O jornal dos alunos da Escola Balão Vermelho para você ... · profissional. Para me preparar, eu...
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O jornal dos alunos da Escola Balão Vermelho para você Outubro/2009
As turmas de sétima e
oitava séries receberam na
escola, a professora da
Faculdade de Direito da UFMG,
Miracy Gustin em agosto passado. Na
visita ela falou com os alunos sobre o tema”
O jovem e Cidadania”.
Miracy falou em entrevista ao Jornal do Balão falou
sobre questões relacionadas a educação de jovens.
página 08
Relato sobre carona solidária
Pais de alunos do Balão contam sua experiência na
prática da Carona Solidária através do JB, na seção
Cartas à Redação.
página 03
Crianças estudam sobre as aves
Andréa Salles, professora de crianças de dois anos,
começou um novo projeto sobre aves com seus alunos.
A professora lê as poesias do livro Sobrevôos para a
meninada aprender mais sobre as aves.
página 04
Aprendendo matemática fazendo compras
Professora da 1ª/9 ensina as crianças de um jeito
divertido. No projeto ela monta um mercado na sala de
aula para as crianças fazerem compras e aprenderem
matemática.
página 07
Ponto de vista
A 4ª/9 desenvolveu um projeto para os alunos discutirem
sobre a utilização de animais no circo. As crianças leram
textos argumentativos contra e a favor do emprego de
animais e viram fotos deles sendo maltratados. Todas as
crianças chegaram à conclusão de que Circo com animal
não é legal. A professora propôs que a turma fizesse
textos de opinião manifestando suas idéias.
página 11
Balão recebe professora da UFMG
Paula Assis 15 anos
EDITORIAL
Professoras responsáveis:Cláudia Siqueira e Rosvita Kolb. Editoria de Artes: Marcelo de Oliveira e Fernanda PimentaSetor Gráfico : Marcelo de Oliveira
Direção Pedagógica:Iêda Maria Luz BritoMaria Elena Latalisa de SáMaria Elisabete Lobato
Expediente:Escola Balão Vermelho Av. Bandeirantes, 800 - [email protected] www.balaovermelho.com.br
Tel.: (31)3194.2400
Editora Chefe: Fernanda PimentaRJP: 12.400/MG
02Página
Tiragem: 1.000
Edição: Outubro de 2009
Coordenação do Jornal Iêda Maria Luz Brito
Ainda me lembro do primeiro dia em que vim trabalhar na
Escola Balão Vermelho.
Julieta Dobbin, minha companheira de faculdade de
jornalismo e amiga, era editora chefe do JB e me passava
o cargo para ir estudar teatro em Londres. Até então, eu
tinha experiência em trabalhar com adolescentes em um
cursinho pré-vestibular, com adultos como monitora na
faculdade e em um jornal de sindicato, além dos vários
trabalhos com cinema e televisão, então pensei; vou dar
conta de trabalhar com crianças também.
Claro, não imaginava nem de longe, o mundo Balão
Vermelho que eu estava por descobrir. O quanto ia
aprender com as crianças e adolescentes desta escola e o
quanto a educação pode e deve ser educação de verdade,
que o aprender no Balão vai muito além do estudo
convencional que eu tive na minha infância e
adolescência. Aqui no Balão me deparei com crianças e
adolescentes cheios de autonomia, de questionamentos,
não só sobre português e matemática. Mas sobre o mundo
e a vida, sobre o cidadão e a cidade. Crianças que são
estimuladas antes de tudo a pensar. Estímulo esse que eu
só fui saborear na faculdade, apesar de ter estudado em
ótimos colégios, mas que só me prepararam para o
vestibular. Ainda me pergunto se eles não sabiam que
também tinham que me ensinar a pensar.
A cada edição do JB e projeto que eu desenvolvi com os
alunos do Balão percebo o quanto amadureci como
profissional. Para me preparar, eu comecei a freqüentar
diversas aulas, desde o ensino Infantil até o último ano,
para ver de perto como os educadores trabalhavam. O
desafio era grande, ensinar às crianças do Balão a
escrever sobre os projetos dos professores e das turmas.
No caminho, alguns erros, muitos acertos e muitas
vivências acumuladas na prática entre mim e os
“repórteres- alunos” do Jornal do Balão. Hoje, já é comum
eu escutar pelos corredores; “como o jornal está bonito!”
ou “desde que você entrou para o JB, ele está cada vez
melhor!”... Elogios a parte, tenho que confessar aqui que
ensinar essas crianças a escrever em uma linguagem
diferente da sala de aula, nada parecida com as redações
que eu fazia na minha época de colégio, é estimulante!
Uma vez que eu só fui aprender a escrever texto
jornalístico no ensino superior. E olha que eu sempre
gostei de escrever, desde pequena.
Não posso deixar de falar também dos meus grandes
parceiros Marcelo de Oliveira, responsável pela arte do
jornal, e Cláudia Siqueira, professora responsável pelo
Jornal do Balão, que são fundamentais para que cada
edição do JB seja elogiável. Mas nenhuma edição do
Jornal seria possível se não houvesse a iniciativa da
diretora da Escola, Iêda Brito, em criar um Jornal feito por
crianças. A originalidade do projeto se deve muito à
criatividade e aos desafios que Iêda propõe a cada edição,
além do estímulo e a orientação das diretoras do Balão
Vermelho, Bete Lobato e Leninha Latalisa e das
coordenadoras do Infantil, Doca Latalisa e Adriana
Monteiro, para que o meu trabalho seja feito e para que os
alunos vivenciem a feitura de um jornal. Seja entrevistando
autores, professores e alunos. Seja escrevendo os textos,
contando das novidades e projetos de cada turma e da
escola e até mesmo ilustrando o JB como se fossem
fotojornalistas.
Após dois anos de JB, a única frase que vem à minha
mente para concluir o meu editorial- depoimento é a fala de
uma aluna, que neste ano se transferiu para outra escola,
onde ia muito bem com as notas, mas uma coisa faltava na
vida dela, o mundo Balão Vermelho. Então, nesse
semestre, ela voltou para o Balão pois dizia que lá se
sentia muito triste. “Eu sou do Balão, sempre fui... Lá na
outra escola tudo é cinza, aqui tudo é colorido!” Felicidade
para mim, que hoje também sou professora, foi recebê-la
em minha turma do fundamental e tristeza para a
professora da outra escola que declarou ter perdido a sua
melhor aluna.
E que venham mais dois anos e muitos outros mais!
Fernanda Pimenta
Editora chefe do JB.
Meus dois Banos de J
Alunos: Alicia Brum, Ana Katz, Bárbara Santana,
Beatriz Cinque, Beatriz Chamowicz, Clara Sepe, Carlos Gabriel, Daniela Parizi, Felipe Rocha, Fernanda Cançado, Fernando Viana, Gabriel Bona, Gabriela Mendonça, Maria Gabriela Azevedo, Isabela Amaral, Isabella Victória, Isabela Rocha, Isadora Trad, Joana Dias, Júlia Catão, João Pedro Matoso, Henrique Hattler, Laura Abreu, Leonardo Leonardi,Leonardo Queiroz, Letícia Fiúza, Luca Arroyo, Lucas d'Ávila, Luísa Lombardi, Marina Silveira, Mariana Canedo, Mariana Pimentel, Mateus Siqueira, Nicole Peixoto, Pedro Aliaga, Salin Oliveira, Sofia Cunha, Thomas Carrieri, Vinícius Santiago, Vitor Guimarães,Vívian Lins
Carolina Portugal 10 anos
ERRATA
O desenho da capa da edição passada do JB foi feito
por Paula Assis, 15 anos. E o desenho com a mão e
olho onde estava creditado Clarissa Aguiar é também
de Paula Assis.
CARTAS À REDAÇÃO 03Página
Sobre a palavra SOLIDÁRIA, encontro no dicionário: laço
ou vínculo recíproco de pessoas ou coisas independentes.
Encontro também: relação de responsabilidade entre
pessoas unidas, de maneira que cada elemento do grupo
se sinta na obrigação moral de apoiar os outros.
Apoiados nesta ideia, entendemos que esta é a PALAVRA
muito bem indicada para nosso momento atual. Como
conseguir acompanhar nossos filhos, facilitar suas vidas e
ao mesmo tempo, garant i r nossos diversos
compromissos??! Só mesmo somando nossas
individualidades e se auto-organizando em grupos.
O Balão Vermelho e o Balão Fundamental (e aqui, brinco
com a palavra escrevendo-a filosicamente assim
Fundamental), já vem atuando nesse propósito.
Antes mesmo da ideia ser oficializada num projeto Carona
Solidária, já estávamos funcionando assim. Por sorte,
nossas filhas – Clarissa, 8ª série e Alice, 5ª série, tem
colegas irmãos (Paula, 8ª série e Bruno, 5ª série) que
moram bem próximos a nossa casa.
Nós e seus pais, dividimos entre os quatro, as idas e vindas
Nesse ano de 2009 se forma a primeira turma de 8ª série
da escola Balão Vermelho e com isso os alunos estão,
desde o início do ano, se preparando para os testes de
seleção em outras escolas.
O ritmo acelerou, a preocupação aumentou e os alunos
ficaram ainda mais inseguros, pois, é a hora da escolha da
nova escola, será que daremos conta? Passaremos de
ano? Iremos nos adaptar? Essas são perguntas que vem
perturbando os alunos durante todo esse ano. Para
tranqüilizá-los a diretora Iêda Brito, a partir de uma
pesquisa feita com os estudantes sobre quais escolas
pretendiam ir, visitou alguns colégios para tentar efetivar
convênios e também para conhecer um pouco mais do
ensino.
Colégio Santo Antônio, Santo Agostinho, Loyola, Marista,
Arnaldo e até mesmo CEFET foram alguns dos colégios
elegidos pelos alunos. Depois dessa série de visitas, a
diretora pode dar um retorno aos pais e ter sucesso na
realização de convênios como, por exemplo, com o
Marista que, se o aluno que deseja ir para lá, obtiver 80%
do boletim escolar no Balão Vermelho, será dispensado da
prova.
Nossa experiênciacom a carona solidária
para o Balão, para festas de colegas e até mesmo para
atividades extracurriculares, quando coincidentes. Quando
um tem problema no dia, liga para o outro e encontramos
juntos soluções. É bom para todos nós e fortalece, com
certeza, o laço fraterno que já existia entre os filhos, entre os
pais, e entre pais e filhos. RECOMENDAMOS A EXPERIÊNCIA!
Simonete Tôrres e José Artur Aguiar
Pais das alunas Alice da 5ª série e Clarissa da 8ª Série
A série do Balãoª8Já no Santo Antônio é necessário fazer o teste, mas se o
aluno não passar, o pessoal da escola entrará em contato
com o Balão para conversar com a Iêda sobre esse aluno,
se ele é um aluno responsável, comprometido e se ele
dará conta da escola no próximo ano.
Os alunos estudam muito para essas provas.Eles
descobrem o conteúdo que cairá e selecionam o que já
estudaram e o que ainda falta, e cobram dos professores.
Correm atrás.
Se não dá tempo de ver tudo em sala, eles estudam em
casa, sozinhos ou em grupos, e qualquer dúvida procuram
os professores para que eles esclareçam as dúvidas para
seguirem a diante.
Enfim, esse foi um ano muito produtivo para essa turma
que é mais que uma prova do sucesso de uma experiência
em que muitos não acreditaram. E que ao mesmo tempo
em que estudam, tentam aproveitar ao máximo cada
coisinha dessa escola onde estudaram durante parte de
suas vidas e deixarão saudades.
Mariana Pimentel
8ª Série
Dica Ecológica
O isopor é um material potencialmente reciclável.
Hoje, podemos colocar para reciclagem as bandejas
de isopor que adquirimos nos supermercados. No
Balão Vermelho, você pode doá-las para as famílias
do Assentamento Pastorinhas, menos as embalagens
que guardam carne.
Isabela Amaral Isadora Trod
9 anos
Bárbara SantanaFernanda Cançado
9 anos
INFANTIL04Página
Neste semestre a turma do turno da tarde da professora
Renata Vidal, de crianças de 05 e 06 anos estuda sobre
castelos. Isso começou quando a turma escutava histórias
de castelos, brincavam de montar castelos entre outras.
O aluno Pierre Dominique, de 05 anos, contou que gosta
desse projeto porque ele já esteve em viagem na França e
visitou vários castelos, viu príncipes,princesas, reis,
rainha.
Renata conta que os alunos perguntaram se alguns
castelos abrem a porta quando a ponte vira e se tem lago
em volta do castelo com crocodilo.
A turma tira todas as suas dúvidas, pesquisando sobre o
Turma da Renata estuda sobre Castelos
Andréa Salles, professora de crianças de dois anos,
começou um novo projeto sobre aves com seus alunos. “A
ideia é ler as poesias do livro Sobrevôos para as crianças,
e aprender mais sobre as aves” conta.
O foco é construir junto com as crianças algumas aves,
usando sucatas, e depois pendurá-las no “Pátio dos
pássaros”. Feito isso, as crianças ainda vão expor as
esculturas além dos muros da escola, ou seja, vão colocá-
las em algumas árvores na porta do Balão.
Isabella Victória, Leticia Fiuza.4ª série
Crianças estudam sobre as aves
A professora Mariâgela Stanislau continua com o projeto
Brinquedos. Ela desenvolve o projeto desde o primeiro
semestre.
A turma, pais e professora fazem brinquedos de material
reciclado. Com os brinquedos prontos a turma inventa
brincadeiras para eles e fazem o relato em um livro dessas
brincadeiras e ainda ensinam como fazer o brinquedo.
As crianças já fizeram avião, helicóptero, carrinho,
barangandão, telefone sem fio, entre outros.
Pais e profissionais da escola ensinam meninada a fazer brinquedo reciclado
assunto, trazendo livros de casa e colocando as perguntas
a serem pesquisadas no mural da sala.
Gabriela Mendonça, Maria Gabriela Azevedo, Mariana Canedo.
4ª/9.
Mariângela conta que todos do Infantil estão envolvidos no
projeto. “A “Pretinha” já veio na sala para ensinar a fazer
boneca de tampinha e veio também a Doca, coordenadora
do Infantil para construir com a meninada um carrinho de
papelão”, conta a professora.
Letícia Fiuza ,Isabella Victória e Thomás Carriere.
4ª série.
Fazendo quadro Gan BeiA meninada da turma da Cláudia Rocha, mais conhecida
como Cláudinha, de crianças de 01 e 02 anos do
Balãozinho faz um projeto de artes chamado “Gan Bei”(
palavra chinesa que significa “esvazie o copo”, para nós,
brasileiros, é o famoso “TinTim”.
O projeto é inspirado no quadro feito pela diretora Leninha
que fica na entrada da escola Balão Vermelho. O quadro é
feito de louças, cerâmicas, esculturas quebradas.
Já o quadro que será feito pela meninada da Claudinha
terá brinquedos quebrados e sucatas.
Bárbara Santana, Felipe Rocha, Pedro Aliaga. 4ª/9
Leonardo Feldman 6 anos
Fernanda Vascpncellos 6 anos
Jimena Veiga 6 anos
Nina Pessoa 5 anos
Júlia Vianna 5 anos
05Página
INFANTIL
Na turma da Bárbara Coura as crianças de 5 a 6 anos
começaram a levantar perguntas sobre os contos de
fadas, o que os levou a pesquisar sobre o assunto. As perguntas eram diversas; Quem inventou os Três
Porquinhos, Bela Adormecida, A Bela e a Fera e
Branca de Neve. De onde surgiram esses contos?
Iasmin e pocahontas são contos de fadas? Com o
desenvolvimento do projeto as crianças já
descobriram que não.
A aluna Giovanna Coura, de 5 anos, conta que adora
estudar sobre os contos de fadas. “Descobri que o
primeiro conto de fada a ser inventado foi
Chapeuzinho Vermelho”, conta orgulhosa.
Os alunos também descobriram que no século XVII
Sharley Perraut escrevia histórias como Chapeuzinho
Vermelho mas com final triste e que quem escreveu
Chapeuzinho com final feliz foi Gabrielle Baibot.
Para descobrirem isso a turma toda se empenhou
muito e fizeram muitas perguntas.
Beatriz Cinque e Alícia Brum, 4ª série.
Maria Gabriela Azevedo, Mariana Canedo e
Gabriela Mendonça 4ª/9.
Neste semestre a turma da Ana Paula Rodrigues de 4 a 5
anos, faz um estudo sobre o Corpo humano. Eles
aprendem sobre o menor e o maior órgão e sobre os
ossos.
A mãe dos trigêmeos Bernardo, Fernanda e Carol Brant ,
Maria Inês, que é oftalmologista veio na turma para contar
sobre os olhos. Ela começou contando como que é dentro
do olho.
Com a visita, a meninada da Ana Paula aprendeu que
existe uma substância parecida com uma gelatina e por
isso não pode encostar nada no olho, e nem pode brincar
com lápis nele.
A professora conta que a meninada descobriu também
que a gente pisca para o olho não ficar seco, mas que se
ficar seco ou irritado e só passar soro fisiológico.
Fernanda Cançado, Fernando Viana e Isabela Amaral.
4ª/9
Contos de Fadas
Meninada estuda sobre os olhos
Neste ano a turma do segundo período da professora Renata
Vidal trabalha com o projeto , “Jeitos diferentes de se fazer
arte”. Neste projeto a turma tem a oportunidade de
experimentar diferentes formas de fazer arte, porque além
deles produzirem os trabalhos com diferentes materiais,
também tiveram a chance de conhecer novos artistas. Para tornar o estudo mais divertido a turma teve a ideia de
fazer um grupo de oficinas com os seguintes temas;
colagem, textura e reaproveitamento de materiais.
Renata conta que ao longo do semestre a turma recebeu a
visita de artistas de circo, atores, pintores, artesões e
dançarinos. “As crianças descobriram que a arte não é só
aquilo que eles produzem aqui no balão, pois tiveram a
oportunidade de conhecer artistas profissionais”, afirma a
professora.
Depois de pesquisar muito, ainda tiveram a ideia de produzir
Descobrindo várias maneiras de
trabalhar com a Artepanos feitos só com retalhos de tecidos do atelier de
arte do Balão, e batizaram este projeto de “Ponta aqui,
ponta acolá”.
Clara Sepe, Júlia Catão, Vívian Lins4ª série
Bryan Abreu 6 anos
Clara Pimenta 5 anos
Marina Soares 6 anos
Beatriz ChaimowiczMaria Gabriela Azevedo
Gabriela Mendonça9 anos
Felipe Rettore 5 anos
PROJETOS 06Página
A professor Juliana Leite da turma 1ª/9 do turno da manhã,
tem uma novidade divertida para esse semestre.
Seus alunos fazem um projeto chamado ”Super Balão”,
que é um pequeno mercado dentro da sala de aula. Juliana
conta que os alunos ganham dinheiro de papel e compram
os produtos de acordo com as refeições separadas pela
professora como café da manhã, almoço e jantar.
“Recolhemos várias embalagens de suco, achocolatado, e
de diversos produtos para montarmos o mercado. A partir
daí cada aluno compra com o dinheiro que recebe, e com o
preço de cada produto”, conta a professora.
Juliana ainda afirma que o objetivo do projeto é as crianças
aprenderem matemática de um jeito divertido.
Luca Arroyo, Mateus Siqueira e Matheus Marinho
4ªsérie
A turma da 2ª/9 da professora Juliana dos Anjos, estuda
neste semestre o Corpo Humano.
A professora diz que a ideia surgiu a partir da curiosidade
de quatro alunas;
Rachel Garzedin, Giovanna Cafeu, Clara Marra e Bárbara
Bueno de saber o que tem dentro do Corpo Humano,
como ele funciona, como é produzida a cera de ouvido, a
remela e várias outras coisas.
Ju dos Anjos contou também que o mais importante do
projeto é o que as crianças imaginam o que deve ter
dentro do corpo e que suas dúvidas são cada vez mais
A turma da Professora Daniela Carvalho, 3ª/9 estuda
sobre os países do mundo.
Para ajudar neste estudo as crianças utilizam o livro “Um
mundo de crianças”, de Ana Busch e Caio Viela e o mapa
Mundi. Eles até descobriram países diferentes como a
Tanzânia.
A turma começou esse projeto quando a diretora Iêda
Brito viu o livro Um mundo de Crianças e sugeriu que a
turma desenvolvesse um projeto com ele durante o
semestre.
Dani diz que o mais importante do projeto é que seus
alunos consigam entender que a diferença entre as
pessoas é muito grande e não importa se ela é gorda ou
magra, baixa ou alta e negra ou branca.
Beatriz Chaimowicz, Isadora Trad, Vinícius Santiago.
4ª/9
Alunos aprendem matemática fazendo compras
Interesse pelo mundo das histórias
Crianças querem saber o que
tem dentro do Corpo Humano
As professoras Patrícia Bagno, Juliana Leite e Teresa
Penna desenvolvem um projeto sobre a censura de
programas de televisão.
O objetivo do projeto é descobrir quais os programas as
crianças assistem para a partir daí, fazerem junto com
eles, uma leitura crítica dos conteúdos dos desenhos
animados. As professoras orientam o que é mais
adequado para eles e se não for, o porquê de não ser.
Patrícia conta que os alunos até fizeram uma entrevista
com os pais para descobrirem como eram os programas
que eles mais assistiam quando crianças.Luca Arroyo, Mateus Siqueira
4ªsérie
1ª série discute sobrea censura na TV
interessantes; ela também acredita que eles levam muito
a sério este assunto e gostam de conversar sobre isso.
Ela ainda falou que o mais divertido do projeto é ver o que
cada aluno pensa sobre os ossos, órgãos, veias e para
que eles servem.
A professora diz que alguns para casas coincidem com o
projeto e que por enquanto está dando tudo certo e que
sua turma está muito entusiasmada com este novo
estudo.
Beatriz Chamowicz, Isadora Trad e
Vinícius Santiago.
4ª/9
Sofia Cunha 9 anos
Sofia CunhaBeatriz
Mariana Canedo 9 anos
Chaimowicz
Henrique Murta 10 anos
PROJETOS 07Página
A turma da professora Virgínia Peret, da 2ª/9, trabalha com
diversos projetos.
Um deles é o Dia da Curiosidade. Nele as crianças
escolhem um tema, e o estudam, pesquisam em casa e
quando já sabem tudo sobre o tema marcam um dia para
apresentar à classe.
Outro projeto, é o da história do cinema. Neste projeto, a
turma esclarece algumas dúvidas sobre quem inventou o
cinema, como surgiu, como se faz o desenho animado e
qual é a diferença entre o filme e o desenho animado.
Ana Katz e Joana Dias4ª série
A turma da 3ª/9, da professora Kátia Mendonça, está com
novos projetos. Um deles é o projeto Aniversário. Neste, as
crianças trabalham muito com pesquisas de preço,
sistema monetário, sistema de medidas (kilograma e
Litro), leitura e escrita de receitas.
Depois de cada trimestre de trabalho duro, eles
comemoram os aniversários que ocorreram durante os
últimos três meses.
Outro projeto da turma é o de criação de monstrengos.
Neste trabalho, é usada novamente a escrita e
leitura.Tudo começou com o estudo do folclore brasileiro.
Um aluno levou para sala de aula, o desenho de um
mostrengo, e surgiu a ideia de produzir um livro com o
monstrengo de cada criança da sala.
O dia da curiosidade
Aprendendo matemática com o projeto aniversário Segundo a professora, os alunos começaram a pesquisar
também as lendas e mitos do folclore Brasileiro, para bolar
A turma da Teresa Penna de crianças de 5 e 6 anos,
continua neste semestre com o projeto de pesquisa sobre
Ruínas, Castelos e Catedrais. Agora a turma pesquisa
sobre a arte contida nestes lugares. Eles estudam a
arquitetura, as pinturas,histórias,músicas,poesias e
literatura dos povos que habitavam esses castelos na
época medieval.
As crianças também pesquisam quais são as histórias que
se passam em castelos; como Robbin Hood, Romeu e
Julieta, Rei Arthur e João fiel.
Thais Bastos, 6 anos e Beatriz Queiroz, 7anos, alunas
dessa turma dizem que aprenderam muito com o projeto.
“Eu estou aprendendo o que é arte e que os castelos são
muito bonitos e que antes as coisas eram diferentes de
Ruínas, Castelos e Catedrais
Isabella Borges 10 anos
Luísa Lombarrdi 10 anos
hoje”, conta Beatriz.
Na Giroletras a turma vai apresentar um teatro de sombra do
Romeu e Julieta, de Willian Shakeaspeare que é uma das
histórias que se passou em Castelo. Luísa Lombardi, Daniela Parizi.
4ª série.
Clara Oliveira 10 anos
cada característica de seu monstro.
Joana Dias, Ana Katz, Vitor
Guimarães e Thomas Carierri. 4ª série
ENTREVISTA08Página
As turmas de sétima e oitava séries receberam no Balão Vermelho, a professora da
Faculdade de Direito da UFMG, Miracy Gustin em agosto passado. Na visita Miracy
falou com os alunos sobre o tema ”Juventude e Cidadania”. Miracy é coordenadora do Pólos de Cidadania, um programa de extensão da UFMG que
tem como objetivo melhorar a qualidade de vida de grupos com histórico de exclusão
social. Em entrevista ao Jornal do Balão falou sobre questões relacionadas a educação
Jornal do Balão: O que a senhora, como educadora,
acha que é fundamental na educação até a 8ª série?
Miracy Gustin: Parece-me que nessa fase, é muito
importante a educação para a cidadania e para a
emancipação de todos os integrantes das turmas
(professores, alunos, orientadores). Uma educação para a
cidadania deve fazer uma relação permanente escola-
sociedade. Não se pode esquecer que estamos em uma
sociedade de grandes distâncias sociais e de exclusões.
Como poderemos ter alunos/professores/orientadores
que não considerem essa questão de frente, resgatando
não apenas seu conhecimento e a consciência de sua
existência, mas atuando junto às famílias para que se
envolvam com seus filhos para o repensamento e a
atuação para a solução desse grande problema de nossa
sociedade? Às vezes, o problema está bem perto e de fácil
solução. Por exemplo, empregados domésticos
(cozinheiras, arrumadeiras, motoristas, jardineiros, etc.)
sem carteira de trabalho assinada, sem vale-transporte,
sem férias regulamentares, enfim, sem seus direitos
trabalhistas resguardados. Há, por parte das famílias e de
seus filhos, alunos do Balão Vermelho, incentivo a esses
trabalhadores domésticos para se sindicalizarem,
continuarem sua educação formal? Isto é uma pequena
amostra de como a educação cidadã poderia extrapolar os
muros escolares e se instalar no ambiente mais próximo,
da família.
JB: O que uma escola voltada para a Cidadania precisa
ter?
MG-Espaços de discussão com famílias e lideranças
sócio-culturais para que alunos/professores/orientadores
possam compreender as diversidades de apreensão de
mundo de todos esses atores sociais. Mas, não só isto.
Também visitas a locais relacionados aos temas que estão
sendo tratados. Assim, as visitas deveriam sempre serem
precedidas de leituras e discussões teóricas para que
alunos possam apreender o real significado dos locais
visitados. Os jovens, hoje, quase sempre, estão
"enjaulados" em shoppings sem terem contato com
espaços de extrema beleza de nossas cidades e, ainda,
espaços sociais onde pode se encontrar uma cultura
diferente e uma solidariedade e alegria que não são
sentidas nas várias classes sociais. Isto não é
romantização, é realidade.
JB: Como a senhora vê a atuação dos jovens no
espaço político atual?
MG: Bem, eu gostaria que eles começassem pelo espaço
político escolar. Eles têm formado grêmios escolares?
Esses grêmios são espaços de efetiva ação política no
sentido de demandar mudanças metodológicas e de
relacionamento no interior das escolas? Não basta apenas
fazer festinhas (estas também são necessárias), é preciso
ir mais além. Que tal ajudar a repensar o sistema escolar a
partir de congressos organizados por seus grêmios e suas
lideranças? Poderiam, ainda, ter um cine-clube que
fizesse análises efetivamente críticas das películas que
são mostradas nos principais cinemas. Depois desse
aprendizado no interior da escola, eles poderiam navegar
na política da cidade, participando de orçamentos
participativos, de audiências públicas na Câmara
Municipal, de Conselhos ou de Associações de seus
bairros, etc.
A participação política dos jovens deve ser lúdica, sem ser
apenas uma br incadeira. Eles devem estar
compromissados com sua cidade, seu Estado e terem
certeza de que suas opiniões (sempre mais criativas do
que aquelas dos adultos) são muito importantes para a
transformação do mundo, começando pelo espaço mais
próximo a eles: grupos de amigos, famílias, vizinhanças,
problemas sociais maiores da cidade.
JB: E a família, como ela também pode ajudar na
construção dessa identidade política dos jovens?
MG:Juntando-se ao esforço de transformação da escola.
Sem o envolvimento das famílias pouco poderá ser feito.
Como já disse, a cidadania começa dentro dos lares. As
diretrizes da cidadania estão em nossa Constituição, seu
exercício, porém, está em todos os locais. Por isso é que
educação deve ser vida e não uma preparação para a vida.
Nós vivemos o presente e não o futuro. Por isso é que
deveremos atuar no aqui e no agora
JB: A senhora acompanhou a trajetória da Escola
Balão Vermelho e por isso a sua neta, Clara Gustin,
estuda aqui. Como é que a senhora vê a atuação do
Balão?
MG: Eu adoro o Balão Vermelho. Fez muito por minha filha
e agora faz por minha neta. Sinto um envolvimento da
escola com seus alunos e familiares que não tenho visto
em outras escolas. Mas, como disse Paulo Freire, somos
seres inconclusos (sempre!), também as instituições, elas
têm que estar coletivamente se repensando. Isso não
pode estacionar. Também o Balão deverá entrar nessa
"Roda Viva" de se repensar permanentemente. Mas, acho
que vocês fazem isto. Roda moinho, roda gigante...
Fernanda Pimenta
Editora chefe JB
Beatriz ChaimowiczMaria Gabriela Azevedo
Gabriela Mendonça9 anos
NOTÍCIAS 09Página
A equipe de recreação do Balão Vermelho preparou várias
atividades para o turno da tarde. O recreacionista Felipe
Barbosa contou que cada turma desenvolve um projeto
diferente.
As turmas da Teresa Penna e Juliana dos Anjos, das
primeiras e segundas séries/9, trabalham com o projeto
Circo Imaginário. Neste grande projeto os alunos fazem
atividades usando a sua própria imaginação. Eles vão
aprender a utilizar um cuspidor de fogo, mas como é um
circo imaginário vão apenas fingir que estão cuspindo
fogo.
As turmas da Daniela e Fernanda Pimenta trabalham com
Objetos Voadores. As crianças de 9 anos construíram
aviões de papel, caixotinhos (pipa sem as varetas),
barangandam, um objeto feito de jornal, papel crepon e
barbante que sai planando pelo ar quando você faz um
Recreação promove imaginação e brincadeiras
Desde o primeiro semestre as turmas de 5ª e 6ª séries
estudam sobre a gripe suína com a professora de ciências,
Marianne Garcia.
A 5ª série estudou o que é o vírus da gripe e quais são seus
sintomas. Agora aprendem o outro lado da gripe suína,
como a mídia a divulga e como as indústrias farmacêuticas
Gripe Suínalucram com isso.
”A turma começou a querer saber um pouco sobre outras
doenças que matam e causam problemas tanto quanto a
gripe suína, então eles começaram a estudar os indivíduos
que causam doenças como bactérias, vírus, protozoários e
os vermes” comenta Marianne.
A partir daí a professora dividiu a sala em grupos e cada um
ficou responsável por estudar sobre três doenças diferentes.
Feita a pesquisa eles apresentaram o que aprenderam para
a turma.
A 6ª série também começou o projeto a partir da gripe suína,
mas resolveu aprofundar o estudo sobro o Corpo Humano.
Começaram trabalhando com o sistema digestório e
resolveram fazer um debate sobre carne; se ela faz bem ou
mal e quais são suas vantagens e desvantagens. “A partir
disso eles entenderam como funciona a digestão da carne no
nosso corpo”conta a professora Marianne.
Marina Silveira, Carlos Gabriel e Henrique Hattler.4ª série.
Neste semestre a 5ª e 6ª séries fazem projetos bem
interessantes de português com a professora Cláudia
Siqueira, mais conhecida como Claudinha. A 5ª série desenvolve um projeto chamado “Você é o
professor” que é um tipo de jogo. “Neste projeto os alunos
se preparam para dar aulas para os colegas, escolhem um
tema da gramática, eles arrumam a sala com cartazes,
preparam atividades e entregam cópias para a turma fazer.
Fazendo papel de professorEles também explicam o que aprenderam para a turma”,
comenta Cláudia.
A professora conta como é a sua intervenção no projeto.
“Eu faço o papel de tira dúvidas e acrescento algumas
informações”, comenta Claudinha.
Outro projeto bem legal é o projeto literatura, que ocorre
nas duas turmas.
Já a 6ª série está fazendo um Jornal Literário. Eles
escolhem uma história e a partir dela constroem um jornal
transformando a história em uma notícia. “A turma faz uma
entrevista com o personagem principal e com o autor para
colocarem no jornal. Os alunos também fazem um
horóscopo para colocar no jornal de acordo com a
criatividade de cada um”, conta a professora.
Marina Silveira,Carlos Gabriel e Henrique Hattler 4ª série.
movimento com a mão no brinquedo.
Como o objetivo do projeto é usar esses brinquedos
aproveitando a época do vento, as turmas fizeram uma
excursão ao Parque das Mangueiras onde puderam se
divertir com os brinquedos criados por eles mesmos.
As turmas da Juliana Franca e Cínthia de Paula de
crianças de 9 e 10 anos desenvolvem o projeto Esportes
Novos. Eles inventaram brincadeiras novas. Uma delas é o
Esconde “bu" onde as crianças se escondem assim como
na brincadeira esconde-esconde. No início da brincadeira
o “péga” inventa uma senha em números e quando são
achados o “péga” diz “Bu!” e a criança tem que ficar parada
até que outra pessoa que não foi pega dizer a senha
segurando em sua mão.
Gabriel Bona, Lucas d'Ávila e Nicole Peixoto. 4ª/9.
Letícia Mendonça10 anos
Beatriz Freire 10 anos
Bárbara Santana 9 anos
NOTÍCIAS 10Página
Com a proximidade da Giroletras a 4ª/8 do turno da tarde
prepara junto com o professor Olavo Malta duas peças de
teatro; Sonho em uma noite de verão, de William
Shakspeare e Poemas de Drummond, de Carlos Drumond
de Andrade.
Para os alunos conseguirem montar as peças os
professores Cínthia e Olavo ensinam a turma a produzir
textos de teatro, com o objetivo deles aprenderem as
diferenças de alguns textos e também a misturar textos de
histórias variadas. A turma planeja uma excursão ao teatro
de bonecos do Giramundo.
Já as turmas de 4ª/9 das professoras Juliana Franca e
Fernanda Pimenta, produzem a peça Os saltimbancos,
de Chico Buarque.
Como a peça é um musical, o professor de música Flávio
Fonseca já os prepara para a apresentação que acontece
em novembro. Sandra Rancanti também colabora com a
peça preparando os alunos para encenarem e a
professora de artes, Rosvista Kolbi, constroi com as
turmas o figurino e cenário.
João Pedro Matoso, Leonardo Queiroz e Sofia Cunha.
4 ª/ 9.
Uma vez por semana a turma da 4ª/8, da professora
Juliana Fenelon se encontra com a turma do Olavo, 4ª/9
para realizarem juntos saraus de poesias e crônicas.
A quarta série também desenvolve projetos para a
Giroletras, que é o teatro de sombras, onde a turma lê
contos e reproduz de forma teatral.
A turma da Juliana Fenelon também estuda história e
geografia. Tudo começou quando eles assistiram a
apresentação de um projeto da 5ª e 6ª séries,onde os
apresentadores eram agentes de viagens. Os alunos da
4ª/8 tiveram a oportunidade de fechar pacotes e “viajar”
pelo Brasil e pelo mundo afora.
A partir disso,a turma decidiu fazer também várias
agências de viagem para viajar pelo Brasil.
A professora conta a animação da turma com o tema.
“Com esse projeto os alunos ficam mais motivados a
conhecer o Brasil e estudar história e geografia”, afirma
Juliana Fenelon .
Leonardo LeonardI, Laura Abreu Isabela Rocha 4ª série.
,
Preparando cenas para
Viajando pelo Brasil
GIROL
ETRAS
A turma da 4ª/9 do professor Olavo Malta, têm vários
planos para este semestre.
Eles continuam com o projeto Aqualândia, uma cidade
fictícia que mistura The Sims, Banco Imobiliário e Jogo da
Vida.
A turma também desenvolve o projeto Sarau, em que a
turma lê poesias, apresenta poemas e crônicas, entre
outros.
Os alunos estão muito interessados nos projetos e
apreciam o estudo sobre o Corpo Humano. A turma se
dividiu em grupos e cada grupo fica responsável por
estudar um sistema do corpo através da leitura e
discussão de textos, pesquisa na Internet e com os livros
que têm em casa sobre o tema, é o que conta Natan Cabral
de 10 anos. ”Neste semestre estou aprendendo muito com
o Olavo, principalmente sobre o corpo humano”.
Isabela Rocha,Laura Abreu e Leonardo Leonardi
4ª série
Turma cria cidade fictícia e estuda o corpo humano
Isadora Trad 9 anos
Maria Gabriela AzevedoVinícius Santiago
Carolina Espi 9 anos
11Página
PONTO DE VISTA
A professora da 4ª/9, Fernanda Pimenta, desenvolveu um projeto para os alunos discutirem sobre a utilização de
animais no circo. As crianças leram textos argumentativos contra e a favor do emprego de animais, viram fotos de
animais sendo maltratados, leram reportagem de protesto pedindo que a Câmara administrativa da capital votasse
proibindo o emprego de animais em espetáculos circenses na capital mineira. Depois a turma assistiu um vídeo do
Cirque Du Soleil que não usa animais em suas apresentações.
Como todas as crianças chegaram à conclusão de que Circo com animal não é legal, ela propôs que a turma
fizesse textos opinativos manifestando suas opiniões. A turma ainda criou propagandas para convencer as
pessoas a não freqüentarem circo com animais.
Confira o resultado!
Eu acho que nenhum circo devia ter animal, porque ninguém
sabe se os treinadores tratam mal os animais, se eles dão
chicotadas, queimam sua cara, o trancam na jaula e não dão
comida, se eles amarram com correntes fortes.
Gabriela Cançado
Circo legal não tem animal Ontem, quarta -feira dia 12 de agosto, eu vi um vídeo do melhor circo do mundo, O
Cirque Du Soleil e lá não tem bicho!E os que têm maltratam eles. Eu vi na Internet a diferença de um leão enjaulado
com marcas na testa e sem unhas e outro solto na floresta.
Ah! Eu já ia me esquecendo, eu imagino o tanto que o elefante apanhou para ficar
de cabeça para baixo.
Vinícius Santiago
Por mim é muito errado animais no circo. É como se trocassem as
vidas: passar de liberdade para a escravidão. Estranho é que nada
disso acontece com os humanos.
Os circos que usam animais como atração deviam seguir o
exemplo do melhor circo do mundo que não tem bichos!!! Mas
ninguém liga de ver e não saber se fazem só para ganhar dinheiro,
só para divertir o público, ou pela própria diversão de quem vai
chicotear ou dar choque no animal. Não sabemos se o que fazem
com os animais é tortura. A plateia acha muito divertido porque não sabe (por enquanto), o
que o animal está sentindo naquela hora. A plateia não sabe
quantas chicotadas ele levou e o tanto que ele sofreu.
Resumindo, eu acho errado os animais viverem, sofrerem e
trabalharem nos circos. Beatriz Chaimowicz
Eu gostei muito do espetáculo do Cirque
Du Soleil e ele nem usa animais! Pensa
só: se o circo mais famoso do mundo não
usa animais, para que explorar eles?
Resumindo: Circo animal é ilegal!João Pedro Matoso.
Cirque Du Soleil é um circo muito legal, cheio de malabarismos e truques.
Gostei porque não tem animais. Os circos não devem ter animais, pois eles
sofrem com os maus tratos. Se eu souber de algum circo que tem animal, eu
DENUNCIO!Pedro Aliaga
O Cirque Du Soleil não usa animais porque ele trabalha o humano como uma arte do circo.
O animal esforça bem mais do que a gente, porque eles não são feitos para isso.
Na minha opinião é errado ter animal no circo.
Fernando Fonte Boa
Salim Barros 9 anos
Lucas D’Ávila 10 anos
LITERATURAPágina12
Esta é uma história que vale a pena ser contada. É uma
história de vida , de reencontros, de emoção.O reencontro
de uma família, após 25 anos, não é um fato simples , é
algo marcante que determina quem somos , que nos traz
de volta às nossas origens, ou melhor, ao início da minha
vida.
Em 1984 minha mãe faleceu no parto. Deixou para trás
uma menininha com quase três anos ( no caso eu ),meu
irmão com quatro e minha irmã com um ano. Este fato triste
fez com que nossas vidas mudassem de rumo. Meu pai
não tinha a menor condição de nos criar sozinho e teve
que tomar algumas decisões difíceis que traçou um outro
destino na vida de três crianças. Meu irmão foi deixado
com minha avó materna porque ele era filho só da minha
mãe, do seu primeiro casamento.Eu fui doada para uma
família desconhecida e a minha irmã para outra..
E assim nos separamos , cada um foi para um lado. A
família que adotou minha irmã fez com que ela sempre
tivesse contato com o meu irmão. Já no meu caso, perdi
contato com os dois,mas fui adotada por uma família que
me recebeu de braços abertos ,com muito carinho e
amor.Ganhei um lar: uma mãe , um pai, e mais quatro
irmãos e um novo nome. Nesta família aprendi o quanto
podemos dar e receber, pois fiz a alegria de uma família e
eles preencheram a minha vida de amor e compaixão.
No dia 05 de setembro de 2009, uma coisa surpreendente
me aconteceu.Algo que eu jamais esperara. Através de
alguns conhecidos, falando aqui e ali, minha irmã
conseguiu me localizar.
Primeiro ela conseguiu falar ao telefone com minha mãe
,que na hora achou que fosse trote, então passou o
telefone para a minha irmã e ela logo viu que era
realmente a minha irmã de sangue ,e passou o telefone da
minha casa, porque já sou casada e tenho um filhinho
chamado Mateus.
A princípio eu não acreditei e comecei a fazer várias
perguntas. E ela me respondia tudo direitinho e com muita
emoção.O nome dela é kênia.
Ela ficou em prantos ao falar comigo e eu parecia estar
vivendo um sonho,pois sempre achei que nunca iria ver
meus irmãos novamente. Os meus olhos se encheram de
lágrimas e não pude conter a emoção. Nós conversamos
muito e ela disse que queria me conhecer naquele mesmo
dia e que não poderia esperar mais. Trocamos os
endereços e mais do que depressa ela chegou em minha
casa.
Nos abraçamos com muita alegria por estarmos vivendo
um momento tão emocionante! Conversamos
bastante.Ela me mostrou uma foto da minha mãe , um
desejo que sempre tive : ver o rosto de minha mãe. Ela me
contou que meu irmão e ela moravam no mesmo bairro e
que ela sempre teve contato com ele. Me contou também
que iria se formar em jornalismo naquele mesmo mês e
gostaria muito que eu fosse à sua formatura.
Depois desse dia, ela passou a me ligar quase todos os
dias para nos conhecermos melhor e combinamos que no
dia da Colação de Grau eu iria ter uma outra surpresa:
conhecer o meu irmão.
No dia da Colação estava muito ansiosa para conhecê-lo ,
o meu irmão Alexandre. que infelizmente não pôde
comparecer. Fiquei um pouco triste, mas esperançosa,
pois a minha irmã garantiu que no Baile de Formatura ele
não iria faltar. Tirando isso foi muito legal e emocionante
ver a minha irmã se formando em Jornalismo. Quando
mostraram uma foto dela quando pequena, com mais ou
menos três anos, começou a passar um filme na minha
cabeça, e pensei: Como seria se eu tivesse crescido junto
a eles?.
Enfim ,chegou o dia do Baile. Mais uma vez a ansiedade
tomou conta de mim, pois chegara o grande momento de
conhecer o meu irmão e seria um novo encontro com
minha irmã. Quando cheguei lá foi uma alegria só. Foi uma
mistura de tanto sentimento: alegria , saudades de um
tempo não vivido, beijos, abraços, lágrimas e o coração a
mil por hora. É difícil descrever tanta emoção!
Combinamos que de agora em diante, nada e ninguém
nunca mais irá nos separar, e que manteremos sempre o
contato um com o outro.
Estes foram os dias mais felizes de minha vida e que não
me esquecerei jamais!
Apesar de toda a gratidão e amor pela minha família
adotiva, reencontrar meus dois irmãos foi maravilhoso!!! E
esta é a história de Kênia , Alexandre e Tatiana . Três
irmãos que se perderam e se reencontraram!
Tatiana Gonçalves
Tatiana Luiza Gonçalves é auxiliar de coordenação do Balão Vermelho há sete anos. Ela foi adotada por Rosa Luiza que também é funcionária da escola.
No último mês, ela teve uma surpresa que mudou a sua vida. Tati escreveu um texto nos contando sua emoção.
Confira!
25 anos depois...
Bárbara Santana 9 anos
Beatriz Pimenta 10 anos
Tati, estou a sua procura!!!