O Espírito Santo - breve resumo

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C.A.F.E – lc 10:27 JAMAIS SE ESQUEÇA DESTE CAFÉ: Ele respondeu: Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu Coração, de toda a sua Alma, de todas as suas Forças e de todo o seu Entendimento e Ame o seu próximo como a si mesmo.” (NVI) O ESPÍRITO SANTO INTRODUÇÃO......................................................... 1 1. PESSOALIDADE....................................................1 2. DIVINDADE.......................................................4 3. AÇÃO NO TRANSCURSO DA HISTÓRIA..................................5 4. DONS............................................................6 5. OPERAÇÕES....................................................... 7 CONCLUSÃO.......................................................... 9 Bibliografia...................................................... 10 Aluno: Daniel Deusdete Araújo Barreto Página 1 de 14

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Um breve resumo da doutrina do Espírito Santo baseada principalmente no livro de Teologia Sistemática de Wayne Gruden

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JAMAIS SE ESQUEÇA DESTE CAFÉ:

“Ele respondeu: Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu Coração, de toda a sua Alma, de todas as suas Forças e de todo o seu Entendimento e Ame o seu próximo como a si mesmo.” (NVI)

O ESPÍRITO SANTO

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................1

1. PESSOALIDADE..............................................................................................................1

2. DIVINDADE......................................................................................................................4

3. AÇÃO NO TRANSCURSO DA HISTÓRIA........................................................................5

4. DONS................................................................................................................................6

5. OPERAÇÕES...................................................................................................................7

CONCLUSÃO..........................................................................................................................9

Bibliografia........................................................................................................................... 10

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JAMAIS SE ESQUEÇA DESTE CAFÉ:

“Ele respondeu: Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu Coração, de toda a sua Alma, de todas as suas Forças e de todo o seu Entendimento e Ame o seu próximo como a si mesmo.” (NVI)

Introdução

O Espírito Santo é a segunda pessoa da trindade sendo as outras pessoas pessoas, a do Pai e

o do Filho. Neste trabalho, iremos falar da segunda pessoa, ou seja, da pessoa do Espírito

Santo abordando sobre ele, de forma resumida, as seguintes características: a sua

pessoalidade, a sua divindade, a ação do Espírito Santo no Transcurso da História, os dons do

Espírito Santo e as suas operações.

Falar da segunda pessoa da divindade é uma tarefa difícil e complicada, pois estaremos

falando de Deus, de seus atributos e de suas ações. Nossas ferramentas de trabalho, de

pesquisa que servirão para fundamentar as nossas assertivas serão, principalmente, a Bíblia e

o livro de teologia sistemática de Wayne Gruden.

1. Pessoalidade

O que vem a ser pessoa? Eu sou pessoa! Quando eu afirmo que sou pessoa, eu estou

dizendo que eu sou um ser dotado de vontade própria que possuo sentimentos, emoções e

que sou capaz de tomar decisões. Será que era esse o sentido de pessoa quando foi

empregado para explicar a triunidade? De onde vem esse conceito e qual a sua importância

para esclarecimento do assunto?

Qual o significado de pessoa? Qual a origem dessa palavra e qual seu significado filosófico?

"A palavra 'pessoa' tem a sua origem no termo latino para uma máscara usada por

um actor no teatro clássico. Ao porem máscaras, os actores pretendiam mostrar

que desempenhavam uma personagem. Mais tarde 'pessoa' passou a designar

aquele que desempenha um papel na vida, que é um agente. De acordo com o

Oxford Dictionary, um dos sentidos actuais do termo é 'ser autoconsciente ou

racional'. Este sentido tem precedentes filosóficos irrepreensíveis. John Locke

define uma pessoa como 'um ser inteligente e pensante dotado de razão e reflexão

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JAMAIS SE ESQUEÇA DESTE CAFÉ:

“Ele respondeu: Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu Coração, de toda a sua Alma, de todas as suas Forças e de todo o seu Entendimento e Ame o seu próximo como a si mesmo.” (NVI)

e que pode considerar-se a si mesmo aquilo que é, a mesma coisa pensante, em

diferentes momentos e lugares'." (Peter SINGER - Ética Prática, p. 107-108)1

Em relação à Trindade, qual a origem da palavra “Trindade”?

“Segundo os bibliólogos, foi Tertuliano, no século II, quem primeiro usou a palavra

“PESSOA’ com relação aos componentes da Triunidade, dizendo que eram três

essas Pessoas, não para dividir em três a Divindade, mas para distinguir o que são

essas três Pessoas na Divindade, João 5:22; 14:26. 2

Ainda em relação à Trindade, qual o significado da palavra “pessoa” hoje e na época em que

foi usada pelos pioneiros da igreja? Houve mudanças no significado dessa palavra que

ocasionaram essas confusões em torno da Trindade?

“É a tradução da palavra grega “prosopon”. Prestamos bem a atenção agora,

porque aqui está a chave de todo o problema. Esta palavra “PESSOA”, atualmente

tem um significado para nós muito diferente do que tinha para os pioneiros da

igreja com relação a Triunidade. Esta mudança de significado foi o que causou

toda a confusão em torno da Triunidade. Para nós “pessoa” significa

PERSONALIDADE ou INDIVIDUALIDADE. Se fosse este o significado que damos

para a palavra “pessoa” em relação à Triunidade, então, quando dizemos que a

Triunidade são Três pessoas, estaríamos dizendo que a triunidade soa três

indivíduos ou três Deuses. Mas longe está isto de nós, pois não somos politeístas

e sim monoteístas. CREMOS EM UM SÓ DEUS, EFÉSIOS 4: 6. A igreja cristã

nunca afirmou que a Triunidade seja três Deuses, como dizem os unicistas a

respeito de nossa fé triunitariana.” 3

E qual o sentido da palavra grega proswpon “PROSOPON”?

1 http://ocanto.esenviseu.net/lexp.htm 2 http://igrejabatistadapazmao.com/page3.php 3 http://igrejabatistadapazmao.com/page3.php

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“Ele respondeu: Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu Coração, de toda a sua Alma, de todas as suas Forças e de todo o seu Entendimento e Ame o seu próximo como a si mesmo.” (NVI)

Na KJV, essa palavra ocorre 78 vezes (Mt, 10; Mc, 3; Lc, 15; At, 11; I Co, 2; II CO, 11; Gl, 3;

Cl, 1; I Ts, 2; II Ts, 1; II Ts, 1; Hb, 1; Tg, 2; I Pe, 1; Jd, 1 e Ap, 9)4.

“Simplesmente: aspecto exterior visível, de um ser ou coisa. Logo não se trata de

ser (indivíduo), mas sim da aparência ou aspecto exterior desse ser. Em

conseqüência disto, quando os pioneiros da igreja chamaram “pessoas” ao Pai,

Filho e Espírito Santo, estavam dizendo que esses três eram manifestações ou

revelações que Deus fazia de Si mesmo ao mundo, por meio das quais o mundo

pôde ver e saber o que era Deus, Hebreus 1:1,2; João 1:14. Logo, primeiro se

manifestou ou se revelou como Pai, na criação. Depois, numa segunda revelação

de Si mesmo. Sem eliminar a primeira, manifestou-se aos homens como o Filho e

redentor que veio ao mundo morrer pela humanidade. Posteriormente, numa

terceira revelação de Si mesmo, e sem eliminar as duas primeiras, manifestou-Se

como o Espírito Santo, o Consolador da humanidade cristã, João 1:1-3; 14:16; Tito

3:5. Assim sendo, vemos três formas do mesmo Deus se manifestar, mas sendo

um só Deus. Por conseguinte, a cada uma destas formas de Deus se manifestar,

chamamos “pessoa”. Assim, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, são três pessoas

(PROSOPON), mas não como o significado de “indivíduo” como o atual conceito

do termo, e sim, como manifestações exteriores visíveis do mesmo Deus. Em cada

uma das três manifestações ou pessoas de Deus, estão compreendidas as outras

duas como um todo, embora se manifeste uma só: aquela que Deus deseja revelar

aos homens.”5

O que, resumidamente, diz Wayne Gruden sobre pessoa?

Após procurar explicar a trindade, a relação entre as três pessoas e os erros cometidos ao

longo dos tempos nessa interpretação, antes de afirmar que a trindade se trata de um mistério,

citando Louis Berkhof, Wayne Gruden diz:

4 http://www.studylight.org/lex/grk/view.cgi?number=4383 5 http://igrejabatistadapazmao.com/page3.php. Corremos o risco, na interpretação de cair em um dos 3 erros que aponta Wayne Grudem: o modalismo, que afirma que há uma só pessoa que se revela a nós de três diferentes “modos”

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JAMAIS SE ESQUEÇA DESTE CAFÉ:

“Ele respondeu: Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu Coração, de toda a sua Alma, de todas as suas Forças e de todo o seu Entendimento e Ame o seu próximo como a si mesmo.” (NVI)

“Como a existência de três pessoas num único Deus é algo que está além da

nossa compreensão, a teologia cristã passou a usar a palavra pessoa para falar

dessas diferenças de relações, não porque compreendemos plenamente o

significado da palavra pessoa quando esta se refere à Trindade, mas para que

possamos dizer algo em vez de não dizer absolutamente nada” 6

Diante do que foi apresentado procurando entender os diversos significados de “pessoa”,

concordamos com a argumentação de Wayne Grudem ao tratar o uso da palavra pela teologia

cristã como para falar das diferentes relações entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo ao longo

dos tempos e não para significar três diferentes manifestações, como pretendem os

modalistas.

2. Divindade

A questão chave sobre a divindade é se o Espírito Santo é Deus ou inferior a Deus uma vez

que procede do Pai e foi enviado pelo Filho.

Ambas as questões envolvendo o ser de Deus passa pela análise correta de ser Deus pessoa

e se cada pessoa é Deus em sua plenitude, ou seja, trata de como entendemos a Trindade.

Wayne Grudem afirma que não podemos compreender a doutrina da Trindade em sua

plenitude e que muitos erros foram cometidos na tentativa de simplificá-la para torná-la mais

inteligível, removendo dela todo o mistério. Também afirma que não é verdade que não

possamos compreender alguma coisa dela.

“Certamente podemos compreender e saber que Deus é três pessoas, e que cada

pessoa é plenamente Deus, e que só há um Deus. Podemos saber essas coisas

porque a Bíblia as ensina. Além disso, podemos saber algumas coisas acerca do

modo como as pessaos se relacionam umas com as outras. ... Mas o que não

podemos compreender plenamente é como encaixar esses diferentes

ensinamentos bíblicos.”7

6 Pg. 189, TEOLOGIA SISTEMÁTICA – Atual e Exaustiva, Wayne Grudem, ed. Vida Nova.7 Pg. 189 e 190, TEOLOGIA SISTEMÁTICA – Atual e Exaustiva, Wayne Grudem, ed. Vida Nova.

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“Ele respondeu: Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu Coração, de toda a sua Alma, de todas as suas Forças e de todo o seu Entendimento e Ame o seu próximo como a si mesmo.” (NVI)

A conclusão é que o Espírito Santo é Deus. Ele é a terceira pessoa da Trindade.

Trindade essa que não podemos compreender em sua plenitude nem torná-la

totalmente inteligível em sua natureza essencial.

3. Ação no Transcurso da História

O Espírito Santo tem agido na história do homem desde a criação do mundo completando e

sustentando o que Deus Pai planejou e o que Deus filho começou. O Espírito Santo é a pessoa

da Trindade por meio de quem Deus manifesta de modo particular sua presença na era da

nova aliança.

Em Jo 16:8, Jesus falando aos seus dicípulos da vinda do Consolador, afirma que quando ele

vier, convencerá o homem do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque não creram

nele; da justiça, porque iria para o Pai e não mais o veriam e do juízo, porque o príncipe deste

mundo já estava julgado.

Jesus voltou para o Pai e nos enviou o Consolador, o Espírito Santo e seu papel na história da

nova aliança está em cumprir o que foi dito dele de que convenceria o mundo do pecado, da

justiça e do juízo.

Wayne Grudem afirma que a obra do Espírito Santo consiste em manifestar a presença ativa

de Deus no mundo e em especial na igreja e nos apresenta cinco aspectos, ou atividades, da

obra do Espírito Santo: (1) o Espírito Santo dá poder – dá vida e poder para o serviço, (2) o

Espírito Santo purifica, (3) o Espírito Santo revela – ele dá revelação aos profetas e apóstolos,

ele dá evidências da presença de Deus, ele dirige e guia o povo de Deus, ele porporciona uma

atmosfera digna de Deus quando manifesta sua presença, ele nos dá segurança e ele ensina e

ilumina (4) o Espírito Santo unifica e (5) o Espírito Santo dá evidência mais forte ou mais fraca

da pesença e bênção de Deus, de acordo com nossa resposta a ele.

4. Dons

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“Ele respondeu: Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu Coração, de toda a sua Alma, de todas as suas Forças e de todo o seu Entendimento e Ame o seu próximo como a si mesmo.” (NVI)

Sobre os dons do Espírito Santo, Wayne Grudem procura responder as seguintes questões:

Que são dons espirituais? Quantos dons existem? Algum dom teria desaparecido? Buscando e

usando os dons espirituais e como compreender e usar os dons espirituais específicos?

Wayne Grudem define dom espiritual como qualquer talento potencializado pelo Espírito Santo

e usado no ministério da igreja, afirmando que essa definição ampla envolve tanto os dons

relacionados a telentos naturais como quanto aos que parecem mais “miraculosos”.

É algo a se destacar que o interesse pelos dons começou praticamente com a explosão do

movimento pentecostal, pois nas teologias sistemáticas das gerações passadas não tinham

capítulos sobre dons espirituais, principalmente poque havia poucas perguntas relacionadas à

natureza e ao uso dos dons espirituais na igreja.

O propósito dos dons é equipar, segundo Wayne Grudem, a igreja a fim de que ela desenvolva

seu ministério até que Cristo volte. (ver I CO 1.7). A quantidade de dons de que fala o Novo

Testamento pode ser visualizada no quadro8 a seguir:

1 Coríntios 12.28 1. apóstolo 2. profeta 3. mestre 4. milagres 5. variedades de curas 6. socorros 7. administração 8. línguas

Efésios 4.11(1) apóstolo(2) profeta14. evangelista15. pastor-mestre

IPedro 4.11todo aquele que fala (abrangendo vários dons)todo aquele que serve (abrangendo vários dons)

ICoríntíos 12.8-10 9. palavra da sabedoria10. palavra do conhecimento11. fé(5) dons de curar(4) milagres(2) profecia12. discernimento de espíritos(8) línguas13. interpretação de línguas

Romanos 12.6-8(2) profecia16. serviço(3) ensino17. encorajamento18. contribuição19. liderança20. misericórdia

1 Corintios 7.721. casamento22. celibato

8 Pg. 863, TEOLOGIA SISTEMÁTICA – Atual e Exaustiva, Wayne Grudem, ed. Vida Nova.

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“Ele respondeu: Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu Coração, de toda a sua Alma, de todas as suas Forças e de todo o seu Entendimento e Ame o seu próximo como a si mesmo.” (NVI)

Ainda assim, essa lista de dons não é exaustiva. Na verdade, na opinião de Wayne Grudem

isso não é importante, mas sim o fato de que Deus concede dons a cada um conforme sua

multiforme graça a fim de que o corpo de Cristo use dos dons para a glória de Deus. Também

chama a atenção o fato de que pouco importa qual dom é maior ou melhor, mas sim o fato de

que ele será desenvolvido e usado eficazmente.

Quanto ao fato de que as pessoas podem ou não perder os dons, é citado sempre nessas

discussões o texto de Rm 11:29 que afirma que os dons e a vocação de Deus são

irrevogáveis, mas se analisarmos o contexto em que foi empregada essa afirmativa veremos

que se tratava da análise do povo judeu quando Paulo discutia sobre o propósito que Deus

tinha para o povo de Israel e não era foco as questões relativas aos dons. No entender de

Wayne Grudem os dons podem ser perdidos ou diminuidos por escolha soberana de Deus

devido ao uso incorreto, negligência ou tristeza causada ao Espírito Santo.

Quanto ao fato do dom ser ou não miraculoso, isso não importa, mas sim o que traz

crescimento, edificação à igreja. Deus pode conceder tais dons miraculosos para fins

específicos, mas esse não deve ser nosso alvo.

Sobre a cessação dos dons ou não, em sua nota final, Wayne Grudem, muito sabiamente

declara que tanto os cessacionistas quanto os carismáticos precisam um dos outros e que

seria uma perda muito grande o desprezo e a rigidez de um para com outro. Todos ganharão e

assim o Corpo de Cristo se ambos estiverem dispostos a aprender um com o outro.

5. Operações

No capítulo 53, de seu livro de Teologia Sistemática, Wayne Grudem, trata especificamente

dos dons específicos do Espírito Santo, operações ( energemata ) extraídos basicamente de I

Co 12.28 e 12. 8-10: Profecia, Ensino, Milagres, Cura, Línguas e interpretação, Palavra de

sabedoria/palavra do conhecimento, Discernimento de espíritos. Sua visão e objetivos é

apresentar as diversas correntes de interpretações existentes, expondo suas falhas à luz da

bíblia e apresentando um ponto de vista equilibrado sempre buscando a edificação da igreja, o

Corpo de Cristo.

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“Ele respondeu: Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu Coração, de toda a sua Alma, de todas as suas Forças e de todo o seu Entendimento e Ame o seu próximo como a si mesmo.” (NVI)

Profecia: o verdadeiro sentido de profecia é “dizer algo que Deus traz de modo espontâneo à

mente” e para provar, Wayne Grudem, quatro pontos de sustentação: 1. os paralelos do AT no

NT, ou seja, os profetas são os apóstolos do NT; 2. o significado da palavra profeta na época

do NT estava desgastado e não serviriam para designar os que tivessem autoridade para

redigir as Escrituras; 3. indícios de que os “profetas” não falavam com autoridade equivalente a

das palavras das Escrituras, exemplos: At 21.4 – 21.20-11 – I Ts 5.19-21 – I Co 14.29-38; 4. as

palavras de profecia hoje na igreja devem ser consideradas meramente humanas, não

palavras de Deus de força escriturística, mas que podem trazer algum conteúdo sobrenatural.

Ensino: é a capacidade de explicar as Escrituras e aplicá-las à vida das pessoas. O

equivalente atual ao ensino é estudo bíblico.

Milagres: esse termo significa qualquer tipo de atividade em que se evidencie o grande poder

de Deus. É distinto de cura.

Cura: A ênfase no NT, tanto no ministério de Jesus como nos dos apóstolos, parece ser

incentivarmos a buscar a cura física com sinceridade e persistência e depois continuar

confiando que a ele fará com que a situação redunde em benefício quer concedendo a cura,

quer não concedendo. O importante é que Deus receba a glória devida ao seu nome.

Línguas e interpretação: as línguas e a interpretação são um sinal de que à semelhança do

evento em Babel que serviu para confundir a linguagem dos homens devido à maldade em

seus corações será restaurada e cada um falará uma mesma língua novamente, conforme o

que ocorreu em At 2.11. quando ocorre a interpretação, ocorre a edificação da igreja. As

línguas também são uma forma de oração com o espírito, mas não com a mente. Bem, falar

em línguas, conforme Wayne Grudem, é oração ou louvor expresso em sílabas não

compreendidas pelo locutor. Também é dito que nem todos falam ou podem falar em outras

línguas, mas somente àqueles a quem for dado para fins específicos e edificação do Corpo de

Cristo. No entender do autor, o crente sincero não deve ter medo de estar fazendo uma

imitação demoníaca.

Palavra de sabedoria/palavra do conhecimento: há duas possíveis interpretações para esses

dons, uma envolvendo mais o aspecto “miraculoso” e outro, mais natural, mais comum, ou

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“não-miraculoso”. O autor prefere esse segundo sentido por entender que o primeiro se

encaixaria melhor no dom de “profecia”. Assim, esse dom significa, simplesmente, a

capacidade de falar com sabedoria ou com conhecimento em várias situações. Esse dom

somente é mencionado neste versículo.

Discernimento de espíritos: outro dom que também é mencionado uma única vez é de

discernimento de espíritos, mas sua natureza se relaciona mais a passagens que descrevem a

batalha espiritual que ocorre entre cristãos e espíritos demoníacos. A definição proposta é:

“Discernimento de espíritos é uma capacidade especial de reconhecer a influência do Espírito

Santo ou de espíritos demoníacos numa pessoa.” Também poderíamos acrescentar que o

dom implicasse também a capacidade do discernimento entre vários tipos de espíritos

malígnos: espírito de enfermidade, Lc 13.11; espírito de adivinhação, At 16.16; espírito surdo-

mudo, Mc 9.25, 29; espírito de erro, I Jo 4.6.

Conclusão

Há muito o que aprender. Quanto mais dedicarmos nosso tempo para buscarmos o

esclarecimento e o aprendizado correto desenvolvendo o hábito da boa leitura de bons livros, o

da pesquisa buscando sempre a verdade e a edificação, o resultado será um aprendizado

eficaz e útil para si mesmo e para a igreja.

Vimos o quão interessante e desafiador é conhecermos a pessoa do Espírito Santo e como

devemos estar prontos a ouvi-lo. O domínio e o aprofundamento no estudo das Escrituras é

fundamental para não cairmos em erros grosseiros. Estudar a história e analisar o que foi

produzido ao longo dos tempos também nos ajudarão a não repetirmos os mesmos erros no

presente. Conhecer a história da evolução do pensamento cristão é dever de todo aquele que

pretende se formar em teologia.

Bibliografia

1. TEOLOGIA SISTEMÁTICA – Atual e Exaustiva, Wayne Grudem, ed. Vida Nova. 2006.2. http://ocanto.esenviseu.net/lexp.htm

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“Ele respondeu: Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu Coração, de toda a sua Alma, de todas as suas Forças e de todo o seu Entendimento e Ame o seu próximo como a si mesmo.” (NVI)

3. http://igrejabatistadapazmao.com/page3.php

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