O Globo-RIO - Metrô em alta e fim dos retornos na av armando lombardi - 11-02-2010 - pag12

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R I OSexta-feira, 11 de fevereiro de 2011O GLOBO

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O GLOBO ● RIO ● PÁGINA 12 - Edição: 11/02/2011 - Impresso: 10/02/2011 — 22: 10 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Metrô em alta na BarraLinha 4 passará por ponte suspensa por cabos para chegar à estação Jardim Oceânico

Selma Schmidt

O governo do estado bateu omartelo: a Linha 4 do me-trô, ligando a Barra da Tiju-ca à Zona Sul, terá uma

ponte estaiada (suspensa por ca-bos), em concreto e aço, que sairáda Pedra do Focinho do Cavalo epassará sobre a Lagoa da Tijuca, se-guindo em direção à estação JardimOceânico. O secretário de Transpor-tes em exercício, Sebastião Rodri-gues Pinto Filho, informou que oprojeto da ponte — com 275 metrosde extensão — é o que foi noticiadopela coluna Gente Boa, do GLOBO,no último dia 3. Em São Conrado,também há novidades: a rocha seráaproveitada como elemento de de-coração da estação do metrô, queterá dois acessos — um deles cola-do à subida para a Rocinha e o se-gundo do outro lado da AutoestradaLagoa-Barra, próximo a uma con-cessionária de veículos. Para facili-tar o acesso dos moradores da fave-la ao metrô, o secretário estadual deObras e vice-governador, Luiz Fer-nando Pezão, confirmou estar emestudo a implantação de um telefé-rico, semelhante ao que foi feito noComplexo do Alemão. A intenção éque a obra seja incluída na segundafase do Programa de Aceleração doCrescimento (PAC 2).

Há ainda propostas que foram fei-tas à prefeitura e que constam deum vídeo produzido pelo estado.Uma delas prevê a demolição dasatuais pontes de acesso e saída daBarrinha e do Itanhangá. Seria cons-truída uma nova estrutura sobre aLagoa da Tijuca, com duas pistas,mais elevadas do que as atuais, demodo a permitir a circulação de bar-cos. Outra ideia é a reurbanizaçãodo trecho ocupado pelo canteiro deobras da Linha 4 e por invasões, àsmargens da Lagoa da Tijuca, que po-deria ganhar até uma marina.

— Essas obras não poderiam fa-zer parte da Linha 4, mas apresen-tamos à prefeitura como sugestão.Elas foram bem recebidas, mas cabeao município executá-las — contouo engenheiro Bento Lima, responsá-vel pela construção da Linha 4.

Em São Conrado, 56desapropriações● De acordo com o engenheiro, nu-ma primeira avaliação, para aconstrução da estação de São Con-rado serão necessárias 56 desa-propriações na encosta próxima àEstrada da Gávea (que corta a Ro-cinha). As primeiras 20 foram rela-cionadas em decreto do governa-dor Sérgio Cabral, que tornou osimóveis de utilidade pública parafins de desapropriação.

— Estão previstos mais dois de-cretos para São Conrado. Todos osimóveis são terrenos. Os que têmconstruções foram invadidos e va-mos negociar com os invasores —explicou Bento Lima.

O canteiro de obras de São Con-rado está sendo instalado. E o túneldeve começar a ser perfurado em 45dias, marcando o início de uma no-va frente, que se somará à da Barrada Tijuca.

— Vamos ter uma estação em SãoConrado com dois acessos, o queera um pleito nosso — afirmou opresidente da Associação de Mora-

dores de São Conrado (Amasco), Jo-sé Britz, que tomou conhecimentodo detalhamento do projeto da Li-nha 4 durante evento, esta semana,no Hotel Intercontinental, do qualparticiparam representantes da Se-cretaria estadual de Transportes,da Rio Trilhos e do consórcio RioBarra (construtor).

Já na Barra da Tijuca, para a cons-trução de um dos dois acessos à es-tação do Jardim Oceânico, o DiárioOficial de ontem publicou um decre-

Reproduções de vídeo/ Divulgação

A PONTE ESTAIADA sobre a Lagoa da Tijuca, por onde passará o metrô, após atravessar a pedra O TREM VINDO da Zona Sul, passando sobre trilhos na superfície rumo à futura Estação Jardim Oceânico

A ESTAÇÃOJardim

Oceânico

por dentro:

dois acessos

na Avenida

Armando

Lombardi para

os usuários

do metrô

to do governador tornando de utili-dade pública para fins de desapro-priação quatro imóveis. Todos fi-cam na Avenida Armando Lombar-di, sendo três no número 601: lojasA, B e C. Atualmente, apenas a loja Aestá sendo utilizada como um res-taurante — as demais estão vazias.O outro imóvel é um terreno.

— Do outro lado da Avenida Ar-mando Lombardi também poderãoser necessárias algumas desapro-priações, para implantar um segundo

acesso à estação do Jardim Oceâni-co. Mas elas serão poucas. Até agora,só retiramos 25 casas de invasoresde terreno público, para instalar ocanteiro da Barra — disse o enge-nheiro Bento Lima. — Além dos ter-renos em São Conrado, não serão ne-cessárias outras desapropriações pa-ra perfurar os túneis até a Gávea.

Quanto ao trecho entre a Gávea eIpanema, o secretário de Transportesem exercício esclareceu que o traça-do ainda está sendo estudado por téc-

nicos da Fundação Getúlio Vargas:— Mas nossa intenção é que haja

o menor impacto possível em ter-mos de desapropriações.

Ele confirmou o prazo de dezem-bro de 2015 para a conclusão da Li-nha 4 e a tarifa de R$ 2,80 entre aBarra e a Pavuna. ■

O GLOBO NA INTERNETVÍDEO Assista ao vídeo do projeto do

metrô da Linha 4oglobo.com.br/rio

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Zona Oeste vaiganhar três

novos viadutos● A prefeitura começou ontem aconstruir três novos viadutos naZona Oeste, a um custo de R$89,7 milhões. Do pacote deobras constam ainda melhoriasnas vias nos arredores dos ele-vados, que serão erguidos emSantíssimo, Realengo e Inhoaí-ba. As obras devem durar umano e três meses.

A Estrada do Lameirão seráduplicada entre a Estrada daPosse e a Avenida Santa Cruz,com a construção de novas cal-çadas e de galerias de água plu-viais. Um novo viaduto, com 85metros e quatro faixas (duas porsentido), servirá de alternativaentre Campo Grande e a Aveni-da Brasil, desafogando o tráfegona Estrada do Mendanha.

A Estrada de Inhoaíba e asruas Guarujá, Adolfo Lemos ePapagaio, em Inhoaíba, serão re-formadas. O corredor com 2.800metros ganhará ciclovia, novascalçadas e galerias de águas plu-viais, além de 12 baias de ôni-bus. Um viaduto de 170 metrose duas faixas ligará este corre-dor à Avenida Brasil.

Já o novo viaduto de Realen-go terá 253 metros e ligará a Es-trada Marechal Soares de An-drea, na Praça do Canhão, à Es-trada Marechal Joaquim Inácio.O novo viaduto vai operar emmão única, deixando para o an-tigo o tráfego contrário.

Fim de retornos na Armando LombardiMotoristas são obrigados a fazer trajetos maiores para mudar de direção. Prefeitura estuda alternativas

Simone Cândida

● As obras da Linha 4 do metrô estão mudandonão só a paisagem, mas o trânsito na Barra. NaAvenida Armando Lombardi, as intervenções nocanteiro central, onde será construída a EstaçãoJardim Oceânico, provocaram o fechamento dosdois retornos que existiam na altura do shoppingBarra Point e do prédio da Unimed, o que vemcausando retenções nos horários de pico. Segun-do o coordenador da CET-Rio João Machado, aprefeitura já está estudando como ficará o trân-sito na área após a conclusão das obras, previstapara o fim de 2015, e os retornos desativados nãodevem ser reconstruídos.

Os dois retornos foram retirados para dar lu-gar à futura estação. O primeiro deles, sentido

Zona Sul, próximo ao prédio da Unimed, foi fe-chado há duas semanas; o segundo, sentido Re-creio, perto do shopping, no último sábado.Com isso, explica a CET-RIO, o retorno passoua ser feito por três vias: a própria ArmandoLombardi, a Avenida Ministro Ivan Lins ou pelaorla. A orientação da CET-Rio é que os veículosque vêm do Jardim Oceânico utilizem a Aveni-da do Pepê, a Rua Sargento João de Faria e aMinistro Ivan Lins para acessarem o Recreio.Os motoristas que vêm do Itanhangá e de SãoConrado podem fazer o retorno para a Zona Suldepois viaduto, após o Condado de Cascais,perto do canal. Já quem vem do Jardim Oceâ-nico e do Recreio precisa ir até debaixo da Pon-te do Joá.

A CET-Rio minimizou o impacto no tráfego da

região, alegando que a via está sinalizada e ope-radores estão no local, auxiliando motoristas epedestres. Mas, segundo motoristas, os trans-tornos são muitos.

— Fizeram obra para criar o retorno, e agoramudam tudo de novo. Nós, moradores, ficamosno meio de tudo isso. Para mim, foi péssimo,pois tenho que dar uma volta maior e, na horado rush, ainda enfrento engarrafamento — dis-se a empresária Luiza Cristina de Almeida, quemora no Jardim Oceânico.

O vendedor Robson de Araújo, que prestaserviço a lojas e restaurantes da área, reclamados engarrafamentos que vêm se formando edas bandalhas.

— Motoristas que não sabem da mudançatentam desviar em cima dos cones.

A MARINAque poderá

ser feita num

trecho

da margem

da Lagoa

da Tijuca:

por enquanto,

apenas uma

sugestão