O ENCONTRO (G12) - UMA CRÍTICA

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OBS.: Por uma questão ética, achei melhor tirar o nome da Igreja e dos preletores que ali ministraram. BREVE RELATO AO PASTOR BREVE RELATO AO PASTOR O que me levou ir ao Encontro promovido por esta amada igreja? Bem, uma vez que não via com bons olhos toda essa polêmica, gerada em torno do G 12, e das possíveis coisas que estavam acontecendo nos Encontros, ao perceber que esta amada igreja estava “aderindo” a esse movimento, preocupei-me, e decidi então pesquisar a respeito. Analisei o que ouvia de pessoas que eram contra e o que ouvia de pessoas que eram a favor. Procurei colher informações somente de pessoas idôneas (fontes seguras), fossem elas contrárias ou não. Uma vez que toda essa historia, abalou a minha confiança, decidi que precisaria ir ao encontro promovido pela minha igreja, pois, queria tirar as minhas conclusões, tendo por base o que fosse ministrado apenas em minha igreja. Fui para o encontro, sabendo de fontes seguras, que ainda que aquele, fosse 100% benção, em muitos outros encontros, estavam acontecendo erros doutrinários gravíssimos e práticas antibíblicas (inclusive, o senhor foi uma das pessoas que me falou isso). Todavia, decidi me basear somente no encontro promovido por minha igreja. De que forma, fui ao encontro? Fui, disposta a não colocar resistência a nada, que Deus quisesse fazer comigo e me dar. Esforcei-me, e conseguir, ir ao encontro de coração aberto. Eu só pedir a Deus que não permitisse que eu me deixasse levar pela emoção; eu queria estar consciente de tudo o que estava vendo e ouvindo. Pedi discernimento. Entreguei meu coração a ele, e disse-Lhe, que não queria me ver lutando contra nada que viesse da parte dEle . O que vi no encontro? Vi 95% de coisas maravilhosas: (1) O cuidado e o carinho que os organizadores tiveram para patrocinar tudo aquilo a nós; (2) a recepção calorosa; (3) A dedicação dos encontreiros e encontreiras; (4) A boa intenção dos ministrantes, embora, eu não tenha concordado com tudo que eles falaram; (5) O confronto (eu e Deus). (5) O pacto de silêncio (eu e Deus) – incentivando-nos a buscar e ouvir Deus; (6) O adoratório; (7) A lição de humildade; (8) etc. MAS , eu também vi, 5%, que me preocupou bastante [esse 5% diz

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OBS.: Por uma questão ética, achei melhor tirar o nome da Igreja e dos preletores que ali ministraram.

BREVE RELATO AO PASTOR BREVE RELATO AO PASTOR

O que me levou ir ao Encontro promovido por esta amada igreja? Bem, uma vez que não via com bons olhos toda essa polêmica, gerada em torno do G 12, e das possíveis coisas que estavam acontecendo nos Encontros, ao perceber que esta amada igreja estava “aderindo” a esse movimento, preocupei-me, e decidi então pesquisar a respeito. Analisei o que ouvia de pessoas que eram contra e o que ouvia de pessoas que eram a favor. Procurei colher informações somente de pessoas idôneas (fontes seguras), fossem elas contrárias ou não. Uma vez que toda essa historia, abalou a minha confiança, decidi que precisaria ir ao encontro promovido pela minha igreja, pois, queria tirar as minhas conclusões, tendo por base o que fosse ministrado apenas em minha igreja. Fui para o encontro, sabendo de fontes seguras, que ainda que aquele, fosse 100% benção, em muitos outros encontros, estavam acontecendo erros doutrinários gravíssimos e práticas antibíblicas (inclusive, o senhor foi uma das pessoas que me falou isso). Todavia, decidi me basear somente no encontro promovido por minha igreja.

De que forma, fui ao encontro? Fui, disposta a não colocar resistência a nada, que Deus quisesse fazer comigo e me dar. Esforcei-me, e conseguir, ir ao encontro de coração aberto. Eu só pedir a Deus que não permitisse que eu me deixasse levar pela emoção; eu queria estar consciente de tudo o que estava vendo e ouvindo. Pedi discernimento. Entreguei meu coração a ele, e disse-Lhe, que não queria me ver lutando contra nada que viesse da parte dEle.

O que vi no encontro? Vi 95% de coisas maravilhosas: (1) O cuidado e o carinho que os organizadores tiveram para patrocinar tudo aquilo a nós; (2) a recepção calorosa; (3) A dedicação dos encontreiros e encontreiras; (4) A boa intenção dos ministrantes, embora, eu não tenha concordado com tudo que eles falaram; (5) O confronto (eu e Deus). (5) O pacto de silêncio (eu e Deus) – incentivando-nos a buscar e ouvir Deus; (6) O adoratório; (7) A lição de humildade; (8) etc. MAS , eu também vi, 5%, que me preocupou bastante [esse 5% diz respeito, principalmente, à algumas frases que foram ditas nas ministrações. Suponhamos que o senhor diga: “Mas JK, se foi 95% benção, porque tanto questionamento?”. Bem, o problema não é se essa percentagem de erros doutrinários é pequena ou grande, podia ser de apenas 0,5%, o problema a ser analisado é: “Que tipos de implicações tais erros doutrinários podem trazer, caso, contradiga algo que é básico e fundamental na doutrina da fé cristã?” (Gálatas 5:9). “A que tipo de erro poderia levar?”

OBSERVAÇÃO: Pastor, eu desejo ser uma benção na vida do senhor e de cada pessoa dessa igreja. E, não estou preocupada se terei cargos ou não; até por que, o seminário, tem exigido de mim, bastante dedicação. Gostaria muito, de dizer que pode contar comigo, MAS, como eu poderia ser útil se há discordância em doutrinas, que entendo serem básicas na doutrina da fé cristã. Gostaria que o senhor soubesse, que eu tenho plena consciência de que não sou a dona da verdade. MAS, também tenho consciência de que analisei com lisura as frases que foram ditas, as quais, são extremamente contradizentes com o que diz a Bíblia. O Senhor me convidou para sentarmos, juntamente, com outros de sua equipe, para

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analisarmos esses possíveis erros doutrinários. Se o convite está de pé, e se estiver claro na mente de todos que minha intenção não é ser dona da verdade, e sim, zelosa, então, eu aceito. Eu tenho um carinho enorme pelo senhor, como meu pastor. Mas, preciso que a confiança seja restaurada.

Qual a minha atitude em relação aos 95% de coisas maravilhosas que vi no encontro? Decidi que não queria perder nada do que vi e recebi de Deus ali naquele lugar, TODAVIA, sei que vida cristã é uma questão de fé, e de se ter uma atitude diante de Deus de obediência, humildade e submissão voluntária; bem como, de perseverança. Consagrei um jejum de 07 dias de TV a Deus, e disse, que não permitiria que o diabo me roubasse nada de bom que eu recebi naquele lugar.

IntroduçãoIntrodução

Elaborei este estudo , com o intuito de analisar à luz da Palavra algumas frases, que foram ditas no pré-encontro e encontro, promovidos pela minha Igreja; por entender, que cada crente tem o dever diante de Deus, de procurar ter a certeza de que aquilo que tem sido ensinado em sua igreja, condiz ou não, com as Escrituras.

Fiz este estudo, disposta a abrir mão da minha maneira de pensar, caso constatasse que aquilo que acreditava, não estivesse traduzindo com fidelidade o que dizem a Escrituras.

Foi feita neste estudo a análise bíblica, somente daquelas frases que causaram estranheza.

Obs.: Estarão em negrito, somente as frases que estão sendo analisadas.

ANALISAR CUIDADOSAMENTE À LUZ DA BÍBLIA, ALGUMAS FRASES QUE FORAM DITAS NO ENCONTRO E PRÉ-ENCONTRO PROMOVIDOS PELA IGREJA "X", SÃO ELAS:

No Pré-EncontroNo Pré-Encontro

Preletor: Pastor "X" / Pré-EncontroASSIM FALOU: 1) ‘Se Jesus não estiver no centro de sua vida, então, você estará fadada ao fracasso, à derrota, à perdição e à constantes problemas’. ‘O crente não passa por tribulações; passa por lutas passageiras’.

Compare o que acima foi falado com o que o Pastor "Y" falou em uma outra ocasião: ‘Às vezes, pensamos que é melhor darmos uma oferta aquele missionário humildezinho, sapatos furados, que fala errado. MAS, o certo é darmos oferta aquele que tem um carrão, uma vida financeira muito boa, por que, muitas vezes, aquele humildezinho não tem nada por que está sendo infiel, enquanto o outro, que vai muito bem financeiramente, está assim, porque tem sido obediente a Deus; tem sido fiel’ (Obs.: O pastor "Y" que disse isso não é da minha igreja).

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Comparou? Parece-me, que os dois com palavras diferentes pensam da mesma forma. Talvez não, mas parece muito.

MAS, O QUE A BÍBLIA DIZ A ESSE RESPEITO?“Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse. Mas, alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação de Sua glória vos regozijeis e alegreis”. Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, pois sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus”. (I Pedro 4:12-14).

“Essas MUITAS provações são para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece embora provado pelo fogo, redunde para glória, louvor e honra na revelação de Jesus Cristo”. (I Pedro 1:7).

Observe agora o que Paulo em Filipenses 4:12-13 falou:“Sei passar necessidade, sei também ter abundância. Em toda maneira, e em todas as coisas aprendi a ter fartura, como a ter fome, tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.Posso todas as coisas Naquele que me fortalece”. (Filipenses 4:12-13).

O que Paulo está nos mostrando, é que independente da situação em que se encontre, seja de adversidade, seja de abastança, a sua confiança está no Senhor Jesus Cristo. Dessa forma, ele nem se deixa abater nas situações de adversidade, nem deposita a sua confiança, na abundância daquilo que possui nos momentos de abastança.

Infelizmente, porém, muitas vezes, o versículo 13 deste texto, tem sido usado para prometer coisas que o próprio Jesus não prometeu. O apóstolo Paulo em sua carta a Timóteo, falou: “E na verdade, todos os que desejam viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições”. (II Timóteo 3:12).

Até por que, a Bíblia deixa claro que as tribulações, lutas e provas que passamos, são permitidas por Deus para o nosso crescimento na vida espiritual. Portanto, NÃO PODEMOS negar essa verdade, prometendo às pessoas, que em Cristo elas terão uma vida de lutas apenas passageiras.

Inclusive, quando estivermos passando por situações de adversidade, nem ao menos, devemos ter pressa de que a tribulação acabe; pois, Deus sabe o tempo necessário. Tudo o que precisamos é ter confiança de que na hora certa, Ele providenciará o meio e a solução virá. Israel passou 40 anos no deserto e ainda assim não foi suficiente. Dessa forma, posso afirmar que, quantas vezes as tribulações forem necessárias para o nosso crescimento, Deus as permitirá.

Paulo em II Coríntios 4:8-10, assim falou: “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; abatidos, mas não destruídos; perseguidos, mas não desamparados; levando sempre por toda a parte o morrer do Senhor Jesus em nosso corpo, para que a vida de Cristo se manifeste em nossos corpos”.

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Romanos 5:3-5: “Não somente isto, mas também nos gloriemos nas tribulações; sabendo isto que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, a experiência; e a experiência, a esperança. Ora, a esperança não traz confusão, por que o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”.

JESUS FALOU: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. (João 16:33).

Eu sei, que o crente já entra na luta com a certeza da vitória, até por que, em Cristo Jesus nós somos mais do que vitoriosos, MAS, isso não significa dizer que não teremos que enfrentar a tribulação. Entendo que a Bíblia ao dizer que em Cristo nós somos mais do que vitoriosos, ela está nos dizendo a mesma coisa que Paulo falou em Filipenses 4:12-13, OU SEJA, mais do que vitorioso, porque em Cristo, eu tanto sei ter fartura, quanto sei padecer necessidade. Assim, quando deposito a minha fé em Cristo, nem a fartura é a razão da minha confiança, nem a necessidade motivo para eu me abater.

Por isso, Paulo falou: “Em tudo dai graças” (I Tessalonicenses 5:18). Dar graças nos momentos de abastança é fácil, isso até o ímpio faz; MAS, quando damos graças nos momentos de adversidade, estamos dizendo com essa atitude para Deus: ”Senhor, eu sei que o Senhor está e sempre esteve no comando de toda a situação, e por isso, eu confio”. Pra que exemplo melhor do que o de Jó? Homem temente a Deus, e, no entanto, Deus permitiu que passasse por uma prova tão dura. Quando damos graças nas situações de adversidade, estamos reconhecendo com isso, que Deus jamais permitiria que passássemos por elas, se não houvesse da parte dEle um propósito de nos abençoar e nos ‘enriquecer’ com aquela experiência. Observe o texto abaixo:

“Pois é agradável, que alguém por causa da consciência para com Deus, suporte tristezas, padecendo injustamente. Mas que glória é essa, se, pecando e sendo esbofeteados por isto, o suportais com paciência? Se, porém, fazendo o bem, sois afligidos e o suportais com paciência, isto é agradável a Deus. Para isto fostes chamados, porque também Cristo padeceu por vós, deixando-vos o exemplo, para que sigais as suas pisadas.Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. Quando injuriado, não injuriava, e quando padecia não ameaçava. Antes, entregava-se Aquele que julga justamente.Ele mesmo levou em seu corpo, os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; pelas suas feridas fostes sarados.Pois estáveis desgarrados como ovelhas, mas agora voltaste ao Pastor e Bispo das vossas almas”. (I Pedro 2:19-25).

Foi isso que Jesus quis dizer, quando falou: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a cada dia a sua cruz e siga-me”. (Lucas 9:23). Lembre-se: A cruz é lugar de dor, de sofrimento e de renúncia; foi por isso que Jesus falou que o caminho para a salvação é estreito e, que poucos são os que o encontram (Mateus 7:14). É por isso, que é errado pregarmos um evangelho fácil que promete uma vida, que o próprio Jesus não prometeu, pois, a pessoa ao sair do encontro, e voltar para a sua vida cotidiana, verá que a realidade não é aquela ministrada; isso porque, promete-se algo que a própria Bíblia não falou. Deus

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tem compromisso com a Sua Palavra, e não, com aquilo que ensinamos que não condizem com Ela.

Se dissermos: "Se Jesus não estiver no centro da sua vida, então, você estará fadada ao fracasso, à derrota, à perdição e a constantes problemas", como fica então a situação daquele irmãozinho fiel, cheio do Espírito, que coloca a vontade de Deus em sua vida como prioridade, e que, no entanto, vive uma vida cheia de constantes provações? Eu conheço pessoas assim. Se observar os textos acima, verá que essa frase que tem sido ensinada em nossos dias, não condiz com a Verdade do Evangelho.

Então, qual é o consolo do crente? Observe que Paulo falou: “Para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”. (Romanos 8:18).

2) ‘Nós fomos chamados para sermos cabeça e não calda’. ISSO É VERDADE! Mas, em que sentido? No sentido de tomarmos uma postura de quem reina com Cristo nas regiões celestiais, visto que, “a nossa luta não é contra a carne nem contra o sangue, e sim, contra as potestades do mal, que estão nas regiões celestiais” [note, que as regiões celestiais, são lugares de batalha espiritual constante (Efésios 6:12)]. Entretanto, muitos cristãos têm agido como se temessem mais ao diabo do que a Deus (têm agido como calda). O diabo não é para ser temido, se estamos em Cristo. Por que “maior é o que está em nós, do que o que está no mundo” (I João 4:4). No entanto, muitos têm deixado de fazer a obra de Deus, porque temem as investidas do diabo. Ao que a Bíblia nos diz: “Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de poder, de amor e de moderação”. (II Timóteo 1:7).

Sermos chamados para sermos cabeça e não calda, tem mais a ver com a postura que devemos ter no reino espiritual, do que com posição social e financeira.

Infelizmente, esse versículo também tem sido usado, para pregar um evangelho fácil e agradável aos ouvidos, onde Jesus mais parece um Gênio da lâmpada, à nossa disposição, para realizar os nossos desejos (cobiças) egoístas. É triste constatarmos! Mas, se compararmos a mensagem de Jesus, com as mensagens pregadas em nossos dias, veremos que diferem muito uma da outra. Que pena!

O QUE A BÍBLIA NOS DIZ A ESSE RESPEITO?“De onde vêm as guerras e contendas entre vós? Não vêm disto, dos prazeres que nos vossos membros guerreiam?Cobiçais, mas nada tendes... Nada tendes porque não pedis. Pedis e não recebeis por que pedis mal, para o gastardes em vossos prazeres.Infiéis, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus.Ou pensais vós que em vão diz as Escrituras que o Espírito que Ele fez habitar em nós tem intenso ciúme? Antes, Ele nos dá uma graça maior. Portanto, diz a Escritura: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.Sujeitai-vos, pois, a Deus. Resisti ao diabo e ele fugirá de vós.Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria em tristeza.

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Humilhai-vos perante o Senhor, e Ele vos exaltará”. (Tiago 4:1-7, 9 e 10).

JESUS FALOU: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem consomem e onde os ladrões arrombam e roubam”. (Mateus 6:9). Quando um escriba se aproximou de Jesus dizendo que o seguiria para onde fosse, Jesus o respondeu, dizendo: "As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça" (Mateus 8:20).

JESUS DISSE EM OUTRA OCASIÃO: “Mas, buscai primeiro o Reino dos Céus, e todas as coisas vos serão acrescentadas” (João 16:33) - A ordem é buscar o Reino dos Céus em primeiro lugar, o resto é conseqüência da misericórdia e fidelidade de Deus. Em nossos dias, percebe-se que tem havido uma inversão de valores, de forma, que a ênfase tem sido sobre a benção material.

Paulo falou: “Mas, os que querem ficar ricos, caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais, submergem os homens na ruína e na perdição”. (I Timóteo 6:9).

Eu não estou dizendo como isso, que Deus não quer abençoar as nossas finanças, não é isso! MAS, preocupa-me a ênfase que tem sido dada à benção material, porque acaba levando as pessoas a buscarem a Jesus, mais pelo que Ele pode dar, do que por aquilo que Ele é. Foi, por causa dessa atitude, que Jesus duramente repreendeu a multidão que O seguia (João 6:22-36).

Preletora: Irmã Â. / Pré-Encontro ASSIM FALOU: 1) ‘Nós não somos pecadores lutando para sermos santos; nós somos santos lutando contra pecado’.

O QUE A BÍBLIA NOS DIZ A ESSE RESPEITO?Paulo em Romanos 3:9, afirmou: “Pois quê? Somos NÓS melhores do que eles? DE MANEIRA NENHUMA, pois já demonstramos que tanto judeus quanto gregos, todos estão debaixo do pecado”.

Note que Paulo está se dirigindo à igreja quando faz esta afirmação, inclusive, Ele se incluiu nesta afirmação quando fez uso do pronome pessoal “nós”. Prova disto, é que em I Timóteo 1:15, ele se declarou o principal dos pecadores. Veja também, I João 1:8 e 10; I João 2:1.

Entendo que se dissermos que "somos santos lutando contra o pecado’", é um erro, por que isso acaba nos dando méritos na luta contra o pecado, pois, é como se eu falasse: ‘agora que eu sou santo, EU posso lutar contra o pecado’. MAS, se analisarmos francamente o que a Bíblia nos diz, veremos que ela deixa bem claro que embora justificados, somos pecadores; redimidos, mas pecadores. Creio que a Bíblia assim o faz para nos conscientizar de nossa incapacidade de lutar contra o pecado; e, para nos mostrar, o quanto somos dependentes de Deus nessa luta contra o pecado.

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2) ‘A natureza pecaminosa foi tirada de nós’. ISSO NÃO É VERDADE! VEJAMOS O QUE A BÍBLIA NOS DIZ:Paulo falou: “Porque sei que em mim, isto é na minha carne, não habita bem algum; com efeito, o querer fazer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está. Pois, não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse pratico.Ora, se faço o que não quero, já não o faço eu, mas o pecado que habita em mim.Acho então esta lei em mim, que mesmo querendo fazer o bem, o mal está comigo. Porque segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento, e me levanto cativo à lei do pecado, que está nos meus membros.Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?Graças a Deus por Cristo Jesus nosso Senhor! De modo que eu mesmo com o meu entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.” (Rm. 7:18-25).

Embora justificados, ainda temos a natureza pecaminosa e, é por isso, que há em nosso interior, essa luta constante entre a carne e o Espírito (Gálatas 5:16).Por isso, Jesus falou: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. Na verdade, o Espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26:41).

(A Bíblia fala carne em dois sentidos. Em alguns casos, a palavra é usada no sentido de corpo, com suas necessidades naturais, normais. Em outros casos, a palavra carne é usada no sentido de natureza pecaminosa, dizendo respeito à nossa tendência para pecar.).

Uma outra prova, de que a natureza pecaminosa não foi tirada de nós quando nos convertemos, é o fato de Paulo ter aconselhado a Timóteo a fugir das paixões da mocidade. Esta admoestação que Paulo faz a Timóteo nos mostra que embora justificados, estamos sujeitos a ceder à tentação de atender aos apelos de nossa carne e, por isso, devemos fugir.

Somente quando reconhecermos, que pela nossa própria força, não podemos vencer o pecado e, entendermos que é o Espírito Santo quem nos capacita a sermos vitoriosos, descobriremos o segredo de uma vida cristã vitoriosa.Vencemos pelo Espírito, quando tomamos posse pela fé das promessas que Deus nos tem feito, por meio de Sua Palavra. Promessas, tais como: “Nenhuma tentação é maior do que possamos suportar,...” (I Co. 10:13); “O pecado não terá domínio sobre vós” (Rm. 6:14); e muitas outras promessas.

Quando tomo posse das promessas pela fé, eu faço assim como Paulo: ‘confio o meu depósito nas mãos do Senhor, porque reconheço que Ele é poderoso para o guardar até o dia final’ (II Tm. 1:12). Quando faço isso, cumpre-se em mim, a promessa que diz: “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resistir ao diabo, e ele fugirá de vós.” (Tiago 4:7).

3) Ainda pela irmã Â. foi dito: ‘Nós estamos sujeitos a pecar, mas, não estamos debaixo do domínio do pecado.’ . ISSO É VERDADE! MAS, uma vez que ela mesma havia dito anteriormente, que a natureza pecaminosa foi tirada de nós, quando nós nos convertemos, ela se contradiz. Por quê? Porque justamente, o que faz com que estejamos sujeitos a pecar, é o fato de ainda termos em nós a natureza pecaminosa. Isso explica o que Paulo falou em Romanos 7:18-25.

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Eu não estou dizendo com isso, que por que ainda temos a natureza pecaminosa, viveremos uma vida de pecados, transferindo a responsabilidade dessa nossa atitude, para a nossa natureza que é corrompida; pelo contrário, deve haver em nós, continuamente, o desejo de mortificarmos a nossa carne para vivermos segundo o propósito que Deus tem para nossas vidas.

A diferença que existe entre nós, que já tivemos uma experiência genuína de conversão, e aquele que ainda não teve essa experiência, no que se refere à natureza pecaminosa, é que nós, embora ainda a tenhamos, pela fé em Jesus Cristo, podemos tomar posse das promessas e não nos deixar subjugar pelo pecado. Enquanto que aquele que ainda não teve essa experiência, por não ter dentro de si o Espírito Santo de Deus, não pode usufruir as promessas que foram feitas aos que creram.Se bem, que para o crente, essas promessas só se cumprem quando ele toma posse delas pela fé em Jesus Cristo. MAS, ainda assim, ele ainda tem dentro de si a natureza pecaminosa, que o leva a estar em constante luta interior (Gálatas 5:16) – conforme o que o apóstolo Paulo deixou bem claro em suas cartas.

Preletora: Irmã E. /Pré-encontro.ASSIM FALOU: 1) ‘Eu sou santo, por que em I Pedro 1:16, a Bíblia fala de que eu sou santo.’ No entanto, o texto em referência, quando diz: “Sede santos, por que Eu sou Santo.”, usa o verbo no tempo que expressa busca contínua: SEDE! Não fala de algo já conquistado, e sim, de algo que deva ser buscado dia-a-dia.

Note que Paulo de si mesmo falou: “Já estou crucificado com Cristo, e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, qual me amou e Si mesmo se entregou por mim.” (Gálatas 2:20).

E ainda assim, Paulo em sua carta aos Filipenses no capítulo 3, nos diz que ainda não tinha alcançado a perfeição, MAS, prosseguia para o alvo que é alcançá-la, porque foi também para isto, que fora chamado por Cristo Jesus. Ele disse: “não julgo que já tenha alcançado, mas, esquecendo-me das coisas que para trás ficam, prossigo para o alvo”, andando de acordo com o grau de perfeição já alcançado.

Primeiro Paulo disse que não é perfeito; em seguida, diz: “Todos quantos já somos perfeitos”. A primeira perfeição a que Paulo se referia, e dizia ainda não tê-la alcançado, é a perfeição que nos está proposta em Cristo, e que só alcançaremos, quando estivermos com Ele na glória.

Quando ele disse: “Todos quantos já somos perfeitos”, ele está dizendo que a nossa vida deve ser de acordo com o grau de perfeição já alcançado, até por que, ele esclarece isso no versículo 16, quando diz que devemos andar de acordo com a perfeição já alcançada. Ou seja, nunca retroceder na busca da santidade, e sim, avançar; buscando-a continuamente.

Observe que Pedro falou: “Sede santos, porque Eu (Jesus) sou Santo.” (I Pedro 1:16). Ele não falou: ‘vós sois santos, porque Eu (Jesus) sou Santo.’ . Sede, além de dar a idéia de

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busca contínua, também tem o sentido de ordem, Isto é, a todos quantos estão em Cristo Jesus, foi ordenado que buscassem a santificação a cada dia.

Por isso, não concordo com a frase: “Nós não somos pecadores lutando para sermos santos; nós somos santos lutando para não pecar.”.

Dessa forma, com base na declaração de Paulo de que todos nós somos pecadores (Rm. 3:9), bem como, no fato dele mesmo afirmar ser o principal dos pecadores (I Tm. 1:15), e no fato da santificação ser um processo (Fl. 3), CONCLUO QUE: ‘Nós somos pecadores redimidos, sujeitos a pecar, mas não, dominados pelo pecado; chamados a buscar continuamente a santificação, e a viver dia-a-dia, de acordo com o grau de perfeição já alcançado.’.

2) ‘Se vamos para o céu é porque somos santos.’. ISSO NÃO É VERDADE! Até por que, se eu digo que vou para o céu porque eu sou santo, estou, ainda que inconscientemente, dando-me méritos na minha salvação. Quando na verdade, é pela graça que somos salvos. Graça é favor imerecido. A Bíblia nos mostra que a nossa justiça é para Deus como trapos de imundícia. Dessa forma, eu não vou para o céu, porque eu sou santo, mas eu vou para o céu, se depois de ter aceitado a Jesus Cristo como Senhor e Salvador de minha vida, eu perseverar até o fim, em buscar dia-a-dia a santidade. Observe o seguinte texto: “...sem a santificação ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14b). Jesus falou: “O que perseverar até o fim, esse será salvo.” (Mateus 24:13). O apóstolo João, no livro de Apocalipse falou a mesma coisa; e também o apóstolo Paulo em suas cartas, deixa claro essa verdade; bem como, o autor do livro aos Hebreus.

O ENCONTROO ENCONTRO

1) ‘A obediência é a chave do sucesso, e gera benção’. ISSO É VERDADE! Mas, uma vez que a Bíblia é a regra de conduta e fé para a vida do crente, então eu só devo me submeter à autoridade do meu pastor, até onde aquilo que ele diz estiver em conformidade com as Escrituras. CASO ESTEJA, eu devo realmente me submeter, caso contrário, estarei em insubmissão / rebeldia; afinal, ele é o anjo da igreja.

Precisamos nos lembrar que a palavra de ninguém, nem papa, nem pastor, está acima do que diz as Escrituras. Na minha opinião, o exemplo dos crentes de Beréia, deveria ser incentivado nas igrejas pelos próprios pastores.

Pois, embora fossem Paulo e Silas que estivesse lhes pregando o Evangelho, esses irmãos, tinham o cuidado de examinarem à luz da Palavra, se aquilo que ouviam eram ou não, de acordo com as Escrituras. E, por isso, a Bíblia nos diz que eles eram tidos como mais nobres do que os outros (Atos 17:10-11).

Note que, eram Paulo e Silas quem estavam pregando, cuja fama já devia ter corrido por toda aquela região. Isso nos mostra que independente de quem quer que seja, e do tempo de ministério que possui, a sua palavra só deve ser acatada se estiver em conformidade com as Escrituras.

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Infelizmente, em nome dessa obediência cega e irrestrita, que tem sido pregada em nossos dias, muitos pastores e líderes que perderam a visão ou nunca a tiveram, têm levado multidões ao erro.

Temos na Bíblia, exemplos de pessoas, que começaram bem, mas num determinado momento de suas vidas, perderam a visão, e caíram no erro.

A minha salvação é muito importante e preciosa, para que eu a confie cegamente aos cuidados de homens que são falhos, e sujeitos a perderem a visão. Jesus pagou preço altíssimo para que eu a tivesse, e por isso, eu tenho mais é que ser zelosa. DEUS SE AGRADA QUE TENHAMOS ESSE ZELO!

Não é certo dizer que devemos obediência total e irrestrita ao pastor, argumentando que ele terá que dá conta de nossas almas; isso por que, a responsabilidade do pastor, é a de ter o cuidado de oferecer às suas ovelhas, alimento espiritual saudável e levá-las à estatura de varão perfeito, que nos está proposta em Cristo. Disto sim, ele terá que dá conta. Mas, cada ovelha, tem o dever diante de Deus, de ter o cuidado de analisar a luz da Palavra (como os crentes de Beréia o fizeram), se aquilo que está recebendo como alimento espiritual, é ou não, de acordo com as Escrituras.

Preletora: Irmã Â./ Encontro. Explicou o que é o encontro com Deus dando o seguinte conceito:

- Não é para qualquer um e nem de qualquer maneira que se tem esse encontro. (Isso não é verdade!)- O encontro com Jesus envolve mudança genuína em todas as áreas de nossa vida (foi dado o exemplo de Saulo, Zaqueu, a mulher samaritana e Jacó, para explicar o que é o encontro);- Ao sair desse encontro se seu nome era tristeza agora será alegria. Você nunca mais será a mesma;- Depois do encontro você será uma nova pessoa;- Você vai voltar do encontro transformado corpo, alma e espírito;O encontro com Deus começou quando você começou a fazer o pré-encontro;- Satanás não tem poder para te acusar depois que você passou pelo Peniel;- Depois do encontro você nunca mais estará só;

Preletora: Irmã Dulcinéia / Encontro em 06/01/2001 às 09:09 horas.O que acontece no encontro? (Foi dado o exemplo da mulher samaritana para explicar).FOI DITO: - Quando você abre o seu coração, a Palavra de Deus entra e liberta;- Jesus quer levar desse encontro uma nova criatura. Agora você é uma nova criatura, não importa o que você fez de ontem para trás, hoje você está tendo um encontro com Jesus como a mulher samaritana teve;- Você testifica do encontro quando deixa a vida de antes para trás;- Quando você tem um encontro com Jesus, você não consegue ficar calada, vai querer testemunhar. Falar para os outros do que Jesus fez em sua vida;

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OBSERVE COM CUIDADO ESTAS DUAS ÚLTIMAS PALESTRAS MINISTRADAS, a respeito do que é o encontro e o que acontece no encontro. E, agora, relembre o conceito de conversão genuína (novo nascimento). Percebe onde estou querendo chegar? O conceito que foi dado ao encontro e a explicação do que acontece no encontro, é o mesmo conceito de conversão genuína (novo nascimento); com algumas ressalvas, é claro!

Uma vez que o encontro tem o mesmo conceito de conversão (novo nascimento), ENTENDO, QUE É INCOERENTE que ele seja preparado visando pessoas novas convertidas, pois, se novas convertidas, então, já experimentaram o novo nascimento; bem como, é incoerente que seja estendido a toda igreja indiscriminadamente.

Eu sei, que em nossas igrejas, não raramente, pode ocorrer, que muitas pessoas que ali estão, que foram batizadas e fazem parte do rol de membros, não tenham ainda experimentado o novo nascimento (conversão genuína), independente dos cargos que possui, e dos anos que ali estão 10, 20 ou 30 anos, etc; seja porque se acostumaram com o Evangelho, por terem sido criados na igreja, seja porque foram ‘convencidos’ e não convertidos. A ESTES, o apelo é válido, e deve ser feito mesmo, porém, de forma clara, que não deixe dúvidas. O livro ’Crentes que precisam de salvação’ trata sobre isso.

ENTENDO QUE, dirigir este apelo (com a definição que foi dada) a toda a igreja indiscriminadamente, é um erro gravíssimo; visto que, a convicção ou não do novo nascimento é individual. Até por que, aquele que nasceu de novo tem dentro de si o testemunho, conforme Paulo falou: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. (Romanos 8:16), e por isso, tem certeza da vida eterna (I Jo 5:11-13), pois foi selado com Espírito Santo que lhe dá essa convicção interior (Efésios 1:13-14). Por isso, ninguém pode dizer, se alguém é convertido ou não. É individual! Somente a pessoa e Deus tem condição de saber a resposta. Visto que, quem já experimentou o novo nascimento, tem dentro de si, este testemunho que lhe dá essa certeza inabalável. Nem o diabo consegue abalar, porque esse testemunho interior, não é fruto de um pensamento positivo ou coisa parecida.

Observe as frases abaixo que destaquei para serem analisadas:- Hoje você vai ter um encontro com Jesus, como a mulher samaritana teve;- Depois desse encontro você nunca mais estará só;- O encontro com Deus começou quando você começou a fazer o pré-encontro;- AGORA você é uma nova criatura.

Para aquele que já experimentou o novo nascimento, e tem dentro de si essa convicção interior, é inadmissível que celebre sua nova vida em Cristo por ocasião desse encontro (evento promovido), por que, o conceito dado a esse encontro é o conceito de conversão (novo nascimento); e o que é pior, É DITO EXPLICITAMENTE que o encontro com Deus começou, quando teve início o pré-encontro. Inadmissível por quê? Porque se antes, eu já tinha essa inabalável convicção interior, e no encontro, eu celebro a minha nova vida em Cristo que começou no pré-encontro, eu estarei negando tudo o que já tinha experimentado em Cristo antes: A minha conversão (novo nascimento) e as experiências que tive com Ele. Isto seria pecado! Pois, eu estaria negando a cruz de Cristo e novamente O expondo ao vitupério, porque de novo estaria crucificando-O (Hebreus 6).

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Já que o conceito dado ao encontro é o mesmo conceito de conversão, ENTENDO QUE, seria mais coerente que o encontro fosse promovido visando pessoas NÃO CRENTES; e, estendido à toda a igreja, com um apelo tipo este: “Talvez, você que esteja na igreja, ainda que tenha sido batizado; faça parte do rol de membros; tenha cargos e até muitos anos na igreja, ainda não tenha e nunca tenha tido, dentro de si, este testemunho interior inabalável, conforme Paulo falou em Romanos 8:16, que dá aquele que já experimentou o novo nascimento, aquela convicção inabalável de sua salvação (vida eterna); se este for o seu caso, eu convido você a participar do pré-encontro e encontro, onde você terá uma experiência com Deus, que marcará para sempre a sua vida”.

Observação: Uma vez que o novo nascimento é uma coisa que acontece no momento exato, em que genuinamente, aceitamos a Jesus, como Senhor e Salvador de nossas vidas; e, que a santificação é um processo diário que envolve renúncia; precisa então, ficar claro, que o fato de que a pessoa ainda tenha em sua vida, áreas que ainda precisam ser trabalhadas por Deus, não significa dizer, que ela não tenha nascido de novo, pelo contrário. A igreja de Corinto é um exemplo disso. Os crentes ali haviam nascido de novo (nenhum Dom faltava àquela Igreja), mas ainda, precisavam buscar a santificação, em cujo processo Deus trabalharia o caráter de cada um deles.

Quando interrogado por Nicodemos sobre o que este deveria fazer para entrar no reino dos Céus, Jesus lhe respondeu: “Na verdade, na verdade vos digo, que quem não nascer de novo, não pode ver no reino de Deus”. (João 3:3).

É por isso, que Paulo falou em suas cartas ao Corintos: “Pelo que se alguém está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. (II Coríntios 5:17). Torna-se nova criatura, por que experimenta naquele exato momento o novo nascimento. Por isso, ”as coisas velhas já passaram”, porque para Deus é como se sua idade tivesse zerado ali. Os pecados, cometidos no tempo da ignorância não devem ser lembrados, porque Deus já os apagou, e por isso, não devemos permitir que Satanás nos acuse deles. Aquela “criança”, que acabou de nascer, só terá que responder por aquilo que vir a cometer depois deste novo nascimento.

No caso da santificação, ela sim, é um processo. E, é nesse processo que Deus trata o indivíduo, à medida que este, numa renúncia diária de si mesmo, permite que Deus trate o seu caráter e as demais áreas de sua vida.

Durante esse PROCESSO de santificação, as feridas da alma são tratadas, à medida que me alimento da Palavra e me deixo ser curada por Ela. E, é nesse processo da santificação, que o Espírito Santo por meio da Palavra me ensinará a tomar posse, de tudo aquilo que Jesus, conquistou para nós na cruz do Calvário. E, ainda nesse processo, sou levada a me conscientizar da necessidade de buscar, a cada dia, a estatura de varão perfeito, que nos está proposta em Cristo.

Lembrando, porém, que essa santificação se dá na medida em que, a cada dia, renuncio o meu “eu”, para viver no centro da vontade de Deus. Ou seja, esse grau de perfeição se dá de

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acordo com o quanto estou disposto a renunciar o meu “eu”. Por isso, varia de pessoa para pessoa.

REPITO, o fato de uma pessoa AINDA ter em sua vida, áreas que ainda precisam ser tratadas, não significa dizer, que este alguém ainda não tenha experimentado o novo nascimento; como já falei, a igreja de Corintos é um exemplo disso.

Paulo ao tratar sobre este assunto, ele assim o fez, dirigindo-se às igrejas, deixando bem claro, que a santificação deve ser buscada e que ela é um processo.

Pelo que, entendo que seria de grande valia, que o encontro também fosse estendido, aos que já tem a convicção interior inabalável de já haver nascido de novo; mas, que por alguma razão, perdeu o enchimento do Espírito e conseqüentemente a unção. Para que lá, tenha a oportunidade de (afastado de tudo e sem comunicação interpessoal) buscar em Deus, a unção que havia sido perdida. MAS, que para tal, fosse feito um apelo específico, visto que já experimentou o novo nascimento. É de se ressaltar, porém, que não serão naqueles três dias de retiro, que a santificação se dará por completo. Ela ainda dependerá de uma busca contínua. Não se pode prometer nada, que vá além dessa realidade bíblica.

Preletora: Irmã P. / Encontro.ASSIM FALOU: 1) ‘Existem crentes oprimidos e até possessos’. A irmã P. deu a seguinte diferença entre opressão e possessão: Opressão é quando vem uma força de fora para dentro; ataques do diabo. Possessão é quando o diabo entra na vida da pessoa.

Para defender o argumento de que o crente pode ficar possesso, ela citou Efésios 4:27, que diz: “Não deis lugar ao diabo”.

No entanto, versículo usado para defender o argumento de que o crente pode ficar possesso, NÃO DÁ base para esta afirmação. Eu vou dar um exemplo bem simples, para poder explicar o que é dá lugar ao diabo:

Suponhamos que você faça algo que, biblicamente falando, não devesse ter feito, aí, vem à sua mente o seguinte pensamento: “Você já está todo errado mesmo, então, termina logo de fazer o resto”. Essa voz é do diabo, que quer nos vê mais atolados ainda no pecado e, conseqüentemente, longe de Deus. Foi apenas um exemplo, existe muitas outras formas, de darmos lugar ao diabo; damos lugar ao diabo, quando vestimos uma roupa, com a intenção de seduzir alguém; quando permitimos que ele nos acuse de algo que Deus já nos perdoou; quando permitimos que ele nos jogue setas de depressão por algum sonho que deixamos de realizar e etc. Isso é dá lugar ao diabo.

Na verdade, o texto acima mencionado, dá base para dizermos que o crente pode ficar oprimido. Disso não há dúvida.

Agora, possessão não! Por que no caso da possessão, o demônio entra na pessoa. Como poderia o diabo ou um demônio qualquer, entrar na vida do crente, que tem dentro de Si o Espírito Santo de Deus? Isso é uma heresia do tamanho do mundo! Como poderia o Espírito

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Santo de Deus, que habita no crente (verdadeiramente nascido de novo) dividir lugar com o diabo ou um demônio qualquer?

Observe no texto abaixo, um fato que aconteceu, logo após o episódio em que Jesus acalmou a tempestade: “Navegaram para a região dos gerasenos, que está defronte da Galiléia”. Quando Jesus desceu para a terra, saiu-lhe ao encontro, vindo da cidade um homem que desde muito tempo estava possesso de demônios, e não andava vestido, nem habitava em qualquer casa, mas nos sepulcros.Vendo a Jesus, prostrou-se diante dEle, exclamando, e dizendo em alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes. Pois Jesus tinha ordenado ao espírito imundo que saísse do homem. Já havia muito tempo que se apossava dele,e embora o mantivessem preso com grilhões, era impelido pelo demônio para o deserto.Perguntou-lhe Jesus: Qual é o teu nome? Respondeu ele: legião, porque tinham entrado nele muitos demôniosRogavam-lhe que não os mandassem para o abismo.Ora andava pastando no monte uma manada de porcos. Rogavam-lhe os demônios que lhes concedesse entrar neles. Jesus o permitiu.Tendo saído do homem, os demônios entraram nos porcos, e a manada precipitou-se de um despenhadeiro no lago, e se afogou.” (Lucas 8: 26-33).

Note que no texto acima, a simples aproximação de Jesus, já causou naqueles demônios um pânico enorme, por que eles sabiam que Jesus os expulsariam, para libertar aquele homem que estava sendo por eles subjugado. Se a simples aproximação de Jesus já era suficiente para que eles temessem tanto, dizer que o diabo pode entrar na vida do crente (verdadeiramente nascido de novo), que tem dentro de si o Espírito Santo de Deus, é no mínimo ilógico. Isto para não dizer que é uma heresia.

Em Lucas 11:24-26, Jesus falou: “Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares secos, buscando repouso, e não o acha. Então diz: Tornarei para minha casa donde saí.Chegando, acha-a varrida e adornada.Então ele vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali. E o último estado desse homem é pior do que o primeiro”. (Lucas 11:24-26).Note que quando este homem teve o seu primeiro contato com Jesus ele já estava endemoniado. O que eu quero dizer com isso? Bem, o texto não fala de um homem que teve uma experiência com Jesus, e que depois, por que deu lugar ao diabo, ficou possesso de espíritos imundos. O texto fala de alguém que ainda não tinha tido um encontro com Jesus.

Para demonstrar melhor o que estou querendo dizer, eu vou contar agora, uma experiência que tive, ao ministrar libertação numa pessoa que tinha um espírito de demônio, mais conhecido pelo nome de “tranca rua”.

O caso que eu vou contar aconteceu no ano de 1992, quando eu era da Igreja Batista Tradicional e me reunia na Igreja Batista “Monte Sinai”, no Bairro da Penha – Vitória/ES (igreja tradicional até demais). Observação: Eu vou dar ao rapaz, o nome de “Fulano de Tal”, para não identificá-lo. Por favor, leia esse relato dos fatos, com muita atenção:

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“Eu conheci Fulano de Tal, no Quartel do Corpo de Bombeiros, que na época era próximo ao hospital São José. Ele era cabo da PM, hoje, encontra-se reformado. Na época dos fatos eu era aluna do Curso de Cabos da PMES. Vários colegas meus do curso que o haviam conhecido e sabiam do problema que estava acontecendo com ele, vieram-me procurar e queriam que eu me aproximasse dele para o evangelizar. Eu não perdi tempo. Daí em diante, não cessei de aproveitar as oportunidades para falar daquilo que Deus poderia fazer na vida dEle, se ele cresse. Ele tinha consciência de que recebia um espírito de demônio, mais conhecido como “tranca rua”. Tinha medo de abandonar o centro de macumba, pois, segundo ele, o diabo o havia dito que no dia em que ele o abandonasse o mataria. Havia também outros motivos que o faziam ter medo de se converter, pois, sabia que no dia em que isso acontecesse, teria que falar a verdade, sobre coisas ilícitas que andava fazendo, e por isso, temia que pudesse ser preso.

Fiz inúmeros convites para que ele fosse à igreja. Ele nunca ia. Um dia, disse a Ele: “Fulano, eu tenho um presente para te dar (era uma Bíblia), mas, eu só vou te dar se você for lá na igreja”. Ele disse que iria, como sempre fazia. Os irmãos daquela igreja, pareciam até que já o conheciam, de tanto ouvir eu pedir orações pela libertação daquele rapaz. Na noite, daquele domingo marcado, eu estava na União de Treinamento (sala de jovens); o dirigente, falava sobre a mulher que havia tocado nas vestes de Jesus com fé. Foi quando sentir no meu coração, que Deus queria que eu fizesse o mesmo, para que Fulano pudesse finalmente vir à igreja. Pedir oração por ele. E, eu mesma fui convidada a orar. Minha oração era simples: eu apenas pedia que Deus quebrasse as barreiras que o estavam prendendo, e que o trouxesse à igreja. No meio de minha oração, Deus falou: “Você não precisa mais pedir. A sua oração já foi atendida. Você agora só tem que agradecer!” – Quando ouvir aquela voz falando comigo tão claramente, não perdi tempo, comecei a agradecer. Quando já estava subindo para o templo, meu colega, que hoje também é da Batista Renovada, veio eufórico me dizer que Fulano estava lá fora me aguardando. Ao chegar lá, ele estava tremendo igual vara verde, suando frio e apavorado com medo de entrar na igreja. Queria ir embora. Eu não deixei. E, acabamos sentando os dois lá na frente, no segundo banco. O pastor da igreja, naquela noite estava viajando; havia um pastor americano (Pr. Ken Collier – na época trabalhava na Convenção Batista Capixaba), que havia sido convidado para pregar. Era Dia das Crianças. Para minha surpresa a pregação era toda voltada para crianças. Eu logo questionei com Deus, porque ele havia trazido Fulano ali, para ouvir aquela pregação infantil. De uma hora para a outra, o pastor encerrou aquela pregação, e começou a pregar sobre o Filho Pródigo. Num determinado momento da pregação, Fulano virou-se para mim, e perguntou se eu havia contado a vida dele para aquele pregador. Eu disse a ele que nem o conhecia, afinal, era a primeira vez que eu o estava vendo. Lembro-me que pela primeira vez, tive visão do que realmente acontece no mundo espiritual. Durante o apelo, eu olhava para Fulano, e via que ele estava totalmente acorrentado: Os seus pés estavam chumbados numa espécie de bloco de concreto, de onde saiam correntes, que o prendiam; na hora do apelo, eu olhava para ele e via o esforço que ele fazia para levantar as mãos, mas, as correntes não deixavam.

Quando percebi que o apelo chegava ao fim, e vendo ele nesse esforço de tentar se desprender, eu orei a Deus no meu pensamento, e disse: “Meu Deus, ilumina o coração do pastor”. Na mesma hora, o pastor, que já estava encerrando o apelo, falou: “eu sinto que

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Deus quer salvar uma vida aqui nesta noite”, e voltou a fazer mais uma vez o apelo. Mas, ainda assim, ele não conseguiu se libertar.

Decidi que quando o pastor passasse pelo corredor eu o chamaria. Não perdi tempo. Quando ele passou perto de mim, contei-lhe o problema; e fomos todos, juntamente com Fulano, para o gabinete do pastor da Igreja. Naquela ocasião, havia naquela igreja, muitas pessoas que estavam se renovando, ainda que sob o rígido controle da liderança daquela igreja. Estes jovens, que estavam se renovando nos acompanharam; ficaram numa ante-sala orando e intercedendo pela libertação daquele rapaz.

O Pastor Ken Collier, eu e Fulano entramos no gabinete pastoral, onde finalmente, ministramos libertação. Ordenamos, que em Nome de Jesus aquele espírito imundo saísse. E, na hora que o espírito imundo saiu, Deus, permitiu que eu percebesse o momento exato em que havia saído. Havia uma janela aberta, e Fulano amedrontado, olhava para ela, depois de haver sido libertado daquele espírito imundo, e dizia: “eles estão lá fora me olhando, e estão dizendo que vão voltar a me pegar”; diante disso, eu expliquei para ele, que a Bíblia nos fala que se depois de haver sido liberto, a casa continuar vazia, que o espírito imundo voltaria e traria consigo outros sete piores (Lucas 11:24-26). Expliquei que essa casa é o coração, e que a única forma deles não voltarem, seria se ele confessasse a Jesus como Senhor e Salvador. Infelizmente, porém, ele não confessou.

No domingo seguinte, ele voltou, trazendo consigo um de seus filhos. Estava diferente [casa varrida e adornada (Lucas 11:25). Muitos, irmãos que ali estavam puderam perceber isso. MAS, como ele não havia preenchido o seu coração, com a presença de Jesus, confessando-O como Senhor e Salvador, não demorou muito para que ele ficasse pior do que estava antes.

Até hoje, ele ainda não se converteu. Algumas vezes, ligou-me chorando, perguntando porque Deus havia me colocado em seu caminho? Eu sempre respondo: “Para que você saiba, que não existe pau que seja tão torto, que Deus não possa consertar, só depende de você crer”. Digo também, que a única coisa, que está impedindo Deus de agir na vida dele é ele mesmo, porque Deus, não interfere em nossa liberdade de escolha.

Anos depois, Deus por meio de uma visão, mostrou a uma amiga minha, a esposa dele (a quem eu já conhecia por telefone), chorando num canto, depois de haver apanhado dele, e dizendo: “Se esse Deus que a J. fala, existe mesmo, então faça ela vir aqui”. Assim que Malu me contou a visão que recebera de Deus, combinamos um dia, e fomos à casa de J.. Ele não estava. Evangelizamos a esposa dele e a mãe dela que se fazia presente, e elas, naquele dia, aceitaram a Jesus. Estão timidamente caminhando na presença do Senhor. Peço a Deus, que dê a elas, experiências com Ele, que as fortaleçam na caminhada cristã. Até hoje, mantenho contato com esta família. Pois, sei por convicção que Deus a colocou em minha responsabilidade. Sei que é preciso orar muito por aquela família. Porque ainda, há muito o que fazer.

Aconteceu muito mais coisa. Todavia, tentei ao máximo resumir o relato acima, para mostrar em que situação se aplica o que Jesus falou em Lucas 11:24-26 - Não tem nada a ver com crente! Se alguém que se diz crente genuíno, ficar possesso pelo diabo, eu serei a primeira a

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duvidar que ele realmente tenha experimentado o novo nascimento. Por que, como já falei, é incoerente dizer, que o Espírito Santo de Deus que habita no verdadeiro cristão, dividiria lugar com um espírito imundo.

O texto bíblico que trata sobre o crente (desviado), está em II Pedro 2:20-22, que diz: “Se, depois, de terem escapado das corrupções do mundo, mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro.Melhor lhes fora não terem conhecido o caminho da Justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado. Deste modo, sobreveio-lhes o que diz este provérbio: O cão voltou ao seu próprio vômito; e, a porca lavada voltou a revolver-se na lama”.

Desde pequena, eu sempre entendi que o fato de que para este, porque já teve uma experiência com o Senhor Jesus Cristo, o último estado ser pior do que o primeiro, dizia respeito ao fato dele já conhecer a verdade; tendo, por isso, diante de Deus uma responsabilidade maior do que aquele que ainda não teve a experiência de regeneração em Cristo. Este texto, não diz nada a respeito de um espírito imundo que sai, e volta trazendo consigo outros sete piores do que ele. Diz apenas, referindo-se ao desviado, que o último estado é pior do que o primeiro.

Talvez, no caso do desviado, a possessão até possa ocorrer. Todavia, se nem para isso, temos base bíblica suficiente para afirmar; quanto menos, para afirmar que o crente pode ficar possesso. Eu sou da seguinte opinião: aquilo que a Bíblia não nos dá base suficiente (não me refiro a versículos isolados), para afirmar, agente tem mais é que ficar calado para não correr o risco de falar besteira.

2) A Maldição repousa sobre até a 3ª e 4ª geração. Nós herdamos maldições hereditárias. “Ah! Então, eu sou igual a meu pai? Isso é maldição hereditária”. Todos os nossos pecados podem ser maldições hereditárias; nem sempre é culpa do diabo; é nossa natureza (foi citado os degregados que vieram para o Brasil Colônia, como exemplo). Precisamos nos arrepender para que a nossa geração não receba a maldição. Precisamos nos arrepender de nossos pecados, e pelos pecados de alguém de nossa ascendência.

MAS, O QUE A BÍBLIA NOS DIZ A ESSE RESPEITO?Bem, aqueles que defendem a existência de maldições hereditárias, baseiam-se no texto bíblico que se encontra em Êxodo 20:3-5, em que Deus, por meio de Moisés adverte ao povo contra a idolatria e, diz que visitaria a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que Lhe aborrecem.Citam o exemplo de Davi: o seu pecado e as conseqüências que este pecado trouxe sobre o seu lar, que ficou todo destruído pela imoralidade reinante.

TODAVIA, não levam em conta a promessa que Deus fez ao seu povo, pela boca do profeta Ezequiel, muitos anos depois dos fatos narrados no livro de Êxodo, e também dos fatos narrados em II Samuel; quando, por ocasião do cativeiro babilônico, disse: “Veio a mim a

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Palavra do Senhor: Que tendes vós, vós que dizeis esta parábola acerca da terra de Israel: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotaram?Tão certo como eu vivo, diz, o Senhor Deus, nunca mais direis este provérbio em Israel. Pois, todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha. A alma que pecar essa morrerá.Sendo o homem justo, e fazendo justiça,...Se ele gerar um filho ladrão, derramador de sangue, que fizer a seu irmão qualquer destas coisas, e não cumprir todos aqueles deveres, ... viverá? Não viverá! Porque fez todas estas abominações, certamente será morto, e o seu sangue será sobre ele.Mas, se ele gerar um filho que veja todos os pecados que seu pai fez e, vendo-os, não cometer estas coisas semelhantes,... observar os meus juízos e andar nos meus estatutos. O tal não morrerá pela maldade de seu pai. Certamente viverá.” (Ezequiel 18:1-5, 10-11, 13b – 14 e 17b). Ver o restante do capítulo.

O texto acima nos mostra que a responsabilidade é individual. Que ninguém mais precisa pagar pelos pecados de ninguém, ou seja, Deus não mais visitaria os pecados dos pais nos filhos até a 3ª e 4ª geração, como havia falado em Êxodo 20:3-5.. Formular uma doutrina que contradiga essa promessa que foi feita em Ezequiel 18, é o mesmo que chamar Deus de mentiroso. Observe o que Balaão respondeu a Baraque, filho de Zipor, quando este pediu que amaldiçoasse a Israel: “Deus não é homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa. Porventura, tendo Ele dito, não o fará? Ou, havendo Ele falado não o cumprirá? Recebi ordem de abençoar; Ele abençoou, e não o posso revogar.” (Números 23:19-20).

Balaão, não era um profeta fiel, mas, ainda que quisesse amaldiçoar Israel não poderia fazê-lo; porque aquilo que Deus promete é irrevogável. Bem, isso aconteceu antes da promessa feita em Ezequiel 18; e ainda assim, nenhuma palavra de maldição seria aceita contra aquele povo (Nm. 23:19-20). Quanto mais, agora, depois da promessa feita em Ezequiel 18. E, No nosso, então, além dessa promessa, temos o fato de que Cristo se fez maldição por nós na cruz (Gálatas 3:13). Onde, Ele cravou, inclusive, toda a maldição que era contra nós. E, em João 17:4, Jesus afirmou ao Pai que a sua obra havia sido completa. Dessa forma, ainda que não houvesse a promessa feita em Ezequiel 18, a cruz de Cristo já seria suficiente.

Então, você me diz: “Mas, na minha família parece que tem realmente uma maldição, que tem acompanhado gerações!” – Bem, uma vez que a Bíblia afirma, que o filho não mais pagaria pelo pecados de seu pai; temos que analisar esse fato, levando desde já em consideração, não se tratar de maldição hereditária. Então o que pode ser?

O que eu vejo, é que as pessoas se deixam levar por uma atitude fatalista, como por exemplo: “Eu sou assim, por que meu pai foi assim; e, inconscientemente ou não, acabam transferindo a responsabilidade de seus atos para outra pessoa. Isso aconteceu no Éden, quando se deu a queda do homem. Ao ser confrontado por Deus, Adão jogou a culpa na mulher; a mulher, por sua vez, jogou a culpa na serpente. Quem sabe se eles tivessem se arrependido e, reconhecido seu erro, a história da humanidade tivesse sido outra. Todavia, Deus, já de antemão sabendo que não fariam isso, preparou antes da fundação o plano de redenção do homem por meio de Jesus Cristo.

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Certa ocasião, conheci um menor infrator que dizia o seguinte: ”Ah, Cabo Jeane! Eu sou ladrão, porque o meu avô foi ladrão; o meu pai também é ladrão, então, eu também tenho que ser ladrão”. Lembro-me, que ele me falou isso num tom de tristeza e de fatalidade. Ele simplesmente, havia deixado o diabo colocar em sua cabeça, que ele tinha que ser daquela forma. Percebe onde estou querendo chegar? Se deixarmos, o diabo vai realmente colocar pensamentos tipos estes em nossa cabeça, para nos fazer conformar com aquilo que não devemos e nem precisamos ser; levando-nos assim, a desisti, inclusive, de nossos sonhos.

Outra coisa, não se pode confundir conseqüências de pecado, com maldição hereditária. Não tem nada a ver uma coisa com a outra.

Para finalizar, essa história de dizer que devemos pedir perdão pelos pecados de alguém de nossa ascendência, não é verdade! Até por que, como já demonstrei nas Escrituras, a responsabilidade diante de Deus é individual. Observe: “Não vos enganeis: Deus não se deixa escarnecer. Tudo o que o homem semear, isso também ceifará. O que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” (Gálatas 6:7-8).“De modo que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus”. (Romanos 14:12).

Preletor: Pastor. R. / Encontro.Falou sobre o batismo com o Espírito Santo. Deu a seguinte definição: É Uma experiência de revestimento de poder, para que sejamos testemunhas do amor de Cristo. É para todos que professam a fé em Jesus Cristo. Não é privilégio de alguns. Se eu já tenho o batismo com o Espírito Santo, então eu devo buscar unção dobrada. Porque nunca é demais. A manifestação do Espírito Santo é dada para a edificação do Corpo de Cristo, a Igreja. Batismo com Espírito Santo é uma coisa, Dom do Espírito Santo é outra coisa. O Batismo no Espírito Santo é para dar poder, unção. Falar em línguas é uma das evidências do Batismo com Espírito Santo.

MAS, nem sempre, quem é batizado com o Espírito Santo recebe o dom de línguas. As línguas, também podem ser línguas de outros países (foi dado o exemplo de Atos 2). A língua com interpretação é para edificação da igreja; se não houver intérpretes, então que se cale. É Deus quem nos usa como instrumentos; nós, não podemos usar (os dons) Deus para atingir nossos objetivos. Você pode dominar. Temos que estar constantemente abastecidos. Jesus nos dá o batismo com o Espírito Santo gratuitamente; não o recebemos por nossos próprios méritos.

O outro propósito do batismo com o Espírito Santo é para dar identidade, o Sêlo.Eu concordei com tudo, EXCETO, com a palavra dirigida a todos de forma generalizada: “Deus quer selar você nesta manhã. O Espírito Santo vai entrar em você nessa manhã”. Discordei, porque nem todas foram seladas ali, pelo Espírito Santo. Somente aquelas, que se converteram por ocasião do encontro, e isso, se realmente aceitaram a Jesus como Senhor e Salvador. Até por que, não se pode dizer que alguém se converteu (novo nascimento), só por que foi no encontro e chorou.

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ConclusãoConclusão

EM SE TRATANDO, desse encontro em particular, seria injusto eu dizer que não teve nada de aproveitável. ESTIMO QUE por volta de 95% do que ali foi ministrado, foi maravilhoso. Quanto aos 5% restantes, depois ter analisado à luz da Palavra, verifiquei que se chocam com doutrinas básicas da fé cristã e, portanto, ENTENDO QUE, não devo aceitar de forma alguma. CASO, NÃO HOUVESSE ESSE CHOQUE, teria sido possível relevar, ainda que não estivesse de acordo com as Sagradas Escrituras.

Todavia, a forma como foi definido o encontro, e o fato do apelo a este encontro (que teve início no pré-encontro), ter sido feito de forma generalizada, é preocupante.

Até por que, quem não concordava em celebrar sua nova vida em Cristo, que teve início no pré-encontro, era tido como duro de coração, e resistente a Deus. Isso eu não concordo, e não posso de forma alguma compactuar. Porque, nem todos que ali estavam (pelo menos, no meu caso), nasceram de novo, ali, depois que teve início o pré-encontro.

Suponhamos que você diga: “Mas, se foi 95% maravilhoso, então por que tanto questionamento?” . Bem, o problema não é se a percentagem de erros doutrinários é pequena ou grande, pois, ainda que fosse de 0,5%, o problema a ser analisado é: “Que tipo de implicações isso pode trazer, caso, contradiga algo que é básico e fundamental na doutrina da fé cristã?” (Gálatas 5:9). “A que tipo de erro poderia levar?”

É de se ressaltar, que o apóstolo Paulo, muitas vezes, teve que se levantar, para duramente combater heresias, que sutilmente iam entrando no seio da igreja. Isso ele fez, por que nele havia um profundo zelo pelas coisas de Deus; zelo esse, tão necessário em nossos dias.

Mas, para que a pureza do Evangelho fosse mantida, ele não se calava (Gl. 2:5). E ainda, em certa ocasião, depois de haver duramente combatido uma heresia que estava se infiltrando na igreja da Galácia, ele perguntou: “Fiz-me, acaso, vosso inimigo, dizendo a verdade?” (Gl. 4:16).

Observe o que o autor do livro aos Hebreus nos diz:“Não vos deixeis envolver por doutrinas várias e estranhas. Bom é que o coração se fortifique com a graça, e não com alimentos que não trouxeram proveito nenhum aos que com eles se preocuparam”. (Hebreus 13:9). Veja II Pedro 2:1-3; I Timóteo 6:3-10;

EU NÃO SOU CONTRA, que se encontre métodos eficientes que promovam o crescimento da igreja. Até por que, os métodos variam de acordo com o contexto em que se vive. isso é um fato! Os princípios, por sua vez, são invioláveis e imutáveis. CASO NÃO HAJA, o cuidado e o comprometimento de se trazer para os púlpitos, somente aquilo que condiz com as Sagradas Escrituras, esse crescimento quantitativo por maior que seja, será pernicioso, e por isso, deve ser evitado. Não ter esse cuidado, demonstra, que já não se tem mais a visão que de Deus foi recebida. E isso é um perigo!

EU NÃO DUVIDO QUE esse encontro poderia ser 100% benção. MAS, para que isso fosse possível, seria necessário que os ensinamentos, principalmente, aqueles que têm gerado

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controvérsias, antes de serem passados às ovelhas, fossem francamente analisados à luz da Palavra, como por exemplo: ‘Maldição Hereditária’ – “Se ela existe realmente em nossos dias, o que Ezequiel 18 quis dizer, quando disse que o filho não mais pagaria pelo pecado de seu pai?” A Bíblia diz que Jesus se fez maldição por nós (Gálatas 3:13) . E, o próprio Jesus falou que a obra que ele realizou na cruz foi completa (João 17:4), ou seja, na cruz Ele também anulou toda a maldição que era contra nós. Por isso, devemos nos perguntar: “De que forma, essa doutrina contradiz a cruz de Cristo?”

Humanamente falando, a forma infalível de se ter certeza que a interpretação feita, de um texto bíblico está correta, é se essa interpretação não se choca com outros textos da Bíblia, que tratam do assunto em questão. Eu creio que a Bíblia não se contradiz, ainda que em alguns caso pareça; creio que a Bíblia responde a Si própria. Vale lembrar, que a Bíblia não é de particular interpretação (II Pedro 1:20-21).

EU NÃO DUVIDO QUE neste encontro em particular, pessoas tiveram experiências verdadeiras, MAS, ainda assim, é preciso que tenhamos todo o cuidado. Até por que, isso em nada diminui o risco provocado por uma doutrina que contradiga os fundamentos da fé cristã. Ser zeloso nunca é demais. E, Deus espera isso de nós.