O JORNAL DOS CASSIENSES CÁSSIA ... · ao lado da Farmácia. O Centro, coordenado pela Secretaria...

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CÁSSIA | MINAS GERAIS - ANO 105 - 02 DE JULHO de 2020 - EDIÇÃO Nº 4.724 - | REGISTRADO NO DNI Desde 1915 www.cassia.mg.gov.br O JORNAL DOS CASSIENSES Páginas 2 e 3 Conheça os homenageados Prefeitura entrega pacote de obras Na quinta e sexta-feira da semana passada, dias 25 e 26 de junho, a Prefeitura entregou um pacote de seis obras à população. Foram duas manhãs de alegria com a entrega das obras. As solenidades respeitaram os protocolos da OMS (Organização Mundial da Saúde) e demais secre- tarias das esferas nacional, estadual e municipal e prezaram pelo distanciamento entre pessoas, uso de álcool em gel e máscaras. Você, leitor, verá a biografia de cada um dos homenageados que deram nome às obras inauguradas. Nas seis inaugurações, o quarteto da Escola de Música Heitor Combat abriu as solenidades exe- cutando a Valsa de Santa Rita, o Hino de Cássia. E encerrou as atividades com música. O mestre de cerimônias foi Marcos Veiga e em todas hou- ve o descerramento das placas de inauguração. Na quinta-feira, a primeira obra entregue foi a Creche Municipal Maria das Graças Souza, na Praça de Esportes, Módulo Educacional Infantil com capacidade para até 48 crianças de 0 a 4 anos de idade em período integral ou 96 crianças em dois turnos. Discursaram o prefeito Marco Leandro Almei- da Arantes/Kito Arantes; a secretária municipal de Educação, Kelly Morais; o presidente da Câ- mara Municipal, vereador Luiz Adriano Souza Machado/Priminho e Eliane das Graças, irmã da homenageada com o nome da creche, Eliane Souza, falou em nome da família. Em seguida houve a reinauguração da quadra da Escola Municipal João Carlos Salgado, aca- bando com um antigo ponto de drogas que leva- va insegurança à população. Falaram a secretária municipal de Educação, Kelly Morais; a atual di- retor da instituição de Ensino, Nelsimar Pedro- so; o prefeito Marco Leandro Almeida Arantes/ Kito Arantes e o presidente da Câmara, vereador Luiz Adriano de Souza Machado/Priminho. Centro Odontológico e PSF Academia de Saúde Pátio Municipal Na sexta-feira, foram quatro inaugurações. A primeira delas foi o Centro Odontológico Septímio Salerno, que fica ao lado da Farmácia. O Centro, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde, atende a toda a população cassiense. O local que funcionava como almoxarifado do Pronto So- corro, passou por uma série de modificações em sua estru- tura, de acordo com as exigência das Secretaria da Saúde e da Vigilância Sanitária. O prédio possui uma área total de 117,3 metros quadrados é equipado com recepção, banheiros para usuários e para quem trabalha no local, duas salas de esterilização e dois consultórios com equipamentos de últi- ma geração. Discursaram na solenidade o responsável pelo Centro, Gustavo Silveira Peixoto; o prefeito Marco Leandro Almeida Arantes/Kito Arantes; o presidente da Câmara Mu- nicipal, vereador Luiz Adriano de Souza Machado/Priminho e Eneida Salerno falou em nome da família do homenageado. Em seguida foi a vez do PSF (Programa de Saúde da Fa- mília Rural Marco Aurélio Almeida Arantes. O PSF Rural é um importante aparelhamento para reforçar os programas já existentes na cidade, desta vez voltado para o homem do campo. Discursaram o prefeito Marcio Leandro Almeida Arantes/Kito Arantes e o presidente da Câmara, vereador Luiz Adriano de Souza Machado/Priminho. Em seguida foi inaugurada a Academia de Saúde José Castriota, situada na Rua Cruzeiro do Sul, 419, no Bair- ro Novo Mundo. O local proporciona à comunidade um espaço físico para a prática de atividades esportivas, de lazer e convivência social. Discursaram o Educador Físi- co da Academia, Bruno Batista Rosa, o prefeito Marco Leandro Almeida Arantes/Kito Arantes; o presidente da Câmara, vereador Luiz Adriano de Souza Machado/ Priminho e Amílcar Barci Castriota/Kika, em nome do homenageado. A última inauguração do pacote foi o Pátio Munici- pal Adalvo Antônio da Silva, que fica na parte externa superior à sede na Rua Argentina, bairro Jardim Alvo- rada. O local terá garagens de veículos e maquinários e armazenamento de materiais de construção e manuten- ção, desativando o antigo pátio da prefeitura, na Rua da Liberdade. Discursaram o Prefeito Marco Leandro Al- meida Arantes/Kito Arantes; o presidente da Câmara, vereador Luiz Adriano de Souza Machado/Priminho e o neto do homenageado, Marciel Franco, falou em nome da família.

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CÁSSIA | MINAS GERAIS - ANO 105 - 02 DE JULHO de 2020 - EDIÇÃO Nº 4.724 - | REGISTRADO NO DNI

Desde 1915 www.cassia.mg.gov.brO JORNAL DOS CASSIENSES

Páginas 2 e 3 Conheça os homenageados

Prefeitura entrega pacote de obrasNa quinta e sexta-feira da semana passada,

dias 25 e 26 de junho, a Prefeitura entregou um pacote de seis obras à população. Foram duas manhãs de alegria com a entrega das obras. As solenidades respeitaram os protocolos da OMS (Organização Mundial da Saúde) e demais secre-tarias das esferas nacional, estadual e municipal e prezaram pelo distanciamento entre pessoas, uso de álcool em gel e máscaras. Você, leitor, verá a biografia de cada um dos homenageados que deram nome às obras inauguradas.

Nas seis inaugurações, o quarteto da Escola de Música Heitor Combat abriu as solenidades exe-

cutando a Valsa de Santa Rita, o Hino de Cássia. E encerrou as atividades com música. O mestre de cerimônias foi Marcos Veiga e em todas hou-ve o descerramento das placas de inauguração.

Na quinta-feira, a primeira obra entregue foi a Creche Municipal Maria das Graças Souza, na Praça de Esportes, Módulo Educacional Infantil com capacidade para até 48 crianças de 0 a 4 anos de idade em período integral ou 96 crianças em dois turnos.

Discursaram o prefeito Marco Leandro Almei-da Arantes/Kito Arantes; a secretária municipal de Educação, Kelly Morais; o presidente da Câ-

mara Municipal, vereador Luiz Adriano Souza Machado/Priminho e Eliane das Graças, irmã da homenageada com o nome da creche, Eliane Souza, falou em nome da família.

Em seguida houve a reinauguração da quadra da Escola Municipal João Carlos Salgado, aca-bando com um antigo ponto de drogas que leva-va insegurança à população. Falaram a secretária municipal de Educação, Kelly Morais; a atual di-retor da instituição de Ensino, Nelsimar Pedro-so; o prefeito Marco Leandro Almeida Arantes/Kito Arantes e o presidente da Câmara, vereador Luiz Adriano de Souza Machado/Priminho.

Centro Odontológicoe PSF

Academia de Saúde Pátio Municipal

Na sexta-feira, foram quatro inaugurações. A primeira delas foi o Centro Odontológico Septímio Salerno, que fica ao lado da Farmácia. O Centro, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde, atende a toda a população cassiense. O local que funcionava como almoxarifado do Pronto So-corro, passou por uma série de modificações em sua estru-tura, de acordo com as exigência das Secretaria da Saúde e da Vigilância Sanitária. O prédio possui uma área total de 117,3 metros quadrados é equipado com recepção, banheiros para usuários e para quem trabalha no local, duas salas de esterilização e dois consultórios com equipamentos de últi-ma geração. Discursaram na solenidade o responsável pelo Centro, Gustavo Silveira Peixoto; o prefeito Marco Leandro Almeida Arantes/Kito Arantes; o presidente da Câmara Mu-nicipal, vereador Luiz Adriano de Souza Machado/Priminho e Eneida Salerno falou em nome da família do homenageado.

Em seguida foi a vez do PSF (Programa de Saúde da Fa-mília Rural Marco Aurélio Almeida Arantes. O PSF Rural é um importante aparelhamento para reforçar os programas já existentes na cidade, desta vez voltado para o homem do campo. Discursaram o prefeito Marcio Leandro Almeida Arantes/Kito Arantes e o presidente da Câmara, vereador Luiz Adriano de Souza Machado/Priminho.

Em seguida foi inaugurada a Academia de Saúde José Castriota, situada na Rua Cruzeiro do Sul, 419, no Bair-ro Novo Mundo. O local proporciona à comunidade um espaço físico para a prática de atividades esportivas, de lazer e convivência social. Discursaram o Educador Físi-co da Academia, Bruno Batista Rosa, o prefeito Marco Leandro Almeida Arantes/Kito Arantes; o presidente da Câmara, vereador Luiz Adriano de Souza Machado/Priminho e Amílcar Barci Castriota/Kika, em nome do homenageado.

A última inauguração do pacote foi o Pátio Munici-pal Adalvo Antônio da Silva, que fica na parte externa superior à sede na Rua Argentina, bairro Jardim Alvo-rada. O local terá garagens de veículos e maquinários e armazenamento de materiais de construção e manuten-ção, desativando o antigo pátio da prefeitura, na Rua da Liberdade. Discursaram o Prefeito Marco Leandro Al-meida Arantes/Kito Arantes; o presidente da Câmara, vereador Luiz Adriano de Souza Machado/Priminho e o neto do homenageado, Marciel Franco, falou em nome da família.

Direção e Jornalista Responsável:Luciene Garcia - MTB/MG 419Diagramação: Lucas PampaniniImpressão: DigitalPrefeitura Municipal de CássiaFone (35) 3541-5700

Registrado no DNI

EXPEDIENTE

2 CÁSSIA | MINAS GERAIS | 02 DE JULHO de 2020

Conheça mais sobre os nomes que foram homenageados com as obras inauguradas

Creche MunicipalMaria das Graças Souza

Maria das Graças Souza nasceu em Do-resópolis, Minas Gerais, em 18 de março de 1950, vinda de uma família de 13 irmãos, filha de João Firmino e Maria Vicência Fir-mino.

Desde muito cedo já começou sua jor-nada de trabalho conciliando, seus estudos com o de faxineira no então Colégio São Gabriel, coordenado naquela época pelos irmãos. Logo depois de concluir seu curso como professora, foi trabalhar na Escola Mu-nicipal Rural do Itambé, indo todos os dias de caminhão de leite. Trabalhou também na empresa EMATER-MG como exten-sionista nas cidades de Itamogi e Andradas, ainda na cidade de Andradas foi Secretária Municipal de Educação, posteriormente foi trabalhar na Cooperativa de Cássia e tam-bém no SENAR, ministrando cursos de do-ces e defumados. Era professora de História e Geografia no curso noturno da Escola Es-tadual São Gabriel.

O trabalho com o que mais se identificou foi coordenadora na Creche ABLA, junta-mente com o Senhor Jayme Rossato e Ale-xandre Corrêa. Seu lema de vida sempre foi “querer é poder”, pois uma menina filha de lavradotres semialfabetizada pela mãe, tinha o anseio de um dia tornar-se professora.

Para muitos seria algo impossível, tendo em vista não possuir nem um lápis. Recém chegada da zona rural à cidade pediu à mãe que a matriculasse na escola, porém sem ne-nhum material, logo procurou seus meios para consegui-lo.

Informou-se então quem era o prefeito da cidade, chegando à sua casa aguardou enquanto ele conversava com outro senhor e então perguntou. Ele, em tom de brinca-deira, perguntou-a: “O que deseja minha jovem”. E ela: “Eu quero ser professora, mas não tenho material nem para estudar”. “Ah! Se for isso está resolvido”, disse o senhor prefeito. Deu a ela todo o material, mas disse: “Quero que a senhorita me traga esse diploma”.

Os anos se passaram e essa menina não se contentou só com um diploma, mas sim com três.

Hoje, com muito orgulho, nós, as irmãs Maria Vitória, Ilvânia, Eliane, Silvânia e Celeida, agradecemos ao senhor Antônio Coelho de Mello Lemos, que tornou o so-nho daquela menina realidade e em grande profissional.

Queremos agradecer em nome de toda a nossa família gesto de carinho. Muito obrigado.

Pátio MunicipalAdalvo Antônio da Silva

Adalvo Antônio da Silva nasceu em Cássia no dia 21 de abril de 1929, filho de João e Mariana e tinha 7 irmãos. Foi fun-cionário da Prefeitura por 45 anos como

encarregado geral. Era casado com Wilma de Freitas Silva com quem teve os filhos Cássio Antônio da Silva, Adalvo Antônio da Silva Júnior e Rita Aparecida Silva, os netos Rafael, Vitória, Mariana, Marciel, os bisnetos Breno, Taianá, Pedro, Júlia e Paulo e os tataranetos Levy e Bento. Era conhecido por ser um homem muito dedi-cado. Casou-se com Maria Aparecida Dias com quem teve dois filhos: Rubens Dias da Silva e Viviane Dias da Silva e dois netos Pedro e Maria Rita.

Defendeu a Associação Esportiva Cas-siense como lateral esquerdo, iniciando aos 18 anos e encerrando a carreira aos 40 anos.

Centro Odontógico Septímio Salerno

Septímio Salerno nasceu em Cássia, Es-tado de Minas Gerais, em 8 de dezembro de 1898 e faleceu também em Cássia em 1998. Filho de imigrantes italianos, conseguiu com grandes dificuldades e como autodidata con-cluir o ensino fundamental. Algum tempo depois trabalhou com seu irmão Quintino Salerno como dentista prático, tendo ajuda-do, desinteressadamente, a população carente de sua terra natal. Algum tempo depois, com esforço hercúleo, conseguiu concluir com destaque o curso de Odontologia na cidade mineira de Pouso Alegre, tendo trabalha-do nesta profissão por mais de 50 anos, com afinco e presteza. Convidado pelo Ministério Público de Minas Gerais, em razão de sua ex-celente oratória, exerceu durante anos o car-go de adjunto da Promotoria da Comarca de Cássia, tendo participado com notoriedade e esmero, de diversas sessões do Tribunal do Júri. Dr. Septímio, como sempre foi conheci-do, na condição de paramédico atendeu gra-ciosamente durante anos as pessoas carentes

em suas dificuldades de saúde, especialmente as crianças, prestando as orientações necessá-rias, sobretudo em momentos de grande ca-rência em sua amada cidade. Foi um dos fun-dadores do movimento espírita Kardecista em Cássia, denominação religiosa que permane-ceu por toda a sua trajetória centenária vida.

Foi também assíduo e respeitado jornalis-ta, contribuindo durante anos para o Jornal A Vanguarda. Amigo leal e confidente do ad-vogado e poeta Paulo Tavares da Gama. Foi também autor de vários trabalhos científicos no campo da Odontologia e também literá-rios, todos escritos com muitas competência. Viveu praticamente durante toda a sua vida na cidade mineira de Cássia, salvo em um curto período em que dividiu sua residência entre Cássia e Franca, tendo também desta-cado naquela cidade paulista, foi casado com Mariana Silva Salerno, com quem teve qua-tro filhos, todos nascidos em Cássia. Portan-to, procurou sempre em toda a sua trajetória de vida a combater o bom combate.

Academia de Saúde José Castriota

José Castriota nasceu em Pratápolis em 20 de março de 1931, filho de Amílcar Castriota e Jaci Ribeiro. Aos 3 anos de idade, com a perda da mãe, veio morar em Cássia com a Família Castriota. Em Cássia, estudou na Escola Esta-dual Melo Viana e aos 12 anos foi estudar no Colégio Champagnat, em Franca (SP).

Aos 18 anos foi morar com o Professor Hei-tor Combat no Rio de Janeiro, mais especifica-mente em Jardim Primavera, distrito de Duque de Caxias, onde trabalhou como vice-diretor em um colégio pertencente ao Professor Heitor.

Lá formou-se em Contabilidade, na década de 1960, retornou a Cássia casando-se com Ma-ria Emilia Barci com quem tem 4 filhos: Leo-nardo, Amílcar, Ana Maria e Luciana. Tem 10 netos: Luis Fernando, Mariana, Marina, Dora, Lucas, Helena, Cristiano, Luis Henrique, An-dré e Heitor. Tem um bisneto chamado Antô-nio.

Chegando a Cássia, passou a atuar no ramo de peças, fazendo com que a Auto Peças São Cristóvão se tornasse referência no ramo em

Cássia e toda a região.Foi presidente da Associação Esportiva Cas-

siense por longos anos.Foi vereador por dois mandatos, sendo o úl-

timo de 1982 a 1988, sendo presidente da Câ-mara por dois anos.

Foi presidente da ACASP, tendo sempre uma estreita relação com a polícia, inclusive foi homenageado pelo Comandante do Batalhão da Polícia Militar de Passos como grande cola-borador da Polícia, o que lhe rendeu um “diplo-ma” que fazia questão de levar consigo aonde ia.

O cinema também esteve presente durante toda a sua vida. Quando adolescente trabalhou com seu tio Emílio Castriota no cinema da fa-mília, quando foi para o Rio de Janeiro trabalhar como cinegrafista e no final da década de 1980 montou em Cássia a Locadora Analu Vídeo.

Não poderíamos deixar de mencionar a sua paixão pelos animais, que sempre fizeram parte da sua vida como amigos fiéis e inseparáveis.

Faleceu em Cássia aos 87 anos no dia 25 de setembro de 2018.

MAIS HOMENAGEM

CÁSSIA | MINAS GERAIS | 02 DE JULHO de 2020 3

COLUNA DO DR. RAUL

Aconteceu mesmo(nº15) - 05/04/1987

O início do século XX foi fértil em acontecimento mundanos, tendo ficado conhecido, também, por inovações in-troduzidas no dia a dia, em países privi-legiados e naqueles que estavam alcan-çando um melhor nível de vida.

Foi a empolgante Bela-Época!Entre os inúmeros hábitos que ela

trouxe, um de aparência insignificante invadiu o mundo. A mania de cartão postal.

Artísticos, com flores, paisagens, com casais enamorados, espirituosos, evocativos, com versos, existia para toda as preferências.

Um destes cartões saiu da Alema-nha e foi parar no Sul de Minas, num armazém de “Secos e Molhados”, ele foi comprado. E o seu destino foi Santa Rita de Cássia, para onde foi enviado no dia 1º de janeiro de 1915.

Ele permaneceu emoldurado num pequeno quadro, na parede da sala de jantar, na residência do Clarimundo, na rua Wenceslau Bras, durante meio século.

Seu vidro ficou embaçado , moldura gasta, mas, pessoal alguma tinha per-

missão de arrumá-lo. Durante estas de-zenas de anos, ele não foi nem trocado de lugar.

Depois da missa de 7º dia do faleci-mento do chefe da casa, sua família foi colecionando os guardados do venerado morto.

Mas, não era possível conservar o quadro em lamentável estado! O pape-lão foi rasgado com cuidado e o Postal passou de mão em mão, quando foi lido em voz alta, o que ele continha no ver-so:

“Ao meu querido ClarimundoTrês corações do Rio Verde, 1 º de

janeiro de 1915.Desejando-te boas festas, faço votos

para que nosso amor seja coroado das maiores venturas e felicidades, ao mes-mo tempo envia-te o coração cheio de saudades.

Da sempre querida Leopoldina

Jamais, nunca, em tempo algum foi revelado o epílogo deste desconcertante “Aconteceu Mesmo” .

Raul Azevedo Barros

Atenção, famíliasCom o apoio da Prefeitura Municipal de Cás-

sia serão distribuídas a partir do dia 06 de julho (segunda-feira) Cearca (Central de Associações Rurais de Cássia), mais de 400 cestas de verduras para as crianças das escolas e creches municipais beneficiadas com o programa Bolsa Família.

No corrente mês de junho foram entregues 470 cestas básicas, números expressivos e que em muito auxiliam nossas famílias nesse momento de crise devido à Covid-19. A iniciativa é decorren-te do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Parabenizamos o carinho e o cuidado dos Agricultores da Agricultura Familiar, que culti-vam com amor seus produtos para distribuir para as famílias das crianças de nossa cidade.

As diretoras das escolas e creches irão comuni-car as famílias, aguardem e não percam...

Secretaria Municipal de Educação de Cássia

Comitê é instituído“Realizamos nesta quarta-feira (24/06),

a constituição do Comitê de Regulação, Avaliação e Auditoria. A equipe é compos-ta pelos médicos e enfermeiros da Atenção Básica, representante do setor de Regulação Municipal, coordenação da Atenção Básica e equipe de assessoria técnica. Esta equipe vem se reunindo para criar estratégias a fim de viabilizar o acesso da população a exames, consultas especializadas e cirurgias eletivas. Já foram realizados os levantamentos de pe-didos de procedimentos clínicos de pacien-tes que estão aguardando há vários anos, pedidos estes que serão reavaliados pelos médicos da família, com o objetivo de verifi-

car a necessidade atual do paciente e de qua-lificar a ordem de prioridade de atendimento para a realização de exames, consultas com especialistas e cirurgias.

Os pacientes estão sendo comunicados pela equipe da Secretaria Municipal de Saú-de para uma triagem e serão encaminhados para avaliação com os médicos. Assim, o Município de Cássia pretende atender a po-pulação de maneira ágil e equalitária, forne-cendo ações e serviços de saúde aos usuários de saúde de nossa rede pública municipal.

Para mais informações entre em contato com o Setor de Regulação Municipal, atra-vés do telefone: (35) 3541-5729.”

PSF RuralMarco Aurélio de Almeida Arantes

Marco Aurélilo, ou simplesmente Lello, foi um homem que viveu sua vida como se cada dia fosse o último. Um dia, realmente foi.

Viveu de suas paixões. E eram tantas... Sua alegria e sorriso largo conquistavam. Era bom de papo. Adorava pessoas, conversar, ouvir histórias, aprender.

Charmoso, elegante, se cuidava e tinha um gosto refinado para roupas. Adroava a natureza. Contava histórias sobre a vida dos animais. Reco-nhecia o canto de cada pássaro. Parecia que manti-nham uma conversa. Brincava com sapos. Tocava gaita. Cantava. Era apaixonado por boas músicas. Colecionava vinil: Beatles, Chico Buarque, Dire Sttaraits, Eagles, Almir Satter. “Ando devagar por-que já tive pressa e que guardo esse sorriso porque já chorei demais”. Essa era a música que ele ouvia quando o celular dele tocava.

Escreveu músicas, poemas. Tinha uma sensibi-lidade aguçada. Apaixonado por Cássia;

Adorava política, mas odiava os políticos. Gos-tava de se divertir na cozinha. Escreveu um livro de receitas que ele mesmo criou! Fã das artes, de arqui-tetura, dos artistas plásticos. Gostava de armas. De carros. Adorava pescar. Adorava churrascos – e os fazia muito bem.

Amava a família. Fez grandes amigos. Salvou vidas.

Não se importava com dinheiro.Nascido e criado em Cássia, junto de seus 4 ir-

mãos, teve uma educação rigorosa, intercalada com férias maravilhosas na fazenda. Na juventude, fun-dou o Arrelia, bloco de rua do famoso Carnaval de Cássia. Era seu orgulho!

Desafiava e competia com os irmãos, ganhou prêmios e levantou troféus vestido de palhaço. Escreveu músicas junto com o seu grande amigo, José Renaldo. Juntos, venceram diversos festivais de música brasileira. Em Franca, venceram com a belíssima música “Um dia depois”.

Outros festivais vieram. Mais prêmios. Vence-ram em Santa Rosa de Viterbo, Monte Santo de Minas e até em Belo Horizonte. Nesta última, ven-ceram duplamente, levando para casa o primeiro e terceiro lugares, com duas de suas parcerias. Grava-ram um disco: “Miragem”.

Em uma vida repleta de paixões, escolhas deve-riam ser feitas. A carreira musical que tanto tinha oferecer foi interrompida por outra grande paixão: a MEDICINA, e em especial, a CARDIOLOGIA.

Marco Aurélio mudou-se ara Belo Horizon-te onde iniciou seus estudos em busca da carreira

médica. Nesta época, com a política em seu sangue herdada por seu pai, participou do Movimento Estu-dantil contra a ditadura e sofreu com as consequên-cias do governo da época.

Mudou-se para o Rio de Janeiro, continuou os seus estudos, até que em 1973 foi aprovado na Faculdade de Medicina de Itajubá. Desde o início, curioso e já decidido de que seria cardiologista, acompanhava os professores e os pacientes da área com atividades extra curriculares.

Formou-se em 1979 e mudou-se para São Pau-lo, onde iniciou sua carreira médica na Clínica Mé-dica e Cardiologia. Trabalhou como médico de em-presas como Yamaha, Levorin e Camargo Correa.

Em 1982 casou-se com a colega de faculdade, nossa médica pediatra e Clínica Geral, Dra Dulce Seco. Juntos, tiveram duas filhas. Nascidas em São Paulo, mas criadas com a simplicidade e afeto que Cássia nos traz e que Lello sempre valorizava. As filhas são casadas, seguiram a carreira do pai e atu-almente moram fora.

Decidiu sair de São Paulo 10 anos depois, após recebeu uma proposta do então prefeito Afrânio Spósito, para voltar à sua terra natal. Em 2004, Marco Aurélio mudou-se para Franca, onde per-maneceu morando até seu último dia de vida. Ele faleceu em outubro de 2008, aos 56 anos.

Esse era meu pai. Quem ele realmente foi em sua essência. Ele viveu essa essência em sua totali-dade. E tinha um caráter indomável.

Não nos viu casar. Não viu nossa formatura. Não conheceu nossos maridos e nem conhecerá nossos filhos. Morreu jovem.

Mas ele parou para ver o sol nascer. Ele ouviu os pássaros cantando. Ele saiu para beber e conversar com os amigos. Deu risadas! Pisou na grama mo-lhada, tomou chuva. Tomou um café com pão de queijo quentinho na casa de um paciente. Formou uma família que o amava com toda a intensidade. Viveu de amor, do coração, da cardiologia!

Ouviu boa música! Foi poeta, foi feliz!!! Foi-se, feliz...

“Não vou dizer tudo de bom que essa terra temPois não caberia nessa cançãoSanta Rita de CássiaQuem aqui nasceu e morou Não deixa jamais de voltarPra rever os amigosPra rever os parentesE os nossos pais”Trecho da música de Marco Aurélio Arantes,

“Meu Pedacinho de Minas”

4 CÁSSIA | MINAS GERAIS | 02 DE JULHO de 2020

Uma ReflexãoTranscrição do discurso proferido pelo prefeito

Marco Leandro Almeida Arantes/Kito, na inauguração do PSF Rural:

Coleta Seletiva em Cássia é referência emdestinação de lixo eletrônico

No dia 26 de junho, a Prefeitura Mu-nicipal, por intermédio da Secretaria de Obras, Infraestrutura e Meio Ambien-te, através de convênio firmado com o Centro Regional de Triagem, Reuso e Descarte de Resíduo Eletrônico das Fa-culdades Integradas do Sudoeste Minei-ro – FESP-UEMG , doou uma carga de lixo eletrônico recolhida na cidade.

A iniciativa faz parte do programa “Coleta Seletiva”, implantado no cor-rente ano em sua versão ampliada, pas-sando a atender a demanda cassiense em dois dias da semana, agora as terças e quintas-feiras. O projeto tem por fina-lidade dar a destinação correta aos resí-duos produzidos por nossa cidade, entre eles, o lixo eletrônico composto por

computadores, pilhas, baterias, lâmpa-das, dentre outros.

As placas e demais circuitos eletrô-nicos de equipamentos possuem quan-tidades significativas de metais pesados, especialmente mercúrio, chumbo e cád-mio. Sendo este fator um dos principais causadores dos danos ambientais por lixo eletrônico em nossa sociedade e que afeta diretamente a qualidade do solo e da nossa água, contaminando os rios e lençóis freáticos do município.

Em Cássia você pode estar destinando tais resíduos, nos seguintes locais Lâm-padas, Pilhas e Baterias, Eletroeletrôni-cos: Prefeitura Municipal, Cras, Creas e PSF’s

Agradecemos a colaboração de todos.

Hoje, venho aqui para fazer uma reflexão sobre os últimos acontecimentos que ocorreram em nossa querida cidade e que, nem precisaria dizer, nos deixaram todos consternados e en-tristecidos. Refiro-me à chegada indesejada e temida do inimigo mortal da saúde, da alegria, da felicidade, da liberdade, do direito de socia-lizar-se e de, em última instância, ir e vir livre-mente segundo a nossa vontade e o nosso desejo legítimo.

Falo do surgimento do coronavírus e da COVID-19, sujos congêneres já afetaram a hu-manidade com taxas de letalidade tão ou mais severas que jamais foram esquecidas, dentre as quais cito:

A Peste Negra, de 1347 a 1351, que dizimou pela metade a população da Europa em 4 anos; a Gripe Espanhola, que explodiu durante a Pri-meira Guerra e extinguiu 50 milhões de pessoas; o HIV/Aids, que já 2011 matou 20 milhões dos 60 milhões de infectados; a Praga de Justinia-no que matou 5.000 pessoas por dia apenas em Constantinopla e é hoje considerada o primeiro surto da peste bubônica; a Peste Antonina, que matou 2.000 pessoas por dia em Roma durante os anos 165 e 180; a Cólera, que exterminou ao longo do Ganges 120.000 de cada 3 a 5 milhões de infestados por ano desde o seu surgimento em 1817.

Cito essas catástrofes humanitárias não no intuito de atemorizar nossos cidadãos, mas, ao contrário, trazer, na condição de prefeito do município, uma palavra de alento, de esperança e de fé num futuro próximo livre desse mal que hoje nos ameaça a vida por duas razões: o avanço da Ciência, que tem encontrado soluções quer para a neutralização do vírus no organismo pela criação de vacinas, quer pelo desenvolvimento de protocolos de cura, e o desenvolvimento so-cioeconômico e cultural que através dos tempos vêm franqueando às populações meios de acesso a crescentes condições de higiene, de saúde e de educação antes inexistentes. Tudo isso, natural-mente, favorecendo a duração e a qualidade de vida.

No entanto, neste momento, tudo nos apa-rece sombrio e amedrontador porque estamos, todos, no mundo inteiro, sem teto, no meio de um redemoinho viral devastador que parece in-terminável. Quero dizer, neste momento, que penso diuturnamente na angústia, no medo, no sentimento de desalento, de tristeza e também de revolta que estejam porventura se abatendo sobre todos os cidadãos da nossa cidade querida, justamente inconformados pela provação ime-recida, sem causa, sem razão, já que temos sido bons, humanos, solidários, cumpridores dos de-

veres, fieis aos valores que tornam a pessoa um ser humano justo e honrado.

Mas também quero dizer, neste momento de tristeza pelo aparecimento da COVID-19 entre nós, que é preciso ter a humildade de reconhe-cer que não somos predestinados a escapar dessa doença maldita, embora tenhamos trabalhado, no âmbito da nossa competência e funções, des-de o seu aparecimento, para mantê-la fora dos limites do município e, muito embora não ti-véssemos conseguido suceder totalmente nesse intento, conseguimos, com a ajuda de todos os setores administrativos da Prefeitura, do corpo médico competente e do pessoal da Saúde, dos comerciantes, dos setores produtivos, do comér-cio, dos produtores rurais, do pessoal de edu-cação e cultura, da sociedade como um todo, o feito conjunto e expressivo, de postergar seu aparecimento, com isto diminuindo significati-vamente o tempo entre o surgimento da doença e uma eventual cura ou uma vacina.

O cenário hoje é outro. Vencer a dissemina-ção é a nova palavra de ordem que se nos des-cortina e que deve nortear nossos atos em prol da preservação da vida de todos os cassienses e dos que aqui habitam, atentando mais cuidado-samente para os anciãos, as crianças e os porta-dores de enfermidades graves.

Quero confidenciar-lhe que, em nenhum momento lamentei estar à frente da adminis-tração do município nesses tempos, entre as-pas, de “cólera”. Ao contrario, devo agradecer a Deus e a Santa Rita a oportunidade de poder colaborar, neste momento crucial, com todas as minhas forças e no limite da minha capacidade, para que a travessia dessa via crucis seja menos dolorosa.

E, nesse sentido, quero levar minha palavra de alento:

Trabalhemos todos, juntos, para que a nos-sa liberdade de ir volte e seja mais do que um sonho muito distante. Isto significando a obedi-ência às normas prescritas pelo corpo da Saúde e da administração municipal. Ninguém, mais ou menos que nós da administração, quer que todos volte a celebrar a vida nas suas mais va-riadas formas de manifestação: os jantares com a família e os amigos; o churrasco de fim de se-mana, as idas ao futebol, à academia, ao cinema, as viagens pelas vizinhanças, as cerimônias de casamento, o culto religioso, enfim, tudo o que nos torna seres sociáveis, diferentes e únicos.

Conto com todos neste momento para tra-balhar pela saúde dos nossos queridos irmãos cassienses.

Meu grande abraço. Cássia, 26 de junho de 2020

O uso de máscara protege a todos, uma vez que cria uma barreira que dificulta a dissemi-nação do vírus por pessoas doentes. Isso também diminui a probabilidade de transmissão por assintomáticos (aqueles que, provavelmente, por não apresentarem sintomas, nem sabem que têm a Covid-19).

Por isso, se for preciso sair de casa, sempre use máscara!

SAÚDE

Eu tinha uma paciente que me deu muito trabalho. Por que a mulher queixava dor em várias partes do corpo que não eram da minha área (ginecologia). Queixosa, revelando auto piedade falava: “ Doutor João, essas dores não me largam pra nada. Dói a coluna da escadeira, as juntas dos braços e das pernas, a cabeça e, muitas vezes, acho que vou ficar doida.” Então pensei em algumas hipóteses diagnósticas. Ela ainda não tinha feito a menopausa. Achei a paciente meio complicada. Enca-minhei-a ao ortopedista. Um ano depois apareceu para fazer a prevenção de câncer. Terminada a consulta ela disse-me: “Olha, doutor João, consultei vários médicos. Não adiantou nada. Continuo sentindo aquelas mesmas dores do mesmo jeito-; até aumentaram. Fui até na clínica de dor.” Aí chorou um pouco. Descobri que ela tinha uma vida difícil, geniosa e com desavenças com familiares do marido. Conclusão, tinha uma vida bem complicada. Eu tinha um colega médico que gostava de aten-der esses tipos de pacientes. Encaminhei-a para ele. Passados uns tempos esse meu amigo (o médico) convidou-me para tomar uma cerveja. Mas ele queria mesmo era contar-me o caso da tal paciente. Ele estava com um entusiasmo que dava gosto. E ele narrou só a fase importante do atendimento: “João, sua paciente estava tomada por raiva e ódio. Já estava para matar alguém. O que fiz, chamei minha secretária e sentamos, os dois, em frente a paciente. Pedi que ela colocasse uma mão entre as minhas mãos e a outra entre as mãos de minha secretária. Apertamos as mãos e eu disse a ela: “Olhe dentro dos meus olhos. A senhora vai ver que eu vou saber o que está se passando na sua mente. Olha firme! Bem firme! Quando eu começar a falar, a senhora vai fechar seus olhos e relaxar. Me escute sem me interromper!” Em seguida comecei a falar com ela: “Olha, a sua mente está tomada por uma grande energia negativa poderosíssima, maléfica, que está sendo alimentada pela raiva e pelo ódio. É isso que está causando suas dores, e pra essas dores não tem remédio. Livre-se da raiva e do ódio! Procure apoio na sua religião ou num terapeuta.” Final da história: a paciente curou-se das dores e vive muito feliz!

João Batista Pinto

Difícil ou fácil acreditar?