O Jornal - Edição nº9

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SUPLEMENTO ESPECIAL - PENICHE MAR, SABOR E TRADIÇÃO ANO I | N.º 9 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | QUINZENAL | 2 julho 2012 Peniche Luís Filipe Vieira inaugura nova imagem da Casa do Benfica Óbidos Regresso ao passado de 19 de julho a 12 de agosto Caldas da Rainha Dânia Neto atraiu milhares ao Vivaci // P 3 // P 6 // Suplemento Especial Peniche // P 8 Armadores e pescadores em defesa da sardinha

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Jornal da Região Oeste

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2 julho 2012

SUPLEMENTO ESPECIAL - PENICHE

MAR, SABOR E TRADIÇÃO

ANO I | N.º 9 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | QUINZENAL | 2 julho 2012

PenicheLuís Filipe Vieirainaugura nova imagem da Casa do Benfica

ÓbidosRegresso ao passado de 19 de julho a 12 de agosto

Caldas da RainhaDânia Neto atraiu milharesao Vivaci

// P 3

// P 6

// Suplemento Especial Peniche

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Armadores e pescadoresem defesa da sardinha

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| abertura

Rogério Cação, presidente da Co-missão Municipal de Acompanha-mento do hospital, explica que a manifestação, “é uma iniciativa assumida conjuntamente pelas três comissões de utentes dos hospitais da região e sobretudo pretende mo-bilizar as populações para um facto: o desmantelamento da saúde na re-gião Oeste”. O fim da cirurgia, a de-sativação do bloco operatório, a re-dução das camas de internamento, a perda de consultas externas na área da ortopedia e urologia, o encerra-mento dos laboratórios e o funcio-namento da radiologia até à meia-

“Não deixem para os outros aquilo que deve ser umadecisão de todos”No dia 7 de julho pelas 21h30 realiza-se uma marcha pelos hospitais de Peniche, Caldas da Rainha e Torres Vedras organizada pela Plataforma Oestina de Comissões de Uten-tes da Saúde. Em Peniche o percurso tem início na Câmara Municipal e termina junto ao hospital

-noite são as principais razões para soar o alarme na cidade de Peniche. Rogério Cação fala em incumpri-mento de promessas. “A garantia de que a cirurgia iria funcionar, que íamos ter mais consultas de especia-lidade e que o hospital de Peniche iria funcionar exatamente como es-tava, mas o que vemos é exatamen-te o contrário, não só não continua, como estão a retirar serviços”. A iniciativa vai decorrer em simul-tâneo nas três cidades cujos hospi-tais a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) pretende fundir num

centro hospitalar único para todo o Oeste. Por não concordar com es-tas medidas, a Plataforma Oestina de Comissões de Utentes da Saú-de, chefiada por António Curado, também presidente da Comissão de Utentes “Juntos pelo nosso hospital” das Caldas da Rainha, a Comissão de Utentes de Saúde de Torres Ve-dras em conjunto com a Assembleia Municipal e a Câmara Municipal de Peniche organizaram esta marcha para reivindicar a sua posição. Para defender a orientação do Município de Peniche o seu presidente, Antó-nio José Correia, realça a importân-

cia do apoio hospitalar à população e não só. “Acrescentando a ativida-de agrícola às atividades marítimas como a pesca, a laboração constante das empresas dedicadas à transfor-mação do pescado, as atividades marítimo-turísticas - como a atra-tividade do surf – e até pelos 1300 alunos da Escola Superior de Turis-mo e Tecnologias do Mar de Peni-che, o Serviço de Urgência Básico

vai ter de continuar 24 horas por dia. Até pelo designo do mar dado pelo governo e pelos riscos que este com-porta, o mar tem de ser lembrado”. “É altura da população se juntar e de se manifestar pela saúde que quer no Oeste e dizer aos decisores po-líticos que as pessoas têm que ser ouvidas!” É este o apelo de Rogério Cação para a marcha marcada para este fim de semana.

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A cerimónia começou às 19h00 com a receção ao líder do clube encarnado nos Paços do Concelho, na Câmara Municipal de Peniche, pelo presiden-te da câmara, António José Correia, seguindo-se a inauguração da nova imagem da casa e um jantar onde ti-veram lugar os discursos, na cantina da Câmara Municipal, servido pelo restaurante Sardinha.O presidente da Casa do Benfica, Carlos Alberto Anunciação, abre a porta da casa a todos. “A Casa do Benfica de Peniche, para além de ser um elo de ligação ao clube, é tam-bém um espaço de convívio para to-dos os sócios, simpatizantes e todas as pessoas que nos queiram visitar”. António José Correia desejou “os melhores sucessos para a instituição

Casa do Benficacom imagem renovadaA nova imagem da Casa do Benfica de Peniche foi inaugurada por Luís Filipe Vieira, presidente do Sport Lisboa e Benfica, na passada sexta-feira, 29 de junho. A águia Vi-tória marcou presença e a sardinha também não faltou

em todos os domínios em que inter-vém e pela valorização das múltiplas modalidades que o Sport Lisboa e Benfica tem”.Na cerimónia estiveram presentes, para além dos cerca de 200 popu-lares, o vice-presidente do Sport Lisboa e Benfica, Almeida Lima e a antiga glória do clube encarnado José Augusto. Luís Filipe Vieira co-meçou por dirigir palavras de elogio à Casa do Benfica de Peniche, “é um orgulho poder contar com uma Casa do Benfica com esta força, com esta qualidade, com esta capacidade de fazer e fazer bem.” Não esqueceu os sócios e os adeptos do clube, “um clube como o Benfica sempre se construiu em função dos seus sócios porque no fundo sempre foram eles

que projetaram o clube, que o fize-ram crescer e, em alguns momentos, tiveram a coragem de o salvar! Esta é a verdadeira riqueza do Sport Lis-boa e Benfica, as suas pessoas!” E não deixou, como é costume nestas inaugurações, de dedicar parte do seu discurso à equipa principal do fute-bol encarnado. “Vamos arrancar para uma nova época com confiança e va-mos contar com um plantel de enor-me qualidade e com muitas soluções, um plantel que qualquer clube da Eu-ropa se orgulharia de ter”, afirmou no início do jantar com os sócios. Ao presidente encarnado foi entre-gue um quadro ilustrando o símbolo do Sport Lisboa e Benfica em Renda de Bilros e claro, algumas latas de sardinha de Peniche.

A comemoração do primeiro ani-versário da elevação de Ferrel a vila teve lugar junto à Associação Recreativa Cultural, e Desportiva, no dia 23 de junho.As celebrações contaram com a presença de Jorge Gonçalves, que aquando do seu mandato de depu-tado na Assembleia da República propôs a elevação. “Ferrel era a única freguesia no concelho de Peniche que não tinha este estatu-to. Na minha opinião, e para quem tem um enquadramento histórico de Ferrel, era justa esta distinção. É bom recordar que foi prova-velmente a freguesia que mais se desenvolveu desde o 25 de abril”. O ex-autarca, que também foi ho-menageado pela terra, adianta que, “esse desenvolvimento é fruto do trabalho das pessoas de Ferrel que ajudaram a criar e a desenvolver a localidade”. O processo começou em novem-bro de 2010, aquando da entregua da proposta, e no dia 6 de abril de 2011 foi aprovado por unanimida-de em Assembleia da República e a 9 de maio pelo Presidente da

Ferrel é vila há um ano

República, Aníbal Cavaco Silva. O decreto-lei foi publicado em Diário da República a 22 de junho do ano passado, mas só entrou em vigor cinco dias depois. Silvino João, presidente da Junta de Freguesia de Ferrel, refere que esta distinção permite uma maior reivindicação. “Comparativamen-te às outras freguesias centrais somos das menos desenvolvidas atualmente, por não sermos vila. E ai exijo que a câmara faça algu-ma coisa, porque no verão vamos quadruplicar a população e como freguesia temos de ter coisas para lhe dar, mas nesta altura não temos condições de o fazer, nem finan-ceira nem humanamente”.As cerca de 300 pessoas que du-rante todo o dia assistiram à come-moração, composta por atuações dos grupos de acordeões, “Amigos de Ferrel”, do rancho infantil, “Os Camponeses da Beira-Mar” e os Pé D´Areia, tiveram direito a um jantar convívio acompanhado pelo baile com o duo musical “Bué da Fixe”.

Laura Farto, de 64 anos de idade, foi condenada a 17 anos e meio de prisão efetiva pelo homicídio de Paulo Jorge Martins, proprietário de uma churrasqueira em Ferrel. O tribunal decretou também o pa-gamento, à família da vítima, de uma indemnização de mais de 250 mil euros. O marido, José Louren-ço dos Santos, de 69 anos, acusado neste processo de omissão de au-xílio, foi condenado a seis meses com pena suspensa durante um ano. O advogado da família do empresário aproveitou para aler-

17 anos e meio por crime de Ferreltar a falta de coordenação entre as forças policiais e o ministério público, dado que a primeira quei-xa contra o casal criminoso foi feita em janeiro de 2010, quando a vítima e a viúva foram ameaça-dos com a arma de fogo e fizeram queixa na GNR.Recorde-se que o crime aconteceu a 25 de maio de 2011 quando a julgada abateu a tiro Paulo Jorge Martins em plena via pública na cidade de Peniche. A defesa tem até 30 dias para recorrer da sen-tença.

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O mentor desta ideia, Rogério Ca-ção, explica que o objetivo desta atividade é “fazer uma chamada de atenção contra o consumo e tráfico de droga. O Drogas Népia não é vis-to como um torneio, mas sim uma jornada de convívio onde se possa juntar o maior número de pessoas a dizer não à droga e mostrar que há outras alternativas, como a prática desportiva”. O Drogas Népia contou com 24 jogos de futebol de 7, tradu-zindo a participação de 48 institui-ções/associações representadas por cerca de 500 participantes do con-celho de Peniche. O primeiro jogo, entre as entidades camarárias, teve início às 15 horas de sábado, dia 23, e o apito final do último encontro

Corte às drogasO Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, a 26 de junho, foi pro-movido pela Acompanha, Cooperativa de Solidariedade Social, nos dias 23 e 24 desse mês, com a segunda edição do Drogas Népia, um encontro de futebol com duração de 24 horas, no Parque Urbano da Cidade de Peniche. Hélder Cabral deu o pontapé de saída

soou às 15 horas do dia seguinte. O pontapé de saída desta “marato-na” foi dado por Hélder Cabral, jo-gador de futebol profissional, de 27 anos, natural de Peniche, atualmente a atuar na Associação Académica de Coimbra, onde conquistou esta tem-porada a Taça de Portugal. “Quero dar a minha contribuição para que as pessoas entendam que as drogas são uma coisa perigosa e prejudicial para a saúde. Espero que os presen-tes possam perceber isso e apelo à prática desportiva para uma vida mais saudável”.O Inquérito escolar sobre álcool e outras drogas, de 2011, a que res-ponderam cerca de dois mil alunos portugueses, revela que 29 por cento

de jovens portugueses fuma, 8% já consumiu cannabis e 7 por cento dos inquiridos usou tranquilizantes sem receita médica. Para ajudar a com-bater estes números, António José Correia, presidente da Câmara Mu-nicipal de Peniche - já equipado a rigor para o jogo inaugural do Dro-gas Népia -, defendeu que, “a men-sagem desta atividade deve chegar à administração central. Estas orga-nizações, como a Acompanha, que estimulam e apoiam estas iniciativas não podem sofrer as consequências da Tróika, porque estas intervenções de proximidade, pela sua dimensão social e mobilização de alerta, não deveriam ser prejudicadas”.

A Sessão Comemorativa da Efe-méride das bodas de ouro da obra “Peniche na História e na Lenda”, de Mariano Calado, no dia 26 de junho, no Auditório do Edifício Cultural da Câmara Municipal de Peniche, foi uma iniciativa do Rotary Clube de Peniche em par-ceria com a Associação Juvenil e do Município de Peniche. Na primeira parte da sessão o autor da obra explicou o porquê da sua realização e a segunda parte fi-cou reservada ao último capítulo, “Amanhã, uma Esperança…”Mariano Calado, nasceu em Al-meirim, a 10 de junho de 1928, e mudou-se para Peniche aos dois anos de idade. É Licenciado em Psicologia Social e Mestre em História Regional e Local pela Universidade de Lisboa. O escri-tor revelou que o livro nasceu do facto de ter sido preso político, “foi uma passagem temporal re-lativamente pequena, porém, ex-tremamente rica em experiência de vida, de compreensão do so-frimento humano e enriquecedora espiritualmente”. O sentimento que nutre por Peniche deu-lhe um incentivo extra para escrever “Peniche na História e na Lenda”, “especialmente pelo amor que sinto pela minha terra adotiva e pelo sentimento de raiva e revol-ta. Não apenas pela injustiça da situação que me fora criada, mas sobretudo pela imagem negativa da existência de uma cadeia polí-tica onde outros homens sofriam também, injustamente, pelo facto de lhes ser proibida a liberdade de pensarem de maneira diferente da governação que existia no país. As publicações sobre a história da nossa terra eram praticamente ine-

50º aniversáriodo “Peniche na

História ena Lenda”

xistentes e tinha de tentar, a todo o custo, proclamar que Peniche não era nem o produto da provocatória história dos Amigos de Peniche nem tão pouco o hospedeiro vo-luntário de uma odiosa cadeia po-lítica. Mas era uma terra de gente simples, trabalhadora e honesta”. “Amanhã, uma Esperança…”

Neste último capítulo da obra estão referidos alguns projetos, ideias e sugestões que Mariano Calado, por ele, ou por iniciativa de ou-trem, considerava de necessária concretização. Oito destas ideias foram apresentadas ao público, sendo previamente apresentadas por um texto retirado da obra. António José Correia, presidente da Câmara Municipal de Peniche (CMP), apresentou os projetos do porto de pesca, Luís Fernando Al-meida, docente e membro do con-celho instalador da Escola Supe-rior de Turismo do Mar explicou o projeto da escola superior de pes-ca. A criação do fosso da muralha foi explicada pelo ex-presidente Jorge Gonçalves, seguindo-se outra ex-presidente, Fátima Pata, que escrutinou o nascimento do Museu Municipal de Peniche. A elevação de Peniche a cidade foi explicada por Reinaldo Gomes. O atual vice presidente da CMP, Jor-ge Amador, fez uma apresentação sobre uma arte da região, as Ren-das de Bilros. O Monumento ao Homem do Mar teve origem num artigo publicado em 1957 e o seu autor, o professor Seara, explicou--o. Para finalizar, João Augusto, ex-presidente da CMP esclareceu o processo de construção da bar-ragem de São Domingos.

No dia 24 de junho, no recinto jun-to aos Bombeiros Voluntários de Peniche, pelas 13 horas, foi criado um cordão humano em forma de peixe. “Pelo fim da sobrepesca” é o tema das Semanas Europeias do Peixe, organizada pela OCE-AN2012 - uma aliança de mais de 160 organizações internacionais – que tem o objetivo de transformar a política europeia de pescas: pa-rar com a sobrepesca, acabar com

Pelo fim da sobrepescaas práticas de pesca destrutivas e assegurar uma exploração justa e equitativa de stocks saudáveis. A OCEAN2012 refere que “a so-brepesca está a esvaziar os mares de peixe”, pedindo aos políticos, como responsáveis, para tomarem decisões que acabem com os ex-cessos cometidos nas pescas. No dia anterior foi criado também um cordão humano na cidade de Lisboa.

PROPRIEDADE:Hora H - Agência Global de Comunicação Unipessoal, Lda.

DIRETOR E ADMINISTRADOR:Luís ParreiraREDAÇÃO:Dina Aleixo, Letícia Martins e Marcelo ChagasCOLABORADORES:João Carlos Costa, José Monteiro, Nuno Jorge, António Marques e Carlos TiagoPAGINAÇÃO:vto | design

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A partir de hoje, dia 2 de julho, o OBI – Transporte do Concelho de Óbidos tem novos horários. O horário de Verão do OBI pro-longa-se até ao dia 31 de Agosto, durante os dias úteis, com destino à praia do Bom Sucesso.O OBI procura ajustar-se às ne-cessidades existentes, tendo, por isso, um modelo de percursos e horários muito flexível. Durante o Verão, privilegia-se o acesso às praias do concelho.Para os utentes permanentes do programa municipal Melhor Ida-

OBI com horário de verãode, ou os possuidores do cartão Via Verde para a Cultura, a utili-zação deste transporte é comple-tamente gratuita.Recorde-se que OBI foi inaugu-rado no dia 11 de julho de 2007, através de um protocolo assinado com a Rodoviária do Tejo e o Mu-nicípio de Óbidos.O custo dos bilhetes está dispo-nível para consulta nas Juntas de Freguesia, Centros de Convívio, Câmara Municipal de Óbidos (Centro de Intervenção Social [CIS]).

Celebra-se durante o mês de julho, o 257º Aniversário da Freguesia de A-dos-Negros, concelho de Óbidos.As comemorações iniciaram-se a 1 de julho (Dia da Freguesia), com a abertura da exposição “Palavras Es-

A - dos - Negros em festa

critas, Etnografia e Fotografia”, naantiga escola primária da localidade.De 6 a 8 de julho, no mesmo local de A-dos-Negros, existe a oportunidade para visitar, de novo, a mostra “Pa-lavras Escritas, Etnografia e Fotogra-

fia”, a partir das 14h30.Finalmente, no dia 13 de julho, a partir das 8 horas, está agendado um passeio para maiores de 65 anos, inti-tulado “Rota dos Monges e das Mon-jas de Cister”.

A Assembleia Municipal de Óbidos aprovou, na última reunião, a cedên-cia de dois depósitos de água, ava-liados em um milhão de euros, no Bom Sucesso, no concelho de Óbi-dos, que vão ser demolidos e subs-tituídos por novos reservatórios, fi-nanciados por um empreendimento turístico, como contrapartida para construção de um hotel.De acordo com a câmara, a demo-lição dos depósitos, que asseguram o abastecimento de água ao Bom Sucesso, vai “resolver o problema da falta de capacidade de armazena-mento de água”.Os depósitos, explicou Humber-to Marques, “têm uma capacidade muito inferior às necessidades reais de toda a envolvente deste pólo tu-rístico, o que justificava a constru-

Demolição de depósitos de água do Bom Sucesso envolta em polémicação de novos reservatórios, sob pena de colocar em causa o abastecimen-to público”.Construídos a cerca de um quilóme-tro de distância dos atuais, os novos reservatórios foram financiados pela empresa detentora do empreendi-mento “Royal Óbidos”, num inves-timento de três milhões de euros.“Com esta obra fica garantido o abastecimento às cerca de cinco mil pessoas que habitam o Bom Su-cesso, mas também, no futuro, aos ocupantes das 20 mil camas turís-ticas dos novos empreendimentos”, esclareceu Humberto Marques.A cedência dos depósitos contou com os votos contra da bancada do PS e da CDU.A demolição dos depósitos está também a ser contestada pela co-

missão de moradores do Bom Su-cesso, que enviou ao Parlamento Europeu um dossier alertando para a necessidade de “averiguar se estão a ser cumpridas as regras que têm que ser observadas quando se pretende deitar abaixo uma obra financiada pela União Europeia (UE)”, afirmou José Carvalho Encarnação.A comissão de moradores considera a demolição “um desperdício de di-nheiro num momento em que o país atravessa a maior crise económica da sua história”.No dossier enviado ao Parlamento Europeu, os moradores reivindi-cam a manutenção dos reservatórios que dizem ter posto fim “ao caótico abastecimento de água dos cerca de vinte bairros do Bom Sucesso”.

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ANÚNCIO DE CEDÊNCIA DE EXPLORAÇÃO DO ENTREPOSTO FRIGORÍFICO DE PENICHE

Pelo presente, torna-se público que a Docapesca aceita propostas com vista à cedência das instalações que compõem o Entreposto Frigorífico de Peniche.

Prazo para apresentação das propostas: 13/07/2012 - 17h00

Condições disponíveis em: www.docapesca.pt

O Mercado Medieval de Óbidos vai voltar a transformar a Vila de Óbidos num burgo da idade média entre 19 de julho e 12 de agosto.Durante 16 dias, bobos, cuspidores de fogo, dançarinos, músicos e jograis especialistas nas artes de divertir as gentes invadem a vila transportando o visitante para outra dimensão.Na zona mais a Norte, local privi-legiado pela sua ambiência tosca, o visitante começa a viagem no tempo por entre tabernas de comes e bebes, artesãos e mercadores oriundos dos quatro cantos do Reino… Nos últimos anos o Mercado Medie-val de Óbidos tem dado ênfase aos aspetos mais relevantes da História de Óbidos, centrando-se na temática da Casa das Rainhas.Nesta edição o certame vai recriar as cerimónias esponsais de D. Afonso V e D. Isabel de Coimbra e abordar a te-mática do casamento na Idade Média. O casamento de D. Afonso V com D. Isabel de Coimbra realizou-se em Santarém em 1447, no entanto as ce-rimónias esponsais realizaram-se na Igreja de Santa Maria, quando ambos tinham nove anos de idade.Aberto de quinta-feira a domingo, o certame pode ser visitado pelo preço de seis euros, sendo a entrada gratuita para menores de 12 anos. As ceias medievais vão custar 35 eu-ros por pessoa e deverão ser reserva-das até 24h antes da data pretendida, mediante pagamento de 50% do valor total da ceia.

Mercado Medieval regressa a 19 de julho

Igreja de São Tiago116 horas de animação musical32 horas de torneios16 horas de cortejos18 horas de danças medievais

MERCADO MEDIEVAL DE ÓBIDOS EM NÚMEROS

A Assembleia Municipal de Óbi-dos aprovou, na última sessão, o lançamento do Concurso Público para Cessão do Direito de Utili-zação da Igreja de São Tiago e Exploração da Grande Livraria de São Tiago. A instalação de uma livraria na Igreja não mere-ceu, no entanto, o voto favorável das bancadas da CDU e do PS, considerando esta última que o projeto vai contra o protocolo entre a câmara e a paróquia.O protocolo, entre a autarquia e as Igrejas paroquiais de São Pe-dro e Santa Maria estabelece a cedência das igrejas para a reali-zação de “atividades de natureza cultural” o que, para o PS, não se coaduna com a cedência do espa-ço à exploração privada de uma “atividade comercial”.A igreja, localizada no centro his-tórico, beneficiou de um projeto de recuperação e restauro orçado em mais de 186 mil euros, com-participados por fundos comu-nitários e no âmbito da reabili-tação, o gabinete de arquitetura da câmara desenhou o mobiliário da futura livraria, composto de

estantes e balcões de linhas ar-redondadas, construídas em ma-deira e com a preocupação de não tocar nas paredes do edifício.O caderno de encargos refere que a instalação da livraria na igreja se insere “num programa de rea-bilitação dos edifícios que se en-contravam devolutos, ou parcial-mente devolutos, a reabilitação de espaços públicos e dinamiza-ção económica, social e cultural da vila de Óbidos, estimulando o desenvolvimento de atividades criativas e a produção artística”.A câmara considera ainda que a exploração da livraria por priva-dos “tem em vista a atribuição de um uso compatível com as carac-terísticas histórico-culturais do edifício, procurando introduzir uma nova atividade económica, de acordo com a estratégia global definida na área cultural”.A maioria PSD acabou por apro-var o lançamento do concurso pú-blico para a cedência do espaço para a instalação da livraria que a câmara tinha anunciado a inten-ção de ter em funcionamento no primeiro trimestre deste ano.

O campo de Golfe do Bom Su-cesso recebeu, a 17 de junho, a primeira edição do projecto Putts Solidários, um projeto de apoio a causas sociais através do golfe. A totalidade dos green-fees re-verteu a favor das duas causas apoiadas: o projecto Olha-te e Viva Mulher Viva, de apoio a do-entes com cancro.O torneio contou com o enorme apoio da PGA Portugal, cujo pre-sidente, José Correia juntou-se ao evento, bem como os profissio-nais Tó Rosado e Hugo Santos, 1º e 2º lugar do campeonato na-cional. Várias figuras públicas, também jogadores de golfe, fizeram ques-tão de marcar presença no torneio entre eles Ricardo Pereira, antigo guarda-redes da seleção nacional, bem como Manuel Serrão e Júlio Magalhães. No final do torneio, decorreu um

Putts solidários no Bom Sucessoalmoço de entrega de prémios no Club House do Bom Sucesso, onde Ricardo Pereira se sagrou o grande vencedor da partida. Realizou-se também um sorteio e leilão de inúmeras peças dadas por diversas marcas que apoia-ram o evento, o que permitiu an-gariar um valor de cerca de 3.000 Euros, de acordo com a organiza-ção, e que agora irá ser distribu-ído pelas duas causas apoiadas. Segundo Luís Marto, adminis-trador do Golfe do Bom Sucesso “esta iniciativa teve a nossa ade-são desde a primeira hora uma vez que a abertura à comunidade local foi desde sempre uma pre-ocupação do resort. Queremos fazer parte da comunidade local incentivando não só a agenda cultural como as suas causas so-ciais”.

12 horas de espetáculos de palco 3 horas de assalto ao castelo / confronto bélico 48 horas de animação de rua

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O Sindicato dos Enfermeiros Por-tugueses reuniu, no passado dia 28, com a administração do Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON) para exigir o pagamento das horas de qualidade a 28 enfermeiros sub-contratados, com verbas em atraso desde Outubro do ano passado. Para além dos enfermeiros o atraso nos pagamentos afeta um total de 51 trabalhadores, entre os quais psicó-logos, assistentes operacionais e ad-ministrativos, que prestam serviço nos quatro hospitais do CHON: o hospital termal e distrital das Caldas da Rainha, o hospital de Peniche e o hospital de Alcobaça. Os trabalhadores são subcontratados através da empresa Complementus que, segundo o sindicato “justifica o

Atrasos nos pagamentos a funcionários doshospitais do CHONMais de meia centena de trabalhadores subcontratados a prestar serviço no CHON quei-xaram-se de atrasos no pagamento das horas de qualidade, mas o conselho de adminis-tração garante que a situação está regularizada

atraso nos pagamentos com a exis-tência de uma dívida do CHON”. O presidente do conselho de admi-nistração do CHON, Carlos Sá, con-firmou à Lusa uma dívida à empresa “na ordem dos 250 mil euros”, que o centro hospitalar “teve dificuldades em pagar devido à Lei dos compro-missos”. Segundo o administrador, “a situa-ção foi regularizada no final da se-mana passada e durante a reunião foi comunicado ao sindicato que até 8 de julho os funcionários receberão o ordenado de junho e, até ao final desse mês serão pagas as horas de qualidade em atraso”. Guadalupe Simões, dirigente na-cional do sindicato anunciou ainda a intenção de exigir ao Ministério

da Saúde que cerca de 3000 enfer-meiros com vínculo precário sejam admitidos na função pública.O SEP estima que a medida pos-sa abranger “cerca de 2500 a 3000 enfermeiros, entre subcontratados e contratados a termo certo a traba-lhar no sector público administrati-vo”, incluindo hospitais e centros de saúde de todo o país. Segundo o sindicato , no regime de subcontratação, “cada enfermeiro custa ao Estado mais de mil euros a mais do que o seu vencimento”, o que significa que “a sua inclusão no quadro daria praticamente para con-tratar outro enfermeiro a um ordena-do base de 1020 euros”.

A Rede Social das Caldas da Rai-nha assinalou as comemorações do Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas (26 de junho), com um conjunto de ações de sensibilização e pre-venção na área da toxicodepen-dência e do alcoolismo.As iniciativas foram inseridas no Plano de Ação 2012 - eixo de de-senvolvimento Saúde - e tiveram como objetivo informar e intervir no âmbito da toxicodependência e

Sensibilização e prevenção contra a drogaalcoolismo, através de atividades que envolvessem grupos específi-cos e a comunidade em geral.Um stand informativo instalado na Rua Miguel Bombarda e a pro-moção de ações de animação fo-ram as escolhas do dia 26, tendo programa prosseguido a 29 com karaoke na praça 5 de Outubro.No dia 30 as atividades prossegui-ram no Parque D. Carlos I com uma aula de Zumba, jogos tradi-cionais e pinturas faciais.

A XIV edição do Simpetra – Sim-pósio Internacional de Escultura em Pedra das Caldas da Rainha está a decorrer, no Centro de Ar-tes, desde o passado dia 1 até ao próximo dia 29. Este ano parti-cipam no evento os escultores Francesca Bernardini (Itália), Francisco Maia Pinto (Brasil), Majid Haghighi (Irão), Nando Al-

Simpósio Internacional de Esculturavarez (Espanha), Pauls Jaunzems (Letónia) e Thierry Ferreira (Por-tugal) que vão usar mais de três toneladas de pedra e esculpir seis peças de grande dimensão.A par com o simpósio vai rea-lizar-se, de 4 a 10 de julho, um workshop de escultura em pedra, que terá como monitor o escultor caldense Vítor Reis.

Dezenas de comerciantes junta-ram-se para limpar das paredes dos seus establecimentos e de espaços públicos da cidade os grafittis, numa iniciativa da Asso-ciação Comercial dos Concelhos das Caldas da Rainha e Óbidos (ACCCRO).A limpeza iniciou-se na entrada da cidade, com a retirada de gra-fittis da estátua da Rainha e pros-seguiu, ao longo do dia de sábado, pelas principais ruas do comércio.O presidente da câmara, Fernando Costa, juntou-se à iniciativa para

Comerciantes limparam grafittisprometer que “a câmara vai dis-ponibilizar um espaço para este tipo de arte, onde os interessados poderão fazer as suas pinturas sem andarem a deixar assinaturas por toda a cidade”.A promessa deixou satisfeitos os grafitters e a associação comercial garantiu que a ação de limpeza vai voltar às ruas da cidade e apelou aos comerciantes que recorram aos produtos adquiridos pela ACCCRO para efetuarem a lim-peza das pinturas assim que elas forem feitas.

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Mais de 4.500 pessoas passaram pelo centro comercial VIVACI Cal-das da Rainha para assistir ao desfile de moda com o tema “Caldas da Rai-nha, Cidade das Artes”, que levou à passerelle meia centena de parti-cipantes e contou com os dotes de apresentadora de Dânia Neto, a Glo-rinha, da telenovela “Rosa Fogo”. À atriz coube o anúncio dos vence-dores do casting de modelos – que levou até à passerelle do centro co-mercial cerca de 450 pessoas à pro-cura de um lugar no mundo da moda –, organizado pelo centro comercial. Na categoria infantil, o primeiro lu-gar foi atribuído a Lucas Yassue, de

Dânia Neto apresenta desfile de moda no Vivaci

10 anos. Alexandra Domingos, de 26 anos, e Lucas Cavallini, de 21 anos, foram distinguidos na catego-ria juvenil/adulta. Os três grandes vencedores do talent hunt foram premiados com um book fotográfico.Além dos premiados a organiza-ção destaca ainda a participação de João Matias, jovem que, apesar de se deslocar numa cadeira de rodas, tem perseguido o sonho de se afir-mar no mundo da moda, tornando--se o primeiro modelo paraplégico português. Os participantes tiveram a oportu-nidade de perceber como funciona

uma verdadeira megaprodução de moda, com direito a uma zona de 400 metros de bastidores, quatro ma-quilhadoras, três cabeleireiras e, até, um bar, onde usufruíram de sumos naturais e frutas. Para os responsáveis do centro co-mercial, o balanço da iniciativa é positivo: “Graças à participação de todos os nossos visitantes, a inicia-tiva revelou-se um sucesso”. “Tam-bém os lojistas do centro comercial, que cederam as roupas e acessórios para o desfile, contribuíram para êxito da iniciativa”, acrescentam os responsáveis.

Música, dança, workshops, cursos e aulas abertas invadem Caldas da Rainha até ao próximo dia 21, com a edição 2012 do Musicaldas, um festival promovido pelo Con-servatório de Música. “Música no Movimento” é o tema do evento que alia o jazz e músicas do mundo à música eru-dita, numa edição que, segundo Aurélian Lino, diretor artístico do Festival, “é mais aberta à cidade e mais apelativa a um público de todas as gerações, mas sem sacri-ficar a qualidade”.O festival arranca no dia 3, no Centro Cultural e de Congressos (CCC) das Caldas da Rainha, com a Companhia Nacional de Baila-do, a abrir um cartaz em que se destacam os concertos de Michel Portal com Bojan Z, no dia 13, (uma formação inédita em Por-tugal), o espetáculo gráfico Mi ré Miró (dia 8) e a Charada da Bi-charada, no dia 15, com a partici-pação de Alice Vieira.Aos palcos da cidade, incluin-do museus e recintos ao ar livre, subirão ainda formações como OrAnGoTaNgo, Daniel Silva, Ivan Robiliard Trio e os concertos de professores e jovens músicos.

Musicaldas 2012 até 21 de julhoO projeto que reúne as vertentes pedagógica e artística, tem entre os seus pontos altos o Curso de Verão, este ano, com “uma área dedicada às Músicas do Mundo”, incluindo cursos de Piano Tango, Guitarra Portuguesa, Guitarra Fla-menca e Percussão Flamenca.O curso é ministrado por cerca de 25 professores e o trabalho dos alunos é mostrado ao público a 21 de julho, no CCC, num concerto final.O festival proporciona ainda workshops, para todos os instru-mentistas, nas áreas de Música Tango, Flamenco, Dança Folk ou, “como construir um Home--Studio”. Com um orçamento de 90 mil euros (comparticipados em quase 50% pela Direção Geral das Ar-tes (DGA) e em 15% pela Câmara das Caldas da Rainha), o festival conta com espetáculos até aos 15 euros e outros “a preços simbó-licos de um ou dois euros, para tentar que seja o mais acessível possível”.Os interessados em assistir a to-dos os espetáculos poderão optar pela aquisição de um passe, no valor de 50 euros.

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Av. do Mar N.º 90 | PENICHE - PORTUGAL | Tel. 262 781 480

SUPLEMENTO ESPECIAL - PENICHE

MAR, SABOR E TRADIÇÃO

Especialidades da Casa

- Caldeirada à Peniche- Cataplana de Marisco- Arroz de Tamboril e Marisco- Festival de Cantaril- Peixe fresco grelhado

2 julho 2012 | SUPLEMENTO ESPECIAL 1

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Qual o papel da cooperativa na regula-ção da pesca?A OPCENTRO é uma organização de produtores de peixe devidamente reco-nhecida pelo Estado português e pela União Europeia. Esse estatuto advém da lei comunitária, neste caso da organiza-ção comum de pesca e dos mercados, que permite aos organismos coletivos orga-nizarem-se e serem reconhecidos como organização de produtores. É um instru-mento ao serviço dos produtores que ser-ve para implementar regras no sentido de regular a primeira venda do pescado em lota, ou seja, tentar equilibrar a oferta de acordo com a procura.

A OPCENTRO (Cooperativa da Pesca Geral do Centro) de Peniche, uma das nove organizações de produtores do país re-conhecida para a espécie da sardinha, tem cerca de 100 em-barcações - 70 em Peniche e 30 na Nazaré -, abrangendo perto de 900 pescadores. Apesar de este não ser um ano de ouro, a sardinha continua em alta, mais não seja no preço. Humberto Jorge, presidente da OPCENTRO dá-nos a conhecer o estado da espécie da nossa costa

Estão a ser criadas restrições ao “qui-nhão” do pescador? A lei que regula a primeira venda do pes-cado diz que todo o pescado fresco tem de passar em lota. Mas há exceções, como o peixe para alimentação das tripulações, e esse pescado pode sair em lota, mas a tri-pulação tem de ir junto à DOCAPESCA requisitar as guias para que os pescadores possam sair com ele. É claro que, e falan-do nos casos do porto de Peniche e espe-cialmente na sardinha, pode não aconte-cer com pescadores que moram perto do porto, mas os pescadores que são de fora da cidade estão habituados aquando de le-var o “quinhão” para casa dirigirem-se à

DOCAPESCA para buscar a guia.

Qual a razão para a suspensão da certi-ficação da MSC?A ANOPCERCO (Associação Nacional de Organizações de Produtores de Cerco) decidiu envolver-se numa certificação in-ternacional ambiental - não de qualidade -, a Marine Stewardship Council (MSC), com a certeza de que iriamos colocar a sardinha portuguesa num patamar mais elevado, tal como os principais mercados internacionais. Não é a sardinha que é certificada, é a pescaria. Só é certificada a sardinha que for capturada com em-barcações de arte de cerco. A razão da suspensão do certificado do MSC deu-se pela situação do estoque e enquanto os or-ganismos científicos não fizerem um rela-tório a dizer que o estoque se situa acima do limite de segurança, a suspensão irá manter-se.

Que quantidade de sardinha tem vindo a ser capturada?No total nacional, até aos últimos dois

anos, as capturas de sardinha foram regu-lares, tivemos desembarques, de 1998 a 2008, na ordem das 70 mil toneladas às 80 mil. Em 2010, já com restrições que impusemos a nós próprios capturamos 63 mil toneladas, mas em 2011, com mais restrições impostas pela MSC não ultra-passamos as 57 mil toneladas.

O defeso da sardinha está a surtir efei-to?Defeso da sardinha é um plano corretivo onde nos primeiros cinco meses do ano a frota portuguesa se comprometeu a redu-zir as capturas em cerca de 50%. Passando a captura de 18.500 toneladas de sardinha para cerca de 9 mil, mas para correspon-der a esse compromisso tivemos também que proibir a pesca da sardinha durante 45 dias nesse período.

Daí o elevado custo da sardinha pelos santos populares?É uma situação recorrente todos os anos. A sardinha já vinha de um preço elevado por causa do defeso, com um aumento de

Humberto Jorge

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Rua Vasco da Gama, 81 a 93 | PENICHE | Tel. 262 781 820 | [email protected]

Especialidades:

- Lulas à Chefe flamejadas com Aguardente Velha- Bacalhau à Chefe- Bacalhau à Lagareiro- Polvo à Lagareiro- Cataplana de vários peixes- Caldeirada à Paraíso- Massada de Cherne- Arroz de Tamboril e Marisco

Ex-librís da casa: Leitão à Paraíso(confecionado no próprio restaurante)

ALTO DO FOZ - PENICHE

ESPECIALIDADES:

- CALDEIRADA À PESCADOR- ARROZ DE TAMBORIL- POLVO À LAGAREIRO- BACALHAU COM FRUTOS DO MAR- MASSADA DE MARISCO- CHOQUINHOS FRITOS À CASA- LULAS À LAGAREIRO- PEIXE DA COSTA FRESCO

“ SEM ESQUECER DE PROVAR ASOPA DE PEIXE COMO NINGUÉM FAZ”

Especialidades:CALDEIRADA À OCEANÁRIOCATAPLANA DE MARISCOAÇORDA DE MARISCOARROZ DE TAMBORILCHOQUINHOS GRELHADOSPEIXE FRESCO GRELHADO

Congelada ou Fresca?

“Sardinha congelada? Isso não presta para nada, quero é fresca!” É esta a resposta que muitos clientes dão aos funcionários de restaurantes quando estes dizem que não têm sardinha fresca. “É um preconceito com que eu não concordo”, assume Humberto Jorge, justificando: “a partir do momento em que ela tenha a gordura ideal, se for congelada fica sempre boa. Se for de boa qualidade com o máximo da gordura aquando da congelação, em setembro e outubro, é melhor que a sardinha quando se encontra magra, apesar de ser fresca. E quanto mais gordura melhor, como se diz: Pelo São João a sardinha pinga no pão, pelo Santo António, pode pingar ou não”.

Henrique Bertino

40 %, e este ano com o aproximar dos santos populares tivemos a infelicidade de na véspera coincidirem fortes norta-das que inviabilizaram só por si a pesca de cerco. No caso da venda da sardinha não há processo mais transparente, por-que é vendida em leilão, a formação do preço faz-se consoante a oferta e a procura naquele dia e naquele local. As grandes superfícies comerciais não que-rem perder os estoques de sardinha nas lojas, estão dispostas a tudo para as ter e os pequenos comerciantes não conse-guem combater esse preço.

Qual a melhor altura do ano para a pesca da sardinha?No segundo semestre do ano captu-ramos 2/3 da produção, onde há mais abundância, atingindo o ponto alto en-tre setembro e outubro. É nesses meses que ela vai ficando melhor se associar-mos a qualidade à gordura. Onde ela é mesmo desejada é quando começam os dias de verão com os santos populares,

mas apesar de elas não serem conside-radas boas, as pessoas dizem que estão ótimas porque vão ao desejo, passados três meses, quando elas estão muito me-lhores, as pessoas já estão “enjoadas” de sardinhas.

Qual a melhor: portuguesa ou espa-nhola?Depende da maneira como ela é captu-rada, na minha ótica a melhor maneira é com uma arte seletiva e que provo-que poucos estragos, nesse caso o me-lhor é a arte de cerco. Outro fator é em termos de capacidade de conservação, por ser uma espécie pequena e sensível degrada-se muito facilmente, quanto mais perto da costa estiver do local em que for capturada em melhor estado fica para ser consumida. Para um português ou galego não há sardinha melhor que a portuguesa, mas para um basco a sardi-nha de Peniche já chega lá com cerca de 72 horas de viagem e já não se encontra tão fresca. Henrique Bertino é o presidente do Sindicato dos Trabalhado-

res do Pescado do Centro e está preocupado com os homens do mar e com as pescas, essencialmente da sardinha. Explica--nos o porquê e propõe soluções, essencialmente de prevenção

Em que estado se encontra a pesca de Peniche?O estado é preocupante e tem-se vindo a agravar nos últimos 20 anos. A frota da pesca da sardinha diminuiu, os postos de trabalho também e consequentemente as capturas. Não tem havido uma política sustentável em relação às pescas e nós alertámos, quer as estruturas sindicais como as nacionais, que era preciso tomar

medidas de proteção dos recursos e para dignificar a profissão, até porque há pes-soas a retomar a atividade da pesca por falta de alternativas.

A pesca está a ser encarada como uma alternativa às dificuldades económi-cas?As alternativas em termos de emprego têm diminuído e as pessoas procuram a

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DESCONTO NÃO ACUMULÁVEL

Moradia NOVA T3, situada no Olho Marinho, composta por 2 pi-sos, cave, logradouro com áreas grandes e churrasqueira.€99000.

Rua Ant. Conceição Bento, 6-B2520-285 PENICHE

Apartamento de 4 assoalhadas COMO NOVO, situado ao nível do 1º andar num edificio locali-zado na freguesia da Conceição. Composto por piso, 2 varandas, arrecadação e estacionamento. € 105000.

Prédio com 3 apartamentos situado na freguesia da Con-ceição, necessita de restauro. Dos 3 apartamentos um deles encontra-se arrendado(Renda actual), estando os restantes 2, um T0 e um T2 com Terraço por habitar. €49000

pesca. Principalmente alguns jovens for-mam pequenas empresas para a explo-rarem, nomeadamente a pesca à linha, a dirigida e a das espécies mais nobres, como douradas e robalos, que proporcio-nam rendimentos mais elevados. Alguns já têm a apetência, o gosto e experiência da pesca, porque grande parte da popu-lação é oriunda de pescadores e mesmo indo mais tarde para as pescas têm lá o bichinho.

Esta adesão é benéfica para o setor?É, mas não o suficiente. As pescas não estão estruturadas porque o governo nun-ca deu atenção, as pescas têm sido um parente pobre, até já esteve para acabar pela pouca importância para o PIB. E há o prejuízo de algumas comunidades pisca-tórias, como Peniche, nunca conseguirem arranjar grandes alternativas e as ativida-des ligadas à pesca terem diminuindo.

Qual é o tipo de remuneração dos pes-cadores?Se apanharem peixe podem ganhar, mas as despesas também se vão acumulando – gasóleo, iscas, entre outras -, depois de tirar estas despesas é que se faz a divisão do bolo e pode não haver ganhos. As em-barcações maiores já deviam ter condi-ções para estipular uma remuneração fixa e variada, mas a maior parte dos armado-

res, dos donos dos barcos e das empresas não têm espírito aberto para discutir isso. Dizemos que estamos num país desenvol-vido, mas a maior parte dos pescadores não tem subsídio de natal e o de férias é mentira, está na lei, mas como não têm re-muneração não recebem, tal como o sub-sídio de alimentação. Mas se o vínculo do trabalhador com a empresa for quebrado é tratado no centro de emprego como outro trabalhador e recebe o subsídio de desem-prego, tal como o de doença.

Em que situação está o estoque da sar-dinha?O problema é que há pouca sardinha. Não é o facto de esporadicamente ter subido muito o preço, o problema é que se sente, pelas pessoas que andam no mar, que há problemas com a renovação dos recursos. Há problemas com o crescimento das sar-dinhas pequeninas, dos juvenis, há pouca sardinha a nascer.

O defeso da sardinha aplicado este ano é suficiente para o desenvolvimento da espécie?Não. Eu acho que muitas medidas são do “faz de conta”, há situações de rotura em que temos de ter a coragem para fazer as coisas. As medidas, na opinião do gover-no sindical das pescas, têm de ser mais radicais, e não cada um fazer a seu belo

prazer. É defeso para toda a agente e é pa-ragem para todos! Nós entendemos que o defeso devia ser uma medida obrigatória, principalmente quando sentimos que os recursos estão a diminuir – e são quase todos -, por precaução e proteção. Se há problemas de estoque, não são três meses de paragem, são quatro ou até mais, mas alguém tem de pagar a quem precisa de ganhar.

Há esse pagamento?Não. Devia haver forma de compensar os pescadores que não têm vencimento nes-ta altura e tem de se avaliar caso a caso, porque uns precisam e outros não. Não queremos que haja oportunismos à conta das dificuldades.

Soluções?Passam por medidas de precaução, que agora já são de necessidade extrema, com apoios aos pescadores. Há medidas como a paragem biológica, zonas em que se de-via proibir a pesca.

Há sardinha suficiente para sustentar o verão? Ninguém sabe. Há quem ande a percorrer a costa à procura, porque a sardinha anda sempre em movimento. E aqui temos três dificuldades: há pouca sardinha e o gasó-leo está caro, logo, isto provoca uma con-

tenção das viagens para a procura da sar-dinha. Isto é alarmante para Peniche, não só pelo comércio da sardinha em fresco mas pelas conservas.

Qual a importância das empresas de conserva na cidade?Há três fábricas de conserva, uma delas emprega muita gente e é muito importan-te para a nossa comunidade, podendo ser complicado não haver sardinha para tra-balhar em conserva.

Como se procede o recrutamento do produto por parte das conserveiras?Tradicionalmente, as fábricas de conser-va compravam mais sardinha aqui depois da época do verão, a partir de setembro, mas se calhar já não é assim. Há uma coi-sa onde há necessidade de melhorar, que é a forma como as conserveiras se abas-tecem e conservam o estoque, têm de ter condições de armazenamento do produto. Hoje em dia se não há produto elas não podem parar e têm de ir comprar a ou-tras empresas que congelaram a sardinha. Mas a maior parte do pescado usado vem daqui. Não é chocante que recebam a es-pécie de outro lado para trabalhar, até já congelada, o que pode haver é uma preo-cupação da nossa parte.

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região |

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Autarcas, advogados e populares contestam o que o presidente da câ-mara, José Manuel Vieira considera “uma medida implementada de for-ma cega” sem que a tutela permita aos concelhos afetados “confrontar com os números” do movimento processual dos respetivos tribunais.José Manuel Vieira considera que

Bombarral contra encerramento do Tribunal Judicial

a Comarca do Bombarral cumpre “todos os critérios enunciados no ensaio para a reorganização da es-trutura judiciária, concretamente, número de processos, distância su-perior a uma hora relativamente aos tribunais para onde se pretende fa-zer transitar os processos, qualidade das instalações, eficiência e rapidez

na conclusão dos processos”.No concelho onde a autarquia su-porta os custos de renda e eletrici-dade do edifício do tribunal, José Manuel Vieira considera que o encerramento do tribunal “vai sair muito mais caro ao Governo do que manter este serviço”.

A Unidade de Ensino Estruturado para alunos com Espetro do Au-tismo, sedeada na Escola Bási-ca Nossa Senhora do Pópulo, do Agrupamento de Escolas D. João II, presta apoio a seis alunos com a referida problemática e ainda a uma aluna com Multideficiência. Estes alunos beneficiam de inter-venção específica que se diferen-cia em termos de frequência e de estratégias, de acordo com as ca-racterísticas individuais. Ao longo do ano letivo foi preocu-pação de toda a equipa técnico-pe-dagógica proporcionar ambientes facilitadores da aprendizagem e experiências diversificadas que promoveram a comunicação/ ex-pressão e aumentaram a flexibili-dade de pensamento. Assim para além de todo o trabalho pedagó-gico desenvolvido em contexto de sala de aula e Unidade, foram estabelecidas parcerias, nomea-damente com o Conservatório de Música de Caldas da Rainha que voluntariamente através de duas docentes, acedeu colaborar com a Unidade de Ensino Estruturado,

Projeto de Musicoterapia paraalunos autistas no Agrupamento de Escolas D. João II

no âmbito da música/musicote-rapia. Assim, foi desenvolvido o projeto “ Nós e a Música” com abordagem à Musicoterapia. Pelo seu caráter lúdico e de livre ex-pressão, estas sessões não apre-sentaram pressões nem preocupa-ções exageradas com os resultados ao nível da música, constituíram sim um espaço privilegiado de co-municação e de promoção de vín-culos. A operacionalização deste projeto foi, como se previa, uma mais-valia para os alunos e suas famílias, equipa técnica pedagógi-ca, bem como para a escola.As sessões foram orientadas bis-semanalmente pelas professoras de Música do Conservatório de Caldas da Rainha, Catarina Evan-gelista e Lúcia Oliveira com a colaboração de docentes e assis-tentes da Unidade de Ensino Es-truturado - Autismo.O Subdepartamento de Educação Especial do Agrupamento D. João II, congratula-se com os resulta-dos obtidos com esta parceria, desejando que ela se mantenha no próximo ano letivo.

Numa parceria entre a Câmara do Cadaval e a Associação Filarmóni-ca e Cultural, realiza-se, até 14 de julho, a nona edição das Tocatas de Verão, um ciclo de espetáculos noturnos que que proporcionam à comunidade, de forma gratuita, uma oferta musical diferenciada.No dia 7 (sábado), pelas 21h30, na Praça da República, atua a Orques-tra Sinfónica Juvenil da Associação Musical de Cabanas de Torres, se-guida pelo Quarteto de Jazz da Es-

Tocatas de verão animam Cadavalcola do Hot Clube de Portugal.No dia seguinte, pelas 22h00, é a vez do grupo de rock “The Bourbon’s” animarem as hostes, concerto que também ele terá lugar no centro do Cadaval.As Tocatas encerram a 14 de julho (sábado), com mais um espetácu-lo de rock, desta vez pela mão dos “Summer Van”, que atuam, igual-mente, na Praça da República.Todos os concertos são de acesso gratuito ao público.

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Pretende a Docapesca Portos e Lotas, S.A., em articulação coma Câmara Municipal de Peniche, ceder a terceiros a exploração do seu Entreposto Frigorífico de Peniche. Atendendo a que uma entidade já manifestou a sua disponibilidade para tomar a seu cargo essa exploração, entendeu a Docapesca anunciar publicamente os termos e condições da cedência, para que todos e quaisquer intertessados possam, em igualdade de circunstâncias, concorrer à referida exploração.

1 – OBJETO DO ANÚNCIOPelo presente, torna-se público que a DOCAPESCA aceita propostas com vista à cedência das instalações que compõem o entreposto frigorífico de Peniche.

2 – ÂMBITO DO ANÚNCIOA cedência abrange a edificação, com 5392 m2 de área de implementação, compos-ta por sete câmaras frigoríficas de armazenagem e congelação e duplo piso parcial.

3 – DURAÇÃO DA ATRIBUIÇÃO DA EXPLORAÇÃOA atribuição da exploração do Entreposto Frigorífico de Peniche será feita por um período de quinze anos.

4 – ATIVIDADE DA EXPLORAÇÃOA atividade a desenvolver nas instalações terá que ter uma relação direta com a fileira do pescado, com especial incidência na área da pesca e/ou na indústria transforma-dora de produtos da pesca e atividades conexas.

5 – CELEBRAÇÃO DO CONTRATOA entidade a quem for atribuída a exploração celebrará, com a DOCAPESCA e com a CÂMARA MUNICIPAL DE PENICHE, o contrato de exploração do entreposto fri-gorífico de Peniche, o qual terá como validade o limite do prazo do direito de superfí-cie do terreno onde o mesmo se encontra edificado.

6 – APRESENTAÇÃO DE PROPOSTASOs concorrentes devem apresentar propostas com valor global a atribuir à explora-ção.

7 – ENCARGOS COM A EXPLORAÇÃOOs encargos com a exploração, bem como a manutenção das instalações serão da responsabilidade do concorrente a quem for atribuída a exploração.

8 – LICENCIAMENTO DA ATIVIDADEA entidade a quem for atribuída a exploração terá a responsabilidade de providenciar pela obtenção de todos os licenciamentos necessários à laboração, nomeadamente pela atribuição do Número de Controlo Veterinário (NCV).

9 – REQUISITOS DAS PROPOSTASAs propostas devem obedecer aos requisitos seguintes:- A identificação da pessoa coletiva proponente deverá ser clara e inequívoca;- Se manuscritas, deverão sê-lo com letra bem legível;- Deverá ser dada indicação do valor da taxa de ocupação que o candidato se pro-põe oferecer a exploração do entreposto frigorífico, à qual acresce IVA, à taxa legal em vigor;- Deverá ser dada indicação de quaisquer outras condições que, eventualmente, considere relevantes para a atribuição da exploração.

10 – DOCUMENTOS QUE INSTRUEM A PROPOSTAPara concretizar a sua candidatura, os concorrentes terão que apresentar os seguin-tes documentos:- Declaração de situação regularizada perante a Segurança Social;- Declaração de situação regularizada perante o Ministério das Finanças;- Declaração de aceitação das condições dos presentes anúncios;- Declaração de aceitação da minuta do Protocolo de cedência das instalações;- Certidão Comercial.

11 – PREÇO BASE DA PROPOSTAO preço base da proposta é de € 15.000 (quinze mil euros) ano.

12 – CRITÉRIOS DE VALORIZAÇÃONa apreciação das propostas serão objeto de valorização os seguintes fatores:- O impacto positivo da exploração ao nível do emprego e formação profissional, terá uma valoração de 50%;- O investimento a realizar nas instalações terá uma valoração de 40%;- O fator preço terá uma valoração de 10%.

13 – PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTASO prazo para apresentação de propostas termina no próximo dia 13 de julho de 2012.

14 – FORMA DE APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTASAs propostas deverão ser apresentadas em papel e ser entregues pessoalmente ou enviadas pelos meios habituais, em carta fechada, até às 17H00 do dia final do prazo, nas instalações da DOCAPESCA, mencionadas no número seguinte.

15 – LOCAIS DE APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTASAs propostas podem ser entregues em dois locais possíveis:Em Peniche:DOCAPESCA, Portos e Lotas, S.A. – Delegação CentroPorto de Pesca de Peniche2520-630 Peniche

Ou em Lisboa;DOCAPESCA, Portos e Lotas, S.A. – Direção de ExploraçãoAv. BrasíliaPedrouços1400-098 Lisboa

16 – DIREITO DE NÃO ADJUDICAÇÃOA DOCAPESCA reserva-se o direito de preferir a proposta que julgar mais conve-niente aos seus interesses, independentemente dos valores propostos. Poderá, inclusivamente, não adjudicar, se considerar que nenhuma das propostas oferece garantia de satisfação total dos seus interesses.

17 – ESCLARECIMENTOS PARA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS E VISI-TA ÀS INSTALAÇÕESPara quaisquer esclarecimentos ou para visita às instalações, deverão os interessa-dos contatar a Delegação Centro da DOCAPESCA em Peniche, nas horas normais de expediente, no local, ou pelo telefone 262 780 440.

Lisboa, 28 de junho de 2012

DOCAPESCA PORTOS E LOTAS, S.A.

ANÚNCIO PARA CEDÊNCIA DE EXPLORAÇÃO DEENTREPOSTO FRIGORÍFICO EM PENICHE.

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eventos |

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MarchasA 3ª edição das Marchas Populares da Fre-guesia de Atouguia da Baleia teve a participa-ção das localidades de Casal Moinho, Casais Mestre Mendo, Lugar da Estrada, Bufarda, São Bernardino, Geraldes e Atouguia da Ba-leia.

Rendas BilrosAs Festas de Abrantes acolheram a Exposição Itinerante sobre Rendas de Bilros de Peniche que decorreu de 14 a 17 de junho. A itinerância continua com as exposições agora em terras algarvias, em Lagoa, no Convento de São José, de 18 a 22 deste mês.

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| eventos

Uma centena de Vespistas reuniu-se este domingo, dia 1 de julho, no Largo de Nossa Senhora da Conceição, em Atouguia da Baleia para participarem no VII Encontro Nacional Vespa Clube Oeste.

DOCAPESCAA Docapesca desenvolve uma campanha promocional dedicada à cavala durante os meses de verão. O início desta campanha teve lugar em Peniche no dia 30 de junho com a participação da chef Patrícia Borges, da ESTM, e com o apoio da Câmara Municipal de Peniche.

Vespas

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opinião |

Peniche tem sofrido uma invasão de auto-ca-ravanas. O caravanismo é uma forma legítima de muitos portugueses e naturalmente de mui-tos estrangeiros passarem os seus fins-de-se-mana ou as suas férias. Mas, parafraseando o slogan da Câmara Municipal, além de capital da onda, Peniche parece ser também a capital da auto-caravana. Importa que se faça uma reflexão serena sobre este tema, que se pesem prós e contras e que se veja que soluções existem – porque embo-ra até agora a Câmara Municipal de Peniche nada tenha feito, existem soluções.O que têm as auto-caravanas de positivo para Peniche? Trazem sem dúvida ao nosso conce-lho centenas de pessoas, que acabam por fazer algum consumo na cidade, seja nos supermer-cados, seja na restauração. O que têm de negativo? Em termos da ima-gem global do concelho, pode afirmar-se que a presença massiva e desregulada das auto--caravanas é prejudicial. Tem-se verificado um verdadeiro aproveitamento por parte dos caravanistas da inércia da Câmara Municipal. As caravanas mancham a paisagem natural; enchem os parques de estacionamento, em Pe-niche, no Baleal e na Consolação; estacionam em cima de falésias, quer na Papôa, quer na Ilha do Baleal, quer na Gamboa – em cima da muralha que é Património Nacional! Têm-se verificado ainda frequentes abusos no despejo das cassetes em locais públicos e impróprios. Desta análise muito simplificada, resulta um ponto positivo, que pode até ser potenciado

Peniche, capital daauto - caravana?

face à necessidade de fortalecimento da eco-nomia local, mas que não pode conviver com a falta de regulação e com os abusos dos auto--caravanistas. Ou seja, Peniche até pode ser um concelho amigo das caravanas; mas para isso tem de haver regras!Há soluções de compromisso, mas é preciso vontade política para as adoptar! Em primeiro lugar, o instrumento fundamental para resol-ver este problema é um Regulamento Munici-pal de Trânsito e de Estacionamento. Mas em vez de criar um verdadeiro regula-mento municipal que resolva os problemas e os abusos gravíssimos de estacionamento que a cidade e o concelho vivem – e não apenas por parte dos auto-caravanistas! – a Câmara propõe-se agora aprovar um mini-regulamen-to destinado às zonas de estacionamento. Ou seja, a Câmara preocupa-se em encontrar no-vas fontes de receita, mas não em resolver os graves problemas existentes.Chega-se ao ponto de o regulamento proposto proibir o estacionamento de caravanas e auto--caravanas nas zonas de estacionamento, o que não poderia ser mais absurdo! Em vez de se criarem zonas específicas de estacionamento para caravanas (dando condições para despejo de cassetes e sujeitando a pagamento) ou de as obrigar a ir para os parques privados existen-tes ou a criar, atiram-se as caravanas para fora dessas zonas, ou seja, para as falésias, para as praias, para cima da muralha!Vejam-se as regras adoptadas nos regulamen-tos de estacionamento das autarquias de Mafra

(Ericeira), da Figueira da Foz e de Tavira, para citar apenas 3 exemplos. Poderia ir buscar vá-rios outros, de municípios do litoral alenteja-no, onde, através de regulamentos municipais, se criaram soluções e sinalética própria para resolver os abusos dos caravanistas.Há soluções possíveis. Há até propostas de criação de parques privados de auto-caravanas em Peniche. Haja vontade de resolver o pro-blema, para que Peniche possa ser um conce-lho amigo das caravanas, mas não um conce-lho poluído pelas auto-caravanas!

* O autor deste texto escreve de acordo com a ortografia antiga.

Ademar Vala Marques

António Marques

Da praia da Vieira, no concelho da Marinha Grande, famílias de pescadores de antanho, semi-nómadas, a que chamaram os avieiros desceram o mar em cabotagem e povoaram as margens dos rios. Legaram-nos um patrimó-nio popular construído, representante de uma cultura de edificações palafitas, cujos resquí-cios subsistem no vale do Tejo e do Sado: são os últimos sobreviventes na Europa Ocidental. As habitações, erguidas nas margens dos cur-sos de água desde tempos remotos, em assen-tamentos de pequenas dimensões, desenham memórias de uma vida singular que se extin-gue em cada dia que passa. Os últimos aviei-ros vamos encontra-los na Aldeia Palafita da Carrasqueira que urge visitar demoradamente.Uma vida dedicada ao rio Sado, em lares pre-cários, erguidos com materiais ligeiros e ru-dimentares, cujas técnicas conviveram com as primeiras civilizações de recolectores, e que mereciam hoje mais apoio dado o seu avan-çado estado de degradação, prestes a serem devoradas definitivamente pelos novos modos de vida.Os traços vincados desta cultura aí estão nesta maravilhosa pintura etnográfica que nos ofe-rece a visita à Aldeia da Carrasqueira, perdida na margem esquerda do grande rio Sado, ao lado do lugar da Moitinha e perto de sítios su-gestivos e interessantes como o Cambado, o Possanco e a Comporta.Aos avieiros do Tejo e do Sado, Alves Redol chamou com carinho «os ciganos do rio», que ainda persistem na Carrasqueira em viver

como nos tempos idos, com amor ao rio e mui-to sacrifício para enfrentar as agruras do sus-tento, perdidos entre a pequena agricultura e as artes da pesca, ao sabor das épocas do ano. Agricultores e pescadores oferecem-nos uma lição de cultura e tenacidade que importa visi-tar já que os seus produtos, sobretudo o peixe que nos oferecem é de óptima qualidade.A Carrasqueira, aldeia palafita, documento vivo e misterioso perdido no tempo simbóli-co, pertence ao Concelho de Alcácer do Sal, e cresce à vista da península de Tróia. A civili-zação moderna lado a lado com os primeiros passos do homem em terra firme, vida dura, burilada pela força do homem que teima em resistir à adversidade com a coragem dos que enfrentam o mar mas abraçam a terra mãe, que lhes dá o pão amargo do conforto possível.As habitações palafitas, com os pequenos bar-cos ancorados nos esteios, reflectindo a ondu-lação do rio sereno, representam a última tela da Europa de quando os homens ainda a medo galgavam a terra e se aventuravam na conquis-ta do futuro.Lugares assim são uma lição de coragem que é bom compartilhar.Apanhe o Barco em Setúbal e de Tróia à Car-rasqueira é um pulo. Se quer terra firme, desça a Auto-estrada A2 até Alcácer do Sal e utilize a saída nº8 em direcção ao IC1. Contorne a urbe e quando cruzar a Nacional 253 siga à direita até à Carrasqueira. Vai ficar maravilhado com o que lhe é dado ver, ouvir e sobretudo partilhar da vida e tam-

bém da gastronomia destas gentes rudes mas infinitamente amáveis, sábias e pacientes. Da Aldeia Palafita da Carrasqueira, esprei-tamos o homem nosso antepassado. É outro mundo e eu apaixonei-me.

* O autor deste texto escreve de acordo com a ortografia antiga.

Da Aldeia Palafita daCarrasqueira, espreitamos ohomem nosso antepassado.É outro mundo, ali a doispassos de Tróia, e euapaixonei-me

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ConsolaçãoAs empresas juntaram-se para promover o comércio tradicional durante o verão e ofere-cerem quem os visita descontos durante toda a época balnear. Aproveite o verão e visite a Consolação!

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PENICHENOITE DA MINI BUFARDAO Centro Social da Bufarda leva a efeito a Noite da Mini, um evento que decorre sábado 7 de julho.Com o objetivo de ajudar o João Brilhante, uma criança com uma do-ença que necessita de acompanha-mento especial, a noite conta com várias presenças.A partir das 23h00 atuam os Spe-akers - Rock Covers seguindo-se, às 00h30, os DJs André Silva, Menaka e Gury.As receitas reverterão na totalidade para a causa do João Brilhante, cuja história pode conhecer em www.jo-aobrilhante.pt.

ENCONTRO DE COROSPENICHESábado 7 de julho o Coral Stella Maris organiza um encontro de co-ros e concerto de verão com o intui-to de encerrar o ano coralístico.O evento decorre a partir das 21h30 na Igreja de São Pedro em Peniche

e conta com a presença do Coro de Lua de Lagos e do Coro Christus Ensemble de Cascais.

FESTA DE NOSSASENHORA DA MEMÓRIACOIMBRÃA localidade da Coimbrã está em festa de 13 a 15 de julho.A festa será animada pelo grupo Os Lords na sexta-feira dia 13. O sába-do conta com a Bandinha da Ami-zade às 18h seguida dos Nautilus às 22h30.O domingo será dedicado ao folclo-re com a atuação do Rancho Folcló-rico D. Pedro I da Serra d’El Rei.Sexta e sábado há serviço de janta-res e petiscos a partir das 19 e do-mingo um almoço convívio onde pode inscrever-se.As entradas são livres.

ÓBIDOS

FESTA - A-DOS-NEGROS

De 6 a 8 de julho, A-dos-Negros, Óbidos, vai estar em festa. Os fes-tejos decorrem no espaço da antiga escola primária da localidade.Na sexta-feira, dia 6, o grupo mu-sical “Kumplycidade” animará uma noite de dança. No dia seguinte, realiza-se uma Noite de Fados, onde será feita uma homenagem a Jesuí-no Ferreira. O fadista vai apresentar um CD de originais. O espetáculo conta, igualmente, com convidados especiais e a participação de artistas locais. Haverá serviço de jantar nes-tes dias.Finalmente, no domingo, dia 8, re-aliza-se, pelas 10h00, o “Trilho do Javali”. Segue-se um almoço conví-vio e animação durante a tarde.Esta é uma organização da Asso-ciação de Pais e Encarregados de Educação do Centro Educativo de A-dos-Negros, ACAPANO e Grupo de Teatro Reflexos, com o apoio do Município de Óbidos.

FESTA DE VERÃOCAPELEIRA E NAVALHA

Está aí a festa de verão promovida pela Associação Recreativa e Cultu-ral Amigos da Capeleira e Navalha.Nos dias compreendidos entre 6 e 9 de julho, são muitos os motivos para participar no evento.Sexta dia 6, o conjunto Jaime Fer-reira anima a noite. O sábado conta com a atuação da Banda da Socie-dade Musical e Recreativa Obidense às 17h00, o Grupo de Danças An-tigas “Associação Josefa d’Óbidos” às 18h00 e a noite de baile preenchi-da com a Banda Bico d’Obra.Dia 8, domingo, conta com folclore, às 14h30 com o Rancho Folclórico e Etnográfico da Capeleira e às 16h00 com uma vacada. A noite ficará a cargo de Fernando Barão.A festa completa-se na segunda--feira com a tradicional batatada a partir das 18h00 seguida da atuação de Tony Milhinhos.

CALDAS DARAINHAFESTA ANUAL

CASAL DO REIDias 6, 7 e 8 de julho, tem lugar a festa anual do Casal do Rei – Vidais - Caldas da Rainha.Dia 6 de julho há baile com “Cha-parral Band” seguido do DJ Kito.Sábado 7 de Julho atua o conjunto musical “Fusão” e mais tarde o DJ Rider.Domingo, a partir das 16h30 atua-ção do Rancho Folclórico do Arco da Memória e à noite o baile é com a “Banda Atlântida”.

FESTA DA FONTINHADE TELHAISA-DOS-FRANCOSVai realizar-se no dia 7 de julho, a festa da Fontinha de Telhais, no lar-go de Telhais, a partir das 20 horas, em A-dos-Francos.Haverá bar com bebidas, vários pe-tiscos, sardinhas e febras.A animação musical vai estar a car-go do DJ Apollo e AnimaA2.Por volta da meia-noite, será quei-mada uma boneca, como antiga-mente.

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Na prova deste ano terminaram 2226 atletas, o que representa um recorde. O vice-presidente da Câmara Municipal de Peniche e vereador responsável pelo pelouro do desporto, Jorge Amador, faz um balanço positivo da edição. “Esta é a grande festa do desporto do distrito. Este ano batemos o recorde de adesão, tanto no número de participações na Corrida das Fo-gueiras, como nas Fogueirinhas, que envolve famílias inteiras. Falar da Corrida das Foguei-ras 2012 é falar num sucesso desportivo, desde logo com esta magnífica moldura humana”.Para o vencedor masculino da edição deste ano, Bruno Fraga, atleta do Gabinete de Fi-sioterapia e Desporto da Amadora foi apenas a segunda participação nestas corridas, “já conhecia a prova, há 10 anos atrás cheguei a

Um mar de recordesA 33º edição da Corrida das Fogueiras contou com a participação de 6000 atletas, divididos entre a prova principal, 15km, e a Corrida das Fogueirinhas, 6km. Depois de percorrer as 33 fogueiras espalhadas pelo percurso, Bruno Fraga completou a prova em 48.27 minutos. Madalena Carriço foi a vencedora da prova feminina, o que já é um hábito

estar no pódio. Agora como estava num pico de forma bom optei por vir cá e como deu para ganhar melhor ainda.” As condições provoca-das pelo tempo e pelo público definem, para o atleta, esta prova. “Costuma estar uma parte bastante ventosa, especialmente à noite. Tor-na-se uma prova bastante engraçada porque principalmente aqui na zona da meta e a meio da prova o público incentiva muito os atletas”.A vencedora feminina, Madalena Carriço, na-tural de Peniche e atleta no Clube Sport Ma-rítimo, sentiu-se a correr em casa. “Para mim foi um treino mais rápido, eu faço isto quase todos os dias porque sou atleta de cá, mas há provas mais difíceis. É sempre bom ganhar em casa, é sempre mais uma vitória”.

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Incluída na categoria de ‘Praias de Uso Des-portivo’, Supertubos é a única da região a concurso depois de terem sido entregues 25 candidaturas, entre elas, da praia do Baleal, da Berlenga e da Almagreira, em Peniche, a praia da Nazaré e da Lagoa de Óbidos – Foz do Arelho, nas Caldas da Rainha. Numa manhã e tarde, com bastante vento, dedicadas à praia e a Peniche, foram explorados conteúdos dedica-dos ao mar, à gastronomia e à cultura através de vários convidados. António José Correia, presidente da Câmara Municipal de Peniche e promotor da praia de Supertubos, começou por ler a mensagem en-viada pelo promotor da praia Costa Nova, José Ribau Esteves. Enquanto o programa percorre as 21 praias finalistas durante os fins de sema-na de verão, é enviada uma garrafa pelo pro-motor da praia anterior com uma mensagem de incentivo para a finalista seguinte.

“A sua praia deu-lhe muito, dê-lhe o seu voto”Luísa Barbosa e João Baião apresentaram o programa que contou com a animação dos

RTP promove Supertubos a uma das 7 MaravilhasA praia de Supertubos foi palco do programa 7 Maravilhas – Praias de Portugal, da RTP1, no dia 1 de julho. O programa esteve recheado de conteúdos relacionados com a praia seleccionada para votação, mas também com a cidade de Peniche

grupos musicais Dapunksportif, Já Foi Tudo Inventado, Red Lizzard, Frankie Chavez e Chapa Dux. As questões importantes relacio-nadas com o verão não foram esquecidas e o Comandante e Capitão do Porto de Peniche, Patrocínio Tomas, apelou à segurança nas praias, José Apolinário, presidente da Doca-pesca, falou da tradição e engenho da atividade piscatória, Elsa Guerra, da Agência Portuguesa do Ambiente, apelou ao bom senso das pesso-as em respeitarem as praias e a bióloga Teresa Mouga, diretora da ESTM, explicou a “Flora dos Supertubos”.Sendo Supertubos um sinónimo de surf, Paulo Ferreira, presidente do Península Surf Camp, Rita Marteleira, directora da equipa do ambien-te do SOS Salvem o Surf e os surfistas André Cardoso e João Bilhau partilharam experiên-cias e conselhos sobre esta prática desportiva. Durante o programa foi possível acompanhar o processo de preparação de uma prancha de bodyboard, pela empresa Refresh Board, e a pintura de uma prancha de surf por Alexandre Antunes. Para demonstrar que o surf pode ser acessível a todos, Nuno Vitorino, presidente da

Associação Portuguesa de Surf Adaptado fez uma demonstração de surf adaptado e Teresa Ayala, a primeira surfista portuguesa, promo-veu uma ação de formação de surf com crian-ças carenciadas.Os pontos de interesse da cidade também não foram esquecidos, tendo sido apresentado um roteiro que inclui o Peniche Hostel, a Fortale-za e o restaurante Miramar e na rubrica “Praia à Noite” foram apresentados alguns bares do concelho. Sem deixar de lado a gastronomia de Peniche, um dos pratos fortes da cidade, Diogo Neto e Pedro Viola representaram o restauran-te Nau dos Corvos e a chef Patrícia Borges pro-moveu uma degustação de canapés de cavala.Em representação da cultura penichense, Jor-ge Amador, vice-presidente da Câmara Muni-cipal, exibiu o projecto Escolas de Rendas de Bilros juntamente com Cristina Santos, artesã

desta arte tradicional. Xico Nico, artista “out-sider”, também falou sobre as suas peças e ex-posições. Na rúbrica “A minha praia por um dia”, Ida Guilherme desfolhou o livro “Amar Peniche”.Num dia em que não faltaram incentivos para que os portugueses, e principalmente os habi-tantes locais, elegessem Supertubos como uma das 7 maravilhas, também o padrinho da praia Pedro Lima apelou à escolha da sua praia de eleição para a prática de surf. A votação de-corre até dia 7 de Setembro – sendo anuncia-das as vencedoras no dia seguinte durante uma gala em Tróia, Setúbal -, e pode escolher a sua praia favorita no site oficial do concurso em www.7maravilhas.pt, no Facebook, por cha-mada telefónica e SMS. Para votar na praia de Supertubos o número é 760 207 721. Dê o seu voto à praia que já lhe deu muito.