O Fanzine como ferramenta de comunicação dentro do curso de Jornalismo da UFT
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Transcript of O Fanzine como ferramenta de comunicação dentro do curso de Jornalismo da UFT
O Fanzine como ferramenta de
comunicação dentro do curso de
Jornalismo da UFT
Liana Vidigal ROCHAAna Carolina Costa dos ANJOS
Jeferson Lima BARBOSAPatrícia STRÖHER
Grupo de Pesquisa Jornalismo e MultimídiaUniversidade Federal do Tocantins
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INTRODUÇÃO
• O curso de Comunicação Social/Jornalismo foi criado no ano de 1996, na UNITINS.
• Com o surgimento da universidade federal, em 2002, o curso de Jornalismo passou para o domínio da UFT.
• Desde então, os alunos tiveram a tarefa de elaborar produtos jornalísticos, o que fez com que alguns se interessassem pela divulgação de informações além do espaço determinado pelo curso.
• A mídia que mais se adequou às necessidades dos alunos foi o fanzine. Motivos: maior liberdade editorial e baixo custo de produção e distribuição.
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CONTEXTO HISTÓRICO
• O formato de produção fanzine foi apresentado aos acadêmicos através de cursos e oficinas desenvolvidos em encontros e seminários de Comunicação realizados fora do Estado e sem vínculos com a universidade.
• A produção de fanzine teve início na UFT em 2004, por meio da publicação do Paralelopípedo que contou com seis edições esporádicas, idealizadas por Thiago Ramos e Antonio Fabrício Barbosa.
• O segundo fanzine foi o PaPaPiPaPaPa que teve uma edição única, em 2007, e envolveu os acadêmicos Sóstenes Reis, Gabi Glória de Castro, Vanessa Leão e Ana Keyla Gomes Franco.
• No ano de 2008, surge o fanzine Aperitivos, criado pelos acadêmicos Tácio Pimenta e Thiago Ramos França.
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FANZINE – DO CONCEITO À PRODUÇÃO
• Fanzine = fanatic + magazine (revista do fã)
• Características:
- caráter alternativo - publicação amadora;- pequena tiragem;- impresso de forma artesanal;- baixo custo de produção;- liberdade editorial;- livre da preocupação do lucro.
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FANZINE – DO CONCEITO À PRODUÇÃO
• Décadas de 30 e 40 → surgem os primeiros fanzines nos EUA (ficção científica);
• Década de 1940 → Russ Chauvenet cria o termo fanzine;• Década de 1970 → surgem os fanzines punks e feministas;• Década de 1980 → A França inaugura a primeira fanzinoteca;
BRASIL• Edson Rontani é considerado o pioneiro por ter publicado, em
1965, Ficção, um boletim sobre ficção científica;• Anos de 1980 → fanzine ganha força com o rock nacional;• Anos de 1990 → crise econômica afeta a produção brasileira;
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PROPOSTA DO ARTIGO
• Este artigo propõe-se a analisar o conteúdo da produção de fanzines do curso de Comunicação Social/Jornalismo, da Universidade Federal do Tocantins, no período entre 2004 e 2008.
• São eles:
- Paralelopípedo (2004),
- PaPaPiPaPaPa (2007)
- Aperitivos (2008).
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Paralelopípedo
• Estilo que agrega uma linguagem pessoal e idiossincrática;
• Linguagem poética que transita entre os tipos formal e
informal;
• O poema como forma predominante de expressão de ideias;
• Texto jornalístico como fonte de informação (curiosa);
• Identificação com o conteúdo;
• Linguagem visual também idiossincrática;
• Ilustrações como forma de complementar o conteúdo;
• Desenhos e textos manuscritos sem auxílio de
computadores ou máquinas de escrever;
• Produto artesanal.
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Papapí-papapá• Linguagem descontraída, irônica e informal;• Diversificação de elementos textuais e visuais;• Crônica, poesia e nota jornalística = estilos de texto mais
recorrentes;• Misto de temas fictícios e reais do cotidiano;• Ilustração auxilia na compreensão do conteúdo;• Os desenhos foram feitos à mão livre;• Fotografia: função bem definida (ausência);• História em quadrinhos: ironia e crítica ;• Texto datilografado e poucas vezes manuscrito;• Valorização dos elementos visuais.
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Aperitivos
• Caráter personalizado e estilizado;
• Imagem como informação principal;
• Textos curtos baseados poemas e aforismos;
• Variação temática: drama, amor, política e experiência pessoal;
• Ligação entre texto e imagem;
• Utilização da sátira;
• Diálogos descompromissados acerca de assuntos cotidianos;
• Linearidade do conteúdo;
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Temas recorrentes: cotidiano, amor e experiências pessoais;
• Recursos diferenciados: ora com tecnologia, ora manuscrito;
• Linguagem coloquial;
• Estilos textuais diversos: do poema ao texto jornalístico;
• Reprodução de conteúdo jornalístico;
• Elementos visuais diversificados: fotografia, ilustração, história em quadrinhos;
• Textos irônicos, com humor e crítica.
• Os fanzines expressaram ideias, opiniões e sentimentos pessoais, refletindo, em parte, o perfil do aluno da UFT, que pode ser descrito como criativo, crítico e bem-humorado.
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