O Guesa Errante - Sousandrade - Iba Mendes

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    Sousndrade

    O Guesa errante

    Reviso e atualizao ortogrfica

    Iba Mendes

    Publicado originalmente em 1868.

    Joaquim de Sousa Andrade de Caukazia Perreira

    (1832 1902)

    Projeto Livro Livre

    Livro 44

    Poeteiro Editor Digital

    So Paulo - 2014www.poeteiro.com

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    Projeto Livro Livre

    O Projeto Livro Livre uma iniciativa que propeo compartilhamento, de forma livre e gratuita, de

    obras literrias j em domnio p!blico ou quetenham a sua divulga"#o devidamente autori$ada,especialmente o livro em seu formato %igital&

    'o (rasil, segundo a Lei n) *&+-, no seu artigo .,os direitos patrimoniais do autor perduram porsetenta anos contados de / de janeiro do ano

    subsequente ao de seu falecimento& O mesmo se observa em Portugal& 0egundoo 12digo dos %ireitos de 3utor e dos %ireitos 1one4os, em seu captulo 56 e

    artigo 7), o direito de autor caduca, na falta de disposi"#o especial, 8- anosap2s a morte do criador intelectual, mesmo que a obra s2 tenha sido publicadaou divulgada postumamente&

    O nosso Projeto, que tem por !nico e e4clusivo objetivo colaborar em prol dadivulga"#o do bom conhecimento na 5nternet, busca assim n#o violar nenhumdireito autoral& 9odavia, caso seja encontrado algum livro que, por algumara$#o, esteja ferindo os direitos do autor, pedimos a gentile$a que nos informe,a fim de que seja devidamente suprimido de nosso acervo&

    :speramos um dia, quem sabe, que as leis que regem os direitos do autor sejamrepensadas e reformuladas, tornando a prote"#o da propriedade intelectualuma ferramenta para promover o conhecimento, em ve$ de um temvel inibidorao livre acesso aos bens culturais& 3ssim esperamos;

    3t l, daremos nossa pequena contribui"#o para o desenvolvimento daeduca"#o e da cultura, mediante o compartilhamento livre e gratuito de obrassob domnio p!blico, como esta, do escritor brasileiro 0ous isso;

    Iba Mendes

    [email protected]

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    BIOGRAFIA

    Durante a 2 fase romntica, no Brasil, Joaquim de Sousa Andrade ou

    Sousndrade, como preferia que fosse chamado, despontou-se como um poeta

    pouco conhecido entre seus contemporneos. Segundo Haroldo de ampos,dotado de um estilo irre!erente e ousado, o citado autor acentua tal

    caracter"stica por meio, dentre outras coisas, da #i$arria de seu pr%prio nome,

    que consiste na aglutina&'o de seu nome de fam"lia.

    (studos so#re sua #iografia retratam que Sousndrade nasceu na fa$enda )ossa

    Senhora da *it%ria, pr%+ima ao rio ericum', munic"pio de uimar'es, no

    estado do aranh'o, a no!e de /ulho de 012, !indo a falecer em S'o 3ui$, a 20

    de a#ril de 0452, le!ando consigo uma !ida repleta de a!enturas e de di!ersas

    peregrina&6es por todo o mundo.

    7ilho de Jos8 Joaquim de Sousa Andrade e de aria B9r#ara ardoso,

    importantes fa$endeiros pertencentes : elite no#re de Alcntara, muito

    precocemente, o poeta e sua irm' Ana ficaram %rf'os de pai e m'e,

    desencadeando a desestrutura familiar e a ru"na da fortuna herdada. )as

    pala!ras de ampos, tais acontecimentos foram e+plorados anos depois pelo

    poeta, na o#ra ;< uesa=, em que 8 e!ocada sua infncia feli$ e e+posto todo

    seu inconformismo pro!ocado pela fal>ncia da fa$enda *it%ria.

    A estes dados a respeito de sua !ida familiar, tais estudos #iogr9ficos re!elam a

    fase errante que marcou a !ida de Sousndrade. ampos cita !iagens deste

    poeta pela (uropa, Ama$onas, (stados ?nidos e por !9rios pa"ses da Am8rica

    3atina, destacando que,durante sua perman>ncia no pa"s norte-americano, o

    poeta maranhense tra#alhou incansa!elmente partes do longo poema ;ncia deste autor com os di!ersos estilos de!ida, caracter"sticos de diferentes po!os, contri#uiu para acender seu fer!oroso

    esp"rito a#olicionista e repu#licano, o que 8 compro!ado pela sua atua&'o como

    um desprendido cidad'o e patriota de seu tempo. 3utou com muita !eem>ncia

    pela a#oli&'o da escra!atura, pela proclama&'o da ep#lica, pela reforma de

    desen!ol!imento da educa&'o, #em como pela morali$a&'o dos costumes.

    ---Referncia bibliogrfica:Gisele Alves: Para um glossrio neolgico da obra O Guesa, de Sousndrade: uma proposta.(Dissertao apresentada como requisito parcial obteno do ttulo de mestre em Lingstica.

    Orientador: Prof. Dr. Evandro Silva Martins). Universidade Federal de Uberlndia, 2006.

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    NDICEGUESA ERRANTE

    Histria...............................................................................................................

    Canto Primeiro...................................................................................................

    Canto Segundo...................................................................................................

    POESIAS DIVERSAS

    Crescente............................................................................................................

    Lilium convallium................................................................................................

    Ave-Maria...........................................................................................................

    Carmen...............................................................................................................

    Flor das runas....................................................................................................

    Maria..................................................................................................................

    Donde vens?.......................................................................................................

    Tardes na ilha.....................................................................................................

    Mademoiselle.....................................................................................................

    Deserto...............................................................................................................

    eila....................................................................................................................

    Morta de amor...................................................................................................

    Cre!usculares.....................................................................................................

    im"os................................................................................................................

    #ecitativo............................................................................................................

    $st%ncias.............................................................................................................

    &oa......................................................................................................................

    Saudades no !orvir............................................................................................

    Sedu'(o..............................................................................................................

    Arre!endimento.................................................................................................

    Casuarinas..........................................................................................................

    Flores do ar.........................................................................................................

    Miostis..............................................................................................................

    Sultana do rou)inol.............................................................................................

    $los *ue"rados...................................................................................................

    &ascas do +usto...................................................................................................

    Soneto................................................................................................................$s!erar................................................................................................................

    Da meia noite.....................................................................................................

    im,es cheirosos................................................................................................

    $u vi a lor do cu...............................................................................................

    Aninhas...............................................................................................................

    Morreres?...........................................................................................................

    Sons e aromas....................................................................................................

    /sa"el de $s!anha..............................................................................................

    &inte e oito de +ulho...........................................................................................

    To Inez................................................................................................................

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    O GUESA ERRANTE

    La vitime tait un enfant enlev de force la maison paternele, dans um vilage

    du pais conu aujourdhui sous le nom de SAN JUAN D L!S LAN!S" #tait leguesa, ou lerrant, cest$$dire la crature sans asile% et cependant on llevaitavec un grand soin dans l& temple du soleil jus'u ce 'uil e(t ateint l)ge de'uin*e ans" #ete priode de 'uin*e anes forme lindition dite des muiscas"

    Alors le guesa tait promen processionelement par le suna, nom don laroute 'ue +ochica avait suivie lpo'ue ou il vivait parmi les homes, et arrivaitainsi la colone 'ui servait mesurer l&s omres 'uino-iales" Les .e'ues oupr&tres, mas'ues la mani/re d&s giptiens, fi guraint, le soleil, la lune, les

    simoles du ien et du mal, les grands reptiles, les eau- et les montagnes"

    0Arrive le-tmit du SUNA, la vitime tait lie une petite colone, et tue coups de fl /ches" Les .12US recueilaient son sang dans des vases sacrs et luiarrachaient le coeur pour lofrir au soleil3"

    LUnivers, Colombie

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    CANTO PRIMEIRO

    IFolga, imaginao divina!

    Os AndesVulcnicos elevam os cumes calvos,Circundados de gelos, mudos, alvos,

    Nuvens fluuando "ue es#e$culos grandes!L$, onde o #ono do condor negre%a,Cinilando no es#ao como bril&os

    '(ol&os, e cai a #rumo sobre os fil&os'o l&ama descuidado) onde lam#e%a

    *ugindo a em#esade) onde, desero

    O a+ul sero, formoso e deslumbrane,Arde do sol o incndio, deliraneNo seio a #al#iar do c-u abero,

    Corao vivo! Nos %ardins da Am-rica.nfane adorao dobrou sua crena

    Ane o belo sinal, "ue a nuvem ib-rica/m sua noie envolveu ruidosa e densa0

    Cndidos .ncas! 1uando %$ cam#eiamOs &er2is vencedores do inocene

    3ndio nu, "uando os em#los incendeiam,4$ sem virgens, sem ouro relu+ene,

    5em as sombras dos reis fil&os de 6anco,Viu7se 8"ue in&am feio9 8/ #ouco &aviaA fa+er7se00000: num leio #uro e brancoA corru#o, "ue os braos esendia!

    / da e;isncia meiga, aforunada,O r2seo fio nesse albor ameno

    Foi desru

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    O flori#ondio cem flor) e "uando o veno6ugindo esorce7o, doloroso e #$lido,

    >emidos se ouvem no am#lo firmameno!

    / o sol "ue res#landece na monan&aAs noivas no enconra, no se abraamNo #uro amor e os fanfarr?es d/s#an&a,

    /m sangue edneo os #-s lavando, #assam0

    Caiu a noie da nao formosa)>ervais rom#eram #or nevado armeno,

    1uando com a ave a core deliciosaFese%ava o #ur#@reo nascimeno0

    IIAssim volvia a ol&ar o >uesa /rraneAs meneiadas cimas, como alares

    'o gnio #$rio, "ue a ficar disaneVoa a alma bei%ar al-m dos ares0

    /, enfra"uecido o corao, #erdoaungenes males "ue l&e deram os seus,

    Balve+ feridas seas abenoa

    Na &ora saudosa, murmurando adeus0

    IIIor-m no se inerrom#a esa #aisagem

    'o sol no es#ao! miseriosa a calmaNo &ori+one, na lu+ bela miragem/rrando, son&os de doirada #alma0

    Folga, imaginao divina! 5obreAs ondas do ac

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    Condensa e negra, indEmia, infernal!

    8Ao "ue sobe do oceano, avisa a curvaerdendo7se do -er no infinio,

    Breme7l&e o corao) a mene urva5(inclina e bei%a a erra 'eus bendio!:

    Ou a da noie ausral, co(a flor do #radoComunicando o asro) ou a do bronco

    / convulsivo se anelar d(um ronco'e consrior, o #$ramo abrasado0

    / o deus no es#ao, em fulgorosas vagas*e#ercuida a lu+ no c-u #rofundo,

    Fugiivo dos Andes, corre as #lagas'a more o fil&o0 O enconrareis no mundoD

    Ora sorrindo o riso dois amores,1ue ao #eregrino encanam os cora?es)

    Ora c&orando nas saudosas dores'ebruado no @mulo das na?es0

    IV

    /le enrega7se grande naure+aVolunario) rodeiam7n(os selvagens)O Ama+onas rmulo, suas margens*oas, os ecos a disncia os #esa0

    Ama, acesa a #lan

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    A #ass$7los em si, ou so del

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    Os assombrados ol&os l&e bran"ueiamComo o voar da borbolea, erranes

    elos c

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    Nem o bril&anes frec&as, o fugaces

    6as - #reciso ver como, rendidaAo grande amor, a Grasileira es"uiva

    Bem e;remos, e como enernecida/sende a #omba o colo com#assiva!

    Gela como ese sol dos grandes climas'o seu #a

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    / nunca se desonra0 A noiva finda,Comea a viuve+ mediaiva0

    Aviuve+ do amor deses#erado

    'a "ue cedeu, "ue fe+ dos braos leio'e son&os, e "ue v sobre seu #eioAlar de um deus #or outra derribadoD

    'a "ue sola correu, virgem, menina'o #$ramo e do val, como o #erfume5obre os raios do sol, na adamaninaFone mirou7se e como se resume!

    A viuve+ da "ue des#era e cerra

    Os ol&os de vergon&a000 na fra"ue+a/m "ue s(inflamaram os seios da bele+a/ o desencano "ue enconrou na erra0

    VIBal bonina "uereis, #ura, c&eirosa9

    5olenes calmas, "uando se desmaiaO areal vaso de desera #raia,

    Vede7a ban&ar7se, es#lendida, donosa,

    Nas ondas de ouro e lu+ oiara bela! *2sea a arde, assenada no baene,

    O dia #elos mones decresceneBra+endo mil saudades don+ela!

    1uem a no ama! se ela - o suaveNa indolncia dessa &ora! a lu+ "ue emana

    'o ocidene a reflee, o rino da ave/ o brando olor da erra americana0

    / no silncio se l&e esvaem enfermosLenos ol&ares seus, meiga violea

    .ns#ira?es da varia borboleaA anoiecer nos bos"ues fundos, ermosD

    Ou ainda mais bela, se languesce*indo as nuvens "uais son&os l&e ade%ando

    'o cac&imbo doirado, e se embalando

    /m lascivos "uebranos adormece0

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    6ais o "uadro reala, a sombra escura A#ro;imai7vos #ois, "ue nos ardores

    'a sesa - doce a inclinao das flores'o aroma ao #eso e a sonolena alvura0

    Num abandono volu#uoso dormeA bela naural do clima ardene,

    U m a alva #erna a l&e #ender lu+ene'a varanda de #lumas muliformeD

    Boneia a frone, em ra#os remonamensamenos aos c-us00000ol&ai, "ue seio

    Almo e o branco inumescendo ao meio'(um cor#o a viar l

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    /s#ero0

    VII4eia noite5 ! 6uesa rrante"

    Na selva os berros do %aguar fragueiros0Nas #l@mbeas #raias da desera *onda5olando o lano os ledos marin&eiros0'o seu ban&o nourno agora da onda

    5e se#arava assobiando os venosNas encosas sonoras, l&e en;ugavamOs seus cabelos negros, "ue agiavam

    Como ondulam os sombrios movimenos

    'e 5olim?es #$lido, /le escuaDAuras surdas, di$fanas alfombras

    No es#ao, o ressonar da #edra bruaD/ enriseceu0

    CONTEMPLAO NAS SOMBRAS

    INo fose ainda o Le&es000 A"ui, donde

    Velo+ gavio7real #rendendo a cobra1ue esfu+ia e debae7se, desdobra

    No ar serenas asas eres#onde

    ICom gria ovane ao s(escor%ar violeno'o r-#il, no es#ao ora o solando/m convulso bril&ane ora sedeno

    / l

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    Cinilai! Cinilai! assando as velasVermel&as #ela sombra #erme$vel,

    IO #escador ficando mudo as oma

    elo vulo fan$sico descendo'a me7do7rio, flu

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    / na fascinao da "ueda e as vo+es4$ sene o #al#iar d($guas aro+es

    A sorrir7l&e, a bei%ar7l&e as #onas da asa

    7IAi adeus! e sumiu7se0 Num ormenoVai da onda nos seios0 6ais uma &ora,La no fim da correne eis "ue a devora,52, o abure da dor0 Nese momeno

    IOs meus #ra+eres so com a naure+a0/ nas #lagas in2s#ias, com a vaga

    1ue so as min&as fesas, na rise+a5o as brisas da noie "uem me afagaD

    Ior"ue o desino e a dor do #ensameno/nconram sem#re a"ui alguma infindaConsolao mais dolorosa ainda

    Nossa alma - du#la sobre o isolameno0

    Os go+os d(alma a"ui so soli$riosComo o #assado) mas eno as rosas

    No desfol&am, o murc&as, o #enosas0Na face #udica) os vesais sacr$rios

    INo #eneram7se) o sono sossegado,Como um son&o do mal, no se #erurba0

    5iibundo de amor e embriagadoNa r2sea aa, "ue se eleva urba0

    I6as, "uana dor no amor! e "ue afliivos'os ouros cora?es no se levanam

    ranos em orno ao meu! "ue o desencanam'a lu+, o a#aram do bailar dos vivos0

    I/ fu%o em voD c$ denro, denro escuo5oluar fundo e no desagradeoD

    V7se, como o r$#ido anoieo,Como de sombra e solido me enluo0

    I/nreano &oras &$, como as "ue e;#iram0Nese insane arav-s da min&a vida,

    /m "ue sino correr esa "uerida

    L$grima, orval&o do #assado000>iram000

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    IBalve+, se senem, os c

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    'a fam

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    O c-u, 1ual de min&a alma re#assado0

    Ior-m, "ue im#ora udo isso9 "uandoA ao divina desce e com o "ue erra

    5er orgul&oso vem se unir na erra,J sem#re infeli+ o miso resulando0

    00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

    ICorro ao @mulo) as crenas namoradasVen&o es"uecer a"ui nunca se es"uecem!

    Nese inerno &ori+one surgem aladasAs formosas saudades, a#arecem

    Como as aves de Ossian vole%ando5obre o escudo sonoro do guerreiro1ue seguiam ao vale0 O deses#ero,

    Nossa alma imoral dilacerando0

    ICria a indiferena, irm da more0Cega a esses lises de "ue amores falamCom saudosa magia, em "ue se e;alam

    Os seios das #ai;?es da virgem fore

    I/ a arde sideral cin+a dei;ei7os,5em s(inflamarem, nem dos venes serem,

    'a saciedade l

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    6urmurou, 1ual sanica risada1ue esalasse na reva0

    I/no se geram

    5uil remorso e a saudade amada,Bal #or diverimeno nos fi+eram000K

    Ora o >uesa, alve+ su#ersicioso'o desero, das sombras, e essas vo+esFormid$veis, da noie al-m nas fo+es0/sremeceu e des#erou medroso

    1ue - num l@cido sono "ue as id-ias5e #rolongam mais fundas em nossa alma0

    I 1uem esa se rindo9!000 eu devo com mais calmaensar000 no so o s2s mesmo as areias000

    I/ eu verguei ao #eso de meus malesDC-us, "uano sofro! en&o consumido

    >oa #or goa do meu negro c$li;O fel, de "ue acabei #or ser nurido0

    00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

    Fora da solido, eerna imagemConem#lada nos c-us, alma em ao,

    5e divina! / v2s, musas da aragem,Vibrai as &ar#as da mediao!

    I/u falava nas cousas em "ue nunca/u devora falarD - resignado

    1ue devemos senir ser7nos "uebradoO corao, como onda amara, adunca0

    I/lemeno de amor, dor "ue devorasOs "ue nures, nos l$bios do maldioO verbo eu ser$ sem#re bendio000

    00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

    /is o rison&o gru#o das auroras!

    INo) foi #ara neblina "uando move

    'e seu va#or as alvas fraldas belas).nda o grio das aves, seninelas

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    'as &oras do desero, ao longe se ouve0

    INo es#erei de viver anoD &$ muio1ue esa conado o n@mero sombrio

    'os dias meusD e a beira dese rioreso s min&as ru

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    6ais rescendenes, os encanos meus,

    I5em#re "ue nos liberam!

    0000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

    1uano amargaBeu fruo, im#uro, doce amor! 5e a amane

    Com #ur#urino rir nos cinge adiane'os deuses) se na adolescncia a carga

    I'o corao - leve 8o& como - leve!:D5e as vol

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    Logo a im#lac$vel vo* o sobressala!

    I6as, ao sem rumo delirar dos #assos/m "ue, mau grado seu, l$ vai descendo,

    Afeioa7se em fim, ama os es#aosComo a nuvem de ouono os #ercorrendo

    00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

    5er$ #ela leviana, "uo formosa'o amor e da disc2rdia esrela, enrando

    No c-u, "ue se alvoroa a &armoniosaOrdem dos asros, "ue me esa urbando9000

    I/ com $cio &orror "ue noie m$didaConem#la7se esa mora, #2los #orosA vida ransudando em lindos, louros

    Vermes, em "ue se ransfigura es"u$lida

    I5ublimes romeeus encadeadosNum rono de roc&edo, ao largo ol&ando,

    / o #ensameno em vEos desvairados>l2rias vs da e;isncia reclamando!

    I/ eu amb-m nasci, e en"uano "ueres,6eu negro fio ece ai! desconcera

    Beu mano vivo, "ue se andra%a e es#eraNese mis-rio eerno! reverteris"

    ILei dolorosa Berra! erra! foraBua esa divindadeD mas e ve%o,

    Grinco das mos de um sol, "ue em mudo bei%oNo eu bero de sombras e devora)

    I/ a mosca, o s$bio, a virgem #lana aliva,5ervindo nas del

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    I6as, es"ueo) me #erco em meus #ensares,/ eu no #osso #ararD a vo* me brada

    No - a< ua #$lida #ousada! 'e oda a #are, de arav-s dos mares,

    I'e arav-s dos deseros0 / "ue im#oraA As&avero acenar, negro de #oeira,1ue sus#irando #assa e no a#ora,

    A rama de #ac

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    Co(a niene umide+ d(ombros de leie,Onde enconra o amor brando deleie

    / da infncia do em#o a &ora foi nada!

    A claridade aumena, a onda desli+a,Cinila com o mais #uro lu+imeno)'e #@r#ura, de ouro a coroa se mai+a

    'o ro#ical formoso firmameno0

    1ual um vaso de ina #orcelana1ue de arav-s o sol alumiasse,

    1ual os relevos de #inura indianaJ o oriene do dia "uando nasce0

    Uma #or uma odas se a#agaramAs esrelas, aman&as e o vivas,Como ol&os "ue languidas caivas

    6al nuridas de amores abai;aram0

    Aclaram7se as encosas viridanesA es#reguiar7se a #alma soberana,

    *emona a 'eus a vida, origem danes,Amiga e mainal, donde dimana0

    Acorda a erra) as flores da alegriaAbrem, fa+em do leio de seus ramos5ua gl2ria infanil) aleion em clamosassa canando sobre o cedro ao dia

    Lindas loas boianes) o selvagemCala7se, evoca d(ouro em#o um son&o,/ curva a frone000 'eus, como - rison&o5eu vulo sem #orvir em #- na margem!

    Balve+ a amane, a fil&a &a%a descido,Como esse ronco, #ara sem#re o rio0

    /le abana a cabea co(o sombrio*iso do asro da noie enrisecido0

    IIVagas eernas, se escondeis no seioAlguma cousa "ue, de mim, #rocure

    Nese af soli$rio e obscuro,/mbalanai, adormecei %$ creio000

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    'ane o naua a #arida na alvorada,*eina amarra o cabresane o#resso,

    *u%am c&amas fornal&as abrasadas,

    /rga7se e rema o carro do #rogresso!

    / como o corvo aciurno voaAravessando o rio sobre o veno,

    O va#or formigando num momenoLene riba direia alve%a a #roa0

    Camin&a ousado nas vermel&as rodas1ue es#ane%am ao longeD aos sons ruidenes,

    5aem da bren&a as alerosas bordas

    / ficam ol&ando os 3ndios inocenes0

    4$ encobriu7se na #rimeira volaO balco ideal, onde suas frones

    'uas na?es debruamD no so mones,JBabainga "ue o .m#-rio escola0

    resela na cordil&eira, &aras coselas

    'escarnam as ribas, a correne a foi aC&amaloeia em ondas ledas, belas,

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    Am#las de sombras largas0 5obre a moia,

    Nesas noies alv

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    Vendo, os fil&os de *oma, odos b$rbarosOs "ue na #$ria os ol&os no ergueram,

    Nem marc&aram sombra de seus l$baros0

    O esrangeiro #assaD "ue l&e im#oraA magn2lia murc&ar, se ele careceBo s2 de algumas flores9 AnoieceNum sono aflio a naure+a mora!

    4ulgai do "ue dois s-culos embruecem77/ l$ eso a danar 8"ue a mais no #odem)or"ue l&es nasce o sol, #or"ue l&es sobem

    uros raios nas veias me enrisecem0

    1ue menirosos gnios #redesinam,'eus clemene!000 eses "uadros do Ama+onas,

    Bana mis-ria ao fil&o desas +onasOnde em salmos as aves mauinam!

    MMM

    6as, "ue danas! no so mais as da guerra,5acras danas dos fores, rodeando

    A fogueira "ue esala, e reciandoOs &inos da Vi2ria "ue inda aerraD

    1uando os ol&os alivos l&e no c&oramAo #risioneiro emudecido aos grios'o vencedor, "ue insula seus avios

    6anes "ue #ara al-m das 5erras foram0

    A vo+ das fones celebrava amores,As aves em fagueira direo

    Alevanando os vEos, rovadoresCanavam a #arir o corao!

    Cre#iane cauim girava ardene/ na gl2ria os guerreiros deliravam,

    5olene e vaso o circule cadeneOnde valor os c&efes asso#ravam

    No sacro fumo, rebramando o es#ao

    O&, como eram selvagens esses griosL$ no meio da noie dos recios,

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    5ombrio a balanar #endene o brao!

    5elvagens mas o belos, "ue se seneUm b$rbaro #ra+er nessa mem2ria

    'os grandes em#os, recordando a &is2ria'os formosos guerreiros relu+enesD

    /m cruenos fesins, na varia esaOu leda caa no rom#er da aurora,

    / vo+ #rofunda "ue a ribeira c&ora/nlanguescer, dormir saudosa sesa 7

    5elvagens, sim) #or-m endo uma crena,'e erros ou boa, acrediando nelaD

    o%e se riem com faal descrena/ a lu+ a#agam de u#ana7esrela0

    IV'esino das na?es! um #ovo erguido

    'os virgens seios desa naure+a,Anes de &aver cobero da nude+aO cino e o corao, foi desru

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    Ol$! "ue a#aguem! emos belos asros1ue os camin&os alve%am sobre o rio,

    J vigilane o #raico genio,

    / falam rodas #ela lu+ dos masros!

    Abalroam a noie sonorosaLongas vo+es, ondeando nas soid?es)*essoa a margem aciurna, umbrosa

    'e alvoradas canadas nos ser?es0

    Amava o >uesa /rrane esses canaresLong

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    GoniaOu o valor em #raa0

    87upinam80:

    ICurru#iras os cansemNos camin&os aberos,

    arinins orel&udos,Brombudos,

    Foi &orror dos deseros!

    8#oro dos 9ndios:

    I6as os em#os mudaram,

    No se anda mais nuDo%e o #adre "ue folga,

    1ue em#olga,Vem conosco ao au0K

    'o agudo ao grave o memichiodesoaCom frei Neuno enrando venania)

    /, macaca velo+, 6acu75ofia,6edindo7l&e o ca#u+, de um salo voaD

    / l$ vo! e l$ vo! ernas e braosA revirar 6acu, "ue solavancos

    1ue o frade leva aos rancos e barrancos/nre a#lausos gerais, #almas, fracassos!

    Ol&em o o vig$rio! a face da BecunaCom suas mos carin&osas afagandoD

    O&! como a vesia sana ruge enfunaNa evoluo lasciva desfraldando!

    Uma orceu o #- e esa senada4uno candeia, e cana o seu #rofea)Oura enlaa7se ao >uesa, arrebaada

    /m cinilanes volas como a sea0

    8:rei Netuno entrando:

    0lntroio, sen&oras,

    Bem#los meus, min&as flores!5o7vos ol&os "uebrados,

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    'anadosNesa noie de amores!

    8;adre #elso respondendo:

    l2rias da carne crua

    8=elho Umaua:

    I5en&or #adre coroado,Faa roda com odasD

    A cainga %$ fede,4$ #ede

    5uuaranas (so doudas!

    8:rei Netuno:

    I1uero o fogo assan&ado'as 3ndias sem7vergon&as,

    1ue no coram de #e%oNum bei%o

    Nem nas danas medon&as!

    8;adre #elso respondendo:

    IAmo a baba rison&a'a formosa loucura,

    6ais "ue o sangue "ue rava,1ue lava

    l@mbeo #- de gordura0

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    8A 'ue torce o p:

    I>eme em Vene+uelaAle;andre75um-)

    Vo+ dos ermos andando,/nsinando)/ra um cano de f-0

    8Novo coro enternecendo:

    INos roc&edos ululamNa saso dos ca%us

    Ama+onas fagueiros>uerreiros

    Vo #inados e nus000

    86uesa:

    I/u nasci no desero,5ob o sol do e"uadorD

    As saudades do mundo,'o mundo

    >?odando"@ 'iabos .evem a dor!K

    000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

    'as guardas nacionais os comandanes,O nobre esclavocraa, "ue - baro,

    / os #oeas do amor, mimos de amanes,Ali rendiam #reios funo0

    Abria asas o %ui+ do 5orimauaAs don+elin&as no apresentadas

    Como #ois, ao sinal "ue deu Buc&aua,A amor fugirem o amedronadas!

    'a fora um #romoor re#ublicanoVil caissuma aos muuns e %acamins,1ue se elevam griando num insano

    'esnoreado salar, mas nobres fins0

    / a mulido a#in&a7se ao enorno

    Amosrando as cabeas nos ubis,*ange abalado o fumareno forno,

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    A alga+arra infernal oca os +nies!

    8=elho Umaua:

    I>raciosas #oiras,Fu%am 4uru#ariBo malino! suas fesas

    5o esas/ #reside ao &urari0

    8=atB Degas:

    Iai umbold o bebeCom #iedoso sorrir)

    6as, se ervada a"uara'is#ara,

    Cai remendo o a#ir0

    8;ol9ticos:

    >:ora"@ IViva, #ovo, a re#@blica'e Colombo feli+!

    >Dentro"@ Cadelin&a "uerida,

    *endida,5ou monarca7%ui+!000

    8Um delegado em cisma:

    I*eina a #a+ em Vars2via)6as, se a guerra c&egar,

    *ecruamos arraus,ica7#aus,

    1uando a lu+ se a#agar000

    I$ de o mundo curvar7seAne a rina ra+oD

    5ol fecundo #(r(as #almas,(r(as almas

    4esus7Criso e lao

    84ajor JCnatas:

    IOra ac$cias recendam,6eia noie dormene!

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    >ria o galo da serra,L$ berra

    5a#o7boi na correne!

    84undrucu:

    ICoiadin&a Ganlua,Novo caus de amor,

    C&ora aos brados da fesa6olesa

    5eu noivado de dor0

    8+aniua:

    IL$ na fo+ do 6adeiraOs vel&in&os so r-us,Boda a aba canando,

    'anando/ alve%ando rof-us000

    8#oro das caeas:

    I/scanc&ada nos gal&os

    A 6acu dorme agora,or"ue os son&os das flores

    AmoresL&e des#erem na aurora0

    8Umaca a grandes rados:

    I5on&os, flores ou fruos,>amas do urucari

    4$ se fe+ cai77r-,4acar-

    Viva 4uru#ari!000K

    000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

    Canicular del

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    Com angeres finais, na

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    'e colina em colina a cac&oeira,Como ser#ene de coral ruidosa

    'esce ao vale, onde a ribo %$ re#ousa

    Livre em seios de me &os#ialeira0

    As fil&as de 6anaus seus membros levesNa onda eso, convulsos, bron+eadosH lu+ viol$cea dos cre#@sculos breves,Ondulando com os #ei;es esmaladosD

    Ledas l$ vo baendo em roda a vaga/ canando em seus %ogos inocenes0

    'anaram flor da abenoada #laga)

    Volaram as c&oas da monan&a ausenes0

    O&! como as noies de 6anaus so risesAs cismas na soido dos infeli+es!1uando u, es#erana, no e;isesCom eu belo &ori+one de mai+es,

    5audade min&a000 /so #ela ribeira'ensa os 3ndios fogueiras acendendo)

    *uge ao lado, dos grmios da #almeiraA r selvagem, marac$ remendo

    'as mos d(ignoo #iaga ali deidoAne os desinos de sua ribo, e;ina

    Ao conao do ego

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    1ue vem dei;ando os @mulos do rio,Nas endec&as da vaga soluada

    >emer ao veno dos deseros frioD

    Ona e;aa, erma #lana do erreiro,1ue inda acorda a baer os arredoresAo re#ouso da noie do guerreiro,

    Noie donde no mais surgem albores0

    Balve+ Lobo7de7Almada, o viruosoCidado, "ue esa #$ria ano amara,

    A c&orar, das rel

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    POESIAS DIVERSAS

    CRESCENTE

    6rata estaFo dos amores,Arigo dos 'ue o nFo tem"

    >0 'ias

    'oce brisa sus#irando,Bremem os seios do &ori+one)

    ela alva noie canandoAcordam, de "uando em "uando,

    As aves, de mone em mone0

    Noiva de anos amores,1ue ens o l

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    or "ue noies! Com "ue lu+es'e imagens u no sedu+es6eigo o #erdido a cismar!Bu nos deseros condu+es

    A leda ro#a a canar0

    Com eus nienes candores,Alva aucena do c-u,

    /nfeiiando7se as floresuras nos son&os de olores,

    Vesem eu l

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    Como a#rendi a adorar7e'as $guas no isolameno!

    LILIUM CONVALLIUM

    7em mel no aroma, dorNa cor"! l9rio"

    >A**PB

    'eus! como - bela esa erra!1ue saudade nos canores!1ue de aromas nos va#ores

    'enre o cre#@sculo e o luar!1ue senir o delicioso

    Nese enlevo de #ure+a Nos seios da naure+aBo alvo l

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    /namorado enlevo'a saudade maviosa difundida

    Na solido dos mones,Na #alide+ morena enernecida

    'os ermos &ori+ones!

    /mudecendo a"uiea7seA menina, inerrom#e os seus brin"uedos,

    1uando na ermida escuaDHave$4aria os sons #iedoso7ledos

    Com "ue a cam#a nua0

    /, l

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    A ana dor amarga,1ue #rende, morde e larga

    Nossa alma no desero0A"ui, #erdido, incero,

    A vida se me e;alaComo ese mar, "ue esalaNa #roa do escalerD

    6as, como as ondas correm05e os dias vo7se e morrem,

    /scua e cr, mul&erD

    No c&oro as lindas luas'o *io7de74aneiro

    Nas sombras alvas, nuas

    Nos vales e no oueiro000O&! como eram suaves

    Ali nas es#essurasO doce amor das aves,A flor das ervas #uras,

    / o veno os meus cabelosVolvendo aos vEos belos!

    Um dia em >uanabara

    Cismando, em meu roc&edo,A noie muio cedo

    /m mim se re#assara000O&! meus amores!000 1uando

    As lu+es cinilandoVieram do nascene,

    /m vo, #assasse a gene,1ue a sombra no ac&ara0

    'ei;ei as min&as rosas/ as #raias arenosas,B- &o%e #or a"ui

    / lembram7me essas cousas,Como alvas mari#osas

    Voassem denro em mi0

    FLOR DAS RUNAS

    /ram as rises ru

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    / um a rosa branca, brancaNessas ru

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    'e,amor aman&o delira,1ue %$ #erdido se cr0

    ois como a cin+a alve%ane

    No seio a brasa se#ula,/ como denro das sombrasO lume eerno se ocula,

    5o da imagem, "ue encerramosNa alma, a alvura da flor

    / as sombras, "ue se derramam'os ol&os c&eios de amor0

    MARIA

    Onde foram os encanos divinos,Onde a crena de eerna magia,Fone meiga da lu+ e dos &inos,Onde esas9 onde fose, 6aria9

    Bens a frone "ue in&as na infncia,ura e branca, inda oda &armoniaD

    6as, da bela inocncia a fragrncia000

    Onde esas9 onde fose, 6aria9

    Ber em i eu #ensava enconrado6eu sublime ideal da #oesia)

    /nconrei a mul&er em seu fado Onde esas9 onde fose, 6aria9

    5e &o%e c&oro, aos "ue esavam descenes4$ mosrei meu amor na alegriaD

    Berno orgul&o dos dias conenes,Onde esas9 onde fose, 6aria9

    Onde fose9 onde fose9 #rocuroO "ue na alma canando e ouvia,

    / %$ emo de ouvir7e e murmuraDOnde esas9 onde fose, 6aria9

    Onde foram os divinos encanos,Onde o mundo em "ue eu danes vivia9

    or"ue a fone do riso - dos #ranos9Onde esas9 onde fose, 6aria9

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    DONDE VENS?6lEria dos olhos, dor dos e oraIes"

    LU53A'A5

    'onde vens, rise formosa,1ue eu ve%o sem#re a me ol&ar9

    /u amei ourora000 uns ol&os1ue assim #aravam a amar000

    Vola a "uem dese os incanos,1ue eu volo as ondas do mar0

    C&oras9 em, o& 'eus, #iedade'esa mul&er a c&orar!

    Como esas! onde #erdeseOs mimos de ano amor9/m son&os eu e omaraor uma es$ua da dor0

    Bin&as mais bril&o e mais graas/ mais #erfumes "ue a florD

    1uem desboou7e esas rosas91uem consumiu7e o fulgor9

    /u c&orei, "uando e rias)C&oras &o%e, e no me rio000ara es"uecer7e eu voavaAos golfos do mar sombrio!

    Bodos me viram #assando5oli$rio como o rio,

    Como o veno "uando gemeelas roseiras do esio!

    Budo em vo! Bin&a os eus ol&osA"ui nas c&agas da dor!

    Bin&a7os n(alma, onde raiavamComo um sol abrasador!

    6e fascinavam no abismo'e vivo negro es#lendor,

    Vibravam sobre os meus dias*aios do inferno e do amor!

    Longa foi7me a vida, longa,

    /n"uano a more eu bus"uei0'e#ois, mudando o desino,

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    U m c-u na erra enconrei,Onde rosos #eregrinos,/, sem ser escravo, amei0

    5e eno c&orando me viram000

    rano de amores c&orei0

    TARDES NA ILHA

    A terra conheceis!nde as dores estFo sempre rotando,

    !nde como as suas rosas da grinaldaSFo tFo doces as virgens, onde tudo,Salvo o esp9rito do homem, divino

    K a terra do Sol"GR*ON

    Canam vo+es d(enorno da il&aAos rumores do mar a "uebrar7se)Vo7se as mes acercando da fil&aLinda e nua na #raia a ban&ar7se000

    Nas %anelas, ao longe alve%anes

    4$ s(encurvam, s(enlaam, se aleiam'e alvos cisnes os ol&os bril&anes,

    O ol&ar negro, os cabelos "ue ondeiam0

    / com as sombras da arde saudosas6ais langores dos ol&os derramam,6ais inumem7se os seios de rosas,6ais as rosas dos seios s(inflamam0

    Nesa il&a "uimera dos son&os1uem sua vida #assai no seniu,5e a menina dos ol&os rison&os,>omo a aurora corando, fugiu9

    1uem &$ "ue na lira de A#olo,Na $urea #$ria do veno e da lu+,

    L&e no ea grinaldas ao colo'a ave7amor, "ue a ser#ene sedu+9

    5o da arde madei;as a brisa,1ue se enleia aos #erfumes da flor,

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    Como a #resa "ue ri7se e desli+a'enre os braos do erno amador0

    Cai a noie0 As esrelas doiradas

    >eme o #iano com um doce gemer,Cordas d(alma mo+in&a de fadasComo sobre um desino a correr0

    Abrem flores, "uais son&os, recendem5e inclinando e sorrindo no ar,

    Como virgens "ue a amores se rendemor ser$fico e belo luar0

    / "uem &$ "ue da lua aos enlevos

    Nesa il&a no sina de amorAlma a abrir7se, ou #esares mais sevos

    A rom#erem7l&e as c&agas da dor9

    Canam nauas no seio das vagas,*umore%am as brisas na flor,

    >ira a vo+ de &armonias o magas O&! "uem &$ "ue o no sina de amor9

    MADEMOISELLE?ien de plus eau 'ue ;aris5

    *OVJ*G.O

    Fu%amos, vida e lu+, riso da min&a erra,5ol do levane meu, l

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    /coam denro d(alma ais de #ungido ardor0

    Aos %ogos nunca fose, s $guas de Versailles9Vamos l$ &o%e!000 ali, #al$cios e convalles

    'o rei Lu

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    / as flores amarelas1ue o leio nos formaramD

    / as calmas do desero,

    / a rise solido,Onde de dor abero5ene7se o corao0

    /savam ali as esas/ a vo+ do meu amor)Agora as mudas sesas'e um sol desolador0

    A alma o #ressenia

    1uando, na lu+ bril&ane,A frone enrisecia

    Ao doce ol&ar da amaneD

    or"ue meiga rise+a/sa no amor #rofundo,

    Na lu+ da naure+a,No florescer do mundo0

    O&! no des#re+es nuncaAs ru

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    A #oesia da lu+, "ue lu+ remona!

    /la in&a de+ anos, e em re+e)J mais sisuda e grave em seus amores)

    Adoro7a "uando brinca, e "ue me #ese,5e ela das ouras some7se enre flores000

    I Leila! Leila!K as com#an&eiras griam,/ ela vola a correr) e es#anadia,

    Arde7l&e a face, os seios l&e #al#iam,/ os dese%os mais bela aeia, aia!

    /rra Leila os brin"uedos) se se esconde,*earda7se nas moias mais "ue odas)D

    Fica o disra

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    $ "uano, "uano em#oA erra e consome!/ sobre ela no ouo

    Ningu-m di+er eu nome000

    Ai! dorme, dorme, n(alma/u en&o a imagem ua)

    'a ua flor #erfumes,Aragens desa lua!

    / "uando, vindo a aurora,Bamb-m eu descansar,

    .remos ane os an%os

    Os #-s de 'eus bei%ar0

    CREPUSCULARES

    Ao mar alo vogai, marin&eiros,Aos abismos levai7me do mar,

    Onde, os c-us a#agando os lu+eiros,5E se escue a #rocela roncar!

    000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

    1uando o sol #ara os seios se inclina'a alva arde, ese amor, "ue se sene,

    'os roc&edos sombria meninaCana na &ar#a da umbrosa correne0

    5eus cabelos no ar se es#al&ando,Fundo enlevo derramam nesa &ora)

    Vo+es se &ouvem da #$ria falando Na alma o #rano, o semblane descora0

    'os maiores as sombras nos #assam5obre os lumes da vaga sombria,

    l@mbeas formas "ue son&os nos raa m'o #assado, onde E udo &armonia0

    Cana o an%o dos alos roc&edos

    'o cre#@sculo as sombras algenes,Cana na &ar#a a saudade, os segredos

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    1ue al-m morrem no umbror das correnes0

    IIIOs dias formosos do amor se #assaram,

    erderam7se afeos do eu coraoDBeus ol&os, "ue ardenes meus l$bios bei%aram,Adeus, "ue os eus ol&os no mais me vero!

    INas sombras fagueiras "ue a arde enamoram,Nos f@lgidos raios de um c-u #uro e meu,Nas vo+es erranes "ue noie #rimoram

    5on&ava o meu son&o, "ue foi amb-m eu0

    I/ncano de lu+es000 erdida essa gl2ria,

    5e &ei udo #erdido no mundo #or i,/u ven&o com a arde, com a rise mem2ria

    'os doces encanos, dos bens "ue #erdi0K

    III>nio agora das noies dos asros,

    No desero dos venos c&egueiDBrise coroa de murc&os enasros52 ra+endo, de udo "ue amei0

    /rmo e longe da es#(rana e do0mundo,Na alma eu sino as ormenas do amor,

    1ue os vaivens do oceano #rofundoNo venceram, e mais deram7me a dor!

    Fascinado da aurora nos risos,6eus sombrios encanos logrei000

    Os an-is dos cabelos mais lisosNos meus dedos brincando "uebrei0

    >nio im#uro das noies dos asros,Ora esou como o abismo do mar,

    Bendo a coroa de murc&os enasros,/ o amor sem#re n(alma a bradar!

    LIMBOSG 4as, o es'uecimento poderia vir

    por um destino melhor"""3N'A*O

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    No ermo dos moros1uem for #asseando/ &ouver mediando

    'e noie #arar,Ver$ "ue se escuamBra+idos nos venos

    Os doces acenos'e um rise #enar0

    5e a noie for bela,5e a lua for clara,

    1ue a noie %uncara'e flores o c&o,

    Ver$, como um son&o,Nas lu+es dos aresLevado aos luaresO infane #ago0

    Nos raios da lua5e a#ega o menino,Bo #uro e fran+ino

    'e e-reo mai+!

    Nos brandos #erfumes,Nas camas de aragem

    *eclina a imagemBrison&a e feli+0

    5e embala, se embala,Bo leve, o leve,

    1uem beros no eveNo colo do amor!

    1uem foi nese mundo6aldio da sore,

    Nos braos da more,'a vida no albor!

    Com#ra+7se brincandoNos raios bril&anes

    ' o c-u de diamanesAs flores do val

    or-m, se uma nu vem

    A lua escurece,'o ar se esvaece

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    Num grio faal!

    5eus l$bios no viramDAs meigas del

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    Nas esas da alma o corao raindo,Com fogo raam nele frases m

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    Com "ue em um dia000 lembram7e essas cousas9Crs como ourora9000

    1ue no na vendam! "ue no &a%a um ouro

    1ue a v$ com#rar! or-m, "ue rise noie,'onde auroras no raiam, donde lu+es'enre mones de rosas e de aromas

    4$ no ra+em amor!

    6as, no, no &$ fugir7nos1uando o Oceano, a Naure+a, o /erno

    'e udo sabem!A n2s nos amosraram, e n2s nos vimos

    /m seus seios sonoros embalados0

    VOAR

    1ual voa o negro corvo,1uisera eu livre ser,

    No seio a+ul do es#aoVoar e me #erder0

    Voar, voar, nos venosAs asas esender,

    Co(as nuvens embalar7me,Voar e me #erder0

    Voar sem#re, fugir7me,No -er me esconder,Fugir, fugir da erra,Voar e me #erder0

    'ireio ao sol dos r2#icos5olar min&(alma a arder

    Co(as c&amas "ue a devoramVoar, voar, morrer0

    SAUDADES NO PORVIR

    /u vou com a noie$lida e fria

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    Na #enedia6e debruarD

    O #romon2rio'e negro dorso,

    1ual nau de corso5e alonga ao mar0'ormem as &oras,

    A flor somene*es#ira - sene

    Na solido)A flor das roc&as,Fran+ina e leve,Ao so#ro breve

    'a virao0

    Canando o naua'esdobra as velasArgneas, belas

    Asas do mar)Gran"ueia a #roa,arindo as vagas,

    1ue n(ouras #lagas5e vo "uebrar0

    /u #on&o os ol&osNo firmamenoD1ue isolameno,O&, min&a irm!A#enas o asro

    1ue a lu+ duvida,romee a vidaara aman&0

    Na"uela nuvemBe ve%o moraD

    6eu #eio coraCruel senir!

    'a lua o @muloNa onda ondula,/ o mar modulaComo um #orvir

    SEDUO

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    Vamos, E bela, ao em#lo dos amoresDA c(roa cinge) #?e o v-u de nu vens)Bra%a alvas sedas, relu+enes, #uras,

    Como min&a alma0

    Vamos! "ue im#ora "ue enre mira e o mundoA noie abisme7se, onde udo acaba9

    1ue a mim d(enorno a solido se faaComo ao simum9

    4ulgas acaso "ue do amor os bei%os'arde%am raios, como o sol desero

    1ue a flor devora, consumindo a seiva

    'o corao9

    6in&a alma - bela como o luar formoso,6aga encanada, es#lendida dos c-us,

    1ue o bruo e o &omem, "uano a"ui res#ira,Ama e fascina0

    O bruo e o &omem, #or"ue a virem os foraA lu+ sombria dos meus ol&os negros

    Cinge a coroa, ao em#lo dos amoresVamos, 2bela!

    O&! nada emas "uando as vs o risesFrones alivas, "ue dominam a erraD

    'obram7se aos #-s da formosura Alcides,Gei%am7l&e as mosD

    5o os escravos das divinas formas,'as virgens sanas, da virude eerna)

    .ncensos "ueimam, sacro fogo acendemNo alar de Vesa0

    or-m e ve%o sobre o me o se#ulcroBrise e so+in&a debruada em #ranos000

    O #rano meigo e o soluar "uei;osoOuam7e os c-us!

    or enre os negros dolorosos cre#es,

    ulsam7e os seios ar"ue%anes, brancos,Voam7e S m ondas os cabelos solos

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    Na a+a dos venos0

    Col&e7os, enrana7os) das es#$duas belas,Vam#

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    6 a s esa dor seva, escura,5em#re a falar do #assado,

    Foi o #o amaldioado'e cada dia a meu mal!

    CASUARINAS

    Ven&o ouvir os doces renos,Casuarinas,

    Ven&o ouvir a vo+ do marD'os cabelos na+arenos

    As neblinas5acudi d(enorno ao ar!

    Bo a-reas, o gemenes,5ois o belas

    Como o so virgens do c-u,Com suas almas rans#arenes

    / "uando elas'e lu+es desdobrara o v-u0

    Vem nas ondas dos luares,

    Na miragem'a &ar#a e2lia a gemer,

    Gelas virgens dos cismares,>raa imagem

    Vem7vos a alma adormecer000

    1uando a brisa sus#irandoVos inclina

    O &! a doce ins#irao! Vossas musas se embalando

    Ves#erinasFalam ano ao corao!

    As esrelas, "ue se acendemCinilanes,

    Vossas frones mai+aram)As auroras, "ue res#lendem,

    6il diamanes'os seios vos arrancaram0

    / ven&o ouvir vossos renos,

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    Casuarinas,Ven&o ouvir a vo+ do mar

    'os cabelos na+arenosAs neblinas

    5acudi d(enorno ao ar0

    FLORES DO AR

    ce Deus fortior G'ane0 Via Nuova

    6in&(alma se elevaNas flores do ar,

    1ue as bordas s(inclinam'as ondas do mar0

    / as ondas so virgens1ue do7nos verigens,

    5e nelas s(inclinamAs flores do ar0

    6in&(alma fluuaNas auras de abril,

    Na lu+ se embalana'o c-u #uro anil05e como a violeaA vs000 borbolea

    'os c-us s(embalanaNas auras de abril0

    1uem desce a colina91uem anda soido9 N a frone a rise+a,

    No ol&ar a #ai;o 1ue fa+ a don+ela

    Bo #ura e o belaCom ana rise+aNa r2sea soido9

    /s#al&a na erra5uas flores de abril,

    / uns risos d(es#(ranas

    Nos ares de anil0 /scuaD se amares

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    As flores dos ares,Bu morres em es#(ranas

    Como elas em abril0

    II000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

    /la ensinou7me a solerar seu nomeCom a genil afeio da flor "ue odora

    '(-lios o #uro amor1uando a dor da e;isncia me consome,

    /u bei%o a doce lera, e nova auroraVem afagar7me a dor0

    Bu nunca o saber$s000 nunca a loucura'es#render$ meus l$bios, "ue uma frase

    Be faa esremecer0or-m e adoro ano, "ue a venura

    'e ver7e - odo o son&o, e amar7e "uase'e amor enlou"uecer0

    Louco! A lu+ da bele+a "ue res#lende.nseo eu fui, "ue cega e "ue delira

    'as lu+es ao redor)Abel&a d(embriague+, "ue aos l$bios #ende)

    5er#ene das #ai;?es, "ue amor sus#ira/nvenenando a flor0

    /ram as brancas formas, eram os ronosOnde reina o mais v$rio) onde amor dia,

    Como um demEnio, amor0 or-m, ardene noie volam os sonos'e mais brando son&ar, e a lera escria

    Gei%o, afagando a dor0

    III00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

    Gem sei "ue amar7e no #osso)1ue -s lu+, eu revas, bem sei06in&a alma ardene de moo,5e adora a virgem min&a alma,

    A frone aliva com calmaosso curvar e curvei000

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    /u fui, 1ual sombra, escuar7eOs &inos da e-rea vo+

    Como o crisal "ue se #are

    'as goas fracas da fone,1ue eno no desceu do mone,'ei;ando os ecos a sEs0

    Fui, da divina fra"ue+aAo encano e seduo,

    5ombra #resa, #resa, #resa'a miragem #eregrina,

    1ue se eleva e se iluminaAos raios do corao!

    Nunca o desino e lira1ual me ferise "ue fi+9

    O& nunca a amor, "ue delira'a lu+ ao meio e do riso,Ven&a o an%o do #ara

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    1ue a erra deve a seu 'eusDComo do veno o murmuro,'a onda a cano saudosa,Como a &armonia formosa

    1ue emana dos l$bios eus0

    O&! eu e amo! e ano, ano,1ue no sei seno e amar!

    Os dias corram7me em #rano,Corram7me os dias #or flores,5er$s meu cano de amores

    Ou min&a musa a c&orar0

    /screvese7me a senena

    'e more enfim! mas, de iVen&a a #a+ e a doce crena,Ven&am os &orrores da sore,

    Na vida como na more,Gei%o os #-s onde cai0

    Adeus! eu levo comigoBodo o segredo do amorD

    'a sombra eerna ao abrigo,

    5omene l$, com meu #rano,*om#endo os l$bios o encano,

    'irei eu nome ao 5en&or0

    MIOSTIS

    No v$s! escua7me! eu irei conigo,No deses#eres do desino me u! 'o c-u as ve+es cai um #rano amigoAos an%os rises "ue #erderam o c-u0

    O&! no me es"ueas! no me es"ueas inda,1ue de saudades uas morrerei!

    5e eu amo as flores, -s a flor mais linda)5e amores "ueres, odo o amor e dei0

    No v$s! es#era, "ue o abismo - fundoOnde naufraga7se a e;isncia ineira!

    /erno o adeus, "uando se foi do mundo'ei;ando a crena cndida e #rimeira!

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    No v$s! es#era, "ue eu irei conigoAo fim da vida! 'o desino meu

    No deses#eres, #or"ue foi comigo

    1ue u crescese, "ue fui gnio eu)

    or"ue se fores, como a flor marin&a1ue o veno leva #ara esran&o mar,1uando vieres, %$ na ausncia min&a,

    Bo murc&a na alma, "uem u &$s de ac&ar9

    1uem &$s de ver da sus#irada aurora,5e em eu camin&o no e;isirei9

    O&! no me es"ueas, bela seduora,

    or"ue no c&ores como %$ c&orei!

    No v$s! escua! "uando fui maldio'os c-us err

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    Abel&a esran&a adoce flor c&u#ar,5erei na ua alma e nos menidos son&os

    A ave7fanasma, "ue ver$s #assarD

    Como nas #lagas onde muge o vene,5e o fado ao naua do seu mar lanou,*evoa a $guia "ue no oma asseno5obre a sua #resa, "ue o c&acal omou0

    SULTANA DO ROUXINOL

    *osa, #ensei "ue no virias &o%eA ais &oras de amor0

    As sombras se esenderam das limeiras,Os fruos odorando0

    'esceu do mone a virao da arde,'as nuvens d(ouro o sol)

    Voaram aves aos sonoros ramos,/rra a noie nos vales0

    'oce fil&a das graas e os amores,

    .neligene flor,Beu cino - como o c$lice dos l

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    5o as vivas boninas "ue des#onamAo #Er do sol escua!000

    0000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

    A"ui nos vole%avamos d(enornoAos nossos cora?es)/la a"ui se assenouD

    Alegre esava o ar000 e como a erra/nriseceu de#ois!

    ELOS QUEBRADOS

    /u convaleso, o corao se agia'e novo na e;isncia enamorada!'ourando o rio a+ul, raia bendia

    Lu+ do c-u000 "ue me foi bero e morada0

    1uana lu+! "uano amor! 1uana es#eranaNa esrela d(alva e a"ui no corao!6eiga #erdida, m$gica lembrana

    'o "ue &o%e c&oro e sem consolao000

    No me dei;em cair! sino7me fracoara esa dor dos ecos do #assado

    Vascas sangrenas d(alma e ol&ar o#aco'a loucura a surgir do inferno odiado!

    O&! rasguem7me esas revas, "ue me envolvem/ iram7me da lu+!000 An%os "ueridos,

    No - verdade9 os c-us #(ra mim se volvem,/ meus dias ereis, longos, floridos9000

    VASCAS DO JUSTO

    ! odioso destino, 'ue presidiu ao m eunascimento, devorou$me5

    O6/*O

    6eu #ai, nesa &ora, "uando os &omens c&oram

    *esignados, e abai;am a cabeaH divina #iedade)

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    1uando a vil cobardia do #ecadoLeva degradao eu me alevano

    / encaro a eernidade0

    6undo! mundo! se nunca me iludise,/u dei;o7e com o mesmo deses#ero/m "ue viviD

    6aldi+endo a e;isncia, "ue me deramComo uma grande cousa, "ue educaram,

    / eu fui "ue a sofri0

    Fere, a"ui eus meu corao, Y more!000Obrigado000 No foram os doces laos,

    1ue eu c$ no fora!

    'e &$ muio a vida eu vE7la enregara,ura e sem manc&a, ao vosso #ai celese)

    / o mais000 embora0

    Caio, rugindo como as feras morrem,Como "uebra7se o mar000 Vos sois mais fore,

    Faal #oder! 5ino o re#ouso da alma sino7a ria

    Como gelam os #2los en&o sono

    /000 a#odrecer0

    SONETO

    /u, "ue dobrei 1ual verde branda vara'os deseros ao veno, e da verdade

    'o amor e desa doce liberdade5acrifi"uei descrene erra amara,

    Amo7e! 5e soubesses a saudade1ue dos risos se em000O&! doce e cara,

    Volve os eus verdes ol&os com #iedade,Como a Virgem dos c-us, consola e am#ara!

    Vem, como o an%o, "ue se v descido5obre o @mulo alvar, nevi7lu+enes

    6eigas asas abrir! Vem, "ue - #erdido

    O veneno da flor! o%e inoceneserfumes sola o l

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    As auras dos %ardins frescas e olenes0

    ESPERAR

    1uando eu subo os meus cumes floridos,1uem ser$ "ue me brada es#erar9O&! dei;ai7me ir adiane, ir adiane,

    1ue eu no #osso um momeno #arar!

    /s#erar se aman& no e;ise,5e esas flores no &o de e;isir)

    /s#erar "uando os c-us, "uando a infncia,1uando o amor udo v7se a fugir9

    1uando a mene referve e rebramaComo o incndio da selva a esalar)

    1uando o mundo nos dei;a, e nos vemos'o #assado um se#ulcro a alve%ar9

    /s#erar so as coroas de es#in&os)5o as rosas de >uaimo+in)

    /s#erar so as #oras sem es#(rana

    'ese inferno im#lac$vel, sem fim!

    /s#erar so algemas candenes)5o as vo+es do amor sem canar)5o as dores sem #rano, rugidas

    Como as gral&as dos venes o mar!

    5o da febre o del

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    / es#erar! "uando os c-us no e;isem,1uando as flores #ressino murc&ar)

    1uando a lu+ de aman&, "uando a es#(rana

    No me es#eram e es#erar9 es#erar!000

    DA MEIA NOITE

    '$ meia noie) em c-u a+ul7ferreeFormosa es#$dua a lua

    Alve%a nua,/ voa sobre os em#los da cidade0

    Nos brancos muros se #ro%eam sombras)asseia a seninela

    H noie bela/ o#ulena da lu+ da divindade0

    O silncio res#ira) almos frescores6eus cabelos afagam)

    >nios vagam'e alguma fada no ar andando caa0

    Adormeceu a virgemD dos es#

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    Bua lu+ sedu+! grinalda d(esmeraldaBua frone escalda000 dei;a7e adorar!

    EU VI A FLOR DO C!U

    /u vi a flor do c-u meiga es#erana5orrindo #ara mim, 'eus verdadeiro!/U amei como um doido a formosura,

    / eu no in&a din&eiro000

    /no seni min&a alma degradada,Como bandeira "ue &aseou7Bar"uin2,

    1uando o fogo da febre l&e lavrava

    Nas veias do assassino0

    / do mundo aos a#lausos, min&a frone$lida enriseceu, mal resignada,

    Como essas flores, cu%a alvura indicaFl2rea esao #assada0

    ANINHAS

    00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

    Geber eu ia as fones "ue #or ali manavam,As sombras assenar7me "ue ali s(embalanavam

    Na"ueles doces vales, na"ueles c-us de amor!No #rado e nos %ardins brincando andava Anin&as

    Com o bando sussurrane de lindas irm+in&as,'e borboleas lindas, "ue vo de flor em flor0

    O& dias! dias de ouro do *io de 4aneiro!Noies c&eias de vo+es! e os gnios feiiceiros

    'a brisa e das orrenes do vale na soido!Bardes enamoradas i formoso firmameno!

    Onde em cismar o fundo #erde7se o #ensameno/ esalam as cordas da alma na dor do corao!

    / no #assado %a+em odos os son&os meus!/u era o l

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    /m venenosa flor, dos nores aoiada,>emendo na monan&a vo+ do vendaval!

    MORRERES?

    1ue o meu amor nas l$grimas se ban&a,1ue sofrem os "ue amam7me, u di+es9

    1ue um core%o de m$goas me acom#an&a,1ue es#al&o es#in&os onde "uer "ue #ises9000

    Bu -s formosa, como a branca esrelaNas re#idanes fones crisalinas,

    Bens na alvura do roso alvas boninas

    As noies #erfumando, o& como -s bela!

    Como -s formosa, m$rmore alve%ane'es$ua, "ue enamora a auora mo!1uem me dera #oder, louco, anelane

    Nos seios acender7e o corao!

    / di+es u, "ue sofres, "ue endoidecesNesa flagelao de ano amor9

    C&oras, ol&ando aos c-us, como "uisesses'ali %usia eerna ana dor9000

    Anes v a"ui denro000 - sangue vivo'os elos miseriosos com "ue #rendes

    O rino e sano amor, "ue mal com#reendes,1ue em mal devora ao rovador caivo!

    / morreres em "uano a vida, isena'a manc&a, - doce aroma aos #-s de 'eus9/n"uano a lu+, "ue o #eio e adormena,/m onda a+ul derramam os ol&os eus9

    Anes do belo @mulo a brancuraArdesse incendiando7se os luares'e frelos formosos, "ue s2 do loucura!

    Anes da bela es$ua de alabasro

    O mundo visse a ransfigurao 5urgindo o son&o, iluminar7se o asro,

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    6ore de amores igmalio!

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    6as, #or"ue me des#eram &armoniasA ais &oras da noie em meu roc&edo9No so da vaga em orno as agonias,

    Nem do vene os gemidos no arvoredo0

    reludiam de amor e de saudadeAs vo+es "ue eu escuo alai o cano!

    5o belos cora?es de mocidade1ue ra+em7me alve+, a mim, seu #rano000

    Canai, canai o m$gico insrumeneBem segredos de amor na solido!

    Vibrai, #angi o funda o isolameno,A arrebenar as cordas ao violo!

    000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

    Umbrosa noie, sombras encanadas,Fulgor nos asros, o e;alar da erra,

    I6in&(alma - riseK, endec&as namoradas1u(embalam a noie e a virao deserra000

    SONS E AROMAS

    IAo meio dia, flor, "uando adormece'a ac$cia sombra meigo rovador)1uando ao cair da calma nos #arece5enir andando no Jden o 5en&or,

    5olo o mais doce cano em "ue se es"uece/ enre imagens delira o son&ador Nos deseros dormido, ele agradece

    Com o sorriso do sono ao bom canor!

    or-m, u, "ue s2 abres noiin&a,1uando %$ ningu-m vs nem &$ calor)1ue s2 "ueres encanos da esrelin&a,

    1ue no #lanou7e, nem e em amor Ai! flor ingraa, l

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    Ao re#ouso o "ue d$s do &omem de dor91ue d$s ao "ue e adora e e acarin&a,1ue, se morreres, morre o rovador9

    Oculas7e do ol&ar de um belo dia,1uando esguic&am do sol vida e calor,1uando oda ave rina de alegria

    / sem sorrir no &$ nen&uma flor!/ morres sem o amor dessa #oesia'o rise desfol&ar no ens amor9

    Freira ego

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    Brise asila7se sombra da alva imagem,Gei%a a flor sua e sino7o soluando,

    resa inocene de faal miragem'o sol, das nuvens, da soido, do mar0

    Aos aromas, esremeo mansa aragem)O bei%a7flor nourno delirandoAos aromas de mel000 vives canando,

    Gela ave dou moivos a canar)Borno a es#(rana formosa, aos c-us volando

    'o amor o son&o, as liras a afinar0

    ISABEL DE ESPANHA

    7anto agitaram o tur9ulo, 'ueesorracharam as ventas do 9dolo G

    O0 L.*0

    Fil&a de reis divinos! divina sobre a erra!Onde .sabel #rincesa, rain&a e;celsa onde erra9

    5ombra do abismo imagem do an%o deca

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    6andam7no emudecer os resloucados reis,Jbrios d(incensos vos) a cara de suas leis

    *asgam7l&e face #ura 7 "ue eno muda de cor!

    A ve+ #rimeira encaram7se, o #ovo, "ue - sen&or,Co(os reis, "ue ele elevara s

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    5abeis "ue ransformam7se em asros de lu+!

    'obrai os %oel&os! bei%ai esa erra'e nobres #assados! sabei er7l&e amor!

    5abei defend7la nos cam#os da guerra 5ois livres! sois fil&os do sol do e"uador!

    TO INEZ

    8GR*ON ;ar8frase":

    O&! no sorrias #ara a frone #$lida1ue no #ode sorir0

    Nunca dem7e os c-us veres eu #rano/m vo, em vo cair0

    / #ergunas, "ue dor #unge7me oculaCorroendo a alegria e a mocidade9

    /nvenenada dor e "ue e im#ora,5e a miigar no #ode essa #iedade9

    No - amor, nem 2dio,

    Nem de ambi?es a &onra v #erdida,1ue os dias meus aborrecer me fa+em

    / os amores fugir "ue amei na vidaD

    6as, - a m$goa, "ue me vem de udo1uano eu escuo e ve%o0

    No me alegramos encanos da bele+a,Nem esses ol&os, "ue res#landem e bei%o0

    6as, - a do #rofunda, - a rise+a'o legend$rio vagabundo ebreu,

    1ue s2 em ol&os fios sobre o @muloOnde v$ descansar mar

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    ossam eles, dos son&ados arroubos,Nunca acordar, assim como acordei!

    /u vou #or oda #are,

    *-#robo, do #assado #erseguido 6as consola7me o ver "ue, "uano eu sofra,Nunca mais &$ de ser "uano &ei sofrido0

    1uano &ei sofrido9 ai! no m(o #ergunes,or #iedade, an%o eerno!

    *i7e desmascarar no "ueiras do &omemUm corao "ue e amosrara o inferno!