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N° 177 S. Paulo, 6 de Março de 1915 ANNO IV

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O GIGANTE NACIONAL

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Restaurando o muque para as futuras lutas.

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pB| ===— O PIRRALHO i 31]

A FELICIDADESociedade Mutua de Pecúlios por NASCIMENTOS, CASAMENTOS e MORTALIDADE

Approvada e autorizada a funccionar em toda a Republica pelos decretos Ns. 10.470 e 10.706¦ ¦/"*>¦¦

PECÚLIOS PAGOS MAIS DE 35Q.0OO$O0O

Todos os que se inscreverem até 31 de Dezembro de 1914, nas séries de casamentoreceberão os pecúlios um armo depois da inscripção.

7)epois da inscripção os mutualisias podem casar quando quizerem.

Quem se inscrever nas séries de nascimento, até o fim do corrente anuo, será chamado 10mezes depois da inscripção e receberá de ama só vez o pecúlio que lhe couber.

ô nascimento pode dar-se em qualquer tempo.

Todo o sócio que propuzer outro para a sua série terá a seu credito a importância decinco contribuições. Depois de completas as séries, por cada oito chamadas feitas, a sociedadedispensará as contribuições dos mutualistas para as duas chamadas immecliatas.

Sede Social: RUA S. BENTO N. 47 (sob.) ¦ Caixa Postal, U - Telephone, 2588—= SÃO PAULO —s-

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Das marcas mais conhecidasSão estas que causam fé:As mais fortes, mais queridas,São marcas 7(encrult e JjerlietSão os melhores da praça!Pasmem todos! Vejam só!Pois custam quasi de graçaOs autos Jíerliet e Renault

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Pedidos: CASA ANTUNES DOS SANTOS - Rua Direita N. 41

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S. Paulo, 6 de Março de 1915Numero 177 Semanário lllusfrado

de Importânciaevidente

R © dei. o*9-ã.oRUA 15 DE NOVEMBRO, 50-B

M Caixa do Correio, 1026

Conspiração Frustrada

A gentinha do P. R. C. que tãomagnificamente desfructou o reinadode Dudú I, não satisfeita com o go-verno honesto do sr. Wenceslau Braz,estava tramando uma mashorca —

que tinha por fim a deposição do pre-sidente da Republica e do sr. NiloPeçanha. .

As parcas, entretanto, não forampropicias á acção subrepticia do bandonefasto, pois a vigilância dos leaesservidores dos legiti mos governos des-cobriu-lhe o plano, evitando assimo grande attentado que se preparava,

A ida quasi que repentina do sr.Pinheiro Machado a Poços de Caldasé muito significativa, principalmentepara nós que perfilhamos a opiniãodos que apontaram o chefe do P. R. C.como o instigador da revolução ratée.

Agora faz-se mister que o governoponha em pratica as mais enérgicasmedidas contra os mashorqueirosignóbeis.

E para isto não basta prender vinteou trinta ou mesmo cincoenta indivi-duos, que, embora criminosos, sãosimples mandatários sobre os quaesnão pesa sinão uma responsabilidademinima.

O caso exige um inquérito rigorosoafim de que se descubram os grandesresponsáveis, os capatazes do movi-mento subversivo, o que aliás nãoserá muito difficil, e contra elles seappliquem as penas da lei em toda asua severidade e rudeza,

E si o governo do sr. Wenceslauquer a tranqüilidade do paiz saberácumprir o seu dever.

|4ota Política

Tem agora, no seu remanso da prós-pera Caldas, momentos de pavor, ocelebre caudilho Zé.

De quando em vez, entre uma ba-forada do seu havana e uma tacadade bilhar, vê o terrível caudilho, umhomem alto, magro, de cavaignac gri-salho, profundos óculos pretos, obs-truinclo a sua acção de nefando cor-ruptor do regimen.

E foi assim, num desses instantes,contou-me um intimo do caudilho quede Poços de Caldas regressou ha pou-co, que o Zé Gomes desabafou-se di-zendo que tudo andava torto e que,agora só lhe restava a elle, esperarque tudo isso que por ahi está com onome de instituição, cahisse de podri-dão, como os fructos que amadureceme continuam sob o sol até se despren-derem dos velhos troncos.

Parecem palavras de um homembom e justo que depois de ter pro-curado por todos os meios evitar apavorosa bancarota de tudo, que nosassoberba, actualmente com pessimis-mo, acha que tudo está podre e sedesanima e desfallece.

Parecem palavras de Ruy Barbosa,o apóstolo. O espantalho do sr. Gene-ral Machado, em Poços de Caldas, éo Senador Francisco Salles eleito agorapor Minas e perigoso adversário dapolitica de podridão

D.

\*'

ZÉ RGUDO

Zé Agudo é um bom sujeito.Levou do Pirralho tundas de todo

tamanho e não está zangado.

Calcule-se que fez elle agora: —mandou-nos resposta á enquête que te-mos sobre Fradique Mendes.

Vamos reunir pois os accionistas danossa empreza, para discutir se a pu-blicamos ou náo.

Mas a carta que a acompanha ahivae porque é muito engraçada.

«Snrs. Redactores d'«O Pirralho»É certo que V. não me convidaram

a dizer sobre Fradique Mendes.Não importa: — podia ser esqueci-

mento de quem tantas e tão elevadaspreoccupações artísticas, politicas efinanceiras já tem a consumir-lhe otempo, a paciência, o intellecto e o...papel.

O appello que V. fizeram no seuultimo numero não me diz respeito,mas eu entendo que devo dizer qual-quer coisa a respeito do personagemque V. puzeram em foco, ainda quea minha fraca opinião pouco possainfluir para que elle mais illuminadofique.

Se V. quizerem, publiquem. No casocontrario, atirem á cesta as paginasjuntas, que serão assim mais um subsi-dio para o lixo que ha muito ameaçasuffocar-nos.

1.0-3-915.José Agudo».

GRAPHOüOGIflO conhecido graphologo e chiromante Hen"

rique Hellis da Silva, um dos raros estúdio'sos de sciencias cocultas que temos em SãoPaulo, acaba de combinar com "<> Pirralho"um perfeito serviço de informações grapho-lógicas. t

Assim, toda pessoa que quizer conhecer osseus segredos, coisas do destino, do passadoe do caracter, mande nos uma simples cartaautographa e será attendida pelo numeroseguinte.

Para o de sabbado próximo recebemosaté terça-feira.

Endereçar as cartas á redacção do Pura-lho, secção de Graphologia. Caixa 1026.

ANDAR

E: ¦T &

1Nod CRD.

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O PIRRALHO

Echos dos últimos eólios do Carnaval no lar de M.me, não teríamos clenun-ciado a existência no bolso de Mr.,claquclla carta côr de rosa.

M.lle... a cia marathona, zangou-secom o nosso «ultimo echo do cama-vai», cio numero passado...

Não a confundimos, absolutamentenão.

Foi piada!...Amor, com amor se paga.Quem com ferro fere, com ferro

será ferido.

M.lle talvez com muita malicia, fomuito significativa, na escolha que fezcio pedaço que lhe apraz acceitar na dis-tribuição que iremos fazer aos nossosassignantes, no fim do anno.

Azambuja será sen, naturalmen-te.

***

«Seu» Peclrinho, conforme cliz m.lleNinon, pergunta se de facto elle éseu... Seria bem mais suave queM.lle escrevesse «meu» Peclrinho.

Gentil M.lle communica-nos que foimuito commentada a phantasia cie«papão», que no ultimo dia do Car-naval, en vergou o sympathico dr. MelloNogueira.

Quanta perversidade!...*

* * *

O «barbudinho» deu o desespero;não estava, earrancudo nem nada, Nempodia estar, sabendo que M.lle láestava.

***

Communicou-nos, em amável carta,mr. le clocteur Pedro Rodrigues deAlmeida que, o seu riso sadio, na«vacca» cio «Pirralho» era muitosignificativo.

Que digam os sábios cia escripturaque segredos são esses cia natura.Talvez m.lle X... seja um dos sábiosda escriptura.

*

Se soubéssemos que o nosso ultimoecho ia provocar tamanha «encrenca»

* *

M.lle X .. que estava numa sac-cada na rua Direita, na terça-feiracie carnaval, atirou ao mr. Z... uma«serpentina» e bem no centro da ro-dilua verde, vinha um bilhetinho alápis, com letra nervosa, que diziaassim:

«Amanhã, espero-te no Brazil. Cai-ciado com o papá!... »

:i: *

Um dominó amarello, encontrou-secom um dominó preto, ambos descen-do dos seus automóveis no corso cia,Avenida, e ao passar um pelo outro,trocaram a seguinte phrase:

— Já descobriu?--Já. Está no automóvel n. 850000!!!

Suelto. O silencio da noite e o si-lencio das almas... só, naquella es-quina, vendo um céo ameaçador evenclo-te, formosa estrella, eu me ba-nhava com a luz que me vinha dajanella semi-aberta da tua casa, coadanos rendados delicados claquella cor-tina branca.

... Acariciavas uma cabeça feliz !...E eu lá estava, só, mettido dentro

daquella noite, só, recolhido dentro ciemim, vivendo com os meus sonhos,encantado com a tua visão, trazendono meu peito loucos desejos e, na mi-nha bocea, beijos queimantes, que«são verbos cie fogo do amor »...

E assim estivemos poucos minutos,eu te entendendo tão bem, tu, me en-tendendo tão pouco.

Pode muito a linguagem dos olhares,quando a palavra se nos estrangulana garganta.

O teu olhar (ai quanta belleza temo teu olhar!) no instante divinalmentegentil em que foste de mansinho, sua-vemente, cerrando a meia folha vitreada tua janella, esse teu olhar foi paramim um oceano de caricias, matou-mec fez-me redivivo, inundou-me a alma,de luz, cantou-me uma canção fune-

rea... fêz-me « defunto dentro da.sepultura, de um sonho», fez me in-secto dentro de uma, corólla de rosa,pôz-me dentro do peito, gloriosamentea cantar, «um ninho de rouxinóes».

E eu pai ti e tu ficaste, mas. .. oteu olhar seguiu-me, como meiga via-láctea, cobrindo o meu doce sonho.

Chamei-te Maria e parti repetindoo teu nome...

COISAS DE ARTE

Tenor Santos Moreira

Com o brilhantismo esperado, rea-lisou antehontem mais uma, audição emS. Paulo, o sympathico tenor brasi-leiro que ora, nos visita.

Os méritos cio joven patrício sãojá bastante conhecidos pelo publicopaulista, que não tem deixado de co-brir sempre com os mais vibrantesapplausos, a arte cio distineto tenor.

A audição de hontem foi abrilhan-tada com o concurso da clistineta a-macio ra paulista, cl. Alice Serva, pia-nista de raro valor, já consagrada nonosso meio artístico.

Foi emfim mais um suecesso artis-tico para ambos, a festa cie hontemno Germania.

ENCOnttEriDA

Pcdiste-me uns versinlios e orgulhosoAo teu pedido resistir não pude.Escrevo, risco, emendo pressuroso,Mas o verso sae mau, a forma rude.

Recomeço o trabalho, cuidadoso,E com a certeza de quem não se illude,Prosigo, pertinaz, e até já ousoChegar ao fim sem que ninguém me ajude.

Mas eis que estaco deante de uma rimaE ponho em baixo o que ja estava em cima,Concerto lá e aqui vae nova emenda.

Exhausto aporto ao ultimo tercetto,Mas fico triste vendo que o sonetoSaiu muito peor do que a enconimenda.

Jacintho Góes.

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O PIRRALHO

fl fiOSSA "ETIQUETE" SOBÇE F^RtUQÜE f^DESFflliRHfiOS ÇICR^ÜO SEVERO

J

jÇmisfo Snr. 7{eclacior.

Sempre cuidei que O Pirralho houvesse

por bém deixar tranquillo o humilde mes-

teiral que, por vossa culpa, vos derige tão

mal talhadas lettras. Se houvesse sequersuspeitado dá feia catadura da vossa ultimaintimação, asseguro-vos que desde logo teriacomparecido; mas tal não era de presumirem semblante que só a juvenil humorismodevera andar afíeito!

Cumpro pois o ordenamento — e mais valetarde que nunca — senão como pendença, aomenos para não desmerecer no conceito detão pechôso senhor e amigo.

Tenho que responder se Fradique Mendesé um typo representativo de vida superior,se é um elegante perfeito; e se nada distoé, qual o typo ideal de ltoraam ,,

Começo por pousar o camartello e a trolha— symbolicos utensílios da nossa confraria —

saccudir os salpicos de argamassa e descerdo andaime para vos escrever, sobre umcanhoto de peroba, algo do que me psdis,em curtos momentos de lazer. Não supporeis

que, á vista de tão primitivas maneiras, voutomar a tabeliã encerada e o delicado siilum

liara vos gravar em idioma clássico umaepístola de importante e didática compostura.

Uso é certo o grosseiro giz de canteiro,com o qual não poderei traçar senão grandescaracteres ideographicos, como esquissos emtamanho natural sobre a face rugosa de ummuro, evidentes e geométricos como blocosde cantaria. Cada qual em seu mister.

Esta circumstancia patenteará inicialmentea orientação somática do meu julgamento emrelação ao vosso inquérito.

Ha com efléito em cada artífice um caracter

profissional, que se accentúa desde a almaaté á vestimenta. Se applicarmos ao casoconcreto uma anthropometria especial, comseries, quadros e typos, seguramente obte-remos o conhecimento exacto, em peso emedida, dessa influencia do modo de vidana composição anatômica da phisionomiaindividual. Generalisando, poderemos dizer

que, desde o magaréfe ao supérfluo clubman,desde o cavouqueiro ao mais sublime artista,destacam-se typos que estão para o seumister em uma relação harmônica, caracte-ristica, que é como uma definição da suaindividualidade.

E, pela mesma formula anthropometricaser-nos-hia fácil restabelecer, sem consultadirecta, o cpie pensam de Fradique um esti-vador ou uni conselheiro de estado.

Ora, meu senhor, daqui se con due á prioricpie não é um modesto alvenel, homem pro-fissionalmente constructor, que produz obramassiçi de alvenaria, quem tem delobiigar

qualquer coisa de espiritualmente superiornessa figura vagabunda e indefinida, tão bel-lamente descripta pelo nosso querido Eçade Queiroz.

Esse Fradique é meramente um dihttanteno sentido completo do termo, phisico, mo-ral e intellectual.

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Procura o uuctor desviar do "seu precioso

modelo, a pecha banal de dilettantismo, mastanto mais insiste quanto mais earacterisaesse ctonriste da intelligencia», «cometaerrando atravez as idéias», não obstante a

sua originalidade de expressão e a sua « per-cepção extraordinária da realidade» File

próprio se confessa cm uma carta a OliveiraMartins: «temporal e espiritualmente fiqueisimplesmente um tourisle».

Até parece que de nascença se lhe mani-festou a balda errante, pois que viu luz emuma ilha, local minimo, como um ponto nocentro do oceano infinito que se debate emeterna e anciosa mobilidade entre os conti-nentes firmes do mundo .Desse motu-conti-nuo participou a sua vida inteira; percorreutodas as terras e crusou todos os mares, viutodas as artes, estudou todas as sciencias e

religiões, viveu com todos os povos, gozoutodos os prazeres mundiaes, correu perigosde ferro, agoa e fogo, foi um homem feliz

nos amores, e veio a morrer sem mavtyrio,

nas melhores graças dos seus bons fados.

E esse homem são e escorreito passou pelomundo sem deixar a impressão de um só

passo; não edificou uma casa, não escreveuum simples périplo ou roteiro do seu fadário;nada fez na sua terra ou na dos outros, não

plantou uma arvore, nem o modesto pé decouve <pie symbolisa na horta a malga docaldo, uma lareira fumegante, uma famida,a tradição . . . nem sequer um filho!

Nos seus errores desordenados não se dei-xou também suggestionar polo quixotismopróprio da raça, abrindo no seu vago destino,em um gesto preciso e característico, essabrecha luminosa, por onde sortiram outroscavalheiros, errantes como elle, mas cpie,atraz de sonhadas aventuras, foram até á

gloria immoiedoura das epopéias.

Não sinto, portanto, a minima sympathia

por essa creatura inútil, egoista, que nãodesempenhou na humanidade ou na sua greya mais singela funcção vital ou construetiva.Como pedreiro, tenho o em fraca conta, ecomo homem em somenos vaor consideroo seu corpo másculo, apessoado, de requin-tado acceio, com as suas qualidades inca ac-teristicas de intelligencia.

Concluo por negar-lhe essa superioridade e

concumitante perfeição, pelas quaes virtudesme perguntaes.

Constituiu o assumpto de um bello livrode Eça de Queiroz; foi talvez o seu único

papel de realce É uma figura litteraria, in-construetr, ei por outros processos; chamae

pintores e esculptores, e mandae-os modelarem luz, em côr, em mármore, esse preten-elido super-homem; cada qual inventará oseu typo sem que um único delles tenha abelleza esthetica, essa parcella de absoluto

que só emana do caracter, da verdade, cris-tallisada em obra de arte. Podeis, quandomuito, affeiçoá-lo em barro, ou desenhá-loa traços leves, fugazes, como em uma cari-catura.

Applicae a esses exemplares typicos as

nossas formulas de anthropometria profis-sional; desta analyse resultará uma variedadede multifoi mes aspectos, de tantos figurinoscpiantas as modas atravez dos tempos e das

sociedades. Provéem esses especimens das

aristocracias decahidas, padreadas pela bur-

guesia que ascende á alta roda da sociedademoderna; são ceados em postos homote-clínicos de complexas gymnasticas e despor-tos; conhecem o mundo todo atravez do

turismo circulatório e do critério Baedeke-riano; e são influenciados pela litteraturadas viagens maravilhosas — cujos heroes nos

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O PIKRALHO SiB

encheram de aventura a nossa mocidade,desde as suas phantasticas explorações aocentro da terra, iselo fundo dos mares, atéaos planetas, viajando em obuzes com ointerior confortável dos Pullmcui-cars.

Esta classe invadiu em uma torrente desnobismo a sociedade dita de bom-tom, sub-stituindo nas democracias actuaes a castafidalga e tomando raizes no prolifero alfobreda burguesia, com escanda osas desgarradaspelos estremados vi ios, próprios da deca-dencia aristocrática e do exagero simiamenteimitativo dos neophitos burguezes. Vamosencontrá-los em todos os paizes, pretendendoconstituir uma casta distincta com seus clubs,palacetes e alcoices, e sempre com o mesmodilettantismo de pedante nullidade, pompo-sos no seu enf atuado egotismo.

Não posso deslembrar o quadro final da-quella respeitável mat ona. nobre avoengado nosso iliustre Fradique, que falleceu

dentro de am caranranchão de rosas, quandoescutava a viola que o ex-bolieiro repicavacom os dedos carregados de anneis! E estanota ancestral é um estygma profundo quenão se apaga mais da existência de uma ge-rarchia, como as façanhas dos seus nobresantepassados.

Não escapo a ao subtil realismo Eça deQueiroz este incidente do quadro genealogicodo seu heroe, Cuja feitura litteraria nos en-canta pela inconfundível originalidade da suaforma. Por incomprehensão se attribue aomagistral escriptor o intuito de crear umtypo superior de liomem; de suprema elegan-cia. A sua monographia, porém, é- analyticae deve ler-se sem desperdiçar os minimosdetalhes; delia não resultam syntheses,' nãoé um livro de these; Fradique é um caso,não. é um modelo. . , ¦

Desses Fradiques de imitação — que osha por toda parte — não me recommendeis

Palcos & Fitas

lf^São JoséA ti oupe luso-brasi-

leira que trabaha nes-te theatro não desani-ma, apesar do poucosuc::essomonetário quetem tido.

E' que os artistas,como já dissemos noultimo numero, são unsbons sujeitos.

Brasil Cinema

Sempre animados os espectaculos desteelegante cinema, ondo se reúne o nossomundo chi;.

Hontem foi exhibido o Io numero da Ne-vista lirasil Cinema, que é sem duvidaum grande triumpho para a cinematogra-phia em São Paulo.

Íris

O film de successo retumbante exhibidonesta semana no cinema da rua Quinze foio Zat-La-Mort.

E' uma fita longa e optimamente organi-sada.

O enredo é interessantíssimo, cheio deepisódios emocionantes e revestidos de umarealidade de vida, muito pouco commumnas fitas que se exhibem por aqui.

E' com enthusiasmo, portanto, que acon-selhamos aos nossos leitores, o bellissimofilm Zat-La-Mort.

G. D. Santa Ceeilia

Com a revuette iTim Tini Mirim*, emreprise, a sympathica sociedade dramáticareaüsoUj em 27 de Fevereiro, a commemo-ração da posse da nova Directoria.

Comquanto a concorrência fosse muitomaior, augmentando a responsabilidade dosamadores — o desempenho da ] eça estevena altura da primei, a representação, de queem tempo demos noticia.

Mais uma vez tivemos oceasião de apre-ciar o garbo e a aisance, natural e fina, deMlle. Adelaide Filgueiras, no papel de kléa:a observação e o capricho com que Mlle.Antonietta Havo interpretou a característicaGenoveva; a discreção e graça de Mlle. Oli-via Pacheco, nos papeis de llespanhola eBahiana, principalmente neste. Mlle. Alei-na César nos deu, como da prmeira vez,uma graciosíssima ingênua Maricóta.

No desempenho dos papeis masculinosnotámos a mesma naturalidade e graça. Sa-lientamos entretanto, por dever de absolutajustiça, o admirável e estupendo coronel Fa-gundes, interpretado por João Malta, incon-testavelmente uma vocação artística. Estevetambém muito a vontade no papel de Dole-gado da roça, o espirituoso e intelligenteamador, Francisco Nascimento (Chiquito).

No terceiro acto, parte de variedades, fi-zeram-se ouvir — M.lle Olga Vergueiro quecantou com muita expressão a «Canção doExilio» e «O Gondoleiro do Amor» : — En-rico Mendes, com a firmesa de sempre, umtrecho da Dançarina Descalça; e, com vozlimpida e bem timbrada o tenor JorgeBalbo cantou uma ária de «I Pagliacci».

A orchestra, sob a disciplinada regênciado Maestro Lorena, esteve irreprehensivel.

Aos esforços ingentes do Director doGrêmio, sr. Juvenal de Carvalho devemos adita de assistir a reprise do Tim Tini Mirim.

No dia 13 do corrente, o Grêmio leva-rá á scena o drama em 1 actos «Grilheta»e a comedia «O Pintor». Nessa recita toma-rão parte todos os amadores do Grêmio.

J, Felizardo

nenhum, amigo redactor, pois desde já vosdeclaro que em nosso humilde estaleiro nem

para serventes de amassadouro serão pres-tadios.

Á vossa ultima interrogação não respondopor agora, Como não me é dado invocar osmestres do século de Pericles, que estabe-lecêram os cânones da bellesa humana, tereique recorrer á collaboração dos vossos hu-moristas para compor typos vários de ho-mens para vários gostos, assoprando paralonge essa nevoa de ideal que nada exprimeaqui como adjectivação e menos como au-reola, endeusando qualquer exemplar, pormais puro que seja, do sexo masculino.

E regresso, entrementes, ao meu andaime,a continuar a obscura faina quotidiana, einterminável, de fabricar lareiras e alcovaspara aninhar a prolifica íamilia humana.

Até á vista, caro sr. Redactor.

COISAS DA POLÍTICATodos os jornaes de S. Paulo, noticiando

o resultado da apuração do segundo distr ctoerraram lamentav elmente.

Gentil representante de S. Paulo na cama-ra federal mostrou-nos uma copia anthenti .ada acta pela qual vimos que o ve dadeiroresultado é o se.Luinte:

Prudente de Moraes — 2H.810Cincinato Braga — 17.830Marcolino Barretto — 17.330Álvaro de Carvalho - 17.025Cezar Lacerda Verguei o — L5.98GAlberto Sarmento — 15.753Arthur Witacker - 13.074

Como se vê, pelo resultado authentico queacima publicamos, o deputado menos votado,não é o snr. Cezar Vergueiro como a prin-eipio se propalou.

Caberá também ao sympatico deputado

paulista sr. Lacerda Vergueiro, o secretaria-do da câmara durante os trabalhos do reco-nhecimento, por ser o mais moço de todosos representantes federaes dos Estados ten-do desbancado o ardoroso deputado Mauriciode Lacerda da agradável posição de eufant

gaté ou benjamin, da câmara dos Deputa-dos Federaes.

Já se vé portanto que a pouca idade naCâmara ó um empecilho á vadiação, pois ologar dado ao mais moço dos deputados nostrabalhos do reconhecimento, é um dos maistrabalhosos.

Papelaria Define

RUA FLOREMO DE ABREU, 88— Officinas c Deposito H. yo -

PAULO *

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ttSai O PIRRALHO>-

r

«PIRRALHO" SOCIAL

Dizem osobservado-res e comelles con-cordam oscríticos,principal-mente osdas cousassociaes,quefalar-se emcalor é pro-

va de que se não tem na cacliolaoutro assumpto a desenvolver.

Em geral, nos bailes e reu-

niões, o calor é predilecto as-

sumpto dos imbecis doirado*

que, pela pratica que têm da

matéria discorrem, diga-se a

verdade, com a mais absolutaautoridade sobre o calor, che-

gando até a discutir a formula1 Kt- , do coefficiente de

dilatação. Mas o calor consti-

tue, de facto, bom assumpto,

porque é companheiro insepa-ravel dos bailes, das reuniões,dos pontos de rendez-vous. Pvin-

cipalmente agora, que elle é de

rachar, como diz o vulgo, sem-

pre é o inic o de uma conver

sação qualquer. Ha dias, numa

soirée, \\m<jentle?nan assim man-

teve uma palestra com ama

gentil demoiselle :Que calor, não acha?Nem tanto; está ainda as-

sim mais brando que no Bio.

Calcule o sr. que lá o consumode gelo é ainda maior que o

da carne-secca.. .

Sim? Acredito, pois siaqui mesmo é quasi impossivelatural-o. Parece que estamosnas caldeiras de Pedro Botelho!

Ou no inferno de Dante,

E por falar de inferno, comovae o sr. de amores?

— Perdão, minha senhora;lembrar-se dos meus amores ao

falar de inferno? Porque? O

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M.LLE LIS(EiEN StUORCHT

meu amor vive num paraíso,porque amo a um anjo. . .

— Mas Eblis também foianjo...

E assim continuaram o dia-logo. Vêm, pois, que o calorfoi um bom assumpto inicial:transformou-se em amor ...

Por Deus, leitoras amigas, nãome chamem ago a de imbecil,eu quo fiz o calor de assumpto

pa; a esta pseudo-chronica . ..

Mlle. estava graciosíssima no

pic-nic de domingo.Tanto qne, ao vel-a, mr., que

estava junto a mini, embrou-sedos versinhos do poeta, e recitou:

«Ai, como estava graciosa«Ai, quanta candura, ai quanta !

«Gorada -- que era uma rosa!«Bonita -- que era uma santa!

Mlle. não ouviu. Si ouvisse,com o mesmo poeta responderia:

^Entretanto,<• Aqui me voíl feliz, de alma ri-

sonha.«E o coração v azio ...

Não é verdade, m.lle ?

sl. _a_O Eclético Club reolisou com

êxito, o annunciado pic-nic de

domingo. Esteve con orridissi-mo, como sempre, tendo decor-rido em meio de grande anima-

ção. Houve bellissimos jogos, en-

tre elles um match de baskef-ball,entre moças e r 1 pazes, vencendoo partido vermelho por 1 a .0.

SCENARIOS E SILHUETAS00-

FIALHO D'ALMEIDA

A 5 do mez corrente, faz quatro annos que morreu Fialho d'Al-

meida; á hora, pois, em que estas linhas estiverem sendo impres-

sas, commemorarãoos-que ainda o lembram admiram, o seu pas-

samento tão prematuro e lamentarão a sua falta tão sensível nas

lettras portuguesas.Apraz-nos a nós encontrar, no inicio destes roda-pes, assumpto,

que de si tanto offerece, ao qual, gostosamente,--se nos ageita a

penna e que, maravilhosamente, se enquadra sob o titulo d estas

chronicas.Fialho d'Almeida é, em toda a sua extensa bagagem htteraria,

um magnífico, um impressionante, um raro pincôr ae MUM10I e, II

apezar do traço caricatural dos pamphletistas, ó, igualmente, um

fazedor exímio de acabadissimas silhuetas.Si formos colhendo pelos milhares de paginas, que lhe jorraram

do cérebro, na anciã quotidiana do pão, os quadros de interior

e de campo, as visões do rio e da cidade, os pedaços esco hidos

de payzagem, a descripção pitoresca de sitios vários, a tonalidade

trágica de certos conjunetos, havemos de noa ir booueahrindo ante

esse extranho poder pictural com que elle, em dois traços carre-

gados de tinta/delineava mil contornos, acordando, na indecisão

de um fundo baralhado, a realidade palpável de um punhado de

coisas.Assim é que as correntezas, que, calmas ou marulhosas, rolam

os segredos da nascente, por entre as txuberancias da selva, dao

a nítida sensação das águas que se movem, e fixam na retina, a

se lhes destacar na toalha branca, as formas esr.uras das barcas

em pão de bico; as tabernas, com as mesas hornidas a cotovello,

com cadeiras toscas e desconjuntadas, com ares de mysteno na

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O PIERALHO asa

A' tardinha começaram as danças, que só

terminaram quando as sombras da noite de-

sceram sobie o ap.asivel parque da Accli-

maçã;.. A empreza do Brasil-Cinema tirou

vários aspectos da festa, que brevemente

passarão na tela do apreciado cinema da rua

Barão de Itapetininga.

jilc He He

Mlle. estava muito melancólica naquelle

pic-nic de domingo. Ella que é uma creatu-

ra tão jovial deveria ter uma razão qual-

quer, e ponderosa, para justificar a sua tns-

teza.Essa razão descobrimol-a logo. Mr. inter-

rogou a sobre isso e mlle. respondeu assim:

«Como um lírio que murcha, que se inclina

«Numa jarra da China,«Numa jarra luxuosa, aurilavrada e rara,«Tristonhos,«Murcharam na minha alma os róseos sonhos,«Os sonhos que eu sonhara!

Um pouquiuho de paciência, m.lle ou mo

lhor, resignação . . .Leia sempre os versos do Nuto SanfAnna,

porque 'eles deliciam as almas como a-; de

m.lle..._Q_ _9_ SL.

No nume o de hoje publicamos a photo-graphia da distincta m.lle Lischen Scorcht.

E' uma insinuante figura, cheia de brilho

e de graça.^e ^üe He

O club Concórdia, a fina sociedade paulistana, por tantos títulos apreciada, da nossa

haute-pomme, realisa hoje mais uma de suas

esplendidas soirées. O baile de hoje é com-

memoratko do anniversario do G!ub ; e basta

isso para que seja um verdadeiro aconteci-mento a soirée do Gerniania, daqui a pouco

pequeno para conter a multidão chie, quelá comparecerá. A fina sociedade que hoje

commemora o seu anniversario é actualmentea mais chie de S. Paulo, e tem amparado,

com o product) de varias soirées, muitas

instituições pias da nossa capital.Justo c que neste final, saudemos effusi-

vãmente a digna directoria do Concórdia e

muito principalmente o sr. Armando Fer-

rera Eosa, que é um de seus mais esfor-

çados membros.vfc. He He

Duas correntes se formaram para a dis-

puta do 1 cal onde se devem realisar os

corsos domin.-.ueiros.Uma dellas é de opinião que o corso se

realise ao longo da Avenida Hygienopolis,

e a outra que elle se effectue na Avenida

Paulista. Forçoso é reconhecer que a rasão

Os nossos instantâneos

íHfll HVL "• íflS SíMhflfl MIa .«g*WB p| I11 K.Yffiil ü

Bk« h IBi. -""«'.'v,:.i

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- ^T" ¦¦ ¦ •¦ ¦¦ ^.^•¦~'t~'-i~^.y^ggl

está com os partidários do corso na Avenida

Paulista, por muitos e muitos motivos. Em' primeiro legar, é muito mais extensa, e mui-

to mais bonita.Depois a architectura das vivendas da

Avenida é muito mais elegante, de forma a

tornar aquella via publica a mais aprazível

de S. Pau1 o.Somos, íois, pelo corso na Avenida

Paulista.He He He

Dia de júbilo intenso para todos nós quemoirejamos nesta casa, o de quinta-feira

passada. Era o dia do anniversario natalicio

de dois bons amigos nossos, sinceros e leaes,

e que bem de perto têm acompanhado o

evoluir desta revista: os drs. Pedro Rodri-

gues de Almeida e Raul Corrêa da Silva.

Ambos dedicados, ambos excellentes amigos,

têm-nos prestado o auxilio forte de suas in-

telligencias, na elaboração dos números do

«Pirralho». Por isso, foi motivo de grandealegria a passagem do natalicio do Pedrinho

e do Raul.A elles, mais uma vez, nossas saudações

e um apertado abraço em cada um.

2JC He He

M.lle fez a mr. uma promessa. E como

promessa é divida, nv. espera que seja cum-

prida. Depois, m.U(' tem palavra. Cumprirá' $i promessa que fez, mesmo porque o cum-

piimento delia importa no inicio de uma

quadra feliz, cheia de visos e de flores.

Cheguem pois as flores e os risos, e com

elles a felicidade mesma, para os dois ven-

turosos mortaes.

2ie He He

No próximo numero, as nossas observações

irão até ao Royal, passando depois a serem

feitas no Pathé, no Colyseu e no S. Paulo.

Nada escapará ás nossas vistas; e para estas

i olumnas passaremos as nossas impressões.

penumbra de unia luz de petróleo, avermelhada e tremula, são ||

molduras, que a gente sente com os pedaços de vida, que ahi se

desenrolam; as madrugadas frescas, cheirando á madresilva das ||

cercas, erguendo-se azulescentes, por sobre curvas vermelhas de

morros e aljofrando as extensões plantadas, descançam como o bu-

colismo de uma villegiatura campezina.

E esses aspectos de Lisboa, á noite, com seus bairros mal ire-

quentados,'suas viéllas escuras e suas casas esburacadas, como se

os vê, como se os conserva, como elles são expressivos e grandes,mysteriosos e bizarros, numa pennada de Fialho.

E que maior scenario do que esse da vida poiitica, social, littü-

raria e artística de Portugal, que elle optimamente fixou, em an-

nos suecessivos de publicidade? Que maior scenario do que esse,

por onde perpassam silhuetas de todos os feitios? Sim, que, si*

lhuetas também elle as fez perfeitas, feroz ou exacto, exaggerado

ou sóbrio, de políticos e de litteratos, de artistas e de reis, de mi-

íiónarios, de pobretões e até- de gatos, d'esses gatos, que assumem

um caracter solemnemente exquesita, perfilados na tela da sombra,

pondo uma nota de 'sahhat,

«na banalidade do fora de hora de

Lisboa». iMas... onde vamos parar? Ha já, por ahi atraz, uma braçada

de exerdio e basta.* *

Nesta breve e justa homenagem, a que o acaso nos obriga, mio

se nos faz mister, nem é possível, dizer de Fialho inteiro.

Frizando que, no fundo do critico e do pamphletista, de envolta

com as suas tendências de revoltado, havia um grande intuito ai-

tamente moral, uma probidade sincera de saneador, cujo desejo de

de«infecção é solicitado pelas misérias do meio, diga-se, na rap.dez

desta evocação, a sua grande, a sua innegavel, a sua tão mal com-

prehendida capacidade de artista.

H.: *

Mais de uma vez, temos ouvido atacar Fialho d'Alme,da nas

suas qualidades de artista; isso, porém, revela, ou falta de conhe-

cimento do seu bello legado intellectual, ou ignorância completa

1 em matéria de arte.

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O PIRRALHO—— : - —^^sn )%

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Os nossos instantâneos

\£. J&~ -^-

Pelos nossos Cinemas

(Observações a vol d*oiseauí

. IV

Brasil Cimma

O Brasil é, actualmente, o mais chie e

confortável cinema dn nossa urbs, eomo ja

devem saber os meus ieitores, e, ma,s amd»,

as minhas leitoras amigas.

L pois, insto qne até dia chegassem

as no sas observações a vol Voiseau, as mes-

1* eme de outros cinemas chies temos teüo.

E foemol-as em nm destes nlimos dias ,us-

temente por accasião de nma das mais con-

. corridas soirèés. i.„hihiteA opportunidade era bôa, pois os Habitues

lá estavam representados pela maioria da

bancada. Entramos.

A graciosa clianteuse Marthe Cotty deli-

ciava o auditório com a Marguerite, a apre-

ciada cançoneta franceza. Embaixo, na pia-

téa o maestro, um typo insinuante, de bastos

cabeP os negros, que o sopro do enthusiasmo

fazia agitar como so fora uma tloresta a!;os-

sada pelo vento, em baixo, na platéa, o mães-

tro a acompanhava, ao piano, sorrindo sem-

pre, com aquelle hom humor que o carac-

terisa. Na primeira frisa, a direita, os ar-

tistas que lá trabalham, apreciavam a pose

da collega.Pelas cadeiras espalhavam-se os habi-

tuós, entre elles o A. S., nosso collega, o

representante de um diário italiano, e uns

rapazitos que, embora chova canivetes, Ia

estão, impreterivelmente, todas as noites.

Nas outras frisas e camarotes estava o pes-

soai da havte, muito lidimamente represem

tado. Por detraz das frisas passava, de mi-

mito em minuto o Camerata, numa aotivi

dade espantosa.Oito e meia da noite.A campainha, do salão de espera dá o si-

gnal para a entrada. Todos se levantam, co-

nio se recebessem uma ordem, e aos poucos,

penetram na sala de exhibições. Neste

instante, atravessa o salão de espera, amável

e insinuante, o vulto sympathico de um m-

telligonte moço da nossa elite, a saudar,

Bómp e maneiroso e cortez, todo delicadeza,

aquelles que tem a ventura de o conhecer.

Observámos e sahimos.A' porta, o sereno fila um pouco de mu-

sica; e agora, no salão, o cançonetista Ste-

fano Bruno, principia a cantar:

«La campana fa din-din-don«Ed il sole tromonta già • . .

E pelo, caminho, ainda os nossos ouvidos

Se acalentam com a sua voz melodiosa . . .

Dados os bons elementos com que conta

a fina associação, é de prever que a testa

campestre do Concórdia, seja brilhantíssima,

como aliás, acontece com todas as reuniões

por elle promovidas.Nas nossas rodas chies 6 aguardada com

anciedade a partie-de-campagne do Concórdia.

_SL.SL.SL.

Pontos chies:Chás do Mappin - ás 4.«» e sabbados

Parque Antarctica — ás G.i,s

High-Life - aos domingosBrasil-Cinema - ás 5> e Sab.<i<>*

Royal — ás o.;,sBe.vedere da Avenida - aos domin-

tos á hora do corso.

v£_ ^- m~

Os nossos instantâneos

jüc. ^c -^-

Sabemos de fonte segura que o Club

Concórdia realisará, brevemente, uma gar-

(Jcn-party no Jardim da Acclimaçao.

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I ''"' mÈÊÊÊÊ-'WÊim\

Exi8tera aois males enormes, que ^Jh^torS-

aliás, aotualmente, «n todososmem def to 1,« ^

wm é a confusão dos gêneros, que, levan. ^ &

o brilho, as qualidades de escnpto de pen ^.^

crèa «ma benignidade P~«; «¦«™ aifficllHa a visão das

trabalhos de perfeição e »"* ° ^ 0„tra é a falta de

8HbtUT no contexto g-

da -gg^ de esfo, de

3e eTintll^enctatso, 4»e parece tão Pass,geiro e e tao

séri„ e ene se chama ama obra da arte ^

Já Taine o escreveu, no seu tempo ,£n*Am™^ ^

lWre dtart semh,e ,1a ^^0™^£Z^^,

l riu,nait à 1'aventure, sans regle m laison, nvi

prévu, à Tarbitraire.» aT)reciação desses abFalsiasimos principies, os que premd

J»* fÇ^SS. « »mande

*ZZ*1 altr ^Shemos de v, qne como escriptor

Ae pamphletes e de centos, como fabrioadordeHvr^ a troce^

m„éda, deixou Fialho ne acervo de suas ™P«*V»£

defeitos attestados authenticos de qualidades, que sao

"'lÍÍXcusam, responderemos: como ehroniete defumes

se^qe pamphletario * ^g^T^ e^V s>

cia pittoresca o desgarra, a &u» fj .

cessos e desiquilibrios. -.. -. 1W,('

Sem, M^, -«ar esses defeitos, cem^,s aque„,-.*£»

áspera, que a epiderme da socmda , em q,,e -^ p ^

attenna, teme. para^^J J,»^ ng0 ;è perfeHa,t,st.ca ™°t n>e..^Xram

a nobreza e a decadência do me.o.porque contra dle ml.taram

meníal para comCT;que o obrigaram a prodígios

¦ > -. . .;.: ¦

..-¦i/->.i.

:-v-- -.¦;-,::-" "." ". .

\.

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O" PIRRALHO

'

M."e H. (L) F.

Morena, olhos negros e cabellos da cordos da Iracema dos lábios de mél. A bocca

pequenina e bem feita; dentes aWissimos,e um gracioso rostinlio oval.

Muito estudiosa, muito lida, mlle. encanta

quem quer que seja, com a sua palestra ele-

Oelia Cardoso, m.lle Baby Pereira de Souzae Ruth Penteado.

Mie. Yvette: Perfeitamente.O bonnet de police é a ultima moda, para

demoisellcs. E' bem de vêr que, vindo essamoda da Cidade-Luz é quasi obrigatório

vadfli. Veste-se com-apurado, gosto e sempre usar-se o hnnnet de police com titãs das cô-res do pavilhão francez, ao lado esquerdo.

i onsulias e respostas

Pergunta-nos mr. D. B. si é ou n.^o ele-gante o uso do monoculo, nos bailes Posi-tivamente, é um habito chie o uso do mo-noculo; entre nós, porém, é elle pedantescoa menos que se não leve no bolso da casacaum attestado medico provando que se sofVre

á utima moda. O <• bonnet de police» ha

pouco em moda na c:dade-luz, ella já usa,e lhe vae muit) bem: agora mlle. modiíi-cou-o para melhor, collucando ao ]ado, comobello enfeite, as cores da bandeira franceza.

Dança com elegância, e é daquellas queaclnm ser a dança uma verdadeiia arte;po:1 isso, o faz com alma e sentimento.

Mlle. gosta muit > dos bailes do Interna-cional, e por signal que nestes últimos foimuito admirada por um distineto bacharel,que em certa localidade do interior é o or-gam fiel da justiça publica.

Que é que mlle. diz a isto ?

¦vj/* \j/- yj/-

No ccoiso» de Domingo ultim i na Ave-nida Paulista, vimos :

Dr. Sampao Vidal e família, Dr. AltinoArantes e família, Dr. Pau o Moraes Barrose família, liarão e Baroneza de Nioae, M.meAmélia Barcellos, M.me Herminia Prado,M.me Stela Penteado, M.me Pinotti Gambá,M.me Candinha Prates, M.me Casti'ho deAndrade, M.me Noeniia Junqueira Netto,M.me Colla Marino Pepe, M.me Dino BuenoPilho, M.me Manoel de Almeida, M.me Eon-dino, M.me Cláudio de Souza, M me Hora-cio Sabino. Mesdemi iselles: Ninette Rimos,Maria Valladão, Lia, Judith, Sara e DonanaMesquita, Sylvia Valladão, Dinah de Almeida,Lischen Schorcht, Tanga Bourroul, Mindóca,Rúth e Bebe Bourroul, Nenê Alves Lima,m.lle Freitas Valle, m.lles Octavio Mendes,m.'le Albuquerque Lins, Tejtrazzini e Zu-leika Nobre, m.lle Annette Lacerda, m.lle

Os nossos instantâneos

i J r'¦¦*>...'&- m M&L^A:. 8-%í* * "" ü' Ji ¦ *''T\ft^ X ' :'.'SÍ: '.'V*' '

oSal aÜH * "' ¦ 1»EKmBS BBifV^laVto

»T flaf óflam. 'âOB

da vista, afim de que se o exhiba a tout lemonde, et sou père.

Mr. D. B. fica pois sabendo (não é minhaa autoridade, é a das leis da elegância) queé elegante o uso do monoculo, nos bailes.Mas nem tudo que é elegante, deve ser usado.

Cada roda com seu fuso ...Ruy Blas

0 Corso na AvenidaCONCURSO SliNSACIONAL!

0 Pirralho pretendendo dedicarparticularmente os seus esforços dereportagem ao Corso que se faz aosdomingos na Avenida, resolve abrirum concurso para saber qual o auto-movei mais chie que n'elle costumatomar parte.

A apuração final será feita, por com-missão extranha a esta redacçào, com-promettendo-se 0 Pirralho a hoinena-i>-ear os carros mais votados.o

CONCURSO DO PIRRALHO

Qual é o automóvel.mais chie

que faz o corso na Avenida?

M\A/\ '""V -

Os coupons contendo o numero docarro votado devem ser endereçados áRedacçào do «Pirralho», Caixa. 1026..

A primeira votação será recebidaaté quarta-feira próxima.

que a capacidade não lhe faltava affirmam os seus dons de paysa-gista colorido e vivo, a malleabilidade, que soube dar á língua, aperfeição de alguns traços psychologicos e a composição de certosfragmentos.

Fialho teve a percepção clara, nitida do que é fazer a grande artee elle mesmo reputava impossível fazel-a nas suas condições de vida.

E' elle quem n'ol-o diz no prefacio da A' Esquina: «Imaginamque esses trabalhos se abordam com a inconsequencia e a rapidezde vinte ou trinta paginas; mal comprehendem que sejam precisoslongos mezès d'estudo, annos de concentração, pacíencias bene-dictinas de factura e durante todo esse tempo quem é que ga-rante ao desprovido escriptor, o passadio, e depois da obra feita,quanto dã por ella o editor, ou mesmo quem é que a edita, nãohavendo em Portugal senão trezentas pessoas capazes de pagar atéseis tostões por exemplar?»

Pudesse quem escreveu O roubo, quem fez a Tragédia de umhomem de gênio obscuro, quem delineou o violoncelista Sérgio,quem escreveu a pagina acceza dos Ceifeiros entregar-se com afincoaos trabalhos martyrisantes e suaves que a relativa perfeição exige

•e dir-me-ieÍ8 — que assombro elle seria.

*

Pobre Fialho! Só os leigos, só aquelles, que não trouxeram adolorosa predestinação para a tortura lenta da arte não saberãosentir as maguas que elle curtio.

Nós todos, pobres tantalos sequiosos do acabado, do inteiro, dodefinitivo, nesta torrente límpida da verdade e da emoção, açor-rentados pelas exigências modernas que sobrepõem ao artista obusiness-man, experimentamos bem intima e bem funda essa dôrde incontentado, que o mundo não vê e a humanidade despreza..

Triste destino o teu, pobre pamphletario, arrastado, pelas irasdo teu latego e pelas imposições da tua fome, viveste accorrentado atodas as misérias e Süccumbiste, brandindo a satyra e evocando abelleza, com a amarga clarividencia, que descortina a inutilidadedos esforços e com a nostalgia incurável da perfeição, que consomeas energias no sonho irreabsavel de repousar o vigoroso, o incon-tido, o irrequieto surto esthético de uma existência inteira.

Pobie Fialho!:, Pedro Rodrigues de Almeida.

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<• . . —¦» I •

1) A bellissima sala de

visitas. 2) e 3) Grupos de

convidados que assistiram áinauguração da nova sede,

íestejada com raro brilham

tismo. 4) A biblotheca do

sumptuoso club.

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-fri

Zé Agudo. Então,.se?t pândego, resolveuapparecer-nos de novo?

A sua resposta ficaaqui. Pnblical-a-emosna primeira opportu-nidade.

M.r Rangel Morei-ra: Recebemos a suacarta.

Xisto agradece mui-to e diz que a mis-siva em nada modifi-cou o conceito, aliáslisongeiro, que elle fazde si, conceito com clareza externado, nas

linhas que escreveu, sobre dois volumes seus

M.He Marianna: Era só o que faltava-

Francamente, não entendemos nada. . . Em

fim. . • E' lá, naquella esquina, o nosso pon-to de esperar o bonde, sempre, entre 10 e

meia e onze horas da noite, quasi diariamen-

te. Pelo menos trez vezes por semana. Quin.ta, sabbado e Domingo, infallivelmente. Sem-

pre ás ordens,M.He Sylvia: Obrigado pela communica-

ção que nos fêz, de que, irá hoje ao Con-

cordia. Bonne ehanse. . .

M.He Sebastiana: Porque não nos manda

ai umas indiscreções? Auxilie-nos nas nossas

pesquizas. . .Troce com as suas amiguinhas. Absoluta-

mente não diremos nada. Guardaremos so-

gredo absoluto.M.l,e Ninette: Sempre interessantes as

suas cartas. O Rstado não brincou nadacomsigo. Também eu estive no Royal; onde

me vio?O p emio será repartido sim, aos assgnan

tes.A «coisa que preste» e que M.lle es olhou,

será de bom grado offereâda á M. le pormim. Serve a do seu Azambuja? se quizer,mesmo antes do fim do anno. Garanto quenão se arrependerá. E' só experimentar e

gostará immensamente.Tinha raiva da P. Q. Nina? Coitada! E -

Ia não merecia isso. . . Tampouco mis a a-

dnlavamos.Faziamos apenas justiça aos seus raros

dotes de espirito e coração, como lá diz achapa. Ella mudou-se de S. Paulo. Nuncamais voltará. Doily, náo merece também asua acrimonia. E' muito boasinha, muito

gentil e intelligente e n|o é nenhuma sabi-chona vulgar.

O Mello Nogueira diz que não é fingidoe communica-lhe que elle é pisca-pisca. A-zambuja lhe agradece os abraços e os retri-bnde com o mesmo affecto.

M.-,e Ninon: Bom dia! Fui muito bemde Carnaval. Ainda tenho vontade de brin-car. Prir.cipalmente com a Ninon. Seu Pe-

drinho era o único que ria, naturalmente porque tinha visto M.lle.

Quando eu a vi, garanto que sorri. Quan-do eu a vi, sabe qual foi a exclamação queme veio aos lábio m? Esta:

«Como está linda!» O Pedro até, riu-sede mim. .. M.lle é injusta com o nossoFradique! . Elle é muito bom e muito dis-tineto. Não sabemos se elle se phantasioude Papão. Andam complicados os meusnegocio-!? Ninon é quem deve saber. Creio

que M.lle está enganada!Não ha conflagração de corações. Dolly,

não pode estar indignada. Nada lhe fiz.Das out as duas, uma, a minha «adorável»como M.lle o diz, vae muito bem. Estamosem plena paz de amor e amando nos mutua-mente, cada ve« mais. Cecy também nãocreio que esteja zangada M.lle é injustatambém com o Ruy Bias. Elle é de umagentileza ext ema. Attendemos o seu pedi-do quanto ás indiscreções do Carnaval.

Ait reooirl Sempre seu.

M.r A. M. J : Não pôde ser publicado o

seu trabalho. Foi para a cesta.

M.»e (iaby: Irei visitar te qualquer dia.

Temos muito que conversar.Preciso muito de umas informações. Dar-

te-hei também uma porção. Espera nesta

semana sem falta. Segunda feira.

M.r Zé Fidelis: Vá bater á outra portaEnganou-se redondamente.

M r Bar ros. Vamos providenciar. Pode

ser=

M.me Dolorosa: E.' Vio? Depois diz

e Ia que eu é que sou máo. Felizmente,

convenceu se logo. Sim. Em Santos, no

Guarujá. Fallaiemos. Não sei como lhe

agrade er tanta fineza.

A prova de amizade quo M.me dá a Ella

é Jenorme. Muito grato,

M.'le izabel: Felicitações sinceras pelosou anniversario oceorido a 4 do corrente.

AZAMBUJA .. Administrador

i

*

A ENCHENTEAos bons amigos d "O Finalho"

Lentamente crescendo, espraia-se e avolumaE borbulha e se encrespa a liquida corrente,E os campos e a floresta e os barrancos, em summa,

Parece invadir tudo a colossal enchente...

Aqui referve e brama e atrôa e ruge e espuma,Para alem se alargar, num lago amplo e dormente,

Lambendo a ribanceira onde a arvore se apruma,

Num colleio sensual de languida serpente...

Quem ha que lhe resista a sanha destruidora,O rio fez-se mar, nao coube no seu leito,

Lembra uma enorme serpe ondeante e rugidora.

Ao vel-a uma oppressão invade-nos o peitoPois dir-se-á que ella esconde em seu seio, trahidora.

O espirito do mal rugindo liqüefeito.

A. L. Silveira da Motta

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v irrciiiiu no RtóAnno I RIO^DÊTÃNEmO, Sabpado 6Je^íai^_deJjl5 Num. VII

0 estado actual das ktras_ao__RÍo de Janeiro

Em qae se oeeapam os intelleetaaes cariocas

«O Pirra.ho... no Rio^uvTc expoentes da nossa cultura Utteraria

Saber o que pensara do actual mo-

mento e em que se occupam presen-temente os nossos intellectuaes, pedir-lhes, sendo possível, as primicias dos

trabalhos em elaboração, ou, ao menos,alguns' informes sobre os livros játerminados, ou no prelo, eis uma re-

portagèm á altura dos nossos nume-rosos leitores e de indiscutível inte-rcsse nestes tempos em que o espirito

publico está saturado cie ouvir e ler

referencias á conflagração européia e

ás numerosas crises que ora nos avas-

sallam. Será a nossa despretenciosaenquête um derivativo para o espiritodos nossos leitores, por certo, comotambém o nosso, já enfarado pela cris-

pante monotonia d'aquelles assumptos.Vamos pois ouvir os belletristas ca-

riocas, cujas respostas, de velhos con-sagrados ou de novos ainda inéditos,iremos publicando com a única e ex-

clusiva preocupação da ordem chro-nologica em que nos forem chegandoás mãos as respectivas respostas.

Que diz do estado actual das

letras no /J/o de Janeiro?Zem obra escripta ou a sahir?pode dizer~nos alguma cousa

sobre seus novos livros e sobre seus

projectos literários?

culpa cios escriptores, que os ha. Al-

liciada a attenção unanime pelas tricas

políticas, nas presas das controvérsiassubalternas, do pico-será nacional, to-

das as activiclades, gastas as energias

(as ultimas!) nesse simulacro de. pu-

gna, a estagnação prevaleceu. A at-

mosphéra intellectual que a provínciaimagina não existe aqui. As farfalhascom que se infeitam os fregolinis ca-

riocas, são ainda reminiscencias dos

jmWlB&rM SpO^1-'*'''.'-'*

ãmC.;.....-¦.-•-----„—-ij-g^ípSSa£r«M^^¦^¦¦¦^^l^l,^^^^^^^^'^l^^^l^^

Responde o joven romancista Eloy

Pontes, autor da "Lucta Ano=

nyma."

Que diz do estado actual das letras no Sio ?

_ O estado actual das letras é,

entre nós, o peiór possível. Menos por

esforços inauditos do grupo que o Im-

perio gerou e que veiu até á Republica.Isso não quer dizer que, um ou outro

obstinado, sob as suggestões irremissi-veis do temperamento, deixe de com-

parecer, com livro impresso por conta

própria, nos mostruarios escassos das

escassas livrarias.Acontece, porem, que uma glacial

indiferença acolhe sempre o esforço

tenaz. O publico não lê. Os livreirosnão editam. Sabido isto é bem fácil

imaginar o lago tranquillo, sem mur-

mulhos, sem aspectos, sem encantos,

que é a literatura na Capital cia Re-

publica... Como explicar a anomalia V

O phenomeno é complexo e se engastana falta de senso esthetico que o re-

Kimem democrático, prematuro, esta-beleceu e estimula,

A intelligencia collectiva, entre nós,embotou-se. Ha na ordem de nossodesenvolvimento duas faces: phenome-nos sociaes e fados políticos. Aquellesseguem a sua marcha inflexível á re-

velia destes. As escamoteações e ma-

giganças da política podem retardaro desenlace que a cultura, o caldea-mento de raças e as influencias inap-

pellaveis preparam, mas não podemevital-o. Não obstante os combatessimulados da política dispertam grandeinteresse nas turbas.

Ora, os artistas colhem, de prefe-rencia e por motivos mesmo de atmos-

phera, os seus themas nos phenomenossociaes. Dahi a absoluta indiferença

publica pelas obras de arte e o largoconsumo do jornal que discute o eu-

tiliquê do campanário politicante.Mesmo assim — sem editor, sem pu-

blico, sem estímulos —ha desteme-rosos trabalhadores das letras, na pro-sa e no verso. Ha até rebeldes quecollaboram no patrimônio artístico

quand même. Cremos que o ambienterepublicano é pouco propicio ás letras,á vida artística, a democracia estran-

gula a vida intellectual. Só uma sug-

gestão superior corrigiria a moléstia.Esta, porem, quando virá?... Virá?

Tem obra escripta ou a sahir?— Sim. Uma serie de romances fei

tos, que deverão apparecer nesta or-

dem Pátria Virgem — Maria de Lour-des-Anna Rosa — Esforço inútil e

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Ü O PIRRALHO... NO RIO (3

dous volumes de contos: Almas ami-

gas e Maravalhas. A casa Guimarães,de Lisboa, dará, dentro de pouco tem-

po, meu romanae Malva e o editorVentura Abrantes, também de Lisboa,uma collecção de Contos As maravi-Ihosas. Logo que me seja possi vel en-cadearei os outros...

— Pode dizer-nos alguma cousa sobreseus livros e sobre seus projedos?

Sobre os livros muito pouco. Apenasadeantarei que todos elles obedecemao desejo de recapitulação histórica,em suas linhas geraes. Pátria Virgemfere os problemas que nos enleiam, équasi pamphletário, Maria de Lourdesa suave idealisação da vida conjugai,Anna Rosa, uma cliarge. Trabalho numaserie de três romances agora, três sa-tyras, kodakisando o meio carioca emtodos os seus aspectos: mundano, po-litico e intellectual. Se não me fugira paciência, com tempo e petrechos,penso tel-os promptos breve. São:Eugênio Pradel no Rio de Janeiro —Eugênio Pradel vidorioso — EugênioPradel immortal. Dão-me pouco tra-balho estes livros porque se resumemna tarefa de escrever a historia sim-pies e real da geração íepublicana...

O meio hostil não esterelisa. Dámesmo garras de combate. E vale apena combater nesse jogo floral lite-rario...

* Hi

Na íi COLOMBO }} ás 5Já sabes que o Tgnacio Raposo publi-

cou um poema bíblico intitulado «Thamar»?Já. Não gostei da descripção dos can-

tos, por ser feita em uma lingua morta. Opoeta devia ter feito uso da sua lingua, por-que se tal fizesse ad vir-lhe-iam duas vanta-gens: mostrava a sensualissima actividadedesse pedaço de carne que se move dentrode sua bocca, e poupava ao ledor os fcrope-çjs em pedaços «cadavericos».

Marcello Gama: —- Um Whisky.Garçon: — Outro, não doutor?

Sabes, o Lage ficou indignado porqueo chamaram «pé de burro».

E com razão. «Pé de c.ibra» é que elle é.

— O sr. Carlos Magalhães ficou damnado,furioso com a indiscreção do «O Pirralho...no Eio», revelando os seus processos deauto-reclame, de certo mais efficazes que os

postos em pratica para conseguir, ha tempos,uma cadeira de deputado federal ...Et pourcause f . . .

# *

Conheces aquella pequena?Não.E' repórter. Tem feito um snccesso

com as suas varias entrevistas.E' um peixão. À partir de hoje fico

com ei Ia entre vistas.

O Eloy Pontes vae publicar mais umlivro.

Sim? O diabo é se o Amado Gilbertocuntinua a achar que isso «é demais»! ...

Fausto Brazil entrou agora. Vou per-guntar-lhe como vae com os suicidios.

Não sejas imprudente.Como assim ?Se tal pergunta lhe fizeres, dar-lhe-ás

o direito de indagar o modo porque se sui-oi dou o teu espirito.

A que attribues o flagrante crescimen-to do mv.iz do José Virissimo ?

A' cálida temperatura em que elle andasempre mettido.

IA "PASGHOAL" ÍS 7

Quem é aquelle typo adiposo e borra-cho t

Se elle não estivesse de frente haviade dizer que era o Isaac Cerquinho.

O que é que mais aprecias da Ali ema-nha ?

As a'lemãs. E tu?Eu ... a cerveja.

Sabes que a minha casa está conflagrada?? !A minha sogra «bombardeia-me» dia

e noite; a minha mulher «espingardeia»constantemente os criados; as minhas eu-nhadas tomam posição «estratégica», e aofim de cada «batalha» o único «ferido» soueu!

— E eu que estava preparando terrenopara te dar uma «facada» ! ...

O José Cândido está hoje muito ma-cambusio. Ter-lhe-ia acontecido algumacousa ?

Tu bem sabes como elle ó feio. Natu-ralmente passou alguns momentos diante doespelho.

* *

Conheces aquelle rapaz, que está sen-tado áquella mesa, rodeado de moças?

Não.E' o pavoroso conquistador, Dr. Carlos

Machado, muito conhecido nas nossas rodasbohemias por «Petronio dos Pampas».

* **

Após haver saboreado alguns dwps, umpoeta da geração passada sahiu-se com aquadra seguinte :

«Tenho dentro do meu peitoIncurável softrimento ...Tomara muito sujeitoAbrir o meu pensamento».

** *

O* João: tu já estas bêbado!Sim ... eu ... é que estou bêbado e tu

ó que estás andando ... á ... roda.

PERFIS

OLEGARIO MARIANO

E' moço esguio e de visões. CarrascoDas brasilicas letras. Parentesco,Certo, ha de ter com qualquer ser burlesco,O Seu mirabolante e aloado casco.

Seu espirito é espirito de frasco,A sua musa tem olhar grotesco,E chega a ser, até, carnavalescoQuando desprende o seu cantar de chasco.

E todo o seu labor, todo o rabisco

Que lhe sahira do bestunto toscoJa foi parar no apollineo cisco.

E quem, do Angelus vendo o lusco-fusco,Não pensará que este poeta foscoE' um grande, enormissimo patusco f

D'Anil.0

uv AJ

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