O embaixador O MU apresenta a Wii, português em …cas que vêm do Oriente, em decla-rações à...
Transcript of O embaixador O MU apresenta a Wii, português em …cas que vêm do Oriente, em decla-rações à...
Director: Gonçalo Sousa Uva | Segunda-feira, 6 de Novembro de 2006 | N.º 48 | SEMANAL | distribuição gratuita | www.mundouniversitario.pt
[20 valores]Desabafos de Margari-
da Martins, fundadora
da Abraço. Causa
nobre, luta difícil.
P. 4/5
[5ª dimensão]O MU apresenta a Wii,
a nova consola da Nin-
tendo, e o seu fabuloso
comando Nunchuk.P. 17
[ganha!!]Entradas para
a exposição do ano
e muito mais.
Atreve-te!
P. 10/12
[campus]O embaixador
português em Itália
fala dos meandros da
carreira diplomática.
P. 7
Eles chegaram!Eles chegaram!Exposição Star Wars em Lisboa, até 14 de Janeiro
[ radar ]2 | 6 NOVEMBRO 2006
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O namorado de Cameron Diaz, para
além de anfitrião, actuou, dançou e
arrecadou dois galardões nas catego-
rias de Best Male e Best Pop. O even-
to, que também teve como palco
secundário o centro de arte Bella Cen-
ter, ficou marcado pelas actuações ao
vivo de estrelas como a luso-canadia-
na Nelly Furtado, P. Diddy, Snoop
Dogg, Keane, The Killers, Muse e
Riahanna. Os vencedores da noite
acabaram por constituir uma interes-
sante mistura entre veteranos nestas
andanças como os Depeche Mode
(Best Group) ou os Red Hot Chili Pep-
pers (Best Album), e projectos de
novas gerações como os The Killers
(Best Rock), Kanye West (Best Hip-
-hop) ou Cristina Aguilera (Best Fema-
le).
Quanto à categoria de Best Portugue-
se Act, galardão que contou com as
nomeações de Boss AC, David Fonse-
ca, Expensive Soul e Mind da Gap e
Moonspell, o prémio foi arrebatado
pela banda de heavy-metal liderada
por Fernando Ribeiro. Apesar dos
Moonspell estarem presentemente em
digressão pelos EUA, a banda da
Brandoa não deixou de enviar uma
mensagem de agradecimento através
de um vídeo pré-gravado. Nas pala-
vras de Fernando Ribeiro, este «pré-
mio é de todas as pessoas que ouvem
e vivem o heavy metal em Portugal».
Refira-se que este ano a cerimónia foi
vista por uma audiência estimada em
1,3 mil milhões de espectadores em
cerca de 179 países.
Editorial
Curriculum
arquivado
«Colaboração», «Candidatura»,
«Envio de CV». Muitos são os
“subjects” que os remetentes de
correio electrónico elegem quan-
do nos enviam a sua candidatura
espontânea, com vista a integra-
rem a equipa Mundo Universitá-
rio.
Sou eu quem abre esses e-mails,
envio a resposta e, na maioria
dos casos, devo dizer, arquivo.
Pela simples razão de que, ape-
sar de o nosso jornal ser uma
espécie de polvo que estende os
tentáculos por variadíssimas uni-
versidades e institutos superiores
portugueses – chegamos a 310
mil mãos – não podemos ter uma
equipa infinita. Por mais que este
cálculo matemático seja uma
razão perfeitamente lógica, estou
certa de que receber um “não” é
sempre difícil. Mas dizer “não”
aqui deste lado também o é.
Setembro e Outubro são meses
de eleição para o envio de currí-
culos. As equipas regressam ao
activo e as candidaturas invadem
as caixas de correio – sim, é ine-
quívoco que muitos são os que
neste momento procuram a sua
oportunidade em jornalismo. A
seguir ao Natal, acredito que a
avalancha se volte a fazer sentir
e o nosso arquivo lá vai aumen-
tando (não me interpretem mal,
não quero de modo algum
desencorajar possíveis candida-
turas, estou só a contar-vos o
nosso lado da história).
E que belo arquivo de currículos
temos aqui. Muitos recém-licen-
ciados, seguramente acostuma-
dos a ter o Mundo Universitário
como companheiro na mesa do
bar, mas também gente com um
palmarés repleto de experiência.
Para toda a gente que anda à
procura de um projecto onde o
seu valor prof issonal possa
encaixar, aqui fica o nosso “boa
sorte!”. Mais dia menos dia, mais
resposta menos resposta, a opor-
tunidade aparece. Entretanto,
este projecto continua a estender
os seus tentáculos e a responder
a cada candidatura que chegue
com muito orgulho por saber que
gostariam de trabalhar connosco.
Raquel Louçã Silva
Chefe de Redacção
MTV Europe Music Awards 2006
Moonspell vencem «Best Portuguese Act»Realizou-se, no passado dia 2
de Novembro, mais uma edição
dos MTV Europe Music Awards.
Desta feita, a cerimónia
decorreu na praça
Radhuspladesen, na capital
dinamarquesa, Copenhaga,
tendo como apresentador o
norte-americano Justin
Timberlake, também ele um dos
grandes vencedores da noite.
| POR DIOGO TORGAL FERREIRA |
Até 31 de Dezembro,
decorre a votação onlinePrémio do Público no
Museu Virtual do Cartoon
– www.cartoonvirtualmu-
seum.org –, para a eleição
do melhor cartoon do VIII
PortoCartoon – World
Festival, independente-
mente da votação do júri,
já atribuída em Maio . A iniciativa,
inédita, permite que os cibernautas
escolham entre 29 trabalhos, vindos
de países tão diferentes como o
Azerbaijão, Bélgica, Brasil, Eslová-
quia, Sérvia e Montenegro, Turquia,
entre outros. Os portugue-
ses Santiago e Augusto
CID (colaborador do
semanário SOL) também
estão em votação. O tema
é comum a todos: «A
Desertificação e Degrada-
ção da Terra». O Porto-
Cartoon-World Festival é
um concurso internacional
de caricatura, organizado anual-
mente pelo Museu Nacional da
Imprensa, de Portugal, e considera-
do pela FECO (Federation of Car-
toonists’ Organisations) um dos três
mais importantes do mundo. RLS
Docente da FEUPrecebe Prémio ProfessorCarlos Lima 2006
José Domingos dos Santos, docente
da Faculdade de Engenharia da Univer-
sidade do Porto (FEUP) e investigador
do Instituto de Engenharia Biomédica
Universidade do Porto (INEB), recebeu
o Prémio Professor Carlos Lima 2006,
pelo artigo de investigação «Bone
Ingrowth in Macroporous Bonelike® for
Orthopedic Applications». O trabalho –
sobre um novo substituto ósseo sintéti-
co que tem a capacidade de mimetizar
a composição química do osso mineral
– foi atribuído pela Sociedade Portu-
guesa de Ortopedia e Traumatologia ao
melhor artigo de investigação na área da
Ortopedia e resulta de uma colaboração
na área da Medicina Regenerativa do
Tecido, que tem sido desenvolvido entre
docentes e investigadores da FEUP, do
INEB e do Serviço de Ortopedia do
Hospital de S. João. Como tal, para além
do docente da FEUP e de José Maria
Ferreira, professor da Universidade de
Aveiro, o trabalho premiado envolve a
equipa cirúrgica do Serviço de Ortope-
dia do Hospital Geral de S. João, a qual
inclui o doutor Manuel Gutierres e os
professores Tiago Cabral e Luís de
Almeida, co-autores do trabalho. RLS
VIII PortoCartoon-World Festival
Cibernautas elegem cartoon
Medicina Chinesa no públicoO Instituto de Ciências Biomédi-
cas Abel Salazar (ICBAS), da Uni-
versidade do Porto, iniciou na pas-
sada sexta-feira uma pós-gradua-
ção em Medicina Tradicional Chi-
nesa (MTC), a primeira a ser lec-
cionada numa escola superior
pública portuguesa. Com 27 alunos
inscritos, o curso conta com 900
horas, leccionadas ao longo de três
semestres. Apesar de a Ordem dos
Médicos não reconhecer as práti-
cas que vêm do Oriente, em decla-
rações à Lusa, o coordenador do
curso, Jorge Machado, garantiu:
«Temos o direito de ensinar o que
entendemos ser minimamente
razoável e estamos em presença
de práticas assentes em milénios
de experiência.» RLS
do Moda Lisboa… foram tempos muito
preenchidos. O Manuel Reis conseguiu
formar um grupo de trabalho muito inte-
ressante.
Tinha fama de porteira “durona”.
Ganhou inimizades?
Ganhei imensas! É uma coisa natural.
Ainda hoje há pessoas da minha gera-
ção que me acusam de eu não as ter
deixado entrar numa determinada
noite.
A sua geração vive os tempos do pós-
-25 de Abril de uma forma intensa. Foi
uma geração especialmente castigada
pelo HIV/Sida?
Eu não sei se foi a minha geração. Acho
que a geração seguinte foi muito mais
castigada do que a minha. Nos anos 80,
eu já tinha 30 e tal anos. Acho que quem
Quais são as suas origens?
Nasci em Lisboa em 1953, em Santa Bár-
bara, e vivi desde sempre em Entrecam-
pos. Depois de fazer a escola e o liceu tirei
um curso comercial e comecei a minha
vida profissional. O meu primeiro trabalho
remunerado foi como ajudante de uma
criança que estava internada num hospi-
tal com um pulmão artificial.
De onde vem esta sua veia tão virada
para a cidadania e para solidariedade?
Sempre fui educada a ser cidadã. O meu
pai era um homem atento ao País e a cida-
dania sempre foi muito importante lá em
casa. Apesar de eu nunca ter pertencido
a nenhum partido, sempre tive uma vivên-
cia muito própria daqueles tempos com as
manifestações, os protestos, o meu pai
esteve preso, etc.
Como é que aparece o Frágil e a noite
lisboeta na sua vida?
Na altura (por volta de 1978/79), ainda
antes do Frágil havia o Zodíaco, onde o
meu ex-marido estava envolvido. Decidi ir
para lá dar uma ajuda e durante uns tem-
pos a minha vida era ir de dia para um
emprego de secretária e, ao final da tarde,
mudava de roupa e ia para o bar ajudar
até à uma ou duas da manhã. A partir daí,
fui-me envolvendo cada vez mais, inclusi-
ve na mudança do bar para Frágil. Está-
vamos em 1984 e fiquei lá até 1991. Era
a Guida do Frágil. Para além do bar duran-
te três dias por semana, fazíamos os even-
tos, a Loja da Atalaia, as primeiras edições
era adolescente na época passou por
muitos mais problemas.
Houve algum momento particular na
sua vida que a tenha levado a esta dedi-
cação na luta contra o vírus?
Eu acordei para o problema da sida por
causa de um amigo. Em 91, decidi deixar
a noite porque estava cansadíssima e
resolvi sair para fazer outras coisas. O meu
primeiro projecto foi uma loja no Bairro Alto.
Na altura, fui ajudada por imensos amigos
na criação e inauguração do espaço e uma
dessas pessoas era um amigo meu mane-
quim que se chamava José Carlos. Na
festa de inauguração, veio toda a gente
mas, estranhamente, o José Carlos não
apareceu. Entretanto, fui para o Porto a um
jantar com amigos comuns e decidi ligar-
-lhe para saber dele. Foi aí que ele me disse
que estava doente, que se sentia mal, sozi-
nho e com fome. Como ele já estava muito
doente, fomos fazer análises ao Egas
Moniz e depois soubemos o que se pas-
sava. Fui eu que lhe dei a notícia e pro-
meti-lhe estar com ele até ao fim.
Foi assim que começou a Associação
Abraço?
Sim. Tudo começou ainda em 1991 quan-
do, com o José Carlos ainda vivo, fui ter
com o chefe de serviço no hospital, o fale-
cido dr. José Luís Champalimaud, e ele me
autorizou a começar a fazer mudanças na
unidade dos doentes infectados. Lembro-
me que começámos por levar camas arti-
culadas novas. Foi este o início da Abra-
ço. Hoje em dia, devemos muito ao dr.
[ vinte valores ]4 | 6 NOVEMBRO 2006
Protótipo da mulher moderna, Margarida Martins já fez um pouco
de tudo. Desde figura lendária da noite alfacinha a fundadora e
principal activista da mais influente associação portuguesa na
luta contra o flagelo do vírus HIV/Sida, nada parece demovê-la de
atingir os seus objectivos. Quando se aproxima o Dia Mundial da
Luta Contra a Sida, quem disse que as mulheres são o sexo
fraco, com certeza nunca conheceu a presidente da Abraço.
| POR DIOGO TORGAL FERREIRA | [email protected] | FOTOS MÓNICA MOITAS |
Margarida Martins
«Sempre fuieducada a ser
cidadã»
A Associação Abraço inaugurou, no passado dia 2 de
Novembro, no Quarteirão do Chiado (Rua Garrett, n.º 72),
uma exposição de fotografia de Frederico Mendes. Até ao
próximo dia 27 do corrente mês, é possível visitar a pri-
meira mostra de trabalho do reputado fotógrafo brasileiro
que levou a sua objectiva por todo o globo em nome das
mais prestigiadas publicações mundiais e que teve o pra-
zer de fotografar gente como Roberto Carlos, Gal Costa,
Frank Sinatra ou James Taylor, entre outros. De salientar,
e esta é a parte mais importante, que todas as receitas do
evento reverterão a favor da Abraço.
Aberta ao público de segunda a sábado, das 12h às 19h.
«Sempre fuieducada a ser
cidadã»
Margarida Martins
Abraçar a fotografia
Champalimaud. Era um homem muito
generoso e de uma grande abertura.
A 1 de Dezembro comemora-se mais
um Dia Mundial da Luta Contra a Sida.
Como está a situação da doença a nível
nacional?
A situação da sida em Portugal está ver-
dadeiramente catastrófica. Só para se per-
ceber, quando começámos a Abraço, Por-
tugal era o sexto país europeu em taxa de
incidência. Agora somos o penúltimo... só
a Ucrânia está pior do que nós.
Isso quer dizer que há muitas críticas a
fazer aos sucessivos governos portu-
gueses na luta contra este flagelo?
Sem dúvida. A grande crítica que faço é
a total ausência, desde sempre, na área
da prevenção. Na minha opinião, é essa
a aposta fundamental porque, primeiro, é
muito mais barato do que o tratamento
dos doentes e, segundo, a longo prazo,
os resultados serão muito mais positivos
e frutíferos. Na Abraço, temos um depar-
tamento de prevenção totalmente finan-
ciado por nós e com zero ajudas estatais.
Há muito a apontar aos governos portu-
gueses porque sempre se assistiu a um
certo autismo em relação ao fenómeno...
a sida nunca foi uma prioridade. Aliás,
alguma coisa está mal no reino da tran-
quilidade quando uma Organização Não
Governamental como a nossa e com a
nossa causa é a única associação portu-
guesa com um stand no Congresso Mun-
dial da Sida.
A Abraço tem tido dificuldades para
fazer o seu trabalho e cumprir objecti-
vos?
Há sempre muita luta, muita guerra contra
muitas resistências. Porquê? Porque não
entramos no jogo político. Somos a maior
associação nacional, mas tratam-nos
como se fôssemos a menor. Muitas vezes
somos boicotados. Há dinheiro para está-
dios de futebol, mas depois as crianças
andam nas ruas sujeitas à droga, prosti-
tuição ou crime. E as perguntas que ficam
são estas: No futuro, quanto custa ao Esta-
do um utilizador de drogas? E um doente
infectado pelo vírus da sida?
Os jovens portugueses, como grupo de
risco, têm-se portado melhor nesta
questão do HIV/Sida?
Não é bem uma questão de eles se por-
tarem bem ou mal. O problema é que não
basta fazer uma campanha especial-
mente direccionada para eles de vez em
quando. Tem de haver um trabalho mais
sustentado no terreno, mais consistente
e efectivo. Além disso, a juventude deve-
ria ter uma outra formação e mentalidade
em áreas como esta. O envolvimento das
camadas mais jovens neste problema é
muito menor do que no resto da Europa.
Falta solidariedade, cidadania, volunta-
rismo.
A Abraço tem iniciativas especifica-
mente direccionadas aos estudantes
universitários?
Actualmente, como a situação está muito
difícil, só vamos aonde nos convidam.
Li algures uma declaração sua em que
dizia que a sida está fora de moda. É um
tema em que é fundamental um certo
mediatismo?
É importante, pela simples razão que
chama a atenção das pessoas para o pro-
blema. Uma questão como a sida tem de
estar na ordem do dia e isso deixou de
acontecer. Lá porque existem medica-
mentos não quer dizer que se deixe de falar
da doença e pensar que ela não existe. Ela
existe, mata, discrimina e exclui. O cancro
não discrimina. A sida sim. O mediatismo
ajuda muito no confronto a estas situações.
Não é desgastante a nível pessoal tra-
balhar e lidar diariamente com uma rea-
lidade tão dura como a do vírus
HIV/Sida?
Pode ser muito desgastante. Há alturas
que me dá vontade de desaparecer e só
não o faço porque temos muitas pessoas
infectados. Mas quando vemos crianças
que estariam na rua e agora estão na facul-
dade, já ganhámos a aposta. Quando per-
cebemos que existem famílias que há qua-
tro gerações estão dependentes da acção
social e nós conseguimos parar com isso,
vale a pena.
[ vinte valores ]| 56 NOVEMBRO DE 2006
As escolhasda GUIDA
O envolvimento dos nossosjovens neste problema é muitomenor do que no resto daEuropa. Falta solidariedade,cidadania, voluntarismo
«
«
Um livro?«Sol», de Monserrat Roig.
Um hobby?Fotografia.
Uma cidade? Lisboa.
Um disco? The Koln Concert, do Keith Jarrett.
Um filme? Lisbon Story, de Wim Wenders.
Um restaurante? Pelo menos dois, o Bica do Sapatoe a Travessa (ambos em Lisboa).
Uma personalidade internacional? Bill Clinton.
Uma personalidade nacional? Tenho que dizer três... Mário Soa-res, Jorge Sampaio e o Dr. José LuísChampalimaud.
6 6 NOVEMBRO 2006
[email protected] ou contra-ataca! Envia a tua opinião sobre o que te apetecer. Nós publicamos!
Não te esqueças de enviar:
> artigo até 1500 caracteres
> fotografia tipo-passe
> nome da faculdade onde estudas
[ poder à palavra ]
Aprender é paradoxalmente uma
forma inteligente de permanecermos
cegos. Porém, somos demasiado lúci-
dos e civilizados para termos consciên-
cia disso. Não é em vão que permane-
cemos agrilhoados à nossa própria
liberdade de pensar porque pensar
livremente significa negar que a minha
(tua) liberdade termina onde começa a
liberdade dos outros.
A nossa liberdade deve começar exac-
tamente onde e quando começa a liber-
dade dos outros! Não pode haver um
muro entre a de uns e a de outros. A
liberdade é a ausência de muros e o
começo da responsabilidade. Apenas
perante a liberdade dos outros pode-
mos ser livres, livres de ajuizar e avaliar
a razão que leva alguém a transgredir a
sua própria autonomia, livres de romper
com o saber preestabelecido que nos
condiciona, que sofisticadamente nos
oprime, que consentidamente nos
castra a espontaneidade, obrigando-
-nos a obedecer inadvertidamente as
certezas dos outros e, consequente-
mente, também aos seus lapsos.
É mais cómodo pensar o que os outros
já pensaram. Pois, em caso de erro, o
erro não é nosso, porque apenas nos
limitamos a fazer uma fotocópia da
cópia das cópias. O que quero dizer-vos
com isto é que existe em nós, incons-
cientemente, uma liberdade simulada
para justificar o equilíbrio e a harmonia
entre o caos interior da maioria e a
cegueira perspicaz de alguns, uma tal
ignorância insustentável mas indispen-
sável para a sustentabilidade desse
“equilíbrio”. Existe em nós uma incapa-
cidade capaz de revelar as nossas fra-
gilidades para melhor corrigirmos o
nosso passado, o passado que nunca
passou e permanece presente na nossa
insatisfação. Por isso é que ainda
vamos a tempo de o rectificar. Sejamos
singulares, ainda que mergulhados na
pluralidade de tantos manuais que nos
ensinaram a manifestar exteriormente o
que não somos e nunca fomos interior-
mente. Sê tu próprio, não através do que
os outros são, foram ou pensaram!
Exclui a exclusão da tua inocência e sê
tu próprio o mentor da tua ignorância!
VIDA MALVADADIÁRIO DE UM ESTUDANTE
VOX POP
E, de repente, em pleno ano da gra-
ça de 2006, parece que os líderes
mundiais se lembraram de um tal de
aquecimento global e das respecti-
vas consequências: lesões ambien-
tais sem retorno, aumento das tem-
peraturas, caos económico, crises
sociais sem precedentes... um verda-
deiro Armagedão é, ao que parece, o
que nos espera.
Após o filme/documentário/spot de
campanha eleitoral da responsabili-
dade daquele que se auto-intitula o
ex-próximo vice-presidente dos EUA,
vulgo Al Gore, dá a impressão que é
o grande tema da vez. Depois das
aves que carregam carraspanas
assassinas e dos impulsos nucleares
do “Querido Líder” lá para os lados
da Coreia do Norte (ora aí está um
gajo com mau feitio), parece que o
aquecimento global é que está na
ordem do dia e da humanidade. A
mensagem do problema basicamen-
te é esta: o planeta é como uma
panela com água a ferver e cada um
de nós idiotas que se lembrou de
nascer não passa de um ovo a ponto
de escalfar.
Tudo isto só me faz pensar que os
líderes mundiais dos últimos 60/70,
nesta área, têm demonstrado tanta
categoria como os famosos autarcas
que a revolução de Abril ironicamen-
te ofereceu a este País. Tanto uns
como outros não passaram de pre-
sentes envenenados. Gente com a
sensibilidade de um elefante dentro
de uma loja da Vista Alegre que, por
todos os motivos menos os correc-
tos, deram cabo de tudo em que
mexiam. Tanto uns como outros dis-
puseram de uma coisa que é perten-
ça da respectiva comunidade (uns a
nível local, outros à escala global),
para satisfazer interesses duvidosos
de tal forma grosseira, irresponsável
e inconsequente que agora... é cho-
rar! É chorar pelo que vem aí e é
chorar pelas gerações futuras. Con-
forto? Quase nenhum, sem ser o fac-
to de saber que essa gente também
tem filhos, netos e bisnetos. Neste
caso, não toca só aos outros.
Gustavo Serra
http://vidamalvadadiariodeumestu-
dante.blogspot.com
PEDRO SOARES (Agostinho da Silva)4.º ano de Biologia AplicadaUniversidade do Minho
Ainda não li nada sobre isso, pelo que
me vou limitar a reflectir em termos
gerais. É sempre bom que os alunos te-
nham mais informação, mas julgo que
não se pode avaliar a qualidade dos cur-
sos pelas colocações no mercado de tra-
balho. E acho que as pessoas devem
continuar a seguir o que gostam, nin-
guém fecha a porta a quem é realmente
bom.
ANA LEAL (Marilyn Monroe)3.º ano de Medicina Faculdade de Ciências MédicasUniversidade Nova de Lisboa
Independentemente das saídas
profissionais, deve-se seguir a
nossa vocação. Acredito que quem
é bom na sua área encontra sem-
pre uma saída. E hoje o problema
é geral: o mercado está saturado
para a maioria dos cursos. É preci-
so estar atento para não desperdi-
çar oportunidades.
VERA SILVA (Eva Perón - Evita)4.º ano de PsicologiaUniversidade Lusíada do Porto
Acho muito bem. Hoje, quando se
ingressa no ensino superior, é
importante conhecer as saídas
profissionais. Aliás, cada vez se
pensa mais nisso ao fazer a esco-
lha do curso. Eu, por exemplo,
estou naquilo que queria, mas te-
nho noção de que o mercado de
trabalho não está nada fácil.
O PSD apresentou um projecto de lei em que defende a divulgação dos cursos com mais e menos saídas profissionais, respectivamente. O que pensas disso?
Eduardo Pacheco 1.º ano de Direito da Universidade de [email protected]
PARADOXOS
[ campus ]| 76 NOVEMBRO 2006
O que é que o fascinou na profis-
são, em primeiro lugar?
A possibilidade de lidar com uma área
que desde muito novo me interessou,
a da política internacional; depois, a
possibilidade de viver no estrangeiro,
o que naquela época não era pouco,
sendo a sociedade portuguesa de
então – anos 60 – fechada e sufo-
cante.
Qualquer estudante pode aspirar a
este tipo de profissão?
O concurso para ingresso na carreira
diplomática está hoje aberto a licen-
ciados com um curso superior, ao con-
trário do que sucedeu durante muitos
anos, quando estava limitado a quem
tivesse os cursos de Direito, Letras,
Economia ou Política.
Em traços gerais, quais são as com-
petências de um embaixador?
Em duas palavras, o embaixador é
quem representa o Estado no país em
que está acreditado, competindo-lhe
defender ali os interesses nacionais.
Que tipo de perfil intelectual e emo-
cional lhe é exigido no dia-a-dia das
tarefas diplomáticas?
Ao contrário do que muita gente ainda
erradamente pensa, a vida diplomá-
tica não é wine and roses, nem está
limitada à chamada “diplomacia do
croquete”. Para se ser bom diploma-
ta é preciso ter uma boa preparação
de base em política, relações inter-
nacionais e economia, ser-se ponde-
rado e equilibrado em todas as cir-
cunstâncias, sobretudo nos momen-
tos de maior tensão. E, claro, ter sen-
tido de humor para fazer frente ao dia-
-a-dia.
Como descreve um dia comum na
sua rotina diária?
Os dias nunca são felizmente iguais,
mas uma rotina pode ser mais ou
menos assim: ouço logo de manhã as
notícias na rádio, leio os principais
jornais de opinião italianos, visito os
sites na internet da imprensa portu-
guesa e alguma internacional; depois
de uma rápida reunião com os meus
colaboradores para fazermos o ponto
da situação e organizarmos o nosso
trabalho, leio as comunicações che-
gadas entretanto do Ministério dos
Negócios Estrangeiros (MNE), de
Lisboa e, quando é caso disso, vou
ao MNE italiano para falar sobre
algum assunto; para o almoço, con-
vido por vezes um político, um jorna-
lista ou um diplomata italiano; à tarde,
continuo o meu trabalho e, quando é
caso disso, acabo o dia indo a uma
recepção oficial ou um jantar na
Embaixada.
É fácil cumprir todos os rituais de
etiqueta e protocolo inerentes ao
trabalho numa Embaixada?
Facílimo, é um mundo perfeitamente
normal, basta boa educação, saber-
mos o que estamos a fazer e sermos
iguais a nós próprios.
É comum receberem personalida-
des políticas e vedetas nacionais na
Embaixada?
É frequente e sempre uma agradável
oportunidade para nos mantermos a
par do que se passa em Portugal.
A faceta “nómada” da profissão
prejudica, de alguma forma, a vida
em família?
Pode prejudicar. Antigamente, por
exemplo, era comum que a mulher
acompanhasse o marido quando ele
ia para o estrangeiro; hoje, se a mulher
tem uma carreira profissional própria,
isso poderá não acontecer. Essa face-
ta nómada, como bem lhe chama, é
penosa para nós, pois, ao sairmos
dum país, se fizemos bem o nosso tra-
balho, deixamos ali amigos e recor-
dações. Há também o problema da
educação dos filhos: nem sempre se
é colocado num posto em que haja
condições para lhes dar uma boa edu-
cação. São obrigados a mudar regu-
larmente de escola e de amigos e têm,
por vezes, tendência a perder as suas
raízes em Portugal.
Por detrás de um grande embaixa-
dor há sempre uma grande embai-
xatriz?
Sem qualquer dúvida. Com alguma
malícia, há mesmo algumas que não
resistem a citar a frase da mulher dum
político, salvo erro canadiano, quando
confrontada com uma pergunta como
esta, respondeu que «behind a suc-
cessful husband, there is always a sur-
prised wife». Mas, falando a sério,
para o sucesso da missão dum embai-
xador contribui muito, e digo-o por
experiência própria, o trabalho da
mulher, muitas vezes discreto, por
detrás da cena, outras mais evidente,
nos contactos que tem no dia-a-dia.
É um orgulho representar Portugal
no estrangeiro?
É um orgulho, um privilégio e também
uma grande responsabilidade, repre-
sentar o nosso país no estrangeiro e
procurar que ele seja bem compreen-
dido e bem aceite.
Embaixador português em Itália
A volta ao mundo em 80 dias – ou durante toda uma vida, para sermos
realistas – parece bem mais exequível na pele de um diplomata.
Com 38 anos de carreira e uma licenciatura em Direito, Vasco Valente
orgulha-se de já ter prestado serviço nos quatro cantos do mundo,
desde Londres, Lusaka, Luanda e Vaticano. Já como embaixador,
talhou a sua carreira diplomática em Estocolmo e Pretória, foi
representante permanente de Portugal junto da União Europeia e,
finalmente, ganhou pousio como representante do Estado em Roma.
O MU foi conhecer o trabalho diário de quem faz bem mais do que
praticar «a diplomacia do croquete».
| POR MARIANA SERUYA CABRAL | [email protected] |
»
Muito mais do que wine and roses
Para se ser bom diplomata
é preciso ter umaboa preparação de base em políticae economia e ser-se ponderado e equilibrado
«
[ boa vida]8 | 6 NOVEMBRO 2006
ERASMOMANIA«Um Erasmusnão se podeprever, tudo éuma incógnita!»
Chile
Santiago, a capital, não é apenas o
mais importante centro urbano e a
principal entrada do país. É praia –
pela sua proximidade com as areias
do Pacífico –; é neve – porque os
Andes se escondem, imponentes,
nas suas costas – e é ponto de parti-
da para toda esta aventura, que é des-
bravar as terras chilenas.
| Entre o deserto e as praias |A norte, embora árida, áspera e inós-
pita, a paisagem do deserto de Ata-
cama fica, insistente, nas memórias
fotográficas de quem a admirou. É
impossível não ligar a este autêntico
tesouro arqueológico. Contudo, não
podemos parar. À nossa espera,
encontram-se as praias da Baía Ingle-
sa ou de Arica e todo o resto do país.
Mais ao centro encontramos Val-
paraíso, com o seu importante
porto. Nas suas ruas e encostas
amontoam-se casas e ruas estrei-
tas, autênticos desafios para o turis-
ta mais curioso. Já como famosa
estância balnear, surge-nos Vinhas
Del Mar, com animação nocturna e
actividades diárias non stop, final-
mente – também nesta área – apa-
recem-nos, para os amantes do
esqui ou snowboard, as estâncias de
La Parva, Chillan ou Portillo.
| Da Região dos Lagos à Patagónia |A setecentos quilómetros a sul de
Santiago, encontramos um dos locais
mais apaixonantes do Chile: a região
dos lagos. Redentora e marcante,
esta região é pintada por autênticos
espelhos de água, que reflectem
enormes vulcões e elogiam a justa-
posição entre a natureza e a história,
que de resto é riquíssima. A não per-
der ficam os lagos de Llanquihue, Lleu
Leu ou Todos los Santos.
Se o nosso sonho é viajar, então há
lugares que gritam por viajantes. Uns
através de um turismo fácil e rodea-
do de massas, outros porque sim-
plesmente merecem ficar assim, dis-
cretos mas acessíveis. Falamos da
Patagónia e dos seus enormes gla-
ciares. O facto de ser um dos locais
menos povoados do planeta conser-
va estas terras no seu estado mais
puro. Quem as visita não esquece.
| Missão na ilha de Páscoa |Não deixes ainda de visitar a cidade
de maior importância desta área:
Punta Arenas. Daqui poderás embar-
car em cruzeiros que te levam à Terra
do Fogo e à Antárctida. Se, no entan-
to, tudo isto não chegar, dá um pulo à
ilha de Páscoa e tenta desvendar o
mito que envolve as suas enormes e
famosas esculturas. Boa aventura,
não?
É claro que tudo isto pode ser um
objectivo inalcançável. Ou pela dis-
tância, ou pela disponibilidade, ou
pelo dinheiro. A verdade é que o que
nos move são os impossíveis. Porque
não sonharmos com isso?
Existem pelo mundo lugares diferentes e inaces-
síveis. Destinos perdidos no tempo e que mere-
cem ser explorados e redescobertos. O Chile –
imenso nos seus quatro mil e trezentos quilóme-
tros de comprimento – é disso bom exemplo. Falar deste país sul-americano é falar de
diversidade, paisagens indescritíveis, tesouros históricos ou segredos escondidos. De
Santiago à Patagónia, de Valparaíso à Ilha de Páscoa, não há como esquecer esta viagem.
| [email protected]* |
*Com o apoio de www.polis.pt
Terra de contrastes majestososNome: Telma Nunes Pinto
Idade: 22 anos
Instituição de ensino em Portugal: ISEG (Instituto
Superior de Economia e Gestão)
Instituição de acolhimento: UAB (Universidade
Autónoma de Barcelona)
Licenciatura: Gestão – 4.º ano
Duração do programa: 1.º semestre (2006/07)
O que é que te levou a concorrer ao Sócrates/
Erasmus? Que expectativas levas?
Foi todo o leque de experiências que se tem
quando se sai do nosso país, por conhecer uma
nova cultura, aprender uma nova língua, criar
ligações com pessoas de diferentes nacionali-
dades e aprender a viver sozinha noutro país.
Expectativas? Tentei não criar muitas, porque
sabia que um Erasmus não se pode prever, tudo
é uma incógnita!
Porquê Barcelona?
Por ser uma cidade muito dinâmica e porque
desejava aprofundar os meus conhecimentos da
língua catalã. Além disso, foi-me recomendado
por amigos que já fizeram Erasmus aqui.
Foi difícil deixar Portugal e a vida de sempre?
Sinceramente, não tanto como pensava, porque
tinha imensa vontade de viver fora do país. Quan-
do me inscrevi pensei que ía ser difícil “abando-
nar” todo o quotidiano, família, amigos e namo-
rado, mas quando chega a altura de ir embora já
não se pensa nisso, simplesmente vais.
Notas diferenças nas aulas? São dois siste-
mas de ensino diferentes?
O sistema de ensino é semelhante, tanto a nível
de professores como das matérias. Relativa-
mente às instalações, são também semelhantes
com o acréscimo de que aqui existem comple-
xos desportivos, de idiomas e culturais muito
completos e acessíveis a todos.
Quais as situações mais engraçada e assus-
tadora, respectivamente, que já viveste?
Uma situação engraçada foi o facto de ter esta-
do na minha faculdade uma manhã inteira a dor-
mir na relva, com uma amiga enquanto espera-
va por uma reunião de Erasmus. Quando che-
gámos ao anfiteatro, vimos que estava vazio,
após confirmar, chegamos à conclusão de que
a dita reunião já tinha sido em Maio. Isto tem uma
razão muito simples: estava escrito em catalão!
Relativamente à situação mais assustadora, foi
estar a morar num albergue durante três sema-
nas e estar de dia para dia a desesperar porque
não conseguia encontrar algo acessível para um
estudante, uma vez que os preços dos aparta-
mentos estão bastante inflacionados. Por outro
lado, conheci imensas pessoas no albergue e
confesso que já sinto saudades.
Quais são as tuas ambições profissionais?
Trabalhar na área de gestão financeira e quiçá
“fuera” de Portugal!
RLS
[ lifestyle ]| 96 NOVEMBRO 2006
UMA FILOSOFIAde vida
Universidade de Yôga
Manual de instruções
O que é o yôga?
O yôga pode ser definido do seguinte
modo: é qualquer metodologia estrita-
mente prática que conduza ao samádhique, basicamente, é um estado de cons-
ciência expandida que proporciona auto-
conhecimento.
É uma terapia, uma ginástica ou uma
filosofia?
O Yôga é uma filosofia de vida. Não é
ginástica, pois não se dedica a actividades
físicas nem desportivas. Em todos os tex-
tos da Índia antiga, o Yôga é classificado
como filosofia, como um dárshana (ponto
de vista) do hinduísmo.
Qual é a filosofia do yôga?
É uma filosofia prática que visa ao auto-
Como forma de atingir o
autoconhecimento e o bem-
-estar pessoal o yôga é cada
vez mais aceite e procurado
nas sociedades modernas.
Para saber um pouco mais do
que realmente se trata, fomos
falar com o Mestre DeRose,
instrutor e o responsável
máximo da Universidade de
Yôga em Portugal
| POR DIOGO TORGAL FERREIRA |
Quem trouxe o yôga para o Ocidente?
O yôga foi trazido para o Ocidente no final
do século XIX, pelo Swámi Vivêkánanda.
Mas, na verdade, já havia chegado antes
sob a forma de literatura.
Existe diferença entre o yôga e a ioga?
Qual?
Sim. São diferentes, por exemplo, nos fun-
damentos (yôga é filosofia e a ioga/yóga
é terapia) ou nas propostas (o yôga visa a
energizar e a ioga/yóga visa a relaxar).
O yôga não é apenas meditação?
Não. Yôga é um vasto universo de técni-
cas e conceitos que visam a evolução inte-
rior e o autoconhecimento. Compreende
práticas bioenergéticas, corporais, emo-
cionais, mentais, etc, através de procedi-
mentos orgânicos, respiratórios, descon-
tracção, limpeza de órgãos internos, voca-
lizações, concentração, meditação e men-
talização (ver caixa).
A procura e interesse pelo yôga está
em crescimento?
Está a crescer por todo o mundo. Nos
centros mais desenvolvidos, o yôga tem
sido muito mais procurado e a previsão
é de que continue a crescer nos próxi-
mos anos, pois não se trata de modis-
mo, mas de uma tendência consistente
que traduz aprimoramento cultural das
pessoas.
São diversas as técnicas utilizadas no yôga. Aqui ficam algumas delas:
Mudrá Gesto reflexológico feito com as mãos;
Pújá Retribuição ética de energia; sintonização com o arquétipo;
Mantra Vocalização de sons e ultra-sons;
Pránáyáma Expansão da bioenergia através de exercícios respiratórios;
Kriyá A actividade de purificação das mucosas;
Ásana Técnica orgânica (não é actividade física nem desportiva e não
tem nada a ver com ed. física);
Yôganidrá Técnica de descontracção;
Samyama Concentração, meditação e samádhi.
conhecimento. Academicamente, aqui no
Ocidente, essa definição já começa a cau-
sar polêmica ao colocar a premissa “filo-
sofia prática”, coisa que não compreen-
demos que possa existir. Como a nossa
herança cultural é helénica, só entende-
mos filosofia como algo teórico, como o
era na Grécia Antiga. No entanto, o yôga
não tem teoria. É estritamente prático. Ao
posicionar-se como filosofia, o yôga
demonstra que não tem nenhum paren-
tesco com ginástica. As origens são dife-
rentes, os cânones são discrepantes, as
técnicas são divergentes em muitos
aspectos e as metas não têm qualquer
semelhança entre si.
Quais a origens do yôga?
Há mais de 5000 anos, no Noroeste da
Índia, no Vale do Indo, um famoso bailari-
no improvisou alguns movimentos instin-
tivos extremamente sofisticados e virtuo-
sos. A arrebatadora beleza da técnica
usada emocionou todos quantos assis-
tiam e as pessoas pediram que o bailari-
no lhes ensinasse a sua arte. Ele assim o
fez e durante anos o bailarino conseguiu
transmitir boa parte do seu conhecimento
que, no início, não tinha nome. Após a sua
morte, os seus discípulos mais leais pre-
servaram a sua arte e assumiram a mis-
são de retransmiti-la. Em determinado
momento da História, essa arte ganhou o
nome de integridade, integração, união:
em sânscrito, yôga. O seu fundador aca-
bou por entrar na mitologia com o nome
de Shiva e com o título de Natarája, Rei
dos Bailarinos.
[ zoom ]10 | 6 NOVEMBRO 2006
À entrada no Museu da Electricidade, em Lisboa, Darth Vader e
alguns soldados aguardam os primeiros visitantes. Fomos invadi-
dos? Sim. Até ao dia 14 de Janeiro só os fãs da Guerra das Estre-las têm permissão de entrada. Mesmo ao lado do Tejo, figurantes,
documentários, 231 objectos (entre desenhos, modelos, naves,
cenários e trajes originais) e os inconfundíveis efeitos sonoros da
saga galáctica recriam todo o universo Star Wars. Visita mais do
que aconselhável.
| POR LINA MANSO | [email protected] | FOTOS MÓNICA MOITAS |
O fato da Princesa Leia, escrava de
Jabba; R2 – D2; um andróide de com-
bate; a Naboo N-1 Starfighter (com 10
metros de comprimento); o Podracer de
Anakin; Luke na Speeder Bike ou a
máquina de projecção holográfica de
Yoda. Esta é apenas uma amostra do
que se pode encontrar no Museu da
Electricidade – antiga Central Tejo – rea-
berto em Maio após cinco longos anos
de reforma do edifício e equipamentos.
A exposição, inaugurada na passada
terça-feira à noite com o selo da Lucas-
film, foi avaliada em 7,8 milhões de euros
– justificação para o sistema de vídeo-
vigilância e os seis seguranças perma-
nentes – e trazida a Portugal pelas
empresas UAU e Art Station que a
«namoraram» durante mais de um ano.
Foi exactamente nestes termos que
Paulo Dias, da primeira, e João Parrei-
ra, da segunda, definiram o seu interes-
se no evento que já passou, entre outros
países, pela Coreia, EUA ou França.
Ambos confessaram ter acompanhado
mais assiduamente a trilogia original e
voltado a apaixonar pela saga cinema-
tográfica quando se aperceberam de
toda a produção de bastidores. «Mesmo
que não se seja um verdadeiro fã, é
impossível não ficar rendido aos por-
menores invisíveis», defende Paulo
Dias. E exemplifica: «alguma vez se
imaginou que cada um dos dez mil
espectadores da arena de Podrace fos-
sem afinal, cotonetes?» Exactamente
por esse «universo atrás dos filmes»,
fica o convite para virem conhecer o
«lado secreto da Força», acrescenta
João Parreira.
| Repto aos universitários |A escolha do Museu da Electricidade
como local de eleição acabou por ser
natural. «O enquadrar foi a solução»,
afirma o director-geral da UAU. Laela
French, curadora das exposições
da Lucasfilm há cinco anos (tam-
bém presente na cerimónia
inaugural), corrobora-o: «o
que aconteceu aqui foi uma
conversa entre um edifício
histórico e o Star Wars».
Admitindo nunca ter tra-
balhado na adaptação
do espólio de um museu já existente à
colecção que representa, deixa claro
que não se arrepende. «Encaixam per-
feitamente!», exclama. E deixa um repto
aos estudantes universitários. «Esta é
uma boa oportunidade de verem as dife-
rentes hipóteses de trabalho na área. É
uma exposição para os que querem
seguir o mundo da moda, design em
computador ou até construir coisas!»
Aqui, todos podem encontrar algo com
que se identifiquem.
| Merchandising associado |Por detrás do épico da fic-
ção científica a que Geor-
ge Lucas designou por
“ópera galáctica” há
todo um mundo de
me r chand i s i n gassociado. Através
da blogosfera, o
MU descobriu
duas lojas em
A Força aterrou noMuseu da Electricidade
Exposição Star Wars
Patrícia Pinheiro, da Good N’ Evil
(em cima) e Nuno Rodrigues, da
BD Mania (em baixo)
Ganh
a!! O MU oferece CINCO BILHETES DUPLOS para a
exposição Star Wars. Basta responderes acertada-
mente à pergunta:
Qual a loja que tem quase todos os seus artigos da
saga no Museu da Electricidade?
Responde, até às 15 horas de sexta-feira, dia 10,
para [email protected], com
indicação do teu nome e BI. Os vencedores serão
notificados por e-mail e a listagem publicada em
mundouniversitario.blogspot.pt.
rial da saga «desde o primeiro dia»,
adianta Nuno Rodrigues, vendedor
daquela loja há uma década. Discrimi-
na, com orgulho, o “seu” espólio: comicbooks mensais, paper bags (compila-
ções dessas histórias), livros sobre todo
o universo (roupas, planetas, naves,
etc.), t-shirts, porta-chaves, canecas,
action figures ou estátuas. «Basta o
cliente pedir: se não tivermos arranja-
mos», adianta. E quem são os interes-
sados? «Por muito estranho que pare-
ça, não são jovens de 16 anos, mas pes-
soas a partir dos 28/ 30 anos, com poder
de compra». Porque ser coleccionador
implica ter dinheiro para investir. À
semelhança da Good N’Evil têm «peças
que superam os 400 euros». Há mesmo
figuras de 1977 (data de início da saga),
avaliadas em dezenas de milhares de
euros. «Portanto, fora do alcance do
comum dos mortais», brinca.
Para estes, há sempre a hipótese de visi-
tar a exposição e embarcar no sonho.
Nuno quer ir, mas aguarda as críticas de
quem percebe do assunto. «Para con-
firmar se vale a pena pagar o valor cobra-
do à entrada», explica. «Têm-nos dito
que é elevado»[o MU apurou, na pas-
sada sexta-feira, junto do Museu da
Electricidade que são 10 euros, a partir
dos sete anos]. Então e o que pensas
da forma como o evento tem sido divul-
gado na capital?, per-
guntamos, a rematar
a conversa. «Há in-
formação mais do
que suficiente.
Acho que, mes-
mo não estando
interessado, me
batiam à
porta!»
Lisboa onde os fanáticos podem encon-
trar a resposta às suas preces.
A Good N’ Evil, com mais de dois anos,
é um desses espaços. Na loja, exígua e
caricata – ou não estivesse ela em pleno
coração do Bairro Alto – apenas alguns
últimos resquícios do imaginário Star
Wars. «Quase tudo o que temos está no
Museu da Electricidade», explica Patrí-
cia Pinheiro, gerente daquela casa e
mulher de Nuno Laginha, um dos dois
proprietários. A maioria dos headknoc-kers (figuras em tamanho pequeno que
abanam a cabeça), réplicas de naves,
sabres de luz, estátuas ou bustos em
edição limitada vão estar em exibição e
para venda na antiga Central Tejo, lado
a lado com os artigos originais da Lucas-
film. Patrícia adianta que «entre 30 a 40
por cento» dos clientes que visitam a loja
procuram merchandising específico da
Guerra das Estrelas. «E ninguém com-
pra por impulso.» Afinal, são peças de
coleccionador, inacessíveis a algumas
bolsas. «Temos aqui artigos que che-
gam aos 400 euros», confirma.
Entretanto, na loja, ao fundo, um quadro
gigantesco com algumas das figuras
mais enigmáticas das Star Wars,
sobressai. Mas esse não está à venda.
«É do Leandro, um colaborador nosso.»
Daqui a algum tempo, partilhará o espa-
ço com uma pintura, ainda ausente, do
Senhor dos Anéis. «O meu marido é
fanático pela trilogia», justifica. E gos-
tando-se ou não de ambos, é uma
decoração que «todos reconhe-
cem».
| Nós arranjamos |Na BD Mania, um pouco abai-
xo da Good N’ Evil, o mer-chandising Star Wars dilui-
-se entre milhares de
artigos. Não há um
cantinho vazio.
Aberta há
doze anos,
tem mate-
| 116 NOVEMBRO 2006
[ zoom ]
Ivan Franco, 30 anos (directorde investigação da Ydreams)
A Guerra das Estrelas faz parte do
imaginário da minha geração. Era o
que nos fazia sonhar! Julgo que esta
O que é que estás aqui a fazer?
saga, ao ir buscar referências ao
classicismo se torna intemporal. É
claro que os miúdos de hoje em dia
podem já não se identificar tanto.
Quanto a mim, ainda marca: afinal
trabalho numa empresa de hightech.Confesso porém que não é o
meu género de filme preferido. Mas
penso que a ficção científica ainda
tem o seu espaço. Talvez antes
tivesse outro simbolismo, porque
eram tempos de especulação sobre
as possibi l idades da tecnologia.
Sofria-se a última vaga da revolução
industrial em que este tipo de pro-
gresso ainda representava uma sal-
vação. Agora é encarado com mais
cepticismo, as pessoas já o põem
em causa.
Miguel Nunes, 28 anos (designer gráfico)
O meu irmão sabe que eu sou um
grande fã da saga, ofereceu-me um
bilhete e cá estou eu! Já na nova trilo-
gia fazia tudo para marcar presença
nas estreias. Mas devo dizer que os
últimos episódios, apesar de ganha-
rem muito a nível de efeitos especiais,
perderam em alma. De qualquer for-
ma, continuo a gostar muito da Guer-ra das Estrelas: mexe com as nossas
raízes infantis e remete-nos para um
mundo imaginário! Adoro estes
ambientes fantásticos e a ideia de
poder “sair” um pouco deste planeta
(exactamente por isso também sou
um apaixonado por banda desenha-
da). Quanto à escolha do Museu da
Electricidade para fazer a exposição,
acho que foi perfeita! Este ambiente
industrial/tecnológico, até soturno,
tem muito a ver com as películas e
sobretudo a trilogia original.
Não perdi a abertura da exposição
porque o meu marido é daquelas
pessoas que não deixa escapar uma
estreia, sabe as deixas e os nomes
de todas as personagens. Também
sou apreciadora da saga, este uni-
verso é fantástico. Um dos artigos
que mais me impressionaram foi a
maqueta da arena de Podrace: os
milhares de espectadores que vemos
na tela foram feitos com cotonetes!
Quanto aos últimos episódios da
saga, acho que estão demasiado
artificiais. Perdeu-se um pouco com
a substituição dos planos de filma-
gem por imagens computorizadas.
Ana Milheirão, 33 anos (designer)
[ acontece ]12 | 6 NOVEMBRO 2006
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AMIGOS DE CABECEIRAAcreditas na sorte?
Quem se lembra do filme Intacto, do
espanhol Juan Carlos Fresnadillo, a
longa-metragem vencedora do Fan-
tasporto 2003 (galardão máximo da
secção de cinema fantástico e melhor
argumento)? Se ainda se recordam é
porque marcou. Este livro é para
vocês e todos os que se sentem atraí-
dos pelos insondáveis caminhos da
“sorte”.
Se não fosse ela, «estaríamos mer-
gulhados numa longa e enfadonha
caminhada de eterna previsibilida-
de». Quem o defende é Joaquim Mar-
ques de Sá (licenciado e doutorado
em Engenharia Electrotécnica pela
Universidade do Porto), autor de OAcaso – A Vida do Jogo e o Jogo daVida, no prefácio da sua obra.
Nesta «visita guiada e quase crono-
lógica» a momentos fundamentais
para a compreensão deste fenóme-
no, o escritor interroga-se, por exem-
plo, se será uma premonição para-
normal sonhar com alguém cuja
morte é noticia-
da na manhã
seguinte, qual
a probabilida-
de de ganhar
certos jogos ou
como interpre-
tar resultados
de sondagens.
A SABER:Título: O Acaso – A Vida do Jogo
e o Jogo da VidaAutor: Joaquim Marques de Sá
Editora: Gradiva
Preço: 14 euros
Não é um pouco derrotista?
Sim, mas o autor traz situações humo-
rísticas para amenizar esse clima
pesado. E a minha encenação sublinha
esse lado cómico. Bem como a ideia
de que aquelas personagens podiam
ser qualquer um de nós. A confronta-
ção do público com a não acção dos
actores pode ajudar aqueles que sen-
tem a mesma desilusão e uma certa
apatia a verem-se de fora e até a
melhorar.
Porquê este título, O Homem semAdjectivos?
O autor fez uma adaptação do nome de
outra obra, O Homem sem Atributos (de
Musil).
Dado o enredo da história, podia
reescrever-se O Homem sem Objec-tivos?
Vai nessa linha, mas penso que não exis-
te ninguém assim tão inclassificável.
Todos temos algum objectivo, atributo ou
adjectivo que nos definam. Sejam bons
ou maus!
Dê um motivo aos estudantes do ensi-
no superior para virem assistir a esta
peça.
Os três actores percorreram mais de
nove mil quilómetros para a fazerem:
para quem está em Lisboa, 20 minutos
até à Casa d’Os Dias da Água não custa
nada.
Para os verdadeiros fãs do género,
ouvir a música muitas vezes não che-
ga. Os Encontros Internacionais de
Jazz de Coimbra terminaram no passa-
do sábado, mas a organização decidiu
prolongar o evento com uma exposição
retrospectiva de edições anteriores. A
cargo da Câmara Municipal e do Jazz
ao Centro Clube, a mostra já em exibi-
ção no Teatro Académico de Gil Vicen-
te mantém-se naquele espaço até ao
próximo dia 30 de Novembro.
Na segunda parte dos Encontros (a
primeira decorreu há alguns meses),
entre 2 e 4 de Novembro, tocaram os
portugueses Quinteto Mário Santos –
que gravaram o espectáculo ao vivo
Exposição retrospectivade jazz em Coimbra
Histórias de gentesem rumo no Sri LankaTrês actores mexicanos
atravessaram o Atlântico
com O Homem semAdjectivos na bagagem.
Apaixonado pelo texto de
Mario Cantu Toscano, o
encenador Marcos Barbosa,
que traz até Lisboa não
apenas as palavras como
também os artistas, explicou
de que se trata. Para ouvir,
em castelhano, de amanhã
até ao próximo domingo, na
Casa d’Os Dias da Água.
| POR LINA MANSO |
Nesta peça, está subjacente a ideia
de uma «geração perdida» num
«país traído pelo passado e descren-
te no futuro». Isto podia passar-se
em Portugal?
No México (onde estive há quase um
ano numa Semana Internacional de
Dramaturgia para que fui convidado e
acabei por conhecer Mario Cantu Tos-
cano), os problemas assumem propor-
ções maiores do que aqui. Sente-se
tudo em grande: é uma espécie de Por-
tugal vezes mil!
Fala-nos sobre o texto do autor
mexicano Mario Cantu Toscano.
O MU tem 4 CONVITES DUPLOS para
Seiji feat. MC MG (Bugz In The Attic/4 Hero,
UK), dia 11 de Novembro, no Clube Merca-
do, às 23h.
Para concorreres, envia um e-mail com o
teu nome e BI para passatempo@mundo-
universitario.pt, até às 15 horas do dia 10
de Novembro. Os vencedores serão notifi-
cados por e-mail e a listagem publicada em
http://mundouniversitário.blogspot.com
Para mais informações, consulta
http://www.mundouniversitario.pt.
GAN
HA!
!
O MU tem 4 CONVITES DUPLOS PARA A
PEÇA ABERTURA FÁCIL, dia 15 de
Novembro, no Teatro Lethes, em Faro, às
21h30.
Para concorreres responde à seguinte per-
gunta:
Qual o nome do encenador desta peça?
Envia a resposta com o teu nome e BI para
[email protected], até às
13 horas do dia 15 de Novembro. Os ven-
cedores serão notificados por e-mail e a lis-
tagem publicada em http://mundouniversitá-
rio.blogspot.com
GAN
HA!
!
O Homem sem Adjectivos, na Casa d’Os Dias da Água, até 12 de Novembro
�
para posterior edição discográfica –,
depois o pianista alemão Kuhn e o bate-
rista francês Humair, acompanhados por
Chevillon no contrabaixo, e por fim o
guitarrista húngaro Gábor Gadó e a
banda com que se projectou no lado
ocidental da Europa.
É a história de uma geração acaba-
da, que nunca chegou a começar. De
três amigos entre os 20 e os 30 anos
que viajam juntos e não chegam a
lado nenhum. Num espanhol percep-
tível por qualquer português, os acto-
res dialogam sobre a falta de espe-
rança no futuro e o desconsolo
quando olham para o passado (o
México é um país muito marcado
pela corrupção).
Moby Go – the very bestof Moby13 valores!
As leis do mercado
discográfico são
implacáveis. Depois de uma carreira muitís-
simo bem sucedida, que o transportou de
um posicionamento mais underground para
o mainstream de massas (com especial
destaque para os best-sellers Play, 18 e
Hotel), Richard Melville Hall aka Moby lança
agora a inevitável colectânea de sucessos.
Como mandam as regras de um best offdigno desse nome, todo um trajecto é con-
densado em uma dúzia de mega-hits do
respectivo autor, oferece-se um single inédi-
to (o da vez, New York, New York, com a
participação da iconográfica Debbie Harry) e
incluem-se algumas remixes de temas já
editados. Para quem não conhece a obra do
nova-iorquino, pode ser um ritual de inicia-
ção interessante. Para quem conhece o seu
trabalho, é impossível escapar ao sentimen-
to de redundância.
[ acontece ]| 136 NOVEMBRO 2006
The Departed – Entre InimigosSó peso-pesados. É um dos momentos
cinematográficos mais aguardados do ano.
O Mestre Scorsese, depois de alguns filmes
que (talvez) tenham fugido aos temas cha-
ves da sua filmografia, regressa a terrenos
que, mais que conhecer bem, ajudou a
redefinir para o cinema moderno. Numa
adaptação livre do celebrado filme de Hong-
-Kong Internal Affairs (de Alan Mak e
Andrew Lau Wai Keung), o realizador, que
esteve para ser padre, disserta sobre ques-
tões como lealdade, redenção, vida e morte,
tendo sempre como pano de fundo (mais
uma vez) o submundo do crime organizado,
desta vez na cidade de Boston. Com uma
equipa de acto-
res que mais faz
lembrar o plantel
do Real Madrid,
para muitos este
filme é o melhor
do realizador de
há 10/11 anos
para cá e o defi-
nit ivo regresso
de um Scorsese
vintage. Imperdí-
vel.
| Disco |
| Filme |
| Ficha técnica |
Realização: Martin Scorsese.
Elenco: Leonardo DiCaprio, Matt Damon,
Jack Nicholson, Mark Wahlberg.
FAT FREDDY «Este é um discomais espacial»
Contem-me um pouco do vosso
trajecto.
Guedes Ferreira | Os Fat Freddy
surgiram em 1999. Era um projec-
to individual meu, e na altura con-
corri aos Prémios Maquete, uma
coisa que havia há uns anos.
Ganhei o prémio experimental e,
felizmente, não era dinheiro, mas
sim um concerto num festival na
Guarda. Para não me apresentar
ao vivo só com o laptop, decidi
reunir uma banda para fazer a per-formance em palco. Neste formato
começámos a explorar novos
caminhos e acabámos por, em
2003, lançar o Fanfarras de Ópio.Agora em 2006 lançámos este
novo disco homónimo.
A primeira sensação com que
fiquei ao ouvir o vosso novo disco
foi a absoluta impossibilidade de
classificação... é isso que procu-
ram com a vossa música?
Nuno Oliveira | Graças a Deus
(risos)...
GF | É uma coisa que nos agrada
mas, para além de não ser nada
intencional, é algo que só nos
apercebemos quando o produto
está acabado. Tanto em ensaios
como na composição, não faze-
mos qualquer tipo de juízos de
valor ou adjectivos para classificar
o que quer que seja.
NO | Não há qualquer tipo de
necessidades de conceitos ou
coerência da nossa parte.
Como descreveriam o disco a
alguém que nunca o ouviu?
GF | As músicas deste disco foram
criadas num registo muito seme-
lhante a um diário. Desde o Fanfar-ras de Ópio que temos feito o
somatório das nossas vivências
desde 2003 a 2006. É esse o pro-
duto deste disco. Nos últimos tem-
pos, tivemos umas vivências mais
cruas, mais terra a terra e o produ-
to final talvez tenha saído mais dis-
torcido e mais cru.
NO | Este é um disco mais espa-
cial.
Como surge a ideia de fazer um
cover dos Kraftwerk?
GF | Eu acho que nem sequer fize-
mos uma escolha. Estávamos a
ensaiar e num daqueles momen-
tos de completa descontracção,
no meio da jam session, lá surgiu
o The Model e começámos a
explorar a música. Gostámos do
resultado e ficou.
NO | Nem sequer fomos buscar o
álbum à prateleira para ouvir de
novo o original para perceber os
ritmos e os tempos. Nem uma vez.
Houve zero de estudo. Foi muito
natural.
Como é que o disco tem sido rece-
bido?
NO | No primeiro disco, as pessoas
engatavam logo na música ao pri-
meiro impacto. Agora, como o
álbum é mais rude, acho que o
ouvinte tem de dar tempo ao disco,
de ouvi-lo mais do que uma vez.
Para mim, isso até é interessante...
o facto de não ser um produto des-
cartável, que tem de ser percebido.
A componente vídeo para vocês é
importantíssima, não é verdade?
GF | O fio condutor do disco com-
preende-se melhor ao vivo porque
há essa componente de imagem. A
mensagem, se a houver, passa
melhor com as imagens de vídeo.
Para além disso, a nossa música
sempre teve algo a ver com ban-
das sonoras. Para este disco,
como tem muito a ver com ficção
científica, fomos buscar filmes do
género.
NO | Nós ao vivo acabamos por
funcionar como um filme-concer-
to. Ao vivo, o vídeo é o nosso
vocalista... é importantíssimo.
Projecto típico dos novos tempos e das
novas tecnologias, os Fat Freddy
distinguem-se pela independência
criativa e por um experimentalismo sem
concessões. Saudável exemplo da nova
geração de músicos portugueses, fica a
conversa com o duo portuense no
momento em que lançam o homónimo
segundo álbum.
| POR DIOGO TORGAL FERREIRA | [email protected] |
[ sexualidade ]14 | 6 NOVEMBRO 2004
Apelo a umaSEXUALIDADESEGURA
Ricardo Gomes Martins
Se eu fosse…Demos um jantar em nossa casa
para um grupo de amigos, a Maria
tinha decidido convidar uma colega
de trabalho. Por mim tudo bem!
Quando chegou, observei-a atenta-
mente, era uma mulher igual a tantas
outras, que podia muito bem passar
despercebida, não fosse o respirar
dos seus poros. Emanavam sexo!
Despertou-me a curiosidade de
saber o porquê da sua presença em
minha casa. Questionei-me de onde
vinha, onde estava e para onde ia.
Percebi à partida pelo jeito de ser
que tínhamos algo em comum;
ambos gostávamos de mulheres. A
ideia agradou-me e quis aprofundar
mais o tema, conduzi a conversa
nesse sentido e cada vez que entra-
vam na cozinha garrafas de vinho tin-
to vazias, maior era a abertura de
espírito dela. Acabámos por ficar os
três, eu, a Maria e ela. A conversa
durou até de madrugada. Já era tar-
de e o nível de embriaguez era ele-
vado. Acabou por ficar a dormir lá em
casa. A meio da noite, quando me
levantei para beber água, noto a
ausência da Maria na cama, nada de
mais. O melhor foi quando a encon-
trei enroscada na colega dela no meu
sofá. Maravilhoso! Bem que nessa
noite tentei uma aproximação de aca-
salamento, mas Maria negou, acu-
sando cansaço… o de sempre!
A partir daquela noite, a nossa rela-
ção nunca mais voltou a ser a
mesma. Fui notando o súbito interes-
se da Maria por conhecer mulheres.
Entre nós, a ruína já era uma com-
panheira. A Maria queria mulheres na
cama e eu, que também gosto muito
delas, fiz-lhe o favor. Trabalhei com
afinco e objectivos bem traçados.
Quis colocar a colega dela outra vez
no sofá, mas desta comigo. Assim
foi… Maria pediu e teve. Quando nos
encontrou, chorou bastante, mas
ignorei por completo. Cada um tem o
que merece! E eu não mereço isto.
Agarrei no leme e rumei a um porto
seguro. Já vivíamos há três anos e
meio e até ontem isto nunca tinha
acontecido. Sei que tudo teria sido
diferente se eu fosse mulher.
lipsedo sexo
VIH/SIDA é um dos desafios do milénio
E
O que é a sida?A sida (Síndrome da Imunodeficiên-
cia Adquirida) é uma doença causa-
da pelo VIH (Vírus da Imunodefi-
ciência Humana) e relaciona-se com
a degradação progressiva do siste-
ma imunitário, podendo ter vários
anos de evolução. Só é diagnostica-
da quando aparecem doenças opor-
tunistas (doenças que normalmente
não atacam o sistema imunitário
saudável) ou quando determinadas
análises clínicas têm valores altera-
dos.
O que é o VIH?O VIH (Vírus da Imunodeficiência
Humana) ataca e destrói o sistema
imunitário do nosso organismo, ou
seja, destrói os mecanismos de defe-
sa que nos protegem das doenças.
Um indivíduo infectado pelo VIH reve-
la-se progressivamente débil, frágil,
podendo contrair ou desenvolver
infecções muito variadas ou mesmo
desenvolver certos tipos de cancro.
Este vírus pode permanecer “adorme-
cido” no organismo sem manifestar
sinais e sintomas durante muito tem-
po. Neste período de tempo, os indiví-
duos infectados com VIH são desi-
gnados de seropositivos.
Como prevenir o contágio?A infecção pode ser prevenida:
– Utilizando o preservativo, masculino
ou feminino, em todas as relações
sexuais que impliquem a passagem
de fluidos corporais de um parceiro
para outro;
– Não partilhando objectos cortantes,
agulhas ou seringas.
Como saber se está infectado?O diagnóstico faz-se a partir de análises
sanguíneas específicas para o VIH.
Esta análise detecta os anticorpos que
o sistema imunitário do organismo pro-
duz contra o vírus ou mesmo o próprio
vírus.
Quando é que se pode fazer oteste do VIH?A colheita de sangue para o teste deve
ser efectuada apenas 3 a 10 semanas
após um contacto de risco, não poden-
do existir uma certeza sobre os resulta-
dos nos primeiros três meses após o
contágio. As primeiras análises a uma
pessoa infectada pelo vírus podem dar
um resultado negativo se o contágio foi
recente. O período de tempo em que a
pessoa foi infectada pelo VIH, mas não
lhe são detectados quaisquer anticor-
pos chama-se “período de janela”. É
por estas razões que, na dúvida, o teste
deve ser repetido passados três meses.
E se o resultado do teste forpositivo, qual é o melhortratamento?Por agora, a cura definitiva não existe.
Medicamentos e acompanhamento
regular de âmbito médico e psicológico
são o melhor tratamento. Mas, porque a
luta contra a sida não depende só da
ciência, o sujeito infectado depende de
muito apoio e carinho por parte daque-
les que o rodeiam. De uma forma geral,
todos precisamos de informação, edu-
cação e PREVENÇÃO!
*com o apoio da Associação para o Planea-
mento da Família e Comissão Nacional de
Luta Contra a Sida – www.apf.pt
«Inverter a tendência de
propagação do VIH/SIDA»,
a par de outros tantos
desafios como reduzir
para metade a pobreza
ou fornecer água potável
e educação a todos são os
chamados “Objectivos do
Milénio”. Presentes na
Declaração do Milénio –
documento resultante da Cimeira
do Milénio promovida em
Setembro de 2000 pelo
secretário-geral das Nações
Unidas, Kofi Annan, que contou
com a presença de 147 chefes de
Estado e de Governo de 191
países – são barómetros de
actuação social e política. A
propósito do VIH/SIDA aqui ficam
as respostas prontas a perguntas
legítimas.
| MUNDO @MUNDOUNIVERSITARIO.PT* |
16 | 6 NOVEMBRO 2006
[ salada russa ]
| Blogosfera |
| Passatempos |
Opus Deiperde no BrasilLuiz Inácio Lula da Silva foi reeleito
à segunda volta presidente do Brasil
com 61% dos votos. Geraldo Alck-
min, o tal que é filho do primeiro
supranumerário do Brasil e ele pró-
prio pelo menos com fortes ligações
ao Opus Dei – promove reuniões
periódicas com membros da seita e
tem um confessor da prelatura – teve
menos votos que na primeira volta:
apenas 39% dos votos. A separação
da Igreja e do Estado, uma conquis-
ta da democracia, fica assim a salvo
das depredações inevitáveis que a
eleição de um presidente ligado à
mais fanática e intolerante seita da
Igreja Católica implicaria. Os mais
sinceros parabéns aos nossos leito-
res do outro lado do Atlântico!
Palmira F. da Silva inhttp://www.ateismo.net/diarioSegunda-feira, Outubro 30, 2006
Afixe in http://www.aspirinab.weblog.com.ptDomingo, Outubro 29, 2006
Steve Bell on victory in Iraq
HORIZONTAIS: 1 – Estampilha (pl.). Limalha. 2 - Guarnecer com abas. Rebordo do
chapéu (pl.). 3 - Estacione. Menina (bras.). 4 – Antes de Cristo (abrev.). Fem. de
dois. Possuir. 5 - Aparelho com que se dirige embarcação ou avião (pl.). Transpõe. 6
- Fosso ou escavação que conduz águas. 7 - Existir. Planta da família das compo-
stas, com flores de várias formas e cores. 8 - Insignificância. Paixão. Abade (abrev.).
9 - Mistura de terra e água. Essa coisa. 10 - Arvoredo. Flanco. 11 - Atasco. Rebolar.
VERTICAIS: 1 - Terra alagadiça. Serenidade. 2 - Parte do lombo do boi, entre a pá
e a extremidade do cachaço. Antigo Testamento (abrev.). 3 - Face inferior do pão.
Desagregado. 4 - Reconhece a autoridade de. Antiga porcelana do Oriente. 5 -
Sociedade Anónima (abrev.). Costumaram. 6 - Espécie de albufeira. Aquilo que pre-
judica ou se opõe ao bem. 7 - Tostado. Atmosfera. 8 - Progenitor. Gritaria. 9 -
Descontei. Estrela. 10 - Deus egípcio. Espaço de 24 horas (pl.). 11 - Sustentara.
Melhorar, clarear (o tempo).
| Cantinho dos Media |
«Dilatação auditiva, expansão men-
tal.» Este é o carismático slogan da
Rádio Zero, uma secção autónoma da
Associação de Estudantes do Institu-
to Superior Técnico (AEIST) da Uni-
versidade Técnica de Lisboa. Ricardo
Reis, o “instigador cultural” da esta-
ção, dá os pormenores.
Sudoku Palavras cruzadas
Soluções
SU
DO
KU
HORIZONTAIS: 1 - Selos. Apara. 2 - Abar. Abas. 3 - Páre.
Iaiá. 4 - AC. Duas. Ter. 5 - Lemes. Sai. 6 - Canal. 7 - Ser.
Dália. 8 - Avo. Amor. Ab. 9 - Lama. Isso. 10 - Mata. Lado. 11 -
Atolo. Rolar.
VERTICAIS: 1 - Sapal. Calma. 2 - Acém. AT. 3 - Lar. Solto. 4 -
Obedece. Aal. 5 - SA. Usaram. 6 - Ria. Mal. 7 - Assado. Ar. 8
- Pai. Alarido. 9 - Abati. Sol. 10 - Rá. Dias. 11 - Asira. Aboar.
PA
LA
VR
AS
C
RU
ZA
DA
S
| POR LINA MANSO |
Ano de estreia?
Como secção autónoma da AEIST, sur-
giu há cerca de dez anos. A Rádio Zero
propriamente dita nasceu em Março
deste ano.
Onde é transmitida?
A face mais visível é a internet
(www.radio.ist.utl.pt). Somos ainda trans-
mitidos no campus da Alameda e em
breve no Tagus Park. Paralelamente,
fazemos parte de uma rede internacional
de rádios com projectos similares ao nos-
so, a “Radia”: de dois em dois meses,
difundimos um programa para todos os
países membros (cerca de dez).
Equipa?
Somos aproximadamente 80 pessoas
(todas num regime de voluntariado), 15
das quais com responsabilidades acres-
cidas.
Linha editorial?
No nosso manifesto salientamos que «a
rádio (...) fomenta o experimentalismo e
o desenvolvimento de obras de arte em
formato sonoro». Ao mesmo tempo,
«intervém na sociedade através de con-
teúdos de cariz comunitário e de promo-
ção de actividades culturais», assumin-
do-se «como um meio de acesso do
indivíduo à radiodifusão».
Cavalos-de-batalha?
Tanto o manifesto como o slogan da
rádio expressam aquilo que pretende
conseguir. Para chegar a esses objecti-
vos, temos programas como o Posto deEscuta (em vez de um DJ, tens sons
captados do quotidiano), o Terra Pura(músicas do mundo) ou o Onda Mater-na” (questões relacionadas com o parto).
O convite partiu da Concentra e não
podia ter sido melhor, digo-vos que nun-
ca esperei assim tanto divertimento. Na
apresentação tínhamos quatro Wii, cada
uma com vários jogos, e subdivididas de
forma inteligente pela Concentra. Desta
forma, comecei por jogar um jogo que
nos demonstra a panóplia de movimen-
tos que podemos fazer com o comando,
e que fabuloso comando aquele!
Dando um exemplo de alguns dos movi-
mentos que fiz nesta primeira fase, ima-
ginem uma vassoura apoiada na mão e
sendo que o objectivo é equilibrá-la, pe-
gam no comando e colocam-no na pal-
ma da mão, tentando equilibrar de modo
que a vassoura não caia. Podia estar
aqui o texto todo a falar das posições do
comando.
Mas vamos falar dos outros jogos. De
seguida, passei para o Wii Sports, um jo-
go, ou melhor, vários jogos de desporto,
basebol, bowling, ténis, golfe e boxe.
Agora é só imaginarem que o comando
é sempre o vosso taco de basebol, bola
de bowling, raqueta de ténis, etc. No fun-
do, a originalidade do comando é realça-
da pela sua utilidade durante o jogo, já
que assume a pele de vários objectos
conforme a situação. Neste conjunto fica
um grito de vitória, depois de ter sido
"humilhado" várias vezes no início a jo-
gar contra um dos colaboradores da Nin-
tendo, sempre ganhei no bowling!
Jogámos também um dos jogos mais
aguardados para a Wii, The Legend ofZelda: Twilight Princess, no qual usa-
mos o comando Nunchuk com o contro-
lo base, um ligado ao outro, como já
apareceu em fotos divulgadas pela Nin-
tendo.
É espantoso como eu estou a jogar ténis
virtual ao mesmo tempo que faço movi-
mentos que faria na realidade e, se pen-
sarmos dessa forma, podemos conside-
rar que, face às outras consolas, ao
menos nesta até fazemos exercício em
vez de ficarmos sentados no sofá. Fi-
quem a conhecer este contacto com a
Wii na íntegra em www.gamerstek.com.
[ JOGOS ]
PUB
[ 5.ª dimensão ]| 176 NOVEMBRO 2006
A EA dá-nos a oportunidade de
jogar a demo de Need for Speed:Carbon e experimentar as suas novi-
dades. A demo vem com um desafio
Circuito e um Drift, com a possibilida-
de de conduzirmos 3 carros diferen-
tes que podem ser modificados usan-
do a tecnologia Autosculpt. Para
desbloquearmos o desafio Canyon
Duel, há que ganhar nos outros dois
desafios acima referidos. Não se
esqueçam de passar por
www.gamerstek.com para fazerem
o download dos 650 Mgas de demo.
A demo de Need for Speed: Carbon já saiu!
Já jogamos na
Wii!
[ bar aberto ]18 | 6 NOVEMBRO 2006
18.qxp
Ela chegou, finalmente. Como já é tradição, lançou o alvoroço
total na capital dos estudantes. Ou não fosse mais uma grande
edição da Festa das Latas e Imposição de Insígnias, em Coim-
bra. Entre 26 e 31 de Outubro, Patrice e Orishas marcaram o
ritmo internacional das noites quentes de Latada, mas a grande
aposta foi “made in Portugal”: não faltou o toque dos GNR, a
originalidade do Legendary Tiger Man, a boa onda dos Expensi-
ve Soul, o carisma dos Xutos e, enfim, a bigodaça do Quim Bar-
reiros. Depois de seis noitadas intensas, tudo indica que a
juventude coimbrã vai precisar do ano inteiro para recuperar...
| POR MARIANA SERUYA CABRAL | [email protected] |
| FOTOS GENTILMENTE CEDIDAS POR ACABRA.NET |
Latada 2006Latada 2006O regresso
FOTO DIANA DO MAR
FOTO DIANA DO MAR
FOTO DIANA DO MAR
FOTO DIANA DO MAR
FOTO CÁTIA MONTEIRO
FOTO ANA BELA FERREIRA
FOTO ANA BELA FERREIRA
Se queres ver a festa da tua faculdade ou politécnico catapultada para a fama, arma-te em paparazzi e envia as fotos para [email protected]. Nós publicamos!