O Destino - a fatalidade e as escolhas na Vida

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O DESTINO – A FATALIDADE E AS ESCOLHAS NA VIDA

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Num minuto apenas, o que era luz se transforma em noite, o incêndio devora, o ladrão rouba as jóias faiscantes, a casa desaba, o jardim de alegria fenece, um terremoto rompe a terra, sepultando tudo... Num minuto apenas, você pode receber a visita do Cristo e modificar o roteiro da existência, eternizando, no precioso escrínio das suas posses, essa joia invulgar que não volta jamais com o mesmo valor: o minuto! Marco Prisco – Legado Kardequiano – Cap. 51

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O DESTINO – A

FATALIDADE E AS

ESCOLHAS NA VIDA

SUMÁRIO

1. O Destino, a Fatalidade e o Livre-Arbítrio – Conceitos ............................ 1

1.1 Introdução.................................................................................................... 1

1.2 As Fatalidades Absolutas ............................................................................ 3

1.2.1 Fatalidade Espiritual – A Perfeição............................................................. 4

1.2.2 Fatalidade Biológica – A Desencarnação ................................................... 5

1.3 A Fatalidade das Provas e Expiações .......................................................... 6

1.4 A Fatalidade e o Determinismo................................................................... 9

1.5 A Fatalidade e a Liberdade ....................................................................... 15

2. O Destino – O Que É? ................................................................................. 19

2.1 Uma Colheita ............................................................................................ 19

2.2 Uma Plantação .......................................................................................... 21

2.3 Um Planejamento ...................................................................................... 22

2.4 Uma Decisão ............................................................................................. 23

3. O Destino – Encruzilhadas – Como Decidir? ........................................... 25

3.1 Orar ............................................................................................................ 25

3.2 Meditar ...................................................................................................... 27

3.3 Ponderar .................................................................................................... 29

3.4 Agir............................................................................................................ 31

4. O Destino, a Fatalidade e o Livre-Arbítrio – Exemplos .......................... 32

4.1 A Lição Paternal – Humberto de Campos ................................................ 32

4.2 O Merecimento – Hilário Silva ................................................................. 35

4.3 O Sábio e o Pássaro – Richard Simonetti ................................................. 38

5. Referências ................................................................................................... 39

1 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

1. O Destino, a Fatalidade e o Livre-Arbítrio – Conceitos

1.1 Introdução

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.”

Paulo de Tarso – I Coríntios 10:23 É o homem, por sua própria vontade, quem forja as próprias cadeias, é ele quem tece,

fio por fio, dia a dia, do nascimento à morte, a rede de seu destino. Léon Denis – O problema do ser, do destino e da dor – O problema do destino, item 13 Afirma a Divina Escritura que “a cada um será dado segundo suas obras”, o que, no

fundo, equivale a dizer-se que as reações dos homens perante a vida é que decidirão sobre o destino de cada um.

Emmanuel – Alma e Coração – Cap. 38 – Reações

Cada ato é sempre livre em sua origem, mas não depois, porque então já pertence ao determinismo da lei de causalidade, que lhe impõe as reações e as consequências.

O destino, como efeito do passado, contém, pois, zonas de absoluto determinismo, mas a ele sobrepõe-se a cada momento a liberdade do presente, que vai chegando continuamente e tem o poder de introduzir sempre novos impulsos e, neste sentido, de “corrigir” os precedentes.

O impulso do destino pode comparar-se à inércia de uma massa lançada, que tende a prosseguir na direção iniciada, mas, no entanto, pode sofrer atrações e desvios colaterais; esse impulso pode ser corrigido.

Determinismo e liberdade, dessa maneira, contrabalançam-se, e o caminho é a resultante dada pela inércia do passado e pela constante ação corretora do presente. Nesses equilíbrios íntimos de forças reside o cálculo das responsabilidades.

O presente pode corrigir o passado, numa vida de redenção; pode somar-se a ele nas estradas do bem, tanto quanto nas do mal.

Diante do determinismo da Lei, que impõe a cada causa seu efeito, está o poder do livre-arbítrio, de corrigir a trajetória dos efeitos com a introdução de novos impulsos.

Destino não é fatalismo, não é cega “Ánánke” (necessidade, determinismo, inevitabilidade), é a base de criações ou destruições contínuas. O que a cada momento está em ação no destino é a resultante de todas essas forças.

Pietro Ubaldi – A Grande Síntese – Cap. 77 – Destino – o direito de punir Rogério Miguez – Revista Reformador – 2020 – Abril – A convivência harmônica entre o

destino a fatalidade e o livre-arbítrio

2 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

Examinado pelas diferentes escolas de pensamento através dos tempos, o destino vem

recebendo complexas contribuições, conforme a estrutura filosófica de cada uma delas.

Na Mitologia grega, afirmava-se que o Destino é uma fatalidade imposta por Zeus,

inevitável, portanto, personificado, e graças às suas características, ora partia do Deus máximo

ou com ele se confundia, sendo representado conforme a sua expressão por deidades diferentes,

às vezes ao próprio Destino todos eram submetidos.

(...) Com o surgimento do Cristianismo se apresentou o conceito da Providência

Divina, estabelecendo as linhas de comportamento definidas para a sujeição do ser humano

que, face à aceitação ou rebeldia das suas injunções, seria feliz ou desgraçado, num desenho

antecipado do destino final no Céu ou no Inferno.

A interpretação teológica do pensamento de Jesus sofreu alterações através dos séculos,

dando lugar ao aparecimento das doutrinas da graça – com predestinação para a felicidade

eterna de alguns eleitos, em detrimento da maioria; da indulgência como recurso de reparação

dos arrependidos e piedosos, e outras que desencadearam reações violentas, pela estultice e

absurdo de que se constituíam.

(...) Somente a reencarnação faculta a perfeita compreensão e a plena justiça em torno

do destino dos seres.

Todos são criados puros, simples, ignorantes, com possibilidades em germe,

estimulados a desenvolver esses recursos latentes mediante o esforço pessoal.

Ninguém, no entanto, que esteja fadado à destruição, ao infortúnio, ao sofrimento

eterno.

(...) O destino, portanto, é o resumo das ações antes praticadas, que propiciam os

acontecimentos a se sucederem na marcha de ascensão que todos os espíritos percorrem,

desde o átomo até o anjo.

(...) O destino bifurca-se no determinismo – nascer, viver e morrer – e no livre-

arbítrio.

Conforme o comportamento que o homem se permita, a felicidade ou o sofrimento –

como fanal escolhido – estará aguardando o viajante da evolução.

Com o Espiritismo, as luzes da reencarnação propõem a utilização sábia e coerente de

cada momento da existência corporal, resgatando das sombras da ignorância o destino ditoso

que é a meta fascinante que brilha a frente para todos.

Vianna de Carvalho – Antologia Espiritual – Cap. 46 – O Destino

3 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

1.2 As Fatalidades Absolutas

Somos Espíritos imortais, já tivemos e ainda teremos inúmeras existências.

Comparando este conjunto de vivências corporais que individualizam a caminhada evolutiva

dos Espíritos a um livro, a introdução e os capítulos iniciais já estão preenchidos pela história

passada de cada qual, não podendo mais ser alterados, muito menos apagados, influenciando

por largo tempo a trajetória de cada um.

Em seguida, ainda considerando esta alegoria, há vários capítulos em branco, em que

qualquer um deles contempla pelo menos duas previstas fatalidades.

– o nascimento e a morte.

– e, no derradeiro, há poucas linhas escritas, descrevendo a fatalidade maior: o nosso

destino, a aquisição da perfeição relativa.

Afirma-se que o destino deve ser cumprido a qualquer preço.

Informa-se que se está na Terra para sofrer, para pagar, em um fatalismo perturbador e

doentio.

Explica-se que ninguém consegue fugir dos erros e crimes praticados, razões pelas quais

volve ao proscênio terrestre em sucessivas reencarnações.

Tais colocações são pessimistas e amargas, impondo a clava da Justiça Divina de

forma impiedosa, longe dos ditames do amor e da misericórdia, como se não houvesse outros

processos liberativos para os infratores das Leis,

Joanna de Angelis – Nascente de Bençãos – Cap. 19 – Alterações do Destino

4 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

1.2.1 Fatalidade Espiritual – A Perfeição

Haverá Espíritos que se conservam eternamente nas ordens inferiores? Não; todos se tornarão perfeitos.

Allan Kardec – Livros dos Espíritos – 2º Parte – Progressão dos Espíritos – Perg. 116 Sendo o progresso uma condição da natureza humana, não está no poder do homem

opor-se-lhe. É uma força viva, cuja ação pode ser retardada, porém não anulada. (Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – Comentário de Allan Kardec à questão 781)

A lei do progresso é, pois, fatal para o Espírito que, inexoravelmente, seguirá o caminho da evolução e da felicidade. É a nossa fatalidade espiritual.

Fernando Moreira – Revista Reformador – 2013 – Dezembro – Nossas duas Fatalidades Reservado à glória espiritual — determinismo irreversível — o ser jornadeia pela

senda que melhor lhe apraz desde quando adquiriu o discernimento — livre-arbítrio. Joanna de Angelis – No limiar do infinito – Cap. 5 – Determinismo e livre-arbítrio

Existe, sim, um determinismo final, absoluto, inevitável: a Perfeição! Todos seremos

Espíritos Superiores, prepostos de Deus, quer queiramos ou não, inevitavelmente. Richard Simonetti – A Constituição Divina – Cap. Determinismo e Livre Arbítrio

A evolução é lei, fundamento da vida e selo da perfeição em todos os escaninhos do

Universo. Neio Lucio – Colheita do bem – Ca. 87 – Em uma cidade amiga

O Espírito jamais retrocede na viagem da evolução. E, sabendo que cada um de nós é o arquiteto do próprio destino, saibamos afeiçoar-nos

ao serviço incessante do bem, porque todo bem é degrau de ascensão para o Alto, arrebatando-nos do império da sombra para a bênção da luz.

Emmanuel – Linha Duzentos – Cap. 8 – Na Rota Evolutiva Cada qual de nós, até que se integre na Grandeza Suprema, é uma obra prima de

inteligência em processo de habilitação na oficina da vida, a caminho da Perfeição. André Luiz – Busca e Acharás – cap. 31 – Citações de Tratamento

Atingir a plenitude da evolução, representada pela aquisição de uma perfeição relativa,

ou seja, o fatalismo da evolução é para o equilíbrio, a ordem, o bem, e a destinação é para a felicidade, quando consolidaremos a vitória definitiva sobre nós mesmos e trabalharemos mais próximos de Deus, contribuindo para o cumprimento de seus sábios desígnios.

Rogério Miguez – Revista Reformador – 2020 – Abril – A convivência harmônica entre o destino a fatalidade e o livre-arbítrio

5 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

1.2.2 Fatalidade Biológica – A Desencarnação

Fatal, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte. Chegado esse momento, de uma forma ou de outra, a ele não podeis furtar-vos

Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – 3º Parte – Cap. 10 – Lei de Liberdade – Item – Fatalidade – Perg. 853

O homem, Espírito encarnado, possui duas fatalidades: a primeira é inerente ao próprio

corpo e diz respeito ao fato de que somos seres finitos e a morte, invariavelmente, ocorrerá mais dia, menos dia, pois é inevitável e a única certeza da vida. Todos nós desencarnaremos.

É a nossa fatalidade biológica. Fernando Moreira – Revista Reformador – 2013 – Dezembro – Nossas duas Fatalidades

Que morreremos todos é uma certeza. Quanto à hora de nossa morte depende de como

vivemos. Richard Simonetti – Não Pise na Bola – 5º Parte – Destino – Cap.24 – Desvio

A fatalidade biológica nascer, viver e morrer, é impositivo inevitável na existência

humana, que não pode ser desconsiderada. Constituída a organização física, por moléculas que se aglutinam para revestir o espírito

no seu processo de crescimento e de iluminação interior, momento chega em que se desarticulam esses complexos, dando lugar ao fenômeno da desencarnação.

Joanna de Ângelis – Constelação Familiar – Cap. 26 – Desencarnação na Família A morte é ocorrência inevitável, em relação ao corpo, que, em face dos

acontecimentos de vária ordem, tem interrompidos os veículos de preservação e de sustentação do equilíbrio celular, normalmente em conseqüência da ruptura do fluxo vital que se origina no ser espiritual, anterior, portanto, à forma física.

Manoel Philomeno de Miranda – Temas da Vida e da Morte – Cap. 13 – Morte e Desencarnação

Fatalidade biológica, a morte, ou seja, a mudança de uma forma para outra, por

impositivo da necessidade de transformações incessantes, começa quando ocorrem as primeiras expressões da vida.

Joanna de Ângelis – Florações Evangélicas – Cap. 12 – Examinando a Desencarnação O instante da morte é uma fatalidade, uma vez que, dele, não se pode escapar, e o

momento em que devemos reaparecer também o é. Rogério Miguez – Revista Reformador – 2020 – Abril – A convivência harmônica entre o

destino a fatalidade e o livre-arbítrio

6 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

1.3 A Fatalidade das Provas e Expiações

A fatalidade, como vulgarmente é entendida, supõe a decisão prévia e irrevogável de

todos os acontecimentos da vida, qualquer que seja a sua importância.

Se assim fosse, o Homem seria uma máquina destituída de vontade.

Para que lhe serviria a inteligência, se ele fosse invariavelmente dominado, em todos os

seus atos, pelo poder do destino?

Semelhante doutrina, se verdadeira, representaria a destruição de toda liberdade moral;

não haveria mais responsabilidade para o Homem, nem mal, nem crime, nem virtude.

Deus, soberanamente justo, não poderia castigar as suas criaturas por faltas que não

dependiam delas, nem recompensá-las por virtudes de que não teriam o mérito.

Semelhante lei seria ainda a negação da lei do progresso, porque o Homem que tudo

esperasse da sorte nada tentaria fazer para melhorar a sua posição, desde que não poderia torná-

la melhor nem pior.

Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – 3º Parte – Cap. 10 – Lei de Liberdade – Item

– Resumo teórico do móvel das ações humanas – Perg. 872

Há uma fatalidade nos acontecimentos da vida, segundo o sentido ligado a essa

palavra; quer dizer, todos os acontecimentos são predeterminados, e nesse caso em que se

torna o livre arbítrio?

A fatalidade não existe senão para a escolha feita pelo Espírito, ao encarnar-se, de

sofrer esta ou aquela prova; ao escolhê-la, ele traça para si mesmo uma espécie de destino, que

é a própria consequência da posição em que se encontra. Falo das provas de natureza física,

porque, no tocante às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o seu livre arbítrio

sobre o bem e o mal, é sempre senhor de ceder ou resistir

Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – 3º Parte – Cap. 10 – Lei de Liberdade – Item

– Fatalidade – Perg. 851

Há pessoas que parecem perseguidas por uma fatalidade, independente da maneira por

que procedem. Não lhes estará no destino o infortúnio?

São, talvez, provas que lhes caiba sofrer e que elas escolheram. Porém, ainda aqui

lançais ti conta do destino o que as mais das vezes é apenas consequência de vossas próprias

faltas. Trata de ter pura a consciência em meio dos males que te afligem e já bastante consolado

te sentirás.

Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – 3º Parte – Cap. 10 – Lei de Liberdade – Item

– Fatalidade – Perg. 852

7 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

Em suma, a fatalidade que parece presidir aos destinos, é resultante de escolhas

estipuladas no nosso planejamento reencarnatório e do nosso livre-arbítrio nas ações cotidianas.

Dessa forma, atentos à orientação que um dos Espíritos da Codificação nos dá: Tu

mesmo escolheste a tua prova. Quanto mais rude ela for e melhor a suportares, tanto mais te

elevarás. Os que passam a vida na abundância e na ventura humana são Espíritos pusilânimes,

que permanecem estacionários. Assim, o número dos desafortunados é muito superior ao dos

felizes deste mundo, atento que os Espíritos, na sua maioria, procuram as provas que lhes

sejam mais proveitosas. […] Acresce que a mais ditosa existência é sempre agitada, sempre

perturbada, quando mais não seja, pela ausência da dor.

Se o Espírito escolhe o gênero de provas que deve sofrer, todas as tribulações da vida

foram previstas e escolhidas por nós?

Todas, não é bem o termo, pois não se pode dizer que escolhestes e previstes tudo o que

vos acontece no mundo, até as menores coisas. Escolhestes o gênero de provas; os detalhes

são consequências da posição escolhida, e frequentemente de vossas próprias ações.

Allan Kardec – O Livros do Espíritos – 2º Parte – Cap. 6 – Vida Espírita – Item –

Escolha das Provas – Perg. 259

Fatalidade aparente, que semeia de males o caminho da vida, não é mais que a

consequência lógica do nosso passado, um efeito que se refere a uma causa; é o cumprimento

do destino por nos mesmos aceitos antes de renascer, e que nossos guias nos sugerem para

o nosso bem e nossa elevação.

Leon Denis – Depois da Morte – Cap. 15 – Livre–Arbítrio e Providência

Vivenciar provas, expiações ou missões, previamente selecionadas e discutidas na

erraticidade, conjugando as deliberações do livre-arbítrio e as ponderações dos Espíritos

responsáveis pela nova reencarnação, tudo baseado no mapa de realizações construído em

existências passadas do futuro reencarnante.

Como exemplos destas escolhas temos: gênero ou causa da morte, doença específica

que surgirá em determinado momento de nossa próxima existência, significativo revés

econômico, dificuldade familiar de monta, grandes dores morais como resultado de infortúnios

diversos, limitação física de nascença oriunda de uma deficiência perispiritual, ou seja, alguns

aspectos materiais na existência podem constituir fatalidades.

Rogério Miguez – Revista Reformador – 2020 – Abril – A convivência harmônica entre

o destino a fatalidade e o livre-arbítrio

8 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

A programação dos destinos – exceção feita aos pontos capitais de cada vida – ajustada

aos impositivos redentores indispensáveis à readaptação das ações anteriores, sofre sucessivas

alterações resultantes do comportamento, das realizações, conquistas ou prejuízos a que a

criatura está sujeita.

No tracejamento dos compromissos humanos, são previstas várias opções, em razão das

atividades e injunções que se criam durante a vilegiatura corporal...

Construtor do destino, cada um o altera consoante lhe apraz, desde que não se

encontre na expiação irreversível, que funciona como cárcere compulsório do defraudador

renitente que engendrou, pela teimosia ou revolta incessante, a constrição que o reeduca, a

benefício dele próprio.

Como ninguém se encontra destinado à dor, ao abandono, à infelicidade, as ocorrências

afligentes são-lhe recursos salvadores de que se deve utilizar para crescer e aprimorar-se em

espírito.

Da mesma forma, as manifestações propiciatórias de felicidade, saúde, inteligência,

afetos, independência econômica, longe de constituir-se prêmio ao merecimento, revelam-se

como empréstimo para investimentos superiores, aquisições de relevo para o bem comum, de

que todos são convocados à prestação de contas, posteriormente.

A vida física constituiu-se de oportunidades, todas valiosas, com que o espírito se

defronta, sob qualquer manifestação, para o seu aprimoramento, sua ascensão.

Manoel Philomeno de Miranda – Tramas do Destino – Introdução

Quem sofra e não se degrade,

Quem serve sem desatino,

Derrota a fatalidade

E altera o próprio destino

Lourenço de Almeida Prado – Tempos de Luz – Cap. 22 – Vida Espiritual

Estudemos os princípios da reencarnação, na lei de causa e efeito, à luz da justiça e da

misericórdia de Deus e perceberemos que mesmo encarcerados agora em constringentes

obrigações, estamos intimamente livres para aceitar com respeito e humildade as

determinações da vida, edificando o espírito de trabalho e compreensão naqueles que nos

observam e nos rodeiam, marchando, gradativamente, para a nossa emancipação integral, desde

hoje.

Emmanuel – Livro da Esperança – Cap. 7 – Ante o Livre-Arbítrio

9 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

1.4 A Fatalidade e o Determinismo

“Nem livre-arbítrio, nem determinismo absolutos durante a existência encarnada do

espírito, porém liberdade condicional.”

Ernesto Bozzano – Fenômenos Premonitórios – Conclusão

O determinismo é flexível, com raras exceções, que sempre são examinadas,

coordenadas e alteradas pelos responsáveis nos processos reencarnatórios dos que demandam

à Terra em aprendizagem edificante, liberadora.

Nos mapas das experiências humanas, graças às mudanças de comportamento dos

reencarnados, em decorrência do seu livre-arbítrio, são alterados com assídua frequência,

sucessos e socorros, dores e problemas programados, abreviando-se ou concedendo-se

moratória à vilegiatura daqueles que se situam num como noutro campo desta ou daquela

necessidade...

O que parece determinismo infeliz e que resulta nas chamadas desgraças terrenas:

desastres, desencarnações inesperadas, enfermidades, abandonos, sofrimentos, pobreza, de

forma alguma são infortúnios reais, antes processos metodológicos de disciplina moral para

os calcetas, os devedores inveterados mediante os quais são advertidos pelas forças superiores,

a fim de que se voltem para os deveres nobres e se recomponham perante a consciência e o

próximo que espezinham e subalternizam... Os infortúnios (reais) são os atos que levam a

tais correções e não os medicamentos providenciais para a catarse dos descalabros cometidos,

das sandices perpetradas...

Como auxiliares valiosos do livre-arbítrio, possui o homem o discernimento, a razão,

a tendência para o bem, a irresistível atração para a felicidade. Contra ele estão o passado

espiritual, o atavismo animal, a preferência ao erro, como decorrência do hábito, do

comodismo a que se prende.

Joanna de Angelis – No Limiar do Infinito – Cap. 5 – Determinismo e livre-arbítrio

A fatalidade tão mais presente na vida do Espírito quanto menos evoluído ele se

encontrar.

Rogério Miguez – Revista Reformador – 2020 – Abril – A convivência harmônica entre o

destino a fatalidade e o livre-arbítrio

10 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

Há o determinismo e o livre-arbítrio, ao mesmo tempo, na existência humana?

Determinismo e livre-arbítrio coexistem na vida, entrosando-se na estrada dos destinos,

para a elevação e redenção dos homens.

O primeiro é absoluto nas mais baixas camadas evolutivas e o segundo amplia-se com

os valores da educação e da experiência. Acresce observar que sobre ambos pairam as

determinações divinas, baseadas na lei do amor, sagrada.

Emmanuel – O Consolador – Perg. 132

Se na luta da vida terrestre existem circunstâncias, por toda parte, qual será a

melhor de todas, digna de ser seguida?

Em todas as situações da existência a mente do homem defronta circunstâncias do

determinismo divino e do determinismo humano. A circunstância a ser seguida, portanto,

deve ser sempre a do primeiro, a fim de que o segundo seja iluminado, destacando-se essa

mesma circunstância pelo seu caráter de benefício geral, muitas vezes com o sacrifício da

satisfação egoística da personalidade. Em virtude dessa característica, o homem está sempre

habilitado, em seu íntimo, a escolher o bem definitivo de todos e o contentamento transitório

do seu “eu”, fortalecendo a fraternidade e a luz, ou agravando o seu próprio egoísmo.

Emmanuel – O Consolador – Perg. 139

Os fatalistas,

(...) acreditam que todos os acontecimentos estão previamente fixados por uma causa

sobrenatural, cabendo ao homem apenas o regozijar-se, se favorecido com uma boa sorte, ou

resignar-se, se o destino lhe for adverso.

Os deterministas,

(...) ao seu turno sustentam que as ações e a conduta do indivíduo, longe de serem em

livres, dependem integralmente de uma série de contingências a que ele não pode furtar-se,

como os costumes, o caráter e a índole da raça a que pertença; o clima, o solo e o meio social

em que viva; a educação, os princípios religiosos e os exemplos que receba; além de outras

circunstâncias não menos importantes quais o regime alimentar, o sexo, as condições de saúde,

etc.

Rodolfo Calligaris – As Leis Morais – Cap. 36 – Fatalidade e Destino

11 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

Os fatalistas e deterministas raciocinam da mesma forma, só que nos primeiros o

destino do homem está estipulado por uma causa divina ou transcendental, enquanto que

nos segundos são as circunstâncias que determinam os acontecimentos. Em ambas as

situações, o excesso pode levar ao fanatismo ou radicalismo, sempre de natureza perniciosa.

Por outro lado, há filosofias que defendem a ideia oposta, a de que o ser humano deve

possuir liberdade irrestrita, que (...) “o livre-arbítrio é absoluto, que os pensamentos, palavras

e ações do homem são espontâneos e, pois, de sua inteira liberdade”.

Rodolfo Calligaris – As Leis Morais – Cap. 35 – O Livre-Arbítrio

Os defensores do fatalismo acreditam que nada ou ninguém é capaz de alterar a ordem

estabelecida no Universo nem na humanidade. Já os adeptos do determinismo entendem que

não só o homem, mas todos os fenômenos da Natureza então ligados entre si por rígidas relações

de causalidade, pois as leis universais excluem o acaso — acontecimentos aparentemente

fortuitos, estabelecidos por intercessão espiritual ou por efeito das forças de atração existentes

na Natureza — e o livre-arbítrio.

A verdade encontra-se no meio termo. O homem não goza de irrestrita liberdade,

pois está submetido aos limites estipulados pelas ordenações da vida em sociedade e pelos

valores morais e éticos. Contudo, é possível pensar na existência de algum determinismo nos

acontecimentos da vida, sobretudo quando se considera o planejamento reencarnatório. Ou seja,

a partir do momento em que se estabelece um plano para ser executado em nova existência

física, são acionados recursos, condições e pessoas, encarnadas e desencarnadas, que tudo

fazem para por em prática o referido planejamento. Há, pois, certo determinismo direcionando

a vida do reencarnado. Digamos “certo” porque o planejamento reencarnatório não é rígido,

procura executar as linhas mestras da programação preparada para uma nova experiência no

plano físico, não se prendendo a detalhes ou aspectos secundários.

Para a Doutrina Espírita o homem é construtor do seu destino e, de acordo com suas

disposições íntimas, pode modificá-lo para melhor ou, também, complicá-lo. Tudo se

reporta, no final, ao livre-arbítrio ou à liberdade de ação de cada um, que sempre é coerente

com o nível evolutivo, moral e intelectual, do indivíduo.

EADE – Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita – Programa II – Filosofia e

Ciência Espíritas – Roteiro 17 – Causa e Efeito

12 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

Determinismo é a doutrina que afirma serem todos os acontecimentos inclusive

vontades e escolhas humanas causados por acontecimentos anteriores.

Segue-se que o ser humano seria destituído de liberdade de decidir e de influir nos

fenômenos em que toma parte. O indivíduo faz exatamente aquilo que tinha de fazer e não

poderia fazer outra coisa; a determinação de seus ates pertence à força de certas causas, externas

e internas.

A doutrina aposta é a do livre-arbítrio, que declara a vontade humana livre para tomar

decisões e determinar suas ações. Diante de várias opções oferecidas por uma situação real, o

homem poderia escolher uma racionalmente e agir livremente de acordo com a escolha feita

(ou não agir se o quisesse). Exige, portanto, capacidade de discernir e liberdade interior.

Percebemos que, no homem, existem os dois princípios de ação. Como entender isso?

Apelando para um princípio superior a eles.

O princípio central da Lei de Deus é a evolução. Nos reinos animal e humano inferior

prevalece o determinismo. O instinto dá o melhor sem o perigo da escolha malfeita e o selvagem

age movido por impulsos semelhantes. O livre-arbítrio é progressivo e relativo, evoluindo

do determinismo físico à medida que a consciência (razão) se desenvolve. Crescendo a

razão, aumenta a liberdade de decidir; os padrões fixos de comportamento cedem lugar à opção

inteligente.

Em suma, o livre-arbítrio é uma conquista evolutiva.

(...)

A liberdade de decidir e agir existe antes da ação ser executada. Posta em movimento

o agente prende-se aos efeitos das causas que gerou. Entra em cena a lei de Causa e Efeito

ou de ação e reação. Segue-se daí que a liberdade é condicionada, conforme conceitua Bozzano

e que o livre-arbítrio é relativo pois dependem do que se fez antes.

Todos gozamos, em graus diversos, de livre vontade e estamos presos ao determinismo.

A liberdade reside no presente; podemos agir com independência por meio da faixa de

consciente atual, que atende às necessidades da vida presente. A determinação promana do

passado culposo. As causas que geramos no passado pelas próprias ações constituem a área de

determinismo, conservada em estado inconsciente.

Temos de reabsorver as consequências das más ações, o que a liberdade do presente

garante porque, com ela, podemos emitir novos impulsos que venham corrigir os precedentes.

Originando novas causas com o bem, hoje, é possível neutralizar as causas pretéritas do

mal e reconquistar o equilíbrio.

Carlos Toledo Rizzini – Evolução para o Terceiro Milênio – Cap. 4 – item 14/15 –

Determinismo e Livre-Arbítrio

13 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

Há considerável fatalidade nos reinos mineral e vegetal; nestas fases da evolução quase

tudo acontece segundo as leis básicas que regem a matéria – químicas, físicas e biológicas.

Rogério Miguez – Revista Reformador – 2020 – Abril – A convivência harmônica entre o

destino a fatalidade e o livre-arbítrio

Fatalidade

Evolução Espiritual

Fase Animal Fase Hominal

Liberdade com Responsabilidade

Adalberto Coelho

14 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

E mesmo antes do período em que o ser passa a integrar o reino humano, naquela fase em que o princípio espiritual – ainda não Espírito completamente formado – começa a se tornar consciente de sua existência.

Quando ele desperta para a realidade exterior, já se vê encaixado (sem possibilidade de fuga) nesse gigantesco mecanismo universal que o conduz inexoravelmente pela trilha da evolução à estação de chegada, que é a perfeição no Infinito.

Mario Frigeri – Revista Reformador – 2020 – Abril – Determinismo e livre-arbítrio Nas esferas primárias da evolução, o determinismo pode ser considerado irresistível. É o mineral obedecendo a leis invariáveis de coesão e o vegetal respondendo, fiel, aos

princípios organogênicos, mas, na consciência humana, a razão e a vontade, o conhecimento e o discernimento entram em função nas forças do destino, conferindo ao Espírito as responsabilidades naturais que deve possuir sobre si mesmo.

Por isso, embora nos reconheçamos subordinados aos efeitos de nossas próprias ações, não podemos ignorar que o comportamento de cada um de nós, dentro desse determinismo relativo, decorrente de nossa própria conduta, pode significar liberação abreviada ou cativeiro maior, agravo ou melhoria em nossa condição de almas endividadas perante a Lei. André Luiz – Ação e Reação – Cap 7 – Conversação Preciosa

Naturalmente, a criatura renasce com independência relativa e, por vezes subordinada a

certas condições mais ásperas, em virtude das finalidades educativas, mas semelhante imperativo não suprime, em caso algum, o impulso livre da alma.

André Luiz – Missionários da Luz – Cap. 13 – Reencarnação O que pratica o Bem, não se arrepende, Pois, o Bem, torna bom, ao que o pratica. Mas, quem do Mal se vale, crucifica ao que, à cruz da Maldade, enfim, se prende. Toda a ação, ou a inação, seus frutos rende. A mão que doa o Bem, paira mais rica. Na Maldade, porém, quem pontifica, vai sofrer... e, sofrendo, um dia aprende. Quem se mete na lama, se enlameia. A Luz, quem busca, ao Espírito clareia e faz, o nosso mundo, mais feliz. Se escolheres o Mal, tua colheita pela tua vontade, já está feita... Não preferes, do Bem, a diretriz?!...

Paulo Nunes Batista – Revista Reformador – 2006 – Julho – Questão de Livre-arbítrio

15 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

1.5 A Fatalidade e a Liberdade

O homem não é fatalmente levado ao mal; os atos que pratica não foram previamente

determinados; os crimes que comete não resultam de uma sentença do destino.

Ele pode, por prova e por expiação, escolher uma existência em que seja arrastado ao

crime, quer pelo meio onde se ache colocado, quer pelas circunstâncias que sobrevenham, mas

será sempre livre de agir ou não agir.

Assim, o livre-arbítrio existe para ele, quando no estado de Espírito, ao fazer a escolha

da existência e das provas e, como encarnado, na faculdade de ceder ou de resistir aos

arrastamentos a que todos nós temos voluntariamente submetido […]. Contudo, a fatalidade

não é uma palavra vã. Existe na posição que o homem ocupa na Terra e nas funções que aí

desempenha, em consequência do gênero de vida que seu Espírito escolheu como prova,

expiação ou missão.

Ele sofre fatalmente todas as vicissitudes dessa existência e todas as tendências boas ou

más, que lhe são inerentes. […] Há fatalidade, portanto, nos acontecimentos que se apresentam,

por serem estes consequência da escolha que o Espírito fez da sua existência de homem.

Pode deixar de haver fatalidade no resultado de tais acontecimentos, visto ser possível

ao homem, pela sua prudência, modificar lhes o curso […].

Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – 3º Parte – Cap. 10 – Lei de Liberdade – Item

– Resumo teórico do móvel das ações humanas – Perg. 872

Nunca há fatalidade nas opções morais, pois uma decisão pessoal infeliz não deve ser

vista como uma má-sorte ou como imposição de Deus aos seus filhos. Esta é a razão de os

Espíritos Superiores nos afirmarem: […] Ora, aquele que delibera sobre uma coisa é sempre

livre de fazê-la, ou não.

Se soubesse previamente que, como homem [encarnado], teria que cometer um crime,

o Espírito estaria a isso predestinado.

Ficai, porém, sabendo que ninguém há predestinado ao crime e que todo crime, como

qualquer outro ato, resulta sempre da vontade e do livre-arbítrio.

Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – 3º Parte – Cap.10 – Lei de Liberdade – Item

– Fatalidade – Perg. 866

Não existe nas soberanas Leis da Vida fatalidade para o mal.

O que ao ser acontece, é resultado do que ele fez de si mesmo e nunca do que Deus

lhe faz, como apraz aos pessimistas, aos derrotistas e cômodos afirmar.

Joanna de Angelis – Momentos de Consciência – Cap. 8 – Carma e Consciência

16 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

Eis porque a Doutrina Espírita fulge, da atualidade, diante da mente humana,

auxiliando-nos a descobrir os Estatutos Divinos, funcionando em nós próprios, no foro da

consciência, a fim de aprendermos, que a liberdade de fazer o que se quer está condicionada,

à liberdade de fazer o que se deve.

Estudemos os princípios da reencarnação, na lei de causa e efeito, a luz da justiça e da

misericórdia de Deus e perceberemos que mesmo encarcerados agora em constringentes

obrigações, estamos intimamente livres para aceitar com respeito e humildade as

determinações da vida, edificando o espírito de trabalho e compreensão naqueles que nos

observam e nos rodeiam, marchando, gradativamente, para a nossa emancipação integral, desde

hoje.

Emmanuel – Livro da Esperança – Cap. 7 – Ante o Livre-Arbítrio

Liberdade significa responsabilidade. Por esta razão a maioria dos homens a teme.

George Bernard Shaw – Man and superman: a comedy and a philosophy – página 273

A quem nos pergunte se a criatura humana é livre, responderemos

afirmativamente.

Acrescentemos, porém, que o homem é livre, mas responsável, e pode realizar o que

deseje, mas estará ligado inevitavelmente ao fruto de suas próprias ações.

(...)

O homem é livre até mesmo para receber ou recusar a existência, mas recolherá

invariavelmente os bens ou os males que decorram de sua atitude, perante as concessões

da Bondade Divina.

Todos somos livres para desejar, escolher, fazer e obter, mas todos somos também

constrangidos a entrar nos resultados de nossas próprias obras.

Cabe à Doutrina Espírita explicar que os princípios da Justiça Eterna, em todo o

Universo, não funcionam simplesmente à base de paraísos e infernos, castigos e privilégios de

ordem exterior, mas, acima de tudo, através do instituto da reencarnação, em nós, conosco,

junto de nós e por nós.

Foi por isso que Jesus, compreendendo que não existe direito sem obrigação e nem

equilíbrio sem consciência tranqüila, nos afirmou claramente: "Conhecereis a verdade e a

verdade vos fará livres.”

Emmanuel – Encontro Marcado – Cap. 53 – Livres, mas Responsáveis

17 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

A liberdade é lei da vida, que faz parte do concerto da harmonia universal.

Os imperativos inamovíveis e deterministas são vida e morte, no que diz respeito aos

equipamentos orgânicos, mesmo assim, sob o fatalismo de incessantes transformações.

Joanna de Angelis – Momentos de Saúde e de Consciência – Cap. 2 – Liberdade de escolha

Determinismo e livre-arbítrio são, aparentemente, temas inconciliáveis. Se os

acontecimentos da existência estão programados não há liberdade de escolha. Pior: não há nem

mesmo responsabilidade nas ações humanas. O assassino, o assaltante, o agressor, o viciado, o

suicida, o indolente, o explorador do semelhante e muitas outras pessoas comprometidas com

o Mal estariam apenas dançando ao som de uma orquestra denominada Destino, regida pela

Fatalidade, até mesmo para que suas vítimas resgatassem débitos cármicos.

Semelhante raciocínio está distanciado da realidade.

Existe, sim, um determinismo final, absoluto, inevitável: a Perfeição!

Todos seremos Espíritos Superiores, prepostos de Deus, quer queiramos ou não,

inevitavelmente. O tempo despendido depende de nós. Aí entra o livre-arbítrio, que nos permite

decidir como viajar, quais os caminhos a serem percorridos.

Há os que estacionam na preguiça, os que se chafurdam nos pântanos do vício, os que

escolhem atalhos enganosos que desembocam em abismos de violência e crime...

Todavia, ainda que leve eternidades todos acertaremos o passo e corrigiremos a rota,

com a tendência de andarmos cada vez mais depressa, com maior segurança, sem desvios, sem

distrações, sem perda de tempo, na medida em que amadurecermos moral e intelectualmente,

tomando consciência das leis inexoráveis que disciplinam esse trânsito divino.

Quanto à fatalidade na vida terrestre, pode-se dizer que está estreitamente vinculada ao

exercício do livre arbítrio.

Diz o apóstolo Paulo: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o

homem semear, isso também ceifará." (Gálatas, 6:7).

A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. Temos liberdade para exercer nossa

vontade e efetuar opções, mas a Vida estará realizando, sem cessar, no íntimo de nossa

consciência, um levantamento de bens e males cultivados, premiando-nos com a paz ou

corrigindo-nos com a dor, a fim de que não nos percamos nem estacionemos nos caminhos da

evolução.

Richard Simonetti – A Constituição Divina – Cap. Determinismo e Livre Arbítrio

18 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

O espírito consciente, criado através dos milênios, nos domínios inferiores da

natureza, chega à condição de humanidade, depois de haver pago os tributos que a evolução

lhe reclama.

À vista disso, é natural compreendas que o livre-arbítrio estabelece determinada

posição para cada alma, porquanto cada pessoa deve a si mesma a situação em que se

coloca.

És hoje o que fizeste contigo ontem.

Serás amanhã o que fazes contigo hoje.

Emmanuel – Justiça Divina – Cap. 30 – Diante da Lei

Livre arbítrio! … Livre arbítrio! …

O homem faz o que quer,

Mas sempre responderá

Por aquilo que fizer

Cornélio Pires – Caminhos da Vida Cap. 13 – Livre Arbítrio

Deus criou o livre-arbítrio, nós criamos a fatalidade.

André Luiz – Nosso Lar – Cap. 46 – Sacrifício de Mulher

19 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

2. O Destino – O Que É?

2.1 Uma Colheita

O destino é um campo restituindo invariavelmente o que recebe.

Emmanuel – Trilha de Luz – Cap. 12 – Página do Irmão mais Velho

Ao contrário, tudo se explica, tudo se esclarece, pela doutrina das vidas sucessivas.

A lei de justiça revela-se, nos menores detalhes da existência. As desigualdades que nos chocam

resultam das diferentes posições ocupadas pelas almas, em seus graus infinitos de evolução.

O destino do ser é apenas o desenvolvimento, através dos tempos, da longa série de

causas e efeitos desencadeados por seus atos.

Leon Denis – O Problema do Ser, do Destino e da Dor – 2º Parte – Cap. 13 – As Vidas

Sucessivas

Não lancemos a Deus a culpa de nossos negros destinos, nem nos quedemos inertes sob

uma fatalidade que não nos caberia afastar de nosso caminho.

A culpa é exclusivamente nossa, e a fatalidade é a da Lei que dita as sentenças

compatíveis com as obras de cada qual; fatalidade existe nas consequências de atos

pretéritos, pois estes permanecem depositados nos indestrutíveis arquivos do Eterno.

São fatais as dolorosas consequências de nossos erros, como fatais as doçuras de nossa

caridade.

Entendendo a Lei eterna do Eterno Juiz de Bondade e de Justiça, preveremos nosso

futuro, como compreendemos o que nos aflige no presente.

Emmanuel – Revista Reformador – 1950 – Março – Pag. 54 – Futuro e Fatalidade

O destino, portanto, estamos a tracejá-lo cada momento, mediante as atitudes

assumidas em cada etapa vencida, em cada jornada a vencer.

Fiamos e desfiamos a rede do porvir, estabelecendo as medidas necessárias

à felicidade ou à desdita de que somos responsáveis, autores do nosso sofrer ou alegria.

Vitor Hugo – Párias em Redenção – 1º Parte – Cap. 7 – A Fé

20 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

Não existe dor sem causa, nem alegria sem título de merecimento. Em ambas as situações, mantém-te vigilante, porque ninguém passa pelo mundo sem as

suas vivências, e a dor faz parte do processo iluminativo. O aperfeiçoamento moral do Espírito é da sombra para a luz, do bruto para o sublime.

Joanna de Angelis – Revista Reformador – 2016 – Maio – Provas e Expiações

A Bondade Divina nos assiste, de múltiplas maneiras, amparando-nos o reajustamento, mas em todos os lugares viveremos jungidos às consequências dos próprios atos, de vez que somos herdeiros de nossas próprias obras.

André Luiz – Entre a Terra e o Céu – Cap. 9 – No Lar da Benção

Toda aflição se fixa em raízes que devem ser extirpadas. Algumas possuem causas atuais, enquanto outras se prendem ao passado espiritual, constituindo tais fatores a justiça impertérrita que alcança os infratores dos códigos divinos do amor e do equilíbrio.

Joanna de Angelis – Celeiros de Bênçãos – Cap. 35 – Serão Consolados

O mal está determinado no conteúdo do nosso destino? Ninguém nasce destinado ao mal, porque semelhante disposição derrogaria os

fundamentos do Bem Eterno sobre os quais se levanta a Obra de Deus. O Espírito renascente no berço terrestre traz consigo a provação expiatória a que deve

ser conduzido ou a tarefa redentora que ele próprio escolheu, de conformidade com os débitos contraídos.

Prevalece aí o mesmo princípio que vige para as sociedades terrestres, pelo qual, se o homem é malfeitor confesso, deve ser segregado em estabelecimento correcional adequado para a reeducação precisa, e, se é apenas aprendiz no campo da experiência, com dívidas e créditos, sem falta grave a resgatar, é justo possa pedir às autoridades superiores, que lhe presidem os movimentos, o gênero de trabalho ou de luta em que se sinta mais apto ao serviço de autoaperfeiçoamento.

Entendamos, porém, que, se perpetrou delito passível de dolorosa punição, não é ele internado na penitenciária ou no trabalho reparador para que se desmande, deliberadamente, em delitos maiores, o que apenas lhe agravaria as culpas já formadas perante a Lei.

É natural que o devedor, nessa ou naquela forma de resgate, venha a sofrer fortes impulsos e recidivas no erro em que faliu, tanto maiores quão mais extenso lhe tenha sido o transviamento moral; entretanto, a provação deve ser assimilada como recurso de emenda, nunca por válvula de expansão das dívidas assumidas.

Desse modo, ninguém recebe do Plano Superior a determinação de ser relapso ou vicioso, madraço ou delinquente, com passagem justificada no latrocínio ou na dipsomania, no meretrício ou na ociosidade, no homicídio ou no suicídio. Padecemos, sim, nesse ou naquele setor da vida, durante a recapitulação de nossas próprias experiências, o impulso de enveredar por esse ou aquele caminho menos digno, mas isso constitui a influência de nosso passado em nós, instilando-nos a tentação, originariamente toda nossa, de tomar a ser o que já fomos, em contraposição ao que devemos ser.

André Luiz – Evolução em Dois Mundos – Cap. 18 – Evolução e Destino

21 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

2.2 Uma Plantação

Cada um de nós é capaz de lobrigar seu futuro e, ainda mais, de prepará-lo. O enigma da vida se esfuma, quando sabemos que a existência que corre é o fruto do

que semeámos, e que a de amanhã será o que houvermos hoje plantado. Emmanuel – Revista Reformador – 1950 – Março – Pag. 54 – Futuro e Fatalidade

Cede hoje à vida o que possuas de melhor e, amanhã, aquilo que a vida tenha de melhor

te responderá. Emmanuel – Joia – Cap. 13 – Em Torno do Futuro

Cada hora na vida é recurso potencial para a criação de novos destinos. Entendendo que apenas o dever cumprido resgata-nos os débitos, não nos esqueçamos

de que pelo serviço espontâneo, além do quadro das nossas justas obrigações, todos conseguimos sublimar o próprio livre-arbítrio.

Emmanuel – Linha Duzentos – Cap. 10 – Diante do Destino Podes mudar o teu destino, conforme agires no teu dia-a-dia. Não existe uma predestinação para o mal, mas sim para a perfeição relativa. O bem que fazes é luz que acendes na noite dos teus compromissos, apontando rumos

libertadores e diminuindo o débito que te pesa na economia espiritual. O teu destino, portanto, encontra-se ao teu alcance para alterá-lo conforme a direção

que dês ao teu comportamento. E se hoje não podes decidir o que fazer ou como realizá-lo, face aos impedimentos que

te retêm nos limites estreitos da expiação, desperta em espírito e alegra-te, porque logo mais raiará dia novo para os teus projetos de plenitude.

Joanna de Angelis – Nascente de Bençãos – Cap. 19 – Alterações do Destino Ninguém tem o destino o sofrimento. Ele é o resultado da ação negativa, jamais a causa.

Joanna de Angelis – Momentos de Saúde e de Consciência – Cap. 2 – Liberdade de Escolha A cada momento o Espírito está fazendo, modificando, renovando o seu destino. Os pensamentos e os atos são-lhe os agentes importantes, responsáveis pelas alterações

que lhe cumpre viver no suceder dos dias. Isto, porque, a cada ação corresponde uma reação equivalente

Joanna de Angelis – No Limiar do Infinito – Cap. 5 – Determinismo e livre-arbítrio O amor é uma Força que transforma o destino.

André Luiz – Entre o Céu e a Terra – Cap. 38 – Casamento Feliz

Procura formar amigos Com teus valores cristãos. O destino faz parentes, A bondade faz irmãos.

Casimiro Cunha – Gotas de Luz – Cap. 30 – Recados

22 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

2.3 Um Planejamento

A evolução é a transição do ser da condição de escravo à condição de senhor do próprio destino.

Lameira de Andrade – Ideal Espírita – Cap. 32 – Na Experiência Atual

Como é compreensível, a planificação para reencarnações é quase infinita, obedecendo a critérios que decorrem das conquistas morais ou dos prejuízos ocasionais de cada candidato.

(...) Concomitantemente, de acordo com a ficha pessoal que identifica o candidato, é feita a pesquisa sobre aqueles que lhe podem oferecer guarida, dentro dos mapas cármicos, providenciando-se necessários encontros ou reencontros na esfera dos sonhos, se os futuros genitores já estão no veículo físico, ou diretamente, quando se trata de um plano elaborado com grande antecedência, no qual os membros do futuro clã convivem, primeiro, na Erraticidade, donde partem já com a família adrede3 estabelecida...

(...) Fenômenos do determinismo são estabelecidos com margem a alternâncias decorrentes do uso do livre-arbítrio, de modo a permitir uma ampla faixa de movimentação com certa independência emocional em torno do destino, embora sob controles que funcionam automaticamente, em consonância com as leis do equilíbrio geral.

(...) Com as luzes projetadas pelo Espiritismo, na atualidade, o empreendimento da reencarnação adquire hoje mais amplo entendimento pelos homens, que reconhecem a sua procedência espiritual, identificando-a e, por sua vez, preparando-se para o retorno à vida que estua e nela se encontra, inevitavelmente, seja no corpo ou fora dele.

Manoel Philomeno de Miranda – Temas da Vida e da Morte – Cap. 1: Reencarnação – Dádiva de Deus

O mapa de regeneração volta conosco ao mundo, consoante as responsabilidades por

nós mesmos assumidas no pretérito remoto e próximo; contudo, o modo pelo qual nos desvencilhamos dos efeitos de nossas próprias obras facilita ou dificulta a nossa marcha redentora na estrada que o mundo nos oferece.

Aceitemos os problemas e as inquietações que a Terra nos impõe agora, atendendo aos nossos próprios desejos, na planificação que ontem organizamos, fora do corpo denso, e tenhamos cautela com o modo de nossa movimentação no campo das próprias tarefas, porque, conforme as nossas diretrizes de hoje, na preparação do futuro, a vida nos oferecerá amanhã paz ou luta, felicidade ou provação, luz ou treva, bem ou mal.

Emmanuel – Nascer e Renascer – Cap. 4 – Fatalidade e Livre arbítrio Emmanuel – Revista Reformador – 1954 – Abril – Pag. 74 – Fatalidade e Livre

arbítrio

23 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

2.4 Uma Decisão

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.”

Paulo de Tarso – I Coríntios 10:23 Ciência clara do acerto Enfeixada em nota breve: Distinguir o que se pode Daquilo que não se deve

Boris Freire - Trovas do Mais Além – Cap. 10 - Trovas da razão Afirma a Divina Escritura que “a cada um será dado segundo suas obras”, o que, no

fundo, equivale a dizer-se que as reações dos homens perante a vida é que decidirão sobre

o destino de cada um.

Emmanuel – Alma e Coração – Cap. 38 – Reações

Querer ou não querer, esforçar-se ou não pelo triunfo pessoal, depende de cada

aprendiz da vida.

Açulado, perseguido por fatores inditosos, arrojado a situações perniciosas, mesmo

assim o homem é responsável pela sua acomodação tácita ou pelo empenho de superação das

injunções, que devem funcionar como valiosas experiências para a fixação do dever nobre, do

bem atuante nos painéis da sua mente encarnada.

De forma alguma desistas de lutar, de tentar em esforço de reabilitação, de repetir a

tarefa até lograr a vitória.

Só há fatalidade para o bem, sendo as determinações de provação e expiação, capítulos

e ensaios redentores para os equivocados que se demoram nas experiências primárias da

evolução.

Joanna de Angelis – Leis Morais da Vida – Cap. 38 – Diante do destino

Nunca prejudicarás a alguém sem prejudicar-te.

Nunca beneficiarás a essa ou aquela pessoa sem beneficiar a ti mesmo.

Através de nossas ações, sobre os outros, traçamos o próprio caminho.

Os companheiros de nossa estrada são fragmentos de que se nos constituirá o próprio

futuro.

Esses apontamentos pertencem à Lei

Emmanuel – Pronto Socorro – Cap. 12 – Assunto de Lei

24 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

Qualquer alma tem o seu destino traçado sob o ponto de vista do trabalho e do sofrimento, e, sem paradoxos, tem de combater com o seu próprio destino, porque o homem não nasceu para ser vencido; todo Espírito labora para dominar a matéria e triunfar dos seus impulsos inferiores.

Emmanuel – Emmanuel – Cap. 32 – O Homem e seu Destino Não dês trégua à desdita, à ociosidade, aos queixumes. És senhor do teu destino, e ele tem para ti, como ponto de encontro, o infinito. Quem se desvaloriza e se desmerece e se invalida, fica na retaguarda. É necessário que te envolvas com o programa divino. Todo aquele que se não

envolve positivamente, nunca se desenvolve. Se preferires sofrer, terás liberdade para a experiência até o momento em que te

transfiras para a opção do bem-estar. Desse modo, não transformes incidentes de pequena monta, coisas e ocorrências

corriqueiras, em tragédias. Ninguém tem o destino do sofrimento. Ele é resultado da ação negativa, jamais a

causa. Joanna de Angelis – Momentos de Saúde e de Consciência – Cap. 2 – Liberdade de escolha

Em qualquer lugar ou crença, Segundo o Plano Divino, O homem conforme pensa Constrói o próprio destino

Lourenço de Almeida Prado – Paz e Alegria – Cap. 3 – Cartazes de Rumo

Trazes contigo o leme do destino escondido na mente, ocultando no peito o impulso que o dirige, porque tudo prospera aos golpes do desejo, e o ímã do desejo chama-se coração.

Emmanuel – Seara dos Médiuns – Cap. 76 – Imã As horas de inquietação e de incerteza virão sempre. Que fazer quando a bruma da indecisão nos envolva as trilhas da existência? Que padrão

seguir, quando chamados a deliberações graves e intransferíveis? Efetivamente, para cada um de nós surgem lances aflitivos nos quais o nosso livre-

arbítrio parece entranhado na sombra, incapaz de escolher entre o bem e o mal. Apesar disso, em meio a todos os desafios no reino da alma, encontraremos no Cristo a inspiração necessária para a resposta justa.

Resoluções a tomar, encargos por assumir, opiniões a fornecer e provas a enfrentar solicitam meditação se nos propomos atuar com discernimento. Em todas as indecisões e aflições, pensa no Cristo.

Reflete no Mentor Sublime que nos ama e compreende sempre, muito antes que lhe possamos oferecer migalha da nossa compreensão e do nosso amor, e escolhe proceder qual se comportaria Ele, dando de si, sem pensar em si. Deixa-te estar com Ele, tanto quanto Ele está contigo há milênios, e, seja qual seja o teu problema, em sentindo, pensando, falando ou agindo, acertarás.

Emmanuel – Encontro Marcado – Cap. 60 – O Modelo

25 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

3. O Destino – Encruzilhadas – Como Decidir?

3.1 Orar

Examinando o problema imenso que se avulta, aquietado pelas complexas engrenagens das decisões, estugue o passo, faça uma prece.

A prece tem o poder de clarificar os horizontes e içar o homem do abismo às cumeadas libertadoras.

Concluída a tarefa em que recolheu bênçãos e júbilos, não se esqueça da prece. A prece não lhe constitua um instrumento de rogativa e solicitação incessantes,

tornando-se, também, um telefone para expressar o reconhecimento e a gratidão com que você exporá os sentimentos renovados ao Pai Celestial'

Marco Prisco – Momentos de Decisão – Cap. 17 – Nunca é Demais Assim, mantém a mente em Deus e procura sempre descobrir o que Ele te reserva,

sabendo antecipadamente que és filho dEle e estás sob o seu seguro comando. Abre a inteligência à luz do saber e os sentimentos, à ação de amar. A construção da felicidade para o amanhã passa pelos momentos da abertura de

alicerces hoje que te facultarão segurança para ao empreendimento. Joanna de Angelis – Nascente de Bençãos – Cap. 19 – Alterações do Destino

Ora, com assiduidade, a fim de que as ondas da inspiração superior visitem tua casa

mental e lubrifiquem peças e implementos do aparelho elétrico do sistema nervoso que te serve de sustentáculo.

Joanna de Angelis – Espírito e Vida – Cap. 45 – Dinamismo para a Paz

Ore e consulte o Evangelho, após o que não tarde em demasia a definição. Marco Prisco – Momentos de Decisão – Cap. 15 – Decisão e Atitude

Não precisas, assim, sofrer longas hesitações nas horas de tempestade. Se realmente procuras caminho justo, ouçamos o Cristo, e a palavra dele, por bússola

infalível, traçar-nos-á rumo certo. Emmanuel – Religião dos Espíritos – Cap. 70 – Na Hora da Crise

Através da oração, será fácil discernir, escolher e adotar qual o caminho mais

seguro e feliz. A prece é a salvação da vida. Sem ela o homem enlouquece. Quando estejas cercado de dificuldades e agressões, não vendo possibilidade alguma de

chegar-te o socorro a tempo, ora, entregando-te a Deus, e a salvação te alcançará de Cima, no momento exato.

Joanna de Angelis - Momentos de Coragem – Cap. xx. – No Momento Exato

26 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

Pela oração, o homem se eleva da Terra aos Céus; pelo trabalho, o homem constrói os Céus na Terra.

Se a oração é o corpo da crença, o trabalho é a sua alma, porquanto, segundo a palavra do Apóstolo, “a fé sem obras é morta.”

Carlos Pastorino – Tende Bom Animo – Cap. 21 – Oração e Trabalho Orar é mais do que abrir a boca e pedir. É comungar com Deus, banhando-se de paz

e renovação íntima... Orar é como arar, é agir, é atuar com Jesus Cristo e os Espíritos Superiores em favor

do mundo. A maior oração da vida transcendental do Cristo foi o verbo amar, conjugado da

Manjedoura ao Gólgota, culminando no olvido a todo o mal com a mensagem do bem com que Ele partiu da Terra.

Joanna de Angelis – Espírito e Vida – Cap. 35 – Orar sem Cessar Orar sempre e constantemente para sair da aflição, evitar a tentação, dominar a ira

e entender o sofrimento – ignorado mestre – que segue com o Espírito estrada a fora sublimando a Imortalidade.

Amélia Rodrigues – Crestomatia da Imortalidade – Cap. 41 – Orar sempre e Constantemente

O homem necessita de orar quanto vibra e sente. Orando, a mente encontra roteiro, o espírito consolação... Ora, pois, sempre, como recomenda o Apóstolo do Senhor. Ora e solicita bênçãos. Ora e ilumina a alma. Ora e agradece as dádivas. Orar é viver. Viver é comungar com Deus através da prece, modificando os quadros da existência,

para que se registem as mais nobres manifestações do céu, procurando conduzir o espírito na Terra.

Quem ora, vive mais em profundidade, porque haure, na prece, as energias vivificantes para prosseguir e libertar-se...

Ivon Costa – Depoimentos Vivos – Cap. 7 – Em Prece A Oração, dentro da Alma comprometida em lutas na sombra, assemelha-se à lâmpada

que se acende numa casa desarranjada; a presença da luz não altera a situação do ambiente desajustado e nem remove os detritos acumulados no recinto doméstico, entretanto, mostra sem alarde o serviço que se deve fazer.

Emmanuel – Livro da Esperança – Cap. 88 – Em Louvor da Prece É necessário, portanto, cultivar a prece, para que ela se torne um elemento natural

da vida, como a respiração. É indispensável conheçamos o meio seguro de identificarmos com o Nosso Pai.

Humberto de Campos – Boa Nova – Cap. 18 – Oração Dominical

27 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

3.2 Meditar

Sua decisão num momento responderá pelos seus dias futuros.

Não se precipite. A meditação o ajudará a discernir com clareza e segurança.

Marco Prisco – Momentos de Decisão – Cap. 15 – Decisão e Atitude

Se pretendes mergulhar nos fluidos superiores da Vida, desvendando os complexos

mecanismos da existência, ora e medita.

A prece levar-te-á ao norte seguro e a meditação fixar-te-á no centro das aspirações

superiores, harmonizando-te.

Joanna de Ângelis – Otimismo – Cap. 16 – Asas da Libertação

Vem a um lugar à parte, no País de ti mesmo, a fim de repousar um pouco. Esquece as

fronteiras sociais, os controles domésticos, as incompreensões dos parentes, os assuntos

difíceis, os problemas inquietantes, as idéias inferiores.

Retira-te dos lugares comuns que ainda te prendes.

Concentra-te, por alguns minutos, em companhia do Cristo, no barco de teus

pensamentos mais puros, sobre o mar das preocupações cotidianas...

Emmanuel – Caminho, Verdade e Vida – Cap. 168 – Na Meditação

Caracterizam a conduta de um homem que medita e age, uma mente bondosa e um

coração afável. Vencendo as suas más inclinações adquire sabedoria para a bondade, evitando

as paixões consumidoras. Assim, faz-se pacífico e produtivo, não se aborrecendo, nem

brigando, antes harmonizando tudo e todos ao seu redor.

Uma das diferenças entre quem medita e aquele que o não faz, é a atitude mental

mediante a qual cada um enfrenta os problemas. O primeiro age com paciência ante a

dificuldade e o segundo reage com desesperação.

Assim, o importante e essencial é dominar a mente, adquirindo o hábito de ser bom.

Joanna de Angelis – O Homem Integral – Cap. 35 – Meditação e Ação

Habitua-te à meditação, após as fadigas.

Poucos minutos ao dia, reserva-os à meditação, à paz que renova para outros embates.

Terminado o teu refazimento, ora e agradece a Deus a benção da vida, permanecendo

disposto para a conquista dos degraus de ascensão que deves galgar com otimismo e vigor.

Joanna de Ângelis – Alegria de Viver – Cap. 16 – Necessidade da Meditação

28 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

Reserva-te algum tempo para o silêncio interior. É necessário estabeleceres um deserto

íntimo para servir-te de refúgio nos momentos em que necessites de harmonia.

Viaja, pois, com frequência ao teu deserto, onde poderás repousar, renovar conceitos e

ser harmônico, a fim de poderes atender os labores que aceitas como mensageiros da tua

felicidade.

Quando estrugir a tempestade ameaçadora que devasta, tranquilamente te mantém em

paz, confiando que somente te acontecerá o que seja de melhor para tua elevação espiritual.

Joanna de Angelis – Luz nas trevas – Cap. 6 – A Benção do Silêncio

Meditar é uma necessidade imperiosa que se impõe antes de qualquer realização.

Com esta atitude acalma-se a emoção e aclara-se o discernimento, harmonizando-se os

sentimentos.

Não se torna indispensável que haja uma alienação, em fuga dos compromissos que lhe

cumpre atender, face às responsabilidades humanas e sociais. Mas, que reserve alguns espaços

mentais e de tempo, a fim de lograr o cometimento.

*

Começa o teu treinamento, meditando diariamente num pensamento do Cristo, fixando-

o pela repetição e aplicando-o na conduta através da ação.

Aumenta, a pouco e pouco, o tempo que te dediques, treinando o inquieto corcel mental

e aquietando o corpo desacostumando.

(...) Escolhe um lugar asseado, agradável, se possível, que se te faça habitual,

enriquecendo-lhe a psicosfera com a qualidade superior dos teus anelos.

Reserva-te uma hora calma, em que estejas repousado.

Invade o desconhecido país da tua mente, a princípio reflexionando sem censurar, nem

julgar, qual observador equilibrado diante de acontecimentos que não pode evitar.

Respira, calmamente, sentindo o ar que te abençoa a vida.

Procura a companhia de pessoas moralmente sadias e sábias, que te harmonizem.

Dias haverá mais difíceis para o exercício.

O treinamento, entretanto, se responsabilizará pelos resultados eficazes.

Não lutes contra os pensamentos. Conquista-os com paciência.

Tão natural se te tornará a realização que, diante de qualquer desafio ou problema, serás

conduzido à idéia predominante em ti, portanto, a de tranqüilidade, de discernimento.

Joanna de Angelis – Momentos de Meditação – Cap. 1 – Recorre a Meditação

29 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

3.3 Ponderar

Use calma. Não delibere apressadamente. As circunstâncias, filhas dos Desígnios

Superiores, modificam-nos a experiência, de minuto a minuto.

André Luiz – Agenda Cristã – Cap. 10 – Nos Momentos Graves

Você enfrentará inumeráveis desafios, durante a vilegiatura carnal, que poderá vencer,

amparando-se na reflexão e na calma.

Os instantes de graves decisões exigem maior quota de equilíbrio, a fim de se agir com

acerto. Momentos, no entanto, surgem, que parecem ameaçar as melhores construções de toda

uma vida, por impulsionarem o homem a ações rudes, como a decisões intempestivas,

prejudiciais.

São os momentos maus.

Nessas ocasiões toda a complexa organização nervosa deixa-se destrambelhar ao

impacto das conjunturas, desencadeando reações imprevisíveis, na maioria das vezes, infelizes.

Vença o momento mau, com a Paciência que o dilui.

Marco Prisco – Luz Viva – Cap. 27 – O Mau Momento

As leis, a ordem, a disciplina são processos educativos que devem ser respeitados.

Não creia que “só acontece o que deve acontecer”.

A sua conduta altera para melhor ou para pior o seu esquema evolutivo, conforme a

direção que você se conceda.

Marco Prisco – Momentos de Decisão – Cap. 18 – Culpa e Resgate

Num minuto apenas, o que era luz se transforma em noite, o incêndio devora, o ladrão

rouba as jóias faiscantes, a casa desaba, o jardim de alegria fenece, um terremoto rompe a terra,

sepultando tudo...

Num minuto apenas, você pode receber a visita do Cristo e modificar o roteiro da

existência, eternizando, no precioso escrínio das suas posses, essa joia invulgar que não volta

jamais com o mesmo valor: o minuto!

Marco Prisco – Legado Kardequiano – Cap. 51 – Um Minuto Apenas

Paciência é uma força mágica que desata os nós que a vida, as vezes, consegue dar em nossa vida.

Jácome Góes – Jornal da Cidade – Sergipe/Aracaju

30 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

Oração é equilíbrio; paciência, segurança.

A oração lhe doará forças e a paciência, ânimo para reiniciar a jornada com otimismo

A oração sustenta na perseverança do ideal e a paciência faculta oportunidade para a

reflexão.

A oração é ponte para liga-lo ao Pai e a paciência é a estrada por onde você deambulará

até lograr essa meta superior.

Em qualquer circunstância: na vitória ou no fracasso, na paz ou no combate, entre

amigos ou sitiado por adversários, jubiloso ou em lágrimas, recolha-se à oração e à paciência.

A oração lhe abrirá a comporta mental para a inspiração, a paciência lhe dará os meios

para guardar no imo a resposta divina.

Marco Prisco – Momentos de Decisão – Cap. 13 – Oração e Paciência

A precipitação desnorteia; a paciência harmoniza.

Precipitado, o homem tomba nas próprias armadilhas. Paciente, soluciona todos os

enigmas.

A precipitação retrata distúrbio emocional, enquanto que a paciência reflete harmonia

interior.

Joanna de Angelis – Alegria de Viver – Cap. 2 – Precipitação e Paciência

A verdadeira paciência é uma atitude dinâmica perante os acontecimentos, não

imobilizando o indivíduo, antes, mantendo-o íntegro no dever, vigilante na ação, dedicado no

compromisso.

Joanna de Angelis – Momentos de Coragem – Cap. 4 – Paciência Dinâmica

A prudência é atitude de sabedoria. Prudência no falar; prudência no agir; prudência quando pensar.

A ação precipitada, sem a necessária prudência, invariavelmente engendra desacertos e aflições sem nome, conduzindo o aturdido ao despenhadeiro do insucesso, em cuja rampa o remorso chega tardio.

Antes de agir o homem é depositário de todos os valores que pode investir. Após a ação colhe os resultados do ato. Agir, portanto, através da ponderação a fim de que a atitude não se converta em algoz,

que escravize o próprio instrumento. Pensar prudentemente. Pensar-refletindo predispõe a ouvir, acostumando a ver, criando o hábito de ponderar

para, então, chegar às legítimas conclusões em torno dos veros problemas da vida. Joanna de Angelis – Convites da Vida – Cap. 43 – Convite à Prudência

31 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

3.4 Agir

Mudanças, aflições, anseios, lutas, desilusões e conflitos sempre existiram no caminho

da evolução. Por isso mesmo, o mais importante não é aquilo que aconteça e sim o seu modo

de reação.

André Luiz – Na Era do Espírito – Cap. 22 – O mais Importante

Aja com elegância mesmo quando diante de circunstâncias perturbadoras.

Não reaja movido pelas paixões inferiores. Todos somos chamados, inevitavelmente, a

testemunhos que aferem os valores individuais, na pauta da evolução de cada um.

Marco Prisco – Momentos de Decisão – Cap. 15 – Decisão e Atitude

A reação perturba, a ação edifica.

Quando reages sem pensar, serás obrigado, mais tarde, a agir para concertar.

Joanna de Angelis – Alegria de Viver – Cap. 2 – Precipitação e Paciência

Transitam e passam os momentos da vida, que dão origem aos estados de paz e de

aflição em que o homem se renova na esperança ou se abate da dor.

(...)

Indispensável saber utilizar as lições do Evangelho em cada momento da existência

física, a fim de poder fruir as benções da vida eterna.

Seja este o seu momento de decisão feliz.

Marco Prisco – Momentos de Decisão – Introdução

Nas crises de incerteza, quanto à direção espiritual: “Se queres vir após mim, nega

a ti mesmo, toma a tua cruz e segue-me”.

Emmanuel – Livro da Esperança – Cap. 78 – Ante o Divino Médico

A ascensão ou a queda será decorrência do teu livre arbítrio, desde que, em todo

momento, o Senhor te faculta recursos excelentes com que podes discernir, optar e agir...

Joanna de Angelis – Leis Morais da Vida – Cap. 38 – Diante do Destino

32 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

4. O Destino, a Fatalidade e o Livre-Arbítrio – Exemplos

4.1 A Lição Paternal – Humberto de Campos

Questionávamos, em torno da fatalidade e do livre arbítrio, quando o velho Samuel

tomou a palavra e contou, sereno:

— Hanina ben Hazan, um israelita imensamente rico, vivia em Jope, cercado de

consideração pela nobreza de sua conduta. Embora senhoreasse extensos pomares e não

obstante a enorme riqueza que granjeara no mercado de peles, caracterizava-se pela extrema

simplicidade com que pautava todos os atos da vida. Estimado na posição de filósofo, reunia,

no próprio lar semanalmente, todos os estudiosos dos Escritos Sagrados que se propusessem

debater os problemas do povo, a fim de auxiliar os concidadãos com mais segurança.

Certa noite, laboriosa contenda irrompeu no recinto doméstico.

O rabi Johanan, visitante ilustre, declarara que, diante do Todo-Poderoso, todas as

consciências são livres, ao que Boaz, filho único de Hanina, replicara, desabrido, que todas as

criaturas são obrigadas a executar, matematicamente, a vontade de Deus.

Azedou-se a polêmica.

A assembleia dividida mostrava maioria absoluta, ao lado de Johanan, enquanto Boaz,

no ímpeto da força juvenil, após justificar-se, furioso, apresentou a dúvida ao exame paterno.

O anfitrião, porém, conhecido pela grande prudência conquanto lastimasse o desrespeito

do filho para com o sábio que hospedava, pediu com delicadeza fosse a questão adiada para o

mês seguinte, de vez que desejava educar o herdeiro querido sem violência, e o conselho

familiar foi encerrado em amistosas manifestações de alegria.

No dia imediato, Hanina chamou o filho que atingira a maioridade e confiou-lhe duas

bolsas recheadas de ouro para entregar em Jerusalém, com vistas à realização de certo negócio.

Boaz deveria obedecer, implicitamente, todas as instruções e, ainda mesmo que tivesse

qualquer plano, suposto favorável ao empreendimento, caber-lhe-ia silenciar ante os

mercadores a quem o dinheiro se destinava.

O moço partiu com agenda rigorosa. Dia de saída e dia de chegada. Horários para reger-

se na Cidade Santa. Moedas que poderia gastar em proveito próprio.

O jovem cumpriu as determinações e retornou, desenxabido, mas o genitor, articulando

tarefa diferente, incumbiu-o de vender larga partida de lã a diversos comerciantes que se

dirigiam para Haifa, marcando, porém, os preços que lhe pareciam convenientes e proibindo-

lhe qualquer ingerência no assunto.

33 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

Depois de satisfazer as ordenações, o rapaz regressou, patenteando indisfarçável

desalento.

Hanina, entretanto, buscou-lhe os préstimos na consecução de outra empresa. Dessa vez,

doava-lhe expressivo tesouro em peças de prata, que passariam a pertencer-lhe, sob a condição

de sujeitá-las ao governo de poderoso usurário seu amigo, em cuja guarda semelhantes recursos

permaneceriam pelo prazo de dez anos, findo o qual as preciosidades seriam restituídas,

acompanhadas de rendimento compensador.

O filho obedeceu, evidentemente contrariado, e, ao voltar, o pai cedeu-lhe um campo de

vastas dimensões, com a ordem expressa de cultivar o trigo, estabelecendo prévias normas para

os serviços da sementeira e da colheita, com instruções que ao jovem competia observar,

rigidamente. Abraçando, contudo, as novas obrigações, o rapaz clamou, triste:

— Oh! Meu pai, há muito que vos sirvo, colocando empenho e sinceridade em tudo o

que a vossa bondade me ordena fazer; entretanto, agora que me sinto homem feito, rogo

permissão para considerar que a vossa autoridade, apesar de generosa, me impede a edificação

do próprio destino, conforme a visão que o mundo me oferta. Algemado aos vossos desígnios,

por três vezes nos últimos vinte dias, vi afastarem-se de mim valiosas oportunidades de

melhorar a própria sorte.

Sem qualquer tentativa de furto, eu poderia ter sugerido algumas alterações aos vossos

representantes em Jerusalém, conseguindo excelente margem de lucro para os nossos negócios;

no entanto, os vossos avisos eram irrevogáveis e não tive outro recurso senão inclinar-me à

submissão.

Nos barcos que demandavam os armazéns de Haifa, teria facilmente obtido pequena

fortuna, sem dilapidar os interesses do próximo, ao fornecer a lã que me confiastes; todavia, era

imperioso satisfazer-vos as injunções.

Anteontem, passastes às minhas mãos substancioso patrimônio que poderia claramente

favorecer-me a segurança porvindoura; contudo, ao invés de exercitar-me as faculdades no

trabalho de minha própria manutenção, exigistes que a dádiva fosse depositada em meu nome,

para somente beneficiar-me daqui a dez anos, quando não sei se viverei neste mundo até

amanhã!…

Hoje, mandais que eu lance o trigo numa terra que julgo mais adequada ao sustento da

vinha…

Ah! Meu pai, porque sonegais ao vosso filho o direito das próprias decisões?

O velho Hanina, porém, satisfeito e comovido, enlaçou-o, ternamente, e ponderou:

34 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

— Tens razão, filho meu… Compreendes, agora, a nossa liberdade, à frente do Pai

Justo? O Criador concede às criaturas todos os bens da Criação, sem constranger-lhes o

exercício da livre escolha…

E, fitando o moço tomado de júbilo, concluiu:

— Cada homem é independente, na própria alma, a fim de eleger o próprio caminho.

O velho Samuel fixou em nós outros o olhar penetrante e calmo e rematou:

— O tema não comporta discussões. Deus nos concede a todos a fazenda valiosa da

vida; entretanto, cada um de nós é responsável pela sua própria consciência, no que sente, pensa,

fala e realiza, perante a Lei.

E, abençoando-nos com ameno gesto de despedida, o sábio deixou-nos mergulhados em

fundo silêncio, com a significativa história para remoer e pensar.

Humberto de Campos – Relatos da Vida – Cap. 2 – Lição Paternal

35 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

4.2 O Merecimento – Hilário Silva

Saturnino Pereira era francamente dos melhores homens.

Amoroso mordomo familiar. Companheiro dos humildes.

A caridade em pessoa. Onde houvesse dor a consolar, aí estava de plantão. Não só isso.

No trabalho, era o amigo fiel do horário e do otimismo. Nas maiores dificuldades, era

um sorriso generoso, parecendo raio de sol dissipando as sombras.

Por isso mesmo, quando foi visto de mão a sangrar, junto à máquina de que era condutor,

todas as atenções se voltaram para ele, entre o pasmo e a amargura.

Saturnino ferido! Logo Saturnino, o amigo de todos…

Suas colegas de fábrica rasgaram peças de roupa, a fim de estancar o sangue a correr em

bica.

O chefe da tecelagem, solícito, conduziu-o ao automóvel, internando-o de pronto em

magnífico hospital.

Operação feliz. O cirurgião informou, sorrindo:

— Felizmente, nosso amigo perderá simplesmente o polegar. Todo o braço direito está

ferido, traumatizado, mas será reconstituído em tempo breve.

Longe desse quadro, porém, o caso merecia apontamentos diversos:

— Por que um desastre desses com um homem tão bom? — murmurava uma

companheira.

— Tenho visto tantas mãos criminosas saírem ilesas, até mesmo de aviões projetados

ao solo, e justamente Saturnino, que nos ajuda a todos, vem de ser a vítima! — comentava um

amigo.

— Devemos ajudar Saturnino.

— Cotizemo-nos todos para ajudá-lo.

Mas também não faltou quem dissesse:

— Que adianta a religião, tão bem observada? Saturnino é espírita convicto e leva a

sério o seu ideal. Vive para os outros. Na caridade é um herói anônimo. Por que o infausto

acontecimento?

— expressava-se um colega materialista.

E à tarde, quando o acidentado apareceu muito pálido, com o braço direito em tipoia,

carinho e respeito rodearam-no por todos os lados.

Saturnino agradeceu a generosidade de que fora objeto. Sorriu, resignado. Proferiu

palavras de agradecimento a Deus. Contudo, estava triste.

36 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

À noite, em companhia da esposa, compareceu à reunião habitual do templo espírita que

frequentava.

Sessão íntima.

Apenas dez pessoas habituadas ao trato com os sofredores.

Consagrado ao serviço da prece, o operário, em sua cadeira humilde, esperava o

encerramento, quando Macário, o orientador espiritual das tarefas, após traçar diretrizes,

dirigiu-se a ele, bondoso:

— Saturnino, meu filho, não se creia desamparado, nem se entregue a tristeza inútil. O

Pai não deseja o sofrimento dos filhos.

Todas as dores decretadas pela Justiça Divina são aliviadas pela Divina Misericórdia,

toda vez que nos apresentamos em condições para o desagravo.

Você hoje demonstra indiscutível abatimento. Entretanto, não tem motivo.

Quando você se preparava ao mergulho no berço terrestre, programou a excursão

presente. Excursão de trabalho, de reajuste. Acontece, porém, que formulou uma sentença

contra você mesmo…

Fez uma pausa e prosseguiu:

— Há oitenta anos, era você poderoso sitiante no litoral brasileiro e, certo dia, porque

pobre empregado enfermo não lhe pudesse obedecer às determinações, você, com as próprias

mãos, obrigou-o a triturar o braço direito no engenho rústico.

Por muito tempo, no Plano Espiritual, você andou perturbado, contemplando

mentalmente o caldo de cana enrubescido pelo sangue da vítima, cujos gritos lhe ecoavam no

coração. Por muito tempo, por muito tempo…

E continuou:

— E você implorou existência humilde em que viesse a perder no trabalho o braço mais

útil. Mas, você, Saturnino, desde a primeira mocidade, ao conhecer a Doutrina Espírita, tem os

pés no caminho do bem aos outros. Você tem trabalhado, esmerando-se no dever…

Não estamos aqui para elogiar, porque você continua lutando, lutando… e o plantio

disso ou daquilo só pode ser avaliado em definitivo por ocasião da colheita.

Sei, porém, que hoje, por débito legítimo, alijaria você todo o braço, mas perdeu só um

dedo… Regozije-se, meu amigo! Você está pagando, em amor, seu empenho à Justiça…

De cabeça baixa, Saturnino derramava grossas lágrimas.

Lágrimas de conforto, de apaziguamento e alegria…

Na manhã seguinte, mostrando no rosto amorável sorriso, compareceu, pontual, ao

serviço.

37 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

E porque o fiscal do relógio lhe estranhasse o procedimento, quando o médico o

licenciara por trinta dias, respondeu simplesmente:

— O senhor está enganado. Não estou doente. Fui apenas acidentado e posso servir para

alguma coisa.

E caminhando, fábrica a dentro, falou alto, como se todos devessem ouvi-lo:

— Graças a Deus!

Hilário Silva – A Vida Escreve – 2º Parte - Cap. 20 – O Merecimento

38 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

4.3 O Sábio e o Pássaro – Richard Simonetti

Conta-se que certa feita um jovem maldoso e inconsequente resolveu pregar uma peça

em idoso e experiente mestre, famoso por sua sabedoria.

— Quero ver se esse velho é realmente sábio, como dizem. Vou esconder um

passarinho em minhas mãos. Depois, em presença de seus discípulos, vou perguntar-lhe se está

vivo ou morto. Se responder que está vivo, eu o esmagarei e o apresentarei morto. Se afirmar

que está morto, abrirei a mão e o pássaro voará.

Realmente, uma armadilha infalível.

Aos olhos de quem presenciasse o encontro, qualquer que fosse sua resposta, o

sábio ficaria desmoralizado.

E lá se foi o jovem mal intencionado, com sua artimanha perfeita.

Diante do ancião acompanhado dos aprendizes, fez a pergunta fatal:

— Mestre, este passarinho que tenho preso em minhas mãos, está vivo ou morto?

O sábio olhou bem fundo em seus olhos, como se perscrutasse os recônditos de

sua alma, e respondeu:

— Meu filho, o destino desse pássaro está em suas mãos.

•••

Esta história pode ser sugestivo exemplo da perversidade que não vacila em

esmagar inocentes para conseguir seus objetivos.

Será, também, uma demonstração das excelências da sabedoria, a sobrepor-se

aos ardis da desonestidade.

E, sobretudo, uma ilustração perfeita sobre os mistérios do destino.

Consideram muitos que tudo acontece pela vontade de Deus, mesmo a doença,

a miséria, a ignorância, o infortúnio...

Trata-se da mais flagrante injustiça que cometemos contra o Criador, o Pai de

infinito amor e bondade revelado por Jesus.

A Vida é dádiva divina, mas a qualidade de vida será sempre fruto das ações

humanas.

Segundo os textos bíblicos, fomos criados à imagem e semelhança de Deus.

Filhos do Senhor Supremo, o que caracteriza nossa condição é o poder criador,

que exercitamos usando prodigioso instrumento — a vontade, a moldar nosso destino e

interferir no destino alheio.

Richard Simonetti – Revista Reformador – 1998 – Março – O Sábio e o Pássaro

39 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

5. Referências

Esta relação bibliográfica não está, intencionalmente, seguindo os padrões usuais – está

numa forma mais sintética, fazendo uma correlação direta entre o texto do trabalho e os

livros/mensagens.

# Autor/Referência

1 Allan Kardec – O Livros do Espíritos – 2º Parte – Cap. 6 – Vida Espírita – Item – Escolha das Provas – Perg. 259

2 Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – 3º Parte – Cap. 10 – Lei de Liberdade – Item – Fatalidade – Perg. 851

3 Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – 3º Parte – Cap. 10 – Lei de Liberdade – Item – Fatalidade – Perg. 852

4 Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – 3º Parte – Cap. 10 – Lei de Liberdade – Item – Fatalidade – Perg. 853

5 Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – 3º Parte – Cap.10 – Lei de Liberdade – Item – Fatalidade – Perg. 866

6 Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – 3º Parte – Cap. 10 – Lei de Liberdade – Item – Resumo teórico do móvel das ações humanas – Perg. 872

7 Amélia Rodrigues – Crestomatia da Imortalidade – Cap. 41 – Orar sempre e constantemente

8 André Luiz – Ação e Reação – Cap 7 – Conversação Preciosa

9 André Luiz – Agenda Cristã – Cap. 10 – Nos Momentos Graves

10 André Luiz – Busca e Acharás – cap. 31 – Citações de Tratamento

11 André Luiz – Entre a Terra e o Céu – Cap. 9 – No Lar da Benção

12 André Luiz – Entre o Céu e a Terra – Cap. 38 – Casamento Feliz

13 André Luiz – Evolução em Dois Mundos – Cap. 18 – Evolução e Destino

14 André Luiz – Missionários da Luz – Cap. 13 – Reencarnação

15 André Luiz – Na Era do Espírito – Cap. 22 – O mais Importante

16 André Luiz – Nosso Lar – Cap. 46 – Sacrifício de Mulher

17 Boris Freire - Trovas do Mais Além – Cap. 10 - Trovas da razão

18 Carlos Pastorino – Tende Bom Animo – Cap. 21 – Oração e Trabalho

19 Carlos Toledo Rizzini – Evolução para o Terceiro Milênio – Cap. 4 – item 14/15 – Determinismo e Livre-Arbítrio

40 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

# Autor/Referência

20 Cornélio Pires – Caminhos da Vida Cap. 13 – Livre Arbítrio

21 EADE – Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita – Programa II – Filosofia e Ciência Espíritas – Roteiro 17 – Causa e Efeito

22 Emmanuel – Alma e Coração – Cap. 38 – Reações

23 Emmanuel – Caminho, Verdade e Vida – Cap. 168 – Na Meditação

24 Emmanuel – Emmanuel – Cap. 32 – O Homem e seu Destino

25 Emmanuel – Encontro Marcado – Cap. 53 – Livres, mas responsáveis

26 Emmanuel – Encontro Marcado – Cap. 60 – O Modelo

27 Emmanuel – Joia – Cap. 13 – Em Torno do Futuro

28 Emmanuel – Justiça Divina – Cap. 30 – Diante da Lei

29 Emmanuel – Linha Duzentos – Cap. 10 – Diante do Destino

30 Emmanuel – Linha Duzentos – Cap. 8 – Na Rota Evolutiva

31 Emmanuel – Livro da Esperança – Cap. 7 – Ante o Livre-Arbítrio

32 Emmanuel – Livro da Esperança – Cap. 78 – Ante o Divino Médico

33 Emmanuel – Livro da Esperança – Cap. 88 – Em Louvor da Prece

34 Emmanuel – O Consolador – Perg. 132

35 Emmanuel – O Consolador – Perg. 139

36 Emmanuel - Pronto Socorro – Cap. 12 - Assunto de Lei

37 Emmanuel – Religião dos Espíritos – Cap. 70 – Na Hora da Crise

38 Emmanuel – Revista Reformador – 1950 – Março – Pag. 54 – Futuro e Fatalidade

39 Emmanuel – Revista Reformador – 1954 – Abril – Pag. 74 – Fatalidade e Livre arbítrio

40 Emmanuel – Seara dos Médiuns – Cap. 76 – Imã

41 Emmanuel - Trevo de ideias – Cap. 1 - Vontade e Destino

42 Emmanuel – Trilha de Luz – Cap. 12 – Página do Irmão mais Velho

43 Ernesto Bozzano – Fenômenos Premonitórios – Conclusão

44 Fernando Moreira – Revista Reformador – 2013 – Dezembro – Nossas duas Fatalidades

45 George Bernard Shaw – Man and superman: a comedy and a philosophy – página 273

41 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

# Autor/Referência

46 Hilário Silva – A Vida Escreve – 2º Parte - Cap. 20 – O Merecimento

47 Humberto de Campos – Boa Nova – Cap. 18 – Oração Dominical

48 Humberto de Campos – Relatos da Vida – Cap. 2 – Lição Paternal

49 Ivon Costa – Depoimentos Vivos – Cap. 7 – Em Prece

50 Jácome Góes – Jornal da Cidade – Sergipe/Aracaju

51 Joanna de Ângelis – Alegria de Viver – Cap. 16 – Necessidade da Meditação

52 Joanna de Angelis – Alegria de Viver – Cap. 2 – Precipitação e Paciência

53 Joanna de Angelis – Celeiros de Bênçãos – Cap. 35 – Serão Consolados

54 Joanna de Ângelis – Constelação Familiar – Cap. 26 – Desencarnação na Família

55 Joanna de Angelis – Convites da Vida – Cap. 43 – Convite à Prudência

56 Joanna de Angelis – Espírito e Vida – Cap. 35 – Orar sem cessar

57 Joanna de Angelis – Espírito e Vida – Cap. 45 – Dinamismo para a Paz

58 Joanna de Ângelis – Florações Evangélicas – Cap. 12 – Examinando a Desencarnação

59 Joanna de Angelis – Leis Morais da Vida – Cap. 38 – Diante do Destino

60 Joanna de Angelis – Luz nas Trevas – Cap. 6 – A Benção do Silêncio

61 Joanna de Angelis – Momentos de Consciência – Cap. 8 – Carma e Consciência

62 Joanna de Angelis – Momentos de Coragem – Cap. 4 – Paciência Dinâmica

63 Joanna de Angelis – Momentos de Meditação – Cap. 1 – Recorre a Meditação

64 Joanna de Angelis – Momentos de Saúde e de Consciência – Cap. 2 – Liberdade de escolha

65 Joanna de Angelis – Nascente de Bençãos – Cap. 19 – Alterações do Destino

66 Joanna de Angelis – No Limiar do Infinito – Cap. 5 – Determinismo e livre-arbítrio

67 Joanna de Angelis – O Homem Integral – Cap. 35 – Meditação e Ação

68 Joanna de Ângelis – Otimismo – Cap. 16 – Asas da Libertação

69 Joanna de Angelis – Revista Reformador – 2016 – Maio – Provas e Expiações

70 José Antônio Ferreira da Silva - Fatalidade e Destino – Revista Reformador - 2009 - Março

71 Lameira de Andrade – Ideal Espírita – Cap. 32 – Na Experiência Atual

72 Leon Denis – Depois da Morte – Cap. 15 – Livre–Arbítrio e Providência

42 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

# Autor/Referência

73 Leon Denis - O Problema do Destino - Cap. 7 - A Lei dos Destinos

74 Leon Denis – O Problema do Ser, do Destino e da Dor – 2º Parte – Cap. 13 – As Vidas Sucessivas

75 Léon Denis – O Problema do Ser, do Destino e da Dor – O Problema do Destino, item 13

76 Lourenço de Almeida Prado – Paz e Alegria – Cap. 3 – Cartazes de Rumo

77 Lourenço de Almeida Prado – Tempos de Luz – Cap. 22 – Vida Espiritual

78 Manoel Philomeno de Miranda – Temas da Vida e da Morte – Cap. 1 - Reencarnação – Dádiva de Deus

79 Manoel Philomeno de Miranda – Temas da Vida e da Morte – Cap. 13 – Morte e Desencarnação

80 Manoel Philomeno de Miranda – Tramas do Destino – Introdução

81 Manuel Porteiro - Livre-arbítrio e Determinismo - Introdução

82 Marco Prisco – Legado Kardequiano – Cap. 51 – Um Minuto Apenas

83 Marco Prisco – Luz Viva – Cap. 27 – O Mau Momento

84 Marco Prisco – Momentos de Decisão – Cap. 13 – Oração e Paciência

85 Marco Prisco – Momentos de Decisão – Cap. 15 – Decisão e Atitude

86 Marco Prisco – Momentos de Decisão – Cap. 17 – Nunca é Demais

87 Marco Prisco – Momentos de Decisão – Cap. 18 – Culpa e Resgate

88 Marco Prisco – Momentos de Decisão – Introdução

89 Mario Frigeri – Revista Reformador – 2020 – Abril – Determinismo e livre-arbítrio

90 Neio Lucio – Colheita do bem – Ca. 87 – Em uma cidade amiga

91 Octávio Caumo Serrano - Espiritismo ou Fatalidade – Revista Reformador - 1993 - Junho

92 Paulo de Tarso – I Coríntios 10:23

93 Paulo Nunes Batista – Revista Reformador – 2006 – Julho – Questão de Livre-arbítrio

94 Pietro Ubaldi – A Grande Síntese – Cap. 77 – Destino – o direito de punir

95 Richard Simonetti – A Constituição Divina – Cap. Determinismo e Livre Arbítrio

96 Richard Simonetti – Não Pise na Bola – 5º Parte – Destino – Cap.24 – Desvio

97 Richard Simonetti - Revista Reformador - 1996 - Maio - Tinha de Acontecer

98 Richard Simonetti – Revista Reformador – 1998 – Março – O Sábio e o Pássaro

43 O Destino – a Fatalidade e as Escolhas na Vida

# Autor/Referência

99 Rodolfo Calligaris – As Leis Morais – Cap. 35 – O Livre-Arbítrio

100 Rodolfo Calligaris – As Leis Morais – Cap. 36 – Fatalidade e Destino

101 Rogério Miguez – Revista Reformador – 2020 – Abril – A convivência harmônica entre o destino a fatalidade e o livre-arbítrio

102 Severino Barbosa - Fatalidade e abuso do Livre-arbítrio – Revista Reformador - 2006 - Julho

103 Silvio Seno Chibeni - A Concepção Espírita da Fatalidade – Revista Reformador - 1997 - Junho

104 Vianna de Carvalho – Antologia Espiritual – Cap. 46 – O Destino

105 Vitor Hugo – Párias em Redenção – 1º Parte – Cap. 7 – A Fé

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