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O IMORTAL JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 58 Nº 688 Junho de 2011 R$ 1,50 “A vida é imortal, não existe a morte; não adianta morrer, nem descansar, porque ninguém descansa nem morre.” Marília Barbosa “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir continuamente, tal é a lei.” Allan Kardec Chico Xavier é Kardec que voltou? Entrevista: Guaraci de Lima Silveira O confrade mineiro diz que ser espírita é sair do rótulo de cristão e partir para a ação Guaraci de Lima Silveira (foto), natural de Oliveira Fortes-MG e ra- dicado em Juiz de Fora-MG desde 1966, é espírita de berço, mas foi graças à orientação recebida na “Casa do Caminho”, situada na mesma cidade onde reside, que pôde equilibrar suas faculdades mediúnicas e estudar o Espiritismo com dedicação. Vinculado ao movimento espíri- ta de Juiz de Fora, mais particular- mente à Associação Espírita Paz e Amor, onde atua no setor de mediu- nidade, é palestrante e possui dois livros publicados: Navegador Ra- cional, de poesias (1999, pela Mi- nas Editora) e Destinos, Marcas e Respostas , de contos (2011, Mythos), ambos psicografados, além de duas centenas de peças te- atrais. Três delas estão publicadas em livros e são comercializadas pela Editora Eletrônica Gato Sabido: Reencontro - O aborto sob a visão espírita, As Caudas do Dragão - Peça Infantil e Aquarela de Luz - Educação para o Trânsito. Com larga experiência com o teatro e uma atuação marcante no movimento espírita, ele responde na entrevista ora publicada sobre diversos assuntos e fala sobre o bem que o Espiritismo fez em sua vida. Pág. 3 Há alguns anos, no movimento espírita brasileiro, surgiu a hipótese de ter sido o estimado médium Fran- cisco Cândido Xavier, de saudosa memória, a reencarnação do excelso codificador da Doutrina dos Espíri- tos, tese que médiuns respeitados, como Raul Teixeira, não aceitam. Embasado na prudência, ensina- da por Erasto, não se pode realmen- te referendar, sem exame, a hipótese preconizada, que requer estudo pro- fícuo antes de se elaborar qualquer conclusão, pois, por mais que se ame Chico Xavier, há um profundo abis- mo separando-o de Kardec. Pág. 16 Inter-Regional Noroeste reúne-se no dia 19 Ocorre nos dias 18 e 19 de junho mais um encontro da Inter-Regional Noroeste, que engloba dirigentes e trabalhadores espíritas domiciliados em cidades abrangidas pelas UREs 7, 8, 9 e 11. O local será a Associação Espírita de Maringá – AMEM, situa- da na Av. Paissandu, 1156 - Vila Ope- rária, na cidade de Maringá. A reunião com os dirigentes de Casas Espíritas ocorrerá no dia 18, sábado, à noite. A reunião geral ocorrerá no dia 19, domingo, das 9h às 13h. Pág. 11 Unione Spiritica Italiana, três anos de vida Fundada em 2008, a Unione Spiritica Italiana – USI tem a seu cargo a coordenação do movi- mento espírita na Itália, país em que o Espiritismo não se desen- volveu como se esperava. A expectativa do desenvolvi- mento, que não ocorreu, se base- ava no fato de a Itália ter sido rica em médiuns e afortunada em ho- Alessandro Viana Vieira de Paula ................. 15 Crônicas de Além-Mar .................................. 12 De coração para coração ................................ 4 Divaldo responde ......................................... 15 Editorial ........................................................... 2 Emmanuel ........................................................ 2 Espiritismo para as crianças ......................... 14 Estudando a série André Luiz ......................... 5 Grandes vultos do Espiritismo ....................... 7 Histórias que nos ensinam ........................... 13 Jane Martins Vilela ........................................ 13 Joanna de Ângelis .......................................... 2 José Soares Cardoso .................................... 12 Rogério Coelho ............................................... 7 Seminários, palestras e outros eventos ........ 11 Ainda nesta edição Círculo de Leitura faz 15 anos No dia 5 de junho o Cír- culo de Leitura “Anita Borela de Oliveira”, de Londrina, fundado no dia 2 de junho de 1996, com- pletará 15 anos de ativida- des ininterruptas. Criado tendo por obje- tivo incentivar a leitura, a discussão e o pleno enten- dimento dos grandes ro- mances que compõem a li- teratura espírita, o Círculo reúne-se uma vez por mês, geralmente no primeiro do- mingo, na residência de um dos seus membros. As reuniões asseme- lham-se aos saraus literári- os da época pré-televisão, iniciando-se às 17 horas com um culto do Evangelho, se- guido do estudo do livro em foco e de um farto lanche fornecido pelo anfitrião e por seus participantes. Pág. 6 mens da ciência que acompanha- vam e estudavam os fatos, tais como Ermacora, Schiaparelli, Lombroso, Ernesto Bozzano, Morselli, Chiaia e médiuns como Politi, Lucia Sordi, Linda Gazzera e a co- nhecida Eusapia Palladino, que foi a primeira médium de efeitos físicos a ser examinada por um grande número de cien- tistas e particularmente estuda- da intensamente por Lombroso. Nos últimos anos, porém, esse cenário vem-se modificando e hoje a Itália conta com vários Grupos Espíritas (fotos), alguns fundados há mais de 12 anos, como o CISSAK- Centro Italiano di Studi SpiriticiAllan Kardec de Aosta e o Sentieri dello Spirito de Milão. Págs. 8 e 9 Componentes da primeira diretoria eleita da USI Grupos espíritas reunidos para a eleição da USI

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Page 1: O IMORTAL - oconsolador.com.br 2011.pdf · Dr. Bezerra de Menezes, em memo-rável mensagem que abre o livro “O Espírito da Verdade”, obra pu- blicada em 1961, de autoria de Es-píritos

O IMORTALJORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA

Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 58 Nº 688 Junho de 2011 R$ 1,50

“A vida é imortal,não existe a morte;não adianta morrer,

nem descansar,porque

ninguém descansanem morre.”

Marília Barbosa

“Nascer,morrer,renascerainda e

progredircontinuamente,

tal é a lei.”Allan Kardec

Chico Xavier é Kardecque voltou?

Entrevista: Guaraci de Lima Silveira

O confrade mineiro diz que ser espírita é sair dorótulo de cristão e partir para a ação

Guaraci de Lima Silveira (foto),natural de Oliveira Fortes-MG e ra-dicado em Juiz de Fora-MG desde1966, é espírita de berço, mas foigraças à orientação recebida na“Casa do Caminho”, situada namesma cidade onde reside, quepôde equilibrar suas faculdadesmediúnicas e estudar o Espiritismocom dedicação.

Vinculado ao movimento espíri-ta de Juiz de Fora, mais particular-mente à Associação Espírita Paz eAmor, onde atua no setor de mediu-nidade, é palestrante e possui doislivros publicados: Navegador Ra-cional, de poesias (1999, pela Mi-nas Editora) e Destinos, Marcas eRespostas, de contos (2011,Mythos), ambos psicografados,além de duas centenas de peças te-atrais. Três delas estão publicadasem livros e são comercializadas pela

Editora Eletrônica Gato Sabido:Reencontro - O aborto sob a visãoespírita, As Caudas do Dragão -Peça Infantil e Aquarela de Luz -Educação para o Trânsito.

Com larga experiência com oteatro e uma atuação marcante nomovimento espírita, ele respondena entrevista ora publicada sobrediversos assuntos e fala sobre obem que o Espiritismo fez em suavida. Pág. 3

Há alguns anos, no movimentoespírita brasileiro, surgiu a hipótesede ter sido o estimado médium Fran-cisco Cândido Xavier, de saudosamemória, a reencarnação do excelsocodificador da Doutrina dos Espíri-tos, tese que médiuns respeitados,como Raul Teixeira, não aceitam.

Embasado na prudência, ensina-da por Erasto, não se pode realmen-te referendar, sem exame, a hipótesepreconizada, que requer estudo pro-fícuo antes de se elaborar qualquerconclusão, pois, por mais que se ameChico Xavier, há um profundo abis-mo separando-o de Kardec. Pág. 16

Inter-Regional Noroestereúne-se no dia 19

Ocorre nos dias 18 e 19 de junhomais um encontro da Inter-RegionalNoroeste, que engloba dirigentes etrabalhadores espíritas domiciliadosem cidades abrangidas pelas UREs7, 8, 9 e 11. O local será a AssociaçãoEspírita de Maringá – AMEM, situa-

da na Av. Paissandu, 1156 - Vila Ope-rária, na cidade de Maringá.

A reunião com os dirigentes deCasas Espíritas ocorrerá no dia 18,sábado, à noite. A reunião geralocorrerá no dia 19, domingo, das9h às 13h. Pág. 11

Unione Spiritica Italiana,três anos de vida

Fundada em 2008, a UnioneSpiritica Italiana – USI tem a seucargo a coordenação do movi-mento espírita na Itália, país emque o Espiritismo não se desen-volveu como se esperava.

A expectativa do desenvolvi-mento, que não ocorreu, se base-ava no fato de a Itália ter sido ricaem médiuns e afortunada em ho-

Alessandro Viana Vieira de Paula ................. 15Crônicas de Além-Mar .................................. 12De coração para coração ................................ 4Divaldo responde ......................................... 15Editorial ........................................................... 2Emmanuel ........................................................ 2Espiritismo para as crianças ......................... 14Estudando a série André Luiz ......................... 5Grandes vultos do Espiritismo ....................... 7Histórias que nos ensinam ........................... 13Jane Martins Vilela ........................................ 13Joanna de Ângelis .......................................... 2José Soares Cardoso .................................... 12Rogério Coelho ............................................... 7Seminários, palestras e outros eventos ........ 11

Ainda nesta ediçãoCírculo de Leiturafaz 15 anos

No dia 5 de junho o Cír-culo de Leitura “AnitaBorela de Oliveira”, deLondrina, fundado no dia2 de junho de 1996, com-pletará 15 anos de ativida-des ininterruptas.

Criado tendo por obje-tivo incentivar a leitura, adiscussão e o pleno enten-dimento dos grandes ro-mances que compõem a li-teratura espírita, o Círculo

reúne-se uma vez por mês,geralmente no primeiro do-mingo, na residência de umdos seus membros.

As reuniões asseme-lham-se aos saraus literári-os da época pré-televisão,iniciando-se às 17 horas comum culto do Evangelho, se-guido do estudo do livro emfoco e de um farto lanchefornecido pelo anfitrião e porseus participantes. Pág. 6

mens da ciênciaque acompanha-vam e estudavamos fatos, taiscomo Ermacora,S c h i a p a r e l l i ,L o m b r o s o ,Ernesto Bozzano,Morselli, Chiaia emédiuns como

Politi, LuciaSordi, LindaGazzera e a co-nhecida EusapiaPalladino, que foia primeira médiumde efeitos físicosa ser examinadapor um grandenúmero de cien-

tistas e particularmente estuda-da intensamente por Lombroso.

Nos últimos anos, porém, essecenário vem-se modificando e hojea Itália conta com vários GruposEspíritas (fotos), alguns fundadoshá mais de 12 anos, como o CISSAK-Centro Italiano di Studi Spiritici AllanKardec de Aosta e o Sentieri delloSpirito de Milão. Págs. 8 e 9Componentes da primeira diretoria eleita da USI

Grupos espíritas reunidos para a eleição da USI

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O IMORTALPÁGINA 2 JUNHO/2011

EditorialEMMANUEL

Nestes tempos em que são tan-tos os desmandos e os atos decorrupção na esfera política, é bomlembrar o que Alexander Solje-nítsyn, o consagrado autor do li-vro “Arquipélago Gulag”, escre-veu em importante artigo publica-do anos atrás pelo jornal O Estadode S. Paulo, no qual o conhecidoescritor russo disse ser preciso tra-zer Deus de volta às preocupaçõeshumanas, tanto no campo políticocomo no campo cultural e social.

Escreveu Alexander Solje-nítsyn: “Não, toda a esperançanão pode depender da ciência, datecnologia, do crescimento econô-mico. A vitória da civilizaçãotecnológica também instilou emnós a insegurança do espírito.Suas dádivas enriquecem, mastambém nos escravizam”.

É bom esclarecer que “Arquipé-lago Gulag” é provavelmente a maisforte e certamente a mais influenteobra sobre como funcionavam osgulags (campos de concentração ede trabalho forçado na antiga UniãoSoviética) nos tempos de Josef Stálin.O livro, de 1.800 páginas, é uma nar-rativa sobre fatos que foram presen-ciados pelo autor, prisioneiro duran-te onze anos em Kolima, num doscampos do arquipélago, e por du-zentas e trinta e sete pessoas, queconfiaram suas cartas e relatos aoautor. Escrita entre 1958 e 1967, a obrafoi publicada no Ocidente no ano de1973 e circulou clandestinamente naUnião Soviética, numa versão mi-

Estás mergulhado, psiquicamen-te, na Mente Universal e Divina.

Seguindo a diretriz ética doequilíbrio e da ordem, que fluem erefluem em toda parte, respiras emclima de saúde e de paz. Quandote desconectas do complexomantenedor da harmonia que te

A ciência pode estar cheia depoder, mas só o amor beneficia.

A ciência, em todas as épocas,conseguiu inúmeras expressõesevolutivas.

Vemo-la no mundo, exibindorealizações que pareciam quaseinatingíveis. Máquinas enormescruzam os ares e o fundo dos oce-anos. A palavra é transmitida, semfios, a longas distâncias. A im-prensa difunde raciocínios mun-diais. Mas, para essa mesma ciên-cia pouco importa que o homemlhe use os frutos para o bem oupara o mal. Não compreende odesinteresse, nem as finalidadessantas.

O amor, porém, aproxima-se deseus labores e retifica-os, confe-rindo-lhe a consciência do bem.Ensina que cada máquina deve ser-vir como utilidade divina, no cami-nho dos homens para Deus, quesomente se deveria transmitir apalavra edificante como dádiva doAltíssimo, que apenas seria justa apublicação dos raciocínios eleva-dos para o esforço redentor dascriaturas.

Podemos viver apartados de Deus?núscula, escondida, até a sua publi-cação oficial no ano de 1989.

Nascido numa época em que jáestava instalado na Rússia o regi-me socialista, desde o momento emque decidiu pela publicação de seulivro o escritor não mais pôde viverem seu país. Como se diz em políti-ca, ele caíra em desgraça ao des-vendar as mentiras e os desmandosque se escondiam por trás da cha-mada Cortina de Ferro. Sua denún-cia, feita tantos anos antes da dis-solução da União Soviética, lheconfere, pois, autoridade moral in-discutível para apontar não apenasas mazelas do socialismo soviéticocomo as ilusões inerentes às eco-nomias capitalistas.

Sua análise acerca do compor-tamento materialista que caracteri-za a sociedade terrena parece ex-traída de alguma obra espírita, tal aafinidade das ideias. Com efeito,Dr. Bezerra de Menezes, em memo-rável mensagem que abre o livro“O Espírito da Verdade”, obra pu-blicada em 1961, de autoria de Es-píritos diversos, por intermédio deWaldo Vieira e Chico Xavier, em sereportando aos problemas do mun-do, proclamou que “fora do Cristonão há solução”, entendendo-sepor “Cristo” o Evangelho lido, com-preendido e aplicado, que Bezerrade Menezes considera suficientepara a solução de quaisquer doschamados problemas humanos.

Não há como censurar a propos-ta do escritor russo ou a conclusão

do amorável benfeitor espiritual.Nós somos Espíritos, não me-

ros compostos orgânicos. O mun-do material é, em si, singela para-gem transitória a servir-nos de es-cola e oficina para a preparação dasalmas com vistas a um destinograndioso. Apegar-se a ele, escra-vizar-se aos seus valores, dar àsquestões temporais importânciamaior do que elas têm, significaconfundir os objetivos fundamen-tais da existência humana, compli-cando-nos o futuro e a vida.

Ante a pergunta que dá título aeste texto, a resposta é fácil: Sim,não podemos viver apartados deDeus, que, infelizmente, tem falta-do em nossa vida, em nossas ações,em nossos projetos, seja na esferaindividual, seja na esfera política.

De Deus advém-nos tudo o quetemos e o que somos, mas agimoscomo se Ele não existisse e nenhumaimportância tivesse em nossa vida.

Ensina o Espiritismo que umadas finalidades da encarnação épossibilitar que as pessoas façama parte que lhes cabe na obra daCriação, o que nos leva a concluirque o homem não pode pensarapenas em si e na satisfação purae simples de seus interesses. Asreflexões do laureado e saudosoescritor russo chamam a atençãoexatamente para isso. Que elassejam lidas e meditadas, para queo materialismo que domina o ho-mem moderno ceda um pouco, eiso que sinceramente desejamos.

Um minuto com Joanna de Ângelisenvolve, desconcertam-se as pe-ças da maquinaria física, face às vi-brações violentas da mente, favo-recendo a instalação das doenças.

A enfermidade, geralmente,procede do ser espiritual, resultan-te do seu passado, que encontraressonância no psiquismo atual,

Ciência e amor

Se a ciência descobre explosi-vos, esclarece o amor quanto à uti-lização deles na abertura de estra-das que liguem os povos; se a pri-meira confecciona um livro, ensinao segundo como gravar a verdadeconsoladora.

A ciência pode concretizar mui-tas obras úteis, mas só o amor ins-titui as obras mais altas. Não duvi-damos de que a primeira, bem in-terpretada, possa dotar o homemde um coração corajoso; entretan-to, somente o segundo pode darum coração iluminado.

O mundo permanece em obs-curidade e sofrimento, porque aciência foi assalariada pelo ódio,que aniquila e perverte, e só alcan-çará o porto de segurança quandose render plenamente ao amor deJesus-Cristo.

JOANNA DE ÂNGELIS,mentora espiritual de Divaldo P.Franco, é autora, entre outros li-vros, de Episódios Diários, do qualfoi extraído o texto acima.

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EMMANUEL, que foi o mentorespiritual de Francisco CândidoXavier e coordenador da obra me-diúnica do saudoso médium minei-ro, é autor, entre outros livros, deCaminho, Verdade e Vida, do qualfoi extraído o texto acima.

gerando o campo propício à insta-lação da desordem.

Durante o dia, muitos fatoresconspiram contra a tua harmoniamental, não te cabendo agasalhá-los. Resolve, assim, cada situação,com calma e segurança, não guar-dando resíduos mentais negativos.

Fato consumado, mente libera-da, em programação de novo co-metimento superior.

A tua saúde depende sempredo teu comportamento moral e es-piritual. E, não obstante, se a en-fermidade encontrar guarida no teuorganismo, recorre à oração e res-gata a tua dívida com alegria, empleno processo de libertação total.

“A ciência incha, mas o amor edifica.” — Paulo.(1ª Epístola aos Coríntios, capítulo 8, versículo 1.)

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O IMORTALJUNHO/2011 PÁGINA 3

Guaraci de Lima Silveira(foto), natural de Oliveira Fortes-MG e radicado em Juiz de Fora-MG desde 1966, é espírita desdea infância e, com orientação re-cebida na “Casa do Caminho”,na mesma cidade, onde reside,pôde equilibrar a mediunidade eestudar o Espiritismo com dedi-cação.

Vinculado ao movimento es-pírita da cidade e mais particu-larmente à Associação EspíritaPaz e Amor, onde atua no setorde mediunidade, é também pa-lestrante e possui dois livrospublicados: Navegador Racio-nal, de poesias (1999, pela Mi-nas Editora) e Destinos, Mar-cas e Respostas, de contos(2011, Mythos), ambos psico-grafados, além de duas cente-nas de peças teatrais – sendoque três delas estão publicadasem livros e são comercializadospela Editora Eletrônica GatoSabido: Reencontro - O abortosob a visão espírita, As Cau-das do Dragão - Peça Infantil eAquarela de Luz - Educaçãopara o Trânsito.

As lúcidas respostas à pre-sente entrevista trazem-nos pre-ciosas orientações.

De onde e como surgiu a von-tade de escrever contos?

Quando jovem, escreviacontos e os lia em reuniões cul-turais na Sociedade Luso Bra-sileira desta cidade. Percebique era muito bom fazê-los.

ORSON PETER CARRARA [email protected]

De Matão, SP

“É magnífico estar reencarnado!”

tismo, o que mais lhe chamou aatenção?

Várias situações. Quando en-trei no Centro Espírita para valer,eu havia escrito antes uma cartaao Chico Xavier. Na carta eu pe-dia que ele me orientasse, princi-palmente sobre como convivercom minha mediunidade ostensi-va. Chico não me respondeu for-malmente, contudo, seis dias de-pois um senhor, até então desco-nhecido, levou-me a uma casa es-pírita que naquela época me aco-lheu. No primeiro dia de reuniãopública, sentei-me na cadeira eperguntei mentalmente: “Jesus,quem é o Senhor”? Ato contínuoa reunião pública teve início e adiretora dos trabalhos, Da. Isa-bel, a iniciou dizendo: “Jesus éaquele irmão que na hora dasnossas dificuldades arregaçasuas mangas e nos ajuda a cami-nhar”. Percebi que a resposta eradireta para mim. Finalmente po-deria conviver com o Mestre demaneira mais concreta. E tambémadmiro na Doutrina Espírita o seu

empirismo e a possibilidade quetemos de estudá-la, estudando ocomportamento humano não sóde hoje, mas também o de todasas fases e ciclos da história desteplaneta.

Hoje, após décadas de convivên-cia espírita, que visão você tem dosprogressos alcançados pela ideiaespírita junto à mentalidade huma-na?

Vejo com alegria contida. ADoutrina é muito rica e poucaspessoas querem mergulhar nesseoceano de luz. Muitos ficam naperiferia. Lembro-me de Emmanu-el quando disse: “Para começar oentusiasmo basta, mas para pros-seguir é necessário algo mais”.Acredito, contudo, que com opassar dos anos os homens seconscientizarão melhor deste te-souro que Jesus permitiu chegas-se até nós.

Como é sua percepção do auxí-lio espiritual quando escreve?

Eu me entrego aos escritoresdo mundo espiritual. Tenho comeles uma convivência plena. Des-de criança eu os via. Aos seisanos comecei a ver e falar direta-mente com os Espíritos desencar-nados. Hoje, quando escrevo,eles estão ao meu lado ditando otexto. Não sou médium mecânico.Toda a informação passa pela mi-nha mente. O trabalho sai com na-turalidade.

Em sua forma de ver, como oscontos podem ajudar o ser huma-no a compreender mais a vida eseus mecanismos?

Pequenos traços muitas ve-zes enriquecem toda uma tela e

Lembro-me de um que se chama-va: “A Felicidade Existe”. Teveboa repercussão naquela época.Depois o teatro entrou pra valerem minha vida. Deixei os contosum pouco de lado. Um dia reco-mecei a escrevê-los e os adaptarpara o palco. Um deles, “Estra-nha Caixa”, foi premiado numFestival de Teatro desta cidade.Outros eu os montava e apresen-tava em Centros Espíritas. Recen-temente tenho mais de 120 con-tos escritos, distribuídos emsete livros, a serem publicados,sendo que o primeiro acaba desair: Destinos, Marcas e Respos-tas - Contos inspiradores paraelevar a alma. O conto Suarrina,que faz parte dessa Obra, tam-bém teve montagem para o tea-tro.

Qual é a inspiração para suaelaboração?

Ligo o computador, entro noWord, configuro a página e deixoacontecer. Também me emociono àmedida que a história vai surgin-do.. Não as elaboro. Elas vão sur-gindo. Ouço frases inteiras e astransponho para a tela. Assim temsido atualmente. Geralmente osmentores me falam o tipo de obra aser escrita. Por exemplo, acabei deescrever dezoito contos que farãoparte do livro: “Tocados Por Ele”.São dezoito momentos de pessoasanônimas na história que tiveramalgum tipo de contato com o Mes-tre Jesus quando da Sua vinda aoPlano Físico. Antes fui emocional-mente preparado, pois que as his-tórias são envolventes e comove-doras.

No seu contato com o Espiri-

Com inspirado livro de contos recém-lançado, larga experiência com o teatro e opiniões bemfundamentadas, o confrade mineiro fala-nos sobre o bem que o Espiritismo fez em sua vida

Guaraci de Lima Silveira

Entrevista: Guaraci de Lima Silveira

marcam profundamente osolhos e os sentidos de quemos aprecia. Assim são os con-tos. Pequenos momentos deimersão num fato, numa histó-ria, que podem ajudar com maisintensidade. Também escrevoromances. Eles enriquecem osdetalhes. Os contos trazem ofato diretamente do emissor aoreceptor. A apreensão mentalde um conto faz-se com maisfacilidade e sua conclusãopode ser mais detalhada pelamente de quem o leu. Ou seja,age no sentido inverso do ro-mance. Ambos são formas lite-rárias belíssimas. Os contosdão um recado na porta do vi-sitado. Os romances entram etomam com ele um copo desuco.

Como o teatro entrou em suavida?

Comecei aos oito anos, em1958. Sempre fui e sou apaixona-do pela dramaturgia. Já escrevidezenas de peças espíritas, infan-tis e empresariais. Com um vastocurrículo de apresentações eminúmeros municípios brasileiros,dedico-me atualmente a dirigirespetáculos teatrais que edu-quem. Sou fundador do ART-VIDA - Grupo de TeatroEducativo. (Continua na pág.10 desta edição.)

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O IMORTALPÁGINA 4 JUNHO/2011

De coração para coração

Quando ditas de coração, sãoboas as preces de todos os cultos.Este é um pensamento conhecidono meio espírita, mas, ainda assim,existem pessoas que contestam aeficácia da oração, com fundamen-to na tese de que, conhecendo oCriador as nossas necessidades,seria desnecessário e inútil expô-las ao nosso Pai ou a algum dosseus prepostos.

Esse argumento não passa deum sofisma, utilizado talvez incons-cientemente por aqueles que nãotêm o hábito de orar, e é, ademais,fruto de um pensamento incorreto,porque, independentemente deDeus conhecer ou não as nossas

necessidades, a oração proporcio-na por si só a quem ora um bem-estar muito grande, visto que apro-xima a criatura do Criador e, filhaprimogênita da fé, nos encaminhapara a senda que conduz a Deus.Como escreveu certa vez Joanna deÂngelis, a prece fervorosa coloca apessoa que ora em comunhão comas fontes superiores que regem avida e com isso, tão-somente porisso, ela se vitaliza.

Como ninguém ignora, não exis-te uma fórmula especial para que al-guém ore. Quando ditas de coraçãoe não apenas de lábios, as precessão sempre importantes e úteis, mas,independentemente da fórmula uti-

lizada, o principal é que as oraçõessejam claras, simples, concisas.

Uma prece pode ter por objetoum pedido, um agradecimento ouuma glorificação.

Se dirigidas a Deus, são elasouvidas pelos Espíritos incumbidospelo Criador de executar sua von-tade. Eis por que, valendo-se daprece, o homem obtém o concursodos bons Espíritos, que acorrem asustentá-lo em suas boas resolu-ções e a inspirar-lhe ideias sãs.Aquele que ora com fervor adqui-re, desse modo, a força moral ne-cessária para vencer as dificulda-des e a retornar ao caminho reto, sedeste se afastou, podendo também,

A oração e sua eficácia

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO - [email protected] Londrina

por esse meio, desviar de si os ma-les que atrairia com novas faltas.

Jesus disse certa vez que tudo oque pedirmos com fé, em oração,nós o receberemos. Seria ilógico,porém, deduzir dessas palavras quebasta pedir para obter, do mesmomodo que é enorme injustiça acusara Providência se esta não atende atodas as súplicas que lhe fazemos.

Cabe-nos ter sempre em menteque o Criador sabe, melhor do quenós, o que realmente nos convémnessa ou naquela circunstância,porque ninguém ignora que um paicriterioso também recusa ao filhoo que seja contrário aos interes-ses do seu tutelado.

O que jamais podemos esque-cer, em todos os momentos e cir-cunstâncias da vida, é o exercícioda prece do trabalho e da dedica-ção, no santuário das lutas purifi-cadoras, porque Jesus abençoarásempre as realizações decorrentesdo esforço sincero.

O lar que reúne criaturas aman-tes da oração e dos sentimentoselevados converte-se em camposublime das mais belas florações ecolheitas espirituais, mas, para tan-to, não pode a prece ser um movi-mento mecânico de lábios, nem dis-co de fácil repetição no aparelhoda mente. Ela é, e deve ser sempre,vibração, energia, poder.

A pessoa que ora, mobilizandoas próprias forças, realiza um tra-balho de grande significação e põe-se em contacto, como acima foidito, com as fontes superiores davida. Os raios divinos expedidospela prece santificadora convertem-

se em fatores adiantados de coo-peração eficiente e definitiva nacura do corpo, na renovação daalma e na iluminação da consciên-cia. Toda prece elevada é, pois,manancial de magnetismo criadore vivificante e, por isso, a criaturaque cultiva a oração, com o devi-do equilíbrio, transforma-segradativamente em foco irradiantede energias da Divindade.

Aprendamos, assim, a orar eigualmente a entender as respos-tas do Alto às nossas súplicas. Sevamos relacionar na oração ao Se-nhor os nossos obstáculos, supli-cando as providências que nossejam necessárias à paz e à execu-ção dos encargos que a vida nosdelegou, peçamos também ao Painos ilumine o entendimento paraque saibamos receber dignamentesuas decisões.

Entre a solicitação que parte daTerra e a resposta que vem do Altoé imperioso funcione a alavanca davontade humana, com decisão efirmeza, para que se efetive o auxí-lio solicitado.

Confiemos em Deus e roguemoso seu amparo, mas – se quisermosreceber a bênção divina – procure-mos esvaziar o coração de tudo oque discorde das nossas petições,para ofertar à bênção divina um cli-ma de aceitação, base e lugar.

Em verdade, todos podemosendereçar a Deus, em qualquer lu-gar e em qualquer tempo, as maisvariadas preces; contudo, precisa-mos cultivar paciência e humilda-de para esperar e compreender asrespostas do Senhor.

Como devemos dizer:- Puxou da faca para se de-

fender, ou puxou a faca...?- Sacou do revólver e atirou

pra cima, ou sacou o revólver...?- Pobre do brasileiro que en-

frenta fila nos hospitais, ou po-bre o brasileiro que...?

- Feliz da mãe cuja família éunida, ou feliz a mãe cuja família...?

A construção das frases acima,de uma forma ou de outra, é meraquestão de preferência, porque nãoexiste erro nas construções abai-xo, chamadas pelos gramáticos deexpressões idiomáticas:

Pílulas gramaticais- Puxou da faca...- Sacou do revolver...- Pobre do brasileiro...- Feliz da mãe...

*Poucas pessoas certamente ig-

noram que os vocábulos “quanto”e “quão” rejeitam o artigo antesdeles. Devemos, portanto, escrever:

- Viaje quanto antes (e não “oquanto...”)

- Saiba quanto o convite noshonra (e não “o quanto...”)

- Percebi quão difícil é passarno concurso (e não “o quão difí-cil...”)

Um amigo nos pergunta qualé a importância do culto do Evan-gelho no lar para nós e nossosfamiliares.

A importância do culto cristãono lar é fundamental e um temabem conhecido dos espíritas. DizBezerra de Menezes que muitosdos que partem para a vida espiri-tual, finda a existência corporal,costumam permanecer apresadosà trilha corpórea. Encontram-sedesencarnados, mas não libertos;invisíveis, mas não ausentes. Aprece e a leitura de uma página doEvangelho podem, sem dúvida,ajudá-los muito na necessáriareadaptação à vida espiritual.

A origem do culto cristão em fa-mília encontramos numa propostade Jesus, como Neio Lúcio narra nocap. 1 de seu livro “Jesus no Lar”,psicografado por Francisco Cândi-do Xavier. No meio espírita, a ideiadessa prática nasceu com AllanKardec, como o leitor pode ver naRevista Espírita de 1864, p. 234.

Foi Joanna de Ângelis, contu-do, quem primeiro descreveu ob-jetivamente os benefícios do cul-

lho, toda a rua recebe o benefícioda comunhão com o Alto. Se al-guém, num edifício de apartamen-tos, alça aos Céus a prece da co-munhão em família, todo o edifíciose beneficia, qual lâmpada ignora-da, acesa na ventania.

Não te afastes da linhadirecional do Evangelho entre osteus familiares. Continua orandofiel, estudando com os teus filhos– e com aqueles a quem amas – asdiretrizes do Mestre e, quanto pos-sível, debate os problemas que teafligem à luz clara da mensagem daBoa Nova e examina as dificulda-des que te perturbam ante a inspi-ração consoladora do Cristo.

Não demandes a rua, nessanoite, senão para os inevitáveisdeveres que não possas adiar.

Demora-te no Lar para que oDivino Hóspede aí também sepossa demorar. E quando as luzesse apagarem à hora do repouso,ora mais uma vez, comungandocom Ele, como Ele procura fazer, afim de que, ligado a ti, possas, emcasa, uma vez por semana em setenoites, ter Jesus contigo.”

O Espiritismo respondeto cristão no lar, em linda páginaque compõe o cap. 59 de sua pri-meira obra, Messe de Amor, psico-grafada por Divaldo Franco.

Eis o que a mentora espiritualdo estimado confrade escreveu arespeito do assunto:

“Dedica uma das sete noites dasemana ao Culto Evangélico no Lar,a fim de que Jesus possa pernoitarem tua casa. Prepara a mesa, colocaágua pura, abre o Evangelho,distende a mensagem da fé, enlaçaa família e ora. Jesus virá em visita.

Quando o Lar se converte emsantuário, o crime se recolhe aomuseu. Quando a família ora, Jesusse demora em casa. Quando os co-rações se unem nos liames da fé, oequilíbrio oferta bênçãos de con-solo e a saúde derrama vinho depaz para todos.

Jesus no Lar é vida para o Lar.Não aguardes que o mundo te levea certeza do bem invariável.

Distende, da tua casa cristã, aluz do Evangelho para o mundoatormentado.

Quando uma família ora em casa,reunida nas blandícias do Evange-

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O IMORTALJUNHO/2011 PÁGINA 5

votado, sentinela vigilante e traba-lhador fiel. Isabel era portadora degrande vidência psíquica e a casa-oficina era um posto de serviço queestava sempre quase repleto de en-tidades evolvidas, com tarefas defi-nidas junto à Crosta.(Obra citada,cap. 34, págs. 181 a 183.)

Texto para leitura46. Salão de Música - Luzes de

um azul doce e brilhante iluminavamum grande recinto. Um grupo forma-do por 80 crianças, meninos e meni-nas, executava linda canção: 50 tan-giam instrumentos de corda e 30 can-tavam, em coro. Era uma barcarolaque André nunca ouvira no mundo.Cecília, filha do casal Bacelar, execu-ta depois, no órgão, uma melodia deBach, acompanhada pelas crianças.Em seguida, ela canta, acompanhan-do-se ao órgão, uma canção que pa-recia sair-lhe das profundezas docoração, na qual lembra com sauda-de Hermínio, seu amado de outraseras, que ela nunca esquece. (Cap.31, págs. 164 a 167)

47. A música de Ismália - A pe-dido de Aniceto, a esposa deAlfredo executa no órgão uma can-ção de sua esfera. Ela não cantava,apenas tocava, mas havia no seioda música uma prece que atingia osublime, oração que André não es-cutava com os ouvidos mas recebiana alma, através de vibrações sutis,como se o melodioso som estives-se impregnado do verbo silenciosoe criador. Ismália glorificava o Se-nhor de maneira diferente,inexprimível na linguagem humana,que tocava as recônditas fibras docoração de todos que a ouviam.Luzes jorravam do Alto sobre a fron-te de Ismália, envolvendo-a numarco irisado de efeito magnético.Belas flores azuis partiam de seucoração, espalhando-se sobre osouvintes. Ao tocá-los, desfaziam-secomo se feitas de cariciosa brumaanilada. As flores fluídicas multipli-cavam-se, sem cessar, no ambiente

Continuamos a apresentar o tex-to condensado da obra Os Mensa-geiros, de André Luiz, psicografa-da pelo médium Francisco CândidoXavier e publicada pela editora daFederação Espírita Brasileira.

Questões preliminaresA. A música é importante na

vida espiritual?Sim. André Luiz refere-se em

vários momentos da obra à utiliza-ção da música como uma práticacomum no mundo espiritual. (OsMensageiros, cap. 31 e 32, pp. 164a 173.)

B. Do Posto à Crosta como foia viagem de André?

André e seus amigos partiramdo Posto de Socorro, conduzidosem um pequeno automóvel deasas, que se deslocava impulsio-nado por fluidos elétricos acumu-lados. O pequeno aparelho condu-ziu-os por enormes distâncias, sem-pre no ar, mas conservando-se areduzida altura do solo. Quase aomeio-dia, estacionaram em humil-de pouso, destinado a abasteci-mento e reparação de veículoscomo aquele. O automóvel regres-sou depois ao Posto e o grupo fezo restante do percurso a pé, con-sumindo então quatro horas nacaminhada.(Obra citada, cap. 33,págs. 174 a 177.)

C. Por que era necessário quealguém abrisse a porta para Andrépoder entrar em casa de D. Isabel?

A casa de Isabel, uma residên-cia de aspecto humilde, era, na ver-dade, uma oficina da colônia “Nos-so Lar” implantada na Terra. Paraentrar na casa foi preciso, porém,que alguém abrisse a porta porquevigorava ali um sistema vibratóriode vigilância que André Luiz nãoconhecia até então. (Obra citada,cap. 34, págs. 179 a 181.)

D. Quem era Isabel e qual o seuvínculo com “Nosso Lar”?

Viúva de Isidoro, desencarna-do três anos antes, Isabel e o mari-do saíram de “Nosso Lar”, mais dequarenta anos atrás, com a tarefade edificar aquela oficina. Isidoro eela continuavam estreitamente uni-dos. Graças aos seus méritos, eletivera permissão para continuar nacasa como esposo amigo, pai de-

e penetravam a todos, como péta-las constituídas apenas de colori-do perfume. Aniceto explicou entãoque a luz que jorrou sobre Ismália éa mesma que verte do plano superi-or para todos, mas a melodia, a pre-ce e as flores constituíam sublimecriação daquela alma santificada.(Cap. 32, págs. 169 a 173)

48. Um automóvel singular -Aniceto e seus amigos partiram doPosto de Socorro, conduzidos emum pequeno automóvel de asas,que se deslocava impulsionadopor fluidos elétricos acumulados.O pequeno aparelho conduziu-ospor enormes distâncias, sempre noar, mas conservando-se a reduzidaaltura do solo. Quase ao meio-dia,estacionaram em humilde pouso,destinado a abastecimento e repa-ração de veículos como aquele. Oautomóvel regressaria ao Posto eo grupo faria o restante do percur-so a pé. (Cap. 33, págs. 174 e 175)

49. Uma viagem difícil - Do pou-so de abastecimento até a Crostaseriam quatro horas de caminhada.A paisagem era muito fria e diferen-te. O caminho não era trevoso, masmuito escuro e nevoento. A atmos-fera tornara-se densa, alterando-lhes a respiração. Sombras os rode-avam: eram resultantes das emis-sões vibratórias da Humanidadeencarnada – ainda bastante inferi-or, em sua maioria – bem como dosresíduos escuros, de matéria men-tal dos encarnados e desencarna-dos de baixa condição. A caminha-da foi pesada e dolorosa. Monstros,que fugiam à aproximação do gru-po, escondendo-se no fundo som-brio da paisagem, eramindescritíveis. Somente duas horasdepois é que a luz do Sol apareceu,como se fosse madrugada clara. Oespetáculo era magnífico. Calorbrando começou a revigorar Andrée seus companheiros. Aniceto ex-plicou que eles estavam agora en-trando na zona de influenciação di-

reta da Crosta e poderiam utilizar avolitação, utilizando seus conheci-mentos de transformação da forçacentrípeta. A luz que os banhavaresultava do contacto magnéticoentre a energia positiva do Sol e aforça negativa da massa planetária.(Cap. 33, págs. 175 a 177)

50. Contacto com o mar - ComoAndré e Vicente estavam exaustos,o grupo abeirou-se do mar, para umexercício respiratório necessário. Oesforço havia sido significativo. Anoite estava começando e elesrumaram então para uma casa mo-desta, que servia como refúgio ter-restre da colônia “Nosso Lar”.(Cap. 33, pág. 178)

51. Uma oficina de “Nosso Lar”- O cenário nas ruas do Rio de Ja-neiro era surpreendente aos olhosde André Luiz. Desencarnados deordem inferior seguiam os passosde transeuntes vários, ou a estes segrudavam, em abraço singular. Mui-tos dependuravam-se em veículos.Alguns, em grupos, vagavam pelasruas, formando verdadeiras nuvensescuras que houvessem de repentebaixado ao solo. O número de enti-dades inferiores, invisíveis aos nos-sos olhos, não era menor que o deencarnados. André tinha a impres-são de estar mergulhado num ocea-no de vibrações muito diferentes,onde respirava com dificuldade. Naverdade, segundo Aniceto explicou,essas penosas sensações experi-mentadas por Vicente e André de-corriam do fato de ser aquela a pri-meira vez que eles desciam à Crostaem serviço de análise mais intenso.Foi assim que o grupo chegou, en-tre 18 e 19 horas, à casa de Isabel,uma residência de aspecto humilde,que, entretanto, estava lindamenteiluminada por clarões espirituais,como a lembrar a colônia “NossoLar”. A casa era, na verdade, umaoficina da colônia implantada naTerra. Para entrar na casa singela,foi preciso que alguém abrisse a

THIAGO [email protected]

De Curitiba

Estudando a série André Luiz

Os MensageirosAndré Luiz

(Parte 10)porta. André diz que isso não suce-dia quando ele ia à sua antiga resi-dência terrestre. As portas fecha-das ali não lhe ofereciam obstácu-los. Na casa de Isabel vigorava,porém, um sistema vibratório de vi-gilância que ele não conhecia, atéentão. (Cap. 34, págs. 179 a 181)

52. A senhora Isabel - A casaera chefiada por Isabel, viúva deIsidoro, desencarnado três anosantes. O casal saiu de “NossoLar”, mais de quarenta anos atrás,com a tarefa de edificar aquela ofi-cina. A viúva, na faixa dos 40 anosmais ou menos, vivia com uma fi-lha de 16 anos, um rapaz de 12 emais três crianças de 9, 7 e 5 anosde idade. Isidoro e a esposa conti-nuavam estreitamente unidos. Gra-ças aos seus méritos, ele tiverapermissão para continuar na casacomo esposo amigo, pai devota-do, sentinela vigilante e trabalha-dor fiel. Isabel era portadora degrande vidência psíquica, mas ape-nas percebia uma vigésima partedos serviços espirituais em que co-laborava. Aniceto explicou que oconhecimento exato da paisagemespiritual, em que vivia, talvez lheprejudicasse a tranqüilidade, vis-to que a casa-oficina era um postode serviço que estava sempre qua-se repleto de entidades evolvidas,com tarefas definidas junto à Cros-ta. (Cap. 34, págs. 181 a 183)

Frases e apontamentosimportantes

93. A influência da Humanida-de encarnada em nosso núcleo deserviço é vigorosa e inevitável.(Cecília, cap. 29, pág. 156, referin-do-se à colônia “Campo da Paz”)

94. Se o casamento humano éum dos mais belos atos da exis-tência na Terra, por que deixaria deexistir aqui, onde a beleza é sem-pre mais quintessenciada e maispura? (Cecília, cap. 30, pág. 160)(Continua na pág. 12 desta edi-ção.)

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O IMORTALPÁGINA 6 JUNHO/2011

O IMORTAL na internetAlém de circular com seu formato impresso, o jornal O Imor-

tal pode ser visto também na internet, bastando para isso acessaro site www.oconsolador.com, em cuja página inicial há um linkque permite o acesso do leitor às últimas edições do jornal, semcusto algum.

Para contactar a Redação do jornal, o interessado deve uti-lizar este e-mail: [email protected].

Será comemorado no dia 5 domês de junho, na residência deCélia Maria Cazeta e Astolfo Ole-gário de Oliveira Filho, o décimoquinto aniversário do Círculo deLeitura “Anita Borela de Olivei-ra”, de Londrina, fundado no dia2 de junho de 1996, quando serealizou, na residência de D. Ma-ria Aparecida Montini, sua pri-meira reunião.

Compareceram à reunião doCírculo naquela oportunidade 23confrades. Destes, apenas 6 con-tinuam a participar das ativida-des: Juvenal de Abreu Silva,Eunice de Oliveira Cazetta, CéliaMaria Cazeta de Oliveira, Gilber-to Jalbas Campos, Maria EloízaFerreira e Astolfo Olegário de Oli-veira Filho. Alguns mudaram decidade e seis deles desencarna-ram no período: Mitiko Sakai,Ivan Dutra, Nadyr de Souza Dutra,Adayr Vizintin, Edna de Oliveirae Altamir Soares dos Santos.

Em face do ocorrido, a com-posição do Círculo alterou-semuito ao longo dos anos, demodo que, no momento em queele celebra 15 anos de atividades,são 24 os seus componentes, asaber: Astolfo Olegário de Olivei-ra Filho, Célia Maria Cazeta deOliveira, Clarice Coelho, AntônioCarlos Coutinho, José Diniz Sa-raiva, Dorival Tomaz de Oliveira,Eunice de Oliveira Cazetta, HélioFabo, Ilza Maria Braga, IvaniraSordo, Gilberto Jalbas Campos,Juvenal Abreu e Silva, ManoelMartinho Figueiredo, MariaEloíza Ferreira, Maria Neuza M.de Oliveira, Marinei FerreiraRezende, Neusa Coutinho,Noberto Braga, Regina Figueire-do, Terezinha Demartino, Wanda

15 anos de Círculo de LeituraAnita Borela de Oliveira

Rabelo, Elza Queiroz, KarenQueiroz e Maria José Bergamo.

A criação do Círculo de Leiturateve por objetivo incentivar a lei-tura, a discussão e o pleno enten-dimento dos grandes romancesque compõem a literatura espírita.Em fevereiro de 1997, o estudo pas-sou a focalizar também a RevistaEspírita e os Clássicos do Espiri-tismo, promovendo-se então duasreuniões por mês, no primeiro e noterceiro domingo. A primeira,dedicada aos romances; a segun-da, aos clássicos e à Revista Espí-rita.

Depois, o Círculo voltou ao seuformato inicial, com uma única reu-nião mensal, de fevereiro a dezem-bro de cada ano. Somente no mêsde janeiro, devido ao período deviagens decorrentes das férias, éque o Círculo não se reúne.

As reuniões assemelham-seaos saraus literários da época pré-televisão, iniciando-se às 17 horascom um culto do Evangelho, se-guido do estudo do livro em foco ede um farto lanche fornecido peloanfitrião e pelos participantes, quetrazem consigo, em cada encontro,um prato com doces ou salgados.As reuniões realizam-se no primei-ro domingo do mês, sempre na casa

ANGÉLICA [email protected]

De Londrina

Anita Borela de Oliveira, apatrona do Círculo de Leitura

de um dos participantes.Os primeiros romances estu-

dados pelo Círculo foram:• “Há 2000 anos”• “50 Anos Depois”• “Ave, Cristo”• “Renúncia”• “Paulo e Estêvão” e• “Nas Telas do Infinito”.Os cinco primeiros são de au-

toria de Emmanuel, psicografia deChico Xavier, e o sexto, de AdolfoBezerra de Menezes e Camilo Cas-telo Branco, por intermédio damédium Yvonne A. Pereira.

Cada uma das obras objeto deestudo pelo Círculo de Leitura temseu texto condensado, à seme-lhança da condensação adotadapela revista Seleções do Reader´sDigest. O texto é digitado e du-plicado para todos os participan-tes e serve de roteiro para o estu-do. Isso não dispensa, porém, aleitura da obra em casa, servindoo texto condensado, como já dito,apenas como roteiro e suportedas discussões que ocorrem nareunião.

No momento o livro em estu-do é Temas da Vida e da Morte,do Espírito de Manoel Philome-no de Miranda, psicografia deDivaldo Franco.

Capa do livro ora emestudo pelo Círculo

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O IMORTALJUNHO/2011 PÁGINA 7

Grandes Vultos do EspiritismoMARINEI FERREIRA REZENDE - [email protected]

De Londrina

Aristóteles Damasceno Peixinho

Primeiro de novembro de 1920!Nas terras do Uauá, em pleno ser-tão baiano castigado pela seca e pelaescassez de recursos, nasce Aris-tóteles Damasceno Peixinho (foto),filho de Belarmino da Silva Peixinhoe Adelaide Damasceno Peixinho.

De tez morena, olhar pene-trante, cabelos pretos, testa lar-ga, mais parecia um Tibetano na-quele rincão sertanejo.

Aos seis anos de idade, a me-diunidade desponta com a vidênciae a audiência, o que, naquela épo-ca, constituía um fato singular. Cres-ce, em contato com os Espíritos,aprendendo, desde cedo, a lidar comesse “mundo” de seres incorpóreos,com toda a sua complexidade.

Por forças das circunstânci-as, e por que não dizer: providen-ciais, a família transfere-se paraSerrinha, Bahia. O nosso biogra-fado, com 23 anos de idade, ago-ra respirando outros ares, tomaconhecimento de um movimentoincipiente que alguns interessa-dos lideram. Eram os primeirosfenômenos mediúnicos que alisurgiam, acordando a comunida-de serrinhense para o Espiritis-mo. Portador de uma mediunida-de ostensiva, ingressa nessemovimento e, junto de outros,funda o Centro Espírita Deus,Cristo e Caridade, sob a égide dosEspíritos Irmão Estrela, Vilas Boase Marco Antônio, que orientamas bases legais e ensinam comodirigir a instituição nascente.

A partir daí, entrega a suavida, numa dedicação exclusiva,à Causa Espírita, buscando, sa-biamente, conciliar as responsa-bilidades da família constituídacom as da sua crença.

As lutas enfrentadas para a ins-tauração do Espiritismo numa co-munidade eminentemente católica,eram imensas! Todavia, seu poderde liderança, sua figura carismáticae a mediunidade a serviço do bemforam ferramentas por ele utiliza-das para a implantação das ideiasespíritas, difundido as sementes doEvangelho de Jesus no coração dopovo serrinhense.

Junto a uma equipe de colabo-radores, transformou o Centro Es-pírita Deus, Cristo e Caridade emum polo estruturante que ampliousua ação para as regiões circunvi-zinhas, vindo a fundar 13 Institui-ções Espíritas, fruto da sua perse-

verança e determinação.A partir de um encontro, pela

vidência, com o Espírito MadreTeresa de Calcutá, que o convidaa vivenciar toda a teoria espíritaapreendida, desenvolve um traba-lho de assistência social, voltadopara a promoção do homem, ondefamílias numerosas foram agracia-das por recursos materiais, naconstrução e reformas de casaspara a população de baixa renda.

Ao lado da confreira Oliva A.Mendonça, já desencarnada, fun-da a Associação Mansão MarcoAntônio, de amparo à velhice, obraque se mantém de pé com outroscontinuadores, incansáveis traba-

lhadores do bem.Foram seis décadas de traba-

lhos ininterruptos, desde sua de-dicação nas câmaras mediúnicascomo ser interexistencial, até o seulabor diário, contribuindo para obem-estar coletivo, numa entregatotal e esquecimento de si mesmo.

Os que tiveram a graça de comele partilhar as experiênciasnuminosas levarão consigo, comomarcas indeléveis, a certeza da imor-talidade e a segurança nos princí-pios doutrinários, tocados que fo-ram pelas clarinadas do Evangelhode Jesus.

Como resumir em poucas linhasuma vida dedicada ao bem coleti-

vo que, aos noventa anos, voltaà Pátria Espiritual como cidadãodo infinito, deixando impregna-do nas almas o doce aroma doseu exemplo ?

A Aristóteles, o nosso preitode profunda gratidão por sua pre-sença entre nós! Pelas experiên-cias compartilhadas, pelas lágri-mas secadas, pela consolaçãoprodigalizada.

Parafraseando Winston Chur-chill, afirmamos: “Nunca Tantosdeveram tanto a tão poucos!”(Margarida Moura Cardoso eSilva Souza, diretora-presiden-te do Centro Espírita Deus, Cris-to e Caridade, de Serrinha-BA.)

A guerra santa nos tempos modernos

Basta um rápido passeio pe-los canais de televisão captados,principalmente por antena para-bólica, para testemunharmos umaverdadeira luta por audiência en-tre os diversos canais de funda-mentação religiosa ou que difun-dem determinadas instituiçõesreligiosas.

Poderíamos enumerar, porexemplo, a TV Record, a RedeVida, a TV Bandeirantes, a TVMulher, a Canção Nova, a SéculoXXI, que eu me lembro de mo-mento. Em cada uma delas, commaior ou menor espaço de tem-po, uma preocupação em arregi-mentar fiéis, oferecendo as maisdiversas linhas espirituais e asmais variadas promessas...

Algumas restringem suaspromessas ao plano espiritual,outras, mais imediatistas, ao pla-

los bairros e ruas das cidadescom o surgimento de um sem-número de templos e casas deoração. Principalmente nas peri-ferias urbanas e nas áreas rurais.O povo, sofrido por suas carên-cias materiais e afetivas e afeta-do profundamente em suaautoestima, justamente por essesofrimento torna-se vulnerável atodo tipo de discurso que pro-meta esperança.

Trabalhar pela promoção hu-mana e pelo seu crescimento eco-nômico, social e moral é dever decada um de nós e de qualquer ins-tituição, mas usar o sofrimentodo próximo e promessas demelhoria econômica como instru-mentos para alistá-lo nas fileirasdessa ou daquela instituição éfaltar justamente ao princípio éti-co e eminentemente humano quedeve orientar qualquer institui-ção, principalmente aquelas quese proponham falar em nome deDeus aos homens da Terra...

ROGÉRIO [email protected]

De Muriaé, MG

O mais grave dos erros e quetalvez se constitua no maior dosequívocos é justamente quereridentificar pura e simplesmente“Igreja” com “espiritualidade”.Igreja continuará sempre sendouma instituição formada e dirigidapelos homens e sujeita, portanto,às limitações e aos interesses hu-manos. Espiritualidade, ao contrá-rio, vai muito mais além, sendo oelo de ligação entre o homem e oCriador, a chama divina que nosliga ao infinito, a nossa pertinênciacom Deus.

A espiritualidade independe dainstituição que queiramos ou nãoseguir. Independe de Islamismo(sunita ou xiita), de judaísmo, debudismo, de catolicismo, de pro-testantismo e de tantas outras li-nhas veiculadas ontem como hojepelo mundo.

A disputa que se trava nas te-las da TV acentua cada vez maisuma luta por espaços entre insti-tuições religiosas e se estende pe-

no terreno, com testemunhos vi-vos que vão, desde o sucesso pro-fissional até a aquisição de bensmateriais, como carros de passeio,veículos de transporte, residênci-as, casas na praia e outras con-quistas materiais, conseguidasapós a adesão a uma determinadaIgreja.

Dos padres cantores e dançan-tes a pastores que desdemonizampessoas num piscar de olhos, ostelespectadores assistem a uma dis-puta a cada dia mais acirrada pelodomínio da audiência e dos cora-ções humanos. Imagino como o po-deroso Criador do Universo, cominfinita inteligência e na Sua infini-ta compreensão das limitações hu-manas, deve assistir a essas dispu-tas, tão distantes daquilo que Eledeve ter em mente e deseja.

Pobres mortais que, dizendo-seportadores da palavra divina, nãofazem outra coisa senão servir aosinteresses de suas próprias insti-tuições.

Os telespectadores assistem a uma disputa a cada dia maisacirrada pelo domínio dos corações humanos. - Adellunar Marge

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Unione Spiritica Italiana celebra três anos de vida

Apesar de a Itália ter sido ricaem médiuns e afortunada em ho-mens da ciência que acompanha-vam e estudavam os fatos, taiscomo Ermacora, Schiaparelli,Lombroso, Ernesto Bozzano,Morselli, Chiaia e médiuns comoPoliti, Lucia Sordi, Linda Gazzerae a conhecida Eusebia Palladino,médium italiana que foi a primeirade efeitos físicos a ser examinadapor um grande número de cientis-tas e particularmente estudada in-tensamente por Lombroso, o Es-piritismo neste país não se desen-volveu.

Nos últimos anos, porém, essecenário vem-se modificando ehoje a Itália conta com váriosGrupos Espíritas, alguns funda-dos há mais de 12 anos, como oCISSAK- Centro Italiano di StudiSpiritici Allan Kardec de Aosta, oSentieri dello Spirito de Milão eoutros completando os 12 anoscomo o GRAK – Grupo di RomaAllan Kardec e o Grupo Fraternofundado em Pescate em 1998, naresidência de Regina Piccoli e EviAlborghetti, hoje denominadoGLAK – Gruppo di Lecco AllanKardec.

Com a crescente criação denovos grupos espíritas, foi surgin-do a necessidade da união entretodos e o caminho para a criaçãode um Órgão Federativo foi se de-lineando.

As Federativas, Conselhos eUniões Espíritas existentes naEuropa trabalham exaustivamen-te para levar adiante o compro-misso com os seguintes objeti-vos:

• Promover a união fraterna e so-lidária dos Grupos Espíritas existen-tes no país

• Promover a unificação do Mo-vimento Espírita local e mundial

• Promover o estudo e a difusãoda Doutrina Espírita em seus trêsaspectos básicos, quais sejam o ci-entífico, o filosófico e o religioso

• Promover a prática da caridadematerial e moral, conforme nos ensi-na a Doutrina Espírita.

Vencendo inúmeros obstácu-los e trabalhando com extrema de-dicação e amor, a USI – UnioneSpiritica Italiana comemorou commuita alegria o terceiro aniversa-rio de sua fundação. O eventoocorreu no dia 1º de maio desteano, tendo a ASIC – AssociazioneSpiritica Il Consolatore como an-fitriã, a qual recebeu com muitocarinho, em sua sede, a diretoriada USI, representantes dos Gru-pos Espíritas e demais participan-tes.

O tema abordado nessa datatão especial foi “Transição Plane-tária”, baseado no livro de mes-mo nome psicografado por Dival-do Franco, de autoria do Espíritode Manoel Philomeno deMiranda. A USI convidou paraapresentar o tema o confradeReginaldo Araújo que, comoambientalista e profundo conhe-cedor do importante período detransformação geológica e moralpela qual o nosso planeta estápassando, nos fez refletir sobreas nossas responsabilidades di-ante do planeta que nos acolhe.

A tarde transcorreu com mui-ta harmonia e paz e todos partici-param com grande entusiasmo dointeressante tema abordado porReginaldo. Após os estudos, umaanimada confraternização se fez

presente, intensificando um inter-câmbio fraterno, sempre muitosignificativo.

A USI nasceu oficialmenteem abril de 2008

Um momento de particular emo-ção ocorreu quando foi apresenta-do um vídeo com Divaldo Franco,ilustrado com legendas em italianopreparadas carinhosamente porMarcio Recchia, contendo a men-sagem psicofônica de Bezerra deMenezes proferida na ocasião do 3ºCongresso Espirita Brasileiro, ocor-rido em abril de 2010.

A seguir, Evi Alborghetti, presi-dente da Unione Spiritica Italiana,falou-nos um pouquinho sobre es-tes três anos de trabalho:

“… Neste mês em que a UnioneSpiritica Italiana – USI completa 3anos de fundação, podemos afir-mar que lentamente estamos atin-gindo os objetivos propostos naocasião de sua fundação. Quandonos foi sugerida a fundação deuma Federativa Nacional, um úni-co órgão que representasse peran-te o Conselho Espírita Internacio-nal os já existentes grupos espíri-tas italianos, sabíamos que muitosdesafios teríamos pela frente e,imediatamente, foi criada uma co-missão para a elaboração do Esta-tuto, comissão esta que trabalhouintensamente para que se atingis-se o objetivo. Finalmente em abrilde 2008 foi possível fundarmos aUSI e hoje a diretoria se considerasatisfeita por conseguir divulgare agir em uma realidade muito di-ferente da brasileira, à qual está-vamos habituados. Não só na Itá-lia, mas na grande maioria dospaises europeus, o materialismo épredominante e há ainda uma gran-

de confusão entre Espiritualismoe Espiritismo, confusão esta mui-tas das vezes por ignorância, mastambém por oportunismo e inte-resse pessoal.

“Agir em um ambiente interes-sado só no aspecto prático, ou seja,nas manifestações mediúnicas –continuou Evi Alborghetti –, ondeartigos ou programas de televisãovisam somente ridicularizar o Espi-ritismo, é muito difícil. A palavra Es-piritismo é utilizada inadequada-mente, generalizando e fazendo com

PÁGINA 8 PÁGINA 9O IMORTAL JUNHO/2011JUNHO/2011

CLAUDIA [email protected]

De Madri (Espanha)

que, muitas vezes, nós, os espíritas,sejamos ridicularizados e desrespei-tados.

“A Unione Spiritica Italiana,cautelosamente, respeitando a opi-nião de todos, mas sem jamais serconivente com as deturpações quepossam ocorrer, trabalha incansavel-mente para apresentar corretamen-te as bases do Espiritismo...”

Devemos ressaltar aqui a impor-tante presença de Elsa Rossi eCharles Kempf, que acompanharamcom carinho todo o trabalho para

que fosse possível a fundação daUSI, oferecendo apoio e orientaçãosempre que isso foi necessário.

Evi Alborghetti é opresidente da USI

Hoje a USI é constituída por umadiretoria assim composta:Presidente: Evi AlborghettiVice-presidente: Tania ClementeSecretária: Regina PiccoliTesoureiro: Domenico RomagnoloConselheiro: Dilza Zamprogno

Consolatore di FerraraContatto: Eliane Stakowski

e-mail: [email protected]

LeccoGLAK – Gruppo di Lecco Allan

KardecContatto: Regina Piccoli

e-mail: [email protected]/it/lecco

MilanoGrupo Espirita Spartaco Ghilardi

Contatto: Nadir Rossettie-mail: [email protected]://www.spartacoghilardi.org

Gruppo Sentieri dello Spiritocontato:Regina Zanella

e-mail: [email protected]

VeronaGruppo Spiritico Francesco

d’AssisiContatto: José Motta Figueiredoe-mail: [email protected]

TrevisoGruppo Spiritico” Il Cammino della

Luce”Contatto: Margarete Santos

e-mail:[email protected]

O intercâmbio entre os gruposespíritas é constante

“O intercâmbio constante en-tre os grupos espíritas, promoven-do encontros, seminários e pales-tras e dando-nos a possibilidadede esclarecermos o que realmenteé o Espiritismo, vem contribuin-do para o crescimento e o interes-se de italianos, assim como tam-bém de brasileiros pelo estudo sis-tematizado da Doutrina”, diz Regi-

na Piccoli, secretária da USI. “Con-sideramos isso uma conquistafundamental – prossegue Regina– porque alguns anos atrás, quan-do se falava em Grupo Espírita, aprimeira ideia que as pessoas ti-nham era em relação a sessão me-diúnica e, assim, muitos se dirigi-am ao grupo com o objetivo únicode falar com os espíritos, na ex-pectativa de que eles pudessemresolver os seus problemas.”

Segundo Regina Piccoli, em 2008a recém-criada Federativa teve aoportunidade de promover a 10ªReunião Ordinária do Conselho Es-pírita Internacional - CoordenaçãoEuropa, na cidade de Lecco: “Nes-sa oportunidade as portas se abri-ram para iniciarmos o trabalho a quenos propusemos, já que na ocasiãomantivemos um fraterno e calorosocontato com os representantes dospaíses membros do CEI. Nestes 3anos de fundação, a Unione SpiriticaItaliana, com a colaboração dos gru-pos afiliados, vem tentando ardua-mente manter uma atividade que to-dos se propuseram a realizar porquesabem de sua grande importância:os Encontros Fraternos”

Esses Encontros são mensais,mas às vezes é muito difícil de se-rem concretizados, em face da dis-tância que é preciso percorrer, nãosó pelos dirigentes da USI, mas tam-bém pelos participantes dos diver-sos Grupos, uma vez que as cida-des não são vizinhas.

Mais uma vez Regina Piccoli nosesclarece: “Com satisfação podemosdizer que todos os realizados até omomento foram muito produtivos,pois além do trabalho de divulga-ção da Doutrina, temos a possibili-dade de ofertar assistência fraterna,oferecer material, servir de apoioaos que desejam iniciar um peque-

Fundada em 2008, a entidade tem a seu cargo a coordenação do movimento espírita na Itália

Conselheiros: José Martins Figuei-redo e Cecília Aguiar.

Grupos Espíritas afiliados:Aosta

Centro Italiano Studi Spiritici AllanKardec

Contatto: Domenico Romagnoloe-mail:

[email protected]

FerraraASIC – Associazione Spiritica Il

no grupo de estudos entre familia-res e amigos, trocar experiênciasentre os grupos, além da confra-ternização que se realiza duranteestes encontros, fato que consoli-da cada vez mais o MovimentoEspírita Italiano”.

Dando continuidade aos seusesclarecimentos, Regina prosse-gue:

“Nestes três anos de muito tra-balho e realizações não podemosesquecer dos queridos palestran-tes que conosco estiveram,abrilhantando nossas palestras,aprimorando nossos conhecimen-tos, aconchegando-nos em seusabraços fraternos... Nossos agra-decimentos ao casal Ivone e Aloí-sio Ghiggino, que realizaram ativi-dades em vários grupos; a Clau-dia Werdine que com o tema Espi-ritismo e a Educação Integral doSer Humano sensibilizou pais eeducadores; a Carlos Campetti querealizou o seminário Reforma Inti-ma, conseguindo com sua simpli-cidade semear em cada coraçãodos presentes a necessidade daautotransformação; a Elsa Rossique realizou o seminário sobre oPasse, no qual, com a colaboraçãode alguns voluntários que traba-lhavam na tradução, foi possíveloferecer a apostila traduzida em ita-liano a todos os participantes; aAntonio Cesar Perri de Carvalho,que desenvolveu atividades emvários grupos trazendo-nos mara-vilhosos ensinamentos sobre Vidae Obra de Chico Xavier; aHumberto Werdine, que a todossensibilizou com o seminário a res-peito de Obsessão: causas e cura,dentre muitos outros que perma-necerão sempre em nossos cora-ções”. (Continua na pág. 10 des-ta edição.)

Primeira diretoria eleita da USI

Conselheiros a USI e Charles Kempf (no computador)

Evi Alborghetti, presidente da USI e Regina Piccoli, secretária

Diversos grupos espíritas reunidos para a eleição na USI

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O IMORTALPÁGINA 10 JUNHO/2011

Como ninguém ignora, era comumEmmanuel dar reprimendas no mé-dium, advertindo-o com rigor inúme-ras vezes, como no episódio do avião,quando Chico manifestou ruidosa-mente medo de morrer. Enquanto AllanKardec demonstrava pulso firme e re-soluto no trato com as pessoas, sen-do denominado até mesmo de “Após-tolo da Verdade”, o médium não sabiadizer “não”, chegando ao ponto deengolir uma barata que se encontravana sopa para não deixar a dona da casaconstrangida (“Lindos Casos de ChicoXavier”, páginas 196-197). O Codifi-cador, certamente, alertaria a todos oscomensais do grave fato ocorrido.Certa feita, o querido Chico, commedo de fazer desfeita, comeudesbragadamente por insistência desua anfitriã e, no final, ainda foi ta-chado de glutão e guloso.

Kardec apresentava-se equidistan-te das religiões tradicionais, sendoportador de uma religiosidademarcante, alicerçada na fé raciocina-da, separando-a do religiosismo (mis-ticismo, exterioridade, culto), resta-belecendo a fé pelo raciocínio, tendosido morto na fogueira pela Igreja,

quando vivenciou a personalidade ím-par do reformador religioso João Huss(século XV d.C.).

Chico, quando católico, era extre-mamente beato e praticava com fervoros sacramentos. Também colecionavailustrações de santinhos em sua gave-ta, o que foi constatado após sua de-sencarnação. Intensamente místico,carregou na procissão uma pedra enor-me na cabeça e “pagando os seus pe-cados”, afastando o “diabo”, seguia àrisca as receitas paroquiais (repetia milvezes seguidas a oração da Ave-Ma-ria). Largou a Igreja Católica devido asua extraordinária mediunidade.

A calvície, que muito incomodavao Chico, era retocada por uma perucaou escondida por um vistoso boné.Kardec apresentava uma incipiente cal-vície e parecia não se incomodar comisso.

O médium, opostamente aocodificador, sempre se depreciava,intitulando-se “besta”, “um nada”,“capim” e “verme”. Na infância, Chicoera espancado barbaramente pela mu-lher que o acolheu em sua casa, comoigualmente teve sua barriga ferida comgarfo. E foi, até mesmo, obrigado a lam-

Será Chico Xavier a reencarnação de Allan Kardec?(Conclusão do artigo publicado na pág. 16.)

ber as feridas da perna de um primo.Chico, no recreio, sofria muitas sur-ras, apanhando dos colegas a socos epontapés. O médium era perseguidopor obsessores e acometido por per-turbações espirituais.

Na escola, no Castelo deZahringenem, em Yverdon-les-Bains,na Suíça, como discípulo do famosoeducador Pestalozzi, Kardec comquatorze anos de idade já orientavaseus pares, ensinando aos seus cole-gas menos adiantados.

A mãe de Chico, em mensagempsicografada, lhe disse que não enca-rasse a mediunidade como uma dádi-va, porque “imperfeito como era nãomerecia favores de Deus” (“As Vi-das de Chico Xavier”, pág. 57). Em-manuel exortou-o à prática da discipli-na. O Espírito Eça de Queiroz obser-vou no médium “porções de sofri-mentos, pedaços de angústia este-rilizadora, recordações tristonhas,lágrimas cristalizadas” (“As Vidasde Chico Xavier”, pág.56). Em outraocasião, sentindo intensa dor, solici-tou a presença de Emmanuel, que du-ramente lhe disse: Sua condição nãoexonera você da necessidade de lu-

tar e sofrer, em seu próprio benefí-cio (“As Vidas de Chico Xavier”,pág.74).

Chico disse a ArnaldoRocha que o próprio Kardec veio,

em Espírito, orientá-lono início de suas atividades

O confrade Arnaldo Rocha (ex-marido de Meimei e amigo íntimo deChico Xavier desde 1946), falandosobre o saudoso médium, em palestraproferida na União Espírita Mineira,disse que é uma estultice essa ideia deque Chico e Kardec sejam o mesmoEspírito, e fez conhecer um diálogo quetiveram, no qual o médium lhe infor-mou de que ele fora, em verdade, a Srta.Japhet, a médium que teve papel con-siderável na revisão dos textos da pri-meira edição de “O Livro dos Espíri-tos” e que o próprio Kardec veio, emEspírito, orientá-lo nos primeiros me-ses de sua preparação como espíritainiciante, na cidade de PedroLeopoldo. (N.R.: o vídeo dessa pales-tra pode ser visto clicando-se em http://vimeo.com/9098617.)

Pode-se afirmar, baseado na vera-cidade da previsão do Espírito da Ver-dade sobre a volta muito breve de Kar-dec (“Ausentar-te-ás por algunsanos”), que o codificador possa per-feitamente ter errado nos seus cálcu-

los, desde que, para a EspiritualidadeSuperior, alguns anos representammuito mais do que três a quatro deze-nas de anos (“a minha volta deveráser forçosamente no fim deste séculoou no princípio do outro”).

A hipótese de Chico ser Kardectambém foi repelida por HerculanoPires (“O melhor metro que mediuKardec”, segundo Emmanuel), na obra“Curso Dinâmico de Espiritismo”,XVII.

O fato de o Espírito do médiumnão ter vivenciado a personalidadeímpar e majestosa do Codificador nãoo deprecia de forma alguma, desde que,com muitas limitações físicas, foi vi-torioso no que se propôs a executar,sendo até mesmo indicado ao PrêmioNobel da Paz em 1981 e agraciado pelopovo do Estado de Minas Gerais, noano de 2000, como “O Mineiro doSéculo”.

Que o nosso querido Mestre Je-sus abençoe sempre e cada vez mais oestimado Chico, iluminando o cami-nho que trilha, diante do Infinito. Queas mesmas bênçãos sejam derramadassobre o excelso Emmanuel, agoraengolfado nas romagens terrenas, já re-encarnado entre nós, segundo informa-ção anterior do próprio médium, des-de o ano de 2000. (Americo Domin-gos Nunes Filho, do Rio de Janei-ro-RJ.)

Entrevista: Guaraci de Lima Silveira

“É magnífico estar reencarnado!”(Conclusão da entrevista publicada na pág. 3.)

Aproximadamente 400 entidadespúblicas e privadas já contrataramnossos serviços. Hoje escrevo peçasteatrais para o mundo empresarial eo movimento espírita, tanto infantilquanto para o público adulto. Tenhoa felicidade de ter visto sair no livroda história do teatro de Juiz de Fora,publicado pela Secretaria de Culturadaqui, o nosso nome vinculado comosendo o primeiro grupo de teatro es-pírita desta cidade. Isto me gratifi-cou muito.

Falemos agora sobre pales-tras. Como tem sentido o públicoouvinte nas que você profere?

Não entrando ninguém ou nãopassando ninguém na frente do pú-blico, a atenção é toda voltada paraas informações que passamos. Infe-lizmente o público ainda se dispersadurante as exposições. Se entra al-guém, desviam com facilidade seusolhares. E olha que, em tese, aspalestras são rápidas. Mas sempreexistem aqueles que fixam a atençãonaquilo que expomos. Depois nosprocuram e trocam informações ti-rando suas dúvidas. Acho um traba-

cognitivas um tanto carentes. Gos-taria de dizer para todo mundo o bemque o Espiritismo fez e faz em mi-nha vida. Tornou-me um ser consci-ente e entendedor da necessidade dacristianização. Ser espírita é sair dorótulo de cristão e partir para açõesconscientes e equilibradas. Assimdeve ser. Agradeço profundamente aAllan Kardec, Chico Xavier, Dival-do Franco e tantos outros, bem comoaos mentores espirituais que traba-lham em prol do nosso progressomental e espiritual.

Suas palavras finais.São de agradecimento, principal-

mente pela oportunidade do contatocom os leitores. Peço a Jesus queenvolva os leitores em suas bênçãos.Digo aos leitores que pesquisem,questionem, proponham. O Espiri-tismo é luz que aumenta de intensi-dade à medida que nos aprofundamos,diferentemente de túneis escuros queficam ainda mais escuros quando in-sistimos em nossos preconceitos eposturas vencidas porque arcaicas eenraizadas. (Orson Peter Carrara,de Matão-SP.)

lho necessário e enriquecedor tantopara quem o faz quanto para quem oabsorve.

Qual, em sua visão, a maior ne-cessidade do público participantedas reuniões públicas realizadaspelos centros espíritas?

Envolver-se plenamente com o queestá sendo dito. O expositor prepara oestudo e o leva para que o público possaentender melhor determinado ponto.Já ouvi diretor de centro espírita dizerque palestras são desnecessárias. Quepena! Sempre que não estou na tribu-na, estou na plateia. Assisto ou façopalestras todos os dias, e todos os diasme enriqueço com elas. O público pre-cisa estar mais atento. Só assim pode-rá opinar com justiça e sabedoria quan-do questionado ou posto em situaçõesde conflitos naturais para seus cresci-mentos.

Algo mais que gostaria de acres-centar?

É magnífico estar reencarnado! Éexuberante estar reencarnado e estu-dando a Doutrina Espírita. Sem ela avida fica menor e as capacidades

Unione Spiritica Italianacelebra três anos de vida

(Conclusão da reportagem publicada nas págs. 8 e 9.)

Gostaríamos de ressaltar que aliteratura espírita em italiano é mui-to rica, se comparada a outros paísesda Europa. Muitos são os títulos tra-duzidos pela Casa de Nazareno(www.casadelnazareno.com) quetrabalha de forma ativa na divulga-ção do Espiritismo no país.

Encerramos esta reportagem comuma mensagem do presidente USI,Evi Alborghetti, mas antes gostaría-mos de parabenizar os queridos com-panheiros do Movimento EspíritaItaliano pelo belo trabalho realizadoao longo destes anos.

Eis a mensagem do confrade Evi:“... Felizes com o trabalho que

vem sendo desenvolvido, possuido-res de muitos planos para o futuro,somos conscientes da necessidade deencararmos as responsabilidades as-sumidas, já sabedores das dificulda-des que encontraremos no importan-te trabalho de divulgação do Espiri-tismo fora do Brasil. Lembremo-nos

das palavras de William James, no li-vro Entre irmãos de Outras Terrasquando nos diz que ‘cada companhei-ro, cada agrupamento e todos os paí-ses terão do Espiritismo o que delefizerem...’. Agradeço, em nome da Di-retoria da USI, aos dedicados compa-nheiros que colaboraram para que hojeestivéssemos comemorando estes trêsanos de existência e convido os irmãosespíritas da Itália a meditar nas sábiaspalavras de Bezerra de Menezes: ‘...Recordemos, na palavra de Jesus, que‘a casa dividida rui’; todavia ninguémpode arrebentar um feixe de varas quese agregam numa união de forças. So-lidários, seremos união. Separados unsdos outros, seremos pontos de vista.Juntos, alcançaremos a realização denossos propósitos. Distanciados en-tre nós, continuaremos à procura dotrabalho com que já nos encontramoshonrados pela Divina Providência...”(Claudia Werdine, de Madri,Espanha.)

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O IMORTALJUNHO/2011 PÁGINA 11

Cambé – Todas as quartas-feiras, às20h30, o Centro Espírita Allan Kar-dec promove em sua sede, na RuaPará, 292, um ciclo de palestras. Eisos palestrantes de junho: Dia1º, Marcos Furtado (Londrina); dia8, Gilberto F. Coutinho (Cambé); dia15, José Miguel Silveira (Londrina);dia 22, Júpiter Villoz Silveira (Lon-drina); e dia 29, Dorothéia CristinaZiel Silveira (Londrina).– Realiza-se no dia 26 de junho, do-mingo, a partir das 12h, o 6º AlmoçoFraterno Dulce Gonçalves, na sede doLar Infantil Marília Barbosa, situadona Rua Dinamarca, 1288. O convitecusta R$ 20,00. Informações podemser obtidas pelo tel. 3254-3261.

Curitiba – No dia 28 de maio, porproposta partida das UREs quecompõem a Inter-Regional Norte,apoiada pelo secretário da Inter-Re-gional, Paulo Fernando de Oliveira,o Conselho Federativo Estadual apro-vou a extinção da URE da 16ª Re-gião, que ainda não havia sido insta-lada. Com a medida houve tambémuma mudança na configuração de trêsUREs, a saber: 1.) Bela Vista do Pa-raíso, Sertanópolis, Primeiro deMaio e Alvorada do Sul passam aintegrar a região da 5ª URE. 2.)Arapongas, Sabáudia e Pitangueirasintegrarão a região da 6ª URE. 3.)Rolândia, Jaguapitã, PradoFerreira, Miraselva, Florestópolis,Centenário do Sul e Porecatu pas-sam a integrar a URE Metropolita-na Londrina, que deverá seridentificada, a partir da mudança,como 16ª URE.– Um seminário coordenado porHaroldo Dutra Dias sobre o tema“Apocalipse” foi realizado no dia 29de maio, no Teatro da FEP (AlamedaCabral, 300).– Sob coordenação de Marcelo GarciaKolling e equipe, realiza-se no dia11 de junho, das 16h às 20h, um se-minário sobre o tema “Como tornaro grupo de estudos mais atrativo”. Oevento ocorrerá na Casa Espírita OsMensageiros da Paz, na Rua Enge-nheiro Rebouças, 2519.

Londrina – Será realizada no perío-do de 9 a 16 de julho próximo a 20ªSemana Espírita de Londrina, cujotema geral será “Desafios em Famí-lia”. A abertura estará a cargo do con-frade Emanuel Cristiano. O evento,

Palestras, seminários e outros eventosmingo pela manhã, ao longo do mêsde maio.– Haroldo Dutra Dias proferiu pales-tra no Centro Espírita Nosso no dia23 de maio. O evento foi promovidopela URE Metropolitana Londrina e otema da palestra foi “Parábolas de Je-sus, texto e contexto”. O palestrantelançou na oportunidade um de seus li-vros. O público londrinense compare-ceu em grande número ao evento.– No dia 5 de junho, realiza-se na resi-dência de Célia Maria Cazeta mais umareunião do Círculo de Leitura AnitaBorela de Oliveira. A reunião se iniciaàs 17h e assinala 15 anos de existênciado Círculo, que iniciou suas atividadesno dia 2 de junho de 1996.

Cascavel – Um seminário sobre otema “Exposição Espírita – Ação comJesus”, coordenado por Maria HelenaMarcon, está marcado para acontecerno dia 5 de junho. Maria Helena é co-ordenadora do Setor de ComunicaçãoSocial da FEP. O evento acontecerá naSociedade Espírita Paz, Amor e Luz(Rua Salgado Filho, 2.511 – Centro),das 9h às 12h.

Foz do Iguaçu – Realiza-se nos dias 4 a9 de junho a VI Semana Espírita de Fozdo Iguaçu, evento que faz parte das co-memorações dos 150 anos de O Livrodos Médiuns. A palestra de abertura seráproferida pelo presidente da FEP, Fran-cisco Ferraz Batista, com o tema: “4Grandes Questões da Alma”. Simulta-neamente acontecerá a 18ª Feira do Li-vro Espírita de Foz, no amplo EspaçoCultural do Cinema Iguassu Boulevardde Foz/PR (Avenida das Cataratas),sempre das 20h às 21h30min, mesmohorário das palestras. Entrada franca.

Ibiporã – A Fraternidade EspíritaMensageiros da Luz promove todomês palestras abertas ao público quese realizam sempre às quartas-feiras,pontualmente às 20h15.– Excelente o jornal Caminho de luzpublicado pela Fraternidade EspíritaMensageiros da Luz, agora em sua ediçãon. 60, datada de maio de 2011. O periódi-co conta em sua equipe de redação com aparticipação do confrade Marcel Gonçal-ves, editor da seção “Movimento Espíri-ta na Europa” da revista eletrônica “OConsolador”, de Londrina.

Maringá – Ocorre nos dias 18 e 19 dejunho mais um encontro da Inter-Regi-

onal Noroeste, que engloba dirigen-tes e trabalhadores espíritasdomiciliados em cidades abrangidaspelas UREs 7, 8, 9 e 11. O local seráa Associação Espírita de Maringá –AMEM, situada na Av. Paissandu,1156 - Vila Operária. O encontro ge-ral no dia 19, domingo, será realiza-do das 9h às 13h. Mais informaçõespodem ser obtidas nas respectivasUniões Regionais: 7ª URE - AlcidesBatista da Silveira - Fones (44) 3028-3464 / 9840-1017; 8ª URE - WandreyMundin Fones - (44) 3423-4904 /9142-3078; 9ª URE - José TerezianoBarros Neto - Fones (44) 3622-5944/ 9956-1293; e 11ª URE - EdemilsonLuis Siqueira Fones - (44) 3518-1436/ 3518-1400.– Foi realizada no período de 14 a 22de maio, na Associação Espírita deMaringá - AMEM, a VI Jornada Es-pírita, um evento promovido pelaURE 7a. Região, que teve, entre ou-tros, a participação dos confradesHaroldo Dutra Dias, Maria HelenaMarcon e Francisco Ferraz Batista.

Paranavaí – Realizou-se no dia 7 demaio um seminário com o tema “Fi-nalidade da Família”, sob coordena-ção de Alan Archeti. O evento acon-teceu no Centro Espírita Fé, Amor eCaridade (Rua Guaporé, 1.576), das14h às 17h.

São João do Triunfo – Um seminá-rio sobre o tema “Jovem e o Movi-mento Espírita”, coordenado pelaEquipe do Departamento de Infân-cia e Juventude (DIJ) da FEP, estáprogramado para acontecer no pró-ximo dia 4 de junho na SociedadeEspírita União e Fraternidade (RuaTen. Cel. Carlos Souza, s/n – Cen-tro). O evento ocorre das 14h às 18h.

União da Vitória – Realiza-se nodia 11 de junho, das 14h às 18h, oseminário “Evangelização noSAPSE”, coordenado pela equipe doDIJ da Federação Espírita do Para-ná. O evento ocorrerá no Centro Es-pírita Amor e Caridade, localizadona Rua Almirante Barroso, 7. O ob-jetivo do seminário é discutir comoacolher na Evangelização Infanto-Juvenil as crianças provenientes dasfamílias assistidas; orientar o traba-lho da evangelização no SAPSE; pro-porcionar recursos para a execuçãoda tarefa.

que será pela primeira vez promovidopela URE Metropolitana Londrina,contará ainda com os seguintes pales-trantes: Carlos Augusto de São José,Jamiro Santos, Orson Peter Carrara,Adeilson Salles, Francisco Ferraz Ba-tista, José Antônio Vieira de Paula,Márcio Cruz e Alexandre Camargo. Nodia 10, à noite, será realizada a 7ª Noi-te Cultural e, paralelamente aos even-tos da Semana Espírita, realizar-se-á atradicional Semaninha Espírita, em sua11ª versão.– O Centro Espírita Anita Borela deOliveira, situado no Conjunto Parigotde Souza, comemorou no dia 8 demaio 5 anos de existência. Para assi-nalar a data, a Casa convidou diver-sos palestrantes que ali falaram no do-

– A programação de palestras feita pela URE Metropolitana Londrina para omês de junho prevê as seguintes palestras:

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95. Para possuirmos aqui essaventura, é preciso ter amado na Ter-ra, movimentando os mais nobresimpulsos do espírito. Para colher osjúbilos dessa natureza, é necessárioter amado com alma. Os que se con-sagram exclusivamente aos desejosdo corpo, não sabem amar além daforma, são incapazes de sentir asprofundas vibrações espirituais doamor... (Aldonina, cap. 30, pág. 160)

96. Num casamento de almas, éindispensável apurar o enxoval dossentimentos. (Cecília, cap. 30, pág.161)

97. Nossos instrutores afirmamsempre que tudo de bom deve aguar-dar do destino quem saiba servir aobem e trabalhar com esperança.(Aldonina, cap. 30, pág. 161)

98. No trabalho de assistênciaaos outros e defesa de nós mesmos,não podemos dispensar a práticaavançada e justa da cooperação sin-cera. (Cecília, cap. 30, pág. 163)

99. A música elevada é sublimeem toda parte. (Ismália, cap. 31, pág.165)

100. Devotar-se não é crime... Oamor é luz de Deus, ainda mesmoquando resplandeça no fundo do abis-mo. (Ismália, cap. 31, pág. 168)

101. Cada um de nós traz, noscaminhos da vida, os arquivos de simesmo. Enquanto os maus exibem oinferno que criaram para o íntimo, os

bons revelam o paraíso que edificaramno próprio coração. (Aniceto, cap. 32,pág. 173)

102. Todo aquele que opere, e co-opere de espírito voltado para Deus,poderá aguardar sempre o melhor. Nãoé promessa de amizade. É lei. (Anice-to, cap. 33, pág. 175)

103. Infelizmente, as emissõesvibratórias da Humanidade encarnadasão de natureza bastante inferior, emnos referindo à maioria das criaturasterrestres, e estas regiões estão reple-tas de resíduos escuros, de matériamental dos encarnados e desencarna-dos de baixa condição. (Aniceto, cap.33, pág. 175)

104. Agradeçamos ao Senhor dosMundos a bênção do Sol! Na Nature-za física, é a mais alta imagem de Deusque conhecemos. Temo-lo, nas maisvariadas combinações, segundo a subs-tância das esferas que habitamos, den-tro do sistema. (...) Entretanto, é sem-pre o mesmo, sempre a radiosa sedede nossas energias vitais! (Aniceto,cap. 33, págs. 176 e 177)

105. A luz que nos banha resultado contacto magnético entre a energia

positiva do Sol e a força negativa damassa planetária. (Aniceto, cap. 33,pág. 177)

106. A eficiência do auxílio ne-cessita educação persistente. Nãoseria possível ajudar alguém, pren-dendo-nos a fraquezas de qualquerespécie. (...) Diversos companheirosadiam nobres realizações, em virtu-de das manifestações de injustificá-vel receio. (Aniceto, cap. 34, pág.180)

107. O acaso não define respon-sabilidades nem atende à construçãoséria. A edificação espiritual pedeesforço e dedicação. Assim como osnavios do mundo necessitam de ân-coras firmes para atenderem eficien-temente à sua tarefa nos portos, tam-bém nós precisamos de irmãos cora-josos e abnegados que façam o papelde âncoras entre as criaturas encar-nadas, a fim de que, por elas, pos-sam os grandes benfeitores da Espi-ritualidade Superior se fazerem sen-tir entre os homens aindaanimalizados, ignorantes e infelizes.(Aniceto, cap. 34, pág. 183) (Conti-nua no próximo número.)

O IMORTALPÁGINA 12 JUNHO/2011

ELSA [email protected]

De Londres (Reino Unido)

Dias proveitosos no invernodo sul brasileiro... Dia ou outro osol aparece muito quente, para quemantenhamos a doce lembrança doverão... As chuvas abençoam amata verdejante, árvores com fo-lhas amarelecidas pela falta de sol,mas ainda exuberantes na belezada paisagem abençoada por Deus.

O mar, fundo musical para aoração, a irradiação a distancia, oatendimento espiritual que, leva-do pelas ondas magnéticas na Ter-ra, não mostra a distância a per-correr e segue seu destino.

A mediunidade não escolhe oveículo por onde deve dar vazão àenergia do bem; isso já vem de hámuito programado. Muito bom con-viver com quem tem o dom de poderajudar com a própria sintonia no bem,que pode e deve permanecer em ta-refas 24 horas incessantes, e que,mesmo não aceitando ter essa tare-fa, nada pode fazer para afastá-la...

Sorriso sempre aberto, olhos a ilu-minar corações com o brilho da paz,alegria estampada no rosto exalandopaz espiritual, a rapidez de raciocíniopercebendo necessidades, a pronti-dão em servir constantemente ao pró-ximo, sem cansaço, sem vacilações...

Até parece que estou falando deum robô programado para servir, ser

Crônicas de Além-Mar

Fenômenos que não se extinguem

ELSA ROSSI, escritora e palestran-te espírita brasileira radicada em Lon-dres, é membro da Comissão Executi-va do Conselho Espírita Internacional,diretora do Departamento de Unifica-ção para os Países da Europa, orga-nismo do Conselho Espírita Internaci-onal, e atual presidente da BritishUnion of Spiritist Societies (BUSS).

D’Esperances, quantas e quantosmais existirão por aí, neste mundode Deus, que ainda não estãoengajados na tarefa séria de ajudar?

Reencarnam milhares de serescom a mediunidade aflorada para otrabalho no bem, que requer abne-gação, e, todavia, rejeitam o traba-lho, destroçam a própria saúde, da-nificam a máquina do próprio corpo,sentem-se enlouquecer, pois há mo-mentos em que muitas pessoas têmdificuldade em saber o que é o real, oimaginário, o espiritual, o concreto,o abstrato, o tangível, o intangível...

Lembro-me de que desdepequenina me pedia: Mamãe, falecom seus Espíritos para tirar issode mim, por favor.

Que posso fazer? Somente orar

gentil, obediente, que toca música,mas não é... Trata-se de um anjo en-carnado, que respira, come, dorme,tem um filhinho, serve à sociedade,ama o que faz, que é ensinar às cri-anças, cuidar dos cachorros aban-donados e, junto de amigos dos ani-mais, levar para vacinar, castrar, en-fim, fazem ao próximo e aos animaiso que todos gostaríamos de semprereceber: carinho e atenção.

Quantas vezes mais temos deesclarecer que se deve aceitar a fer-ramenta adquirida antes daencarnação, para servir ao próximo?

Fico pensando no bemesclarecedor da Doutrina Espirita, epenso muito nas Eusapias Paladinos,nas Helens Duncans, nas Madames

Estudando a série André Luiz

Os MensageirosAndré Luiz

(Conclusão do texto publicado na pág. 5.)THIAGO BERNARDES

[email protected] Curitiba

Na luz do sonhoÉ preciso que haja luzNo mundo do coração,Cuja angústia e solidão

Se sente quando escurece.Quando a noite envolve a mente

Em seu manto espectral,O ser humano, em geral,

Aos poucos murcha e fenece.Mas se a luz se faz presente,Dor e mágoa vão-se embora,E o níveo clarão da auroraAcorda a alma tristonha.Nos escaninhos profundos

Do ser renasce a esperança,E alegre como criança,

A alma chora, canta e sonha.O sonho é a luz projetadaNas fímbrias do nosso ser,

É clarão de alvorecerApós a noite da dor.

É caminho que conduz,Por entre abrolhos e espinhos,Ao mais lindo dos caminhos

Do continente do amor.Por isso é que eu canto o sonho

Nas cordas da minha lira.É no sonho que se inspira

O coração do poeta.Nas asas leves do sonho,Eu voo ao alto dos céus,

E assim, mais perto de Deus,Minha ventura é completa.

José Soares Cardoso

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O IMORTALJUNHO/2011 PÁGINA 13

Relendo “Missionários daLuz”, de André Luiz,psicografado por Chico Xavier,chamou-nos a atenção o instru-tor Alexandre, pelos idos de 1940já orientando André Luiz sobre ofato de que as doenças na gran-de maioria são originadas no cam-po do Espírito, com repercussãono corpo físico, e que um dia, nofuturo, cada homem seria seu pró-prio médico.

Jesus há mais de 2.000 anosnos alertava que o corpo é um tem-plo.

Estamos progredindo vagaro-samente, mas estamos. Hoje já sesabe que inúmeras doenças sãooriundas de pensamentos e emo-ções desequilibrados. Alexandreinstruiu André e, por conseguinte,a nós leitores, a mantermos o pen-samento elevado, a oração com féardente, o amor e o trabalho no bemcomo medidas auxiliadoras no cam-po da saúde física.

Quando o homem compreenderisso, verá que não bastam medica-mentos, vacinas, atacar micróbios,quando a emoção e o pensamentohumano são seu meio de cultura.Os medicamentos ajudam, mas épreciso que a enfermidade real, quevive dentro do ser, em sua mente,em seu sentimento, seja vencida.

Já progredimos muito. Estamosentendendo isso. Há várias alter-nativas na medicina que hoje tra-tam o ser integral.

Desde o século XX para cá vi-mos crescer muito a quantidade dedoenças psiquiátricas, como otranstorno bipolar, a esquizofrenia,a síndrome do pânico, a depressãoe muitas outras.

Joanna de Ângelis, Espírito, pormeio da psicografia de Divaldo Fran-co, alerta muito sobre isso, sobreas doenças do ontem, as culpas, asdívidas do passado, o egoísmo...

No livro “Transição Planetária”,também psicografado por DivaldoFranco, o Espírito Manoel Philome-no de Miranda alerta também so-bre os fenômenos psiquiátricosdesse teor, que aumentariam muito

nessa mudança que estamos viven-ciando de mundo de provas e expi-ações para mundo de regeneração.

Muitos desses distúrbios têmum componente mediúnico, masnem todos têm conhecimento paradiscernir isso.

Tivemos a oportunidade deconversar com uma senhora por-tadora de síndrome do pânico háquase dois anos. Ela não conse-guia nem sair de casa, tamanho opavor que sentia, como se fossemorrer. Era como, disse-nos ela,se alguém estivesse em cima doseu peito e apertasse seu pesco-ço.

Isso nos deu um sinal de aler-ta. Seria algo pertinente a um pro-cesso mediúnico? Estaria ela real-mente sentindo a influência de umEspírito sobre seu tórax?

Ela está bem melhor agora, poisjá consegue sair à rua, já conseguecuidar de seus filhos pequenos.Está medicada, toma medicamen-tos psiquiátricos, pois foi encami-nhada por seu neurologista a umespecialista em psiquiatria.

Perguntamos-lhe como tudo

Quadro obsessivoJANE MARTINS VILELA

[email protected] Cambé

Histórias que nos ensinam

O que vamos apresentar nes-te mês foi escrito pelo reconheci-do trabalhador espírita, amigopessoal de Chico, autor de exce-lentes livros, como “Histórias queJesus contou”, em que analisa asparábolas de Jesus em linguagemque seja entendida pelas crian-ças: Clóvis Tavares.

Este texto encontra-se publi-cado no livro, do mesmo autor,“De Jesus para os que sofrem”,editado e impresso pelo Institutode Difusão Espírita”, de Araras,São Paulo.

Segue o ensino:“Foi há alguns anos... Mais

precisamente em 1978...Pedreiros e carpinteiros traba-

lhavam em pequenos serviços dereforma de nossa casa.

Paredes improvisadas de ma-deira separavam alguns aposentos

JOSÉ ANTÔNIOV. DE PAULA

[email protected] Cambé

começou e ela nos contou. O qua-dro iniciou-se quando ela viu umvulto escuro, “uma sombra negra”,como ela definiu, que passou porela rapidamente. Após aquele diaela começou a sentir um medo tãogrande, coisas negativas aconte-ceram por ali e na vizinhança, e elateve de mudar de casa, pois nãomais suportava ficar lá. Aí teve iní-cio o pânico, bem como a sensa-ção referida.

Com muito jeito, para nãoassustá-la, perguntamos-lhe se elanão havia pensando na possibili-dade de que a “sombra” que elaviu pudesse ser um Espírito infeliz,e se ela já havia visto Espíritos an-teriormente.

“Ah! Eu já vi, sim! – ela res-pondeu. – Vi minha tia, que já mor-reu. Ela apareceu e sorriu para mime eu lhe disse que ela não deveriaestar ali, que ela já havia morrido,mas ela estava sorrindo. Depoissumiu.”

Quando criança, ela brincavacom uma menininha que chegavaatravessando a parede. Aí enten-demos que o pânico que ela sentiuapós ter visto a sombra escura erarealmente de origem mediúnica. OEspírito devia estar apertando seutórax; por que não?

Jesus curou a muitos assim,presos por lembranças de outrasépocas, como o caso do meninoepiléptico na descida do monteTabor, após haver conversado comos Espíritos de Elias e Moisés.

O caso da mulher encurvadafazia anos, que ele também curouna sinagoga, num dia de sábado,possibilitando à mulher que se le-vantasse, foi outro.

O endemoninhado de Gadara,subjugado por uma legião, que Je-sus convenceu a deixar o moço empaz, foi outro caso. Maria deMagdala, que fora envolvida porsete obsessores na área da sexua-lidade, foi também curada. A filhada mulher cananeia,que implorouporque também os cachorrinhoscomiam das migalhas de pão dasmesas dos senhores, filha essatambém vítima de obsessão, foiigualmente curada por Jesus. Ecomo esses, milhares foram cura-dos pelo amor e misericórdia doCristo.

Sabemos que, embora variadasem suas manifestações, muitas dasdoenças psiquiátricas apresentamum componente obsessivo.

A mulher acometida dasíndrome do pânico não consegui-mos esclarecer. Mas orientamo-laa manter a medicação psiquiátricae, ao mesmo tempo, procurar umCentro Espírita, a fim de ser efeti-vamente curada, por meio do co-nhecimento com vistas ao ser pro-fundo, que é a nossa alma.

Quem sabe um dia poderá dei-xar os medicamentos?

Se ela obtiver a cura do seuEspírito e seu obsessor for tambémcurado, isso sem dúvida será pos-sível. Contudo, se não tiver o so-corro espírita, provavelmente toma-rá medicação psiquiátrica a vidatoda e sentirá pânico toda vez queficar sem os remédios.

O conhecimento espírita é umaluz, um socorro divino para as afli-ções humanas.

Quantos milhares de médiunsterão passado suas vidas nos sa-natórios psiquiátricos de outrostempos, por ignorância do que lhesacontecia?

Adentrar a doutrina espírita éprovidencial remédio para quem jápode ter suas provações minimiza-das.

Quantos milhares ainda estãosento tratados sem o necessárioconhecimento para obtenção dacura real? Tomarão remédios até ofim de seus dias.

Não estamos com istodesabonando os tratamentosmédicos, porque representameles a piedade fazendo-se pre-sente e auxiliando e, graças aDeus, eles existem. Seriam, noentanto, mais eficazes se a Me-dicina reconhecesse o Espírito esuas mazelas.

Um dia as obras de ChicoXavier, principalmente as de AndréLuiz, serão estudadas nas escolas,particularmente nas faculdades deMedicina, e muita luz se fará, en-tão, no entendimento.

Quando isso acontecer, cadahomem será seu próprio médico,buscando seu equilíbrio e a pazcom o bom proceder, alimentando-se dos ensinamentos do Cristo evivendo-os na prática.

para que os operários pudessem re-alizar seu serviço mais livremente.

Estava eu no meio-cômodo emobras, absorvido em tarefa escolar.O relógio marcava pouco mais deonze horas. Pouco antes os traba-lhadores tinham começado a almo-çar. E conversavam, animados.

Foi quando, percebendo que omais velho deles buscava levar algode sentimento religioso a seus com-panheiros, suspendi por momentosa correção de provas.

E ouvi uma explanação evangéli-ca, em termos simples, mas aureoladosde fé e sinceridade. Reproduzo-a aquicom o máximo de exatidão de que mi-nha memória é capaz:

- Pois é, irmãos. No caminhoespiritual, o que importa mesmo éobedecer ao que é justo e certo. Éser fiel a Deus, eu acho... Por isso,não me esqueço do Mandamentode Maria...

- Mandamento de Maria? – per-guntou um companheiro, em tomde estranheza, mas de interesse.

- Sim, meu irmão. Chamo “man-

damento de Maria” ao único man-damento dela, único que o Evan-gelho registra. Foi numa festa decasamento em Caná da Galiléia naterra e no tempo de Jesus...

Fez pequena pausa. Resumiuepisódios da solenidade e conti-nuou:

- O mandamento de nossaMãe Santíssima é este... É brevee completo: “Fazei tudo quantoEle vos disser”...

E explicou, em sua singela lin-guagem, temperada de fervor ehumildade, que o Mandamentode Maria é, na verdade, obedecera Jesus... é fazer tudo o que Elenos ensinou...

Nota: Jesus transforma a águaem vinho - “...tendo acabado ovinho, a mãe de Jesus lhe disse:Eles não têm mais vinho. MasJesus lhe disse: Mulher, que te-nho eu contigo? Ainda não é che-gada a minha hora. Então, ela fa-lou aos serventes: Fazei tudo oque ele vos disser” (João 2,1-12.)

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O IMORTALPÁGINA 14 JUNHO/2011

O sustoRafael era um menino muito ar-

teiro. Desses que não param umminuto.

Desde pequeno dava muitotrabalho aos pais, que viviamtendo de protegê-lo a todo ins-tante.

Assim mesmo, com todos oscuidados, Rafael completara oitoanos e já tinha quebrado a pernaduas vezes, trincado o osso do bra-ço, cortara duas vezes a cabeça le-vando vários pontos. Isso semcontar as quedas, os arranhões, osgalos e os sustos.

Ufa! Cuidar de Rafael não eratarefa fácil!

Sempre tinha alguém gritando:— Cuidado, Rafael!A mãezinha recomendava-lhe

com carinho:— Meu filho, não corra tanto!— Olhe o buraco!

Confia em Deus e caminhaOnde há vida há mais luz

Trilhando o rumo certoOnde o destino é Jesus.

Busca no bem a resposta,Para teus íntimos anseios.

Quem procura ajudar os outrosNão tem tempo pra receios.

Vigia teus pensamentosQue podem ser bênçãos de luzNão esquecendo as palavrasQue ensinamentos conduz.

Atitude equilibradaDeves sempre buscar.

Vivendo em paz e amorCom Jesus vamos estar.

Não esquecer que a preceCaminho que a Deus conduz

Eleva nossa almaProduzindo muita luz.

A dor é a mensageiraQue bate à nossa portaEnsinando que a vida

Dá-nos sempre a resposta.

Sofrimento é bênção divinaÉ lição que precisamosRepetir para aprender

E nos livrar dos enganos.

Jamais estarás sozinhoSe te esforças pra vencerMelhorando a cada passo

Boa vida vais viver!...

Confia sempre

— Não atravesse a rua! Olhe osinal fechado!

Mas, qual! Rafael, sempreapressado, não dava atenção.

Um dia, voltando da escola,Rafael viu um amigo do outro ladoda rua e não deu outra. Correu paraencontrá-lo. A mãe, que caminha-va a seu lado, não conseguiu detê-lo. Só conseguiu gritar:

— Não, Rafael!... Olhe o carro!Porém, não deu tempo. O veí-

culo não conseguiu frear a tempo.O motorista, assustado ao ver queo garoto atravessava a rua corren-do, ainda desviou o carro, jogan-do Rafael no chão.

Foi aquela correria. Alguémchamou a ambulância, e o meninofoi levado para o hospital.

Rafael permanecia desacorda-do. Batera a cabeça no asfalto eestava inconsciente.

Felizmente, não aconteceranada de grave.

Enquanto isso, Rafael percebeuque estava num lugar diferente.Olhou em torno e achou tudo bo-nito.

Nesse momento aproximou-seum rapaz todo reluzente. Sério,olhou para Rafael e disse:

— Por pouco você não conse-guiu retornar mais cedo.

— Eu? Retornar para onde?— Para o mundo espiritual! Não

é isso o que tem tentado sempre?— perguntou o moço.

O menino respondeu, apavora-do:

— Não!... Não quero deixar mi-nha família, a escola, meus amigos,meu corpo!

Sereno, o rapaz considerou:— Então, tenha mais cuidado,

Rafael. Cuide bem do seu corpo,proteja-o de perigos. Ele é um gran-de amigo que você tem e tambémseu maior tesouro nesta vida. Evi-te retornar antes do tempo porquea responsabilidade será sua.

Nesse momento, Rafael acor-dou no hospital.

Abriu os olhos e viu as fisio-nomias preocupadas do pai e damãe. Felizes por vê-lo acordado,eles choravam.

— Não chorem! — disse ele.— Prometo-lhes que, daqui por di-ante, terei mais cuidado.

E contou aos pais a conversaque tivera com o moço luminoso, eeles entenderam o que tinha acon-tecido com Rafael enquanto per-

manecera desacordado.Era a resposta do Senhor às

suas preces. Juntos, elevaram ospensamentos em prece, agrade-cendo a Deus.

A partir desse dia, Rafael trans-formou-se num outro menino.

Continuava a ser criança, brin-cava, jogava bola e se divertia comoqualquer outro garoto da sua ida-de, porém agora tinha mais cuida-do e respeito pelo seu corpo e pelasua vida.

Tia Célia

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O IMORTALJUNHO/2011 PÁGINA 15

Apontamentos doutrinários sobre o reconhecimentoda união homoafetiva pelo Supremo Tribunal Federal

No dia 4 de maio de 2011, oSupremo Tribunal Federal, ao jul-gar Ação Direta de Inconstitucio-nalidade, reconheceu a possibili-dade de haver união estável paracasais do mesmo sexo, tendo oMinistro Ayres Brito enfatizadoque o artigo 3º, inciso IV, da Cons-tituição Federal, veda qualquer dis-criminação em virtude de sexo, raça,de forma que ninguém poderá serdiscriminado ou diminuído por suapreferência sexual.

É certo que tal decisão teve eainda terá uma enorme repercus-são social, jurídica e religiosa, tan-to que diversos casais do mesmosexo já procuraram o Cartório deRegistro Civil para formalizar aunião estável.

Este artigo destina-se a fazeruma análise espírita acerca da alu-dida decisão, uma vez que muitosadeptos do Espiritismo têm se mos-trado perplexos com o resultado dojulgamento.

De início, reporto-me à respos-ta dada pelo renomado orador es-pírita, José Raul Teixeira, na obra“Quando a Vida Responde” (pági-na 69), ao ser indagado sobre aquestão em foco: “Consideramosque qualquer oficialização que seestabelece no mundo correspondeà formalização de situações quejá existem ou que precisam sernormatizadas para evitardistorções nos julgamentos dediversificadas situações, em res-peito ao conceito formal de justi-ça. Assim, se se fala deoficializações de casamentos en-tre pessoas do mesmo sexo, é queessas pessoas já estão se unindo,apesar de qualquer formalização,deparando-se, a partir disso, comproblemas cujas soluções exigemum pronunciamento da lei que re-gulamenta a vida de um povo oude uma sociedade... Em caso defalecimento de um deles, há ou nãodireitos a pensões e outros bene-fícios, após uma vida passada emcomum?... Não há como fazer vis-tas grossas e fazer de conta que

ALESSANDRO VIANAVIEIRA DE PAULA

[email protected] Itapetininga, SP

tal fato não existe. Logo, não hácomo fugir dessa oficialização emnome de qualquer tradição oupreconceito..., pois não há lei quepossa impedir de fato que duaspessoas do mesmo sexo tenhamvida em comum, que se entendam,que se cuidem ou que se amem”.

Dessa forma, vamos perceben-do que a decisão do Supremo Tri-bunal Federal apenas está regula-mentando uma situação fática exis-tente em nossa sociedade, a fim deque as pendências jurídicas de umarelação homoafetiva, tais como, di-reito a herança, pensão e outrasquestões, se resolvam dentro dospadrões de justiça.

Anote-se que a questão dohomossexualismo necessita seranalisada dentro dos padrões dobom senso, haja vista que, de for-ma equivocada, há muitos espíri-tas que rotulam essa forma de op-ção sexual como doença, obses-são ou imperfeição moral.

O notável Espírito Vianna deCarvalho, através da mediunidadede Divaldo Pereira Franco, no li-vro “Atualidade do PensamentoEspírita” (questão 179), asseveraque “o homossexualismo é proces-so natural de experiênciaevolutiva, através da qual o Espí-rito, portador de uma psicologiadiferente da sua anatomia, devedesenvolver valores pertinentes aambas as manifestações, sem que,necessariamente, deva corrom-per-se, entregando-se a compor-tamentos sexuais perturbadores”.

De conformidade com essa res-posta, lembramos que O Livro dosEspíritos, na pergunta nº 200, en-sina-nos que os Espíritos não têmsexo, portanto, reencarnam em cor-pos masculinos e femininos, vi-sando ao seu aperfeiçoamento es-piritual, porque há experiênciasevolutivas que são próprias decada sexo.

Os Espíritos nos ensinam queas denominadas “inversões reen-carnatórias” ocorrem a pedido dopróprio Espírito ou por necessida-des expiatórias, mas, em ambas, háo risco da tendência homossexual,porquanto poderá haver um con-flito entre a psicologia do Espíritoe sua anatomia física.

A fim de facilitar a compreen-são, utilizemos o seguinte exemplo:um Espírito vem reencarnando numcorpo masculino por várias vidas,adquirindo, dessa forma, hábitos eemoções tipicamente masculinos,de forma que ao reencarnar numcorpo feminino (por opçãoevolutiva ou expiação), poderá terdificuldades de ajuste, isto é, es-tando num corpo de mulher poderásentir atração física por outras mu-lheres ou poderá se sentir bem napresença destas (priorizará a ami-zade com mulheres).

É por esse motivo que o EspíritoVianna de Carvalho diz que ohomossexualismo é uma experiêncianatural da evolução, contudo, é bomfrisar que os desvios sexuais e asexorbitâncias (participar de passea-tas extravagantes, vestir-se de for-ma a afrontar o pudor e outras práti-cas doentias) é que tornam a situa-ção lamentável e comprometedora,aliás, essas implicações expiatóriastambém ocorrerão com os heteros-sexuais (mau uso do sexo).

Assim sendo, vemos que a de-cisão do Supremo Tribunal Federalfoi acertada, nesse sentido de re-gulamentar uma situação fática exis-tente. Não se trata de estimular aprática homossexual, mas de utili-zar o conhecimento espírita paraanalisarmos com bom senso essaquestão, sobretudo a lei divina dareencarnação, de tal sorte que te-mos que compreender que ohomossexualismo, assim como odesvario sexual decorrem do está-gio evolutivo em que o planeta Ter-ra se encontra.

Nesse sentido, lembro que onotável Espírito Bezerra deMenezes, na obra “Tormentos daObsessão” (capítulo 15), da lavramediúnica de Divaldo Pereira Fran-co, esclarece que aumentará, nospróximos anos, o número de ho-mossexuais na Terra, em razão dodesequilíbrio sexual, uma vez quehaverá a inversão reencarnatóriapor imposição das leis divinas (ex-piação), o que não permitirá ao Es-pírito endividado a continuidade docomportamento vicioso (por exem-plo, um homem desajustado na áreasexual, que a todo custo ou a qual-quer momento quer ter relações

sexuais com uma mulher, sem ocomponente do amor, ao reencar-nar-se num corpo feminino, encon-trará certo freio ou limite para seuimpulso sexual descontrolado).

Portanto, vamos retirando ostabus, os mitos e as inverdades quehá sobre o assunto em foco, dei-xando o preconceito de lado, inclu-sive no que se refere ao exercício damediunidade, porque, infelizmente,há médiuns homossexuais comedi-dos, controlados no que diz respei-to à questão sexual, que são excluí-dos dos trabalhos mediúnicos.

Apenas a título de informação,acrescento que há outras causasque podem ensejar a conduta ho-mossexual, mas que por não guar-darem correlação com este artigonão serão abordadas.

Permito-me encerrar este artigoabordando uma questão que mui-tos devem estar se perguntando:Com a decisão do Supremo Tribu-nal Federal, haverá a possibilidadede casais homossexuais adotaremcrianças ou adolescentes?

Ao utilizarmos as informaçõesditas pelos Espíritos neste artigo,concluiremos que, em situaçõespontuais, será possível e aconse-lhável.

Aliás, é o próprio confrade JoséRaul Teixeira, na referida obra(Quando a Vida Responde), quenos orienta ao relatar que há tan-tas crianças abandonadas na rua,sujeitas a todos os perigos queinundam a rua (tráfico de drogas,

prostituição e outros), que deve-mos nos perguntar: Será que é pre-ferível manter as crianças na rua eem abrigos, ou será melhor permi-tir a adoção por casais homosse-xuais, que, após uma avaliação psi-cossocial (o que ocorre com todosos casais num processo de ado-ção), não revelem condutas extra-vagantes ou exageradas em suasposturas sexuais e estéticas, aponto de comprometer o processoeducacional do adotado?

Ademais, o Professor RaulTeixeira ainda diz que seu benfeitorCamilo lhe ensinou que o amor, emsi mesmo, não tem sexo, e que todogesto de adoção é valorosa atitude.

Lembremos que há muitas cri-anças abandonadas que já atingi-ram certa idade (principalmenteapós os cinco anos) que não en-contram casais heterossexuais in-teressados em adotá-las.

Que os apontamentos cons-tantes neste artigo possam nosfazer refletir sobre o assunto, extir-pando nossos conteúdos de into-lerância e maldade, jamais nos es-quecendo do sentimento de amore da busca pelo conhecimento quedevem reger nossas vidas, confor-me orientação dada pelo Espíritode Verdade, em O Evangelho se-gundo o Espiritismo (Espíritas,amai-vos, espíritas, instrui-vos).

Alessandro Viana Vieira dePaula é juiz de Direito em

Itapetininga-SP.

Divaldo responde– A penetração das ideias es-

píritas aumentará com a evoluçãoda sociedade humana?

Divaldo Franco: Sem a menorsombra de dúvida. Quanto maislúcidos estamos, mais facilmenteabsorvemos as propostas lumino-sas do Espiritismo. E constatamosque, à medida que a ciência e atecnologia abrem espaços, maisavançam as possibilidades dou-trinárias do Espiritismo de criarnúcleos nos diferentes países.

– Qual a contribuição do Es-piritismo neste momento atual demudança de paradigma?

Divaldo Franco: Reapresentaro paradigma do Evangelho deJesus. O amor a Deus, acima detodas as coisas, e ao próximocomo a si mesmo, o que equivaledizer, numa colocação psicológi-ca, o autoamor, mediante a ilumi-nação da consciência para amaro próximo e, por efeito, amar aDeus.

Extraído de entrevista concedida à jornalista Valéria Maciel, deOslo, Noruega, em maio de 2009.

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O IMORTALPÁGINA 16

O IMORTALJORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITARUA PARÁ, 292, CAIXA POSTAL 63CEP 86.180-970TELEFONE: (043) 3254-3261 - CAMBÉ - PR

Há alguns anos, no movimen-to espírita brasileiro, surgiu a hi-pótese de ter sido o estimadomédium Francisco Xavier, de sau-dosa memória, a reencarnação doexcelso codificador da Doutrinados Espíritos, o que vem sendodivulgado, principalmente, poralguns confrades de Minas Ge-rais, São Paulo e Goiás.

Contudo, em qualquer revela-ção, o critério adotado por Kar-dec deve ser sempre empregado,utilizando-se o crivo da coerên-cia, passando tudo pelo bisel dacriticidade, sem que seja o pes-quisador possuído por qualquerforma de extremismo. É válido opensamento esclarecedor do Es-pírito Erasto, encontrado, em “OLivro dos Médiuns”, 2ª parte,cap. XX, item 230: “Na dúvida,abstém-te, diz um dos vossos an-tigos provérbios. Não admitais,pois, o que não for para vós deevidência inegável. Ao apareceruma nova opinião, por menosque vos pareça duvidosa, passai-a pelo crivo da razão e da lógi-ca. O que a razão e o bom sensoreprovam, rejeitai corajosamen-te. Mais vale rejeitar dez verda-des do que admitir uma únicamentira, uma única teoria falsa”.

Embasado na prudência, en-sinada por Erasto, não se podereferendar, de imediato, a hipóte-se preconizada, sem estudar pro-ficuamente o assunto, para sódepois elaborar as imediatas con-clusões.

Por mais que se ame o Chico,a verdade soa mais alto: há umprofundo abismo separando-o deKardec. Lendo e perscrutando asbiografias desses dois grandesvultos da Humanidade, nota-segrande discrepância, principal-mente no campo psicológico.Chama muito a atenção que suaspersonalidades são extremamen-te opostas: Chico revelava-se umEspírito acentuadamente femini-

AMERICO DOMINGOSNUNES FILHO

[email protected] Rio de Janeiro, RJ

JUNHO/2011

Será Chico Xavier a reencarnação de Allan Kardec?no e, embora esti-vesse reencarna-do na polaridademasculina, exibiaalguns trejeitosmarcantes dosexo feminino,como igualmenteexteriorizava umtemperamen tomais sensível. Fá-cil de perceberque se encontra-va reencarnada,em corpodissociado de suaestrutura psicoló-gica, uma menteacentuadamentefeminina.

Allan Kardec ensina, na Revis-ta Espírita de janeiro de 1866, que“os Espíritos se encarnam nos di-ferentes sexos; tal que foi um ho-mem poderá renascer mulher, e talque foi mulher poderá renascerhomem, a fim de cumprir os deve-res de cada uma dessas posições,e delas suportar as provas”. “De-pois, pode ocorrer que o Espíritopercorra uma série de existênciasnum mesmo sexo, o que faz que,durante muito tempo, ele possaconservar, no estado de Espírito,o caráter de homem ou de mulherdo qual a marca permaneceu nele.Mudando de sexo, poderá, pois,sob essa impressão, em sua novaencarnação, conservar os gostos,as tendências e o caráter ineren-tes ao sexo que acaba de deixar.Assim se explicam certas anoma-lias aparentes que se notam no ca-ráter de certos homens e de certasmulheres.”

“Não tenho nenhumasemelhança com aquele homemcorajoso e forte que nos deixou

dezoito livros maravilhosos”

O querido Francisco CândidoXavier, bem-sucedido na tarefa paraa qual se apresentou a cumprir, é umEspírito acentuadamente femininoque reencarnou, naturalmente, pormissão, em corpo masculino. Paraexecução de tarefas importantes no

campo intelectual e moral da Huma-nidade, o ser, ainda que com a menteacentuadamente feminina, reencarnaem corpo dissociado de sua estrutu-ra psicológica. Nos arraiais do movi-mento espírita, principalmente exer-cendo a mediunidade, encontramosmuitos desses irmãos em caminha-da terrena, em abençoados e amoro-sos afazeres. (“Transexualismo porMissão”).

Se Chico Xavier foi a reencar-nação de Kardec, podemos ressal-tar que estamos diante de uma aber-ração doutrinária, conhecida comoretrogradação espiritual, desde queo Codificador se apresentou comoEspírito completamente em harmo-nia com sua polaridade masculina,ao contrário de Chico Xavier, quedisse, em 28 de agosto de 1988, ementrevista ao Diário da Manhã, deGoiânia-Goiás, respondendo à per-gunta se seria Kardec reencarnado:“Não, não sou. (...) digo isto comserenidade. Não sou. Consulto aminha vida psicológica, as minhastendências. Tudo aquilo que tenhodentro do meu coração sou eu. Nãotenho nenhuma semelhança comaquele homem corajoso e forteque, em doze anos, deixou dezoitolivros maravilhosos”.

Tivesse sido realmente ChicoXavier um homem aguerrido, au-daz, austero, valente, dotado degrande personalidade masculina,emitindo sua opinião sem titubeios

(o estimado mé-dium não sabia di-zer não às pesso-as), certamenteseria coerentetentar inicialmenteidentificá-lo comoKardec reencar-nado. Contudo,analisando a bio-grafia de ChicoXavier, pela óticado método karde-ciano, utilizando arazão e a lógica,procurando sem-pre a verdade,sem fanatismo epieguice, verifica-mos ser impossí-

vel o médium ser o excelsocodificador da Doutrina Espírita,inclusive necessitando ainda demaior vivência e experimentaçõesna polaridade masculina.

Allan Kardec, na época queChico Xavier estava reencarnado,manifestou-se mediunicamenteinúmeras vezes, inclusive diante deLéon Denis, conforme seu relatona sua obra “O Gênio Céltico e oMundo Invisível” (edições CELD,págs. 277 a 332). Muitos poderãoargumentar que tal fenômeno épossível; porém, a codificação es-pírita ensina que a evocação depessoas vivas tem suas dificulda-des devido à influência marcanteda matéria (“O Livro dos Médiuns”,item nº 284, 42ª). Ao mesmo tempo,seria muito difícil acontecer que oEspírito encarnado consiga seapresentar ostentando uma perso-nalidade anterior, vivida em exis-tência pretérita. Em caso afirmati-vo, apresentando-se como Kardec,Chico teria certeza absoluta dessareencarnação e não a negaria.

Não existe médium perfeito, e omelhor de todos é aquele que

tem sido menos enganado

Pelo contrário, no programa“Pinga-Fogo 2”, Chico relatou tervivenciado, em diversas existênci-as, um intelectual derrocado e veiocomo médium para resgatar essa

dívida. Assim se expressou: “...nos informamos com ele [Emma-nuel] de que, em outras vidas,abusamos muito da inteligência,nós em pessoa...” e, igualmente,reproduz as seguintes palavras deEmmanuel: ”Você não escreverálivros, em pessoa, porque vocêmesmo renunciou a isso... seuEspírito, fatigado de muitos abu-sos dentro da intelectualidade,quis agora ceder as suas possibi-lidades físicas a nós outros, osamigos espirituais”.

Segundo essa informação,seria impossível Chico Xavier tersido Kardec, desde que o Codifi-cador foi vitorioso em sua mis-são, não se limitando apenas àobservação do fenômeno da co-municação mediúnica, já que seaprofundou nesse intercâmbio edescortinou amplamente o uni-verso espiritual, tomando conhe-cimento de suas leis e de suasrelações com o mundo físico.

Ao contrário do brilhante tra-balho intelectual desempenhadopor Kardec, Chico se caracterizouapenas como intermediário dosEspíritos, sabendo-se que acodificação kardeciana ressaltaque não existe médium perfeito(Revista Espírita, fev. 1859, “Es-colhos dos Médiuns”) e o melhorde todos é aquele que tem sidomenos enganado (“O Livro dosMédiuns”, cap. 20, nº 226, 9ª).

Importante ressaltar que Kar-dec não reencarnaria para serassistido por um Espírito (Emma-nuel), que responderia por ele atodas as perguntas, em todos osmomentos, como foi verificadoexaustivamente no programa Pin-ga-Fogo 1. Aliás, o próprio mé-dium disse que compareceu à te-levisão com a permissão de Em-manuel. A propósito, Emmanuelsempre exortava o médium a res-peitar a Doutrina em sua fideli-dade e citava Kardec como refe-rência, com reverência. Em ne-nhum momento, o guia espiritualfez menção ao fato de Chico sero próprio codificador e nem o tra-tava como tal. (Continua na pág.10 desta edição.)

Kardec e Chico Xavier