção de Chuva, que ficou em cartaz até o fim de julho no teatro Anchieta. Gomo vocês sabem, PALCO é o único jornal de teatro em todo o País. E, para levar adiante essa empresa, contamos com a boa vontade do pessoal de teatro que está distri- buindo gratuitamente nosso jornal para seus espectadores. Surpreendentemen- te, a produção de Chuva furou o esquema e proibiu a circulação dê PALCO nas dependências de seu teatro. Motivo — no primeiro número publicamos uma crítica desfavorável, assinada por Alberto Guzik, à peça de Somerset Maugham. Esse tipo de boicote, condenável em todos os sentidos, revela a preconceituosa mentalidade de seus autores. Preconceituosa e incompre- ensível. Em primeiro lugar, porque PALCO existe exclusivamente para divulgar as peças de teatro. Se formos boicotados, desapareceremos — e seria burrice quê o próprio teatro destruísse um veículo feito para divulga-lo. Ouanto à crítica, esse é um direito ao qual nos reservamos, para preservar a seriedade de nossas intenções. Quem sabe um dia os produtores de Chuva realizem um trabalho digno de elogios. E, nesse caso, nossos elogios só terão um delicioso sabor de verdade e justiça, porque criticamos desfavoravelmente as peças que não mereciam confetes.

■ Jvraal Ac platrila

Editores: Luiz Maciel Filho e Ronaldo Hein Diretor Comercial: João Francisco Bianco Gerente de Publicidade: Ademir José Dias

Colaboradores: Alberto Guzik, Álvaro de Faria, Antônio Reche, Nelson Blecher, Lyba Fridman, Tatiana Belinki (redatores), Cynthia Guri, Fernando Zamith (ilustradores), Vanildo Nottoli (diagramador) e Gino Lovecchio (fotógrafo).

A distribuição é gratuita nos teatros da cidade de São Paulo,

Palco o jornal da platéia é uma publicação da HBM Edições

Redação, administração e publicidade: Av. Paulista, 2073, sala 319, São Paulo (SP). Tel: 289-2814. CEP 01311. Composto e impresso nas oficinas dos Diários Assossiados em São Paulo. Registrado no 8" Oficio de Registro de Títulos e Documentos sob o número 149, em 27/04/78.

As matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não refletem, necessariamente, o ponto de vista do jornal.

CfiRTAS Diretores, redatores e colaboradores de Palco: «Conheci Palco no intervalo de um espetáculo e o

achei muito interessante. Desde então, tenho usado o jornal em minhas aulas de Comunicação, propondo um debate entre os alunos sobre as peças em cartaz. Eles adoraram esse sistema de aula e tenho certeza, agora, que consegui despertar um maior interesse da classe pelo teatro. Obrigado por essa contribuição a uma das profis- sões mais dolorosas — a de ator».

José Cláudio Assis e alunos. — São Paulo (SP) Sr. Diretor: . «Palco. Uma cachaça que embriaga e a gente não

compreende por que gosta tanto. Palco, onde passei quase a vida inteira ... e onde acabei me decepcionando. Onde havia, como existe hoje e existirá amanhã, a inveja, a fofoca e o ciúme dos bastidores. Mas teatro é assim mesmo. Ouem que um dia tenha pisado um palco não sente saudade? Lendo o Palco senti amargura. Amargura por não estar mais respirando a poeira do palco».

Zaíra Cavalcanti — São Paulo (SP) Srs. Diretores: «Tive a imensa satisfação de receber de um amigo o

segundo número de Palco, o jornal da platéia.. Desejo cumprimentar toda a equipe por essa iniciativa, pois vem realmente preencher a necessidade de divulgação do movi- mento teatral».

Moacir Marchezi, presidente da Comissão Municipal de Arte e Cultura de Araraquara — SP

Prezados senhores: «A Associação Museu Lasar Segall solicita o envio

regular de Palco, o jornal da platéia, para os arquivos da Biblioteca Jenny K. Segall, especializada em teatro, cine- ma, rádio, televisão, fotografia e comunicação. A bibliote- ca é franqueada ao público em geral».

Amélia Maria Moreira, bibliotecária. São Paulo (SP) Aos editores de Palco: «Felicito-os por este ato de coragem. Coloco-me

também em marcha com a bandeira branca do teatro, a cavalgar passagens obscuras, acenando com os nossos sorrisos largos e entrando, onde as portas nos são abertas. A coragem de Palco será o grande estímulo ao ator, dire- tor e autor, com a aprovação também da platéia. Ou não somos nós os grandes atores da vida?»

Ivo Pereira de Castro — São Paulo (SP)

A redação: «Solicito a permissão de divulgar Palco, o jornal da

platéia através do órgão representativo da minha faculda- de, o jornal Eco».

Décio Almeida Franco — São Paulo (SP) R: Palco agradece a divulgação. £ autoriza a utilização de suas matérias em outros veículos, com a única condição de ser citado como fonte.

Prezados senhores: «Foi-nos muito agradável travar contato com Palco, o

jornal da platéia, que veio suprir uma grave lacuna edito- rial. Gostaríamos de recebê-lo regularmente.

Newton Marinho de Moura, delegado de policia assis- tente; Maria José Roth, investigadora policial; Aparecida Alves Ferreira, escrívã; e Sônia Aparecida de Oliveira, operadora de telecomunicações. 389 Distrito Policial de São Paulo -SP. •

R. Ao lado de seus princípios editoriais. Palco preten-, de ser um jornal acessível. Por isto ele é distribuído gratuitamente nos teatros e, desde o número passado, circula com um cupom para os interessados em recebê-lo pelo correio. Todos os que nos enviarem o cupom serão atendidos.

• f^raal da platéia

Saiba de tudo o que está acontecendo nos teatros, através de PALCO — o jornal da platéia. Para recebê-lo gratuitamente em sua casa,basta que nos envie esta ficha, devidamente preenchida. NOME ENDEREÇO CEP PROFISSÃO IDADE TEATRO

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PALCO - Acosto 78 Página 3

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Enfim, o bom teatro saindo da toca ALBKKTO GUZ1K

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A perspectiva com que o teatro acena para o espectador nesse segundo semestre é, no minimo, intrigante. Já em cena ou ainda decantando em diferentes estágios de ensaios está uma saíra de espetáculos que promete diversificação suficiente para animar vários tipos de público.

Bodas de Papel, o texto muito interessante que marca a estréia de Maria Adelaide Amaral como dramaturga de indiscutíveis possibilida- des, tem um encenação correta com boas inter- pretações e produção caprichadíssima. Falando sobre executivos, Bodas de Papel visa a endere- ço certo, mas de modo algum exclusivo. Diri- gindo-se para um público mais ligado no expe- rimental, Mario Piacentini regressa ao teatro depois de um longo recesso, com Pássaro de Fogo - O Processo Giordano Bruno. Para quem não recorda O Terceiro Demônio, marco do teatro brasileiro recente, é preciso dizer que à frente do TUCA Mario se revelou como um diretor inteligente, exigente e maduro. Experi- mentou processos cênicos com uma coerência que por aqui não se encontra a toda hora. É preciso acompanhar essa sua nova montagem com muita atenção.

Ainda dentro das experiências está Macu naíma sem data certa para estréia mas prome- tido para a primeira quinzena de agosto. O que faz de Macunaíma a montagem mais ambiciosa da temporada não é apenas a adaptação da obra-prima de Mário de Andrade. É, isso sim, a proposta que está nos bastidores dessa encena- ção, com um grupo de gente auxiliado pela CET e organizado em cooperativa que se dispôs a atuar o tempo necessário para deixar o trabalho amadurecer adequadamente. O projeto exigiu mais de oito meses de ensaios, com dez ou mais horas de trabalho por dia. O grupo criou o espetáculo, executou os figurinos, meteu a mão na massa da produção e sugere uma postura radicalmente nova na realização teatral. Isso tudo deverá exercer influência enorme a direção geral de Macunaíma, que cabe a Antunes Filho. A adaptação do texto é de Jacques Thieriot, sugerida pela atividade e forma de trabalho do grupo, que também reali- zou a' cenografia e a música com orientação de Naum Alves de Souza e Murilo Alvarenga.

Outro trabalho aguardado com expectativa é Aracelli, Meu Amor, adaptação de Marcílio Moraes para o teatro. O espetáculo, dirigido por Teresa Thieriot, também está prometido para breve. Dado o caráter trágico do episódio e sua pertinência com o atual cotidiano, o inte- resse do grupo pelo tema deverá motivar igual- mente os espectadores. No mesmo tom de

lancinante crítica da realidade brasileira, só que em chave de humor (humor desesperado, mas humor) estréia o texto de Henfil, depois de um atribulado período de ensaios, marcado por mudanças na direção no elenco e no próprio roteiro. Com o sarcasmo de Henfril, com sua crueldade pertinente e dolorosa, o resultado deve ser feroz. Henfil está vivo, está bem, está em São Paulo, está sendo produzido por Ruth Escobar e a direção é de Ademar. Guerra.

O ânimo ao redor da noticia da encenação de uma peça de Augusto Boal, Murro em Ponta de Faca, decorre muito mais do interesse por esse homem de teatro exilado que da promessa de descoberta de um texto genial. A dramatur- gia de Boal sempre teve um interesse menor que a atividade do encenador como um todo. É no ato de escrever, encenar, verificar processos e inventar soluções que está o calor e o apelo do teatro feito por Boal.

Camas Redondas Casais Quadrados é exemplo de teatro digestivo, que montado com eficiência e apoiado num elenco experiente, cumpre sua função: divertir. A direção de José Renato é fluente, Marco Nanini e Sérgio Mamberti são atores (e cômicos) de primeira. O sucesso de público é monumental. Ainda no terreno dos textos estrangeiros, há remontagens prometidas. Quem tem Medo de Virgínia Woolf, de Edward Albee, com Tônia Carrero, Raul Corteze Antunes Filho na direção, é estimulante. Já Hair e Rapazes da Banda excitam bem menos. Talvez Hair ainda seja um bom musical e isso deve ser considerado. Mas o texto enve- lheceu e exige uma direção ousada para voltar a significar alguma coisa. Rapazes da Banda é anterior ao movimento de libertação gay no Estados Unidos. Uma peça onde homossexuais sofrem porque são homossexuais e não porque são seres humanos. A peça é discursiva e as personagens morrem de pena de si mesmas . Fauzi Arap fez muito melhor com o Amor do Não. Mas se houver público disposto a ouvir a Banda então que ouça.

O texto estrangeiro mais interessante prometido para os próximos meses é A Vida é Sonho, que está sendo preparado pelo Pessoal do Victor com direção de Celso Nunes. 0 clássico de Calderon de Ia Barca na, montagem de um grupo jovem e inquieto são ingredientes que podem se misturar numa receita do arco da velha. É Celso também que dirige o novo espe- táculo de Marilena Ansaldi (não sei se já tem nome definido) que, trabalhando no campo fronteiriço da dança com o teatro e a mímica e etc, cresce a cada dia, como uma das mais sensíveis intérpretes brasileiras.

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Página 4 PALCO — Agosto/78

ANJO DE NEVE

A história se passa no Brooklin. Conta o relacionamento dè um intelec- tual e de uma mulher que vende seu amor. Do mesmo autor de «O Exercício.», peça exibida com sucesso há alguns anos.

Drama. De Lewis John Carlino. Com Neusa Maria Faro e Adilson

Wladimir. Direção de Plínio Rigon, músicas de Dyonisio Moreno. De 4? a

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Cecil Thiré: uma direção segura, baseada na valorização do ator

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Drama. De Adelaide Amaral. Direção de Cecil Thire, cenários de Flávio Phebo. Com Jonas Mello, Regina Braga, Luís Parreiras, lleana Kwasynsky, Luis Carlos de Moraes, Jandira Martiní e Lourival Pariz. TEATRO ALIANÇA FRANCESA Rua General Jardim, 182, tel 259-8412. De terça a sexta-feira as 21 horas, sábados as 20 e 22 horas, domingos as 18 e 21 horas. Ingressos: Cr$ 50 e Cr$ .100.

crítico crítica crítica crítica crítica O texto de Maria Adelaide do

Amaral é a crua tentativa de colocar no palco a saga da classe média brasileira nos anos do boom-econô- mico. Uma peça escrita com diálogos reluzentes, escorregadios, nocautea- dos pela realidade que os persona- gens não hesitam em assumir - mesmo que a eles não se peça. Pois Turco quem seria senão o brasileiro típico, o classe média deslumbrado com a possibilidade de uma posição «independente» de dono de um rendoso negócio Sua mulher, quem seria senão o espantalho, humano, porém espantaho - das mulheres de Atenas que adornam a vida dos nossos executivos? E o profissional liberal- o médico- quem melhor,do que ele para sangrar com o bisturi o juramento sagrado de Hipócrates? A sarcástica Maria Adelaide é também um poço de ódio despejado ironica- mente aos borbotões num ambiente torpemente luxuoso. E por que torpe? Por causa da instabilidade, da pasto- sidade com que os personagens agar- ram-se aos seus galhos e eriçam os pelos quando lhes é lembrado a condição primeira de suas vidas; assai ariadosl

Jorge, superego da decência, é uma peça inteiriça em meio à roda viva das ambições. Desempregado ele pelo menos consegue ver tudo à distância. Faz força e consegue manter a coluna vertebral ereta.

Maria Adelaide é um talento que já foi posto à prova.

N. B,

O Bom Burguês

Comédia mr.sical de costumes, que está sendo muito bem recebida pelo público. Montagem de um grupo do Rio de Janeiro.

MUSICAL — De Pedro Porfírio. Direção de José Carlos Pieri. Programação musical de Wagner Mello. Músicas e dire- ção musical de' Nelson Mello. Coreografia de Dino Bento.

Com Silvio Fróes, Déa Peçanha, Evans Brito, Leda Amaral, Carlos Adile e Tânia Loureiro. Horário normal. No TEATRO CENARTE, rua 13 de Maio, 1040

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para doentes irrecuperáveis, três pessoas que vão morrer vivem situações diferentes.

Uma análise das reações do homem diante da morte, que

deu ao autor Michael Christopher os prêmios Pullitzer e Toni.

Drama - De Michael Chnsto- De 3* a 6. às 21 horas. Sábado às pher, um autor americano. Com Lilian Lemmertz, Yolanda Cardoso, Edney Giovenazzi, Henriqueta Brie ba e outros. Cenários de Gianni Ratto e tradução de Léo Gilson Ribeiro. Direção de Emílio de Biasi

20 e 22 horas. Domingo às 18 e 21 horas. Censura: 18 anos. Ingressos: Cr$ 100,00 e Cr$ 50,00.

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PALCO — Agosto/78 Página 5

^gg£ Viva a troca-troca! Oscar (Guilherme ConreaJ traça-

va todas. Lina (Ana Rosa), sua mulher, experimentava novos parceiros sempre que podia. Joana (Maria Luiza Castelli), amiga de Linda, só experimentaria por acaso — embora razào não lhe faltasse.

Pois Felipe (Sérgio Mamberti), marido de Joana, era do tipo que se poderia chamar de bissexto. E além de bissexto, angustiado com a suspeita de infidelidade de Joana — e justamente, quem diria, por Rogério (Marco Nanini), um deco- rador de larga reputação homosse- xual. Meia verdade: Rogério passa- va os dias perseguindo Silvia (Cley- bi Dias), criada apetitosa. Tudo isto, na casa de Felipe e Joana, que recebe ainda as visitas de Walter (Marcos Caruso) e Rosa Maria (Maria Viana), completando o jogo erótico. Mas, como pouca confusão é bobagem, entram em cena valores econômicos, suficien- temente altos para arrefecer a libi- do de toda a família. Divirta-se a platéia.

Com esses ingredientes, segun-

do receita de Ray Gooney e John Chapman, o adaptador João Bethencourt, e o diretor José Rena- to estão cozinhando um sucesso de oito meses no Rio de Janeiro. Assim, nada mais natural que a montagem de Camas Redondas, Casais Quadrados fosse fielmente reproduzida na Paulicéia (o cenário é idêntico; a mesma empresa que cedeu os móveis no Rio fez a permuta aqui em São Paulo), para multiplicar os resultados financei- ros.

A peça estreou em São Paulo no dia 21 de julho e, confirmando as previsões, tem lotado o Teatro Itália, desde então. Para o diretor José Renato, trata-se de uma peça "digestiva, mas não alíenante", capaz de atrair público sem apelar para o grotesco e sem arranhar os pudores artísticos. O que a faria, portanto, equilibrada e altamente recomendável na realidade teatral brasileira. "É bom lembrar que teatro sem público não existe" — diz José Renato, com a autoridade de quem já experimentou incontá- veis crises de bilheteria, nos seus vinte anos de carreira — iniciada

no Teatro de Arena, depois de um período de preparação na Escola de Arte Dramática da USP.

Não temos tratores'. Mas temos

todo o resto para o

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Comédia. De Ray Cooney e John Chapman. Adaptação de João Bethencourt. Direção de José Renato cenário de Muniz Zilberberg. Com Maria Luíza Castelli Marco Nanini Sérgio Mamberti Guilherme Corrêa Ana Rosa, Marcos Caruso, Cley- bi Dias, Aparecida Pimenta e Maria Viana. No TEATRO ITÁLIA (Av. São Luís, 50, tel: 257-3138). De terça a sexta às 21 horas, sábado às 20 e 22h30, domingo às 18 e 21 horas. Ingressos: CrS 100 e Cr$ 50. Censura: 18 anos.

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Engrenagem do Meio

Darcy Penteado estréia como autor nessa peça,

que fala da problemática homossexual. A história

se desenvolve em torno de um triângulo

amoroso em que cada um dos vértices

é um homem. Um deles, travesti.

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Classe média: Televisão quebrada

Comédia argentina, adaptada para São Paulo, contando as desventuras de um casal frente a uma situação real: a televisão quebrada. Atenção porque Nicete Bruno e Paulo Goulart foram subs tituidos por íris Bruzzi e Jorge Doria.

Comédia. De Sérgio de Secco. Com Íris Bruzzi, Jorge Dória e outros, Direção de Antônio Abuja- mra e Hugo Barreto. De 4' a6' feira as 21 horas. Sábados as 20 e 22 horas. Domingo as 18 e 20 horas. Ingressos: CrS 50,00 (único). No teatro 13 de MAIO - rua 13 de Maio, 134. Tel - 256 0001. Censu- ra: 18 anos.

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Página 6 PALCO — Agosto/78 PALCO — Agosto/78 Página 7

O teatro de Henfil: Graúna, prostitutas^ Ubaldo...

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Dono- de um traço fluente, nervoso, o cartunista Henfil despreza os retoques por puro instinto de sobrevivência. Ele acha que o seu desenho, tornando-se mais técnico, tende a perder a expressivi- dade e a matar o seu estilo. Essa é a sua primeira norma de trabalho. A outra é não forçar todas as idéias que lhe ocorrem a tomar a forma de história em quadrinhos. Histó- ria em quadrinhos, afinal, não é a única coisa que ele sabe fazer (bem). Na verdade, Henfil detesta a figura do especialista: «Todos nós temos mil potencialidades a desen- volver. Essa de ficar em uma só é um comportamento indu- zido pela sociedade, que conduz a um empobrecimento do indivíduo. Eu, por exem- plo, sei consertar um rádio, sei cozinhar, sei fazer serviço de carpintaria» —justifica.

O ecletismo de Henfil, tão latente que o desviou de um

curso de Sociologia para as páginas de humor dos jornais, tem colocado uma série de desafioa à sua frente, nos últi- mos tempos. O primeiro ele já ganhou: fazer texto de humor. Desde o seu lançamento, a revista Isto é reserva espaço- para as cartas de Henfil para sua mãe, D. Maria, onde. o humor brota de lúcidas análi-. ses do momento político brasileiro. Mas restam ainda muitos desafios, como levar o seu humor para o teatro, o cinema e a televisão. Até o fim do ano ele espera experi- mentar todos esses veículos (seus desenhos ganharão brevemente um quadro fixo no Fantástico). E teatro ele já está provando, com a peça Henfil está vivo, está bem, está em São Paulo, que estréia em 27 de agosto no Teatro Ruth Escobar.

«Eu não vejo muita dife- rença entre história em quadrinhos e teatro, quanto ao aspecto criativo. Num e noutro caso, eu pego os personagens, dou a eles uma personalidade e deixo o barco correr. O enredo vai se armando naturalmente. Apenas que no desenho eu posso jogar mais com o fantástico e no teatro eu tenho de prever os problemas técnicos que impedem a fluência da fantasia.»

— A idéia de fazer a peça nasceu quando?

«Já tem uns quatro anos que eu falei pela primeira vez com o Fauzi Arap da minha vontade de fazer teatro. Ele concordou que era uma boa idéia e ficamos de conversar depois. Até que neste ano a

Ruth Escobar, sabendo da minha predisposição, decidiu montar uma peça com perso- nagens meus. Ela chegou a telefonar pra mim no Canadá, onde eu tinha ido visitar meu irmão, pra falar do prq|eto. Quando voltei, o Fauzi me visitou em Natal e nós escre- vemos uma revista a quatro mãos.»

— De repente, com os ensaios adiantados e o visto de liberação da Censura, o Fauzi desistiu da peça. A que se deve a saída dele?

«Foi uma decisão pessoal do Fauzi. Ele e vários atores saíram porque deixaram de gostar do que estavam fazen- do. Basicamente foi isso. Não houve problemas mais graves entre nós.»

— A peça mudou muito com isso?

«Mudou completamente. Essa que vamos montar é uma outra peça, não tem nada a ver com a original. Na primeira, Ubaldo, o paranói- co, era convidado para dirigir uma revista pela empresária Rita Furacão. Agora, Ubaldo não é mais protagonista. Ele tem uma boa presença na peça, mas não interfere deci- sivamente no enredo. Desta vez, o cenário fica apenas na caatinga e os principais personagens são o capitão Zeierino, o bode Orellana e a Graüna. Eles pedem um financiamento pra instalar uma rede de água na caatin- ga mas só conseguem emprés timo pra fazer pomochan- chada...»

— A sua participação é maior no novo texto?

«É. Com a saída do Fauzi, eu resolvi assumir todos os riscos do roteirista de teatro.

Convidei o Oswaldo Mendes pra me ajudar, ele leu toda a minha coleção dos Fradí- nhos, e.escrevemos urna nova peça.»

— Não houve prO Fradi- nho Baixim na história?

«Ainda não foi desta vez. O Fradinho, quando entra, tem de botar pra quebrar. Ele é assim. Ninguém pode segu- ra Io. Nem a Censura, nem o

eu. Dá peça participam apenas o Zeferino, o bode, a Graüna e eu mesmo. Fora isso, tem uma grande surpresa, que são os dançarinos, destinados ao maior sucesso.» (Palco apurou: tratam-se de legíti: mas prostitutas da Boca do Lixo).

L. M. F.

Todos os cuidados para Macunaíma

câtnétó'

Delinilivamente Macunaima abandonou o plano das coisas- terrenas. Koi para o céu, tomou-se uma estrela, um mito que, com o perdão da palavra, extrapolou. As pessoas nao talam de Macunaíma como de Capitu, üuincas Borba ou Iracema. Nem a Moreninha, nem mesmo Gabriela ou Ana Terra - mais próximas no tempo ocupam o mesmo niveí que Macunaima abocanhou no sentimento literário de cada um (se é que isso existe). Quando falam dele, herói sem caráter e anti personagem, os inle lectüais mostram mais respeito e procedem via de regra, como se diante de uma alta patente, de uma estrela de varias estrelas na literatura nacional. Macunaima tem, portanto, alguma coisa "de inviolável, quase de sagrado. Assim, c até bastante compre ensivel que a primeira transposição para o teatro do texto de Mario de Andrade justamente no cinquen tenário da obra reveste se de cuidados especiais e inéditos. Antu nes Filho, o diretor que ousou arrancar Macunaima da prateleira

para colocado no palco está sentin- do o peso da responsabilidade. O trabalho que vera realizando, como se verá a seguir, tem a cautela dos que temem profanar.

A começar pelo desusado tempo gasto nos ensaios: dez meses conse culivos, com doze horas diárias de trabalho. Nenhuma montagem do chamado teatro comercial poderia arcar com as despesas de um período tão longo de preparação. Nem teria interesse. Mas e aí, basi- camente, que se concentra a dife- rença: Macunaíma tem sido, acima de tudo, um trabalho idealista, uma experiência nova e ousada. A Secretaria do Cultura, contaminada pela magia de Macunaima e apro- veitando o aniversário especial, deu o pontapé inicial nesse traba- lho, através de uma- verba de 500 mil cruzeiros. Essa operação teve a mediação do Sindicato dos Atores, apoiando a montagemda psça, que, inicialmente veio camuflada como «curso de teatro», E, a bem da verdade, Macunaima esta estrean- do como uma espécie de exame final de 15 alunos, depois de dez

meses de- «curso». Os professores desse curso foram o próprio Antu nes Filho, Naum Alves de Souza e Murilo Alvarenga. Os três selecio- naram 15 dos 170 interessados que vieram fazer o teste e com eles desenvolveram um trabalho que pode até (será que posso arriscar?! criar escola. Sim, porque durante os dez meses, os «alunos» assumi ram, alternadamente, todas as funções da companhia. Foram dire- tores, atores, cenógrafos, fizeram musica, reviram o texto e viveram numa semi clausura teatral, respi rando, quase que exclusivamente, o cheiro de poeira do palco.

«A peça toi sendo burilada aos poucos» conta um dos atores «sem pre tora dos padróes convencio- nais». Assim, entre as atividades não convencionais do grupo (que a propósito, se chama Pau Brasil) incluiu se uma intensa pesquisa teórica. A fonte de alimentação dessa investigação foi uma biblio- grafia de 140 livros sobre os mais diversos aspectos, alem de confe- rências exclusivas, para dar - um pouco de «côr local». Orlando Villas Boas auxiliou na reconstituição de determinado capitulo, com uma palestra sobre a vida do índio. O professor Erasmo Magalhães, da Universidade de São Paulo, deu noções básicas da língua tupi. E assim por diante, numa exaustiva busca, que, resultou em seis horas de peça de teatro, com respeito integral a obra de Mário de Andrade.

É preciso reservar um capitulo especial "ao trabalho de execução do texto. Ele foi literalmente montado, como um jogo de cubos, partindo de um trabalho inicial de Ana Luiza Fonseca. Mais tarde, Jacques Thierot foi chamado para intervir, como uma espécie de

orientador das constantes mutações pelas quais passou o roteiro. Thie- rot, que e diretor da Aliança Fran cesa, traduziu Macunaíma para o trances - e, para lazê Io, tornou se um expert na Unguagem de Mário de Andrade. Na montagem de Antunes Filho foi enquadrado como executor da prpposta de «ser fiel a todo o texto e a todos os epísó dios». E acredita que está conse guindo fazê Io, com a ajuda do próprio autor:

«Vê-se, claramente, que embora Mário de Andrade não fosse um dramaturgo, ele sabia fazer uma cena de teatro. Vários diálogos de seus personagens estão prontos e é só coloca los na boca dos atores».

Thierot explica que «o texto não precisou ser adaptado porque a própria ação dramática esclarece o que há de obscuro em Macu naíma».

O resultado desse trabalho, efeti- vamente, só será testado pelo publico. Mas Antunes Filho decidiu sentir a receptividade da peça ainda antes de fechada com um ponto final. Por isso, nos primeiros dias de agosto, promovera ensaios públicos - e só depois desse teste a peça iniciará sua carreira. A inten- ção é lotar o Teatro São Pedro, que tem capacidade para cerca de 800 pessoas - e depois, aproveitando a inexistência de cenários, viajar.

Está claro, enfim, que a transpo- sição teatral de Macunaíma preten- de ser definitiva. Todo o trabalho foi orientado no sentido de não «queimar» essa primeira oportuni- dade, com um espetáculo falho ou incompleto. O heroizinho, de cinqüenta anos, recebeu indubita- velmente, o mesmo tratamento cauteloso de uma relíquia de porcelana, que precisa chegar ao seu destino íntala. R. H.

Drama. De Mário de Andrade. Adapt. Jacques Thierot. Dir: Antunes Filho; Comp. e dir. musical: Murilo Alvarenga; dir. de arte; Naum Alves de Souza; assis. dir; Isa Kopelman; prod. Joe Kantor; prod. executiva: Maria Elisa F. Martins. Com o Grupo Pau Brasil: Angela de Castro, Beto Honchezel, Carlos Augusto Carvalho, Clarita Sampaio, Deivi Rose, Guilherme Marback, llona Filet, Isa Kopelman, Jair Assumpçào, João R. Bonifácio, Luiz Henrique, Manfredo Bahia, Mirtes Mesquita, Nazeli Bandeira, Salma Buzzar, Theodora Ribeiro, Walter Portella e Whalmyr Barros. Horário; terça e quinta, as 21 horas, primeira parte do espetáculo; quarta e sexta, mesmo horário, segunda parte. Sábados e domingos, completa, das 18 as 24 horas. No TEATRO SAG PEDRO, rua Albuquerque Lins, 171, tel; 66 3343. Censura: 18 anos.

HENFIL ESTÁ VIVO, ESTA BEM, ESTA EM SAO PAULO Revista. De Henrique Souza Filho, o Henfil, e Oswaldo Mendes. Direção de Ademar Guerra e Elias Andreatto. Direção musical de Cláudio Petraglia, coreografia de Márika Gidali e Clarise Abujamra. Com Paulo César Peréio (bode Orellana) Rafael de Carvalho (capitão Zeferino), Sônia Mamede (Graúna), Ruth Escobar (Henfil), Sérgio Ropperto (Ubaldo) e Patrícia Escobar. No TEATRO RUTH ESCOBAR (Rua dos Ingleses, 2Ü9, tel: 289-2358). De terça a sexta-feira às 21 horas, sábado ás 20 e 22 horas, dom-ngb às 18 c 21 horas. Ingressos: CrSlüO e Cr$ 50. Censura: 18 anos. Estréia dia 27.

eúfaéia

Antunes Filho: teatro com T maiúsculo Duas vezes Antunes Filho esteve a ponto de ser entre-

vistado pela equipe de PALCO. Na primeira confessou que não estava em condições de se concentrar. Na segunda, pediu um adiantamento, porque precisava de um sanduíche para não morrer de inanição. Na terceiram, enfim, contou por que foi que se entregou de corpo e alma a criação de Macu naíma, a ponto de perder a lucidez e quase morrer de fome:

P — Porque,tanto preciosismo na realização de Macu- naíma?

AF — Não há preciosismo. Pelo amor de Deus não use essa palavra. O que existe é busca. Uma realimentação para mim e para o teatro brasileiro. Seria bom se todos os artistas fizessem o mesmo. A gente se refaz do processo comercial. É uma enorme purificação.

P — Eu disse preciosismo por causa dos cuidados com a produção que me parecem sem precedentes.

AF — Nós estamos muito a vontade com Macunaima. Nós lemos, estudamos e sabemos tudo. Mas nada de precio- sismo. Eu não acredito em teatro com T maiúsculo se não for desse jeito. É preciso não confundir com o teatro comercial, onde você só ganha porcentagem, porra nenhuma além disso. Claro que o teatro comercial também precisa existir. Senão como é que a gente ia viver? Mas o teatro-arte é uma forma

de conhecimento. E conhecimento a gente só consegue desse jeito, com trabalhos como esse. Antes de Macunaíma, eu era como a maioria dos outros: um estrangeiro em termos de teatro. Agora conheço melhor a nossa realidade. Veja essa história de crise. Não é o teatro que está em crise: há uma crise de idias. A censura é o maior entrave, não há dúvida. Mas não é só a censura. Há um entrave, uma crise de cabe- ça muito grande por aí. P — E com Macunaíma você pretende criar escola ou marcar época?

Não sei se isso vai criar escola ou não. Os outros é que vai dizer. Eu só sei que gosto disso. Aqui estou voltado para o autor e principalmente para o ator. Eu sou uma espécie de papaizão dessa turma, estou tentando ajudá-los a se torna- rem atores. Os atores brasileiros estão pensando que só se faz teatro com Ímpeto e vontade. Mas é preciso mais que isso. Formação. Garra não resolve. Escuta: quem é que tá ensi- nando os novos atores brasileiros? Ouem? Pois é, é uma grande lacuna. Daqui a pouco vamos precisar importar mestres Me diz: quais são os diretotss preocupados com o ator no Brasil? P — Bom... AF — Eu acho que tá legal, não? Mês que vem a gente faz uma coisa maior. Agora põe aí: o negócio é crise de cabeça. De cabeça, viu?

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Página 8 PALCO — Agosto/78

ãP^ PÁSSARO DE FOGO

Um libelo renascentista «AGOSTO — RENASCIMENTO NO OFICI-

NA». Esse texto, insistentemente divulgado desde junho na sessão de tijolinhos dos grandes jornais vinha provocando grande curiosidade por seu duplo sentido. Seria uma provável reedição dos grandes momentos do Grupo Oficina, coincidindo com o retomo de Zé Celso Martinez de seu exílio? Ou apenas uma peça sobre o período histórico do Renascimento?

Exatamente a dúvida que Marinho Piacentini pretendeu criar. Porque sua peça. Pássaro de Fogo, narra o processo Giordano Bruno, ou a história de um homem que foi queimado vivo por causa de suas idéias liberais durante a Renascença; e porque também existe a pretensão de se reviver, em qualidade, os melhores dias do Oficina. Ou seja: ambas as assertivas estão corretas. Para completar. Marinho, que é autor e diretor do espetáculo, tem um traço em comum com o próprio Zé Celso: também ele está recém chegando do exílio. Entre 1968 e 1973, o autor de-Pássaro de Fogo foi diretor do TUCA — Teatro da Universidade Católica de São Paulo. Naqueles cinco anos, mostrou sua disposição de fazer um teatro de renovação, através de três peças: Comala, Terceiro Demônio e Tlon. Três espetáculos não verbais, vivendo uma experiên- cia vanguardista, qae lhes rendeu prêmios em festivais latino americanos e excursões pelo exterior. Em 73, por causa da situação política. Marinho juntou se a uma leva de intelectuais brasileiros que procuraram exílio voluntário no

Gata em teto de zinco quente

Completou 100 espetáculos essa a montagem de uma das obras principais de Tennesse

Williams. Na falta de bons textos nacionais-

liberados pela Censura, esse drama sobre a vida de uma família americana no Sul

dos Estados Unidos volta para quem ainda não conhece os profundos personagens do

aramaturgo americano.

Drama de Tennesse Williams. Direção de Kiko Jaess. Cenários e figurinos de Gianm Ratto. Com Cleo Ventura. Dionisio de Azevedo. Ivete Bonía e outros. De tarça a sexta as 21 horas. Sábado as 19:30 e 21:30 horas; Domingo as 18 e 21 horas. Ingressos: CrS 100,00 e Cr$ 50,00 nos dias de semana e domingos. Sábado preço úni- co: CrS 100,00. Censura 18 anos. TEATRO BRIGADEIRO — Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 884 — Tel.: 35-8433.

exterior. E até o começo deste ano esteve na Itália, França, Inglaterra, Grécia, Egito e índia, buscando novos caminhos.

Agora, ele volta ao teatro brasileiro com uma peça que alia suas experiências anteriores a uma nova tendência do teatro em direção aos temas político — sociais. Pássaro de Fogo, portanto, é uma mistura do teatro não verbal executado há anos pelo grupo do TUCA com um texto contundente sobre a repressão contra um pregador liberal.

Drama. De MarmEoPTacentini com direção do pró- prio autor. Cenografia de Enio Possebom. Com Jovelty Archangelo, Edson Santana, Luiz Marigo, Nikhilprem e Aldo Richiero. De terça a sexta as 21 horas. Sábado as 20 e 22 horas. Domingos as 18 e 21 horas. TEATRO OFICINA — Rua Jàceguai, 520. A partir do dia 6.

L-^v^^lnvestigação na 10^ classe dominante É um dos maiores sucessos da temporada. Baseado na peça «An Inspector Caüs», de J.B. Priestley já encenada anteriormente no Brasil),Flávio Rangel criou um ambiente brasileiro e moldou situações comuns a 'nossa realidade.

Drama de J.B.Priestley, adaptado por Flávio Rangel. Com Jucá de Oliveira, Cacilda Lanuza, Rildo Gonçalves e outros. Direção de Flávio Rangel. De quarta a sexta ás 21 horas. Sábado as 20 e 22 horas. Domingos às 18 e 21 horas. Ingressos: CrS 100,00 e Cr$ 50,00 durante a semana e aos domingos. Sábado: CrS 100,00, único. Censura: 18 anos. TEATRO MARIA DELLA COSTA — rua Paim, 72 — Tel: 256-9115.

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Labirinto

0 ci-úme da amante, a revolta da esposa, a presença de um rival. Ou ainda, a ousadia de um caso antigo e o zelo dos anfitriões pelo futuro da filha. Qualquer deles poderá ter assassinado Edward, na manhã sossegada de um domingo, numa casa de campo. Um texto clássico de Agatha Christie, sem o mesmo impacto de A Ratoeira (cartaz em Londres há mais de duas décadas) ou Hóspede Inesperado, mas tão intrigante quanto. E suficiente para produzir lotações animadoras no Teatro Markanti desde março, atravessando em arra- nhões a- crise de bilheteria da temporada atual.Se na pior das hipóteses uma criação de Agatha Christie promete suspense e entrete- nimento, em Labirinto há ainda a garantia de uma montagem bem cuidada.

Policial. De Agatha Christie. Direção de Dyonísio Amadi. Cenografia e figurinos de 'Leon. Com Isadora de Faria, Kléber Afonso, Vera Nunes, Paolino Raffanti, Marlene Santos, Nelson Luiz, Dinah de Lara', Marie Claire Brant, André Lopes e Eduardo Mamede. De terça a sexta às 21 horas, sábado às 20 e 22h30 e domingo às 18 e 21 horas. Ingressos: CrS 80,00 e 40,00 de terça a sexta; CrS 100,00 aos sábados; CrS 100,00 e 50,00 aos domingos. No TEATRO MARKANTI (rua 14 de Julho, 114, tel: 32-1975). Censura: 14 anos.

O Poeta da Vila e seus Amores

Depois de completar seu primeiro aniversário

em cartaz, a peça que conta a vida de Noel Rosa continua

fazendo carreira de sucesso. Filas enormes obstruem a calçada

da avenida Paulista, onde fica o teatro.

Musical— de Plínio Marcos. Direção de Osmar Rodrigues Cruz, prêmio Moliere de melhor direção. Com Ewerton de Castro, Bruna Fernandes e Nize Silva. De quarta a sexta-feira as 2\ horas. Sábado e domingo as 18 e 21 horas. TEATRO POPULAR DO SES1 — Av. Paulista, 1313 - Entrada gratuita.

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PALCO — Agosto/78 Página 9

Mirian Mehler Não. ü teatro não e tudo na

vida de Mirian Mehler. Há outras coisas assim importantes. Mas, antes de tudo, o teatro foi o cami- nho que escolheu, e o que gosta de fazer, pelo qual lutou e luta muito.

— "É a minha realização pessoal, de profissão, de criação. Tudo que e ligado a criação é vida. Há muito amor nisso tudo. Aliás, a gonte só pode criar com muito amor". '

Ouatro cigarros longos, um fumado até o meio e três até junto ao filtro. Três telefonemas, um apartamento repleto de quadros e um menino andando pela sala, seu filho Rodrigo, que de vez em quan- do grita com força:

— "Manhcêê!" Mas não quer nada. Chama

pela mãe apenas por chamar. Mirian ja sabe disso. Como defi- nir-se? Não sabe. Sinceramente, é difícil.

— "Nem tudo que a gente é, e o que a gente gostaria de ser. Então. . . Olha, eu acho que só isso. Não sei, a gente é muito inconstante e, sendo inconstante, como é que a gente vai poder se definir? Acho que não existe uma definição. Eu, pelo menos, não tenho uma para mim mesma. Achb que não sei definir ninguém. É como se eu estivesse rotulando".

Pensa muito antes de falar. Ao telefone, gargalha alto, se expande. Mas nas respostas, suspira fundo.

por Álvaro Alves de Faria

Mirian Mehler acha que está faltando muito amor nas pessoas. É como se ninguém se amasse mais. Ninguém tem mais tempo. Tudo é apenas uma corrida para novas emoções, descobertas. As pessoas apenas se disputam.

Mirian laia isso com certa tris teza, perplexidade:

— "Sabe? O importante é a gente poder ajudar as pessoas, em todos os sentidos. Há gente sem hospitais; sem instrução. A falta de instrução já parece coisa do pró- prio sistema. As pessoas nãc podem se instruir, porque saberão de muitas verdades inconvenientes.

E tudo isso é muito desa- mor. Fome, matança, guerras, desemprego. É um mundo que está apodrecendo. Mas é preciso dizer que o mundo e a vida são muito belos para serem perdidos assim.

Ela acredita que se as pessoas se amassem, se não existisse nenhum tipo de preconceito, se a liberdade fosse respeitada, as coisas seriam bem melhores:

— "Nós estamos na Terra para fazer alguma coisa. Todos aqui têm uma missão a ser cumprida. Mas essa missão não é um fardo. A gente é que transforma tudo num fardo. É como se a gente não soubesse usufruir.

Ela ama. Mirian, a atriz, ama. A mulher, ama. Sempre ama. Seu filho. Sua familia. Seus pais. As pessoas, üs bichos. As plantas. E

amando, ela se faz feliz. Mas o que é ser feliz? É a gente poder. . . poder... não... é não pensar muito, e viver intensamente todos os momentos que a vida oferece e também exige da gente.

O que existira além das pro prias pessoas? Ela não sabe bem, nào tem certeza, mas acha que existem coisas.

— "Deve ser alguma continua cão. Eu, por exemplo, acredito em üeus, alguma coisa que está dentro

da gente mesmo, uma torça muito superior, uma energia imensa.. .

Às vezes, Mirian Mehler se surpreende triste. Angustiada. Não é freqüente, mas as vezes abre o dia com a ponta dos dedos e vê que as ruas e o mundo estão dife- rentes. Esta tudo pesado. Não se recupera facilmente, mas quando chega a se recuperar toma tudo apenas uma lembrança, deixa de ser uma coisa viva, doendo:

— "Eu somo apenas como uma experiência '.

Acredita que há gente feliz no mundo. Você é feliz, meu tilho?.

pergunta. Rodrigo, 9 anos e meio responde que sim, e liga a tele visão:

— "Eu, por exemplo, sou obri gada a me considerar feliz, soman do todos os prós e os contras, Tenho obrigação".

O telefone toca outra vez e ela fala sobre a novela "0 Direito de Nascer". Faz algumas colocações que revelam um imenso zelo profis sional. Desliga e pensa um pouco.

0 quinto cigarro está sendo aceso.

— "Mirian, o que você gostaria de dizer agora a um amigo ou amiga muito importante?"

Ela não precisa dizer qual é o amigo, qual é a amiga. Apenas pensar e dizer. Mirian tem o rosto sério e há traços de emoção. Diz devagar:

— ■Obrigada pelo começo agora eu ja- sei ir em frente..."

Ato sem palavras r

Peça do mesmo autor de Esperando Godot, encenada pelo Grupo Teatro de Boca, que se auto define como «burgueses» que não conseguiram se desvincular do berço. Um texto serio e importante do teatro mundial.

Drama. De Samuel Beckett. Direção de Thana Corrêa. Cenograüa: Alfredo Paulo. Figurinos: Equipe. Produção executiva: Nanei Alonso. Com Marco de Oliveira e César Touguinha. De terça a sexta as 21 hs. Sábados as. 2Ü s 22 horas. Domingos as 18 e 21 horas.- rEATRO EUGÊNIO KUSNET, rua dr. Teodoro Baima, 94. Tel: 256 9463. Ate dia 14.

Terezinha d e Jesus

Pela noite dos barulhos espaçados

Um elenco numeroso (16 pessoas) e uma produção cara,

para trazer de volta o qinse extiftto

teatro de revista Atenção porque o grupo não

está mais no TAIB. Mudou-se para o Eaiol

REVISTA — De Ronaldo Ciambro- ni. Com o autor no papel-título, Kleber Macedo, Salomé Parísío e outros. De terça à sexta às 21 horas. Sábados às 20 e 22 horas.

Domingo às 18 e 21 horas. Ingressos: Cr$ 80,00 e Cr$ 50,00. Censura: 18 anos. TEATRO PAIOL — Rua Amaral Gurgel. Tel.: 221-2462.

MWWWtlWtMWMMKMtWtMWtWgMMtMWWWMjtMMKiiM^

Colagem de poemas de^Mário de Andra de que está sendo encenada pelo Grupo Brasileiro de Arte Te.itral. São 26 atores que antes de fundarem seu teatro fizeram diversas toumés pelas escolas da cidade.

Musical de Mário de Andrade: adaptada por Darcio Delia Mónica.

Direção do autor e de Fernando César. Com Celso Saiki. Ruth Sierra, Marco Antônio Mendo. Paulo

Roberto Leoni e outros. Musicais de Paulo Roberto

Leoru. Coordenação de Doroty Lerner. De 4' a

domingo as 2 1 horas. Ingressos: CrS 6U,UÜ e Cr$ 4U,ÜU.

Especial para escolas: Cr$ 2S,UÜ. Censura: 14 anos. Rua Calvâo Bueno, 714 - Liberdade.

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Página 10 PALCO Agosto 78

—I

Faz de Conta que é Verdade

Uma peça para 100 mil pessoas.

Se alguém lhe perguntar qual o a peça que esta lazcndo maior sucesso no país, nao hesite em responder: é a peça infantil do teatro Nydia Lida. Seu publico médio, de 10Ü mil pessoas por peça, é um recorde inatingivel, mesmo pelos mais espetaculares sucessos do teatro adulto. E tem a vantagem de ser constante, de nunca cair, Nydia e Alceu Nunes alcançaram esse nível depois de árduos anos de trabalho. Começa ram no antigo Teatro Bela Vista, mudaram se para uma igreja e, há cinco anos ocupam permanen temente o teatro de um colégio na Vila Mariana. Ali, em duas peças por ano (a primeira sempre de fevereiro a junho e a segunda de agosto a dezembro) recebem milhares de pessoas que habitual mente não vão aos teatros. Por causa do preço baixo (dez cruzei ros) atraem, -além de crianças, muitos jovens e ato mesmo adul- tos que não podem pagar os ingressos caros dos outros teatros,

«Nos estamos querendo i dui ar uma geração para o gosto pelo teatro» explica Nydia,

lembrando que sua empresa foi a primeira a trazer as escolas para as salas de espetáculo. Hoje, Nydia e Alceu tem ônibus aluga dos exclusivamente para buscar as crianças nas escolas, tanto em Suo Paulo como no Interior, Ao contrario das outras companhias, as peças de Nydia tem varias sessões por dia. inclusive durante a semana, quando recebem as caravanas escolares. Seus atores trabalham em período integral e ha, enfim, todo um esquema profissional montado afim de trazer ao teatro o maior numero possível de espectadores, para que assi..„um pecas de boa quali dade.

O próximo sucesso do teatro e n peça Faz de Conta que e Verda de, que conta a historia de um ator que só em sonho consegue representar o papel do Pinoquio, Alceu Nunes, que lambem e o autor do enredo, explica:

«Nessa peça nós mostramos um pouco do mundo do teatro: como nasce um espetáculo e como uni sonho pode se tornar realidade; como o artista, mais do que ninguém, deve colocar seu coração em tudo aquilo que tizer».

De Alceu Nunes, Direção de Nydja Lícia, coreografia de Victor Aukstin. Direção musical de Silvinha Góes, cená- rios de Rodrigo Cid. Com Eliana Barbosa, Nelci Souza Lima, Jorge Amaro e outros. No Teatro Nydia Lícia, rua Domingos de Moraes, 2970. Sábados às 15 horas e domin- gos às 10,30 e 16 horas. Dez cruzeiros.

Roteiro ALICE NO REINO

ENCANTADO — Musical infantil de Marilu Alvarez. Músicas de Fernando Lona e Mily. Direção de Álvaro Guimarães. Com Afonso Távo- la, Mário Richter e outros. Sábados às 16 horas. Domin- go às 10,30 e 16 horas. TEATRO 13 DE MAIO rua 13 de maio, 134, Trinta Cruzeiros.

utilização de filmes super 8 na encenação. Adaptação e argumento de Carlos Meceni e Gabriela Santos. Músicas de Miguel de Deus e Duda, Com Raul Santos, Eleonor de Brito, Dirceu de Oliveira e Lucélia Machiavelli. Sábados às 16 horas. Domingos às 10,30 e 16 horas. TEATRO DO BEXIGA, rua Rui Barbosa, 672. Trinta cruzeiros.

1) Lampiaço, Rei do Cangão — de Walmir José — Dir. de Pedro Mattos-Grande Teatro de São Paulo — Rua Galvão Bueno 714 -— Sábados às 17 e Domingos às 10.30 e 17 h. — Cr$ 20, Cr$ 15 e Cr$ 10 (para grupos). Peça no estilo de teatro popular, gênero Cordel, com os personagens clássicos — Mãe DÁgua, Cangaceiro, Mula-Sem-Cabeça, Palhaço, o indispensável Capeta e mais uma gozadíssima Grande Tartaruga Burocrata — fazendo rir pequenos e grandes, num espetá- culo buliçoso, com música, dança e canto ao vivo, folclórico, (e informativo) muito bem dirigido e bem representado pelo Grupo Anhangá, na sua primeira montagem profissi- onal para crianças de todas as idades.

2) Do Outro Lado do Espelho — Produção do Teatro Orgânico Aldebarã — baseado na obra de Lewis Carrol — no Teatro Alfredo Mesquita, Rua Santa Madalena, 275 — De quarta a domingo, às 21.00 horas; sábados às 16.00 e domingos às 10.20, 16.00 e 21.00 horas. Sofisticada e bela super produção, de riqueza rara em teatro «infantil», ambiciosa e bem- sucedida, com a grata novidade de, dirigin- do-se a todas as faixas etárias (inclusive à adulta), apresentar-se também à noite, nos dias de semana. O espetáculo, de uma comi- cidade que atinge realmente todas as idades, capta, tanto pelo texto como pelo estilo da direção e representação, o senso critico e humor do absurdo do original inglês, num ambiente de muita fantasia e impecável bom gosto.

3) O Mágico de Oz — baseado no livro de Frank Baum, adaptação de Tatiana Belinky — pelo CARBAM — Dir. de Sérgio Barabace — Teatro da ACM, rua Nestor Pestana, 147 — Domingos às 10.30 e 16.00 horas. Cr$ 30.00

Musical alegre, com personagens engraçados, músicas e letras «contagiosas» que reforçam a mensagem implícita da conhecida história: de que a «magia» da solução de certos proble mas (infantis ou não) — como insegurança.

timidez, dificuldade de relacionamento — pode eventualmente ser encontrada dentro da própria pessoa, sem necessidade do magia «externa». Produção bem cuidada, num espe táculo de fácil comunicabilidade com crian- ças mesmo pequenas, mas interessando também às maiores, bem dirigido e bem representado.

4) Quero a Lua na Janela do Meu Quarto — de Plinio Rigon e Dionisio Moreno — dir. de Plinio Rigon — com Neusa Maria Faro e outros — no Teatro Ciranda, Rua major Diogo, 547 — Sábado às 16.00, dom,, às 10.30 e 16.00 h. — Cr$ 30,00, Retomada do relevante tema (a partir de pesquisa muito séria) do «espaço vital» da criança urbana, colocado polemicamente, confrontando as justas reivindicações infantis diante da «repressão» (inconsciente?) dos pais. Mas com muito humor e sem agressividade, em chave cômica, à maneira de um teatro de bonecos. Espetáculo cheio de movimento, animação e humor, quo diverte os pequenos (que se identificam facilmente com o assunto) e dá o que pensar aos grandes. Neusa Maria Faro está ótima, na «"mãe», caricata e «operis- tica».

5) Perfeitópolis, a Cidade da Alegria — de Marcos Caruso — pelo «Timol» — no auditó- rio «Lúcia Lambertini» da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, Rua General Jardim, 485 — segundas, quartas e sextas, as 16.00 horas — Entrada franca.

Representada, dançada e cantada, por crian ças e adolescentes freqüentadores da Bibliote ca, a «bem bolada» peça infanto juvenil de Marcos Cáruso, muito bem dirigida pelo autor, cheia de humor e inventiva, de ritmo trepidante, parece um espetáculo de amado res, onde os ensaios, a feitura dos cenários, em suma, o trabalho de equipe — o processo — é mais importante que o resultado final. Acontece que o resultado final é ótimo e o publico se diverte tanto quanto os jovens atores.

TATIANA BELINKY

ALAD1M... E A LAMPA O ANIVERSÁRIO UO DA MARAVILHOSA? - A PALHAÇO - História de um partir da velha história de palhacinho tão distraído, que Aladim, essa peca apresenta esquece até o próprio amver- muitas novidades, inclusive a sàrio. De Waldemar Silas,

dirigido por ele mesmo. Com Roberto Francisco, Maitê Alves e Paulo Maurício. Aos sába dos e domingos às 10,30 e 15,30 horas. No TEATRO DE ARTE (anexo do TBC) Rua Major Diogo, 315. Trinta cruzeiros.

VAMOS JOGAR O JOGO DO JOGO — Uma peça premiada, que usa a técnica, do jogo dramático, numa seqüência em que os persona gens se multiplicam, cantam, dansàm e brincam. De Fernando Bezerra. Direção de Luiz Damasceno. Direção Musical de Dionisio Moreno. Com José Batista Caiabe, José Roberto Marti e Alice Marti. Aos sábados às 15,30 horas e aos domingos

às 10,30 e 15,30 horas. No TEATRO PAIOL, rua Amaral Gurgel, 164. Trinta cruzeiros.

A PANTERA COR DE ROSA — Seis historinhas da famosa pantera. Versão e direção de Othon Prado. Com Alna Prado, Hélio Rodrigues, Romeu de Faria, Nilson Lara e outros. Somente aos domin- gos, às 10,30 e 15,30 horas. TEATRO CENARTE — Rua 13 de Maio, 1040. Trinta cruzeiros para adultos e vinte para crianças.

VAMOS BRINCAR DF SUPERMERCADO — Historia de um menino que vai ao super-mercado e consegue, com uni poder mágico dar

vida aos legumes e às frutas. De Ronaldo Ciambroni. Dire- ção de Leão Lobo. Com Ange Ia Berna, Valéria de Pietro e o próprio diretor. Sábados às 16,30 horas. Domingos às 10,30 e 15,30 horas. TEATRO OFICINA ' — Rua Jaceguai, 520. Trinta cruzeiros para adultos e vinte para crianças.

A ÁRVORE QUE ANDAVA — Sobre uma árvore que quer mudar de lugar e pede ajuda aos animaizinhos. De Oscar Colphul. Direção de Alna Prado. Com Alvanez Amaral Elsio Rodrigues e outros. Somente aos sábados, às 15,30 horas. TEATRO CENARTE — Rua 13 de Maio, 1040. Trinta cruzeiros para adultos e vinte para criança.

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PALCO — Agosto/78 Página 11

eàfaéia, O grupo Pod Minoga, que montou

Folias Bíblicas no ano passado, retor- na ao Teatro Experimental Eugênio Kusnet com uma comédia de costu- mes sobre o paulistano. Salada Paulista reúne cenas e personagens bem típicos, como a família que não resiste ao modismo do rodízio de pizza, as viúvas do INPS, o operário que quer ser padrão, os discursos religiosos em praça pública etc,

Salada Paulista

Segundo o Pod Minoga, a comédia seria o gênero mais adequado para esta temática: «o riso castiga mais e vem a cavalo», ensina um provérbio latino. A conferir.

Depois eu conto

Atores-transformistas (travestis) que trabalham em casas noturnas da cidade decidiram mostrar sua arte a um público maior. Agora eles são

Cinderela e sua corte, numa adapta- ção livre do conto-de-fadas. Um prato cheio para os apreciadores do gênero.

Comédia. Criação coletiva (texto, figurinos, cenário, direção, músicas e inter- pretação) do grupo Pod Minoga. Integrantes: Tacus (Dionísio Jacob), Mira

Haar, Angela Grassi, Carlinhos Moreno e Flávio de Souza. No TEATRO EUGÊNIO KUSNET (Rua Teodoro Baima, 93, tel: 256-9463. De terça a domin- go às 21 horas, sábado às 20 e 22 horas. Ingressos: $40 e $20. Censura: 18 anos.

Musical. De M. B. Filho e Nery Gomide. Direção de Carlos di Simoni. Assistên- cia de dir. de Gilka Tanganelli. Coreografia de Sidney Brandão. Figurinos de Tony Alonso. Com o grupo «Les Folhes Gay»: Cláudia Wender, Meise, Yoko Tani, Sisi Charisse, Lizandra, Tete Duchaise e muitas outras (outros?). De terça a sexta às 21 horas. Sábados às 20 e 22 horas. Domingos às 18 e 21 horas. No TEATRO RUTH ESCOBAR — Sala Gil Vicente, rua dos Ingleses, 209 — tel. 289-23-58. Ingressos: Cr$ 100,00 e Cr$ 50,00. Censura: 18 anos.

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Página 12 PALCO — Agosto 78

4^yíFi%iNyif M* =ISCPo:

Pode parecer incrível, mas a produção de Hair está anunciando sua reest-réia como novidade. Diz o release elaborado para a Imprensa: «Um novo Hair está surgindo na transição das décadas. Hair II está apontado não para o ano 2000, mas para o infinito, acima daquilo que é mesquinhamente temporal e supérfluo para o homem».

Vai ser difícil para , Silríey Siqueira (na direção) e Nelly Laport (na coreografia) prova- rem que Hair não é supérfluo e temporal.

Ainda mais com a introdu ção do 11, que parecia privilé- gio de Hollywood e seus Tubarões Exorcistas. Mas o que mais espanta no release de lançamento é o professora 1 diagnóstico de que a nova geração está precisando de Hair H «para abrir os olhos, tira'- a poeira da vista, remo ver a meleca e ter a coragem de ver e ser». Ora, convenha- mos que abrir os olhos para ver Hair ou é nostalgia ou é inconsequência. Jamais neces- sidade.

Hair estréia no dia 21, no Palácio das Convenções do Anhembí.

' • * •

Carlos Arena e Márcia Maria estão excursionando pelo interior com a peça Dois na Gangorra. Em novembro, a peça deve vir para a capital

* • *

Prevista para setembro a estréia da peça Cartas Chile- nas, do inconfidente Tomás Antônio Gonzaga. A monta gem do Grupo Agosto, que já fez Machado de Assis esta noite e Projeto Chaminé, terá direção de Zé Antônio de Souza. No Studio São Pedro, com os votos de incentivo da Comissão Estadual de Teatro.

* ♦ •

O Teatro Anchieta vai ficar fechado para reformas por dois meses. Mas em outubro será reaberto cem Quem tem medo de Virgínia WoofT?, que não é de Shaw (como por um imperdoável erro saiu no número passado) mas de Edward Albee. No elenco estarão Tônia Carreiro e Raul Cortez. E a direção será confiada a Antunes Filho, que pretende ganhar muito dinheiro. Pelo menos o sufici- ente' para compensar os meses de «purificação» e

caixa baixa na preparação de

Macunaima (leia nas páginas centrais)

• • ♦ " Provavelmente em novem-

bro estreará em São Paulo a segunda peça do escritor o poeta Álvaro Alves de Faria, Salve-se quem puder que o jardim está pegando fogo. (a primeira foi Augusto dos Anjos, encenada no antigo teatro Galpão). Esse texto acaba de representar o estado do Paraná na IV Mostra

Nacional do Teatro Brasileiro realizada em Campina Grán de, na Paraíba. Segundo o autor. Salve se... mostra -4 personagens vivendo no palco alguns de seus dramas diários «alguns instantes de suas vidas, levados ás ultimas conseqüências, quando a loucura se manifesta e a vicia não passa de um simples ato do promiscuidade»).

• * * Está marcada para 31 de

agosto, no Teatro TA1B, a estréia de Murro em Ponta de Faca, ultima peça escrita por Augusto Boal no seu oxilio em Lisboa. Nela, Boal - que em tempos recentes tem sido citado na imprensa brasileira mais pelas dificuldades que enfrenta como exilado (a revalidação do seu passaporte foi um episódio dramático) do que pelo trabalho que realiza em Portugal - fala de si

mesmo. Ou seja; das condi ções de vida dos brasileiros impedidos de voltar ao seu pais. No elenco estão Othon Bastos (o produtor do espeta culo), Martha Overbeck, Renato Borghi, Thaia Perez, Francisco Milani e Bethy Caruso. A direção é de Leon Hirzman, cineasta premiado que estréia em teatro. Músi cas de Chico Buarque de Holanda, cenografia e figuri nos de Gianni Ratto.

TKWBBWBSS

MURO DE ARR1M0 — Peça de Cailos üueiróz Telles (monólogo) que conta a histó ria de um pedreiro, suas reflexões e seus sentimentos durante um jogo do Brasil. Montagem do Grupo Núcleo Expressão de Osasco, com Rubens Pignatari, no único papel. Direção de Ricardo Dias. De 1 a 6 de agosto no Teatro João Caetano, rua Borges Lagoa, 650. 21 horas. Vinte cruzeiros.

FESTIVAL DE TEATRO AMADOR — Reunindo diver- sas peças. Dias 11, 12, 13, 18, 19, 20, e 22 a 27, no Teatro João Caetano. 2 1 horas. Vinte cruzeiros.

O SAGRADO E 0 PROFANO — De Cláudio Lacchesi, aluno da Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo, dirigido por ele mesmo. No Teatro Paulo Eiró, rua Adolfo Pinheiro, 765. De 1 a 6 de agosto às 21 horas. Vinte cruzeiros. Também no Teatro Martins Penna (Penha), de 8 a 13 e 15 a 20 de agosto. Mesmo horário e mesmo preço.

A PROCURA DE UM AMIGO — Musical infantil de

Landa Hook, com interpreta- ção do grupo «Os Corujinhas». Todos os instrumentos em cena são os personagens prin cipais dessa história, que fala da importância da amizade e do diálogo. No Teatro Martins Penna, dias 12 e13, 19 e 20 o 26 e 27. Aos sábados às 16 horas e aos domingos ás 10,30 e 16 horas. Vinte cruzeiros.

CARA OU COROA De José Luozeiro. A peça, do mesmo autor de Lúcio Flávio e Aracelli, meu amor, conta a história de dois marginais que raptam um pclidal, inverten do a relação policial bandido. A direção é de Rcberto Frota, com coordenação musical de Fátima Guedes. No elenco; Jorge Ramos, José Alberto Cotta e Antônio Pompeu. Atenção; estréia nacional no dia 22, às 21 horas, no Teatro Arthur Azevedo. Fm cartaz no mesmo teatro até o

dia 3 de selembro. As horsa. Vinte cruzeiros.

DESGRAÇA DE UMA CRIANÇA — De Martins Penna. Pelo grupo de Teatro Itinerante do Teatro Popular do Sesi, sob direção de Ales sandro Memmo. Cenografia de Arquimedes Ribeiro e figu rinos de Diogo Angélica. Com Marly Brand, Diogo Angélica, Miro Martins, Gibe, Laudi Fernandes e Marcelo Couti nho. Nos dias 3, 4 e 6 de agosto, ás 20,30 horas e 5 de agosto, às 19 e 21 horas na Fundação das Artes de São Caetano do Sul.

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O EVANGELHO SEGUNDO ZEBEDEU — Uma peça exclu sivamente dedicada ao povo. História contada em forma de

cordel, usando uma troupe do circo, onde domadores opressores domam palhaços oprimidos. Montagem do Grupo de Teatro dos Banca rios. Texto de César Vieira. Direção, cenografia e figuri- nos de Laura Regina. Assis tència de direção de Julia Pasquale e direção musical de Vitor Bortolucci. Com atores amadores do Sindicato dos Bancários. Sábados e domin- gos às 20 horas. No Circo dos Bancários rua Voluntário da Pátria, 547, Santana. Ingressos: normal, trinta cruzeiros; bancários, dez cruzeiros; bancários sindi- calizados: grátis e trabalhado- res sindicalizados em geral: 15 cruzeiros.

**• CAPOEIRA RODA FESTA,

MANIFESTAÇÃO DE UM, POVO — Espetáculo de. teatro, música e expressão, corporal, apresentado pelo, grupo Capitães de Areia, que aborda a opressão da cidade grande sobre o trabalhador. Texto, roteiro e. música são de Almir das Areias. Direção de Gabriel Mendes e direção musical de Dado Percussão. No Auditório Mec-Funarte Alameda Nothman, 1058. Ingressos: Cr$ 60 e 30 (estu danto), horário normal. Do dia 1' ao dia 13 de agosto.

N. da R. - Esta seção desti- na se á divulgação de peças itinerantes, amadoras oupro- fissionais. Material deve ser enviado à redação do jornal com a maior antecedência possível.