O GOVERNO INTERNO DO MUNDO e Outras Palestras de Annie Besant
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7/30/2019 O GOVERNO INTERNO DO MUNDO e Outras Palestras de Annie Besant
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O GOVERNO INTERNO
DO MUNDO
Annie Besant
Palestras proferidas na North IndianConvention da Sociedade Teosfica,
ocorrida em Varanasi, ndia, em
setembro de 1920.
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PALESTRA 1
Ishvara
Os Construtores de um Cosmo
A Hierarquia de nosso Mundo
Os GovernantesOs Instrutores
As Foras
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AMIGOS:Quero lhes apresentar nestas palestras, se eu puder, uma certa
viso do mundo e do modo como este mundo guiado e
dirigido. Como este um encontro pblico, h uma colocao
que, imagino, deva fazer, a qual no seria necessria se esta
assemblia fosse composta apenas de membros da Sociedade
Teosfica. importante recordar que na Sociedade Teosfica
no temos nenhuma autoridade em matria de opinio. Todo
membro livre para desenvolver sua prpria teoria sobre avida, para escolher sua prpria linha de pensamento, e
ningum tem o menor direito de determinar para qualquer
membro o que ele deve escolher ou pensar. Na Sociedade
Teosfica s existe uma nica condio obrigatria para um
membro: o reconhecimento da Fraternidade Universal. Fora
disso cada membro absolutamente livre. Ele pode pertencer aqualquer religio, ou pode no pertencer a religio nenhuma.
Se ele pertence a uma religio, jamais se lhe pede que a
abandone ou mude, mas apenas que ele tente viver de acordo
com seus preceitos acerca da vida espiritual, reconhecendo a
unidade de tudo, viver em harmonia com as pessoas de sua
prpria f e as pessoas de outras crenas. Quando falamos deTeosofia podemos tomar a palavra em dois sentidos. O
primeiro o que ela significa para o indivduo. Neste sentido
no h diferena entre Teosofia e a antiga Brahmavidya da
ndia, a Para Vidya e a Gnose dos gregos - de fato no h
diferena alguma. Ela o reconhecimento de que o homem
pode conhecer Deus. Nos Upanishads ela chamada de "o
conhecimento d'Aquele por Quem todas as coisas so
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conhecidas". difcil em nosso idioma falarmos de
"conhecimento" neste sentido, porque conhecimento implica
uma dualidade, ou antes uma triplicidade - o Conhecedor, o
Conhecido e a Relao entre eles - pois quando o Esprito dohomem, que procede de Ishvara, compreende sua prpria
natureza, j no caso de pensar ou conhecer. Trata-se de
perceber esta identidade. Vocs sabem o que est escrito no
Upanishad: "Quem diz 'eu sei' no sabe", porque a prpria
palavra "conhecimento" um equvoco no que tange quela
percepo. Nela no se diz "eu sei", antes dizemos "eu sou".Isto nos d a acepo primeira da palavra "Teosofia".
Empregamo-la ainda em outro sentido, o de certo corpo de
ensinamentos. Nenhum destes ensinamentos em particular
compulsrio para nenhum membro. O conjunto destes
ensinamentos so os ensinamentos para os quais a Sociedade
foi formada a fim de divulg-los para o mundo, mas isso no ostorna obrigatrios para nenhum de seus membros. Esta
poltica se assenta em uma base muito firme. Esta base a de
que ningum pode realmente acreditar em uma verdade antes
de ter crescido ao ponto de ser capaz de v-la por si mesmo
como verdade. Um ensinamento de fato no parte de nossa
vida espiritual; ele nos chega atravs de nossa vida mental,
aquela parte de nossa natureza que costumamos chamar de
cognitiva, o intelecto, o qual capaz de compreender o que lhe
de natureza semelhante. A verdade em ns reconhece a
verdade fora de ns depois que aberta a viso interior. Da
que a Sociedade tem como um dos seus objetivos o estudo
das grandes verdades fundamentais de todas as religies. No
perguntamos a nenhum membro se ele acredita nelas ou no.
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Deixamos que sejam estudadas, na plena convico de que
apenas quando os olhos do homem que no cego esto
abertos que ele enxerga, em virtude da luz do sol - no
pedimos que ele acredite na luz, e o mesmo vale para o mundomental. To logo so abertos os olhos da natureza interior, do
intelecto, j no uma questo de argumentao, mas sim de
viso direta. Reconhecemos a verdade porque a faculdade da
verdade em nossa prpria natureza demonstra que ela existe.
Compreendemos em virtude dela, assim como vemos em
virtude da luz do sol. Enquanto uma pessoa cega, o sol comoluz no lhe significa nada. Quando seus olhos so abertos
ento j no so necessrios argumentos em prol da existncia
da mesma luz atravs da qual a pessoa enxerga. Consideramos
a verdade da mesma forma, e por isso deixamos o estudante
estudar at que ele por si mesmo conhea a verdade de
qualquer doutrina. Os ensinamentos divulgados pelaSociedade so os mesmos que encontramos em todas as
grandes religies. Se, por exemplo, tomarmos um livro
publicado pelo Hindu Central College como livro-texto para
meninos indianos, e um livro-texto avanado, para jovens
homens daquela mesma instituio, encontraremos neles
certas verdades. Elas so dadas na forma Hindu. Se tomarmos
um livro-texto Teosfico, usado para ensino em escolas onde
se ensina todas as religies, onde h alunos que tm pais que
pertencem a religies particulares, encontraremos
apresentadas as mesmas verdades que so comuns a todas as
religies. A nica diferena que no livro-texto Teosfico as
vrias Escrituras das diferentes religies de todo o mundo so
citadas para fundament-las, ao passo que no livro-texto Hindu
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so citadas apenas as Escrituras Hindus. Esta a nica
diferena no que diz respeito s grandes idias; as idias em si
so idnticas.Compreendam que tudo o que digo conforme o meu prprio
entendimento das coisas. Esta viso no imposta sobre
nenhum membro, pois o dever de cada um pensar por si
mesmo. Ela no compromete a Sociedade como instituio,
pois ela s tem como requisito para admisso a aceitao da
Fraternidade Universal. Sou responsvel por aquilo que digo. O
que digo resultado de meu prprio estudo. Cabe a todos
vocs, Teosofistas ou no, membros ou no, usar seu prprio
intelecto, seu prprio julgamento, sua prpria conscincia na
ponderao de cada assero que eu fizer. No devem tom-
las como verdades prontas. Todos devem usar seu prprio
pensamento e no simplesmente seguir o pensamento alheio.
Isso vale especialmente porque vou tratar de assuntos muito
intrincados. Ao falar deles como verdades falo em grande
medida a partir de minha prpria experincia, e tambm
tomando certas declaraes como harmnicas com o que eu j
conheo, mas aplicadas a um campo de fatos mais vasto, alm
da minha atual capacidade pessoal de verificao. Pois estou
para dizer algumas coisas sobre o Cosmo mais vasto dos
sistemas solares que no sou capaz de examinar por mim
mesma. Trato apenas do assunto como um todo, e me
demorarei nesta parte s brevemente. Mas ela necessria a
fim de lhes apresentar uma viso bem mais completa, porque
existem muitos outros sistemas solares a respeito dos quais
no sei absolutamente nada. A maioria de ns fala sobre
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muitos fatos da cincia que no somos capazes de verificar;
por exemplo, no sou capaz, em astronomia, de verificar as
declaraes dos grandes astrnomos a respeito da situao e
relaes de nosso vasto sistema solar. Eu nunca estudeiastronomia. Se o tivesse feito, poderia mesmo assim no ter
conseguido o conhecimento dos grandes peritos nesta cincia.
Mas os vejo ensinando os fatos sobre o sistema solar que eles
mesmos observaram e coletaram, atravs de telescpios e dos
muitos outros meios de que dispem, como o espectroscpio,
e como eles examinaram a composio dos outros planetasalm do nosso prprio, devo aceitar suas novas concluses, se
elas de modo geral forem congruentes com o que j sabemos a
respeito da constituio do nosso prprio e das suas relaes
com outros corpos celestes, estudadas matematicamente, e
assim por diante. Ao tratarmos das chamadas declaraes
ocultas estamos em uma posio exatamente similar, a saber:declaraes a respeito de fatos relativos a uma ordem
particular de existncia, com a qual alguns de ns so capazes
de entrar em contato j em nosso prprio mundo, ordem esta
cuja existncia em certa medida podemos inferir a partir da
histria de nosso prprio mundo; h outros mundos que no
somos capazes de pesquisar ou obter deles conhecimento de
primeira mo; a seu respeito um grande nmero de
declaraes tm sido feitas por pessoas muito mais
desenvolvidas do que ns. Que uma boa parte do
conhecimento obtido confiando-se nos peritos vale para a
cincia oculta assim como para a astronomia. Certas partes da
verdade podem ser obtidas por ns mesmos, por nosso
prprio estudo, mas outras partes no. As condies so
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semelhantes quelas da astronomia, ou de qualquer outra
cincia. Devemos devotar muito tempo ao estudo. Devemos
estudar ao longo de certas linhas que foram repetidamente
comprovadas. Devemos perseguir o conhecimento de primeiramo, que o melhor, mas o mais trabalhoso modo de adquirir
conhecimento. Contudo, isso exige logo de princpio alguma
facilidade para aquela cincia em especial. Podemos encontrar,
por exemplo, algum que jamais poderia se tornar um grande
astrnomo, no importando o quanto estude; um homem que
tem dificuldade com matemtica jamais poderia se tornarrealmente um grande astrnomo, porque muito do estudo
astronmico requer domnio da matemtica superior. Se por
natureza um homem obtuso nesta cincia ele jamais poder
se tornar um grande astrnomo. O mesmo se d no estudo
oculto. H muitas pessoas que no possuem a faculdade que
lhes possibilite iniciar. Isso depende de seu passado, da linhade evoluo que seguem. O seu progresso depende de
possurem a faculdade, de quanto tempo estaro prontas a
devotar ao estudo, de em que extenso se adequaro s regras
estabelecidas pelos peritos no que diz respeito aos iniciantes,
e assim por diante. Admitindo que h uma grande diferena
entre a aceitao obtida pela cincia oculta e a aceitao que
recebem as declaraes astronmicas dos cientistas, todo
mundo, praticamente todas as pessoas instrudas, so
inclinadas a aceitar o testemunho dos grandes astrnomos
como fatos, mesmo que no sejam elas mesmas capazes de
observ-los ou verific-los. No uma questo de vida ou
morte se eles estiverem errados. Mas quando passamos a
tratar das declaraes da cincia oculta, algumas das quais
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encontramos nas grandes Escrituras do mundo, algumas das
quais encontramos nas antigas histrias do mundo, existe um
grande e injusto ceticismo entre os pensadores modernos. As
histrias so descartadas como se no passassem de lendas emitos. As Escrituras so descartadas como se fossem apenas
superstio, embora contenham as idias de povos antigos,
muito mais instrudos do que ns. Da a dificuldade do
Ocultismo em justificar-se, mas as pessoas deveriam
consider-lo exatamente do mesmo modo como fazem com a
cincia astronmica. Mas o homem de hoje rpido em aceitara cincia que se baseia em instrumentos. Onde se constroem
instrumentos altamente sofisticados como telescpios,
espectroscpios e todo o tipo de coisas de extraordinria
acuidade e sensibilidade, logo para ali sente-se atrada a mente
moderna, especialmente no mundo ocidental; diz-se ento que
ali est o maior avano nas cincias conhecidas. Este omodo como a mente funciona. Ela olha para os objetos e da
constri suas teorias atravs da observao, comparao,
classificao, e assim por diante. Para a mente moderna
comum tudo o que se desenvolve nestas linhas justifica
facilmente a si mesmo. No h questionamentos. O Ocultismo
trabalha de um modo diverso. Trabalha atravs do
desenvolvimento de novos rgos que existem dentro do
homem, em vez de produzir instrumentos externos ao homem.
Porm o desenvolvimento dos sentidos interiores, dos poderes
internos de observao, s pode ser feito sob certas regras,
regras que dizem respeito ao corpo e conduta do homem.
muito mais fcil comprar um telescpio e olhar a lua atravs
dele do que desenvolver nossa prpria natureza ao longo de
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linhas em que a evoluo ainda no nos acostumou. Eis a
dificuldade do estudo oculto. A pessoa prontamente se dispe
a se submeter a uma disciplina sem questionar se esta for
desenvolvida num laboratrio cientfico, mas questionafortemente se ela proceder da autoridade dos grandes
Conhecedores do passado. Agora vou lhes falar da espcie de
fatos obtidos desta forma. Portanto, vocs devem tom-los a
partir deste ponto de vista, e entender que no lhes peo para
crerem em qualquer coisa s porque sou eu quem o digo.
Apenas lhes apresento uma teoria sobre o Governo do Mundoque encontra na histria e na religio muitos fatos
corroborantes, mas que podem ser questionados por aqueles
que no aceitam a histria antiga, que no aceitam as grandes
Escrituras do mundo religioso - e dentre aqueles fatos que
acrescento em virtude de meu prprio estudo, comearei com
aqueles que sou eu mesma incapaz de verificar. Somenteposso lhes apresentar algumas razes para que sejam aceitos.
Em linhas gerais o seguinte: temos um sistema solar
consistindo de alguns corpos planetrios girando em torno do
sol. Estes corpos so estudados pela cincia comum, a qual
diz que se movem de acordo certas foras definidas, sob o que
chamamos de certas leis naturais definidas, que foram
estabelecidas e verificadas muitas e muitas vezes atravs de
observaes. De acordo com esta concepo cientfica, nosso
sistema solar em certa extenso um corpo autoconfinado. O
sol central de certa forma controla os movimentos dos corpos
planetrios que circulam em seu redor. E fora do sistema solar
temos o espao, um espao praticamente vazio. Mas a cincia
nos diz que h muitssimos sistemas solares. Somos apenas
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um dentre muitos. Ela nos diz que os sistemas solares existem
em grupos, e que o nosso pertence a um grupo, que em
conjunto circula em torno de um sol muito, muito distante nas
profundezas do espao; de modo que no somos totalmenteautoconfinados. Estamos sob outras influncias e nos
movemos, como um grande sistema grupal, de acordo com
outras leis. No nos preocupamos muito com isso porque
temos escassa capacidade de observao. Qualquer parte do
argumento cientfico praticamente uma induo a partir de
poucos fatos confirmados. Podemos formar a teoria de que sehouver um grupo exercendo certos poderes de atrao e
repulso, e se suas partes particulares se moverem de uma
forma que no pode ser explicada por nada que pudemos
descobrir, deve haver algo alm ainda desconhecido causando
estes outros movimentos que no podem ser atribudos a
nenhuma fora existente dentro de nosso prprio sistemasolar. Sei muito pouco sobre isso, e no quero me estender
mais neste ponto.Voltemos ao nosso prprio sistema solar, que por si j
bastante complexo para ns. Temos ento o sol e os planetas.
J sabemos que este sol e estes planetas so compostos de
certos tipos de matria. Foi descoberto pela cincia que a
constituio da matria de cada planeta contm substncias
que encontramos no nosso. Mas elas esto em condies
muito diferentes. Um ou dois podero talvez possibilitar a vida
humana, podero ter uma humanidade se desenvolvendo nele.
Obviamente outros no podero ter nada que se assemelhe
humanidade como a conhecemos aqui. Estas declaraes
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vagas so feitas de acordo com o que todos os peritos podem
dizer a respeito de nosso prprio sistema solar. Quando
passamos s grandes Escrituras do mundo, encontramos uma
declarao muito explcita de que todas estas formas dematria, os globos do sistema planetrio, so emanaes de
um Grande Ser que entre os Hindus recebe o nome de Ishvara,
assim como em portugus o de Senhor, ou Soberano. De fato
este Ser, a existncia deste Ser, no podem ser definitivamente
provadas a no ser ao longo da linha que mencionei no incio -
a obteno de conhecimento d'Ele encontrando-O em nsmesmos. A religio nos diz que tudo em nosso redor, todas as
coisas visveis e invisveis, so formas animadas pela Vida
nica. At onde diz respeito ao nosso mundo, uma eventual
prova disto se tornaria ento mais e mais til e valiosa para
ns. Podemos quase suspeitar, olhando para outros seres
humanos, que a vida em cada um deles quase a mesma que avida que temos em ns mesmos. Todos ns pensamos, todos
ns sentimos, todos ns agimos, temos paixes semelhantes,
emoes semelhantes, tipos de pensamento semelhantes,
faculdades e capacidades mentais semelhantes, e assim por
diante, diferindo em grau, mas no em essncia. Agora a
cincia comea a nos dizer que existe uma nica Vida em
todas as coisas, coisas que a cincia reconhece como sendo
vivas. Isso tem sido largamente demonstrado em nossa poca.
H muito a cincia j reconheceu que a natureza da vida no
animal a mesma que a natureza da vida no homem. S muito
mais tarde que ocidente reconheceu que a vida tambm no
vegetal difere em grau, mas no em tipo. Esta maravilhosa
descoberta se deve, como se sabe, a um indiano, SirJagadish
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Chandra Bose, antigamente professor na Universidade de
Calcut e pesquisador da verdade guiado em suas pesquisas
pelas Escrituras Hindus. No esqueamos que Jagadish
Chandra Bose declarou, em sua primeira grande palestra emLondres a respeito da vida nas plantas, que esta era idntica
vida nos animais e no homem - ele disse isso diante da Royal
Society, diante de todos os pensadores materialistas da
Inglaterra e, atravs deles, diante de toda a Europa, e ele
encerrou aquela famosa palestra com a frase de que ele
somente estava provando o que seus ancestrais j haviamcantado s margens do Ganges. Isso uma verdade literal. H
uma Vida nica e as pessoas A chamam de vrios nomes.
Muitas e muitas vezes esta profunda verdade foi declarada sem
hesitao, sem dvidas, sem questionamentos, nos
Upanishads e em toda a grande literatura da ndia. Assim .
Esta a voz dos livros. Um grande comentador dos Vedas,Sayana, disse, como sabemos, esta mesma coisa sobre a Vida
nica - ele disse: a Vida nica se manifesta no mineral como
sat, existncia, e o mineral apresenta esta poro da Vida
nica. A mesma Vida nica se manifesta no vegetal, e nele se
manifesta como ichchha, desejo. No animal a mesma Vida
nica se apresenta muito mais fortemente como ichchha e
tambm como chit, pensamento; mas o todo se apresenta no
homem, que percebe o antes e o depois e se torna
autoconsciente. Isto j foi dito h muitos sculos, h milnios,
mas nunca numa forma que satisfizesse os cientistas do
sculo XX. Baseado nisto, seguindo esta direo, aceitando
esta grande verdade dos antigos Rishis (Santos ou Sbios),
Jagadish Chandra Bose comeou a trabalhar e provou-a no
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plano fsico, demonstrou-a com seu instrumental fsico,
apresentou experincias que a comprovaram alm da
possibilidade de qualquer dvida. Mas isso no foi aceito de
incio, no acreditaram nele. O mundo da cincia ocidental noestava preparado para dizer que um cientista indiano, atuando
segundo as linhas de suas Escrituras, havia provado uma
coisa que nenhum deles havia descoberto, e muito menos
provado. Mas chegou enfim o dia de seu triunfo. Seus fatos
foram aceitos, suas concluses se provaram verdadeiras.
Como sabemos hoje ele um membro da Royal Society, o maisalto reconhecimento que a Inglaterra pode dar ao gnio
cientfico. E tudo partiu das Escrituras. Hoje podemos tomar
estes fatos como cientificamente provados, mas no reino
mineral ainda no suficientemente explorados. Aqui se indicou
apenas um comeo de verdade. Por exemplo, encontramos a
fadiga entre os minerais. Quando o mineral descansa, a fadigadesaparece. Sua mquina cansa. O operrio pode lhe confirmar
isso. Ela no precisa de conserto, s de descanso. Depois ela
recupera sua eficincia e volta a funcionar. Mas ainda no est
completa a prova de que ela tem vida e no apenas possui o
que chamaramos de reao inanimada. Porm pessoalmente
estou preparada para aceitar que ela possui vida, a partir dos
antigos ensinamentos, e tambm de meu prprio
conhecimento a respeito da evoluo da vida mineral.At aqui estamos lidando com questes muito amplas. Sobre o
sol h muita discusso em andamento. O sol perde ou ganha
energia? Ele a perde, dando continuamente calor para outras
coisas, ou ela recuperada por objetos de se precipitam sobre
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o sol, e assim o realimentam mais rpido do que ele se esvai?
Estamos prontos a aceitar, temporariamente, a teoria adotada
pelos astrnomos a este respeito. Acredito que o sol seja a
vestimenta de um Grande Ser, seja um centro de Vida, umavastssima Vida Autoconsciente. O mesmo crem os Hindus.
Geralmente se fala que Narayana o grande Ser no sol. Neste
sentido, o sol a manifestao, o corpo, do Ishvara deste
sistema. Vemos que nos ensinamentos Teosficos, que
seguem a linha das antigas fs, o termo Logos (Verbo) usado
para designar a Deidade, o Ishvara do sistema. MuitosTeosofistas, que estudaram o assunto, aceitam esta concepo
a respeito do sol de nosso sistema como sendo o corpo de
nosso Logos, Ishvara, mas no se d muita nfase a isto, nem
se o menciona muito amide. s vezes falamos do Logos
Solar, fazendo esta distino, porque os Hindus crem que h
muitos Ishvaras em posies mais e mais altas, culminando noUm. Lembremos como o Bhagavata fala sobre isso, sobre as
grandes hierarquias de Ishvaras ascendendo umas sobre
outras. Para todos os propsitos prticos nos limitamos ao
Ishvara de nosso prprio sistema e, como sabemos, o grande
mantra Gayatri um apelo a Deus no sol. Esta a razo,
obviamente, pela qual em tantas religies as pessoas se voltam
para o leste em suas preces. No se restringe aos Hindus isso
de voltar-se para o sol nascente durante o culto, no um culto
ao corpo solar exterior, mas a Deus no sol. Tudo em nosso
sistema solar depende da Vida, calor e luz do sol. Ele a fonte
de toda a energia pela qual o sistema solar existe, e tem nele a
insondvel energia do Divino.
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Quando perguntamos como se originou o sistema solar, vemos
que o ensinamento oculto vai um pouco alm do ensinamento
literal dos livros sagrados. Alguns deles usam a palavra
ichchha, desejo. s vezes encontramos a palavraprana, alento,que um termo bem preciso. O mais alto Ishvara emana a
matria primordial. O Ishvara de nosso sistema solar, operando
no que a cincia chama de pr-nebulosa, o ter, o ter do
espao, isola uma poro disso atravs da criao de um anel,
e dentro dos limites deste espao circunscrito pelo anel
formado nosso sistema solar. Seu Alento, penetrando nesteter, forma as bolhas primordiais - no h palavra melhor para
expressar esta ao - e a partir delas os tomos do nosso
sistema solar se formam por agregao. Apenas apresento o
fato porque isso em certa medida tem sido verificado em
observaes; estas agregaes bolhosas, que so agregaes
pr-atmicas, de fato existem. No precisamos nos estendernisto.Quem que, reunindo o material trazido existncia pelo
Alento Vital do Logos, o Alento Vital de Ishvara, constri as
agregaes? Novamente a ao do prprio Ishvara, em Seu
Aspecto como Brahma.Agora passamos diviso da Vida divina em trs grandes
formas de manifestao, e Brahma, tomando este material
bruto, Quem o modela atravs de diferentes estgios que
chamamos de sub planos, at por fim o que chamamos de
tomos qumicos. Assim descemos at nosso mundo. Depois
que uma imensa quantidade de material formado trazido
assim existncia pelo pensamento de Brahma, dizemos que a
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Atividade Criativa entra em operao. Ento chega outra
grande onda de Vida que modela os tomos em formas, no
meramente formas moleculares, mas formas como minerais,
como vegetais, como animais, como selvagens, homens semmente. Tudo isso se sucede atravs das eras, esta construo
dos planos e de seus habitantes por aqueles Seres,
mencionados no sucinto resumo de abertura, a quem
chamamos de Construtores de um Cosmo. Assim estes
Construtores do sistema so os poderosos Seres que
procedem de um Cosmo anterior, e que se uniram a Ishvara,obtiveram um moksha [liberao, o mesmo que Nirvana -
Dicionrio Teosfico, H. P. Blavatsky] da mais alta classe,
como que penetraram no corpo do prprio Ishvara, e se
tornaram unos com Ele. Todos os primeiros Construtores de
um Cosmo so estes grandes e poderosos Devas, que so
trazidos por Ishvara para serem Construtores de Seus mundos.Aqui novamente falamos a partir da autoridade das grandes
Escrituras e de outros ensinamentos ocultos.Por ora estamos tratando de nosso prprio sistema solar.
Porm, no mais alto sentido do termo, a Hierarquia Oculta do
Cosmo significa Ishvara e os Construtores de todo o sistema,
os grandes Seres que governam e guiam e sustentam e dirigem
todo nosso sistema solar. De modo algum podemos alcan-
los. Temos de lidar com planos muito inferiores. Temos de
chegar em nosso prprio mundo. Assim que o fazemos,
chegamos a uma esfera de conhecimento que pode ser
trabalhada e que apresentada em linhas gerais nos grandes
livros, e isto em grande parte verificvel, atravs de estudo,
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por aqueles de ns que tm inclinao para tal - assim como
falamos de uma inclinao para matemtica ou geologia - e que
se dispem a seguir a disciplina que torna possvel obter
informao de primeira mo. Assim chegamos HierarquiaOculta de nosso prprio mundo, composta de Governantes, de
Instrutores e de Foras. Note-se esta tripla diviso. Ela est
relacionada com a trplice natureza de Ishvara, a qual, em todas
as coisas que procedem d'Ele, se manifesta no aspecto vida
que anima as formas. Devemos sempre procurar perceber esta
triplicidade. Ns a temos em ns mesmos, em nossa prpriaconscincia. Sabemos muito bem que ela tem trs modos de
atuar, nem mais nem menos. Temos Jnanam, Ichchha e Kriya.
Temos a Conscincia, que reconhece as coisas exteriores a si
mesma, e que se desenvolve em Jnanam, Conhecimento. E
depois Ichchha, Desejo em sua forma inferior, e Vontade,
Poder, em sua forma superior. Depois temos Kriya, Atividade. Es quando estes trs esto desenvolvidos que temos um ser
autoconsciente. Da ele analisa sua prpria conscincia. Ele
encontra em si mesmo a triplicidade que demonstra a
existncia de Ishvara em sua prpria natureza. Esta triplicidade
reconhecida em toda parte. A cincia ocidental a reconhece
em sua anlise da mente. Ningum que tenha estudado o
assunto, seja atravs dos livros antigos seja atravs dos
modernos livros de psicologia, pode neg-la. O ocidente
muito mais vago, pois as lnguas ocidentais no so adaptadas
para as formas sutis de estudo como o o snscrito. Deve-se
lembrar que uma lngua construda atravs dos pensamentos
do povo que a usa. No ocidente, ao tratar do lado mais sutil da
cincia, temos de nos valer de outras lnguas, e criar novos
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vocbulos para as coisas novas que so descobertas pela
psicologia. Destarte temos uma longa srie de palavras que
devem ser conhecidas e entendidas pelo psiclogo que se
mantm atualizado. E assim o idioma se enriquece. Muitas dassuas palavras foram tomadas do snscrito, e tambm do grego
e do latim, que so as lnguas clssicas da Europa. Aceitemos
ento que j foi provado cabalmente que h trs aspectos da
vida, e que eles existem em Ishvara ou no Logos. Em sua forma
superior so chamados de Sat-Chit-Ananda. E no Ishvara de
um Cosmo elas aparecem como Jnanam, Ichchha e Kriya. Omesmo se d no homem, em um nvel muito inferior. Assim
chegamos ao nosso prprio mundo. S temos de abordar um
outro ponto antes de prosseguir, porque eu falei de apenas
duas grandes ondas de vida - a primeira atuando sobre o
material dado pelo Alento do Logos, e a segunda que modela
aquele material nas formas que encontramos em nosso prpriomundo. A terceira grande onda de Vida a que no homem, e s
no homem, unifica o superior e o inferior, o Esprito que
levado a um contato direto com a matria dos subplanos
inferiores; este o resultado do terceiro grande impulso que
procede de Ishvara, em que o Esprito, que um fragmento de
Si mesmo, toma posse definitiva do corpo que tem para
trabalhar, no somente no plano fsico, mas em todos os
planos inferiores, os mundos mais vastos dentro dos quais
existe nosso mundo. Eles so, como sabemos, o plano fsico, o
plano astral - que chamamos de emocional - e metade do plano
mental, que constituem juntos os mundos dos corpos
inferiores. E depois o mundo do Intelecto, o mundo de Buddhi,
ou da autopercepo, ou intuio, e depois o de Atma, a
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reproduo do Esprito divino em ns mesmos, constituem a
parte superior do universo quntuplo. Isto o homem na
perfeio de suas partes, os estgios de sua conscincia e os
corpos em que elas atuam. No preciso me estender nisto, mass relembrar-lhes fatos notrios. Conhecemos as vrias
categorias de corpos - o Sthula Sharira e o Sukshma Sharira, e
depois os Koshas, as subdivises dos corpos mencionadas
nos Vedanta.No nos interessa hoje abordar a constituio do homem,
embora devamos t-la em mente, mas nos interessa sim a
existncia de uma Hierarquia Oculta em nosso mundo,
exemplificando aqueles trs grandes grupos. Esta Hierarquia
veio a ns de outro lugar.Agora que falo isso, hesito. Eu estava prestes a dizer que falei
a partir de meu prprio conhecimento. Mas deveria terexplicado melhor. perfeitamente possvel desenvolver uma
faculdade de "olhar para trs", e ler o que chamamos de
"Registros Ocultos" do mundo, que abrangem muito mais do
que a nossa histria comum; procurando por eles, aquilo que a
cincia est principiando a chamar de "memria do mundo",
ela est comeando a reconhecer como uma realidade quetodos os eventos permanecem nesta memria do mundo; a
cincia faz o que parece ser a princpio a espantosa declarao
de que se viajarmos at um certa distncia de nosso prprio
mundo, at algum outro globo, poderemos ver os eventos que
aconteceram em nossos mundo h milhares de anos atrs.
Isso soa um tanto surpreendente se for a primeira vez que
vocs ouviram falar disso. A viso depende do deslocamento
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da luz. Mas a viso, como a conhecemos, no poderia transpor
os imensos espaos necessrios. Mas se pudesse, uma
pessoa em um planeta distante veria coisas que ocorreram
aqui muito depois de elas terem acontecido. Por que ouvimos osom de uma arma de fogo s bem depois de vermos a fasca
do disparo, uma vez que o disparo e o som so simultneos?
Porque o som viaja muito mais devagar que a luz. A luz se
desloca to rapidamente que a um quilmetro ou mais de
distncia no percebemos o intervalo entre o disparo e sua
fasca. Mesmo assim a luz viaja a uma velocidade definida. Um"ano-luz" a distncia em que a luz viaja no perodo de um
ano. As distncias astronmicas so to grandes que so
medidas em anos-luz. Suponhamos que nos desloquemos a
uma distncia de mil anos-luz, e que sejamos capazes de ver
atravs desta distncia descomunal para o estado da Terra h
mil anos atrs quando a luz a deixou, e ento olhando para onosso mundo veramos o que estava acontecendo h mil anos
atrs. Para entendermos isso s precisamos de um breve
pensamento, uma pequena imaginao. muitssimo claro e
simples, basta pensarmos. Os eventos esto todos l o tempo
todo. Mas para v-los em qualquer ponto preciso haver um
rgo de viso. Se conseguirmos apenas isso ento
poderemos ver toda a histria do mundo como se viajssemos
de volta para o mundo atravs do raio de luz, olhando os
registros nesta luz. Isso com efeito exatamente o que faz o
Ocultista, embora no o faa desta forma, mas a partir de um
ponto de vista em que os registros passam como se fosse um
filme; uma analogia imperfeita, mas h de servir. O Ocultismo
os chama de Registros Akshicos. A cincia ao procur-los diz
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que eles devem estar l, mas no sabe como alcan-los.
natural. Eles s podem ser acessados atravs do
desenvolvimento de certas faculdades que existem no homem.
neste sentido que eu falo do que "vi". neste sentido que eudisse que a Hierarquia veio de outra parte, porque eu vi
aqueles grandes Senhores da Luz vindo para nosso mundo;
foi-me dito que Eles vieram de Shukra, Vnus, que deu ao
nosso mundo o incio de sua Hierarquia Oculta. Isto, porm,
est alm de meus poderes de pesquisa, eu vi apenas Sua
chegada. H algumas tradies em alguns de nossos livros,que falam da vinda dos grandes Senhores. Lemos neles, por
exemplo, a respeito dos Kumaras. De onde Eles vieram? Quem
so Eles? Eles vieram para nosso mundo de algum lugar. Os
Registros Ocultos e os livros Hindus dizem que estes grandes
Seres vieram de Shukra. Eles vieram para nosso mundo porque
nosso mundo estava pronto, estava em um estgio deevoluo em que os homens estavam capacitados para receber
aquela grande onda de Vida que tornou possvel o intelecto
humano. E Eles vieram porque sem a orientao de Seres
superiores o intelecto teria se desencaminhado, teria
mergulhado em um mundo cheio de paixo e natureza animal,
para grande prejuzo da evoluo futura dos seres humanos.Assim, nos livros Teosficos aquele perodo da Chegada
chamado de metade da Terceira Raa. Agora estamos na
Quinta Raa, a nossa prpria Raa-Raiz. A Quarta Raa, como
se sabe, inclui os chineses, os japoneses, os mongis, e
outros afins. Eles pertencem Quarta Raa, a qual supera em
nmero a Terceira e a Quinta. Os povos da Terceira Raa esto
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desaparecendo, salvo onde se mesclaram com povos de Raas
posteriores. Na etnologia usualmente os chamamos de
Lemurianos. Tambm empregamos este termo em livros
Teosficos. Os Lemurianos, a Terceira Raa, se desenvolveuatravs de subdivises, ou sub-raas, e na metade da evoluo
desta raa chegaram os Filhos da Luz, os Filhos do Fogo,
como so chamados em alguns livros. Eles fundaram a
Hierarquia Oculta de nosso mundo. Os maiores de nossos
Rishis pertencem quele Grupo. Acabei de citar os Quatro
Kumaras. Eles foram Aqueles que originalmente vieram paraajudar nosso mundo, e ainda esto entre ns. So Eles que
lemos viverem na Ilha Branca, citada nos Puranas. Esta Ilha
Branca parte da sia Central, cuidadosamente guardada
contra intrusos, mas ainda existente. Ela no a terra natal de
nossa Raa, mas como que seu berrio, onde ela se
desenvolveu. Lembremos o notvel livro do Sr. Tilak, TheArctic Home of the Aryan Race, onde ele chegou muito, muito
perto da verdade oculta. A terra onde as sementes da grande
Quinta Raa foram escolhidas existia mesmo antes disso. Elas
foram escolhidas pelo Senhor Manu Vaivaswata. Sobre isso
teremos de falar amanh. S quero lhes apresentar por ora as
trs grandes divises encontradas na Hierarquia. Primeiro
temos o Grupo de Governantes, com os quatro Kumaras sua
testa, os Governantes do mundo. Eles lidam com as naes,
Eles lidam com as Raas, Eles lidam, atravs dos grandes
Devas, com a configurao do mundo no que diz respeito a
terra e gua, e com os tremendos cataclismos e catstrofes,
terremotos e maremotos, que alteram toda a superfcie de
nosso mundo na distribuio de terra e gua. Seu
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desencadeamento obra Sua. Portanto, damos a Eles o nome
de Governantes. Eles so os verdadeiros Governantes internos
de nosso mundo.A seguir temos o grande Grupo de Instrutores da humanidade.
Nele encontramos todos os Fundadores das grandes religies,
os Buddhas da Religio, assim como temos os Manus no
primeiro Grupo. Estudemos isso mais a fundo - os Buddhas, os
Fundadores das crenas mundiais, os Instrutores. Eles
pertencem todos a este grande Grupo. Ento vem o terceiro
Grupo, a quem chamei de Foras. O motivo de eu empregar
esta denominao porque cada um destes Grupos utiliza uma
espcie de fora para seu trabalho. Os Governantes usam um
tipo especial de fora, os Instrutores usam uma outra fora
especfica, e os outros empregam todos os outros tipos
restantes de foras que levam a cabo as atividades do mundo.
O primeiro grande Grupo de Governantes atua atravs da
Vontade-Poder. Isto, diz-se, em sua forma inferior Ichchha, e
em sua forma superior Vontade. A Vontade ou Poder a
caracterstica natural dos Governantes. atravs desta fora, a
fora da Vontade, que atuam os Governantes, os Governantes
Ocultos do mundo. Ento vem o grande Grupo de Instrutores, e
aqui vemos que eles atuam atravs de Jnanam, Conhecimento.
Eles, como Instrutores, possuem um conhecimento detalhado
sobre nosso mundo, de modo que logo antes de uma nova
religio ser fundada vemos que apareceu um novo tipo de
homem. Quando o novo tipo formado pelos Governantes,
entram em cena os Instrutores para ensinar o novo tipo, e
ajud-lo a evoluir. O terceiro grande Grupo, o Grupo de Kriya,
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Atividade, que chamarei aqui simplesmente de Foras - talvez
por falta de palavra melhor - leva a cabo todas as atividades de
nosso mundo, e tambm eles so dirigidos por um Grupo de
grandes Seres, de forma que podemos imaginar este GovernoOculto do Mundo dividido em trs Grupos de acordo com as
qualidades, ou Aspectos, do prprio Ishvara. Como vimos, ou
como poderemos constatar nos Shastras, os Grupos so
idnticos em Sua natureza, de modo que se procurarmos pelos
seus nomes nos Shastras Hindus, encontraremos Mahadeva,
em Quem a caracterstica Ichchha (Vontade); Vishnu, cujagrande caracterstica Jnanam (Sabedoria), e ento Brahman,
cuja principal caracterstica Kriya (Ao). Vemos como a
coisa toda bem ordenada - Ishvara no centro de tudo com
Sua tripla manifestao; a cpia de Saguna Brahman, o
Sachchidananda Brahman, manifesto na totalidade do
universo. Ento chegamos, aps uma longa descida, aosIshvaras dos sistemas, e ali a grande triplicidade se apresenta
no que podemos chamar de formas especializadas,
apresentando os Ishvaras os trs Aspectos nos
correspondentes Gunas (atributos). Este o Governo de um
Mundo no sistema. Passando para um nvel muito mais abaixo,
encontramos os trs novamente, separados pelo trabalho que
h de ser feito. Assim temos os Governantes, caracterizados
pela Vontade, os Instrutores, caracterizados pela Sabedoria, e
as Foras, caracterizadas pela Atividade - tudo em perfeita
ordem seqencial, de modo que se aprendermos o arranjo
interno do mundo seremos capazes de subir passo a passo, e
compreender que o arranjo que encontramos nas grandes
Escrituras do mundo o mais elevado. E assim como existe no
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alto, existe embaixo, sendo o inferior modelado semelhana
do superior, refletindo-Se o Supremo cada vez mais abaixo, at
chegar ao globo individualizado. A analogia perfeita. Por isso
est escrito "Assim em cima como embaixo". Chegamos destaforma nossa prpria Hierarquia Oculta, denominada de
Rishis, os poderosos Seres que de tempos em tempos
aparecem, nos Puranas e Itihasas, nos velhos tempos andando
entre os homens, consolando-os, ajudando-os, quando cada
Raa est sendo fundada. Obviamente a palestra desta noite
aborda temas que para a maioria de vocs so de impossvelverificao, mas um esboo destas coisas necessrio a fim
de que possamos elaborar uma grande imagem, e atravs
desta imagem possamos chegar imagem de nosso pequeno
pedao de mundo - um lugar absolutamente insignificante em
meio ao vasto universo. Aqui seremos capazes de estudar mais
a fundo. Aqui seremos capazes de descobrir o que de fato estacontecendo, as Foras por trs daqueles que aparentemente
so os governantes, instrutores e atores em nosso mundo, o
verdadeiro Governo Interno do Mundo atravs do Poder, da
Sabedoria e da Atividade, manifestos na Hierarquia Oculta de
nosso mundo, com os quatro Kumaras sua testa.***
PALESTRA 2
O Mtodo de Evoluo
A Construo do Homem
A Construo das Raas e Sub-Raas
Os Manus
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AMIGOS:Vocs lembraro que na noite passada paramos no ponto em
que estvamos considerando o Governo especial de nossoprprio mundo, a assim chamada Hierarquia Oculta, cujos
Seres componentes vieram do planeta Shukra (Vnus) no
ponto mdio da Terceira Raa. Eu lhes assinalei que na
Hierarquia se encontra a diviso trplice que o reflexo do
prprio Ishvara nos trs aspectos em que Ele Se revela.
Pensando por um momento no Brahman Supremo, o Brahman
com atributos, o Saguna Brahman, percebemos que ali temos a
mesma diviso trplice que reaparece em toda a linha
descendente do lado Vida, do lado Conscincia dos seres no
Cosmo, at onde sabemos, e provavelmente se encontrar fora
de nosso Cosmo da mesma forma, como resultado inevitvel
da Unidade do Supremo com Seus nem mais nem menos trs
Aspectos. Ento, pensando no Ishvara de um nico sistema,
um nico sistema solar como o nosso, reconhecemos a mesma
triplicidade, e ento, falando da prpria Hierarquia Oculta,
vemos que nesta Hierarquia tambm encontramos a mesma
triplicidade. Considerando de um ponto de vista exterior por
um momento aquilo que s vezes chamamos de
personificaes, a Deidade antropomrfica, temos em todas as
Trindades das religies, exatamente como na Trimurti Hindu, o
reconhecimento dos trs Aspectos em Um. Pensamos em
Brahma, Aquele que cria o universo. Pensamos em Vishnu, que
o sustenta e preserva. Pensamos em Mahadeva, o poderoso
Ser que concede ao homem a centelha imortal da Divindade
que a fonte de toda a evoluo na raa humana, assim como
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na sub-humana. Assim passamos a ver que uma coisa
natural que na prpria Hierarquia - os Governantes diretos do
nosso Mundo, encarnando as qualidades divinas neste
Governo Interno do Mundo - encontremos a mesma divisotripla que encontramos no Cosmo exterior mais vasto. Desta
forma lhes digo que a encontramos nos Governantes, a
encontramos nos Instrutores, e a encontramos nas Atividades
que eu resumi sob o nome de Foras, lembrando que com a
palavra "Foras" temos todo o conjunto de atividades do
Cosmo que no se encaixam nas categorias de governo eensino; e com isso podemos por ora pensar em uma grande
pintura, em que testa dos Governantes se encontra
Mahadeva, o Soberano nico por trs de todos que exercem a
funo de governar. Da mesma maneira podemos pensar nos
Instrutores distribuindo ao mundo o Aspecto Sabedoria, que
encontra como que uma encarnao em Vishnu, aquelaSabedoria que as Escrituras Hebraicas falam que "poderosa e
suavemente organizou todas as coisas". E ento em Brahma,
Atividade, o Terceiro Aspecto, a atividade desenvolvida por
todas as foras distribudas segundo os seus prprios lderes,
temos a expresso do Amor do Supremo revelada em Sua
prpria manifestao na emanao do mundo. Entre as lendas
e histrias dos livros sagrados encontramos uma resposta
pergunta ouvida to amide e to raramente respondida: "Por
que Deus emanou, ou criou, o mundo?" Encontramos a
resposta assim: "Porque o Amor Supremo, Deus, desejou ser
amado", e como as vidas que d'Ele procederam eram
fragmentos de Sua prpria Vida por causa daquela verdadeira
unidade de origem, os seres inteligentes que emanaram d'Ele
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passaram a amar Aquele de Quem vieram. Esta apenas uma
de vrias respostas, muito bela e potica, contendo uma
profunda verdade, a de que o grande sinal do Amor da Deidade
se mostra em Sua Atividade. V-se nas diferentes religies domundo que todas reconhecem esta Atividade e Poder e
Sabedoria de parte do Supremo Senhor do Universo; mas
algumas preferem chamar a Atividade de Amor, sendo a
criao o grande sinal de amor, considerando-a a partir do
nosso prprio ponto de vista; ento os Aspectos chamam-se
Poder, Sabedoria e Amor. Encontramos em outras religies,como por exemplo entre os gregos, a idia de que uma das
grandes qualidades da Deidade antes a Beleza do que o
Amor. Para os gregos a Beleza impressionava mais como
caracterstica da manifestao divina. E esta viso da
Divindade tem sido repetida e reiterada pela cincia moderna.
Quanto mais a cincia investiga os inumerveis seres que soencarnaes do Amor divino em nosso mundo, mais ela
considera que a Beleza o seu inevitvel sinal de
manifestao. Podemos ir alm do poder da viso humana.
Podemos nos valer do microscpio para nos ajudar no estudo
daquilo que pequeno demais para o olho humano ver sem
ajuda. Quanto maior o poder do microscpio mais
deslumbrante o detalhe na manifestao da Beleza. Assim,
nestes objetos invisveis que nenhum olho humano pode ver
sem o poder magnificante do instrumento, encontramos belas
formas traadas na superfcie do corpo, criaturas vivas com
maravilhosas formas curvas, ngulos e linhas delicadamente
dispostas com admirvel perfeio, e por isso os gregos,
quando nos dizem que "Deus se manifesta como Beleza",
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descobrimos que Sua manifestao em Seu universo
comprova bem a antiga idia grega. bom que no
esqueamos disso, porque na religio mais moderna do
Cristianismo houve uma grande revolta contra esta idia daformosura do universo e da beleza do corpo humano, que era
parte do pensamento to inspirador do mundo grego. Nesta
concepo Crist a beleza uma coisa que desvia o homem de
Deus, em vez de ser uma manifestao de Sua natureza mais
ntima. Sabemos que a idia Puritana no lado Protestante do
Cristianismo desprezava os objetos belos como sendotentaes, em vez de aceit-los como manifestaes da Beleza
suprema. Por causa desta concepo sobre a beleza os
homens perderam de vista esta faceta da Divindade que
caracteriza todas as atividades do Supremo.Passando nossa Hierarquia, dividida desta forma trplice,
faamos uma pequena pausa a respeito desta organizao a
fim de analis-la mais de perto; tomemo-la em duas palavras
que eu empreguei quando falei sobre a palestra de hoje, ao fim
da apreentao dos assuntos que trataremos - os Manus e os
Buddhas. Os Manus esto na linha dos Governantes (Os
Buddhas sero abordados na terceira palestra). Quero me
demorar por um momento nesta grande manifestao de Poder
ou Vontade. H muitas coisas nos Puranas que lana grande
luz sobre este assunto mais obscuro, e porque as frases
usadas no foram sempre entendidas, muito do que foi dito
como ajuda e instruo para os homens escapou das mentes
daqueles a quem foram dadas estas grandes Escrituras para
auxlio do mundo. Em todas as religies, na verdade em todas
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as organizaes, sejam chamadas especificamente de
religiosas ou no que cresceram sob o impulso da Hierarquia,
h um certo nmero de smbolos, de nomes e de analogias,
que parecem ter sido utilizados pelos grandes Conhecedoresdo passado, de modo que ao apresent-las para auxlio do
mundo sob forma de ensinamentos, aquilo poderia subsistir,
mesmo quando seu significado fosse esquecido devido
passagem do tempo, de forma que pudessem permanecer
como testemunhos da profundeza e completude do
ensinamento original dado grande Raa Ariana, a fim de queem dias posteriores pudesse haver mais um testemunho do
conhecimento antigo. Assim se poderia perceber que ao longo
de todos os milnios da histria este conhecimento de fato
esteve incluso nos livros sagrados, para que tivesse seu
testemunho sempre pronto para vir luz quando a evoluo
desta Raa, tendo ultrapassado o tempo em que como crianaso aprendera de seus preceptores, j que em sua juventude e
recente maturidade muito do conhecimento foi perdido e,
ento, passando plena maturidade, pudesse recuperar o
ensinamento do passado e perceber que ali estava toda a
descrio de sua evoluo, que aquele ensinamento esteve
sempre disseminado em toda a sua tradio desde os seus
primeiros dias. Encontramos, assim, nos Puranas, aquele
nome que eu citei ontem como estando ligado a este primeiro
grande grupo de Governantes, o nome dos quatro Kumaras.
No existe muita coisa a Seu respeito. No foram dadas muitas
explicaes. Mas fala-se n'Eles como sendo "os Quatro", ou "o
Um e os Trs". Aquele que chamado o mais velho dentre Eles
- para Quem o tempo pode ser dito tratar-se apenas de uma
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palavra, pois Eles esto alm de suas iluses - chamado de
Sanat Kumara, o Eterno, o Antigo; em dias posteriores ele foi
denominado de o Ancio, mas melhor pensarmos n'Ele como
Eterno, para Quem o tempo no significa nada.O tempo apenas uma das maneiras em que a conscincia
limitada tenta medir por si mesma, a fim de obter maior clareza
de pensamento, os intervalos pelos quais e nos quais capaz
de pensar, pois a ordem no tempo s um sucedneo da
verdadeira medida do tempo em estados de conscincia, e no
o movimento do sol, da luz e das estrelas. Estas somente so
empregadas pela mente humana para que tenha um parmetro
fixo, mas que no corresponde verdade. Desta forma temos
esta idia do Eterno, Aquele que est alm do tempo, e para
Quem toda a sucesso simultaneidade, a Quem chamamos
s vezes de "Eterno Agora". Sua concepo unificada. Temos
de tentar, por mais fracamente que seja, compreender isso com
nossa conscincia limitada, que fala de um passado, um
presente e um futuro. No se percebe que existe uma
possibilidade de o todo ser de fato simultneo, e influenciando-
se mutuamente, o futuro afetando o passado, como dito que
o passado afeta o futuro. Mas isso uma coisa mais para que
pensemos por ns mesmos em contemplao do que tentemos
explic-la uns para os outros. Nossa lngua, baseada na prpria
idia da sucesso, no pode expressar em nenhuma forma
inteligvel aquilo que no conhece sucesso. E "Eterno"
praticamente a nica palavra de que dispomos para transmitir,
embora debilmente, embora pobremente, o grande pensamento
do "Agora". Porm a palavra "Eterno" no deve ser confundida
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com "perene". Lembremos que a palavra aplicada
corretamente quele grande Ser alm do nosso conhecimento,
chamado nos Puranas de O Kumara Mais Velho, o grande Ser
chamado Sanat Kumara, o Eterno. E com Ele, residentes namstica cidade de Shamballa, a Jovem Ilha Branca, esto os
Trs, os outros Kumaras, ditos Discpulos d'Aquele que o
Lder do Governo Interno de nosso Mundo.Helena Blavatsky fala dos Trs, e Seu nome deriva do
Budismo, que os denomina Pratyeka Buddhas, os "Buddhas
Solitrios". Este nome absolutamente no adequado, uma
denominao qual tem sido associada uma conotao
completamente inaplicvel excelsa altura da existncia super-
humana. Mas deram-Lhes este nome porque "Buddha" tem
sido o nome dado especialmente ao Instrutor Supremo. Mas
porque Eles no ensinam, sendo a Sua obra de governo e no
de ensino, os homens, em sua ignorncia, tecendo conjeturas
a respeito do fato de Sua grande existncia, Os chamaram de
Buddhas Solitrios - sozinhos, isolados - e chegou-se ao ponto
de Lhes aplicar o monstruoso adjetivo de "egostas". Como os
seres humanos so tolos, infantis, tentando julgar Vidas to
mais exaltadas do que a deles mesmos! A Doutrina Secreta
emprega a frase "Mais alto do que os Trs s existe Um, na
Terra e no Cu". Muitos estudantes se admiram com o
significado da frase. Blavatsky freqentemente fala a partir de
declaraes feitas por amigos Hindus e Budistas. Ao lermos,
sobre os Quatro Kumaras, que Eles so os Lderes de todo o
poder e Governantes do nosso mundo, bastante simples
perceber que estamos de fato diante dos Quatro Grandes, que
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esto testa do Grupo de Governantes, e que "o Trs e o Um"
somente a diviso bvia entre o Lder e os Trs que esto
imediatamente abaixo d'Ele no Governo Interno do Mundo.Deixando estes Quatro e, digamos, descendo, chegamos ao
grande subgrupo dos Manus. Eles esto um pouco mais perto
de nossa possibilidade de compreenso. Seu trabalho
claramente explicado. Eles esto especialmente relacionados
com a evoluo das Raas. Onde quer que haja de nascer uma
grande Raa no mundo - as chamadas Raas-Razes, porque
diversas sub-raas surgem a partir delas - ento vemos um
Manu trabalhando. Os dois que esto especialmente ligados ao
atual estgio de evoluo de nosso globo so o Manu da
Quarta Raa e o Manu da Quinta Raa. S existe um Manu para
cada Raa. Temos de lembrar disso desde o comeo. H certos
grandes Seres indicados na Hierarquia Oculta para serem os
Pais das Raas. Como eu disse, os dois com quem estamos
mais interessados agora so os Manus da Quarta e da Quinta
Raas. O Manu Vaivasvata, como sabemos, o Manu da Quinta
Raa, ou da Raa-Raiz Ariana, esta Raa de que s vezes se
fala ser "Filha do Manu". Por exemplo, temos strotas (versos)
que falam especialmente dos filhos do Manu porque h esta
peculiaridade a respeito da obra de um Manu, a de que toda a
Raa-Raiz tem origem n'Ele. Literalmente Ele o Pai de Sua
Raa. No sabemos tanto sobre os primrdios da Quarta Raa
como sabemos sobre os da Quinta. Sabemos apenas da
existncia do grande Ser geralmente chamado de Manu da
Quarta Raa, e que ainda est a cargo da maior parte da
populao do globo. Ele vela pelos milhes de pessoas
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asiticas, dentre as quais se destacam os chineses e
japoneses, sendo os japoneses menores em nmero, mas
grandes em desenvolvimento e em poder. Os japoneses
tomaram as idias ocidentais, extraram delas o mximo, edepois as descartaram, tendo usado tudo o que era til para
eles destas idias, e cada uma delas que foi aceita por eles
recebeu a sua marca caracterstica, assim como podemos
cunhar moedas com ouro de qualquer procedncia. Se
queremos cunhar moedas, mandamos o ouro para a casa da
moeda e teremos estampadas nelas as marcas de nossaprpria Nao. O mesmo fizeram os japoneses com as idias e
organizao ocidentais. Sob a direo de seu Manu, atravs de
seu governante terreno, emitiu-se um impulso para que fossem
enviados em misso para ocidente muitos de seus homens
mais capazes, para aprender como eles geriam seus negcios,
como eles se organizavam, como eles trabalhavam. Elesviajaram por todo o mundo, observaram as maneiras de cada
Nao, suas indstrias, suas educao, suas instituies
polticas e todas as outras coisas que constituem a vida
exterior de uma Nao, e ento voltaram ao Japo, tendo
recolhido as novidades exteriores, como as roupas ocidentais
em vez de seus belos trajes tpicos. Lembro de uma conversa
com Mr. Swinburne, o grande poeta da Inglaterra. Ele tem uma
curiosa maneira de falar - lenta e espaada. Ele disse desse
modo lento e sonhador: "S h uma coisa que Deus no Dia do
Juzo no vai perdoar aos japoneses". Eu disse: "O que seria,
Mr. Swinburne?", porque eu sabia que ele no acreditava no
Dia do Juzo. Antes, me admirei que ele empregasse essa
expresso. Ele semicerrou seus olhos em sua original maneira
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sonhadora que mencionei, e falou sobre a adoo pelos
japoneses da roupa ocidental. Swinburne era um grande
amante da beleza. A coisa que lhe desagradava na nova
civilizao japonesa era esta fase. Eles desprezaram suasbelas roupas masculinas e femininas, e se vestiam agora como
se veste em Paris, o que os tornou feios em vez de belos. Ele
estava muito descontente com eles. Havia uma verdade nesta
perspicaz observao, porque a persistncia nisso
desnacionalizaria os japoneses, e eles j no tocariam sua nota
especial na msica do mundo. Mas eles logo descartariam estatolice passageira exterior, e usariam o que haviam aprendido
de til no ocidente. Os chineses, tendo aprendido menos,
sendo um povo autocontido demais, isolado demais do resto
do mundo, no estava pronto para o trabalho que era ento
necessrio, o qual era a salvao dos ideais orientais. Isso
coube ao Japo, porque a ndia - que era o corao e bero dosideais orientais, de quem os japoneses aprenderam seu
pensamento e sua beleza orientais - estava sob por seu maior
perigo, que, graas a Deus, agora passou, pois havia o perigo
de ela se ocidentalizar assumindo uma aparncia exterior antes
do que absorvendo o que havia de valioso no pensamento e
cultura ocidentais. Por esta altura seus jovens graduados eram
mais orgulhosos de seu conhecimento de Spencer e Huxley do
que do conhecimento de seus prprios grandes filsofos e
cientistas, ento havia o perigo de que a religio Hindu, aquela
f sublime, dada ao povo da Raa Ariana para auxlio de todo o
mundo, fosse encarada como balbucios de crianas; ento
este momento passou, e este foi o nico momento que de fato
ameaou sua vida real. Ela no foi ameaada pelos perigos por
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que passou. Ela sofreu muitas invases, caiu parcialmente
vencida, viu muitos estrangeiros ameaarem suas fronteiras;
mas ela os conquistou e assimilou a todos, no interessando
de onde viessem, ou acabou por afast-los. Sabemos como osgregos vieram e se foram, mas eles deixaram a ndia mais rica,
pois os traos de sua arte se imprimiram na dela. Os
Muulmanos vieram e conquistaram parte da ndia, mas foram
assimilados, e hoje so indianos por um direito de residncia
que remonta a mil anos. Nada disso constituiu um perigo para
a ndia, pois ela era mais forte que eles. S quando elacomeou a realmente se ocidentalizar que chegou seu
momento perigoso; nos outros casos ela tirou vantagem de
seus conquistadores, permaneceu ela mesma e acrescentou
algo deles sua grande riqueza nacional. Mas neste caso ela
estava inconscientemente tentando mudar sua vida real,
assumindo ideais ocidentais em vez dos orientais, seguindocostumes ocidentais em vez dos orientais, observando
ensinamentos ocidentais em vez dos orientais, em uma
palavra, estava se desnacionalizando, perdendo a posse dos
tesouros que lhe foram confiados para toda a humanidade, em
vez de apenas tomar o que lhe fosse de valor e incorporando-o
ao seu prprio sistema. Nesta hora de perigo seu Manu veio
salv-la daquilo que a teria feito deixar de ser uma Nao, ela, a
segunda mais velha Nao do mundo. Bem nesta hora a
Teosofia lhe foi enviada, para fazer os Hindus perceberem que
eles tinham um tesouro, e que foi dos Hindus que os outros
haviam aprendido. Em muitas partes houve uma reao contra
isso e especialmente um escritor, Sir Valentine Chirol, disse
que os indianos estavam sendo ensinados por pessoas
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ocidentais que sua religio era a maior do mundo, e que eles
eram mestres de religio, e no eram aprendizes de religio do
ocidente. Nesta hora perigosa seu Manu no podia encontrar
no povo indiano um povo que pudesse salvaguardar seusprprios ideais de serem submersos sob a mar da civilizao
ocidental. Ento ele apelou ao seu irmo Manu, aquele que
tinha a seu cargo os chineses e japoneses, e porque a China
no estava pronta para a obra, a China estava isolada, a China
estava destreinada, a China no tinha poder e adaptabilidade,
Ele se valeu da nao menor, os japoneses, inspirou-os comSua Vida, estimulou-os com seu Poder, e ento lanou-os
contra o povo russo ocidental e os fez vencedores, a fim de
que os ideais orientais pudessem ser salvos atravs deles, e
preservados para futuro auxlio do mundo. Vocs no vem a
guerra como deveriam, como o fariam se lessem os seus
prprios Puranas. Vocs vem as guerras como uma Naocobiando as terras de outra, uma Nao desejando dominar a
outra. Peo-lhes agora para olharem por trs dos governos
exteriores, olharem para o Governo Interno do Mundo, para os
Governantes que equilibram os vrios desenvolvimentos no
mundo um contra o outro, a fim de que nada de precioso seja
perdido, a fim de que cada ganho seja preservado e,
gradualmente, leste e oeste, norte e sul, contribuam para a
humanidade perfeita de dias que ainda esto por vir, e criem
aquela poderosa Federao Mundial da qual as Naes Unidas
so um pobre comeo no mundo ideal, e que ainda h de se
estabelecer no mundo dos homens e se tornar a Grande Paz
sob a bno do Supremo. Deste modo o Manu da Quarta Raa
fez este servio para a Quinta Raa.
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H outra coisa que podemos ainda lembrar, que uma viso
paralela muito interessante que diz que todos os planetas de
nosso sistema solar so ligados entre si em evolues
sucessivas. Eles no tm absolutamente a mesma idade, elesesto evoluindo, mas um aps o outro, uns so mais jovens,
outros, mais velhos. O mesmo se d na grande Hierarquia
Csmica que envia os Guias para todo o sistema, e como havia
crescido a primeira humanidade no planeta a ponto de
necessitar de um Governo Interno mundial, este deveria ser
suprido pelo reservatrio, que o prprio Ishvara. De planetapara planeta se transfere um Herdeiro da Coroa de Governante,
e medida que um planeta se desenvolve mais e mais, e sua
humanidade ascende mais e mais, alguns desta humanidade
entram para a Hierarquia Oculta, e l se desenvolvem e
disciplinam; e assim h sempre alguns prontos, em cada
degrau da Hierarquia, para passar a um outro planeta quandoeste est desenvolvendo sua humanidade, exatamente do
modo como os Filhos do Fogo vieram para c no meio da
Terceira Raa. E tambm assim nosso planeta enviou os
Lderes de outra Hierarquia para o planeta seguinte a fim de
fazer evoluir aquela humanidade. E Aqueles que chegaram
naquela maravilhosa onda, Eles mesmos para serem os
Governantes de nosso planeta, no devem ser considerados
como deuses, mesmo que sejam to poderosos. Hoje mesmo
nosso Secretrio Geral me citou uma passagem em um
comentrio escrito por Goswami, um discpulo de Chaitanya de
Bengala, um dos avataras menores. Ele fala destes Kumaras
no como sendo Ishvaras, mas sim Aishvarik, no Deuses, mas
divinos em Sua natureza, ainda no Reis, mas, digamos, de
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sangue real. Mas na evoluo da humanidade, os Mais Velhos,
coisa que ns mesmos havemos de ser um dia quando
tivermos escalado a longussima escadaria evolutiva, se
tornaram uma humanidade glorificada, uma HumanidadeDivina, em cujas mos pode ser confiado com segurana o
governo de um mundo.Assim como temos o grupo de Manus velando pelas Raas
atravs das quais a humanidade evolui, da mesma forma
vemos que todas as grandes catstrofes, as catstrofes
ssmicas de nosso globo, esto sob o comando daqueles
Quatro Grandes, que indicam o tempo e as estaes em que
estas tremendas mudanas devem acontecer. Assim,
acompanhando cada nova Raa-Raiz ocorre uma mudana na
configurao do globo, na distribuio de terra e gua. Nossa
terceira Raa comeou onde os cientistas chamam de Lemria.
Este era um grande continente se estendendo atravs do que
hoje o Ceilo em direo sul para o Pacfico, quando o
Himalaia ainda era lambido pelas grandes ondas do oceano
Pacfico e a pennsula Indiana ainda no havia emergido. Ento
a Lemria se estendia onde hoje o Pacfico, e a Austrlia o
fim daquela terra antes de chegarmos ao plo sul. A Austrlia e
a Nova Zelndia pertencem a este antigo continente, destrudo
por terremotos, pelo fogo e pela gua. E ento a Terceira Raa
minguou e minguou, embora alguns remanescentes ainda
existam. Enquanto a Lemria submergia, se elevava um outro
grande continente muito a Leste, onde est o oceano Atlntico.
Foi o continente chamado de Atlantis, onde hoje se estende o
oceano Atlntico. Neste continente havia uma grande cidade, a
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capital de um poderoso imprio, a Cidade da Porta de Ouro,
mencionada no Clssico da Pureza chins. Esta cidade era o
centro do poderio Atlante, e ali cresceu o imprio Atlante
Tolteca. Ele se estendeu at o norte da frica, ao antigo Egito.Em direo oeste tnhamos um imprio onde hoje o Mxico, e
os ndios americanos do Norte e do Sul pertencem a esta
antiga raa. Ainda podemos ler em Plato como submergiram
os restos daquele continente, e a grande civilizao que ele
menciona estava na ltima poro da Atlantis propriamente
dita. Hoje quando se perscruta o fundo do Atlntico encontram-se picos e vales; algumas ilhas restaram, alguns dos picos
mais altos so hoje ilhas, como as Ilhas Canrias, exatamente
como onde o grande continente da Lemria existiu hoje esto
dispersas pelo Pacfico a ilha de Java, as ndias Orientais, as
Ilhas Spice e outras. Atlantis foi a terra da Quarta Raa. Milhes
e milhes de pessoas pereceram no vasto cataclismo esubmergiram na inundao. Mas uma parte sobreviveu na sia.
Ao norte do Himalaia uma larga faixa de terra fazia parte da
antiga Atlantis. A Cidade Sagrada de Shamballa, a imperecvel,
est ali.Agora novas perturbaes esto ocorrendo no Pacfico
novamente, onde h de se erguer o novo continente. Ali se
encontra o "Crculo de Fogo" de que fala a cincia como sendo
fonte de perigo para o mundo atual. H vulces submarinos em
atividade abaixo da massa de gua que os cobre, com grandes
erupes de terra e minerais de todo tipo, erguendo grandes
picos medida que foram seu caminho para cima. E ento
surge uma ilha. Onde no havia ilha alguma surge uma, e os
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mapas que os capites possuem no mostram aquela ilha. s
vezes navios naufragam por falta deste conhecimento. H no
muito tempo atrs a British Association, em sua seo
Geogrfica, discutiu o surgimento de uma nova terra, falou dosperigos decorrentes, da possibilidade de tremendas erupes
que poderiam agitar o oceano em grandes ondas de maremoto,
inundando os Estados Unidos e afogando toda gente. Eles
falaram de uma catstrofe mundial em que poderia perecer
toda a humanidade. Quando eles falaram neste tom de pnico,
Hindus e Tesofos instrudos sorriram para si mesmos, poisdisseram: "Continentes j foram destrudos antes, e a
humanidade no pereceu. Este novo continente de que ora
ouvimos falar j mencionado nos Puranas. Tem seu nome
indicado e a raa que h de ali viver ainda no nasceu. Por que
deveramos ter medo? A humanidade j sobreviveu a tais
catstrofes antes e vai sobreviver a elas novamente". E h desurgir um stimo continente, o ltimo continente desta fase de
evoluo de nosso globo. Ainda faltam centenas de milhares
de anos para que isso acontea, provavelmente centenas de
milhares de anos antes o sexto continente estar pronto para
seus filhos, e estas tremendas catstrofes que mudam o
desenho da superfcie de todo o mundo so obra dos Grandes
Kumaras, os Governantes Supremos do Governo Interno do
Mundo. Os Manus atuam sob Sua direo. Amanh tentarei
lhes apresentar como o plano de todas estas mudanas
conhecido pelo Lder da Hierarquia Oculta, e como partes dele
so distribudos entre aqueles que as levam a cabo em detalhe.
No entrarei neste assunto hoje.
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Os Manus, pois, so aqueles que constrem as Raas, e o
plano da evoluo construir Raas e Sub-Raas sucessivas,
caracterizadas por qualidades peculiares que so necessrias
para a humanidade. Se olharmos para o nosso prprio corpoteremos uma imagem da evoluo das raas. Temos um corpo
fsico. Isso foi o que primeiro evoluiu atravs dos reinos
mineral, vegetal e animal, at os homens selvagens sem mente.
Ento, sabemos, este corpo fsico tem duas subdivises,
shtula, denso, e sukhsma, etrico. As duas primeiras Raas
evoluram estes dois, e a Terceira construiu a forma humana,com um astral inferior e um germe de mental em seu ponto
evolutivo mdio. Este conjunto foi ligado ao ternrio superior, e
estava embrionicamente completo o homem. Encontramos
tudo isso nos ensinamentos Hindus. Vocs devem saber isso
melhor do que eu. Isso, contudo, s sabido pelo erudito e
perdeu-se para as mentes do povo. H uma razo bem simplespara isso, pois naqueles dias antigos o ensino era bem
diferente do dos dias atuais. Quando comeamos a ensinar um
assunto, tentamos captar uma idia do conjunto, e tentamos
apresentar essa idia de uma forma clara para aqueles a quem
ensinamos. Este o modo moderno de ensinar. Ele torna as
pessoas mais preguiosas, porque se faz muito por elas, e o
resultado que a memria muito mais exercitada, e o
raciocnio o muito menos do que deveria ser. Os professores
fazem todo o trabalho, e apresentam um ensinamento j todo
cozido e digerido para poupar aos alunos o trabalho de
exercitarem suas faculdades mentais. Desta forma eles obtm
uma grande quantidade de conhecimento de segunda mo e
muito pouco de primeira mo.
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Antigamente isso no era assim. O professor vinha, lanava
uma grande verdade para os alunos e dizia: "Vo e pensem a
respeito". O resultado que nos livros orientais no temos
uma clara apresentao de uma doutrina como um todo. Ela espalhada ao longo dos livros. Um estudante cuidadoso
consegue reunir o ensinamento integral. Mas ele tem de ter a
pacincia e a diligncia necessrias para essa tarefa.
Antigamente os homens deviam desenvolver os resultados, e
assim se tornaram grandes pensadores, porque exercitavam
suas mentes. Por isso muito difcil para o Hindu encontrar osdetalhes do ensino de sua religio em sua enorme biblioteca,
sua imensa enciclopdia de Shastras. Da a convenincia da
Teosofia, que faz concesses moderna fraqueza humana e
apresenta todos aqueles ensinamentos sob uma forma que
muito fcil de compreender. A Teosofia se molda aos costumes
de hoje. Ela d aqueles grandes ensinamentos dados Raa deuma forma cientfica. Quando lemos os Puranas depois de
estudarmos os livros Teosficos passamos a consider-los
cheios de informaes, repletos de informaes, e a opinio
que vocs sustentam de que eles no passam de devaneios
infantis desaparece. Passamos a ver que eles do os mais
valiosos ensinamentos. Esta praticamente a nica utilidade
exterior da Teosofia para os Hindus instrudos. sob estas condies ento que vemos como trabalha o
Manu. Nos Puranas encontramos nomeados os sete diferentes
continentes e as Raas que os habitam. Agora estamos no
quinto continente. No imaginemos continentes da maneira em
que a geografia usa o termo, porque aqui queremos significar o
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todo da superfcie da terra seca do globo. Assim temos o
continente de nossa Quinta Raa, e o sexto continente est
comeando a aparecer no Pacfico. Agora passemos a um
ponto interessante. O Manu no s se ocupa dodesenvolvimento de uma grande Raa, mas ele selecionou as
famlias de Sua Raa eras atrs a partir da quinta sub-raa do
povo Atlante. Cada Raa-Raiz produz sub-raas como ramos
de uma rvore. Ele escolheu seu povo dentre a quinta sub-raa
da Quarta Raa-Raiz. Ele os conduziu pelo Saara, ento um
mar, para o Egito, e da para a Arbia. Depois de uma longapermanncia, Ele os levou atravs da Mesopotmia para o
norte da sia, e depois novamente desceu com eles e os
assentou perto da Ilha Branca. Mais tarde, depois de muitos
problemas e massacres, Ele os estabeleceu na Ilha Branca, na
Cidade da Ponte. Foi uma longa jornada, porque em todo o
tempo Ele esteve trabalhando para melhorar o tipo que haviaescolhido. Pois analisando as Raas Quarta e Quinta, as vemos
como predominantemente emocionais e passionais. Se
tomarmos as sub-raas quarta e quinta seremos capazes de
ver exatamente o que quero dizer. A Raa-Raiz emitiu para o
oeste quatro grandes grupos de emigrantes, cada qual de um
tipo diferente. A sua prpria Raa-Raiz desceu da sia Central
em tempos mais recentes em direo ndia, e a chamamos de
primeira sub-raa. Antes disso a segunda sub-raa, a primeira
emigrao, partiu pelas margens da Mesopotmia em direo
ao antigo Egito, ao norte da frica e s ilhas do Mediterrneo.
Eles deixaram uma belssima civilizao atrs deles, que
depois decaiu, mas no Egito e na ilha de Creta encontramos
traos dela. Os remanescentes em Creta, cuja histria foi
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considerada mtica, mostram traos de uma grandeza que foi
causa de maravilha entre os povos brancos do sculo XIX. A
terceira sub-raa, ou segunda emigrao, partiu para a Prsia e
fundou o grande imprio Persa. A quarta sub-raa, ou terceiraemigrao, dirigiu-se para o oeste sobre o Cucaso em direo
Europa, e ali formaram os gregos, romanos, espanhis,
franceses e irlandeses. Seu nome genrico Celta. A quinta
sub-raa, ou quarta emigrao, foi mais para o norte, e originou
os eslavos e alemes, com muitas subdivises. Graas a estas
duas ltimas temos as diferenas entre as sub-raas. Todos osque mencionei como pertencentes quarta sub-raa so povos
emocionais. A razo pela qual a Inglaterra e a Irlanda no
conseguem se harmonizar porque a Inglaterra pertence
sub-raa Teutnica, em que a mente concreta mais
desenvolvida, enquanto que os Celtas (os irlandeses so
Celtas) pertencem quarta sub-raa e neles a emoo forte.Nenhum deles pode ser culpado por no conseguirem
concordar, pois os irlandeses so um povo Celta, exceto os do
norte, que so emigrantes, e eles so movidos pelas suas
emoes. Se queremos mobilizar os irlandeses temos de
apelar para suas emoes superiores, e deste modo podemos
fazer tudo com a raa irlandesa. Se apelamos a eles com a
lgica fria, isso os deixa frios e insensveis, e muitas vezes se
tornam muito zangados. Porque os ingleses no so
imaginativos o bastante para entend-los, porque a mente
cientfica o fator dominante, eles jamais podem entender um
povo emotivo e impulsivo. E assim eles tentam dobr-los pela
fora. Esta a explicao para as disputas interminveis. Eles
no tm o bom senso de governar o povo de acordo com seu
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prprio perfil, e no de acordo com uma linha diferente. O povo
da quinta sub-raa tem fora mental e um alto intelecto. Temos
na Raa-Raiz os germes de todas as vrias qualidades da
humanidade da Quinta Raa-Raiz, encarnados e equilibradosna sua Raa-Raiz, e estas qualidades e capacidades tm de ser
desenvolvidas uma aps a outra; e assim as sub-raas so
dominadas principalmente por uma destas caractersticas, e
tm de desenvolv-la desta maneira enftica para o
enriquecimento final da humanidade como um todo. Assim
vocs tm a capacidade de se desenvolverem ao longo destaslinhas e assimil-las juntas. Esta uma parte da grande misso
da ndia para com a humanidade como um todo. Os germes de
todas as sub-raas esto nela, como bebs no seio da me, e
as sub-raas surgem, se desenvolvem como uma nova sub-
raa e ento reagem sobre a Me. E assim seus filhos,
espalhados por todo o mundo ocidental, esto desenvolvendosuas qualidades, especialmente a qualidade que lhes
dominante. E a quarta est aqui com sua misso de beleza, e
aqui est a quinta com sua misso mental, e ambas podem
encontrar sua chave em vocs, de quem nasceram, e para
quem muitos voltam a fim de ajudar a construir o prottipo
para toda a Quinta Raa. No posso ir mais alm nisto. Todo o
assunto do maior interesse. Se percebermos que esta
evoluo nas sub-raas pretende enriquecer o Homem
prototpico da Quinta Raa, ento entenderemos um pouco
mais o modo como se deram as emigraes e como alguns de
cada voltaram para a terra-Me, e como a ndia a terra-Me de
toda a Raa Ariana, ou Quinta Raa. A sexta sub-raa est
recm nascendo. E a stima ainda est no longnquo horizonte
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do futuro. A sexta sub-raa dar luz no futuro Sexta Raa-
Raiz. Ela h de desenvolver algumas qualidades de Buddhi,
aquela intuio espiritual que ilumina o intelecto. Esta ser a
caracterstica da sub-raa e, em maior desenvolvimento, daSexta Raa-Raiz, para a qual se est preparando o continente
ao longo dos milnios ainda por vir. A evoluo segue seu
caminho regular: uma Raa encarnando os germes de diversas
qualidades especiais; cada sub-raa desenvolvendo um deles,
que domina as outras qualidades, que tambm so necessrias
ao homem, como eu disse, e separadas para este propsito. Eassim gradualmente comeamos a compreender como a
humanidade evolui, como so necessrias todas estas Raas e
sub-raas, e como cada uma delas tem seu lugar na
humanidade derradeira e perfeita que deve evoluir em nosso
globo; como todos estes antagonismos terminaro, todos
estes preconceitos sero eliminados, e quando as sub-raasso lanadas em antagonismo ou em amizade, elas o so pelo
Governo Interno do Mundo, a fim de que elas possam comear
a assimilar umas s outras. Toda antipatia nasce da ignorncia,
e quanto menos se conhece um povo mais temos preconceitos
contra ele quando entramos em contato. Ele estar
desenvolvendo um lado de uma qualidade, enquanto voc
estar desenvolvendo um outro lado. Vocs so postos juntos
para se livrar do preconceito e da estreiteza, e a terra-Me tem
sido o caldeiro para a fuso de todas estas sub-raas. Elas
ainda tm vindo para c, alguns vo embora e alguns
permanecem. Temos aqui o povo da quarta sub-raa, os
portugueses, os franceses. Antigamente tivemos os gregos.
Tivemos os povos da quinta sub-raa, os holandeses e
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ingleses. Eles vieram e ho de partir, cada um dando um pouco
e tendo criado um pequeno lao entre as Naes, que
gradualmente se tornar mais e mais forte se seguirmos o
impulso dos Governantes Internos e no lanarmos contraningum o dio racial que destri.Este um assunto bem prtico. Quanto mais o conhecemos,
mais percebemos o quanto prtico.
Toda a inquietao e dificuldade do mundo atual so sinais do
perodo de transio que estamos passando, onde umacivilizao est comeando a decair, e outra est prestes a
nascer, e onde vocs, o Corao do Mundo, a Me da grande
Raa Ariana, cujos filhos esto espalhados por toda a parte,
tm seu destino imediato em suas mos; vocs decidiro se a
evoluo h de ir para frente e para cima, ou se h de ser
atrasada em sculos. A Grande Obra no pode parar. Aevoluo da humanidade deve inevitavelmente continuar; mas
pode continuar ou pela destruio do que j existe e comear
do mais raso incio de civilizao, ou, pela primeira vez na
histria de nossas Raas, pode comear pela transio gradual
para uma condio superior e mais nobre, se os Filhos do
Fogo obtiverem uma vitria completa sobre os Irmos daSombra.
***PALESTRA 3
O Plano DivinoSuas Divises
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Religies e Civilizaes
A Parte Atual do Plano
As Escolhas das NaesAMIGOS:Ao falar ontem, tive de lhes deixar sem a palavra final de meu
programa original para a segunda palestra. No disse nada
sobre os Buddhas. Devo agora fazer uma pausa por um
momento a este respeito, pois o futuro Buddha, ou
Boddhisattva, o Lder do Grupo de Ensino. Lembremos comona primeira palestra falamos de Governantes, Instrutores e
Foras, a Atividade. Porm o futuro Buddha tem no grande
Grupo de Instrutores a mesma posio que o Manu possui no
grande Grupo de Governantes. Assim como todo o Governo do
Mundo trata da evoluo das Raas, da configurao dos
continentes, etc, de que falei ontem, assim como tudo isso administrado pelo grande grupo de Governantes, do qual o
Manu o representante em cada Raa-Raiz, da mesma forma,
no Grupo de Instrutores, se destaca aquela grande figura
isolada do futuro Buddha. Mas ele no o Instrutor de uma
Raa, como o Manu o Governante de uma Raa. O ltimo
futuro Buddha, por exemplo, o Senhor Gautama, que se tornouBuddha naquela encarnao, veio ao mundo, como sabemos,
no sculo V antes de Cristo, e isso no coincidiu como
nenhuma Raa ou sub-raa. Ele veio como que na metade de
um grande perodo Racial, para a completude de seu
magistrio sobre a Terra, e Sua posio como Mestre - na
condio de Boddhisattva, como O chamam os Budistas,
assim como os Hindus O chamam de Jagatguru - se estende
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para trs at a civilizao da Quarta Raa-Raiz. Deste modo
ento os Manus e os futuros Buddhas no coincidem
completamente no tempo. Um trata especialmente com a
evoluo do tipo fsico do homem da Sua prpria Raa, e ooutro com sua evoluo interna, o desdobramento do Esprito
no homem atravs da fundao de alguma grande f. Agora,
olhando para a carreira prvia d'Aquele que viria a ser um
Buddha em Sua ltima encarnao terrena, ns O vemos
aparecendo como um grande Instrutor mesmo antes; como eu
disse, desde a Quarta Raa. No tenho tempo para tratar dasencarnaes individualizadas. Por ora me basta lembrar-lhes
que Ele apareceu aqui, onde reinava a religio Hindu, como
Mestre da Raa-Raiz, sob a forma daquele grande Rishi Vyasa.
Foi obra Sua a diviso dos Vedas, a compilao dos Puranas, e
assim por diante. E foi Ele quem delineou o lado religioso do
Hindusmo, assim como o Senhor Manu delineou o lado sociale poltico, e o trabalho, como vemos, corresponde ao grupo a
que cada um d'Eles pertence. Porm o Boddhisattva no vem
em intervalos regulares, se medirmos por anos, mas sim em
certos perodos da evoluo da Raa; sempre que uma nova
sub-raa aparece na Raa, o Jagatguru, o Boddhisattva,
aparece nos primeiros dias desta sub-raa. Ento Vyasa veio
aos Hindus para o delineamento de sua grande poltica
religiosa, e depois Se retirou para os Himalaias, para a grande
Fraternidade dos Rishis. Ele apareceu pub